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ANBIMA
Educação Continuada ANBIMA
Data: 01/03/2017
Controle D.04.62.00
Data da Elaboração 01/03/2017
Data da Revisão -
Elaborado por Educação Continuada
Aprovado por Equipe de Certificação Continuada
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A AUTORREGULAÇÃO DA ANBIMA
Introdução
Nossa conversa será para aprofundar o conhecimento sobre a Autorregulação da
ANBIMA. Para isso, iniciaremos contextualizando onde e como esta se insere no
ambiente regulatório brasileiro, quais suas características e que atividades regula. Em
seguida, será feita uma exposição acerca do conteúdo de alguns dos mais conhecidos
Códigos da ANBIMA.
Como o próprio nome sugere, a primeira é feita por um agente externo ao ambiente
regulado e a segunda por um agente que faz parte desse ambiente. No nosso modelo
de estado, a figura da hetero-regulação é tão predominante que mesmo sendo
espécie, já tomou para si o nome do gênero (regulação), deixando com que apenas a
autorregulação precise se diferenciar.
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A (hetero) regulação promovida pelo estado alega ser expressão do interesse público.
Goza de um alto grau de coercitividade, mas tem, em geral, pouca flexibilidade em sua
aplicação, estando bastante presa a procedimentos e previsões normativas cuja
atualização é tarefa árdua. Além disso, não raro se ouvem críticas de que falta aos
reguladores conhecimento de mercado para regular, bem como para prever os efeitos
práticos de sua atuação.
Além disso, por ser uma regulação feita pela indústria, para a indústria, há em tese um
maior conhecimento técnico em sua formulação e uma previsão mais precisa de seus
efeitos práticos.
Hetero-regulação
A hetero-regulação do SFN é representa por um subsistema normativo, que congrega
órgãos normativos e de supervisão.
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São três os órgãos normativos do SFN: o Conselho Monetário Nacional (CMN),
responsável pelo estabelecimento das diretrizes e normas das políticas monetária,
creditícia e cambial; o Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), responsável por
fixar diretrizes e normas da política de seguros privados; e o Conselho Nacional de
Previdência Complementar (CNPC), responsável pela regulação do regime de
previdência complementar operado pelas entidades fechadas de previdência
complementar, i.e, os fundos de pensão.
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Essa Instrução confere à BSM um mandato legal de autorregulação, ao determinar que
a BM&FBOVESPA deva estabelecer mecanismos e procedimentos eficazes para que a
BSM fiscalize a observância de suas regras e normas de conduta. Além disso, a BSM
deve fiscalizar o cumprimento da regulamentação vigente, de maneira a identificar
violações, condições anormais de negociação ou comportamentos suscetíveis de por
em risco a regularidade de funcionamento, a transparência e a credibilidade do
mercado. Ou seja, além de regular seu próprio mercado, atua também como
fiscalizadora das leis e regulamentos estatais que disciplinam seu escopo de atuação,
reportando aos órgãos competentes eventuais irregularidades que verifica.
Desta maneira, a BSM atua como órgão auxiliar da CVM no que concerne à regulação
dos mercados da bolsa. Antes, só cuidava do que agora se chama “segmento” Bovespa
(mercado de ações). A partir de 2008, com a completa integração das antigas bolsas,
Bovespa e BM&F, a BSM passou a responder também pela regulação do “segmento”
BM&F (mercados de commodities e futuros). Hoje, portanto, a BSM faz a
autorregulação de todos os mercados da BM&FBOVESPA.
Em razão da natureza e escopo da sua atividade, a CETIP tem mandato legal para
garantir a aderência às regras de funcionamento dos mercados que coordena. Para
isso, a instituição possui uma estrutura independente para a Autorregulação.
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Alinhada com a Instrução CVM nº 461, que a incumbe de regular os mercados
administrados pela CETIP, a área é responsável pela supervisão das operações
realizadas nesses mercados, bem como pela fiscalização direta e ampla das pessoas
autorizadas a operar nos ambientes da CETIP. Além disso, essa área busca verificar os
registros e as negociações cursadas, assegurando a sua permanente aderência às leis e
aos regulamentos vigentes, inclusive comunicando eventuais descumprimentos aos
reguladores responsáveis.
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O papel da ANBIMA
A ANBIMA foi criada em 2009, mas sua história se inicia muito antes. Isso porque a
ANBIMA é fruto da fusão de duas outras associações, a Associação Nacional dos
Bancos de Investimento (ANBID), criada em 1967, e a Associação Nacional das
Instituições do Mercado Financeiro (ANDIMA), criada em 1971.
Tendo sido fruto de uma união entre associações consolidadas, a ANBIMA nasceu forte
e com objetivos bem definidos. Basicamente, a atividade da ANBIMA se divide em
quatro compromissos: representar, informar, educar e autorregular. Para isso,
mantêm índices, promove cursos, oferece exames de certificação para os profissionais
do mercado e determina melhores práticas para os segmentos que representa.
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Assim é que, desde 1998 (quando ainda era ANBID) a ANBIMA possui códigos
direcionados à autorregulação de atividades específicas da indústria financeira. O
histórico com o ano de criação de cada um dos códigos pode ser visto a seguir:
HISTÓRICO DA AUTORREGULAÇÃO
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Atualmente, há 11 Códigos de Regulação e Melhores Práticas, que cobrem grande
parte das atividades dos setores representados pela ANBIMA. Com isso, hoje estão
submetidas às regras da ANBIMA aproximadamente 1.000 instituições participantes –
assim entendidas as instituições que são associadas à ANBIMA ou que tenham aderido,
voluntariamente, a qualquer um dos Códigos. Para esses 11 Códigos, existem nove
Conselhos Decisórios (os Códigos de Ofertas Públicas, de Atividades Conveniadas e
para o Novo Mercado de Renda Fixa são todos vinculados a um mesmo Conselho) e
um Código de Processos, que unifica os procedimentos de apuração e processamento
de eventuais irregularidades para todos os Códigos, à exceção unicamente do Código
ANBIMA/ABVCAP de FIP e FIEE, que por ser feito em parceria com outra associação,
tem seus elementos processuais previstos no mesmo documento.
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Vale salientar, também, que os Códigos ANBIMA não são a única fonte da
autorregulação, isso porque os próprios Códigos preveem outros três tipos de
documentos que estabelecem obrigações, esclarecem determinações e contém
recomendações, sendo eles:
(i) Diretrizes – as diretrizes possuem caráter vinculante às Instituições
Participantes e tem previsão de elaboração especificada nos Códigos e se
prestam a regulamentar detalhes e procedimentos que estão previstos de
forma mais genérica;
(ii) Deliberações – as deliberações também possuem caráter vinculante às
Instituições Participantes, mas se prestam a unicamente interpretar e
esclarecer regras dos Códigos;
(iii) Pareceres de orientação – sem caráter vinculante, esses documentos se
prestam unicamente a recomendar condutas às Instituições Participantes.
Além disso, o Código foi modificado para incluir exigências mínimas de informação
para as ofertas públicas de ações com esforços restritos, feitas com base na Instrução
CVM nº 476.
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Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas de Fundos de Investimento
Dado o crescimento da indústria de fundos na última década e a carência regulatória
inicial, este é o Código mais famoso da ANBIMA e o segundo mais antigo, datando de
2000. Também é o Código a respeito do qual se verifica maior atividade, sendo ano
após ano aquele que rende maior número de procedimentos de apuração.
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Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para Atividade de Private Banking
no Mercado Doméstico
Criado em 2006 e direcionado a estabelecer padrões mínimos a uma atividade que
ganhava escala no país, este código define as atividades que caracterizam a prestação
do serviço de private banking no mercado brasileiro e estabelece requisitos mínimos a
serem respeitados pelas instituições participantes que atuam neste segmento.
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Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para Distribuição de Produtos de
Investimento no Varejo
Instituído em 2012 e conhecido no mercado como Código de Varejo, este código
define e regulamenta a Atividade de Distribuição de Produtos de Investimento no
Varejo, estabelecendo os requisitos mínimos a serem respeitados pelas instituições
participantes que atuam neste segmento.
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certificados de depósitos de ações, visando reduzir o tempo de
análise para registro de Ofertas Públicas pela CVM;
(ii) Convênio com a CVM para aplicação de penalidades e celebração de
termos de compromisso – que possibilita que qualquer investigado
ou indiciado em processos administrativos conduzidos pela CVM ou
pela ANBIMA requeira a tais entidades, quando da apuração de
infrações de natureza semelhante relativas aos mesmos fatos, que
seja considerado o termo celebrado ou a penalidade aplicada pela
outra entidade; e
(iii) O Convênio com a CVM para cooperação para implementação e
divulgação do Índices de Hedge Funds ANBIMA (IHFA) , que se baseia
em carteiras compostas por fundos de investimento da classe
multimercados registrados na CVM.
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leitura do referido Código em sua integralidade para aqueles profissionais que
trabalham com o assunto. Este mesmo alerta vale para os demais códigos que serão
analisados em detalhe adiante.
Propósito e Abrangência
O objetivo declarado do Código de Fundos é estabelecer parâmetros pelos quais a
indústria deve se orientar visando a promoção da concorrência leal, da padronização
de procedimentos, da maior qualidade e disponibilidade de informações, da elevação
dos padrões fiduciários e a universalização de boas práticas.
Para tal, o código vincula as ações de todos que desejarem a ele aderir e aos
associados da ANBIMA que pratiquem uma das seguintes atividades para os fundos de
investimento: (i) Administração;
(ii) Gestão de carteira;
(iii) Consultoria;
(iv) Distribuição de cotas;
(v) Tesouraria;
(vi) Controle de ativos;
(vii) Controle do passivo; e
(viii) Custódia de ativos.
Princípios gerais
O que o Código de Fundos chama de princípios gerais são, a rigor, obrigações de
conduta compostos por conceitos um tanto quanto abertos, que permitem, portanto,
alguma interpretação.
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(i) atuar dentro do mandato recebido – ou seja, na persecução dos
objetivos do fundo;
(ii) desempenhar suas funções respeitando o dever de diligência – assim
entendido como a prudência e zelo que se esperaria de alguém na
administração de seus próprios negócios;
(iii) zelar pela relação fiduciária com os cotistas – entendida como a
relação de confiança e lealdade estabelecida com eles no momento
da contratação;
(iv) zelar pela reputação da indústria de fundos de investimento – a partir
do devido cumprimento de suas funções e obrigações.
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investimento, dentre as quais as informações relevantes ao investidor sobre a política
de investimento, os riscos envolvidos, bem como, os direitos e responsabilidades dos
cotistas. Além disso, devem conter, no mínimo, alguns dizeres obrigatórios elencados
no art. 14º do Código.
Dentre esses, se destaca o “Selo ANBIMA”, que nada mais é que a logomarca da
ANBIMA, que deve constar na capa do prospecto ou do Formulário de Informações
Complementares (“formulário”), seguida de um dos seguintes dizeres, conforme o
caso:
(i) no caso do prospecto: “PROSPECTO DE ACORDO COM O CÓDIGO
ANBIMA DE REGULAÇÃO E MELHORES PRÁTICAS PARA OS FUNDOS
DE INVESTIMENTO”;
Além disso, quando for o caso e conforme o nível de exposição a risco de cada fundo,
devem ser incluídos obrigatoriamente, com destaque – ou seja, nada de letras miúdas
escondidas –, na capa, contracapa ou primeira página do prospecto ou formulário, um
dos seguintes avisos:
(i) “ESTE FUNDO UTILIZA ESTRATÉGIAS QUE PODEM RESULTAR EM
SIGNIFICATIVAS PERDAS PATRIMONIAIS PARA SEUS COTISTAS.”; ou
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Divulgação de rentabilidade, rendimento e comparações – aplicabilidade das regras
para o material publicitário.
As obrigações informacionais do Código, contudo, não se limitam a garantir que os
investidores tenham as informações adequadas e precisas sobre o fundo, nem a que
entendam seus riscos. Há também a preocupação de garantir que os investidores
ingressem na indústria com perspectivas realistas e que as instituições participantes
concorram de forma leal.
Para isso, o Código impõe algumas condutas e exige a plena observância da Diretriz
para Publicidade e Divulgação de Material Técnico de Fundos de Investimento. Tal
diretriz, como se intuir, estabelece regras que visam tornar a divulgação de
rentabilidade e rendimentos fidedigna e facilmente compreensível, de modo a
amparar o investidor em suas escolhas. Com isso, busca-se fortalecer a relação de
confiança dos investidores com a indústria de fundos, bem como garantir a
concorrência leal entre as instituições participantes.
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As determinações obrigando esse tipo de MaM se baseiam em dois motivos:
(i) maior transparência – os cotistas sabem dia-a-dia como suas cotas
estão performando e;
(ii) evitar a transferência de riqueza – porque há grande preocupação
que, se a flutuação natural dos preços dos ativos não for
devidamente acompanhada e demonstrada, investidores podem se
aproveitar para efetuar a retirada de recursos em determinados
momentos nos quais, em verdade, as cotas valeriam menos que o
pago por elas, pois os ativos poderiam ter se desvalorizado sem que
isso estivesse refletido no preço da cota.
Atividades reguladas
Embora este Código se preste a regular a atividade de todos os prestadores de
serviços, conforme já descrito, as previsões específicas constantes nele se concentram
em três núcleos de atividade: a administração, a gestão e a distribuição.
Administração
A administração de um fundo de investimento compreende o conjunto de serviços
relacionados direta ou indiretamente ao funcionamento e manutenção do fundo.
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gestão seja exercida pelo próprio cotista, legalmente habilitado e formalmente
constituído como tal.
Gestão
A atividade de gestão compreende o conjunto de decisões que, executadas com
observância dos termos do regulamento, prospecto ou do formulário, conforme
aplicável, determinam a performance do fundo.
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Dentre as principais obrigações a que está sujeita uma instituição participante do
Código de Fundos que realize a atividade de gestão estão os critérios necessários para
a aquisição de ativos financeiros representativos de dívidas ou obrigações não
soberanas (crédito privado) e a obrigação de manter uma política interna de gestão de
riscos que cumpra determinados padrões.
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Outras diretrizes relevantes no âmbito do Código de Fundos
Além das obrigações constantes no Código e da já citada diretriz referente a
publicidade, outras duas diretrizes são de especial a observância para as instituições
participantes, a saber:
(i) a Diretriz para Gerenciamento de Risco de Liquidez das carteiras dos
fundos de investimento, conhecida como Diretriz de Liquidez; e
(ii) a Diretriz para Adequação do Produto, Serviço ou Operação ao Perfil
do Investidor, popularmente conhecida como Diretriz de Suitability.
Propósito e abrangência
Em termos gerais, o propósito do Código de Ofertas é dar maior transparência às
ofertas públicas e garantir o bom funcionamento desse mercado.
Esse código busca tutelar todas as ofertas públicas de valores mobiliários, incluindo os
programas de distribuição regulamentados pela Lei nº 6.385, de 07 de dezembro de
1976 (“Lei 6.385”), e pela Comissão de Valores Mobiliários – CVM (“Ofertas Públicas”),
com exceção das seguintes ofertas (mas só caso essas não utilizem o prospecto,
hipótese na qual se sujeitarão ao Código de Ofertas):
(i) Ofertas Públicas de valores mobiliários distribuídas com esforços
restritos, nos termos da regulamentação em vigor;
(ii) Ofertas Públicas de lote único e indivisível de valores mobiliários;
(iii) Ofertas Públicas de que trata a Instrução CVM nº 286/98, que dispõe
sobre alienação de ações de propriedade de pessoas jurídicas de
direito público e de entidades controladas direta ou indiretamente
pelo Poder Público; e
(iv) Ofertas Públicas de valores mobiliários de emissão de empresas de
pequeno porte e de microempresas, assim definidas em lei.
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Princípios gerais
Também para o Código de Ofertas, os assim chamados princípios gerais constituem,
em verdade, obrigações de conduta de conteúdo um pouco mais aberto.
Obrigações
Dentre as obrigações estabelecidas por este Código, destacam-se:
(i) zelar pela veracidade e precisão das informações prestadas;
(ii) manter a confidencialidade das informações assim classificadas;
(iii) participar apenas de Ofertas Públicas cujos coordenadores sejam
instituições participantes do Código de Ofertas ou integrantes do
conglomerado ou grupo financeiro de instituições participantes;
(iv) participar apenas de Ofertas Públicas de debêntures cujos Agentes
Fiduciários sejam instituições participantes;
(v) identificar a instituição que atuará como líder da distribuição ou
aquisição;
(vi) participar apenas de Ofertas Públicas no mercado primário e secundário
de ações, debêntures conversíveis em ações ou bônus de subscrição
quando as emissoras de tais Ofertas Públicas tiverem aderido ou se
comprometido a aderir no prazo de 6 meses, contado do primeiro
anúncio de distribuição, pelo menos ao Nível 1 ou ao Bovespa Mais,
conforme o caso, salvo se tratar de distribuição secundária dos valores
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mobiliários e o ofertante não seja participante do grupo de controle da
emissora;
(vii) enviar à ANBIMA cópia da carta conforto e/ou manifestação escrita dos
auditores independentes da emissora acerca da consistência das
informações financeiras constantes do prospecto e/ou do formulário de
referência, relativas às demonstrações financeiras publicadas da
emissora; e
(viii) informar à ANBIMA se possuem parecer legal dos advogados
contratados para assessorar a instituição participante da Oferta Pública,
sobre a consistência das informações fornecidas no prospecto ou
memorando de Ofertas públicas de ações com esforços restritos
(“memorando”) (conforme modelo disponibilizado pela ANBIMA) e no
formulário de referência com aquelas analisadas durante o
procedimento de diligência legal na emissora.
Selo ANBIMA
Por fim, o Selo ANBIMA também ocupa lugar de destaque no Código de Ofertas, sendo
exigida a sua veiculação nos seguintes documentos: (i) prospectos; (ii) lâmina para
Nota Promissória, conforme modelo disponibilizado pela ANBIMA; (iii) memorando;
(iv) avisos ao mercado; (v) comunicados ao mercado; (vi) anúncio de início de
distribuição; (vii) anúncio de encerramento de distribuição; e (viii) no edital de Oferta
Pública de Aquisição de Ações – OPA.
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Código de Distribuição de Produtos de Investimento no Varejo
Propósito e Abrangência
Em termos gerais, o Código de Varejo tutela as atividades de oferta de produtos de
investimento destinada às pessoas físicas e jurídicas atendidas pelo segmento de
varejo.
Assim, por se debruçar sobre atividade diretamente ligada ao grande público, tem
como objetivos:
(i) manter elevados padrões éticos e consagrar a institucionalização das
práticas equitativas no mercado;
(ii) estimular o adequado funcionamento da atividade;
(iii) manter transparência no relacionamento com os investidores;
(iv) promover a qualificação das instituições e de seus profissionais
envolvidos na atividade e
(v) o comprometimento com a qualidade da atuação na distribuição de
produtos e serviços.
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III. Produtos de Investimento: todos os valores mobiliários e ativos financeiros
regulados pela Comissão de Valores Mobiliários e/ou pelo Banco Central do
Brasil, respectivamente. Não são considerados Produtos de investimentos, para
fins deste Código, a Caderneta de Poupança e os Fundos de Investimento de
Previdência Complementar Aberta e Fechada;
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Considera-se pertencente ao mesmo conglomerado ou grupo econômico qualquer sociedade controlada,
controladora ou sob controle comum das instituições participantes que estejam autorizadas a operar no Brasil.
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Princípios Gerais
O Código de Varejo determina:
(i) a adoção de práticas para a promoção de transparência;
(ii) o cumprimento adequado do dever de diligência;
(iii) a análise prévia e criteriosa da contratação de serviços de terceiros; e
(iv) o distanciamento de práticas que possam ser prejudiciais ao mercado
de distribuição no varejo como um todo.
Exigências mínimas
O Código de Varejo estabelece um rol de exigências mínimas para o desempenho da
atividade de distribuição, dentre as quais se destacam as exigências de:
(i) estar habilitado para a distribuição desses produtos;
(ii) prestar informações adequadas;
(iii) adotar procedimentos formais de “conheça seu cliente”;
(iv) verificar a adequação dos produtos ao perfil do investidor (API);
(v) indicar profissional responsável pela atividade de distribuição;
(vi) possuir profissionais certificados;
(vii) possuir política interna de capacitação de equipe;
(viii) disponibilizar aos funcionários e colaboradores o Código de Ética adota
pela instituição;
(ix) disponibilizar aos funcionários e colaboradores a política de
investimentos pessoais;
(x) possuir política de segurança da informação;
(xi) possuir documento que contenha a metodologia utilizada no API e
(xii) adotar plano de continuidade de negócios.
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Por isso, suplementar ao Código de Varejo há a Diretriz para Publicidade e Divulgação
de Produtos de Investimento, cuja observância é obrigatória a todas as instituições
participantes.
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foram realizadas; e a formação acadêmica e a experiência profissional do Investidor,
salvo quando tratar-se de pessoa jurídica.
Princípios
O Código de Processos norteia todos seus procedimentos e deve ser aplicado sempre
com atenção a alguns princípios básicos.
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São esses:
(i) Ampla defesa – pelo que se permitem às instituições múltiplas
oportunidades de defesa e o pleito da produção de todas as provas
admitidas em direito;
(ii) Contraditório – princípio jurídico que se baseia na abertura plena e
a todo tempo da possibilidade do acusado/investigado de
responder às imputações de conduta a ele atribuídas;
(iii) Celeridade – como no Brasil os processos judiciais e administrativos
são conhecidos e duramente criticados pela própria indústria pela
sua morosidade, o rápido desenvolvimento do processo é principio
onipresente nos atos da autorregulação da ANBIMA;
(iv) Razoabilidade – todos os dispositivos do código devem ser
analisados à luz de seu contexto, não se pretendendo em nenhum
momento efetivar uma interpretação draconiana das normas;
(v) Informalidade – esse princípio consagra a prevalência do conteúdo
frente à forma, pelo que, se necessário for para a melhor
concretização dos fins do processo, elementos formais podem ser
desconsiderados;
(vi) Confidencialidade – dada a sensibilidade do mercado às
informações sigilosas, todas as investigações e todos os processos
de autorregulação são confidenciais até seu término, quando os
resultados são disponibilizados nas lâminas de supervisão.
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indicativos de irregularidade, a Área de Supervisão da ANBIMA procede à abertura do
Procedimento de Apuração de Irregularidade (PAI).
A figura abaixo detalha cada uma das fases do processo, vistas em sua sequência
natural.
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Termo de Compromisso e Carta de Recomendação
De todos os elementos do Código de Processo, é possível dizer que o mais importante
a se ter em conta é a possibilidade da apresentação de um Termo de Compromisso.
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Com isso, a ANBIMA consegue alinhar a missão de autorregular com a sua missão de
educar a indústria. Nesse sentido, outra sinergia importante de se salientar é que
todas as contribuições financeiras oferecidas no âmbito dos Termos de Compromisso
são integralmente direcionadas para as atividades educacionais da ANBIMA.
Por fim, ainda que de uso menos frequente que os Termos de Compromisso, as Cartas
de Recomendação também possuem um papel importante na autorregulação da
ANBIMA. Isso porque, elas funcionam como um Termo de Compromisso às avessas,
pois é proposta não pela instituição participante, mas para ela, pela Área de
Supervisão. Esse expediente é utilizado para infrações de pequeno potencial ofensivo e
fácil reparabilidade, dependendo para sua expedição da concordância do Presidente
da Comissão de Acompanhamento e do Presidente do Conselho.
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Redação
Vicente Piccoli Medeiros Braga
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