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22ª Superintendência Regional de Ensino de Montes Claros


Núcleo de Tecnologia Educacional – MG7 – ProInfo – MEC

A Utilização das Novas Tecnologias na Educação


numa Perspectiva Construtivista

Fábia Magali Santos Vieira*

Estudos demonstram que a utilização das novas tecnologias de informação e comunicação


(NTICs), como ferramenta , traz uma enorme contribuição para a prática escolares em qualquer nível
de ensino. Essa utilização apresenta múltiplas possibilidades que poderão ser realizadas segundo
uma determinada concepção de educação que perpassa qualquer atividade escolar.
O objetivo desse trabalho é, portanto, discutir alguns aspectos relevantes sobre a questão da
utilização das NTICs na educação, segundo uma concepção construtivista de aprendizagem.
Inicialmente é importante salientar que, desde o final da década de 80, as escolas públicas do Estado
de Minas Gerais têm sido equipadas com um verdadeiro arsenal de tecnologias: TV Escola, vídeo-
escola, centrais de informática, etc. Todos esses projetos têm a pretensão de ensinar com o apoio
das máquinas e assim melhorar a prática pedagógica. Certamente tais tecnologias têm auxiliado, em
algum momento, o processo de ensino e talvez o de aprendizagem, mas o resultado tem sido pouco
observável na prática e a educação formal continua essencialmente inalterada.
Para LOING (1998), a introdução das NTICs na educação deve ser acompanhada de uma
reflexão sobre a necessidade de uma mudança na concepção de aprendizagem vigente na maioria
das escolas atualmente.
Segundo LITTO (1992), o atual sistema educacional é um espelho do sistema industrial de
massa, onde os alunos passam de uma série a outra, numa seqüência de matérias padronizadas
como se fosse uma linha de montagem industrial. Os conhecimentos acumulados são despejados em
suas cabeças; alunos com maior capacidade para absorção de fatos e comportamento submisso são
colocados em uma trilha mais veloz, enquanto outros são colocados na trilha de velocidade mediana.
“Produtos defeituosos” são tirados da linha de montagem e devolvidos para “conserto”.
Estamos vivendo em uma era de transformações, uma era de interdependência global com a
internacionalização da economia e a super valorização da comunicação e informação. Organizações
da sociedade industrial estruturadas para desempenhar tarefas de natureza hierárquicas de comando
e controle estão sendo substituídas, devido à competitividade e à complexidade, pela formação de
grupos em torno de projetos específicos. Comando e controle dão lugar à aprendizagem e resposta,
numa tentativa, por parte de cada organização, de ser a primeira a chegar no mercado com produto
ou serviço de boa qualidade. O ambiente apropriado para a realização desse tipo de trabalho tem
sido o que privilegia reuniões presenciais de grupos, mas também fornece acesso instantâneo à rede
Internet e aos discos e disquetes contendo respostas para permitir as tomadas de decisões do grupo.
Comprovando assim que o ambiente de aprendizagem ou trabalho determina, em parte, a natureza
do produto.

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Mestranda em Ciências da Educação no Instituto Superior Pedagógico Enrique José Varona, La Habana -
Cuba e atualmente professora no Núcleo de Tecnologia Educacional MG7 - PROINFO - MEC
e-mail : fabia@connect.com.br
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Com a revolução tecnológica e científica, a sociedade mudou muito nas últimas décadas.
Assim a educação não tem somente que adaptar às novas necessidades dessa sociedade do
conhecimento como, principalmente, tem que assumir um papel de ponta nesse processo.
Os recursos tecnológicos de comunicação e informação têm se desenvolvido e se
diversificado rapidamente. Eles estão presentes na vida cotidiana de todos os cidadãos, que não
podem ser ignorados ou desprezados. Embora seja possível ensinar e aprender sem eles, as escolas
têm investido cada vez nas NTICs. Pela enorme influência que essas NTICs, especialmente a
computação, têm exercido atualmente na educação é que torna-se necessária uma reflexão sobre a
concepção de aprendizagem que deverá perpassar a utilização dessa tecnologia na prática
educativa.
Uma idéia muito difundida na educação é que as NTICs, principalmente a informática, servem
para facilitar o processo de ensino e aprendizagem. Essa idéia está ligada ao fato de que a tecnologia
entrou na vida do homem para facilitar. Dessa maneira a utilização das NTICs está fundamentada em
uma concepção de aprendizagem Behaviorista, onde aprender significa exibir comportamento
apropriado. Assim o objetivo principal da educação se restringe a treinar os estudantes a exibirem um
determinado comportamento e controlá-lo externamente.
Uma segunda idéia é o uso do computador na educação como dispositivo para ser
programado, realizando o ciclo descrição – execução – reflexão – depuração – descrição, que é de
extrema importância na aquisição de novos conhecimentos. Segundo VALENTE (1998), diante de
uma situação problema, o aprendiz tem que utilizar toda sua estrutura cognitiva para descrever para o
computador os passos para a resolução do problema, utilizando uma linguagem de programação. A
descrição da resolução do problema vai ser executada pelo computador. Essa execução fornece um
“feedback” somente daquilo que foi solicitado à máquina. O aprendiz deverá refletir sobre o que foi
produzido pelo computador; se os resultados não corresponderem ao desejado, o aprendiz tem que
buscar novas informações para incorporá-las ao programa e repetir a operação. Dessa forma, o
computador complica a vida do aprendiz ao invés de facilitá-la.
Com a realização desse ciclo, o aprendiz tem a oportunidade de encontrar e corrigir seus
próprios erros e o professor, entender o que o aprendiz está fazendo e pensando. Portanto, o
processo de achar e corrigir o erro constitui uma oportunidade única para o aluno aprender sobre um
determinado conceito envolvido na solução de um problema ou sobre estratégias de resolução de
problemas.
A realização do ciclo descrição – execução – reflexão – depuração – descrição não acontece
simplesmente colocando o aprendiz diante do computador. A interação aluno – computador precisa
ser mediada por um profissional – agente de aprendizagem – que tenha conhecimento do significado
do processo de aprender por intermédio da construção de conhecimento, para que ele possa
entender as idéias do aprendiz e como atuar no processo de construção do conhecimento para
intervir apropriadamente na situação, de modo a auxiliá-lo nesse processo.
Essa idéia está fundamentada nos princípios da teoria construtivista de Piaget, que parte da
premissa que o conhecimento não procede apenas da programação inata do sujeito e nem de sua
única experiência sobre o objeto, mas é resultado tanto da relação recíproca do sujeito com seu meio,
quanto das articulações e desarticulações do sujeito com esse objeto. Dessas interações surgem
contruções cognitivas sucessivas, capazes de produzir novas estruturas em um processo contínuo e
incessante.
Portanto, o uso das NTICs na educação deve ter como objetivo mediar a construção do
processo de conceituação dos alunos, buscando a promoção da aprendizagem e desenvolvendo
habilidades importantes para que ele participe da sociedade do conhecimento e não simplesmente
facilitando o seu processo de ensino e de aprendizagem.
Para que as NTICs promovam as mudanças esperadas no processo educativo, devem ser
usadas não como máquinas para ensinar ou aprender, mas como ferramenta pedagógica para criar
um ambiente interativo que proporcione ao aprendiz, diante de uma situação problema, investigar,
levantar hipóteses, testá-las e refinar suas idéias iniciais, construindo assim seu próprio
conhecimento.
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A utilização das NTICs na educação não garantirá por si só a aprendizagem dos alunos, pois
as mesmas são instrumentos de ensino que podem e devem estar a serviço do processo de
construção e apropriação do conhecimento dos aprendizes. A introdução desses recursos na
educação deve ser acompanhada de uma sólida formação dos professores para que eles possam
utilizá-las de uma forma responsável e com potencialidades pedagógicas verdadeiras, não sendo
utilizadas como máquinas divertidas e agradáveis para passar o tempo.

Bibliografia:

1. FAGUNDES, Léa. A ESCOLHA DE SOFTWARE EDUCATIVO E A INSERÇÃO DE SOFTWARE


EM PROJETOS EDUCAIONAIS. In: III Encontro Nacional do PROINFO – MEC, 1998,
Pirenopólis – GO

2. LITTO, Fredric M. REPENSANDO A EDUCAÇÃO EM FUNÇÃO DE MUDANÇAS SOCIAIS E


TECNOLÓGICAS RECENTES. In: OLIVEIRA, Vera B. Informática em Psicopedagogia. São
Paulo: Editora SENAC, 1996. P. 85 – 110.

3. LOING, Bernard. ESCOLA E TECNOLOGIAS: REFLEXÃO PARA UMA ABORDAGEM


RACIONALIZADA. Tecnologia Educacional. Rev., Rio de Janeiro, p. 40-43,
julho/agosto/setembro.1998.

4. CARVALHO, Mauro Giffoni. PIAGET E VYGOTSKY: AS CONTRIBUIÇÕES DO


INTERACIONISMO. Dois Pontos. Rev., N. 24 . Belo Horizonte, p 26 – 27, 1996.

5. VALENTE, José A. ANÁLISE DOS DIFERENTES TIPOS DE SOFTWARES USADOS NA


EDUCAÇÃO. In: III Encontro Nacional do PROINFO – MEC, 1998, Pirenopólis - GO

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