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Volóchinov e Bakhtin – Marxismo e Filosofia da Linguagem

Estudo das ideologias e filosofia da linguagem.

- A importância da filosofia da linguagem para o marxismo;

“Um produto ideológico faz parte de uma realidade (natural ou social) como todo corpo
físico, instrumento de produção ou produto de consumo; mas, ao contrário destes, ele
também reflete e refrata uma outra realidade, que lhe é exterior. Tudo que é ideológico
possui um significado e remete a algo situado fora de si mesmo. Em outros termos,
tudo que é ideológico é um signo. Sem signos não existe ideologia.” P. 29

- Bakhtin coloca o problema da ideologia como algo não do mundo das ideias, mas do
mundo concreto, material, social, e o lugar da manifestação da ideologia seria,
portanto o signo linguístico.

“Converte-se, assim, em signo o objeto físico, o qual, sem deixar de fazer parte da
realidade material, passa a refletir e a refratar, numa certa medida, uma outra
realidade.” P. 29

- Para os autores, portanto, há um corpo físico (natural), porém ele é significado por
meio do signo, sendo ali o lugar em que se manifesta ideologicamente, refletindo
(como tentativa de compreensão da realidade por meio dos signos) e refratando
(quebrando, desviando os sentidos, mostrando uns e apagando outros) de uma outra
realidade.

- Um instrumento de produção pode assim se converter em signo ideológico, como é o


caso da foice e do martelo, do pão e do vinho (mais marcadamente). O mesmo pode
ocorrer com um instrumento como o lápis, em si sua função é permitir com que
escrevamos em uma superfície, contudo ele também é um signo ideológico na medida
em que, em propagandas ou frases, simboliza a educação, o conhecimento. (imagem
da arma se transformando em um lápis). Do mesmo modo os gestos também se
prestam ao mesmo tipo de procedimento, podendo se tornarem ideológicos. (exemplo
do filme Tempos Modernos de Chaplin).
Ruben L. Oppenheimer Francisco J. Olea

Banksy Tempos
Modernos

“Os produtos de consumo, assim como os instrumentos, podem ser associados a


signos ideológicos, mas essa associação não apaga a linha de demarcação existente
entre eles.” P. 30

- Os autores também pontuam que há uma linha que divide conceitualmente um


instrumento de produção e de sua função enquanto signo. Ou seja, ambos não se
fundem, o lápis continuará sendo usado para escrever enquanto ideologicamente
poderá representar o conhecimento, a educação, etc.

“Tudo que é ideológico possui um valor semiótico.” P. 30

- Os autores, de certa maneira, adiantam os estudos do discurso (sujeito, ideologia,


apagamentos) e da semiótica (a ideia de símbolo, de representação).

- A esfera ideológica é o lugar em que há modos de compreender e de se


relacionar/posicionar diante da realidade por meio dos signos.

“Cada campo de criatividade ideológica tem seu próprio modo de orientação para a
realidade e refrata a realidade à sua própria maneira. Cada campo dispõe de sua
própria função no conjunto da vida social. É seu caráter semiótico que coloca todos os
fenômenos ideológicos sob a mesma definição geral.” P. 31

- O que iguala os signos é seu caráter semiótico, assim, uma palavra usada em
determinada campo ideológico irá refletir e refratar a realidade à sua maneira. Ex: a
própria dispita em torno da palavra ideologia.
“Todo fenômeno que funciona como signo ideológico tem uma encarnação material,
seja como som, como massa física, como cor, como movimento do corpo ou como
outra coisa qualquer.” P. 31

- Aqui os autores pontuam a materialidade dos signos ideológicos, que se manifestam


concretamente aparecendo na “experiência exterior”. Em seguida criticam as posições
idealista e psicologista que toma a ideologia como algo que se dá na consciência
individual e que seria apenas refletido pela concretude da linguagem.

“[...] a própria consciência só pode surgir e se afirmar como realidade mediante a


encarnação material em signos.” P. 32

- Só podemos pensar por meio da linguagem. (citação de Stuart Hall sobre como só
fazemos sentido do mundo por meio da linguagem).

“[...] a compreensão é uma resposta a um signo por meio de signos”. P. 32

“A consciência só se torna consciência quando se impregna de conteúdo ideológico


(semiótico) e, consequentemente, somente no processo de interação social.” P. 32

- Aqui começa a surgir a ideia de interação, do outro. Para os autores, a consciência


só existe a partir dos signos (sendo impossível ter acesso à ela de modo interior,
natural, sem que isso seja feito por meio da linguagem) e, não apenas isso basta, é
preciso que haja um processo de interação social (Vigostky?).
“Os signos só podem aparecer em um terreno interindividual. Ainda assim, trata-se de
um terreno que não pode ser chamado de ‘natural’ no sentido usual da palavra: não
basta colocar face a face dois homo sapiens quaisquer para que os signos se
constituam. É fundamental que esses dois indivíduos estejam socialmente
organizados, que formem um grupo (uma unidade social): só assim um sistema de
signos pode constituir-se.” P. 33

- Os autores chamam a atenção para o caráter não natural da constituição dos signos.

“A consciência individual é um fato sócio-ideológico” p. 33

“A única definição objetiva da consciência é de ordem sociológica”. P. 33

“A consciência adquire forma e existência nos signos criados por um grupo organizado
no curso de suas relações sociais.” P. 34

- Tentar estudar a consciência negando seu aspecto social, linguístico, simbólico, é


impossível.

“A realidade dos fenômenos ideológicos é a realidade objetiva dos signos sociais.” P.


34
- A perspectiva acima traz a ideologia para a materialidade, ou antes, demonstra seu
aspecto concreto, possibilitando seu estudo do ponto de vista científico a partir de
suas materialidades.

- A existência do signo é a materialização comunicação social, que se dá por meio dos


fenômenos ideológicos.

“A palavra é o fenômeno ideológico por excelência” p. 34

- A palavra deve ser colocada em primeiro plano no estudo das ideologias.

“Cada domínio possui seu próprio material ideológico e formula signos e símbolos que
lhe são específicos e que não são aplicáveis a outros domínios. O signo, então, é
criado por uma função ideológica precisa e permanece inseparável dela. A palavra, ao
contrário, é neutra em relação a qualquer função ideológica específica. Pode
preencher qualquer espécie de função ideológica: estética, científica, moral, religiosa.”
P. 35

- A ideia dos autores é a de que a palavra (dicionarizada, em si mesma) é neutra e se


presta aos usos que os campos ideológicos fazem dela, tornando-as signos
ideológicos. Contudo, a afirmação me parece muito categórica, pois há palavras que
apresentam maior dificuldade em “esquecer-se” de sua histocidade. A palavra
“ideologia”, “socialismo”, alguns gestos e cores também. Ou seja, embora
determinados campos ideológicos as convoquem, essas palavras parecem ainda
manter sempre o resquício de seus antepassados ideológicos.

- A comunicação na vida cotidiana, ideologia do cotidiano (os autores voltarão a isso


mais tarde).

“Embora a realidade da palavra, como a de qualquer signo, resulte do consenso entre


os indivíduos, uma palavra é, ao mesmo tempo, produzida pelos próprios meios do
organismo individual, sem nenhum recurso a uma aparelhagem qualquer ou a alguma
outra espécie de material extracorporal. Isso determinou o papel da palavra como
material semiótico da vida interior, da consciência (discurso interior). Na verdade, a
consciência, não poderia se desenvolver se não dispusesse de uma material flexível,
veiculável pelo corpo.” P. 35

- Aqui se mostra a relação entre indivíduo (dono de sua palavra, capaz de veiculá-la
por meio de seu corpo) e o seu valor de signo ideológico, que é dado socialmente, na
interação com o outro. Por isso a palavra também pode ser compreendida como
símbolo do discurso interior, aquele que não se exterioriza, mas que, mesmo na
consciência do indivíduo, se dá dialogicamente por meio da linguagem e do outro
(mesmo que em potencial, como será retomado ao ser falar sobre enunciado).
“É devido a esse papel excepcional de instrumento da consciência que a palavra
funciona como elemento essencial que acompanha toda criação ideológica. Seja ela
qual for. A palavra acompanha e comenta todo ato ideológico.” P. 36

- Importante colocar que os autores não descartam outros signos ideológicos que não
sejam a a palavra (ex. música, imagem, desenho, gesto, etc,)

“Toda refração ideológica do ser em processo de formação, seja qual for a natureza de
seu material significante, é acompanhado de uma refração ideológica verbal, como
fenômeno obrigatoriamente concomitante. A palavra está presente em todos os atos
de compreensão e em todos os atos de interpretação.” P. 36

- Aqui os autores colocam que é impossível fazer sentido do mundo sem que isso seja
feito por palavras (discurso interior ou exterior).
- São propriedades da palavra: p. 36
- Pureza semiótica (a forma?);
- Neutralidade ideológica (pode ser tomada por diferentes campos ideológicos);
- Implicação na comunicação humana ordinária, como fenômeno acompanhante em
todo ato consciente.
- A palavra é o objeto fundamental do estudo da ideologia. Só podemos ter acesso à
ideologia por meio do estudo da palavra, da linguagem.

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