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Resumo
O artigo propõe-se a discutir, de modo didático, aspectos introdutórios
relacionados à elaboração de um Projeto de Pesquisa. Discutem-se os motivos
e razões para a utilização deste recurso de planejamento de pesquisa que é
o Projeto, e as partes que o constituem. O texto remete a um livro mais
aprofundado publicado pelo autor, e apresenta este livro como referência
única devido à singularidade do artigo, que é a de apresentar-se como
convite para que o leitor procure esta obra para maiores aprofundamentos.
Abstract
The article proposes to discuss, in a didactic way, introductory aspects
pertinent to the elaboration of a Research Project. They are discussed the
motives and reasons for the utilization of this resource of research planning,
that is the Project, and they are discussed also the parts that constitute a
Project. The text refers to a book more developed that was published by
the author, and presents this books as reference, in order to attend to its
singularity, that is to invite the reader to search this work for more deep
approach.
1 Para que escrever um Projeto de ser construídos a cada momento pelo próprio
Pesquisa? pesquisador. Até mesmo a escolha do lugar a
ser alcançado ou visitado não é mera questão
Iniciar uma Pesquisa, em qualquer campo de apontar o dedo para um ponto do mapa,
do conhecimento humano, é partir para uma pois este lugar deve ser, também ele, construído
viagem instigante e desafiadora. Mas trata-se, a partir da imaginação e da criatividade do
decerto, de uma viagem diferente, onde já não investigador.
se pode contar com um caminho preexistente Delimitado o tema, o problema a ser inves-
que bastará ser percorrido após a decisão de tigado, e os objetivos a serem atingidos, o
partir. Se qualquer viagem traz consigo uma pesquisador deverá em seguida produzir ou
sensação de novidade e de confronto com o des- constituir os seus próprios materiais – pois
conhecido, a viagem do conhecimento depara- não os encontrará prontos em uma agência
se adicionalmente com a inédita realidade de de viagens ou em uma loja de artigos apro-
que a estrada e o percurso da Pesquisa devem priados para a ocasião – e isto inclui desde
1
O artigo aqui apresentado sintetiza o capítulo inicial de um livro publicado pelo autor: BARROS, José D’Assunção, O Projeto de Pesquisa em História
(Petrópolis: Vozes, 2008, 4ª edição).
2
Doutor em História Social pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Professor visitante da Universidade Federal de Juiz de Fora (Juiz de Fora) e
Professor Titular da Universidade Severino Sombra (USS) de Vassouras (Brasil). E-mail: jose.assun@globo.com
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Projeto, ele sabe que a sua viagem se transfor- Certamente que a principal função de um
mará em uma caminhada a ermo, que os re- Projeto de Pesquisa é a de apresentar a sua
cursos em pouco tempo estarão esgotados por responsabilidade social – considerando que
falta de planejamento, e que os próprios ins- o Projeto é também um elo entre o Pesquisa-
trumentos necessários para iniciar a viagem, dor e a sociedade que o acolhe, seja no que
para dar um passo depois do outro, sequer se refere àqueles que possibilitarão a pro-
chegarão a ser elaborados. Ademais, sempre é dução e desenvolvimento da pesquisa en-
bom ressaltar que uma das principais finalida- quanto base de apoio ou mesmo como objeto
des do Projeto, além de visar a definição pre- de análise, para o caso das Ciências Sociais e
cisa do que será pesquisado, é registrar do por- Humanas, seja no que se refere à própria socie-
quê e do para que realizar a pesquisa (isto é, a dade para a qual se direcionam os resultados
sua responsabilidade social), o que, via de re- da Pesquisa. O Projeto, naturalmente, é registro
gra, conforme veremos, deverá ser esclareci- de uma relevância social e acadêmica, de um
do em um item bastante específico do Proje- compromisso com a sociedade e a comunidade
to que é a ‘Justificativa’. científica. Reconhecendo esta dimensão fun-
Retomando a questão de que o Projeto damental de um Projeto de Pesquisa, estare-
corresponde à própria constituição dos mate- mos, em seguida, considerando aquelas funções
riais e rumos a serem trilhados pela Pesquisa, do Projeto que se relacionam mais diretamente
sem o Projeto, o pesquisador mais experiente com o próprio planejamento e desenvolvimento
sabe que não existe sequer um caminho, uma da Pesquisa.
vez que este deve ser construído gradualmente No esquema proposto, encontraremos
a partir de materiais elaborados pelo próprio as já mencionadas funções formais ou buro-
pesquisador – sendo a elaboração do Projeto cráticas, que os pesquisadores iniciantes con-
simultaneamente o primeiro passo da cami- fundem com a única razão de ser do Projeto,
nhada e o primeiro instrumento necessário mas também as funções operacionais, que são
para se pôr a caminho. O Projeto de Pesquisa, inerentes à própria realização de uma Pes-
desta maneira, mostra-se a este pesquisador quisa em si mesma. Assim, se o Projeto é uma
precisamente um ganho de tempo, um agili- “carta de intenções” (1) onde o pesquisador
zador da pesquisa, um eficaz roteiro direcio- exibe a sua proposta investigativa para uma
nador, um esquema prévio para a construção instituição acadêmica ou científica, e se ele é
dos materiais e técnicas que serão necessários um “item curricular” nas instituições de Pós-
para alcançar os objetivos pretendidos. Graduação (2), o Projeto é também um pode-
O “Quadro 1” procura resumir algumas das roso instrumento que cumpre as funções de
principais funções de um Projeto de Pesquisa. “direcionador da pesquisa” (3).
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satisfação a terceiros (quando for o caso) como delimitações, bem como integrar recortes simul-
no sentido de promover um auto-esclarecimento tâneos que podem remeter a um tempo, a um
para o próprio pesquisador e um delineamento espaço, a um problema investigado. Por ora,
preciso do recorte temático, de cada etapa, de de uma maneira um tanto simplificada, dire-
cada instrumento, de cada técnica a ser abordada. mos que é precisamente aqui que o pesqui-
Assim, ele responde de antemão às seguintes sador deve esclarecer ao seu leitor qual é o
perguntas relacionadas à pesquisa proposta: objeto de sua investigação ou da sua realiza-
O que se pretende fazer? Por que fazer? Para ção científica.
que fazer? A partir de que fundamentos? Com “Por que fazer?” é uma pergunta impor-
o que fazer? Como fazer? Com que materiais? tante, que interessa particularmente àqueles
A partir de que diálogos? Quando fazer? que irão decidir se o seu projeto deve prosse-
guir, se deve ser financiado, se pode ser aceito
Cada uma destas perguntas remete, em
em um programa de pesquisa ou de Pós-
princípio, a uma parte específica do Projeto
Graduação. O capítulo do Projeto que busca
– a uma espécie de compartimento redacional
esclarecer isto, de forma bem convincente e
onde o pesquisador procura esclarecer de ma- argumentativa, denomina-se, habitualmente,
neira clara e precisa, para os outros ou para ‘Justificativa’ (2). Não raro, também acrescen-
si mesmo, as várias instâncias que devem ta-se a esta denominação as palavras ‘relevân-
alicerçar o seu trabalho (Quadro 2). cia’ ou ‘viabilidade’, que no fundo não são mais
“O que fazer?”, por exemplo, é uma per- do que aspectos específicos de uma ‘justifi-
gunta que se busca esclarecer logo de princípio, cativa’ no seu sentido mais amplo.
na “Introdução” do Projeto e, eventualmente, “Para que fazer?” vincula-se ao estabele-
em um capítulo denominado ‘Delimitação cimento de objetivos a atingir – dando origem
Temática’ (1) ou ‘Exposição do Problema’ (estes a um capítulo bastante conciso que se refere
nomes variam muito, de instituição a institui- às finalidades a serem alcançadas, freqüen-
ção, e não devem ser tomados como parâmetros temente enunciadas em ordem numérica e da
absolutos). Veremos mais adiante que a res- maneira mais simples possível. Este capítulo
posta a esta pergunta deve sofrer sucessivas recebe, normalmente, o título de “Objetivos” (3).
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“A partir de que fundamentos?” remete sobre os quais irá trabalhar – materiais que não
a todo um conjunto de possibilidades teóricas são propriamente aparelhos e ferramentas, mas
ou mesmo de visões de mundo que, pelo sim a matéria-prima que sofrerá a intervenção
menos em parte, o pesquisador já deve trazer das ferramentas e instrumentais diversos.
consigo ao iniciar a sua viagem produtora de No caso da História, para dar o exemplo
conhecimento. O capítulo que busca concentrar de uma das ciências humanas, esta espécie
a referência a estes aspectos fundamentais, de matéria-prima fundamental da qual preci-
verdadeiros alicerces mentais que nortearão sará partir o historiador que empreende a sua
as ações e as escolhas feitas pelo pesquisador, viagem ao passado é a “fonte” ou o “docu-
denomina-se “Quadro Teórico” (4). Trata-se mento histórico”. É conveniente dissertar sobre
aqui, de definir desde as filiações mais amplas, as “fontes” que serão utilizadas, antes de dis-
até os conceitos, expressões e categorias que correr sobre as metodologias que serão utili-
serão utilizados na elaboração reflexiva e na zadas para constituí-las em um corpus docu-
sua exposição de resultados. mental definido e para interpretá-las. Daí ser
“Com o que fazer?” e “Como fazer?” são bastante comum a designação ‘Fontes e
indagações que reenviam respectivamente aos Metodologia’ em um Projeto de História
instrumentos e às técnicas de pesquisa. De (equivalente a ‘Materiais e Metodologia’ em
fato, um “instrumento” é aquilo com o que se projetos experimentais vinculados ao campo
faz, e remete aos recursos de natureza material das ciências exatas).
ou mesmo abstrata que serão empregados Deve-se acrescentar que a Metodologia,
como verdadeiras ferramentas para a pesquisa. para muito além do mero registro dos materiais
Neste caso, são ‘instrumentos’ um cronômetro e e técnicas, deve apresentar essencialmente a
uma balança, um tubo de ensaio (para o caso caracterização da abordagem que a pesquisa
de pesquisas nas áreas das ciências exatas e pretende utilizar em seu desenvolvimento,
biológicas) mas também um formulário, um considerando o problema e seus objetivos.
questionário, ou mesmo um gráfico que se Neste sentido, a Metodologia pressupõe todo
elabora para acondicionar os dados colhidos um referencial ontológico, epistemológico do
e prepará-los para a interpretação. pesquisador.
Já uma ‘técnica’ remete ao modo de rea- “A partir de que diálogos?” é a pergunta
lizar algo, e abrange procedimentos como as que situa uma Pesquisa em uma rede de intertex-
coletas de informações, as entrevistas, as ma- tualidades com outros autores. Dito de outra
neiras sistematizadas de empreender obser- forma, indaga-se aqui pelos “interlocutores”
vações, e também as análises de conteúdo, as da reflexão a ser realizada. Dificilmente uma
análises estatísticas, ou outras metodologias pesquisa científica parte do “ponto zero” (se é
destinadas à interpretação dos dados que foram que já existiu alguma que o tenha feito na his-
coletados ou captados. Enfim, as “técnicas” tória do conhecimento humano). Nem que seja
podem se referir tanto à coleta de dados e à para contestar radicalmente os autores prece-
constituição de documentação, como também dentes que já se debruçaram sobre o mesmo
às análises destes dados e destas fontes. problema, o pesquisador precisa inserir a sua
Os instrumentos e técnicas são habitual- reflexão em um diálogo implícito ou explícito
mente acondicionados em um capítulo bastante com a literatura e com o conhecimento já
importante do Projeto, e que se denomina existente. Mais comum é que, além das even-
“Metodologia” (5), “Métodos e Técnicas”, tuais contestações e correções a autores prece-
“Procedimentos Metodológicos”, ou algo do dentes, o pesquisador também encontre autores
gênero. Também é utilizada, talvez de ma- e obras que lhe servirão como pontos de apoio,
neira ainda mais apropriada, a designação como alavancas para se impulsionar para mais
“Materiais e Metodologia” (“Fontes e Metodo- adiante, como inspiração para novos rumos e
logia”, por exemplo, para o caso da História). abordagens.
É uma designação interessante quando o pesquisa- É neste sentido que, em um Projeto de
dor precisa descrever também os materiais Pesquisa, não pode faltar o que se poderia
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chamar de uma “Revisão Bibliográfica”. Alguns Isto seria exaustivo, quando não impossível.
modelos de Projeto atribuem um capítulo es- Algumas obras podem apenas ser referen-
pecial a este levantamento crítico, no qual o ciadas no compartimento final do Projeto, a
pesquisador irá apresentar e discutir algumas “Bibliografia” ou “Referências Bibliográficas”
das obras preexistentes que serão reapropriadas (8). Outras obras, consideradas pouco impor-
no seu trabalho, seja sob a forma de assimilação tantes para a pesquisa, sequer precisam apa-
ou de confronto. Mas, por outro lado, o já recer. O que não pode faltar são as fontes mais
mencionado “Quadro Teórico”, que vimos ser diretas, que no caso de uma pesquisa
aquele capítulo em que o pesquisador expõe historiográfica, por exemplo, são os chamados
o seu referencial teórico e os conceitos de que “documentos” ou “fontes históricas”. Estas
irá se valer, pode também incluir como item a “fontes primárias”, aliás, devem aparecer se-
revisão bibliográfica, já que, de algum modo, paradas da “bibliografia geral”, precedendo-a.
esta revisão também representa uma base de Ou seja, no caso dos projetos de História o
teoria da qual partirá o pesquisador para ela- capítulo “Bibliografia” deve ser organizado
borar as suas próprias reflexões. em dois itens distintos, um relativo à docu-
O importante é que este item (ou o seu mentação de época ou mais diretamente assi-
conteúdo) esteja efetivamente presente, em- milada como material primário pertinente ao
bora sem repetições. Portanto, se foi destacado problema examinado, e outro relacionado às
um capítulo especial para a “Revisão Biblio- obras de autores vários que refletiram sobre
gráfica” (que muitas vezes aparece logo de- o mesmo tema, e que constituem o diálogo
pois da “Introdução” ou a da “Delimitação intertextual estabelecido pela Pesquisa.
Temática”) as obras ali mencionadas não de- “Quando fazer?” é a pergunta que re-
vem ser rediscutidas no “Quadro Teórico”. É mete à temporalidade relacionada à duração
possível também discutir algumas obras na “Re- da pesquisa, ao planejamento das suas várias
visão Bibliográfica”, mais diretamente ligadas etapas. Toda pesquisa deve ser proposta em
ao tema, e deixar para o “Quadro Teórico” a relação a um intervalo de tempo definido,
discussão de outras que se referem mais pro- mesmo que passível de renovação. Freqüen-
priamente a instrumentais teóricos que serão temente, ela será realizada por etapas, e se
utilizados, a conceitos importantes para a abranger um período relativamente amplo
pesquisa, a categorias e abordagens. (um ano ou mais) será necessário dar à Insti-
Quando o Projeto de Pesquisa delimita tuição satisfações periódicas a respeito do
um capítulo especial para a “Revisão Biblio- andamento da Pesquisa, o que poderá ser feito
gráfica”, logo depois da apresentação do tema com a utilização de um tipo de texto que é
e da definição da problemática, esta oportu- chamado “Relatório de Pesquisa”.
nidade deve ser aproveitada para apresentar Com relação ao Projeto, as várias etapas
as lacunas existentes no conhecimento sobre previstas, as várias atividades que serão reali-
o assunto que será abordado. Tornar claras zadas, os diferentes trabalhos que integrarão
as lacunas bibliográficas relativas ao enfoque a pesquisa – tudo isto precisa ser referenciado
proposto, por sinal, é um excelente elo de em um “Cronograma de Pesquisa”, normal-
ligação para o item “Justificativa”, que pode mente sob a forma de um quadro ou tabela
principiar precisamente ressaltando que, dadas que expõe de maneira instantânea a relação
as lacunas ainda existentes neste ou naquele entre o conjunto de ações previstas e o tempo
aspecto, o Projeto proposto torna-se extrema- previsto para serem realizadas. O Cronograma
mente relevante, já que poderá contribuir de é um instrumento não apenas para o controle
alguma maneira para suprí-las. Com isto, o da Instituição, mas principalmente para o auto-
pesquisador já parte com um excelente argu- controle do pesquisador no que se refere ao
mento a favor da necessidade de a sua pes- andamento do seu trabalho. Ele não é, natural-
quisa ser empreendida. mente, uma tábua sagrada e implacável, mas é
Não é necessário, por outro lado, discutir uma orientação importante para a realização do
toda a bibliografia que existe sobre o assunto. trabalho.
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que já foi dito, o quadro 3 procura relacionar Outro ponto que se mostra oportuno
as várias perguntas que se faz a um Projeto esclarecer é a distinção entre o Projeto e a Pes-
com os seus capítulos correspondentes. quisa propriamente dita, ou ainda entre o Proje-
to e a própria Tese ou Monografia que registrará
os resultados da pesquisa. Um projeto é uma
proposta de realizar algo, é um roteiro, um
instrumento de planejamento. Sua linguagem,
ou pelo menos sua intenção, está associada a
um tempo verbal no futuro. Já a Tese, a Mono-
grafia ou qualquer outro tipo de texto no qual
o pesquisador registra o resultado de sua pes-
quisa e a sua reflexão, corresponde um tra-
balho já realizado e concluído. É a Tese, ou a
Monografia, o que poderá se transformar
eventualmente em livro, não o Projeto. Em
vista disto, a linguagem da tese refere-se a
uma pesquisa já realizada, enquanto a do Pro-
jeto refere-se a uma Pesquisa por se realizar.
Quadro 3 – Perguntas de um projeto e capítulos correspondentes
Desta maneira, se em algumas ocasiões
Por outro lado, embora os vários tipos de é possível aproveitar para o texto da Tese ou
conteúdo atrás descritos marquem uma pre- Monografia trechos que haviam sido escritos
sença quase certa, deve ficar claro que não existe originalmente para o seu Projeto de Pesquisa
um parâmetro oficial e único de Projeto de (um quadro teórico ou metodológico, uma
Pesquisa no que tange à sua ordem e definição revisão bibliográfica) deve-se ter o cuidado
de capítulos. Partindo do modelo proposto, de adaptar a linguagem do ‘futuro ainda não
o pesquisador pode considerar adequado su- realizado’ que aparece no Projeto para a lin-
primir ou acrescentar capítulos, reunir duas guagem do ‘passado já realizado’, da pes-
seções em uma única, modificar a ordem de quisa já concluída exposta na Tese.
Por fim, acrescentaremos que o modelo
apresentação dos capítulos propostos, e assim
de Projeto de Pesquisa atrás discutido, em
por diante – desde que isto faça algum sentido
suas instâncias fundamentais, pode ser utili-
para a sua pesquisa ou que atenda a um padrão
zado de maneira eficaz para a maioria dos
qualquer de lógica proposto pelo próprio campos de conhecimento, sejam os perten-
autor do projeto. De igual maneira, um tipo centes ao universo das ciências humanas, sejam
de pesquisa ou um campo de conhecimento os pertencentes ao universo das ciências exatas
específico pode exigir a abertura de um capí- e biológicas.
tulo que não seria necessário, ou mesmo perti-
Referência
nente, em outro. Enfim, qualquer modelo de
Projeto proposto em uma obra de Metodologia
Científica não é mais que isto: um modelo, BARROS, José D’Assunção. O Projeto de
pronto para ser alterado e adaptado de acor- Pesquisa em História. 4. ed. Petrópolis: Vozes,
do com as necessidades. 2008.
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