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OBSERVAÇÃO IMPORTANTE
AULA 12
Olá pessoal!
SUMÁRIO
Vamos então?
LISTA DE QUESTÕES
Nesse caso, o chefe do setor de recursos humanos tem o prazo de cinco dias para
reconsiderar a decisão; caso não o faça, deverá encaminhar o recurso ao seu superior
hierárquico.
7. (CESPE – TRE/BA 2017) Em caso de recurso administrativo interposto perante
autoridade incompetente, a legislação prevê que
a) o recurso seja remetido à autoridade competente.
b) a autoridade competente seja indicada ao recorrente, sendo-lhe devolvido o prazo
para recurso.
c) o seguimento do recurso seja negado.
d) o recurso seja conhecido, embora deva ser desprovido.
e) o processo administrativo correspondente seja arquivado.
8. (CESPE – TRE/BA 2017) De acordo com a Lei nº 9.784/1999, que regula o
processo administrativo no âmbito federal e trata, entre outros assuntos, dos direitos
e deveres dos administrados e da administração pública, assinale a opção correta.
a) Do processo administrativo em que seja interessado, o administrado tem direito a:
ciência da tramitação; vista dos autos e obtenção de cópias de documentos, ainda
que se trate de processo classificado como sigiloso.
b) A administração pública tem o dever de motivar suas decisões de forma explícita,
clara e congruente, não podendo fazê-lo mediante simples declaração de
concordância com fundamentos de pareceres anteriores.
c) Em qualquer caso, o administrado tem o dever de fazer-se assistir por advogado
para que sejam observados os princípios constitucionais do contraditório e da ampla
defesa.
d) O administrado tem o direito de formular alegações e apresentar documentos antes
e depois da decisão administrativa, os quais devem ser considerados pelo órgão
competente.
e) A administração pública tem o dever de emitir decisão nos processos
administrativos, mas não está obrigada a se manifestar sobre as reclamações dos
administrados.
9. (CESPE – Prefeitura de Belo Horizonte 2017) No que diz respeito ao processo
administrativo, a suas características e à disciplina legal prevista na Lei nº 9.784/1999,
assinale a opção correta.
a) A configuração da má-fé do administrado independe de prova no processo
administrativo.
25. (CESPE – SEDF 2017) Com base na Lei nº 12.527/2011 — Lei de Acesso à
Informação —, julgue o próximo item.
Cidadão que solicite informações de interesse público deve esclarecer a finalidade
para a qual pretenda utilizar as informações requeridas.
26. (CESPE – SEDF 2017) Com base na Lei nº 12.527/2011 — Lei de Acesso à
Informação —, julgue o próximo item.
A solicitação de acesso às informações requeridas deve ser atendida no prazo
máximo e improrrogável de vinte dias.
27. (CESPE – SEDF 2017) Com base na Lei nº 12.527/2011 — Lei de Acesso à
Informação —, julgue o próximo item.
Um documento ultrassecreto pode permanecer em sigilo por prazo inferior a vinte e
cinco anos.
28. (CESPE – SEDF 2017) Com base na Lei nº 12.527/2011 — Lei de Acesso à
Informação —, julgue o próximo item.
Os órgãos e as entidades públicas devem assegurar a concessão de acesso a partes
ostensivas de documentos sigilosos.
29. (Cespe – TCU 2015) Existem três níveis para a classificação da informação:
ultrassecreto, secreto e reservado, com prazos de sigilo de vinte e cinco, quinze e
cinco anos, respectivamente.
30. (Cespe – TCU 2015) O fornecimento de informações públicas está condicionado
à solicitação da pessoa interessada.
31. (Cespe – TCU 2015) Classificam-se como reservadas as informações que
puderem colocar em risco a segurança do presidente, do vice-presidente da República
e de respectivos cônjuges e filhos. Essas informações ficam sob sigilo pelo prazo de
cinco anos, que é o prazo máximo de restrição de acesso à informação classificada
como reservada.
32. (Cespe – STJ 2015) Os órgãos do Poder Judiciário não estão submetidos à lei
mencionada [Lei de Acesso à Informação], pois seus documentos de arquivo possuem
uma grande quantidade de informações pessoais.
33. (Cespe – STJ 2015) Com base na Lei de Acesso à Informação (Lei n.º
12.257/2011), julgue o item a seguir: Quando for extraviada uma informação
solicitada, o solicitante poderá requerer a abertura de sindicância para apurar o seu
desaparecimento.
34. (Cespe – STJ 2015) Os documentos de arquivo que contenham informações
pessoais relativas a intimidade, vida privada, honra e imagem terão seu acesso restrito
de acordo com a classificação de sigilo.
35. (Cespe – Ibama 2013) Um cidadão requereu por escrito, ao ente estadual
encarregado do fornecimento de licenciamento ambiental, informações a respeito da
possibilidade de construção de um hotel em local próximo às margens de um rio que
corta sua cidade. Com base nessa situação, julgue o próximo item.
No requerimento devem constar os motivos pelos quais o cidadão pretende obter as
informações, para que seja feita a devida verificação de seus interesses.
36. (Cespe – Ibama 2013) Um cidadão requereu por escrito, ao ente estadual
encarregado do fornecimento de licenciamento ambiental, informações a respeito da
possibilidade de construção de um hotel em local próximo às margens de um rio que
corta sua cidade. Com base nessa situação, julgue o próximo item.
O acesso às informações poderá ser negado, caso exijam trabalhos adicionais de
análise, interpretação ou consolidação de dados, ou ainda serviço de produção ou
tratamento de dados que não seja de competência da entidade.
37. (Cespe – Bacen 2013) O órgão público não pode exigir do particular que ele
apresente os motivos determinantes da solicitação de informações de interesse
público por ele realizada.
38. (Cespe – TCDF 2014) Estão sujeitas às disposições da legislação federal e
distrital que rege o tema entidades que, não tendo fins lucrativos, recebem, para a
realização de ações de interesse público, recursos públicos diretamente do orçamento
ou mediante subvenções sociais, contrato de gestão, termo de parceria, convênios,
acordos, ajustes ou outros instrumentos congêneres.
39. (Cespe – ICMBio 2014) Considere que o ICMBio tenha indeferido o pedido de
acesso a informações de determinado projeto de pesquisa por ele coordenado, ao
argumento de que as informações constantes desse projeto de pesquisa seriam
sigilosas. Nessa situação, está correta a ação do instituto, pois a Lei de Acesso à
informação veda o acesso a esses projetos, independentemente de seu conteúdo.
40. (Cespe – ICMBio 2014) O cidadão tem direito de receber dos órgãos públicos
informações de seu interesse ou de interesse coletivo.
QUESTÕES COMENTADAS
Gabarito: Certo
6. (CESPE – TCE/SC 2016) Com base na doutrina e nas normas de direito
administrativo, julgue o item que se segue.
Dez anos após a data em que deveria ter ocorrido o primeiro pagamento de vantagem
pecuniária a que José fazia jus, ele apresentou requerimento administrativo ao chefe
do setor de recursos humanos solicitando o pagamento de tal vantagem. O pedido foi
indeferido sob o fundamento de ocorrência da prescrição. José, então, apresentou
recurso.
Nesse caso, o chefe do setor de recursos humanos tem o prazo de cinco dias para
reconsiderar a decisão; caso não o faça, deverá encaminhar o recurso ao seu superior
hierárquico.
Comentários: A Lei 9.784/99 prevê o seguinte:
Art. 56. Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de legalidade e
de mérito.
Gabarito: Certo
7. (CESPE – TRE/BA 2017) Em caso de recurso administrativo interposto perante
autoridade incompetente, a legislação prevê que
a) o recurso seja remetido à autoridade competente.
b) a autoridade competente seja indicada ao recorrente, sendo-lhe devolvido o prazo
para recurso.
c) o seguimento do recurso seja negado.
d) o recurso seja conhecido, embora deva ser desprovido.
e) o processo administrativo correspondente seja arquivado.
Comentários: Em princípio, a Lei 9.784/99 prevê que o recurso interposto
perante autoridade incompetente não será conhecido (Art. 63, II). Contudo, o §
1º do mesmo artigo determina que seja indicado ao recorrente a autoridade
competente, sendo-lhe devolvido o prazo.
Gabarito: alternativa “b”
8. (CESPE – TRE/BA 2017) De acordo com a Lei nº 9.784/1999, que regula o
processo administrativo no âmbito federal e trata, entre outros assuntos, dos direitos
e deveres dos administrados e da administração pública, assinale a opção correta.
a) Do processo administrativo em que seja interessado, o administrado tem direito a:
ciência da tramitação; vista dos autos e obtenção de cópias de documentos, ainda
que se trate de processo classificado como sigiloso.
b) A administração pública tem o dever de motivar suas decisões de forma explícita,
clara e congruente, não podendo fazê-lo mediante simples declaração de
concordância com fundamentos de pareceres anteriores.
c) Em qualquer caso, o administrado tem o dever de fazer-se assistir por advogado
para que sejam observados os princípios constitucionais do contraditório e da ampla
defesa.
d) O administrado tem o direito de formular alegações e apresentar documentos antes
e depois da decisão administrativa, os quais devem ser considerados pelo órgão
competente.
e) A administração pública tem o dever de emitir decisão nos processos
administrativos, mas não está obrigada a se manifestar sobre as reclamações dos
administrados.
Comentários:
RE 631.240/MG (3/9/2014)
I - A concessão de benefícios previdenciários depende de requerimento do
interessado, não se caracterizando ameaça ou lesão a direito antes de sua apreciação
e indeferimento pelo INSS, ou se excedido o prazo legal para sua análise. É bem de
ver, no entanto, que a exigência de prévio requerimento não se confunde com o
exaurimento das vias administrativas;
II – A exigência de prévio requerimento administrativo não deve prevalecer
quando o entendimento da Administração for notória e reiteradamente contrário
à postulação do segurado;
(...)
d) CERTA. A possibilidade legal de recusar provas impertinentes está
consignada na seguinte passagem da Lei 9.784/99:
Art. 38. O interessado poderá, na fase instrutória e antes da tomada da decisão, juntar
documentos e pareceres, requerer diligências e perícias, bem como aduzir alegações
referentes à matéria objeto do processo.
§ 2º Somente poderão ser recusadas, mediante decisão fundamentada, as provas
propostas pelos interessados quando sejam ilícitas, impertinentes, desnecessárias ou
protelatórias.
Comentários:
a) ERRADA. De forma diversa, inexistindo competência legal específica, o
processo administrativo deverá ser iniciado perante a autoridade de menor grau
hierárquico para decidir (Art. 17). Isso possibilita a existência de recursos, o que
não aconteceria se a análise já se iniciasse pela autoridade de maior
envergadura.
b) CERTA. Em conformidade com a seguinte passagem:
Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento
legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que
estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão
de circunstâncias de índole técnica,3social, econômica, jurídica ou territorial.
O eventual indeferimento do referido pedido, assim como os demais atos que neguem
direitos à empresa, deverá ser necessariamente motivado.
Comentário: O indeferimento do pedido da empresa corresponde a uma
negativa de direito por parte da Administração, afinal, o benefício fiscal estava
previsto em lei. Dessa forma, o ato administrativo que nega a concessão do
benefício deve ser necessariamente motivado, com indicação expressa dos
fatos e dos fundamentos jurídicos que levara àquela decisão. É o que diz o art.
50, I da Lei 9.784/1999:
Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos
fundamentos jurídicos, quando:
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I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;
II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;
III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública;
IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório;
V - decidam recursos administrativos;
VI - decorram de reexame de ofício;
VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de
pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais;
VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo.
Gabarito: Errado
19. (Cespe – Polícia Federal 2014) Suponha que uma autoridade administrativa
delegue determinada competência a um subordinado e que, no exercício dessa
delegação, este pratique ato ilegal que fira direito líquido e certo. Nessa situação,
eventual mandado de segurança deve ser impetrado em face da autoridade
delegante.
Comentário: O ato praticado sob delegação reputa-se praticado pelo
delegado, isto é, por quem efetivamente praticou a ação, o qual, inclusive,
responderá por eventuais irregularidades no exercício da competência
delegada. É o que diz o art. 14, §3º da Lei 9.784/1999:
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§ 3o As decisões adotadas por delegação devem mencionar explicitamente esta
qualidade e considerar-se-ão editadas pelo delegado.
Dessa forma, eventual mandado de segurança deverá ser impetrado em
face da autoridade delegada (e não da delegante).
Gabarito: Errado
20. (Cespe – TJDFT 2013) Um dos efeitos do sistema hierárquico na administração é a
avocação de competência, possível somente entre órgãos e agentes do mesmo nível
hierárquico ou entre os quais haja relação de subordinação, em razão de circunstâncias de
índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial.
pagos pelo requerente, que poderá ser isento se, comprovadamente, não tiver
condições financeiras para arcar com os custos de obtenção da informação.
c) Após a correta petição, o órgão ou entidade que recebeu o pedido tem até trinta
dias para apresentar resposta por escrito, conforme a instrução do peticionário.
d) Apenas as entidades da administração direta estão obrigados a fornecer
informações solicitadas por pessoas nascidas no Brasil, desde que o pedido seja feito
por meio legítimo e traga discriminada a identificação de quem apresentou o pedido e
a especificação da informação que foi pedida.
e) Não há previsão de recursos nos casos de respostas negativas de acesso à
informação ou nos casos em que o órgão peticionado se recuse a responder o porquê
de o acesso à informação ter sido negado.
Comentários:
a) ERRADA. De forma diversa, a LAI prevê o seguinte:
Art. 21. Não poderá ser negado acesso à informação necessária à tutela judicial
ou administrativa de direitos fundamentais.
Parágrafo único. As informações ou documentos que versem sobre condutas que
impliquem violação dos direitos humanos praticada por agentes públicos ou a mando
de autoridades públicas não poderão ser objeto de restrição de acesso.
a) ERRADA. Entre outras, a LAI estabelece que são condutas ilícitas as que
impliquem destruição ou subtração, por qualquer meio, de documentos
relacionados a possíveis violações de direitos humanos por parte de agentes
do Estado (Art. 32, VII).
b) ERRADA. O mesmo Art. 32, inciso II25 classifica como conduta ilícita
que enseja responsabilidade do agente público ou militar: “recusar-se a
fornecer informação requerida nos termos desta Lei, retardar deliberadamente
o seu fornecimento ou fornecê-la intencionalmente de forma incorreta,
incompleta ou imprecisa;”. E tal mandamento não excepciona situações que
eventualmente impliquem prejuízo financeiro para o ente estatal onde a
informação se localiza.
c) CERTA. Conforme alternativa “b”.
d) ERRADA. É necessário sim o consentimento da pessoa, nos termos
tratados na LAI:
Art. 31. O tratamento das informações pessoais deve ser feito de forma
transparente e com respeito à intimidade, vida privada, honra e imagem das
pessoas, bem como às liberdades e garantias individuais.
§ 1º As informações pessoais, a que se refere este artigo, relativas à intimidade,
vida privada, honra e imagem:
I - terão seu acesso restrito, independentemente de classificação de sigilo e pelo
prazo máximo de 100 (cem) anos a contar da sua data de produção, a agentes públicos
legalmente autorizados e à pessoa a que elas se referirem; e
II - poderão ter autorizada sua divulgação ou acesso por terceiros diante de
previsão legal ou consentimento expresso da pessoa a que elas se referirem.
e) ERRADA. O controle, por si, não constitui ilícito. Ao contrário, ele auxilia
para que as informações sejam adequadamente custodiadas, bem como
permitido o acesso nas situações previstas na norma.
Gabarito: alternativa “c”
25. (CESPE – SEDF 2017) Com base na Lei nº 12.527/2011 — Lei de Acesso à
Informação —, julgue o próximo item.
Cidadão que solicite informações de interesse público deve esclarecer a finalidade
para a qual pretenda utilizar as informações requeridas.
Comentários: A LAI não exige esclarecimento do interessado acerca da
possível utilização das informações buscadas. Ao contrário, a norma veda
quaisquer exigências relativas aos motivos determinantes da solicitação de
informações de interesse público (Art. 10, § 3º).
Gabarito: Errado
26. (CESPE – SEDF 2017) Com base na Lei nº 12.527/2011 — Lei de Acesso à
Informação —, julgue o próximo item.
A solicitação de acesso às informações requeridas deve ser atendida no prazo
máximo e improrrogável de vinte dias.
Comentários: Em princípio, o acesso às informações deve ser imediato,
admitindo-se, no entanto, quando não seja possível o pronto atendimento, o
fornecimento em até 20 dias, que ainda podem ser prorrogados por mais 10 dias,
conforme a seguinte passagem da LAI:
Art. 11. O órgão ou entidade pública deverá autorizar ou conceder o acesso
imediato à informação disponível.
§ 1º Não sendo possível conceder o acesso imediato, na forma disposta no caput,
o órgão ou entidade que receber o pedido deverá, em prazo não superior a 20 (vinte)
dias:
I - comunicar a data, local e modo para se realizar a consulta, efetuar a
reprodução ou obter a certidão;
II - indicar as razões de fato ou de direito da recusa, total ou parcial, do acesso
pretendido; ou
III - comunicar que não possui a informação, indicar, se for do seu
conhecimento, o órgão ou a entidade que a detém, ou, ainda, remeter o requerimento a
esse órgão ou entidade, cientificando o interessado da remessa de seu pedido de
informação.
§ 2º O prazo referido no § 1º poderá ser prorrogado por mais 10 (dez) dias,
mediante justificativa expressa, da qual será cientificado o requerente.
Gabarito: Errado
27. (CESPE – SEDF 2017) Com base na Lei nº 12.527/2011 — Lei de Acesso à
Informação —, julgue o próximo item.
Um documento ultrassecreto pode permanecer em sigilo por prazo inferior a vinte e
cinco anos.
Comentários: Na realidade, o prazo de restrição à informação estabelecido
na norma é “máximo” (Art. 24, § 1º). Dessa forma, admite-se que um documento
ultrassecreto possa permanecer em sigilo por prazo inferior a 25 anos.
Apesar de se tratar de prazo máximo, a LAI admite a prorrogação do sigilo
de informação classificada como ultrassecreta, por uma única vez e por igual
período, quando o seu acesso ou divulgação puder ocasionar ameaça externa à
soberania nacional ou à integridade do território nacional ou grave risco às
relações internacionais do País (Art. 35, § 1º, III, e § 2º).
Gabarito: Errado
28. (CESPE – SEDF 2017) Com base na Lei nº 12.527/2011 — Lei de Acesso à
Informação —, julgue o próximo item.
Os órgãos e as entidades públicas devem assegurar a concessão de acesso a partes
ostensivas de documentos sigilosos.
Comentários: Trata-se dos documentos que têm uma parcela de
informações ostensivas (passíveis, portanto, de divulgação) e outra sigilosa.
Neste caso, não se deve negar acesso à parte ostensiva, conforme prevê a LAI:
Art. 7º (...)
§ 2º Quando não for autorizado acesso integral à informação por ser ela
parcialmente sigilosa, é assegurado o acesso à parte não sigilosa por meio de
certidão, extrato ou cópia com ocultação da parte sob sigilo.
Gabarito: Certo
29. (Cespe – TCU 2015) Existem três níveis para a classificação da informação:
ultrassecreto, secreto e reservado, com prazos de sigilo de vinte e cinco, quinze e cinco anos,
respectivamente.
Gabarito: Certo
30. (Cespe – TCU 2015) O fornecimento de informações públicas está condicionado à
solicitação da pessoa interessada.
Comentário: O fornecimento de informações públicas não está condicionado
à solicitação da pessoa interessada. No sistema estabelecido pela LAI, foram
contempladas duas formas de garantir o acesso à informação:
➢ Transparência ativa: As informações são disponibilizadas pela Administração,
independentemente de solicitação, inclusive pela referência nos respectivos
sites oficiais da internet.
➢ Transparência passiva: As informações são transmitidas em resposta a
requerimento de acesso à informação formulado pelo interessado.
Gabarito: Errado
31. (Cespe – TCU 2015) Classificam-se como reservadas as informações que puderem
colocar em risco a segurança do presidente, do vice-presidente da República e de respectivos
cônjuges e filhos. Essas informações ficam sob sigilo pelo prazo de cinco anos, que é o prazo
máximo de restrição de acesso à informação classificada como reservada.
Comentário: Segundo o art. 24, §2º da LAI, “as informações que puderem
colocar em risco a segurança do Presidente e Vice-Presidente da República e
respectivos cônjuges e filhos(as) serão classificadas como reservadas e ficarão
sob sigilo até o término do mandato em exercício ou do último mandato, em
caso de reeleição”.
Pela parte final do dispositivo, percebe-se que esse tipo de informação
constitui uma exceção à regra pela qual as informações classificadas como
reservadas permanecem com restrição de acesso por no máximo cinco anos
(art. 24, §1º, III). Em caso de reeleição, por exemplo, a restrição poderá perdurar
por oito anos, considerando o mandato de quatro anos.
Gabarito: Errado
32. (Cespe – STJ 2015) Os órgãos do Poder Judiciário não estão submetidos à lei
mencionada [Lei de Acesso à Informação], pois seus documentos de arquivo possuem uma
grande quantidade de informações pessoais.
34. (Cespe – STJ 2015) Os documentos de arquivo que contenham informações pessoais
relativas a intimidade, vida privada, honra e imagem terão seu acesso restrito de acordo com
a classificação de sigilo.
construção de um hotel em local próximo às margens de um rio que corta sua cidade. Com
base nessa situação, julgue o próximo item.
O acesso às informações poderá ser negado, caso exijam trabalhos adicionais de análise,
interpretação ou consolidação de dados, ou ainda serviço de produção ou tratamento de
dados que não seja de competência da entidade.
39. (Cespe – ICMBio 2014) Considere que o ICMBio tenha indeferido o pedido de acesso
a informações de determinado projeto de pesquisa por ele coordenado, ao argumento de que
as informações constantes desse projeto de pesquisa seriam sigilosas. Nessa situação, está
correta a ação do instituto, pois a Lei de Acesso à informação veda o acesso a esses projetos,
independentemente de seu conteúdo.
Gabarito
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
C E E E C C B A D A
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
E B D E C C C E E E
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
B E C C E E E C C E
31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
E E C E E C C C E C
Erick Alves
RESUMÃO DA AULA
PROCESSO ADMINISTRATIVO FEDERAL LEI 9.784/1999
Lei 9.784 aplica-se ▪ Estados, DF e Municípios que não possuem leis próprias (jurisprudência STJ).
de forma subsidiária ▪ Processos administrativos federais regulados por leis específicas (ex: PAD).
➢ Trâmite processual:
▪ Início do processo -> de ofício ou a pedido (de regra, por escrito, salvo quando admitida solicitação oral).
▪ É vedada a recusa imotivada de recebimento de documentos. O servidor deve orientar o interessado.
▪ Vários interessados com pedido idêntico podem formular um único requerimento.
▪ Inexistindo competência legal específica, o processo deverá ser iniciado perante a autoridade de menor
grau hierárquico para decidir.
▪ Impedimento -> situações objetivas -> Interesse direto ou indireto na matéria; participação no processo
(do servidor ou de seu cônjuge e parente e afins até 3º grau) como perito, testemunha ou representante;
litígio judicial ou administrativo com o interessado e respectivo cônjuge ou companheiro -> Deve ser
declarado pelo próprio servidor -> Obrigatório!
▪ Suspeição -> situações subjetivas -> Amizade íntima ou inimizade notória com algum dos interessados ou
com os respectivos cônjuges, companheiros, parentes e afins até o 3º grau -> Pode ser arguida pelo próprio
servidor ou por outros interessados -> Facultativo!
▪ Em caso de risco iminente, a Administração Pública poderá motivadamente adotar providências
acauteladoras sem a prévia manifestação do interessado;
▪ Preferencialmente, os atos do processo deverão ser realizados em dias úteis, na sede do órgão, mas podem
também ser realizados em outro local, desde que o interessado seja cientificado.
▪ O desatendimento da intimação NÃO importa o reconhecimento da verdade dos fatos, nem a renúncia a
direito pelo administrado; o direito de defesa será garantido na sequência do processo.
▪ Terão tramitação preferencial as pessoas: com idade igual ou superior a 60 anos; portadoras de deficiência,
física ou mental; portadoras de doença grave.
▪ O interessado poderá, por escrito, desistir total ou parcialmente do processo; a Administração, contudo,
poderá prosseguir com o feito, caso entenda que o interesse público exige.
ATO PRAZO
Para todos os atos, inexistindo 5 dias, salvo força maior, prorrogáveis por até igual período, se
disposição específica justificado.
Emissão de parecer de órgão 15 dias, salvo norma especial ou comprovada necessidade de maior
consultivo prazo.
Contagem de prazos:
✓ Os prazos expressos em dias contam-se de modo contínuo.
✓ Os prazos fixados em meses ou anos contam-se de data a data; se no mês do vencimento não houver o dia
equivalente àquele do início do prazo, tem-se como termo o último dia do mês.
✓ Salvo motivo de força maior devidamente comprovado, os prazos processuais não se suspendem.
LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO LEI 12.527/2011
Transparência ativa:
▪ As informações são disponibilizadas pela Administração, independentemente de solicitação.
▪ É obrigatória a divulgação na internet de informações de interesse geral e coletivo, exceto para Municípios
com até 10 mil habitantes.
Transparência passiva:
▪ As informações são transmitidas em resposta a requerimento do interessado.
▪ Se disponível, a informação deve ser dada de imediato; caso contrário, o órgão terá 20 dias, prorrogável
por mais 10, para disponibiliza-la, nega-la, comunicar que a não possui ou indicar quem possui.
▪ A negativa de acesso às informações deve ser fundamentada, sob pena de sujeitar-se o responsável a
medidas disciplinares.
▪ É direito do requerente obter o inteiro teor de decisão de negativa de acesso, por certidão ou cópia.
▪ Comissão Mista de Reavaliação de Informações: pode prorrogar o ultrassecreto por mais 25 anos; revisa
as classificações, de ofício, a cada 4 anos, no máximo.
➢ Informações pessoais: até 100 anos; independe de classificação. O acesso pode ser autorizado por lei
ou consentimento expresso.
Recursos: perante a autoridade superior, no prazo de 10 dias. No Executivo Federal, pode recorrer à CGU.
Referências:
Alexandrino, M. Paulo, V. Direito Administrativo Descomplicado. 22ª ed. São Paulo:
Método, 2014.
Bandeira de Mello, C. A. Curso de Direito Administrativo. 27ª ed. São Paulo: Malheiros,
2010.
Borges, C. Curso de Direito Administrativo para AFRB 2014: teoria e questões comentadas.
Estratégia Concursos, 2014.
Carvalho Filho, J. S. Manual de Direito Administrativo. 27ª ed. São Paulo: Atlas, 2014.
Di Pietro, M. S. Z. Direito Administrativo. 22ª ed. São Paulo: Editora Atlas, 2009.
Furtado, L. R. Curso de Direito Administrativo. 4ª ed. Belo Horizonte: Fórum, 2013.
Knoplock, G. M. Manual de Direito Administrativo: teoria e questões. 7ª ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2013.
Justen Filho, Marçal. Curso de direito administrativo. 10ª ed. São Paulo: Revista dos
Tribunais, 2014.
Marrara, Thiago. As fontes do direito administrativo e o princípio da legalidade. Revista
Digital de Direito Administrativo. Ribeirão Preto. V. 1, n. 1, p. 23-51, 2014.
Meirelles, H. L. Direito administrativo brasileiro. 34ª ed. São Paulo: Malheiros, 2008.
Scatolino, G. Trindade, J. Manual de Direito Administrativo. 2ª ed. JusPODIVM, 2014.