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Aula 12

1000 Questões de Direito Administrativo - Banca CESPE


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Direito Administrativo - CESPE
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Olá pessoal!

Na aula de hoje iremos comentar questões sobre Processo


Administrativo Federal e Lei de Acesso à Informação.

Seguiremos o seguinte sumário:

SUMÁRIO

LISTA DE QUESTÕES ...................................................................................................................................................... 3


Processo administrativo federal.................................................................................................................................. 3
Lei de acesso à informação ............................................................................................................................................ 7
QUESTÕES COMENTADAS ........................................................................................................................................ 11
Processo administrativo federal............................................................................................................................... 11
Lei de acesso à informação ......................................................................................................................................... 23
GABARITO ........................................................................................................................................................................ 36
RESUMÃO DA AULA .............................................................................................................................................. 37

Vamos então?

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LISTA DE QUESTÕES

PROCESSO ADMINISTRATIVO FEDERAL

1. (CESPE – Prefeitura de Fortaleza/CE 2017) O prefeito de um município


brasileiro delegou determinada competência a um secretário municipal. No exercício
da função delegada, o secretário emitiu um ato ilegal.
Nessa situação, a responsabilidade pela ilegalidade do ato deverá recair apenas sobre
a autoridade delegada.
2. (CESPE – Prefeitura de Fortaleza/CE 2017) Com relação a processo
administrativo, poderes da administração e serviços públicos, julgue o item
subsecutivo.
Nos termos da jurisprudência do STF, caso um particular interponha recurso
administrativo contra uma multa de trânsito, por se tratar do exercício do poder de
polícia pela administração, a admissibilidade do recurso administrativo dependerá de
depósito prévio a ser efetuado pelo administrado.
3. (CESPE – FUB 2016) A respeito do processo administrativo, julgue o item
subsequente.
A desistência do interessado extingue o processo administrativo, mesmo que haja
interesse público no seu prosseguimento.
4. (CESPE – FUB 2016) A respeito do processo administrativo, julgue o item
subsequente.
O reconhecimento de firmas por notário oficial é obrigatório na realização dos atos do
processo administrativo.
5. (CESPE – FUB 2016) A respeito do processo administrativo, julgue o item
subsequente.
Quando a matéria do processo envolver assunto de interesse geral, poderá ser aberto
período de consulta pública para a manifestação de terceiros, se não houver prejuízo
para a parte interessada.
6. (CESPE – TCE/SC 2016) Com base na doutrina e nas normas de direito
administrativo, julgue o item que se segue.
Dez anos após a data em que deveria ter ocorrido o primeiro pagamento de vantagem
pecuniária a que José fazia jus, ele apresentou requerimento administrativo ao chefe
do setor de recursos humanos solicitando o pagamento de tal vantagem. O pedido foi
indeferido sob o fundamento de ocorrência da prescrição. José, então, apresentou
recurso.

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Nesse caso, o chefe do setor de recursos humanos tem o prazo de cinco dias para
reconsiderar a decisão; caso não o faça, deverá encaminhar o recurso ao seu superior
hierárquico.
7. (CESPE – TRE/BA 2017) Em caso de recurso administrativo interposto perante
autoridade incompetente, a legislação prevê que
a) o recurso seja remetido à autoridade competente.
b) a autoridade competente seja indicada ao recorrente, sendo-lhe devolvido o prazo
para recurso.
c) o seguimento do recurso seja negado.
d) o recurso seja conhecido, embora deva ser desprovido.
e) o processo administrativo correspondente seja arquivado.
8. (CESPE – TRE/BA 2017) De acordo com a Lei nº 9.784/1999, que regula o
processo administrativo no âmbito federal e trata, entre outros assuntos, dos direitos
e deveres dos administrados e da administração pública, assinale a opção correta.
a) Do processo administrativo em que seja interessado, o administrado tem direito a:
ciência da tramitação; vista dos autos e obtenção de cópias de documentos, ainda
que se trate de processo classificado como sigiloso.
b) A administração pública tem o dever de motivar suas decisões de forma explícita,
clara e congruente, não podendo fazê-lo mediante simples declaração de
concordância com fundamentos de pareceres anteriores.
c) Em qualquer caso, o administrado tem o dever de fazer-se assistir por advogado
para que sejam observados os princípios constitucionais do contraditório e da ampla
defesa.
d) O administrado tem o direito de formular alegações e apresentar documentos antes
e depois da decisão administrativa, os quais devem ser considerados pelo órgão
competente.
e) A administração pública tem o dever de emitir decisão nos processos
administrativos, mas não está obrigada a se manifestar sobre as reclamações dos
administrados.
9. (CESPE – Prefeitura de Belo Horizonte 2017) No que diz respeito ao processo
administrativo, a suas características e à disciplina legal prevista na Lei nº 9.784/1999,
assinale a opção correta.
a) A configuração da má-fé do administrado independe de prova no processo
administrativo.

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b) Segundo o STF, não haverá nulidade se a apreciação de recurso administrativo for


feita pela mesma autoridade que tiver decidido a questão no processo administrativo.
c) Ainda que a pretensão do administrado seja contrária a posição notoriamente
conhecida do órgão administrativo, sem o prévio requerimento administrativo, falta-lhe
interesse para postular diretamente no Poder Judiciário.
d) Não ofende a garantia do devido processo legal decisão da administração que
indefere a produção de provas consideradas não pertinentes pelo administrador.
10. (CESPE – TJ/PR 2017) Com base na Lei nº 9.784/1999, assinale a opção correta
acerca da revogação e dos elementos dos atos administrativos.
a) A revogação de um ato administrativo deve apresentar os seus motivos
devidamente externados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos.
b) O ato de delegação pode ser revogado a qualquer tempo pela autoridade delegante
ou pela autoridade delegada.
c) O ato de delegação deve ser publicado no meio oficial, mas não o de sua
revogação.
d) Caso um ato administrativo esteja eivado de vício de legalidade, o Poder Judiciário
terá de revogá-lo.
11. (CESPE – TRE/PI 2016) Acerca do processo administrativo no âmbito da
administração pública federal, regido pela Lei nº 9.784/1999, assinale a opção correta.
a) As normas da lei em apreço não se aplicam ao Congresso Nacional, ainda que no
exercício de função administrativa, em razão de esse órgão do Poder Legislativo não
integrar a administração pública.
b) O administrado, no processo administrativo, deverá ser assistido por advogado para
poder formular alegações e apresentar documentos.
c) Os prazos processuais podem ser suspensos, desde que o administrado apresente
solicitação fundamentada nesse sentido.
d) Nos processos administrativos, deve ser observado o critério de atendimento a fins
de interesse geral, sendo possível a renúncia parcial de competências, desde que
autorizada por decreto.
e) Para os fins da lei em questão, é também considerada órgão aquela unidade
integrante da estrutura da administração indireta.
12. (CESPE – TRE/PI 2016) A respeito da competência no processo administrativo
no âmbito da administração pública federal, assinale a opção correta à luz da Lei nº
9.784/1999.

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a) Inexistindo competência legal, o processo será iniciado perante a autoridade de


maior grau hierárquico.
b) A competência poderá ser delegada a órgão que não seja subordinado ao do
delegante.
c) A renúncia parcial de competência poderá ser exercida nos limites do interesse
público.
d) Em situações específicas, elencadas na lei em questão, a decisão acerca de
recursos administrativos poderá ser delegada.
e) É vedada a inclusão, no ato de delegação, de ressalva de exercício da atribuição
delegada.
13. (CESPE – TRE/PI 2016) No curso de um processo administrativo, poderá ser
arguida a suspeição de servidor que
a) tiver participado como perito.
b) estiver litigando administrativamente com o companheiro do interessado.
c) estiver litigando judicialmente com o interessado.
d) tiver amizade íntima com o cônjuge do interessado.
e) tiver interesse indireto na matéria.
14. (CESPE – TCE/PR 2016) À luz da Lei nº 9.784/1999, assinale a opção correta.
a) Os prazos fixados em meses ou anos contam-se de data a data. Se, no mês do
vencimento, não houver o dia equivalente àquele do início do prazo, e referido mês
terminar em dia útil, ter-se-á como termo final do prazo o primeiro dia útil do mês
seguinte.
b) A revisão do processo administrativo que resultar em aplicação de sanção
dependerá da manifestação do apenado.
c) Os prazos começam a correr a partir da data da cientificação oficial do interessado,
incluindo-se na contagem o dia da notificação.
d) Para efeito de prioridade na tramitação dos procedimentos administrativos, são
consideradas idosas as pessoas com mais de sessenta e cinco anos de idade.
e) O recurso administrativo deve ser dirigido à autoridade que proferir a decisão
recorrida; se não reconsiderar a decisão, tal autoridade terá de encaminhar o recurso
à autoridade que lhe for superior.
15. (Cespe – CGE-PI 2015) A edição de atos de caráter normativo e a decisão de
recursos administrativos não podem ser objetos de delegação.

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16. (Cespe – CGE-PI 2015) O processo administrativo poderá iniciar-se de ofício ou


em razão de requerimento do interessado.
17. (Cespe – Suframa 2014) Considerando que uma empresa tenha solicitado à
SUFRAMA a concessão de benefícios fiscais previstos em lei para as empresas da
ZFM que observassem o processo produtivo básico previsto em regulamento, julgue
o item abaixo.
O eventual indeferimento do referido pedido, assim como os demais atos que neguem
direitos à empresa, deverá ser necessariamente motivado.
18. (Cespe – TCDF 2014) Um órgão administrativo somente em caráter excepcional
e temporário poderá avocar a competência de outros órgãos, ainda que estes não lhe
sejam hierarquicamente subordinados.
19. (Cespe – Polícia Federal 2014) Suponha que uma autoridade administrativa
delegue determinada competência a um subordinado e que, no exercício dessa
delegação, este pratique ato ilegal que fira direito líquido e certo. Nessa situação,
eventual mandado de segurança deve ser impetrado em face da autoridade
delegante.
20. (Cespe – TJDFT 2013) Um dos efeitos do sistema hierárquico na administração
é a avocação de competência, possível somente entre órgãos e agentes do mesmo
nível hierárquico ou entre os quais haja relação de subordinação, em razão de
circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial.

LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO

21. (CESPE – TCE/PR 2016) Considerando a Lei nº 12.527/2011 — Lei de Acesso


à Informação (LAI) —, assinale a opção correta.
a) Devido ao seu caráter confidencial, informações a respeito de violações de direitos
humanos praticadas por agentes do Estado são mantidas sob sigilo pelo período
mínimo de quinze anos.
b) A busca e o fornecimento da informação devem ser gratuitos, com exceção de
documentos que tenham custos de produção. Nesses casos, os custos devem ser
pagos pelo requerente, que poderá ser isento se, comprovadamente, não tiver
condições financeiras para arcar com os custos de obtenção da informação.
c) Após a correta petição, o órgão ou entidade que recebeu o pedido tem até trinta
dias para apresentar resposta por escrito, conforme a instrução do peticionário.
d) Apenas as entidades da administração direta estão obrigados a fornecer
informações solicitadas por pessoas nascidas no Brasil, desde que o pedido seja feito
por meio legítimo e traga discriminada a identificação de quem apresentou o pedido e
a especificação da informação que foi pedida.

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e) Não há previsão de recursos nos casos de respostas negativas de acesso à


informação ou nos casos em que o órgão peticionado se recuse a responder o porquê
de o acesso à informação ter sido negado.
22. (CESPE – TCE/SC 2016) Com base no disposto na Lei de Responsabilidade
Fiscal e na Lei de Acesso à Informação, julgue o item subsequente.
No caso de indeferimento de acesso a informações, o recurso deverá ser apresentado
inicialmente à autoridade que exarou a decisão impugnada, cabendo recurso em
segunda instância à autoridade hierarquicamente superior.
23. (CESPE – TCE/PR 2016) No que se refere à classificação da informação,
conforme estabelecido na LAI, assinale a opção correta.
a) Conforme o valor estratégico da informação, o prazo de sigilo, após seu término,
poderá ser renovado por mais dez anos.
b) Devido à dificuldade operacional, não é possível acessar dados relativos a metas e
indicadores de resultados de projetos, programas e políticas públicas financiadas com
recursos estatais.
c) Informações cuja disseminação coloque em risco a defesa e a soberania nacional,
além da integridade do território brasileiro, são passíveis de classificação como
sigilosas.
d) Em razão de seu valor estratégico, as informações sigilosas são classificadas como
secretas, limitadas ou reguladas.
e) Para os municípios, o menor prazo de restrição de acesso à informação é de oito
anos; para os estados e a União, esse prazo é de dezesseis anos.
24. (CESPE – TCE/PR 2016) A respeito de responsabilidades dos agentes públicos,
conforme disposto na LAI, assinale a opção correta.
a) É permitido ao agente público usar de suas prerrogativas para destruir documentos
referentes a violações de direitos humanos por parte de agentes do Estado.
b) É lícito que o agente público se negue a fornecer, de forma deliberada, informações
que impliquem prejuízo financeiro para o ente estatal onde a informação se localiza.
c) Caracteriza conduta ilícita por parte do agente público se recusar a fornecer a
informação requisitada, ou demorar para atender ao pedido de acesso à informação
ou, ainda, fornecer aos cidadãos informações incompletas, imprecisas ou incorretas.
d) Informações pessoais relativas à intimidade, vida privada, honra e imagem não
podem ser divulgadas pelo agente público, independentemente de consentimento
expresso da pessoa a que elas se referirem.
e) Caracteriza conduta ilícita por parte do agente público controlar o acesso a
informações sigilosas e pessoais de terceiros.

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25. (CESPE – SEDF 2017) Com base na Lei nº 12.527/2011 — Lei de Acesso à
Informação —, julgue o próximo item.
Cidadão que solicite informações de interesse público deve esclarecer a finalidade
para a qual pretenda utilizar as informações requeridas.
26. (CESPE – SEDF 2017) Com base na Lei nº 12.527/2011 — Lei de Acesso à
Informação —, julgue o próximo item.
A solicitação de acesso às informações requeridas deve ser atendida no prazo
máximo e improrrogável de vinte dias.
27. (CESPE – SEDF 2017) Com base na Lei nº 12.527/2011 — Lei de Acesso à
Informação —, julgue o próximo item.
Um documento ultrassecreto pode permanecer em sigilo por prazo inferior a vinte e
cinco anos.
28. (CESPE – SEDF 2017) Com base na Lei nº 12.527/2011 — Lei de Acesso à
Informação —, julgue o próximo item.
Os órgãos e as entidades públicas devem assegurar a concessão de acesso a partes
ostensivas de documentos sigilosos.
29. (Cespe – TCU 2015) Existem três níveis para a classificação da informação:
ultrassecreto, secreto e reservado, com prazos de sigilo de vinte e cinco, quinze e
cinco anos, respectivamente.
30. (Cespe – TCU 2015) O fornecimento de informações públicas está condicionado
à solicitação da pessoa interessada.
31. (Cespe – TCU 2015) Classificam-se como reservadas as informações que
puderem colocar em risco a segurança do presidente, do vice-presidente da República
e de respectivos cônjuges e filhos. Essas informações ficam sob sigilo pelo prazo de
cinco anos, que é o prazo máximo de restrição de acesso à informação classificada
como reservada.
32. (Cespe – STJ 2015) Os órgãos do Poder Judiciário não estão submetidos à lei
mencionada [Lei de Acesso à Informação], pois seus documentos de arquivo possuem
uma grande quantidade de informações pessoais.
33. (Cespe – STJ 2015) Com base na Lei de Acesso à Informação (Lei n.º
12.257/2011), julgue o item a seguir: Quando for extraviada uma informação
solicitada, o solicitante poderá requerer a abertura de sindicância para apurar o seu
desaparecimento.
34. (Cespe – STJ 2015) Os documentos de arquivo que contenham informações
pessoais relativas a intimidade, vida privada, honra e imagem terão seu acesso restrito
de acordo com a classificação de sigilo.

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35. (Cespe – Ibama 2013) Um cidadão requereu por escrito, ao ente estadual
encarregado do fornecimento de licenciamento ambiental, informações a respeito da
possibilidade de construção de um hotel em local próximo às margens de um rio que
corta sua cidade. Com base nessa situação, julgue o próximo item.
No requerimento devem constar os motivos pelos quais o cidadão pretende obter as
informações, para que seja feita a devida verificação de seus interesses.
36. (Cespe – Ibama 2013) Um cidadão requereu por escrito, ao ente estadual
encarregado do fornecimento de licenciamento ambiental, informações a respeito da
possibilidade de construção de um hotel em local próximo às margens de um rio que
corta sua cidade. Com base nessa situação, julgue o próximo item.
O acesso às informações poderá ser negado, caso exijam trabalhos adicionais de
análise, interpretação ou consolidação de dados, ou ainda serviço de produção ou
tratamento de dados que não seja de competência da entidade.
37. (Cespe – Bacen 2013) O órgão público não pode exigir do particular que ele
apresente os motivos determinantes da solicitação de informações de interesse
público por ele realizada.
38. (Cespe – TCDF 2014) Estão sujeitas às disposições da legislação federal e
distrital que rege o tema entidades que, não tendo fins lucrativos, recebem, para a
realização de ações de interesse público, recursos públicos diretamente do orçamento
ou mediante subvenções sociais, contrato de gestão, termo de parceria, convênios,
acordos, ajustes ou outros instrumentos congêneres.
39. (Cespe – ICMBio 2014) Considere que o ICMBio tenha indeferido o pedido de
acesso a informações de determinado projeto de pesquisa por ele coordenado, ao
argumento de que as informações constantes desse projeto de pesquisa seriam
sigilosas. Nessa situação, está correta a ação do instituto, pois a Lei de Acesso à
informação veda o acesso a esses projetos, independentemente de seu conteúdo.
40. (Cespe – ICMBio 2014) O cidadão tem direito de receber dos órgãos públicos
informações de seu interesse ou de interesse coletivo.

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QUESTÕES COMENTADAS

PROCESSO ADMINISTRATIVO FEDERAL

1. (CESPE – Prefeitura de Fortaleza/CE 2017) O prefeito de um município


brasileiro delegou determinada competência a um secretário municipal. No exercício
da função delegada, o secretário emitiu um ato ilegal.
Nessa situação, a responsabilidade pela ilegalidade do ato deverá recair apenas sobre
a autoridade delegada.
Comentários: Na delegação, a responsabilidade deve recair apenas sobre
a autoridade delegada em função da seguinte disposição da Lei 9.784/99:
Art. 14 (...)
§ 3º As decisões adotadas por delegação devem mencionar explicitamente esta
qualidade e considerar-se-ão editadas pelo delegado.

No mesmo sentido, o STF:


Súmula 510: Praticado o ato por autoridade, no exercício de competência delegada,
contra ela cabe o mandado de segurança ou a medida judicial.
Gabarito: Certo
2. (CESPE – Prefeitura de Fortaleza/CE 2017) Com relação a processo
administrativo, poderes da administração e serviços públicos, julgue o item
subsecutivo.
Nos termos da jurisprudência do STF, caso um particular interponha recurso
administrativo contra uma multa de trânsito, por se tratar do exercício do poder de
polícia pela administração, a admissibilidade do recurso administrativo dependerá de
depósito prévio a ser efetuado pelo administrado.
Comentários: De forma diversa, o STF firmou o seguinte entendimento:
Súmula Vinculante 21 - É inconstitucional a exigência de depósito ou
arrolamento prévios de dinheiro ou bem para admissibilidade de recurso
administrativo.
Gabarito: Errado
3. (CESPE – FUB 2016) A respeito do processo administrativo, julgue o item
subsequente.
A desistência do interessado extingue o processo administrativo, mesmo que haja
interesse público no seu prosseguimento.

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Comentários: A desistência ou renúncia do interessado, conforme o caso,


não prejudica o prosseguimento do processo, se a Administração considerar
que o interesse público assim o exige (Art. 51, § 1º, Lei 9.784/99).
Gabarito: Errado
4. (CESPE – FUB 2016) A respeito do processo administrativo, julgue o item
subsequente.
O reconhecimento de firmas por notário oficial é obrigatório na realização dos atos do
processo administrativo.
Comentários: Trata-se de exigência que constitui exceção, pois, conforme
prevê o Art. 22, § 2º, da Lei 9.784/99, salvo imposição legal, o reconhecimento
de firma somente será exigido quando houver dúvida de autenticidade.
Gabarito: Errado
5. (CESPE – FUB 2016) A respeito do processo administrativo, julgue o item
subsequente.
Quando a matéria do processo envolver assunto de interesse geral, poderá ser aberto
período de consulta pública para a manifestação de terceiros, se não houver prejuízo
para a parte interessada.
Comentários: Conforme prevê a Lei 9.784/99,
Art. 31. Quando a matéria do processo envolver assunto de interesse geral, o órgão
competente poderá, mediante despacho motivado, abrir período de consulta pública
para manifestação de terceiros, antes da decisão do pedido, se não houver prejuízo
para a parte interessada.

Gabarito: Certo
6. (CESPE – TCE/SC 2016) Com base na doutrina e nas normas de direito
administrativo, julgue o item que se segue.
Dez anos após a data em que deveria ter ocorrido o primeiro pagamento de vantagem
pecuniária a que José fazia jus, ele apresentou requerimento administrativo ao chefe
do setor de recursos humanos solicitando o pagamento de tal vantagem. O pedido foi
indeferido sob o fundamento de ocorrência da prescrição. José, então, apresentou
recurso.
Nesse caso, o chefe do setor de recursos humanos tem o prazo de cinco dias para
reconsiderar a decisão; caso não o faça, deverá encaminhar o recurso ao seu superior
hierárquico.
Comentários: A Lei 9.784/99 prevê o seguinte:
Art. 56. Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de legalidade e
de mérito.

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§ 1º O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a qual, se não a


reconsiderar no prazo de cinco dias, o encaminhará à autoridade superior

Gabarito: Certo
7. (CESPE – TRE/BA 2017) Em caso de recurso administrativo interposto perante
autoridade incompetente, a legislação prevê que
a) o recurso seja remetido à autoridade competente.
b) a autoridade competente seja indicada ao recorrente, sendo-lhe devolvido o prazo
para recurso.
c) o seguimento do recurso seja negado.
d) o recurso seja conhecido, embora deva ser desprovido.
e) o processo administrativo correspondente seja arquivado.
Comentários: Em princípio, a Lei 9.784/99 prevê que o recurso interposto
perante autoridade incompetente não será conhecido (Art. 63, II). Contudo, o §
1º do mesmo artigo determina que seja indicado ao recorrente a autoridade
competente, sendo-lhe devolvido o prazo.
Gabarito: alternativa “b”
8. (CESPE – TRE/BA 2017) De acordo com a Lei nº 9.784/1999, que regula o
processo administrativo no âmbito federal e trata, entre outros assuntos, dos direitos
e deveres dos administrados e da administração pública, assinale a opção correta.
a) Do processo administrativo em que seja interessado, o administrado tem direito a:
ciência da tramitação; vista dos autos e obtenção de cópias de documentos, ainda
que se trate de processo classificado como sigiloso.
b) A administração pública tem o dever de motivar suas decisões de forma explícita,
clara e congruente, não podendo fazê-lo mediante simples declaração de
concordância com fundamentos de pareceres anteriores.
c) Em qualquer caso, o administrado tem o dever de fazer-se assistir por advogado
para que sejam observados os princípios constitucionais do contraditório e da ampla
defesa.
d) O administrado tem o direito de formular alegações e apresentar documentos antes
e depois da decisão administrativa, os quais devem ser considerados pelo órgão
competente.
e) A administração pública tem o dever de emitir decisão nos processos
administrativos, mas não está obrigada a se manifestar sobre as reclamações dos
administrados.
Comentários:

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a) CERTA. A Lei 9.784/99 atribui os seguintes direitos aos administrados:


Art. 3º O administrado tem os seguintes direitos perante a Administração, sem
prejuízo de outros que lhe sejam assegurados:
I - ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que deverão facilitar
o exercício de seus direitos e o cumprimento de suas obrigações;
II - ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha a
condição de interessado, ter vista dos autos, obter cópias de documentos neles
contidos e conhecer as decisões proferidas;
III - formular alegações e apresentar documentos antes da decisão, os quais
serão objeto de consideração pelo órgão competente;
IV - fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando obrigatória a
representação, por força de lei.

Apesar de o acesso a documentos sigilosos ter condicionantes, como


regra não se aplica tal sigilo a documentos que digam respeito ao próprio
interessado (como no caso em questão). Já em relação a terceiros, a norma tem
o seguinte regramento:
Art. 46. Os interessados têm direito à vista do processo e a obter certidões ou cópias
reprográficas dos dados e documentos que o integram, ressalvados os dados e
documentos de terceiros protegidos por sigilo ou pelo direito à privacidade, à honra e
à imagem.

b) ERRADA. Uma das formas admitidas de motivação é a aposição de


concordância com os fundamentos de pareceres anteriores (Art. 50, § 1º, Lei
9.784/99)
c) ERRADA. Ao contrário, o STF firmou o seguinte entendimento:
Súmula Vinculante 5 – A falta de defesa técnica por advogado no processo
administrativo não ofende a Constituição.
d) ERRADA. O administrado tem o direito de formular alegações e
apresentar documentos antes da decisão (e não depois), os quais serão objeto
de consideração pelo órgão competente.
e) ERRADA. De forma diversa, a Lei 9.784/99 assim dispõe:
Art. 48. A Administração tem o dever de explicitamente emitir decisão nos processos
administrativos e sobre solicitações ou reclamações, em matéria de sua competência.
Gabarito: alternativa “a”
9. (CESPE – Prefeitura de Belo Horizonte 2017) No que diz respeito ao processo
administrativo, a suas características e à disciplina legal prevista na Lei nº 9.784/1999,
assinale a opção correta.

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a) A configuração da má-fé do administrado independe de prova no processo


administrativo.
b) Segundo o STF, não haverá nulidade se a apreciação de recurso administrativo for
feita pela mesma autoridade que tiver decidido a questão no processo administrativo.
c) Ainda que a pretensão do administrado seja contrária a posição notoriamente
conhecida do órgão administrativo, sem o prévio requerimento administrativo, falta-lhe
interesse para postular diretamente no Poder Judiciário.
d) Não ofende a garantia do devido processo legal decisão da administração que
indefere a produção de provas consideradas não pertinentes pelo administrador.
Comentários:
a) ERRADA. A comprovação de má-fé é relevante, no âmbito do processo
administrativo federal, por conta da seguinte regra da Lei 9.784/99, que trata do
prazo decadencial para a anulação de atos administrativos:
Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram
efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que
foram praticados, salvo comprovada má-fé.

Extrai-se do dispositivo que é imprescindível a comprovação de má-fé para


fins de afastamento do prazo decadencial que impede a administração de anular
seus atos dos quais tenham decorrido efeitos favoráveis ao administrado.
b) ERRADA. O STF enfrentou o tema quando da análise de Recurso
Ordinário interposto em face do seguinte julgado:
Informativo 738
A 2ª Turma deu provimento parcial a recurso ordinário em mandado de segurança para,
apenas, declarar nula decisão proferida por Ministro de Estado e determinar que seja
realizado novo julgamento de recurso administrativo interposto pela recorrente. No caso,
a autoridade administrativa que revogara a permissão da impetrante para serviço de
retransmissão televisiva rejeitara pedido de reconsideração formulado pela
permissionária. Posteriormente, a aludida autoridade teria sido alçada ao cargo de
Ministro de Estado e, nessa qualidade, julgara o respectivo recurso administrativo
interposto. A Turma concluiu que o recurso administrativo deveria ter sido apreciado
por autoridade superior e diferente daquela que o decidira anteriormente, de modo
que seria nula a decisão proferida pela mesma pessoa. Mencionou o art. 18 da Lei
9.784/1999, que impediria de atuar no processo administrativo o servidor ou a
autoridade que tivesse decidido ou participado como perito, testemunha ou
representante, nos casos em que já tivesse atuado.
RMS 26029/DF, rel. Min. Cármen Lúcia, 11.3.2014. (RMS-26029)

c) ERRADA. Por contrariar a seguinte tese, à qual o STF atribuiu


repercussão geral:

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RE 631.240/MG (3/9/2014)
I - A concessão de benefícios previdenciários depende de requerimento do
interessado, não se caracterizando ameaça ou lesão a direito antes de sua apreciação
e indeferimento pelo INSS, ou se excedido o prazo legal para sua análise. É bem de
ver, no entanto, que a exigência de prévio requerimento não se confunde com o
exaurimento das vias administrativas;
II – A exigência de prévio requerimento administrativo não deve prevalecer
quando o entendimento da Administração for notória e reiteradamente contrário
à postulação do segurado;
(...)
d) CERTA. A possibilidade legal de recusar provas impertinentes está
consignada na seguinte passagem da Lei 9.784/99:
Art. 38. O interessado poderá, na fase instrutória e antes da tomada da decisão, juntar
documentos e pareceres, requerer diligências e perícias, bem como aduzir alegações
referentes à matéria objeto do processo.
§ 2º Somente poderão ser recusadas, mediante decisão fundamentada, as provas
propostas pelos interessados quando sejam ilícitas, impertinentes, desnecessárias ou
protelatórias.

Gabarito: alternativa “d”


10. (CESPE – TJ/PR 2017) Com base na Lei nº 9.784/1999, assinale a opção correta
acerca da revogação e dos elementos dos atos administrativos.
a) A revogação de um ato administrativo deve apresentar os seus motivos
devidamente externados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos.
b) O ato de delegação pode ser revogado a qualquer tempo pela autoridade delegante
ou pela autoridade delegada.
c) O ato de delegação deve ser publicado no meio oficial, mas não o de sua
revogação.
d) Caso um ato administrativo esteja eivado de vício de legalidade, o Poder Judiciário
terá de revogá-lo.
Comentários:
a) CERTA. A Lei 9.784/99 impõe a necessidade de motivar a revogação, nos
seguintes termos:
Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos
e dos fundamentos jurídicos, quando:
I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;
II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;

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III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública;


IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório;
V - decidam recursos administrativos;
VI - decorram de reexame de ofício;
VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de
pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais;
VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato
administrativo.

b) ERRADA. O ato de delegação pode ser revogado a qualquer tempo pela


autoridade delegante, mas não pela autoridade delegada (Art. 14, § 2º, Lei
9.784/99).
c) ERRADA. O ato de delegação e de revogação devem ser publicados no
meio oficial (Art. 14 da Lei 9.784/99).
d) ERRADA. A revogação é exclusiva do Poder que produziu o ato. Além
disso, ela envolve uma análise de conveniência e oportunidade, diferente da de
legitimidade/legalidade que autoriza o Poder Judiciário a determinar a anulação
de atos administrativos.
Gabarito: alternativa “a”
11. (CESPE – TRE/PI 2016) Acerca do processo administrativo no âmbito da
administração pública federal, regido pela Lei nº 9.784/1999, assinale a opção correta.
a) As normas da lei em apreço não se aplicam ao Congresso Nacional, ainda que no
exercício de função administrativa, em razão de esse órgão do Poder Legislativo não
integrar a administração pública.
b) O administrado, no processo administrativo, deverá ser assistido por advogado para
poder formular alegações e apresentar documentos.
c) Os prazos processuais podem ser suspensos, desde que o administrado apresente
solicitação fundamentada nesse sentido.
d) Nos processos administrativos, deve ser observado o critério de atendimento a fins
de interesse geral, sendo possível a renúncia parcial de competências, desde que
autorizada por decreto.
e) Para os fins da lei em questão, é também considerada órgão aquela unidade
integrante da estrutura da administração indireta.
Comentários:
a) ERRADA. A Lei 9.784/99 regula o processo administrativo federal no
âmbito dos três Poderes, além da administração indireta. Dessa forma, tem ela

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alcance também sobre o Congresso Nacional, quando no desempenho de sua


função administrativa.
b) ERRADA. O STF entende que “a falta de defesa técnica por advogado no
processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição” (Súmula
Vinculante 5).
c) ERRADA. Salvo motivo de força maior devidamente comprovado, os
prazos processuais não se suspendem (Art. 67). Com isso, vê-se que não basta
solicitação fundamentada para a suspensão de prazos. Se ausente (ou não
comprovada) a força maior, não há suspensão.
d) ERRADA. O assunto é tratado na seguinte passagem da Lei, que veda a
renúncia de poderes ou competências:
Art. 2º (...)
Parágrafo único. Nos processos administrativos serão observados, entre outros,
os critérios de:
II - atendimento a fins de interesse geral, vedada a renúncia total ou parcial de
poderes ou competências, salvo autorização em lei;

e) CERTA. Em conformidade com a Lei:


Art. 1º (...)
§ 2º Para os fins desta Lei, consideram-se:
I - órgão - a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta
e da estrutura da Administração indireta;

Gabarito: alternativa “e”


12. (CESPE – TRE/PI 2016) A respeito da competência no processo administrativo
no âmbito da administração pública federal, assinale a opção correta à luz da Lei nº
9.784/1999.
a) Inexistindo competência legal, o processo será iniciado perante a autoridade de
maior grau hierárquico.
b) A competência poderá ser delegada a órgão que não seja subordinado ao do
delegante.
c) A renúncia parcial de competência poderá ser exercida nos limites do interesse
público.
d) Em situações específicas, elencadas na lei em questão, a decisão acerca de
recursos administrativos poderá ser delegada.
e) É vedada a inclusão, no ato de delegação, de ressalva de exercício da atribuição
delegada.

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Comentários:
a) ERRADA. De forma diversa, inexistindo competência legal específica, o
processo administrativo deverá ser iniciado perante a autoridade de menor grau
hierárquico para decidir (Art. 17). Isso possibilita a existência de recursos, o que
não aconteceria se a análise já se iniciasse pela autoridade de maior
envergadura.
b) CERTA. Em conformidade com a seguinte passagem:
Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento
legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que
estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão
de circunstâncias de índole técnica,3social, econômica, jurídica ou territorial.

c) ERRADA. A competência é irrenunciável, mesmo parcialmente (Art. 2º,


II; Art. 11)
d) ERRADA. A decisão de recursos consta do rol de objetos que não podem
ser objeto de delegação, conforme o seguinte dispositivo:
Art. 13. Não podem ser objeto de delegação:
I - a edição de atos de caráter normativo;
II - a decisão de recursos administrativos;
III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade.
e) ERRADA. O ato da delegação é que dará os precisos contornos da
parcela da competência que foi delegada. Logo, admite-se que tal ato apresente
ressalvas atinentes ao exercício da atribuição delegada (Art. 14, § 1º).
Gabarito: alternativa “b”
13. (CESPE – TRE/PI 2016) No curso de um processo administrativo, poderá ser
arguida a suspeição de servidor que
a) tiver participado como perito.
b) estiver litigando administrativamente com o companheiro do interessado.
c) estiver litigando judicialmente com o interessado.
d) tiver amizade íntima com o cônjuge do interessado.
e) tiver interesse indireto na matéria.
Comentários: Do Art. 18 a 21 da Lei 9.784/99, a norma trata dos casos de
impedimentos e suspeição, elencando situações que se amoldam a um ou outro
caso. Passemos ao confronto de cada uma das alternativas com aqueles
dispositivos:

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a) ERRADA. Participação como perito = impedimento.


b) ERRADA. Litigando administrativamente com o companheiro do
interessado = impedimento.
c) ERRADA. Litigando judicialmente com o interessado = impedimento.
d) CERTA. Amizade íntima com o cônjuge do interessado = suspeição.
e) ERRADA. Interesse indireto na matéria = impedimento.
Gabarito: alternativa “d”
14. (CESPE – TCE/PR 2016) À luz da Lei nº 9.784/1999, assinale a opção correta.
a) Os prazos fixados em meses ou anosb contam-se de data a data. Se, no mês do
vencimento, não houver o dia equivalente àquele do início do prazo, e referido mês
terminar em dia útil, ter-se-á como termo final do prazo o primeiro dia útil do mês
seguinte.
b) A revisão do processo administrativo que resultar em aplicação de sanção
dependerá da manifestação do apenado.
c) Os prazos começam a correr a partir da data da cientificação oficial do interessado,
incluindo-se na contagem o dia da notificação.
d) Para efeito de prioridade na tramitação dos procedimentos administrativos, são
consideradas idosas as pessoas com mais de sessenta e cinco anos de idade.
e) O recurso administrativo deve ser dirigido à autoridade que proferir a decisão
recorrida; se não reconsiderar a decisão, tal autoridade terá de encaminhar o recurso
à autoridade que lhe for superior.
Comentários:
a) ERRADA. De forma diferente, a Lei estabelece o seguinte:
Art. 66 (...)
§ 3º Os prazos fixados em meses ou anos contam-se de data a data. Se no mês
do vencimento não houver o dia equivalente àquele do início do prazo, tem-se como
termo o último dia do mês.

b) ERRADA. A revisão do processo administrativo do qual tenha resultado


sanções pode ser realizada, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando
surgirem fatos novos ou circunstâncias relevantes suscetíveis de justificar a
inadequação da sanção aplicada, sem necessidade de manifestação do apenado
(Art. 65). Essa desnecessidade se justifica porque não poderá resultar
agravamento da sanção da revisão (Art. 65, Parágrafo único).

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c) ERRADA. Os prazos começam a correr a partir da data da cientificação


oficial, excluindo-se (e não: “incluindo-se”) da contagem o dia do começo e
incluindo-se o do vencimento.
d) ERRADA. Para efeito de prioridade na tramitação de processos
administrativos, considera-se pessoa idosa quem tenha mais de 60 anos (e não
65).
e) CERTA. Em conformidade com a Lei 9.784/99:
Art. 56. Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de
legalidade e de mérito.
§ 1º O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a qual, se não a
4
reconsiderar no prazo de cinco dias, o encaminhará à autoridade superior

Gabarito: alternativa “e”


15. (Cespe – CGE-PI 2015) A edição de atos de caráter normativo e a decisão de
recursos administrativos não podem ser objetos de delegação.
Comentário: de acordo com o art. 13 da Lei 9.784/1999, não podem ser
objeto de delegação:
I – a edição de atos de caráter normativo;
II – a decisão de recursos administrativos;
III – as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade.
Portanto, o item está perfeito. Vale reforçar que, para o Cespe, REGRA
GERAL, questão incompleta não está errada. Portanto, a ausência de menção
ao item III acima, não torna a questão errada. Isso ocorreria apenas se a questão
apresentasse algum termo limitador, como “apenas”, “somente”, entre outros.
Gabarito: Certo
16. (Cespe – CGE-PI 2015) O processo administrativo poderá iniciar-se de ofício ou
em razão de requerimento do interessado.
Comentário: o art. 5º da Lei 9.784/1999 dispõe que o processo
administrativo poderá ser iniciado de ofício ou a pedido do interessado. Logo, o
item está correto.
Gabarito: Certo
17. (Cespe – Suframa 2014) Considerando que uma empresa tenha solicitado à
SUFRAMA a concessão de benefícios fiscais previstos em lei para as empresas da
ZFM que observassem o processo produtivo básico previsto em regulamento, julgue
o item abaixo.

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O eventual indeferimento do referido pedido, assim como os demais atos que neguem
direitos à empresa, deverá ser necessariamente motivado.
Comentário: O indeferimento do pedido da empresa corresponde a uma
negativa de direito por parte da Administração, afinal, o benefício fiscal estava
previsto em lei. Dessa forma, o ato administrativo que nega a concessão do
benefício deve ser necessariamente motivado, com indicação expressa dos
fatos e dos fundamentos jurídicos que levara àquela decisão. É o que diz o art.
50, I da Lei 9.784/1999:
Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos
fundamentos jurídicos, quando:
7
I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;
II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;
III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública;
IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório;
V - decidam recursos administrativos;
VI - decorram de reexame de ofício;
VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de
pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais;
VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo.

Lembrando que a motivação deve ser explícita, clara e congruente,


podendo consistir em declaração de concordância com fundamentos de
anteriores pareceres, informações, decisões ou propostas, que, neste caso,
serão parte integrante do ato.
Gabarito: Certo
18. (Cespe – TCDF 2014) Um órgão administrativo somente em caráter excepcional
e temporário poderá avocar a competência de outros órgãos, ainda que estes não lhe
sejam hierarquicamente subordinados.
Comentário: É certo que a avocação de competências somente pode ser
feita em caráter excepcional e temporário, por motivos relevantes devidamente
justificados. O erro, contudo, é que a avocação só pode incidir sobre
competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior, não sendo possível
avocar competência de órgão que não lhe seja hierarquicamente subordinado.
Isso está previsto no art. 15 da Lei 9.784/99:
Art. 15. Será permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente
justificados, a avocação temporária de competência atribuída a órgão
hierarquicamente inferior.

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Gabarito: Errado
19. (Cespe – Polícia Federal 2014) Suponha que uma autoridade administrativa
delegue determinada competência a um subordinado e que, no exercício dessa
delegação, este pratique ato ilegal que fira direito líquido e certo. Nessa situação,
eventual mandado de segurança deve ser impetrado em face da autoridade
delegante.
Comentário: O ato praticado sob delegação reputa-se praticado pelo
delegado, isto é, por quem efetivamente praticou a ação, o qual, inclusive,
responderá por eventuais irregularidades no exercício da competência
delegada. É o que diz o art. 14, §3º da Lei 9.784/1999:
9
§ 3o As decisões adotadas por delegação devem mencionar explicitamente esta
qualidade e considerar-se-ão editadas pelo delegado.
Dessa forma, eventual mandado de segurança deverá ser impetrado em
face da autoridade delegada (e não da delegante).
Gabarito: Errado
20. (Cespe – TJDFT 2013) Um dos efeitos do sistema hierárquico na administração é a
avocação de competência, possível somente entre órgãos e agentes do mesmo nível
hierárquico ou entre os quais haja relação de subordinação, em razão de circunstâncias de
índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial.

Comentário: A avocação de competências somente é possível entre órgãos


e agentes que possuem relação de subordinação; no caso, o órgão em posição
superior na hierarquia atrai para si (avoca) o exercício temporário de
competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior. O erro, portanto, é que
a avocação não pode ocorrer entre órgãos e agentes do mesmo nível
hierárquico. Por fim, ressalte-se que a avocação, assim como a delegação, é sim
motivada por circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou
territorial.
Gabarito: Errado

LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO

21. (CESPE – TCE/PR 2016) Considerando a Lei nº 12.527/2011 — Lei de Acesso


à Informação (LAI) —, assinale a opção correta.
a) Devido ao seu caráter confidencial, informações a respeito de violações de direitos
humanos praticadas por agentes do Estado são mantidas sob sigilo pelo período
mínimo de quinze anos.
b) A busca e o fornecimento da informação devem ser gratuitos, com exceção de
documentos que tenham custos de produção. Nesses casos, os custos devem ser

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pagos pelo requerente, que poderá ser isento se, comprovadamente, não tiver
condições financeiras para arcar com os custos de obtenção da informação.
c) Após a correta petição, o órgão ou entidade que recebeu o pedido tem até trinta
dias para apresentar resposta por escrito, conforme a instrução do peticionário.
d) Apenas as entidades da administração direta estão obrigados a fornecer
informações solicitadas por pessoas nascidas no Brasil, desde que o pedido seja feito
por meio legítimo e traga discriminada a identificação de quem apresentou o pedido e
a especificação da informação que foi pedida.
e) Não há previsão de recursos nos casos de respostas negativas de acesso à
informação ou nos casos em que o órgão peticionado se recuse a responder o porquê
de o acesso à informação ter sido negado.
Comentários:
a) ERRADA. De forma diversa, a LAI prevê o seguinte:
Art. 21. Não poderá ser negado acesso à informação necessária à tutela judicial
ou administrativa de direitos fundamentais.
Parágrafo único. As informações ou documentos que versem sobre condutas que
impliquem violação dos direitos humanos praticada por agentes públicos ou a mando
de autoridades públicas não poderão ser objeto de restrição de acesso.

b) CERTA. Em conformidade com a LAI,


Art. 12. O serviço de busca e fornecimento da informação é gratuito, salvo nas
hipóteses de reprodução de documentos pelo órgão ou entidade pública consultada,
situação em que poderá ser cobrado exclusivamente o valor necessário ao
ressarcimento do custo dos serviços e dos materiais utilizados.
Parágrafo único. Estará isento de ressarcir os custos previstos no caput todo
aquele cuja situação econômica não lhe permita fazê-lo sem prejuízo do sustento
próprio ou da família, declarada nos termos da Lei no 7.115, de 29 de agosto de 1983.

c) ERRADA. Em realidade, valem os seguintes prazos:


Art. 11. O órgão ou entidade pública deverá autorizar ou conceder o acesso
imediato à informação disponível.
§ 1º Não sendo possível conceder o acesso imediato, na forma disposta no caput,
o órgão ou entidade que receber o pedido deverá, em prazo não superior a 20 (vinte)
dias:
I - comunicar a data, local e modo para se realizar a consulta, efetuar a
reprodução ou obter a certidão;
II - indicar as razões de fato ou de direito da recusa, total ou parcial, do acesso
pretendido; ou

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III - comunicar que não possui a informação, indicar, se for do seu


conhecimento, o órgão ou a entidade que a detém, ou, ainda, remeter o requerimento a
esse órgão ou entidade, cientificando o interessado da remessa de seu pedido de
informação.
§ 2º O prazo referido no § 1º poderá ser prorrogado por mais 10 (dez) dias,
mediante justificativa expressa, da qual será cientificado o requerente.
d) ERRADA. Além das entidades da administração direta, também as
integrantes da indireta se sujeitam aos ditames da LAI (Art. 1º, Parágrafo único).
Além disso, não se exige que o interessado tenha nascido no Brasil, segundo a
seguinte disposição da norma:
Art. 10. Qualquer interessado poderá apresentar pedido de acesso a
informações aos órgãos e entidades referidos no art. 1º desta Lei, por qualquer meio
legítimo, devendo o pedido conter a identificação do requerente e a especificação da
informação requerida.

e) ERRADA. A LAI prevê sim recursos, nos seguintes termos:


Art. 15. No caso de indeferimento de acesso a informações ou às razões da
negativa do acesso, poderá o interessado interpor recurso contra a decisão no prazo
de 10 (dez) dias a contar da sua ciência.
Parágrafo único. O recurso será dirigido à autoridade hierarquicamente superior
à que exarou a decisão impugnada, que deverá se manifestar no prazo de 5 (cinco)
dias.

Gabarito: alternativa “b”


22. (CESPE – TCE/SC 2016) Com base no disposto na Lei de Responsabilidade
Fiscal e na Lei de Acesso à Informação, julgue o item subsequente.
No caso de indeferimento de acesso a informações, o recurso deverá ser apresentado
inicialmente à autoridade que exarou a decisão impugnada, cabendo recurso em
segunda instância à autoridade hierarquicamente superior.
Comentários: Em realidade, o recurso deve ser dirigido à autoridade
hierarquicamente superior à que exarou a decisão impugnada, que deverá se
manifestar no prazo de 5 (cinco) dias (Art. 15, Parágrafo único, da LAI).
Gabarito: Errado
23. (CESPE – TCE/PR 2016) No que se refere à classificação da informação,
conforme estabelecido na LAI, assinale a opção correta.
a) Conforme o valor estratégico da informação, o prazo de sigilo, após seu término,
poderá ser renovado por mais dez anos.

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b) Devido à dificuldade operacional, não é possível acessar dados relativos a metas e


indicadores de resultados de projetos, programas e políticas públicas financiadas com
recursos estatais.
c) Informações cuja disseminação coloque em risco a defesa e a soberania nacional,
além da integridade do território brasileiro, são passíveis de classificação como
sigilosas.
d) Em razão de seu valor estratégico, as informações sigilosas são classificadas como
secretas, limitadas ou reguladas.
e) Para os municípios, o menor prazo de restrição de acesso à informação é de oito
anos; para os estados e a União, esse prazo é de dezesseis anos.
Comentários:
a) ERRADA. A LAI estabelece prazos máximos de restrição de acesso à
informação, conforme sejam classificadas em: ultrassecretas (25 anos);
secretas (15 anos); ou reservadas (5 anos). Transcorridos esses prazos, a
informação tronar-se-á automaticamente de acesso público, sem possibilidade
de renovação (Art. 24, §§ 1º e 4º), com exceção da seguinte situação:
Art. 35 (...)
§ 1º É instituída a Comissão Mista de Reavaliação de Informações, que decidirá,
no âmbito da administração pública federal, sobre o tratamento e a classificação de
informações sigilosas e terá competência para:
III - prorrogar o prazo de sigilo de informação classificada como ultrassecreta,
sempre por prazo determinado, enquanto o seu acesso ou divulgação puder ocasionar
ameaça externa à soberania nacional ou à integridade do território nacional ou
grave risco às relações internacionais do País, observado o prazo previsto no § 1º do
art. 24.
§ 2º O prazo referido no inciso III é limitado a uma única renovação.

b) ERRADA. Ao contrário, a LAI prevê:


Art. 7º O acesso à informação de que trata esta Lei compreende, entre outros,
os direitos de obter:
VII - informação relativa:
a) à implementação, acompanhamento e resultados dos programas, projetos e
ações dos órgãos e entidades públicas, bem como metas e indicadores propostos;
c) CERTA. Em conformidade com a seguinte passagem da LAI:
Art. 23. São consideradas imprescindíveis à segurança da sociedade ou do
Estado e, portanto, passíveis de classificação as informações cuja divulgação ou acesso
irrestrito possam:

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I - pôr em risco a defesa e a soberania nacionais ou a integridade do território


nacional;
II - prejudicar ou pôr em risco a condução de negociações ou as relações
internacionais do País, ou as que tenham sido fornecidas em caráter sigiloso por outros
Estados e organismos internacionais;
III - pôr em risco a vida, a segurança ou a saúde da população;
IV - oferecer elevado risco à estabilidade financeira, econômica ou monetária do
País;
V - prejudicar ou causar risco a planos ou operações estratégicos das Forças
Armadas;
VI - prejudicar ou causar risco a projetos de pesquisa e desenvolvimento científico
ou tecnológico, assim como a sistemas, bens, instalações ou áreas de interesse
estratégico nacional;
VII - pôr em risco a segurança de instituições ou de altas autoridades nacionais
ou estrangeiras e seus familiares; ou
VIII - comprometer atividades de inteligência, bem como de investigação ou
fiscalização em andamento, relacionadas com a prevenção ou repressão de infrações.

d) ERRADA. Conforme alternativa “a”.


e) ERRADA. A LAI não trata de prazos de restrição ao acesso às
informações específicos para estados e municípios.
Gabarito: alternativa “c”
24. (CESPE – TCE/PR 2016) A respeito de responsabilidades dos agentes públicos,
conforme disposto na LAI, assinale a opção correta.
a) É permitido ao agente público usar de suas prerrogativas para destruir documentos
referentes a violações de direitos humanos por parte de agentes do Estado.
b) É lícito que o agente público se negue a fornecer, de forma deliberada, informações
que impliquem prejuízo financeiro para o ente estatal onde a informação se localiza.
c) Caracteriza conduta ilícita por parte do agente público se recusar a fornecer a
informação requisitada, ou demorar para atender ao pedido de acesso à informação
ou, ainda, fornecer aos cidadãos informações incompletas, imprecisas ou incorretas.
d) Informações pessoais relativas à intimidade, vida privada, honra e imagem não
podem ser divulgadas pelo agente público, independentemente de consentimento
expresso da pessoa a que elas se referirem.
e) Caracteriza conduta ilícita por parte do agente público controlar o acesso a
informações sigilosas e pessoais de terceiros.

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a) ERRADA. Entre outras, a LAI estabelece que são condutas ilícitas as que
impliquem destruição ou subtração, por qualquer meio, de documentos
relacionados a possíveis violações de direitos humanos por parte de agentes
do Estado (Art. 32, VII).
b) ERRADA. O mesmo Art. 32, inciso II25 classifica como conduta ilícita
que enseja responsabilidade do agente público ou militar: “recusar-se a
fornecer informação requerida nos termos desta Lei, retardar deliberadamente
o seu fornecimento ou fornecê-la intencionalmente de forma incorreta,
incompleta ou imprecisa;”. E tal mandamento não excepciona situações que
eventualmente impliquem prejuízo financeiro para o ente estatal onde a
informação se localiza.
c) CERTA. Conforme alternativa “b”.
d) ERRADA. É necessário sim o consentimento da pessoa, nos termos
tratados na LAI:
Art. 31. O tratamento das informações pessoais deve ser feito de forma
transparente e com respeito à intimidade, vida privada, honra e imagem das
pessoas, bem como às liberdades e garantias individuais.
§ 1º As informações pessoais, a que se refere este artigo, relativas à intimidade,
vida privada, honra e imagem:
I - terão seu acesso restrito, independentemente de classificação de sigilo e pelo
prazo máximo de 100 (cem) anos a contar da sua data de produção, a agentes públicos
legalmente autorizados e à pessoa a que elas se referirem; e
II - poderão ter autorizada sua divulgação ou acesso por terceiros diante de
previsão legal ou consentimento expresso da pessoa a que elas se referirem.

e) ERRADA. O controle, por si, não constitui ilícito. Ao contrário, ele auxilia
para que as informações sejam adequadamente custodiadas, bem como
permitido o acesso nas situações previstas na norma.
Gabarito: alternativa “c”
25. (CESPE – SEDF 2017) Com base na Lei nº 12.527/2011 — Lei de Acesso à
Informação —, julgue o próximo item.
Cidadão que solicite informações de interesse público deve esclarecer a finalidade
para a qual pretenda utilizar as informações requeridas.
Comentários: A LAI não exige esclarecimento do interessado acerca da
possível utilização das informações buscadas. Ao contrário, a norma veda
quaisquer exigências relativas aos motivos determinantes da solicitação de
informações de interesse público (Art. 10, § 3º).
Gabarito: Errado

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26. (CESPE – SEDF 2017) Com base na Lei nº 12.527/2011 — Lei de Acesso à
Informação —, julgue o próximo item.
A solicitação de acesso às informações requeridas deve ser atendida no prazo
máximo e improrrogável de vinte dias.
Comentários: Em princípio, o acesso às informações deve ser imediato,
admitindo-se, no entanto, quando não seja possível o pronto atendimento, o
fornecimento em até 20 dias, que ainda podem ser prorrogados por mais 10 dias,
conforme a seguinte passagem da LAI:
Art. 11. O órgão ou entidade pública deverá autorizar ou conceder o acesso
imediato à informação disponível.
§ 1º Não sendo possível conceder o acesso imediato, na forma disposta no caput,
o órgão ou entidade que receber o pedido deverá, em prazo não superior a 20 (vinte)
dias:
I - comunicar a data, local e modo para se realizar a consulta, efetuar a
reprodução ou obter a certidão;
II - indicar as razões de fato ou de direito da recusa, total ou parcial, do acesso
pretendido; ou
III - comunicar que não possui a informação, indicar, se for do seu
conhecimento, o órgão ou a entidade que a detém, ou, ainda, remeter o requerimento a
esse órgão ou entidade, cientificando o interessado da remessa de seu pedido de
informação.
§ 2º O prazo referido no § 1º poderá ser prorrogado por mais 10 (dez) dias,
mediante justificativa expressa, da qual será cientificado o requerente.
Gabarito: Errado
27. (CESPE – SEDF 2017) Com base na Lei nº 12.527/2011 — Lei de Acesso à
Informação —, julgue o próximo item.
Um documento ultrassecreto pode permanecer em sigilo por prazo inferior a vinte e
cinco anos.
Comentários: Na realidade, o prazo de restrição à informação estabelecido
na norma é “máximo” (Art. 24, § 1º). Dessa forma, admite-se que um documento
ultrassecreto possa permanecer em sigilo por prazo inferior a 25 anos.
Apesar de se tratar de prazo máximo, a LAI admite a prorrogação do sigilo
de informação classificada como ultrassecreta, por uma única vez e por igual
período, quando o seu acesso ou divulgação puder ocasionar ameaça externa à
soberania nacional ou à integridade do território nacional ou grave risco às
relações internacionais do País (Art. 35, § 1º, III, e § 2º).
Gabarito: Errado

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28. (CESPE – SEDF 2017) Com base na Lei nº 12.527/2011 — Lei de Acesso à
Informação —, julgue o próximo item.
Os órgãos e as entidades públicas devem assegurar a concessão de acesso a partes
ostensivas de documentos sigilosos.
Comentários: Trata-se dos documentos que têm uma parcela de
informações ostensivas (passíveis, portanto, de divulgação) e outra sigilosa.
Neste caso, não se deve negar acesso à parte ostensiva, conforme prevê a LAI:
Art. 7º (...)
§ 2º Quando não for autorizado acesso integral à informação por ser ela
parcialmente sigilosa, é assegurado o acesso à parte não sigilosa por meio de
certidão, extrato ou cópia com ocultação da parte sob sigilo.

Gabarito: Certo
29. (Cespe – TCU 2015) Existem três níveis para a classificação da informação:
ultrassecreto, secreto e reservado, com prazos de sigilo de vinte e cinco, quinze e cinco anos,
respectivamente.

Comentário: O item está em conformidade com o art. 24 da Lei de Acesso


à Informação:
Art. 24. A informação em poder dos órgãos e entidades públicas, observado o seu teor
e em razão de sua imprescindibilidade à segurança da sociedade ou do Estado, poderá
ser classificada como ultrassecreta, secreta ou reservada.
§ 1o Os prazos máximos de restrição de acesso à informação, conforme a classificação
prevista no caput, vigoram a partir da data de sua produção e são os seguintes:
I - ultrassecreta: 25 (vinte e cinco) anos;
II - secreta: 15 (quinze) anos; e

III - reservada: 5 (cinco) anos.

Gabarito: Certo
30. (Cespe – TCU 2015) O fornecimento de informações públicas está condicionado à
solicitação da pessoa interessada.
Comentário: O fornecimento de informações públicas não está condicionado
à solicitação da pessoa interessada. No sistema estabelecido pela LAI, foram
contempladas duas formas de garantir o acesso à informação:
➢ Transparência ativa: As informações são disponibilizadas pela Administração,
independentemente de solicitação, inclusive pela referência nos respectivos
sites oficiais da internet.
➢ Transparência passiva: As informações são transmitidas em resposta a
requerimento de acesso à informação formulado pelo interessado.
Gabarito: Errado

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31. (Cespe – TCU 2015) Classificam-se como reservadas as informações que puderem
colocar em risco a segurança do presidente, do vice-presidente da República e de respectivos
cônjuges e filhos. Essas informações ficam sob sigilo pelo prazo de cinco anos, que é o prazo
máximo de restrição de acesso à informação classificada como reservada.

Comentário: Segundo o art. 24, §2º da LAI, “as informações que puderem
colocar em risco a segurança do Presidente e Vice-Presidente da República e
respectivos cônjuges e filhos(as) serão classificadas como reservadas e ficarão
sob sigilo até o término do mandato em exercício ou do último mandato, em
caso de reeleição”.
Pela parte final do dispositivo, percebe-se que esse tipo de informação
constitui uma exceção à regra pela qual as informações classificadas como
reservadas permanecem com restrição de acesso por no máximo cinco anos
(art. 24, §1º, III). Em caso de reeleição, por exemplo, a restrição poderá perdurar
por oito anos, considerando o mandato de quatro anos.
Gabarito: Errado
32. (Cespe – STJ 2015) Os órgãos do Poder Judiciário não estão submetidos à lei
mencionada [Lei de Acesso à Informação], pois seus documentos de arquivo possuem uma
grande quantidade de informações pessoais.

Comentário: A Lei de Acesso à Informação se aplica aos órgãos públicos


integrantes da administração direta dos Poderes Executivo, Legislativo,
incluindo as Cortes de Contas, e Judiciário e do Ministério Público.
Também abrange as autarquias, as fundações públicas, as empresas
públicas, as sociedades de economia mista e demais entidades controladas
direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, assim
como as entidades privadas sem fins lucrativos que recebam, para realização
de ações de interesse público, recursos públicos diretamente do orçamento ou
mediante subvenções sociais, contrato de gestão, termo de parceria, convênios,
acordo, ajustes ou outros instrumentos congêneres.
Gabarito: Errado
33. (Cespe – STJ 2015) Com base na Lei de Acesso à Informação (Lei n.º 12.257/2011),
julgue o item a seguir: Quando for extraviada uma informação solicitada, o solicitante poderá
requerer a abertura de sindicância para apurar o seu desaparecimento.
Comentário: O item está em conformidade com o seguinte dispositivo da
Lei de Acesso à Informação:
Art. 7º (...)
§ 5o Informado do extravio da informação solicitada, poderá o interessado requerer à
autoridade competente a imediata abertura de sindicância para apurar o
desaparecimento da respectiva documentação.
Gabarito: Certo

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34. (Cespe – STJ 2015) Os documentos de arquivo que contenham informações pessoais
relativas a intimidade, vida privada, honra e imagem terão seu acesso restrito de acordo com
a classificação de sigilo.

Comentário: Vamos ver o que a LAI nos diz sobre o assunto:


Art. 31. O tratamento das informações pessoais deve ser feito de forma transparente
e com respeito à intimidade, vida privada, honra e imagem das pessoas, bem como
às liberdades e garantias individuais.
§ 1o As informações pessoais, a que se refere este artigo, relativas à intimidade, vida
privada, honra e imagem:
I - terão seu acesso restrito, independentemente de classificação de sigilo e pelo
prazo máximo de 100 (cem) anos a contar da sua data de produção, a agentes
públicos legalmente autorizados e à pessoa a que elas se referirem; e
II - poderão ter autorizada sua divulgação ou acesso por terceiros diante de previsão
legal ou consentimento expresso da pessoa a que elas se referirem.

Logo, a restrição de acesso por 100 anos assegurada a informações


pessoais relativas à intimidade, vida privada, honra e imagem independe de
classificação de sigilo, daí o erro.
Gabarito: Errado
35. (Cespe – Ibama 2013) Um cidadão requereu por escrito, ao ente estadual encarregado
do fornecimento de licenciamento ambiental, informações a respeito da possibilidade de
construção de um hotel em local próximo às margens de um rio que corta sua cidade. Com
base nessa situação, julgue o próximo item.
No requerimento devem constar os motivos pelos quais o cidadão pretende obter as
informações, para que seja feita a devida verificação de seus interesses.

Comentário: Segundo o art. 10 da LAI, “qualquer interessado poderá


apresentar pedido de acesso a informações aos órgãos e entidades referidos no
art. 1o desta Lei, por qualquer meio legítimo, devendo o pedido conter a
identificação do requerente e a especificação da informação requerida”.
Perceba que a lei exige que o requerimento apresente, apenas, a identificação
do requerente e a especificação da informação requerida, mas não os motivos
pelos quais o cidadão pretende obter as informações.
Aliás, para não deixar dúvidas a respeito da desnecessidade de
apresentação dos motivos da solicitação, o art. 10, §3º da LAI prescreve que
“são vedadas quaisquer exigências relativas aos motivos determinantes da
solicitação de informações de interesse público”.
Gabarito: Errado
36. (Cespe – Ibama 2013) Um cidadão requereu por escrito, ao ente estadual encarregado
do fornecimento de licenciamento ambiental, informações a respeito da possibilidade de

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construção de um hotel em local próximo às margens de um rio que corta sua cidade. Com
base nessa situação, julgue o próximo item.
O acesso às informações poderá ser negado, caso exijam trabalhos adicionais de análise,
interpretação ou consolidação de dados, ou ainda serviço de produção ou tratamento de
dados que não seja de competência da entidade.

Comentário: A resposta está no Decreto 7.724/2012, que regulamenta a LAI


no âmbito do Poder Executivo federal. Vejamos:
Art. 13. Não serão atendidos pedidos de acesso à informação:
I - genéricos;
II - desproporcionais ou desarrazoados; ou
==3b479==

III - que exijam trabalhos adicionais de análise, interpretação ou consolidação de


dados e informações, ou serviço de produção ou tratamento de dados que não
seja de competência do órgão ou entidade.
Parágrafo único. Na hipótese do inciso III do caput, o órgão ou entidade deverá, caso
tenha conhecimento, indicar o local onde se encontram as informações a partir das quais
o requerente poderá realizar a interpretação, consolidação ou tratamento de dados.
Gabarito: Certo
37. (Cespe – Bacen 2013) O órgão público não pode exigir do particular que ele apresente
os motivos determinantes da solicitação de informações de interesse público por ele realizada.

Comentário: Segundo o art. 10, §3º da LAI, “são vedadas quaisquer


exigências relativas aos motivos determinantes da solicitação de informações
de interesse público”. Em outras palavras, a Administração não pode exigir que
o interessado apresente os motivos que o levaram a efetuar o pedido de acesso
à informação.
Gabarito: Certo
38. (Cespe – TCDF 2014) Estão sujeitas às disposições da legislação federal e distrital que
rege o tema entidades que, não tendo fins lucrativos, recebem, para a realização de ações de
interesse público, recursos públicos diretamente do orçamento ou mediante subvenções
sociais, contrato de gestão, termo de parceria, convênios, acordos, ajustes ou outros
instrumentos congêneres.

Comentário: O quesito está em plena consonância com o art. 2º da LAI:


Art. 2o Aplicam-se as disposições desta Lei, no que couber, às entidades privadas sem
fins lucrativos que recebam, para realização de ações de interesse público, recursos
públicos diretamente do orçamento ou mediante subvenções sociais, contrato de
gestão, termo de parceria, convênios, acordo, ajustes ou outros instrumentos
congêneres.
Gabarito: Certo

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39. (Cespe – ICMBio 2014) Considere que o ICMBio tenha indeferido o pedido de acesso
a informações de determinado projeto de pesquisa por ele coordenado, ao argumento de que
as informações constantes desse projeto de pesquisa seriam sigilosas. Nessa situação, está
correta a ação do instituto, pois a Lei de Acesso à informação veda o acesso a esses projetos,
independentemente de seu conteúdo.

Comentário: O art. 7º, §1º restringe o acesso a informações relativas a


determinados projetos de pesquisa, quais sejam, àqueles “cujo sigilo seja
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado”. Veja:
§ 1o O acesso à informação previsto no caput não compreende as informações
referentes a projetos de pesquisa e desenvolvimento científicos ou tecnológicos cujo
sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.

A própria LAI define quais projetos de pesquisa são considerados


imprescindíveis à segurança da sociedade ou do Estado e, portanto, passíveis
de sofrerem restrição de acesso:
Art. 23. São consideradas imprescindíveis à segurança da sociedade ou do
Estado e, portanto, passíveis de classificação as informações cuja divulgação ou
acesso irrestrito possam:
I - pôr em risco a defesa e a soberania nacionais ou a integridade do território nacional;
II - prejudicar ou pôr em risco a condução de negociações ou as relações internacionais
do País, ou as que tenham sido fornecidas em caráter sigiloso por outros Estados e
organismos internacionais;
III - pôr em risco a vida, a segurança ou a saúde da população;
IV - oferecer elevado risco à estabilidade financeira, econômica ou monetária do País;
V - prejudicar ou causar risco a planos ou operações estratégicos das Forças Armadas;
VI - prejudicar ou causar risco a projetos de pesquisa e desenvolvimento científico ou
tecnológico, assim como a sistemas, bens, instalações ou áreas de interesse estratégico
nacional;
VII - pôr em risco a segurança de instituições ou de altas autoridades nacionais ou
estrangeiras e seus familiares; ou
VIII - comprometer atividades de inteligência, bem como de investigação ou fiscalização
em andamento, relacionadas com a prevenção ou repressão de infrações.
Logo, a restrição de acesso a projetos de pesquisa não é
“independentemente de seu conteúdo”, daí o erro.
Gabarito: Errado
40. (Cespe – ICMBio 2014) O cidadão tem direito de receber dos órgãos públicos
informações de seu interesse ou de interesse coletivo.

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Comentário: A assertiva está de acordo com o previsto no art. 5º, XXXIII da


Constituição Federal:
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu
interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo
da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível
à segurança da sociedade e do Estado;
Ressalte-se que a Lei de Acesso à Informação foi editada justamente para
regulamentar esse comando constitucional.
Gabarito: Certo
*************

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Gabarito

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
C E E E C C B A D A
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
E B D E C C C E E E
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
B E C C E E E C C E
31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
E E C E E C C C E C

(61) 99170 1432


Neste número, o Prof. Erick Alves e a
Prof. Érica Porfírio disponibilizam dicas, materiais e informações
sobre Direito Administrativo.
É um projeto GRATUITO e para TODOS! Não fique de fora!!
Basta adicionar nosso número no seu WhatsApp e nos mandar a
mensagem “Direito Administrativo”.

Bem, por hoje é só. Bons estudos!

Erick Alves

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RESUMÃO DA AULA
PROCESSO ADMINISTRATIVO FEDERAL LEI 9.784/1999

▪ Administração Federal direta e indireta.


Lei 9.784 aplica-se ▪ Órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, Ministério Público e Tribunal de
Contas, quando exercem função administrativa.

Lei 9.784 aplica-se ▪ Estados, DF e Municípios que não possuem leis próprias (jurisprudência STJ).
de forma subsidiária ▪ Processos administrativos federais regulados por leis específicas (ex: PAD).

➢ Princípios expressos: legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla


defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência.

➢ Princípios característicos do processo administrativo (implícitos na Lei 9.784):


▪ Oficialidade: instauração e impulsão de ofício do processo administrativo, sem prejuízo da atuação dos
interessados.
▪ Informalismo: adoção de formas simples, não rígidas, suficientes para dar segurança aos administrados.
▪ Instrumentalidade das formas: possibilidade de aproveitamento dos atos processuais que tenham
cumprido sua finalidade, ainda que com algum vício de forma.
▪ Verdade material: busca pela realidade dos fatos, além do que está nos autos; permite a produção de
provas pela própria Administração.
▪ Gratuidade: proíbe a cobrança de despesas processuais.

▪ ser tratado com respeito e executar os atos processuais com facilidade


▪ ter ciência dos atos processuais e obter cópias de documentos;
Direitos dos
▪ apresentar elementos até antes da decisão, os quais devem ser considerados;
administrados
▪ fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando obrigatória a representação,
por força de lei.

▪ expor os fatos conforme a verdade;


Deveres dos ▪ proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé;
administrados ▪ não agir de modo temerário;
▪ prestar as informações que lhe forem solicitadas e colaborar para esclarecer os fatos.

➢ Trâmite processual:
▪ Início do processo -> de ofício ou a pedido (de regra, por escrito, salvo quando admitida solicitação oral).
▪ É vedada a recusa imotivada de recebimento de documentos. O servidor deve orientar o interessado.
▪ Vários interessados com pedido idêntico podem formular um único requerimento.
▪ Inexistindo competência legal específica, o processo deverá ser iniciado perante a autoridade de menor
grau hierárquico para decidir.
▪ Impedimento -> situações objetivas -> Interesse direto ou indireto na matéria; participação no processo
(do servidor ou de seu cônjuge e parente e afins até 3º grau) como perito, testemunha ou representante;
litígio judicial ou administrativo com o interessado e respectivo cônjuge ou companheiro -> Deve ser
declarado pelo próprio servidor -> Obrigatório!

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▪ Suspeição -> situações subjetivas -> Amizade íntima ou inimizade notória com algum dos interessados ou
com os respectivos cônjuges, companheiros, parentes e afins até o 3º grau -> Pode ser arguida pelo próprio
servidor ou por outros interessados -> Facultativo!
▪ Em caso de risco iminente, a Administração Pública poderá motivadamente adotar providências
acauteladoras sem a prévia manifestação do interessado;
▪ Preferencialmente, os atos do processo deverão ser realizados em dias úteis, na sede do órgão, mas podem
também ser realizados em outro local, desde que o interessado seja cientificado.
▪ O desatendimento da intimação NÃO importa o reconhecimento da verdade dos fatos, nem a renúncia a
direito pelo administrado; o direito de defesa será garantido na sequência do processo.
▪ Terão tramitação preferencial as pessoas: com idade igual ou superior a 60 anos; portadoras de deficiência,
física ou mental; portadoras de doença grave.
▪ O interessado poderá, por escrito, desistir total ou parcialmente do processo; a Administração, contudo,
poderá prosseguir com o feito, caso entenda que o interesse público exige.

▪ Independente de caução (SV 21 do STF);


▪ Em regra, não possui efeito suspensivo, mas poderá ser concedido se for causar
prejuízo de difícil reparação ou quando expresso em lei.
Recurso
administrativo ▪ Em regra, tramitará em até três instâncias, com início na que proferiu a decisão
recorrida, que poderá reconsiderar ou encaminhar o recurso para a autoridade
superior.
▪ Pode ocorrer o reformatio in pejus.

▪ De punição aplicada ao interessado.


▪ Quando houver fato novo não analisado originalmente.
Revisão
▪ A qualquer tempo.
▪ Não aceita a reformatio in pejus.

ATO PRAZO
Para todos os atos, inexistindo 5 dias, salvo força maior, prorrogáveis por até igual período, se
disposição específica justificado.

Intimação para comparecimento Mínimo de 3 dias úteis

Intimação dos interessados de Mínimo de 3 dias úteis


prova ou diligência ordenada

Emissão de parecer de órgão 15 dias, salvo norma especial ou comprovada necessidade de maior
consultivo prazo.

Manifestação do interessado 10 dias, salvo determinação legal.


após encerrada a instrução

Decisão após instrução Até 30 dias, prorrogáveis, se justificado.

Reconsideração pela autoridade 5 dias; se não reconsiderar, encaminhará à autoridade superior


que proferiu a decisão

Interposição de recurso 10 dias, contados a partir da ciência ou divulgação oficial da decisão


recorrida.

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Decisão de recurso Até 30 dias, contados do recebimento dos autos, prorrogáveis se


justificado.

Intimação dos demais 5 dias úteis para apresentação de alegações.


interessados no recurso

Contagem de prazos:
✓ Os prazos expressos em dias contam-se de modo contínuo.
✓ Os prazos fixados em meses ou anos contam-se de data a data; se no mês do vencimento não houver o dia
equivalente àquele do início do prazo, tem-se como termo o último dia do mês.
✓ Salvo motivo de força maior devidamente comprovado, os prazos processuais não se suspendem.
LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO LEI 12.527/2011

▪ Órgãos públicos da administração direta de todos os Poderes, incluindo Tribunal de


Abrangência Contas e Ministério Público;
da LAI ▪ Entidades da administração indireta, incluindo empresas públicas e sociedades de
(norma geral) economia mista.
▪ Entidades privadas sem fins lucrativos, quanto aos recursos públicos recebidos.
Principais diretrizes:
▪ Publicidade é a regra e o sigilo a exceção;

▪ Divulgação de informações de interesse público, independentemente de solicitações;

▪ Fomento ao desenvolvimento da cultura de transparência na administração pública.

 Transparência ativa:
▪ As informações são disponibilizadas pela Administração, independentemente de solicitação.

▪ É obrigatória a divulgação na internet de informações de interesse geral e coletivo, exceto para Municípios
com até 10 mil habitantes.

 Transparência passiva:
▪ As informações são transmitidas em resposta a requerimento do interessado.

▪ É vedado exigir que o solicitante apresente os motivos determinantes do pedido.

▪ Se disponível, a informação deve ser dada de imediato; caso contrário, o órgão terá 20 dias, prorrogável
por mais 10, para disponibiliza-la, nega-la, comunicar que a não possui ou indicar quem possui.

▪ A negativa de acesso às informações deve ser fundamentada, sob pena de sujeitar-se o responsável a
medidas disciplinares.

▪ É direito do requerente obter o inteiro teor de decisão de negativa de acesso, por certidão ou cópia.

 Restrição de acesso: temporária


➢ Informações imprescindíveis à segurança da sociedade e do Estado:
✓ Ultrassecreta: até 25 anos
Pode ser estipulado um evento como termo
✓ Secreta: até 15 anos final, desde que não ultrapasse esses prazos.
✓ Reservada: até 5 anos

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▪ Comissão Mista de Reavaliação de Informações: pode prorrogar o ultrassecreto por mais 25 anos; revisa
as classificações, de ofício, a cada 4 anos, no máximo.

▪ Segurança do PR e Vice, cônjuges e filhos: informação reservada, até o término do mandato.

➢ Informações pessoais: até 100 anos; independe de classificação. O acesso pode ser autorizado por lei
ou consentimento expresso.

 Recursos: perante a autoridade superior, no prazo de 10 dias. No Executivo Federal, pode recorrer à CGU.

▪ Agentes públicos: no mínimo suspensão.


▪ Militares: sanções previstas para transgressões militares médias ou graves.
Sanções
▪ Pessoa privada com vínculo: advertência, multa, rescisão do vínculo, suspensão temporária
e inidoneidade para licitar e contratar.

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Referências:
Alexandrino, M. Paulo, V. Direito Administrativo Descomplicado. 22ª ed. São Paulo:
Método, 2014.
Bandeira de Mello, C. A. Curso de Direito Administrativo. 27ª ed. São Paulo: Malheiros,
2010.
Borges, C. Curso de Direito Administrativo para AFRB 2014: teoria e questões comentadas.
Estratégia Concursos, 2014.
Carvalho Filho, J. S. Manual de Direito Administrativo. 27ª ed. São Paulo: Atlas, 2014.
Di Pietro, M. S. Z. Direito Administrativo. 22ª ed. São Paulo: Editora Atlas, 2009.
Furtado, L. R. Curso de Direito Administrativo. 4ª ed. Belo Horizonte: Fórum, 2013.
Knoplock, G. M. Manual de Direito Administrativo: teoria e questões. 7ª ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2013.
Justen Filho, Marçal. Curso de direito administrativo. 10ª ed. São Paulo: Revista dos
Tribunais, 2014.
Marrara, Thiago. As fontes do direito administrativo e o princípio da legalidade. Revista
Digital de Direito Administrativo. Ribeirão Preto. V. 1, n. 1, p. 23-51, 2014.
Meirelles, H. L. Direito administrativo brasileiro. 34ª ed. São Paulo: Malheiros, 2008.
Scatolino, G. Trindade, J. Manual de Direito Administrativo. 2ª ed. JusPODIVM, 2014.

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