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Editorial
De retorno
março/2014
Com a página psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, na manhã do dia 30 de janeiro de 2014, em Jerusalém, Israel, ditada pelo
Espírito Amélia Rodrigues, que segue transcrita, juntamo-nos às homenagens do Sesquicentenário da publicação em Paris, em abril de 1864, de O
Evangelho Segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, que se deu, inicialmente, com o nome de Imitação do Evangelho Segundo o Espiritismo.
Amorável Jesus:
Estamos de retorno.
Ontem, nesse passado sempre presente, ouvimos-Te nas paisagens formosas da gentil Galileia e fascinamo-nos com os Teus sublimes
ensinamentos.
Tocados sinceramente no coração, resolvemos seguir-Te à distância através dos tempos, vivendo e cantando a Tua mensagem libertadora.
No entanto, o mundo que enfrentamos não era semelhante às praias formosas e calmas de Cafarnaum e deixamo-nos vencer pelas ondas
encapeladas, pelo tumulto das nossas paixões não apaziguadas, afogando-nos lamentavelmente.
Durante largo período em que procuramos retornar ao Teu rebanho de amor, somente complicamos a conduta, cada vez afundando mais nas
águas revoltas do desespero íntimo.
Sentíamos saudades de Ti e não conseguíamos decodificar corretamente. Por isso, fugíamos de nós mesmos, buscando fora o que somente é
possível encontrar no interior dos sentimentos profundos.
Enquanto nos ensinavas correr para o deserto, para acalmar a febre das paixões primitivas, atirávamo-nos nas labaredas dos incêndios morais
em gozos alucinantes.
Mas Tu não desististe de nós e nos trouxeste às regiões calmantes do Teu coração.
Retornamos na condição do homem que foi assaltado na descida de Jerusalém para Jericó e socorrido pelo samaritano.
Com a alma em frangalhos, recebemos o bálsamo e o carinho da misericórdia do Céu em Teu nome e nos erguemos.
Agora estamos de volta à Tua barca e ouvimos-Te outra vez cantando os hinos de eterna beleza de que se enriquecem os nossos corações.
As baladas das bem-aventuranças comovem-nos de maneira muito especial e os Teus convites de afeto e alegria de viver e de servir, dão-nos
resistência para vencermos o mal interno e acompanhar-Te na áspera subida e permanência na perversa e imensa Jerusalém da sociedade
contemporânea.
O mundo estertora e desejamos acalmá-lo, iniciando a revolução da paz no próprio coração e alongando-a pelas terras desérticas das vidas
estioladas mediante as chuvas de gentilezas e amizades, evocando-Te as atitudes e repetindo-as.
Continuamos ouvindo o Teu poema de luz e de liberdade total, com a musicalidade sublime do amor que nos enriquece e plenifica.
Direciona o Teu olhar para nós e acolhe-nos novamente, sorrindo, como se estivesses a dizer:
…E acolhe-nos.
Já em 1857, 18 de abril, com o lançamento de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, em seu livro terceiro, ao serem insertas as bases morais e
evangélicas da Doutrina Espírita, os Mensageiros do Senhor, encarregados da Codificação, programaram com manifesta sabedoria, inspirados nos
apontamentos dos evangelistas, o roteiro do que viria a ser mais tarde O Evangelho Segundo o Espiritismo (…).
Publicada a obra de consolação e esclarecimento, atestavam os mortos, em vigorosa manifestação, a jornada do Messias, reverenciando
os apontamentos evangélicos que foram estudados, perquiridos e comprovados.[1]
Nela podemos encontrar o doce e suave cântico de esperança, trazidos pelo Espírito de Verdade:
Sou o grande médico das almas e venho trazer-vos o remédio que vos há de curar. Os fracos, os sofredores e os enfermos são os meus filhos
prediletos. Venho salvá-los. Vinde, pois, a mim, vós que sofreis e vos achais oprimidos, e sereis aliviados e consolados. Não busqueis alhures a força
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14/04/2019 De retorno | Jornal Mundo Espírita
Com toda propriedade de um oportuno lembrete que dirige a cada um de nós, Vianna de Carvalho, Espírito, nos diz: No momento em que dores
cruéis o espreitam na caminhada por onde você segue o roteiro da luz, parecendo superlativas, e você estiver a ponto de fracassar, busque a fonte da
Boa Nova e dessedente-se, refrescando o Espírito na palavra insuperável do Rei Crucificado, prosseguindo renovado e feliz, vinculado ao amor, e pelo
amor conduzido à paz augusta da consciência livre e pura.1
E observando o mundo atual, pelas lentes das mídias, concluímos o quanto faz falta a presença de Jesus no coração dos homens.
Reunamo-nos nesse esforço grandioso dos Benfeitores da Humanidade em auxiliar-nos a caminhada pela senda evolutiva que nos diz respeito,
sob a égide de Jesus Cristo, ofertando-nos a oportunidade de melhor alcançar o entendimento dos ensinos do Amigo Incondicional de todas as horas,
lendo O Evangelho segundo o Espiritismo, e empenhando trabalho pessoal em vivenciar suas máximas, conjugando os verbos Amar e Servir na
prática de todos os dias.
Façamos coro com as palavras de João Cabete em seu poema: Fim dos tempos, iniciando a revolução da paz no próprio coração e alongando-a
pelas terras desérticas das vidas estioladas mediante as chuvas de gentilezas e amizades:
[1] FRANCO, Divaldo Pereira. À luz do Espiritismo. Espírito Vianna de Carvalho. Cap. 5. Ed. LEAL.
[2] KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo. Cap. VI, item 7. Ed. FEB.
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