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Art.

104 Regulamento da Previdência Social - Decreto 3048/99


RPS - Decreto nº 3.048 de 06 de Maio de 1999
Aprova o Regulamento da Previdência Social, e dá outras providências.
Subseção VIII
Do Auxílio-acidente
Art. 104. O auxílio-acidente será concedido, como indenização, ao segurado empregado, exceto
o doméstico, ao trabalhador avulso e ao segurado especial quando, após a consolidação das
lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultar seqüela definitiva, conforme as
situações discriminadas no anexo III, que implique: (Redação dada pelo Decreto nº 4.729, de
2003)
I - redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exerciam e se enquadre nas
situações discriminadas no Anexo III;
I - redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exerciam; (Redação dada pelo
Decreto nº 4.729, de 2003)
II - redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exerciam e exija maior esforço
para o desempenho da mesma atividade que exerciam à época do acidente; ou
III - impossibilidade de desempenho da atividade que exerciam à época do acidente, porém
permita o desempenho de outra, após processo de reabilitação profissional, nos casos indicados
pela perícia médica do Instituto Nacional do Seguro Social.
§ 1º O auxílio-acidente mensal corresponderá a cinqüenta por cento do salário-de-benefício que
deu origem ao auxílio-doença do segurado, corrigido até o mês anterior ao do início do auxílio-
acidente e será devido até a véspera de início de qualquer aposentadoria ou até a data do óbito
do segurado.
§ 2º O auxílio-acidente será devido a contar do dia seguinte ao da cessação do auxílio-doença,
independentemente de qualquer remuneração ou rendimento auferido pelo acidentado, vedada
sua acumulação com qualquer aposentadoria.
§ 3º O recebimento de salário ou concessão de outro benefício, exceto de aposentadoria, não
prejudicará a continuidade do recebimento do auxílio-acidente.
§ 4º Não dará ensejo ao benefício a que se refere este artigo o caso:
I - que apresente danos funcionais ou redução da capacidade funcional sem repercussão na
capacidade laborativa; e
II - de mudança de função, mediante readaptação profissional promovida pela empresa, como
medida preventiva, em decorrência de inadequação do local de trabalho.
§ 5º A perda da audição, em qualquer grau, somente proporcionará a concessão do auxílio-
acidente, quando, além do reconhecimento do nexo de causa entre o trabalho e a doença,
resultar, comprovadamente, na redução ou perda da capacidade para o trabalho que o segurado
habitualmente exercia.
§ 5o A perda da audição, em qualquer grau, somente proporcionará a concessão do auxílio-
acidente quando, além do reconhecimento do nexo entre o trabalho e o agravo, resultar,
comprovadamente, na redução ou perda da capacidade para o trabalho que o segurado
habitualmente exercia. (Redação dada pelo Decreto nº 6.939, de 2009)
§ 6º No caso de reabertura de auxílio-doença por acidente de qualquer natureza que tenha dado
origem a auxílio-acidente, este será suspenso até a cessação do auxílio-doença reaberto,
quando será reativado.
§ 7º Não cabe a concessão de auxílio-acidente quando o segurado estiver desempregado,
podendo ser concedido o auxílio-doença previdenciário, desde que atendidas as condições
inerentes à espécie.
§ 7o Cabe a concessão de auxílio-acidente oriundo de acidente de qualquer natureza ocorrido
durante o período de manutenção da qualidade de segurado, desde que atendidas às condições
inerentes à espécie. (Redação dada pelo Decreto nº 6.722, de 2008).
§ 8º Para fins do disposto no caput considerar-se-á a atividade exercida na data do
acidente.(Incluído pelo Decreto nº 4.729, de 2003)

RPS - Decreto nº 3.048 de 06 de Maio de 1999


Aprova o Regulamento da Previdência Social, e dá outras providências.
Subseção V
Do Auxílio-doença
Art. 78. O auxílio-doença cessa pela recuperação da capacidade para o trabalho, pela
transformação em aposentadoria por invalidez ou auxílio-acidente de qualquer natureza, neste
caso se resultar seqüela que implique redução da capacidade para o trabalho que habitualmente
exercia.
§ 1o O INSS poderá estabelecer, mediante avaliação médico-pericial, o prazo que entender
suficiente para a recuperação da capacidade para o trabalho do segurado, dispensada nessa
hipótese a realização de nova perícia. (Incluído pelo Decreto nº 5.844 de 2006)
§ 1º O INSS poderá estabelecer, mediante avaliação pericial ou com base na documentação
médica do segurado, nos termos do art. 75-A, o prazo que entender suficiente para a
recuperação da capacidade para o trabalho do segurado. (Redação dada pelo Decreto nº 8.691,
de 2016)

§ 2o Caso o prazo concedido para a recuperação se revele insuficiente, o segurado poderá


solicitar a realização de nova perícia médica, na forma estabelecida pelo Ministério da
Previdência Social. (Incluído pelo Decreto nº 5.844 de 2006)
§ 2º Caso o prazo concedido para a recuperação se revele insuficiente, o segurado poderá
solicitar a sua prorrogação, na forma estabelecida pelo INSS. (Redação dada pelo Decreto nº
8.691, de 2016)

§ 3o O documento de concessão do auxílio-doença conterá as informações necessárias para o


requerimento da nova avaliação médico-pericial. (Incluído pelo Decreto nº 5.844 de 2006)
§ 3º A comunicação da concessão do auxílio-doença conterá as informações necessárias para
o requerimento de sua prorrogação. (Redação dada pelo Decreto nº 8.691, de 2016)

§ 4º A recepção de novo atestado fornecido por médico assistente com declaração de alta
médica do segurado, antes do prazo estipulado na concessão ou na prorrogação do auxílio-
doença, culminará na cessação do benefício na nova data indicada. (Incluído pelo Decreto nº
8.691, de 2016)

https://www.jusbrasil.com.br/topicos/11750384/artigo-78-do-decreto-n-3048-de-06-de-maio-de-
1999

https://brenovs.jusbrasil.com.br/artigos/429744642/beneficios-por-incapacidade
Benefícios por incapacidade

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Segundo o "Manual de Perícia Oficial em Saúde do Servidor Público Federal" incapacidade é
"a impossibilidade de desempenhar as atribuições definidas para o cargos, funções ou
empregos, decorrente de alterações patológica consequentes a doenças ou acidentes".
Com a intenção de proteger servidores e empregados a situação de incapacidade laboral a
legislação prevê os seguintes benefícios: auxílio-doença, auxílio acidente e aposentadoria por
invalidez.

Auxílio Doença (Espécies 31 e 91)


Com previsão nos arts. 201, I, da CF/88, 59 a 64 da Lei n. 8.213/91 e 71 a 80 do Decreto
n. 3.048/99, é benefício devido ao segurado incapacitado para o trabalho por mais de 15
(quinze) dias. Pode ser divido em “auxílio-doença previdenciário (espécie B31)” e “auxílio-
doença acidentário (espécie B91)”, que possuem como principais diferenças (dentre outras):
a) Carência (Lei n. 8.213/91):
Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social
depende dos seguintes períodos de carência, ressalvado o disposto no art. 26:

I - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez: 12 (doze) contribuições mensais;

Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações:...

II - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza


ou causa e de doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que, após
filiar-se ao RGPS, for acometido de alguma das doenças e afecções especificadas em lista
elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social, atualizada a cada 3 (três) anos,
de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência ou outro fator que
lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado; (Redação
dada pela Lei nº 13.135, de 2015)

b) Alguns efeitos trabalhistas

b.1) Estabilidade (Lei n. 8.213/91):


Art. 118. O segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida, pelo prazo mínimo de
doze meses, a manutenção do seu contrato de trabalho na empresa, após a cessação do
auxílio-doença acidentário, independentemente de percepção de auxílio-acidente.

b.2) FGTS (Lei n. 8.036/90):


Art. 15. Para os fins previstos nesta lei, todos os empregadores ficam obrigados a depositar,
até o dia 7 (sete) de cada mês, em conta bancária vinculada, a importância correspondente a
8 (oito) por cento da remuneração paga ou devida, no mês anterior, a c ada trabalhador,
incluídas na remuneração as parcelas de que tratam os arts. 457 e 458 da CLT e a gratificação
de Natal a que se refere a Lei nº 4.090, de 13 de julho de 1962, com as modificações da Lei
nº 4.749, de 12 de agosto de 1965.
...

§ 5 O depósito de que trata o caput deste artigo é obrigatório nos casos de afastamento para
prestação do serviço militar obrigatório e licença por acidente do trabalho

Auxílio acidente (Espécies 36 e 94)


Conforme art. 86 da Lei n. 8.213/91, trata-se de benefício concedido como indenização, ao
segurado quando, após consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer
natureza, resultarem seqüelas que impliquem redução da capacidade para o trabalho que
habitualmente exercia.
Já a teor do art. 147 da IN n. 77:Entende-se como acidente de qualquer natureza aquele de
origem traumática e por exposição a agentes exógenos (físicos, químicos ou biológico s), que
acarrete lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda ou a redução
permanente ou temporária da capacidade laborativa.

O benefício não depende de carência.

Têm direito ao benefício empregados urbanos e rurais, empregados domésticos, trabalhadores


avulsos, seguradores especiais (arts. 18, § 1º e 39, I, da Lei n. 8.213/91 e 104 do Decreto
n. 3.048/99). Contribuintes individuais e segurados facultativos não fazem jus ao auxílio
acidente.
Aposentadoria por invalidez (Espécies 32 e 92)
A aposentadoria por invalidez é devida ao segurado incapacitado, de forma insuscetível de
reabilitação, para o trabalho seja decorrente de acidente ou doença não relacionada ao
trabalho (espécie 32) seja de acidente de trabalho ou doença ocupacional (espécie 92).

Assim dispõe a Lei n. 8.213/91:


Art. 42. A aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida, quando for o caso, a carência
exigida, será devida ao segurado que, estando ou não em gozo de auxílio -doença, for
considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício de atividade qu e lhe
garanta a subsistência, e ser-lhe-á paga enquanto permanecer nesta condição.

§ 1º A concessão de aposentadoria por invalidez dependerá da verificação da condição de


incapacidade mediante exame médico-pericial a cargo da Previdência Social, podendo o
segurado, às suas expensas, fazer-se acompanhar de médico de sua confiança.

Assim, via de regra, concede-se em primeiro momento o auxílio-doença, em constatando-se a


impossibilidade de retorno ao trabalho, em razão de incapacidade total e permanente,
converte-se o benefício em aposentadoria por invalidez.

Conforme entendimento do STJ:

“Para a concessão de aposentadoria por invalidez devem ser considerados outros aspectos
relevantes, além dos elencados no art. 42 da Lei 8.213/91, tais como, a condição
socioeconômica, profissional e cultural do segurado”. (AGRESP 200801032030).
a) Acréscimo de 25% (Lei n. 8.213/91):
Art. 45. O valor da aposentadoria por invalidez do segurado que necessitar da assistência
permanente de outra pessoa será acrescido de 25% (vinte e cinco por cent o).

Parágrafo único. O acréscimo de que trata este artigo:

a) será devido ainda que o valor da aposentadoria atinja o limite máximo legal;

b) será recalculado quando o benefício que lhe deu origem for reajustado;

c) cessará com a morte do aposentado, não sendo incorporável ao valor da pensão.

Material Educativo:
1) Quando e como pedir sua aposentadoria: https://goo.gl/v21rhQ
2) Como evitar que o INSS negue sua aposentadoria: https://goo.gl/jqueW5
3) Planejamento para aposentadoria: https://goo.gl/uXhHU4

Vídeo aula https://www.youtube.com/watch?v=EczcbzMEs9g


Revisão do auxílio doença e aposentadoria por invalidez: vai cessar o benefício? Medida
Provisória 739/2016

Você está sabendo que o Governo Federal vai passar um pente fino nos benefícios de auxílio
doença e aposentadoria por invalidez?

Você está preocupado com essa revisão nos benefícios do INSS? É bom se preocupar mesmo!

Sabia que o Governo Federal criou uma medida provisória para revisar os benefícios por
incapacidade e vai dar um bônus por produtividade para os médicos peritos acelerarem esse
pente fino?

Para você que quer saber o que significa a medida 739, o que vai ser esse pente fino nos
benefícios do INSS de auxílio doença e aposentadoria por invalidez, encontrará neste artigo
as respostas para as suas perguntas.

De início, será esclarecido o que são os benefícios por incapacidade que o INSS concede.
Basicamente, são três os benefícios por incapacidade:

1- AUXÍLIO DOENÇA

É o benefício concedido ao segurado que apresentar, no momento da realização da per ícia


médica, uma incapacidade total e temporária à realização de atividade laboral.

Essa incapacidade deve ocorrer por mais de 15 (quinze) dias consecutivos, seja devida a uma
patologia seja devido um acidente de trabalho. Ele é meramente de cunho alimentí cio e pago
pela Previdência Social, no valor da renda sobre o qual irá incidir o percentual de 91% (noventa
e um por cento).

O auxílio-doença será devido ao segurado que, após cumprida, quando for o caso, a carência
exigida, ficar incapacitado para seu trabalho ou para sua atividade habitual por mais de quinze
dias consecutivos.

O auxílio-doença está previsto nos artigos 59 a 64 da Lei 8.213/91 c. C


artigo 201, I da Constituição Federal de 1988; e c. C. Artigos, 71 a 80 do Decreto 3.048/99.
2- APOSENTADORIA POR INVALIDEZ
Esse benefício será concedido ao segurado que, no momento da realização da perícia médica,
apresentar uma incapacidade total e permanente para suas atividades laborativas ou habituais,
ou seja, insuscetível de recuperação.

Da mesma forma que o auxílio-acidente, dever-se-á observar o período de carência exigido


pela Lei, e pode ser oriunda de patologia ou acidente.

O que difere os benefícios é o tipo da incapacidade constatada, sendo um de caráter


temporário (auxílio-doença) e o outro de caráter permanente (aposentadoria por invalidez).

“A aposentadoria por invalidez é concedida ao segurado que, estando ou não em gozo de


auxílio-doença, for considerado incapaz para o trabalho e insuscetível de reabilitação par a o
exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, e ser-lhe-á paga enquanto permanecer
nessa condição”. (FABIO ZAMBITTE IBRAHIM).

O segurado por invalidez que comprovar a necessidade de assistência permanente de outra


pessoa poderá ter seu benefício majorado em 25%. O anexo I do Decreto 3.048/99 traz rol
ilustrativo de situações que ensejam direito ao complemento no benefício.
Esse benefício está previsto nos artigos 42 a 47 da lei 8.213/91, c. C
artigo 201, I da Constituição Federal de 1988; c. C. Artigos 43 a 50 do Decreto 3.048/99.

3- AUXÍLIO-ACIDENTE
O auxílio-acidente é um benefício a que o segurado do INSS pode ter direito, quando
desenvolver sequela permanente que reduza sua capacidade laborativa.

Esse direto é analisado pela perícia médica do INSS, no momento da avaliação pericial. O
benefício é pago como uma forma de indenização em função do acidente e, portanto, não
impede o cidadão de continuar trabalhando.

O benefício tem natureza indenizatória, podendo ser recebido pelo segurado mesmo este
exercendo atividade remunerada. A renda mensal inicial será equivalente a 50% do valor do
salário de benefício e, por se tratar de indenização, pode ser pago em valor inferior ao valor
do salário mínimo vigente.

Ressalta-se que o benefício auxílio-acidente, que antes era vitalício, atualmente é pago até a
véspera da concessão de qualquer aposentadoria ou da data do óbito, e é suspenso se o
segurado vier a receber auxílio-doença em decorrência de incapacidade gerada pela mesma
que deu causa ao benefício auxílio-acidente.

O auxílio-acidente é um benefício que vem disciplinado no artigo 86 da Lei 8.213/91, c. C


artigo 104 do Decreto 3.048/99.
Esses são os benefícios que são pagos pelo INSS em caso de incapacidade laboral e que
agora passam a sofrer o pente fino, tudo com o propósito de economia por parte do governo
federal.

1- O que vai acontecer com os benefícios por incapacidade?


Os benefícios de incapacidade auxílio-doença e aposentadoria por invalidez passarão por
revisões com o intuito claro de serem CORTADOS.

Leiam esses dois parágrafos do art. 43 da Lei 8213/91, alterados pela medida
provisória 739 de 07 de julho de 2016, e vamos interpretar:
§ 4º O segurado aposentado por invalidez poderá ser convocado a qualquer momento para
avaliação das condições que ensejaram o afastamento ou a aposentadoria, concedida judicial
ou administrativamente, observado o disposto no art. 101.” (NR).

§ 10. O segurado em gozo de auxílio-doença, concedido judicial ou administrativamente,


poderá ser convocado a qualquer momento para avaliação das condições que ensejaram a
sua concessão e a sua manutenção, observado o disposto no art. 101.” (NR)

Observamos que, de acordo com esses parágrafos criados pela medida provisória 739/2016,
haverá uma convocação para novas perícias, tanto para quem está no auxílio -doença como
para quem está aposentado por invalidez.
Essa convocação valerá tanto para quem conseguiu o benefício de forma administrativa
(aquela do INSS), tanto para quem obteve por medida judicial (na justiça).

Aqui se percebe a profunda ingerência de poderes, já que o executivo vai adentrar a decisão
judicial, ou seja, vai se sobrepor a ação judiciária. O objetivo é que o Governo federal
economize, com essa medida, sete bilhões de reais por ano. Os peritos, obviamente, vão dizer
que muitos desses benefícios não são mais necessários, levando à perda dos mesmos.

Não tenham dúvidas, o objetivo é de restringir o acesso aos benefícios por incapacidade, bem
como cessar os benefícios para aqueles segurados que já recebem os respectivos benefícios
de aposentadoria por invalidez ou auxílio-doença. É certo que há muita fraude na concessão
desses benefícios, mas há também muita injustiça. E agora é que vamos ver o que é
INJUSTIÇA!

Nas decisões judiciais não existe um prazo determinado em que o segurado permanecerá
recebendo o benefício de auxílio-doença. Já o § 9ª do artigo 60da lei 8.213/91, que foi
acrescentado pela MP 739/2016, estabeleceu o prazo de 120 dias, contado da data de
concessão ou de reativação, salvo quando o segurado realizar o pedido de prorrogação do
benefício junto ao INSS.
O que podemos dizer é que complicou muito para quem depende tanto do auxílio doença como
da aposentadoria por invalidez.

2. Como ficou o tempo de carência para o auxílio-doença com a MP 739?


O benefício de auxílio-doença exige carência de 12 contribuições mensais e, quando alguém
perde a qualidade de segurado por desemprego, ou por não conseguir pagar as contribuições,
pode voltar a ser segurado com apenas 4 meses de contribuição, sendo 1/3 das contribuições.

Na nova regra implementada pela MP 739/2016, o parágrafo único do artigo 24 da lei 8.213/91
foi revogado e, com isso, o segurado que perder essa qualidade deverá, necessariamente,
voltar a contribuir por mais 12 meses para cumprir a carência.
Veja como ficou cada vez mais difícil conseguir o benefício. Com a atual taxa de desemprego
e crise econômica, muita gente enfrentará essa nova realidade.

3. E a reabilitação profissional?O segurado que estiver em auxílio-doença deverá submeter-


se a processo de reabilitação profissional.
“Art. 62. O segurado em gozo de auxílio-doença, insusceptível de recuperação para sua
atividade habitual, deverá submeter-se a processo de reabilitação profissional.

Parágrafo único. O benefício será mantido até que o segurado seja considerado reabilitado
para o desempenho de atividade que lhe garanta a subsistência ou, quando considerado não
recuperável, for aposentado por invalidez.” (NR)

Agora, como fica o caso das pessoas que estão incapacitadas até para fazer a reabilitação
profissional? Perderão o benefício? Vamos ver.

Questão polêmica é a mudança do texto do artigo 62 da Lei 8.213/91, que trata da reabilitação
profissional do segurado em gozo de auxílio-doença. A antiga redação do artigo determinava
a reabilitação profissional para o exercício de outra atividade. A nova redação suprimiu essa
parte do texto.
O novo parágrafo único do artigo 62 ainda faz menção ao “desempenho de atividade que lhe
garanta a subsistência”, enquanto a redação antiga do artigo fazia menção ao “desempenho
de nova atividade que lhe garanta subsistência”.

Será preciso observar a extensão dessa mudança e como a retirada da expressão “nova” ou
“outra atividade” será interpretada pelos tribunais.

4. Os peritos receberão mais para “agilizar” a revisão?


Sim. Vão receber R$ 60.00 (sessenta reais); diga-se de passagem que é um valor bem atrativo.
Considerando que o SUS paga em média R$ 10.90 (dez reais e noventa centavos por
consulta), receber sessenta reais por uma perícia não é de se jogar fora.

Art. 3º O BESP-PMBI será devido ao médico perito do INSS por cada perícia médica realizada
nas Agências da Previdência Social, atendidos os seguintes requisitos:

Art. 4º O BESP-PMBI corresponderá ao valor de R$ 60,00 (sessenta reais) por perícia


realizada, na forma do art. 3º. MEDIDA PROVISÓRIA Nº 739, DE 7 DE JULHO DE 2016.

Veja que o Governo Federal tem urgência em fazer valer essas revisões e, quem sabe, fazer
cessar uma grande parte. Lembrando que a meta é economizar sete bilhões.

Hoje já se percebe que as perícias deixam muito a desejar, os médicos sequer olham os
exames, imagine o que será nas revisões? Pode-se dizer que essas revisões são, no mínimo,
escabrosas e o objetivo é fazer cessar o benefício de milhares de segurados.

O que se percebe é que essa medida carece de legalidade e é um retrocesso social. O Brasil
precisa parar de viver de medida provisória. Nosso sistema jurídico vive da legislação do
executivo e do judiciário, contrariando a separação dos poderes.

4. Sou beneficiário de auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez. O que devo fazer?

Inicialmente, não há muito o que fazer, a não ser acompanhar as notícias e se informar, através
de consulta a um advogado, para se precaver. Vamos a algumas perguntas e respostas:
a) Sou aposentado por invalidez há mais de dois anos. Como devo proceder?
Você deve aguardar a convocação oficial pelo INSS para comparecer à agência e fazer a
revisão de seu benefício. O INSS deverá indicar data, local e horário.

b) Recebo auxílio-doença há mais de dois anos. Como devo proceder?


Para fazer a revisão de seu benefício, será necessário aguardar a convocação oficial do INSS,
que indicará data, local e horário para o comparecimento.

c) Sou aposentado por invalidez há menos de dois anos. Quando completar os dois
anos, serei convocado?
Não necessariamente. Essa convocação é para revisar benefícios mais antigos (estoque), mas
todo segurado pode ser chamado a qualquer tempo para a revisão.

d) Recebo auxílio-doença há menos de dois anos. Serei convocado para a revisão?


Não necessariamente. Neste momento, a revisão será apenas para quem tem benefício por
incapacidade mantido por mais de dois anos. No entanto, todo segurado pode ser chamado a
qualquer tempo para revisão.

e) Quando começam as convocações para a revisão?


Um ato conjunto dos Ministérios da Fazenda, do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão e
do Desenvolvimento Social e Agrário ainda deverá definir os critérios para essa convocação.
A expectativa é de que as primeiras convocações comecem ainda no segundo semestre.

O direito não socorre a quem dorme e quem não luta pelos seus direitos não é digno deles,
portanto devemos estar prontos para a batalha.

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Guia Prático do auxílio-acidente
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1. Conceito
É uma indenização previdenciária após a consolidação das lesões decorrentes de acidente de
qualquer natureza, resultar em sequela definitiva, a qual implique em redução da capacidade
para o trabalho que habitualmente desempenhava.

2. Beneficiários
Antes da edição da Lei 9.032/95, apenas três segurados tinham direito à percepção do auxílio-
acidente: empregado, trabalhador avulso e o segurado especial (trabalhador rural).
Para o contribuinte individual existe a restrição legal, porém é ilógico restringi -lo, posto que
desde o advento da Lei 9.032/95 passou a ser devido o auxílio-acidente por acidente de
qualquer natureza ou causa.
Um contribuinte individual que tenha sofrido uma redução da capacidade laborativa, e procure
um emprego, de certo enfrentará dificuldades iguais aos outros segurados que também tenham
sofrido uma redução. Por isso, pessoas que contribuem da mesma forma para o sistema devem
ser tratadas de forma isonômica (igual).

3. Carência
Trata-se de benefício que independe de carência, nos termos do artigo 26, inciso I da
Lei 8.213/91.

4. Cumulação
O auxílio-acidente pode ser cumulado com o percebimento de salário ou outro benefício, salvo
se for aposentadoria, nos termos do § 3º do artigo 86 da Lei 8.213/91.
Em relação, a cumulação da aposentadoria e auxílio-acidente era permitida até a edição da
Lei 9.528/97, hoje há discussões sobre a questão, vejamos.
A 3ª Seção do Superior Tribunal de Justiça entendia pela possibilidade de cumulação, porém
com a realocação da competência, a 1ª Seção do Superior Tribunal de Justiça, no
julgamento do Recurso Repetitivo 1.296.673 entendeu que a cumulação só seria possível
quando o auxílio-acidente e a aposentadoria fossem anteriores à alteração introduzida pela
Lei 9.528/97.
Portanto, a regra geral é que o segurado não poderá cumular os dois benefícios e o auxílio -
acidente passa a integrar o cálculo do salário de qualquer aposentadoria.

Olhemos agora as exceções sobre a possibilidade de cumulação:

1) O auxílio-acidente de natureza acidentária pode ser cumulado com a aposentadoria,


conforme o Incidente de Inconstitucionalidade 145.463-0/0-00 julgado pelo Órgão Especial do
Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, pois se entendeu que a fonte de custeio é diversa.
2) Auxílio-acidente com a aposentadoria por invalidez, desde que a fonte de custeio seja
diversa, ou seja, uma acidentária e a outra previdenciária, conforme entendimento do STJ no
Recurso Especial de nº 246.833/SP.
3) Auxílio-acidente com auxílio-doença, desde que possua cunho diferenciado, ou seja, não
seja pelo mesmo infortúnio que gerou o respectivo auxílio-acidente.
Então vai depender da situação em questão, pois existem exceções permissivas sobre a
cumulação.

5. Renda Mensal Inicial


O valor da Renda Mensal Inicial corresponderá a cinquenta por cento de salário benefício
(corresponde à média aritmética simples dos 80% maiores salários de contribuição, corrigidos
monetariamente).

Entretanto, o Decreto 3.048/99 traz uma regra diversa, nos termos do artigo 104,
corresponderá a cinquenta por cento do salário-de-benefício que deu origem ao auxílio-doença
do segurado, corrigido até o mês anterior ao do início do auxílio-acidente.
6. Situações que dão direito ao benefício
Assim, para o pagamento do auxílio-acidente, será preciso que ocorra um acidente de qualquer
natureza, haja sequela e uma das seguintes hipótese:

 Redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exerciam.


 Redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exerciam e exija maior
esforço para o desempenho da mesma atividade que exerciam à época do acidente.
 Impossibilidade de desempenho da atividade que exerciam à época do acidente,
porém permita o desempenho de outra, após processo de reabilitação profissional, nos
casos indicados pela perícia médica do Instituto Nacional do Seguro Social.
O Anexo III do Decreto 3.048/99 prevê diversas situações que dão direito ao auxílio-acidente,
em resumo são:
 Aparelho visual.
 Aparelho auditivo.
 Aparelho da fonação.
 Perda de segmentos de membros
 Alterações articulares.
 Encurtamento de membro inferior
 Redução da força e/ou da capacidade funcional dos membros
 Outros aparelhos e sistemas.
O Rol do anexo III é meramente exemplificativo, nos termos da Portaria de nº 264/2013 do
Ministério da Previdência Social.

Leia também:

 Guia prático: Como requerer a aposentadoria por invalidez.


 Guia Prático: Como requerer o auxílio-doença.
Consulte sempre um advogado especialista em Direito Previdenciário.
É proibida a reprodução, total ou parcial, do conteúdo sem prévia autorização do autor, salvo
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Aspectos Práticos do Auxílio Acidente


https://vecaminotto.jusbrasil.com.br/artigos/167710998/aspectos-praticos-do-auxilio-acidente

Nome do autor: Verônica Caminoto Chehoud: Advogada. Escritório de Advocacia, sito à Rua
Couto Magalhães, 1888. Centro. CEP: 14400-490. Franca/ SP. Membro da Federação das
APAES do Estado de São Paulo e da Comissão do Jovem Advogado de Franca/SP – 13ª
Subseção. Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito de Franca. Franca/SP.
vecaminotto@adv.oabsp.org.br

Orientador: Carlos Alberto Vieira de Gouveia: Advogado. Coordenador da Pós Graduação. Rua
da Consolação, 65. São Paulo/SP. Faculdades Legale. http://www.legale.com.br/
Área do Direito: Direito Previdenciário

RESUMO

Este trabalho apresenta os principais aspectos do auxilio acidente no Direito Previdenciário,


informa as linhas gerais e particulares do benefício, e esclarece sobre a redação anterior do
artigo 86 da Lei de Benefícios da Previdência Social o qual foi alterado ao longo dos anos, bem
como, faz uma reflexão do assunto com a apresentação de situações práticas extraídas de
decisões jurisprudenciais.
Palavras-chave: Acidente. Benefício. Nexo causal. Indenização

ABSTRACT

This paper presents the main aspects of the accident assistance in the Social Security Law,
informs the general and particular lines of the benefit, and clarifies the previous wording of
Article 86 of Law Benefits of Social Security which has changed over the years as well, makes
a subject of reflection with the presentation of practical situations drawn from court decisions.

Keywords: Accident. Benefit. Causal link. Indemnity

Sumário: Introdução. 1. Situações que dão ensejo ao auxilio acidente. 2. Renda mensal inicial
do benefício. 3. Data de início do benefício. 4. Período de carência. 5. Suspensão e cessação
do benefício. 5.1. Mantém a qualidade de segurado 6. Manutenção do auxílio acidente
concedido antes da lei 9.528/1997 cumulado com aposentadoria. 7. Conclusão. Referências
bibliográficas.

Introdução

O auxilio acidente trata-se de um benefício previdenciário concedido como indenização mensal


paga ao segurado empregado (urbano ou rural), trabalhador avulso e segurado especial, que
após a consolidação de uma lesão decorrente de acidente de trabalho ou acidente de qualquer
natureza, resulte em redução da capacidade laborativa que habitualmente exercia (Artigos 86,
caput, 18, § 1º e 39, I da Lei 8.213/1991 e artigo 104 do Regulamento da Previdência Social -
Decreto nº. 3.048/99).
A Lei 9.032/95 acrescentou acidente de qualquer natureza. Diante disso, não é necessário que
seja acidente de trabalho, podendo este ocorrer no trabalho ou fora dele. No entanto, não basta
apenas a ocorrência do acidente, pois, também é necessário que após a consolidação das
lesões decorrentes do sinistro haja redução da capacidade para o trabalho que o segurado
exercia anteriormente.
Assim, após a consolidação das lesões decorrestes do acidente, o segurado não está total e
definitivamente incapaz para o trabalho o que seria o caso de concessão do benefício da
aposentadoria por invalidez, mas sim, incapaz de forma parcial e definitiva, ou seja, houve
redução da capacidade laborativa, causando sequelas definitivas.

Contribuintes individuais e segurados facultativos não fazem jus a ess e beneficio, segundo a
interpretação dominante, por não estarem enquadrados na proteção acidentaria (art. 19 da
Lei 8.213/91).
Conforme entendimento do STJ é importante que a existência da lesão seja decorrente de
acidente que implique em redução da capacidade para o labor habitualmente exercido, uma
vez que, o nível do dano e o grau do maior esforço não interferem na concessão do beneficio,
o qual será devido ainda que seja mínima a lesão. (STJ, REsp 1109591/SC, Rel. Min. Celso
Lomongi. DJe 08/09/2010.)

1. Situações que dão ensejo ao auxilio acidente

De acordo com o artigo 104 do Regulamento da Previdência Social (RPS) o auxilio acidente é
um benefício pago ao segurado quando houver sequelas definitivas que resultem:
a) redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia

b) redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia e exija maior esforço para
o desempenho da mesma atividade exercida à época do acidente; ou

c) impossibilidade de desempenho da atividade que exercia a época do acidente, porém


permita o desempenho de outra, após o processo de reabilitação profissional, nos casos
indicados pela perícia médica do INSS.

Frisa-se que os acidentes de qualquer natureza e do trabalho que após a consolidação das
lesões apresentarem redução da capacidade funcional, mas sem repercussão na capacidade
laborativa, não darão ensejo ao benefício, pois é necessário o preenchimento dos requisitos
previstos no artigo 104 do RPS, acima mencionados.

Frisa-se que a perda da audição em qualquer grau, somente dará direito ao auxilio acidente,
quando houver nexo causal entre a doença e o trabalho que resultar comprovadamente em
redução ou perda da capacidade laborativa, conforme preceitua o artigo 86, § 4ª da
Lei 8.213/91.
Assim, nos casos de perda de audição, para ter direito ao benefício é necessário cumprir os
seguintes requisitos:

a.) nexo causal entre o trabalho e a perda da audição

b.) redução ou perda da capacidade laborativa que habitualmente exercia, em decorrência da


perda da audição.

Diante disso, se mesmo existindo o nexo causal, este não provocar redução ou perda da
capacidade laborativa, o segurado não terá direito ao auxilio acidente.

2. Renda mensal inicial do benefício

A renda mensal inicial do auxilio acidente corresponde a 50% do salário de benefício que deu
origem ao auxilio doença, corrigido até o mês anterior ao do início do pagamento do benefício
(Artigo 86, § 1ª da Lei 8.213/91 e artigo 104, § 1ª do RPS).
Em razão do caráter indenizatório desse benefício, a renda mensal inicial pode ser inferior a
um salário mínimo, uma vez que a intenção do legislador não foi de substituir o rendimento do
trabalho do segurado, mas sim, compensa-lo por não possuir plena capacidade para o
trabalho.

O valor mensal do auxilio acidente integra o salário de contribuição para fins de cálculo do
salário de benefício de qualquer aposentadoria, mas não integra o salário de contribuição aos
benefícios da previdência social, salvo o salário maternidade, vide artigo 28, § 9ª, a, da
Lei 8212/91 que segue:
Artigo 28 Entende-se por salário-de-contribuição:

I - para o empregado e trabalhador avulso: a remuneração auferida em uma ou mais empresas,


assim entendida a totalidade dos rendimentos pagos, devidos ou creditados a qualquer título,
durante o mês, destinados a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as
gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de
reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do
empregador ou tomador de serviços nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção
ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa; (Redação dada pela Lei nº 9.528, de
10.12.97)

II - para o empregado doméstico: a remuneração registrada na Carteira de Trabalho e


Previdência Social, observadas as normas a serem estabelecidas em regulamento para

III - para o contribuinte individual: a remuneração auferida em uma ou mais empresas ou pelo
exercício de sua atividade por conta própria, durante o mês, observado o limite máxi mo a que
se refere o § 5o; (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 1999).
IV - para o segurado facultativo: o valor por ele declarado, observado o limite máximo a que se
refere o § 5o. (Incluído pela Lei nº 9.876, de 1999).
§ 9º Não integram o salário-de-contribuição para os fins desta Lei, exclusivamente:

a) os benefícios da previdência social, nos termos e limites legais, salvo o salário-maternidade;


(...)

O Supremo Tribunal Federal, em decisão de relatoria da Ministra Relatora Carmen Lúcia, no


julgamento do Ag. Reg. No Recurso Extraordinário n. 597.022 Rio de Janeiro, datado de
27/10/2009, entendeu que o valor do auxílio-acidente não pode ser inferior a um salário mínimo
nacional, em razão de o art. 201, § 2º da Constituição Federal ser autoaplicável.
Neste sentido extrai-se julgado do STF: “PREVIDENCIÁRIO. BENEFÍCIO. PISO SALARIAL.
ART. 201, PARS.5. E 6., DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. As normas dos dispositivos acima
mencionados, que estabelecem piso não inferior ao salário mínimo para os benefícios
previdenciários e gratificação natalina dos aposentados e pensionistas equivalente aos
proventos do mês de dezembro, são auto-aplicáveis, independendo sua eficácia de edição de
lei ordinária regulamentadora. Jurisprudência do STF. Recurso extraordinário conhecido e
provido.” (RE 169.665, Rel. Min. Ilmar Galvão, Primeira Turma, DJ 24.2.1995).”
A ministra defende a tese de que estabelecer o pagamento do auxílio acidente em importe
inferior que um salário mínimo é retroceder em relação à sistemática social assegurada
pela Constituição Federal de 1988, quanto à valorização dos preceitos fundamentais, uma vez
que, por se tratar de um benefício previdenciário que contribui fundamentalmente para a
manutenção da qualidade mínima de vida e para a existência digna do segurado e a de sua
família, não poderia ser estabelecido o piso inferior ao salário mínimo.
Diferentemente do entendimento da Ministra do STF, Carlos Alberto Pereira de Castro e João
Batista Lazzari (2014, p. 803), entendem que: “O valor do benefício, em qualquer caso, poderá
ser inferior ao salário mínimo, uma vez que não se trata de beneficio substitutivo do salário de
contribuição”.

O STF não admitiu a discussão da matéria em sede de Recurso Extraordinário por se tratar de
divergência sobre a natureza jurídica do benefício, sendo interpretação de ordem
infraconstitucional (ARE 705.141, Plenário, Rel. Min. Gilmar Mendes. DJe de 16/11/2012) .

Já o segurado especial, conceituado como produtor, parceiro, meeiro, arrendatário rural,


pescador artesanal e seus assemelhados, que exerçam essas atividades individualmente ou
em regime de economia familiar, com ou sem auxilio eventual de terceiros (mutirão), receberá
benefício no percentual de 50% do salário mínimo nacional, e caso esteja contribuindo
facultativamente, terá o benefício concedido com base no salário de contribuição.

Para o cálculo da renda mensal inicial do auxilio acidente quando o salário de benefício
apurado for inferior ao salário mínimo nacional, o STJ entende que embora não seja cabível a
fixação imediata do auxilio acidente em valor igual ou maior que o salário mínimo, nesse caso,
o salário de benefício que lhe serve como base não poderá ser inferior que o mínimo legal.
Assim o valor pago a titulo de RMI (renda mensal inicial) do auxilio acidente será de pelo menos
50% do salário mínimo vigente ao tempo da concessão.

Antes da vigência da Lei 9.032/95 que fixou a renda mensal inicial do auxilio acidente em 50%
do salário de benefício, este variava de acordo com o grau de redução da capacidade laborava
do segurado, que correspondia a 30%, 40% ou 60% do salário de contribuição vigente no dia
do acidente, não podendo ser inferior ao percentual do seu salário de benefício.
Assim, é o que se pretende demonstrar na presente etapa.

3. Data de início do benefício

Conforme estabelece o artigo 86, § 2º da Lei 8.213/91, o auxilio acidente será devido após a
cessação do auxilio doença anteriormente concedido, ou da data do requerimento
administrativo (DER), quando não houver concessão de auxilio doença, sendo que, a par tir de
10/11/1997 passou a ser devido até a véspera do início de qualquer aposentadoria, em face
da Medida Provisória n.º 1.596-14, convertida na Lei nº 9.528/97 que alterou o artigo 86 da Lei
de Benefícios.
Segundo o Superior Tribunal de Justiça, não havendo concessão de auxilio doença, bem como
ausente o requerimento administrativo para concessão do auxilio acidente, o termo inicial para
o pagamento do benefício será a data da citação da Autarquia Previdenciária, dado ser este o
momento em que o INSS toma conhecimento da pretensão da parte autora. (AgRg no Ag
1364221/SP, Rel. Min. Celso Limongi, 6ª Turma, DJe 25/05/2011).

Segundo Carlos Alberto Pereira de Castro e João Batista Lazzari (2014, p. 801): “Salienta -se
que o agendamento via internet ou pelo telefone 135 sequer preveem o requerimento de auxilio
acidente, sendo, portanto, inadmissível a exigência de prévio ingresso na via administ rativa
neste caso – Súmula nº 89 do STJ, presumindo-se daí que a perícia do INSS indeferiu o auxilio
acidente quando a cessação do auxilio doença”.

Quando a discussão é levada para o âmbito judicial, cabe ao juiz decidir consubstanciado em
laudo técnico pericial, elaborado por perito médico nomeado nos autos, sobre a existência ou
não de sequelas geradoras do direito ao benefício, não podendo o perito deixar de emitir
parecer conclusivo, favorável ou não à matéria, sob pena de nulidade por cerceamento de
defesa aos interesses do segurado (TJPR, AC 830291-6, 6ª Câmara Cível, Rel. Luiz Osório
Moraes Panza, julg. 19/06/2012).

4. Período de carência

A concessão do auxilio acidente independe de carência, mas é necessário ter qualidade de


segurado.

Há situações em que os segurados ficam um período sem contribuir e, mesmo assim, têm
direito aos benefícios previdenciários enquanto mantiverem a qualidade de segurado.

4.1 Mantém a qualidade de segurado:


• Sem limite de prazo, quem estiver recebendo benefício

• Até 12 meses após cessar o benefício por incapacidade ou o pagamento das contribuições
mensais.

Esse prazo pode ser prorrogado para até 24 meses, se o trabalhador pagar mais de 120
contribuições mensais sem interrupção que acarrete perda da qualidade de segurado.

Para o trabalhador desempregado, os prazos anteriores serão acrescidos de mais 12 meses,


desde que comprovada à situação por registro no Ministério do Trabalho e Emprego

• Até 12 meses após cessar a segregação, para o segurado acometido de doença de


segregação compulsória

• Até 12 meses após o livramento, para o segurado preso

• Até três meses após o licenciamento, para o segurado incorporado às Forças Armada

• Até seis meses após interrompido o pagamento, para o segurado facultativo.

Importante ressaltar que, dependentes que nunca tenham contribuído para o Regime Geral da
Previdência Social, ou tenham perdido a qualidade de segurado, não fazem jus ao benefício.

A Previdência Social passou a conceder o auxilio doença no período de graça somente a partir
da nova redação do artigo 104, § 7ª, conferida pelo Decreto nº 6.722 de 2008. A restrição até
então adotada administrativamente não encontrava amparo legal.

5. Suspensão e cessação do benefício

Conforme preceitua o artigo 86, § 1º da Lei 8.213/91, o auxílio acidente será devido até a
véspera do início de qualquer aposentadoria ou até a data do óbito do segurado. O benefício
deixou de ser vitalício e passou a integrar o salário de contribuição para fins de cálculo do
salário de benefício de qualquer aposentadoria.
O artigo 129 do Decreto 3048/1999 estabelece uma nova hipótese de cessação do benefício,
conforme segue: “O segurado em gozo de auxílio-acidente, auxílio-suplementar ou abono de
permanência em serviço terá o benefício encerrado na data da emissão da certidão de tempo
de contribuição”.
A mencionada certidão de tempo de contribuição – CTC é expedida para os segurados que
contribuíram para o Regime Próprio de Previdência, que juntando com o tempo de contribuição
para o Regime Geral de Previdência Social, efetua-se uma contagem recíproca de tempo de
contribuição.

Essa hipótese de cessação do auxilio acidente é controversa, uma vez que a Lei 8.213/91 nada
menciona a respeito, sendo que, não havendo nenhuma previsão legal, não há possibilidade
da autoridade administrativa legislar, limitando o direito do segurado.
O artigo 129 do Decreto 3048/99, dispõe que: “Art. 129. O segurado em gozo de auxílio-
acidente, auxílio-suplementar ou abono de permanência em serviço terá o benefício encerrado
na data da emissão da certidão de tempo de contribuição.”.
Ocorre que, data máxima vênia, o artigo 86 da Lei 8.213/91 nada prevê sobre esta ultima
condição.
Nesse sentido segue a Jurisprudência: “ACIDENTE DO TRABALHO. A MERA EMISSÃO DE
CERTIDÃO DE TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO NÃO AUTORIZA O CANCELAMENTO DO
AUXÍLIO ACIDENTE. EVENTUAL CUMULAÇÃO DE AUXÍLIO ACIDENTE COM
APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO. VIABILIDADE, NO CASO EM
TESTILHA. AUXÍLIO ACIDENTE CONCEDIDO EM CARÁTER VITALÍCIO, OU SEJA,
ANTERIORMENTE AO ADVENTO DA MEDIDA PROVISÓRIA 1596-14 DE 10 11.97. DIREITO
ADQUIRÍDO. RECURSO IMPROVIDO. (...) A cumulação pressupõe, por si mesma, a ideia de
duplicidade de benefícios, o que, com rara exceção, sempre se admitiu, proibindo, assim, a
duplicidade, a regra nova, de constitucionalidade a reclamar estudo, operar-se-á se o fato
gerador do auxílio acidente lhe for posterior, ou seja, reportar-se a momento aquisitivo de 12
de novembro de 1997 em diante, independentemente da data da aposentadoria, mesmo
porque a aposentadoria é benefício que não pode, de forma alguma, ser negado ou suspenso,
desde que, por óbvio, estejam presentes seus requisitos autorizadores. No caso dos autos,
sequer a aposentadoria foi concedida, havendo, apenas, a emissão de uma certidão de tempo
de contribuição, o que não sustenta o cancelamento do auxílio acidente, pelo simples fato do
segurado pleitear informação a respeito de seu tempo de contribuição perante a autarquia.
Assim, embora a aposentadoria ainda não tenha sido concedida, o benefício perseguido é bem
anterior a 1997, razão pela qual antecede a regra nova e proibitiva, tendo, assim, um caráter
vitalício, destarte, no caso em debate, a futura aposentadoria não obsta, sem qualquer sombra
de dúvida, a cumulação do auxílio acidente” (grifo nosso).

Prosseguindo.

Na hipótese de reabertura de auxílio doença por acidente de qualquer natureza que deu origem
ao auxílio acidente, este será suspenso até a cessação do auxílio doença reaberto,
oportunidade em que será reativado. O auxílio acidente suspenso será restabelecido após a
cessação do auxílio doença reaberto.

Assim, se ocorrer novo afastamento de trabalho em razão do mesmo evento que deu origem
ao auxílio acidente, este será suspenso, e será restabelecido o auxílio doença enqua nto
perdurar a incapacidade laboral, na forma total e temporária.

Entretanto, se houver novo afastamento de trabalho do segurado por novo evento, o auxílio
doença poderá acumular com o auxílio acidente desde que sejam provenientes de eventos
distintos.

Importante ressaltar que o INSS indefere administrativamente a concessão do benefício auxílio


acidente ao segurado que se encontra desempregado ao tempo do acidente, mas que mantém
vínculo com a Previdência Social em razão do período de graça.

Tal entendimento está equivocado uma vez que a Lei 8.213/91 não vincula a concessão do
benefício à existência de relação de emprego, ou seja, não há lei no sentido formal ou material
que limite a concessão do beneficio ao segurado que era empregado e que se encontra sem
vínculo de emprego ao tempo do acidente, ou seja, no período de graça, pois o segurado
durante esse período se encontra coberto pelo plano de benefícios da previdência social,
conforme estabelece o artigo 15, § 3ª da Lei 8.213/91.
6. Manutenção do auxilio acidente concedido antes da lei 9.528/1997 cumulado com
aposentadoria:
A Lei 9.528/1997 vedou a acumulação do auxilio acidente com qualquer aposentadoria, e,
dentre outras modificações, alterou o artigo 31 da Lei 8.213/91, que passou a vigorar com a
seguinte redação:
“Art. 31. O valor mensal do auxílio-acidente integra o salário-de-contribuição, para fins de
cálculo do salário-de-benefício de qualquer aposentadoria, observado, no que couber, o
disposto no art. 29 e no art. 86, § 5º".

Nesse sentido, Carlos Alberto Pereira de Castro e João Batista Lazzari (2014, p. 806) aduziu:

“Dessa forma, o legislador procurou amenizar os efeitos da nova norma - que afastou o caráter
de vitaliciedade do auxilio acidente - possibilitando ao segurado recuperar parte do prejuízo
com a elevação do valor da aposentadoria a ser concedida pelo RGPS (...).”

“A nova disciplina do beneficio em comento retirou-lhe a vitaliciedade, porém manteve sua


percepção desde a cessação do auxilio doença até a concessão da aposentadoria - § 1º do
art. 86 da Lei 8.213/91. Violando tal previsão legal, o Regulamento estabelece, em seu artigo
104, § 7º a possibilidade de o INSS suspender o benefício quando o segurado estiver
desempregado, o que não encontra o menor amparo legal. Não havendo tal restrição na Lei,
não cabe à autoridade administrativa “legislar”, limitando o direito do segurado ao benefício”.
Ocorre que o INSS administrativamente diverge do entendimento jurisprudencial.

Por exemplo, um segurado em gozo de auxilio acidente concedido em 02/1999, em virtude de


acidente ocorrido no ano de 1995, quando requerida à aposentadoria por tempo de
contribuição teve o beneficio cessado administrativamente, aplicando o dispositivo legal
(artigo 86, § 3ª da Lei 8.213/91) que veda a acumulação de auxilio acidente com
aposentadoria.
Entende-se que, em face do princípio tempus regis actum, que significa que o ato é regido pela
lei vigente ao tempo de sua realização, é possível a acumulação das duas p restações
previdenciárias, pois, a legislação vigente ao tempo do acidente não vedava o recebimento
conjunto do auxílio acidente com aposentadoria.

A Jurisprudência do STJ é pacifica, e nesse sentido aduz: “PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO -


ACIDENTE E APOSENTADORIA. CUMULAÇÃO. MOLÉSTIA SURGIDA ANTES DA
LEI 9.528/97. POSSIBILIDADE. 1. Conforme matéria já pacificada pela Terceira Seção deste
Tribunal, tendo a moléstia acidentária acometido o autor antes da vigência da Lei 9.528/97,
que proíbe a cumulação do auxílio-acidente com qualquer aposentadoria, em respeito ao
princípio do tempus regit actum, deve ser garantida a percepção dos benefícios pleiteados. 2.
Embargos de divergência acolhidos para negar provimento ao recurso especial.” (EMBARGOS
DE DIVERGÊNCIA EM RESP Nº 481.921 - SP (2003/0100806-5) RELATOR: MINISTRO
ARNALDO ESTEVES LIMA EMBARGANTE: JOSÉ HONÓRIO DO AMARAL ADVOGADO:
ARMANDO CAVINATO FILHO EMBARGADO: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL
- INSS PROCURADOR: SÉRGIO LUÍS RUIVO MARQUES E OUTROS).”
Essa alteração foi prejudicial ao segurado, por dois motivos:

Primeiro, porque, incluídos os valores do auxilio acidente no salário de contribuição para o


cálculo da aposentadoria, depois de aplicados os índices de correção monetária, o fator
previdenciário e o coeficiente, aquele valor restará diluído, de modo que não representará
acréscimo na renda mensal inicial do beneficio idêntico ao da renda mensal do auxilio acidente.

Segundo, caso o novo beneficio ultrapasse o valor do teto haverá dedução, ao passo que, no
regime anterior, não estava descartada a hipótese de que a aposentadoria, somada a auxilio
acidente, superasse o valor do teto, sem ferir a lei, na medida em que se tratava de dois
benefícios distintos. (In ROCHA, Daniel Machado da, BALTAZAR JÚNIOR, José Paulo.
Comentários à Lei de Benefícios da Previdência Social, 3. Ed. Porto Alegre: Livraria do
Advogado/Esmafe. 2003, pp. 267-268).
O STF ainda não decidiu sobre a possiblidade de cumulação do auxilio acidente, concedido
antes da vigência da Lei 9.528/97, com aposentadoria, o qual será apreciado pelo RE
687.813/RS, relator Ministro Luiz Fux, DJe de 18/10/2012.

Conclusão:

O benefício em questão é devido ao segurado acidentado como forma de indenização, sem


caráter substitutivo do salário, quando após a consolidação das lesões decorrentes de acidente
de qualquer natureza ou do trabalho, resultem em sequelas que diminuam a capacidade
laborativa que o segurado exercia habitualmente.

O auxilio acidente não deve ser confundido com auxilio doença. O primeiro é devido após a
consolidação das lesões ou perturbações funcionais de que foi vitima o acidentado, já o
segundo é devido de forma temporária, enquanto perdurar a incapacidade para o trabalho. O
auxilio acidente não é percebido juntamente com o auxilio doença, mas somente ap ós a
cessação do mesmo.

A concessão do beneficio independe do numero de contribuições pagas, mas é preciso


preencher o requisito da qualidade de segurado (vide item “5”). A sua concessão se dá a partir
do dia seguinte ao da cessação do auxilio doença, independente de qualquer remuneração ou
rendimento percebido pelo acidentado, o que demonstra o caráter indenizatório do beneficio e
não substitutivo do salário.

Após a entrada em vigor da Lei 9.528/1997, ficou vedada a acumulação do auxilio acidente
com qualquer aposentadoria, ou seja, deixou de ser vitalício e passou a integrar o salário de
contribuição para fins de cálculo do salário de beneficio de qualquer aposentadoria.
Já com a entrada em vigor da Lei 9.032/95, a Renda Mensal Inicial passou a corresponder a
50% do salário de beneficio, sendo devido até a véspera de qualquer aposentadoria, uma vez
que é vedada a sua acumulação, ou até a data do óbito do segurado.
A cessação do beneficio se dá com a aposentadoria ou morte do segurado e quando da
emissão da certidão de tempo de contribuição - CTC. Esta última hipótese de cessação é
discutível a sua legalidade, pois não se encontra amparada pela Lei 8.213/91 e não havendo
previsão legal, não cabe à autoridade administrativa legislar.
Diante de todo o exposto, conclui-se que este trabalho aborda questões práticas sobre o auxilio
acidente e cita entendimentos jurisprudenciais em relação ao tema, com ênfase nas alterações
legislativas ocorridas ao longo dos anos.

Referências bibliográfica

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Benefícios da Previdência Social, 3. Edição. Porto Alegre: Livraria do Advogado/Esmafe. 2003.
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previdenciários. São Paulo: LTr, 2010.

VIANNA, João Ernesto Aragonés. Curso de direito previdenciário. São Paulo: LTr, 2007.

http://www.ieprev.com.br/conteudo/id/7563/t/consideracoes-sobreobeneficio-previdenciario-
de-auxili...
http://www.ambito-
jurídico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=7911
cisa d

e uma orientação jurídica?

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AUXILIO-ACIDENTE

14/07/2015

1.Introdução

O auxílio-acidente será concedido, como indenização, ao segurado empregado, exceto o doméstico, ao


trabalhador avulso e ao segurado especial quando, após a consolidação das lesões decorrentes de acidente de
qualquer natureza, resultar sequela definitiva, conforme as situações discriminadas no Anexo III do Regulamento
da Previdência Social (RPS), aprovado pelo Decreto nº 3.048/99, que implique:
a)redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia;
b)redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia e exija maior esforço para o desempenho
da mesma atividade que exercia à época do acidente; ou
c)impossibilidade de desempenho da atividade que exercia à época do acidente, porém permita o desempenho
de outra, após processo de reabilitação profissional, nos casos indicados pela perícia médica do Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS).
2.Direito

Nos termos do art. 334 da Instrução Normativa INSS/PRES nº 77/15, o auxílio-acidente será concedido, como
indenização e condicionado à confirmação pela perícia médica do INSS, quando, após a consolidação das
lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultar sequela definitiva, discriminadas de forma
exemplificativa no Anexo III do RPS, aprovado pelo Decreto nº 3.048/99, que implique:
I - redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia;
II - redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia, exigindo maior esforço para o
desempenho da mesma atividade da época do acidente; ou
III - impossibilidade do desempenho da atividade que exercia a época do acidente, ainda que permita o
desempenho de outra, independentemente de processo de Reabilitação Profissional.
Além do exposto, caberá a concessão do auxílio-acidente ao segurado que foi demitido pela empresa no período
em que estava recebendo auxílio-doença decorrente de acidente de qualquer natureza, preenchidos os demais
requisitos.
2.1.Desempregado

Para requerimentos efetivados até 30/12/2008, véspera da publicação do Decreto nº 6.722/08, tratando-se de
reabertura de auxílio-doença por acidente do trabalho na condição de desempregado, e após sua cessação,
ocorrer indicação pela perícia médica de recebimento de auxílio-acidente, deverá ser verificado para direito ao
benefício, se a Data de Início da Incapacidade (DII) do auxílio-doença foi fixada até o último dia de trabalho do
vínculo onde ocorreu o acidente.
2.2.Período de manutenção da qualidade de segurado

Cabe a concessão de auxílio-acidente oriundo de acidente de qualquer natureza ocorrido durante o período de
manutenção da qualidade de segurado, desde que, atendidas às condições inerentes à espécie, conforme
dispõe o § 7º do art. 104 do RPS, aprovado pelo Decreto nº 3.048/99.
2.3.Médico residente

O médico residente fará jus ao beneficio, quando o acidente tiver ocorrido até 26/11/2001, data da publicação
do Decreto nº 4.032/01, observando o disposto no art. 104 do RPS, aprovado pelo Decreto nº 3.048/99.
3.Auxílio-Acidente - Benefício Indevido

A legislação determina que não dará ensejo ao recebimento do benefício de auxílio-acidente o caso:
a)que apresente danos funcionais ou redução da capacidade funcional sem repercussão na capacidade
laborativa; e
b)de mudança de função, mediante readaptação profissional promovida pela empresa, como medida preventiva,
em decorrência de inadequação do local de trabalho.
Nota Cenofisco:
O § 5º do art.104 do RPS, aprovado pelo Decreto nº 3.048/99, dispõe que a perda da audição, em qualquer
grau, somente proporcionará a concessão do auxílio-acidente, quando, além do reconhecimento do nexo de
causa entre o trabalho e a doença resultar, comprovadamente, na redução ou perda da capacidade para o
trabalho que o segurado habitualmente exercia.
Salienta-se que, não caberá a concessão de auxílio-acidente de qualquer natureza ao segurado:
a)empregado doméstico, contribuinte individual e facultativo;
b)que na data do acidente não detinha mais a qualidade de segurado;
c)que apresente danos funcionais ou redução da capacidade funcional sem repercussão na capacidade
laborativa; e
d)quando ocorrer mudança de função, mediante readaptação profissional promovida pela empresa, como
medida preventiva, em decorrência de inadequação do local de trabalho.
4.Novo Benefício

Quando o segurado em gozo de auxílio-acidente fizer jus a um novo auxílio-acidente, em decorrência de outro
acidente ou de doença, serão comparadas as rendas mensais dos dois benefícios e mantido o benefício mais
vantajoso, conforme estabelece o art. 336 da Instrução Normativa INSS/PRES nº 77/15.
5.Tempo Mínimo de Contribuição

Segundo o site do Ministério da Previdência Social, para a concessão do auxílio-acidente não é exigido tempo
mínimo de contribuição, mas o trabalhador deve ter qualidade de segurado e comprovar a impossibilidade de
continuar desempenhando suas atividades, por meio de exame da perícia médica da Previdência Social.
Nota Cenofisco:
O legislador estabelece que, para ter direito aos benefícios da Previdência Social, o trabalhador precisa estar
em dia com suas contribuições.
Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições:
a)sem limite de prazo, quem está em gozo de beneficio;
b)até 12 meses após a cessação de benefício por incapacidade ou após a cessação das contribuições, o
segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela Previdência Social ou estiver suspenso
ou licenciado sem remuneração;
Nota Cenofisco:
O prazo citado na letra “b” será prorrogado para até 24 meses, se o segurado já tiver pago mais de 120
contribuições mensais sem interrupção, que acarrete a perda da qualidade de segurado.
O prazo será acrescido de 12 meses para o segurado desempregado, desde que, comprovada essa situação
por registro no órgão próprio do Ministério.
c)até 12 meses após cessar a segregação, o segurado acometido de doença de segregação compulsória;
d)até 12 meses após o livramento, o segurado detido ou recluso;
e)até três meses após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças Armadas para prestar serviço militar;
e
f)até seis meses após a cessação das contribuições, o segurado facultativo.
6.Suspensão do Benefício

Preceitua o §6º do art. 104 do RPS, aprovado pelo Decreto nº 3.048/99, que no caso de reabertura de auxílio-
doença por acidente de qualquer natureza, que tenha dado origem a auxílio-acidente, este será suspenso até a
cessação do auxílio-doença reaberto, quando será reativado.
O auxílio-acidente suspenso será cessado, se concedida aposentadoria, salvo nos casos em que é permitida a
acumulação, observado o disposto no art. 176 da Instrução Normativa INSS/PRES nº 77/15.
7.Valor Mensal

O auxílio-acidente mensal corresponderá a 50% do salário de benefício que deu origem ao auxílio-doença do
segurado, corrigido até o mês anterior ao do início do auxílio-acidente e será devido até a véspera de início de
qualquer aposentadoria ou até a data do óbito do segurado.
8.Início do Benefício

O auxílio-acidente será devido a contar do dia seguinte ao da cessação do auxílio-doença, independentemente,


de qualquer remuneração ou rendimento auferido pelo acidentado, vedada sua acumulação com qualquer
aposentadoria.
9.Acúmulo de Valores

O recebimento de salário ou a concessão de outro benefício, exceto de aposentadoria, não prejudicará a


continuidade do recebimento do auxílio-acidente.
Dessa forma, o art. 339 da Instrução Normativa INSS/PRES nº 77/15 estabelece que ressalvado o direito
adquirido, na forma do inciso V do art. 528 da Instrução Normativa INSS/PRES nº 77/15, não é permitido o
recebimento conjunto de auxílio-acidente com aposentadoria, a partir de 11/11/1997, data da publicação da
Medida Provisória nº 1.596-14/97, e data da publicação da Lei nº 9.528/97, devendo o auxílio-acidente ser
cessado:
-no dia anterior ao início da aposentadoria ocorrida a partir dessa data;
-na data da emissão de CTC na forma da contagem recíproca; ou
-na data do óbito, observado o disposto no art. 176 da Instrução Normativa INSS/PRES nº 77/15.
Nota Cenofisco:
Reproduziremos a seguir o art. 176 da Instrução Normativa INSS/PRES nº 77/15:
Art. 176. Para óbito ocorrido a partir de 11 de novembro de 1997, data da publicação da MP nº 1.596-14, de
1997, de 10 de novembro de 1997, convertida na Lei nº 9.528, de 1997, aplicam-se as mesmas disposições do
art. 174 à pensão por morte do segurado em gozo de auxílio-acidente, observado, no que couber, o disposto no
art. 202 do mesmo ato normativo.
10.Relação das Situações que Dão Direito ao Auxílio-Acidente

Transcrevemos a seguir a relação das situações que dão direito ao auxílio-acidente, conforme o Anexo III do
RPS, aprovado pelo Decreto nº 3.048/99:
Quadro nº 1
Aparelho Visual
Situações:
a) acuidade visual, após correção, igual ou inferior a 0,2 no olho acidentado;
b) acuidade visual, após correção, igual ou inferior a 0,5 em ambos os olhos, quando ambos tiverem sido
acidentados;
c) acuidade visual, após correção, igual ou inferior a 0,5 no olho acidentado, quando a do outro olho for igual a
0,5 ou menos, após correção;
d) lesão da musculatura extrínseca do olho, acarretando paresia ou paralisia;
e) lesão bilateral das vias lacrimais, com ou sem fístulas, ou unilateral com fístula.
NOTA 1 - A acuidade visual restante é avaliada pela escala de Wecker, em décimos, e após a correção por
lentes.
NOTA 2 - A nubécula e o leucoma são analisados em função da redução da acuidade ou do prejuízo estético
que acarretam, de acordo com os quadros respectivos
Quadro nº 2
Aparelho Auditivo
Trauma Acústico
a) perda da audição no ouvido acidentado;
b) redução da audição em grau médio ou superior em ambos os ouvidos, quando os dois tiverem sido
acidentados;
c) redução da audição, em grau médio ou superior, no ouvido acidentado, quando a audição do outro estiver
também reduzida em grau médio ou superior.
NOTA 1 - A capacidade auditiva em cada ouvido é avaliada mediante audiometria apenas aérea, nas frequências
de 500, 1.000, 2.000 e 3.000 Hertz.
NOTA 2 - A redução da audição, em cada ouvido, é avaliada pela média aritmética dos valores, em decibéis,
encontrados nas frequências de 500, 1.000, 2.000 e 3.000 Hertz, segundo adaptação da classsificação de Davis
& Silvermann, 1970.
Audição normal - até vinte e cinco decibéis.
Redução em grau mínimo - vinte e seis a quarenta decibéis;
REDUÇÃO EM GRAU MÉDIO - QUARENTA E UM A SETENTA DECIBÉIS;
Redução em grau máximo - setenta e um a noventa decibéis;
Perda de audição - mais de noventa decibéis.
Quadro nº 3
Aparelho da Fonação
Situação:
Perturbação da palavra em grau médio ou máximo, desde que comprovada por métodos clínicos objetivos.
Quadro nº 4
Prejuízo Estético
Situações:
PREJUÍZO ESTÉTICO, EM GRAU MÉDIO OU MÁXIMO, QUANDO ATINGIDOS CRÂNIOS, E/OU FACE, E/OU
PESCOÇO OU PERDA DE DENTES QUANDO HÁ TAMBÉM DEFORMAÇÃO DA ARCADA DENTÁRIA QUE
IMPEDE O USO DE PRÓTESE.
NOTA 1 - Só é considerada como prejuízo estético a lesão que determina apreciável modificação estética do
segmento corpóreo atingido, acarretando aspecto desagradável, tendo-se em conta sexo, idade e profissão do
acidentado.
NOTA 2 - A perda anatômica de membro, a redução de movimentos articulares ou a alteração da capacidade
funcional de membro não são considerados como prejuízo estético, podendo, porém, ser enquadradas, se for o
caso, nos quadros respectivos.
Quadro nº 5
Perdas de segmentos de membros
Situações:
a) perda de segmento ao nível ou acima do carpo;
B) PERDA DE SEGMENTO DO PRIMEIRO QUIRODÁCTILO, DESDE QUE ATINGIDA A FALANGE
PROXIMAL;
c) perda de segmentos de dois quirodáctilos, desde que atingida a falange proximal em pelo menos um deles;
d) perda de segmento do segundo quirodáctilo, desde que atingida a falange proximal;
e) perda de segmento de três ou mais falanges, de três ou mais quirodáctilos;
f) perda de segmento ao nível ou acima do tarso;
g) perda de segmento do primeiro pododáctilo, desde que atingida a falange proximal;
h) perda de segmento de dois pododáctilos, desde que atingida a falange proximal em ambos;
i) perda de segmento de três ou mais falanges, de três ou mais pododáctilos.
NOTA: Para efeito de enquadramento, a perda parcial de parte óssea de um segmento equivale à perda do
segmento. A perda parcial de partes moles sem perda de parte óssea do segmento não é considerada para
efeito de enquadramento.
Quadro nº 6
Alterações articulares
Situações:
a) redução em grau médio ou superior dos movimentos da mandíbula;
B) REDUÇÃO EM GRAU MÁXIMO DOS MOVIMENTOS DO SEGMENTO CERVICAL DA COLUNA
VERTEBRAL;
c) redução em grau máximo dos movimentos do segmento lombo-sacro da coluna vertebral;
d) redução em grau médio ou superior dos movimentos das articulações do ombro ou do cotovelo;
e) redução em grau médio ou superior dos movimentos de pronação e/ou de supinação do antebraço;
f) redução em grau máximo dos movimentos do primeiro e/ou do segundo quirodáctilo, desde que atingidas as
articulações metacarpo-falangeana e falange-falangeana;
g) redução em grau médio ou superior dos movimentos das articulações coxo-femural e/ou joelho, e/ou tíbio-
társica.
NOTA 1 - Os graus de redução de movimentos articulares referidos neste quadro são avaliados de acordo com
os seguintes critérios:
Grau máximo: redução acima de dois terços da amplitude normal do movimento da articulação;
Grau médio: redução de mais de um terço e até dois terços da amplitude normal do movimento da articulação;
Grau mínimo: redução de até um terço da amplitude normal do movimento da articulação.
NOTA 2 - A redução de movimentos do cotovelo, de pronação e supinação do antebraço, punho, joelho e tíbio-
társica, secundária a uma fratura de osso longo do membro, consolidada em posição viciosa e com desvio de
eixo, também é enquadrada dentro dos limites estabelecidos.
Quadro nº 7
Encurtamento de Membro Inferior
Situação:
Encurtamento de mais de 4 cm (quatro centímetros).
NOTA: A preexistência de lesão de bacia deve ser considerada quando da avaliação do encurtamento.
Quadro nº 8
Redução da Força e/ou da Capacidade
Funcional dos Membros
Situações:
a) redução da força e/ou da capacidade funcional da mão, do punho, do antebraço ou de todo o membro superior
em grau sofrível ou inferior da classificação de desempenho muscular;
b) redução da força e/ou da capacidade funcional do primeiro quirodáctilo em grau sofrível ou inferior;
c) redução da força e/ou da capacidade funcional do pé, da perna ou de todo o membro inferior em grau sofrível
ou inferior.
NOTA 1 - Esta classificação se aplica a situações decorrentes de comprometimento muscular ou neurológico.
Não se aplica a alterações decorrentes de lesões articulares ou de perdas anatômicas constantes dos quadros
próprios.
NOTA 2 - Na avaliação de redução da força ou da capacidade funcional é utilizada a classificação da carta de
desempenho muscular da The National Foundation for Infantile Paralysis, adotada pelas Sociedades
Internacionais de Ortopedia e Traumatologia, e a seguir transcrita:
Desempenho muscular
Grau 5 - Normal - cem por cento - Amplitude completa de movimento contra a gravidade e contra grande
resistência.
Grau 4 - Bom - setenta e cinco por cento - Amplitude completa de movimento contra a gravidade e contra alguma
resistência.
Grau 3 - Sofrível - cinquenta por cento - Amplitude completa de movimento contra a gravidade sem opor
resistência.
Grau 2 - Pobre - vinte e cinco por cento - Amplitude completa de movimento quando eliminada a gravidade.
Grau 1 - Traços - dez por cento - Evidência de leve contração. Nenhum movimento articular.
Grau 0 (zero) - zero por cento - Nenhuma evidência de contração.
Grau E ou EG - zero por cento - Espasmo ou espasmo grave.
Grau C ou CG - Contratura ou contratura grave.
NOTA - O enquadramento dos casos de grau sofrível ou inferior abrange, na prática, os casos de redução em
que há impossibilidade de movimento contra alguma força de resistência além da força de gravidade.
Quadro nº 9
Outros Aparelhos e Sistemas
Situações:
A) SEGMENTECTOMIA PULMONAR QUE ACARRETE REDUÇÃO EM GRAU MÉDIO OU SUPERIOR DA
CAPACIDADE FUNCIONAL RESPIRATÓRIA; DEVIDAMENTE CORRELACIONADA À SUA ATIVIDADE
LABORATIVA.
b) perda do segmento do aparelho digestivo, cuja localização ou extensão traz repercussões sobre a nutrição e
o estado geral.
DOENÇAS PROFISSIONAIS E AS DO TRABALHO
As doenças profissionais e as do trabalho, que após consolidações das lesões resultem sequelas permanentes
com redução da capacidade de trabalho, deverão ser enquadradas conforme o art. 104 deste Regulamento.
http://www.miracontabil.com.br/noticias/post.php?site_id=1

&conteudo_id=353

Concessão e Cálculo de Auxílio-Acidente: os obstáculos e erros praticados pela


Previdência Social
https://emilialoduca.jusbrasil.com.br/artigos/308631866/concessao-e-calculo-de-auxilio-
acidente-os-obstaculos-e-erros-praticados-pela-previdencia-social

Resumo: A concessão e a forma de cálculo do Auxílio-Acidente Previdenciário, ao segurado


que fica com qualquer tipo de sequela que limitará sua capacidade laborativa. Relação e
análise dos requisitos exigidos para a concessão do Auxílio-Acidente. Em qual momento é
realizada a conversão do Auxílio-Doença em Auxílio-Acidente. A metodologia utilizada para o
cálculo e o valor pago ao segurado acidentado apesar dos diferentes níveis de sequela e
limitação causados ao Segurado.
Palavras-chave: Auxílio-Acidente. Condições. Concessão. Cálculo. Valor.
Abstract: The grant and the calculation method of the Aid-Accident Social Security, the insured
that gets any kind of sequel to limit their working capacity. Relationship and analysis of the
requirements for granting the Aid-Accident. At what point is performed the conversion of aid in
disease Aid-Accident. The methodology used for the calculation and the amount paid to the
insured bumpy despite the different levels sequel and limitation caused to the Insured.
Keywords: Aid-Accident. Conditions. Concession. Calculation. Value.
Sumário: Introdução. 1. O Auxílio-Acidente. 2. A Perícia Médica. 3. Condições para
Concessão do Auxílio-Acidente. 3.1. Principais Requisitos. 3.2. Documentos Necessários. 4.
Cálculo do Benefício. 4.1. Do Cálculo da renda mensal e do salário-de-contribuição. 4.2. Do
salário-de-benefício. 4.3. Da renda mensal inicial do Auxílio-Acidente. Conclusão. Referências.
INTRODUÇÃO
Tem o presente artigo o objetivo de apresentar e descrever o benefício previdenciário
identificado como Auxílio-Acidente.

Apresentar a conceituação, as condições necessárias dentre requisitos, perícia médica e


documentos para sua concessão, e a forma como é calculado o seu valor mensal inicial.

Como este benefício normalmente é totalmente relegado pelo INSS, e na maioria dos casos,
totalmente desconhecido pelo segurado.

Além disso, as questões que normalmente são questionadas com relação ao benefício
concedido, eis que, por ser um benefício pouco conhecido, sequer é disponibilizado no rol de
agendamentos no portal eletrônico da Previdência Social e quando se faz o pedido através do
número 135, é direcionado para Perícia Médica e pedido de Auxílio-Doença.

Assim, o objetivo do presente artigo também é o de dirimir da forma mais simples e clara
possível, de como obter o Auxílio-Acidente e verificar se o valor concedido está correto ou não.
1. O AUXÍLIO-ACIDENTE
De acordo com o próprio sítio eletrônico da Previdência Social, o conceito para Auxílio-
Acidente é o seguinte:

“O auxílio-acidente é um benefício a que o segurado do INSS pode ter direito quando


desenvolver sequela permanente que reduza sua capacidade laborativa. Este direto é
analisado pela perícia médica do INSS, no momento da avaliação pericial. O benefício é pago
como uma forma de indenização em função do acidente e, portanto, não impede o cidadão de
continuar trabalhando.

Para ter verificado o seu direito a este benefício, você deve agendar um auxílio -doença. Se
você atender todas as condições necessárias, o auxílio-acidente será concedido pela perícia
médica. Leia o texto a seguir para entender melhor os requisitos e acesse a página do auxílio-
doença para agendar o seu pedido.”
Ou seja, o Auxílio-Acidente é um benefício previdenciário que é pago mensalmente ao
Segurado pela Previdência Social que, uma vez que sendo confirmada a consolidação da lesão
ou doença profissional ou do trabalho, resulte em seqüelas que tornam o Segurado
incapacitado para o trabalho que executava habitualmente, de forma parcial e permanente .
E uma vez, sendo reconhecida tal situação, este benefício previdenciário, que possui natureza
indenizatória, passa a ser concedido ao Segurado, como uma compensação pela perda parcial
de sua capacidade laborativa.

Além disso, o Auxílio-Acidente é o único benefício por incapacidade que possibilita ao


Segurado o retorno ao serviço, sem que cesse o pagamento.

Também pode ser cumulado com Seguro-Desemprego, porém, não pode haver sua cumulação
com os demais benefícios como Auxílio-Doença ou as demais Aposentadorias concedidas.
Devendo ser observado apenas o Auxílio-Acidente que tenha sido concedido antes da edição
da norma proibitiva, Lei nº 9.528/97, e a respectiva Aposentadoria, quando ainda então
possível a cumulatividade destes benefícios.
E conforme consta no art. 86 da Lei 8.213/91, o Auxílio-Acidente não pode ser repassado aos
beneficiários dependentes do Segurado quando do óbito do mesmo, cessando de imediato o
seu pagamento quando da notificação do falecimento do Segurado à Previdência Social, pois
trata-se de um benefício intuitu personae.
A incapacidade laborativa para concessão do Auxílio-Acidente foi definida apenas no valor de
50% (cinquenta por cento), independentemente do grau de sequela resultante. Porém, aqui já
surge outro conflito, pois como é possível definir que a perda de um olho é igual à perda de
dois dedos da mão e que a perda de um dedo indicador da mão é igual à perda de dois dedos
do pé, e que isso signifique, uma incapacidade de 50% (cinquenta por cento).

Infelizmente, restou assim que, prevalece o desequilíbrio nos critérios de indenização do


infortúnio no trabalho, diante da inexistência de critério legal que indenize o que existia
realmente anteriormente ao acidente.

Como para a concessão do Auxílio-Acidente, para se definir também se o acidente ou doença


é acidentário ou não, é necessário obter-se o máximo de dados esclarecedores do dia, local e
hora do trauma, ou da documentação demonstrando a evolução da doença profissional. Tais
situações exigem uma maior cautela e pesquisa, e nem sempre é fácil o convencimento de
que a enfermidade é decorrente das condições de trabalho, havendo, em muitas ocasiões,
diagnósticos com sérias dúvidas.

Nas doenças ocupacionais, o trabalho pode ser o único fator que gerou o desencadeamento
da doença, como em outros tipos de casos existem, em que a atividade laborativa
simplesmente contribuiu para a agravar a condição do Segurado e, em outras hipóteses, o
trabalho pode ter agravado uma outra patologia preexistente ou que ainda acabe
desenvolvendo uma doença em novo estágio inicial.
2. A PERÍCIA MÉDICA
A perícia médica destinada ao exame do Segurado deverá cumprir o disposto no art. 21-A, da
Lei 8.213/91, dispositivo introduzido pela Lei 11.430, de 26/12/2006, bem como art. 337, §
4º do Decreto 3.048/99, e alterado pela Lei Complementar no. 150, de 2015.
Art. 21-A. A perícia médica do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) considerará
caracterizada a natureza acidentária da incapacidade quando constatar ocorrência de nexo
técnico epidemiológico entre o trabalho e o agravo, decorrente da relação entre a atividade da
empresa ou do empregado doméstico e a entidade mórbida motivadora da incapacidade
elencada na Classificação Internacional de Doenças (CID), em conformidade com o que
dispuser o regulamento. (Redação dada pela Lei Complementar nº 150, de 2015)
§ 1o A perícia médica do INSS deixará de aplicar o disposto neste artigo quando demonstrada
a inexistência do nexo de que trata o caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.430, de 2006)
§ 2o A empresa ou o empregador doméstico poderão requerer a não aplicação do nexo técnico
epidemiológico, de cuja decisão caberá recurso, com efeito suspensivo, da empresa, do
empregador doméstico ou do segurado ao Conselho de Recursos da Previdência Socia l.
(Redação dada pela Lei Complementar nº 150, de 2015)

Ou seja, conforme previsto no artigo mencionado, a perícia acidentária pode ter o nexo causal
mensurado através de probabilidade, e não por matemática exata, pois a ciência médica não
é uma ciência exata.

Qualquer grau de incapacidade parcial e permanente enseja o ressarcimento acidentário fica


limitado a 50% (cinquenta por cento) do salário-de-benefício, e o pressuposto legal é que após
a consolidação das lesões decorrentes de acidentes de qualquer natureza, resultem em
seqüelas que impliquem redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia, e
caberá à perícia médica avaliar se a seqüela sofrida pelo Segurado, o obrigará a um esforço
maior na execução da sua atividade habitual, para que justifica a concessão do auxílio-acidente
em função de sobreesforço, ou mesmo de incapacidade para a função habitual, mas com a
possibilidade de adequação em outra função.

3. CONDIÇÕES PARA CONCESSÃO DO AUXÍLIO-ACIDENTE


3.1. Principais Requisitos
Neste item, surge outro conflito nas informações disponibilizadas pela Previdência Social, eis
que, de acordo com o que consta no próprio sítio eletrônico da Previdência Social, que já
deveria ter sido atualizado, consta da seguinte forma:

“O cidadão que vai requerer este tipo de benefício deve comprovar os seguintes requisitos:

 Tempo mínimo de contribuição (carência)


o isento – pois é somente para casos de acidente de trabalho
 Quem tem direito ao benefício

o Empregado urbano/rural (empresa)

o Empregado doméstico (para acidentes ocorridos a partir de 01/06/2015)

o Trabalhador Avulso (empresa)

o Segurado Especial (trabalhador rural)


 Quem não tem direito ao benefício

o Contribuinte Individual
o Contribuinte Facultativo
O Auxílio-Acidente possui duas espécies distintas no âmbito administrativo: auxílio-acidente
de qualquer natureza, espécie B36 (origem previdenciária) e o auxílio-acidente do trabalho,
espécie B94, que é o mais conhecido e tem origem acidentária (JUCÁ, 2013).

E infelizmente, é uma informação que muitos operadores do direito desconhecem e é de


extrema relevância. Pois, quando o benefício reclamado pelo Segurado junto a agência da
Previdência Social, não for causado por acidente do trabalho, mas de acidente de qualquer
natureza, após as alterações introduzidas pelas Leis nº 9.032/95 e nº 9.528/97, se o benefício
for indeferido administrativamente, o benefício poderá ser proposta processualmente junto a
Justiça Federal.
Pois, o entendimento jurisprudencial tem sido no sentido de que, sendo o fato gerador do
benefício ainda que tenha sido um fato alheio ao desempenho profissional, é devido o direito
à reparação.

Também ocorre que, em muitas vezes é exigido dos Segurados pelas agências da Previdência
Social, a apresentação da CAT (Comunicação de Acidente do Trabalho), para fins de
concessão futura do benefício, porém, tal prática, tem sido considerada como abusiva, eis que,
após as alterações na legislação previdenciária, é garantida a concessão do benefício nos
casos de sequelas decorrentes de qualquer tipo de acidente, pois o Artigo 86 da Lei
Nº 8.213/91 foi alterado (JUCÁ, 2013):
"O auxílio-acidente será concedido, como indenização, ao segurado quando, após
consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultar seqüelas que
impliquem redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia."

E a ação pela qual se pretende a obtenção de Auxílio-Acidente decorrente de acidente de


qualquer natureza, isto é, de índole previdenciária, e não de acidente de trabalho de natureza
acidentária, a competência para o deslinde da questão é da Justiça Federal, consoa nte
previsão contida do artigo 109, inciso I, da Constituição Federal, além do artigo 129 da Lei
nº 8213/91, e artigos 64, § 1º, e 342, II, do Novo Código de Processo Civil.
Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:
I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem
interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as
de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho;

Na Lei 8.213/91:
Art. 129. Os litígios e medidas cautelares relativos a acidentes do trabalho serão apreciados:
I - na esfera administrativa, pelos órgãos da Previdência Social, segundo as regras e prazos
aplicáveis às demais prestações, com prioridade para conclusão; e
II - na via judicial, pela Justiça dos Estados e do Distrito Federal, segundo o rito sumaríssimo,
inclusive durante as férias forenses, mediante petição instruída pela prova de efetiva
notificação do evento à Previdência Social, através de Comunicação de Acidente do Trabalho -
CAT.
Parágrafo único. O procedimento judicial de que trata o inciso II deste artigo é isento do
pagamento de quaisquer custas e de verbas relativas à sucumbência.

E no Novo Código de Processo Civil:


Art. 64. A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de
contestação.
§ 1o A incompetência absoluta pode ser alegada em qualquer tempo e grau de jurisdição e
deve ser declarada de ofício.

Art. 342. Depois da contestação, só é lícito deduzir novas alegações quando:


I - relativas a direito superveniente;
II - competir ao juiz conhecer delas de ofício;

III - por expressa autorização legal, puderem ser formuladas em qualquer tempo e juízo.

E ainda o Artigo 104 do Decreto 3.048/99 que instruiu que:


Art. 104. O auxílio-acidente será concedido, como indenização, ao segurado empregado,
exceto o doméstico, ao trabalhador avulso e ao segurado especial quando, após a
consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultar seqüela
definitiva, conforme as situações discriminadas no anexo III, que implique:
I - redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exerciam;
II - redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exerciam e exija maior esforço
para o desempenho da mesma atividade que exerciam à época do acidente; ou
III - impossibilidade de desempenho da atividade que exerciam à época do acidente, porém
permita o desempenho de outra, após processo de reabilitação profissional, nos casos
indicados pela perícia médica do Instituto Nacional do Seguro Social

Portanto, o benefício é devido aos segurados especiais, ao empregado, inclusive o empregado


doméstico e ao trabalhador avulso, e excluem-se, portanto, o contribuinte individual e o
facultativo.

3.2. Documentos Necessários


Conforme é apresentado ainda, no próprio sítio eletrônico da Previdência Social, os
documentos exigidos parecem ser os mais simples possível. Eis as informações apresentadas
no sítio eletrônico da Previdência Social:

“Para ser atendido nas agências do INSS, você deve apresentar um documento de
identificação com foto e o número do CPF.
No dia da perícia médica também deverão ser apresentados documentos médicos que
indiquem as sequelas ou limitações de capacidade laborativa que justifiquem o pedido

Ou seja, como e quais informações relevantes devem constar dos documentos médicos não
são informados ao Segurado, como o CID (Código Internacional de Doença), tempo de
afastamento, carimbo do médico com CRM (Conselho Regional de Medicina) e Nome Legíveis
e assinado pelo mesmo e datado, sendo que, na ausência de alguma destas informações, o
atestado sequer é aceito pelo perito médico, sendo indeferido o reconhecimento de
incapacidade laborativa do Segurado, e quando deferido, por muitas vezes, apenas vê
reconhecido a concessão do Auxílio-Doença temporário.

Sendo o Segurado, ainda considerado jovem, ou com o nível de expectativa de vida ainda
elevado, e de acordo com parecer médico, é encaminhado para a reabilitação profissional,
para que se adeque a uma nova função que possa desempenhar de forma que a sequela não
afete tal atividade, ou ainda, se a sequela resultar em grau mínimo ou mesmo médio, sequer
constará do laudo do perito médico a existência de qualquer sequela, liberando o Segurado
para o trabalho, e sem a concessão do Auxílio-Acidente.

Pois existem situações que não ensejam a concessão do Auxílio-Acidente, como o § 4º do


art. 104 do Decreto 3.048/99 que prescreve o seguinte:
§ 4º Não dará ensejo ao benefício a que se refere este artigo o caso:
I - que apresente danos funcionais ou redução da capacidade funcional sem repercussão na
capacidade laborativa; e
II - de mudança de função, mediante readaptação profissional promovida pela empresa, como
medida preventiva, em decorrência de inadequação do local de trabalho.
E ainda, com relação a perda de audição, diz o § 5º do mesmo artigo que:

§ 5º A perda da audição, em qualquer grau, somente proporcionará a concessão do auxílio -


acidente, quando, além do reconhecimento do nexo de causa entre o trabalho e a doença,
resultar, comprovadamente, na redução ou perda da capacidade para o trabalho que o
segurado habitualmente exercia.

Mas como se verifica, são conflitantes estes parágrafos em relação ao objetivo principal do
caput do próprio artigo 104, e seus incisos, eis que, ainda que o Segurado possa vir a ser
readaptado a outra função, uma vez constatada a sequela, e esta, sendo definitiva, os diversos
artigos legais que norteiam a concessão do Auxílio-Acidente, lhe garantem o recebimento do
mesmo.

Em pacífico entendimento do STJ, este tem determinado que para ter direito à concessão do
benefício, basta ter lesão, redução de capacidade laborativa, o nexo causal entre o acidente e
o trabalho desenvolvido, não importando se a redução da capacidade laborativa é mínima ou
máxima.

Portanto, é entendimento correto que nas decisões proferidas é o de conceder o Auxílio-


Acidente independente do grau da sequela, bastando apenas a constatação em perícia médica
que houve a redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia o Segurado.

4. CÁLCULO DO BENEFÍCIO
Como normalmente, a concessão do Auxílio-Acidente é decorrente de uma incapacidade
parcial e permanente, é antecedido pela concessão do Auxílio-Doença, é a partir do valor pago
a este título que é possível se determinar qual será o valor pago a título de Auxílio -Acidente
para o Segurado que comprovar que ficará com sequelas que reduzem sua capacidade
laborativa, conforme mencionado anteriormente.

4.1. Do cálculo da renda mensal e do salário-de-contribuição


A Renda Mensal Inicial é o valor do primeiro pagamento a ser recebido pelo Segurado ou
Beneficiário, isto é, o valor pago pelo INSS ao Segurado ou Beneficiário.

O salário-de-contribuição é a parcela da remuneração recebida pelo trabalhador sobre a qual


incide a contribuição previdenciária, comumente chamada de contribuição para o INSS. Porém,
desde a promulgação da Lei n.º 11.457/2007, o sujeito ativo das contribuições previdenciárias
passou a ser a União, através da Receita Federal do Brasil (MADEIRA, 2011).
4.2. Do salário-de-benefício
Com o advento da Lei nº 13.135/2015, houve a alteração do cálculo da renda mensal do
benefício Auxílio-Doença, e com isto, acrescentou para este benefício, um novo teto, que
consiste na média aritmética simples das últimas 12 (doze) contribuições mensais ou, se
inexistentes 12 (doze) contribuições mensais no período básico de cálculo, isto é, a partir de
julho de 1994, deverá ser feita a média aritmética simples de todos os salários de contribuição
existentes, sempre com a devida correção monetária..
“O auxílio-doença não poderá exceder a média aritmética simples dos últimos 12 (doze)
salários-de-contribuição, inclusive em caso de remuneração variável, ou, se não alcançado o
número de 12 (doze), a média aritmética simples dos salários-de-contribuição existentes. ”

Desta forma, a partir da entrada em vigência da Lei 13.135/2015, quem vier a receber o
benefício de Auxílio-Doença, será feito o cálculo com os 80% (oitenta por cento) maiores
salários e receberá o equivalente a 91% (noventa e um por cento) desse valor apurado, após
o que, será feito a média das últimas 12 (doze) contribuições. Caso o valor apurado
inicialmente for maior que a média das últimas 12 (doze) contribuições e ntão será limitado a
esse valor da média apurado.
Deve se observar que o salário-de-benefício corresponde à média aritmética simples dos
maiores salários-de-contribuição, correspondentes a 80% (oitenta por cento) de todo o período
contributivo, sendo os valores corrigidos monetariamente até o mês anterior ao da concessão
do benefício, conforme dispõe a Lei 9.876/99, em seu artigo 3º, que determina:
Art. 3º. Para o segurado filiado à Previdência Social até o dia anterior à data de publicação
desta Lei, que vier a cumprir as condições exigidas para a concessão dos benefícios do
Regime Geral de Previdência Social, no cálculo do salário-de-benefício será considerada a
média aritmética simples dos maiores salários-de-contribuição, correspondentes a, no mínimo,
80% (oitenta por cento) de todo o período contributivo desde a competência julho de 1994,
observado o disposto nos incisos I e II do caput do art. 29 da Lei 8.213/91, com a redação dada
por esta Lei.

4.3. Da renda mensal inicial do Auxílio-Acidente (MADEIRA, 2011)


Uma vez realizado todos os cálculos apontados, sabe-se que, a renda mensal inicial do
Auxílio-Acidente equivale a 50% (cinquenta por cento) do salário-de-benefício do
Segurado (artigos 28 e 86, § 1º, da Lei n.º 8.213/91).
Caso o benefício tenha sido precedido de um Auxílio-Doença, considera-se o valor do salário-
de-benefício desse, corrigido monetariamente até o mês anterior ao do início do Auxílio-
Acidente. Ou seja, nesse caso, apenas se reduz o valor do benefício de 91% (noventa e um
por cento) para 50% (cinquenta por cento) do salário-de-benefício, devidamente corrigido.

Conforme já mencionado anteriormente, o salário-de-benefício não poderá ser inferior ao


salário mínimo vigente.

O artigo 201, § 2º, da Constituição da República, por sua vez, diz que
§ 2º Nenhum benefício que substitua o salário de contribuição ou o rendimento d o trabalho do
segurado terá valor mensal inferior ao salário mínimo.

O Auxílio-Acidente não é um benefício que substitui o salário de contribuição ou o rendimento


do trabalho do Segurado. Como o Auxílio-Acidente apenas visa a indenizar o
Segurado que, apesar de continuar capaz para outro tipo de trabalho, teve a sua capacidade
laboral reduzida em razão do acidente que sofreu.
Isto é, o Segurado continua trabalhando, mas, receberá da Previdência Social um acréscimo
em seu salário, a título de Auxílio-Acidente, sendo este, um auxílio suplementar, e portanto,
poderá ter valor inferior ao do salário mínimo.

Desta forma, o Segurado volta a ser inserido no mercado de trabalho, porém, recebendo uma
indenização mensal a mais pelo acidente que sofreu e que lhe resultou na redução de sua
capacidade laboral.

E diante deste contexto, sabendo-se que o salário-de-benefício nunca poderá ser inferior ao
salário mínimo vigente, bem como o fato de a renda mensal inicial do Auxílio-Acidente irá
corresponder a 50% (cinquenta por cento) do salário-de-benefício, conclui-se que o valor do
Auxílio-Acidente pago ao Segurado não será inferior a meio salário mínimo vigente (MADEIRA,
2011).

CONCLUSÃO
Por todo o exposto, conclui-se que, não há interesse por parte da Previdência Social em
conceder o benefício indenizatório, pois sequer é possível solicitá-lo pelo agendamento
eletrônico diretamente, e ainda são solicitados requisitos conflitantes com a legislação vigente,
demonstrando o descaso da Previdência Social em cumprir o que lhe é determinado, tanto
judicialmente como extrajudicialmente.

O Portal e sítio eletrônico da Previdência Social deveriam estar com todas as informações
sobre benefício, devidamente atualizados, e em consonância com a legislação vigente, afim
de evitar tanto a negativa na concessão do benefício, como o cálculo de forma incorreta.

Assim, deveria ficar disponibilizado este benefício no sítio eletrônico da Previdência Social,
afim de agilizar e facilitar o agendamento, como todos os demais benefícios já relaciona dos.

E com as recentes alterações implementadas pela Lei nº 13.135/2015, ainda que demonstrem
que tenham alterado outros benefícios, como o valor a ser pago como Auxílio-Doença, em
decorrência do Auxílio-Acidente ser obtido a partir do cálculo deste benefício, também acaba
por sofrer com estas alterações, e portanto também tem o seu valor inicial limitado.
Como tais alterações no cálculo do Auxílio-Doença, vêm sendo amplamente questionado, até
pela sua inconstitucionalidade, no caso de alterações que venham a corrigir eventuais
ilegalidades na concessão do referido benefício, e havendo Segurados que tenham passado a
perceber o Auxílio-Acidente calculado a partir destas bases, e durante o período questionado,
também poderá requer a revisão deste benefício.

REFERÊNCIAS
CASTRO, C. A. P. E LAZZARI, J. B., Manual de Direito Previdenciário, 12ª ed., São José dos
Campos: Conceito Editorial, 2010.

LAZZARI, João Batista. Prática Processual Previdenciária – Administrativa e Judicial.


Florianópolis: Conceito Editorial, 2015.

MADEIRA, Danilo Cruz. Do auxílio-acidente: requisitos e forma como é calculado. Belo


Horizonte. Ieprev, 2011.

(http://giselejuca.jusbrasil.com.br/auxilio-acidente-sequela-decorrente-de-acidente-de-
qualquer-natureza. Acesso em 20/02/2016)
(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13135.htmAcesso em
20/01/2016)
(http://www.stf.jus.br/portal/constituição/artigoBd.asp?item=809 Acesso em 30/07/2015)

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