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Rev.

Jediel Rodrigues Martins


Série de sermões sobre Dizimo
Igreja Presbiteriana Monte Moriah
São José de Ribamar, MA - 31/03/2019

O significado do Dízimo – Parte 1


INTRODUÇÃO:
Um dos temas que mais tem suscitado discussões entre os evangélicos, além
de questões concernentes a salvação, é o que a Bíblia diz sobre dízimo. De um
lado, há aqueles que defendem, mas não sabem explicar muito bem. De outro lado,
há aqueles que são contra, mas que também não sabem justificar muito bem.
Como vimos aqui na semana passada, algumas pessoas são iludidas e
ludibriadas por líderes religiosos a darem tudo o que possuem com a promessa de
que Deus lhes concederá ainda mais recursos para prosperarem financeiramente.
Tais líderes prometem o que Deus não prometeu. Tais fieis creem no que Deus
não disse. Em consequência, acabam se decepcionando com este tipo de teologia
e culpando a Deus por não terem alcançado seus objetivos.
Num tempo como este, onde a igreja evangélica é conhecida como um local
de exploração dos fiéis, o que falar sobre o dízimo? Ou melhor, como podemos
falar sobre dízimo de maneira cristã, educada, saudável e principalmente bíblica?
Seria esta uma prática que findou com a morte de Cristo? Se ainda é atual, qual
seria sua maneira correta de praticar?
Entendo que a única maneira de falar deste assunto é olhar com muita
paciência, tranquilidade humildade e cautela para a Palavra de Deus a fim de que
possamos descobrir, entender e receber a vontade de Deus para nós sobre este
assunto hoje.
Penso que a nossa maior dificuldade quanto a este assunto é aplicar o que
Deus fala sobre o tema ao nosso coração. Temos, por natureza, a tendência de
servirmos a riqueza como a um senhor (Mt 6.24). Talvez, seja essa razão pela qual
o reformador Lutero afirmou: “três conversões são necessárias: a conversão do
coração, a da mente e a da bolsa”1.
Nos blogs, sites e rede sociais não faltam argumentos para justificar a
ausência do dízimo no período Neotestamentário. Eles são vários e correm em
muitas direções. Uns argumentas que é da lei e, por isso, cessou. Outros dizem
que isso se aplicava somente para os judeus. E ainda outros argumentam que o
dízimo não tem apoio no novo testamento. E ainda outros, afirmam que ele foi
substituído pelas ofertas voluntárias que são frequentemente referidas no Novo
Testamento.
Quero, aqui, dividir nossos estudos referentes ao tema em quatro partes. Não
é um estudo exaustivo, mas penso que podemos considerar um estudo básico,
porém consistente sobre o assunto. Assim, meu objetivo, com estes quatro
sermões, é mostrar:

1 BAUMAN, Edward W. Where your treasure is. Arlington: Bauman Bible Telecasts, 1980, p.74.
• Primeiro. Fazer uma análise exegética e hermenêutica de cada texto em seu
contexto imediato.
• Segundo. Responder algumas opiniões comuns sobre estes textos.
• Terceiro. Sugerir uma resposta do porquê que Deus escolheu a décima parte
e como isso se cumpre em Cristo.
• Quarto. Responder se a prática do dízimo deve ser praticada atualmente.

Hoje, iremos estudar o conceito de dízimo e qual o seu significado para os


patriarcas e na lei dada a Moisés. Penso que será um momento muito útil para
todos nós. Que Deus nos abençoe nesta caminhada e nos leve até o fim desta
jornada. Oremos!

DIVISÃO:
O significado do Dízimo – Parte 1
1 O significado do Dízimo nos patriarcas
1.1 Abrão
1.2 Jacó
2 O significado do Dízimo na lei de Moisés
2.1 Levítico
2.2 Números
2.3 Deuteronômio

O significado do Dízimo – Parte 1


1 O significado do Dízimo nos patriarcas

EXEGESE E EXPLICAÇÃO - GÊNESIS 14.20:


No contexto da antiguidade as palavras relacionadas ao dízimo tinham
relação com “constituir um grupo, formar uma comunidade. Provavelmente em
virtude dos dez dedos, o desenvolvimento semântico foi o de que ‘dez’ equivale a
uma ‘coleção’, ‘união’” 2.
A palavra “dízimo” (‫ מעשׁר‬- ma`aser) (maser) – significa “pagamento de uma
décima parte” 3 e/ou “a décima parte de um todo” 4. Esta palavra aparece 32 vezes
no Antigo Testamento em Gênesis (14.20), Levítico (27.30,31,32), Números
(18.21,24,26,28), Deuteronômio (12.6,11,17; 14.23,28; 26.12), 2 Crônicas
(31.5,6,12), Neemias (10.37,38; 12,44; 13.5,12), Ezequiel (45.11,14) Amós (4.4) e
Malaquias (3.8,10).
Em Gênesis 14.20, lemos Melquisedeque dizendo: “Bendito seja Abrão
pelo Deus Altíssimo, que possui os céus e a terra; e bendito seja o Deus

2 HARRIS, R. Laird, et al. Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento. São Paulo: Vida Nova, 1998,
p. 1182.
3 STRONG, Almeida Revista e Atualizada with Strong's Numbers Bible. São Paulo, SBB, 2002.
4 SAMUEL J. Dízimos e Ofertas: Um panorama bíblico. São Paulo: Cultura Cristã, 2010, p. 59.
Altíssimo, que entregou os teus adversários nas tuas mãos” e a atitude
de Abrão: “E de tudo lhe deu Abrão o dízimo”. vemos Abraão dando o dízimo
do que havia obtido de uma guerra para resgatar seu servo Jó.

APLICAÇÃO:
Algumas pessoas tentam usar este evento para provar que todo o
cristão deve dar o dízimo. Penso que isso seria perigoso por uma razão. Se
vermos o ato de Abrão dar o dízimo como um padrão ou regra para os
cristãos, também deveríamos aceitar que seria legítimo os cristãos fazerem
guerras e até matar pessoas que colocarem em risco os seus parentes
próximos.

PRINCÍPIO:
Ao mesmo tempo, vejo que este evento nos mostrar algumas coisas
importantes para nós. Mostra que...
1. Como o dízimo já era praticado antes mesmo que a lei existisse.
2. O dízimo era também do despojo.
3. O era uma prática dar o dízimo ao sacerdote (Melquisedeque) que lhe
abençoasse.
4. Dar o dízimo era uma expressão de adoração a Deus por ter lhe concedido
a vitória sobre os inimigos.

EXEGESE E EXPLICAÇÃO - GÊNESIS 28.20-22:


Outra palavra usada é (‫ עשׁר‬- `asar) “pagar o dízimo; tomar a décima parte
de; dar o dízimo; receber o dízimo”5. Esta palavra é usada 9 vezes no Antigo
Testamento em Gênesis (28.22), Deuteronômio (14.22; 26.12), 1 Samuel (8.15,17)
e Neemias (10.37,38).
Em Gênesis vemos que Deus apareceu a Jacó em sonho e, mesmo em meio
a perigos de morte por causa da raiva de seu irmão Esaú, Deus lhe prometeu que
lhe daria a terra que Jacó estava deitado e também lhe daria uma descendência
numerosa como o pó da terra e prometeu, também, que iria protege-lo até que Jacó
retornasse àquela terra.
Neste contexto, lemos em Gênesis 28.20-22, voto de Jacó feito a Deus: “Fez
também Jacó um voto, dizendo: Se Deus for comigo, e me guardar
nesta jornada que empreendo, e me der pão para comer e roupa que
me vista, de maneira que eu volte em paz para a casa de meu pai,
então, o SENHOR será o meu Deus; e a pedra, que erigi por coluna,
será a Casa de Deus; e, de tudo quanto me concederes, certamente eu
te darei o dízimo”.
Vemos uma diferença aqui. Embora pensemos que Jacó está tentando
barganhar com Deus, vejo algumas dificuldades em defender esta tese aqui.

5 STRONG, Almeida Revista e Atualizada with Strong's Numbers Bible. São Paulo, SBB, 2002.
Por quê? Porque Deus já tinha prometido a Jacó suas bênçãos antes mesmo
de Jacó prometer dar o dízimo a Deus.
Digo isto, porque, naquele contexto, “os votos eram feitos para induzir Deus
a fazer alguma coisa que ele não estava inclinado a fazer. Eram feitos para obrigar
aquele que presta culto a cumprir algum dever declaradamente válido”6. O que isso
significa? Significa que Jacó via o seu dízimo, não como uma oferta voluntária,
mas como uma devolução proporcional àquilo que recebesse durante a sua
jornada.

APLICAÇÃO:
Algumas pessoas, assim como no texto anterior, usam as palavras de
Jacó para justificarem a prática dos cristãos darem o dízimo atualmente.
Novamente, vejo aqui o mesmo perigo do texto de Abrão. Se vermos o voto de
Jacó em dar o dízimo como um padrão para os cristãos atuais, também,
deveríamos aceitar que o ato de Jacó de mentir e enganar a seu irmão e seu
pai como algo que deveria ser imitado por nós. Ele barganhou, trapaceou,
mentiu e enganou, mas depois de tudo isso Deus ainda o abençoou. Pois foi depois
de suas trapaças que Deus lhe promete proteger, prover e estar com ele.

PRINCÍPIO:
Por outro lado, vejo que este texto pode nos esclarece mais algumas
coisas sobre o dízimo.
1. O dízimo estava sendo apresentado como uma expressão de adoração
(28.18,22 – Jacó erigiu uma coluna e a ungiu com azeite e “e a pedra, que
erigi por coluna, será a Casa de Deus”).
2. O dízimo era dado como reconhecimento da provisão divina das
necessidades mais básicas de subsistência (28.20 – “e me der pão para
comer e roupa que me vista”).
3. O dízimo era dado como reconhecimento da proteção divina (28.20b – “Se
Deus for comigo, e me guardar nesta jornada que empreendo
[...], de maneira que eu volte em paz para a casa de meu pai”).
4. O dízimo era dado como devoção e relacionamento pessoal com Deus
(28.21b – “então, o SENHOR será o meu Deus”).

Com estes dois episódios não podemos concluir, por enquanto, que o
dízimo é uma ordem a ser obedecida atualmente. Porém, podemos já
esclarecer alguns pontos importantes sobre a prática do dízimo. O dízimo era:
1. Uma ação praticada antes mesmo da existência da lei, portanto, não poderia
limitar-se a nação de Israel.
2. Uma expressão de adoração.
3. Um reconhecimento da proteção divina.
4. Um reconhecimento da provisão divina no passado.
5. Uma demonstração de relacionamento pessoal com Deus.

6 GREIDANUS, S. Pregando Cristo a patir de Gênesis, São Paulo. Cultura Cristã, 2009. p. 332-333.
APLICAÇÃO:
Isso nos leva a responder alguns questionamentos que encontramos por aí.
Algumas pessoas justificam que não dão o dízimo porque isso era uma
prática que se limitasse a nação de Israel. De acordo com estes dois textos,
vemos que isso é um equívoco, pois o dízimo já era praticado antes mesmos da lei
de Moisés existir.
Isso nos leva a fazermos o seguinte questionamento: Quem ensinou Abrão e
Jacó a darem o dízimo? Será que o dízimo foi considerado como pesado, tanto
para Abrão quanto para Jacó?
Dízimo já era uma prática realizada por outros povos daquela época7 e que
provavelmente Abrão havia aprendido a dizimar como um ato de devoção, gratidão
e reconhecimento da proteção divina sobre sua vida. Isto significa que outras
comunidades praticavam mesmo não tendo a lei de Moisés. Assim, o dízimo não
pode ser restringido a nação judaica.

O significado do Dízimo – Parte 1


2 O significado do Dízimo na lei de Moisés

Vejamos agora o que a Palavra de Deus diz sobre o dízimo mais


especificamente na lei dada a Moisés. Neste contexto temos três livros que falam
sobre este tema: Levítico (27.30,31,32), Números (18.21,24,26,28), Deuteronômio
(12.6,11,17; 14.23,28; 26.12).

2.1 Levítico

EXEGESE E EXPLICAÇÃO - LEVÍTICO 27.30-34:


“ 30 Também todas as dízimas da terra, tanto dos cereais do campo
como dos frutos das árvores, são do SENHOR; santas são ao
SENHOR”. “O dízimo, que consiste na décima parte de todos os produtos da
terra, é considerado a oferta devida pelo povo ao verdadeiro dono da terra (Lv
25:238)” 9.
“ 31 Se alguém, das suas dízimas, quiser resgatar alguma coisa,
acrescentará a sua quinta parte sobre ela ”. Era possível que o lavrador
tomasse os frutos que eram para os dízimos desde que ele oferecesse a mesma
quantidade de frutos da terra e adicionasse 20% a mais da quantidade do dízimo.
“ 33 Não se investigará se é bom ou mau, nem o trocará; mas, se
dalgum modo o trocar, um e outro serão santos; não serão resgatados”.

7 WALTKE, B. K. Comentário do Antigo Testamento. São Paulo. Cultura Cristã, 2003. p.285.
8 “Também a terra não se venderá em perpetuidade, porque a terra é minha; pois vós sois para mim estrangeiros e
peregrinos”
9 (HARRISON, 1983, p. 221)
“Os recém-nascidos entre os cordeiros seriam examinados de maneira
semelhante, à procura de imperfeições. Esta seção proíbe os do nos de rebanhos
ovinos ou bovinos de fazer uma seleção arbitrária ou casual dos animais a serem
oferecidos a Deus (33); e se qualquer tentativa de fazer uma troca fosse
empreendida, os dois animais seriam considerados consagrados a Deus”10.
“ 34 São estes os mandamentos que o SENHOR ordenou a Moisés,
para os filhos de Israel, no monte Sinai”. Este verso nos faz uma afirmação
muito importante. Este verso nos mostra que o dízimo, bem como todos os outros
mandamentos, foram dados ao povo. Assim, o dízimo está incluído junto com todos
os outros mandamentos como ofertas por holocaustos, manjares, pacíficos,
pecados de ignorância, pecados ocultos, pecados voluntários, consagração, etc.
bem como leis referentes a animais puros e impuros, purificação, lepra, festas,
sangue, casamentos ilícitos, penas por crimes, animais sem defeitos para
sacrifícios, sábado, pentecostes, primícias, páscoa, blasfêmia, ano de descanso,
ano do jubileu, leis a favor dos pobres, idolatria, desobediência e votos.
Além destes mandamentos, estão incluídos também os mandamentos
escritos no livro de Êxodo incluindo os dez mandamentos, leis acerca dos servos,
violência, propriedade, civis, testemunho falso, juízes, do templo, vestes
sacerdotais, etc.

APLICAÇÃO:
Assim, se o dízimo for visto como algo que não possui sua utilidade
hoje, assim também todos estes textos (70% de Êxodo e 100% de Levítico)
não possui mais utilidade para nós hoje. É perigoso seguirmos essa lógica de
pensamento pois ela vai contrariar diretamente orientações claras da própria
Escritura como as palavra de Paulo em 2 Timóteo 3.16 que diz: “ 16 Toda a
Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a
repreensão, para a correção, para a educação na justiça, 17 a fim de
que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para
toda boa obra”.
Assim, quando Paulo fala de Escritura ele está se referindo ao Antigo
Testamento, incluindo a lei de Moisés, para tornar “homem de Deus seja
perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra”.
Ou seja, afirmar que Êxodo e Levítico não possuem utilidade para nós hoje é
contrariar a própria autoridade apostólica e consequentemente a autoridade de
quem enviou o apostolo, Jesus Cristo. Mas continuemos um pouco mais em nossa
análise prévia.

2.2 Números

EXEGESE E EXPLICAÇÃO - NÚMEROS 18.21-24:

10 (HARRISON, 1983, pp. 221-222)


“ 21 Aos filhos de Levi dei todos os dízimos em Israel por herança,
pelo serviço que prestam, serviço da tenda da congregação [...].
estatuto perpétuo é este para todas as vossas gerações. E não terão
eles nenhuma herança no meio dos filhos de Israel” (Nm 18.21,23b).
“ 22 E nunca mais os filhos de Israel se chegarão à tenda da
congregação, para que não levem sobre si o pecado e morram. 23 Mas
os levitas farão o serviço da tenda da congregação e responderão por
suas faltas” (Nm 18.22-23a).
Nestes trechos, podemos ver que os israelitas não faziam o que bem
entendessem com os dízimos. Eles não poderiam administrar o dízimo, pelo
contrário, tendo como base o princípio da justiça, os seus dízimos deveriam ser
entregues aos levitas para desempenharem três funções para as quais Deus os
escolheu:
1. Para servirem na tenda da congregação (posteriormente, no templo).
2. Para não terem herança diante do povo de Israel.
3. Para intercederem pelo povo, pois o povo não poderia interceder por seus
próprios pecados.

No verso 24, lemos: “Porque os dízimos dos filhos de Israel, que


apresentam ao SENHOR em oferta, dei-os por herança aos levitas;
porquanto eu lhes disse: No meio dos filhos de Israel, nenhuma
herança tereis” (v.24).
Apesar do ato de dizimar ser chamado de dízimo, na escritura isso era
chamado de oferta (Nm 18.24). Assim, podemos ver que existiam ofertas
voluntárias e ofertas obrigatórias. Podemos citar alguns exemplos de ofertas que
eram obrigatórias:
1. Oferta quando alguém trouxesse oferta de holocausto (Lv 1.2)
2. Oferta de manjares (Lv 2.1)
3. Oferta por pecado de ignorância (Lv 4.2; 13,22,27-28; 5.15);
4. Oferta por pecados ocultos (Lv 5.1); etc.
Apesar dos dízimos serem dados aos levitas eles eram considerados como
ofertas ao Senhor. Assim, o dízimo que era dado aos levitas ao mesmo tempo tinha
como finalidade ser dedicado ao Senhor.

EXEGESE E EXPLICAÇÃO - NÚMEROS 18.25-32:

Lemos nos versos 25-26: “Disse o SENHOR a Moisés: 26Também


falarás aos levitas e lhes dirás: Quando receberdes os dízimos da parte
dos filhos de Israel, que vos dei por vossa herança, deles apresentareis
uma oferta ao SENHOR: o dízimo dos dízimos”. Assim, podemos ver aqui
que os levitas também estavam comprometidos de dar o dízimo (Nm 18.25) como
oferta.
Nos versos 27-28, lemos: “Atribuir-se-vos-á a vossa oferta como se
fosse cereal da eira e plenitude do lagar. 28 Assim, também
apresentareis ao SENHOR uma oferta de todos os vossos dízimos que
receberdes dos filhos de Israel e deles dareis a oferta do SENHOR a
Arão, o sacerdote”. Assim, vemos que os dízimos dos levitas deveriam ser
dados ao sacerdote daquela época (Nm 18.27).
Nos versos de 29-30: “De todas as vossas dádivas apresentareis toda
oferta do SENHOR: do melhor delas, a parte que lhe é sagrada. 30
Portanto, lhes dirás: Quando oferecerdes o melhor que há nos dízimos,
o restante destes, como se fosse produto da eira e produto do lagar, se
contará aos levitas”. Outra conclusão que podemos chegar com a leitura deste
verso é que os levitas deveriam dizimar o melhor que tinham recebido dos dízimos
de Israel (Nm 18.29).
O verso 31 diz: “Comê-lo-eis em todo lugar, vós e a vossa casa,
porque é vossa recompensa pelo vosso serviço na tenda da
congregação”. Assim, vemos que os levitas poderiam usufruir dos dízimos em
qualquer lugar, pois era a recompensa deles pelo serviço que prestavam (Nm
18.31).
Mas vemos no verso 32 uma advertência a eles: “ Pelo que não levareis
sobre vós o pecado, quando deles oferecerdes o melhor; e não
profanareis as coisas sagradas dos filhos de Israel, para que não
morrais”. Portanto, os levitas deveriam dizimar o melhor que haviam recebido,
pois se não fizessem isso estariam profanando a oferta de Israel e poderiam morrer
por isso (Nm 18.32).

2.3 Deuteronômio

EXEGESE E EXPLICAÇÃO – DEUTERONÔMIO 12.10-12:


“ 10 Mas passareis o Jordão e habitareis na terra que vos fará
herdar o SENHOR, vosso Deus; e vos dará descanso de todos os vossos
inimigos em redor, e morareis seguros. 11 Então, haverá um lugar que
escolherá o SENHOR, vosso Deus, para ali fazer habitar o seu nome;
a esse lugar fareis chegar tudo o que vos ordeno: os vossos holocaustos,
e os vossos sacrifícios, e os vossos dízimos, e a oferta das vossas mãos,
e toda escolha dos vossos votos feitos ao SENHOR, 12 e vos alegrareis
perante o SENHOR, vosso Deus, vós, os vossos filhos, as vossas filhas,
os vossos servos, as vossas servas e o levita que mora dentro das vossas
cidades e que não tem porção nem herança convosco” (12.10-12; cf. vs.5-
6). Aqui, vemos que as ofertas e os dízimos deveriam ser dados aos levitas no
templo (Dt 12.10-12; cf.12.5-6; ao fim de cada ano: 14.22-23).
EXEGESE E EXPLICAÇÃO – DEUTERONÔMIO 14.28-29:
“ 28 Ao fim de cada três anos, tirarás todos os dízimos do fruto do
terceiro ano e os recolherás na tua cidade. 29 Então, virão o levita
(pois não tem parte nem herança contigo), o estrangeiro, o órfão e a
viúva que estão dentro da tua cidade, e comerão, e se fartarão, para
que o SENHOR, teu Deus, te abençoe em todas as obras que as tuas
mãos fizerem” (Dt 14.28-29; cf. 26.12-15). Neste trecho, vemos que os dízimos
de cada três anos eram divididos entre levitas, estrangeiros, órfão e viúvas (Dt
14.28-29). Ou seja, estes dízimos (sociais) eram condições para que Deus
abençoasse o trabalho do povo de Israel (Dt 14.29). Aqui, vemos perfeitamente
claro o aspecto da misericórdia no ato de dar o dízimo.

APLICAÇÃO:
Algumas pessoas tentam usar o ministério levítico para justificar que
os ministros devem receber o dízimo. Apesar de eu reconhecer a preocupação
destes irmãos com o sustento ministerial, porém temos problemas com esta
afirmação. Pois se for verdade que o dízimo deve ser dado ainda hoje baseado
na citação destes textos, também é verdade que somente os da tribo de Levi
é que podem receber o dízimo. Ou seja, eu estaria fora deste número, pois sou
paraense. Filho de paraenses. Da linhagem de brasileiros com sangue misturado
por uma grade porção de nações, e penso que nenhum de meus ancestrais era da
tribo de Levi (apesar de meu irmão mais velho se chamar Levi, ou seja, seria mais
fácil que ele recebesse e não eu).
Por outro lado, por enquanto, podemos retirar algumas conclusões, prévias
(pelo menos por hora) sobre o dízimo na lei de Moisés:
1. O sacerdote não receberia o dízimo dos dízimos se os levitas não
dizimassem.
2. O sacerdote não receberia o dízimo se o povo de Israel não dizimasse aos
levitas.
O dízimo de Israel era dado aos levitas. Os dízimos dos levitas eram dados
sacerdote. Quando o sacerdote recebia isso era considerado como uma oferta
dedicada a Deus.
Nós não encontramos nada na Lei que fale sobre o dízimo do sacerdote.
Assim, podemos concluir que ele era o único que não dizimava dentre o povo de
Deus. Não quero dizer com isso que, pelo fato de eu ser pastor, eu seria esta
pessoa. Não! Mas o sacerdote, no Antigo Testamento, é a única figura, dentre
deste sistema, que prefigurava a Cristo.
Assim o sacerdote era:
1. O maior responsável pela intercessão do povo.
2. O maior responsável pela instrução do povo.
3. O único que não dizimava.
4. A figura que representava a Cristo no Antigo Testamento (Hb 7).
5. Cristo não era da tribo de Levi, mas era sacerdote segundo a ordem de
Melquisedeque (Hb 7.14-19).

CONCLUSÃO:
Temos uma longa caminhada ainda até o fim de nossa jornada sobre o
dízimo. Mas penso que poderíamos fazer a nossa primeira pausa para descanso
sabendo que podemos aprender muitas coisas com o que vimos hoje.
Podemos afirmar que o dízimo foi praticado nos patriarcas e na lei como: Um
ato de adoração pessoal em reconhecimento a proteção e provisão divina
visto por Deus como uma oferta obrigatória concedida ao Senhor direcionada
aos levitas e aos necessitados conduzidos pelo sacerdote para o agrado do
Senhor.

Obras Citadas

Anon., 2008. Enciclopédia da Bíblia/Vários autores. 1° ed. São Paulo: Cultura


Cristã.
BARCLAY, W., 1959. Filipenses. Glasgow: Trinity College.
GREIDANUS, S., 2009. Pregando Cristo a patir de Gênesis. São Paulo, SP:
Cultura Cristã.

HARRISON, R., 1983. Levítico. Introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova.
LOPES, H. D., 2007. Filipenses - A alegria triunfante no meio das provas. São
Paulo, SP: Hagnos.
MacArthur, J., 1939. Filipenses: Comentário expositivo. s.l.:s.n.
MARTIN, R. P., 1985. Filipenses - Introdução e comentário. São Paulo, SP: Vida
Nova.
STRONG, 2002. Almeida Revista e Atualizada with Strong's Numbers Bible.
s.l.:SBB.
WIERSBE, W. W., 2006. Comentário Bíblico Expositivo : Novo Testamento.
Santo André, SP: Geográfica.

Rev. Jediel Rodrigues Martins


Série de sermões sobre Dizimo
Igreja Presbiteriana Monte Moriah
São José de Ribamar, MA - 31/03/2019

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