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ESTIMATIVA DE DURAÇÃO

E DESENVOLVIMENTO
DO CRONOGRAMA

Professores:
Me. Wilian Fabricio Pereira
Esp. Emerson Zulani
DIREÇÃO

Reitor Wilson de Matos Silva


Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva
Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi

NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Diretoria Executiva Pedagógica Janes Fidelis Tomelin


Diretoria Operacional de Ensino Kátia Coelho
Diretoria de Planejamento de Ensino Fabrício Lazilha
Head de Projetos Educacionais Camilla Barreto Rodrigues Cochia Caetano
Head de Produção de Conteúdos Celso Luiz Braga de Souza Filho
Gerência de Produção de Conteúdos Diogo Ribeiro Garcia
Gerência de Projetos Especiais Daniel Fuverki Hey
Supervisão do Núcleo de Produção de Materiais Nádila de Almeida Toledo
Projeto Gráfico Thayla Guimarães
Designer Educacional Rossana Giani
Editoração Ana Eliza Martins
Ilustração Ana Eliza Martins / Bruno Cesar Pardinho
Qualidade Textual Hellyery Agda

C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação


a Distância; PEREIRA, Wilian Fabricio; ZULANI, Emerson.

Gerenciamento de Tempo em Projetos. Wilian Fabricio
Pereira; Emerson Zulani.
Maringá-Pr.: UniCesumar, 2018.
54 p.
“Pós-graduação Universo - EaD”.
1. Gerenciamento. 2. Tempo. 3. EaD. I. Título.
ISBN 978-85-459-0407-6
CDD - 22 ed. 658
CIP - NBR 12899 - AACR/2

As imagens utilizadas neste livro foram


obtidas a partir do site shutterstock.com

NEAD - Núcleo de Educação a Distância


Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900
Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360
sumário
01 06| ESTIMATIVA DE DURAÇÃO

02 15| DESENVOLVIMENTO DO CRONOGRAMA

03 28| OTIMIZAÇÃO DE RECURSOS E COMPRESSÃO


DO CRONOGRAMA

04 35| CAMINHO CRÍTICO E LINHA DE BASE


ESTIMATIVA DE DURAÇÃO E DESENVOLVIMENTO
DO CRONOGRAMA

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
•• Estimar a(s) duração(ões) das atividades do projeto segundo suas caracte-
rísticas e recursos alocados.
•• Elaborar o cronograma do projeto através das informações coletadas
previamente.
•• Apresentar, de forma detalhada, o conceito de otimização de recursos
através do nivelamento e estabilização de recursos.
•• Apresentar as técnicas de compressão do cronograma através das técnicas
de compressão e paralelismo.
•• Apresentar, de forma detalhada, o conceito de caminho crítico e linha de
base, através de exemplos e análises específicas.

PLANO DE ESTUDO

A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:


•• Estimativa de duração
•• Desenvolvimento do cronograma
•• Otimização de recursos e Compressão do cronograma
•• Caminho crítico e Linha de base
INTRODUÇÃO

Olá caro(a) aluno(a), a cada estudo que concluímos chegamos mais próximos
da elaboração de nosso cronograma, propriamente dito. A boa notícia é que
estamos a apenas dois passos de elaborar nosso cronograma e, felizmente, não
temos más notícias.
Neste nosso estudo passaremos por quatro etapas principais: as duas pri-
meiras são etapas do processo de elaboração do cronograma, enquanto as duas
últimas são etapas de análise e ajuste do cronograma.
A primeira etapa consiste na estimativa de duração das atividades, no qual
estudaremos técnicas para estimar assertivamente as durações do projeto,
segundo as características das atividades e dos recursos alocados.
Na sequência, entraremos na etapa de desenvolvimento de cronograma,
propriamente dito, onde nosso objetivo principal é garantir que você tenha
todos os conceitos e informações necessárias para o lançamento das informa-
ções em um software de elaboração de cronogramas e, como saída, você tenha
o cronograma com seu Gráfico de Gantt, suas informações e dados para análise.
Posteriormente, abordaremos o conceito de otimização de recursos, cujo
objetivo é garantir que os recursos sejam utilizados com o melhor aproveita-
mento possível, evitando que eles fiquem ociosos, superalocados e que tenham
uma variação no fluxo de trabalho muito grande.
Também compreenderemos as técnicas de compressão do cronograma, onde
buscaremos lhe passar todos os conceitos e conhecimentos necessários para com-
primir o cronograma e garantir que o projeto seja entregue no prazo estipulado.
Por fim, em nosso último estudo, conheceremos o conceito do caminho
crítico, no qual utilizaremos os conceitos de diagramas de rede, apresentados
anteriormente, para calcularmos o caminho crítico do projeto.
E para concluir, um conceito fundamental do gerenciamento de projetos
que é a Linha de Base do Cronograma, onde apresentaremos o que é a linha
de base, quais seus principais benefícios, porque ela é tão importante ao ge-
renciamento de projetos e o conceito de múltiplas linhas de base.
Ao término desses quatro estudos você estará apto a elaborar cronogra-
mas, analisar seus caminhos críticos, nivelar recursos, definir a linha de base e
executar o projeto.

introdução
6 Pós-Universo

ESTIMATIVA
de duração
Pós-Universo 7

Olá caro(a) aluno(a), começaremos a estudar o processo de estimativa de duração


das atividades e continuaremos com as atividades definidas, sequenciadas e recursos
alocados. Em tese, temos todas as informações pertinentes à estimativa de duração
das atividades e veremos quais são as boas práticas para tal desenvolvimento.
É muito comum os alunos confundirem a sequência das etapas, se questio-
nando o que vem primeiro: a estimativa de duração ou a estimativa de recursos.
Sempre que esta dúvida passar pela sua cabeça, lembre-se que as precisões das
durações estimadas dependem do conhecimento de qual recurso irá executar de-
terminada atividade.
Um exemplo: se eu tiver uma atividade de desenvolver uma metodologia de
portfólio, na qual eu tenho dois recursos disponíveis: um gerente de projetos sênior
e um membro de equipe do projeto. Em quanto tempo cada um dos dois irá desen-
volver essa atividade? Você concorda que a duração depende do recurso que está
alocado? Enquanto um levará quatro semanas, o outro levará quatro meses.
Há um provérbio que trata da relação não linear de recursos x duração, confor-
me segue:

reflita
“Leva nove meses para uma mulher gerar um bebê. Não se pode gerar um
bebê em um mês engravidando nove mulheres.”
Fonte: provérbio de autor desconhecido.

Nem sempre a relação aumenta de recurso x diminuição da duração irá ocorrer


linearmente. Por vezes, muitos recursos em uma atividade podem atrapalhar o de-
senvolvimento da mesma, levando a um atraso relativo em sua execução.
Também devemos levar em consideração qual recurso desenvolverá a atividade,
assim como sua experiência, conhecimentos e habilidades. Desta forma, para estimar
a(s) duração(ões) temos três técnicas que podem nos apoiar, são elas:
8 Pós-Universo

•• Estimativa análoga: nesta técnica utilizam-se outros projetos similares de


mesmo porte, complexidade, duração, orçamento, etc, para estimar carac-
terísticas do projeto em questão, ou seja, parte-se do seguinte princípio:
se no último projeto que realizamos esta atividade levou dez dias para ser
realizada (duração real), consequentemente, neste projeto, ela também
levará dez dias. A estimativa análoga é uma das mais utilizadas quando se
há poucos detalhes disponíveis sobre o projeto (HELDMAN e MANGANO,
2011) e é a forma de estimativa mais simples e também menos precisa, que
apenas compara os projetos e estima os parâmetros necessários.

•• Estimativa paramétrica: esta técnica baseia-se na definição de parâme-


tros para o desenvolvimento das estimativas, ou seja, é feita uma análise
histórica. Encontrado alguns pontos comuns entre projetos é utilizada esti-
mativas de produtividade divulgadas para definição de alguns parâmetros.
Como exemplo hipotético, temos: um autor de livro escreve em média cinco
páginas por dia, um programador que desenvolve 12 linhas de código por
dia e um pintor que pinta 20m²/dia.
Se aprofundarmos na pesquisa encontraremos estudos que apresentam
dados reais que nos permitem ter uma maior assertividade nas estimati-
vas, como por exemplo: uma equipe de dois pedreiros e um servente na
região de Curitiba produz em média 5,71 m²/h de alvenaria (MAGGI, DOS
SANTOS e BARBOSA, 2008, p. 129). Note como estas estimativas nos garan-
tem uma precisão muito superior do que apenas aquela simples pergunta:
em quantos dias você faz essas paredes?
Desta forma, a estimativa paramétrica é muito mais precisa que a estimati-
va análoga, apesar de dar um pouco mais de trabalho para sua elaboração.

•• Estimativa de três pontos: a estimativa de três pontos é a mais precisa de


todas, entretanto, como é de se imaginar, também é a mais trabalhosa, porque
ela parte do princípio que devemos estimar três valores distintos, são eles:
Pós-Universo 9

•• Mais provável: em condições normais, quanto tempo eu levaria


para realizar esta atividade? Cenário mais provável;

•• Otimista: em ótimas condições, quanto tempo eu levaria para


realizar esta atividade? Melhor cenário;

•• Pessimista: em péssimas condições, quanto tempo eu levaria


para realizar esta atividade? Pior cenário.

reflita
Quais impactos teriam em meu cronograma se ao invés de estimar uma
duração, eu estimasse três durações para cada atividade? Como ficaria o
Gráfico de Gantt? E suas barras que representam a duração das atividades
no Gráfico de Gantt, seriam um ou três?
Fonte: o autor.

Como você pode notar, a complexidade aumenta consideravelmente. Desta forma,


temos duas principais distribuições estatísticas a serem utilizadas, são elas:

Distribuição triangular: considera a probabilidade de ocorrências das três es-


timativas iguais, conforme fórmula a seguir:

DEA = O + MP + P
3
onde,
DEA – Duração estimada da atividade.
O – Estimativa otimista.
MP – Estimativa mais provável.
P – Estimativa pessimista.

Distribuição beta (da PERT tradicional): considera a probabilidade de ocor-


rência da estimativa mais provável. É quatro vezes maior do que da otimista e
da pessimista, conforme fórmula a seguir:

DEA = O + 4 * MP + P
6
10 Pós-Universo

Guarde este conceito da estimativa de três pontos, pois abordaremos no estudo de


desenvolvimento do cronograma quando tratarmos da simulação de Monte Carlo.
Essas são as três principais técnicas de estimativa de duração. Na prática, as
mais utilizadas serão a estimativa análoga e a estimativa paramétrica, muitas vezes
alternando-as.
A seguir, um exemplo de estudo do Projeto Curso em Gerenciamento de Projetos,
conforme a tabela 1:

Tabela 1 – Estudo do Projeto – Curso em Gerenciamento de Projetos


Id Nome da tarefa Duração Início Término Predecessoras Nomes dos recursos

PROJETO CURSO EM
1 104 dias 01/01 25/05
GERENCIAMENTO DE PROJETOS

2 Projeto Iniciado 0 dias 01/01 01/01

3 GERENCIAMENTO DO PROJETO 9 dias 01/01 13/01

Elaborar o Termo de Abertura do


4 1 dia 01/01 01/01 2 Instrutor PMP
Projeto

5 Definir o Escopo do Projeto 3 dias 02/01 06/01 4 Instrutor PMP

6 Elaborar o cronograma do projeto 2 dias 07/01 08/01 5 Instrutor PMP

7 Definir o orçamento do projeto 1 dia 09/01 09/01 6 Instrutor PMP

Elaborar o Plano de Gerenciamento


8 2 dias 10/01 13/01 7 Instrutor PMP
do Projeto

9 Infraestrutura 6 dias 14/01 21/01

10 Sala 3 dias 14/01 16/01

11 Cotar salas para locação 2 dias 14/01 15/01 8 Instrutor PMP

Instrutor PMP;Sala
12 Alugar sala para curso 1 dia 16/01 16/01 11
[R$ 1.500,00]

13 Equipamentos 3 dias 17/01 21/01

14 Cotar projetor e tela de projeção 2 dias 17/01 20/01 12 Instrutor PMP

Instrutor PMP;Projetor
15 Locar projetor e tela de projeção 1 dia 21/01 21/01 14
[R$ 300,00]

Salas e equipamentos
16 0 dias 21/01 21/01 15
contratados

17 Equipe 10 dias 14/01 27/01

18 Contratação 7 dias 14/01 22/01

19 Divulgar vaga na equipe 5 dias 14/01 20/01 11II Auxiliar PMP


Pós-Universo 11

Id Nome da tarefa Duração Início Término Predecessoras Nomes dos recursos

20 Entrevistar candidatos 1 dia 21/01 21/01 19 Auxiliar PMP

Auxiliar PMP;Impressão
21 Contratar candidato aprovado 1 dia 22/01 22/01 20
[10 Página]

22 Treinamento 3 dias 23/01 27/01

23 Apresentar empresa e curso 2 dias 23/01 24/01 21 Auxiliar PMP;Recepcionista

Apresentar papel do colaborador


24 1 dia 27/01 27/01 23 Auxiliar PMP;Recepcionista
no projeto

25 Equipe contratada e treinada 0 dias 27/01 27/01 24

26 Metodologia 78 dias 28/01 14/05

27 Slides 15 dias 28/01 17/02

28 Preparar conteúdo dos slides 5 dias 28/01 03/02 25;16 Auxiliar PMP

29 Diagramar slides 10 dias 04/02 17/02 28 Auxiliar PMP

30 Canvas para dinâmicas 6 dias 18/02 25/02

31 Elaborar Canvas 5 dias 18/02 24/02 29 Auxiliar PMP

Auxiliar PMP;Canetas[35];
32 Plotar canvas e adquirir materiais 1 dia 25/02 25/02 31 Plotagem[60 Unidade];
Post-it[90];Fita[6]

33 Apostila 50 dias 26/02 05/05

34 Escrever Módulo 1 10 dias 26/02 10/03 32 Auxiliar PMP

35 Escrever Módulo 2 10 dias 11/03 24/03 34 Auxiliar PMP

36 Escrever Módulo 3 10 dias 25/03 07/04 35 Auxiliar PMP

37 Diagramar apostila 15 dias 08/04 28/04 36 Auxiliar PMP

Auxiliar PMP;Impressão
[1.500
38 Imprimir e encadernar apostilas 5 dias 29/04 05/05 37
Página];Encadernação [30
Apostila]

39 Materiais complementares 3 dias 06/05 08/05

40 Elaborar lista de presença 1 dia 06/05 06/05 38 Auxiliar PMP

Elaborar ficha de avaliação do


41 1 dia 07/05 07/05 40 Auxiliar PMP
curso

Imprimir materiais Auxiliar PMP;Impressão


42 1 dia 08/05 08/05 41
complementares [80 Página]

43 Certificados 4 dias 11/05 14/05

44 Elaborar certificados 3 dias 11/05 13/05 42 Auxiliar PMP


12 Pós-Universo

Id Nome da tarefa Duração Início Término Predecessoras Nomes dos recursos

Auxiliar PMP;Impressão
45 Imprimir certificados 1 dia 14/05 14/05 44 em alta resolução[30
Página]

46 Curso preparado 0 dias 14/05 14/05 43

47 Coffee Break 4 dias 15/05 20/05

48 Cotar Coffee Break 3 dias 15/05 19/05 46 Auxiliar PMP

Auxiliar PMP;Coffee Break


49 Contratar Coffee Break 1 dia 20/05 20/05 48
[R$ 1.500,00]

50 Execução do curso 3 dias 21/05 25/05

Recepcionista; Instrutor
51 Apresentar Módulo 1 1 dia 21/05 21/05 49
PMP;Auxiliar PMP

Recepcionista; Instrutor
52 Apresentar Módulo 2 1 dia 22/05 22/05 51
PMP;Auxiliar PMP

Recepcionista; Instrutor
53 Apresentar Módulo 3 1 dia 25/05 25/05 52 PMP;Auxiliar PMP;
Bonificação [R$ 2.000,00]

54 Projeto concluído 0 dias 25/05 25/05 53

Fonte: o autor.

Outro aspecto relevante à estimativa de duração das atividades é quando falamos da


Análise de Reservas. As estimativas não são 100% precisas na realidade. Dependendo
como formulada à estimativa, haverá elevado grau de imprecisão na mesma.

saiba mais
Há alguns provérbios em gerenciamento de projetos, de autores desconhe-
cidos, que exemplificam a precisão das estimativas, conforme segue:
“O mesmo trabalho debaixo das mesmas condições será estimado diferen-
temente por dez diferentes estimadores ou por um único estimador em
dez vezes diferentes” (Autor desconhecido).
Isto deixa muito claro que a estimativa em projetos não é uma ciência exata,
entretanto, deve ser tão realista e assertivo quanto possível.
Fonte: o autor.
Pós-Universo 13

Levando isso em consideração, é inteligente pensar em alocar algumas reservas de


tempo em meu projeto, todavia, não as alocarei com reflexões, como, vou colocar 30
dias a mais para ter certeza que entrego no prazo. Há formas mais adequadas para
tal processo, e, aqui, estaremos andando muito próximos das análises de riscos do
projeto. São duas reservas possíveis:

•• Reserva de contingência: é a reserva que calculamos para os riscos co-


nhecidos do projeto, ou seja, irei analisar os riscos que impactam meu
cronograma do projeto e, a partir deles, calcular qual é a reserva de tempo
adequada para o meu projeto.

•• Reserva gerencial: é a reserva alocada para os riscos desconhecidos do


projeto. Ela será calculada estatisticamente através do histórico de riscos
não mapeados que ocorreram nos projetos passados.

Ao término desses cálculos poderei alocar Buffers, ou reservas estrategicamente posi-


cionadas em meu projeto, analisando os principais pontos críticos em meu diagrama
de rede e protegendo minha rede de atrasos e imprevistos.

saiba mais
Você se interessou no tema? Verá com profundidade como mensurar a
probabilidade e o impacto dos seus riscos e como calcular o tamanho do
Buffer (em períodos de trabalho) nos estudos de Gerenciamento de Riscos.
Entretanto, gostaríamos de deixar um tutorial de como criar Buffer em uma
ferramenta de Gerenciamento de Cronograma, neste caso o MS-Project.
Esperamos que lhe ajude!
Para saber mais sobre a matéria, acesse o site e leia na íntegra: http://www.
euax.com.br/2011/01/dicas-ms-project-2010-dica-5-criando-e-acompa-
nhando-buffers-gerenciais-nos-cronogramas/

Por fim, outro ponto muito importante a ser ressaltado é a diferença entre duração
e trabalho.
Duração: consiste no número de períodos de trabalho (dias, semanas, meses)
que levará para a atividade estar concluída;
Trabalho: consiste no esforço empreendido para desenvolvimento da ativida-
de em questão.
14 Pós-Universo

saiba mais
No material de lições aprendidas do Escritório de Projetos da NASA há uma
que trata especificamente dos problemas em projetos, nos alertando que
problemas levam tempo para serem solucionados e que se você não prever
isso, em seu cronograma, alguém preverá em seu lugar. Segue lição apren-
dida na íntegra:
“Lição Aprendida #74: Todos os problemas são solucionáveis num tempo,
assim tenha certeza de ter suficiente contingência no cronograma – se você
não tiver o próximo gerente de projetos que ocupará o seu lugar, terá”.
Fonte: (NASA, 2013)

Um exemplo para facilitar a compreensão do tema é a atividade de “Obter Licença de


Construção”. Esta atividade levará dez dias para ser executada, enquanto que o trabalho
efetivo relacionado a ela é de apenas quatro horas, uma vez que é o tempo necessá-
rio para preparar a documentação e dar entrada ao processo no órgão competente.
Assim terminamos mais uma etapa para elaboração de nosso cronograma. Espero
que você tenha gostado e aprendido a estimar a duração das atividades reais de seu
projeto, assim como estabelecer as reservas juntamente com os estudos de riscos
do projeto, em seu cronograma.
DESENVOLVIMENTO
do cronograma
16 Pós-Universo

Olá caro (a) aluno (a), agora entraremos na tão esperada etapa que é o desenvol-
vimento do cronograma, propriamente dito. Nesta aula, compreenderemos como
inserir os dados em uma ferramenta de cronograma e quais os resultados espera-
dos. Ao final desta aula, teremos um modelo do cronograma do projeto, que, após
as devidas análises de nossos próximos estudos, se transformarão na Linha de Base
do Cronograma.
Para o desenvolvimento de cronogramas deveremos fazer uso de uma ferramen-
ta de cronograma, ou seja, um software que faça todo o trabalho “pesado” para nós,
para que não tenhamos que ficar “pintando barrinhas”.
Há diversos softwares no mercado, tanto softwares livres, tanto softwares pro-
prietários, ficando a cargo do(a) aluno(a) selecionar aquele que mais lhe convém e
que atende, satisfatoriamente, suas necessidades.
Neste curso, apresentarei apenas os aspectos comuns aos principais softwares
do mercado, permitindo que você possa aprender os principais conceitos e desen-
volver seu cronograma em qualquer um deles.
É importante que você tenha em mente que boa parte do trabalho do desenvol-
vimento do cronograma já foi realizado nas aulas anteriores. O que faremos agora é
lançar esses dados no software e analisar os resultados. Com a prática, boa parte das
etapas anteriores pode ser desenvolvida diretamente na ferramenta.

reflita
Com os conhecimentos adquiridos até o presente momento, você se sente
apto a desenvolver um cronograma do projeto? Se lhe fosse solicitado, você
o faria? Quão distante a teoria está da sua prática hoje?
Fonte: o autor.

Espero que na figura 1 possamos findar as principais dúvidas que por ventura tenham
ficado. Desta forma, separei o desenvolvimento do cronograma em nove etapas:
Pós-Universo 17

1º Preparação do ambiente Processo 6.1 - Planejar o Gerenciamento do Cronograma

2º Cadastro da EAP
Processo 6.2 - Definir atividades

3º Criação das atividades

4º Sequenciamento das atividades Processo 6.3 - Sequenciar as atividades

5º Criação da planilha de recursos

Processo 6.4 - Estimar recursos das atividades


6º Alocação de recursos no projeto

7º Estimativa de duração Processo 6.5 - Estimar a duração das atividades

8º Análise do cronograma

Processo 6.6 - Desenvolver o cronograma


9º Definição da linha base

Figura 1 - Etapas detalhadas para o desenvolvimento do cronograma x Processos do PMBOK


Fonte: o autor.

Preparação do ambiente

A preparação do ambiente é algo fundamental para que se tenha um bom crono-


grama. Neste item os principais aspectos a se atentar, são:

•• Cadastro das informações do projeto: na grande maioria dos softwa-


res de cronograma há um campo para cadastro das informações básicas
do projeto, como nome do projeto, gerente do projeto, categorias, tags,
data de início ou data de término (dependendo do tipo de agendamento,
por exemplo, você insere a data de início e ele calculará a data de término
do projeto, ou vice-versa);
18 Pós-Universo

•• Cadastro do calendário do projeto: lançamento das exceções do projeto,


como feriados, recessos, férias coletivas, etc e dos períodos úteis de traba-
lho, como os horários de início e término dos turnos de trabalho, dias úteis
(segunda a sábado) e dias não úteis (domingo);

•• Tipo de agendamento das tarefas: há dois tipos: agendamento auto-


mático, onde o próprio software calcula as datas de início e término das
atividades, ou agendamento manual que você deve inserir as datas de início
e término das atividades.

Como é de se imaginar, devemos sempre configurar o agendamento automático,


no qual iremos inserir nome da tarefa, predecessora, recursos e duração. O software
nos dará as datas de início e término, ou seja, na elaboração de cronograma NUNCA
devemos mexer nas colunas de início e término (exceto em raras exceções, como
restrições de data, por exemplo).

Cadastro da EAP
O Cadastro da EAP consiste no lançamento dos itens da EAP na lista de atividades do
software, de forma bem simples. Primeiramente, lançaremos os itens um embaixo
do outro (se tiver dúvidas visualize a EAP do projeto), conforme figura 2.

Figura 2 - Itens da EAP cadastrados


Fonte: autoria própria com utilização do software MS Project 2013
Pós-Universo 19

Após o lançamento dos itens da EAP, deveremos utilizar a função de avançar ou recuar
os itens, para darmos a hierarquia da EAP, ou seja, quais itens estão decompostos em
quais itens, conforme na Figura 3:

Figura 3 - Itens da EAP cadastrados e indentados


Fonte: autoria própria com utilização do software MS Project 2013

Criação das atividades


Na sequência, devemos criar os marcos do projeto, ou seja, incluir linhas e em
duração colocar zero dias. Note que haverá uma alteração no símbolo do mesmo
no Gráfico de Gantt.
E posteriormente as atividades do projeto, ou seja, devemos inserir linhas abaixo
dos pacotes de trabalho (vide conceito de pacotes de trabalho em aulas anteriores).
Observe como se comporta o gráfico de Gantt após cada evolução da elabora-
ção do cronograma da figura 4.
20 Pós-Universo
Pós-Universo 21

Figura 4 – Lista de atividades cadastrada


Fonte: autoria própria com utilização do software MS Project 2013

atenção
Um erro muito comum na elaboração de cronogramas é o profissional se
preocupar muito com a tabela de entrada a ponto de praticamente tirar
da tela o Gráfico de Gantt, passar horas incluindo os dados, analisando as
dependências e depois quando vai verificar o Gráfico de Gantt, está todo
desconfigurado. Em suma, ele tratou o software de cronograma como uma
simples planilha. Desta forma, ele está extraindo apenas 10% da ferramen-
ta de cronograma, ou seja, é como ter um carro esportivo e andar apenas
em 1ª marcha.
Fonte: o autor
22 Pós-Universo

Sequenciamento das atividades


Nesta etapa, deve-se preencher a coluna predecessoras, criando assim a rede do projeto.
Note que no Gráfico de Gantt temos todas as atividades ordenadas, conforme as pre-
decessoras lançadas. É fundamental que você faça essa dupla verificação e alterar uma
predecessora. Verifique na Figura 5 do Gráfico de Gantt o resultado de sua alteração.

Figura 5 - Atividades sequenciadas


Fonte: autoria própria com utilização do software MS Project 2013
Pós-Universo 23

Criação da planilha de recursos


Agora deveremos criar a planilha de recursos do projeto. Em geral, os softwares te
fornecem a opção de alterar os modos de exibição, alterar as tabelas, os gráficos,
os campos, etc. Tenha certeza que essa visualização inicial não é 10% de que seu
software oferece.

Figura 6 - Planilha de recursos cadastrada


Fonte: autoria própria com utilização do software MS Project 2013

Alocação de recursos no projeto

Agora que já cadastramos os recursos do projeto devemos vinculá-los às ativida-


des, retornando ao modo de exibição do Gráfico de Gantt, ou algum nome similar,
como Diagrama de Gantt, etc. Verifique que possui uma coluna chamada Recursos
ou Nome dos Recursos.
Nesta coluna, provavelmente, terá uma lista suspensa ou um botão no seu software
responsável pela Atribuição de Recursos. Assim, você deverá selecionar as ativida-
des, repetindo-as e alocar os recursos necessários para tal, lembrando que ao menos
um recurso humano deverá estar atribuído, pois a atividade não se realizará sozinha.
Segue exemplo em questão na figura 7:
24 Pós-Universo

Figura 7 - Recursos alocados


Fonte: autoria própria com utilização do software MS Project 2013

Note que apesar de eu estar trabalhando com a alocação de recursos que, a princí-
pio, não altera em nada o Gráfico de Gantt, ainda sim sempre o mantenho na tela
para visualizar se não há algum erro ou algo semelhante.
Pós-Universo 25

Na área do gráfico, a única alteração realizada foi “andar” com o gráfico para direita,
para que as atividades estejam em evidência. Note que as datas na escala (canto su-
perior direito) estão diferentes.

Estimativa de duração
Nossa última etapa do desenvolvimento do cronograma é o lançamento das dura-
ções das atividades do projeto. Será apresentado uma imagem de antes da alteração
e uma imagem de depois da inserção das durações das atividades. Conforme segue
na figura 8:

Figura 8- Cronograma antes da inserção das durações das atividades


Fonte: autoria própria com utilização do software MS Project 2013

Fizemos questão de incluir esta imagem para reforçar que ainda não havíamos mexido
nas durações (exceto nos marcos), tanto que as mesmas estavam com um dia. As
tarefas resumo, em negrito, ou itens da EAP, apresentam uma duração estimada su-
perior a um dia. Isto se dá em virtude de que com o sequenciamento das atividades,
as datas estimadas de início e término foram alteradas e o conjunto de gerenciamen-
to de projetos, por exemplo, está estimado em cinco dias. Dessa forma, temos cinco
atividades, uma após a outra. Veja no Gráfico de Gantt.
Importante ressaltar que a duração das tarefas resumo não é a soma das dura-
ções das atividades e sim o tempo entre o início da primeira atividade e o final da
última atividade, considerando os tempos de latência entre uma atividade e outra e
o paralelismo, pois é um erro muito comum nos iniciantes em somar as durações e
questionar o porquê não é igual.
26 Pós-Universo

Agora apresento-lhes a versão final de nosso cronograma na figura 9. Apenas


reduzirei a escala de tempo, que estava em dias e agora deixarei em semanas para
facilitar a visualização do todo.

Figura 9 - Modelo inicial do cronograma concluído


Fonte: autoria própria com utilização do software MS Project 2013

Um aspecto complementar da elaboração de cronogramas é que ao elaborar todos


esses passos de forma correta, temos agora o orçamento de nosso projeto, confor-
me segue na figura 10:
Pós-Universo 27

Figura 10 - Orçamento do projeto


Fonte: autoria própria com utilização do software MS Project 2013

É claro que os valores apresentados contemplam custos econômicos, que não são
desembolsados, e custos financeiros que são efetivamente pagos.
As próximas etapas abaixo serão detalhadas nas próximas aulas.

•• Análise do cronograma

•• Definição da linha de base

Com isso, terminamos a criação do nosso modelo inicial do cronograma. Espero que
você tenha compreendido todo o processo passo a passo e que agora você tente
criar seu cronograma e exercitar os conhecimentos aprendidos até aqui.
28 Pós-Universo

OTIMIZAÇÃO
de recursos e
compressão do
cronograma
Pós-Universo 29

Olá caro(a) aluno(a), neste estudo vamos abordar algumas técnicas de desen-
volvimento de cronogramas fundamentais para que possamos elaborar bons
cronogramas de projeto.
Nosso objetivo neste estudo é conhecer os métodos de otimização de recur-
sos para garantir o melhor aproveitamento dos recursos possíveis. A segunda parte
deste estudo trata da compressão do cronograma, cujo objetivo central é garan-
tir um menor tempo de execução dos projetos para atendimento aos prazos de
entrega dos mesmos.
Eu gostaria de começar o presente tópico com uma reflexão a respeito de nossos
projetos reais.

reflita
Você acredita que ao desenvolver o seu cronograma de um projeto real,
com todas suas nuances, indisponibilidade de recursos, urgência de entrega
ele sairá perfeito como o exemplo do estudo anterior? Se não, quais são as
maiores complexidades que você enfrentará em seus projetos? E quanto
aos recursos e prazos de entrega, haverá problemas relacionados a eles?
Fonte: o autor.

Obviamente, por mais que sempre buscamos trazer a teoria o mais próximo da prática
possível, há um gap (lacuna) possivelmente intransponível, pois na vida real temos
centenas de milhares de situações impossíveis e inviáveis de prever na teoria.
A boa notícia é que com conceitos bem consolidados e uma boa dose de bom
senso é possível resolver a grande maioria das situações.
Então precisaremos conhecer os conceitos relacionados à utilização dos recur-
sos. Quando se trata de elaboração de cronogramas, muito possivelmente você irá
se deparar com a situação apresentada na figura 11:
30 Pós-Universo

Figura 11 - Superalocação de recursos


Fonte: autoria própria com utilização do software MS Project 2013

Estes “homenzinhos” indicados à esquerda, representam que há recursos dos projetos


que estão superalocados, ou seja, tenho uma quantidade X de recursos, enquanto
que para determinado momento eu preciso de X+Y de recursos, então aloquei mais
recursos do que tinha disponível.
No exemplo anterior, tivemos uma superalocação do recurso Instrutor PMP, onde
se você conferir na planilha de recurso no item unidades máximas tenho apenas uma
unidade, mas, em meu cronograma do projeto, eu preciso de pelo menos duas uni-
dades para suprir as atividades demandadas entre os dias 14/01 e 21/01.
Desta forma, necessito ajustar o cronograma do meu projeto, para que o mesmo
não fique irrealista.
Este ajuste é chamado de otimização de recursos, que pode ser feito de duas formas:

•• Nivelamento de recursos: o nivelamento de recursos visa reagendar as ati-


vidades que possuem recursos superalocados evitando situações que haja
uma demanda de recursos superior à quantidade disponível. Naturalmente,
como é de se esperar, na grande maioria dos casos, há um aumento no
prazo de execução do projeto.
Pós-Universo 31

•• Estabilização de recursos: logo a estabilização de recursos visa tornar a


utilização dos recursos mais estáveis, ou seja, ao invés de um recurso ter uma
jornada de 8 horas diárias durante três dias, no quarto dia uma jornada de 6
horas e no quinto dia, ele não trabalha com a estabilização de recursos, mas
irá trabalhar 6 horas diárias para cumprir todo o seu trabalho de 30 horas.
Entretanto, por vezes, a estabilização não consegue resolver a superaloca-
ção, sendo necessário realizar o nivelamento de recursos e, possivelmente,
o aumento de prazo do projeto.

Segue exemplo da figura 12, meramente ilustrativo, para apresentar os dois concei-
tos. Temos três atividades, no qual as atividades 2 e 3 estão superalocadas:

Figura 12 - Exemplo hipotético de atividade superalocada


Fonte: autoria própria com utilização do software MS Project 2013

No exemplo da figura 13, o nivelamento de recursos atrasou a data de fim do projeto:

Figura 13 - Exemplo hipotético de recursos nivelados


Fonte: autoria própria com utilização do software MS Project 2013

No exemplo na figura 14, a estabilização de recursos mantém a utilização diária do


recurso constante:

Figura 14 - Exemplo hipotético de recursos estabilizados


Fonte: autoria própria com utilização do software MS Project 2013
32 Pós-Universo

Vamos agora apresentar o nosso caso de análise. Na Figura 11 tínhamos a superalo-


cação dos recursos em diversas atividades. Desta forma, com os recursos nivelados
manualmente, temos a seguinte situação apresentada na figura 15:

Figura 15 - Recursos nivelados


Fonte: autoria própria com utilização do software MS Project 2013

Note que, neste exemplo, tivemos um atraso no projeto de seis dias em virtude do
nivelamento dos recursos, o que é extremamente comum em se tratando de nive-
lamento de recursos.
Interessou-se pelo tema?

saiba mais
Para conhecer mais um pouco do tema, Ricardo Vargas, um dos maiores espe-
cialistas em projetos do Brasil, traz um podcast específico sobre Nivelamento de
Recursos, que pode lhe auxiliar a consolidar os conhecimentos sobre o tema.
Para saber mais sobre esse assunto, acesse: http://www.ricardo-vargas.com/
pt/podcasts/resource-leveling/
Fonte: (VARGAS, 2010a)
Pós-Universo 33

Caberá ao gerente de projetos dirimir quanto ao nivelamento de recursos (e conse-


quente aumento de prazo), manutenção da superalocação (e possivelmente redução
no escopo de entrega), ou aumento dos recursos do projeto (e consequente aumento
de custos) em virtude de uma análise de custo benefício para o projeto, consideran-
do a natureza do mesmo, complexidade, importância para organização, entre outros.
Entraremos agora na segunda etapa do nosso estudo que trata da compressão
do cronograma.
Estes dados vêm para corroborar a importância da compressão do cronograma,
que é uma das técnicas responsáveis por reduzir o tempo de execução do projeto
sem reduzir seu escopo.
A compressão do cronograma pode-se dar através de duas técnicas:

•• Compressão: é uma técnica de compressão de cronogramas que consiste


no incremento de recursos para redução da duração estimada da atividade
do caminho crítico. Note que não se trata da redução pela redução, como
por exemplo, essa atividade levaria quatro dias, mas agora vocês irão fazer
em três dias. Isso seria negligenciar a estimativa de duração do projeto, as-
sumindo que foi estimado inadequadamente em um primeiro momento
ou está forçando uma situação que muito provavelmente não ocorrerá.
Como é de se imaginar, o incremento de recursos acaba impactando no
incremento de custos do projeto.

•• Paralelismo: consiste na alteração das dependências arbitrárias (você


lembra deste conceito?) com vistas a executar um maior número de ativi-
dades em paralelo, e, assim, reduzir o tempo de execução do projeto. Deve
ser feito apenas com atividades que podem ser sobrepostas. Como é de se
imaginar, o incremento de atividades em paralelo acaba impactando em
uma maior necessidade de gestão e em um aumento dos riscos do projeto.
34 Pós-Universo

Estas técnicas fazem parte da 8ª etapa de desenvolvimento do cronograma citada


anteriormente, que é a análise do cronograma. Note que como solucionamos vários
aspectos que comumente aparecem nos projetos reais. Há ainda algumas outras téc-
nicas de análise do cronograma, como o caminho crítico, corrente crítica, análise de
cenários que serão vistos na sequência.
Espero que você tenha gostado deste estudo e que ele possa lhe ser útil assim
como é em minha vida profissional. Ambas as técnicas de aprimoramento e compres-
são do cronograma são de enorme importância para a elaboração de cronogramas,
pois elas garantem mais realismo e assertividade aos mesmos.
Pós-Universo 35

CAMINHO CRÍTICO
e linha de base
36 Pós-Universo

Olá caro (a) aluno (a), vamos entrar agora na última aula referente à elaboração de
cronogramas. Nosso objetivo nesta aula é compreender o processo de cálculo do
caminho crítico, seu conceito, o conceito de atividades críticas, múltiplos caminhos
críticos e como tudo isto impacta em nosso projeto. Por fim, aprenderemos o que é
a Linha Base do Cronograma, para que serve e como ela se integra à linha de base
de escopo, à linha de base de orçamento e ao plano de gerenciamento de projetos
como um todo.
Para iniciar nossos estudos precisamos retomar nossos conhecimentos referen-
tes à elaboração do diagrama de precedência, ou diagrama de rede do projeto.
Vamos partir de um exemplo previamente elaborado e dar continuidade ao mesmo
determinando seu caminho crítico. Segue, na figura 16, o exemplo em questão:

C2

Início A1 B1 E1 F1 Fim

D4

Figura 16 - Exemplo para determinação do caminho crítico


Fonte: o autor.

Segue agora o modelo gráfico na figura 17 de preenchimento dos valores das


atividades.

Modelo

FT=X
Calculado no
IMC TMC caminho de ida

Atividade Duração
Calculado no
IMT TMT
caminho de volta
FL=X

Figura 17 - Modelo gráfico de preenchimento dos valores das atividades


Fonte: o autor.
Pós-Universo 37

Onde:

IMC = Início mais cedo


IMT = Início mais tarde
TMC = Término mais cedo
TMT = Término mais tarde
FT = Folga total
FL = Folga livre
X = Número qualquer

Com o diagrama de rede elaborado em mãos teremos quatro passos para a elabo-
ração do caminho crítico do projeto. São eles:

•• Cálculo dos inícios e términos mais cedo;

•• Cálculo dos inícios e términos mais tarde;

•• Cálculo das folgas das atividades;

•• Determinação do caminho crítico.

1º) Cálculo dos inícios e términos mais cedo


Devemos iniciar o cálculo pelo marco início (convencionamos, neste exemplo, o início
do projeto se dando no momento zero, apesar de alguns autores convencionarem o
início ao momento 1. Trabalharemos desta forma para simplificar o exercício).
A atividade A começará no momento zero, durará 1 dia e terminará ao término
do dia 1, logo, em sequência, inicia-se a atividade B que tem o início mais cedo em
1 com um dia de duração, ela terá seu término mais cedo em dois, assim, em dois
se iniciarão as atividades C e D, onde cada uma, com suas durações, terminarão em
momentos diferentes e respectivamente 4 e 6, para se iniciar a atividade e devemos
ter as atividades C e D concluídas.
Como somente a teremos no momento 6, o início da atividade se dá em 6 e seu
término em 7, já que sua duração é de um dia.
Complicado, não é? Vamos simplificar:
38 Pós-Universo

1. Pegue o zero e coloque na primeira atividade no canto esquerdo, some


com o “númerozinho” ao lado da letra e coloque no canto direito.

2. Repita este número no canto esquerdo da próxima atividade, some com o


“númerozinho” e coloque no canto direito.

3. Chegamos naquele momento em que o caminho se dividiu em dois, repita


o número da direita nas duas atividades no canto esquerdo, some com o
“númerozinho” e coloque na direita.

4. Agora chegamos no momento, no qual os dois caminhos se juntam e aqui


devemos ter atenção em iniciar a próxima atividade que devo ter concluí-
do nas duas anteriores e pegar o maior número das duas, neste caso, o 6 e
passar para a próxima atividade no canto esquerdo.

Neste momento, estaremos nos referindo sempre aos cantos superiores esquerdos e
direitos, uma vez que estamos elaborando o caminho de ida, no passo 2 – Cálculos
dos inícios e términos mais tarde. Estaremos sempre nos referindo aos cantos infe-
riores esquerdos e direitos, conforme apresentado na figura 18.
Em suma, a regra que devemos nos atentar, é que sempre que dois ou mais ca-
minhos se juntarem, devemos pegar o maior número da direita deles e colocar na
esquerda da próxima atividade.

Caminho de Ida

2 4
C2

0 0 0 1 1 2 6 7 7 8 8 8
Início A1 B1 E1 F1 Fim

2 6
D4

Figura 18 - Cálculo dos inícios e términos mais cedo


Fonte: o autor.
Pós-Universo 39

2º) Cálculo dos inícios e términos mais tarde


Neste momento, esqueça todos os números de cima e vamos focar apenas nos
números de baixo.
No caminho de ida, somamos e no caminho de volta, subtraímos.
Iremos partir da data de término do projeto, calculada no passo anterior, o pro-
cesso se repete, mudando apenas o sentido. Pegamos o número que está no marco
fim, copiamos para o canto inferior direito, subtraímos da duração o “númerozinho”
ao lado da letra e colocamos no canto esquerdo, repetimos o processo para a caixi-
nha anterior (letra E) e a lógica se repete quando temos múltiplos caminhos. Se abro
em dois caminhos (neste caso de E para C e D) apenas copio os valores.

2 4
C2
4 6
0 0 0 1 1 2 6 7 7 8 8 8
Início A1 B1 E1 F1 Fim
0 0 0 1 1 2 6 7 7 8 8 8
2 6
D4
2 6

Caminho de volta

Figura 19 - Cálculo dos inícios e términos mais tarde


Fonte: o autor.

Até agora aprendemos a calcular e montar o diagrama, mas na prática para que serve isso?
Esta é uma forma de representarmos dois aspectos. No caminho de ida eu con-
sidero que comecei a executar o projeto e fazer as tarefas o mais cedo possível. Já
no caminho de volta, representam a boa e velha síndrome do estudante, quais são
as datas mais tardes em que eu posso começar a fazer as tarefas e mesmo assim não
atrasar o projeto.
40 Pós-Universo

3º) Cálculo das folgas das atividades


Neste passo existem dois tipos de folgas das atividades: a folga total e a folga livre.

Folga total: Folga total: “O atraso total permitido para a data de início mais cedo
de uma atividade do cronograma sem atrasar a data de término do projeto ou
violar uma restrição do cronograma” (PMI®, 2014).
Resumindo de forma bem simplificada: é a folga que me mostra quanto tempo
posso atrasar a atividade sem atrasar o projeto.
Para o cálculo da Folga Total, temos a fórmula abaixo:

FT = IMT – IMC ou FT = TMT – TMC

Graficamente temos a seguinte relação na figura 20:

23 24
FT=2 H1
19 22 25 26
G3
21 24 24 26
FL=1 I2
24 26

FT = 21 - 19 = 2 ou FT = 24 - 22 = 2
Figura 20 - Cálculo da Folga Total
Fonte: o autor.

Folga livre: “O tempo permitido para atraso de uma atividade do cronograma


sem atrasar a data de início mais cedo de qualquer uma das atividades do cro-
nograma imediatamente subsequentes” (PMI®, 2014).
Resumindo: é a folga que me mostra quanto tempo eu posso atrasar sem atrasar
a próxima atividade.
Para o cálculo da Folga Livre temos a seguinte fórmula:

FLi = MinTodos Sucessores(IMC) – IMCi

Complexo, não é? Graficamente, fica mais fácil, conforme a figura 21:


Pós-Universo 41

FLG = MinTodos os sucessores (entre 24 e 23) - 22 FLG = 23 - 22


FLG = 1

23 24
FT=2 H1
19 22 25 26
G3
21 24 24 26
FL=1 I2
24 26

Figura 21 - Cálculo da Folga Total


Fonte: o autor.

Agora partiremos para o cálculo das folgas do nosso exemplo, conforme a figura 22:

FT=2
2 4
C2
FT=0 FT=0 4 6 FT=0 FT=0
FL=2
0 0 0 1 1 2 6 7 7 8 8 8
Início A1 B1 E1 F1 Fim
0 0 0 1 1 2 FT=0 6 7 7 8 8 8
FL=0 FL=0 FL=0 FL=n.a.
2 6
D4
2 6
FL=0

Figura 22 - Determinação das folgas das atividades


Fonte: o autor.

Caro(a) aluno(a), provavelmente nem notou, mas a maioria das pessoas fazem cál-
culos de folgas diariamente e não sabem. Então, nesta lógica, o “deixar para última
hora”, nada mais é do que agendar tarefas para iniciar no Início Mais Tarde possí-
vel, utilizando as técnicas de diagrama de rede, cálculo de folgas e caminho crítico.
É Gestão de Projetos pura!
Brincadeiras à parte, isto deve ser feito conscientemente, de forma estruturada e
com uma excelente ferramenta para o gestor de projetos trabalhar em seus projetos.
42 Pós-Universo

4º) Determinação do caminho crítico


No quarto e último passo, determinaremos o caminho crítico do projeto que re-
presenta a sequência mais longa do projeto e o caminho de menor duração. É o
caminho que representa a menor folga total, onde se atrasar um período de traba-
lho em uma dessas atividades, provavelmente atrasarei o término do projeto. Veja a
seguir na figura 23:

FT=2
2 4
C2
FT=0 FT=0 4 6 FT=0 FT=0
FL=2
0 0 0 1 1 2 6 7 7 8 8 8
Início A1 B1 E1 F1 Fim
0 0 0 1 1 2 FT=0 6 7 7 8 8 8
FL=0 FL=0 FL=0 FL=n.a.
2 6
D4
2 6
FL=0

Figura 23 - Determinação do caminho crítico


Fonte: o autor.

atenção
O atraso em uma das atividades do caminho crítico, só não atrasa o término
do projeto. Quando a data de término for superior à data de conclusão da
última atividade, ou seja, no marco fim, ao invés de concluir o projeto no dia
08, concluirmos, deliberadamente, no dia 10. Desta forma, mesmo atrasan-
do as atividades do caminho crítico eu não atrasarei o término do projeto,
mas a data de conclusão da última atividade.
Fonte: o autor.

Para a determinação do caminho crítico, deve-se olhar atividade por atividade e


sempre que houver uma bifurcação escolher o caminho com menor folga total.
Simples assim.
Pós-Universo 43

atenção
Uma vez determinado o caminho crítico, atente-se à gestão das ativida-
des que a compõe, porque um atraso nestas atividades acarretará em um
atraso do projeto!
Fonte: o autor.

Pode ser que em alguns casos haja dois caminhos com a mesma folga total. Este
representa o conceito de múltiplos caminhos críticos, o qual tenho dois ou mais ca-
minhos em que se eu atrasar, qualquer atividade deles irá atrasar o término do projeto.

saiba mais
Gostou do tema? Ricardo Vargas aborda o mesmo de forma simplificada e
lhe garanto que será de grande valia para consolidar estes conhecimentos
relacionados ao caminho crítico do projeto.
Estes são indispensáveis para a formação e atuação de um gerente de
projeto, uma vez que influem diretamente na forma de gerir um projeto, as
atividades e a equipe.
Fonte: (VARGAS, 2010b)
Para saber mais sobre este assunto, acesse: http://www.ricardo-vargas.com/
pt/podcasts/understand_critical_path/

Agora entraremos em um conceito fundamental para o Gerenciamento de


Projetos e que estivemos percorrendo-o até o presente momento que é a Linha
de Base do Cronograma.
Segundo (CHATFIELD e JOHNSON, 2013, p. 8) “para avaliar a performance do
projeto adequadamente, pode ser de grande ajuda comparar a performance com
o plano original. Este plano original é chamado de Plano de Linha de Base ou sim-
plesmente Linha de Base”.
Após desenvolvermos e analisarmos todos os aspectos referentes ao cronogra-
ma do projeto, assim como concluirmos todo o planejamento do projeto como um
todo, devemos salvar o que chamamos de Linha de Base de Escopo, Linha de Base
do Cronograma e Linha de Base dos Custos.
44 Pós-Universo

Sabe quando comentamos algo, por exemplo, compara para mim o planejado e
o executado dos custos deste projeto. O planejado é o que chamamos de Linha de
Base, ou seja, é uma fotografia de nosso planejamento.
Para o cronograma do projeto, a lógica é a mesma. Possivelmente, o software
que você utilizará para gerar o cronograma possuirá essa opção, então você deverá
gravar a Linha de Base, executar o projeto, atualizar os dados do cronograma (início
e término de cada atividade) e comparar sua execução com sua Linha de Base.
A seguir, para consolidar o conceito de linha de base, trago nosso projeto de
exemplo em questão, onde foi salva a linha de base e executado ficticiamente parte
do projeto, conforme apresentado na figura 24:

Figura 24 - Linha de Base salva e projeto parcialmente executado


Fonte: o autor.

Note, no exemplo acima, que a Linha de Base são as “barrinhas” em cor cinza, ou seja,
originalmente planejamos executar as tarefas naquelas datas, entretanto, as ativida-
des 15 e 19 iniciaram na data prevista, mas com sua execução, notou-se que levarão
mais tempo do que o previsto (planejado). Isto reflete em todo o restante do cro-
nograma, onde as próximas atividades já são reajustadas e o GP já deverá definir
estratégias para retomar o planejamento ao seu cronograma inicial.
Pós-Universo 45

Outro conceito importante referente a Linha de Base do projeto, diz respeito a


múltiplas Linhas de Base.
Imagine-se na seguinte situação: você é GP de um projeto de implementação de
um software, planejou adequadamente todas as entregas e gerou sua linha de base.
Ao longo do projeto, o diretor da empresa o convida para uma reunião e expõe a
situação de corte de custos, impactando diretamente o orçamento de seu projeto.
Neste momento, como um bom gerente de projeto que você é, solicita um tempo
para analisar os respectivos impactos no cronograma. Você refaz seu planejamento,
apresenta na outra semana e ele concorda e acorda as alterações solicitadas. Neste
momento, se você continuar executando o projeto e “seguindo” a linha de base antiga,
ou seja, seu planejamento inicial, certamente isto inviabilizará sua gestão, pois a com-
paração não estará condizente com a nova realidade do projeto. Desta forma, o mais
correto a se fazer é salvar uma nova Linha de Base que será a sua nova base de com-
paração frente a execução do projeto.
Em geral, os softwares de cronograma trazem até 10 posições para salvar linhas
de base, te dando a opção de comparar posteriormente as linhas de base salvas para
visualizar, de forma simples, os planos aprovados em cada um dos momentos.
Note também que temos barras em azul e em vermelho. As barras em vermelho
representam o caminho crítico do projeto, o qual calculamos e vimos seu concei-
to anteriormente. Desta forma, note que o atraso previsto na atividade 15 (azul) não
impactará a data de entrega do projeto, entretanto, o atraso previsto na atividade
19 (vermelho) atrasará também a conclusão do projeto, o que significa dizer que as
atividades em azul possuíam Folgas Totais, enquanto as atividades em vermelho pos-
suíam Folgas Totais iguais a zero;
Concluímos, assim, mais este estudo, onde vimos que o caminho crítico é o
caminho mais longo do projeto, que se atrasada as atividades presentes no caminho,
provavelmente o término do projeto será atrasado também. Com isto, vimos os con-
ceitos de Folga Total e Folga Livre, sendo que a primeira representa o impacto da
atividade no término do projeto e a segunda no início das próximas atividades. Por
fim, conhecemos o conceito da Linha de Base, que representa o Planejado da com-
paração Planejado versus Executado e que servirá como base de comparação do
desempenho do projeto.
atividades de estudo

1. Qual das opções abaixo não é uma técnica de estimar duração das atividades?

a) Análoga.
b) Decomposição.
c) Três pontos.
d) Análise de reservas.
e) Paramétrica.

2. Quais tipos de distribuição são utilizados na estimativa de três pontos?

I. Paramétrica
II. Triangular
III. Beta

a) I.
b) II.
c) III.
d) I e III.
e) II e III.

3. Qual dos itens abaixo NÃO é uma etapa do desenvolvimento do cronograma


(Gerenciamento do tempo)?

a) Criação da planilha de recursos.


b) Sequenciamento das atividades.
c) Preparação do ambiente.
d) Criação das atividades.
e) Criar a EAP.
atividades de estudo

4. Qual dos itens a seguir NÃO é um item da preparação do ambiente do cronograma?

a) Cadastro do calendário do projeto.


b) Configuração do Tipo de agendamento das tarefas.
c) Cadastro das informações do projeto.
d) Lançamento dos marcos do projeto.
e) Cadastro da data de início do projeto.

5. Qual dos itens abaixo NÃO é uma técnica de otimização de recursos?

I. Nivelamento de recursos
II. Estabilização de recursos
III. Compensação de recursos

a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) II e III.

6. Qual dos itens abaixo NÃO é uma técnica de compressão de cronograma?

I. Paralelismo
II. Ajuste
III. Compressão

a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) II e III.
atividades de estudo

7. Qual dos itens abaixo NÃO é uma etapa do desenvolvimento do caminho crítico
do projeto?

a) Cálculo das folgas das atividades.


b) Determinação da linha de base.
c) Cálculo dos Inícios e Términos mais Cedo.
d) Determinação do caminho crítico.
e) Cálculo dos Inícios e Términos mais Tarde.

8. Qual o significado de Folga Total em Gerenciamento de Projetos?

a) O período alocado ao Gerente de Projetos para correção dos erros do projeto.


b) O tempo permitido para atraso de uma atividade do cronograma sem atrasar a
data de início mais cedo de qualquer uma das atividades do cronograma imedia-
tamente subsequentes.
c) O atraso máximo previsto pela última atividade do projeto em relação à primei-
ra atividade do projeto.
d) O atraso total permitido para a data de início mais cedo de uma atividade do
cronograma sem atrasar a data de término do projeto ou violar uma restrição do
cronograma.
e) Nenhuma das alternativas.
resumo

Nesta jornada, estudamos quatro aspectos centrais à elaboração e análise do cronograma.

No primeiro deles apresentamos as técnicas de estimativa de duração, como a estimativa análoga,


na qual nos baseamos em projetos similares para estimar o presente projeto, a estimativa paramé-
trica, em que nos baseamos em dados e fatos históricos para definir parâmetros de estimativa
(como m²/hora, linhas de código/hora, etc) e a terceira e última, a estimativa de três pontos, em
que definimos uma estimativa pessimista, mais provável e otimista e posteriormente utilizamos
métodos estatísticos para cálculo da rede do projeto.

Posterior à estimativa de duração, apresentamos nove passos para elaboração do cronograma


em software específico para tal fim, são eles: 1º) Preparação do ambiente; 2º) Cadastro da EAP;
3º) Criação das atividades; 4º) Sequenciamento das atividades; 5º) Criação da planilha de recur-
sos; 6º) Alocação de recursos no projeto; 7º) Estimativa de duração; 8º) Análise do cronograma e
9º) Definição da linha de base.

Entramos nos estudos das técnicas de otimização de recursos, as quais são duas: Nivelamento de
recursos, onde busca-se garantir que não tenhamos recursos sobrealocados através do reagen-
damento das atividades do projeto, o que tende a atrasar o projeto e a Estabilização de recursos,
que busca evitar grandes oscilações na utilização dos recursos (um dia trabalhar 8 horas e no
outro 2 horas).

Na sequência, estudamos as duas técnicas de compressão do cronograma, sendo a primeira a


compressão, propriamente dita, onde aloca-se mais recursos para concluir o trabalho do projeto
em menos tempo, geralmente aumentando os custos e os riscos do projeto e o paralelismo do
projeto, que busca executar um maior número de tarefas em paralelo para reduzir a duração do
projeto, todavia isto impacta em um aumento dos riscos do projeto já que se necessita uma maior
coordenação entre as equipes.

Na última parte do nosso estudo, conhecemos as técnicas de cálculo e determinação do caminho


crítico através dos conceitos de Folga Livre, onde se a atividade atrasar ela atrasa o início da próxima
atividade e o conceito de Folga total, onde se uma atividade atrasar ela atrasará o término do
projeto. O último conceito foi o da Linha de Base, que representa o planejado na comparação
planejado x executado e que sempre for concluído o cronograma a mesma deve ser salva.
material complementar

Project Management Professional Exam - Review Guide


Autor: Kim Heldman e Vanina Mangano
Editora: John Wiley & Sons, Inc
Ano: 2011

Sinopse: Livro preparatório para o exame PMP® que possui uma lingua-
gem descomplica e de fácil compreensão.

Microsoft Project 2013 - Step by Step


Autor: Carl Chatfield e Timothy Johnson
Editora: Microsoft Press
Ano: 2013

Sinopse: Livro que aborda o tema de elaboração de cronogramas no


software MS Project 2013, apresentando, assim, o passo a passo de como
elaborar projetos no referido software.

Na Web
Blog que apresenta muitos conteúdos sobre Gestão de Projetos e com diversas postagens
de elaboração de cronogramas muito boas.
Disponível em: < http://gerentedeprojeto.net.br > Acesso: 25/03/2016.
referências

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WEAVER, P. A Brief History of Schedulling. my Primavera Conference. Hyatt, Canberra: [s.n.].


2006. p. 24.
resolução de exercícios

1. B.

2. E.

3. E.

4. D.

5. C.

6. B.

7. B.

8. D.

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