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E DESENVOLVIMENTO
DO CRONOGRAMA
Professores:
Me. Wilian Fabricio Pereira
Esp. Emerson Zulani
DIREÇÃO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
•• Estimar a(s) duração(ões) das atividades do projeto segundo suas caracte-
rísticas e recursos alocados.
•• Elaborar o cronograma do projeto através das informações coletadas
previamente.
•• Apresentar, de forma detalhada, o conceito de otimização de recursos
através do nivelamento e estabilização de recursos.
•• Apresentar as técnicas de compressão do cronograma através das técnicas
de compressão e paralelismo.
•• Apresentar, de forma detalhada, o conceito de caminho crítico e linha de
base, através de exemplos e análises específicas.
PLANO DE ESTUDO
Olá caro(a) aluno(a), a cada estudo que concluímos chegamos mais próximos
da elaboração de nosso cronograma, propriamente dito. A boa notícia é que
estamos a apenas dois passos de elaborar nosso cronograma e, felizmente, não
temos más notícias.
Neste nosso estudo passaremos por quatro etapas principais: as duas pri-
meiras são etapas do processo de elaboração do cronograma, enquanto as duas
últimas são etapas de análise e ajuste do cronograma.
A primeira etapa consiste na estimativa de duração das atividades, no qual
estudaremos técnicas para estimar assertivamente as durações do projeto,
segundo as características das atividades e dos recursos alocados.
Na sequência, entraremos na etapa de desenvolvimento de cronograma,
propriamente dito, onde nosso objetivo principal é garantir que você tenha
todos os conceitos e informações necessárias para o lançamento das informa-
ções em um software de elaboração de cronogramas e, como saída, você tenha
o cronograma com seu Gráfico de Gantt, suas informações e dados para análise.
Posteriormente, abordaremos o conceito de otimização de recursos, cujo
objetivo é garantir que os recursos sejam utilizados com o melhor aproveita-
mento possível, evitando que eles fiquem ociosos, superalocados e que tenham
uma variação no fluxo de trabalho muito grande.
Também compreenderemos as técnicas de compressão do cronograma, onde
buscaremos lhe passar todos os conceitos e conhecimentos necessários para com-
primir o cronograma e garantir que o projeto seja entregue no prazo estipulado.
Por fim, em nosso último estudo, conheceremos o conceito do caminho
crítico, no qual utilizaremos os conceitos de diagramas de rede, apresentados
anteriormente, para calcularmos o caminho crítico do projeto.
E para concluir, um conceito fundamental do gerenciamento de projetos
que é a Linha de Base do Cronograma, onde apresentaremos o que é a linha
de base, quais seus principais benefícios, porque ela é tão importante ao ge-
renciamento de projetos e o conceito de múltiplas linhas de base.
Ao término desses quatro estudos você estará apto a elaborar cronogra-
mas, analisar seus caminhos críticos, nivelar recursos, definir a linha de base e
executar o projeto.
introdução
6 Pós-Universo
ESTIMATIVA
de duração
Pós-Universo 7
reflita
“Leva nove meses para uma mulher gerar um bebê. Não se pode gerar um
bebê em um mês engravidando nove mulheres.”
Fonte: provérbio de autor desconhecido.
reflita
Quais impactos teriam em meu cronograma se ao invés de estimar uma
duração, eu estimasse três durações para cada atividade? Como ficaria o
Gráfico de Gantt? E suas barras que representam a duração das atividades
no Gráfico de Gantt, seriam um ou três?
Fonte: o autor.
DEA = O + MP + P
3
onde,
DEA – Duração estimada da atividade.
O – Estimativa otimista.
MP – Estimativa mais provável.
P – Estimativa pessimista.
DEA = O + 4 * MP + P
6
10 Pós-Universo
PROJETO CURSO EM
1 104 dias 01/01 25/05
GERENCIAMENTO DE PROJETOS
Instrutor PMP;Sala
12 Alugar sala para curso 1 dia 16/01 16/01 11
[R$ 1.500,00]
Instrutor PMP;Projetor
15 Locar projetor e tela de projeção 1 dia 21/01 21/01 14
[R$ 300,00]
Salas e equipamentos
16 0 dias 21/01 21/01 15
contratados
Auxiliar PMP;Impressão
21 Contratar candidato aprovado 1 dia 22/01 22/01 20
[10 Página]
28 Preparar conteúdo dos slides 5 dias 28/01 03/02 25;16 Auxiliar PMP
Auxiliar PMP;Canetas[35];
32 Plotar canvas e adquirir materiais 1 dia 25/02 25/02 31 Plotagem[60 Unidade];
Post-it[90];Fita[6]
Auxiliar PMP;Impressão
[1.500
38 Imprimir e encadernar apostilas 5 dias 29/04 05/05 37
Página];Encadernação [30
Apostila]
Auxiliar PMP;Impressão
45 Imprimir certificados 1 dia 14/05 14/05 44 em alta resolução[30
Página]
Recepcionista; Instrutor
51 Apresentar Módulo 1 1 dia 21/05 21/05 49
PMP;Auxiliar PMP
Recepcionista; Instrutor
52 Apresentar Módulo 2 1 dia 22/05 22/05 51
PMP;Auxiliar PMP
Recepcionista; Instrutor
53 Apresentar Módulo 3 1 dia 25/05 25/05 52 PMP;Auxiliar PMP;
Bonificação [R$ 2.000,00]
Fonte: o autor.
saiba mais
Há alguns provérbios em gerenciamento de projetos, de autores desconhe-
cidos, que exemplificam a precisão das estimativas, conforme segue:
“O mesmo trabalho debaixo das mesmas condições será estimado diferen-
temente por dez diferentes estimadores ou por um único estimador em
dez vezes diferentes” (Autor desconhecido).
Isto deixa muito claro que a estimativa em projetos não é uma ciência exata,
entretanto, deve ser tão realista e assertivo quanto possível.
Fonte: o autor.
Pós-Universo 13
saiba mais
Você se interessou no tema? Verá com profundidade como mensurar a
probabilidade e o impacto dos seus riscos e como calcular o tamanho do
Buffer (em períodos de trabalho) nos estudos de Gerenciamento de Riscos.
Entretanto, gostaríamos de deixar um tutorial de como criar Buffer em uma
ferramenta de Gerenciamento de Cronograma, neste caso o MS-Project.
Esperamos que lhe ajude!
Para saber mais sobre a matéria, acesse o site e leia na íntegra: http://www.
euax.com.br/2011/01/dicas-ms-project-2010-dica-5-criando-e-acompa-
nhando-buffers-gerenciais-nos-cronogramas/
Por fim, outro ponto muito importante a ser ressaltado é a diferença entre duração
e trabalho.
Duração: consiste no número de períodos de trabalho (dias, semanas, meses)
que levará para a atividade estar concluída;
Trabalho: consiste no esforço empreendido para desenvolvimento da ativida-
de em questão.
14 Pós-Universo
saiba mais
No material de lições aprendidas do Escritório de Projetos da NASA há uma
que trata especificamente dos problemas em projetos, nos alertando que
problemas levam tempo para serem solucionados e que se você não prever
isso, em seu cronograma, alguém preverá em seu lugar. Segue lição apren-
dida na íntegra:
“Lição Aprendida #74: Todos os problemas são solucionáveis num tempo,
assim tenha certeza de ter suficiente contingência no cronograma – se você
não tiver o próximo gerente de projetos que ocupará o seu lugar, terá”.
Fonte: (NASA, 2013)
Olá caro (a) aluno (a), agora entraremos na tão esperada etapa que é o desenvol-
vimento do cronograma, propriamente dito. Nesta aula, compreenderemos como
inserir os dados em uma ferramenta de cronograma e quais os resultados espera-
dos. Ao final desta aula, teremos um modelo do cronograma do projeto, que, após
as devidas análises de nossos próximos estudos, se transformarão na Linha de Base
do Cronograma.
Para o desenvolvimento de cronogramas deveremos fazer uso de uma ferramen-
ta de cronograma, ou seja, um software que faça todo o trabalho “pesado” para nós,
para que não tenhamos que ficar “pintando barrinhas”.
Há diversos softwares no mercado, tanto softwares livres, tanto softwares pro-
prietários, ficando a cargo do(a) aluno(a) selecionar aquele que mais lhe convém e
que atende, satisfatoriamente, suas necessidades.
Neste curso, apresentarei apenas os aspectos comuns aos principais softwares
do mercado, permitindo que você possa aprender os principais conceitos e desen-
volver seu cronograma em qualquer um deles.
É importante que você tenha em mente que boa parte do trabalho do desenvol-
vimento do cronograma já foi realizado nas aulas anteriores. O que faremos agora é
lançar esses dados no software e analisar os resultados. Com a prática, boa parte das
etapas anteriores pode ser desenvolvida diretamente na ferramenta.
reflita
Com os conhecimentos adquiridos até o presente momento, você se sente
apto a desenvolver um cronograma do projeto? Se lhe fosse solicitado, você
o faria? Quão distante a teoria está da sua prática hoje?
Fonte: o autor.
Espero que na figura 1 possamos findar as principais dúvidas que por ventura tenham
ficado. Desta forma, separei o desenvolvimento do cronograma em nove etapas:
Pós-Universo 17
2º Cadastro da EAP
Processo 6.2 - Definir atividades
8º Análise do cronograma
Preparação do ambiente
Cadastro da EAP
O Cadastro da EAP consiste no lançamento dos itens da EAP na lista de atividades do
software, de forma bem simples. Primeiramente, lançaremos os itens um embaixo
do outro (se tiver dúvidas visualize a EAP do projeto), conforme figura 2.
Após o lançamento dos itens da EAP, deveremos utilizar a função de avançar ou recuar
os itens, para darmos a hierarquia da EAP, ou seja, quais itens estão decompostos em
quais itens, conforme na Figura 3:
atenção
Um erro muito comum na elaboração de cronogramas é o profissional se
preocupar muito com a tabela de entrada a ponto de praticamente tirar
da tela o Gráfico de Gantt, passar horas incluindo os dados, analisando as
dependências e depois quando vai verificar o Gráfico de Gantt, está todo
desconfigurado. Em suma, ele tratou o software de cronograma como uma
simples planilha. Desta forma, ele está extraindo apenas 10% da ferramen-
ta de cronograma, ou seja, é como ter um carro esportivo e andar apenas
em 1ª marcha.
Fonte: o autor
22 Pós-Universo
Note que apesar de eu estar trabalhando com a alocação de recursos que, a princí-
pio, não altera em nada o Gráfico de Gantt, ainda sim sempre o mantenho na tela
para visualizar se não há algum erro ou algo semelhante.
Pós-Universo 25
Na área do gráfico, a única alteração realizada foi “andar” com o gráfico para direita,
para que as atividades estejam em evidência. Note que as datas na escala (canto su-
perior direito) estão diferentes.
Estimativa de duração
Nossa última etapa do desenvolvimento do cronograma é o lançamento das dura-
ções das atividades do projeto. Será apresentado uma imagem de antes da alteração
e uma imagem de depois da inserção das durações das atividades. Conforme segue
na figura 8:
Fizemos questão de incluir esta imagem para reforçar que ainda não havíamos mexido
nas durações (exceto nos marcos), tanto que as mesmas estavam com um dia. As
tarefas resumo, em negrito, ou itens da EAP, apresentam uma duração estimada su-
perior a um dia. Isto se dá em virtude de que com o sequenciamento das atividades,
as datas estimadas de início e término foram alteradas e o conjunto de gerenciamen-
to de projetos, por exemplo, está estimado em cinco dias. Dessa forma, temos cinco
atividades, uma após a outra. Veja no Gráfico de Gantt.
Importante ressaltar que a duração das tarefas resumo não é a soma das dura-
ções das atividades e sim o tempo entre o início da primeira atividade e o final da
última atividade, considerando os tempos de latência entre uma atividade e outra e
o paralelismo, pois é um erro muito comum nos iniciantes em somar as durações e
questionar o porquê não é igual.
26 Pós-Universo
É claro que os valores apresentados contemplam custos econômicos, que não são
desembolsados, e custos financeiros que são efetivamente pagos.
As próximas etapas abaixo serão detalhadas nas próximas aulas.
•• Análise do cronograma
Com isso, terminamos a criação do nosso modelo inicial do cronograma. Espero que
você tenha compreendido todo o processo passo a passo e que agora você tente
criar seu cronograma e exercitar os conhecimentos aprendidos até aqui.
28 Pós-Universo
OTIMIZAÇÃO
de recursos e
compressão do
cronograma
Pós-Universo 29
Olá caro(a) aluno(a), neste estudo vamos abordar algumas técnicas de desen-
volvimento de cronogramas fundamentais para que possamos elaborar bons
cronogramas de projeto.
Nosso objetivo neste estudo é conhecer os métodos de otimização de recur-
sos para garantir o melhor aproveitamento dos recursos possíveis. A segunda parte
deste estudo trata da compressão do cronograma, cujo objetivo central é garan-
tir um menor tempo de execução dos projetos para atendimento aos prazos de
entrega dos mesmos.
Eu gostaria de começar o presente tópico com uma reflexão a respeito de nossos
projetos reais.
reflita
Você acredita que ao desenvolver o seu cronograma de um projeto real,
com todas suas nuances, indisponibilidade de recursos, urgência de entrega
ele sairá perfeito como o exemplo do estudo anterior? Se não, quais são as
maiores complexidades que você enfrentará em seus projetos? E quanto
aos recursos e prazos de entrega, haverá problemas relacionados a eles?
Fonte: o autor.
Obviamente, por mais que sempre buscamos trazer a teoria o mais próximo da prática
possível, há um gap (lacuna) possivelmente intransponível, pois na vida real temos
centenas de milhares de situações impossíveis e inviáveis de prever na teoria.
A boa notícia é que com conceitos bem consolidados e uma boa dose de bom
senso é possível resolver a grande maioria das situações.
Então precisaremos conhecer os conceitos relacionados à utilização dos recur-
sos. Quando se trata de elaboração de cronogramas, muito possivelmente você irá
se deparar com a situação apresentada na figura 11:
30 Pós-Universo
Segue exemplo da figura 12, meramente ilustrativo, para apresentar os dois concei-
tos. Temos três atividades, no qual as atividades 2 e 3 estão superalocadas:
Note que, neste exemplo, tivemos um atraso no projeto de seis dias em virtude do
nivelamento dos recursos, o que é extremamente comum em se tratando de nive-
lamento de recursos.
Interessou-se pelo tema?
saiba mais
Para conhecer mais um pouco do tema, Ricardo Vargas, um dos maiores espe-
cialistas em projetos do Brasil, traz um podcast específico sobre Nivelamento de
Recursos, que pode lhe auxiliar a consolidar os conhecimentos sobre o tema.
Para saber mais sobre esse assunto, acesse: http://www.ricardo-vargas.com/
pt/podcasts/resource-leveling/
Fonte: (VARGAS, 2010a)
Pós-Universo 33
CAMINHO CRÍTICO
e linha de base
36 Pós-Universo
Olá caro (a) aluno (a), vamos entrar agora na última aula referente à elaboração de
cronogramas. Nosso objetivo nesta aula é compreender o processo de cálculo do
caminho crítico, seu conceito, o conceito de atividades críticas, múltiplos caminhos
críticos e como tudo isto impacta em nosso projeto. Por fim, aprenderemos o que é
a Linha Base do Cronograma, para que serve e como ela se integra à linha de base
de escopo, à linha de base de orçamento e ao plano de gerenciamento de projetos
como um todo.
Para iniciar nossos estudos precisamos retomar nossos conhecimentos referen-
tes à elaboração do diagrama de precedência, ou diagrama de rede do projeto.
Vamos partir de um exemplo previamente elaborado e dar continuidade ao mesmo
determinando seu caminho crítico. Segue, na figura 16, o exemplo em questão:
C2
Início A1 B1 E1 F1 Fim
D4
Modelo
FT=X
Calculado no
IMC TMC caminho de ida
Atividade Duração
Calculado no
IMT TMT
caminho de volta
FL=X
Onde:
Com o diagrama de rede elaborado em mãos teremos quatro passos para a elabo-
ração do caminho crítico do projeto. São eles:
Neste momento, estaremos nos referindo sempre aos cantos superiores esquerdos e
direitos, uma vez que estamos elaborando o caminho de ida, no passo 2 – Cálculos
dos inícios e términos mais tarde. Estaremos sempre nos referindo aos cantos infe-
riores esquerdos e direitos, conforme apresentado na figura 18.
Em suma, a regra que devemos nos atentar, é que sempre que dois ou mais ca-
minhos se juntarem, devemos pegar o maior número da direita deles e colocar na
esquerda da próxima atividade.
Caminho de Ida
2 4
C2
0 0 0 1 1 2 6 7 7 8 8 8
Início A1 B1 E1 F1 Fim
2 6
D4
2 4
C2
4 6
0 0 0 1 1 2 6 7 7 8 8 8
Início A1 B1 E1 F1 Fim
0 0 0 1 1 2 6 7 7 8 8 8
2 6
D4
2 6
Caminho de volta
Até agora aprendemos a calcular e montar o diagrama, mas na prática para que serve isso?
Esta é uma forma de representarmos dois aspectos. No caminho de ida eu con-
sidero que comecei a executar o projeto e fazer as tarefas o mais cedo possível. Já
no caminho de volta, representam a boa e velha síndrome do estudante, quais são
as datas mais tardes em que eu posso começar a fazer as tarefas e mesmo assim não
atrasar o projeto.
40 Pós-Universo
Folga total: Folga total: “O atraso total permitido para a data de início mais cedo
de uma atividade do cronograma sem atrasar a data de término do projeto ou
violar uma restrição do cronograma” (PMI®, 2014).
Resumindo de forma bem simplificada: é a folga que me mostra quanto tempo
posso atrasar a atividade sem atrasar o projeto.
Para o cálculo da Folga Total, temos a fórmula abaixo:
23 24
FT=2 H1
19 22 25 26
G3
21 24 24 26
FL=1 I2
24 26
FT = 21 - 19 = 2 ou FT = 24 - 22 = 2
Figura 20 - Cálculo da Folga Total
Fonte: o autor.
23 24
FT=2 H1
19 22 25 26
G3
21 24 24 26
FL=1 I2
24 26
Agora partiremos para o cálculo das folgas do nosso exemplo, conforme a figura 22:
FT=2
2 4
C2
FT=0 FT=0 4 6 FT=0 FT=0
FL=2
0 0 0 1 1 2 6 7 7 8 8 8
Início A1 B1 E1 F1 Fim
0 0 0 1 1 2 FT=0 6 7 7 8 8 8
FL=0 FL=0 FL=0 FL=n.a.
2 6
D4
2 6
FL=0
Caro(a) aluno(a), provavelmente nem notou, mas a maioria das pessoas fazem cál-
culos de folgas diariamente e não sabem. Então, nesta lógica, o “deixar para última
hora”, nada mais é do que agendar tarefas para iniciar no Início Mais Tarde possí-
vel, utilizando as técnicas de diagrama de rede, cálculo de folgas e caminho crítico.
É Gestão de Projetos pura!
Brincadeiras à parte, isto deve ser feito conscientemente, de forma estruturada e
com uma excelente ferramenta para o gestor de projetos trabalhar em seus projetos.
42 Pós-Universo
FT=2
2 4
C2
FT=0 FT=0 4 6 FT=0 FT=0
FL=2
0 0 0 1 1 2 6 7 7 8 8 8
Início A1 B1 E1 F1 Fim
0 0 0 1 1 2 FT=0 6 7 7 8 8 8
FL=0 FL=0 FL=0 FL=n.a.
2 6
D4
2 6
FL=0
atenção
O atraso em uma das atividades do caminho crítico, só não atrasa o término
do projeto. Quando a data de término for superior à data de conclusão da
última atividade, ou seja, no marco fim, ao invés de concluir o projeto no dia
08, concluirmos, deliberadamente, no dia 10. Desta forma, mesmo atrasan-
do as atividades do caminho crítico eu não atrasarei o término do projeto,
mas a data de conclusão da última atividade.
Fonte: o autor.
atenção
Uma vez determinado o caminho crítico, atente-se à gestão das ativida-
des que a compõe, porque um atraso nestas atividades acarretará em um
atraso do projeto!
Fonte: o autor.
Pode ser que em alguns casos haja dois caminhos com a mesma folga total. Este
representa o conceito de múltiplos caminhos críticos, o qual tenho dois ou mais ca-
minhos em que se eu atrasar, qualquer atividade deles irá atrasar o término do projeto.
saiba mais
Gostou do tema? Ricardo Vargas aborda o mesmo de forma simplificada e
lhe garanto que será de grande valia para consolidar estes conhecimentos
relacionados ao caminho crítico do projeto.
Estes são indispensáveis para a formação e atuação de um gerente de
projeto, uma vez que influem diretamente na forma de gerir um projeto, as
atividades e a equipe.
Fonte: (VARGAS, 2010b)
Para saber mais sobre este assunto, acesse: http://www.ricardo-vargas.com/
pt/podcasts/understand_critical_path/
Sabe quando comentamos algo, por exemplo, compara para mim o planejado e
o executado dos custos deste projeto. O planejado é o que chamamos de Linha de
Base, ou seja, é uma fotografia de nosso planejamento.
Para o cronograma do projeto, a lógica é a mesma. Possivelmente, o software
que você utilizará para gerar o cronograma possuirá essa opção, então você deverá
gravar a Linha de Base, executar o projeto, atualizar os dados do cronograma (início
e término de cada atividade) e comparar sua execução com sua Linha de Base.
A seguir, para consolidar o conceito de linha de base, trago nosso projeto de
exemplo em questão, onde foi salva a linha de base e executado ficticiamente parte
do projeto, conforme apresentado na figura 24:
Note, no exemplo acima, que a Linha de Base são as “barrinhas” em cor cinza, ou seja,
originalmente planejamos executar as tarefas naquelas datas, entretanto, as ativida-
des 15 e 19 iniciaram na data prevista, mas com sua execução, notou-se que levarão
mais tempo do que o previsto (planejado). Isto reflete em todo o restante do cro-
nograma, onde as próximas atividades já são reajustadas e o GP já deverá definir
estratégias para retomar o planejamento ao seu cronograma inicial.
Pós-Universo 45
1. Qual das opções abaixo não é uma técnica de estimar duração das atividades?
a) Análoga.
b) Decomposição.
c) Três pontos.
d) Análise de reservas.
e) Paramétrica.
I. Paramétrica
II. Triangular
III. Beta
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e III.
e) II e III.
I. Nivelamento de recursos
II. Estabilização de recursos
III. Compensação de recursos
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) II e III.
I. Paralelismo
II. Ajuste
III. Compressão
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) II e III.
atividades de estudo
7. Qual dos itens abaixo NÃO é uma etapa do desenvolvimento do caminho crítico
do projeto?
Entramos nos estudos das técnicas de otimização de recursos, as quais são duas: Nivelamento de
recursos, onde busca-se garantir que não tenhamos recursos sobrealocados através do reagen-
damento das atividades do projeto, o que tende a atrasar o projeto e a Estabilização de recursos,
que busca evitar grandes oscilações na utilização dos recursos (um dia trabalhar 8 horas e no
outro 2 horas).
Sinopse: Livro preparatório para o exame PMP® que possui uma lingua-
gem descomplica e de fácil compreensão.
Na Web
Blog que apresenta muitos conteúdos sobre Gestão de Projetos e com diversas postagens
de elaboração de cronogramas muito boas.
Disponível em: < http://gerentedeprojeto.net.br > Acesso: 25/03/2016.
referências
ASME. Henry Laurence Gantt Medal. ASME - American Society of Mechanical Engineers,
2016. Disponivel em: <https://www.asme.org/about-asme/get-involved/honors-awards/achie-
vement-awards/henry-laurence-gantt-medal>. Acesso em: 11 de jan. 2016.
GALWAY, L. Quantitative Risk Analysis for Project Management. Rand Corporation. [S.l.], p.
38. 2004.
MULCAHY, R. Preparatório para o Exame de PMP®. 8ª. Edição. ed. [S.l.]: RMC Publications, Inc.,
2013.
NASA. Lesson(s) Learned: 100+ Lessons Learned for Project Managers. NASA, 2013. Disponivel
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PAIVA, A. Método do Caminho Crítico (CPM - Critical Path Method). Gerente de Projeto, 2011.
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PMI®. Practice Standard for Scheduling. 2ª. ed. Filadélfia: PMI® - Project Management Institute,
2011.
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VARGAS, R. Apresentação: Diagrama de Rede do Projeto. Ricardo Vargas, 2009. Disponivel em:
<http://www.ricardo-vargas.com/pt/slides/69/>. Acesso em: 15 jan. 2015.
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tand_critical_path/>. Acesso em: 19 jan. 2016.
VARGAS, R. Por que Gerenciar os Prazos é Irrelevante em um Projeto? Ricardo Vargas, 2011a.
Disponivel em: <http://www.ricardo-vargas.com/pt/podcasts/whytimemanagementisirrelevant/>.
Acesso em: 20 jan. 2015.
VARGAS, R. Como Elaborar Relatórios Gerenciais. Ricardo Vargas, 2011b. Disponivel em: <http://
www.ricardo-vargas.com/pt/podcasts/status-report-1-2/>. Acesso em: 20 Janeiro 2015.
VARGAS, R. Manual Prático do Plano de Projeto. 5ª. ed. São Paulo: Brasport, 2014.
VARGAS, R. Fluxo de Processos do PMBOK® 5ª Edição. Ricardo Vargas, 2015. Disponivel em:
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www.projectbuilder.com.br/blog-pb/entry/conhecimentos/a-historia-do-grafico-de-gantt>.
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1. B.
2. E.
3. E.
4. D.
5. C.
6. B.
7. B.
8. D.