Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
“A teoria do delito é um
instrumento conceitual para
determinar se o fato a ser analizado
é pressuposto para uma
consequência jurídico-penal
prevista em lei”
CRIME
TIPO PENAL
DIREITO PENAL É
SELETIVO DESEJADOS
NATUREZA RESULTADO
NEXO
PRINCÍPIO DA CAUSAL
PRINCÍPIO DA
INTERVENÇÃO TIPICIDADE
EXTERIORIZAÇÃO
MINÍMA
DOS FATOS
- Delito Consumado/tentado
1.9.1 LINHAS GERAIS DA TEORIA DO DELITO A PARTIR DA SUA
EVOLUÇÃO.
O direito penal sempre sofreu influências diretas das correntes filosóficas, que
impõem mudanças metodológicas, no sentido de torná-lo cada vez mais eficaz e
contextualizado com a dinâmica social. (Fernando Galvão)
TEORIAS CAUSALISTA NEOKANTISTA FINALISTA
(TIPO NEUTRO TIPO NORMATIVO/VALOR.
TÓPICOS OBJETIVO)
PERÍODO FIM SÉC. XIX E INIC. SÉC 1900 - 1930 1940 - 1960
XX
AUTORES LISZT – BELING MAYER-MEZGER WELZEL
TIPO OBJETIVO TIPO COMLPEXO
TIPO PENAL TIPO OBJETIVO 1. Conduta; T.OBJ.NOR. TIPO SUBJETIVO.
1. Ação; 2. Resultado; TIPO 1.Conduta; -DOLO E
2. Resultado; 3. Nexo NORMATIVO 2.Resultado; -CULPA.
3. Nexo causal; causal; 3. Nexo causal;
4. Tipicidade. 4. Tipicidade. 4. Tipicidade.
I – DEFINIÇÃO:
● Denomina-se tipo penal precisamente a descrição legal
da conduta criminosa, que tem por função a
individualização de condutas penalmente relevantes;
● A) O TIPO PERTENCE A LEI;
ELEMENTOS:
- Situação típica;
- Ausência de uma determinada ação;
- Capacidade de realizar tal ação.
ELEMENTOS:
- AÇÃO (um fazer- uma omisão de uma ação determinada);
- RESULTADO;
- RELAÇÃO DE CAUSALIDADE HIPOTÉTICA (art.13, § 2º)
- CAPACIDADE E POSSIBILIDADE DE REALIZAR A AÇÃO OMITIDA;
- O DEVER DE EVITAR O RESULTADO NA POSIÇÃO DE GARANTE.
Prof. Esp. Clodovil Moreira Soares
1.11. CRIME OMISSIVO – RELEVÂNCIA CAUSAL DA
OMISSÃO
Art. 13, §2º. A omissão é penalmente relevante quando o omitente
devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe
a quem:
a)tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância;
b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de evitar o
resultado;
c)com o comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do
resultado. (Código Penal)
B. TEORIAS DO DOLO
□ 1ª) DA VONTADE: é a vontade consciente de querer praticar a
infração;
□ 2ª) DA REPRESENTAÇÃO: dolo é a vontade de realizar a conduta,
prevendo a possibilidade de o resultado ocorrer, sem, contudo
desejá-lo (PREVISÃO DO RESULTADO POSSÍVEL) – OBS: ERRA,
POIS ABRANGE A CULPA CONSCIENTE;
□ 3ª) DO ASSENTIMENTO OU CONSENTIMENTO: dolo é o
assentimento do resultado, há dolo não somente quando o
agente quer o resultado, mas também quando realiza a conduta
assumindo o risco de produzi-lo (TEM A PREVISÃO E DECIDE
CONTINUAR A CONDUTA);
Diz o CP: doloso, quando o agente quis o resultado (DOLO DIRETO –
TEORIA DA VONTADE) ou assumiu o risco de produzi-lo (DOLO EVENTUAL
TEORIA DO CONSENTIMENTO) . (Art. 18. I) ⃰observamos.
Prof. Esp. Clodovil Moreira Soares
1.12. O TIPO PENAL NOS CRIMES
DOLOSOS
C. ESPÉCIES DE DOLO
□ Dolo Direito: Também denominado de dolo determinado,
intencional, imediato ou incondicionado. Vontade de realizar a
conduta e produzir o resultado.
□ Dolo Indireto: O agente, com sua conduta, não busca resultado
certo e determinado. O agente, prevendo pluralidade de resultado,
dirige a conduta buscando realizar um ou outro, com a mesma
vontade (dolo alternativo – v.g. atira pra matar ou ferir). O agente,
prevendo pluralidade de resultados, dirige a conduta buscando
realizar um ou assumindo o risco de realizar os demais (dolo
eventual – v.g. prática de tiro ao alvo na fazenda), não se importa
em produzir este ou aquele resultado.
□ (FRANK): “seja assim ou de outra maneira, suceda isto ou aquilo, em
qualquer caso agirei”. Revelando a sua indiferença em relação ao
resultado.
Prof. Esp. Clodovil Moreira Soares
1.12. O TIPO PENAL NOS CRIMES
DOLOSOS
C. ESPÉCIES DE DOLO
□ Dolo de primeiro grau: é vontade do agente dirigida a
determinado resultado, efetivamente perseguido,
englobando os meios necessários para tanto. Há a
intenção de atingir um único bem jurídico. Ex. matador
de aluguel. (é o próprio dolo direito determinado)
ELEMENTOS DO
Vontade
DOLO
C. ESPÉCIES DE DOLO
□ Dolo Geral: (dolus generalis) ocorre por erro sucessivo ou
aberratio causae, é o engano no tocante ao meio de execução do
crime, relativamente à forma pela qual se produz o resultado
inicialmente desejado pelo agente. Esse erro é irrelevante para o
direito penal, de natureza acidental. O dolo é geral envolveu
toda a ação típica. V.g. envenena o desafeto e imaginando estar
morto joga o corpo no rio, a morte ocorre por afogamento.
C. ESPÉCIES DE DOLO
□ Dolo Genérico: quando o agente se limitava a prática da
conduta típica, com a vontade de realizar a conduta sem um
fim especial;
□ Dolo Específico: Vontade de realizar a conduta visando a um
fim especial previsto no tipo. Chamado atualmente de
elemento subjetivo do tipo ou elemento subjetivo do injusto.
● O CRIME CULPOSO PODE SER PRATICADO POR AÇÃO ( MÃE QUE COLOCA
CRIANÇA PARA AQUECER PRÓXIMO AO FOGO, E OCORRE QUEIMADURAS) OU
OMISSÃO ( DORME E ESQUECE DE MINISTRAR O REMÉDIO DO BEBÊ) .
Prof. Esp. Clodovil Moreira Soares
1.13. O TIPO PENAL NOS CRIMES
CULPOSO: Elementos
b) VIOLAÇÃO DO DEVER OBJETIVO DE CUIDADO
● O DEVER OBJETIVO DE CUIDADO É O COMPORTAMENTO IMPOSOT PELO
ORDENAMENTO JURÍDICO A TODAS AS PESSOAS;
4) CULPA PRESUMIDA
● DENOMINAÇÃO EQUIVOCADA HERDADA DA LEGISLAÇÃO
PENAL QUE ANTECEDIA O CÓDIGO DE 1940. TRATA-SE DE
RESPONSABILIDADE OBJETIVA, POIS A CULPA NÃO PODE SER
PRESUMIDA. JÁ VIMOS QUE A CULPA EXIGE TIPICIDADE A SER
DEMONSTRADA POR QUEM ALEGA A SUA OCORRÊNCIA.
V. EXCLUSÃO DA CULPA
1) AUTO EXPOSIÇÃO AO PERIGO
● EX: MOTO BOY QUE NÃO USA CAPACETE E PACIENTE QUE SE
RECUSA A RECEBER SANGUE OU PARA DE BEBER...
2) EXPOSIÇÃO CONSENTIDA A PERIGO CRIADO POR TERCEIRO CULPA
PRESUMIDA
● EX: SAIR DE BARCO COM O AVISO QUE O MAR ESTÁ PERIGOSO.
3) PERIGOS SITUADOS NA ÁREA DE RESPONSABILIDADE ALHEIA
● EX: GUIA DE EXCURSÃO, BOMBEIRO...
4) TRAUMAS DECORRIDOS DE ACIDENTE S DE TRÂNSITO PROVOCADO
POR TERCEIRO
● EX: DAR A NOTICIA AO PAI QUE O FILHO FOI ATROPELADO, AQUELE
INFARTA.
5) DANOS POSTERIORES
● EX: ATROPELA ALGUÉM COM SEQUELAS DE UM ATROPELO ANTERIOR.
6) PRINCÍPIO DA CONFIANÇA
● ESPERA-SE QUE TODOS SE COMPORTEM DE FORMA PRUDENTE E RAZOÁVEL.
Prof. Esp. Clodovil Moreira Soares
1.14. O TIPO PENAL NOS CRIMES PRETERDOLOSOS
I. CONCEITO
● A ETIMOLOGIA DA PALAVRA É DO LATIM PRAETER DOLUM , OU SEJA,
ALÉM DO DOLO. OCORRE QUANDO HÁ DOLO NO ANTECEDENTE
(CONDUTA) E CULPA NO CONSEQUENTE (RESULTADO). A CONDUTA
INICIAL É DOLOSA, EQUNATO O RESULTADO FINAL DELA ADVINDO É
CULPOSO.