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Programa de Graduação
Departamento de Economia – UFF
André Nassif
Professor-Adjunto IV
andrenassif27@gmail.com
Referência obrigatória
Keynes, J. M. (1936). The General Theory of
Employment, Interest, and Money. New York:
Harcourt Brace Jovanovich, Publishers, ch. 1,2,
3, 5, 6, 7, 11 , 12 (aulas e seminários/revisão
com a tutora) e 13, 14, 17 e 18
(seminários/revisão com a tutora).
Z = Φ (N),
D = f (N)
Razões:
Y = Valor do PIB = C + I
S = Y – C (logo)
R$100.000,00 R$110.000,00
(final do período t) (final do período t +1)
Isso é o mesmo que dizer que, em termos de valor presente (valor de
hoje), para que o investimento seja realizado, o lucro esperado no período t +1 em
valor presente (no período t) deve corresponder, pelo menos, ao valor do capital
empregado no tempo t, i.e., R$110.000,00/1,10 = R$100.000,00
Se a taxa de juros real de mercado (digamos a taxa básica de juros
determinada pelo Banco Central menos a inflação esperada para 1 ano)
for de 12%, teríamos:
Lado esquerdo:
Lado direito: Fluxo de lucros esperados ∏E a valor presente
valor do
(2)
Investimento
(1) Obs.: r é a taxa de juros real corrente descontada e E
é o valor esperado dos fluxos de lucros futuros.
Se (1) = (2), o investimento é realizado (na TG, o valor
dos rendimentos esperados é expresso como produto, o
que mostra que o autor está demonstrando a mesma
coisa de outra forma: neste caso, capitalizando o valor
dos rendimentos esperados)
Assim, a EmgK é influenciada pela taxa real de juros (afetada, por sua vez,
pela política monetária do Banco Central, que acaba influenciando as demais
taxas de juros de mercado (que permitem construir uma curva de
rendimentos em títulos e demais ativos fixos ou financeiros); e pelas
expectativas, posto que o fluxo de lucros futuros é ESPERADO . AO FINAL E
AO CABO, NOTEM QUE O INVESTIMENTO É FORTEMENTE DEPENDENTE DAS
EXPECTATIVAS FUTURAS (porque estas influenciam o numerador do lado
direito da equação da EMgK). Por isso, dentre todas as componentes da
demanda efetiva, a mais incerta é o investimento agregado.
Abrindo um parênteses: Keynes e a
teoria da taxa de juros
Embora fuja ao escopo deste
tópico, é bom lembrar que:
Keynes rejeita a teoria “clássica”
convencional da taxa de juros, que seria
um prêmio à poupança (e rejeita também
a ideia de que a taxa de juros de equilíbrio
resultaria da interação entre oferta de
poupança por parte dos poupadores – que
sacrificam parte de sua renda, não
destinando sua totalidade ao consumo – e
demanda por empréstimos por parte dos
empresários).
Pressupostos da teoria “clássica” da tx de juros (rejeitada por
Keynes):
i) Não há nenhuma razão
para supor que os poupadores
reterão moeda (não há nenhum
rendimento decorrente desta decisão)
(elasticidade-juros da poupança > 0); nem passava pela cabeça dos
“clássicos” que poderia haver uma situação-limite: a economia
poderia cair na “armadilha da liquidez”.
MV=PY (4)
S + DH + ∆M = I (6)
DH = desentesouramento (em vez de reter moeda para encaixes, faz o contrário, i.e.
usa os encaixes para adquirir bens)
∆M = aumento da oferta monetária (note que todas as variáveis são agora variáveis
de fluxo, e não de estoque)
Efeito: se isso ocorrer, S > I e a taxa de juros de mercado deverá se ajustar à taxa
natural de juros wickeselliana
Esta versão é conhecida com teoria dos fundos emprestáveis, porque a oferta de
fundos ao mercado monetário (lado esquerdo, que equivale à procura por títulos
financeiros) deve equivaler à demanda por fundos de empréstimos (oferta de títulos
financeiros). Wicksell realça a importância do sistema financeiro nesse processo.
Supor inicialmente S1 =E1 . A equação (6)
implica que S1 se desloca para S2
S2
rm
rn
Empréstimos tomados
(investimento)
E1
Se não for, ele forma, junto com os Chs.3 (“The principle
of effective demand”), 5 (“Expectation as determining
output and employment”), 11 (“The marginal efficiency of
capital) e 17 (“The essential properties of interest and
money”), o núcleo central da TG.
Dada sua importância, talvez seja
conveniente transcrever alguns
parágrafos principais
Por quê?