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capítulo 3 3.

HIDROLOGIA FISICA
RADIAÇÂO ELETROMAGNETICA NA ATMOSFERA

Radiação Solar

Denomina-se radiação (energia radiante) à energia que se propaga sem necessidade da presença
de um meio material. Veja que a grande parte da energia produzida pelo Sol é radiante e é essa
que interessa na hidrologia.

A radiação se caracteriza pelo comprimento de onda (), que é definido como a distância que
separa duas cristas consecutivas e pela frequência, que é o número de cristas que passa por um
ponto de referência, na unidade de tempo. O comprimento de onda é expresso em micra e a
frequência em ciclos por segundo ou Hertz (Hz). O produto do comprimento de onda () pela
frequência () da radiação é igual à velocidade de propagação da luz no vácuo (c): c =   =
2,997925x1010 cm/s.

São conhecidas radiações com comprimento de onda que variam desde 10 - 10 cm (raios gama)
até cerca de 10 7 cm (ondas longas de rádio). Ao conjunto de todas elas denomina-se espectro
eletromagnético do Sol. Apenas as radiações de comprimentos de onda entre 0,36 e 0,74 
podem ser detectadas pelo olho humano (faixa visível do espectro). Dentro dessa faixa, a vista
humana consegue diferenciar as seguintes cores:
violeta 0,36 a 0,42  Esses intervalos são
índigo-azul 0,42 a 0,49  arbitrários e
aproximados, pois não
verde 0,49 a 0,54  há limites nítidos entre
as cores. A transição
amarelo 0,54 a 0,59  entre cores vizinhas se
laranja 0,59 a 0,65  dá de maneira gradual,
(ver um arco-íris)
vermelho 0,65 a 0,74 

As radiações com comprimento de onda superior a 0,74 , por apresentarem frequência menor
que a da luz vermelha, são ditas infravermelhas. Por outro lado, àquelas cujo comprimento de
onda é inferior a 0,36  (frequência superior à da luz violeta) chamam-se ultravioletas. O
espectro eletromagnético fica, assim, subdividido em três macro faixas: ultravioleta, visível e
infravermelha.

A energia solar é originada de reações termonucleares, capazes de produzir um núcleo de hélio


(partícula alfa) a partir de quatro núcleos de hidrogênio (prótons), usando o carbono e o
nitrogênio como elementos intermediários. A partícula alfa (massa de 6,644x10-24 g) formada pela
união de quatro prótons (4x1,672x10-24 g = 6,688x10-24 g) mostra que houve uma redução de massa
de 0,044x10-24 g... que foram transformadas em energia.
Assim, a energia liberada (E) no processo de formação de
uma partícula alfa pode ser calculada, empregando-se a
conhecida equação de Einstein: E = m c2; onde m é a massa
CARACTERÍSTICAS DO SOL e c a velocidade da luz no vácuo. Vê-se que é produzida
Raio médio 6,960x1010 cm energia equivalente a 3,96x10-5 ergs por cada núcleo de
Massa 1,989x1033 g hélio formado. Mas, como somente 0,66% da massa total de
quatro prótons se convertem em energia em cada reação,
Volume 1,414x1033 cm3 torna-se claro que apenas 0,66% da massa total de prótons
Densidade média 1,404 g cm-3 existente no Sol é passível de tal transformação.
Gravidade à superfície 2,740x104 cm s-2
............ Composição, em % de massa .............. A reação anteriormente descrita se processa na parte central
Hidrogênio 75,00 do Sol, onde a temperatura e a pressão são elevadíssimas.
Hélio 24,25 A energia gerada se propaga até a superfície do Sol e daí a
energia difunde-se para o espaço como radiação..
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O Sol é uma esfera de gás incandescente numa temperatura


na casa de 6000o Kelvin. A fotosfera (superfície externa do
Sol) emite uma radiação em torno de 72 milhões de watts
por metro quadrado, que se desloca no espaço na
velocidade da luz até chegar à atmosfera terrestre, onde a
energia é na casa de 1367 W/m2 (constante solar).

A radiação solar é a maior fonte de energia para a Terra e


um dos fatores determinantes do clima, afetando processos
físicos (aquecimento/evaporação, etc), bio-físicos (transpi
ração, etc) e biológicos (fotossíntese, etc). O máximo de
emissão se verifica no comprimento de onda de 0,48 . A
distribuição corresponde aproximadamente àquela de um corpo negro a 5770K.

Para os estudos de energia radiante na Terra, vamos considerar o Sol como uma fonte pontual
de energia, que emite radiação igualmente em todas as 4 π direções. Portanto, se a intensidade
energética for em um dado instante igual a I, o total de energia emitida será 4 πI. Nesse dado
instante, a Terra situada numa distancia média de D=149.600.000 km, estará recebendo a
energia que chega na esfera vermelha de área igual a 4 πD2 .

Isto é, a energia será (4 πI / 4 πD2) = I/D2, energia por área, num


dado tempo.
D=149.600.000 km

T
Lembre-se da Lei do Inverso do Quadrado da Distância, ou seja, a
S
energia recebida em uma superfície é inversamente proporcional ao
quadrado da distância entre a fonte emissora e a superfície receptora.

Considerando que a distância Terra-Sol varia ao longo do ano, a radiação solar extraterrestre (no
topo da atmosfera) também irá variar. Chamamos de Constante Solar (1367 W/m2) a radiação
solar no topo da atmosfera (sem os efeitos
atenuantes da atmosfera) incidente a uma
superfície perpendicular aos raios solares, e
estando o sol a uma distância média Terra-
Sol de 149.600.000 km. Veja que a variação
da radiação solar, pela variada distância
Terra-Sol ao longo do ano, é muito pequena
(± 3,3%) e NÃO é a responsável pela
formação das estações do ano. UNIDADES: em W/m2 = J/m2s ou em cal/cm2min
{1 cal = 4,18 J ; 1 cal/cm2min = 696,67 W/m2}
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Lei de Wien diz que o comprimento de onda da radiação de maior intensidade é inversamente
proporcional a temperatura do corpo emissor; max= 2897/T

Lei de Stephan-Boltzman diz que todo corpo emite energia porporcionalmente à quarta potencia
da temperatura absoluta desse corpo; E = ε σ T4
ε = emissividade do corpo (0,95 a 1,00)
σ = constante de Stephan-Boltzman (5,6697 *10-8 W/m2K4)

Juntando-se as duas leis acima entende-se a diferença entre as radiações emitidas pelo Sol e pela
Terra. O Sol emite em ONDAS CURTAS com max em torno de 0,48  e a Terra emite em
ONDAS LONGAS com max em torno de 9,98 .

Comparando Sol e Terra:


SOL.............. T= 6000oK .......... max = 0,48 
TERRA.......... T= 290oK ............ max = 9,98 

PENSE BEM:
Seja um dia de Equinócio, sem
nenhuma nebulosidade e ao
meio-dia. Imagine 3 locais
diferentes;

(1) no Equador,
(2) no centro europeu e
(3) no Polo.

Pense nas nítidas diferenças


energéticas que incidem nos 3
locais mencionados....
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Comparação entre Sol e Corpo-negro Veja na figura abaixo que a simulação da energia
eletromagnética do Sol por um “corpo negro” mostra-se bastante razoável para os fins
hidrológicos. A curva vermelha representa o espectro solar observado e a linha azul o espectro de
um corpo negro.

0 0.6 1.2 1.8 2.4 3


“Radiação Solar Extraterrestre ” versus “Radiação teórica de um Corpo Negro a 6000 o K ”

Curiosidade sobre as radiações na atmosfera Sabemos que quando a luz atravessa


um prisma, seu espectro é dividido em sete cores mono-cromáticas (analisar a figura abaixo,
reparando que o desvio é maior para a luz violeta e menor para a vermelha). Similarmente,
quando os raios solares atravessam gotículas de água em suspensão na atmosfera há uma
mudança no índice de refração (ar-água) que desvia a luz solar (visível) de sua trajetória inicial.
Como essa luz visível é um conjunto de vários comprimentos de onda (que misturados formam
a luz branca) e como cada comprimento de onda tem o seu próprio índice de refração, a luz
refratada é desmembrada nas várias cores do espectro solar. A esse desmembramento denomi
namos “ARCO-IRIS”, pois os raios decompostos são refletidos internamente nas paredes das
gotículas retornando á atmosfera e formando assim a figura do arco-íris.

Quase sempre que chove e faz sol (estando o sol do lado oposto ao observador) há o surgimento
de arco-íris. Esse fenômeno é mais visível de manhã cedo e ao cair da tarde, devido ao valor da
altitude solar ser menor nessas ocasiões. Também pode surgir arco-iris em gotículas d'água
lançada por uma mangueira (ou por uma queda d'água) aspergindo agua.

Repare que nós enxergamos a cor que os objetos emitem ao receberem a luz visível solar. Isto
é, a grama nos parece verde porque ela tende a utilizar todas as cores do espectro para fazer a
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fotossíntese, exceto a parte da luz solar com  entre 0,49 e 0,54 (verde), que é refletido.
Refletindo esse  com mais intensidade que os demais  enxergamos a folha como sendo verde.

Olhando para o céu enxergamos ele como azul. Por que ?


As minúsculas partículas da atmosfera provocam dispersão
maior nos pequenos comprimentos de onda (violeta/azul
tem  entre 0,32 e 0,49). A dispersão de Rayleigh é a
dispersão da luz por partículas muito menores que o compri
mento dos fótons dispersados... e isso é a principal razão
pela qual o céu nos parece ser azul. Se o tamanho das
partículas fosse maior que o comprimento de onda, a luz
não se decomporia nos componentes cromáticas e todos os comprimentos de onda seriam quase
igualmente dispersos, motivo pelo qual, ao atravessar uma nuvem, esta é vista como sendo
branca. Para que a luz seja dispersa, o tamanho das partículas deve ser similar ou menor que
o comprimento de onda. Então por que o céu não é violeta ? Apesar da luz violeta ter
comprimento de onda menor que luz azul (portanto dispersa mais na atmosfera que o azul) o sol
não envia a cor violeta com a mesma intensidade que a azul. Isto é, o sol produz luz azul mais
intensamente do que violeta.

E por que o pôr/nascer do sol são avermelhados ? Nesses momentos o caminho ótico (m) é
muito maior e a luz azul nesse caminho acaba dispersando quase integralmente... e pouca luz
azul chega até nossos olhos, enquanto que a luz vermelha que é quase que só “transmitida” (pois
pouco se dispersa) nos alcança mais facilmente. Além disso, o pôr do sol costuma ter uma
atmosfera mais suja (depois de um dia de atividade humana/industrial) e suas partículas tendem
a ser maiores, provocando um embranquecimento/acinzentamento do céu.

Já as nuvens nos parecem brancas, porque ali existem gotículas grandes de agua que promovem
uma dispersão generalizada de todo o espectro visível. A combinação do azul, verde, amarelo,
laranja e vermelho faz com que vejamos a luz dispersa como sendo branca.

No espaço extraterrestre, onde há pouquíssima massa atmosferica, os raios do sol não são
dispersos, logo eles percorrem uma linha reta do sol até o observador. Isso explica porque os
astronautas veem um céu negro, muito embora vejam a Terra azul (pelos mesmos motivos já
expostos). Outro exemplo de observadores fora da Terra seria uma pessoa em Marte. Ela tende a
ver o céu como sendo róseo, devido ao excessivo teor de poeira na atmosfera marciana. Mas se
a atmosfera de Marte fosse limpa, ela seria azul bem escuro, pois a atmosfera de Marte é bem
mais rarefeita.

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