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Renascimento

Júlio Miguel De Aquino C.C

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12/04/2015
Serra da Raiz – PB
Autoria: Júlio César Miguel de Aquino Cabral
Todos os direitos reservados

O ser abre os olhos. Tudo parecia estranho, tudo era novidade. Com algum
tempo o ser começa a enxergar melhor, a ouvir melhor e a cheirar melhor. Seu
olhar curioso parecia não se saciar, observava tudo com muita atenção. Ele
notou algo vermelho perto dele que sempre ficava a pulsar. Vez ou outra

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também escutava roído que não conseguia identificar. E tudo aquilo era
divertido para ele. O pulsar daquela coisa estranha e vermelha, os barulhos.
Tudo era uma grande brincadeira.

O tempo foi passando e sua imaginação foi crescendo. Começou a acreditar


que aquele não era o único mundo, havia outro, mais belo cheio de seres
grandiosos e poderosos, passava horas imaginando aquele mundo, sua
imaginação aos poucos foi sentindo necessidade, de imaginar um ser ainda
maior do que os seres grandiosos, esse será o ser maior que todos os outros. A
sua criatividade aumentava, ele imaginava como era aquele outro mundo,
cheio de coisas bonitas e maiores, com coisas vermelhas pulsando de forma
mais acelerada. Grande parte de seu tempo, o ser passava imaginando essas
coisas. Às vezes ria muito com os seus pensamentos, ele sentia o que não
sabia se existia, e sua imaginação levava aos seus sentidos, sensações que
ainda não era dele, e assim passou-se muitos dias.

(Ei-la – Ei-la)

Certo dia, o ser começou a notar que entre as suas pernas, uma coisa crescia, a
principio achou estranho, mas logo começou a se acostumar com aquilo. Sensações
novas surgiam em seu corpo, e toda atenção do ser era depositado nessas novidades,
suas fantasias aos poucos foram se ausentando de seus pensamentos, já não
passava seu tempo a imaginar, apenas sentia as novas sensações.

E assim passou muito tempo, até que uma pergunta começou a incomodar o ser. Por
que ele estava ali? Não se lembrava de onde veio, nem das razões de existir. A única
certeza era que aquele mundo já não era tão divertido, a partir disso, grande
perturbações tomou conta do ser.

Começou a tentar entender o seu mundo, as poucos foi percebendo que aquele
negócio vermelho que ficava pulsando sem parar, era uma espécie de maquina de
bombear uma substância que era essencial para sua vida, aquela substância
preenchia todo o seu mundo.

E assim ele foi entendendo como funcionava o seu mundo. E aquilo o trazia felicidade.
O Ser agora não era algo perdido, cercado por crenças ingênuas, ele agora entendia
os mecanismos do universo que ele fazia parte. Não precisava mais acreditar em

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mentiras, em coisas de outros mundos, tinha se tornado racional, só acreditava no
mundo que ele conseguia enxergar. Ele se tornou independente, seguro de si.

Com um tempo, depois de se sentir confortado com seu mundo, outra pergunta
começou a invadir a sua existência. Ele percebia que cada vez mais aquele seu
mundo se tornava pequeno para ele. Assim ele chegou à conclusão que mais cedo ou
mais tarde, o seu mundo iria engoli-lo, imprensa-lo. Ele começou a refletir sobre o que
iria acontecer após isso. Esse pensamento era perturbador, mais era algo inevitável,
pois hora ou outra ele tinha que enfrentar. Era seu destino, Sua sina.

O ser que agora já era conhecedor de seu mundo chegou aos poucos à conclusão de
que ali se encerra a sua existência. Essa resposta fazia muito sentido para ele. Afinal,
ele não se lembra de onde veio. Logo ele não acreditava ter vindo de algum canto, sua
existência começou ali, e terminaria ali.

Por mais duro que fosse acreditar nisso. Não havia outra solução para o problema.
Pronto! O Ser agora tinha percorrido todo o caminho de reflexão, tinha desvendado o
mistério de sua existência, e havia entendido as leis de seu universo, agora precisava
se distrair para não pensar na dura finitude que o aguardava no futuro.

Passou a não refletir mais, apenas a contemplar seu universo. E isso era fantástico,
ele ficava abismado como tudo era grande, como aquele universo era cheio de
possibilidades de objetos pulsando, de substâncias, de barulhos, era tudo muito lindo
para ele, durantes essa fase de sua existência, ele sentiu algo parecido com o que
sentiu no início de sua jornada. O universo se tornava novamente belo e harmonioso,
ele sempre agradecia por ter tido a oportunidade de ter existido durante aquele tempo,
para contemplar aquelas belezas.

Passando o tempo, ele percebeu que sua existência estava se tornando difícil, sentia-
se angustiado, mexia-se muito, parecia que enfim, o momento tão temido por ele
estava chegando, lembrava-se dos tempos felizes que sua existência experimentou,
lembrava-se de suas reflexões sobre o mundo, sobre si próprio, mais tudo aquilo
parecia pequeno perto do que viria. O Ser sentiu medo.

Em meio às tristezas, ele pensava também que tinha que ser grato, pois viveu uma
vida plena, e longa, passou por todas as fases, brincou e se divertiu, depois acreditou
em fantasias, e depois tinha amadurecido e refletido sobre o seu mundo. Tudo aquilo
era válido.

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Sentia-se apertado. Sensação estranha! seu mundo parecia desabar, barulhos
insuportáveis, movimentos bruscos, dores, sua mente perturbada não pensava mais
em nada, apenas mergulhava naquelas sensações horríveis, sofrimento, líquidos
estranhos, muito suor, luzes acendiam e apagam, seus olhos doíam, sente-se como
que sendo retirado de seu corpo sua vista escurece, angustiado de tanto sofrimento,
desiste de lutar pela vida, se entrega ao seu destino, ele toma fôlego, e em uma última
amostra de sua vontade de viver ele grita, desabando em choro.

- Mãe, Nasceu à criança! - Disse o médico sorrindo.

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