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Escola de Hackers
Tomo I: Iniciação Hacker 
 

= 2008 = 
   
Escola de Hackers – Nível 1 
 
Hacker

[Ingl. , substantivo de agente do verbo to hack,


’dar golpes cortantes (para abrir caminho)’,
anteriormente aplicado a programadores que
trabalhavam por tentativa e erro.]

Substantivo de dois gêneros.

1. Inform. Indivíduo hábil em descobrir falhas


em sistemas de computação, podendo usar
este conhecimento para o bem ou para o
mal.1

   

                                                            
1
 Fonte: Dicionário Eletrônico Aurélio 
 

[2]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 
Sumário 
Introdução, 5 
Capítulo 1: 
  O que é hacker, 7 
Capítulo 2: 
  A história dos hackers através do cinema, 31 
Capítulo 3: 
  O hack original, 47 
Capítulo 4: 
  Por que ser hacker?, 61 
Capítulo 5: 
  Ética hacker e criminalidade, 83 
Capítulo 6: 
  Hacker profissional ou profissional de segurança da 
informação?, 115 
Capítulo 7: 
  Formação hacker: o que é preciso saber?, 135 
Conclusão, 171 
   

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[4]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 
Introdução 
Quando as pessoas nos procuram para aprender sobre hackers, 
percebemos que a maioria tem dificuldade para definir de forma 
assertiva, o que exatamente os hackers são e o que fazem.  
A maior preocupação destas pessoas é quanto à possibilidade das 
ações hacker serem consideradas crime. Querem aprender a 
fazer hacks, mas querem ter certeza de não estar fazendo algo 
ilegal.  
Este receio se justifica por conta dos inúmeros casos divulgados 
pela imprensa, de crimes de informática envolvendo ações 
hackers. 
O presente material é o resultado das conclusões do I Seminário 
de Iniciação Hacker, realizado na lista de discussão do Yahoo!2 
em maio de 2008. Na ocasião a lista era assistida por mais de 
sete mil participantes e com isto recebemos dezenas de 
contribuições. 
Quando o assunto é hackers, muitas opiniões se baseiam mais 
em fantasia do que na realidade. Não queremos dar a palavra 
final sobre o assunto, mas somente convidar você a conhecer 
nossas reflexões sobre o tema e, de alguma forma, contribuir 
para as suas próprias conclusões, a partir de reflexões e fatos, 
deixando a fantasia para as mentes dos leigos e adolescentes. 
 
                                                            
2
 http://tech.groups.yahoo.com/group/grupodocursodehacker/ 
 

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[6]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 

Capítulo 1:
O que é hacker
 
OBJETIVO: Definir hacker 
Algumas palavras geram tantas definições e entendimentos que 
acabam  distorcendo  seu  verdadeiro  significado.  Com  a  palavra 
hacker  tem  ocorrido  isto  e  precisamos  ter  opinião  formada 
devido a dois motivos: 
• defender  com  conhecimento  de  causa  a  definição  que 
acharmos mais correta; e 
• contribuir  proativamente  para  evitar  que  conceitos 
equivocados passem a definir a palavra hacker. 
É  quase  uma  discussão  entre  a  criminalização  e  a 
profissionalização.  E  se  você  pretende  fazer  uso  dos 
conhecimentos hacker profissionalmente, tem a obrigação moral 
de manifestar‐se sempre que houver mau uso da palavra hacker. 
Entendo  que,  quem  vende  a  palavra  hacker  visando  a 
criminalização, geralmente a imprensa, o faz sem conhecimento 
de  causa.  Por  outro  lado,  nós  que  sabemos  da  importância  dos 
hackers  para  a  história  da  informática,  nos  incomodamos  ao 
ficarmos  passivos  diante  das  sucessivas  vinculações  de  hackers 
com o crime organizado. 
 

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Quando  a  informação  deturpada  é  sucessivamente  apresentada 
como  verdade,  é  isto  que  ela  se  torna.  Ou  seja,  a  palavra 
incorpora a visão da maioria, obtida pela repetição e uso. 
A  palavra  coitado,  que  originariamente  quer  dizer  aquele  que 
sofreu coito, é usada como sinônimo de alguém digno de dó. Mas 
a  definição  original  para  coitado  é  a  de  quem  sofreu  coito, 
alguém  que  foi  submetido  a  violência  sexual.  Porém,  esta 
definição a palavra coitado já não tem mais, ou pelo menos, não 
como primeira interpretação da palavra. 
Outro exemplo é a palavra pedofilia. Philia é um sufixo de origem 
grega, retirado do tratado de Ética a Nicômaco de Aristóteles. O 
termo é traduzido geralmente como amizade e às vezes também 
como amor. 
A formação da palavra pedofilia (pedo = criança + filia = atração, 
amizade  ou  amor)  deveria  representar  aquele  que  gosta  de 
crianças. Neste sentido todos os pais seriam pedófilos. Todos que 
gostam da companhia das crianças, tios, avós, familiares ou não, 
seriam pedófilos. 
Mas  o  que  aconteceu?  Em  algum  momento  da  história,  um 
grande número de casos envolvendo abuso sexual de crianças e 
adolescentes  chegaram  a  público.  E  uma  definição  inocente,  de 
amor  às  crianças,  virou  exclusivamente  atração  sexual, 
significado que a palavra original não tinha.3  

                                                            
3
 A título de curiosidade, segundo o Centro de Combate à Violência Infantil (CECOVI), a maioria 
dos abusos ocorre entre os membros da família ou por alguém conhecido da vítima. 
 

[8]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 
Neste primeiro dia de debates gostaria de chamar a atenção do 
grupo  para  o  que  está  ocorrendo  com  a  palavra  hacker:  a 
criminalização.  Se  nada  fizermos  a  respeito,  todos  aqui  que, 
suponho, somos simpatizantes da cultura hacker e sabedores da 
sua  contribuição  para  a  humanidade,  num  futuro  não  tão 
distante  seremos  taxados  de  criminosos.  Acredito  que  não  seja 
isto que queremos, mas sem atitude é isto que teremos. 
Mas  como  se  faz  a  defesa  de  uma  palavra?  O  primeiro  passo  é 
entender  a  etimologia  (origem)  para  poder  argumentar  com 
conhecimento de causa.  O segundo passo é manifestar‐se toda 
vez que a palavra for usada indevidamente. Se a cada vez que um 
programa  de  TV  ou  redação  de  jornal  receber  dezenas  ou 
centenas  de  e‐Mails  condenando  o  uso  incorreto  da  palavra 
hacker,  isto  certamente  vai  alertar  os  redatores  quanto  a 
deturpação da palavra. 
O  momento  é  agora,  pois  ainda  não  há  consenso  entre  os 
próprios  jornalistas  sobre  como  tratar  o  hacker.  Inventaram  o 
cracker, o hacker do bem, o pirata de computador, mas ainda não 
decidiram.  Se  deixarmos  por  conta  deles,  seremos  os  pedófilos 
de amanhã. É isto que você quer para você, futuro hacker? 
Esta  foi  a  apresentação  do  primeiro  dia  de  seminário.  A  partir 
destas  reflexões  fizemos  as  seguintes  perguntas  aos 
participantes: 
_ “O que a palavra hacker significa para você?” 
_ “Como você chegou a esta conclusão?” 
 

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Vamos  conhecer  as  contribuições  dos  participantes,  transcritas 
tais  como  foram  apresentadas  ao  grupo,  mantendo  inclusive,  a 
escrita típica da Internet: 
"Rogério Adriano Silva Sena" <rassenn@> 
_ “O que a palavra hacker significa para você?” 
Pessoa  com  alto  grau  de  conhecimento  na  área  de  TI.  Não 
devendo  esse  ser  discriminado  pelo  uso  do  conhecimento,  pois 
quem faz propaga o mau uso do conhecimento tem medo de se 
intitular hacker devido ao peso da palavra, por que o hacker de 
verdade  usa  seu  conhecimento  para  melhorar  de  forma  geral  o 
uso dos recursos da TI. 
_ “Como você chegou a esta conclusão?” 
Através de relatos e pesquisas sobre o assunto, na Internet e até 
msm em livros da área. 
 

“Andre" <h4.andre@> 
_ “O que a palavra hacker significa para você?” 
Há  anos  qdo  comprei  meu  primeiro  livro  de  hacker,  ensinava  a 
fazer  trojan  e  várias  outras  coisas,  mas  antigamente  pra  vc 
invadir um micro, um site, um servidor e etc. era muito mas fácil 
que hoje em dia, até pq hoje com a "globalização" a maioria dos 
brasileiros tem um pouco de conhecimento em instalar um anti‐
virus um firewall ou qdo compra um micro já vem instalado, mas 
muitos são ignorantes como por exemplo qdo recebem um email 
 

[10]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 
que o Fulano do BBB ta se esfregando de baixo do lençol com a 
Fulana  do  BBB  e  tem  um  link  para  ver  a  cena...  a  maioria  dos 
ignorantes clicam no link e depois ficam falando que invadiram a 
conta  bancária,  que  o  computador  foi  invadido,  que  a  máquina 
está lenta e vai por aí ... Mas vamos lá, a palavra Hacker pra mim 
significa  Grande  conhecimento  na  área  de  TI,  envolvendo 
ousadia, coragem e inteligência. 
_ “Como você chegou a esta conclusão?” 
É um objeto de estudo que me fascina muito, são poucos que se 
dedicam para estudar e principalmente ler bastante. 
 

"Carla" <carla@> 
O  Seminário  de  Iniciação  Hacker  é  uma  assertiva  bem 
interessante, pois organiza o debate a respeito do conhecimento 
hacker  bem  como  das  ações  e  do  código  de  ética  que  um 
profissinal que pretende atuar na área deve ter. 
Em resposta às questões: 
_ “O que a palavra hacker significa para você?” 
Há  controvérsias  quanto  ao  significado  do  termo  "hacker" 
derivado do verbo "to hack" ‐ cortar. Seguindo este raciocínio, os 
primeiros  hacker  surgiram  antes  do  advento  da  Informática, 
quando  os  primeiros  artesãos  passaram  a  utilizar  o  machado 
como ferramenta de trabalho. Já na década de 50, o termo fora 
usado  para  designar  os  profissionais  do  MIT  por  suas 
 

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excepcionais habilidades em computação. Comumente, o cinema 
impõe a visão do hacker como exímio programador. A visão atual 
diz  que  hacker  é  um  especialista  em  uma  determinada  área, 
qualquer  que  seja.  Restringindo  o  termo  à  Informática, 
observam‐se duas situações, : 
             1ª : a capacidade aguçada em entender o funcionamento 
global  dos  sistemas  informáticos  oferece  ao  hacker  a 
possibilidade  de  descobrir  eventuais  falhas  e  apontá‐las, 
podendo atuar como Consultor em Segurança 
             2ª : o hacker direciona seu conhecimento à correção das 
falhas  encontradas,  engajando‐se  na  programação  e  suas 
vertentes:  desenvolvimento  de  sistemas  operacinais,  drivers, 
ferramentas IDS, projetos open‐source, etc. 
_ “Como você chegou a esta conclusão?” 
Conclusão  baseada  em  pesquisa  e  nos  campos  de  atuação  do 
hacker. 
 

"whelynton@whelynton.com" <tuxsmall@>  
_ “O que a palavra hacker significa para você?” 
O meu conceito sobre o que era hacker, assim como o conceito 
da maioria das pessoas, era de que tratava‐se de gênios do mau, 
que  sabiam  tudo  sobre  computadores  e  que  viviam  no 
underground.  De  onde  vinha  esse  conceito?  Da  imprensa,  com 
suas  manchetes  sensacionalistas  e  dos  filmes,  que  mostram 
 

[12]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 
feitos  espetaculares,  como  invasão  instantâneas  de  contas  de 
bancos  e  sistemas  de  satélite.  Sempre  no  meu  intimo  queria 
saber  tanto  quanto  um  hacker,  mas  era  engraçado,  por  que  eu 
vivia um suposto conflito de moral interno. Eu pensava: eu quero 
aprender isso, mas ao mesmo tempo pensava: não, isso é errado! 
Claro  que  nessa  época  eu  nem  imaginava  existir  um  curso  de 
hacker disponível na Internet e as ideias que eu tinha sobre ser 
hacker  eram  totalmente  difusas,  por  que  eu  nunca  antes  havia 
parado pra pensar no assunto. Hoje, o meu conceito sobre o que 
é ser hacker é algo mais abalisado, racional. Graças ao que venho 
aprendendo  aqui  no  curso  de  hacker.  A  verdade  me  libertou. 
Ainda acho que hackers são genios, no sentido  de que são  uma 
das poucas classes de pessoas hoje em dia que não tem preguiça 
de raciocinar, de não se submeter ao sistema como a maioria das 
massas.  Que  questiona,  tenta  entender  os  porques  por  tras  das 
coisas. Em relação a usar este poder para o mau ou para o bem 
isso é indiferente. Uma faca você pode usar para cortar um pão 
ou  para  matar  alguém.  Continua  sendo  uma  faca.  E  na  verdade 
esse lance de 'mau e bem' parece cliche de filme.  
_ “Como você chegou a esta conclusão?” 
Basicamente  como  eu  definiria  a  palavra  hacker  ,  é  como  eu 
aprendi com o professor, o que ele explica tem lógica e faz total 
sentido. Acho que é só por enquanto. 
 

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Escola de Hackers – Nível 1 
 
"Rodrigo Alves Neves" <digrau@> 
_ “O que a palavra hacker significa para você?” 
A  palavra  hacker  significava  pra  mim,  antes  do  CURSO  DE 
HACKER, alguém como criminoso, depois passei para o conceito 
de  CRACKER  que  seria  o  "hacker  do  mal"  e  o  hacker  seria  uma 
pessoa do bem, até descrobrir aqui no curso, que o cracker são 
hacker especialistas em quebra de sistemas (softwares, senhas e 
outros).  Tode  esse  conceito  anteriormente  sobre  a  palavra 
HACKER,  foi  gerado  pela  impressa  televisiva  e  a  escrita.  Mas  a 
impressa precisa de uma palavra para demominar criminosos que 
usam o computador para comenter crimes, então qual a palavra 
que ele podem usar? 
 

Nilo Correia" <nj_scorreia@>  
_ “O que a palavra hacker significa para você?” 
Já li muitos textos com diversas definições para o termo Hacker. 
Em um desses muitos textos que li  a tradução da palavra hacker 
seria "fuçador" ou seja aquele cara que é autodidata ou ainda o 
que  aprende  sozinho  qualquer  assunto  através  de  livros  e 
pesquisas.  Em  outros  textos  havia  uma  definição  para  cada  um 
dos muitos tipos de Hackers que existe por ai. Acho que o termo 
hacker  assumiu  a  mesma  conotação  que  o  comunismo  na 
politica, que foi deturpado e vilipendiado para que não crescesse 
como deveria, ou seja, só exploraram o lado ruim do comunismo 
e estão fazendo a mesma coisa com pessoas que são adeptas do 
 

[14]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 
hackerismo. Acho que a criação de uma palavra em nossa língua 
que  definisse  verdadeiramente  o  que  é  "hacker,"  já  se  faz 
necessária.  Não  aquela  que  associa  com  "pirataria,"  como  em 
muitos casos. 
 

João Wianney <joao_mh@>  
_ “O que a palavra hacker significa para você?” 
Para  mim  a  palavra  Hacker  significa  indivíduos  que  elaboram  e 
modificam  software  e  hardware  de  computadores,  seja 
desenvolvendo funcionalidades novas, seja adaptando as antigas. 
Pessoas  com  conhecimentos  amplos  não  necessariamente 
programadores.  Pessoas  que  conseguem  fazer  o  que  os  outros 
não conseguem (fazer o que os outros acham impossivel). 
_ “Como você chegou a esta conclusão?” 
So  chegamos  a  uma  comclusão  quando  conhecemos  esta  coisa, 
quando passamos a conhecelas melhor, quando vivenciamos , ou 
seja,  não  podemos  jugar  antes  deconhecer.  (estou  lutando  pra 
ser um, he..he..he..he..he..) 
 

"Julio Donato" <juliodonato@> 
_ “O que a palavra hacker significa para você?” 
Hacker,  em  minha  opinião,  não  esta  limitado  a  informática,  é 
aquela  pessoa  que  tem  um  "olhar"  diferenciado  para  as  coisas, 
não olha de maneira convencional. Longe de querer reinventar a 
 

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roda, apenas olha e ve o que outros ou, não querem ver, ou são 
incapazes de sair do convencional, ou até mesmo por covardia ou 
submição  não  expoem  seu  ponto  de  vista.  O  que  leva  a  uma 
segunda  condição  para  um  hacker,  que  é  a  Atitude.  Quanto  ao 
uso indevido de um termo, que por repetição acaba tendo outra 
conotação ou significado, Humberto Eco tem grandes livros sobre 
semiotica, mas para quem se interessar pelo assunto, recomendo 
um  pequeno  livro  chamado  "A  política  da  Loucura"    ou  a 
antipsiquiatria  de  João  Francisco  Duarte.  Acredito  tratar‐se  de 
uma "guerra inglória" porque quem tem mais poder , definirá o 
que  é  "certo"  e  a  dita resistencia  tentará  provar  ao  contrário,  o 
que  via  das  vezes,  é  o  correto.  Este  jogo  de  "mentira"  e 
"verdade"  é  fascinante,  e  ao  logo  da  história  vemos  em  Platão 
defendendo que pequenas mentiras evitariam grandes guerras e 
Nietzche,  radicalmente  contra  qualquer  mentira,  afirma  que 
grandes  guerras  começaram  com  pequenas  mentiras. 
Particularmente  acredito  em  "correntes".  O  que  é  verdade  em 
uma  determinada  corrente  não  o  é  em  outra.  Onde  entra  a 
diplomacia,  quando  duas  correntes  divergentes  precisam 
conversar,  há  uma  negociação.  O  que  em  minha  opinião, 
geralmente não resolvem "M........" nehuma. Desculpem o termo. 
Concluindo,  penso  que  se  aqui  o  termo  quer  dizer  uma  coisa, 
devemos fortalecer esta corrente, sempre muito bem embasada, 
e  ficar  atento  a  outra  corrente,  mas  sem  exagerar  na  sua 
importancia. Tudo tem o seu ciclo e a que tiver mais embasada, 
no final prevalecerá. Sempre existirão sinônimos. 
 
 

[16]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 
Douglas Silva <douglas_heber@> 
_ “O que a palavra hacker significa para você?” 
Um estilo de vida, sede por conhecimento, não por eletronica ou 
por  informática  mas  por  vida,  convivencia,  comportamento 
humano, luta contra a solidão do mundo digital. Para mim hacker 
é  o  q  no  final  consegue  atingir  seus  objetivos  e  traça  novos 
porque tem outros e seu objetivo final é o próximo objetivo! 
_ “Como você chegou a esta conclusão?” 
Cheguei  a  essa  conclusão  vivendo,  não  q  seja  um  Hacker  mas 
busco o conhecimento e tenho esse objetivos! 
 

"João Vander Amaral." <joovander55@> 
_ “O que a palavra hacker significa para você?” 
Eu comparo o hacker a um piloto de Prova. A aplicação de suas 
técnicas embebidas do conhecimento é que sugerem ao mercado 
e  aos  fabricantes  as  inovações  do  ramo  da  informática  e  as 
necessidades das modificações em determinados operadores de 
aparelhos.  Uma outra versão sí me apresentou,  é que o hacker é 
como  um  agente  da  lei,    conhece  as  artimanhas  do  crime,  os 
caminhos que são percorridos, as ferramentas que são possíveis 
de usar, entretranto, ao invés de usá‐las, ele as reprime em favor 
de uma ação justa e correta. 
 

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Escola de Hackers – Nível 1 
 
 cleriton geremia freire <clebill@> 
_ “O que a palavra hacker significa para você?” 
Hacker para mim, significa pessoa boa em computação, e Fàde 
sistema de informação. Uma palavra que além de designar uma 
pessoa  como  sendo  boa  de  computação  em  termos  gerais,  é 
também uma palavra que demonstra a qualidade de conhecedor 
do Futuro. 
_ “Como você chegou a esta conclusão?” 
Minha  conclusão  se  baseia  no  fato  de  que,  hoje  sem  a  menor 
dúvida, o computador domina tudo, assim como auxilia em tudo, 
e  expando  o  nosso  universo  para  mais  doque  um  simples 
monitor,  e  sim  para  dentro  do  nosso  futuro.  O  HACKER,  não  é 
apenas  o  conquistador  do  papel  de  divulgação  das  futuras  e 
presentes  falhas  do  nosso  dia‐a‐dia  na  computação,  mas  é 
também o grande ameaçador de usufruir destas falhas. Por isso 
que  a  discriminação  contras  os  Hackers  estão  desvalorizando 
essa palavra, não somente porque por certa parte merecemos, e 
sim  porque  a  culpa  é  toda  nossa,  nós  intitulados  HACKERS 
WHITE, não fazemos o nosso papel de defensor do nome no qual 
nos  dá  orgulho  somente  em  pensar‐lo  que  o  somos.  Devemos 
começar hoje uma rebelião, para amanha não ser tarde demais. 
 

[18]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 
danubio santos <nubiod2@> 
_ “O que a palavra hacker significa para você?” 
Pessoa  que  tem  e  busca  o  conhecimento  de  informática  e 
explorar  falhas  nos  sistemas  operacionais  e  web,    pessoas  com 
grande  conhecimento  em  computação  capazes  de  quebrar 
sistemas  de  segurança  altamente  elaborados.  Os  hackers  são 
basicamente feras da informática que adoram aprender como os 
sistemas funcionam externa e principalmente internamente. Eles 
sabem que nada as pode impedir de fazer o que querem, a não 
ser eles mesmos.  
_ “Como você chegou a esta conclusão?” 
Segundo o dicionário... 
1.  Indivíduo  que  adora  explorar  os  detalhes  de  sistemas 
programáveis e ampliar suas habilidades, em oposição à maioria 
dos usuários que prefere aprender apenas o mínimo necessário. 
2. Indivíduo que desenvolve programas com entusiasmo (e até de 
forma obsessiva) ou que prefere programar a se preocupar com 
os aspectos teóricos da programação. 
3. Indivíduo que desenvolve programas com rapidez e qualidade. 
4.  Especialista  em  um  determinado  programa  ou  que  costuma 
usá‐lo com grande freqüência, como um hacker do Unix.  
5. Especialista ou entusiasta de um determinado tipo. O indivíduo 
pode ser um hacker em astronomia, por exemplo. 
 

www.escoladehackers.com.br  [19]
 
Escola de Hackers – Nível 1 
 
6.  Indivíduo que adora  desafios intelectuais envolvendo sucesso 
criativo ou superação de limitações. 
7.  [depreciativo]:  Indivíduo  malicioso  e  intruso  que  tenta  obter 
acesso  a  informações  confidenciais  através  de  espionagem.  Daí 
os  termos  hacker  de  senha,  hacker  de  rede.  É  preferível  ser 
chamado  de  hacker  pelos  outros  a  se  intitular  um  hacker.  Os 
hackers  consideram‐se  uma  elite  (um  privilégio  baseado  na 
habilidade),  embora  recebam  com  alegria  os  novos  membros. 
Eles  sentem,  entretanto,  uma  certa  satisfação  egocêntrica  em 
serem  identificados  como  hackers  (mas  se  você  tentar  ser  um 
deles e não consegue, é considerado falso). 
_ “Como você chegou a esta conclusão?” 
Dicionario : buscas e pesquisas no google 
 

bad_religion <cyber_gb@> 
_ “O que a palavra hacker significa para você?” 
O que a palavra hacker significa para você? 
Resposta:  A  palavra  "Hacker"  para  mim  siginifica  alguém  com 
muita  sabedoria,  não  precisa  ser  apenas  conhecimentos 
profundos  em  informática,  mas  como  em  outras  áreas  como: 
Medicina,  Odontologia,  Diplomacia,  Direito  entre  outros.  Mas 
essa  palavra  vem  se  diversificando  bastante,  e  como  é  muito 
mais  utilizada  hoje  em  dia  é  "  Aquele  que  conhece  muito  se 
informática e irá apagar meu orkut e msn ". Hacker's de verdade 
 

[20]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 
não  fazem  isso  e  sim  se  preocupam  em  mostrar  aos  demais 
companheiros  da  rede  o  quão  falhos  são  nossos  softwares,  ou 
seja eles mostram que pagamos caro em algo defeituoso. 
_ “Como você chegou a esta conclusão?” 
Cheguei  a  esta  conclusão  depois  de  ter  lido  em  vários  sites, 
fóruns  e  afins,  muitas  definições  e  divergencias  entre  Hacker's, 
Cracker's  e  Script  Kiddies.  Muitos  acham  que  se  você  souber 
como  enviar  um  Ardamax  Keyloger,  ou  derrubar  seu  amigo  no 
msn, ou até mesmo burlar álbuns trancado do orkut te torna um 
hacker.  Coitados  desses,  se  isso  for  hacker,  meu  vizinho  é  o 
próximo Kevin Mitnick. 
 

"Luiz Vieira" <luizwt@> 
_ “O que a palavra hacker significa para você?” 
Hacker  para  mim  significa  um  termo  que  pode  ser  aplicado  não 
apenas  na  informática,  mas  em  qualquer  área  do 
desenvolvimento  e  conhecimento  humano.  Todo  aquele  que  é 
especialista em alguma área do conhecimemento humano pode 
ser  considerado  um  hacker: aquele que  ultrapassa  os  limites  do 
conhecimento  de  acordo  com  o  senso  comum.  Por  exemplo, 
Richard  Bandler,  matemático  e  psicólogo  criador  da  PNL, 
ultrapassou  os  limites  do  conhecimento  acadêmico  na  área  de 
desenvolvimento humano quando elaborou ovas teorias sobre o 
funcionamento  do  cérebro  humano,  baseado  nos  estudos  do 
trabalho  de  três  grandes  nomes  da  área  terapêutica:  Virginia 
 

www.escoladehackers.com.br  [21]
 
Escola de Hackers – Nível 1 
 
Satir (terapeuta familiar), Fritz Perls (criador da Gestalt Terapia) e 
Milton Erickson (psiquiatra e revolucionário da área de hipnose). 
Como  coloca  Thomas  Khun,  em  seu  "Teoria  das  Revoluções 
Científicas",  na  maioria  das  vezes,  quem  leva  à  um 
questionamento  dos  paradigmas  vigentes  em  determinada  área 
do  conhecimento  humano,  é  uma  profissional  de  formação  em 
área  diversa  daquela.  Como  aconteceu  com  o  exemplo  citado, 
Richard  Bandler,  ele  era  um  matemático  por  formação,  que 
conseguiu  desenvolver  teorias  e  alcançar  resultados 
infinitamente melhores do que os psicólogos tradicionais na área 
desses  últimos.  Ele  poderia  ser  considerado  um  hacker,  alguém 
que vai além do conhecimento mediano, e consegui descobrir as 
falhas  do  sistema  vigente,  pois  quer  saber  sempre  mais,  num 
aprendizado  constante.  Citando  um  trecho  da  wikipedia  "(...)O 
termo desenvolveu‐se vindo a ser associado ao ato de modificar 
ou  inventar  algo  para  realizar  funcionalidades  que  não  as 
originais(...)" 
_ “Como você chegou a esta conclusão?” 
Cheguei à essa conclusão estudando as revoluções científicas que 
ocorreram  na  história,  onde  pessoas  derrubam  paradigmas 
reinantes,  questionando  o  senso  comum,  indo  mais  além  na 
compreensão das coisas. Pra mim, o hacker é aquele que está no 
processo  de  sair  da  caverna,  de  acordo  com  o  mito  de  Platão, 
muito bem retratado no filme matrix, num estilo mais cyberpunk. 
Se  quisermos  tbm  ter  uma  noção  de  como  o  mito  da  caverna 
graça em nossa sociedade atualmente, leia o livro "A Caverna" de 
 

[22]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 
José  Saramago,  onde  a  caverna  nada  mais  é  do  que  o  shopping 
center,  onde  muitos  jovens,  crianças  e  até  mesmo  adultos, 
preferem  passar  seu  tempo  ociosamente,  ao  invés  de  ir  mais 
além. Bem, é isso! 
 
"Rafaela" <fire390_indeterminada@> 
_ “O que a palavra hacker significa para você?” 
Eu no começo tinha uma visão da palavra hacker meio distorcida, 
aquela  que  foi    colocada  pela  mídia  como  algo  que  só  pessoas 
com  más  intenções  fariam...  mais  tarde  vim  descobrir  que  na 
verdade  não  se  tratava  do  hacker  aquele  que  ama  não  só 
informática mais ama aprender e é fuçador por natureza.  Enfim, 
a palavra hacker traduz o gosto pelo prazer puro de aprender e 
entender a fundo algo.  
 

Adriano Fernandes Azevedo <adrianof6@> 
_ “O que a palavra hacker significa para você?” 
Vejo hoje a palavra hacker como sinonimo de estudo e tambem 
de  Trabalho,  todos  hoje  sabemos  que  para  ser  hacker  é 
necessario um pouco de curiosidade, muita força de vontade por 
este  motivo  relaciono  a  sinonimo  de  estudo,  e  sinonimo  de    
trabalho por é enorme a contribuição dos hacker para a melhoria 
dos  sistemas  e  serviços  existentes  e  o  melhor  de  tudo.  É  UMA 
PRESTAÇÃO DE SERVIÇO GRATUITA. 
 

www.escoladehackers.com.br  [23]
 
Escola de Hackers – Nível 1 
 
_ “Como você chegou a esta conclusão?” 
Grande  parte  desta  conclusão  devo  ao  curso  de  hacker 
ministrado  pelo  Prof.  Marco  e  tambem  ao  vasto  material 
disponibilizado  pela  internet  que  mostra  a  grande  contribuição 
dos  hacker  ao  logo  da  historia  para  melhora  dos  produtos  e    
serviços. 
 

André Luiz Prado <pradolas@> 
_ “O que a palavra hacker significa para você?” 
Para mim, hacker é aquela pessoa que tem um olhar diferenciado 
para as coisas, percebe o que ninguém percebeu, enxerga o que 
ninguém  enxergou,  mas,  peraí,  virou  um  SUPER‐HERÓI,  agora  ? 
NÂO  !  Tenho  minha  resposta  referente  a  tudo  que  se  refere  a 
computadores,  sistemas  e  também  ,    o  que  não  pode  estar 
relacionado  diretamente  aos  computadores,  digo  que  pode‐se 
ser  hacker  sem  estar  em  frente  a  um  computador.  Acho  que 
hacker  é  aquela  pessoa  que  possui  um  conhecimento  próprio 
sobre as coisas, digo sem um estudo profissional, uma formação, 
mas,  resolve  e  faz  tudo  o  que  um  profissional  formado  não 
consegue.  Acho  que  possui  um  peso  muito  forte  sobre  esta 
palavra  "hacker",  onde  a  mídia  divulga  de  forma  errada,  onde 
deveriam  tomar  conhecimento  melhor  da  definição  ou 
explicação  de  suas  matérias.  HACKERS  DE  TAL  LUGAR....FORAM 
PRESOS....A  QUADRILHA.....assim  que  eles  divulgam,  então  , 
como  se  expor  ?  Você  irá  dar  uma  consultoria,  uma  visita  de 
 

[24]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 
manutenção,  um  atendimento,  e  dirá  a  pessoa  que  é  hacker  ? 
Minha opinião fica definida em pessoa com um grau elevado de 
conhecimento e habilidades em informática ou não. 
 
"Everaldo" <everaldosilveira@> 
_ “O que a palavra hacker significa para você?” 
Pessoas com grande capacidade de raciocínio para inventar e/ou 
aprimorar  coisas  inventadas  por  outros  já  existem  há  séculos, 
como  por  exemplo  Leonardo  da  Vince,  Santos  Dumont  entre 
outros.  Mas  a  medida  que  as  tecnologias  e  os  aparelhos 
eletrônicos  foram  surgindo  e  ficando  mais  acessíveis  a 
população,  as  pessoas  tiveram  condições  de  explorar  melhor  as 
suas  habilidades  e  a  palavra  hacker  ficou  ligada  apenas  a  quem 
detém  profundo  conhecimento  em  informática.  Hacker  já 
existem  há  séculos  mas  para  a  mídia  eles  surgiram  com  a 
chegada da internet. 
 

Ninguém <id_mit_nit@> 
_ “O que a palavra hacker significa para você?” 
Tinha  uma  visão  distorcida  do  que  é  ser  hacker  devido  a  midia. 
hoje  considero  a  palavra  hacker  como  sendo  aquele  que 
conhece,  desnuda  as  falhas,  e  se  beneficia  delas,  pois  quem 
vende um produto com falhas é que deveria estar mal visto pela 
midia.  qualquer  outro  prodduto  que  compramos,  se 
 

www.escoladehackers.com.br  [25]
 
Escola de Hackers – Nível 1 
 
identificamos  uma  falha,  nós  vamos  ao  procon.  como  é  muito 
dificil  alguem  ir  ao  procon  por  causa  de  um  software  (quantos 
conhecem  as  falhas!!!).  cabe  a  nós  mostrarmos  para  que  sejam 
corrigidas e tenhamos um produto mais seguro. 
_ “Como você chegou a esta conclusão?” 
aprendizado no gurupodehacker. 
 
   

[26]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 
Considerações finais sobre o primeiro dia do seminário 
A participação neste primeiro dia foi muito proveitosa, conforme 
percebemos nas mensagens com as opiniões dos participantes. 
Encerramos  o  primeiro  dia  com  uma  notícia  inusitada.  Alguém, 
incomodado com a movimentação no grupo, enviou e‐Mail para 
as  pessoas  que  mandam  mensagens,  com  um  suposto  link  ou 
pedido de desinscrição. Parece que nossa disposição de discutir o 
assunto está incomodando mais do que esperávamos.  
Voltando ao que é realmente importante, vocês perceberam que 
as  respostas  foram  bastante  variadas,  mas  com  um  ponto  em 
comum:  a  maioria  baseia  sua  percepção  de  hacker  a  partir  da 
análise  de  um  conjunto  de  informações,  incluindo  pesquisas  e 
livros. 
O  que  eu  gostaria  de  ressaltar  é  que  poucos  usaram  como 
critério  de  embasamento,  a  definição  de  hacker  dada  pelo 
dicionário. Mas já é possível concluir é que a palavra hacker tem 
interpretações diferentes em contextos e públicos diferentes: 
 
• a fornecida pelo dicionário 
• a  do  imaginário  popular  (população  leiga):  "hackers 
invadem computadores e contas bancárias" 
• a visão dos profissionais de informática e TIC (Tecnologia 
da Informação e Comunicação) 
• a visão dos empresários 
 

www.escoladehackers.com.br  [27]
 
Escola de Hackers – Nível 1 
 
• a  visão  da  imprensa:  cracker,  hacker,  pirata  de 
computador,  quase  sempre  no  sentido  desabonatório. 
Eventualmente usam o termo ‘hacker do bem’ 
Nos  Estados  Unidos  o  mais  comum  é  o  white  hat  (hacker 
'honesto', chapéu branco), black hat (hacker 'desonesto', chapéu 
preto) e também gray hat (chapéu cinza, que é do bem, mas de 
vez  em  quando  tem  uma  recaída.4  Lá  também  usam  o  termo 
cracker. 
O que podemos fazer diante de tantas interpretações, a maioria 
tendendo  a  criminalização?  Cabe  a  nós  que  somos  do  meio, 
principalmente  aos  que  desejam  se  profissionalizar,  orientar  as 
pessoas sempre que houver esta necessidade. 
 
 
 
   

                                                            
4
 Gray hat também é uma definição para aqueles que já foi black hat e mudou de lado ou de quem 
suspeitamos ser um black hat disfarçado de White hat. 
 

[28]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 
Chamada para a ação 
A  partir  de  hoje,  sempre  que  você  ler  ou  ver  na  TV  alguém 
relacionando hackers a crimes, use alguns minutos do seu tempo 
para redigir um e‐Mail e enviá‐lo aos responsáveis pela matéria. 
Se  toda  vez  que  houver  esta  vinculação  de  hacker  a  crimes  a 
redação receber mensagens reclamando do uso dado a palavra, 
eles terão de adjetivá‐la, o que por si só já é uma vitória. 
Neste  ponto  quero  destacar  a  colocação  do  "Rodrigo  Alves 
Neves" <digrau@>: 
"Mas  a  impressa  precisa  de  uma  palavra  para  denominar 
criminosos que usam o computador para cometer crimes, então 
qual a palavra que ele podem usar?" 
É isto mesmo Rodrigo. A palavra hacker admite ser sinônimo de 
quem  invade  computadores  para  a  prática  de  crimes.  O  que 
procuramos é mostrar o lado profissional do hacker e certamente 
a  esta  altura  do  campeonato  jornal  nenhum  vai  parar  de  usar 
hacker neste sentido. Uma mudança favorável a nós se daria com 
o  substantivo  adjetivado  (hacker  x  hacker  do  bem)  ou  a  divisão 
entre hackers x crackers ou a adoção do termo cibercriminoso. 
Me  parece  que  a  opção  hacker  x  cracker  é  mais  fácil  de  ser 
adotada  e  é  esta  que  vamos  usar  quando  nos  dirigirmos  ao 
público leigo e imprensa não especializada. 

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Escola de Hackers – Nível 1 
 
Sugestão  de  mensagem  a  ser  enviada  para  a  imprensa,  sempre 
que  a  palavra  hacker  for  diretamente  relacionada  a  crimes  de 
informática: 
"Gostaria  de  parabenizar  ao  [nome  do  jornalista]  pela  matéria 
sobre hackers exibida no [nome do programa] do dia [data]. Mas 
também  gostaria  de  reclamar  quanto  a  tendência  de  vincular  a 
palavra hacker a crime. Hackers são especialistas nos problemas 
de  segurança  da  informação,  podendo  ou  não  usar  este 
conhecimento  para  cometer  atos  ilícitos.  Mas  do  jeito  que  a 
reportagem  foi  ao  ar,  ficou  a  impressão  de  que  só  existem 
hackers  criminosos.  Revendo  a  história  da  informática  e  da 
Internet,  seus  principais  fundadores  foram  hackers  e  este  lado 
não  aparece.  Gostaria  de  sugerir  que  sempre  procurem 
diferenciar  aquele  que  comete  atos  criminosos  dos  que  são 
especialistas  em  descobrir  falhas  de  segurança.  Para  os  hackers 
envolvidos  com  o  crime  sugerimos  o  uso  da  palavra  cracker, 
piratas de computador, cibercriminosos ou hackers do mal." 
E  assim  chegamos  ao  final  do  primeiro  dia  de  seminário.  Ficou 
satisfeito com as conclusões? Gostaria de acrescentar ou mudar 
algo?  Que  tal  iniciar  uma  campanha  do  tipo  "Hacker  não  é 
cracker" ? 
Continuem enviando sugestões e colaborações. 
   

[30]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 

Capítulo 2:
O que é hacker
 
OBJETIVO: Entender como surgiram os hackers 
Para  este  segundo  dia  do  seminário  vamos  procurar  entender 
como os hackers surgiram e evoluíram. Eu particularmente gosto 
de  contar  a  história  dos  hackers  através  do  cinema,  porque 
houve  esta  influência  na  proliferação  de  hackers  nos  EUA  e 
depois para o mundo. 
 
FASE 1: Pré‐história 
Antes  do  hacker  ser  vinculado  a  informática  e  redes  de 
computadores,  significava  apenas  quem  era  bom  em  alguma 
coisa, capaz de encontrar soluções e resolver problemas onde os 
outros falharam. 
Um  fato  interessante  é  que  se  buscarmos  pessoas  da  era  antes 
do  PC,  que  tenha  o  perfil  hacker  na  concepção  de  hoje, 
chegaremos a figura de Frank Abagnale, que na década de 60 deu 
muito trabalho a polícia americana por conta de suas invasões: 
• Ele descobria falhas sistema 

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Escola de Hackers – Nível 1 
 
• Ele  usava  wetware5  para  conquistar  pessoas‐chave  de 
uma  organização  e  conseguir  informações  sobre  como  o 
sistema funcionava (fingerprint/footprint) 
• Ele clonava o sistema 
• Ele explorava as falhas do sistema em benefício próprio 
• Fui  perseguido  e  capturado,  em  vez  de  preso,  foi 
convidado a trabalhar como consultor de segurança anti‐
fraude  financeira.  Hoje  mantém  uma  lucrativa  empresa 
de consultoria e dá palestras. Também lançou livros sobre 
o assunto e sua vida virou um filme. 
Parece  até  a  vida  do  hacker  Kevin  Mitnick,  mas  não  é.  Este  é  o 
histórico do Frank Abagnale. Este homem tinha a alma hacker. 
Saiba  mais  em:  http://pt.wikipedia.org/wiki/Frank_Abagnale,_Jr 
e  visitando  o  site  oficial  http://www.abagnale.com/.  Assista  o 
filme  Prenda‐me  se  For  Capaz,  com  Leonardo  DiCaprio  e  Tom 
Hanks.  A  essência  do  hackerismo  está  descrita  neste  filme,  com 
todas as letras. 
Outra referência do cinema para a pré‐história hacker é o seriado 
MacGyver, conhecido no Brasil como Profissão: Perigo, foi uma 
série  de  televisão  exibida  entre  os  anos  1980  e  90.  O  título 
original da série tem o nome do protagonista, um agente secreto 
que  não  usava  armas  e  resolvia  os  seus  problemas  graças  a 
conhecimentos  científicos,  engenhocas,  e  ao  seu  bem  amado 
canivete. Saiba mais em: http://pt.wikipedia.org/wiki/MacGyver. 
                                                            
5
 Engenharia social. 
 

[32]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 
FASE 2: Phreaking 
Podemos  dizer  que  o  computador  é  a  evolução  do  telégrafo. 
Vamos analisar: a função do telégrafo era prover a comunicação 
entre  dois  ou  mais  pontos.  O  computador  também  tem  esta 
função.  O  telégrafo  trabalhava  com  código  binário  (combinação 
de  traços  e  pontos,  que  na  verdade  é  o  sinal  elétrico  ligado  ou 
desligado,  que  por  sua  vez  são  representados  por  1  e  0).  O 
computador também trabalha com código binário, o mesmo sinal 
elétrico  representado  por  1  ou  0.  A  velocidade  é  que  é 
absurdamente  maior  e  o  processamento  idem,  permitindo  que 
os zeros e uns se transformem desde um texto até um vídeo em 
alta definição. 
A  primeira  rede  de  comunicação  foi  a  rede  telegráfica  e  a 
segunda  geração,  foi  a  rede  telefônica.  E  foi  na  rede  telefônica, 
antes do surgimento das redes de computadores, onde estão os 
relatos sobre os primeiros hacks. 
O mais famoso é o caso de Joe Engressia (conhecido depois como 
Joybubbles), um cego que descobriu falhas de segurança da rede 
telefônica americana, que permitia ser explorada usando apenas 
um apito de plástico. 
Esta  informação  foi  explorada  por  John  Draper,  que  acabou  se 
tornando  um  ídolo  para  uma  geração  de  hackers.  Introduziu  o 
conceito  de  phreaker,  ao  conseguir  fazer  ligações  gratuitas 
utilizando um apito de plástico que vinha de brinde em uma caixa 
de  cereais,  que  reproduzia  fielmente  o  som  de  2600Hz  para 
 

www.escoladehackers.com.br  [33]
 
Escola de Hackers – Nível 1 
 
acessar diretamente o satélite nas chamadas de longa distância, 
e fazê‐las sem pagar. Obrigou os  EUA a trocar de sinalização de 
controle nos seus sistemas de telefonia. Phreaker é o nome dado 
aos hackers de telefonia (phone + freak ou phreak). 
Infelizmente  não  temos  filmes  retratando  este  período  da 
história dos hackers. O phreaking só voltou a aparecer nos filmes 
anos depois, a partir de celulares e smartphones. 
Saiba mais sobre John Draper, o Capitão Crunch, visitando o site: 
http://pt.wikipedia.org/wiki/John_Draper 
Ou a página oficial, em: 
http://www.webcrunchers.com/crunch/ 
Outra  invasão  lendária  foi  feita  por  Ian  Murphy,  o  Capitão  Zap, 
que  invadiu  a  rede  da  empresa  de  telefonia  AT&T  e  mudou  o 
relógio interno do sistema de tarifação. É sabido que uma ligação 
interurbana  é  mais  cara  de  dia.  Com  o  relógio  invertido,  AM 
passou a PM, por vários dias quem ligava à noite é quem pagava 
mais caro pela ligação. 
 
FASE  3:  Os  hackers  do  MIT  (Massachusetts  Institute  of 
Technology) 
Na era pré‐PC, estudantes do MIT se autodenominavam hackers 
por  serem  bons  em  lidar  com  problemas  de  informática,  criar 
soluções  e  descobrir  caminhos  onde  ninguém  mais  conseguia. 
 

[34]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 
Nada a ver com invasão, apenas com a sede pelo conhecimento e 
a capacidade de modificar equipamentos e sistemas. 
 
FASE 4: COMPUTADORES PODEM SER INVADIDOS 
Na década de 70 as pessoas trabalhavam em terminais ligados a 
um  computador  maior.  Foi  nesta  época  que  programadores 
começaram  a  incluir  trechos  de  códigos  em  programas  visando 
proveito  próprio.  Aqueles  famosos  códigos  que  desviavam 
centavos da conta corrente ou do salário de cada empregado. O 
filme Superman III (1983) usou isto como parte da narrativa. E o 
filme War Games (1983) também abordou esta possibilidade do 
computador  central  (mainframe)  ser  invadido.  Este  filme 
incentivou muitos jovens a se tornarem hackers. 
 
FASE 5: SCRIPT KIDDIE 
Esta  fase  foi  a  que  consolidou  o  nome  hacker  como  invasor  de 
computadores. Foi na década de 80 quando cada pessoa poderia 
ter  seu  próprio  microcomputador.  E  os  jovens  começaram  a 
descobrir que aquele sistema podia fazer coisas que não estavam 
previstas.  Então  passaram  a  ler  livros  e  manuais  de  sistemas  e 
trocar informações sobre invasão. 
Foi  a  fase  onde  mais  ataques  individuais  ocorreram  em  toda  a 
história da informática. 
 
 

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Escola de Hackers – Nível 1 
 
FASE 6: CAÇADOS 
A  situação  tornou‐se  um  problema  para  a  Economia  e  para  a 
Segurança Nacional nos EUA. Hackers começaram a ser caçados 
em  todos  os  estados.  Bastava  alguém  ter  seu  IP  rastreado  para 
ver  sua  casa  invadida  pelo  FBI,  a  polícia  federal  americana.  A 
situação  tornou‐se  tão  insustentável  que  fez  surgir  associações 
de  defesa  para  hackers  que  não  conseguiam  pagar  por  um 
advogado. 
O  filme  Hackers  (1995)  com  Angelina  Jolie  em  início  de  carreira 
retrata  bem  o  que  aconteceu  nos  EUA  daquela  época.  O  filme 
Takedown  (2000)  conta  a  história  da  perseguição  e  prisão  do 
Kevin  Mitnick,  outro  retrato  da  época  em  que  os  hackers  eram 
caçados como criminosos nos EUA.  
Algumas curiosidades: 
• a  Internet  comercial  chegou  ao  Brasil  em  1995,  quando 
nos EUA hackers já estavam sendo caçados 
• em 1995 foi quando eu comecei a hacker BBSs 
• Kevin Mitnick foi preso em 1995 e ficou proibido de usar 
computadores até o ano 2000 
 
FASE 7: PRECISAMOS DELES 
Na  década  de  90  a  indústria  percebeu  que  era  melhor  ter  os 
hackers  como  aliados.  É  neste  período  que  surge  o  conceito  de 
Ética  Hacker,  onde  a  pessoa  se  compromete  a  usar  o 
 

[36]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 
conhecimento  com  responsabilidade,  sem  cometer  crimes. 
Filmes que demonstram o interesse do Governo e das empresas 
em ter hackers como aliados é O Núcleo (2003).  
No  filme  Ameaça  Virtual  (2001),  com  Tim  Robbins,  temos  o 
retrato  de  outra  situação  comum  até  hoje,  que  é  da  empresa 
explorando  a  ingenuidade  de  jovens  hackers  para 
desenvolvimento de novos produtos ou práticas de concorrência 
desleal, como fraude e espionagem indústria.  
O  Quebra  de  Sigilo  (1992)  e  Firewall  (2006)  mostra  ex‐hackers 
que abriram empresas de segurança ou foram contratados  para 
cuidar da segurança. Conforme observamos lendo a biografia dos 
hackers famosos, isto aconteceu com a maioria deles. 
 
FASE 8: MOCINHOS E BANDIDOS 
Esta é a fase atual. Muitos hackers e não hackers partiram para o 
crime.  No  Brasil  temos  dezenas  de  notícias  envolvendo  práticas 
hacker  e  crime.  Mas  também  tivemos  o  aumento  da  oferta  de 
cursos na área de segurança. É o batalhão anti‐hacker. O dilema é 
que  no  Brasil  a  palavra  hacker  não  é  bem  vista  no  mercado  de 
trabalho.  Mas  com  os  mesmos  conhecimentos  do  hacker  nós 
vamos encontrar profissionais de segurança da informação. 
Um filme atual que mostra este cenário de embate entre hackers 
e crackers é o Duro de Matar 4.0 (2007). 
 
 

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Escola de Hackers – Nível 1 
 
Outros  filmes  de  Hoolywood  que  contribuem  para  o 
entendimento da evolução do hacker: 
• A  Rede  (1995)  e  A  Rede  2.0  (2006)  trata  do  roubo  de 
identidade. Cada vez mais não passamos de um usuário e 
senha  e  qualquer  pessoa  com  estes  dados  terá  todos  os 
nossos direitos no mundo virtual. 
• A  Senha  (2001)  trata  de  hackers  seqüestrados  para 
colaborar em crimes. Eu mesmo fui sondado pelo tráfico 
do Rio antes de mudar para Salvador. Nos EUA existe esta 
preocupação  de  hackers  serem  contatados,  mas  é  por 
terroristas.  Por  lá,  quem  lida  com  este  assunto  é 
monitorado. 
O  que  você  achou  desta  versão  da  história  dos  hackers?  O  que 
gostaria  de  acrescentar,  remover  ou  modificar?  Quais  outros 
filmes você recomenda para ilustrar o assunto? 
Vamos  conhecer  as  contribuições  dos  participantes,  transcritas 
tais  como  foram  apresentadas  ao  grupo,  mantendo  inclusive,  a 
escrita típica da Internet: 
Alexandre Topeca topecafilho@ 
Achei  ótima  essa  versão  histórica  do  mundo  hacker,  professor. 
Mas  já  respondendo  a  próxima  pergunta  gostaria  que  o  senhor 
acrescentasse  também  os  documentários  feitos  sobre  o  mundo 
hacker,  que  também  retratam  esses  fatos  históricos  dessa 
cultura.  Os  documentários  ‐  Hackers  Criminosos  ou  Anjos; 

[38]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 
Documentário Linux e outro sobre a campanha da libertação do 
Kevin. 
 

"BAD STEEL" badsteelpc@ 
Percebi  que  desde  o  principio  os  hacker  sempre  foram  tratados 
com  desconfiança,  eles  foram  acusados  e  punidos  por 
descobrirem falhas que quando solucionadas melhoraram a vida 
dos  usuarios  dos  produtos.  É  a  histórias  da  humanidade,  quem 
tem  conhecimento  é  temido  por  quem  tem  o  poder,  não  é 
interessante para ninguém ter suas falhas e segredos revelados. 
A  desconfiaça  que  a  população  tem  em  relação  aos  hackers 
devido  ao  uso  incorreto  desse  termo  pela  mídia,  impede  que 
profissionais  qualificados  possam  colaborar  no  desenvolvimento 
de  produtos  mais  confiáveis  simplesmente  por  que  possuem 
mais conhecimentos que a maioria. 
Não me considero um hacker, e ainda tenho um longo caminho a 
trilhar  na  busca  de  conhecimento  para  meu  aprimoramento 
profissional. Mas já sinto essa discriminação na pele apenas por 
ser técnico em informática e possuir mais conhecimento que os 
outros em minha cidade nessa área. Já perde a conta de quantas 
pessoas  me  abordaram  com  acusações  do  tipo:  "Você  invadiu  o 
meu  e‐mail",  "Você  desfigurou  o  meu  site  por  pura  inveja"  ou 
pedidos o tipo "Eu sei que você é um hacker, invada o Orkut de 
fulano  de  tal  e  pegue  a  senha  para  mim",  já  chequei  a  perder 
uma vaga de emprego porque uma das pessoas da empresa tinha 

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Escola de Hackers – Nível 1 
 
medo que eu pudesse invadir a rede da empresa e pegar dados 
sigilósos. 
Quanto aos  filmes já assisti a maioria dos citados e com poucas 
exceções  são  bons  filmes.  Gostaria  de  acrescentar  que  em  meu 
ponto  de  vista  muitos  fabricantes  de  softwares  gostariam  de 
criminalizar a palavra hacker e a s pessoas que assim se intitulam 
como forma de justificar a falha de seus produtos. Não acredito 
que  nenhum  desenvolvedor  de  softwares  comerciais  goste  de 
admitir que um de seus produtos possui uma falha de segurança 
que  permite  invasão  ou  manupulação  do  mesmo  para  um 
propósito que não foi projetado. Assim é muito mais facil culpar 
a  pessoa  que  descobriu  a  falha,  até  mesmo  tentar  convencer  o 
público que a mesma foi causada pelo hacker, do que admitir a 
própria incapacidade de produzir um software mais seguro. 
 

cleriton geremia freire <clebill@> 
Professor,  primeiramente  muito  boa  estas  histórias.  Elas  falam, 
tanto  de  evolução  dos  HACKERs  e  PHREACKERs,  como  de 
evolução  da  visão  da  sociedade  sobre  os  mesmos.  Então  com 
certeza eu não faria melhor, sem nada a remover ou modificar. 
Quanto  a  isso,  eu  tenho  alguns  filmes  que  se  relacionam  um 
pouco com o assunto: 
1. Hackers 2 
2. Os  Piratas  de  Silicon  Valley  ‐>  história  da  Apple  e 
Microsoft 
 

[40]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 
3. RevolutionOS ‐> documentário Linux 
4. The Code (linux) ‐> documentário Linux 
5. Filmes do MATRIX. 
 

"Rodrigo Alves Neves" <digrau@> 
Histórias  de  Hackers  sempre  inspiraram  temas  de  filmes  de 
Hollywood,  com  invasões  de  sistemas  em  minutos,  mudança  de 
órbita  de  satélites  pelo  computador,  acesso  a  mainframes  com 
um  simples  notebook,  tudo  isso  inspirou  gerações  a  entrar  na 
área  de  Segurança  da  Informação,  fazendo  com  que  todos 
queiram ser Hackers. Eu comecei a admirar o mundo hacker com 
o filme "Hackers (1995)" e queria ser o Zero Cool. Mas depois de 
bastante  estudo  fui  percebendo  que  as  coisa  não  funcionavam 
tão simples quanto os filmes passavam para gente, que para você 
conseguir  uma  invasão  é  precido  um  plano  de  ataque  e  uma 
elaboração que pode durar até meses. Isso é a realidade, estudar 
bastante  e  demorar  quase  sempre  pra  conseguir  atingir  o  seu 
objetivo,  mas  sempre  tentando  descobrir  falhas,  pra  tentar 
consertar ou não. 
Mas esse talvez não seja o objetivo ser hacker, hacker é a forma 
de  pensar,  assim  como  no  filme  do  "prenda‐me  se  for  capaz", 
onde  ele  "invadiu"  os  sistemas  sem  sequer  ter  acessado  um 
computador, usando somente a "Engenharia Social". O ponto em 
que  gosto  de  comentar é  que  em  alguns  filmes  de  espionagem, 
também mostram hacker ou acessos não autorizados a sistemas, 
no filme 007 Goldeneye, o vilão consegue acesso ao satélite para 
 

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Escola de Hackers – Nível 1 
 
desviar  dinheiro,  em  outro  filme  de  007  (Casino  Royale)  a  MI6 
usa o google para pesquisar sobre o novo avião em que Bond vai 
impedir  o  ataque.  No  filme  de  Jason  Bourne,  ele  usa  o 
computador para obter uma informação. 
Desde  os  tempos  da  espionagem,  usam‐se  equipamentos 
eletrônicos,  e  os  hackers  são  pessoas  que  dominam  bem  essas 
tecnologias.  Hackers  são  espiões  também,  mas  usam  esse 
conhecimento da forma que achar melhor. 
Vou fazer mais uma pergunta aqui no seminário: hacker podem 
ser pessoas que revolucionaram a informática? 
Tipo no filme "piratas do vale do silício", Bill Gates e Steve Jobs 
que  criaram  as  suas  empresas.  Eles  são  considerados  Hackers? 
Larry page e sergey brin também são? Os criadores do YouTube 
também?  Como  esses  contribuíram  para  a  comunidade  hacker? 
(tudo  bem  que  eles  contribuíram  para  tudo  o  que  conhecemos 
hoje)  Mas  como  é  classificada  a  comunidade  hacker?  Por  ter 
revolucionado  o  mundo  eles  fazem  parte  dessa  comunidade  ou 
estão acima dela? 
 

"Luiz Vieira" <luizwt@> 
Gostaria de acrescentar mais alguns dados às colocações do prof. 
Marco Aurélio: 
‐ Na citada fase 2, quem fez a invasão do sistema da AT&T foi o 
hacker conhecido como Captain Zap (aka, Ian Murphy), que hoje 
em  dia  trabalha  como  consultor  de  segurança.  Inclusive,  sua 
 

[42]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 
história deu origem à um curta de 30min. Chamado "Captain Zap 
‐  The  Movie  (1989)": 
http://attrition.org/errata/charlatan/murphy/ 
Outro  filme  que  gostaria  de  citar,  que  versa  mais  sobre 
Engenharia Social é o "Talentoso Ripley", onde um cara assume a 
identidade de outras pessoas para alcançar seus objetivos. Existe 
um  documentário  na  net,  disponível  para  download  em  redes 
P2P  que  tbm  é  interessante,  chamado  "Hackers:  anjos  ou 
criminosos?",  onde  mostra  justamente  a  galera  que  invade  e  o 
pessoal  que  trabalha  com  segurança  da  informação,  mas  com  o 
mesmo  conhecimento  que  os  primeiros.  Em  alguns  momentos 
eles  usam  os  termos  Black  Hat  e  White  Hat,  que  já  foram 
explicados pelo professor em seus e‐mails. 
 
bad_religion <cyber_gb@> 
Muito  boa  versão,  muito  bem  explicada  e  mostra  como 
realmente  foi  o  nascimento  e  a  evolução  dos  mesmos.  No 
momento  não  gostaria  de  acrescentar,  remover  ou  modificar, 
porque nada me vem a cabeça, mas quando vier concerteza irei 
mandar  =D  Um  que  eu  acho  que  mostro  como  são  os  Hackers 
mesmo foi o filme Matrix. Porque se vocês pararem para pensar 
todos  os  personagens  representam  um  programa  do  sistema. 
Como  assim?  Desse  jeito,  a  "Matrix"  é  como  se  fosse  o  sistema 
operacional, os "Agentes" são como programas que protegem o 
sistema contra invasores, Trinity, Morfeu e compania são hackers 
 

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Escola de Hackers – Nível 1 
 
que  invadem  o  sistema  sem  nenhum  privilégio,  Neo  é  o  hacker 
que  consegue  invadir  o  sistema  como  root  ou  administrador, 
"Oráculo" é como se fosse o núcleo do sistema e o "Seraph" é o 
Firewall  que  protege  o  núcleo.  Tanto  é  que  quando  o  Neo  vai 
lutar  com  o  Seraph,  o  Neo  pergunta  quem  ele  é,  e  o  Seraph 
responde: " Eu sou aquele que protege oque é mais importante". 
Filmes que também retratam o cenário hacker: Saída de Mestre, 
Onze homens e um segredo, doze homens e outro segredo, treze 
homens e mais outro segredo. 
 

Ninguém <id_mit_nit@> 
Em quase todas as ações mostradas em filmes, o hacker é visto a 
margem  da  sociedade.  já  esta  em  tempo  de  mostrar  o  hacker 
com  seu  devido  valor,  ou  seja,  como  aquele  que  conhece  o 
processo  melhor  que  o  seu  criador  e  que  através  dos  seus 
conhecimentos,  pode‐se  obter  muito  mais  para  proteção 
daqueles que se encontram vulneraveis. a presença do hacker na 
sociedade  é  mais  necessária  e  muito  mais  positiva  do  que  é 
mostrada pelos que detem a informação. 
   

"Andre" <h4.andre@> 
Muito  boa  a  história  e  os  filmes  abordados  e  citados.  Com 
relação  ao  hacker  tirar  1  centavos  de  cada  conta,  no  brasil  já 
aconteceu  algo  semelhante  onde  o  gerente  do  banco  tirava  de 
cada correntista de 1 a 10 centavos por conta todo mês. 
 

[44]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 
Considerações finais sobre o segundo dia do seminário 
Foi  bastante  produtiva  as  contribuições  deste  segundo  dia  de 
seminário.  Não  inclui  documentários  na  minha  lista  original  por 
que  o  documentário  retrata  todo  um  período  e  a  intenção  do 
artigo foi contar a história, pontuando a influência dos filmes em 
determinados períodos das manifestações hacker nos EUA. 

Recomendo  que  leiam  as  contribuições  enviadas  pelos 


participantes e assistam aos filmes e documentários indicados. 

Concluímos  que  o  movimento  hacker  sofreu  mutações  no 


decorrer dos anos. Também a sociedade passou a ver os hackers 
de forma diferente, em diferentes épocas. Percebemos também 
que  apesar  de  muitos  buscarem  o  conhecimento  hacker, 
preferem não serem identificados desta forma. 

No filme Takedown, a personagem Mitnick, já atrás das grades, 
dialoga com seu captor: _"Você faz o mesmo que eu. Por que eu 
estou preso e você não?" 

Também no documentário Hackers Criminosos ou Anjos, temos 
esta dualidade. Pessoas com o mesmo conhecimento, mas sendo 
apresentadas  como  hackers  ou  como  profissionais  de  TIC 
(tecnologia da informação e comunicação), 

Não  é  difícil  perceber  que  os  hackers  retratados  são  aqueles 


cujas ações resultam em dano. Não é o conhecimento que torna 
um  hacker  rejeitado  socialmente.  É  o  uso  que  ele  faz  deste 
conhecimento. 
 

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[46]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 

Capítulo 3:
O hack original
 
OBJETIVO: Entender o conceito de hack 
 

Para  aprofundarmos  nossa  visão  do  que  é  o  hacker,  iniciada  no 


primeiro dia do seminário, precisamos entender o que gera o SER 
na sociedade. 

Somos  conhecidos  na  sociedade  pelo  que  FAZEMOS.  Ou  seja, 


SOMOS o que FAZEMOS. Você É o que você FAZ. Quem não faz 
nada, não é nada.  

O que você é? 

Estudante? Médico? Dentista? Engenheiro? Qualquer que seja a 
resposta, você sempre será o que você faz. O estudante estuda, o 
médico  exerce  a  medicina,  o  dentista  exerce  a  medicina 
especializada, o engenheiro exerce a engenharia. 
Com  o  hacker  acontece  o  mesmo.  O  hacker  é  quem  faz  hacks, 
independente de qualquer outra definição que já tenhamos visto. 
Só se é hacker fazendo as coisas que os hackers fazem. E hackers 
fazem hacks. 
 

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Escola de Hackers – Nível 1 
 
O que é hack? 

Consultando  o  dicionário  da  língua  inglesa,  o  Webster, 


descobrimos  que  hack6  é  um  verbo  em  uso  desde  o  Século  XIII, 
para definir quem abre caminho a golpes de machado ou numa 
versão mais moderna: encontra a saída onde os outros falharam. 

O conceito de hack 

Entre  você  e  seu  objetivo  existe  um  obstáculo.  Vencer  este 


obstáculo  é  um  hack.  Vamos  a  um  experimento.    Tente  criar 
pastas no Windows com os seguintes nomes: PRN, COM1, LPT1. 
O  sistema  não  permitirá.  Então  temos  um  obstáculo,  correto? 
Vencer  este  obstáculo  é  fazer  um  hack.  É  abrir  aquele  caminho 
onde a maioria não consegue. Se você seguir o caminho abaixo, 
conseguirá criar as tais pastas: 
Iniciar -> Executar -> (digitar) CMD -> (clicar) OK

Na janela de prompt de comando, digite:  
mkdir \\.\c:\prn

Pronto. Conseguiu criar as pastas. Você fez um hack. Agora tente 
apagá‐las. 

                                                            
6
 http://www.merriam‐webster.com/dictionary/hack 
 

[48]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 
Quando  palestrei  na  Faculdade  de  Porto  Velho  (FIP)7  dei  um 
exemplo com a música Metamorfose Ambulante do Raul Seixas, 
gravada  em  uma  versão  especial  para  o  comercial  do  Vectra.  A 
música não poderia ser baixada, só ouvida. Não existir a música 
para  compra  era  um  obstáculo  que  impediria  a  maioria  das 
pessoas  de  obter  a  música  para  ouvi‐la  quando  quiser,  mesmo 
sem  estar  conectado  a  Internet.  Ao  fazer  o  hack  conseguimos 
superar  o  obstáculo  e  baixar  a  música.  É  isto  que  o  hacker  faz: 
hacks.  

Este conceito de hack é mais forte entre os hackers americanos e 
em  alguns  filmes  você  poderá  perceber  algumas  disputas  entre 
quem tem o melhor hack. 

Você faz hacks? Quais? Como? 

O hack original 

Quando você faz um hack, existem três possibilidades: 

1. o hack foi criado por você 
2. o hack foi adaptado por você 
3. o hack foi copiado por você 

Os  hackers  mais  valorizados  são  os  que  criam  o  hack  original. 
Mesmo que sejam simples, como a forma de criar as tais pastas 
                                                            
7
 http://www.portalfip.com.br/ 
 

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Escola de Hackers – Nível 1 
 
proibidas.  Mas  quem  sai  na  frente  é  o  autor  e  os  outros  são 
cópias. 

Veja  o  caso  da  Escola  de  Hacker.  Alguém  que  queira  superar 
nosso  trabalho,  se  fizer  todos  os  módulos,  seminários,  revistas, 
vídeoaulas, tudo o que já fizemos, até aí só nos copiou. Apenas o 
que  surgir  além  do  que  já  fizemos  será  o  material  original,  não 
copiado. Fazer o que já está feito é apenas reproduzir (melhor ou 
pior) algo que já existe, algo que já foi criado.  

Quando você faz um hack, deve se perguntar: 

_”Este  hack  é  meu  ou  é  algo  que  estou  copiando 


(reproduzindo)?” 

_”Existe algum hack que eu modifiquei?” 

_”Existe algum hack de minha autoria?” 

Nossa reflexão deste terceiro dia é justamente esta: 

1. ”Você concorda o conceito de identificação do hacker?” 
2. “Qual é a sua visão do hacker a partir das considerações 
sobre hacks?” 
3. ”Entendeu o motivo de alguns hackers serem mais 
valorizados que outros?” 
4. ”Qual é o seu propósito: reproduzir hacks (copiar), 
modificar hacks ou criar hacks?” 

[50]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 
As respostas a estas perguntas servirão para aproximá‐lo do seu 
próprio hack, o hack original. 

Vamos  conhecer  agora  as  respostas  e  contribuições  dos 


participantes,  transcritas  tais  como  foram  apresentadas  ao 
grupo, mantendo inclusive, a escrita típica da Internet: 
 

João Wianney <joao_mh@> 

1. Concordo ser hacker é fazer hacker, criar hacker. 
2. A minha visão de um hacker é de uma pessoa Que gosta 
do que faz e sente prazer naquilo que é feito, o pricipal motivo na 
vida de um hacker é SUPERAÇÃO. 
3. Entendi devemos ser o que somos o que  nascemos para 
fazer (criar e aperfeisoar). 
4. Criar 
 

"BAD STEEL" <badsteelpc@> 

1. Creio  que  como  forma  mais  básica  de  identificação  da 


palavra esse conceito seja correto, porem, em uma análise mais 
ampla,  considerando‐se  outros  fatores  alem  do  fazer  hack,  este 
conceito  não  seria  suficiente.  Isso  porque  assim  como  existem, 
por  exemplo,  médico  que  exercem  a  medicina  de  forma 
responsável,  existem  os  verdadeiros  médicos  açougueiros,  que 
tratam  os  acientes  como  cobaias  de  laboratória,  testando 
tratamentos  de  forma  aleatória  sem  nenhuma  idéia  do  que  o 
paciente  tem.  Esses  poderiam  realmente  ser  onsiderador 
 

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Escola de Hackers – Nível 1 
 
médicos?  Assim  como  "pseudohackers"  que  já  pegam  hacks 
prontos  e  apenas  testam  de  forma  aleatória  em  ips  também 
aleatórios e por coincidência conseguem fazer um hack, também 
devem ser considerados hackers? Bom essa é minha opnião. 
2. Hacker  é  um  indivíduo  altamente  capacitado,  não 
necessariamente  em  invasão  de  sistemas,  que  usa  seus 
conhecimentos  para  fazerem  coisas  que  outras  pessoas 
normalmente  não  conseguem  ou  que  sistemas  não  foram 
projetados  necessáriamente  para  faze‐las.  Sendo  que,  este 
indivíduo pode criar esse método de forma original, adaptar um 
método  já  existente  ou  copiar  um  método  agregando‐o  ao  seu 
plano de ataque. 
3. O  hacker  que  originalmente  criam  o  hack  literalmete 
abrem  um  novo  leque  de  possibilidades  no  uso  de  uma  falha 
específica  para  que  outras  pessoas  também  possam  usar  essa 
falha,  ou  para  que  os  fabricantes  produzarm  produtos  mais 
seguros, o que demonstra um real conhecimento desta pessoa.  
4. A  princípio  pretendo  entender  como  estes  hacks  foram 
criados  e  como  eles  funcionam,  com  o  devido  tempo  e 
conhecimento suficiente quem sabe criar meu próprio hack. 
 

"Andre" <h4.andre@> 

1. Concordo com a identificação do conceito de Hacker. 
2. Viso sempre estar apto a estudar e resolver qualquer 
situação inesperada ou com metas a serem atingidas. 
3. Entendi o valor de um hacker. 
 

[52]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 
4. Propósito é sempre criar hacker, caso eu reproduza ou 
modifique seria apenas para estudo pessoal. 
 

bad_religion <cyber_gb@> 

1. Não  tem  como  discordar,  afinal  hacker  é  aquele  que 


supera obstáculos, acha caminhos aonde ninguem mais achou. 
2.  Não  conhecia  essa  visão  entre  hackers  e  hacks,  achei 
muito  interessante  pois  sempre  vemos  alguem  criando  tutoriais 
como: " Aprenda a Roubar tal coisa ", e isso não passa de plágio, 
achei muito legal essa vião. 
3. Concerteza,  afinal  nós  devemos  parabenizar  o  criador  e 
não quem passa a informação pra frente! 
4. Por  enquanto  como  não  tenho  conhecimento  sucificente 
embora  esteje  buscando  o  mesmo,  acho  que  mais  pra  frente 
poderei  contribuir  com  a  comunidade  hacker  em  geral  criando 
meus próprios hacks, agora em relação a copias ou modificações, 
pretendo  modificar  alguns  que  eu  perceber  que  está  errado 
agora copias não pretendo fazer, simplesmente irei aprende‐las. 
 

cleriton geremia freire <clebill@> 

1. Obviamente.  Se  fazemos  ações  Hackers,  somos  Hackers 


querendo ou não. 
2. Para  mim,  ser  considerado  Hacker  é  um  elogio.  Pois,  já 
que  Hack,  e  a  nossa  definição  de  Hacker,  é  ser  alguém  que  vai 
aonde  os  outros  não  conseguem  ir,  descobrir  falhas  que  outros 
não  inchergam,  somos  então  ótimos  naquilo  que  fazemos,  e  se 
 

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Escola de Hackers – Nível 1 
 
somos  ótimos  nisso,  quer  dizer  que  somos  pessoas  ótimas... 
seguindo a teoria de que Somos oque Fazemos. 
3. Sim, entendi. Mas nem sempre isso ocorre. Pois hoje em 
dia,  estão  valorizando  os  Hackers  que  apenas  copiam,  já  que 
copiando, pode‐se fazer melhor usando a própria teoria Hacker, 
de tentarmos achar falhas e defeitos. 
4. O  meu  propósito  é  criar  meu  próprio  Hack,  e  também 
modicar os dos outros, afim de evolução. 
 

"Rodrigo Alves Neves" <digrau@> 

1. Concordo, pois os hackers são as pessoas mais estudiosas 
e inteligentes na terra, então eles possuem algo "diferencial" das 
outras  pessoas.  Nada  mais  justo  que  seja  alguma  coisa  em  que 
ele consiga ir aonde os outros não foram. 
2. Minha visão é que hack é algo a ser vencido pelo hacker, 
algo em que seja um desafio, é por isso que existem os desafios 
de hackers (desafio coreano). 
3. Gostei  dessa  explicação  do  Prof.  Marco  Aurélio  sobre 
hack, pois foi bastante objetivo, falando o que os hackers fazem 
independentemente  de  computadores,  mas  usando  a  "mente 
hacker"  para  resolver  problemas.  Assim  como  um  médico  faz 
medicina,  advogado  direito,  hackers  fazem  hack.  Para  ser 
considerado hacker, é preciso ter um HACK ORIGINAL. 
4. O  meu  propósito  é  produzir  hackers,  para  ser 
reconhecido,  assim  como  citei  no  segundo  dia,  os  criadores  de 

[54]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 
algumas  coisas  que  existem  hoje,  por  exemplo  o  Google.  Eles 
conseguiram coisas que outros não conseguiram, isso é hack. 
 

"Luiz Vieira" <luizwt@> 

1. Concordo plenamente, pois vemos na prática que hacker 
é aquele que chegou lá, onde ninguém conseguiu chegar ainda. 
2. Minha  visão  é  da  pessoa  que  faz  as  perguntas  corretas. 
Muitas  pessoas  possuem  questões,  dúvidas  e  etc,  e  as  vezes  o 
mais  importante  do  processo  não  é  como  vc  consegue  as 
respostas, mas sim como vc faz as perguntas. Quando fazemos as 
perguntas certas, vamos mais além, como o hacker, que as vezes 
conseguem muito mais do que almejavam no início. As vezes não 
adianta  fazer  dez  perguntas  diferentes,  pois  ficaremos 
arranhando  apenas  a  superfície;  contudo,  quando  fazemos 
apenas  uma  pergunta  certa,  toda  a  dúvida  se  desfaz  e  vemos 
mais além do que imaginávamos no princípio. Essa é minha visão 
atual do hacker! 
3. Isso é natural e compreensível. Afinal, qual a pessoa que 
mostra  maior  capacidade:  aquela  que  cria  ou  a  que  copia?  Os 
exploradores  que  já  pegam  uma  nova  área  que  já  é  explorada, 
sempre  será  menos  valorizado  do  que  o  pioneiro,  aquele  que 
desbravou,  percorreu  o  caminho  sozinho,  e  onde  muitos 
achavam que não havia nada, encontrou algo de valor. 
4. Meu propósito sempre foi e sempre será o de criar hacks! 
Sei que ainda estou no estágio de reproduzir e modificar, mas sei 

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Escola de Hackers – Nível 1 
 
que  meus  esforços  estão  me  levando  a  ser  capaz  de  criar  em 
algum momento. 
 

danubio santos <nubiod2@> 

1. eu  não  concordo,  prefiro  o  a  nonimato,  o  hacker  estaria 


esposto  a  pessoas  mal  intencionadas  como  o  Prof.  Marcos 
Aurelio citou um exemplo de si, no rio de janeiro. 
2. hacker  e  aquela  pessoa  que  faz  o  que  outras  não 
consegue  fazer,  ultrapassar  os  obstáculos  que  parecem  ser 
impossíveis, que ver além do que seus olhos permitem. e buscam 
o que muitos não vem. 
3. por  que ele cria sua própria identidade,  ver  e faz o que 
outros não conseguem. 
4. criar hacks,  aperfeiçoar hack, e nunca me limitar ao meu 
conhecimento  e  esta  sempre  buscando  +  e  +,  e  conhecendo, 
aprendendo com os hack de outros. 
 

"Marcelo Alves" <baquelo@>  

1. Concordo sim. 
2. Mesmo  que  os  hackers  fazem  hacks,  na  minha  opinião, 
eles  ajudam  muito  a  sociedade  e  as  empresas  de  software, 
avisando os erros existentes. 
3. Essa  questão  de  valorização  eu  acho  muito  certa,  senão 
pessoas  que  nem  sabem  mexer  em  um  computador  direito, 
copiaria  os  hacks  prontos  e  seriam  valorizadas  no  lugardos 
hackers que mereceriam este prestígio. 
 

[56]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 
4. Atualmente  o  meu  propósito  é  reproduzir  hacks,  porque 
eu ainda estou começando a estudar programação. 

<id_mit_nit@> 

Concordo com o que foi dito e ratifico que é exatamente os que 
fazem  hack  que  fazem  a  diferença.      por  enquanto  eu  estou 
apenas copiando hack, mais já estou dando os primeiros passos 
para fazer hack que que obter o conhecimento.   ser hack original 
não é facil... 
 

"Rafaela" <fire390_indeterminada@> 

1. Eu concordo 
2. Minha visão é que apesar das dificuldades um hacker vai 
sempre  achar  um  jeito,  irá  criar  um  modo  de  conseguir  atingir 
seu objetivo e também e por que não de ajudar os outros. Hacker 
é sempre inovar. 
3. Num  mundo  onde  nada  se  cria  e  tudo  se  copia,  que  é 
criativo  e  consegue  gerar  algo  realmente  novo,tem  que  ser 
valorizado, também pelo esforço e pela vontade de criar. 
4. Meu  maior  propósito  é  criar,porém,  uso  hack  já  feitos 
para aprender e tirar inspiração para criar os meus próprios 
 

"Carla" <carla@> 

1. e 2. Está perfeita.Mostra que hackear é uma atitude, uma 
disposição  em  encontrar  brechas  onde  outros  não  encontram. 
 

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Escola de Hackers – Nível 1 
 
Fica  explícito  que  hackear  nada  tem  a  ver  com  programar,  mas 
com abrir caminhos. Bem interessante o exemplo de criação das 
pastas  na  raiz  do  Windows.  A  deleção  ocorre  da  mesma  forma, 
usando o comando rmdir (rmdir \\.\C:\pasta).    Exemplo de hack 
simples e eficaz. 
3. Pseudo‐hackers  restringem‐se  a  usar  o  que  outros 
desenvolveram, não tem disposição mental ou potencial criativo 
para inovar. 
4. Não estaria aqui se meu objetivo fosse apenas reproduzir. 
Basta  ver  a  quantidade  de  códigos  disponíveis  na  Internet,  que 
induzem a pessoa a executar, sem ter a menor noção do que está 
fazendo. 

Concluindo  este  quarto  dia  do  seminário,  podemos  fazer  a 


seguinte analogia do hack com a foto. 

• Fotógrafos fazem fotos, hackers fazem hacks. 
• Se  alguém  diz  ser  fotógrafo,  pedimos  para  ver  as  fotos 
que  fez.  Se  alguém  se  diz  hacker,  pedimos  para  ver  os 
hacks que fez. 
• Um  fotógrafo  pode  fazer  fotos  iguais  as  que  todo  
fotógrafo faz. Um hacker pode fazer hacks iguais aos que 
todo hacker faz. 
• Um fotógrafo pode aproveitar a idéia de uma foto e fazer 
outra  melhor.  Um  hacker  pode  aproveitar  a  idéia  de  um 
hack e fazer outro melhor. 

[58]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 
• Alguns  fotógrafos  conseguem  fazer  fotos  originais, 
daquelas  que  entram  para  a  história.  Alguns  hackers 
conseguem  fazer  hacks  originais,  daqueles  que  entram 
para a história. 

Percepção hacker 

O que tem um fotógrafo em comum com o hacker é a percepção. 
Os recursos para se chegar a foto ou ao hack original encontram‐
se  disponível  a  todos.  A  diferença  é  a  percepção.  Uma 
sensibilidade que falta a maioria das pessoas. 

Podemos fazer outra analogia, desta vez com o ensino da escrita. 
Todos aprendem e tem acesso a mesma quantidade de letras: 23 
no alfabeto brasileiro e 26 no alfabeto latino. 

Mas  quantos  conseguem  usar  estas  letras  para  criar  clássicos 


literários, a exemplo do que fez Castro Alves, Augusto dos Anjos, 
Machado de Assis, Jorge Amado ou Paulo Coelho? 

Os hacks também são assim. Depende de um algo mais que não é 
ensinado em lugar nenhum. Já vem (ou não) com a pessoa. O que 
podemos  fazer  é  despertar  ou  expandir  a  percepção.  Mas  não 
sejamos  ingênuos  pensando  que  todos  se  tornarão  grandes 
mestres, donos de hacks originais. 

“Nem  tão  bom  quanto  os  imortais,  nem  tão  ruim  que  me 
odeiem.” – Marco Aurélio Thompson 

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Escola de Hackers – Nível 1 
 
   

[60]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 

Capítulo 4:
Por que ser hacker?
 
OBJETIVO: Identificar a motivação pessoal para ser hacker 
 

A  qualidade  de  energia  que  dedicamos  a  qualquer  coisa  que 


fazemos  está  diretamente  relacionada  a  motivação  pessoal. 
Motivação  é  MOTIVO  +  AÇÃO.  Muitas  vezes  estamos  apáticos 
diante da vida, sem energia. Certamente é por que não estamos 
focando o MOTIVO. Sem MOTIVO não há AÇÃO. 

Em quem você apostaria? 

A corrida vai começar. São duas baias com tapumes do lado. Os 
corredores  estarão  lado  a  lado,  mais  um  não  verá  o  outro.  O 
primeiro corredor vai correr pela premiação de cinco reais. E para 
testar  nossa  teoria  do  motivo  ser  responsável  pela  energia 
despendida para a ação, vamos prender um pedaço de carne no 
traseiro do segundo corredor e soltar um leão faminto atrás dele, 
assim que for dada a largada. Em quem você aposta? 

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Escola de Hackers – Nível 1 
 
Quando  perguntamos  "Por  que  ser  hacker?",  pretendemos  com 
isto  descobrir  seu  motivo.  Pois  sem  um  motivo  forte  você  não 
terá disposição e energia para virar a noite decifrando códigos e 
testando  cada  pedacinho  de  um  script  complicado  que  não 
funcionou de primeira. 

Quando faço auditoria em sistemas de segurança, procuro pesar 
também  a  motivação  do  responsável  pelas  defesas  e  comparar 
com  a  motivação  do  invasor.  Quem  estará  com  o  leão  no 
traseiro? 

Entre  um  ex‐funcionário  vingativo  no  ataque  e  um  profissional 


mal  remunerado  defendo  a  rede  da  empresa,  em  quem  você 
apostaria? 

O  grau  de  motivação  nos  ajuda  a  entender  por  que  estudantes 


que  encerram  seus  cursos  ao  mesmo  tempo,  passado  alguns 
anos obtêm resultados tão diferentes. 

As  pessoas  que  nos  contratam,  que  pagam  nossos  salários, 


geralmente  são  pessoas  que  não  seriam  contratadas  se 
estivessem em nosso lugar. 

Será que a impossibilidade de serem contratadas gerou o motivo 
suficiente para encontrarem outro caminho para a subsistência? 
Seu empregador está dentro deste perfil? Ele tem uma empresa 
porque não conseguiria trabalhar em uma? O motivo de ele ter a 
empresa  é  porque  ele  não  conseguiria  trabalhar  em  uma?  E  o 
motivo  de  você  estar  como  empregado  é  porque  não  teve 
 

[62]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 
motivação suficiente para abrir uma empresa ou qualquer outro 
negócio próprio? 

Os motivos mais comuns para alguém querer ser hacker 

• Vingança 

O ciberespaço é um lugar ótimo para vinganças pessoais. Dá 
para fazer tudo a distância, no anonimato. O objeto da vingança 
não  vai  estar  por  perto  e  talvez  nunca  descubram  quem  foi  o 
autor  do  ato  de  vingança.  A  pessoa  vingativa  poderia  usar  esta 
energia  (que  é  responsável  por  uma  forte  motivação)  para 
melhorar  a  si  mesma  ou  o  que  faz.  A  melhor  vingança  é  a 
superação pela competência. Mas há quem goste de chafurdar. O 
IBOPE  das  novelas  geralmente  se  dá  nas  tramas  que  envolvem 
vingança.  Vingança  é  parte  da  persona.  Todos  temos  este 
sentimento latente. Como lidamos com ele é o que define nosso 
caráter e ética. 

Você  quer  ser  hacker  para  se  vingar  de  alguém?  Não  precisa 
expor sua vontade, apenas reflita a respeito. 

• Vandalismo 

Há  quem  não  constrói,  mas  destrói.  Se  eu  não  tenho, 
ninguém  mais  vai  ter.  Este  é  o  lema  do  vândalo,  eterno  mal 
humorado.  O  vandalismo  por  vingança  não  é  vandalismo,  é 
 

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Escola de Hackers – Nível 1 
 
vingança.  Vandalismo  é  destruição  pela  destruição.  O  caso  mais 
clássico  do  vandalismo  é  quando  sabemos  (ou  achamos  que) 
nunca  seremos  tão  bons  quanto  o  outro.  Imagine  duas  crianças 
brincando com peças de armar. O primeiro consegue fazer coisas 
incríveis. O segundo não. O segundo quebra tudo que o primeiro 
fez. Assim o seu mal feito é tudo o que há. Não há o melhor para 
comparar. Tenho alguns vândalos na minha cola. Querem nosso 
Curso  de  Hacker  fora  da  Internet.  Assim  quem  sabe  as  pessoas 
dêem atenção a eles. Desejam que na falta do ótimo, as pessoas 
se contentem com o regular ou péssimo. As crianças crescem, as 
atitudes permanecem. 

Você deseja que alguém suma? Só perdemos tempo com o que 
nos atrai. O que nesta pessoa te atrai? Você quer ser hacker para 
vandalizar alguém (ou o trabalho de alguém)? Consegue discernir 
sobre  a  diferença  entre  vandalismo  e  vingança?  Não  precisa 
expor sua vontade, apenas reflita a respeito. 

• Terrorismo 

No  Brasil  as  pessoas  preocupam‐se  mais  em  gerar  renda  e 


consumir. Somos em maioria descendentes de descendentes de 
escravos  e  de  adestrados  pela  ditadura.  É  o  país  dos  cordeiros, 
pois  apesar  dos  desmandos,  não  há  relatos  recentes  de 
manifestações terroristas.  

Segundo  a  Wikipedia,  terrorismo  é  um  método  que  consiste  no 


uso de violência, física ou psicológica, por indivíduos, ou grupos 
 

[64]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 
políticos,  contra  a  ordem  estabelecida  através  de  um  ataque  a 
um  governo  ou  à  população  que  o  legitimou,  de  modo  que  os 
estragos  psicológicos  ultrapassem  largamente  o  círculo  das 
vítimas para incluir o resto do território. 

Mas  não  pense  que  o  país  não  tem  terroristas.  O  que  os 
movimentos  dos  sem  terra  vêm  fazendo,  para  mim,  são  atos 
terroristas.  Se  soubessem  como  tirar  servidores  do  ar, 
certamente incluiriam estas práticas em suas ações. 

Um exemplo de terrorismo digital é o retratado no filme Duro de 
Matar  4.0  (2007).  A  ação  terrorista  de  interromper  o  sistema 
elétrico  do  país  acabou  se  tornando  realidade  nos  EUA,  poucos 
meses após o lançamento do filme. 

Você tem um motivo forte o bastante que faça você eleger atos 
terroristas  em  suas  ações  hacker?  Não  precisa  expor  sua 
vontade, apenas reflita a respeito. 

• Patriotismo 

Por sermos país colonizado, os valores locais submeteram‐se aos 
valores  dos  colonizadores  europeus.  Se  no  descobrimento 
Portugal é quem ditava as regras, faz tempo que a colonização é 
estadunidense. O grau de patriotismo do nosso povo não é forte 
o suficiente para gerar ações patrióticas de grande repercussão. 
A invasão de ONGs estrangeiras em Roraima ocorre há anos e só 
agora  o  Governo  está  voltando  sua  atenção  para  aquelas  áreas, 
mas por motivos outros: confronto entre empresários e índios. 
 

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Escola de Hackers – Nível 1 
 
Você  é  patriota  a  ponto  de  fazer  ataques  patrióticos  locais  ou 
dirigidos  a  outros  países?  Se  você  fosse  tibetano,  faria  ataques 
hacker  ao  governo  da  China?  Não  precisa  expor  sua  vontade, 
apenas reflita a respeito. 

• Religioso 

O Brasil com sua diversidade faz com que as pessoas convivam de 
forma bastante pacífica, se compararmos com a convivência em 
outros  países.  A  maioria  da  população  segue  o  cristianismo 
(catolicismo  e  protestantismo).  Mas  trata‐se  de  um  cristianismo 
light,  pois  se  agíssemos  como  os  cristãos  originais,  estaríamos 
clamando a morte dos nossos inimigos: todos os não cristãos. 

No  Oriente  Médio,  por  causa  das  divergências  religiosas,  são 


orquestradas ações terroristas de repercussão internacional. 

Se você fosse árabe, faria ações hacker contra os israelenses? Se 
você  fosse  pentecostal,  faria  ações  hacker  contra  sites  que 
propagam  o  culto  ao  demônio?  Não  precisa  expor  sua  vontade, 
apenas reflita a respeito. 

• Ego 

Este  é,  seguramente,  um  dos  motivos  mais  comuns  entre  os 
estudantes.  Uma  das  necessidades  humanas  básicas  estudadas 
pela  psicologia  é  a  necessidade  que  temos  de  reconhecimento. 
Você quando sai de casa arrumado(a), não arrumou‐se por você, 
foi pelo outro. Porque você mesmo não se vê, há não ser quando 
 

[66]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 
se olha no espelho. E ainda assim não se vê, só ao seu reflexo. A 
preocupação  é  com  o  que  vão  pensar  de  você.  Experimente 
ignorar  uma  pessoa  e  poderá  ser  vítima  de  agressão  física  ou 
verbal.  O  hacker  tem  uma  aura  de  mistério.  Não  sabemos  ao 
certo  do  que  ele  é  capaz.  As  pessoas  ditas  ou  conhecidas  como 
hacker  são  vistas  como  inteligentes,  das  quais  temos  que  ter 
cuidado, manter distância e demonstrar respeito. Ninguém quer 
ter um hacker na cola. Até profissionais de segurança com anos 
de  estrada,  inflam  que  nem  sapo  quando  são  elogiados  por 
algum hack que façam ou tenham feito. Experimente elogiar um 
profissional de informática que ele é um hacker e verá um sorriso 
aberto até os cantos. 

Não  há  nada  de  errado  em  cultuar  o  ego.  Mas  até  que  ponto  a 
egolatria não esconde a falta de conhecimento? Você é forma ou 
conteúdo?  A  quem  você  quer  agradar,  fora  o  seu  pai?  Não 
precisa expor sua vontade, apenas reflita a respeito. 

• Financeiro 

Outro  motivo  campeão  é  o  financeiro.  Aqui  encontramos  tanto 


quem  deseja  progredir  na  profissão  e  conquistar  melhores 
salários,  como  também  àqueles  que  buscam  o  conhecimento 
para  invadir  contas  bancárias  ou  aplicar  golpes  no  comércio 
eletrônico. É certo que esta área carece de profissionais capazes. 
O conhecimento é escasso, a formação é cara e os profissionais 
da  área,  quando  conseguem  se  inserir  no  mercado,  conquistam 
bons salários. 
 

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Seu  motivo  é  financeiro?  Como  você  pretende  transformar 
talento  em  dinheiro?  As  possibilidades  são  como  prestador  de 
serviços  contratado  ou  autônomo,  consultor,  desenvolvedor  de 
softwares  de  segurança  (incluindo  ferramentas  de  ataque,  que 
servem  para  testar  a  segurança),  abrindo  uma  empresa 
prestadora de serviços, treinamento, atendendo necessidades de 
pequenas  empresas  e  usuários.  Também  poderá  obter  dinheiro 
com  o  conhecimento  hacker,  aplicando  pequenos  ou  grandes 
golpes.  

O  que  o  motiva  na  lista  acima?  Não  precisa  expor  sua  vontade, 
apenas reflita a respeito. 

• Diversão 

Recorda  do  hack  que  fizemos  criando  pastas  proibidas  no 


Windows?  É  surpreendente  como  bastou  digitar  alguns 
caracteres para conseguir criar as tais pastas. Agora experimente 
fazer isto: 
1. Abra o bloco de notas 
2. Copie e cole ou digite o texto abaixo (só serve o bloco de notas 
do Windows)8:  
Bush hid the facts
3. Salva com qualquer nome e feche o bloco de notas. 
4. Agora abra o mesmo arquivo no bloco de notas. O que houve? 
                                                            
8
 Tradução: Bush escondeu os fatos 
 

[68]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 
Ser hacker também é diversão. Você acessa um site, lá tem uma 
área  dizendo  que  você  não  pode  entrar.  Só  de  teimosia  você 
entra. Isto é diversão pura e eu gosto muito de fazer isto. Quanto 
mais difícil, maior é meu sorriso. 

Você manda um e‐Mail para seu amigo com várias ofensas. Um 
minuto  depois  o  e‐Mail  apaga  sozinho.  Seu  amigo  vem  falar 
contigo  e  ele  não  tem  o  e‐Mail  para  provar  que  você  o  xingou. 
Deixe para rir quando chegar em casa. 

Quando  ver  alguém  usando  o  Word,  peça  que  digite  uma  das 
linhas abaixo e pressione ENTER em seguida: 

=rand(200,99)     ou     = lorem(10) 

Seu  motivo  é  diversão?  Não  precisa  expor  sua  vontade,  apenas 


reflita a respeito. 

• Autodefesa 

Outra  motivação  bastante  comum  é  a  autodefesa.  As  pessoas 


quando  são  invadidas  ficam  intrigadas  e  procuram  saber  como 
aquilo  foi  possível  e  como  defender‐se  de  novos  ataques.  Para 
lidar com o inimigo nada melhor que aprender como eles agem. 
Quem  venha  todos.  Parafraseando  Nietzsche,  o  que  não  me  mata 
me  fortalece.  Seu  motivo  é  autodefesa?  Não  precisa  expor  sua 
vontade, apenas reflita a respeito. 

 
 

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Escola de Hackers – Nível 1 
 
Agora  que  você  já  conhece  as  motivações  por  trás  das  ações 
hacker,  reflita  sobre  as  suas  motivações.  Elas  são  fortes  o 
suficiente para fazer você superar os desafios? Por que você quer 
ser hacker? 

As  motivações  são  muito  pessoais  e  por  isso  pedimos  que  


guarde‐as para si. Mas gostaríamos de saber se você tem algo a 
acrescentar  na  relação  acima.  Também  estamos  curiosos  por 
saber em quem você apostaria da nossa hipotética corrida. 

Vamos  conhecer  estas  contribuições  dos  participantes, 


transcritas  tais  como  foram  apresentadas  ao  grupo,  mantendo 
inclusive, a escrita típica da Internet: 
 

cleriton geremia freire <clebill@> 

Vou  responder  as  perguntas  anteriores  mesmo  não  sabendo  se 


era  ou  não.  Sou  Hacker  por  tentar  ser  revolucionário.  Algo 
inovado talveis. Minha maior motivação é a simples vontade de 
conhecimento. Faço programas a anos, não para aprender, e sim 
porque  gosto.  Se  intitular  Hacker,  e  fazer  ações  Hackers,  é 
simplesmente  para  mim,  a  única  coisa  em  minha  vida  que  não 
tenho  um  motivo  ou  um  argumento  para  fazê‐los.  Por  isso  as 
coisas acontecem pelo motivo de eu querer que aconteça. Basta 
estar eu lá querendo algo, que luto até consegui‐la. Esse talveis 
seja meu objetivo Hacker... Viver uma luta incanssável em busca 
de conhecimento, mesmo sabendo que esse total conhecimento 
não pode ser alcançado. 
 

[70]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 
Teria  algo  que  queria  acrescentar  no  texto  do  Prof.:  O  simples 
motivo  de  gostar  de  ser  Hacker.  Por  isso  escrevi  minha 
motivação,  para  explicar  esse  motivo.  E  é  nisso  que  eu  aposto 
nessa corrida. 
 

"Carla" <carla@> 

Fosse  eu  a  amazona,  com  a  minha  pele  em  risco,  com  toda  a 
certeza  correria  o  mais  que  pudesse!...  Em  relação  à  motivação 
hacker,  eu  colocaria  "Patriotismo",  "Terrorismo"  e  "Religião" 
numa  categoria  chamada  "Militância",  onde  fica  explícita  a 
defesa  de  um  ideal  e  a  atitude  que  vem  desta  disposição 
psicológica.  A  "MIlitância",  a  meu  ver,  produz  grandes  feitos 
quando o hacker sabe direcioná‐las ao bem comum.Por exemplo, 
quando  desenvolvem  sistemas  operacionais,  disponibilizam  seu 
tempo  na  difusão  do  conhecimento  ou  criam  ferramentas  de 
defesa contra a ação de black‐hats. 
 

patrício dos santos <pj_santos2003@> 

Começando  em  quem  eu  apostaria,  sem  sombra  de  dúvidas, 


apostaria  no  que  tem  o  pedaço  de  carne  amarrado  na  calça. 
Quanto a minha maior motivação... no principio era por diversão, 
primeiro porque queria mostrar aos outros que eu era capaz de 
qualquer coisa. Mas depois entendi que não, o verdadeiro hacker 
não é esse. No decorrer do tempo a motivação passou a ser de 
ter um conhecimento hacker como profissão. Porque sou alguém 
 

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Escola de Hackers – Nível 1 
 
que  trabalha  com  redes  e  servidores  e  esse  conhecimento  me 
faria falta. 
 

"Andre" <h4.andre@> 

Quero  ser  hacker  para  ter  bastante  conhecimento  na  área  de 
segurança  digital,  acho  que  essa  área  crescerá  bastante  com  a 
evolução das redes sem fios e outros serviços um exemplo são as 
pousadas, hotéis estão dando acesso aos hóspedes, já encontrei 
muito  servidor  compartilhado  e  orientando  ao  dono  do 
estabelecimento a corrigir esse problema, ou em uma cidade em 
Vitória  que  o  prefeito  colocou  internet  sem  fio  para  todos  os 
habitantes. 
 

"Rodrigo Alves Neves" <digrau@> 

Aposto nos hackers, pois são eles que descobrem as coisas boas a 
serem  feitas  hoje  em  dia,  não  importando  sua  motivação,  eles 
conseguem o verdadeiro HACK. 

Um  exemplo  disso  é  o  desbloqueio  de  Celulares.  Adivinha  que 


começou com essa idéia de "BLOQUEIO NÂO" de celulares? Isso 
sim  é  motivação  para  coisas  boas.  Graças  a  eles  que  hoje  no 
Brasil é proíbido a venda de celulares bloqueados. 
 

[72]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 
"BAD STEEL" <badsteelpc@> 

Além  dos  casos  citados  também  acredito  na  busca  do 


conhecimento  pelo  próprio  conhecimento,  ou  seja,  satisfação 
pessoal  pela  obtenção  do  conhecimento,  ser  capaz  de  fazer 
coisas, descobrir coisas que outras pessoas não são normalmente 
capazes de realizar, independente ou não de reconhecimento. 

Quanto  ao  caso  da  corrida,  em  condições  normais  apostaria  no 
cara  com  o  pedaço  de  carne,  porém,  creio  que  dependendo  da 
necessidade  que  o  corrdor  que  corre  pelo  prêmio  tenha  desses 
R$ 5,00, é muito provavel que ele vença. 
 

"Luiz Vieira" <luizwt@> 

Caro Prof., após alguns anos de atendimento terapêutico (um de 
meus  trabalhos,  além  da  área  de  informática  ‐  trabalho  com 
hipnose, regressão, EFt, PNL e etc em consultório, e nas demais 
horas sou webmaster e programador), percebi que a maioria das 
pessoas  possui  4  desejos  básicos  que  as  movem  (esse  desejos 
estão  por  debaixo  de  qualque  sentimento  ou  motivação),  que 
são: aprovação; segurança; controle e afastamento. Quais seriam 
as  motivações  que  se  classificariam  no  grupo  de  Aprovação? 
Além daquelas já citadas (egolatria, patriotismo, vingança e etc), 
podemos  colocar  aquela  de  ter  o  status  de  hacker,  o  que  conta 
muito para muita gente. Podemos classificar então como Status, 
seja profissional ou apenas no meio técnico mesmo. 

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Escola de Hackers – Nível 1 
 
E no grupo de Segurança? Já temos o Financeiro, citado no texto, 
Vingança  tbm...  E  o  que  dizer  daquele  que  quer  ter  o 
conhecimento  pelo  sentimento  de  segurança  que  ele  dá?!  Que 
não  se  sente  seguro  pisando  em  terreno  que  domina  bem? 
Imagine que trabalha na área de tecnologia, qual seria o grau de 
segurança  que  sentiria  se  dominasse  essa  área  à  ponto  de  ser 
consideradop um hacker? É tentador, não? 

Já  no  grupo  do  Controle,  podemos  colocar  a  Invasão  para 


controle  e  obtenção  de  informações.  Namorado(a)  ou 
marido(esposa)  ciumento  tem  em  tudo  quanto  é  canto,  isso  só 
pra  citar  os  casos  mais  comuns.  Mas  imagine  o  profissional  de 
informática  que  quer  ter  o  controle  das  informações  que 
trafegam pela rede da sempre, por N motivos: saber o que rola 
nos  bastidores,  estar  um  passo  à  frente  de  todo  mundo,  poder 
resguadar‐se de qualquer situação adversa e etc. Isso é controlar! 

E no último grupo, Afastamento, encontra‐se tudo aquilo que nos 
motiva  "afastando‐se  de",  ao  contrário  de  "ir  ao  encontro  de". 
Imagine o cara que está com o cachorro correndo atrás dele, isso 
é uma motivação de Afastamento. Ele não pensa no que ele pode 
ganhar, mas sim aquilo  que ele pode evitar, em seu caso, a dor 
da mordida :‐). 

Além desses 4 grupos, podemos sintetizar as motivações em dois 
grupos  maiores:  DOR  e  PRAZER!  Os  3  primeiros  grupos  acima, 
estariam  encaixados  na  classificação  do  meta‐grupo  PRAZER, 
enquanto que o último (Afastamento), no meta‐grupo DOR. 
 

[74]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 
Todas as nossas ações, pensem bem, são em busca de algum tipo 
de PRAZER que advêm do Controle, Segurança ou Aprovação; ou 
então, para evitar a DOR em qualquer situações que provoque ou 
desperte  o  desejo  de  Afastamento.  Assim  tbm  funciona  os 
hackers, já que essas teorias aplicam‐se à tudo em nossa vida que 
envolva motivação! 

E é sempre interessante refletir: nos movemos na vida buscando 
o prazer ou evitando a dor??????? 
 

danubio santos <nubiod2@> 

Nós,  as  pessoas,  temos  uma  profunda  capacidade  de  dirigir  a 


nossa  própria  conduta.  Prevemos  as  consequências  do  que 
fazemos,  propomo‐nos  metas  e  fazemos  valorizações  sobre  nós 
mesmos.  E  tudo  isso  pode  ser  estimulante  ou  paralizante, 
positivo  ou  negativo,  construtivo  ou  autodestrutivo.  A  nossa 
inteligência  será  impulsionada  ou  perturbada  por  esses 
sentimentos,  que  constituem  um  campo  de  forças,  animadoras 
ou  depressivas,  entre  as  quais  há  que  abrir  caminho  a  um 
comportamento inteligente. Optimismo: O grande motivador 

Matt  Biondi,  estrela  da  equipa  de  natação  dos  Estados  Unidos 
nas  Olimpíadas  de  1988,  Tinha  muitas  esperanças  de  igualar  a 
proeza  de  Mark  Spitz  em  1972:  ganhar  sete  medalhas  de  ouro. 
No entanto, Biondi ficou em terceiro lugar na primeira das suas 
provas, os 200 metros livres; e na prova seguinte, os 100 metros 
mariposa,  foi  de  novo  desterrado  para  um  segundo  lugar  no 
 

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Escola de Hackers – Nível 1 
 
sprint  final.  Os  comentadores  desportivos  predisseram  que 
aqueles  fracassos  desanimariam  Biondi,  que  tinha  partido  como 
favorito  em  ambas  as  provas.  Porém,  e  contra  todas  as 
expectativas,  a  sua  reacção  não  foi  de  desânimo,  mas  sim  de 
superação,  pois  ganhou  a  medalha  de  ouro  nas  cinco  provas 
restantes.  O  optimismo  é  uma  atitude  que  impede  de  cair  na 
apatia,  no  desespero  e  tristeza  perante  as  adversidades.  Como 
assinalou Martin Seligman, o optimismo (um optimismo realista, 
compreenda‐se,  porque  um  optimismo  ingénuo  pode  ser 
desastroso)  influencia  a  forma  como  as  pessoas  explicam  a  si 
mesmas  os  seus  êxitos  e  os  seus  fracassos.  Os  optimistas  têm 
tendência  a  considerar  que  os  seus  fracassos  se  devem  a  algo 
que pode mudar, e por isso é mais fácil que na ocasião seguinte 
lhes  saiam  melhor  as  coisas.  Em  contrapartida,  os  pessimistas 
atribuem  os  seus  fracassos  a  obstáculos  que  se  consideram 
incapazes de modificar. Por exemplo, ante um insucesso, ou uma 
paragem  laboral,  os  optimistas  tendem  a  responder  de  forma 
activa e esperançada, procurando ajuda e conselho, vendo a boa 
direcção, procurando remover os obstáculos; os pessimistas, pelo 
contrário, consideram logo esses contratempos como algo quase 
irremediável, e reagem pensando que quase nada podem  fazer 
para  que  as  coisas  melhorem,  e  não  fazem  quase  nada.  Para  o 
pessimista,  as  adversidades  quase  sempre  se  devem  a  alguma 
deficiência pessoal insuperável ou a alguma conspiração egoísta 
e má dos outros. A questão chave é que se vá em frente quando 
as  coisas  se  mostram  frustrantes.  O  optimismo  é  muito 
importante  na  vida  de  qualquer  pessoa;  e  na  tarefa  de  educar 
 

[76]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 
poder‐se‐ia dizer que é imprescindível, pois a educação, de certa 
forma, pressupõe o optimismo, pois educar é crer firmemente na 
capacidade de o homem melhorar os outros e de se melhorar a si 
mesmo.  

O  mundo  emocional  de  cada  um  dificulta  ou  favorece  a  sua 


capacidade de pensar, de sobrepor‐se aos problemas, de manter 
com  constância  alguns  objectivos.  Por  isso,  a  educação  dos 
sentimentos estabelece um limite da capacidade de fazer render 
os talentos de cada um. 
 

"Marcelo Alves" <baquelo@>  

Eu  quero  ser  um  hacker  por  dois  motivos:  o  primeiro  é  de 
conhecimento e o segundo é de defesa. Eu gostaria de falar que a 
relação foi bem apresentada. 

João Wianney <joao_mh@> 

Pra fazer Coizas incriveis que os outros penssão ser impossivel, e 
é  tão  bom  quando  alguem  me  pergunta  uma  coisa  e  eu  sei  a 
resposta  ai  eles  me  perguntão  onde  vc  aprendeu  isto,  não  tem 
senssaçao melho, também é bom saber so por saber entendem.    
Pra  me  a  motivação  é  muito  forte  mais  só  vamos  saber 
realmente mais nafrente, mas eu do de conta do recado. 
 

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Escola de Hackers – Nível 1 
 
"Osvaldo Filho" <osvaldofilho.redes@> 

Todos  os  dias  temos  novas  pessoas  que  acordam  e  descobrer  a 


figura do hacker. Assim, "procuram saber o que fazem" e acabam 
por  decidir...  Quero  ser  um!  No  entanto,  nem  sempre  paramos 
para refletir: O que realmente é um hacker? O que realmente ele 
faz?    Porque  faz  hacks?  Qual  sua  motivação?  Então,  mesmo  o 
professor  tendo  pedido  que  não  escrevessemos  sobre  quais 
nossas motivações, apenas refletissemos eu vou falar as minhas. 
Acho dificil existir apenas uma motivação dentre os tipos citados. 
No  meu  caso,  minhas  motivações  são  um  mix  de  egolatria, 
diversão  e  autodefesa.  Egolatria  pq  não  sei  se  alguém  já  ouviu 
falar na pirâmide de Maslow sobre as 5 necessidades básicas do 
ser  humano...  E  uma  delas  é  o  reconhecimento.  É  bastante 
gratificante  sermos  reconhecido  como  detentores  de  muito 
conhecimento, principalmente na geração do conhecimento e da 
informação  na  qual  vivemos  hoje.  Diversão,  pq  é  muito  bom 
quando  aprendemos  algo  na  teoria  e  quando  a  testamos  na 
prática, ela realmente funciona. Temos a sensação de que nosso 
estudo  valeu  a  pena.  O  que  torna  o  hack  um  mix  de  diversão  e 
alimentação  do  ego  e  diversão.  Você  sente  que  é  capaz  de 
realizar  algo  que  muitos  não  conseguem  e  que  depois  de 
realizado, não parece tão difícil quanto parecia antes. Creio que 
independente  da  motivação  de  cada  um  e  da  força  dessa 
motivação,  o  interessante  é  sermos  éticos  e  buscarmos  o 
conhecimento  sem  precisarmos  causar  mal  a  outras  pessoas  (a 
não  ser  que  seja  realmente  necessário  –  por  exemplo  ‐  um 
 

[78]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 
hacker  invadiu  seu  pc  e  apagou  suas  coleção  de  mp3 
colecionadas  durante  5  anos  sem  motivos  plausíveis...  Invada  o 
dele  tb  e  retribua  a  visita  de  forma  parecida!).  Então,  creio  que 
não haja uma motivação tão especifica, mas sim um mix entre os 
tipos de motivação. Creio que se houver outro tipo de motivação 
ela esteja contida dentre um dos grupos já citados, pois ele são 
bastantes gerais. 

Considerações finais 

Procuramos respostas para: 

• Por que sou hacker? 
• Por que somos hackers? 
• Por que são hackers? 
• Por que saber isto? 

Investigar  o  que  nos  motiva  e  o  que  motiva  o  outro,  nos  torna 


capaz de: 

A. Ao  descobrir  o  que  me  motiva,  posso  usar  esta  energia 


propulsora direcionando para as realizações pessoais: 
1. Não gosto de comer saladas e legumes. 
ƒ Mas  a  alimentação  saudável  me  ajuda  a 
manter o peso. 
ƒ Então  tenho  um  bom  motivo  para  comer 
saladas e legumes. 
2. Não gosto do emprego onde estou. 
 

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Escola de Hackers – Nível 1 
 
ƒ Mas  é  de  onde  eu  tiro  o  salário  todo  mês  e 
com este dinheiro pago minhas contas, faço o 
meu lazer, compro os livros/jogos/CDs/roupas 
que tanto gosto. 
ƒ Então  tenho  um  bom  motivo  para  ir  ao 
trabalho. 
B. Ao  descobrir  o  que  motiva  o  outro,  posso  avaliar  melhor  o 
risco que estou correndo em caso de enfrentamento: 
1. Por um descuido, deixei portas e serviços vulneráveis 
e expostos. 
ƒ O invasor achou minha empresa por acaso. 
ƒ Eliminando  as  vulnerabilidades,  muito 
provavelmente ele não nos incomodará mais. 
2. Este  sujeito  tem  um  problema  pessoal  comigo,  pois  foi 
desmascarado em público. 
ƒ Desde  que  o  execrei  publicamente,  passei  a 
sofrer sucessivos ataques. 
ƒ O  invasor  não  vai  sossegar  enquanto  não 
conseguir  o  que  deseja  ou  quando  a  dor  que 
eu  causar  a  ele  (prejuízo  financeiro,  por 
exemplo) for maior que o prazer que ele (acha) 
que terá ao me atingir. 

Na  disciplina  análise  de  risco,  devemos  levar  em  conta  todas  as 
motivações  envolvidas.  Você  é  chamado  para  auditar  uma  rede 
interna.  Descobre  que  o  administrador  da  rede  é  mal 
remunerado. Qual motivação ele tem para dedicar‐se à defesa da 
 

[80]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 
rede?  Pelo  salário,  nenhuma,  mas  se  a  busca  pelo 
reconhecimento pessoal falar mais alto (ego), ele será um ponto 
forte no sistema. 

Um caso: 

Fui  chamado  para  auditar  uma  rede  empresarial.  Conversando 


com  o  administrador  da  rede,  um  técnico  em  manutenção  que 
foi  promovido,  ele  comentou  que  desejava  evoluir 
profissionalmente,  mas  o  salário  de  oitocentos  reais  não  dava 
esta oportunidade. Fez este comentário naturalmente, querendo 
saber  talvez,  por  que  um  dia  meu  custava  quase  um  mês  do 
salário  dele.  Ao  entregar  meu  relatório  incluí  a  sugestão  da 
empresa  dar  condições  de  treinamento  ao  funcionário.  O 
empresário  alegou  que  não  faria  isto,  porque  se  o  fizesse,  o 
funcionário  iria  embora  para  ganhar  mais  no  concorrente.  Não 
vou  contar  o  fim  da  história,  mas  qual  a  motivação  deste 
funcionário em longo prazo? Qual a sua capacidade técnica para 
lidar  com  os  constantes  desafios  do  setor?  Como  atestar  que  a 
rede é segura diante de um cenário em que o empregador não dá 
ao  funcionário  condições  de  crescer?  E  não  duvido  de  muitos 
aqui no grupo passarem por isto. 

 
 

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[82]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 

Capítulo 5:
Ética hacker e
criminalidade
 
OBJETIVO:  Entender  o  conceito  de  ética,  ética  hacker  e 
criminalidade 
 

Esta semana assistindo ao noticiário, soube de uma nova técnica 
médica  para  diabéticos  do  tipo  2  (diabetes  adquirida),  que 
consiste  em  fazer  com  que  os  alimentos  deixem  de  passar  por 
uma determinada porção do intestino. Na reportagem, o médico 
demonstrava  a  introdução  de  um  pedaço  de  cano  plástico 
cirúrgico  dentro  do  intestino,  fazendo  com  que,  por  cerca  de 
alguns  centímetros,  os  alimentos  não  fossem  absorvidos  pelo 
organismo. 

"Quem  primeiro  levantou  a  hipótese  de  que  o  diabetes  tipo  2 


talvez pudesse ser controlado por meio de cirurgia foi o médico 
americano  Walter  Pories,  professor  de  cirurgia  e  bioquímica  da 
Universidade  da  Carolina  do  Leste,  nos  Estados  Unidos.  Num 
artigo publicado em agosto de 1995 na revista Annals of Surgery, 
sob  o  título  "Quem  imaginaria?",  Pories  analisou  a  evolução,  ao 
 

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Escola de Hackers – Nível 1 
 
longo  de  catorze  anos,  de  608  obesos  mórbidos  submetidos  à 
redução  de  estômago.  Dos  pacientes  operados,  165  eram 
portadores  do  diabetes  tipo  2.  Graças  à  cirurgia,  a  maioria 
apresentou  remissão  da  doença.  Em  seu  artigo,  Pories  chamava 
atenção  para  o  fato  de  que  a  reversão  do  diabetes  acontecia 
pouquíssimo  tempo  depois  da  operação  –  em  alguns  casos,  no 
dia  seguinte.  Ou  seja,  o  controle  da  doença  acontecia 
independentemente  da  perda  de  peso.  Isso  levou  os 
pesquisadores a investigar o assunto. Foi então que veio à tona a 
relevância,  na  gênese  da  doença,  das  incretinas  produzidas  no 
intestino delgado."9 

Podemos usar esta descoberta como um exemplo de hack. Várias 
técnicas  foram  criadas  a  partir  da  descoberta  do  médico 
americano. Então temos o criador do hack original, aqueles que 
adaptaram o hack original (às vezes até com melhorias) e àqueles 
que vão apenas reproduzir algumas das técnicas criadas a partir 
do hack original. Vamos agora ao nosso quinto dia de seminário, 
cujo tema é: 

Ética, Ética hacker e criminalidade 

Falar  de  ética  e  ética  hacker,  costuma  ser  motivo  de  calorosos 
debates.  Porque  falar  de  ética  é  mexer  com  valores  e  valores, 
cada um tem os seus. 
                                                            
9
 http://www.sobrac.org.br/pacientes/clipdetail.php?subtipo=V&data=1193623200 
 

[84]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 
Vou iniciar a discussão com uma pergunta: 

O  que  impede  alguém  de  fazer  o  que  quer  que  seja?  O  que  
impede  alguém  de  matar,  roubar,  fazer  uso  de  entorpecentes, 
andar sem roupas pelas ruas? 

Se você respondeu: _ "A Lei impede." 

Sinto avisá‐lo que a Lei não impede ninguém de fazer o que quer. 
Se  impedisse,  ninguém  cometeria  crimes  de  qualquer  tipo. 
Concorda com este ponto de vista? 

Se a Lei não impede as pessoas de fazer o que quer que seja, o 
que as impede? 

O que realmente as impede é: 

• O MEDO 
• A FALTA DE CONHECIMENTO 
• OBSTÁCULOS 

E a Lei? Onde entra? Existe para quê, então? 

A Lei serve para pôr medo ou aumentá‐lo. Mais ou menos como 
fazemos  com  uma  criança,  ao  dizer:  _"Se  você  bater  no  seu 
coleguinha vai ficar de castigo." 

Para um adulto a frase acima ficaria assim: 

_"Se você matar alguém vai ficar preso." 
 

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Escola de Hackers – Nível 1 
 
Para  a  maioria  das  pessoas,  seus  valores  morais  e  a  ameaça  de 
punição  nesta  ou  em  uma  suposta  outra  vida,  é  mais  que  
suficiente não cometerem crimes. Para os que não temem a Lei 
ou  qualquer  outra  conseqüência  e  cujos  valores  morais  não  se 
aplicam  a  prática  de  crimes,  contamos  que  não  consigam  seus 
objetivos  devido  a  falta  de  conhecimento  ou  por  conta  dos 
obstáculos  que  as  impeçam.  Com  a  ameaça  da  punição  nas 
formas  da  Lei,  o  Estado  consegue  fazer  as  pessoas  refletirem 
bastante  antes  de  partir  para  práticas  que  coloquem  em  risco 
nossa organização social. Para um criminoso com mais tempo de 
condenação  do  que  sua  expectativa  de  vida,  estas  ameaças  são 
inócuas. 

Diálogos: 

A: _Por Lei você não pode invadir minha casa. 

B: _Sim, mas eu não ligo para a Lei. 

A: _Por isso instalei um alarme. 

B: _Sim, mas eu sei desarmá‐lo. 

A: _E construí muros altos. 

B: _Levarei uma escada comprida. 

Quando  não  há  medo,  o  invasor  detém  o  conhecimento  para 


fazer  o  que  se  propõe  e  está  disposto  a  superar  obstáculos,  o 
objetivo inicial torna‐se realidade. Quando lidamos com sistemas 
 

[86]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 
de  segurança,  devemos  considerar  os  aspectos  medo, 
conhecimento  e  obstáculo  como  parte  de  nossa  estratégia  de 
ataque ou defesa.  

Você não invade meu site porquê? 

[    ]  Porque  tenho  medo  da  vergonha  de  ser  descoberto  ou  de 
alguma sanção legal 

[    ] Porque não tenho conhecimento de como fazer isto 

[    ] Porque não consigo vencer os obstáculos que você colocou 

Os  bons  advogados  são  exemplos  de  bons  hackers.  Eles 


descobrem  brechas  na  Lei  e  conseguem  fazer  com  que  seus 
clientes  sejam  absolvidos,  recebam  condenação  mínima, 
respondam  em  liberdade  ou  tenha  as  provas  da  acusação 
recusadas, por que não foram produzidas em conformidade com 
a (própria) Lei. 

Existe Lei para punir hackers? 

Não e nem precisa. Pois a justiça trabalha com interpretação do 
Código  e  por  este  prisma,  qualquer  ação  hacker  contra  alguém 
(pessoa  ou  empresa)  pode  ser  levada  a  justiça  para  possível 
reparo. 

Porém,  algumas  ações  hacker  são  previstas  na  legislação 


brasileira, como por exemplo interceptação telefônica, quebra de 
sigilo  bancário  sem  autorização  judicial,  injúria,  calúnia, 
 

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Escola de Hackers – Nível 1 
 
difamação,  violação  de  privacidade.  A  Lei  não  precisa  ter  a 
palavra hacker escrita para punir quem sai da linha. 

Fonte: http://www.policiacivil.rj.gov.br/ARTIGOS/ARTIGOS/drci.htm 

_Então  se  alguém  descobrir  a  senha  de  uma  conta  bancária 


estará cometendo crime? 

[88]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 
Não  exatamente.  A  materialização  do  crime  só  vai  ocorrer  se 
você visualizar as informações da conta. Saber a senha de acesso 
de  alguém  não  é  crime.  Usar  a  senha  para  visualizar  as 
informações, como o saldo, por exemplo, caracteriza a quebra de 
sigilo bancário sem autorização judicial. Da mesma forma a senha 
do e‐Mail: saber a senha não é invadir a privacidade. Visualizar o 
e‐Mail sim. Uma diferença mínima, mas que no tribunal vai livrar 
a cara do invasor: 

H: _Confesso que descobri a senha do e‐Mail de fulano, através 
de uma falha no serviço do provedor. Mas não abri nenhum dos 
e‐Mails. 

J: _Então o Sr. vá pra casa pois não há crime neste caso. 

E  se  o  atingido  quiser  criar  caso,  ele  é  que  terá  de  provar  que 
você leu algum e‐Mail. 

No  Rio  de  Janeiro,  ali  no  centro,  Largo  da  Carioca,  um  rapaz  de 
uns  16  anos  tomou  a  bolsa  de  uma  idosa  e  saiu  correndo.  Um 
passante  conseguiu  segurar  o  rapaz,  devolveu  a  bolsa  e  bateu 
nele até a polícia chegar. 

Os dois foram conduzidos até a delegacia. O menor foi liberado, 
pois  a  idosa  não  foi  junto  para  dar  queixa  e  o  sujeito  que  se 
meteu a herói, foi indiciado pela agressão a menor. 

A Justiça não funciona como pensamos, mas a partir de inúmeras 
regras que podem e tem sido usadas contra o próprio sistema.  
 

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Mentiras em nome da Lei 

Spam  é  o  envio  de  mensagens  em  grande  quantidade, 


normalmente de cunho comercial. Alguns spammers colocam no 
fim  da  mensagem  que  se  trata  de  um  procedimento  (o  spam) 
aprovado por legislação internacional. 

"Outra  técnica  já  antiga,  mas  ainda  bastante  utilizada  pelos 


spammers  para  enganar  os  destinatários,  é  enviar,  ao  final  da 
mensagem,  um  texto  sobre  um  suposto  105º.  Congresso 
Internacional  Base  das  Normativas  Internacionais  sobre  SPAM. 
Ora, a Internet comercial está disponível há menos de dez anos, 
então  como  é  possível  que  já  tenham  sido  realizados  105 
congressos  internacionais  em  tão  pouco  tempo?  Outros  dizem 
que  seu  spam  será  enviado  uma  única  vez,  mas, 
inexplicavelmente,  você  recebe  a  mensagem  de  envio  único  de 
novo, e de novo, e de novo..."10 

Também  do  lado  dos  defensores  existem  as  falsas  verdades  ou 
meias verdades. Existe um movimento que procura convencer as 
pessoas que spam é crime, ilegal, proibido, coisa do diabo. 

O  envio  de  mensagens  em  grande  quantidade  não  é  crime  no 


Brasil e há, inclusive, jurisprudência sobre o assunto. Ou seja, já 

                                                            
10
 http://informatica.terra.com.br/virusecia/spam/interna/0,,OI195563‐EI2403,00.html 

 
 

[90]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 
tentaram processar pessoas que enviaram spam e a justiça disse 
NÃO. 

Busque por 'spammer preso' e vai perceber que a prisão se deu 
pelo  uso  ilegal  de  nome  comercial.  Exemplo:  o  spammer  se  faz 
passar por um banco. O crime não é o spam, é o uso do nome ou 
marca comercial sem autorização. 

O spam é contido pela auto‐regulamentação e não por força de 
Lei.  Os  provedores  impõem  pesadas  punições  a  quem  envia 
spam,  começando  pelo  bloqueio  da  conta.  Um  spammer  pode 
fazer  com  que  o  bloco  de  IPs  do  provedor  seja  bloqueado  por 
programas  antivírus,  firewall  e  antispyware.  E  nenhum 
empresário que correr este risco. Então ficam atentos a qualquer 
problema  com  spam.  Mas  há  casos  de  paranóia.  O  finado 
Giordani Rodrigues do Infoguerra escreveu na lista Jornalistas da 
Web  que  ficava  com  urticária  (coceira  pelo  corpo)  quando 
recebia spam. Parece‐me uma reação exagerada. 

A melhor forma de lidar com a Lei é conhecê‐la e, se for o caso, 
procurar formas de fazer a mesma coisa que você queria, mas de 
forma legal. 

Em meu artigo "Como ter quantas MP3 legalizadas você quiser" 
eu explico como obter qualquer MP3 de forma legal. É um hack 
simples, mas que teria livrado a cara daquelas pessoas que foram 
processadas nos EUA e na Comunidade Econômica Européia por 
baixarem MP3. 
 

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Escola de Hackers – Nível 1 
 
O  que  te  impede  de  fazer  o  que  você  quer?  Incluindo  invadir 
contas bancárias, desfigurar sites e acessar o e‐Mail de terceiros? 
O  medo  da  punição,  do  desconhecido,  das  conseqüências,  da 
dor?  A  falta  de  conhecimento  sobre  como  fazer?  Algum 
obstáculo  (muro,  segurança,  distância,  recursos,  defesas  do 
outro)? 

Você  vai  até  onde  seu  medo  deixar  você  ir  ou  onde  a  falta  de 
conhecimento ou obstáculo impedir. 

Ética 

Como forma de intimidação, alguns profissionais de segurança da 
informação  adotam  na  Internet  o  uso  da  palavra  ética.  Bradam 
que em nome da ética você não pode fazer nada que destrua os 
sistemas de informação. Mas o que tem a ver ações hacker com 
ética? Comecemos pelo começo. 

O que é ética? 

Ética  é  o  conjunto  de  valores  de  um  grupo  social.  Na 


criminalidade é falta de ética assaltar próximo a área de venda de 
drogas. Mesmo onde a Lei não é respeitada existe um código de 
conduta,  que  quem  não  respeita,  sobre  severas  penalidades.  Se 
paga, inclusive, com a vida. 
 

[92]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 
Podemos  concluir  que  ética  não  é  se  comportar  como  um  anjo 
sem asas. Ética é respeitar os valores do grupo que você pertença 
ou pretenda fazer parte. Na Escola de Hackers, nosso código de 
ética  prevê  punição  para  quem  piratear  nosso  material  ou 
cometer atos ilícitos usando conhecimento hacker. É claro que o 
Código de Ética da Escola de Hackers não impede as pessoas de 
agirem  assim.  Mas  já  serve  de  alerta  quanto  a  possibilidade  de 
ser banido(a) de nosso meio caso assim proceda. Bem diferente 
do mundo do crime, aonde descumprir o código de ética é morte 
na certa. 

Faz  uns  dez  anos,  surgiu  nos  EUA  um  movimento  que  ficou 
conhecido  como  Ética  Hacker,  uma  forma  de  minimizar  a  visão 
que a sociedade tem dos hackers. Ética hacker, basicamente é o 
compromisso  moral  de  não  usar  o  conhecimento  hacker  para 
cometer crimes. E crime não é o que as pessoas pensam e sim o 
que está previsto nas inúmeras leis brasileiras. 

Aqui no Brasil a ética hacker é usada para intimidar. Mas o que a 
ética  hacker  prega  pode  se  resumir  a:  invadir  sim,  destruir  não, 
divulgar sempre. 

Quando  você  ler  ou  ouvir  alguém  dizer  que  ética  hacker  é 
sinônimo de hacker bonzinho, que não faz mal a ninguém, você 
estará  diante  de  uma  manipulação,  de  alguém  tentando 
convencê‐lo  a  ficar  inerte.  Ética  é  respeito  a  um  conjunto  de 
valores. 

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Escola de Hackers – Nível 1 
 
Ética e moral 

A  ética  pode  entrar  em  conflito  com  a  moral.  E  a  moral  pode 


comprometer  compromissos  com  a  ética.  Um  padre  não  pode, 
em  hipótese  alguma,  tornar  público  o  que  ouviu  no 
confessionário.  Uma  pessoa  que  confesse  algum  crime  pode 
fazer  o  padre  denunciá‐la  à  Justiça.  Ele  foi  antiético,  mas 
prevaleceu a moral. E um bom advogado pode fazer com que ele 
não  possa  servir  como  testemunha,  pois  traiu  o  código  de  ética 
da Igreja Católica. No final poderá ser até processado. Mas tudo 
isto é especulação, pois a Justiça caminha por trilhas nem sempre 
lógicas. 

Quando o grupo social tem muita representatividade, ou seja, é 
importante no contexto social, é criado um código de ética com 
força de Lei. Assim temos o Código de Ética e Disciplina da Ordem 
dos  Advogados  do  Brasil11,  dos  médicos,  da  propaganda,  código 
de ética militar, político partidário, etc. 

Ética nos negócios 

Quem  assiste  O  Aprendiz  na  Rede  Record  deve  ter  percebido  a 


preocupação  que  o  empresário  Roberto  Justus  tem  com  a  ética 
dos  participantes.  Na  quarta  temporada,  um  dos  integrantes  da 
equipe  Ello,  o  executivo  Eduardo  Rodrigues  Franklin,  disse  que 

                                                            
11
 http://www.oab.org.br/CodEticaDisciplina.pdf 
 

[94]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 
reservaria  R$  100  caso  os  fiscais  da  prefeitura  aparecessem  no 
local.  É  que  a  equipe  não  tinha  autorização  para  armar  uma 
barraca promocional, mas armou assim mesmo. A sugestão de ir 
contra a legislação municipal foi aceita pelos demais integrantes 
do  grupo.  Por  conta  disto  foi  demitido.  Ele  e  o  líder  por  deixar 
isto acontecer.12 

As pessoas estão cansadas da desonestidade e dentro do possível 
também estão sendo mais honestas. Ética e honestidade não são 
a mesma coisa, mas andam juntas. 

Um concorrente não deve denegrir a imagem do outro. É falta de 
ética  e  é  passível  de  reparo  judicial,  pois  envolve  concorrência 
desleal, com punição prevista em Lei.13 

Quando  um  concorrente  denigre  o  outro  gratuitamente,  as 


pessoas percebem como atitude desesperada de quem não tem 
competência. O lema do concorrente desleal é: já que não posso 
ser tão alto quanto ele, melhor derrubá‐lo. Com ele caído eu sou 
maior. 

Eu  mesmo  tenho  uma  história  pessoal  sobre  este  aspecto  da 
ética  nos  negócios.  Um  sujeito  que  se  apresenta  na  Internet 
como  professor  universitário  e  vende  um  suposto  curso  de 
hacker,  teve  a  pachorra  de  conseguir  com  um  de  meus  alunos, 
justamente um que foi expulso do Curso de Hacker, dois recibos 

                                                            
12
 Aprendiz 4 – O Sócio 
13
 http://www.dji.com.br/leis_ordinarias/1996‐009279‐pindustrial/195__pi.htm 
 

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Escola de Hackers – Nível 1 
 
de  depósito  em  minha  conta.  De  posse  destes  recebidos  este 
cidadão se dirigiu a delegacia de sua cidade e abriu um boletim 
de  ocorrência,  alegando  que  fez  o  depósito  em  minha  conta 
pessoal, sem ter recebido todo o produto. Se isto fosse um fato e 
esta pessoa fosse no mínimo honesta, teria procurado o Procon e 
não  a  delegacia.  O  que  este  cidadão  não  esperava  é  eu  ter 
registro  de  toda  e  qualquer  operação  envolvendo  o  Curso  de 
Hacker, desde que foi criado em 2003. E não foi difícil localizar os 
recibos apresentados como dele, mas que na verdade pertencem 
a outra pessoa, o tal ex‐aluno expulso. Por conta deste desatino 
já  são  três  as  ações  judiciais  contra  este  cidadão,  mais  um 
boletim de ocorrência em uma delegacia de Salvador(BA) e uma 
queixa  crime  no  Ministério  Público  da  Bahia.  Pior  impossível.  A 
encrenca  que  este  sujeito  se  meteu  é  tão  grande  que 
recentemente  anexou  ao  processo  uma  declaração  de  pobreza, 
para  ver  se  consegue  esquivar‐se  da  primeira  condenação  que 
saiu,  com  sentença  indenizatória  de  dez  salários  mínimos,  mais 
multa14.  Além  de  dinheiro,  parece  estar  faltando  também 
vergonha  na  cara,  pois  seu  site  é  um  dos  site  hacker  mais 
invadidos  e  os  defacements  estão  disponíveis  para  quem  quiser 
ver em http://attrition.org/mirror/. 

Não  é  o  que  se  espera  de  um  professor  universitário,  mas  nos 
serviu para ilustrar este trecho sobre ética e moral (ou a falta de). 

 
                                                            
14
 Processo número 20520‐6/2006 em http://www.tj.ba.gov.br/. 
 

[96]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 
Código de ética hacker 

Não  existe  um  código  formal  de  ética  hacker.  O  que  existe  são 
textos  independentes  que  sugerem  como  os  hackers  devem 
comportar‐se de maneira ética. Muito parecido com um manual 
de boas maneiras, como aquele que diz para NÃO ESCREVER EM 
MAIÚSCULAS  NA  INTERNET.  SEGUE  QUEM  QUER.  VOCÊ 
CONHECE  ALGUÉM  QUE  SÓ  ESCREVE  EM  MAIÚSCULAS?  VOCÊ 
DEIXA DE LER AS MENSAGENS DESTA PESSOA POR CAUSA DISTO? 

Ética  hacker  é  não  usar  o  conhecimento  hacker  para  cometer 


crimes  ou  causar  danos  a  terceiros.  Trata‐se  de  uma  escolha 
pessoal.  O  hacker  continuará  invadindo,  descobrindo  senhas  e 
tirando sistemas do ar. 

Para  continuar  esta  discussão  eu  gostaria  de  saber  o  que  você 
pensa sobre: 
• Valores 
• Ética 
• Moral 
• Ética hacker 
• Hackers e criminalidade 
Gostaria  que  sua  opinião  fosse  embasada  com  definições  das 
palavras  extraídas  de  um  dicionário15,  não  da  Wikipédia,  que  é 
sujeita a erros. Explicando de outro jeito: antes de escrever sobre 
                                                            
 Dica: http://www.auletedigital.com.br/    ou    http://michaelis.uol.com.br/ 
15

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Escola de Hackers – Nível 1 
 
o  que  pensa  de  cada  palavra  acima,  consulte  a  definição  destas 
palavras no dicionário para evitar equívocos e deturpações. 

Também  gostaria  que  você  pesquisasse  na  Internet  notícias  de 


crime  envolvendo  hackers.  Escolha  uma,  aponte  o  link  e 
responda: Por que ele foi preso? Acusado de quê? De ser hacker? 

Vamos  conhecer  agora  as  contribuições  dos  participantes, 


transcritas  tais  como  foram  apresentadas  ao  grupo,  mantendo 
inclusive, a escrita típica da Internet: 
 

"Rodrigo Alves Neves" <digrau@> 

Valores => Cada um possui o seu, isso tem a ver com a criação, 
sua cultura, em que você acredita. 

Ética  =>  Seguir  as  normas  estabelecidas  pelo  grupo  que  você 
pertence  (que  você  está  seguindo).  Ética  religiosa,  no  trabalho, 
ética hacker. Até os criminosos possuem sua ética. 

Moral  =>  Anda  junto  com  os  valores  e  a  ética.  Sua  moral  pode 
não  aceitar  que  alguma  coisa  deixe  de  ser  feita  por  quem 
cometeu  algo  errado,  mesmo  que  para  isso  você  tenha  que 
desrespeitar a ética (do grupo que pertence), mas os seus valores 
(em que você acredita) não deixará passar em branco. 

Ética Hacker => São as normas estabelecidas pelos hackers. Não 
existi regras definidas,  e sim alguns pensamentos a respeito do 
que deve ser feito ou não. 
 

[98]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 
Hackers  não  são  criminosos,  o  que  faz  de  alguém  ser  criminoso 
ou  não  é  sua  moral  e  seus  valores  como  ser  humano, 
independente  de  ter  conhecimento  hacker.  Infelizmente  a 
imprensa intitulou hacker como criminoso. 

Hacker  e  a  Criminalidade  =>  assim  como  existem  pessoas  que 


possuem o conhecimento das leis para cometer crimes (policiais, 
advogados,  políticos  outros),  existem  pessoas  que  possuem  o 
conhecimento hacker e cometem crimes. Essas pessoas são todas 
criminosas,  assim  quem  entende  de  lei  e  comete  crimes.  Ter  o 
conhecimento não quer dizer que seja criminoso. 

07/09/2007 00:57 

Após cinco meses de investigações, a Polícia Federal prendeu na 
tarde de ontem, no bairro Joaquim Távora, um dos hackers mais 
procurados  e  sofisticados  do  País.  Há  cerca  de  três  anos,  ele 
vinha  lesando  uma  instituição  bancária  e  lojas  de  comércio 
eletrônico,  por  meio  de  uma  técnica  ainda  desconhecida  por 
especialistas da computação. 

De  acordo  com  policiais  federais  do  Núcleo  de  Repressão  aos 
Crimes  Cibernéticos,  que  vieram  de  Brasília  para  comandar  a 
operação,  o  cearense  Kássio  Cavalcante  Ferreira,  24  anos,  é 
responsável  por  um  rombo  de  quase  meio  milhão  de  reais.  No 
momento  da  prisão,  ele  recebia  uma  grande  quantidade  de 
mercadorias, em sua residência. Um amigo do hacker, que mora 

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Escola de Hackers – Nível 1 
 
no  bairro  Montese,  também  se  encontra  detido  na 
Superintendência  da  Polícia  Federal.  Ele  será  investigado  por 
receptação. As investigações apontam que a família nada saberia 
do envolvimento dele com o crime. 

Segundo as investigações, o golpe era empregado quando Kássio 
Ferreira comprava mercadorias em lojas de comércio eletrônico. 
A  técnica  desconhecida  era  utilizada  no  momento  em  que  se 
abria o site da operadora do cartão de crédito. Nesse momento, 
o  hacker  conseguia  passar  apenas  para  as  lojas  a  mensagem  de 
"crédito aprovado". O titular do cartão e o limite de crédito eram 
criados  quase  que  instantaneamente.  De  acordo  com  a  Polícia 
Federal,  a  fraude  colocava  em  xeque  o  próprio  sistema  de 
comércio eletrônico. 

Foi o excesso de confiança que fez com que o hacker fosse pego 
pela  Polícia  Federal.  Após  mais  de  dois  anos  fraudando  o 
comércio  eletrônico,  Kássio  Ferreira  teria  se  sentido  à  vontade 
para receber as mercadorias em seu próprio endereço. Somente 
há uns cinco meses que as lojas passaram a desconfiar do rombo, 
já que as faturas das operadoras de cartão nunca eram enviadas. 
"Ele traçou um boi e se engasgou com um mosquito", comparou 
uma agente federal. 

Antes  das  lojas  eletrônicas  perceberem  a  fraude,  a  instituição 


bancária  do  hacker  já  havia  descoberto  que  dinheiro  era  criado 
em sua conta corrente. 

[100]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 
Como  Kássio  Ferreira  somente  investiu  contra  grandes 
empreendimentos e não clonou cartões de terceiros ou desviou 
dinheiro de outras contas correntes, ele chegou a ser comparado 
pelos  policiais  com  Hobin  Hood,  que  tirava  as  posses  dos  ricos 
para  dar  aos  pobres.  Nesse  caso,  o  único  "pobre"  seria  ele 
mesmo. 

Um  dos  comportamentos  mais  estranhos  do  hacker  Kássio 


Ferreira,  segundo  a  Polícia  Federal,  foi  o  fato  dele  enviar  livros 
para a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Hellen Gracie, 
e para o ministro da Justiça, Tarso Genro. De acordo ainda com a 
PF,  um  dos  títulos  dos  livros  seria  Como  ser  um  líder.  Ele  fez 
questão  de  destacar  que  os  livros  foram  adquiridos  de  forma 
legal. 

Em um acesso de exibicionismo, o hacker fez questão de mostrar 
para  policiais  do  Núcleo  de  Repressão  aos  Crimes  Cibernéticos 
como  ele  fazia  para  fraudar  as  lojas  eletrônicas.  Chamou  a 
atenção  pela  rapidez  com  que  efetuou  o  crime:  pouco  mais  de 
um minuto. 

Entre os produtos adquiridos em lojas eletrônicas estão celulares 
de  última  geração,  DVDs,  roupas,  tênis  importados,  colchões, 
eletrodomésticos  e  até  um  suporte  para  sorvete.  Algumas 
mercadorias  foram  presenteadas  a  amigos.  Mas  a  maioria  foi 
vendida  na  própria  internet,  através  do  "Mercado  Livre".  Nesse 
site, o hacker se passaria por uma vendedora. 

www.escoladehackers.com.br  [101]
 
Escola de Hackers – Nível 1 
 
Fonte: http://tecnologia.terra.com.br/interna/0,,OI1296267‐EI4802,00.html 
 

"Andre" <h4.andre@> 

Valores  ‐  preferências  pessoais  de  cada  pessoa,  segundo  suas 


tendências e influências sociais. 

Ética  ‐  são  seus  valores  morais  e  suas  ações  humanas  na 


sociedade. 

Moral  ‐  é  a  soma  do  seu  valor  com  sua  ética  que  te  dirá  sua 
moral. 

Ética  Hacker  ‐  Antes  de  ler  essa  matéria,  acreditava  em  ser 
Hacker  do  bem  ..  mas  como  citou  a  honestidade  e  ética  andam 
lado a lado. 

Hacker e criminalidade ‐ Hacker e criminalidade sempre andaram 
juntos pq nem todos pensam e terão atitudes iguais, uns atacam 
outros se defendem, por isso que existe essa profissão. 

Todo ser humano tem seu valor, sua ética, sua moral e cada um é 
um  hacker,  ou  seja,  os  adjetivos  citados  fazem  a  diferença  de 
casa ser humano.  

Grupo  que  fazia  fake  dos  sites  bancários. 


http://pfdc.pgr.mpf.gov.br/clipping/setembro/hacker‐um‐crime‐
que‐nao‐compensa/ 

[102]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 
Preso  por  hackear  seu  chefe: 
http://info.abril.com.br/aberto/infonews/052006/15052006‐
14.shl 
 

cleriton geremia freire <clebill@> 

‐ Valores: valores são preços atribuidos a alguma coisa, com seu 
devido valor material ou mental, espiritual. 

‐  Ética:  seria  a  espécie  de  norma  criada  por  seu  intelecto  em 
convívio  com  os  demais  integrantes  do  grupo  em  que  participa. 
Não tem punição moral quando infringida, mas sim por si proprio 
ou pelas pessoas que convivem com você. 

‐ Moral: Com a ética estabelecida e realmente apoiada por todos, 
forma o que chamamos de Leis. Nós não criamos as leis, mas sim 
os  nossos  representantes  para  efetuar  esta  ação,  eles  criam  e 
editam leis, quando na verdade já foram estabelecidas por nós, e 
futuramente  copiada  e  formada  LEI.  Cumpri‐las  é  uma  questão 
moral. 

‐  Ética  hacker:  Hackers  não  devem  conter  ética,  Hacker  não 


define  as  ações  que  esse  indivíduo  faz.  Não  devemos  nos 
apoiarmos  nestes  temas  que  dizem  que  não  devemos  ser 
Hackers,  já  que  somente  estas  pessoas  obtem  conhecimento 
sobre Hacker quando eles são indiciados, denunciados ou presos. 

Assim forma uma visão ruim sobre Hacker, e consequentemente, 
na visão ética sobre oque e como deve ser um Hacker. 
 

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Escola de Hackers – Nível 1 
 
‐  Hackers  e  criminalidade:  Como  falado  anteriormente,  nomes 
não  expressam  oque  uma  pessoa  faz,  nem  um  Verbo  mostra  o 
que  uma  pessoa  é.  Essa  forma  de  ver  o  Hacker  não  está  sendo 
muito  usada  atualmente,  devemos  saber  que  Hacker  não 
comente  crime,  a  pessoa  por  individual  quem  comete. 
Criminalidade  na  internet  é  muito  fora  do  comum,  aborda  leis 
contra  crimes  de  informática  que  não  são  cumpridas  dia‐a‐dia. 
Essas leis, não estão a merce do povo, nem se quer sabemos por 
completo.  Se  perguntarmos  a  uma  pessoa  que  entende  um 
pouco  de  computador  se  conhece  alguma  lei  contra  crimes 
informáticos,  ela  responde  que  não  sabia  que  existe  estes  tipos 
de  normas  nesse  ramo.  Somos  desprovidos  do  conhecimento 
destas Leis, por isso o mundo Informático esta sem fronteira, por 
estarmos  distantes  destas  normas  desde  que  começamos  a 
entender  os  computadores.  Outro  fator  que  incomoda  muito,  é 
chamarem qualquer Hacker de descumpridor de leis, ou associa‐
los  a  isso.  Se  nem  todo  criminoso  é  Hacker,  porque  Hacker  é 
criminoso?  Ista  pergunta  o  povo  sabe  responder  bem,  mas  na 
pratica não a faz presente. 

CRIME 

O  pirata  virtual  Alberto  Monteiro  de  Oliveira,  foi  baleado  por 


policiais  quando  resistiu  a  prisão.  Ele  cometeu  crime  de 
informatica. Veja no link: 

http://www.portaldigidesign.com.br/forum/index.php?showtopi
c=2528 
 

[104]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 
Neste  caso,  com  certeza  ele  foi  longe  de  mais,  e  merecia  ser 
preso sem contradições, já que resistiu a prisão e estava armado. 
Não  foi  preso  por  ser  Hacker,  até  porque  precisam  de 
argumentos  para  prender  alguem,  não  simplesmente  por  ser 
alguem,  e  sim  por  suas  ações.  A  acusação  era  de  desvio  de 
dinheiro,  não  sei  em  que  lei  se  enquadra  isso,  até  pesso  ao 
Professor que me mostre a lei neste caso de prisão. 
 

"BAD STEEL" <badsteelpc@> 

* Fonte: Dicionário Aurélio 

‐ Valores: * "3.  As normas, princípios ou padrões sociais aceitos 
ou mantidos por indivíduo, classe, sociedade, etc.  " 

No  meu  ponto  de  vista,  valores  são  mais  do  que  régras,  são 
formas  de  pensamento,  formas  de  conduta  que  os  indivíduos 
tomam  para  sí,  ou  são  passadas  de  pai  para  filho,  nas  quais  os 
indivíduos guiam suas vidas. 

‐ Ética: * "Estudo dos juízos de apreciação referentes à conduta 
humana suscetível de qualificação do ponto de vista do bem e do 
mal, seja relativamente a determinada sociedade, seja de modo 
absoluto.". 

Ética  são  um  conjunto  de  regras  de  conduta  definidas  por  um 
grupo  ou  sociedade,  as  quais  definem  a  mareira  correta  dos 
indivíduos desse grupo ou sociedade se portarem. Sendo assim, o 

www.escoladehackers.com.br  [105]
 
Escola de Hackers – Nível 1 
 
que é ético para os membros desse grupo ou sociedade pode não 
ser consideredo ético para um indivíduo de fora. 

‐  Moral:  *  "Conjunto  de  regras  de  conduta  consideradas  como 


válidas,  quer  de  modo  absoluto  para  qualquer  tempo  ou  lugar, 
quer para grupo ou pessoa determinada.". 

A palavra moral para mim siginifica algo que está alem da ética, é 
algo  que  define  entre  o  certo  e  o  errado.  Algo  pode  ser 
moralmente  corréto  mesmo  sendo  eticamente  errado,  e  vice  e 
verça. 

‐  Ética  hacker  Se  ética  é  um  conjunto  de  regras  que  definem  o 
certo  e  o  errado  em  uma  sociedade,  Ética  hacker  são  as  regras 
que traçam a linha entre o certo e o errado nas ações hacker. O 
que  se  torna  muito  relativo,  pois,  o  que  é  ético  para  um  nem 
sempre é ético para outro. 

‐  Hackers  e  criminalidade  Acredito  que  as  ações  hackers  devem 


ser  consideradas  criminósas  a  partir  do  ponto  em  que  elas  se 
tornam  destrutivas.  Pois,  se  a  ação  é  motivada  pelo  prazer  do 
aprendizado, de fazer algo que outras pessoas não fazem, não há 
a necessidade de destruir o alvo, ou roubar dinheiro das contas 
bancárias por exemplo. 
 

<id_mit_nit@> 

‐    minha  visão  sobre  Valores  é  a  forma  pela  qual  somos 


esteriotipados pela sociedade. 
 

[106]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 
‐ minha visão sobre Ética é a forma pela qual queremos ser vistos 
pela sociedade. 

‐  minha  visão  sobre  Moral  é  a  forma  pela  qual  conseguimos 


mesclar  entre  os  Valores  e  a  Ética  para  realizarmos  o  que 
desejamos sem sairmos do padrão. 

‐ minha visão sobre Ética hacker é que como tudo na vida, somos 
éticos até que o nosso desejo fale mais alto que nossa razão. 

‐ minha visão sobre Hackers e criminalidade é que como tudo na 
vida. Não é o que somos e sim como somos é que faz a diferença. 
 

João Wianney <joao_mh@> 

‐  Valores=  São  cracteristicas  que  corresponde  as  normas  ideais 


para  que  eu  seja  bem  visto  pelos  outros,  por  isso,  é  desejado  e 
desejavel. 

‐  Ética=julgamentos  de  valor  na  medida  em  que  estes  se 


relacionam com a distinção entre o bem e o mal. 

‐  Moral=conjuntos  de  regras  de  comportamento  consideradas 


como universalmente válidas 

‐ Ética hacker=como eu falei anteriormente ética é o jugamento 
de  valores de  bem  e mal  que  no mundo  hacker  seria  bem  (Não 
crimes) e mal (crimes) 

www.escoladehackers.com.br  [107]
 
Escola de Hackers – Nível 1 
 
‐ Hackers e criminalidade=achei isso falndo sobre hacker e achei 
intereçante  como  fazem  a  relação  incorreta.  Quando  se  fala  de 
criminalidade  informática  é  necessário  falar  nos  principais 
interveniente,  os  Hackers  ou  piratas  informáticos.  Existe  uma 
camada  de  "cybercriminosos"  que,  pela  sua  longa  e  activa 
permanência  no  meio,  merecem  um  destaque  especial  neste 
ensaio. De facto, estes "criminosos" existiam mesmo antes de a 
Internet  se  popularizar  da  forma  como  fez  nos  últimos  anos, 
estabelecendo  as  suas  actividades  em  BBSs  locais,  redes  X.25, 
loops, etc... 

Apesar  do  termo  hacker  ter  sido  usado  desde  os  anos  50  para 
descrever programadores "free‐lancer" e de tecnologia de ponta, 
essa  conotação  tem  caído  em  desuso,  dando  lugar  a  uma  outra 
que  tem  sido  popularizada  pelos  media:  hacker  é  aquele  que 
obtém acesso não autorizado a um sistema informático. 

Apesar  deste  tipo  de  criminoso  provocar  graves  danos  nos 


sistemas informáticos de grandes empresas, podendo em alguns 
casos  poder  levar  à  falência  (devido  à  forte  dependência  das 
novas  tecnologias).  Só  recentemente  é  que  estes  criminosos 
foram encarados como tal. 

No  nosso  pais  ainda  Para  a  maior  parte  das  pessoas  o  crime 
informático  parece  uma  prática  muito  distante  e  algo  muito 
obscuro que não sabem definir muito bem. A justiça tem tentado 
definir de forma objectiva este tipo de crime, uns dizem que é a 
“realização  de  uma  acção  que,  reunindo  as  características  que 
 

[108]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 
delimitam o conceito de crime, seja levada a cabo utilizando um 
meio  informático,  seja  hardware  ou  software”.  Outros  dizem 
apenas  que  se  trata  de  “qualquer  acto  ilegal  onde  o 
conhecimento  de  tecnologia  da  Informática  é  essencial  para  a 
sua execução, investigação e acusação”. 

_Por que ele foi preso? Acusado de quê? De ser hacker? 

Por  criar  dinheiro  falço  pois  criava  virtualmente  o  dinheiro.Que 


desssa forma pagava suas compras pela net e gerar créditos em 
sua conta corrente. Por fraude e não e ser hacker, foi preso por 
suas ações. 

http://www.htmlstaff.org/ver.php?id=11612 
 

danubio santos <nubiod2@> 

Valores:  fundamentos  morais  e  espirituais  da  consciência 


humana  

Ética (é.ti.ca) 

Parte  da  Filosofia  que  estuda  os  valores  morais  e  os  princípios 
ideais da conduta humana  

Moral (mo.ral) 

adj (lat morale) 1 Relativo à moralidade, aos bons costumes. 

www.escoladehackers.com.br  [109]
 
Escola de Hackers – Nível 1 
 
Ética hackerHimanen, em sua obra Á ética do hacker e o espírito 
da era da informação (que contém um prólogo de Linus Torvalds 
e  um  epílogo  de  Manuel  Castells),  comenta  sobre  resgatar  o 
sentido original do termo 'hacker'. Segundo Himanen, um hacker 
não  é  (como  se  acredita  comumente)  um  delinqüente,  vândalo 
ou  um  pirata  da  informática  com  grandes  conhecimentos 
técnicos  (este  é  o  cracker),  mas  sim  todo  aquele  que  trabalha 
com grande paixão e entusiasmo pelo que faz. Podendo o termo 
hacker ser utilizado para outras áreas, por exemplo, a da ciência. 

Os  crimes  praticanos  na  internet,  não  foram  praticados  por 


hacker e sim por cibercriminosos, apalavra que deveria ser usada 
p/ quem cometi crimes na internet. 

http://www.modulo.com.br/site?infoid=2404&lng=br&sid=78htt
p://www.bbc.co.uk/portuguese/economia/story/2003/10/03101
0_hackermp.shtml 

"A Informação e o Conhecimento são pratrimônios universais da 
humanidade,  e  devem  ser  compartilhados  para  que  os  homens 
crescam sem desigualdades" 

   

[110]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 
Considerações finais 

Neste  quinto  dia  do  seminário,  podemos  resumir  nossas 


conclusões a: 

‐ a ética é assunto de foro íntimo, cada um seguirá seus valores 
pessoais  e  estes  valores  são  adquiridos  ao  longo  da  vida,  nunca 
em um curso de curta duração, apesar de que os valores podem 
ser revistos a partir das discussões desenvolvidas no grupo 

‐ não existe curso de hacker ético, existem pessoas éticas 

‐  uma  pessoa  ética  não  é  uma  pessoa  boazinha,  ingênua  ao 


extremo. O hacker continua sendo hacker, mesmo que (a pessoa) 
seja ético 

‐  ética  hacker  na  Escola  de  Hackers  é  um  compromisso  que  os 
alunos  assumem,  de  não  usar  o  conhecimento  para  práticas 
ilegais 

‐  mas  este  compromisso  é  um  compromisso  moral,  pois  não  há 


como impedi‐lo de fazer o que quer que seja 

‐ quando a pessoa quebra o compromisso ético, ela está sujeita a 
algum tipo de sanção, punição, represália 

‐ é falta de ética profissional o advogado  abandonar a causa sem 
justo motivo ou antes de decorridos dez dias da comunicação da 
renúncia;  E  por  ser  um  grupo  social  de  grande  interesse  para  a 
sociedade, os advogados possuem código de  ética em forma de 
 

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Escola de Hackers – Nível 1 
 
Lei16.  Quem  fere  o  código  de  ética  está  sujeito  a  repreensão, 
suspensão e até perder o direito de exercer a profissão 

‐ hackers não possuem este código de ética rígido e escrito. Mas 
algumas pistas são dadas: 

L: _Hoje fiz minha primeira invasão. 

H: _É mesmo? Como foi? 

L:  _Foi  uma  velha  que  pediu  ajuda  no  bate  papo  do  UOL  e  eu 
mandei um trjan pra ela. 

H:  _Você  não  tem  vergonha?  Que  desafio  tem  em  invadir  uma 
pessoa idosa, totalmente indefesa? 

‐  baseado  no  diálogo  acima,  podemos  concluir  que  é  falta  de 


ética invadir pessoas indefesas, que praticamente não oferecem 
resistência.  Isto  não  está  escrito  em  lugar  nenhum,  mas 
certamente  um  hacker  com  este  histórico  não  será  bem  visto  e 
muito menos bem‐vindo. 

‐  na  Escola  de  Hackers  a  ética  hacker  é  este  compromisso  de 


buscarmos  crescimento  pessoal  e  profissional.  Você  usar  o  que 
aprender conosco para cometer atos ilegais ou imorais o tornará 
passível  de  penalidades,  sendo  impedido  de  adquirir  nossos 
produtos.  Geralmente  quem  entra  nesta  lista  é  quem  aparece 

                                                            
16
 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8906.htm 
 

[112]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 
vendendo nossos produtos no ML ou distribuindo‐os em fóruns e 
redes sociais. 

Também  vimos  que  ninguém  é  preso  por  ser  hacker.  As prisões 


de  hacker  são  devido  a  crimes  cometidos,  sendo  o  de  maior 
repercussão  o  desvio  de  dinheiros  de  contas  bancárias.  Se  você 
pretende tornar‐se um hacker profissional, basta não se envolver 
com ações criminosas. 

Para  ajudá‐lo  a  conhecer  seus  valores,  acompanhe  este 


hipotético diálogo: 

L: _Hoje roubei a identidade de uma pessoa no MSN e mais duas 
comunidades no Orkut. 

H:  _Você  gostaria  de  perder  sua  conta  no  MSN  ou  sua 
comunidade no Orkut para um hacker? 

L: _Não. 

H: _Sente‐se bem em prejudicar as pessoas? 

L:  _Então  pra  quer  ser  hacker  se  o  que  gosto  de  fazer  você 
reprova? 

H: _Já pensou que as pessoas e empresas estão dispostas a pagar 
para  que  você  as  proteja?  Qual  a  estimativa  de  lucro  ao 
prejudicá‐las? Ser inteligente não é fazer o que gosta e ainda ser 
recompensado por isso? 

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Escola de Hackers – Nível 1 
 

[114]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 

Capítulo 6:
Hacker profissional ou
profissional de segurança
da informação?
 
OBJETIVO:  Entender  o  que  diferencia  o  hacker  profissional  do 
profissional de segurança da informação 
 

O  tema  deste  sexto  dia  de  seminário  é  discutir  sobre  as 


diferenças  entre  o  hacker  profissional  e  o  profissional  de 
segurança da informação. 

Até certo ponto ambos possuem o mesmo potencial, mas há uma 
diferença que nos torna mais bem preparados para lidar com os 
problemas de segurança. 

Pense  comigo:  Qualquer  pessoa  ou  empresa  que  ministre 


treinamentos divide seu programa de curso da seguinte forma: 

1. Conhecimento de base 
2. Expectativas do mercado 
3. Diferencial 

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Escola de Hackers – Nível 1 
 
Vamos analisá‐los. Use sua mente crítica e tente derrubar minhas 
suposições quando enviar seus comentários: 

1 ‐ Conhecimento de base 

Conhecimento de base é o que todo curso precisa ter. Qualquer 
que seja o curso existe uma parte do conteúdo que é obrigatória, 
sem  a  qual  não  haveria  entendimento  do  conteúdo.  É  o  que 
chamamos de conhecimento de base. Todo curso de pizzas tem 
que  ensinar  a  fazer  massa,  concorda?  Mas  você  também  já 
percebeu  que  nem  toda  massa  de  pizza  é  igual.  Este  é  um 
exemplo do que é conhecimento de base e de como ele também 
pode  ser  o  mesmo  em  qualquer  curso,  mas  mesmo  assim  ser 
diferente, para melhor ou para pior, na forma da aplicação e da 
transmissão do conhecimento. Conhecimento de base é também 
o mínimo que se espera aprender sobre determinado assunto. O 
que costuma variar de uma escola para outra é a forma didática 
de transmitir conhecimento e a profundidade da abordagem. 

2 ‐ Expectativas do mercado 

Após o conhecimento de base, a empresa de treinamento inclui 
as expectativas do mercado. O mercado aqui, tanto pode ser um 
empregador,  como  os  donos  das  bocas  famintas  a  espera  da 
pizza.  Esta  parte  do  treinamento  é  a  que  ensina  tarefas  que  o 
estudante  precisa  realizar  quando  estiver  trabalhando  ou 
colocando  o  conhecimento  do  curso  em  prática.  No  caso  da 
pizza,  supondo  que  exista  uma  demanda  para  pizzas  de  banana 
 

[116]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 
com queijo, então o curso deverá incluir esta receita. Se o curso 
não  estiver  atento  as  necessidades  do  mercado,  o  aluno,  ao 
concluir o curso, não estará apto a exercer a função. A opção do 
empregador  será  pelo  que  foi  mais  bem  preparado.  No  caso  da 
pizza, as pessoas irão procurar outro lugar para comer. 

3 ‐ Diferencial 

O  diferencial  é  o  que  faz  você  escolher  por  um  professor  ou 


empresa de treinamento, em vez de outra. O diferencial envolve 
muita  coisa  e  pode  ser  percebido  desde  a  transmissão  do 
conhecimento  de  base.  Alguns  diferenciais  se  destacam,  como 
por exemplo: 

• know how: uma empresa que faz pesquisas, pode incluir 
em seus treinamentos conteúdo que nenhuma outra tem. 
Este  é  um  diferencial.  O  tempo  de  mercado  da  empresa 
(experiência)  também  ajuda  a  formar  o  know  how, 
principalmente  quando  a  empresa  vai  incluindo  em  seus 
treinamentos as sugestões dos estudantes. 
• credibilidade:  uma  empresa  que  ofereça  um  curso  de 
segurança  perde  a  credibilidade  quando  não  souber 
cuidar  da  própria  segurança.  Como  alguém  pode  ensinar 
proteção se não consegue proteger‐se? 
• história:  Roberto  Justus  tem  uma  história  de  sucesso  na 
área de publicidade. Mas nenhuma história como cantor. 
Mas sabe‐se lá por que, talvez como forma de massagem 
no Ego, recentemente lançou o CD “Só Entre Nós”. O que 
 

www.escoladehackers.com.br  [117]
 
Escola de Hackers – Nível 1 
 
era anunciado como um projeto pessoal, tiragem limitada 
só para amigos, hoje está á venda nos principais sites de 
comércio  eletrônico,  como  o  Submarino  e  Americanas. 
Nada  contra  quem  quer  que  seja  lançar‐se  como  cantor. 
Talvez  até  eu  tenha  este  desejo  oculto.  Mas  a  questão 
aqui é qual história tem Roberto Justus como cantor? Que 
eu  saiba,  nenhuma.  Por  este  motivo  o  álbum  é  recebido 
com  tanta  descrença.  Este  é  um  exemplo  de  diferencial 
negativo.  A  empresa  e  seus  docentes  precisam  ter  uma 
história  para  passar  credibilidade  e  competência.  Quem 
pagaria para ouvir Roberto Justus cantar? 
• tempo  de  mercado:  o  profissional  ou  empresa  com 
tempo de mercado conquista um importante título que é 
a 'tradição'. Uma empresa com tempo no mercado já terá 
alunos  suficiente  fazendo  bons  ou  maus  comentários  na 
Internet,  o  que  permite  aos  novos  alunos  pesquisar  em 
fontes  independentes  e  pesar  os  prós  e  contras, 
comentários  positivos  e  negativos.  Uma  empresa  recém 
criada  será  uma  incógnita  até  que  possua  uma  base  de 
clientes atestando seus produtos. 

O diferencial é o algo mais, que torna uns melhor que os outros 
na opinião dos clientes. 

Expliquei como são formados os programas de treinamento. Esta 
organização é igual em qualquer curso, no Brasil e no exterior, e 

[118]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 
serve  como  parâmetro  para  você  decidir  com  quem  e  onde 
estudar. 

Agora eu gostaria de chamar sua atenção para o seguinte. Vamos 
supor  um  curso  de  administração  de  redes,  que  é  o  que 
geralmente  forma  o  profissional  que  estará  responsável  por 
defender as redes das empresas. 

Vamos analisar o programa do Curso de Redes da Impacta17, uma 
das maiores e melhores empresas de treinamento que temos no 
Brasil: 
Plataforma Linux    
Linux LPI 101 ‐ Fundamentos    
  Linux LPI 101 ‐ Implementação e Administração    
  Linux LPI 102 ‐ Gerenciamento e Manutenção    
  Linux LPI 102 ‐ Implementação de Infra‐estrutura de Redes    
  Linux Apache ‐ Servidor Web    
  Linux Firewall e Ferramentas de Segurança   
  Linux Samba ‐ Integração com rede Windows    
  Linux LDAP ‐ Implementando servidores    
  Linux Shell Script    
Plataforma Windows    
  Windows XP    
  Conceitos e Infra‐Estrutura de Redes    
  IMPACTA 202261 ‐ Suporte a Usuários com o Microsoft Windows XP    
  IMPACTA 202262‐ Resolução de Problemas em Aplicativos com Windows XP    
  IMPACTA 202272 ‐ Implementando clientes Windows XP para redes Windows Server 
2003    
  IMPACTA 202274 ‐ Administração de ambientes Windows Server 2003    
  IMPACTA 202275 ‐ Configurando e Administrando o Windows Server 2003    
                                                            
17
  Programa  disponível  no  link  http://www.impacta.com.br/especializacoes/redes.aspx  em  junho 
de 2008. 

 
 

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Escola de Hackers – Nível 1 
 
  IMPACTA 202276 ‐ Tecnologias e Infra‐estrutura de Redes com Windows Server 2003    
  IMPACTA 202277 ‐ Configurando e Gerenciando Infra‐estrutura Rede Win Server 2003   
  IMPACTA 202278 ‐ Projeto e Manutenção de Infra‐estrutura de Rede com Windows 
Server 2003    
  IMPACTA 202279 ‐ Projeto e Configuração do Active Directory no Windows Server 2003 
   
  IMPACTA 202282 ‐ Planejamento Estratégico Active Directory e Infra‐estrutura 
Win2003    
  IMPACTA 202824 ‐ Configurando e Gerenciando o ISA Server 2004    
  IMPACTA 202400 ‐ Configurando e Gerenciando o Exchange Server 2003    
Hardware   
  Conceitos e Infra‐Estrutura de Redes    
  Hardware Fundamentos    
  Hardware Service and Supporting    
  Hardware Troubleshooting    
  Cabling I ‐ Cabeamento Estruturado    
  Cabling II ‐ Projeto    
  CISCO ‐ Suporte de Redes ‐ Preparatório para certificação CCNA    
  CISCO ‐ Tecnologia de Redes ‐ Preparatório para certificação CCNA    
 
Um programa bastante completo, não acha? Agora leia de novo e 
verifique se existe algum módulo com a disciplina: 

"Pesquisa  de  falhas  de  segurança  em  Linux"  ou  "Pesquisa  de 
falhas  de  segurança  em  Windows".  Não  encontrou,  certo?  Nem 
esta  disciplina  e  nem  qualquer  tópico  semelhante.  Não  há  nada 
de errado no programa do curso de redes da Impacta. É que não 
faz  parte  do  treinamento  de  redes  procurar  e  forçar  falhas.  Os 
profissionais  de  rede  são  preparados  para  atuar  num  ambiente 
onde  ‐  espera‐se  ‐  que  tudo  funcione  conforme  previsto  pelo 
fabricante.  

 
 

[120]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 
Um treinamento não poder ser ambíguo, como por exemplo: 

PROFESSOR:  _"O  Windows  não  permite  criar  pastas  com  certos 


nomes,  tipo  LPT1  e  COM1.  Isto  porque  são  nomes  de  uso  pelo 
sistema e pastas com estes nomes podem causar erros em alguns 
scripts e processamentos." 

PROFESSOR: _"Mas, se fizermos desta forma [ explica como criar 
as  pastas  usando  hacks  ],  vamos  conseguir  criar  pastas 
normalmente proibidas." 

ALUNO: _"Afinal, pode ou não pode criar as pastas?" 

Outro exemplo: 

PROFESSOR:  _"Vamos  criar  um  grupo  com  privilégios  mínimos, 


que será a conta de acesso dos visitantes da empresa." 

PROFESSOR: _"Mas, se fizermos desta forma [ explica como fazer 
a escalada de privilégios usando hacks ], o visitante vai conseguir 
privilégios que a conta não permite." 

ALUNO: _"Não estou entendendo mais nada. A conta tem ou não 
tem poucos privilégios?" 

Um  aluno  iniciante  não  pode  ser  submetido  a  informações 


ambíguas.  Sem  falar  que  a  duração  do  curso  seria  maior,  com 
maiores  custos  e  talvez,  perdendo  a  competitividade  por  não 
conseguir praticar preços de mercado. 

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Escola de Hackers – Nível 1 
 
O  que  pretendo  demonstrar  a  vocês  é  que  os  profissionais  que 
trabalham  montando  e  administrando  redes  nas  empresas,  em 
seus  cursos  não  recebem  treinamento  para  procurar  falhas  de 
segurança com a ênfase que nós hackers procuramos. 

Um  hacker  não  quer  saber  o  que  está  funcionando  bem.  Sua 
função  social  é  fazer  com  que  não  funcione  bem,  contornar 
restrições, vencer barreiras. 

Ensinar isto em um curso de redes pode ser comparado a ensinar 
a um mecânico como colocar defeitos no carro. 

Dois lutadores vão iniciar um combate: 

MESTRE  1:  _Lembre‐se  de  todas  as  formas  de  ataque  e  defesa 
que eu te ensinei. 

MESTRE 2: _Procure pelos pontos fracos do oponente e explore‐
os. 

Em quem você aposta no combate acima? 

O profissional de segurança termina seu curso sabendo como se 
portar  diante  do  sistema  com  seu  funcionamento  normal. 
Também  aprende  a  lidar  com  os  problemas  mais  comuns  e 
conhecidos, pois os desconhecidos se são desconhecidos, não dá 
para ensinar como lidar com eles, concorda? 

[122]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 
O  hacker  é  ensinado  a  explorar  os  problemas  conhecidos  e 
incentivado a descobrir ou causar novos problemas. Isto faz uma 
grande diferença. 

Não estamos falando aqui de um ser bom ou melhor que o outro. 
Estou abrindo seus olhos para a função social de cada um deles: 

PROFISSIONAL  DE  SEGURANÇA  ‐  treinado  para  tempos  de  paz, 


treinado nas técnicas de defesa para ataques conhecidos. 

HACKER  ‐  treinado  para  a  guerra  e  guerrilha,  treinado  nas 


técnicas  de  ataque  conhecidas  e  incentivados  a  desenvolver  ou 
buscar novas técnicas. 

Vamos recordar a formação dos treinamentos e comparar como 
a função social se comporta em cada formação: 

1 ‐ Conhecimento de base 

PROFISSIONAL  DE  SEGURANÇA  ‐  normas  internacionais  de 


segurança  (receitas  aprovadas  de  como  deixar  um  sistema  mais 
seguro,  não  inclui  insistir  na  descoberta  de  novas  falhas.  Este 
profissional é treinado para os problemas mais comuns). 

ADMINISTRADOR  DE  REDES  ‐  funcionamento,  parte  física  e 


lógica (Linux, Windows, etc.). 

HACKER – tem o conhecimento dos dois currículos acima. 

 
 

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Escola de Hackers – Nível 1 
 
2 – Expectativas do mercado 

PROFISSIONAL  DE  SEGURANÇA  –  o  mercado  espera  que  este 


profissional  desenvolva  programas  de  segurança,  teste  a 
segurança  dos  sistemas  existentes,  usando  procedimentos 
conhecidos e documentados (normas técnicas). 

ADMINSTRADOR  DE  REDES  –  o  mercado  espera  que  este 


administre  redes,  mantenha  a  rede  funcionando  sob  diferentes 
demandas,  administre  contas  de  usuários,  faça  backup, 
manutenção  em  caso  de  falhas  e  cuide  da  segurança  contra  os 
tipos de ataques mais comuns. 

HACKER  –  o  mercado  espera  que  este  profissional  descubra 


falhas em sistemas supostamente seguros. 

3 – Diferencial 

O  diferencial  de  cada  profissional  é  como  ele  se  destaca  dos 


demais:  

PROFISSIONAL  DE  SEGURANÇA  ‐  consegue  elevar  o  nível  da 


segurança para ações hacker documentadas e traçar estratégias 
para  ações  inesperadas,  incluindo  planos  de  contingência  e 
recuperação de desastres. 

ADMINISTRADOR  DE  REDES  ‐  consegue  manter  a  rede 


funcionando  sob  severas  circunstâncias  e  recuperar‐se  com 
brevidade dos mais diversos problemas na rede. 
 

[124]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 
HACKER ‐ consegue encontrar pontos vulneráveis nas redes mais 
bem protegidas. 

Não  esqueça  que  os  profissionais  de  segurança  são  treinados 


dentro das normas padronizadas. Não são treinados para insistir 
na  busca  por  falhas  no  sistema.  Lidam  com  problemas 
conhecidos.  O  administrador  de  redes  é  o  que  menos  recebe 
treinamento de segurança em seu curso. 

Você  concorda  com  esta  argumentação?  Está  baseando  sua 


resposta (sim/não) em quê? O que você gostaria de acrescentar 
em  nossa  discussão  de  hoje?  Fez  algum  curso  de  redes  ou 
segurança  da  informação?  Consegue  identificar  os  pontos  que 
foram destacados no texto acima? 

Quem você acha que está mais bem preparado para lidar com os 
problemas  de  segurança  em  uma  empresa?  O  profissional  de 
segurança ou o hacker profissional? 

O conhecimento de um hacker profissional e de um profissional 
de segurança é o mesmo? Está baseando sua resposta (sim/não) 
em quê? 

Envie  para  nós  links  para  outros  programas  de  curso  de  redes, 
para que possamos comparar e constatar a inexistência da ênfase 
em segurança. 

   

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Escola de Hackers – Nível 1 
 
Para  preservar  a  fidelidade  das  respostas,  as  mensagens  foram 
mantidas tais como foram enviadas para a lista de discussão no 
Yahoo!,  incluindo  eventuais  erros  ortográficos,  gramaticais  e  a 
escrita peculiar da Internet. 
 

"Rodrigo Alves Neves" <digrau@> 

Concordo  totalmente  com  a  argumentação  do  dia  6.  No  meu 


curso  de  graduação  tive  uma  matéria  chamada  segurança  e 
auditoria  de  sistemas  de  informação,  nessa  disciplina  estudei 
normas  de  como  proceder  dentro  da  empresa,  criando  normas 
de  segurança  para  os  funcionarios,  procedimentos  e  outras 
coisas.  Não  falaram  como  exprorar  uma  vulnerabilidade  em  um 
servidor  linux  (para  uma  possível  defesa),  e  talvez  nunca  vão 
explicar mesmo, pois ainda existe o preconceito que alguém com 
esse conhecimento vá sair por ai invadindo servidores, ou talvez 
o  medo  dos  alunos  descobrirem  alguma  falha  que  eles  não 
queiram.  Quem  está  melhor  preparado  sem  dúvidas  é  o  hacker 
proficional,  pois  como  já  foi  dito,  hackers  são  pessoas  muito 
estudiosas,  com  alto  grau  de  percepção  que  as  outras  pessoas 
não  têm.  Conhecimento  é  gerado  através  estudo,  estudo  e 
ensinamento que um proficional de segurança talvez não vá ter, 
pois está acostumando a seguir relulamentos dentro dessa área. 
É preciso ter a mente hacker para analisar o problema. 
 

   

[126]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 
"BAD STEEL" <badsteelpc@> 

Sim, eu oncordo com essa afirmação, pois, em todos os currículos 
de  cursos  de  segurança  da  informação,  até  mesmo  nos  de  pós‐
graduação  e  MBA,  não  encontrei  módulos  sobre  exploração  de 
vulnerabilidades.  O  mais  próximo  disso  que  encontrei  são 
módulos de perícia forense que usam receitinhas pré aprovadas. 

Não  tenhonada  a  acrescentar,  só  a  relembrar  o  que  o  próprio 


pofessor  disse:  Que  mesmo  o  Hacker  profissional  tendo  uma 
qualificação  maior  que  o  profissional  de  segurança  da 
informação,  por  preconceito  da  sociedade  eles  são  obrigados  a 
omitir  a  palavra  hacker  de  seus  currículos,  tendo  que  se 
apresentar  apenas  como  profissionais  da  segurança  da 
informação,  caso  contrário  dificilmente  conseguiriam  trabalho 
em alguma empresa. 

Fiz apenas um curso básico sobre redes na época do windows 98, 
o  qual  não  chegava  nem  perto  do  que  foi  descrito  aqui.  O  que 
aprendi  depois  do  curso  foi  por  tentativa  e  erro  ou  material 
pesquisado na internet. 

Com  certeza  o  Hacker  profissional,  esse  engloba  todo  o 


conhecimento  que  um  profissional  de  segurança  da  informação 
possui, além de estar sempre se aperfeiçoando nas mais recentes 
técnicas  de  invação,  ou  desenvolvendo  suas  próprias.  O  Hacker 
profissional, conta ainda, com seu raciocinio crítico, que permite 

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Escola de Hackers – Nível 1 
 
a  ele  encontrar  falhas  onde  um  profissional  de  segurança  da 
informação nem sonharia que existisse. 

O  conhecimento  base  sobre  estruturas  de  redes  e  softwares  e 


seu  funcionamento  inicialmente  são  os  mesmos,  Porém,  o 
conhecimento do hacker vai além das receitas prontas ensinadas 
nos  cursos  sobre  segurança.  Ele  pesquisa,  se  atualiza,  explora 
novos recursos, novas funções, novas falhas, interage com outros 
hackers  ou  comunidades  hackers  que  trocam  conhecimentos 
entra sí. Coisa que os profissionais de segurança raramente iriam 
fazer. 

http://www.stefanini‐
training.com.br/PosGraduacaoSegurancaDaInformacao_w.asp 

http://www.fiap.com.br/portal/int_cda_conteudo.jsp?ID=1215&idPublicacao=
7f02b224\‐19de‐48eb‐99da‐f236545ce2fd&expira=20080602 
 

cleriton geremia freire <clebill@> 

*Sim  concordo  com  estes  argumentos.  Minha  resposta  esta 


baseada  na  simples  observação  de  que  o  Hacker,  buscando  as 
falhas,  tem  que  conhecer  como  é  feito  oque  se  pode  gera‐las. 
Assim  na  minha  opinião,  ele  próprio  é  quem  tem  o  maior 
conhecimento. 

*A principio nada. O texto ficou perfeito. 

*Não fiz nenhum curso não, mas consigo identificar esses pontos 
sim. 
 

[128]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 
*O Hacker profissional. Pois é ele quem está mais fundamentado 
na tentativa de achar o erro, as falhas, e novas descobertas. Isso 
sim  fundamenta  o  conhecimento  para  melhor  atuar  dentro  de 
uma empresa, assegurando a segurança nos sistemas dela. Outro 
fator,  é  de  que  Hacker  pensa  como  um  Hacker,  logo  ele  sabe 
como  os  outros  Hackers  agem  a  respeito  da  segurança, 
proporcionando  a  ele  a  experteza  que  o  Profissional  de 
segurança não irá se obter. 

*Isso depende mais do que a pessoa se intitula. Mas garanto‐lhes 
que  a  resposta  é  Não.  O  Hacker  profissional,  como  já  dizia,  é 
baseado  nas  descobertas  de  falhas,  na  inovação,  e  etc.  Assim 
garante  a  ele  o  bom  conhecimento  geral  de\sobre 
computadores. Já o profissional de segurança, esta baseado mais 
no  aprendizado  decorrente  do  curso,  oque  não  se  ensina  as 
bases fundamentais de um Hacker, que são ótimas para resolver 
problemas, e garantir a segurança. 

http://www.etcom.ufrgs.br/index.php?view=article&catid=43%3Acursos‐
ticos&id=54%3\Acurso‐de‐redes‐de‐
computadores&option=com_content&Itemid=188 

http://www.iped.com.br/curso/redes/ 

http://www.cursoderedes.info/ 

http://www.oswaldocruz.br/cursos/curso.asp?id_curso=26 

http://www.cursos24horas.com.br/cursos/redes.asp 
 

www.escoladehackers.com.br  [129]
 
Escola de Hackers – Nível 1 
 
"Rafaela" <fire390_indeterminada@> 

Sim,  os  administradores  que  conheço  pouco  sabem  sobre 


segurança  de  rede  e  o  pessoal  de  segurança  sabem  o  que  as 
normas  dizer  um  grande  exemplo  disso  é  a  empresa  onde 
trabalho  onde  o  administrador  e  a  pessoa  que  cuida  da 
segurança da rede acham que não precisamos limitar o acesso a 
rede de todos usuários apenas do pessoal do escritório diretores 
e gerentes não precisam de bloqueio. 

Faço  curso  de  Gerenciamento  de  Redes    e  o  curso  é  focado 


somente  na  falhas  já  conhecidas  e  baseado  nas  normas 
existentes, apenas, um  Professor nos faz buscar mais informação 
e ir além do que está escrito e tentar forçar o sistema em busca 
de falhas. 

O  hacker  está  mais  bem  preparado  pois  este  tem  no  sangue  a 
vontade de descobrir e ser mais persistente e achar a falha. 

O hacker profissional é melhor por que além de estudar muito , 
tem  alguns  que  são  auto‐ditadas  e  correm  atrás  daquilo  que  os 
outros só vêem em manuais. 

http://www.radial.br/ 

http://www.unipi.br 

http://www.fiap.com.br/ 
 

   
 

[130]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 
"Osvaldo Filho" <osvaldofilho.redes@> 

Creio que as definições estão de acordo. Os hackers profissionais 
estão  mais  bem  preparados  para  lha  dar  com  as  situações  que 
nos  deparamos  no  dia‐a‐dia.  Os  profissionais  de  segurança 
também  são  bons,  mas  no  quesito  diferencial  é  que  vemos  a 
"superioridade"  dos  hackers  profissionais.  Aqui  em  Fortaleza 
temos  cursos  razoáveis  na  área.  Temo  a  Trenil  Informática 
(www.trenil.com.br),  temos  a  Lanlink  (www.lanlink.com.br)  e  a 
Evolução  (www.evolucao.com.br).  Todas  disponibilizam  cursos 
bem  interessantes.  Entretanto,  cursos  focados  para  hackers 
profissionais creio que nenhum disponibilize. 
 

"Andre" <h4.andre@> 

Concordo em parte, o Profissional de segurança qdo encontra um 
problema  que  nunca  viu  na  parte  teórica  ou  em  prática  ele 
deverá buscar recursos para resolver tal problema. 

Acrescentaria que sem estudo você não é ninguém na vida !!! 

Fiz  um  curso  básico  e  aprendi  um  pouco  na  faculdade,  mas  pra 
falar a verdade um curso bom hoje em dia é raro. 

Acredito tanto como um Hacker e um Profissional de Segurança 
são aptos para lidar com relação a segurança da empresa. 

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Escola de Hackers – Nível 1 
 
Os  dois  terão  ensinamentos  diferentes  e  podem  chegar  ao 
mesmo  resultado,  o  que  pode  variar  além  do  estudo  será  o 
tempo da conclusão. 
 

João Wianney <joao_mh@> 

01. Sim, na vida que levo e vejo o que acontece. 

02. Não, está muito bom. 

03. Não fiz nenhum curso. 

04. Sim 

05. O hacker proficioanl por que ele sabe como agir e aonde agir. 

06. Não.Um cara que so aprende a se defender eo outro a atacar, 
o  cara  que  vai  atacar  consequentimente  vai  descobrir  mais 
formas de atacatar e o que vai se defender so vai aprender a se 
defender  dos  novos  ataques  quando  o  atacante  atacar  ai  ja  vai 
ser tarde ja vai ter perdido a gerra. 

07. 
http://www.fiap.com.br/portal/int_cda_conteudo.jsp?ID=1205&idPublicacao=
115e2\3bb‐f449‐4d61‐abeb‐5c93748db6b4&expira=20080604 

http://www.iped.com.br/curso/redes/ 

http://www.cursos24horas.com.br/cursos/redes.asp 

http://www.lee.eng.uerj.br/~rubi/cursos/rc/ 

[132]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 
http://www.compuclass.com.br/hardware2.asp 

http://www.esab.edu.br/site/cursos/lista.cfm?porarea=true&id=3 

Considerações finais do sexto dia 

Em nosso sexto dia do seminário de iniciação hacker foi possível 
perceber  que  a  orientação  hacker  faz  a  diferença,  quando  o 
assunto  é  segurança  da  informação.  Não  se  trata  de  dizer  que 
profissionais  de  TIC  (Tecnologia  e  Segurança  da  Informação), 
webmasters,  webdesigners,  administradores  de  rede  e  outros 
sejam profissionais incompetentes ou de denegrir a imagem dos 
cursos de formação. Não é isso. 

O  que  procuramos  mostrar  é  que  não  cabe  à  formação 


tradicional lidar com problemas inexistentes ou buscar formas de 
criar  o  problema.  A  formação  destes  profissionais  baseia‐se  na 
premissa de que o sistema vai funcionar dentro da normalidade 
esperada, incluindo o que fazer quando problemas ocorrerem. 

A orientação hacker por outro lado, parte da premissa de que em 
tudo  podemos  encontrar  falhas.  A  regra  para  o  hacker  é  a 
anormalidade do sistema. Se já não existir, cria‐se. 

Respeitamos  bastante  os  profissionais  que  trabalham  em  redes, 


criação  e  manutenção  de  sites,  infra‐estrutura.  Mas  entendam 
eles  que  nossa  função  no  mundo  é  buscar  falhas  e  provar  que 
elas existem, mesmo quando não estão aparentes. 

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Escola de Hackers – Nível 1 
 
O hacker se beneficia do conhecimento de base e o profissional 
de  TIC  se  beneficia  da  orientação  hacker,  permitindo  a  ele 
manter  um  sistema  melhor  que  os  seus  colegas  de  TIC  restritos 
ao conhecimento tradicional. 

[134]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 

Capítulo 7:
Formação do hacker: o que
é preciso saber?

 
OBJETIVO: Discutir sobre o conteúdo necessário a formação do 
hacker profissional 
 

Em  nosso  último  dia  do  seminário  Iniciação  Hacker,  vamos 


discutir sobre o currículo na formação hacker. Mas antes vamos 
recordar o tema dos dias anteriores: 

DIA #1 ‐ O que é hacker? 

Mostramos  que  a  definição  de  hacker  é  algo  pessoal,  mas  que 


devemos  defender  nossa  interpretação  com  base  em  fonte 
confiável  (dicionário  da  língua  inglesa).  Também  vimos  que  a 
imprensa,  na  falta  de  outra  palavra  para  definir  crimes  de 
informática,  usa  a  palavra  hacker  para  definir  cibercrimonosos, 
ajudando  a  moldar  no  imaginário  popular,  a  figura  do  hacker 
como  malfeitor.  E  ficou  a  sugestão  para  nós  nos  manifestarmos 
sempre  que  isto  ocorrer.  Vimos  que  a  palavra  hacker  teve 
 

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Escola de Hackers – Nível 1 
 
diferentes  interpretações  através  dos  tempos  e  que  isto  ocorre 
com  outras  palavras  também.  Antigamente  ser  gay  era  apenas 
ser ‘alegre’ e pedofilia era apenas 'paixão por crianças'. 

DIA #2 ‐ A história dos hackers através do cinema 

Este segundo dia foi bastante produtivo, pois gerou uma lista de 
filmes que ajuda a entender a evolução dos hackers através dos 
tempos.  Elegemos  o  cinema  para  contar  esta  história, 
principalmente  porque  foi  o  veículo  que  mais  influenciou  os 
jovens  a  querer  ser  hackers.  Vimos  que  o  hacker  teve  fases 
distintas, desde o fera em informática até chegar a atual divisão 
entre cibercriminosos e profissionais de segurança. 

DIA #3 ‐ O “hack” original 

Neste terceiro dia aprendemos um importante conceito, pois só 
podemos ser o que fazemos e partindo desta premissa, hacker é 
quem  faz  hacks.  Foi  possível  classificar  hackers  entre amadores, 
profissionais  e  iniciantes  e  entender  por  que  alguns  são  mais 
hackers  que  os  outros,  a  partir  de  serem  criadores  do  hack 
original,  usarem  o  hack  original  modificado  ou  apenas  copiar 
hacks prontos. 

DIA #4 ‐ Por que ser hacker? 

Neste  quarto  dia  foi  possível  refletir  sobre  o  que  nos  leva  a  ser 
hackers.  Importante  também  é  analisar  as  motivações  do  outro 
para saber o nível de risco e insistência dos ataques. Um invasor 
 

[136]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 
só  de  passagem  vai  deixá‐lo  em  paz  diante  das  primeiras 
dificuldades.  Um  invasor  vingativo  não  vai  deixá‐lo  em  paz  tão 
cedo. 

DIA #5 ‐ Ética hacker e criminalidade 

No quinto dia chegamos à discussão sobre ética, moral, valores, 
princípios  e  ética  hacker.  Vimos  que  não  existe  um  curso  de 
hacker ético, pois ética é assunto de foro íntimo e não pode ser 
ensinada  em  um  curso.  A  própria  ética  está  subordinada  a 
valores pessoais, moldados ao longo do tempo. Vimos que o que 
chamamos de ética hacker é o compromisso moral que cada um 
assume  de  não  usar  o  conhecimento  de  forma  ilícita.  Mas  por 
tratar‐se de compromisso moral, nada impede alguém de fazer o 
que quer que seja. 

DIA  #6  ‐  Hacker  profissional  ou  profissional  de  segurança  da 


informação? 

No  sexto  dia  discutimos  as  diferenças  existentes  entre  a 


orientação  hacker  e  a  orientação  do  profissional  de  TIC,  que 
engloba:  analistas  de  sistemas,  administradores  de  rede, 
webmasters  e  diversas  outras  denominações.  Não  foi  um  dia 
para  desmerecer  A  ou  B  enquanto  profissional  ou  criticar  suas 
formações.  Foi  um  dia  em  que  percebemos  que  na  formação 
tradicional  não  existe  lugar  para  a  prospecção  de  falhas. 
Formam‐se  profissionais  para  atuar  em  ambiente  normal. 
Formam‐se hackers para levar os sistemas ao limite. A conclusão 
 

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Escola de Hackers – Nível 1 
 
é que o hacker precisa do conhecimento de base e o profissional 
de TIC se beneficia da orientação hacker. 

E  finalmente  chegamos  ao  último  dia  deste  seminário,  onde 


vamos discutir sobre o currículo na formação do hacker.  

Formação do hacker: o que é preciso saber? 

No sexto dia expliquei para vocês a fórmula mágica que é usada 
para a montagem de qualquer curso: 

1 ‐ Conhecimento de base 

2 – Expectativas do mercado 

3 ‐ Diferencial 

Na  formação  do  hacker  existem  as  mesmas  regras.  Vamos 


conhecê‐las: 

1 ‐ Conhecimento de base: O conhecimento de base não é igual 
para  todos.  Um  hacker  pode  atuar  em  diversas  frentes  e  eu 
mesmo duvido que algum seja capaz de atuar em todas. Algumas 
pessoas dizem que 'para ser hacker é preciso conhecer o kernel' 
ou  'saber  programar  em  C'.  Isto  é  bobagem.  Para  ser  hacker  é 
preciso  FAZER  hacks  e  fazer  hacks  independe  do  conhecimento 
de  base.  Quanta  gente  sabe  C  e  é  incapaz  de  fazer  hacks?  Ou 
conhece o kernel a fundo, mas não sabe algo simples como tirar 
 

[138]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 
um site do ar? Na verdade, quanto mais conhecimento se busca, 
mais chances existem desta pessoa ser incapaz de fazer hacks. A 
insegurança pode esconder‐se por trás de muitos livros e cursos. 
Mostre sempre os seus resultados, pois será julgado por eles. O 
saber não é fazer. 

E assim chegamos a primeira pergunta do dia: 

Qual conhecimento de base é preciso para formar um hacker? 

Conhecimento  de  base  é  o  mínimo  para  a  pessoa  começar  a 


corrida.  Gosto  de  fazer  comparações  com  a  gastronomia, 
primeiro por que sou gourmet e sei do que falo, e principalmente 
porque  o  que  ocorre  na  cozinha  é  muito  parecido  com  o  que 
ocorre entre os hackers: os ingredientes estão todos lá, mas uns 
vão conseguir criar uma receita espetacular, uns vão se limitar a 
modificar  as  receitas  existentes  e  há  quem  vá  usar  receitas 
prontas  e  ainda  assim  correndo  o  risco  de  não  obter  o  mesmo 
resultado. 

O  cohecimento  de  base  para  a  formação  hacker  deveria  incluir, 


no mínimo: 

‐ redes cabeadas e sem fio 

‐ protocolos e TCP/IP 

‐ lógica de programação e ‐ algoritmo 

‐ linguagem de programação 
 

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Escola de Hackers – Nível 1 
 
‐ normas de segurança 

‐ classificação das vulnerabilidades 

‐ funcionamento dos servidores 

‐ tecnologia dos sistemas operacionais Linux e Microsoft 

‐ técnicas de pensamento sistêmico 

‐ sociatria 

‐ organização das corporações, Governo e relações internacionais 

‐ Direito, leis de crimes de informática, sistema judiciário 

‐ gestão empresarial e de projetos 

‐ normatização 

*  Não  incluímos  a  formação  do  PHREAKER  ou  do  CRACKER 


(especialista em engenharia reversa de software), o que tornaria 
a lista maior ainda. 

Quer  dizer  que  somente  sabendo  tudo  da  lista  acima  alguém 
poderá ser hacker? 

Não é bem assim. Lembre‐se do que discutimos no terceiro dia: 
hacker  é  quem  faz  hacks  e  para  fazer  hacks  não  é  preciso  nada 
além do hack em si. O conhecimento de base relacionado acima 
é  o  que  permitirá  ao  hacker  uma  base  sólida  para  desenvolver 
 

[140]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 
ações. É o conhecimento de base para os que desejam tornarem‐
se  hackers  profissionais.  Dominando  estes  saberes,  quando  a 
Linux  Fundation  ou  a  Microsoft  divulgarem  seus  boletins  de 
vulnerabilidades,  você  será  capaz  de  entender  a  linguagem 
técnica  (às  vezes  distribuídas  por  vários  assuntos)  e, 
principalmente, desenvolver hacks em cima das vulnerabilidades, 
muitas delas sem correção no momento da divulgação (0Day). 

Podemos finalizar assim: 

‐  para  usar  o  conhecimento  hacker  como  diversão  ou  apenas 


para proteção individual, dominar as principais técnicas já basta. 

‐  para  atuar  profissionalmente  no  setor,  como  hacker 


profissional,  mesmo  que  tenha  que  se  apresentar  como 
especialista  ou  consultor  de  segurança;  então  vai  precisar  do 
conhecimento de base. 

2 – Expectativas do mercado: Além do conhecimento de base, a 
formação do hacker profissional precisa estar em sintonia com o 
mercado. Suprir as necessidades atuais e futuras. Se técnicas de 
domótica  ainda  são  pouco  usadas,  devido  a  pouca  presença  de 
prédios  inteligentes  na  maioria  das  cidades  brasileiras,  a 
tendência é que sistemas domóticos cresçam nos próximos anos, 
principalmente  nas  camadas  mais  ricas  da  população.  O  hacker 
profissional  precisa  estar  em  condições  de  atender  as 
necessidades de hoje e de amanhã, caso amanhã ainda queira ser 
hacker. 
 

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Escola de Hackers – Nível 1 
 
Recebemos  freqüentemente  e‐Mails  de  empresas  requisitando 
nossos  serviços  ou  indicação  de  profissionais.  Infelizmente  nós 
trabalhamos  no  limite  e  não  dá  para  atender  a  maioria  destas 
solicitações, também não dá para indicar um aluno do Curso de 
Hacker, pois apesar de sabermos de sua capacidade nas técnicas 
que  ensinamos,  falta‐lhes  o  conhecimento  de  base,  que 
conforme  você  pode  ver  na  listagem  acima,  não  é  matéria  do 
curso de hacker. 

Mas com este novo projeto,a Escola de Hackers, o conhecimento 
de  base  também  faz  parte  da  formação,  incluindo  certificações 
respeitadas, como a MCSE, LPI, CHI e CEH. Num futuro próximo, 
esperamos  poder  indicar  os  alunos  da  Escola  de  Hacker  para  as 
empresas e pessoas que nos procuram. 

Mas se temas como sociatria, organização das empresas e Direito 
não fazem parte do Curso de Hacker, por que um hacker precisa 
saber isso? 

Por  que  estamos  falando  do  segundo  ponto  da  formação,  que 
são  as  expectativas  do  mercado.  Um  empregador  pode  solicitar 
que  você  faça  coisas  (pedem  isto  todo  o  tempo)  que  ferem  a 
legislação  vigente.  E  para  a  justiça  o  fato  de  desconhecer  a  Lei 
não  exime  a  pessoa  da  culpa.  Para  uma  prestação  de  serviços 
profissional  você  precisa  dominar  assuntos  que  não  são 
diretamente  relacionados  ao  hack,  mas  a  prestação  do  serviço 
como um todo. 

[142]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 
Uma  grande  empresa  pode  querer  contratá‐lo  e  certamente  vai 
solicitar  de  você  um  planejamento  baseado  nas  normas  do 
Project  Management  Institute  (PMI).  São  contratos  que  podem 
ser  celebrados  com  prefeituras,  governos  Municipal,  Estadual  e 
Federal.  É  um  setor  com  muita  gente  e  empresa  incompetente, 
atuando,  mas  como  são  os  únicos  que  atendem  com  o 
conhecimento  hacker  +  os  procedimentos  de  mercado,  são  os 
que dão as cartas no setor. 

O mercado espera que: 

‐ você entenda o funcionamento da empresa 

‐ você entenda as políticas públicas para o setor 

‐ você entenda da legislação pertinente 

‐ você entenda de orçamento 

‐ você entenda de gerencia de projetos 

‐ você entenda de normatização 

‐ você entenda de comunicação empresarial 

O  mercado  espera  que  você  seja  e  apresente‐se  como 


profissional. 

Achou muito? E é mesmo. Estamos falando de um setor carente 
de  bons  profissionais,  com  uma  demanda  recente  e  cada  vez 

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Escola de Hackers – Nível 1 
 
maior e que atualmente está nas mãos de umas poucas pessoas 
e empresas. 

É sabido que as Universidades criam seus cursos em função das 
expectativas  do  mercado,  correto?  Você  já  percebeu  a 
quantidade  de  cursos  de  Sistemas  de  informação  que  surgiu  de 
uns anos pra cá? É disto que estou falando. Só que estas pessoas 
formadas em sistemas de informação não vão atender o mercado 
adequadamente  sem  incluir  a  formação  hacker  em  seus 
currículos.  Melhor  preparado  é  o  hacker  profissional,  para  lidar 
com  os  desafios  crescentes  do  setor.  Cheguei  a  esta  conclusão 
após  analisar  e  comparar  o  plano  de  curso  de  duas  dúzias  de 
faculdades.  Sugiro  que  faça  o  mesmo  e  tire  suas  próprias 
conclusões. 

3  –  Diferencial:  Quando  o  mercado  dispõe  de  várias  empresas 


fornecendo o mesmo produto, então a escolha deve ser feita em 
função de algum diferencial ou fator de eliminação. 

• Competência 

De  início  eu  descartaria  os  cursos  com  histórico  de  invasão  em 
seu  próprio  site.  Como  ensinar  as  pessoas  a  se  proteger  se  não 
conseguem proteger a si mesmas? Entendemos que a ocorrência 
de  uma  invasão  é  lamentável,  mas  não  desabonatória  de  todo, 
como  foi  o  caso  do  Hackerteen,  mantido  pela  4Linux,  uma 
empresa  tradicional  do  setor.  Mas  temos  casos  de  invasões 
sucessivas  em  empresas  que  vendem  'cursos  de  hacker'.  Como 
 

[144]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 
confiar neste produto? A impressão é que seus proprietários não 
estão  muito  preocupados  em  conhecer  as  técnicas  e  aplicá‐las 
também aos seus negócios. Mas parece alguém que percebeu o 
potencial de lucro da palavra 'hacker' e colocou qualquer coisa à 
venda. 

• História 

Igualmente importante é conhecer a história da empresa naquele 
setor.  Como  a  empresa  surgiu  e  evoluiu  no  mercado.  Um 
exemplo recente é o lançamento do publicitário e apresentador 
do  O  Aprendiz,  Roberto  Justus,  se  lançando  como  cantor 
romântico.  Sua  história  de  sucesso  como  empresário  e 
publicitário  são  conhecidas,  já  a  qualidade  musical  do  CD  do 
Roberto Justus cantor é no mínimo questionável. 

• Amostra 

Conhecer  o  material  antes  de  comprá‐lo  pode  ajudar  na 


identificação  da  metodologia  de  ensino,  conhecer  a  didática  e 
como  o  conteúdo  é  apresentado.  Se  a  empresa  não  oferecer 
algum tipo de amostra grátis e nenhum material da empresa ser 
encontrado  na  Internet,  mesmo  nos  links  não  autorizados  das 
redes de troca de arquivos e blogwarez, é indício de não ser um 
material  tão  popular.  Não  se  engane:  o  que  é bom  vai  parar  na 
Internet, independente da vontade do dono. 

Agora é com você. Capriche nas suas considerações deste último 
dia de seminário: 
 

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Escola de Hackers – Nível 1 
 
1 ‐ Você concorda com nossa argumentação de que o hack é feito 
independente do conhecimento de base? Justifique sua resposta. 

2 ‐ O que você gostaria de incluir em nossa lista de conhecimento 
de base para a formação do hacker profissional? 

3 ‐ Você percebeu que para ações hacker não é necessário tanto 
conhecimento  quanto  o  exigido  para  a  formação  do  hacker 
profissional? Justifique sua resposta. 

4  ‐  Além  dos  pontos  citados  como  necessidades  do  mercado,  o 


que  mais  você  acha  ser  exigência  de  mercado  para  o  hacker? 
Justifique sua resposta. 

5  ‐  Além  dos  pontos  citados  como  diferencial  na  escolha  da 


formação,  o  que  mais  você  acha  que  deve  ser  observado  na 
escolha da sua formação? Justifique sua resposta. 

   

[146]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 
Para  preservar  a  fidelidade  das  respostas,  as  mensagens  foram 
mantidas tais como foram enviadas para a lista de discussão no 
Yahoo!,  incluindo  eventuais  erros  ortográficos,  gramaticais  e  a 
escrita peculiar da Internet. 
 

 "Luiz Vieira" <luizwt@> 

R:  Concordo.  Conhecimento  técnico  não  pressupõe  capacidade 


de  ir  além  dele.  No  entanto,  vemos  pessoas  que  vão  além  dos 
chamados  especialistas,  e  essas  pessoas  não  raro  são  de  outras 
áreas,  sem  todo  o  conhecimento  técnico  de  base  que  um 
"especialista" precisa ter. 

R:  Programação  Neurolinguística,  Mapas  Mentais,  Engenharia 


Social. 

R:  Sim!  A  formação  profissional  procura  habilitar  a  pessoa  para 


atuar  em  todas  as  frentes,  capacitando‐a  a  agir  como 
empreendedor, lidar com negociações, empresas contratantes e 
possibilitando adquirir a capacidade de responder à maioria dos 
ataques  que  um  cracker  realizar  contra  os  sistemas  que  o 
primeiro protege. Já para uma ação hacker, o conhecimento que 
é  necessário  é  apenas  aquele  que  está  no  contexto  de  suas 
intenções com tal ação. 

R: Conhecimento de Penetration Test. Esse é um diferencial para 
qualquer  hacker  atuar  profissionalmente,  pois  capacita‐o  à 
analisar  as  vulnerabilidades  de  um  sistema  ou  rede,  e  fazer  um 
 

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Escola de Hackers – Nível 1 
 
relatório com as possíveis soluções. A maioria das empresas que 
se  importa  com  suas  informações,  precisa  de  um  profissional 
com essa qualificação, e pagam muito bem por isso ;‐) 

R:  A  busca  de  soluções,  além  da  busca  das  vulnerabilidades  e 


falhas.  Encontrar  os  buracos  muitas  vezes  é  mais  fácil  do  que 
saber como consertar, e não basta apontar a falha, o importante 
é  tbm  ter  o  conhecimento  necessário  para  oferecer  a  solução. 
Uma  empresa  não  quer  saber  apenas  que  tem  problemas  em 
seus sistemas, quer as soluções em primeiro lugar. 
 

"Andre" <h4.andre@> 

Concordo que o Hacker independe do seu conhecimento de base, 
porque a base de tudo é gostar da área que vc escolheu para sua 
vida. Os profisisonais de informática podem a vim ser um hacker 
independente  da  sua  escolha  de  sua  profissão,  como  disse  tem 
que se dedicar !!! 

A lista da base para formação do hacker seria por ai mesmo, mas 
com as aulas terem bastante prática. 

As  ações  hackers  independe  do  seu  conhecimento,  com  um 


simples  trojan,  keylogger  ou  uma  pasta  compartilhada  vc  terá 
altos resultados. A internet hoje em dia existe bastante tutorias, 
lógico que existe muito lixo, mas a maioria dos tutoriais bons são 
em inglês. 

[148]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 
Como  citado  no  seminário  fiz  um  curso  a  distância  na  4linux  de 
Linux  e  foi  muito  bom,  com  hora  marcada,  sala  de  aula,  voz  do 
professor, chat e uns 30 alunos e 1 moderador. 

Diferencial  realmente  é  a  convivência  em  grupo,  saber  ensinar, 


respeitar  o  próximo  e  educação  acredito  que  isso  é  o  fator 
principal para todas as formações. 
 

"Carla" <carla@> 

Concordo  em  parte.  Para  se  fazer  um  hack  é  necessário 


conhecimento  referente  ao  hack  que  se  queira  fazer.  Este 
conhecimento pode ou  não estar vinculado a um conhecimento 
de  base.Eu  posso  tranquilamente  usar  ferramentas 
desenvolvidas por terceiros, para invadir o compartilhamento de 
micros  remotos  usando  Windows  9x.  Se  o  meu  intento  foi 
conseguir um hack, não importando a forma ou o conhecimento, 
então foi feito. Mas, isso não significa que tenha a capacidade de 
escrever um código que explore as vulnerabilidades dos serviços 
de Sessão Netbios. Por que este hack é altamente dependente do 
conhecimento  de  base:  a  linguagem  do  sistema  operacional,  as 
falhas  nos  protocolos  de  rede,  a  compreensão  das  eleições 
browser do Windows, etc. 

O curso tem qualidade e é ideal para iniciantes, como eu. Porém, 
quando  se  pensa  em  futuro  há  duas  possibilidades:  ou  se 
permanece onde se está ou dá‐se o próximo passo. Depende de 
cada  um.  Para  o  próximo  passo,  para  aqueles  que  querem  se 
 

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Escola de Hackers – Nível 1 
 
especializar  na  segurança  de  redes,  o  conhecimento  ministrado 
no  curso  é  insuficiente.  Neste  sentido,  incluiria  um  volume 
grande  de  programação,  de  protocolos  de  rede  e  de  formação 
em Linux. 

Sim,  a  formação  inicial  do  hacker  pode  dar  a  ele  oportunidades 


de  aperfeiçoar‐se,  buscando  novas  formas  de  atuação  e  de 
exploração de falhas em serviços de rede. 

Além  do  conhecimento,  ética;  afinal,  o  aspirante  a  trabalhar 


nesta  área  terá  acesso  a  informações  confidenciais,  que,  na 
maioria  dos  casos,  não  deve  ser  disponibilizada  nem  para  o 
pessoal que trabalhe há mais tempo na empresa. 

Só  ressalto  as  qualidades  positivas  do  curso  em  relação  ao 
trabalho e à ética.  
 

cleriton geremia freire <clebill@> 

*  Sim.  Pois  hack,  pode  ser  feito  através  de  um  grupo  de 
conhecimento,  sem  que  esteja  presente  no  conhecimento  de 
base. 

*Fundamentos  do  Hardware.  Pois  afinal  precisamos  saber  hoje 


em  dia,  tanto  no  mundo  Hacker,  quanto  no  do  Profissional,  
sobre Hardware, o que nos da uma base de como o computador 
funciona,  e  de  como  ele  é  fundamentado,  para  melhor 
entendermos a logistica do que envolve ele. 

[150]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 
*Sim,  percebi.  Isso  porque,  qualquer  pessoa  que  convive  um 
pouco  com  computadores,  sabe como  um  Hacker  pode atuar,  e 
consequentemente,  sem  muito  conhecimento,  pode  agir  como 
um deles. 

*Neste caso, sinceramente, não achei nenhuma outra exigência. 

*Para  inicio,  os  que  o  Professor  colocou  estao  bem 


fundamentados. Mas eu gostaria de falar tambem a questão do 
Marketing,  pois  se  divulgam  bem  o  produto,  sabemos  tambem 
que dinheiro eles tem, e que pode ter usado para ser um produto 
de  qualidade,  e  que  eles  somente  tem  dinheiro,  por  outras 
pessoas  darem  lucro  pelo  fator  HISTORIA  jah  mencionado  pelo 
Sr. 
 

"BAD STEEL" <badsteelpc@> 

Concordo que é possivel fazer hack sem todo esse conhecimento. 
Porém,  é  necessario  se  ter  pelo  menos  o  conhecimento 
necessário para o hack que se pretende fazer. 

Gostaria apenas de acrescentar que o estudo de filosofia é uma 
ótima  forma  para  se  adiquirir  alguns  desses  conhecimentos, 
como, raciocinio lógico, organização, etc. 

Sim, pois se o indivíduo pretende praticar apenas algumas formas 
de hack, como invasão de sites por exemplo, não é necessário se 
ter  todos  aqueles  conhecimentos,  apenas  os  necessários  para 
que seu objetivo seja atingido. 
 

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Escola de Hackers – Nível 1 
 
No momento não consigo citar outras além das ja citadas. 

Potencial de mercado. Quando alguem escolhe agregar um novo 
conhecimento à sua formação, é importânte também considerar 
o  potencial  de  mercado  que  esse  novo  conhecimento 
proporcionar. 
 

"Rodrigo Alves Neves" <digrau@> 

1  ‐  Concordo,  pois  frank  abagnale  jr  não  tinha  o  conhecimento 


base para poder fazer o que fez. 

2 ‐ Acho que falta algo como PNL, e criptografia. 

3 ‐ Não é necessário tanto conhecimento para ações hacker, mas 
para um hacker atuar profissionalmente no mercado é necessário 
tal conhecimento sim, pois se for exigido alguma tarefa que viole 
a lei é preciso esse conhecimento para saber o certo e errado. 

4 ‐ Algo ligado a marketing, propaganda para a empresa. 

5 ‐ Muita prática em falhas de sistemas. Acho que isso que todo 
hacker  precisa  ter,  treinar  bastante  na  parte  prática  da  coisa, 
para saber o que fazer quando for preciso. 
 

"Rafaela" <fire390_indeterminada@> 

Sim,  a  pessoal  deve  ter  em  mente  onde  quer  chegar,  Oque 
realmente  quer  fazer  e  ai  sim  utilizar  seus  conhecimentos  que 
podem ser os mencionados como os de base ou não. Por que é 
 

[152]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 
difícil definir qual é o mais importante, no meu caso eu procuro 
focar  em  um  determinado  “assunto”  me  aprofundar  e    depois 
passar para outro. 

Estrutura e fundamentos de banco de dados. 

Eu  entendi,  para  ser  um  hacker  profissional  não  temos  apenas 
que  saber  fazer  hacker  ,  temos  que  além  de  sermos  bons  em 
hack,  temos  que  entender  do  todo,  ou  seja,  não  só  de  como  o 
sistema  de  Ti  de  uma  empresa  funciona,  mais  como  a  empresa  
se coloca no mercado. 

A  constante  atualização  não  só  de  conhecimento,  temos  que 


abrir  mis espaço  para  que    as  pessoas  em  si  sejam  profissionais 
ou não,  abandone aquela velha estória  que hacker é aquele ser 
sem  vida  social,  apenas    convive  com  computadores...Ou  seja  o 
mercado  quer  profissional  que    além  de    desenvolver  o  lado 
intelectual,  saiba  conviver  e  se  relacionar  bem  com  outras 
pessoas. 

A  constante  atualização,  não  só  nos  cursos  mais  também  nas 


faculdades  que  nos  dão  base,  a  informação  aqui  no  Brasil  nos 
chega  sempre  com  algum  atraso,  por  tanto  acho  mais  do  que 
necessário a atualização constate.  
 

João Wianney <joao_mh@> 

01. Concordo, um hacker é hacker por que nesceu pra ser e é isso 
que ele faz. 
 

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Escola de Hackers – Nível 1 
 
02. Nada esta boa esta argumerntação. 

03. Por que o hacker proficional conhece os dois lados da moeda. 

04.  O  funcionamento  da  empresa  entendedo  como  as  coisas 


funcionam tudo fica mais facil. 

 05. Devemos ter competencia com isso conquistamos o resto. 
    

"BAD STEEL" <badsteelpc@> 

Concordo que é possivel fazer hack sem todo esse conhecimento. 
Porém,  é  necessario  se  ter  pelo  menos  o  conhecimento 
necessário para o hack que se pretende fazer. 

Gostaria apenas de acrescentar que o estudo de filosofia é uma 
ótima  forma  para  se  adiquirir  alguns  desses  conhecimentos, 
como, raciocinio lógico, organização, etc. 

Sim, pois se o indivíduo pretende praticar apenas algumas formas 
de hack, como invasão de sites por exemplo, não é necessário se 
ter  todos  aqueles  conhecimentos,  apenas  os  necessários  para 
que seu objetivo seja atingido. 

No momento não consigo citar outras além das ja citadas. 

Potencial de mercado. Quando alguem escolhe agregar um novo 
conhecimento à sua formação, é importânte também considerar 
o  potencial  de  mercado  que  esse  novo        conhecimento 
proporcionar. 
 

[154]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 
 

André Luiz Prado <pradolas@> 

R: Sim, eu concordo, porque já visto que ser hacker, fazer un hack 
não  depende  de  varios  fatores,  como  um  micro  de  excelente 
configuracao ou uma ultima versão de sistema operacional, vocé 
é o que voce faz. 

R: Parece simples a resposta, mas, não é, e minha opinião é que 
já  disseram  o  inicio  do  conhecimento  de  base  necessario,  uma 
base,  como  já  dito  por  voce  mesmo  professor,  sem  incluir  algo 
relacionado a PHREAKER E CRACKER. 

R:  Sim ,  percebi  porque  minha  opinião  é  que  para  ações  hacker 
não  dependemos  de  fatores,  basta  fazer,  tambem  não,  mas, 
como  já  disseram  ,  tá  no  sangue,  e  para  ações  hacker,  o  cara 
percebe  e  sabe  fazer  ,  ver  o  que  ninguem  percebe  ou  fez,  e  a 
exigencia  do  hacker  profissional  vem  todo  este  assunto 
relacionado  e  exigido  ao  profissional  que  são  as  exigencias  do 
mercado. 

R:  Nao  vejo  oq  eu  acrescentar.Sinceramente,  o  mercado  exige 


muita  coisa,  mas,  acho  que  depende  e  muito  do  que  voce  vai 
prestar de serviços a determinados clientes, voce nunca esta livre 
de  se  deparar  com  tais  situações,  coisas  novas,  mas,  o  que  o 
mercado quer é que vc esteja preparado, formado ( certificado ), 
atualizado e o principal, que resolva os problemas. 

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Escola de Hackers – Nível 1 
 
R:  Acho  que  deve  ser  observado  da  mesma  forma  como  voce 
(professor),  explicou  sobre  se  informar  da  procedencia, 
qualidade, do curso que irá fazer ou comprar, na minha opinião 
serve tambem como diferencial na escolha da formação, porque 
um  aluno  sendo  formado  por  uma  boa  escola,  ou  ter  uma  base 
solida com certeza será melhor conceituado e requisitado para o 
mercado. Pois na minha opiniao vem sempre nas orientaçoes de 
onde vc se formou, estudou, qual curso fez, com quem fez, acho 
valido  já  ´para  os  serviços  que  presto  por  aqui,  tirando  como 
exemplo,  tem  uma  meia  duzia  por  aqui  que  se  diz  tecnico  em 
informatica,  fiz  tal  curso  e  tal  curso,  mas  da  maneira  que 
trabalho,  honestamente,  sendo  sincero,  não  fazendo  "m..."  nos 
micros  as  pessoas  me  procuram  pela  qualidade  do  serviço  sem 
ter curso ou foramção superiro alguma. Sendo somente grato as 
todas as leituras e orientações de todos os cursos orientados por 
vc ( professor ), indicação de leituras, e o esforço para aprender. 

   

[156]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 
Considerações finais 

Chegamos  ao  final  de  mais  um  seminário.  Esperamos  que  este 
debate  contribua  para  a  conscientização  do  que  é  exatamente 
'ser hacker'. Acredito que os pontos de destaque foram: 

1.  Definir  hacker  obrigatoriamente  tem  que  ser  pela  definição 


dada pelo dicionário: 'aquele que conhece as falhas de segurança 
dos sistemas informatizados, podendo explorá‐las para o bem ou 
para o mal'.  

2.  Entendemos  que  a  constante  divulgação  de  crimes  de 


informática  relacionando‐os  com  hackers  faz  com  que  esta 
palavra  fique  mais  associada  a  práticas  ilícitas  do  que  ao 
conhecimento sobre hacks, tornando cada vez mais difícil mudar 
a opinião sobre hackers moldada no imaginário popular. 

3.  Independente  da  definição  do  dicionário  ou  da  interpretação 


popular, hacker é quem faz hacks e hacks são formas inusitadas 
de superar obstáculos, vencer desafios, ignorar impedimentos. 

4. Um hacker pode limitar‐se a reproduzir os hacks que encontra 
por  aí.  Outros  hackers  usam  hacks  adaptados,  às  vezes  até 
melhorados.  Uma  minoria  cria  seus  próprios  hacks.  Os  hackers 
mais valorizados são estes que criam seus próprios hacks. 

Outro  ponto  importante  deste  seminário  foi  o  debate  sobre  as 


diferenças entre o hacker profissional e o hacker amador.  

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Escola de Hackers – Nível 1 
 
Vimos  que  um  hacker  amador  pode  ter  seu  conhecimento 
limitado  aos  hacks  que  faz.  Se  para  fazer  hacks  no  Orkut  ele  só 
precisa  conhecer  o  engine  (sistema)  do  Orkut,  então  este 
conhecimento é tudo o que ele necessita para ser um hacker do 
Orkut,  podendo  tornar‐se  bastante  conhecido  e  respeitado  por 
isto. 

Kevin  Mitnick  é  um  bom  exemplo  de  hacker  amador  bem 


sucedido. Sabia ‐ e muito ‐ sobre os sistemas a serem invadidos, 
mas  pecava  em  diversas  outras  áreas.  Um  fato  marcante  foi 
quando teve o próprio site invadido e não foi uma vez apenas18. 

Por outro lado, para tornar‐se um hacker profissional, mesmo os 
que  prefiram  apresentar‐se  como  analistas  ou  consultores  de 
segurança,  é  necessário  uma  formação  de  base.  O  profissional 
precisa  estar  apto  a  resolver  questões  de  segurança  para 
empresas  de  diversos  portes  e  isto  só  será  possível  se  souber 
como  as  empresas  funcionam,  como  trabalhar  com  projetos, 
orçamentos,  normas  técnicas.  Uma  simples  proposta  de 
monitorar  o  e‐Mail  do  funcionário  precisa  ser  decidido  à  luz  da 
legislação e jurisprudência, se existir. 

Esperamos que este seminário contribua para acabar com alguns 
mitos,  como  a  necessidade  do  hacker  saber  programação  em  C 
ou  entender  do  kernel Linux.  São  conhecimentos  que  permitem 
bons hacks, mas não são conhecimentos que determinam o hack. 

                                                            
18
 Fonte: http://info.abril.com.br/aberto/infonews/082006/22082006‐0.shl em junho de 2008. 
 

[158]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 
Se  assim  fosse,  bastaria  fazer  um  curso  de  C  ou  de  Linux  e  sair 
hacker. E sabemos que isto não ocorre. 

Juntando  nossas  sugestões  de  plano  de  curso  com  as  sugestões 
dos  participantes,  chegamos  a  seguinte  lista  de  conhecimentos 
de base para a formação do hacker profissional: 

SUGESTÃO DE CURRÍCULO PARA A FORMAÇÃO SUPERIOR DO 
HACKER PROFISSIONAL 

1. Redes e sistemas operacionais de redes 

• Por que aprender? 

Porque as invasões ocorrem a partir da exploração de falhas nas 
redes, sejam locais ou globais, como a Internet. 

• O que aprender? 

Parte  física,  lógica,  roteadores,  TCP/IP,  servidores,  sistemas 


operacionais  de  rede,  arquitetura  dos  sistemas  operacionais  de 
rede,  administração  de  redes.  Vulnerabilidades  em  redes  de 
dados. Segurança em redes de dados. 

2. Gestão, Projetos e TIC 

• Por que aprender? 

Porque o hacker profissional precisa saber como a informação é 
tratada  pelos  diferentes  departamentos  e  setores,  para  poder 
 

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Escola de Hackers – Nível 1 
 
sugerir  e  implantar  políticas  de  segurança  normatizadas.  Os 
conhecimentos de gestão também serão úteis para tratar com as 
equipes  e  os  funcionários  encarregados  de  conhecer  e 
implementar os Security Plans. Como atuar na segurança de uma 
empresa  de  médio  ou  grande  porte  sem  conhecer  normas, 
legislação,  Plano  Nacional  de  segurança,  elaborar  planos  de 
contingência,  

• O que aprender? 

Gestão.  Planejamento  estratégico.  Introdução  a  Tecnologia  de 


Segurança da Informação. Classificação da Informação. Gestão de 
Risco. Tecnologias para Detecção de Vulnerabilidades. Normas e 
Regulamentações  (NBR  ISO/IEC  17799,  BS  7799,  ISO).  Plano  de 
Continuidade dos Negócios. Política de Segurança da Informação. 
Gestão  de  Projetos.  Tecnologias  de  Controle  e  Monitoramento. 
Forense  Computacional.  Auditoria  e  Prevenção  de  Fraudes. 
Direito aplicado à Tecnologia da Informação. 

3. Programação e criptologia 

• Por que aprender? 

Saber  programação  tem  duas  grandes  vantagens:  o  profissional 


poderá  criar  ferramentas  e  scripts  personalizados  e  entenderá 
também os ataques baseados em ferramentas e scripts (exploits). 

[160]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 
• O que aprender? 

AlgoritmoS,  estrutura  de  dados,  matemática,  criptologia, 


linguagens  estruturadas  como  C  e  Pascal,  linguagens  para 
aplicações,  como  C++,  VB  e  Delphi,  Java,  liguagens  para  Web, 
como  HTML,  CSS,  ASP,  PHP,  Python,  VBSctipt,  JavaScript,  C#, 
Actionscript,  Ajax,  e  linguagens  para  dispositivos  móveis,  como 
J2ME,  Windows  CE,  Symbian.  Igualmente  necessário  é  conhecer 
sistemas de banco de dados, incluindo SQL. 

4. Hardware 

• Por que aprender? 

O  profissional  precisa  ter  visão  global  e  isto  inclui  saber  se  a 


configuração  de  hardware  é  adequada  a  proposta  de 
planejamento  de  segurança  que  se  está  definindo.  Sem  saber 
pelo menos os fundamentos do hardware, o profissional poderá 
criar  um  plano  de  segurança  que  inclua  softwares  que  não 
funcionam no hardware disponível na empresa.  

• O que aprender? 

Arquitetura  do  hardware.  Tecnologia  do  hardware, 


principalmente  as  que  envolvem  hardware  integrado  a 
segurança.  Ex.:  o  presidente  da  empresa  deseja  máxima 
segurança  em  seus  arquivos  pessoais,  o  profissional  poderá 
sugerir  um  HD  externo  acessível  por  biometria.  Sem  saber  da 
existência  destas  tecnologias,  como  incluí‐las  em  seu  relatório? 
 

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Escola de Hackers – Nível 1 
 
Como dar uma boa consultoria sem estar a par do que existe no 
mercado?  

5. Sociatria 

• Por que aprender? 

Existe um paradoxo em segurança que diz assim: quanto maior a 
segurança,  maior  a  facilidade  de  burlar  a  segurança.  Não  vou 
entrar nos detalhes deste paradoxo, mas pense bem: não são as 
casas  e  sistemas  supostamente  mais  bem  protegidos  que  são 
invadidos  com  relativa  facilidade?  O  Banco  Central  de  Fortaleza 
foi roubado por um túnel: uma das formas mais arcaicas de fuga 
e  invasão.  O  Bradesco  obriga  seus  correntistas  a  recordar  de: 
senha de 4 dígitos, frase secreta, senha de 6 dígitos, senha de 8 
dígitos e ainda tem que andar com um cartão adicional, contendo 
chaves  de  acesso.  Resultado?  O  cliente  anota  tudo  na  parte  de 
trás do cartão, facilitando ao máximo a vida do invasor. Só não é 
pior  que  o  sistema  da  Visanet.  Aprender  sociatria  dá  uma 
vantagem estratégica que nem um aluno de MBA tem. O hacker, 
com  boas  ou  más  intenções,  vai  agir  na  parte  do  sitema  cujas 
variáveis são passíveis de manipulação: o usuário final. 

• O que aprender? 

Sociologia  hacker,  psicologia,  sociatria,  filosofia,  técnicas  de 


leitura fria. 

 
 

[162]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 
Saber menos que isto é não ser capaz de lidar com a diversidade 
de situações presentes nas empresas. 

Existe  carência  de  mão  de  obra  nesta  área.  Mas  também  existe 
um  despreparo  maior  ainda,  pois  já  faz  algum  tempo  que  as 
instituições  de  ensino  tradicionais  deixaram  de  acompanhar  a 
evolução tecnológica, com raras exceções. 

Faça este pequeno teste: 

1) Você estuda atualmente? 

2)  Os  temas  são  tratados  com  o  professor  falando  e  você 


ouvindo? 

Esta  metodologia  de  ensino  é  ultrapassada.  A  quantidade  de 


informação  a  ser  absorvida  e  transformada  em  conhecimento  é 
imensa e só tende a crescer. As empresas estão migrando para o 
Windows  2003,  mas  já  existe  o  2008  e  o  Windows  Seven  já  foi 
anunciado para 2010. Não existe mais um prazo para conclusão 
dos estudos. A situação atual é de educação continuada, em que 
sempre há algo a ser aprendido e a necessidade de se aprender 
algo novo, para se manter competitivo. 

Ter  a  formação  superior  já  não  é  garantia  de  colocação  no 


mercado de trabalho. A proliferação de cursos superiores fez cair 
bastante  a  qualidade  do  ensino.  Qualquer  boa  escola  de 
educação  infantil  tem  a  mensalidade  maior  que  a  de  uma 

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Escola de Hackers – Nível 1 
 
faculdade com preços populares19. Mas sem a formação superior 
você fica de fora das melhores ofertas de trabalho na área de TIC. 

Então  o  que  fazer?  A  formação  tende  a  ser  insuficiente  para  os 


desafios do mercado e sem a formação não dá nem para entrar 
na corrida? 

O  segredo  é  buscar  (caso  não  tenha)  a  formação  superior  e, 


paralelamente,  fazer  a  complementação  do  currículo  com  os 
temas sugeridos neste seminário. 

O  diploma  faz  você  ter  a  chance  de  ser  ouvido  como  candidato 
potencial a vaga, o conhecimento complementar o destaca entre 
os  demais  candidatos  e  o  torna  mais  capaz  de  atender  às 
necessidades da empresa. 

Infelizmente  quem  se  propõe  a  adquirir  esta  formação  esbarra 


em alguns obstáculos: 

1) Investimento 

2) Excesso de informação 

3) Indisponibilidade de tempo 

4) Falta de motivação 
                                                            
19
Fonte:  
http://www.uai.com.br/UAI/html/sessao_4/2007/08/26/em_noticia_interna,id_sessao=4&id_noti
cia=26817/em_noticia_interna.shtml em junho de 2008. 

 
 

[164]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 
Vejamos em detalhes cada um destes obstáculos em potencial: 

1) Investimento 

O mercado de educação tecnológica se aproveita da carência de 
bons  centros  de  ensino  e  cobram  caro  por  seus  treinamentos. 
Uma  certificação  básica  da  Módulo  não  sai  por  menos  de 
R$3.100,00  reais  por  32  horas  de  cuspe  e  giz,  ou  seu  substituto 
moderno,  o  datashow,  e  o  que  se aprende  não  representa  nem 
5% do que descrevemos acima20.  

O  conhecimento  previsto  para  este  treinamento  pode 


perfeitamente  ser  adquirido  através  da  leitura  de  bons  livros 
sobre  o  assunto.  Se  paga  caro  pelo  nome  da  empresa  no 
certificado. Isto enquanto não houver concorrente a altura. 

2) Excesso de informação 

Uma  invasão  ou  a  defesa  de  uma  invasão,  até  as  mais  simples, 
pode  exigir  um  leque  de  conhecimento  bastante  abrangente. 
Vamos  supor  que  o  servidor  Web  da  empresa  foi  invadido  ou 
você  pretenda  fazer  isto  como  parte  de  um  pen  test.  Supondo 
este  servidor  rodar  LAMP,  a  rede  estar  protegida  pelo  Squid 
versão  X,  sujeita  ao  exploit  Y,  já  vai  exigir  conhecimentos  de:  
Linux, Apache, PHP, MySQL, Squid, TCP/IP, Exploitation e C. 

                                                            
20
 Fonte: http://www.modulo.com.br/site?sid=342&lng=br em junho de 2008. 
 

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Escola de Hackers – Nível 1 
 
São  oito  treinamentos  independentes,  supondo  pelo  menos  30 
horas  para  cada,  temos  240  horas,  o  que  dá  quase  um  ano  nos 
cursos tradicionais. 

As  escolas  e  demais  instituições  de  ensino  não  estão 


acompanhando isto. Continuam a ministrar doses homeopáticas 
de  informação:  apenas  um  pouquinho  de  cada  vez.  É  preciso 
acelerar  o  ensino  e  preparar  o  educando  para  acelerar  o 
aprendizado. 

3) Indisponibilidade de tempo 

A  vida  que  levamos  hoje  é  em  ritmo  acelerado.  Após  acordar, 


iniciamos  uma  corrida  frenética  até  o  fim  do  dia,  para  depois 
começar  tudo  novamente,  ás  vezes  do  mesmo  jeito.  E  quando 
damos  conta  já  se  passou  um  ano  e  nossos  sonhos  e  projetos 
estão parados. Estranhamente, pessoas sabidamente muito mais 
ocupadas  que  a  maioria  de  nós,  como  o  publicitário  e 
apresentador  Roberto  Justus  ou  os  presidentes  Lula  e  Bush, 
conseguem,  com  as  mesmas  24  horas,  realizar  muitas  coisas.  O 
segredo  destas  pessoas  atende  por  vários  nomes:  delegação, 
administração  do  tempo,  terceirização,  foco.  O  profissional  de 
hoje precisa adquirir também estas habilidades para poder dividir 
suas atividades entre as relações familiares, profissionais, estudo, 
trabalho e lazer. 

 
 

[166]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 
4) Falta de motivação 

• DESONESTIDADE EM ALTA 

Diante  de  tantas  dificuldades,  diante  de  tantas  denúncias  de 


corrupção,  de  ver  pessoas  com  pouco  ou  nenhuma  formação 
acumulando  considerável  patrimônio  de  forma  suspeita,  é 
possível que você pense em parar de investir na sua formação e 
até, quem sabe, explorar o conhecimento de forma ilícita. 

O que posso dizer para você é o seguinte. Quanto a estas pessoas 
que  aparecem  'bem  de  vida',  elas  aparecem  em  situações 
vexatórias,  como  recentemente  foi  a  prisão  do  ex‐secretário  de 
segurança  do  Rio  de  Janeiro,  ou  a  caçada  àquele  policial 
considerado  o  chefe  da  milícia  que  torturou  os  jornalistas  do 
jornal O DIA. Não é muito difícil aplicar golpes no Mercado Livre, 
Toda  Oferta,  abrir  lojas  virtuais  com  aparelhos  eletrônicos 
baratos  para  cometer  fraudes.  Mas  certamente  é  uma  escolha 
que  deixa  a  pessoa  sempre  na  expectativa  de  ser  apanhada.  O 
preço de entrar para a vida do crime é perder de imediato, a paz, 
e depois, a liberdade. 

As  pessoas  que  estão  conseguindo  se  manter  honestas  estão 


cada  vez  mais  valorizadas  no  mercado.  Hoje  assistindo  ao 
noticiário  na  TV,  soube  de  uma  vereadora  do  interior  do  Piauí 
que  só  teve  um  voto21,  e  mesmo  assim  assumiu  uma  vaga  na 
Câmara.  O  motivo?  Os  que  tinham  mais  votos  que  ela  foram 
                                                            
21
 Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u408517.shtml em junho de 2008. 
 

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Escola de Hackers – Nível 1 
 
caçados  por  fraude  de  variados  tipos,  com  exceção  de  um  que 
morreu. Ela era a última de uma lista de dez. A desonestidade foi 
tão  grande  que  a  Câmara  teve  que  convocar  até  quem  só  teve 
um voto. E ainda assim faltou gente. 

Já  trabalhei  com  gente  que  completava  o  salário  com  peças 


tiradas  do  computador  da  empresa  ou  do  estoque. 
Estranhamente estas pessoas não duravam na empresa e sempre 
se  encontravam  em  dificuldades  financeiras.  Não  é  hora  nem 
lugar, mas pense por uns instantes: Por que o dinheiro obtido de 
forma ilícita não rende? 

• BLOQUEIO MENTAL 

A falta de motivação pode ser também devido a algum bloqueio 
mental.  É  tanta  coisa  a  ser  aprendida  que  algumas  pessoas 
desistem  antes  de  começar.  Principalmente  quando  não 
conseguem entender alguns assuntos ou lhes falta conhecimento 
de base. 

Meu conselho para você é pesquisar por diferentes métodos de 
aprendizagem  e  progredir  no  seu  ritmo.  Nós  funcionamos  por 
ciclos  e  existem  ciclos  que  favorecem  o  estudo,  outros  não.  Já 
percebeu que há dias que você ouve música por horas e outros 
dias  não  quer  saber  de  som?  Dias  em  que  está  muito  bem 
disposto e outros que mal consegue sair da cama? São ciclos. 

Seu bloqueio mental faz parte de um processo de aprendizagem. 
Quando  eu  sugiro  que  você  conheça  diferentes  métodos  é  para 
 

[168]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 
você  entender  como  a  aprendizagem  ocorre  e  como  ela  ocorre 
com  você.  Sabendo  isto  fica  mais  fácil  de  entender  e  de 
aprender. 

• FALTA DE OBJETIVO E OBJETIVIDADE 

Ás  vezes  a  falta  de  motivação  se  dá  por  falta  de  objetividade. 
Sem  saber  ao  certo  o  que  se  ganha  com  tal  aprendizado,  é 
mesmo difícil arrumar vontade de estudar. Esta é uma das causas 
do  fracasso  da  matemática.  Poucos  professores  conseguem 
explicar  pra  que  serve  a  matemática,  principalmente  nos  seus 
temas mais cabulosos, como álgebra e funções. 

Mas se ao explicar álgebra (2x + 4x) dizer que x pode ser um Hot 
Wheels. Acredito que o educando fica mais interessado em saber 
quantos Hot Wheels ele terá após realizar a operação. 

2 Hot Wheels + 4 Hot Wheels = 6 Hot Wheels ou 2x + 4x = 6x 

Nos estudos da Escola de Hacker, um assunto chato é entender 
as strings unicode. Mas se pudermos demonstrar a exploração de 
XSS no Google usando unicode, está aí um bom motivo para você 
prestar atenção no assunto. 

Infelizmente  nem  todo  educador  ou  unidade  de  ensino  tem  em 
mente  os  objetivos  e  a  objetividade,  limitando‐se  a  criar  planos 
de  curso  sem  os  atrativos  práticos,  necessários  à  motivação  do 
educando. 

www.escoladehackers.com.br  [169]
 
Escola de Hackers – Nível 1 
 
Vimos  quais  são  as  necessidades  para  a  formação  do  hacker 
profissional e alguns obstáculos a serem vencidos. Nos próximos 
seminários vamos discutir formas de melhorar a relação ensino‐
aprendizagem, com propostas de como podemos contribuir para 
a sua formação. 

   

[170]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 
Conclusão 
Foi  pensando  em  como  disponibilizar  todo  o  conhecimento 
necessário  a  formação  do  hacker  profissional,  que  criamos  a 
Escola  de  Hackers,  que  já  começa  como  a  maior  do  mundo  em 
língua portuguesa. 

Este  Tomo  é  parte  integrante  do  conhecimento  mínimo 


necessário  para  o  nível  um,  que  é  o  primeiro  nível  de 
aprendizado na Escola de Hackers. 

Os dezesseis Tomos do nível da Escola de Hackers são: 

I. Iniciação hacker e a ética hacker  
II. Iniciação Linux 
III. Iniciação a programação 
IV. Iniciação aos bancos de dados  
V. Iniciação as Tecnologias de Informação e Comunicação 
(TIC) 
VI. Iniciação as redes de dados 
VII. Iniciação ao TCP/IP  
VIII. Iniciação aos servidores 
IX. Iniciação as máquinas virtuais 
X. Desenvolvimento do raciocínio lógico, matemático e 
estratégico  
XI. Técnicas de estudo e aprendizagem acelerada 
XII. Atualização em português e matemática 
XIII. Noções de Direito e das Leis de Crimes de Informática  
XIV. Metodologia de pesquisa e normas para produção textual 
 

www.escoladehackers.com.br  [171]
 
Escola de Hackers – Nível 1 
 
XV. Normas para criação e participação em Grupos de Estudo 
(GE) 
XVI. Inglês instrumental  

O objetivo do nível um é fornecer todo o conhecimento de base 
necessário  ao  entendimento  das  técnicas  avançadas  que 
começam a ser ensinadas a partir do nível dois. 

Durante  os  anos  em  que  ministramos  o  Curso  de  Hacker, 


percebemos  que  muitos  assuntos  não  eram  entendidos  ou  não 
poderiam  ser  ministrados,  devido  a  falta  de  base  dos 
participantes. 

A  Escola  de  Hackers  surge  com  uma  proposta  diferenciada, 


provendo todo o conhecimento de base necessário ao iniciante, 
de  forma  que  ele  possa  seguir  com  segurança  em  direção  aos 
temas mais avançados: 

Nível 1 – Conhecimento de base. 

Nível 2 – Especialização em redes, protocolos, TCP/IP. 

Nível  3  –  Especialização  em  redes  de  servidores  Windows. 


Certificação MCP e MCSE (preparatório). 

Nível 4 – Especialização em redes e servidores Linux. Certificação 
LPI (preparatório). 

Nível  5  –  Formação  plena  em  programação,  desenvolvedor  de 


ferramentas de segurança, scripts e exploits. 
 

[172]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 
Nível  6  –  Técnicas  hacker  avançadas,  estudo  dos  relatórios  do  
SANS  Institute22,  metodologia  da  Escola  de  Hackers  para 
elaboração e execução de planos de ataque e penetration tests, a 
luz das normas internacionais ISO 17799 e ISO 27001. 

Nível 7 – Certificação Hacker Internacional (CHI e CEH). 

Nível 8 – Formação Superior (CIO ‐ Chief Information Officer). 

Você não precisa passar por todos os níveis da Escola de Hackers, 
se não quiser. Mas conquistar uma formação superior na área de 
segurança  da  informação  é  certamente  motivo  de  satisfação 
pessoal e um grande diferencial no mercado de trabalho. 

Para  saber  mais  sobre  a  Escola  de  Hackers,  baixe  o  material 


informativo no link: 

http://www.escoladehackers.com.br/Mook_000.pdf 

 
                                                            
22
 www.sans.org 
 

www.escoladehackers.com.br  [173]
 
Escola de Hackers – Nível 1 
 
Fale Conosco 
 

ABSI ‐ Associação Brasileira de Segurança na Internet 

http://www.absi.org.br 

Curso de Hacker 

http://www.cursodehacker.com.br 

Escola de Hackers 

http://www.escoladehackers.com.br 

Prof. Marco Aurélio Thompson 

http://MarcoAurelio.Net 

   

[174]  A maior do mundo em língua portuguesa.
 
Tomo I: Iniciação Hacker 
 

Versão  em  PDF  de  distribuição  gratuita.  Para  adquirir  a  versão 


impressa  deste  material,  incluindo  um  vídeo  com  a  discussão 
sobre o assunto, acesse: 

http://www.absi.org.br/loja 

www.escoladehackers.com.br  [175]
 

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