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CAPÍTULO 4 -
4.1 – Ética militar naval 4-1
CAPÍTULO 5 - LIDERANÇA
5.1 – CONCEITO DE LIDERANÇA 5-1
5.1.1 – Fatores a considerar 5-1
5.1.2 – Teorias e abordagens 5-1
5.1.3 – Definições 5-2
5.2 – IMPORTÂNCIA DA LIDERANÇA COMO ATRIBUTO ESSENCIAL AO 5-3
MILITAR
5.2.1 – Importância da Liderança 5-3
5.2.1.1 – A importância de uma liderança transformadora 5-3
5.2.2 – Rendimento do elemento humano 5-4
5.2.3 – Desenvolvimento da Liderança 5-4
5.3 – A TEORIA DOS GRUPOS HUMANOS 5-5
5.3.1 – Introdução 5-5
5.3.2 – Definição de grupo 5-5
5.3.3 – O indivíduo e o grupo 5-5
5.3.4 – Classificação do grupos 5-6
5.3.5 – Características de uma participação eficiente no grupo 5-7
5.3.6 – Comunicação no grupo 5-7
5.3.7 – Formação da personalidade do grupo 5-8
5.3.8 – Dinâmica de grupo 5-8
5.4 – BASES DA LIDERANÇA 5-10
5.4.1 – Bases Filosóficas da Liderança 5-10
5.4.2 – Bases Psicológicas da Liderança 5-14
5.4.3 – Bases Sociológicas da Liderança 5-20
5.5 – TIPOS DE LIDERANÇA E SUAS CARACTERÍSTICAS 5-26
5.5.1 – Estilos de liderança 5-26
5.5.2 – Níveis de liderança 5-29
5.5.3 – Manifestações patológicas da liderança 5-30
5.6 – FORMAS DO LÍDER TRABALHAR COM OS PROBLEMAS COMUNS NA 5-30
OSTENSIVO - V- REV 2
5.7.1 - Introdução 5-33
5.7.2 – Comportamento diante da liderança autocrática ou autoritária 5-34
5.7.3 – Comportamento diante da liderança democrática ou participativa 5-34
5.7.4 – Comportamento diante da liderança delegativa ou liberal 5-35
5.7.5 – Repercussões da experiência e Iowa 5-35
5.8 – ATRIBUTOS E CARACTERÍSTICAS PESSOAIS DO LÍDER 5-35
5.8.1 - Introdução 5-35
5.8.2 – Principais atributos de um líder 5-36
5.8.3 – Procedimentos para se tornar um líder 5-39
ANEXO – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
A-1
A-2
A-3
INTRODUÇÃO
1 – PROPÓSITO
Esta publicação tem o propósito de apresentar uma síntese dos conceitos e princípios que regem
o processo de liderança, extraída das publicações relacionadas na bibliografia, em conformidade
com o Sumário da Disciplina, ministrada no Curso de Formação de Marinheiros para a Ativa.
Permite aos Aprendizes-Marinheiros, utilizando uma única fonte de referência, a obtenção dos
conhecimentos iniciais, formando as bases para o desenvolvimento de sua capacidade de
liderança no decorrer da carreira naval. Além disso, contribui para a padronização do conteúdo
ministrado pelos diversos instrutores, espelhando, de forma homogênea, a doutrina da Marinha
sobre a matéria.
2 - DESCRIÇÃO
No capítulo 1, são apresentados os elementos conceituais, os princípios básicos de liderança, sua
importância, bem como noções das ciências humanas que lhe dão suporte.
No capítulo 2, a ênfase está voltada para o contexto militar, os estilos e níveis de liderança,
destacando-se os valores cultuados pela Marinha, o desenvolvimento de atributos pessoais, o
cultivo da disciplina e o respeito à hierarquia.
As referências bibliográficas encontradas entre parênteses, no texto, possuem o seguinte
significado: o primeiro algarismo refere-se ao número de ordem das publicações conforme
aparecem no Anexo A; os demais algarismos, após o sinal de dois pontos, significam a página em
que o assunto pode ser encontrado na citada referência.
1.1.1 - Introdução
Ética, do grego ethos, que significa modo de ser, caráter, comportamento, é o ramo da
filosofia que busca estudar e indicar o melhor modo de viver no cotidiano e na sociedade.
Diferencia-se da moral, pois enquanto esta se fundamenta na obediência a normas, tabus,
costumes ou mandamentos culturais, hierárquicos ou religiosos recebidos, a ética, ao contrário,
busca fundamentar o bom modo de viver pelo pensamento humano.
Na filosofia clássica, a ética não se resume ao estudo da moral, entendida como "costume",
do latim mos, mores, mas a todo o campo do conhecimento que não é abrangido na física,
metafísica, estética, na lógica e nem na retórica. Assim, a ética abrangia os campos que
atualmente são denominados antropologia, psicologia, sociologia, economia, pedagogia,
educação física, dietética e até mesmo política, em suma, campos direta ou indiretamente ligados
A Ética pode ser entendida como a Ciência da Moral. E se divide na ética normativa e na
teoria da moral. A primeira investiga o problema do bem e do mal, estabelece o código moral do
comportamento, identifica aspirações dignas e a boa conduta, e qual o sentido da vida.
Normalmente dá origem a códigos ou estatutos. A teoria da moral enfoca a essência da vida, sua
origem e desenvolvimento, as leis que prescrevem suas normas e a origem e a essência das
virtudes, seu caráter histórico e cultural, distinguindo o indivíduo do grupo. Está relacionada com o
comportamento individual.
• o aprimoramento técnico-profissional.
e) ser justo e imparcial no julgamento dos atos e na apreciação do mérito dos subordinados;
f) zelar pelo preparo próprio, moral, intelectual e físico e, também, pelo dos subordinados, tendo
em vista o cumprimento da missão comum;
o) garantir assistência moral e material ao seu lar e conduzir-se como chefe de família modelar;
p) conduzir-se, mesmo fora do serviço ou quando já na inatividade, de modo que não sejam
prejudicados os princípios da disciplina, do respeito e do decoro militar;
q) abster-se de fazer uso do posto ou da graduação para obter facilidades pessoais de qualquer
natureza ou para encaminhar negócios particulares ou de terceiros;
OSTENSIVO -3-6- REV 2
r) abster-se, na inatividade, do uso das designações hierárquicas;
• em atividades político-partidárias;
• em atividades comerciais;
• em atividades industriais;
a) zelar pelo bom nome das Forças Armadas e de cada um de seus integrantes;
obedecendo e fazendo obedecer os preceitos da ética militar.
Além dos preceitos acima elencados, fazem parte ainda, dentre outros, o código de honra
expresso na “Rosa das Virtudes” e os dizeres do juramento à Bandeira.
Todos os preceitos da Ética Militar Naval constituem um poderoso instrumento para o
Como estabelecido no Estatuto dos Militares, não deve ser esquecido que “os deveres
militares emanam de um conjunto de vínculos racionais e morais que ligam o militar à Pátria e ao
seu serviço, e compreendem, essencialmente:
• a dedicação e a fidelidade à Pátria, cuja honra, integridade e instituições devem ser
defendidas, mesmo com o sacrifício da própria vida;
A responsabilidade legal, por sua vez, é a estabelecida por lei ou regulamento, fruto da
função exercida pelo militar.
O líder assume a responsabilidade legal e moral, e tem plena consciência de quando cabem
as duas e em que extensão. Tal fato lhe acarreta dignidade e autoridade moral.
A responsabilidade moral é um processo de avanço na batalha pessoal contra a fraqueza, a
conveniência e a relutância pessoais. Ela traz como recompensa o ganho em força de caráter,
decisão e conquista de confiança quer dos outros, quer de si mesmo.
Um procedimento é considerado moralmente ou eticamente correto não somente por ser fiel
aos regulamentos e manuais, ou seja, ser legal, mas também por ser basicamente forjado no dia
a dia, na rotina de bordo e nos adestramentos, e serem, finalmente, considerados como parte
OSTENSIVO -3-8- REV 2
inalienável de nossas tradições e costumes. Nem todas as decisões envolvem um problema moral
ou ético; inclusive, a maioria é eticamente neutra. Entretanto, isto não significa que devemos
desconsiderar as consequências de nossos atos.
Quando refletimos sobre nossos pensamentos e ações estamos desenvolvendo o senso de
certo e errado, característica fundamental das pessoas eticamente sensíveis, como o são os
grandes líderes.
CAPÍTULO 2 COMPORTAMENTO
MILITAR NAVAL E SOCIAL
2.1 - COMPORTAMENTO SOCIAL
2.2.1-Ética Militar
a) Impaciência
Uma pessoa nervosa, que não pode esperar, nem para receber algo e nem para fazer,
Um profissional que não tolera nada além das suas ordens restritas, não se abre à
possibilidade do novo, do criativo, do mais produtivo e eficiente, fica limitado à sua própria
fraqueza, e, certamente, nunca será um líder.
c) Egoísmo
O egoísta é alguém que só pensa em si mesmo. Vivemos num meio social, cercados de
pessoas das mais diferentes esferas, com os mais diversos pensamentos e formas de agir. O
sujeito egoísta não vai além dele mesmo, o mundo gira em torno de si. Ele não vê o horizonte,
não olha ao lado, não caminha lado-a-lado com ninguém, é absolutamente solitário. Atropela
sentimentos e só se importa em lucrar nas situações.
OSTENSIVO -3- REV 2
11-
d) Arrogância
A arrogância é prima-irmã do egoísmo e da vaidade. Quem acha alguma coisa não tem certeza
de nada. O arrogante acha muito: acha que está certo, acha que sabe fazer melhor, acha que os
outros só erram, acha, acha. A arrogância nada mais é do que uma defesa da incompetência.
e) Vaidade
Quando uma pessoa, por vaidade, faz algo para obter prestígio e reconhecimento, desprezando o
trabalho e o esforço de muitos ao redor, desqualifica todo o serviço.
f) Ostentação
Eu é uma palavra muito pequena para significar tanta coisa. Eu faço, eu consigo, eu quero,
eu posso, eu exijo, eu sou, eu tenho... Porém, tudo piora quando aliado ao pronome eu vem o
mais: eu faço mais, eu consigo mais, eu quero mais, eu posso mais, eu exijo mais, eu sou mais,
eu tenho mais. Existem pessoas que numa conversa informal cortam assuntos para introduzir o
“eu”, seguido da ideia de sempre algo melhor ou maior. Talvez, para disfarçar a pequenice que
deve ser a vida delas.
O princípio da etiqueta é o respeito ao próximo, logo: nunca entre num ambiente sem
anunciar-se, podem estar tratando assuntos confidenciais, segredos de família ou outros que
podem não lhe dizer respeito; não se comunique aos brados, nem murmurando, você tem que se
comunicar de forma clara, objetiva e sem insinuações; seja pontual (especial atenção em
cerimônias militares e à chegada de autoridades), afinal contam com todos para o início de uma
solenidade, evento, refeições, reunião, casamento etc; evite invasão de privacidade de qualquer
espécie:
• nunca leia correspondências de outros;
a) Uso de perfumes
a) Fumo
Dizem que furar filas é uma mania de brasileiro. Mentira. Isto é mania de pessoas mal
educadas, seja de qualquer naturalidade e sob qualquer pretexto (até de antiguidade).
Se você estiver numa fila e chegar algum militar mais antigo, você deve, por cortesia, ceder
seu lugar a ele. Mas não insista: se ele não quiser, seja cortês e mantenha seu lugar.
h) Limpe o nariz no banheiro!
Viver bem começa por sentir-se bem. E postura é fundamental. Costas retas, queixo
erguido, elegância e fluidez no andar.Em cada ambiente você se colocará de forma diferente: uns
formais, outros mais informais, mais descontraídos, outros relaxados etc. O importante é saber
como se portar em cada momento, na apresentação com as pessoas com as quais você se
relaciona.
b) Costas retas, mãos, como sentar-se, como ficar em pé, olhos nos olhos.
Atenção com o horário de chegada, com o lugar de sentar, com seu comportamento e com
os bocejos.
2.3.6 - Afabilidade
a) Nunca apareça em casa alheia sem prévio contato: se quiser fazer uma visita, ligue
antes para ver se a pessoa tem algum compromisso ou se está disposta a atendê-lo. Não apareça
de súbito. Se for uma visita a uma Organização Militar (OM), ligue com antecedência para verificar
a possibilidade da visita, se o dia e a hora são adequados, se a OM tem alguma solenidade, qual
o uniforme adequado e se os militares estão disponíveis para atendê-lo.
b) Em reuniões, dê atenção a todos: se você convida ou foi convidado para algum evento,
procure conversar com todos, circular pelo ambiente, evitando patotas. Na hora de sentar, não
marque seu lugar antecipadamente, fechando um círculo de companheiros.
c) Em visita de pêsames ou a doentes, seja breve: evite comentários e detalhes sobre a
doença/morte, machucando as pessoas que estão doloridas pela doença ou pela perda de alguém
querido. Em enterro/missa, evite roupas e acessórios extravagantes. Seja discreto, coerente com
a ocasião, respeite a dor alheia;
d) Apresentação: um homem sempre se levanta ao ser apresentado a uma mulher, a um
homem mais velho ou a um superior hierárquico. Em sociedade, a mulher tem precedência sobre
o homem. O subordinado, homem ou mulher, é sempre apresentado ao superior hierárquico. A
iniciativa de estender a mão para o cumprimento deve partir sempre da pessoa mais importante,
da mulher, da pessoa mais velha ou do superior hierárquico. As apresentações devem ser feitas
indicando os nomes completos; e
Despedidas: nestas ocasiões aguarde que o dono da casa abra a porta. Se você é militar,
aguarde o mais antigo se retirar ou dar a permissão para sair. Caso tenha que sair antes, peça
permissão a ele com uma pequena justificativa, sem entrar em detalhes.
2.4.3 - Auditório
a) Os mais modernos sempre cedem lugar aos mais antigos, abrem a porta aos mais
antigos, cedem passagem a eles e levantam-se na sua presença;
b) Em cerimônias, as autoridades se apresentam de acordo com a antiguidade, os mais
modernos chegam antes que os mais antigos; e
c) Se você é militar e chegou num evento onde tenha um militar mais antigo, é mandatório ir
cumprimentá-lo.
Durante a refeição, procure não falar com um tom de voz muito alto, respeitando seus
vizinhos. Considerando que o próprio militar se serve, procure colocar no prato/bandeja a
quantidade de alimentos que realmente irá consumir, diminuindo, deste modo, o desperdício.
Não esqueça de que estará ranchando com militares de graduação superior, visto que o
refeitório/coberta de rancho também é destinado aos cabos, deste modo, tenha atenção à
disciplina e à hierarquia.
As mesas de rancho da guarnição serão chefiadas pelo mais antigo de cada uma delas,
cabendo-lhe manter a ordem na mesa.
2.6 – POSTURA À MESA
Algumas recomendações nunca são demais: comer sempre de boca fechada, as garfadas
são decentes, sem entupir a boca com alimentos, não cuspa no prato ou no talher que está
comendo, não deseje “saúde” a alguém resfriado, não cutuque o nariz à mesa, seja cortês,
gesticule comedidamente, não faça comentários maldosos, respeite a todos e, acima de tudo,
aproveite!
Palito é uma heresia à etiqueta. Ele não aparece em mesas finas, pois seu uso é um
ato privado e contestado por dentistas, por isso foi abolido terminantemente das boas
maneiras.
O comportamento nos serviços de bufê exige controle e atenção. Siga a fila e respeite as
pessoas. Não misture tudo no prato e nem embaralhe os talheres de servir nos recipientes. Ao
compor seu prato principal, faça-o harmonizando os alimentos, podendo servir-se novamente, se
assim desejar. Sirva-se comedidamente e siga para mesa segurando firmemente o prato, sem
deixá- lo cair. Com as sobremesas é um pouco diferente: você pode agrupar até três tipos delas.
Simpatia e boa aparência contribuem muito para causar boa impressão, mas, sem boas
maneiras à mesa, toda impressão inicialmente favorável se desvanece. O comportamento ao
comer é um teste infalível do grau de civilidade de uma pessoa, pois o manuseio com os talheres
e a postura durante uma refeição falam mais que palavras.
Apenas alguns pratos devem ser comidos com as mãos, como, por exemplo: frango a
passarinho, asinha de frango, costeletinha de porco e espiga de milho. Em geral, os talheres
devem ser sempre utilizados durante as refeições.
A bebida servida não deve ser para saciar a sua sede nem para empurrar os alimentos,
fazendo-o virar o copo. Tenha compostura! Saboreie-a em pequenos goles sentindo seu sabor.
O domínio da etiqueta à mesa é cheio de pequenos gestos e atitudes, frutos de um longo
aprendizado, que não deve ser esquecido, negligenciado ou desleixado, pois estamos a todo
instante sendo observados, mesmo que a distância.
O importante é que comportamentos inapropriados podem e devem ser modificados.
Mesmo só com observação, aprendemos regras de conduta com pessoas mais experientes.
Desta forma, boas maneiras à mesa são regras de civilidade praticadas diariamente para que
possamos assumir, com o tempo, uma postura correta e natural, sem artificialidades, tanto em
família com em ambientes mais refinados que exigem mais cerimônias. A naturalidade e
espontaneidade nas atitudes transmitem confiança, tornando o ambiente mais descontraído e
aprazível.
DURANTE a refeição:
✔ Atenção à postura;
2.6.1 - Imprevistos
Para tratar os imprevistos: fique calmo e seja discreto. Às vezes, por sua postura, mesmo
que o imprevisto seja grande, poderá passar despercebido. Tudo depende da forma como você o
tratar. Aja sempre com discrição.
2.6.2 - Inconvenientes
Quando fardado, a saudação militar a outro militar é a continência, em postura marcial. Deve
ser feita com: elegância, energia, franqueza, correção e vivacidade. Os três elementos da
continência são: atitude, gesto e duração.
Como fazê-los:
A maneira como tratamos as pessoas revela a nossa educação. Qualquer que seja o
cumprimento, deve ser honesto. O cumprimento pode ser um aceno, um aperto de mão, um beijo
na mão ou uma troca de beijos.
O aperto de mão deve ser equilibrado: nem frouxo nem apertado. O beijo é uma forma
educada de cumprimento na nossa sociedade. Às vezes diferem na quantidade, no lugar a ser
beijado, na forma ou na execução. Todo cumprimento deve dizer algo de positivo, como “bom dia,
boa tarde, como vai, seja bem-vindo, entre, sente, olá” etc.
a) Aperto de mão
Os beijos devem ser rápidos, naturais e sem marcas no rosto. Para as mulheres, atenção ao
uso de batons que mancham a pele e aos beijos melados.
2.7.2 – Apresentações
b) Os mais jovens são apresentados aos mais velhos, assim como o mais moderno (seja
homem ou mulher) ao mais antigo;
c) O homem é apresentado à mulher (a iniciativa do cumprimento é da mulher);
2.8 – CONVERSAÇÃO
a) Atenção ao excesso de gestos, tom de voz, expressões, saber o que falar, saber,
principalmente, ouvir. Aprenda a não interromper as pessoas e a ouvi-las atentamente;
b) No meio social: é facultativo à mulher permanecer sentada enquanto o homem fica de pé;
obscenidade);
g) Não entre em seara religiosa, política e esportiva (evite conflitos com os convidados); e
2.9 – FOTOGRAFIAS
É importante saber:
d) Se o telefone não se encontra em lugar privado, as pessoas próximas devem evitar ouvir
o diálogo e, por elegância, devem abaixar o tom de voz;
e) Em ambientes públicos ou no trabalho, evite conversas longas;
f) Não use o celular em cinemas, teatros, reuniões, auditórios, salas de aula etc;
Na Marinha do Brasil: o mais moderno aguarda na linha até que o mais antigo atenda,
não deixando que o militar de maior precedência aguarde na linha.
d) nunca postar nada que não queira que se torne público. Todas as informações veiculadas
em sítios de relacionamento devem ser consideradas como públicas;
e) ter o mesmo comportamento dentro do sítio de relacionamento que se tem quando em
uma reunião social com presença física;
l) não participar de comunidade virtual criminosa que “odeia” alguma coisa, pois se a
mesma for investigada por conduta indevida ou pratica de crime, todos os participantes podem ser
envolvidos;
m) não acreditar em tudo que se lê online;
n) manter os grupos sempre fechados e protegidos por fortes senhas de forma a restringir o
acesso às informações somente ao pessoal do grupo;
o) não criar grupos sociais vinculados ou que denotem vínculo à Marinha ou suas OM; e
"A carreira militar não é uma atividade inespecífica e descartável, um simples emprego, uma
ocupação, mas um ofício absorvente e exclusivista, que nos condiciona. Ela não nos exige as
horas de trabalho da lei, mas todas as horas da vida, impondo-nos também nossos destinos. A
farda não é uma veste, que se despe com facilidade e até com indiferença, mas uma outra pele,
que adere à própria alma, irreversivelmente para sempre".
2.13 – UNIFORMES E TRAJE CIVIL
Sendo assim, um militar não deve ceder espaço ao desleixo, mantendo sua dignidade em
todos os momentos, tanto fardado como à paisana.
Todo militar deve ter uma andaina completa de uniformes. Os uniformes diários devem
ser trocados e lavados sempre que necessário. Ter mais de uma peça a bordo é bem
aconselhável. Em casos de acidentes, o uniforme deve ser trocado assim que possível. Com o
tempo, o tom do uniforme, devido à exposição e às lavagens constantes, acaba se modificando.
Repare constantemente seu uniforme e observe se a sua coloração não está destoando dos
demais.
No RUMB existe a correspondência entre os uniformes das Forças Armadas e entre estes e
as roupas civis.
2.13.1 – Comportamento de militares uniformizados em cerimônias e eventos sociais
II. uniformes bem passados e com as cores corretas, isto é, calça e camisa da mesma tonalidade;
Para cada ocasião há um traje e uma forma de se vestir. Tudo deve ter coerência e o senso
crítico é essencial (adequando tipo físico, estilo, ocasião, clima, horário).
A indumentária (vestuário) tem forte poder de influência nos contatos sociais e profissionais.
Toda pessoa bem vestida tem melhor performance, impõe respeito, é bem tratada e bem
atendida, e recebe atendimento preferencial.
Ao escolher seu guarda-roupa, leve em consideração o seu tipo físico, idade e
personalidade. Você não é obrigado a vestir determinada roupa só porque está na moda. Estar na
moda nem sempre significa estar bem vestido. A vestimenta também muda de acordo com a
situação, o lugar, o horário e a companhia. Você pode ter um armário diversificado e saber usar
adequadamente as roupas. As roupas não precisam ser de grife, mas de bom gosto. A
combinação e o saber usá-las é que faz a diferença. Por fim, a postura correta e os movimentos
harmoniosos valorizam todo o conjunto.
Desta forma, Elegância é o conjunto harmonioso de gestos, atitudes, expressões, palavras,
tom de voz, procedimentos civilizados, normas de conduta, postura física e de vida, bom gosto,
senso, discrição etc. Quem tem de ser sensual é você e não sua roupa. A roupa deve ser um
instrumento para provocar a imaginação e não os sentidos.
2.14 - CUIDADOS IMPORTANTES COM OS TRAJES
g) Roupas apertadas NÃO são sensuais, nem charmosas e muito menos elegantes;
Na relação entre um casal, o homem deve tratar com deferência sua mulher, principalmente
em público, e vice-versa. Havendo contenda, não deve pedir a opinião de terceiros, o que é
constrangedor. Estando ambos em casa de amigos, mesmo que não se deem bem, devem ser
gentis. A delicadeza é imperiosa.
2.15.2 - Cavalheirismo X Hierarquia
Um homem cavalheiro, educado, prestativo e gentil com as mulheres não deve se descuidar
e romper com o princípio da hierarquia militar. Ser mulher nas Forças Armadas não garante sua
hierarquia superior aos homens.
3.1.1 - Hierarquia
O militar deve manter seu superior oportunamente informado a respeito de suas ações e
as de seu grupo.
Procedimento a adotar se um erro for cometido em alguma atividade sob
sua responsabilidade:
I) Assuma-o;
V) Evite que o assunto chegue ao conhecimento dele por outras vias, e com matizes que
não sejam os da verdade.
3.1.2 - Autoridade
3.1.4 - Responsabilidade
Responsabilidade é obrigação – dever de fazer.
A responsabilidade está inseparavelmente ligada à autoridade. Por isso, assim como a
autoridade, a responsabilidade deriva de ato de designação para o cargo, exercendo-se com
a plena autoridade estabelecida legalmente para o mesmo e de ordem superior, exercendo-
se com a autoridade estabelecida pelo superior, para o cumprimento da atividade.
O que distingue um líder de um não-líder, entre outros fatores, é a propensão do
primeiro para procurar responsabilidades e as assumir se necessário.
A função militar gera responsabilidades que, por sua vez, implicam autoridade e acarretam
prestação de contas.
a) Delegação de responsabilidade
É comum dizer-se que autoridade pode ser delegada, mas responsabilidade não.
Tal afirmativa pode dar margem a uma interpretação dúbia. A responsabilidade imposta
pelo superior ao subordinado não exime o superior da plena responsabilidade sobre tudo o
que se passa na organização, porquanto ela é inerente ao seu cargo.
Assim, de acordo com a OGSA, ambos são responsáveis. O superior é responsável:
15
3.2 – IMPORTÂNCIA DA DISCIPLINA E DA AUTODISCIPLINA
3.2.1 – Disciplina
15
VIII) Saber distinguir as faltas involuntárias e de menor importância, das faltas graves,
premeditadas e intencionais; e
IX) Elogiar e louvar sempre que possível, e em público; censurar, punir ou reprimir
quando necessário, e em particular.
3.2.2 – Autodisciplina
II) Ouvir e não repelir abruptamente; mas sim, ouvir, filtrar, maturar e, se aprovado, assimilar;
III) Pensar antes no que vai falar;
15
IV) Se já falou, refletir sobre o que disse;
15
desejo de progredir e de ser feliz.
9) Incuta nos subordinados a disciplina consciente e fique atento ao moral deles.
10) Faça com que o grupo, aprimorando-se, vise a excelência no trabalho.
CAPÍTULO 4
1. AMOR À PROFISSÃO:
Dedicar-se ao trabalho, voltando-se para a missão da FAB, de forma intensa e completa, vivenciando
cada passo, buscando uma melhoria constante e assumindo o sucesso da organização como sendo
parte integrante e fundamental de seu próprio sucesso pessoal. Toda pessoa que realize o serviço à
Pátria deveria fazê-lo com amor, com uma disciplina que caracterize o sentido humano da vida. Por
definição, o militar é aquele que ama sua pátria ao ponto extremo de sacrificar seu bem mais precioso
(sua própria vida) em prol das ideias em que acredita. Nem sempre fazemos o que amamos ou
gostamos, mas devemos amar o que fazemos.
2. HIERARQUIA:
Hierarquia é a ordenação progressiva da autoridade em diferentes níveis. Juntamente com a disciplina,
forma a base institucional das Forças Armadas. É um fenômeno natural e inseparável do conceito de
sociedade. A hierarquia é a atribuição do mando e da obediência aos membros de uma sociedade. É
uma virtude cívica, pois o homem disciplinado sabe, por instinto, a quem obedecer a quem comandar, o
que concorre para a ordem e a harmonia no convívio de uma sociedade. A escala hierárquica é
associada a uma escala de responsabilidade, que é tão maior quanto for a autoridade/grau hierárquico.
Por ser o militar o homem disciplinado típico, o sentimento da hierarquia tem de se transformar para ele
em sua segunda natureza, pois a máquina militar de uma nação só atinge seus fins quando o sentido
da hierarquia reina, INTOCÁVEL, no espírito de TODOS os seus componentes.
3. DISCIPLINA:
É a rigorosa observância e o acatamento integral e voluntário das leis, regulamentos, normas e ordens
emanadas das autoridades hierárquicas competentes. A origem da palavra disciplina remonta ao termo
latino usado para pupilo, que denota uma disposição dos discípulos em seguir ensinamentos e regras
de comportamento. Disciplinar-se, então, é aplicar rigorosa e continuadamente aqueles princípios em
que acreditamos, para alcançar um objetivo definido. Complementa a hierarquia consolidando, desta
forma, as bases em que se assentam os princípios do militarismo. A disciplina sustenta a solidariedade
e a autoridade durante as situações críticas e, assim como a hierarquia, é fundamento para que uma
Força Armada alcance seus objetivos. Quando um superior emite uma ordem, o mesmo está
obedecendo, antes de tudo, às determinações superiores recebidas. A obediência é, assim, o segredo
15
14. ZELO
O Zelo é atributo que não depende, em alto grau, de preparo profissional, de predicados
especiais de inteligência e de saber. É, por isso mesmo, virtude que deve ser comum a todos os
que servem à Marinha. Essa qualidade é consequência direta do “amor próprio”, do amor à
Marinha e à Nação. É o sentimento que leva a não poupar esforços para o bom desempenho das
funções que lhes são atribuídas. É o sentimento que conduz à dedicação ao serviço, como
autêntica expressão do Dever. No Zelo, está implícita a aceitação de que se serve à Nação e não
a pessoas. Ninguém tem o direito de deixar de zelar por suas obrigações, por motivos
circunstanciais, alheios ou não à sua vontade. O Zelo está intimamente ligado à probidade, vista
como a capacidade de bem administrar os bens, fundos e recursos que nos foram confiados.
Faz-se presente, assim, no exato cumprimento de orçamentos e planos financeiros e no atento
cuidado com o patrimônio do Exército.
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO
1-1. DOS DIREITOS E DEVERES DO CIDADÃO ROMANO
a. o direito do pai sobre os filhos (pátria potestas);
b. o direito do marido sobre a esposa (manus);
c. o direito do senhor sobre os escravos (potestas dominica);
d. o direito de um homem livre sobre o outro que a lei lhe dava por contrato ou por condenação
judiciária (manus capere);
e. o direito sobre a propriedade (dominium).
Os tais direitos correspondiam os deveres. E para cumprir seus deveres o cidadão romano precisava
possuir uma série de aptidões e virtudes. Desenvolver tais aptidões era o papel da educação. E
quais eram essas aptidões e virtudes? As principais eram as seguintes:
1) a piedade ou a obediência, que incluía tanto a idéia religiosa de reverência como a noção de
respeito à autoridade paterna;
2) a varonilidade ou firmeza, que atualmente chamamos de caráter (constantia); era uma virtude
muito valorizada entre os romanos;
3) a bravura ou a coragem, que impelia o romano a nunca abandonar
voluntariamente uma luta antes de ter vencido;
4) a prudência, que devia ser utilizada principalmente na direção dos negócios particulares;
5) a honestidade, que consistia principalmente na perfeita conduta em todas as relações
econômicas;
6) a seriedade (gravitas), que incluía a sobriedade na conduta, a compostura; e
15
7) para o indivíduo, todas essas virtudes estavam reunidas no ideal do dever; para o Estado, no
ideal de justiça.
1-2. O LADO AFETIVO DO ATIRADOR
Os Atributos da Área Afetiva (AAA) explora o lado afetivo do atirador e tem por finalidade a
valorização das qualidades morais do homem (militar) e o estímulo ao auto conhecimento. É
puramente Relações Humanas! É um campo vastíssimo, talvez até ilimitado, pela grandiosidade a
que se propõe.
Trabalhar com a mente humana e explorar o humanismo que existe dentro de cada ser, não é fácil,
porque o comportamento do homem é por excelência, complexo.
Explorar o subjetivo de suas emoções é uma luta grandiosa! Muitas vezes temos que dar toda a
atenção a alguns atiradores, separadamente.
O nível dos Atiradores é bem elevado e assim deve ser, pois, estes jovens foram selecionados
dentre aqueles que demonstram potencial para se tornarem representantes do povo e levando dentro
de si valores que cabem ao Chefe da Instrução e o Instrutor incutir. Representantes do povo que se
lembrem do sargento um dia e que tenham aprendido conosco o que é
honra, honestidade, probidade, palavra, justiça, solidariedade, enfim todos os AAA
que você conseguir que eles evidenciem .
Para atingirmos o objetivo dos AAA, primeiramente devemos observá-los em nós mesmos, vamos lá?
CAPÍTULO 2
DESENVOLVIMENTO
2-1. ATRIBUTOS QUE DEVEM SER EVIDENCIADOS PELO INSTRUTOR
a. Há uma gama de atributos que o instrutor deve possuir e evidenciar:
1) entusiasmo pela profissão militar;
2) conhecimento do assunto;
3) perícia na execução das tarefas;
4) boa apresentação individual;
5) seriedade;
6) disposição para prestar ajuda aos instruendos; e
7) maneira adequada de condução da sessão, entre outras.
b. A liderança é fator preponderante para despertar nos instruendos a necessária
motivação que contribuirá para o aprendizado.
c. O instrutor é o responsável pelas condições favoráveis ao aumento do nível de
conhecimento e habilidades no seu instruendo, que deverá:
1) ter vontade de aprender;
2) saber o porquê deve aprender;
3) entender o que se espera obter com o seu aprendizado;
4) praticar o que aprendeu;
5) apresentar progresso no aprendizado, dentro de um planejamento prévio; e
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6) entender a correlação entre os assuntos que estão sendo aprendidos e a sua
aplicação nos cargos para os quais está sendo preparado.
d. Por fim, é imprescindível que os instrutores de todos os níveis tenham perfeita
consciência do tríplice papel a desempenhar: educador, modelo e exemplo.
2-2. ATRIBUTOS QUE DEVEM SER EVIDENCIADOS PELO INSTRUENDO
Atributos da Área Afetiva
a. Definidos por meio de Coletivos de Instrução Individual relacionados à área de atitudes. Os
Oll da Área Afetiva correspondem aos atributos a serem exibidos pelos instrutores,
independentemente da matéria ou assunto ministrado. Cada Oll da Área Afetiva compreende três
elementos:
a) o nome do atributo a ser exibido e sua definição;
b) um conjunto de condições dentro das quais o atributo poderá ser observado; e
c) o padrão - evidência do atributo
b. O instrutor apreciará o comportamento do instruendo em relação ao atributo considerado, ao
longo de toda a instrução. O padrão terá sido atingido se, durante as atividades, o instrutor julgar que
o instruendo evidenciou o atributo em questão.
c. A seguir, você encontrará a série de Objetivos de Instrução Individual que estão,
especificamente, relacionados a atributos da área afetiva.
O fato de haverem sido destinadas 20 (vinte) horas para os OII dessa área não significa,
absolutamente, que esse seja o único tempo disponível para o desenvolvimento de atitudes
desejáveis. Além da carga horária básica, é imprescindível a atitude do(s) Instrutor(es) do TG,
observando, orientando, estimulando o instruendo, em todas as oportunidades, ao longo de seu
Serviço Militar Inicial.
15
Condição: Na vida diária da OM, no relacionamento com os companheiros quando estiver atuando
numa equipe ou participando de competições.
ESPÍRITO DE CORPO - sentimento de identificação com os valores e tradições da organização e/ou
do grupo, gerando interações positivas de apoio mútuo, que se prolongam no tempo.
B/5-004FC): Lealdade: Capacidade de demonstrar fidelidade a pessoas, grupos ou instituições em
função dos valores que defendem ou representam.
Condição: No relacionamento com os companheiros e com os superiores.
LEALDADE - atitude de fidelidade a pessoas, grupos e instituições, em função dos ideais e valores
que defendem e representam.
B/5-005(FC): Responsabilidade: Capacidade de desenvolver todas as atividades sob sua
incumbência.
Condição: Durante o cumprimento das missões que lhes forem atribuídas.
RESPONSABILIDADE - capacidade de cumprir suas atribuições assumindo e enfrentando as
conseqüências de suas atitudes e decisões.
B/5-006(FC): Valorização do Serviço Militar: Reconhecimento da importância do serviço
militar inicial na realização do reservista, no plano individual.
Condição: Durante a observação de AV, participação de grupos de debate, palestras e no
desenvolvimento de matérias que favoreçam discussões sobre o tema.
B/5-007(FC): Valorização do Serviço Militar: Reconhecimento da formação do Exército
Brasileiro e sua importância para a integração nacional e defesa do nosso país.
Condição: Durante a observação de AV, participação de grupos de debate, palestras e no
desenvolvimento de matérias que favoreçam discussões sobre o tema.
B/5-008(FC): Valorização do Serviço Militar: Reconhecimento da importância do serviço
militar no desenvolvimento brasileiro.
Condição: Durante a observação de AV, participação de grupos de debate, palestras e no
desenvolvimento de matérias que favoreçam discussões sobre o tema.
2-2. CONCEITUAÇÃO DOS ATRIBUTOS DA ÁREA AFETIVA
a. FINALIDADE
Padronizar a linguagem técnica utilizada na área afetiva em todos os Tiros-de- Guerra, em
especial os atributos que poderão vir a ser selecionados, desenvolvidos, avaliados, ou citados,
dependendo do propósito do usuário.
b. OBJETIVO
Unificar em um documento as várias definições referentes aos atributos, valores e requisitos
da área afetiva, possibilitando a sua correta utilização.
c. CONSIDERAÇÕES
A constatação da existência de diversos documentos em uso no âmbito do Exército, com
diferentes definições para os atributos, valores e requisitos da área afetiva, indicou a necessidade de
elaboração de um único deles que padronizasse a linguagem e os conceitos
15
d. ATRIBUTOS, VALORES E REQUISITOS DA ÁREA AFETIVA
1) Os seguintes valores devem ter sido desenvolvidos no indivíduo desde a infância e
reforçados ao longo da vida militar. Devem servir, também, para uma ação imediata do docente que
identifique sua ausência, visando as providências que possibilitem o afastamento do instruendo, pelos
meios regulamentares, disciplinares e / ou judiciais, em especial na formação do militar de carreira.
HONESTIDADE - conduta que se caracteriza pelo respeito ao direito alheio,
especialmente no que se refere à fraude e à mentira.
15
A Organização Militar sobrevive com base no respeito a seus compromissos. Na franqueza. Na
lealdade. É preciso cultivar a lealdade que aproxima os homens: OS SOLDADOS.
2-7. RESPONSABILIDADE
A conduta humana é consciente, o que significa que o homem, em estado mental perfeito, age de
acordo com a sua própria vontade, é dono de seus atos e tem o livre arbítrio de dirigir a sua ação em
determinado sentido e não em outro.
Na liberdade da ação humana, cujo antecedente é a vontade autônoma do ser pensante, funda-se a
Teoria da Responsabilidade. O homem faz o que quer e sabe o que faz. Encontramos, de saída, a
responsabilidade como um estado direto da ação consciente do ser humano. Como num processo, a
ação desencadeia estados e um desses estados é o da responsabilidade.
O ato de criar é também um ato de responsabilidade. Criar é tornar real algo que não existe. Pode
ser uma idéia, pode ser uma coisa, pode ser uma pessoa. Ao criar, o criador torna-se autor. Torna-
se também responsável por aquilo que criou. E, assim, encontramos diversos estados de
responsabilidades imputáveis ao ser humano. Essa é uma característica própria do ser humano. É
também uma característica própria de determinados seres humanos.
Mais que um estado, a responsabilidade também transcende ao tempo. A sabedoria que se adquire
a partir da evolução do conhecimento, nos ensina e nos faz enxergar além do horizonte do tempo.
Ainda como desdobramento da Teoria da Responsabilidade, o homem adota atitudes preventivas
como se tivesse absoluta certeza das conseqüências de certos atos ou das conseqüências de
determinadas omissões.
Assim age o autor de ideais, o autor de livros, o autor de livros didáticos. Eles procuram delinear a
trajetória entre a ignorância e o saber. Assim age também o pai. Procura apresentar, oferecer, dar as
melhores alternativas para que a sua cria seja dotada de todas as qualificações que o tornam
absolutamente preparados para enfrentar todos os desafios que a vida prepara, meticulosamente,
para cada um de nós.
Da mesma maneira, as enfermeiras aplicam as vacinas. Não que a criança já tenha alguma
enfermidade. Não que a criança venha a ter alguma enfermidade. Talvez nunca as tenha. É um ato
preventivo. Uma ação positiva, um recado, um sinal. É como se desejássemos “Boa Sorte”. Numa
longa jornada, nunca saberemos, a priori, quais serão as verdadeiras conquistas, quais serão os
verdadeiros obstáculos. Nem teremos também o privilégio de conhecermos, antes, o real objetivo da
viagem.
Devemos estar preparados. Devemos, talvez, até provocar o imponderável para que as virtudes e os
defeitos de nossa caminhada se apresentem com maior clareza, límpida e nítida. Em todos esses
momentos e também em todos esses instantes dessa nossa longa e também curta jornada, uma
coisa é constante: A nossa responsabilidade.
Por fim, lembremo-nos da frase dita por Antoine de Sait-Exupéry: “Você é responsável pelo que
cativa”.
19
2-8. VOCAÇÃO
A primeira das virtudes que se espera encontrar em um soldado profissional é a vocação. Ela é a
inspiradora, guia e guardiã das demais virtudes militares, tão caras quão necessárias aos que se
dedicam a uma carreira que, longe de ser um mero emprego ou ocupação, representa um ofício
absorvedor, sempre a exigir integral devotamento.
A palavra vocação tem sua origem no vocábulo latino "vocatione", com acepção de chamamento e
predestinação. A vocação, evidentemente, não pode ser considerada uma qualidade
especificamente militar. Ela é comum a toda atividade humana e surge como um pendor, uma
aptidão inata, um chamamento – como sugere sua etmologia – para o exercício de determinada
profissão.
A vocação é, para o homem, tão antiga quanto a própria história de sua organização social. Com
efeito, desde a primeira necessidade de divisão do trabalho, nascida nas sociedades mais primitivas,
cada grupo foi levado a assumir as tarefas para as quais possuísse pendor, ditado por suas
inclinações físicas ou psicológicas.
Toda profissão, não importa qual seja sua natureza, encerra desafios e dificuldades que jamais
serão transpostos sem algum custo. É a vocação que determinará a possibilidade de se chegar, com
tranqüilidade, além dessas barreiras.
O militar, mais do que outro, necessita de vocação para resistir não apenas às dificuldades casuais
como, também, para enfrentar, com espírito forte, as durezas próprias de seu ofício. E isso ocorre
desde os primórdios da humanidade.
O primeiro chamamento, a primeira aptidão e, portanto, a vocação pioneira do homem foi a luta pela
sobrevivência.
Foram lições de vida, foram milênios de evolução em que o homem teve a vocação militar como
fonte inspiradora de seu aprendizado.
Ainda hoje, o militar vigia, guarda, defende e ataca. Ainda hoje, empunha armas, entra em combate
e arrisca a vida. Para assumir estas responsabilidades e desencadear estas ações é imprescindível
estar seguro de sua vocação.
O militar não faz quaisquer votos de privação, mas sabe, desde o primeiro dia, que muitas vezes
estará longe da família e jamais conhecerá a riqueza.
A dureza dos exercícios, as guarnições longínquas, as noites de serviço, o desconforto dos
acampamentos e o rigor disciplinar são bem assimilados, mas provocam, em outras pessoas, a
sincera pergunta "como é possível que alguém suporte tais dificuldades da vida militar ?"
São dúvidas de quem não conhece o autêntico soldado, fortalecido e impelido pela poderosa
energia vocacional.
2-9. BOM SENSO
É a qualidade de quem sabe evitar a ação inconveniente, a decisão inoportuna, o risco
desnecessário, o desperdício condenável, a tentativa cega, o "passo maior que a perna".
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A sabedoria popular nos ensina: "Mais vale um pássaro na mão do que dois voando"; "Vem mais
apressado o perigo desprezado"; "A carga bem se leva, a sobrecarga
causa a queda"; "Dois proveitos não cabem num saco só"; "Ao morder, veja com atenção se é pedra
ou pão"; e "Neste mundo, quem facilita vai para o fundo".
Desperdícios, riscos e acidentes — males especialmente indesejáveis para o Exército
— são causados, quase sempre, por decisões impensadas. A sensatez ajuda a evitá-los.
Água, combustível, munição e ração constituem suprimentos preciosos e, freqüentemente, críticos
para qualquer força, notadamente em campanha. São incontáveis os momentos, as situações e
tarefas em que é indispensável agir com atenção, cuidado e responsabilidade para evitar a perda ou o
desperdício. É impossível prever cada caso e especificar os cuidados necessários. Com bom senso,
cada um encontra a solução satisfatória.
Os riscos também podem ser minimizados com o uso desta virtude. Ela não só afasta a imprudência e
a afoiteza, como também indica a hora certa para agir, a conveniência de revelar-se ou não ao
inimigo, a técnica adequada, o caminho mais seguro. Em suma, a linha de ação mais viável.
Não há reservatório ou aparelho produtor de bom senso a que se possa recorrer em caso de
necessidade. Esse atributo é como o condicionamento físico: tem de ser adquirido dia-a-dia. Para
isso, uma providência recomendável é acercar-se dos que são reconhecidos como mais sensatos e
experientes.
É de bom senso que cada um conheça bem os aparelhos, equipamentos, as ferramentas, máquinas
e os veículos com que trabalha. Um soldado de bom senso buscará conhecer bem esses materiais e
nunca deixará de seguir as normas ou de tomar as precauções recomendadas na instrução.
Um superior de bom senso fará com que seus subordinados observem esses procedimentos e não
conferirá autonomia a homens que ainda não estejam nessas condições.
2-10. A EDUCAÇÃO MILITAR E A FORMAÇÃO DO VERDADEIRO SOLDADO- CIDADÃO
Os jovens de hoje são, sem sombra de dúvida, bem diferentes daqueles de há algumas décadas. O
contraste inicia-se pela família, continuando pelos conceitos morais, hábitos de vida,
desenvolvimento tecnológico, a mídia, dentre outros.
O estudante das décadas de 40, 50, 60 e 70, pobres, remediados ou ricos, em sua grande maioria,
possuía uma família coesa, com intensa convivência e de hábitos e conceitos morais sólidos.
A união e o apoio mútuo selavam a vida familiar. A EDUCAÇÃO apoiava-se no LAR e na ESCOLA,
cada qual exercendo, com responsabilidade e adequadamente, seus deveres e funções.
O quadro não se repete com a juventude de hoje. Qualquer que seja sua condição social, os
rapazes e as moças não têm a segurança dos jovens de antanho.
Em nossos dias, as condições de vida estão muito modificadas. Os encontros familiares são
raros e fugazes, não havendo coesão nem intensidade na convivência. Os conceitos morais e
hábitos de vida tornaram-se muito elásticos, permissivos e excessivamente indulgentes. Nessas
condições, o jovem fica solto, entregue às fantasias de sua mente
inquieta, estimulada por toda sorte de divertimentos, atrações e outras atividades nem sempre
recomendáveis.
19
Em conseqüência, ele rejeita e não se submete ao pouco e escasso convívio familiar que lhe resta. E
é desse modo que ele chega ao novo habitat – o Tiro-de-Guerra, onde a grande maioria passa a ter
mais um lar – O LAR VERDE-OLIVA.
Por que novo lar? Ainda que pareça incrível, o novo soldado encontrará no Tiro-de- Guerra um
ambiente familiar que para muitos melhor que em sua própria casa.
Considerando que ele adentrará num mundo completamente diferente daquele em que vivia,
imaginem o que passará por sua mente! As contradições são evidentes. Sua escala de valores está
rigorosamente “virada de cabeça para baixo”; hábitos e condutas que para ele não existiam passam a
ter importância fundamental:
obediência a horários, cuidados com a higiene, com os uniformes, com a apresentação,
com a obrigação de manter limpo e arrumado o ambiente em que vive; respeito aos
companheiros, acatamento às diferentes normas que regem a Instituição, assunção de
responsabilidades perante si mesmo, seus colegas e seus superiores hierárquicos.
Esse agora é o seu NOVO MUNDO!
Grande batalha desenvolve-se no íntimo dos Monitores e Atiradores. Cabe ao Chefe da Instrução e
aos instrutores ajudá-los a absorver os novos conhecimentos e condutas e a incorporar a nova
hierarquia de valores, condutas e procedimentos.
Os jovens são perspicazes e muito sensíveis. Eles sentem quando há alguém que se preocupa com
eles e os faz alvos de sua atenção.
As atividades no Tiro-de-Guerra leva, naturalmente, à conquista de novas amizades, à participação no
grupo, iniciando-se, assim, a formação do espírito de corpo.
O respeito e a amizade despertados pelos superiores, decorrentes de procedimentos justos e
imparciais, não nivelando por baixo, premiando os bons e punindo os maus, calam profundamente no
espírito dos discentes.
Eles passam a crer em alguma coisa mais consistente, em algo que não conheceram em sua vida
escolar anterior e, muitas vezes, nem em sua própria casa.
As primeiras semanas do Atirador são primordiais no prosseguimento do aprendizado, o caráter do
futuro CIDADÃO é forjado, tendo a disciplina, a lealdade, a dedicação e a renúncia como algumas das
qualidades que deverão merecer atenção especial.
- A DISCIPLINA: é a virtude que ensina a obedecer às ordens. Ela traduz uma escala de
valores, na qual subordinados e superiores hierárquicos são submetidos aos mesmos preceitos
regulamentares.
- SUPERIORES HIERÁRQUICOS: são aqueles que ordenam, por estarem acima na escala de
postos, mas que também obedecem. Trabalhando em conjunto, superiores e subordinados constroem
e servem, visando ao cumprimento do dever.
- LEALDADE: é a sinceridade da alma amiga, que não esconde nos subterfúgios da mentira as
traições aos ideais.
- DEDICAÇÃO: é o afinco no cumprimento do dever, é o zelo na execução da tarefa, é o amor
ao trabalho.
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- RENÚNCIA: é a abdicação de facilidades no cumprimento do dever. Ela exige do atirador grande
abnegação. Esse sacrifício leva ao heroísmo, desprendimento manifestado ao colocar-se, decididamente,
ao lado da satisfação do dever cumprido.
Quando o chefe e o instrutor conseguem fazer com que os conceitos enunciados sejam devidamente
assimilados, absorvidos e incorporados à mente e ao caráter do atirador, terão atingido plenamente o
grande objetivo:
a formação do verdadeiro SOLDADO-CIDADÃO, pois estarão formando HOMENS, que
porão a vontade, a lei e a razão como paradigma de sua conduta, conseguindo, pelo exemplo, cultivar
a disciplina, a lealdade, a dedicação e a renúncia.
Só então a missão de educar terá atingido seu objetivo.
"SE": E só então será teu todo este vasto mundo
Com tudo que ele encerra,
E o que é mais, muito mais, um Homem Tu, meu
filho, um Homem tu serás!
Kipling,
2-11. CRENÇAS E VALORES
A ética militar é o conjunto de regras ou padrões que leva o profissional militar a agir de acordo com o
sentimento do dever, dignidade militar e decoro da classe.
As crenças, são, suposições ou convicções julgados verdadeiras a respeito de pessoas, conceitos ou
fatos.
Os valores representam o grau de importância atribuída, subjetivamente, a pessoas, conceito ou fato.
Não são inatos e, sm, aprendidos, variando de acordo com a sociedade, a cultura ou a época. Não
podem ser vistos nem ouvidos mas, apesar disto, são reais, influencias de modo consciente ou
inconsciente de comportamento e guiam o indivíduo ou grupo.
Cooperação: No relacionamento com pares e superiores.
É a capacidade para contribuir espontaneamente para o trabalho de alguém ou de uma equipe.
Autoconfiança: No relacionamento com pares e superiores e , sobretudo, nos comportamentos
individuais que vão evidenciar atitudes positivas em diferentes circunstâncias. Capacidade de demonstra
segurança e convicção nas próprias reações diante de dificuldades. É a certeza de ser bem sucedido, a
autoconfiança e demonstrada pela aparência pela voz, pelo entusiasmo.
Persistência: Durante o cumprimento das missões que lhes forem atribuídas constante no seu
processo de aprendizado individual e coletivo.
Capacidade de manter-se em ação continuamente, a fim de executar uma tarefa, vencendo as
dificuldades encontradas até concluí-las. É a perseverança para alcançar um objetivo, apesar de
obstáculos aparentemente insuperáveis. Depende uma grande determinação e força de vontade.
Iniciativa: Durante o cumprimento das missões que lhes forem atribuídas e em outras ocasiões que
porventura ocorram.
Capacidade de agir face a situações inesperadas, sem depender de ordem ou decisão superior. É a
habilidade para, rapidamente, mobilizar-se ao grupo, no sentido atingir as metas estabelecidas, sem
aguardar deliberação ou determinação dos chefes.
Coragem: Durante os exercícios nos campos, nas realizações de pistas de combate e em outras
situações.
Capacidade para controlar o medo e continuar a desempenhar com eficiência a missão, para agir de
forma firme e destemida, diante de situações difíceis e perigosas. A coragem se apresenta sob duas
formas.
1- Coragem física: Superação do medo ao dano físico no cumprimento do dever.
2- Coragem moral: Defesa dos próprios valores, princípios morais e convicções.
Responsabilidade: Durante o cumprimento das missões que lhes forem atribuídas e na realização de
qualquer outra atribuição.
Capacidade de cumprir suas atribuições, assumindo e enfrentando as conseqüências de suas atitudes e
decisões, é a característica que leva a procurar superar os obstáculos e tomar decisões baseadas na
razão e em princípios morais, com total honestidade, onde baseia-se, integralmente, em um conjunto de
crenças e valores profissionais, que quando determinado, faz cumprir e assume as conseqüências de
todos os seus atos.
Disciplina: Na realização de pistas de combate ou de exercícios no campo.No cumprimento de missões
complexas e difíceis ou em outras situações.
Capacidade de proceder conforme, as leis e normas e padrões regulamentares. Em uma unidade
disciplinada, cada um faz o deve no momento oportuno, refletindo o trabalho de líderes disciplinados que
transmitem aos seus subordinados estas noções através dos exemplos, dos seus próprios padrões e da
instrução.
Equilíbrio emocional: Na rotina diária da OM, e no relacionamento com pares e superiores, quando
estiver atuando numa equipe ou participando de competições.
Capacidade de controlar as próprias reações, para continuar a agir, apropriadamente, nas diferentes
situações, tomando atitudes adequadas e decidir com acerto e oportunidade. É a habilidade para avaliar,
com calma, não deixar se dominar pelas emoções.
Entusiasmo profissional: Capacidade para evidenciar disposição ao desempenho de atividades
profissionais.
Lealdade: é a sinceridade da alma amiga, que não esconde nos subterfúgios da mentira as traições aos
ideais.
Dedicação: é o afinco no cumprimento do dever, é o zelo na execução da tarefa, é o amor ao trabalho.
Renúncia: é a abdicação de facilidades no cumprimento do dever. Ela exige do soldado grande
abnegação. Esse sacrifício leva ao heroísmo, desprendimento manifestado ao colocar-se,
decididamente, ao lado da satisfação do dever cumprido.
2-22. DISCIPLINA
A disciplina é necessária, pois é a base da ordem e do progresso em qualquer fase da vida. O
importância da disciplina está fixada no dístico de nossa BANDEIRA NACIONAL “ORDEM E
PROGRESSO”
A disciplina de um verdadeiro cidadão deve manifestar-se pela observância às prescrições
constitucionais, obediência às Leis do país onde estiver, fidelidade aos seus Chefes e superiores,
consideração e respeito ao seu semelhante.
2-23. RESPEITO AOS SUPERIORES E AO SEU SEMELHANTE.
O cidadão manifesta respeito pelo seus superiores através de:
Correção de Atitudes
Respeito
Fidelidade
Camaradagem
Discrição
Cumprimento de Ordem
Falar Sempre a Verdade
O militar manifesta respeito ao superior hierárquico através de:
Pela continência
Pela precedência
Pela maneira e atitude e que se apresenta
Pelo cumprimento exato e imediato de suas ordens
O Superior, se faz respeitar principalmente pelo seu correto procedimento em sua vida profissional e
particular.
Entre os homens, sejam eles militares ou civis deve haver sempre respeito, podendo ser camaradas
entre si, quando brincar, que sejam brincadeiras sadias, evitando porém ofensas e brincadeiras de mau
gosto que figure atitudes discriminatórias de qualquer espécie.
2-24. DIREITOS E DEVERES DO ATIRADOR (CIDADÃO)
a. Direito ao uniforme durante o ano letivo.
b. Contagem de tempo de serviço para aposentadoria no final do ano letivo.
c. O exercício da função correspondente à sua graduação.
d. Exercer a função de graduado se for mobilizado e tiver realizado o Curso de Formação de Cabos
com aproveitamento.
e. A reforma com proventos correspondentes, na forma da Lei.
f. Julgamento em foro especial nos delitos militares.
g. Só em caso de flagrante poderá ser preso por autoridade policial militar ou civil.
h. Se for preso por autoridade policial militar ou civil, deverá ser entregue imediatamente à
autoridade militar do Exército, Marinha ou Aeronáutica, sem prejuízos de outras penalidades legais.
i. É vedado à autoridade policial militar ou civil que efetuar a prisão de um militar de uma Força
Armada, conservá-lo em seu poder, maltratando-o de deixando maltratá-lo.
j. Assistência médica hospitalar quando sofrer acidentes em atividades de serviço.
k. Estudar e trabalhar nos horários fora das instruções no TG.
l. Aos benefícios oferecidos pelo Poder Executivo constantes do Termo de Convênio assinado em o
Estado-Maior do Exército e a Prefeitura Municipal, para o funcionamento do TG naquela cidade.
2-25. DEVERES DE TODO CIDADÃO
a. Cumpre a todo cidadão, obedecer às Leis e aos Regulamentos em vigor, bem como as ordens e
instruções de seus superiores e autoridades civis e militares.
b. Praticar as virtudes e deveres cívicos inerentes a todo cidadão.
c. Cumprir e fazer cumprir as disposições legislativas do país onde estiver.
d. Dedicar-se ao exercício de sua profissão.
e. Demonstrar coragem, caráter, firmeza e decisão em todos os atos e situações.
f. Tomar iniciativa, logo e sempre que as circunstâncias exigirem.
g. Aperfeiçoar suas qualidades morais e elevar o nível de seus conhecimentos e de sua
competência profissional.
h. Respeitar o credo religioso de seu semelhante.
i. Revelar sentimento e desterros de responsabilidade.
j. Ser leal em todas as circunstâncias.
k. Ter profundo sentimento e espírito de camaradagem.
l. Demonstrar máximo zelo na conservação e preservação do material que lhe for
confiado.
m. Ter especial cuidado em dar ou transmitir ordens para que estas sejam oportunas, claras,
certificando-se de seu fiel cumprimento.
n. Ser altivo dentro da disciplina e da boa educação.
o. Respeitar os idosos, crianças e gestantes em todas as situações.
p. Não se eximir de suas responsabilidades.
q. Zelar pela honra e reputação do local que freqüenta.
r. Deve ser prudente, moderado e reservado em seus atos.
s. Cultuar os Símbolos Nacionais e às Instituições constituídas.
t. Não contrair dívidas acima de suas possibilidades e assumir seus compromissos na data
estipulada.
u. Não praticar atos de discriminação e racismo
2-26. SERVIÇO MILITAR
“SERVIÇO MILITAR: A SEGURANÇA DO BRASIL EM NOSSAS MÃOS.” "ONDE ESTIVER
UM CIDADÃO BRASILEIRO, LÁ ESTARÁ O SERVIÇO MILITAR”.
Seu patrono é o poeta OLAVO BRAZ MARTINS DOS GUIMARÃES BILAC, escolhido, justamente, por
ter pregado a necessidade do Serviço Militar como preito de amor à Pátria e ter destacado o quartel
como uma escola de civismo, em vibrantes campanhas nos idos de 1915 e 1916. Em sua homenagem,
a data de seu natalício – 16 de dezembro – foi escolhida como o DIA DO RESERVISTA.
“O Serviço Militar consiste no exercício de atividades específicas desempenhadas nas Forças Armadas,
Marinha, Exército e Aeronáutica e tem por finalidade a formação de reservas destinadas a atender às
necessidades de pessoal das Forças Armadas, no que se refere aos encargos relacionados com a
Defesa Nacional em caso de mobilização, de acordo com a Lei do Serviço Militar.” (Lei Nr 4.375, de 17
de agosto de 1964)”
sistema do serviço militar não é um processo que deva seguir modelos importados.
Ele é peculiar a cada nação, em função de suas necessidades de defesa, das
condicionantes econômicas e psicossociais e da sua estatura geopolítica.
serviço militar é uma obrigação de cada cidadão, pois quem se beneficia em viver numa
sociedade, tem o dever de defendê-la.
Brasil na pratica já adota o Serviço Militar Misto (mais da metade do efetivo do Exército é
composta por profissionais voluntários).
Brasil é um país continente, com enormes diferenças regionais, milhares de quilômetros
de fronteira e vazios demográficos extensos.
efetivo militar do Brasil é um dos menores do mundo (proporcionalmente à sua
população).
A constituição de 1988 consagrou o Serviço Militar Obrigatório.
Atualmente a grande maioria dos conscritos alistados é voluntária.
Serviço Militar Obrigatório torna as Forças Armadas uma representação mais fiel da
sociedade brasileira, não havendo qualquer distinção de classe social, raça ou religião. Possibilita que um
grande número de brasileiros passe por suas fileiras exercitando cidadania e civismo.
Evita o distanciamento entre o Exército e a sociedade, reforçando seus vínculos. Processo
seletivo rigoroso (universo de escolha mais amplo).
Reforça o caráter nacional da Instituição (brasileiros de todas as origens prestando serviço
em regiões mais distantes e vazias demograficamente).
Permite manter os efetivos das Organizações Militares completos e renovados ano a ano.
Permite menor custo de manutenção de efetivos (o custo de um efetivo totalmente profissional é
extremamente elevado, o que poderia onerar tremendamente toda a sociedade).
Cada país adota o sistema de Serviço Militar próprio, o Brasil como a maioria dos países do
mundo adotou a obrigatoriedade, levando em conta suas necessidades de defesa, sua situação
econômica e sua conjuntura social.
Mesmo aqueles que inicialmente não são voluntários passam, na sua maioria a gostar a
sentir falta do tempo do quartel.
É comum os não voluntários se transformarem nos melhores soldados incorporados.
Complementa o processo de amadurecimento e socialização iniciado nos lares e nas
escolas, buscando desenvolver valores morais e éticos.
Além da Defesa Nacional, o grande objetivo do Serviço Militar é transmitir o sentimento de
respeito às leis e às instituições.
Toda a instrução militar transmitida busca reforçar a disciplina e o aprimoramento pessoal,
devolvendo à sociedade um jovem mais preparado e maduro.
"O verdadeiro líder age como facilitador para que a equipe possa atuar de forma confortável
no dia a dia e, consequentemente, consiga se desenvolver e desempenhar ao máximo o seu
potencial."
O assunto é controverso, face à multiplicidade de situações e ambientes em que a liderança
pode surgir.
5.1.2 – Definições
Nas definições de liderança estão contidos os seus agentes, ou seja, o líder e os liderados,
as relações entre eles e os princípios filosóficos, psicológicos e sociológicos que regem o
comportamento humano.
Toda organização humana depende primordialmente da liderança. Sem liderança, por parte
dos que dirigem as organizações, sejam elas sociais, políticas, econômicas, militares, etc., estas
estarão certamente em crise.
Principalmente, no caso de uma organização militar, todo aquele que dá ordens deve
também liderar. Deve desenvolver em si próprio as qualidades e os atributos necessários e
essenciais ao líder.
Não se pode conceber um navio sem liderança organizada. É condição essencial a uma
organização militar a existência de um sistema para controlar pessoas. A Marinha nos dá esse
sistema, por meio de uma engrenagem de leis, regulamentos e costumes.
A Marinha caracteriza-se por ser uma Instituição em que há predominância de ações
envolvendo o relacionamento humano, visando ao cumprimento das mais diferentes missões.
Portanto, a importância do exercício da liderança é fundamental para que se possa alcançar altos
índices de operacionalidade, coesão e lealdade entre os seus integrantes.
O exercício de liderança pode significar a diferença entre a vitória e a derrota, mesmo em
um cenário onde as operações militares se valerão de complexa e avançada tecnologia bélica.
5.2.1.1 – A importância de uma liderança transformadora
O pessoal mal conduzido tem sua eficiência reduzida pelo baixo rendimento, tornando
praticamente inoperante e inútil o material que lhe é confiado.
O material, de grande valor técnico, mas mal conduzido, não terá a eficiência e o rendimento
desejados.
Além disso, a má conduta do pessoal faz brotar um estado depressivo, cria tal disposição
negativa de ânimo, que sua influência, desfavorável e destrutiva sobre o conjunto da organização,
é para esta um permanente fator antieconômico, de baixo rendimento, ou de dissolução.
A eficiência e a qualidade de qualquer Marinha dependem grandemente do nível de
instrução, de adestramento, e da capacidade técnica dos militares que irão combater em tempo
de guerra, ou em tempo de paz estarão mantendo esta vasta organização em constante estado de
preparação.
A lealdade, a cooperação, o esforço e a obediência de cada homem só podem ser obtidos
de maneira completa através da liderança.
O chefe sem liderança não obtém de cada seu comandado uma cooperação uma lealdade e
um esforço completos. O bom chefe, o líder, conduzirá o mesmo homem, na execução de uma
mesma tarefa, de tal modo, que este se esforçará, voluntariamente, para fazer o seu serviço da
maneira mais perfeita e mais eficiente possível.
5.2.3 – Desenvolvimento da Liderança
5.3.1 – Introdução
VI) Grupo pseudo-social - é o que vive às custas de um grupo social mais extenso, do qual
depende como verdadeiro parasita.
VII) Grupo anti-social - é o que trabalha contra o bem-estar da sociedade (Ex: quadrilha de
bandidos).
VIII) G rupo pró-social – é o que caracteriza-se por trabalhar em benefício da
comunidade humana.
IX) Grupos primários são aqueles em que as pessoas se conhecem intimamente, como
personalidades individuais; os contatos são íntimos, pessoais e integrais. Seus membros se
interessam uns pelos outros como pessoas (Ex: a família, grupo de infância ou adolescência,
circulo de amigos íntimos).
X) G rupos secundários se caracterizam por contatos impessoais, eventuais e utilitários. As
pessoas têm interesse umas pelas outras, não em termos pessoais e, sim funcionais (Ex:
sindicatos profissionais, associações de moradores, condomínios residenciais). As sociedades
modernas tendem, cada vez mais, a impor grupos secundários a seus membros.
5.3.5 – Características de uma participação eficiente no grupo
Consiste no estudo das forças que atuam nos relacionamentos internos do grupo.
I) Grupo Hostil
Hostilidade é um sentimento que o ser humano ou um grupo de seres humanos tem que
representa um tipo de violência emocional e rivalidade contra outras pessoas ou grupos.
II) Grupo Lerdo
É o grupo que por ter tanta paixão por algo, se dedica e vai lá e faz. É a ação motivada
pelo entusiasmo interno de cada membro do grupo.
b) Diferenças individuais e o grupo
As pessoas diferem na maneira de perceber, pensar, sentir e agir. As diferenças individuais
são, portanto, inevitáveis com suas conseqüentes influências na dinâmica interpessoal.
Vistas por um prisma mais abrangente, as diferenças individuais podem ser consideradas
intrinsecamente desejáveis e valiosas, pois propiciam riqueza de possibilidades, de opções.
Num grupo de trabalho, as diferenças individuais trazem, naturalmente, diferenças de
opinião, expressas em discordâncias quanto a aspectos de percepção da tarefa, metas, meios ou
procedimentos. Essas discordâncias podem conduzir a discussões, tensões, insatisfações e
conflito aberto, ativando sentimentos e emoções mais ou menos intensos, que afetam a
objetividade, reduzindo-a a um mínimo, e transformam o clima emocional do grupo.
c) Papéis não construtivos
O que a filosofia tem buscado – até nossos dias – são respostas a indagações fundamentais
do homem:
“Quem somos?”
“Para onde vamos?” “Qual o sentido da vida?”
Obviamente, não foram encontradas respostas definitivas para dúvidas de tal magnitude, o
que não invalida a pesquisa filosófica, inclusive porque a filosofia pretende fomentar uma atitude
de permanente questionamento, de não aceitação plena de verdades acabadas.
b) Os grandes temas filosóficos
III) A cultura - estudo do homem inserido em seu grupo social abrangendo, entre outras, as
estruturas sociais e religiosas e as manifestações intelectuais e artísticas que caracterizam uma
sociedade.
c) Relação entre filosofia e liderança
A relação entre filosofia e liderança é profunda, especialmente entre os temas filosóficos ética
e axiologia (ou teoria dos valores).
O processo de influenciação de um grupo, que é a essência da liderança, está
profundamente ligado aos valores éticos e morais que devem ser transmitidos e praticados pelo
líder.
d) A Ética
A ética, ou filosofia moral, é a parte da filosofia que se ocupa com a reflexão a respeito
dos fundamentos da vida moral.
Podemos definir moral como: um conjunto de regras que determinam o comportamento de
indivíduos em uma dada sociedade.
Dois aspectos devem ser enfatizados:
I) tais regras são dinâmicas, ou seja, variam no tempo e no espaço; por exemplo, a moral do
século XIX, que aceitava a escravidão, não vale mais para os dias de hoje nos países civilizados;
além disso, o que é moralmente aceito em uma determinada sociedade, como a poligamia
praticada pelos muçulmanos, não o é em outros grupos sociais;
II) a moral tem caráter coletivo, mas só tem valor real se for aceita, em termos pessoais, por
cada membro do grupo social; portanto, quando educamos jovens não basta citarmos um elenco
de regras de convívio social, sendo indis- pensável que acreditemos efetivamente nelas e as
pratiquemos, para que os jovens acreditem em tais normas e possam praticá-las, sinceramente,
com pleno convencimento.
Ao líder cabe transmitir, permanentemente, a ética e a moral da instituição a que pertence,
ou do seu grupo social.
Em todos os níveis, desde o grupo familiar, célula da vida social, até a condução de um
povo, há que haver uma ética norteando qualquer ato dos indivíduos em sociedade.
III) Elevação do moral
O moral é o estado de espírito de alguém, gerado pelas circunstâncias que afetam sua
participação como membro de um grupo.
É a atitude mental do militar em relação ao dever a ser cumprido e a tudo mais que com ele
se relacione, manifestando-se pela força de vontade, superioridade e segurança.
O moral influi de maneira decisiva no modo pelo qual os trabalhos são feitos e as ordens
executadas.
Há uma relação direta e recíproca entre a disciplina e o moral, já que o fortalecimento de um
se reflete imediatamente sobre o outro.
O moral elevado só existe em grupos em que a disciplina consciente predomina,
constituindo- se no melhor indicativo de uma liderança efetiva.
Assumir um erro exige, em muitas situações, coragem moral. Covardia moral pode levar à
desonestidade e aí, em vez de um, cometem-se dois erros, sendo o segundo bem pior do que o
primeiro. Agrava-se a situação, em vez de resolvê-la.
A axiologia, também conhecida como a teoria dos valores, é considerada a parte mais nobre
da filosofia.
O valor indica a qualidade pela qual um objeto (material ou não) possui dignidade portanto
merece estima e respeito por parte de um sujeito.
Uma característica essencial do valor é a sua polaridade, ou seja, o valor tem de ser
positivo ou negativo. A indiferença significa ausência de valor.
Outra é o seu caráter ao mesmo tempo objetivo e subjetivo. O objeto tem qualidades que o
fazem desejável ou não desejável. Por outro lado, o sujeito precisa reconhecer tais qualidades no
objeto, atribuindo-lhe valor positivo ou negativo.
O ser humano precisa receber uma educação adequada para ser capaz de valorizar um
objeto (a vida humana, a pátria, a família, a natureza, uma doutrina religiosa). Sem essa
educação, perde-se a capacidade de perceber esses valores, especialmente quando se trata
daqueles universais, tais como: honra, dignidade e honestidade.
A característica fundamental da axiologia consiste na hierarquização desses valores, que são
transmitidos pela educação familiar, pela sociedade, pelo grupo.
Assim é que, geralmente (embora não sempre), o homem tem como valor primor- dial a
própria vida e a luta permanente por sua preservação.
Essa hierarquização de valores varia de um país para outro, de uma sociedade organizada
para outra, de um grupo social para outro. Por exemplo, na Segunda Guerra Mundial, os
“kamikaze”, pilotos-suicidas japoneses e, atualmente, os fundamentalistas islâmicos, que se
sacrificam em atentados nos EUA e Oriente Médio, priorizam a causa da pátria à frente de sua
própria vida, contrariando o instinto de preservação, valor primordial do ser humano.
Exemplo mais próximo é o juramento proferido solenemente pelos militares da Marinha,
assegurando defender a honra, integridade e instituições da Pátria, com o sacrifício da própria
vida.
Nas Forças Armadas, valores como a honra, a dignidade, a honestidade, a lealdade e o
amor à pátria, assim como todos os outros considerados vitais, devem ser praticados e
transmitidos, permanentemente, pelo Líder aos seus liderados, como tarefa de doutrinamento.
Este procedimento visa transmitir a correta hierarquização e prioriza-os em relação aos valores
materiais, como dinheiro, o poder e a satisfação pessoal.
Este é o maior desafio a ser enfrentado por aquele que pretende exercer a liderança de um
grupo.
O momento é oportuno para transcrevermos o conceito de honra, externado pelo Almirante
Tamandaré, patrono da Marinha do Brasil:
“Honra é a força que nos impele a prestigiar nossa personalidade. É o sentimento avançado
do nosso patrimônio moral, um misto de brio e valor. Ela exige a posse da perfeita
compreensão do que é justo, nobre e respeitável, para elevação da nossa dignidade; a bravura
para desafrontar perigos de toda ordem, na defesa da verdade, do direito e da justiça.
Este sentimento está acima da vida e de tudo quanto existe no mundo, porque a vida se
acaba na sepultura e os bens são transitórios, enquanto que a honra a tudo sobrevive”.
5.4.2 – Bases Psicológicas da Liderança
a) Conceituação de psicologia
A matéria-prima da psicologia é a vida humana em seus múltiplos aspectos: mentais,
corporais e de interação com o mundo externo. Seu objeto de estudo são os fenômenos
psicológicos.
Fenômenos psicológicos são processos que ocorrem no mundo interno dos indivíduos,
construídos ao longo de suas vidas; são contínuos, e nos permitem sentir o mundo de forma
própria.
O homem é sempre capaz de receber estímulos do mundo externo e responder a eles, após
os haver interpretado. Tais estímulos incluem coisas, pessoas e situações.
O psiquismo do próprio observador, sua subjetividade, vai interferir decisivamente em seu
processo de percepção. Quanto mais complexo for este estímulo, maiores são as
possibilidades de ocorrerem percepções distintas, por parte de diferentes observadores.
Quando o objeto percebido é concreto, por exemplo, um automóvel pequeno com a pintura
em bom estado, a maioria dos observadores perceberá claramente tais características.
Quando o objeto percebido é uma pessoa, surgem maiores dificuldades. Quando
conhecemos alguém, tendemos a formar impressões imediatas sobre a pessoa. Podemos achá-la
simpática e inteligente, por exemplo. Um outro observador, ao conhecer a mesma pessoa, pode
considerá-la simpática, mas não muito inteligente. Já um terceiro poderá dizer que nem se
aproximou muito, por considerá-la bastante antipática. Isso acontece porque a subjetividade de
quem percebe interfere poderosamente no processo de formação de juízos.
Outro fator complicador em nosso processo de avaliação dos outros é a tendência que as
pessoas tem, principalmente em um primeiro contato, de revelar apenas alguns traços de sua
personalidade, normalmente os que consideram favoráveis. Tais constatações nos levam a uma
conclusão: nossa percepção é falha, quando estamos observando pessoas (ou grupos delas); isto
porque os seres humanos têm emoções muitas vezes secretas.
Assim, qual deve ser o procedimento para evitar a forte tendência de estabelecermos
percepções equivocadas sobre terceiros? Reconhecer que as pessoas não são formulações
matemáticas que apresentam solução-padrão e ter suficiente humildade para não confiar
cegamente na própria percepção, tendo capacidade para reformulá-la, após observação mais
duradoura e acurada.
A seguir, são apresentados alguns dos processos, mais comumente postos em prática pelos
observadores em geral, e que conduzem a graves equívocos na formação de juízos sobre
terceiros:
I) Efeito de halo
É a tendência da maioria das pessoas para supor que as outras são semelhantes a elas
mesmas, se o indivíduo gosta de futebol, tende a acreditar que os outros também gostam isto é,
grande parte dos indivíduos atribui suas próprias características aos outros.
III) Preconceito
É a tentativa de avaliar alguém, a priori, pelo fato de pertencer a um grupo étnico, religioso,
político, etc. Isto pode nos conduzir a graves equívocos.
d) Motivação
O conhecido psicólogo social Maslow formulou uma interessante teoria sobre a motivação
humana a partir de cinco categorias de necessidades, as quais ele hierarquiza partindo das mais
genéricas e elementares (base da pirâmide) às mais sutis (topo da pirâmide).
c) A cultura
Podemos definir cultura como tudo que é socialmente aprendido e partilhado pelos
membros de dada sociedade.
O homem é fundamentalmente um ser cultural; nascemos dentro de determinado contexto
cultural, do qual recebemos uma herança social; podemos introduzir modificações nesta última e
transformá-la, contribuindo para o legado de futuras gerações.
I) Elementos que compõem as culturas: os elementos fundamentais, relativos a uma dada
sociedade, que compõem as culturas em geral são:
• a língua;
d) Etnocentrismo
hierárquicos na carreira. Mas, ao mesmo tempo, o militar deve exercer o papel adquirido de líder
militar, que deve ser conquistado, permanentemente, por iniciativa própria.
f) Processos Sociais
São definidos como a interação repetitiva de padrões de comportamento comumente
encontrados na vida social (Horton e Hunt).
Os de maior incidência nas sociedades e grupos humanos são: cooperação, competição e
conflito.
Como sua ocorrência é frequente no interior dos grupos humanos, compete ao líder
identificar a existência de tais processos, estimulando-os ou não, em função das especificidades
da situação corrente e da natureza da missão a ser levada a termo.
I) Cooperação
Significa trabalhar em conjunto, implicando em uma opção pelo coletivo em detrimento do
individual; sob muitos aspectos e de um ponto de vista humanista, é a forma ideal de atuação de
grupos; exemplos: no mundo animal, abelhas e formigas; nas sociedades humanas as
cooperativas, os processos de cooperação científica e cultural, a ONU, etc..
II) Competição
É definida como a luta pela posse de recompensas cuja oferta é limitada; ou a tentativa de
obter uma recompensa superando todos os rivais; tais recompensas incluem dinheiro, poder,
status, amor e muitos outros.
A competição, sob o ponto de vista psicológico, tem o mérito de estimular a atividade dos
indivíduos e dos grupos, aumentando-lhes a produtividade. Tem, porém, o grave inconveniente de
desencorajar os esforços daqueles que se habituaram a fracassar. Vencedor há um só; todos os
demais são perdedores.
Outro sério inconveniente decorrente do estímulo à competição consiste na forte
possibilidade de desenvolvimento de hostilidades e desavenças no interior do grupo, contribuindo
para sua desagregação.
Os especialistas concordam que os processos de competição e de cooperação coexistem e,
até mesmo, sobrepõem-se na maioria das sociedades. O que varia, em função de diferenças
culturais, é a intensidade com que cada um é experimentado.
A instabilidade inerente ao processo competitivo faz com que este, com frequência, se
transforme em conflito.
III) Conflito
• estágio de evolução;
• contexto; e
• forma como é tratado.
O aspecto negativo do conflito é a sua tendência a destruir a unidade social e da mesma forma
desagregar grupos menores.
Por outro lado, doses regulares de conflito de posições podem ter efeito integrador dentro
do grupo, levando a uma revitalização dos valores autênticos próprios daquele grupo.
De um ponto de vista amplo, o conflito tem muitas funções positivas:
I) Descongelamento - Para que ocorra mudança nas pessoas, faz-se necessário que haja
algum desequilíbrio ou crise interna que propicie alteração de percepções e introdução de novas
ideias, sentimentos, atitudes, comportamentos. Pode se alcançar este estágio através de
comunicação, questionamento, introdução de novas informações e ideias, levando à
sensibilização e à conscientização de problemas e da necessidade de algumas mudanças para
resolvê-los;
II) Incorporação – Consiste na decisão pela mudança e sua implementação, pela
aprendizagem de novos padrões de percepção, conhecimentos, atitudes e ações; e
III) Congelamento – Se estabelece o equilíbrio após a transição da mudança. Esta última
fase precisa de reforço externo para que as atitudes e comportamentos antigos não se
manifestem novamente.
i) Resistência à mudança
Toda mudança provoca resistência.
Em geral as pessoas sentem medo do novo, do desconhecido, do que não lhes é familiar. A
percepção vem acompanhada de um sentimento de ameaça à situação já organizada e segura da
pessoa.
Do ponto de vista psicológico, a resistência à mudança é uma reação normal, natural e
sadia, desde que represente um período transitório de tentativas de adaptação, em que a pessoa
busca recursos para enfrentar e lidar com o desafio de uma situação diferente.
A resistência à mudança é, portanto, uma fase inicial prevista em qualquer programa de
mudança planejada.
5.5 – TIPOS DE LIDERANÇA E SUAS CARACTERÍSTICAS
Também conhecida como teoria do ciclo vital da liderança, define que, para diferentes
situações, o estilo de liderança a ser exercido deve ser distinto. O êxito do processo está pautado
na percepção do ambiente (grau de maturidade/prontidão do grupo) e na capacidade de
adaptação do comportamento do líder para atender às necessidades dos seus liderados.
Os estilos de liderança efetivos seguem uma relação curvilínea entre tarefa, relacionamento
e maturidade dos subordinados.
Os aspectos mais importantes a serem considerados no ciclo vital da liderança são os
seguintes:
I) Muitos grupos não atingem a parte madura do ciclo, embora haja evidências de que, com
aumento do nível de educação e experiência, isso possa se alcançado;
II) A maturidade depende, também, das ferramentas disponíveis; um grupo maduro em
determinado trabalho, com suas ferramentas clássicas, torna-se imaturo se tiver que utilizar novas
ferramentas cuja operação não domine;
III) O estilo de liderança de uma pessoa reflete sua estrutura básica motivacional e de
necessidades, sendo de fato, difícil fazer mudanças bruscas no seu estilo; e
IV) As pessoas que ocupam cargos de nível mais elevado tendem a ser mais “maduras” e,
portanto, precisam de menos supervisão do que as pessoas que ocupam posições de nível mais
baixo.
Os melhores líderes utilizam estilos diferentes, em diferentes situações. Na prática, em um
dia de trabalho, o líder pode empregar os três processos de liderança, de acordo com a situação e
com os liderados.
Manda cumprir uma ordem, consulta o grupo antes de tomar uma decisão e sugere a um
subordinado realizar determinada tarefa.
Ao mandar, é líder autocrático; consultando, é líder democrático; e sugerindo é líder
delegativo.
• Liderança organizacional; e
• Liderança estratégica.
O líder organizacional deve ser também um líder direto, assim como o líder estratégico deve
acumular os atributos dos líderes direto e organizacional.
5.5.3 – Manifestações patológicas da liderança
a) Liderança Carismática
Em consequência da conjunção de fatores intelectuais e emocionais, presentes em grau
sumamente elevado, em circunstâncias altamente favoráveis, o líder atinge o clímax de sua
ascendência; passa a ser amado, com freqüência de modo doentio, com as seguintes
consequências:
I) A razão se enfraquece;
Consiste no emprego da liderança para atingir objetivos que estão em desacordo as regras
que determinam o comportamento de indivíduos em uma dada sociedade. Enquadra-se neste
caso, por exemplo, a liderança exercida por certos chefes de organizações criminosas.
5.6 – FORMAS DO LÍDER TRABALHAR COM OS PROBLEMAS COMUNS NA DI-
NÂMICA DE UM GRUPO
5.6.1 – Formas de exercer influência no grupo Aspectos psicológicos a considerar
O chefe que desejar tornar-se um líder, influenciando seus subordinados, deverá utilizar as
contribuições que a psicologia coloca a serviço da liderança, considerando, principalmente, os
seguintes aspectos:
I) A habilidade de impelir os indivíduos a agirem depende e se baseia num conhecimento
das possíveis e prováveis reações desses mesmos indivíduos;
II) Quem deseja influenciar alguém não deve levar em conta apenas o lado intelectual da
sua personalidade, mas, igualmente, o seu lado sentimental – não basta se dirigir à razão, sendo
também necessário falar ao sentimento do indivíduo;
III) Deve-se ter em vista que a reação do indivíduo, em conjunto, é diferente da sua reação
isolada ou individual – os homens se transformam quando em coletividade, perdendo suas
características individuais e incorporando a si, como individualidade própria, as características do
grupo;
IV) As qualidades e habilidades necessárias aos líderes bem sucedidos são determinadas,
em grande parte, pelas exigências específicas da situação em que o líder se encontra – o líder
tem de se conduzir de acordo com a situação, em que se incluem as características de cada
membro e do aspecto coletivo do grupo;
V) A liderança eficiente não é um comportamento único, um modo de proceder invariável,
mas um conjunto harmonioso e adequado às diversas situações de:
• qualidades postas em evidência;
• processos de influenciação; e
• métodos de condução e de direção;
VI) O líder, ao procurar obter ação e resultados, deve sempre procurar fazer os
subordinados sentirem que a atividade a realizar satisfaz aos seus próprios propósitos, desejos e
necessidades; e
VII)Às vezes, a justificação doutrinária de uma ideia não basta para fazer com que os
homens a aceitem e ajam com eficiência, sendo necessário ir além, influenciar toda a estrutura
mental, abrangendo a razão, o sentimento, a inteligência e, até mesmo, o subconsciente.
5.6.2 - Processos de influenciação
São elementos que têm uma poderosa influência sobre as opiniões e as convicções; sobre a
maneira de pensar e de julgar. A educação é em parte baseada neles.
As empresas propagam os seus produtos pela publicidade, pois conhecem o valor da
afirmação.
A afirmação só adquire influência real sob a condição de ser constantemente repetida e,
sempre que possível, nos mesmos termos. Pela repetição, a coisa afirmada implanta-se nos
espíritos, a ponto de ser aceita como uma verdade demonstrada.
Suficientemente repetida, uma afirmação acaba por criar primeiramente uma opinião e,
mais tarde, uma crença. Assim se explica a espantosa força da publicidade.
III) Exortação – apelo ao sentimento e às emoções.
Tem como propósito transmitir entusiasmo e fervor, não servindo para transmitir
informações ou argumentos racionais.
Por isso ela se aplica melhor onde os valores emotivos estão profundamente enraizados na
pessoa a ser influenciada: o homem emotivo ou emocionado é quase inacessível e indiferente à
argumentação racional, mas não aos apelos sentimentais.
Ao utilizá-la, o líder deve lembrar-se de que a exortação é um apelo emocional, e que as
emoções produzidas por tal apelo não são capazes de subsistir prolongadamente. Por isso, o seu
uso deve ser criterioso e sempre acompanhado de ações concretas, úteis e práticas.
IV) Argumentação – apelo à razão e ao raciocínio lógico.
O ambiente que cerca as palavras, atos e gestos, através do qual o líder pretende
influenciar seus comandados, é de particular importância para que estes últimos se tornem
sugestionáveis.
Tudo o que no ambiente, no local e no cenário for capaz de estimular, de influir sobre o
ânimo, o estado de espírito, o humor e os sentimentos dos comandados, deve merecer todo o
cuidado e atenção do líder.
5.7 – COMPORTAMENTO DOS ELEMENTOS DE UM GRUPO DIANTE DOS ESTILOS DE
LIDERANÇA
5.7.1 - Introdução
Em 1939, na Universidade de Iowa, os cientistas Kurt Lewin, Ronald Lippitt e Ralph White
realizaram uma experiência, que ficou conhecida como a experiência de Iowa, visando
estabelecer relações entre estilos de liderança e comportamento de grupos.
Foram selecionados quatro grupos de meninos de 10 anos de idade, pelo método de
apresentação voluntária, os quais foram submetidos a diversos tipos de controle e entregues as
atividades tais como pinturas murais, escultura em massa e construção de aeromodelos.
De seis em seis semanas, assumiam a direção de cada grupo líderes diferentes, os quais
empregavam estilos alternados de liderança autocrática, democrática e delegativa. Os resultados da
experiência foram os seguintes:
5.7.2 – Comportamento diante da liderança autocrática ou autoritária
Neste tipo de liderança, o líder exige apenas obediência, a ele competindo, exclusivamente,
traçar as normas de ação e tomar decisões; o líder manda.
Foram feitas as seguintes constatações:
Neste tipo de liderança, o líder extrai idéias e sugestões do grupo através de debates livres,
sendo os subordinados encorajados a participar das decisões e traçar objetivos comuns; o líder
consulta.
Foram feitas as seguintes constatações:
5.8.1 - Introdução
Certos traços de personalidade encontram-se acentuados nos líderes militares, porém, não
existem fórmulas que indiquem quais os mais necessários ou como são utilizados no exercício da
liderança.
Os atributos de um líder não devem ser considerados isoladamente, e sim, em conjunto
(6:5). A liderança militar comporta uma variada gama de fatores que compõem o perfil do
líder;
o domínio de alguns deles não assegura êxito, assim como a inexistência de outros não indica
falta de condições para ser líder.
5.8.2 – Principais atributos de um líder
a) Atributos de Higidez
Higidez é o estado de saúde do indivíduo. Segundo a Organização Mundial de Saúde
(OMS), saúde é um estado de bem-estar físico, mental e social. Nesse estado, o homem se
encontra na plenitude de suas potencialidades somáticas.
É imperativo criar condições físicas e mentais favoráveis ao bem-estar do pessoal. Os
homens não são máquinas. O tempo deve ser utilizado considerando suas necessidades de:
trabalho, lazer e descanso, tudo dentro das circunstâncias e objetivando o cumprimento da missão
(2:46).
O líder deve estar sempre preocupado em renovar suas próprias energias, evitando entrar
em estado de fadiga física ou mental, tendo igual preocupação em relação ao seu pessoal (2:46).
b) Atributos de Caráter
Constituem um conjunto de valores éticos que apresentam como componente comum a
verdade.
I) Apresentação pessoal: aprumo militar, conjugado com o apuro dos trajes civis e militares
e os cuidados com a aparência física requeridos ao militar;
II) Competência: proficiência em habilidades tangíveis, como técnicas funcionais e os
conhecimentos específicos; e habilidades intangíveis, como inter- pessoais, de comunicação, de
trabalho em equipe e administrativas; o militar com reconhecida capacidade profissional em seu
ambiente de trabalho, torna-se referência para seus superiores, pares ou subalternos e desponta
como líder;
III) Conhecimento profissional: conhecimento teórico e prático de sua profissão e
especialidade; domínio de campos de conhecimento correlatos e afins com sua profissão.
Habilidade no emprego de seus conhecimentos em prol do serviço;
IV) Coragem: a coragem apresenta-se sob duas formas: coragem física – superação do
medo ao dano físico no cumprimento do dever – e coragem moral – disposição para defender
crenças e desafiar os outros, baseado em valores e princípios morais, admitir erros e mudar o
próprio comportamento quando preciso, mesmo que esse ato contrarie os próprios interesses;
V) Dedicação: realizar as atividades com empenho, esforçar-se por concluí-las
corretamente, dentro dos prazos estabelecidos;
VI) Desprendimento (desinteresse, abnegação): é o esquecimento voluntário do que há de
egoístico nos desejos e tendências naturais do homem, em proveito de uma pessoa, causa ou
ideia;
VII)Disciplina consciente: capacidade de se conduzir dentro das normas e regu- lamentos,
mesmo quando não estiver sendo observado ou quando suas ideias e concepções pessoais
forem contrárias; possuir auto-liderança;
VIII) Entusiasmo: executar as tarefas com ânimo elevado, vibração e vigor; mostrar-se feliz
e orgulhoso do cargo que exerce;
IX) Exemplo: o exemplo aos subordinados se materializa pelo comportamento do líder, pleno
de valores inerentes à ética militar, aceitos e respeitados pelo grupo; esse comportamento deve
ser firme, permanente e coerente; o líder jamais deve dizer: “faça o que eu digo, mas não faça o
que eu faço”;
X) Iniciativa: capacidade de agir face a situações inesperadas, sem depender de ordem ou
decisão superior;
XI) Persuasão: capacidade de utilizar argumentos convincentes, para influenciar ações e
opiniões dos outros; e
XII) Responsabilidade moral (senso de responsabilidade): capacidade de cumprir suas
atribuições e as que sejam requeridas pela administração e de assumir e enfrentar as
consequências de seus atos e omissões, de suas atitudes e decisões.
5.8.3 – Procedimentos para se tornar um líder
Em resumo, pode-se dizer que, para se aperfeiçoar como líder, todos devem buscar se
tornar ponto de referência, adotando os seguintes procedimentos:
a) Ser sempre sincero com seus superiores, pares e subordinados;
h) Ser criativo.