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DIREITOS POLÍTICOS

1. Introdução e Conceito

- O povo é o titular do poder (art. 1°, § único). Contudo, o exercício desse poder deve se
dar segundo regras pré-estabelecidas pelo poder constituinte originário.

- “Os direitos políticos são o conjunto de normas que regula a atuação da soberania
popular”. (JAS, 344)

“Os direitos políticos nada mais são que instrumentos por meio dos quais a CF
garante o exercício da soberania popular, atribuindo poderes aos cidadãos para
interferirem na condução da coisa pública, seja direta, seja indiretamente.” (PL, 869)

- Eles são a base do sistema democrático (JAS).

- Não obstante, a CF emprega a expressão “direitos políticos” no seu sentido estrito,


como conjunto de regras que regula as questões eleitorais (Direito Eleitoral).

- Os direitos políticos estão diretamente ligados à cidadania. “Cidadão é o indivíduo


que seja titular dos direitos políticos de votar e ser votado e suas conseqüências.”
(JAS, 346)

- Segundo a doutrina (JAS e PL) os direitos de cidadania adquirem-se mediante


alistamento eleitoral (título de eleitor). O professor, todavia, entende que se trata de
uma meia verdade (cidadania entendida como direitos políticos)

- Segundo Alexandre de Moraes, são direitos políticos:

a) direito de sufrágio;
b) alistabilidade (direito de votar em eleições, plebiscitos e referendos);
c) elegibilidade;
d) iniciativa popular de lei;
e) ação popular;
f) organização e participação de partidos políticos.

2. Direito de Sufrágio

- Sufrágio: “direito público subjetivo de natureza política, que tem o cidadão de eleger,
ser eleito e de participar da organização e da atividade do poder estatal.” (Carlos S.
Fayt) (JAS, 349)

- O direito de sufrágio é a essência do direito político. (AM, 209)


- Sufrágio universal: os direitos políticos são reconhecidos a todos os nacionais.
Porém, nem sempre foi assim. O sufrágio, no Brasil, já foi restrito (ex: voto censitário)

- O direito de sufrágio exerce-se praticando atos de vários tipos. No que tange à sua
função eleitoral (capacidade eleitoral ativa), o voto é o ato fundamental de seu
exercício. (JAS, 356)

a) Direitos políticos ativos: capacidade eleitoral ativa (direito de votar)

b) Direitos políticos passivos: capacidade eleitoral passiva (direito de ser votado)

- Art. 16, CF: lei que altera o processo eleitoral

3. Capacidade eleitoral ativa (Direito de votar)

- O exercício do sufrágio ativo dá-se pelo voto, que pressupõe: a) alistamento eleitoral
(título de eleitor); b) nacionalidade brasileira; c) idade mínima de 16 anos; d) não ser
constrito durante o serviço militar obrigatório (pode ser militar permanente).

- Características do voto: personalidade, obrigatoriedade formal do comparecimento,


liberdade, sigilosidade, direto (como regra), periodicidade, igualdade (em regra). O
Pedro Lenza acrescenta a universalidade (PL, 877).

- O voto é um direito público subjetivo e, ao mesmo tempo, um dever sociopolítico


(AM, 210).

- Art. 14, § 1º, CF: É obrigatório para os maiores de 18 e menores de 70 anos.. É


facultativo para os maiores de 16 e menores de 18, para os analfabetos e para os
maiores de 70 anos.

4. Capacidade eleitoral passiva (Direito de ser votado)

- A capacidade eleitoral passiva é a possibilidade de eleger-se, concorrendo a um


mandato eletivo (PL, 878).

4.1 . Condições de Elegibilidade

- Condições que devem ser observadas para que o interessado possa se candidatar e ser
eleito para um determinado cargo eletivo.

- Art. 14, § 3º, CF


5. Direitos Políticos Negativos (PL, 878 a 883)

5.1. Inelegibilidades

- “São as circunstâncias (constitucionais ou previstas em lei complementar) que


impedem o cidadão do exercício total ou parcial da capacidade eleitoral passiva, ou
seja, da capacidade de eleger-se.” (PL, 879)

- As inelegibilidades podem ser absolutas ou relativas (impedimento eleitoral para


algum cargo eletivo ou mandato, em função de situações em que se encontra o
candidato). (PL, 879).

a) Inelegibilidade absoluta (art. 14, § 4º, CF)

- Impedimento eleitoral para qualquer cargo eletivo, taxativamente prevista na CF.

- São absolutamente inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos (art. 14, § 4º, CF).

b) Inelegibilidade relativa

- O relativamente inelegível não pode eleger-se para determinados cargos, mas pode
candidatar-se e eleger-se para outros.

1) Inelegibilidade relativa em razão da função exercida para um terceiro mandato


sucessivo: art. 14, § 5º, CF (proibição do 3º mandato consecutivo);

2) Inelegibilidade relativa em razão da função para concorrer a outros cargos: art.


14, § 6º, CF (desimcompatibilização);

3) Inelegibilidade relativa em razão do parentesco: art. 14, § 7º, CF

RE 344.882-BA: Segundo o plenário do STF “parentes podem concorrer nas


eleições, desde que o titular do cargo tenha o direito à reeleição e não concorra na
disputa.”

Súmula Vinculante 18 (STF): A DISSOLUÇÃO DA SOCIEDADE OU DO VÍNCULO


CONJUGAL, NO CURSO DO MANDATO, NÃO AFASTA A INELEGIBILIDADE PREVISTA NO
§ 7º DO ARTIGO 14 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.

4) Militares: art. 14, § 8º, CF

5) Inelegibilidades previstas em lei complementar: ver LC nº 64/1990, recentemente


alterada pela LC nº 135/2010 (Lei da Ficha Limpa).
5.2. Privação dos direitos políticos (perda ou suspensão) (PL, 883 a 885)

- Art. 15, CF.

- Perda é permanente. A suspensão é temporária.

- Perda: art. 15, I; e art. 12, § 4º, II, todos da CF.

- Suspensão: art. 15, II, III e V; art. 17.3 do Dec. N. 8.927/2001 e art. 55, II, e § 1º, c/c
art. 1º, I, “b”, da LC nº 64/1990.

- Art. 15, IV, CF: uma parte da doutrina entende que é caso de perda e outra que é caso
de suspensão (PL, 884).

- A perda/suspensão de direitos políticos atinge tanto a capacidade eleitoral passiva


quanto a ativa (José Jairo Gomes, doutrinador de Direito Eleitoral)

- A CF veda a cassação de direitos políticos (é uma reação a fatos ocorridos durante a


ditadura militar): art. 15, caput, CF.

6. Instrumentos de exercício direto da soberania popular

- Art. 14, I, II e III, CF.

- Plebiscito x Referendo: ambos representam uma consulta popular. Contudo, o


plebiscito se dá antes da confecção da norma e o referendo, depois (Ex: plebiscito sobre
a forma de governo e referendo das armas de fogo).

- Iniciativa popular: art. 61, § 2º, CF (Ex: Lei da Ficha Limpa).

PARTIDOS POLÍTICOS

- Conceito

“Organização de pessoas reunidas em torno de um mesmo programa político com a


finalidade de assumir o poder e de mantê-lo ou, ao menos, de influenciar na gestão da
coisa pública através de críticas e oposição.” (Celso Ribeiro Bastos) (PL, 891)

“É uma agremiação de um grupo social que se propõe organizar, coordenar e


instrumentar a vontade popular com o fim de assumir o poder para realizar seu
programa de governo.” (José Afonso da Silva) (PL, 891)

- Fazem a ligação entre o Povo e o Estado (Povo – partidos políticos – Estado).


- São instituições fundamentais para a democracia e para a formação da vontade estatal.

- Receberam um especial tratamento por parte da CF. Foi uma reação à forma como
foram tratados durante o período ditatorial.

- Regras Constitucionais

- Art. 17, CF.

- Casos Relevantes

- Cláusula de Barreira (ADIs 1.351 E 1.354): O STF considerou inconstitucional os


dispositivos da Lei 9.096/95 (Lei dos Partidos Políticos) que restringiam, com base na
análise do desempenho eleitoral, o direito ao funcionamento parlamentar, o acesso ao
horário gratuito de rádio e televisão e a distribuição dos recursos do Fundo Partidário”.
(PL, 893). A ideia da lei era de excluir os partidos nanicos. O STF optou por resguardar
o direito das minorias.

- Verticalização das Coligações (EC 56/2002): A EC nº 56/2002, ao alterar o art. 17, §


1º, CF, acabou com a obrigatoriedade da verticalização das coligações partidárias
(obrigatoriedade de se repetir nos Estados e Municípios as alianças realizadas em
âmbito nacional). A obrigatoriedade havia sido estabelecida por entendimento do TSE
(Consulta n. 715/021).

- Fidelidade Partidária: O STF, julgando os MS 26.602, 26.603 e 26.694 entendeu que


a fidelidade partidária é princípio constitucional que deve ser respeitado pelos
candidatos eleitos. Ou seja: aquele que mudar de partido sem motivo justificado perde o
cargo (o cargo é do partido e não do candidato). A decisão do STF alcançou apenas os
cargos eletivos sujeitos ao sistema proporcional (deputados e vereadores). Porém, o
TSE, no julgamento da CTA 1.407, estendeu o entendimento para os cargos sujeitos ao
sistema majoritário.

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