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A Nova Psicologia
Wilhelm Wundt, na qualidade de fundador da nova ciência da psicologia, é uma das mais
importantes figuras do campo. O conhecimento de sua abordagem da psicologia é vital para
uma compreensão da história desta disciplina. Contudo, mais de um século depois de ele tê-la
fundado, novos dados (ou aprimoramento de dados conhecidos) levaram alguns psicólogos a
concluir que a visão aceita do sistema de Wundit estava errada. Wundit, que tinha “horror a ser
mal-compreendido e mal-interpretado”, sofreu justamente esse destino (Baldwin, 1980, p301).
Muitos artigos publicados nas décadas de 70 e 80 fizeram eco a essa questão. Descrições da
psicologia wunditiana tinha retratado suas posições de maneira imprecisa, por vezes atribuindo-
lhe crenças que eram o oposto do que ele pretendia.
Wundt, escreveu muitos livros e artigos apresentando suas concepções sobre a natureza da
psicologia. O seu sistema estava à vista de todos que tivessem fluência em alemão. As suas obras
mais importantes foram traduzidas para o inglês por seu aluno E.B Tichener, psicólogo inglês.
Tichener, se nomeara a si mesmo seguidor leal de Wundt, declara que Wundt era a sua “fonte
da sua psicologia e o precursor que validava suas credenciais”, portanto, chegou-se a acreditar
que a abordagem psicológica de Tichener, que ele denominou estruturalismo, fosse
essencialmente uma imagem especular da obra de seu mentor Wundt. Pesquisas ulteriores
sobre os escritos de Wundt lançaram dúvidas sobre essa conclusão.
A vida de Wundt – Passou seus primeiros anos em aldeias próximas a Manhein, Alemanha.
Obtinha notas ruins na escola, filho único, pois seu irmão mais velho estava internado. Seu pai
era pastor, não muito sociável. Wundt, passava a maior parte do tempo em devaneios, em vez
de estudar, e foi reprovado no primeiro ano, era ridicularizado pelos professores. Cursou
medicina na Universidade de Tubingen e à Universidade de Heidelberg, onde estudou anatomia,
filosofia, física, medicina e química. Gradualmente, Wundt percebeu que a prática da medicina
não era do seu agrado e passou a se concentrar na filosofia. Em 1855, retornou a Heidelberg
para receber seu doutorado; 1857 a 1864 ocupou cargo de docente de fisiologia; 1858, foi
nomeado assistente de laboratório o qual achou enfadonho, em 1864 então foi promovido a
professor associado e permaneceu na Universidade de Heidelberg por mais de dez anos. No
curso de suas pesquisas fisiológicas, Wundt começou a conceber uma psicologia que fosse uma
ciência experimental e independente. Apresentou em seu livro a sua proposta de inicial de uma
nova ciência da psicologia. Além de descrever seus próprios experimentos originais, que
realizara num tosco laboratório construído em sua casa. Wundit iniciou a mais longa e
importante fase de sua carreira em 1875, ao aceitar o cargo de professor de filosofia da
Universidade de Leipzig onde trabalhou por quarenta e cinco anos. Em 1900 a 1920, Wundt
concentrou se talento a criação da psicologia social; ela serviu para dividir a nova ciência da
psicologia em duas partes, a experimental e a social.
O sistema da Wundt – A Psicologia de Wundt recorreu aos métodos experimentais das ciências
naturais, particularmente às técnicas usadas pelos fisiologistas. O objeto de estudo da psicologia
de Wundt era, em uma palavra, a consciência. Sua concepção da consciência foi que ela inclui
muitas partes ou características distintas e pode ser estudada pelo método da análise ou
redução. Wundt não concordava com a tese de que os elementos da consciência são entidades
estáticas, átomos da mente, passivamente ligados por algum processo mecânico de associação
a qual a consciência era mais ativa na organização do seu próprio conteúdo. Portanto, o estudo
dos elementos, do conteúdo ou da estrutura da consciência, feito isoladamente, só forneceria
o começo da compreensão de processos psicológicos. Devido ao destaque dado à capacidade
auto-organizadora da mente ou consciência, Wundt denominava seu sistema voluntarismo, que
deriva da palavra volição, definida como o ato ou capacidade de desejar.
Os estudos sobre o tempo de reação foram suplementados por pesquisas sobre a atenção e o
sentimento. Para Wundt, a atenção é a mais vívida percepção de apenas uma pequena parcela
do conteúdo total da consciência, em qualquer momento dado. Isso se refere ao que se costuma
denominar de foca de atenção. Os estímulos sobre os quais o foco incide são os mais claramente
percebidos, e são diferentes dos outros elementos presentes no campo visual.
Muller foi um dos primeiros a trabalhar na área iniciada por Ebbinghaus, o estudo experimental
da aprendizagem e da memória, e suas pesquisas verificaram e ampliaram muitas das
descobertas de Ebbinghaus. Abordagem extremamente objetiva; ele a não tinha registros de
introspeções sobre os seus processos mentais enquanto estava voltado para suas tarefas de
aprendizagem. Com base em suas pesquisas, Muller concluiu que associação por contiguidade
não explica adequadamente por si a aprendizagem, já que o sujeito parece buscar ativamente
relações entre os estímulos a serem assimilados. Ele sugeriu que um conjunto de fenômenos
metais, tais como prontidão, hesitação e duvida, tem influência decisiva sobre a aprendizagem.
Bretano foi um dos mais importantes não-wunditianos devido a sua diversidade influencia no
capo da psicologia. Partilhou com Wundt o objetivo de fazer da psicologia uma ciência. Contudo,
enquanto a psicologia de Wundt era experimental, a sua era empírica. Para Brentano, o principal
método da psicologia era a observação, e não a experimentação, embora ele não rejeitasse o
método experimental. Uma abordagem empírica é em geral mais ampla, já que obtém seus
dados tanto de observação e da experiência individual como da experimentação.
Os primeiros escritos estavam voltados para a percepção do espaço, mas a sua obra mais
importante foi Tonpsychogie, que foi publicado em dois volumes. Ele não concordava com
Wundt no tocante a decompor a experiência em elementos. Fazê-lo, argumentava ele, é tornar
a experiência artificial e abstrata, e, portanto, não mais natural. Um aluno propôs a corrente
filosófica da fenomenologia, movimento precursor de outras formas de psicologia,
notadamente da psicologia Gestalt.
Discípulo de Wundt. Kulpe não discutiu o processo mental superior do pensamento. Na época,
sua posição ainda era compatível com a de Wundt. Anos mais tarde ele se convenceu de que os
processos de pensamento podiam ser estudados experimentalmente. A memória, outro
processo mental, superior, fora estudada assim por Ebbinghaus. Se a memória podia ser
estudada em laboratório, porque não o pensamento? A formulação dessa pergunta pôs Kulpe
em oposição direta com com Wundt, o qual enfatizava que os processos mentais superiores não
podiam ser objeto de um estudo experimental. Desenvolveu um método denominado
introspecção experimental sistemática. Ele envolvia a realização de uma tarefa complexa,
depois da qual se pedia aos sujeitos que fizessem um relato retrospectivos dos seus processos
cognitivos durante a realização da tarefa. Em outras palavras, pedia-se aos sujeitos que
realizassem algum processo mental, tal como pensar ou julgar, e depois examinassem de que
maneira tinham pensado ou julgado.