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J.

Sousa / Proelium VII (3) (2012)  297-306


Proelium VII (3) (2012)  297-306

Radiações Ópticas

João Paulo Sousa a, 1


a 
Departamento de Ciências Exactas, Academia Militar, Rua Gomes Freire, 1169-244, Lisboa, Portugal

ABSTRACT

The exposition of workers and the population in general to optical radiations


(of non-ionizing nature) are dangerous to health related diseases as well as for
the well being to those who contact to such physical agent. Due to its specifi-
city, the Law nº. 25/2010, august 30th, stipulates a new juridic regime for the
exposition of optical radiations where are described the general principles of
prevention, exposure limit values (ELV) and health surveillance. The determi-
nation of ELV implies to have reliable knowledgement for the implementation
of appropriate preventive measures and health surveillance. This Law is a
powerful tool to promote safety and health at work (SHW) and for the well
being of the whole population.
Key Words: Optical radiations, Legislation and SHW.

RESUMO

A exposição dos trabalhadores e da população em geral a radiações ópticas (de


natureza não ionizante) são nocíveis para a saúde dos trabalhadores e para o
bem estar de todos aqueles que, directa ou indirectamente, contactam com este
tipo de agente físico. Dada a sua especificidade, a Lei n.º 25/2010, de 30 de
Agosto, veio estabelecer um novo regime jurídico para a exposição a radiações
ópticas, preconizando os princípios gerais de prevenção, valores limite de expo-
sição (VLE) e vigilância da saúde. O cálculo e determinação dos VLE exigem

1
Contactos: Email - joaopsousa1@iol.pt, Tel. - +351 21 498 56 60 (ext. 412683)
Recebido em 11 Janeiro 2012 / Aceite em 23 Fevereiro 2012

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conhecimentos técnicos especializados, mas que cujo o cálculo constituí uma


mais valia para apoiar na implementação de medidas preventivas adequadas e
para a vigilância da saúde. Esta Lei veio fomentar a promoção da segurança
e saúde nos locais de trabalho e na população em geral.
Palavras-Chave: Radiações ópticas, legislação, SST

1.  INTRODUÇÃO

As radiações possuem a característica de ao incidirem sobre a matéria, pro-


vocarem a sua destruição. As radiações pertencem a duas categorias: i) não
ionizantes; ii) e ionizantes (Sousa, 2011).
De acordo com o estipulado na Lei n.º 25/2010, de 30 de Agosto, entende-se
por radiação óptica, a radiação electromagnética na gama de comprimento de
onda (λ) entre 100 nm e 1 mm, cujo espectro se divide em: i) “radiação ul-
travioleta”, toda a radiação óptica com λ entre 100 nm e 400 nm, cuja região
ultravioleta se divide em UVA (315 nm – 400 nm), UVB (280 nm – 315 nm)
e UVC (100 nm – 280 nm); ii) “radiação visível”, a radiação óptica com λ
entre 380 nm e 780 nm; iii) “radiação infravermelha”, a radiação óptica com
λ entre 780 nm e 1 mm, cuja região infravermelha se divide em IVA (780 nm
– 1400 nm), IVB (1400 nm – 3000 nm) e IVC (3000 nm – 1 mm). A tabela
1 representa uma esquematização do tipo de radiações ópticas.
Tabela 1: Classificação das radiações ópticas.

As radiações ópticas têm também, à semelhança de outros agentes físicos e


químicos, Valores Limite de Exposição (VLE) definidos, apresentados em anexo
à Lei 25/2010 de 30 de Agosto.
Esta Lei veio estabelecer as prescrições mínimas para a protecção dos trabalhadores
contra os riscos para a saúde e a segurança devidos à exposição, durante o trabalho,

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a radiações ópticas de fontes artificiais, transpondo a Directiva n.º 2006/25/CE, do


Parlamento Europeu e do Conselho, de 25 de Abril, relativa às prescrições míni-
mas de saúde e segurança em matéria de exposição dos trabalhadores aos riscos
devidos aos agentes físicos (radiação óptica artificial). Esta Lei, aplica-se a todas
as actividades dos sectores privado, cooperativo e social, da Administração Pública
central, regional e local, dos institutos públicos e das demais pessoas colectivas de
direito público, bem como a trabalhadores por conta própria.
No que concerne à vigilância da saúde, sem prejuízo das obrigações gerais
em matéria de saúde no trabalho, compete à entidade empregadora assegurar
a vigilância adequada da saúde dos trabalhadores, com vista à prevenção
de eventuais riscos para a saúde a longo prazo e de contracção de doenças
crónicas e ao diagnóstico precoce de qualquer efeito adverso para a saúde,
resultantes da exposição a radiações ópticas artificiais. Para o caso em que um
trabalhador que tenha estado exposto a radiações ópticas artificiais superio-
res aos valores limite de exposição ou cujo resultado da vigilância da saúde
revelar que sofre de doença ou afecção resultante da exposição a radiações
ópticas artificiais no local de trabalho, a entidade empregadora tem de as-
segurar a realização de exames médicos adequados a essas situações. O não
cumprimento das medidas preconizadas para assegurar a vigilância da saúde
por parte da entidade empregadora, constitui uma contra-ordenação grave em
matéria de Segurança e Saúde no Trabalho (SST).

1.1.  Conceitos Fundamentais


De acordo com o estipulado na Lei n.º 25/2010, de 30 de Agosto, entende-se por:
•  “Exposição radiante (H)” o integral da irradiância em ordem ao tempo,
expresso em Jm-2;
•  “Irradiância (E) ou densidade de potência” o poder radiante incidente por
unidade de superfície sobre uma superfície, expressa em Wm-2;
•  “Laser (amplificação de luz por emissão estimulada de radiação” como
sendo qualquer dispositivo susceptível de produzir ou amplificar uma ra-
diação electromagnética na gama de λ da radiação óptica, essencialmente
pelo processo de emissão estimulada controlada;
•  “Nível” a combinação de irradiância, exposição radiante e radiância a que
o trabalhador está exposto;
•  “Radiação laser” a radiação óptica proveniente de um laser;
•  “Radiação não coerente” a radiação óptica, com excepção da radiação laser;
•  “Radiação óptica” a radiação electromagnética na gama de λ entre 100 nm e 1
mm, cujo espectro se divide nas categorias já mencionada no tópico anterior;

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•  “Radiância (L)” como sendo o fluxo radiante ou a potência de saída por


unidade de ângulo sólido por unidade de superfície, expressa em Wm-2sr-1.

1.2  Princípios Gerais de Avaliação de Risco


Para além dos princípios gerais de prevenção de riscos profissionais consagrados
em legislação específica sobre SST, para o caso específico das radiações ópti-
cas, a Lei n.º 25/2010, de 30 de Agosto, preconiza um conjunto de princípios
gerais de avaliação de ricos, conforme a seguir se enuncia.
•  Em actividades susceptíveis de apresentar riscos de exposição a radiações
ópticas de fontes artificiais, a entidade empregadora avalia e, se necessário,
mede ou calcula os níveis de radiações ópticas a que os trabalhadores possam
estar expostos e, sendo caso disso, identifica e aplica medidas que reduzem
a exposição de modo a não exceder os limites aplicáveis.
•  A avaliação, a medição e o cálculo dos níveis de radiações são efectuadas
de acordo com: i) as normas da Comissão Electrónica Internacional (CEI)
no que respeita a radiações laser; ii) as recomendações da Comissão Inter-
nacional da Iluminação (CII) e do Comité Europeu de Normalização (CEN)
no que respeita às radiações não coerentes.
•  Em caso de exposição não abrangida pelas normas e recomendações referidas
anteriormente, a avaliação, a medição e o cálculo são efectuados de acordo com
directrizes nacionais ou internacionais disponíveis e cientificamente fundamen-
tadas, até que sejam adoptadas normas ou recomendações da União Europeia.
•  A avaliação, a medição ou o cálculo dos níveis de radiação pode ter em
consideração as informações prestadas pelo fabricante do equipamento, no
caso de estar abrangido por regulamentação comunitária.
•  A medição e o cálculo das radiações ópticas são planeados e efectuados por
entidade reconhecida pelo Instituto Português de Acreditação, I.P., com conheci-
mentos teóricos e práticos e experiência suficiente para realizar ensaios, incluindo
a medição dos níveis de exposição a radiações ópticas de fontes artificiais.
•  Constitui contra-ordenação muito grave a violação destes princípios gerais
de avaliação de riscos.

1.3  Avaliação de Riscos


Para o caso de trabalhadores expostos a radiações ópticas, a Lei n.º 25/2010,
de 30 de Agosto, estipula os requisitos a que devem obedecer a avaliação de
riscos, conforme o preceituado abaixo.
•  Em actividades susceptíveis de apresentar riscos de exposição a radiações
ópticas de fontes artificiais, a entidade empregadora avalia os riscos tendo
em consideração, nomeadamente:
-  O nível, a gama de λ e a duração da exposição;

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-  Os VLE apresentados no tópico seguinte;


-  Os efeitos sobre a segurança e saúde de trabalhadores particularmente
sensíveis aos riscos a que estão expostos;
-  Os eventuais efeitos sobre a segurança e saúde dos trabalhadores re-
sultantes de interacção no local de trabalho entre radiações ópticas e
substâncias químicas fotosensibilizantes;
-  Os efeitos indirectos, nomeadamente cegueira temporária, explosão ou incêndio;
-  A existência de equipamentos de substituição concebidos para reduzir os
níveis de exposição a radiações ópticas de fontes artificiais;
-  As informações adequadas resultantes da vigilância da saúde, incluindo
informação publicada;
-  As fontes múltiplas de exposição a radiações ópticas artificiais;
-  A classificação atribuída ao laser, em conformidade com a norma CEI
pertinente, ou qualquer classificação semelhante no caso de fonte artificial
susceptível de causar danos similares aos de um laser de classe 3B ou 4;
-  As informações prestadas pelos fabricantes de fontes de radiações ópticas e
de equipamento de trabalho associado, de acordo com a legislação aplicável.
•  A avaliação de riscos deve ser registada em suporte de papel ou digital e,
se a natureza e a dimensão dos riscos relacionados com as radiações ópticas
de fontes artificiais não justificarem uma avaliação mais pormenorizada,
conter uma justificação do empregador.
•  A avaliação de riscos é actualizada sempre que haja alterações significativas
que a possam desactualizar ou o resultado da vigilância da saúde justificar
a necessidade de nova avaliação.
•  Sempre que sejam ultrapassados os VLE, a periodicidade mínima da ava-
liação de riscos é de um ano.
•  É considerado contra-ordenação muito grave a violação da avaliação de riscos.

1.4  Redução da Exposição


A Lei n.º 25/2010, de 30 de Agosto, preconiza um conjunto de medidas con-
ducentes à redução da exposição.
•  A entidade empregadora utiliza todos os meios disponíveis para eliminar
na origem ou reduzir ao mínimo os riscos de exposição dos trabalhadores
a radiações ópticas de fontes artificiais, de acordo com os princípios gerais
de prevenção legalmente estipulados.
•  Se o resultado da avaliação de riscos indicar que os VLE foram ultrapassados, o
empregador aplica medidas técnicas ou organizativas que reduzam ao minímo a
exposição dos trabalhadores e assegurem que aqueles valores não são ultrapassados.

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•  As medidas técnicas de prevenção, englobam: i) a utilização de métodos de


trabalho alternativos que permitam reduzir a exposição; ii) a escolha de equi-
pamento em função do trabalho a realizar que emita menos radiações ópticas;
iii) a aplicação de medidas que reduzem as emissões de radiações ópticas,
incluindo, se necessário, encravamentos, blindagens ou mecanismos semelhantes
de prevenção da saúde; iv) a aplicação de programas adequados da manu-
tenção do equipamento, do local e dos postos de trabalho; v) a concepção e
disposição dos locais e postos de trabalho; vi) a organização do trabalho com
limitação da duração e nível de exposição; vii) a utilização de equipamentos
de protecção individual (EPI) adequados; viii) as instruções do fabricante do
equipamento, no caso de este estar abrangido por regulamentação ncomunitária.
•  Os locais de trabalho onde os trabalhadores possam estar expostos a níveis
de radiações ópticas de fontes artificiais superiores aos VLE são sinaliza-
das de acordo com a legislação aplicável à sinalização de SST, bem como
delimitados e de acesso restrito sempre que tal seja tecnicamente possível.
No que concerne à informação, consulta e formação dos trabalhadores, sem pre-
juízo do disposto na legislação geral em matéria de informação e formação, o
empregador assegura aos trabalhadores expostos aos riscos resultantes de radiações
ópticas de fontes artificiais, assim como aos seus representantes para a SST, a
informação e formação adequada sobre: i) riscos potenciais para a segurança e
saúde derivados da exposição a radiações ópticas durante o trabalho; ii) VLE e
potenciais riscos associados; iii) resultados das avaliações e das medições e dos
cálculos dos níveis de exposição a radiações efectuadas de acordo com o estipulado
em legislação específica, acompanhados de uma explicação do seu significado e
do risco potencial que representam; iv) utilidade e forma de detectar e notificar
os efeitos negativos para a saúde resultantes da exposição; v) situações em que
os trabalhadores têm direito à vigilância da saúde; vi) práticas de trabalho seguras
que minimizem os riscos de exposição; vii) utilização correcta dos EPI adequados.
A informação deve, tendo em conta o resultado da avaliação, ser prestada de
forma adequada, oralmente ou por escrito, nomeadamente através de forma-
ção individual dos trabalhadores, e ser periodicamente actualizada de modo
a incluir qualquer alteração verificada. O empregador assegura a informação
e a consulta dos trabalhadores e dos seus representantes para a SST sobre a
aplicação das disposições legislativas, designadamente sobre a avaliação dos
riscos e as medidas a tomar para reduzir a exposição.

2.  VALORES LIMITE DE EXPOSIÇÃO

O resultado da medição da exposição de um trabalhador a radiações ópticas deverá


ser comparado com valores de referência designados por Valores Limite de Exposi-
ção (VLE). Estes VLE são estabelecidos em função do resultado de estudos sobre

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saúde e em considerações biológicas existentes, que garantam aos trabalhadores


expostos a radiações ópticas de fontes artificiais, a protecção contra os efeitos no-
civos conhecidos para a saúde e que não podem, em caso algum, ser ultrapassados.
A observância dos VLE deverá proporcionar um elevado nível de protecção no que se
refere aos efeitos sobre a saúde que podem resultar da exposição a radiações ópticas.
Os valores de exposição à radiação óptica relevantes de um ponto de vista
biofísico podem ser determinados utilizando as fórmulas mencionadas nos anex
os I e II da Lei 25/2010 sendo depois comparados com os VLE também ai
apresentados, sendo que para uma dada fonte de radiação óptica pode haver
mais que um valor limite de exposição.
Os órgãos mais afectados pela exposição às radiações ópticas são a pele e o
olho, daí os VLE definidos o serem para estes dois órgãos.
Os VLE são apresentados relativamente à radiação óptica não coerente (radiação
óptica com excepção da laser) e relativamente à radiação laser sendo que, para
esta, são considerados diferentes VLE, a saber, exposição do olho, curta duração
(tempo inferior a 10 segundo), exposição do olho, longa duração (tempo igual
ou superior a 10 segundo) e exposição da pele.
Atendendo à multiplicidade de valores existentes, apresentam-se apenas a
título exemplificativo alguns deles, nas tabelas 2 a 5, para cada uma das
exposições acima indicadas.
Refira-se que a Lei 25/2010 apresenta ainda, em anexo, um conjunto de outras
tabelas e informação necessária ao cálculo de determinados parâmetros.

Tabela 2: Valores limite de exposição para radiação óptica não coerente.

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Tabela 3: Valores limite de exposição para radiações laser - Exposição de curta duração < 10 s.

*Consultar Lei 25/2010


Tabela 4: Valores limite de exposição para radiações laser - Exposição de longa duração ≥ 10 s.

Tabela 5: Valores limite de exposição para Exposição da pele ao laser.

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3.  VIGILÂNCIA DA SAÚDE

Como já foi mencionado anteriormente, as radiações ópticas são prejudiciais para


todos aqueles que a elas estão expostos. Por isso, sem prejuízo das obrigações
gerais em matéria de SST, a entidade empregadora deve assegurar a vigilância
adequada da saúde dos trabalhadores, com vista à prevenção de eventuais riscos
para a saúde a longo prazo e de contração de doenças crónicas e ao diagnóstico
precoce de qualquer efeito adverso para a saúde, resultantes da exposição a
radiações ópticas artificiais. No caso de trabalhador que tenha estado exposto a
radiações ópticas artificiais superiores aos VLE ou cujo resultado da vigilância
da saúde revelar que sofre de doença ou afecção resultante da exposição a ra-
diações ópticas artificiais no local de trabalho, a entidade empregadora assegura
a realização de exames médicos adequados a essas situações.
Se a vigilância da saúde revelar efeitos adversos para a saúde do trabalhador,
compete ao médico do trabalho informar o trabalhador do resultado e prestar-
lhe informações e recomendações sobre a vigilância da saúde a que deva
submeter-se, terminada a exposição. Compete também a este profissional de
saúde comunicar ao empregador o resultado da vigilância da saúde com inte-
resse para a prevenção de riscos, sem prejuízo do sigilo profissional a que se
encontra vinculado.
O empregador, sempre que ocorra risco de exposição a radiações ópticas de
fontes artificiais, deve: i) repetir a avaliação de riscos; ii) rever as medidas
adoptadas para eliminar ou reduzir o risco; iii) aplicar as medidas necessárias,
com base no parecer do médico do trabalho, para eliminar ou reduzir os riscos;
iv) promover a vigilância contínua da saúde e assegurar o exame de saúde de
qualquer outro trabalhador que tenha estado exposto de forma idêntica, nome-
adamente a realização de exames médicos adequados.
No caso do trabalhador exposto a radiações ópticas artificiais superiores aos
VLE, devem ser tomadas as medidas anteriormente descritas. O trabalhador
tem acesso, a seu pedido, ao registo de saúde que lhe diga respeito. A não
vigilância da saúde, constitui uma contra-ordenação grave.

4.  CONCLUSÕES

Com a publicação, em 2006, da Directiva 2006/25/CE do Parlamento Europeu


e uma vez já aprovadas as directivas sobre ruído, vibrações e campos elec-
tromagnéticos, encerrou-se o bloco legislativo destinado a regular a exposição
dos trabalhadores aos agentes físicos.
A transposição daquela directiva para o normativo interno português foi feita
através da Lei 25/2010, de 30 de Agosto, sendo estabelecidas disposições

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mínimas para proteger os trabalhadores contar os riscos para a sua saúde deri-
vados da exposição a radiações ópticas de origem artificial, bem como VLE’s
cujo cumprimento garantirá que os trabalhadores expostos a fontes artificiais
de radiação óptica, estão protegidos contra todos os efeitos adversos para a
saúde, que se conhecem.
A este tipo de radiações podem estar expostos trabalhadores que desenvolvem
a sua actividade como soldadores, sopradores de vidro, ou em trabalhos com
laser, de esterilização UV, de limpeza de circuitos impressos, entre outros.
Em termos de danos para a saúde, os mesmos ocorrem essencialmente em
órgãos como a pele e os olhos podendo levar a conjuntivites, cataratas, lesões
na retina, cancro de pele, eritemas, envelhecimento prematuro da pele.
Assim, as entidades empregadoras têm determinadas obrigações como sejam a
avaliação de riscos, a sua redução, a vigilância da saúde dos trabalhadores e a
sua formação e informação, contempladas na Lei sobre a qual incidiu este artigo.

5.  REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Sousa, J.P. (20/2). Radiações ionizantes. Revista Proelium, FALTA NÚMERO,


FALTAM PÁGINAS.
Lei n.º 25/2010, “Estabelece as prescrições mínimas para protecção dos traba-
lhadores contra os riscos para a saúde e a segurança devidos à exposição,
durante o trabalho, a radiações ópticas de fontes artificiais, transpondo a
Directiva n.º 2006/25/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 5 de
Abril”, DR 1ª. Série, 168, de 30 de Agosto de 2010.
Silverthon, D.E. (2001). (2ª Ed.). New Jersey: Prentice-Hall.
www.insht.es

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