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INTRODUÇÃO: LENTES SEXUAIS

Bancos das pontas: procure óculos e passe adiante. Veja como vemos as mesmas
coisas, mas enxergarmos diferentes por causa das lentes usadas. Com sexo é igual!
1. essa lente é “cosmovisão”, forma de enxergar tudo
2. antes de ir à Bíblia, quero gastar tempo nas cosmovisões sexuais
3. entendendo como as culturas viram e veem o sexo
4. ex: outdoor com modelo seminua pra nós é normal
a. mas há 80 anos, seria um crime
5. o que mudou? Cosmovisão
6. pois o que pensamos do sexo não é “natural” ou nosso
7. mas é cosmovisão do nosso tempo, que aprendemos
8. precisamos primeiro descobrir cosmovisão que nos foi ensinada
9. mini-aula de História, mas mais que isso: nos ajudará a pensar tudo!

COSMO. TRADICIONAL (ANTIGUIDADE/IDADE MÉDIA)


– antes de Cristo a 1500 d.C
Desde antes de Cristo e por mais de mil anos de cristianismo, houve mudanças na
forma de enxergar sexo, mas havia muitos valores compartilhados
1. religião e Igreja Católica era principal autoridade da sociedade
2. não havia grandes cidades, e sociedade era basicamente rural
3. família, fé e tradições governavam visão de mundo e sexo

Principais valores e seus efeitos na visão do sexo


Na cosmovisão da Antiguidade Ocidental, mistura de valores positivos e negativos. Há
muitas mudanças ao longo dos séculos, mas iremos simplificar assim:
a. família é lugar de formação do indivíduo > respeito, dignidade
b. casamento é para unir famílias, e não apenas indivíduos > grande
estabilidade no casamento
- famílias escolhem ou têm enorme influência na escolha do casal
- não havia essa ideia de “romance”; casamento era uma aliança social de
duas famílias/grupos, e não meramente entre dois indivíduos
c. Visão espírito/carne > sexo é considerado sujo e serve só para procriar
- não era bem visto homem e mulher terem prazer no sexo
- sexo era o pecado original
- castidade e pureza sexual eram muito valorizadas
d. Gêneros hierarquizados > mulher era inferior e servia para ter filhos.
- mulher era produto; estupros, violência contra elas e etc
- ter amantes era normal, e muitos homens iam a bordéis para ter prazer
TÁ BEM FRACA ESSA PARTE. PRECISO PESQUISAR MAIS

: ANTIGUIDADE ERA SÓ PROMESSA (SACRIFÍCIO PELO OUTRO, ENTREGA,


PROMESSA, CONTRATO, COMUNIDADE, INCONDICIONALIDADE)

COSMO. MODERNA/ROMÂNTICA (1500 a 1960 d.C)


Com Modernidade, o pensamento religioso e tradicional vai sendo questionado. A
razão, e não mais tradição ou Deus, vira principal autoridade e centro da sociedade
1. Iluminismo, racionalismo, filosofia e ciências vão ganhando força
a. e Igreja e religião vão perdendo força para definir muitas coisas
2. aumento do comércio e das cidades
3. agora, foco é no indivíduo, não mais na família
4. e no que ele pensa e escolhe racionalmente
5. entre anos 1780 a 1900, surge o Romantismo
6. critica excesso de razão objetiva e prioriza sentimentos, desejos, subjetividade

Principais valores e seus efeitos na visão do sexo


a. indivíduo ganha mais autonomia para refletir, agir e escolher > aumento das
opções de vida, carreira, amores e etc
b. “paixão, romance e felicidade” se tornam centrais no casamento > relações
baseadas em atração e escolha pessoal, e que se tornam mais instáveis
- afinal, família tem menos importância e influência
- Hollywood tiram sua visão de romance desse movimento
c. sexo era visto__________________________________
d. mulher era vista _______________________________
e. grande ênfase na expressão dos sentimentos individuais
- o subjetivismo artístico e romântico dos séculos XVII e XVIII para de olhar para
a realidade criada e começa a se tornar “criador de realidades interiores/internas e logo,
individual”. Há um olhar para dentro, para o que se sente. Quando levamos essa lógica para
o sexo, é a mesma coisa: o foco é na expressão do “eu”. Há o abandono de uma visão de
mundo global (cosmovisão cristã, onde há uma Realidade Última que explica e dá ordem a
todas as coisas) para uma visão fragmentada e individualista da realidade, que se manifesta
inclusive na sexualidade. Arte abstrata, e não mais concreta, porque não veem sentido na
realidade externa, nem beleza, ordem ou sentido
Eles pensaram que os seres humanos em seu estado original intocado estavam
transbordando com bondade natural e criatividade; foi a sociedade que a sufocou. A bondade
seria alcançado liberando os instintos primários básicos, que eram em si mesmos puros.
Oposição Romantismo era o vitorianismo, a suposição de que a bondade poderia ser
alcançada apenas suprimindo os instintos primitivos, que em si mesmos eram malignos.
Enquanto a primeira perspectiva vê o sexo como um impulso biológico inevitável e a segunda
visão vê isso como um mal necessário, a última visão vê o sexo como um modo crítico de
auto-expressão, uma maneira “seja você mesmo” ou “encontre-se”. Para os realistas
biológicos, todo o sexo está certo, se for seguro. Para Platonistas, a carne inibe o espírito,
então o sexo é naturalmente contaminado de alguma forma. Para românticos, a qualidade do
amor interpessoal é a principal pedra de toque que torna o sexo certo ou errado

As grandes mudanças no casamento, segundo Ariès (1987), se iniciam com a modernidade. A


valorização do amor individual, presente na ideologia burguesa, estabelece o casamento por amor,
amor-paixão, com predomínio do erotismo na relação conjugal. Esse novo ideal de casamento impõe
aos esposos que se amem ou que pareçam se amar e que tenham expectativas a respeito do amor e
da felicidade no matrimônio. Essa imposição teve muitas conseqüências e contradições. Uma delas é
que acabou criando uma armadilha para os casais na medida que se acentuaram as “idealizações” e
conseqüentemente os conflitos resultantes da desilusão pelo não atendimento das expectativas.
Como o amor-paixão em geral não dura, o amor conjugal ligado a ele também não
dura. O divórcio então, coloca-se como uma possibilidade,
Ao contrário do amor conjugal que aumentava com o tempo, o amor-paixão tende a
acabar com o tempo
Para alguns teóricos do início da era moderna, a procriação deixa de ser a finalidade
principal do casamento, e os propósitos econômicos e psicológicos do casal passam a ser os
objetivos centrais

Foi uma época de transição gradual entre cosmovisão tradicional e a próxima

COSMOVISÃO PÓS REVOLUÇÃO SEXUAL (1960 até hoje)


Modernidade questionou ideias tradicionais e religiosas em muitas áreas (ciências,
política, sociedade e etc) mas muito da moral sexual permaneceu similar
1. até 1960, visão sexual era bem influenciada pela visão cristã
2. ainda que fosse mais livre que na Idade Média, valores centrais ainda eram...
(a) casamento monogâmico, (b) sexo como algo entre marido e mulher
(c) heterossexualidade, (d) sexo é um assunto privado

Isso muda radicalmente nos anos 60 com Revolução Sexual. Houve grande inovações
na área da sexualidade, que mudaram radicalmente o que pensamos sobre sexo
(a) pílula anticoncepcional, (b) ideia de que sexo não precisa do casamento
(c) ter vários parceiros se torna normal
(d) mídia e propaganda de massa, criando cultura à parte da família e religião

1. lema da época era “amor livre” e “liberdade sexual”


a. Beatles: “tudo o que você precisa é amor”
2. dai surgiram vários movimentos políticos e sociais
3. grupos LGBT, feminismo, grupos libertários
HEDONISMO: “você tem o direito de ser feliz, custe o que custar” – esposas
largando maridos, maridos abandonando famílias, traições e etc tudo no altar do
“direito à felicidade”. A ideia parece boa, não? Você tem direito a ser feliz! Mas quem
define os limites pra isso? E quando eu “sou feliz” fazendo sexo com crianças?. “Ah,
mas quando isso afeta o outro, aí é o limite”. Mas divórcio, sexo fora do casamento e
traições não afetam o outro?

INDIVIDUALISMO: “você é que define o que é certo e bom”. Não existe mais “certo
e errado” absolutos; “certo” é o que te faz bem e “errado” é o que te faz mal. Não há
mais um padrão exterior e anterior a nós. Cada um define a forma como prefere viver
Segue-se desse princípio, que o assentimento da vontade, ou o consentimento livre, é
o critério da moral sexual, e que tudo o que limita a liberdade na busca de realização
sexual passa a ser imoral
“Que nada nos limite, que nada nos defina, que nada nos sujeite. Que a liberdade seja a
nossa própria substância, já que viver é ser livre” (Beauvoir)
segundo o filósofo americano Alan Soble uma ética sexual secular caracteriza-se pela
autodeterminação, o prazer, e a regra da escolha autêntica: “Para um filósofo da
sexualidade liberal-secular o paradigma do ato sexual moralmente errado é o
estupro, no qual uma pessoa força a si mesma sobre outra e usa ameaçar para coagi-
la ao engajamento em uma atividade sexual. Em contraste, para o liberal, qualquer
coisa feita voluntariamente entre duas ou mais pessoas é geralmente moralmente
permissível”. (Soble, 2004).
Ora, no centro da visão moderna e hipermoderna (ou pós-moderna, para os que
preferem assim) de mundo está a afirmação da vontade do indivíduo sobre o mundo e a
ruptura de toda restrição ou limitação exterior. Errado, então, é não ter liberdade para
transar – e transar sem vontade

ROMANTISMO: “o amor é um sentimento e a relação só deve durar enquanto


houver amor”.
O romantismo alemão do século XVIII fez da EXPERIÊNCIA uma forma de
epistemologia: a ideia de que sentir/experimentar é o que define a verdade objetiva

EXPRESSIVISMO:
AMOR PELA INOVAÇÃO: O que é melhor é o que é novo, foi criado agora, e tudo que
é mais antigo que nós é tachado de “conservador”
“NATURALIZAÇÃO” DO SEXO. O sexo não tem mais a ver com moral, certo,
errado, Deus, família ou casamento: o sexo é só um desejo, exatamente como a
fome e a sede, que precisa ser saciado. É uma mera questão de biologia e desejo
O SEXO É APENAS UM APETITE NATURAL. Muitos dos antigos gregos e romanos viam
o sexo como semelhante a qualquer outra atividade corporal,
como comer ou dormir. Quando você tiver vontade de fazer isso, você deve fazer isso
- só tome cuidado
exagerar, como com todos os apetites. Essa visão moderna do sexo foi chamada de
"realismo".
Os realistas afirmam ser neutros em relação ao sexo; eles veem isso como apenas
uma atividade humana entre muitos,
mas um que deve ser desmistificado. Sua mensagem, proeminente no sexo da escola
pública de hoje
educação, é que devemos entender o impulso biológico natural do sexo, perceber que
se nós
não são cuidadosas a atividade sexual pode ter conseqüências negativas, dominá-lo
como qualquer outra habilidade,
e ser responsável.

HIPER SEXUALIDADE:
A Bíblia afirma que nossa identidade é sermos “Imagem e Semelhança” de Deus
como homens ou mulheres, isso é, somos seres espirituais que habitam em um
mundo criado por Deus. Freud, entretanto, causa uma revolução no Ocidente ao
aplicar uma ideia do romantismo alemão e dizer que na verdade o ser humano é um
ser sexual acima de tudo. Não somos definidos por Deus, mas por nossas pulsões
sexuais que podem ser hétero ou homossexuais. A orientação da sua sexualidade é
quem você “realmente é” a partir daí

CONSUMISMO E FALTA DE CONTROLE (melhorar o nome desse tópico)


Mas o que significa “liberdade” numa sociedade utilitarista e consumista, que destrói
sistematicamente a capacidade humana de resistir a seus desejos e sonhos de
felicidade? O indivíduo hipermoderno é um fraco, incapaz de amar o que deve amar e
de odiar o que deve odiar, treinado desde a infância a investir todas as suas energias
na busca da satisfação emocional. É um indivíduo dependente do consumo e do
entretenimento, buscando a felicidade sem virtude. Poucos colocam o problema tão
bem quanto Lipovetsky:
“O relaxamento dos controles coletivos, as normas hedonistas, a escolha da primeira
qualidade, a educação liberal, tudo isso contribuiu para compor um indivíduo
desligado dos fins comuns e que, reduzido tão-só às suas forças, se mostra muitas
vezes incapaz de resistir tanto às solicitações externas quanto aos impulsos internos.
[…] Por toda parte, a tendência ao desregramento de si acompanha a cultura de livre
disposição dos indivíduos entregues à vertigem de si próprios no supermercado
contemporâneo dos modos de vida. À medida que se amplia o princípio de pleno
poder sobre a direção da própria vida, as manifestações de dependência e de
impotência subjetivas se desenvolvem num ritmo crescente. O que se representa na
cena contemporânea do consumo é tanto Narciso libertado quanto Narciso
acorrentado.” (Lipovetsky, 2008, p. 127).
Paradoxalmente, como Lipovetsky aponta, o homem produzido pelo giro narcísico da
modernidade é como um astronauta que depois de viver por meses seguidos
flutuando livre das forças gravitacionais, sofre a diminuição de sua musculatura e mal
pode caminhar na terra firme; é um homem incapaz de dizer não às solicitações
externas e impulsos internos, inclusive e, talvez, especialmente, no campo dos
impulsos sexuais. Nesse contexto, seria racional falar em “consentimento livre de
pessoas adultas”? Como avaliar se essas pessoas são realmente livres?

Anthony Giddens em “A transformação da Intimidade”(1993). Segundo ele, as novas formas


de relacionamento que resultaram dessas mudanças têm como base a igualdade e os
princípios democráticos
A “sexualidade plástica” é uma sexualidade descentralizada, liberta das necessidades de reprodução.
Tem origem na tendência à redução da família, iniciada no final do século XVIII, e desenvolve-se mais
tarde com a difusão da contracepção moderna e das novas tecnologias reprodutivas

O individualismo expressivo é a crença de que a maior lealdade de um indivíduo deve ser


para si mesmo. A verdadeira felicidade, dessa perspectiva, é obtida pela expressão e
realização da identidade central, que inclui os desejos, pensamentos e crenças mais
profundos da pessoa. Para os individualistas expressivos, a tradição social e moral deve
desencorajar comportamentos que resultem em danos demonstráveis aos outros, ou
comportamentos que dificultem a capacidade da outra pessoa de expressar livremente sua
identidade pessoal. Os individualistas lutam por autenticidade em suas vidas, e muitas vezes
acreditam que as normas sociais devem facilitar a autenticidade pessoal, celebrando os
desejos únicos do eu. Qualquer tipo de estrutura social ou moral que não considere e celebre
os desejos, inclinações ou aspirações singulares de um indivíduo é, portanto, uma forma de
tirania social. Em outras palavras, se eu for o centro da minha realidade e conhecer essa
realidade melhor que qualquer outra pessoa, uma crença corolária é que os outros não têm o
direito de criticar como eu vivo. (…) Se o individualismo está correto, torna-se irresponsável
para mim permitir que outros imponham suas crenças morais e padrões a mim ... Assim, o
individualismo determina que eu me torne a fonte autorizada do que é certo e errado para
mim. O maior bem do individualismo expressivo é a auto-realização, onde a pessoa é capaz
de expressar plenamente e agir de acordo com seus desejos e aspirações mais
elevadas, sejam eles quais forem . A suposição que fundamenta essa crença é que seus
desejos e inclinações são construídos em você como pessoa e constituem sua identidade
pessoal. Para que as normas sociais e as tradições morais lhe digam que suas aspirações ou
desejos não devem ser perseguidos, é para lhe dizer que você não deveria ser você mesmo –
EXPRESSIVISMO E AUTO-REALIZAÇÃO

A partir de Freud (há outros, mas ele em especial) dissemina-se a ideia de que
“felicidade” consistiria na satisfação dos desejos libidinosos. A felicidade então é uma
busca pela qual a gente tenta buscar o máximo de prazer possível dentro das nossas
possibilidades. A partir daí, a busca por prazer sexual ganha legitimidade,
centralidade e condição indispensável pra saúde moral; esse é o caminho da
felicidade e a razão máxima da própria existência. Quem tentar te impedir de ter
acesso a esse prazer está, portanto, te oprimindo e te impedindo de buscar a
felicidade e a sua própria identidade, o seu “ser”, que teoricamente é definido e
achado no prazer sexual. Você tem que ser “totalmente livre” para expressar sua
sexualidade. Essa é a gênese do movimento hedonista (prazer trará felicidade) que
transformou tudo em produto a ser consumido, inclusive a própria sexualidade.

Novos tipos de mídia, como o cinema e a televisão, criam oportunidades para a


visualização de estímulos sexuais, como nunca antes. Os contatos cada vez maiores
entre as sociedades, graças à comunicação global e ao comércio, inevitavelmente
criam tensões, à medida que colidem diferentes padrões sexuais. Novas ideias sobre
os direitos humanos geram debates sobre o tratamento de certos tipos de minorias
sexuais; esses debates são particularmente vigorosos em algumas sociedades, muitos
deles adquirem ressonância global. Mudanças nos padrões de trabalho e coeducação,
com mais e mais mulheres estudando e trabalhando fora de casa, graças à
industrialização e à urbanização globais, criam oportunidades para interações
sexualmente relevantes, mas também preocupações quanto à regulação apropriada
dos comportamentos – o novo e moderno conceito de assédio é uma resposta
importante. Em meio a essas e outras mudanças fundamentais, muitas sociedades e
indivíduos reagem com indignação, buscando se defender contra as inovações
inadequadas em uma das áreas mais íntimas, embora potencialmente sacrossantas,
da vida humana.
Muitas das mudanças no panorama desenvolveram novos códigos de comportamento sexual,
muitos dos quais tornaram-se a regra geral de comportamento. [2]
A liberação sexual inclui uma maior aceitação do sexo fora das
relações heterossexuais e monogâmicas tradicionais (principalmente do casamento).
[3]
A contracepção e a pílula, nudez em público, a normalização da homossexualidade e outras
formas alternativas de sexualidade e a legalização do aborto foram fenômenos que começaram a
ganhar força nas sociedadesocidentais.[4][5]
No final dos anos 1970 e 1980, a recentemente conquistada "liberdade sexual" foi explorada pelo
grande capital, que procurou lucrar numa sociedade mais aberta com o advento
da pornografia pública
Seu desenvolvimento aconteceu no mundo moderno, que assistiu a uma perda significativa
do poder de valores de uma moral enraizada na tradição cristã e à ascensão das sociedades
permissivas, que começaram a aceitar uma maior liberdade e experimentação sexual que se
espalharam por todo o mundo, fenômeno este sintetizado pela expressão amor livre.
Este dispositivo de comunicação de massa, juntamente com outros meios de comunicação
como rádio e revistas, podia transmitir informações em questão de segundos a milhões de
pessoas, enquanto que apenas algumas poucas pessoas ricas influentes controlavam o que
milhões de pessoas que iriam assistir. Alguns têm agora a teoria de que talvez esses meios
de comunicação social tenham ajudado a difundir essas novas idéias entre as massas.

Revolução Industrial no século XIX e o crescimento da ciência, tecnologia, medicinae saúde,


resultou em melhores métodos anticoncepcionais. Os avanços na fabricação e na produção
da borracha tornou possível a concepção e produção de preservativos que podem ser usados por
centenas de milhões de homens e mulheres para evitar a gravideza um custo reduzido.
Avanços na produção de aço e na imunologia tornou o aborto prontamente disponível e menos
perigoso. Avanços em química, farmacologia e em conhecimentos de biologia e fisiologia
humana levaram à descoberta e ao aperfeiçoamento dos primeiros anticoncepcionais também
conhecido como "pílula". Comprar ou adquirir um afrodisíacos e/ou brinquedos sexuais se tornou
"normal". O sadomasoquismo ("S&M") ganhou popularidade e o divórcio unilateral tornou-se legal
e fácil de obter em muitos países durante os anos 1960 e 1970.

de produção de um indivíduo que se autoconstrói, cada vez mais autônomo;


autônomo dos antigos parâmetros que lhe davam segurança e orientação. Com isso
pretende-se dizer que esse processo de individualização que perpassa diversas
esferas na segunda modernidade, além da religiosa, está também intimamente ligado
à vitória planetária do capitalismo, que desde a derrota do comunismo no fim da
União Soviética, prevalecera global e imediatamente na sobreposição de valores e
princípios neoliberais de organização da vida material e imaterial, como apontam
alguns autores – mesmo que em medidas diferentes. Como ponderara Wendy Brown
(2007; 2009; 2015; 2017), é inegável que o triunfo do neoliberalismo implicou a
desconstrução do demos, ou como escreve, “a demolição conceitual da democracia e
sua evisceração substantiva” (BROWN, 2015, p. 9, tradução nossa), e com isso,
substituiu a preocupação cidadã para com o bem público para um tipo de cidadania
baseada na afirmação do homo economicus, individualizado e individualizante

Esse hiperindividualismo, por sua vez, resultaria não só no esvaziamento dos valores
universais da vida comum, como também, e consequentemente, no desmantelamento e
descrédito das antigas formas de regulação social, na diminuição de sua importância,
enfraquecendo assim unidades como a família, o Estado-nação, os partidos políticos, os
sindicatos e todas outras instituições e organizações,

O CENÁRIO HOJE: CONCLUSÃO DAS


COSMOVISÕES CULTURAIS
Depois de 50 anos da Revolução Sexual, qual é o cenário da sexualidade hoje? Por
um lado, nunca na história humana houve tanta liberdade e opções para o sexo
1. não há quase mais nenhuma restrição sexual hoje
a. milhões de sites com pornografia de todo tipo
b. você pode ter dezenas de parceiros, sem problema
(a) anticoncepcional, (b) proteção contra doenças, (c) apps
c. você pode ter o tipo de orientação que quiser
d. você pode experimentar o que quiser, quando quiser
2. não haverá restrições políticas, jurídicas
3. e cada vez menos, há restrições morais
4. única coisa “errada” é sexo não-consensual; de resto, liberado
5. de fato, nunca houve tanta liberdade!

E o que essa extrema liberdade tem trazido para nós? Vamos ver alguns números?
Estupros:
Vício em pornografia:
Doenças venéreas:
Gravidez na adolescência:
Pedofilia e abuso sexual:
- criação da Associação de Pedófilos (Holanda)
Violência entre casais:
Divórcios e filhos criados longe dos pais:
Depressão:
Suicídios:
Prostituição:
Abortos:
Insatisfação sexual:
Menor interesse por sexo:

Sociedade diz que precisamos de ainda mais liberdade, que a causa desses problemas
não é o sexo, mas que ainda há valores religiosos dos quais precisamos nos libertar...
1. mas olhe pra esses números
2. nunca tivemos tanta liberdade sexual!
3. e sexo nunca pareceu tão nocivo, doentio, violento, desumano, mecânico...
4. e tudo isso é resultado dessa pretensa “liberdade”
5. pense em um peixe que vive totalmente livre na água
6. um dia percebe: não é totalmente livre! A água o oprime!
7. ele sai dela, mas logo começa a sufocar e morre
8. porque? Porque essa “liberdade total” na verdade o sufoca e mata
9. ele é verdadeiramente livre quando vive sob as restrições certas
10. com o sexo é a mesma coisa: a tal “liberdade total” nos matará
11. não acredite na ideia de que “não há nada perigoso no sexo,
tirando doenças e filhos”
12. o sexo é extremamente potente
a. se bem usado, fará um bem danado
b. se mal usado, destrói quem o usa

E então, a resposta é voltar para a visão moralista, tradicional, marcada pelo


machismo? Não, mas para o modelo criacional
1. visão diferente da cosmovisão tradicional, romântica e pós-moderna

COSMOVISÃO SEXUAL CRIACIONAL


1. O DEUS CRIADOR É UMA UNIÃO DE TRÊS (Gn 1.1)
Para falar do modelo criacional, começamos falando de QUEM CRIA: Deus, o Criador
de tudo e também do sexo, é uma união de Três Pessoas em um único Ser Divino
Gn 1.26: “façamos o

Para falar do modelo criacional de sexo, precisamos começar com QUEM CRIA.
1. Deus cria o sexo, e Ele é uma união de três Pessoas em um único ser. Essa é
a Trindade, uma união de três que se fazem um. Não são três deuses, mas apenas
um. Há unidade na diversidade. Há um mistério aqui. Por isso Ele fala em Gn 1:
"façamos o homem à nossa imagem e semelhança" ("homem" aqui é Humanidade,
não macho)
Porque isso é importante? Porque o sexo e a uniao sexual serão uma ilustração,
um reflexo do que é a Trindade. Assim como a Trindade são três que formam um, no
casamento os dois viram uma só carne. O casamento é uma ilustração de quem é
Deus. O sexo está envolvido nesse contexto, e por isso o sexo é profundamente
espiritual. Há algo de misterioso e único no sexo, quando homem e mulher se juntam
formando UM
A Trindade existe em eterna comunhão, harmonia, amor e serviço um ao outro.
Jesus fala disso em João: "faço o que o Pai me manda e me alegro nEle". Não há
conflito dos três, mas perfeita harmonia
cristãos não têm qualquer motivo para se sentir intimidados em uma sociedade que os acusa
de manter uma cosmovisão arcaica, pois embora os acusadores não percebam, o fato é que
eles também abraçam uma cosmovisão que é tão antiga quanto a queda, ou seja, a
cosmovisão pagã. Em segundo lugar, há que se atentar para o fato de que, quando a igreja
não distingue entre essas duas cosmovisões, ela facilmente se deixa seduzir por propostas,
atitudes e comportamentos que são contrários à verdade revelada nas Escrituras
O autor lembra que “idéias possuem conseqüências – especialmetne as idéias sobre
Deus” (p. 55). O fato é que as opções religiosas de uma sociedade se refletirão na
perspectiva da mesma sobre váriados assuntos, inclusive a sexualidade – A VISÃO SOBRE
DEUS É A COISA MAIS IMPORTANTE A FALAR ANTES DE FALAR DO MODELO DE
SEXUALIDADE CRIACIONAL. “AMOR” NÃO É DEUS; DEUS É AMOR, MAS ELE DEFINE
CLARAMENTE O QUE É AMOR: SACRIFICAR-SE PARA TRAZER VIDA AO OUTRO, E
NÃO ALGO ROMÂNTICO E ETC. NOSSAS IDEIAS SOBRE DEUS SE TORNAM A BASE DE
TUDO O QUE PENSAMOS!
Na segunda parte do seu livro, Peter Jones descreve as principais características de
uma cosmovisão cristã sobre o sexo
1. Essa perspectiva começa com o reconhecimento da distinção existente entre o Criador e a
criatura. Dessa forma, a perspectiva bíblica sobre o sexo leva em consideração a santidade e
a singularidade de Deus (p. 108-111). Segundo Jones, “não há apenas um círculo envolvendo
a realidade como os monistas reivindicam. A Bíblia insiste que os cristãos estabeleçam dois
círculos”: um que descreve a realidade do Criador divino e o outro que descreve a realidade
da ordem criada (p. 115). Nesse sentido, o dualismo é parte fundamental da cosmovisão
cristã. A perspectiva de que Deus é o criador, santo e pessoal, determina a visão que os
cristãos têm sobre o mundo como um todo e sobre a sexualidade em particular
2. A partir da compreensão da diferença existente entre o Criador e o mundo criado, a Bíblia
enfatiza a diferença existente entre o homem e a mulher e descreve a união dos dois como
um complemento necessário e prazeroso. O homem e a mulher se complementam em cada
aspecto; igualmente valiosos, mas essencialmente diferentes; e tudo isto é considerado bom
aos olhos do Criador (p. 119). Por essa razão, a Bíblia nunca descreve o sexo como uma
mera válvula mecânica para satisfazer o apetite da carne nem como um impulso animal de
autogratificação, mas como um fator de exercício da comunhão e da intimidade existente em
um relacionamento saudável. “Sexo, de acordo com a Bíblia, é uma bela criação da mente do
Criador, coberta com suas perfeições morais” (p. 121). Diferenças e intimidade são essenciais
na perspectiva bíblica do ato sexual. O casamento e a intimidade sexual foram primeiramente
estabelecidos na humanidade por ordem do Criador para serem desfrutados através de uma
comunhão exclusiva do casal.
A cosmovisão cristã sobre a sexualidade é edificada sobre o ensino bíblico acerca da mesma
e, no contexto bíblico, a intimidade sexual é algo a ser desejado e celebrado, pois é obra do
bondoso Criador. Contrária a outras cosmovisões, a perspectiva cristã não trata as pessoas
como objetos para satisfação própria, mas como seres criados à imagem de Deus. O prazer
sexual não é analizado como um fator meramente genital, mas como um produto da
intimidade dos cônjuges. Dessa forma, até o prazer solitário é reprovado pela perspectiva
divina para o sexo: comunhão conjugal. Dentre os resultados da prática desses princípios, o
casal contará com o fortalecimento da união e a comunhão com o Senhor. Todavia, a
presença do pecado e seus efeitos no mundo certamente causam distorções na perspectiva
humana sobre a vida ao redor, inclusive a perspectiva sexual. Esta é uma das razões pelas
quais mesmo os cristãos continuam batalhando contra a idolatria de seus próprios desejos –
CARACTERÍSTICAS DO MODELO CRIACIONAL

2. SERES INTEGRAIS (v.26-27)


Posso conectar a ideia de “dignidade humana/Imago Dei” à ideia de homem e mulher
feitos corporalmente. Logo, o que fazemos com nosso corpo influencia em nosso
senso de dignidade, e isso inclui o sexo. É por isso que é comum as pessoas se
sentirem usadas caso faça sexo e não haja um retorno depois. Mas qual a
expectativa? Não há aliança alguma! Não há base para essa expectativa! É só uma
relação de troca e consumo mútuo!

A sexualidade moderna distingue “corpo” e “pessoa”. As pessoas podem fazer sexo


com outros corpos, mas não se conectam, não tocam as “pessoas” desse corpo. Não
há conexão espiritual e emocional, e aí toda a sexualidade é distorcida. Muitas vezes
não há pessoalidade no sexo, quebrando toda a essência da sexualidade bíblica:
comunhão e amor. O sexo na Bíblia não tem a ver apenas com o corpo, prazer e etc,
mas com conexão, com relacionamento. A pornografia cria isso (um 3º assistindo dois
corpos, porque não cria conexão pessoal com elas, não participa da comunhão), a
zoofilia, o estupro e outros. O aspecto animal do ser humano sobrepõe-se ao
humano, porque o que nos difere dos animais é justamente a capacidade de sermos
mais do que corpos, instintos, desejos a serem saciados
Quando, porém, nos acostumamos a esse tipo de sexualidade (corpórea,
animal), vamos nos acostumando, nos desumanizando. Não à toa, aí surgem versões
cada vez mais violentas, bizarras e destrutivas de sexo: sexo violento, à força, com
seres de outras espécies. Há só Vênus (corporalidade, prazer, animalidade), mas
nada de Eros (amor, conexão, erotismo, pessoalidade). Por isso, a sexualidade cristã
não segue o mero instinto, o mero desejo, porque se nos entregarmos a eles, vamos
sendo cada vez mais destituídos de nossa verdadeira humanidade e nos tornamos
bichos violentos, insaciáveis, esfomeados
A cultura hoje diz: “se a relação é consensual, não há problema”. Mas a fé
cristã diz: “se os dois querem entregar o corpo, que entreguem também a alma, a
vida, o futuro e a si mesmos um ao outro, e aí não há problema”. A fé cristã se
distingue não por ser mais restritiva, mas por ser mais completa, por ter uma visão
superior do ser humano. O ser humano não pode ser dividido entre “corpo” e o
“resto”, de forma que te dou meu corpo para ser usado/para usar, mas retenho o
restante. A visão bíblica é que fazer isso é ferir a própria dignidade, é se quebrar ao
meio para prazer do outro. É isso que significa “integridade”: ser inteiro!
Nós não somos almas dentro de corpos. Nós somos pessoas corporificadas. E
que diferença isso faz? É que nós não somos como uma garrafa de Coca: a Coca é o
que está dentro, o restante é só embalagem a ser descartada. NÓS NÃO SOMOS
ISSO. O nosso “eu” não é só nossa alma/espírito: nós somos também nosso corpo!
Somos seres integrais, completos: corpo, alma e espírito. Não podemos ser divididos!
Logo, o que fazemos com nosso corpo tem profunda implicação em nossa vida. Fazer
sexo não é apenas “usar o corpo para ter prazer”, como dizem os sexólogos por aí,
como se fosse possível ser uma coisa no interior e uma coisa no corpo. Nós somos
uma perfeita união de material e imaterial. Logo, a sexualidade cristã NUNCA será “só
corpo”.
Nossa cultura hoje diz: “desencane, é só sexo”. Como se dissesse: “isso não
tem a ver com quem você é. Isso é apenas algo que você faz com o corpo”. Mas nós
não anulamos nossa pessoalidade ao fazer sexo. É por isso que pessoas que fazem
sexo assim muitas vezes se sentem sujas, usadas e solitárias depois: houve uma
“separação momentânea” e o corpo dela foi usado, mas ela não foi acolhida como
pessoa de fato, como ser humano completo, inteiro, íntegro, total.
Boa parte da nossa propaganda e divulgação visual hoje apela pra isso: vemos
corpos lindo, morenos, trabalhados, mas não sabemos o nome, a história, os medos.
Passamos a ver pessoas e sexo como uma questão meramente física. Essa é uma das
razões pelas quais os crimes sexuais, a violência sexual e etc são cada vez maiores:
nós estamos nos tornando incapazes de ver uns aos outros como pessoas, e aí então
agimos como se fossem meros objetos/coisas
Vênus puro (corpo puro) só produz desprezo (como o filho de Davi estuprando
Tamar), e não amor e paixão, como ele dizia. Pessoas que usam cada vez mais
pornografia, por exemplo, não tendem a ficar mais românticas porque veem muito
sexo: elas tendem a ficar mais violentas, porque se tornou absolutamente animal. O
Vênus puro não produz conexão pessoal

3. SERES COMPLEMENTARES (v.1-27)

Quando a gente entende o que Deus diz sobre a Criação e como ele chama tudo de
"bom" (parte seca/águas; animais daqui/dali; homem/mulher). Hoje nós olhamos
para a Criação e dizemos: "lindo, bom, maravilhoso. Deus é incrivel!", mas olhamos
para o modelo criacional de sexo e relacionamento e pensamos: "eu tenho uma ideia
melhor, do meu jeito é melhor". Você acredita que tudo que Deus criou é bom?
Então, pela lógica, o modelo criacional do sexo dEle também é! Você não pode, pela
lógica, achar o mundo criado incrível mas não o modelo sexual de Deus, porque tudo
isso Ele chamou igualmente de "bom"
Ao recusarmos o modelo de Deus, passamos a acreditar mais na nossa própria
cultura, e não em Deus e no que Ele criou. Deus não abrirá mão desse plano porque
não gostamos dele ou sentimos outra coisa. Ele está nos chamando a reconhecer o
bom plano dEle e aprendermos a amar o que Ele criou, ainda que inicialmente você
desconfie se realmente será tão bom assim. Se você quer fazer sexo com sua
namorada, acredite: será ainda melhor dentro do casamento. Essa é a promessa e o
veredito de Deus

Preciso usar o video do N. T. Wright sobre casamento gay sobre complementarismo


na Criação e a ideia de que nenhuma cultura jamais teve casamento gay. Havia
relações entre pessoas do mesmo sexo, mas nunca foi adotado como padrão e nunca
foi chamado de "casamento", pois todas culturas entenderam que a Criação manifesta
a necessidade de um binário "macho/fêmea". A Bíblia não fala de "casamento gay"
porque essa ideia simplesmente nunca existiu na história humana. Ela tem 50 anos –
Wright: ao longo de milhares de anos e em todas as culturas, “casamento” é
homem e mulher (em alguns lugares, mais homens e uma mulher, ou várias
mulheres e um homem, mas sempre homem e mulher). Isso não tem a ver com a fé
cristã, mas com a história do mundo
A fé cristã concorda com o que todas as culturas do mundo já disseram: fomos
Criados como homem e mulher, e mais do que isso: toda a Criação repousa sobre
certos binômios (céus/terra, mar/terra seca, luz/escuridão, homem/mulher). Deus
usa a complementaridade em toda a Criação e diz: “isso é bom. Isso é o que Eu
planejei: que os binários trabalhem juntos em prol do desenvolvimento e
florescimento da Criação”. No final, a Bíblia é um novo casamento, mas agora entre
Cristo e Sua Igreja. Toda a Bíblia fala dessa grande narrativa que fala da
complementaridade – MODELO CRIACIONAL

Imagine um mundo só feito de homens. Isso não seria humanidade. Imagine


um mundo só feito de mulheres. Isso não seria humanidade. A humanidade são
homens e mulheres, machos e fêmeas, porque é só através desses dois que há
manutenção da espécie (filhos, família, etc). A HUmanidade é, portanto, uma parceria
mútua e amorosa entre homem e mulher– HOMOSSEXUALIDADE

2. Homem e mulher formam a Humanidade. A Humanidade só é completa


quando há essa complementaridade. Homem e mulher são diferentes biologicamente,
emocionalmente, mentalmente... Eles se encaixam justamente porque são diferentes.
Deus cria o sexo para ser desfrutado entre um homem e uma mulher, porque ambos
formam juntos o que Deus sonhou e refletem o que Deus é (Trindade)
 Céus e terra (v.1)
 Luz e trevas (v.4)
 Céu e mares (v.7)
 Parte seca e mares (v.10)
 Sol e lua (v.16)
 Animais aquáticos e do céu (v.20)
 Animais terrestres e humanos (v.24,26)
 Homem e mulher (v.27)

4. O SEXO É BOM! (v.31)


Retornemos um instante à parte do "agora que tinham feito sexo, estavam casados de
verdade". Porque fundamental para a celebração do casamento deles é a celebração de que
são seres sexuais. E fundamental para a união deles é o relacionamento sexual entre eles.
Todos os presentes à celebração sabem que eles fizeram sexo porque ficaram sentados do
lado de fora, esperando.
No entendimento deles, sexo não é uma coisa opcional para o casamento, algo que os
casais podem pegar ou largar. O elo sexual é indispensável para o que significa estar casado.
Sem consumação, sem casamento.
Esse entendimento do sexo como casamento é encontrado em toda a Bíblia
porque era assim que se pensava no mundo antigo.
Em Êxodo 22, a ordem é esta: "Se um homem seduzir uma virgem que ainda
não tenha compromisso de casamento e deitar-se com ela, terá que pagar o preço do
seu dote, e ela será sua mulherj.14 Se lhe parece bárbaro, a coisa se torna ainda
mais radical em Deuteronômio 22: "Se um homem se encontrar com uma moça sem
compromisso de casamento e a violentar, e eles forem descobertos, ele pagará ao pai
da moça cinquenta peças de prata e terá que casar-se com a moça, pois a violentou.
Jamais poderá divorciar-se dela".15
i a força do vínculo entre os cônjuges vêm da exclusividade, guando o casal dá espaço
demais para as pessoas entrarem, quando permite que experimentem o que pertence a
ambos os cônjuges num sentido até certo ponto místico, então já não o possui mais.
Entregou-o a terceiros.
Se fizerem isso vezes suficientes por um período longo o bastante, vocês acabarão sem
nada de seu e só seu.
Quando um casal se casa, existem mil pequenos ajustes que precisa fazer o tempo
todo, mil discussões sobre os detalhes da vida, mil conversas sobre assuntos triviais, mas na
verdade importantes. Sozinhos, essas conversas e interações não querem dizer muito, mas
somados, são como dois se tornam um.
Que marca de creme dental você usa? Ou usaremos o mesmo tubo? Em que lado da
cama você dorme? Muita coberta, nenhuma, um ventilador, ar-condicionado, a janela aberta,
um cobertor elétrico, o aquecimento ligado ou desligado à noite? Vamos a uma festa.
Devemos levar um presente? De que valor? Seus pais sempre levavam presente? Por quê? Os
meus nunca levavam nada — não é exagerado? O que vamos fazer? Seguiremos o padrão da
sua família ou o da minha? Ou vamos estabelecer nosso jeito próprio de fazer as coisas? Um
feriado se aproxima. Sua família ou a minha? Um feriado sim, outro não com sua família?
Mas a minha mora perto, a sua está longe. Por que você guarda tanta pilha na geladeira? Por
que pendura suas roupas ali? Já notei que, quando prepara o café da manhã, você tem o
estranho hábito de...
E assim por diante. São esses detalhes, essas listas do dia a dia, tão insignificantes na
aparência, que ocupam o centro de um casamento. São compostas do que você descobre
sobre o outro ao começar a investigação de uma vida inteira na tentativa de descobrir quem
é essa pessoa de verdade.1í‘
A chupá é um lugar de intimidade. Se um dos parceiros desconhece se pode
confiar no outro, eles não compartilharão certas coisas. E talvez sejam coisas que, se
confiadas ao outro, os aproximariam.
Isso é entre mim e você
ou entre mim, você e seus amigos?
Porque isso mudará quanto vou contar para você, quanto eu deixo você entrar, o que
confio a você, quanto dou a você.
Até que ponto me desnudo para você.
Essa discussão é entre mim e você
ou entre mim, você e sei lá com quem mais você conversará a respeito?
Esse meu hábito estranho é algo que não preciso esconder de você, pois sei que me
ama independentemente de qualquer coisa, ou algo com que divertirá nossos amigos numa
festa?
Até que ponto é seguro confiar em você?
Existe uma união profunda, mística, que acontece debaixo da chupá, enquanto Deus
paira sobre o casal, abençoando-o. E existem conversas, gestos, olhares e discussões
intermináveis medida que duas almas permitem enredar a própria vida uma na outra.
Vivemos num mundo que procura o tempo todo tirar o sexo de debaixo da chupá.
Numa cultura que o expõe,
filma,
examina,
comenta,
e depois se pergunta por que todos perderam o interesse.
Ao tirar o sexo de debaixo da chupá, só resta a mecânica da coisa. Entre em qualquer
supermercado, pare na fila do caixa e conte quantas revistas femininas estampam a palavra
"técnica" em algum lugar da capa. Ou a palavra "instruções", ou a expressão "sete passos
fáceis". Não há nada de errado com "técnica", com as "instruções" ou com a mecânica da
coisa, mas quase nunca essa é a questão verdadeira. A questão é outra.
O motivo pelo qual as pessoas ainda veem, discutem e fazem menção aos filmes de
Alfred Hitchcock é porque eles são inteligentes, benfeitos e ficam na cabeça da gente. Acima
de tudo, no entanto, porque dão medo. Mas, quando você assiste a eles, percebe que dão
medo num sentido muito diferente dos filmes que hoje chamaríamos de "assustadores", "de
arrepiar" ou "de terror". A genialidade de Hitchcock está em nunca mostrar demais. Ele
sugere o horror e a maldade sem revelar-lhes a natureza exata, o que faz que nossa mente
se adiante e preencha os espaços vazios com possibilidades. Nossa mente é dotada de uma
criatividade infinita. Dadas algumas sugestões oportunas e discretas, nossa imaginação entra
em cena e nos faz sentir medo.
Muitos filmes modernos mostram tudo, o sangue, o assassinato e a violência — tudo é
exibido na tela. Vemos tudo e talvez até sintamos medo, mas só por um instante. Esses
filmes raramente permanecem conosco porque não penetraram em nada mais profundo que a
mera experiência momentânea.
Qualquer mistério que pudesse haver, eles o mataram porque mostraram tudo.
E o que vale para as coisas que dão medo vale também para
0 sexo. Quando o sexo sai de debaixo da chupá para ser exposto, quando
isolado do_contexto pretendido por Deus criá-lo, ele perde o mistério.;
1
- EXCELENTE PARÁGRAFO! NÃO HÁ PERDA DO INDIVÍDUO, MAS SUA UNIÃO!

- EXPOSIÇÃO EXCESSIVA DO SEXO = PERDA DE INTERESSE/DE MISTÉRIO


(DOCUMENTÁRIO “LIBERATED”)

- COMO ESCOLHER UM CÔNJUGE?

Agostinho argumentava que o desejo sexual - a luxúria - tinha levado Adão a aceitar
a proposta de Eva de provar do fruto proibido da Árvore da Sabedoria.
Assim, pela primeira vez, o desejo sexual foi associado com a origem dos pecados.
Sua maneira de pensar talvez tenha sido responsável pelo grande legado de confusão
e ansiedade diante do sexo na igreja ocidental.
A aliança declarada por Santo Agostinho entre sexo e pecado deixou muitos cristãos
com uma sensação de vergonha diante do desejo sexual e o ato de saciá-lo – PONTE
EVANGELÍSTICA: O PRIMEIRO PECADO NÃO FOI O SEXO, MAS A
INDEPENDÊNCIA, O DESEJO POR AUTONOMIA. E ATÉ HOJE, TODO PECADO,
INCLUSIVE SEXUAL, TEM POR BASE ESSE DESEJO POR AUTONOMIA: VIVER
DE UMA FORMA DITA LIVRE, QUE SEGUE SOMENTE A PRÓPRIA VONTADE, E
NÃO A DE DEUS. DAÍ EM DIANTE, FALAR DE JESUS, QUE SE SUBMETEU
COMPLETAMENTE PARA NOS DAR VIDA

Platonismo Sexual: Sexo como paixão animal.


Um dos ramos mais influentes da filosofia helenística via o espírito como o
maior bem e o corpo como "menor". Ou seja, a natureza física, animal "inferior" foi
vista
como caótico e escuro, e a natureza mais elevada, mais racional, "espiritual" era vista
como civilizada
e nobre. Isso levou a ver o sexo como uma coisa suja e degradante, um mal
necessário para o
propagação da raça humana. O sexo antes do casamento era proibido porque o sexo
em geral era
sujo e era permitido apenas para o bem maior de ter filhos e construir o
sobrenome. Infelizmente, essa visão se enraizou em muitos lugares da igreja cristã.
Pessoas verdadeiramente espirituais devem abster-se de sexo, o sexo só é permitido
se você está tentando ter
crianças, o prazer sexual não é apropriado para as pessoas de mente elevada - essas
noções
fora de um tipo de platonismo sexual.

5. CASAMENTO E SEXO (Gn 2.18-25)


3. A "união" entre homem e mulher é total. Nâo há simplesmente ato sexual em
Gn 1, sexo casual, mas um casamento. O homem, fascinado, recebe a mulher,
alguém do mesmo tipo que ele. Há a formação da primeira família, e por isso o sexo
sempre é tratado na Bíblia dentro do contexto do casamento Uma das grandes
tragédias de nosso tempo é separar sexo de casamento, e pior, "sexo" e
"relacionamento". As pessoas dizem: "sexo é uma coisa, amor é outra, sexo é uma
coisa, casamento é outra". Na Bìblia uma coisa nunca está separada da outra. Ali no
Éden não há simplesmente a primeira relação sexual, mas o primeiro casamento, a
primeira família. Deus está lançando o princípio
Deus não nos criou para fazermos sexo, mas para sermos um uns com os
outros, não apenas fisicamente

Se você usa o sexo de outra forma, você destrói a capacidade do sexo de unir
duas pessoas.
Veja, o que está acontecendo em Gn 1é um casamento: Deus cria a mulher em
secreto e apresentam os dois. Como no casamento, é o pai trazendo a filha ao
encontro do noivo. E aí eles se unem, mas não apenas fisicamente/sexualmente! Gn
1 não é uma mera ficada, porque o cara tava cheio de desejo. Se estabelece uma
aliança aqui, e por isso esse texto falar de "deixar pai e mãe" (que eles não tinham),
porque é a inauguração da ideia de "casamento", a formação de uma nova família
entre um homem e uma mulher. Não é o sexo o centro da questão, mas a união total
dos dois, e o sexo faz parte disso, é o "tornar-se uma só carne". Gn 1 não é sobre
sexo, mas sobre UNIÃO DE DUAS PESSOAS EM TODOS OS ASPECTOS
Se você é um cristão ou não e tenta viver fora desse modelo, sempre será uma
versão aquém do que Deus estabeleceu. Sempre haverá dores, angústias e limitações
em QUALQUER versão de sexo fora desse modelo criacional
a. sexo fora do casamento: tristeza e senso de ser usado, porque não há
entrega completa, mas só do corpo, mas não da alma, dos sentimentos, dos planos,
das vontades...
b. homossexualidade: é a união dos diferentes que forma a completude (seco e
água, luz e escuridão, homem e mulher). Se só houvesse água, seria ruim; se só
hovuesse luz, seria ruim. Da mesma forma, cremos que homem e mulher formam a
plenitude do que Deus tem para o sexo e casamento. Não é uma questão de
patriarcado, conservadorismo, política e poder, mas de Criação. A igreja sequer
existia e já havia um modelo criacional de sexualidade. Não é possível tentar fundir
homossexualidade e fé cristã, porque a fé cristã crê que Jesus vem resgatar tudo que
Deus criou mas foi perdido na Queda, inclusive o modelo criacional de sexo. A fé
cristã é incompatível com a homossexualidade. A fé cristã não é violenta, opressora
ou odeia homossexuais, mas são modelos incompatíves, porque Deus tem um outro
plano, assim como fazer sexo com namorada, fazer sexo com outra pessoa que não
seu cônjuge. Devemos amar e acolher toda e qualquer pessoa que estiver em nosso
meio, mas precisamos afirmar: Deus nos fez para vivermos outra forma de
sexualidade
Reconheço que muitas pessoas foram machucadas, feridas e frustradas por
pessoas do outro sexo e simplesmente decidiram direcionar seus afetos a alguém do
mesmo sexo, porque o sexo oposto lhe parece violento, mau ou frustrante: homens
decepcionados por mulheres, mulhere feridas por homens. Eu entendo as dores que
você passou, mas Cristo cura feridas, leva sobre ele a nossa maldição, a culpa do
sexo oposto e permite reconciliação entre gêneros, a fim de que homem e mulher se
encontrem novamente como Humanidade – MODELO CRIACIONAL
A expressão "que o auxilie" corresponde à palavra ezer, na língua hebraica. Podemos
encontrá-la no salmo 121: "Levanto os meus olhos para os montes e pergunto: De onde me
vem o socorro [ezer]? O meu socorro vem do Senhor, que fez os céus e a terra".4
Aparece também no salmo 89, no qual as palavras do Senhor estão registradas: "Cobri
de forças [ezer] um guerreiro".5
No salmo 121, ezer refere-se à ajuda que vem de Deus. No salmo 89, significa "força".
Para dar maior profundidade à expressão, observe o que Adão diz a respeito da
mulher: "Esta, sim, é osso dos meus ossos e carne da minha carne!". 6 "Ossos" é um modo de
se referir à força, e "carne" é um modo de se referir à fraqueza. Em síntese, ele está dizendo:
"Onde sou fraco, ela é forte, e onde ela é fraca, eu sou forte".
Eva é uma força correspondente para Adão.
Eles combinam.
Completam um ao outro.
Dão cobertura um ao outro.
Estão melhores juntos que separados.
A passagem continua: "Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à
sua mulher".7
Esse "deixará" abrange a vida dele como um todo. A vida dela como um todo.
Não há como se envolverem apenas pela metade. Eles têm de permanecer
comprometidos ao longo de todo o caminho. De dar tudo para isso. O local de
residência dele, seus laços imediatos com os pais e a família passam agora a segundo
plano, em relação ao compromisso assumido com ela.
Uma nova família se formou.
ECHAD
Pense em quantos casamentos sofrem porque um ou ambos os envolvidos
mantêm laços e relações com sua família de origem que interferem no vínculo
matrimonial de ambos. A lealdade primeira deles é agora de um com o outro, não
com suas famílias. Evidente que isso não implica romper contato com os pais ou não
querer mais saber deles. Mas é preciso haver consciência de quão profunda é essa
nova união.8
Portanto, o homem deixa os pais, une-se à mulher, "e eles se tornarão uma só
carne".9
Ora, essa "uma só carne" parece ter relação com fazer sexo. Lógico que tem.
Há, porém, muito mais envolvido aqui. Nessa história, até fazer sexo tem que ver
com algo mais.
Na percepção judaica, as palavras são extremamente significativas. Enquanto
um dicionário inglês tem algo entre 100 e 200 mil verbetes, a língua hebraica conta
com cerca de 7 mil palavras.10
Portanto, no hebraico, as palavras têm muito chão para cobrir. Uma única
palavra pode expressar algo de tremenda
profundidade e importância. Onde se diz que homem e mulher se tornarão "uma só
carne", o termo equivalente a "uma" em hebraico é echad.
Echad é a unidade composta de várias partes ou membros."
Ou seja, homem e mulher são duas pessoas, dois seres distintos, independentes. No
entanto, quando se juntam, são "um". A palavra é significativa porque ocorre numa das
passagens mais conhecidas das Escrituras para a história judaica. Trata-se da oração contida
no livro de Deuteronômio que começa assim: "Ouça, ó Israel: O Senhor, o nosso Deus, é o
único Senhor". 12

Essa oração, denominada Shemá, do verbo "ouvir", é a declaração central da fé


judaica, um modo de reiterar tudo que esteja relacionado à vida. Ela é repetida pelos judeus
ao acordar, ao deitar, quando eles se reúnem no shabbat, quando estudam, quando alguém
morre — existem inúmeras lendas de grandes judeus que a tinham nos lábios ao serem
martirizados.
O Senhor é um.
O Senhor é echad.
Deus é echad.
É a mesma palavra que "uma carne" em Gênesis: "Homem e mulher serão

carne echad".
Para a Bíblia, a afirmação de que existe um só Deus é fundamental. Não
muitos: um. E o sexo entre o homem e a mulher tem algo com esse Deus.
(j1 A palavra echad na verdade é bastante complexa, implicando uma
unidade com porções múltiplas. Falamos de um time que joga "como se
formasse um só corpo", um grupo de pessoas que discute alguma coisa como
se tivesse "uma só mente". "Uma nação", que pode ser constituída de milhares
ou mesmo milhões de pessoas.
12
Deuteronômio 6.4.^
Com quem é esse Deus.
Com como ele é.
Adão e Eva são um como Deus é um A mesma palavra.
Esse casamento entre homem e mulher — o fato de eles fazerem sexo — diz respeito a
algo muito maior que o relacionamento em si. Aponta para alguém que está além dos dois —
Deus.
A questão do casamento não é o casamento.
Ele é uma imagem.
Uma manifestação.
Uma vitrine pela qual você enxerga outra coisa.
O casamento tem uma missão.
O mundo não é echad. Ele não é um. Está despedaçado, partido, quebrado, e os cacos
se espalham por todo o chão.
Todos nós temos amigos provenientes de lares desfeitos .
Um casal "se separa".
Um cônjuge é "despedaçado" pela infidelidade de quem ama.
O casamento de alguém desmorona, e agora só resta "recolher os pedaços".
Quando nossa confiança é traída e quem nos deve dar apoio
não o faz, é natural que isso tenha consequências no conceito
que temos de Deus. Fica difícil acreditar que ele é bom quando
nossos relacionamentos mais significativos deixam de ser tão bons assim.
0 casamento foi planejado para se opor a tudo isso. Não para acrescentar outro
item quebrado ao mundo, mas para se somar à "unidade" do mundo. Esse homem e
essa mulher que se entregaram um ao outro devem dar ao mundo um vislumbre de
esperança, uma demonstração de como é Deus, um pouco de echad sobre a terra.
Comparecer a um casamento talvez nos emocione por querermos que o novo
casal seja bem-sucedido. Por intuição, sabemos que o "sucesso" dele está ligado de
alguma maneira ao nosso. O fato de os parceiros fazerem amor torna o mundo um
lugar melhor onde viver, um lugar com mais amor para todos. Talvez por isso sempre
nos chame a atenção os grandes casamentos. O amor entre os dois nos inspira
quando cresce.
A vida deles juntos dá vida a nós.
O casamento nos lembra que está tudo ligado.
Todos estamos ligados.
Assim, se está escrito que Adão e Eva eram uma carne, a "carne echad" deles é
na verdade a celebração de 1 milhão de outras coisas. Coisas que devem ser
celebradas. Deus. A vida.
A criatividade. O potencial. A sociedade compartilhada no zelo pelo mundo.
Força para a fraqueza, fraqueza para a força.
Uma nova família. A criação contínua do mundo.
Por fim, depois de tudo, da partida e da união, dos ossos e da carne, a
passagem termina com este versículo: "O homem e sua mulher viviam nus, e não
sentiam vergonha".14
Vergonha nenhuma, nem constrangimento.
Nenhuma necessidade de apresentar justificativas pelo que são.
Nada de se cobrir ou fingir.
Nada de máscaras ou segredos.
Total aceitação um do outro.
á
0 que queremos, não?
Alguém que nos veja exatamente como somos e ainda nos ame.
Como é terrível permitir às pessoas verem quem somos de fato. Vislumbrar trevas em
nosso coração, nossos maus hábitos, tudo que fizemos no passado de que nos arrependemos.
Nossas propensões, nossas deficiências, aquilo em que não somos bons.
Estar nu é aterrador.
Como seria estar com alguém que o ama do jeito que você é, sem tirar nem pôr?
Se você me vê como de fato sou, o eu que ninguém jamais viu, que eu não ousaria
mostrar a mais ninguém no mundo, as porções de mim que não tenho certeza de querer que
alguém veja um dia; se concedo esse vislumbre do âmago do meu ser, da minha alma, você
ainda me amará como ama agora?
Eis a pergunta a fazer um para o outro e para Deus.
Aceitação incondicional, absoluta.
De um amante, de Deus — é o que almejamos.
Por isso, o casamento é sempre sobre algo maior que ele próprio. São duas pessoas
que se dão um abraço incondicional de amor, mostrando uma para a outra, em carne e osso,
como Deus é. Estão ambos nus e não sentem vergonha alguma.
*• T '

Há uma progressão aqui. Essa passagem mostra um padrão relacionado com o modo
em que somos levados a nos conectar a outra pessoa. Ele foi implantado no tecido da criação.
Existe um modo de se unirem as almas.
É possível, porém, estragar essa progressão. Precisamos compreender que fomos
criados por Deus para viver como seres inteiros. íntegros. Únicos. Não fragmentados ou
despedaçados, mas um.
No livro de Salmos, está escrito: "Diz o tolo em seu coração: 'Deus não existe'". Outro
salmo diz: "O meu espírito pergunta [...]". Outro ainda: "O meu coração e o meu corpo
cantam [...]".15 O coração fala, o espírito pergunta, a carne canta. Corpo, alma, cérebro,
coração, pensamentos e sentimentos, estão todos fundidos num ser que chamamos "pessoa".
A passagem de Gênesis a respeito de Adão e Eva mostra pessoas inteiras se unindo.
Ele inteiro sendo entregue a ela inteira.
Desejar só o corpo dela irá parti-la em duas. Significa que .. ela é boa para ele apenas
em parte. Por isso, depois de dormir com ele, ela quer saber que rumo está seguindo o
relacionamento. Ela deseja ser integrada. Anseia por isso.
Quer ter certeza de que ele estará lá de manhã, e na manhã seguinte, e na outra. Quer
ter certeza de que, além do sexo, ele a ama, a deseja — inteira.
A parte do "viviam nus, e não sentiam vergonha" vem por último na história de Adão e
Eva. Representa uma celebração de todos os modos pelos quais eles se uniram. Todos os
sentidos em que a alma de cada um deles se misturou com a do outro.
É fácil tirar a roupa e fazer sexo. As pessoas repetem esse gesto o tempo todo. Mas
abrir a alma para alguém, deixá-lo entrar em seu espírito
e pensamentos
e esperanças e sonhos... isso é estar nu.
Por isso, quando as pessoas acabam de se conhecer e já dormem juntas, elas
estão aumentando significativamente as chances de o relacionamento não sobreviver.
Adiantar o passo da progressão sempre custa alguma coisa.
Se não existe nenhuma missão comum, nenhuma tarefa compartilhada,
nenhum senso de osso dos ossos e carne da carne, nenhum vínculo que tenha levado
anos para se desenvolver, muitos acabam passando de relacionamento em
relacionamento, fazendo sexo sem jamais ficar nu de verdade.
Muita coisa rápido demais quase nunca persiste.
Cântico dos Cânticos diz: "Não despertem nem provoquem o amor enquanto ele
não o quiser".16
- CASAMENTO MANIFESTA TRINDADE; UNIÃO DE MUITOS EM UM
- EXCELENTE! USAR!
- A TRAGÉDIA DE SEPARAR CASAMENTO E SEXO

Na hora de falar da nossa necessidade conexão/relação, nosso anseio então é mais


do que sexo. O que estamos em busca na verdade é mais do que isso, porque o sexo
é uma expressão, uma forma de demonstrar afeto, carinho, prazer e etc, mas
sexualidade é mais do que sexo genital. O sexo envolve entrega, e uma das tragédias
de nosso tempo é separar o sexo da sua verdadeira grandeza, porque para nós sexo
é apenas entregar o corpo. Mas isso não é sexo de verdade, porque sexo é muito
mais do que isso, porque só o físico pode ser mecânico e não te dar a conexão e
intimidade proposta e possível no sexo – SEXO NÃO É SÓ FÍSICO

Mas o Eros também tem seus limites, porque apaixonar-se é fácil, mas permanecer
amando é difícil. E aí aprenderemos outra coisa sobre a visão cristã do sexo e
relacionamentos: o amor não é um mero sentimento intenso que se tem por outra
pessoa (ainda que exista sentimento), mas uma decisão, uma promessa, uma ação
de sustentar/cuidar/proteger/servir o outro. O verdadeiro amor faz promessas e
votos, e não apenas sente o tesão e a paixão.
A paixão quer se entregar ao outro, quer se dar, se tornar vulnerável, quer ficar
nu diante do outro (literal e figurativamente) ser abraçado e acolhido pelo outro. E
novamente digo: a visão bíblica não é mais restritiva, mas superior, porque a Bíblia
não nega o “entregar-se” ao outro em corpo e alma, mas diz que isso não deve
acontecer por um momento apenas, e sim enquanto os dois existirem, e não apenas
o corpo, mas toda a vida, não como um objeto físico a ser desfrutado, mas como uma
pessoa a ser servida. A fé cristã não é contra as declarações amorosas de “eu serei
seu, todo seu”, mas considera a integralidade da vida (em profundidade e duração).
O Eros, sozinho, diz: “serei todo seu”, e após se dar/receber o outro sexualmente,
tende a se dissipar e procurar outra pessoa para se entregar novamente, e o que dirá
para ela: “serei todo seu”. O Eros é iludido, pois quando a paixão é forte, acreditamos
que o nós e o outro seremos para sempre “um”. Mas o Eros não consegue sustentar o
dia a dia, a rotina, as dificuldades
É aí que Ágape surge, como o amor-promessa, o amor-serviço que sustentará a
relação quando Eros não existir. É uma garantia ao outro de que eu não fugirei, não
irei embora quando ele errar, quando ele falhar, quando ele não for bom o suficiente.
O Ágape é o que torna possível as “promessas impossíveis” de Eros, porque Eros
sozinho não pode realizar o que a paixão intensa e louca diz e promete. O Eros deseja
ser completado (eu quero me completar), mas o Ágape deseja completar o outro. O
movimento não é egoísta (“quero pra mim, quero ter, quero gozar”), mas altruísta,
para o outro. O Ágape transborda para encher o outro. O Ágape é uma ilustração de
Cristo amando a Igreja e se entregando por ela
A promessa do amor cristão, portanto, não é “eu serei sempre apaixonado por
você”, mas “eu estarei sempre com você, ao seu lado, para te servir e ajudar”. O
Ágape erótico não é como o Ágape “puro” (misericórdia para com os pobres, por
exemplo), mas torna-se erótico, conjugal, toma as cores de uma relação física. Há
um “eros agápico” ou “ágape erótico”. Sem o Ágape o Eros se esvazia rapidamente
ou torna-se tão grande que vira demoníaco
O pecado sexual, portanto, é a separação de Eros e Vênus (sexo corporal sem
pessoalidade) ou de Eros e Ágape (traição, por exemplo).
Nossa sociedade é baseada em Eros e adora a Eros, mas sem Ágape, ele está
se tornando Vênus. Nós exigimos total liberdade sexual e celebramos a absoluta
liberdade que experimentamos, mas sozinho, o Eros está começando a se tornar
terrível. Pornografia, hiperssexualidade, aborto (“o corpo é meu”, como se fosse uma
mera ferramenta, ao invés de ser ver como um ser corporificado)

Uma aplicação disso: homens e mulheres rebolando o tempo todo, tirando fotos
e fazendo vídeos e milhares e milhares de repetições disso. E o que você tem com
essa pessoa? Nada. Você só tem acesso a uma imagem do corpo. Você não tem
acesso à pessoa, mas a apenas o corpo dela. Ficamos excitados com isso, mas não há
nada de verdadeiramente erótico aqui; há apenas excitação física, animal, mas sem
qualquer traço de comunhão, união. O sexo, pensado para ser a união de dois em
um, tornou-se a separação de pessoas em muitas partes, vendidas e expostas como
produto, comercialização do que deveria ser união de amor

6. SEXO GERA VIDA (Gn 1.28)

Sexo efecundidade
Uma das razões explícitas pelas quais Deus instituiu o casamento consiste na
perpetuação da raça humana com descendentes que amem e temam a Deus (Ml
2.15). A procriação é a razão principal (mas não única) de Deus ter instituído o sexo.
Deus o criou para consistir em uma experiência deleitosa e
mesmo extática tão grande a fim de incentivar e recompensar o ato e o processo de
trazer filhos ao mundo. Deus se deleita nos seres humanos, criados à sua imagem, e
deseja mais deles para compartilhar sua comunhão trinitária e para que eles exerçam
o domínio benevolente sobre sua criação. Quando Deus amaldiçoou o pecado da
mulher, ao tornar o parto uma experiência dolorosa (Gn 3.16), ele ensinou uma lição
memorável: o pecado, ao mesmo tempo que produz a vida, mata 0 que se pretende
ser bom e deleitoso. Todavia, mesmo na maldição do pecado, 0 plano de Deus de
povoar a criação com sua imagem não poder ser ameaçado, e a alegria do recém-
nascido sobrepuja a dor do parto (Jo 16.21). A Bíblia identifica a fecundidade (física,
material, emocional) repetidas vezes como uma das bênçãos divinas (Gn 17.6; Lv
26.9; Is 32.15; Jr 23.3; Cl 1.10), e os filhos são uma das maiores bênçãos (SI 127;
128).
Deus quer que sua imagem se perpetue, e ele tornou fazê- -lo deleitoso e
gratificante. Ter filhos é parte crucial da cosmo- visão sexual cristã. "Por isso, deixa o
homem pai e mãe e se une à sua mulher tornando-se os dois uma só carne. Ora, um
e outro, o homem e sua mulher, estavam nus e não se envergonhavam”, escreveu
Moisés (Gn 2.24,25). Só depois do pecado Adão e Eva experimentaram vergonha pela
nudez (Gn 3.7-11). Eles tentaram se esconder de Deus e um do outro. A nudez do
casamento no Éden exibia e realçava a intimidade de um homem e de uma mulher
que se amavam 0 suficiente para não temer compartilhar seus segredos mais
profundos. Eles não tinham nada a esconder. Mesmo após a Queda, a única relação
de um homem e de uma mulher em que Deus permite a nudez é 0 casamento (Lv
18.5-20). O pecado interrompeu a intimidade da raça humana, mas ela foi restaurada
no casamento.
O marido piedoso aprende ao longo do tempo quão mítico e destrutivo é 0 macho
inquieto e individualista mantido como norma no mundo moderno. Ele aprende que
não é bom para 0 homem estar só — na verdade, trata-se de algo ruim. Ele é apenas
meio-homem. A mulher, pela própria natureza, fornece ao marido a complementação
espiritual, emocional e psicológica — ele recebe da esposa algo que só pode receber
dela, e o mais vital é a intimidade humana com seu conforto e segurança — algo que
nenhum homem deve viver sem coagir o sexo, o o poder emocional da mulher de
trocar o sexo por oulra coisa que ela deseje. Os homens usam as mulheres como
objetos e as mulheres usam o sexo como objeto.
A cosmovisão sexual anticristã elimina a intimidade do sexo e a substitui pelo
poder: 0 poder físico do macho para Deus não destinou todos os homens ao
casamento, mas os celibatários precisam de uma graça divina especial para
compensar a falta de intimida- de no casamento (Mt 19.12; 1C0 7.7).),
Quase desde o princípio, os seres humanos pecadores fazem comércio do sexo
sob a forma de prostituição (por exemplo): os homens desejam o prazer, e as
mulheres, o dinheiro: sem intimidade, as duas coisas pervertem a cosmovisão sexual
cristã. O homem pecador pode perverter tudo que o Deus bom faz. O problema é que
Deus não criou a humanidade com a capacidade de obter sexo sem ter intimidade.
Paulo adverte: “Não sabeis que os vossos corpos são membros de Cristo? E eu,
porventura, tomaria os membros de Cristo e os faria membros de meretriz?
Absolutamente, não. Ou não sabeis que o homem que se une à prostituta forma um
só corpo com ela? Porque, como se diz, serão os dois uma só carne” (iCo 6.15,16).
O sexo cria a intimidade de uma só carne; não importam quão casuais e
mercenárias sejam as intenções de quem o pratica como recreação. Essas relações
carregam essa intimidade e sua subsequente quebra relacional onde quer que
ocorram. Isso é igualmente um alerta notável contra o sexo pré-marital, e a noção
comum (errônea) de que o sexo casual não surte efeitos duradouros, com a
possibilidade de que alguém possa mais tarde se estabelecer e casar sem implicações
persistentes dos encontros sexuais anteriores. Existe muita atividade sexual sem a
pretensão de intimidade, mas nunca há sexo sem intimidade real — para o bem ou
para 0 mal. A cosmovisão sexual anticristã promete 0 prazer sem as bênçãos e os
fardos da intimidade, mas essa promessa se opõe à ontologia humana, que, como
desígnio de Deus para o homem, sempre se vinga.
Embora a prostituição tenha sido isolada na historia da sociedade como uma
concessão embaraçosa, embora realista, ao pecado humano, a mercantilizaçüo mais
ampla do sexo — tipificada pela prostituição — tornou-se um fato cultural desde a
Revolução Sexual. Como observei antes, a reputação de jovens lobos sexuais viris
nos campi à procura de presas femininas que se encaixem em suas aspirações gerais
de sucesso e boa vida têm encontrado paralelo, nos últimos tempos, em garotas
colegiais ambiciosas:
Agora entende-se bem que o namoro tradicional na faculdade passou do
telefone fixo e foi substituído pelo “ficar” — termo ambíguo que pode significar
qualquer coisa desde fazer sexo oral ao intercurso propriamente dito — sem o en-
volvimento emocional de uma relação.
Até recentemente, quem estudava o surgimento da “cultura do ficar” presumia
sua condução pelos homens — as mulheres participavam com relutância, pois se
interessavam mais pelo romance que por encontros sexuais casuais. Todavia, há a
percepção crescente de que as jovens também estão à busca disso.

7. O SEXO TEM FRONTEIRAS


https://www.youtube.com/watch?v=UVpksSumfyM - Keller, Moore, DeYoung
on How to Speak to Our Culture About Sex
Narrativa da liberdade sexual. O que é verdadeira liberdade? Fazer o que
quiser? Agir como quiser? Ter quantos parceiros que quiser? A orientação que quiser?
Bom, essa é a narrativa moderna: ser livre é não ter NENHUMA restrição
Mas a Bíblia mostra que “liberdade” é diferente. Por exemplo: um peixe só é
verdadeiramente livre quando está na água. Se ele for pra terra, morrerá. Ele se
sente escravo na água? Não, é claro, pois foi feito pra isso! Liberdade, então, é achar
as restrições corretas, as restrições que melhor se adequam à forma como você foi
criado para viver
*”liberdade é eu fazer o que quiser desde que não machuque o outro”: mas o
que é machucar o outro? Se você disser “eu sei quando eu machuco o outro”, então
você está definindo e impondo sobre o outro uma visão sua?
O Casamento é uma restrição. Se você achar que “ser livre” é fazer o que
quiser, então ou você será infeliz no casamento (se sentirá preso) ou não conseguirá
amar o outro (porque não se restringirá a ele em termos de afeto, fisicalidade e etc)

As limitações apresentadas acima não são ainda uma prova de que a ética sexual
Cristã seria a melhor ou a correta. Meu ponto é simplesmente questionar o tipo de
atmosfera moral que, alega-se, podemos respirar sem preocupações. A verdade é
que se trata de um ar tóxico. E a toxidade vem da concepção moderna de liberdade,
que o filósofo Cristão Herman Dooyeweerd descreveu como o “ideal de personalidade
livre”, gerado no Renascimento, maturado no Iluminismo, e mostrando agora seus
traços de senilidade.
Toda a concepção moderna e, particularmente, liberal, de liberdade como “arbítrio”,
como posse ilimitada ou quase ilimitada de si, e como ausência de restrição externa é
muito problemática. Reconheço o seu apelo, em tempos de tiranias como o que
vivemos – particularmente do Estado e de grandes Corporações – mas trata-se de
uma “cisterna rota”, para usar a linguagem Bíblica – LIBERDADE NÃO É AUSÊNCIA
DE RESTRIÇÕES, NÃO É SER ABSOLUTAMENTE DONO DE SI MESMO. ATÉ
PORQUE, NO FINAL, SOMOS SERVOS DE ALGO, GOSTEMOS DE PERCEBER
ISSO OU NÃO. SE FORMOS SERVOS DAS PAIXÕES SEXUAIS, NOS
DESTRUIREMOS. SE FORMOS SERVOS DO SENHOR, VIVEREMOS E FAREMOS
VIVER
No âmago, está errada a concepção de o valor do homem nasça de sua liberdade, e
que essa liberdade inclua não apenas a força, mas o direito da autocontradição, como no caso
da vítima do “canibal de Roterburg”. Porque não somos livres para fazer o que quisermos
com a nossa vida? Porque ela não nos pertence. O homem e a terra se pertencem
mutuamente; o homem e os homens se pertencem mutuamente; e cada um de nós pertence
a Deus. A liberdade consiste no uso do poder do arbítrio para compreender e responder a
esse fato, da nossa pertença a Deus. A liberdade usada para a contradição de si leva à
escravidão; a liberdade usada para afirmação de si por meio da gratidão e da imitação
daquele que concedeu a liberdade é a única ação que pode preservar a liberdade. Se minha
liberdade é totalmente dependente da pertença a Deus, a propriedade privada é real, mas
também totalmente dependente de Deus e, por isso, relativa. E isso aplica a todo e qualquer
ato da liberdade humana: eles se fundam na presença e na graça divina, e não podem jamais
contradizê-la.– NÃO NOS TORNAMOS HOMENS E MULHERES AO SERMOS TOTALMENTE
LIVRES PARA FAZER O QUE QUISERMOS; ANTES, SOMOS HOMENS E MULHERES AO
REFLETIRMOS A IMAGEM DE DEUS
Na verdade há, sim, o “uso” correto do corpo; compreendendo-se que a propriedade
e a liberdade são relativas mas reais, o próprio corpo e o corpo do próximo devem ser
“usados” para fins que alegram e dignificam a pessoa livre e o Deus que se manifesta
nela. Assim o consentimento meu e do outro está sujeito a outra consideração: o que
um ser humano deve ser no sentido pleno? Como uma pessoa livre, no sentido
profundo e integral, se relacionará com outra pessoa livre no mesmo sentido? – SE
NOSSOS CORPOS PERTENCEM A DEUS, NÃO DEFINO COMO VIVEREI

Diferente da visão pós-moderna, a Bíblia oferece uma cosmovisão do sexo que tem
sim certas restrições, mas não para tirar a liberdade, e sim para mantê-la e cultivá-la

Talvez eu possa usar uma ideia principal, mostrando que todas as cosmovisões sobre
sexo são, no final das contas, redutoras do que é o ser humano. Todas têm uma
visão menor do ser humano que não respeita/valoriza algum aspecto dele. Só a fé
cristã o mostra como inteiro, absolutamente íntegro e digno em si mesmo e para
estar em relação com outros. Há plena liberdade na fé cristã, mas ela é usada para
serviço do outro. Dois livres que livremente decidem se servir em amor – TODAS
COSMOVISÕES VEEM SEXO DE FORMA DIMINUÍDA

MATERIAL EXTRA
DA COSMOVISAO
CRIACIONAL
A VISÃO CRISTÃ
A atitude cristã em relação ao sexo é popularmente considerada a visão platonista,
mas a maioria
definitivamente não é. Difere radicalmente de cada uma dessas três visões
proeminentes.
Ao contrário da visão platonista, a Bíblia ensina que o sexo é muito bom (Gênesis
1:31). Deus
não criaria e ordenaria que algo fosse feito no casamento (1 Co 7: 3-5)
não é bom. O cântico de Salomão está repleto de júbilo descalço no prazer sexual. De
fato,
a Bíblia pode ser muito desconfortável para o pudico.
Ao contrário da visão realista de “sexo-como-apetite”, a Bíblia ensina que os desejos
sexuais são
quebrado e geralmente idólatra. Por si só, os apetites sexuais não são um guia
seguro, e
somos instruídos a fugir das nossas concupiscências (1 Coríntios 6:18). Nosso apetite
sexual não opera o
mesmo que nossos outros apetites. Para ilustrar esse ponto, C. S. Lewis nos pede
para imaginar um planeta
onde as pessoas pagam para ver alguém comer uma costeleta de carneiro, onde as
pessoas olham a revista
fotos de comida. Se aterrissássemos em tal planeta, pensaríamos que o apetite
desses
as pessoas estavam seriamente perturbadas. (1) No entanto, é assim que as pessoas
modernas abordam o sexo.
Ao contrário da visão romântica, a Bíblia ensina que amor e sexo não são primários
para
felicidade individual. O que a Bíblia diz sobre sexo e casamento “tem um
singularmente estranho
som para aqueles de nós criados em noções românticas de casamento e sexo. Nós
somos atingidos por
o realismo absoluto das recomendações paulinas em 1 Coríntios 7. . . mas [acima de
tudo por]
a legitimação da singeleza da igreja primitiva como uma forma de vida [que]
simbolizava a
necessidade da igreja crescer através do testemunho e conversão ”(2).
A Bíblia vê o sexo não primariamente como auto-realização, mas como uma maneira
de conhecer a Cristo e construir
seu reino. Essa visão enfraquece tanto a idolatria da sociedade tradicional de sexo por
socialização quanto a idolatria da sociedade secular de sexo por realização pessoal.

SEXO É UM SACRAMENTO
A ética sexual cristã faz pouco sentido a menos que primeiro entendamos a elevada
visão de
sexualidade na fé cristã. O sexo é sagrado por três razões.
Sexo procria: a política do sexo
O sexo é sagrado porque, com Deus, co-cria uma nova alma. Sexo propaga a raça
humana
(Gn 1:28) Sua finalidade não é meramente para a construção de um nome de família.
O propósito de
o sexo é criar famílias de discípulos, estabelecer novas comunidades do reino. E,
ironicamente, a principal maneira de aprendermos isso é através da atitude notável
da Bíblia em relação a
singeleza.
O cristianismo, ao contrário da maioria das religiões ou culturas tradicionais, mantém
a singelação como um viável
modo de vida. Tanto Jesus como o apóstolo Paulo eram solteiros. Jesus falou sobre
aqueles que
permaneceu solteira, a fim de melhor servir o reino de Deus (Mt 19:12). Paul diz
a unicidade é muitas vezes melhor para ministrar como sinal do reino vindouro (1
Coríntios 7: 29-35).
Uma das poucas diferenças claras entre o cristianismo e o judaísmo é o primeiro
entretenimento da ideia de unicidade como modo de vida paradigmático para seus
seguidores. . . .
A unicidade era legítima, não porque o sexo fosse considerado particularmente
questionável
atividade, mas porque a missão da igreja era tal que “entre os tempos” a
a igreja requeria aqueles que eram capazes de prestar serviço completo ao Reino. . . .
E nós
É preciso lembrar que o “sacrifício” feito pelo single não é o de “desistir do sexo”, mas
o sacrifício muito mais significativo de desistir de herdeiros. Não pode haver ato mais
radical
do que isso, como é a expressão institucional mais clara de que o futuro não é
garantido por
a família, mas pela igreja. (3)
Portanto, devemos escolher entre casamento e solteirismo não com base no fato de
quer a felicidade pessoal e status de uma família, mas com base em qual estado nos
faz
mais útil no reino de Deus.
Tanto a unicidade como o casamento são instituições simbólicas necessárias para a
constituição do
a vida da igreja como a instituição histórica que testemunha o reino de Deus. Nem
pode ser
válido sem o outro. Se a solidão é um símbolo da confiança da igreja no poder de
Deus
para efetuar vidas para o crescimento da igreja, casamento e procriação é o símbolo
da
o entendimento da igreja de que a luta será longa e árdua. Para os cristãos não
coloque sua esperança em seus filhos, mas sim seus filhos são um sinal de sua
esperança. . . naquela
Deus não abandonou este mundo. (4)
Veja, então, quão diferente é a proibição cristã do sexo extraconjugal do tradicional
1? Nas culturas tradicionais, o sexo pré-matrimonial era um tabu, mas o mesmo
a família e a propagação de seu status econômico e social eram ídolos. O cristão
proibição de sexo antes do casamento é claramente diferente em sua inspiração,
porque a solidão é agora
considerada uma alternativa viável. (5) Nas sociedades tradicionais, o sexo antes do
casamento era proibido
porque minou a família. No cristianismo, minou o reino. Por quê? Primeiro,
o sexo fora de um pacto de casamento mina a qualidade de caráter da fidelidade, que
constrói comunidade.
A questão não é apenas se a forma de atividade sexual X ou Y está certa ou errada,
como se
a atividade pode ser separada de todo um modo de vida. Pelo contrário, essas
questões são apenas
maneiras abreviadas de perguntar que tipo de pessoas deveríamos ser capazes de
apoiar o
missão da igreja. . . . A castidade, esquecemos, não é um estado, mas uma forma da
virtude de
fidelidade que é necessária para um papel na comunidade. Como tal, é tão crucial
para o
vida de casado como é para a vida de solteiro. (6)
Segundo, nos abstenhamos do sexo extraconjugal para testemunhar como Deus
trabalha no evangelho.
Deus chama seu povo para um relacionamento exclusivo, um pacto de casamento e
para dar-lhe
qualquer coisa menos em troca é infidelidade. “Pela nossa fidelidade uns aos outros,
dentro de um
comunidade que exige, finalmente, lealdade a Deus, experimentamos e
testemunhamos os primeiros frutos
da nova criação. Nosso compromisso com as relações exclusivas testemunha a
promessa de Deus ao seu
pessoas, Israel e a igreja que, através de seu compromisso exclusivo com eles. . .
pessoas
será trazido para o seu reino. ”(7) Assim, embora seja comum ouvir as pessoas
dizerem:“ O sexo é
um assunto privado e nenhum negócio, exceto o meu, ”não é verdade. Como usamos
o sexo
significativa comunidade e ramificações políticas.

Delícias Sexuais: A Dança do Sexo


Além disso, o sexo é sagrado porque é a analogia da alegria que se dá e do prazer do
amor.
dentro da vida da Trindade. O Pai, o Filho e o Espírito Santo vivem em um
relacionamento de
devoção gloriosa um ao outro, derramando amor e alegria um ao outro
continuamente (cf. João
1:18; 17: 5, 21, 24-25). Sexo entre um homem e uma mulher aponta para o amor
entre o
Pai e Filho, assim como entre Cristo e o crente (1 Co 11: 3).
Apesar de 1 Coríntios 7, que explode as visões românticas do sexo como estritamente
pessoal
realização, a Bíblia celebra de forma bastante aberta e aberta as delícias do sexo.
Sexo é suposto
ser maravilhoso porque espelha a alegria do relacionamento na Trindade e porque
aponta
para o eterno êxtase da alma que teremos no céu em nossos relacionamentos
amorosos com
Deus e um ao outro (Pv 5: 18-20; Dt 24: 5).
O papel da mulher em toda a Canção [de Salomão] é verdadeiramente espantoso,
especialmente em
luz de suas origens antigas. É a mulher, não o homem, que é a voz dominante
ao longo dos poemas que compõem a música. Ela é quem procura, persegue, inicia.
[Em 5: 10-16], ela corajosamente exclama sua atração física. . . . A maioria dos
ingleses
Traduções hesitar neste verso. O hebraico é bastante erótico, e a maioria dos
tradutores não pode
traga-se para trazer o significado óbvio. . . . Isso novamente é um prelúdio para a
sua
fazer amor. Não há movimento mecânico tímido embaraçado sob os lençóis. Pelo
contrário, o
dois diante um do outro, excitados, sem sentir vergonha, mas apenas alegria um com
o outro
sexualidade. (8)
O sexo é, então, uma parte importante do que Lewis chama de “grande dança”. De
acordo com Lewis,
toda a realidade de Deus - das estrelas e sistemas solares ao ato sexual - forma
uma dança contínua e dinâmica, na qual “planos sem intertravamento numérico, e
cada movimento
torna-se em sua época a quebra em flor de todo o projeto para o qual tudo o mais
tinha
foi dirigido. ”(9)

Sexo unifica: a cerimônia do sexo


Terceiro, o sexo é sagrado porque constitui uma cerimônia de renovação da aliança.
O original
O propósito do sexo era "tornar-se uma só carne", significando uma união pessoal
completa. Sexo cria
profunda intimidade, unidade e comunhão entre duas pessoas (Gn 2:24; 4:14). Na
bíblia
unicidade não é simplesmente uma questão de emoção, mas é sempre a criação de
um pacto.
O romantismo considera a felicidade emocional a principal condição para o
casamento; se lá
é a felicidade interpessoal, o sexo é garantido e depois vem o casamento. Mas
quando o amor morre,
Também é permitido afastar-se do casamento. Na visão bíblica, no entanto, os
principais
condição de casamento é um pacto obrigatório. Na visão romântica, o sexo é auto-
expressão; em
a visão bíblica, o sexo é doação.
A Bíblia está cheia de cerimônias de renovação da aliança. Quando Deus entra em um
pessoal
relacionamento com alguém, ele não é tão irrealista quanto pensar que a mera
emoção pode servir como
a base para isso. Ele sabe que as emoções humanas vêm e vão e que precisa ser
algo vinculativo para fornecer consistência e resistência. Então Deus requer uma
ligação, público,
pacto legal como a infra-estrutura para a intimidade. É muito mais fácil ser vulnerável
a alguém
que prometeu ser fiel exclusivamente a você do que a alguém que está sob
nenhuma obrigação de ficar com você por mais de uma noite. Assim, Deus exige
convênios. Mas
mesmo isso não é suficiente. Ele regularmente reúne seu pessoal para reler os
termos do
pacto, lembre-se da história de seus atos de graça em suas vidas, e reafirme-se
através da renovação do pacto. A cerimônia final de renovação da aliança é a do
Senhor
Ceia. O sacramento da Ceia do Senhor renova o pacto feito no batismo; através
o partir do pão e o derramar do vinho, reencena o sacrifício altruísta de Jesus a
nos. Além disso, ao receber e comer o sacramento, ele reencena a doação de
nós mesmos a Jesus. Nós reencenamos o compromisso total e unidade que temos em
Cristo como um caminho
de renovar e aprofundar essa unidade.
Da mesma forma, o casamento é um pacto, que cria um lugar de segurança para
vulnerabilidade. Mas embora o pacto seja necessário para o sexo, o sexo também é
necessário para o pacto.
A aliança se tornará obsoleta, a menos que a revisitemos e reconstituamos
continuamente. O sexo é um pacto
cerimônia de renovação para o casamento, a reencenação física da unidade
inseparável em todos
outras áreas - econômicas, legais, pessoais, psicológicas - criadas pelo convênio do
casamento.
O sexo renova e revitaliza o convênio do casamento.

O SEXO TEM FRONTEIRAS


É fácil para as pessoas modernas acharem a visão cristã do sexo como repressiva.
Para dizer isso
no entanto, é fazer algumas suposições infundadas. Os ensinamentos de Sigmund
Freud enfocaram
sobre o conflito entre um "id" interno, o desejo sexual inato e um "superego" externo
a consciência socialmente formada desenvolvida por nossa cultura e educação. Mas
isso não é
Ciência; antes, é emprestado do romantismo. Como Freud conhece a consciência para
ser um artifício totalmente externo, social, separado de uma base interna inata? Ele
não, de
claro, mas estabelecendo a consciência como uma influência externa e o instinto
sexual como
influência interna, ele pode chamar toda ética sexual de "repressiva" e "artificial". Na
verdade,
Existem evidências para provar que o apetite sexual é moldado
forças da mídia, pressão dos pares e valores culturais.
O sexo só funciona da maneira mais completa que Deus pretendia para um homem e
uma mulher dentro do
compromisso exclusivo, permanente e legal do casamento. Dito de outra forma: o
sexo é uma maneira de Deus dizer a outra pessoa: “Eu pertenço completa e
exclusivamente e
permanentemente a você. ”Isso não pode ser dito fora do pacto exclusivo e
permanente
compromisso de casamento. A revolução sexual moderna considera esta regra tão
irrealista quanto
ridículo, até prejudicial e psicologicamente insalubre. No entanto, apesar da
incredulidade de
pessoas modernas, esta tem sido a visão e lei uniformes e inquestionáveis de não
apenas uma, mas
igrejas cristãs (ortodoxas, católicas, protestantes) e de judeus, muçulmanos e
moralidade pagã mais velha também.
Os jovens adultos de hoje têm como certo que pessoas normais farão sexo se
estiverem em
relação romântica. Mesmo aqueles que falam de si mesmos como “conservadores” ou
"Tradicional" significa simplesmente que eles não vão dormir com um namorado ou
namorada até mais tarde no
relação. A ética cristã da abstinência fora do casamento é considerada na melhor das
hipóteses
ridiculamente irrealista e, na pior das hipóteses, patológico e anormal. Cristãos que
professam o
A ética sexual bíblica pode esperar ser recebida com incredulidade, sarcasmo ou
hostilidade. Basicamente, o
visão mainstream é que o adultério é errado porque dói um cônjuge, mas que não há
nada
errado com o sexo entre dois amorosos, consentindo adultos não casados. E como
líderes cristãos,
Estamos achando que essa visão também é difundida na comunidade cristã. Como
nós respondemos?

A Compreensão Perversiva da Bíblia


É bastante típico ouvir os cristãos dizerem: “Eu sei que os Dez Mandamentos proíbem
adultério, mas a Bíblia realmente não proíbe o sexo entre duas pessoas não casadas.
”A idéia de
sexo antes do casamento era tão escandaloso em culturas antigas, no entanto, que
foi simplesmente assumido em
muitas passagens. Por exemplo, em 1 Coríntios 7, Paulo desejou que mais cristãos
escolha, como ele, uma vida única. Ele acreditava que havia grandes vantagens para
os solteiros no
trabalho do reino. “Eu gostaria que você estivesse livre de preocupações. Um homem
solteiro é
preocupado com os assuntos do Senhor - como ele pode agradar ao Senhor. Mas um
homem casado é
preocupado com. . . como ele pode agradar a sua esposa ”(1 Co 7: 32–33). Ele
desejou mais pessoas
eram como ele (1 Coríntios 7: 7, 26, 32) e declarou: “É bom que eles permaneçam
solteiros, como eu sou.
Mas se eles não podem se controlar, eles devem se casar, pois é melhor se casar do
que
queima com paixão ”(1 Co 7: 8–9). Em outras palavras, Paul simplesmente assumiu
que uma única pessoa
seria celibatário. Se você não pode ficar celibatário, ele disse, você deveria se casar.
Não há
até mesmo um indício de que uma única pessoa deveria estar fazendo sexo. A ideia
de que Jesus Cristo, como judeu do primeiro século, poderia ter pensado que o sexo
entre pessoas não casadas era permissível é
historicamente risível.

A unidade nas unidades


Uma das maneiras pelas quais alguns cristãos tentam silenciar o impacto do ensino
bíblico é apontar
que porneia também é traduzido (em alguns contextos) "prostituição" ou
"prostituição". Portanto, é
ocasionalmente sustentava que “fornicação” significa apenas sexo com prostitutas,
não sexo entre
duas pessoas que se amam. Mas o estudo de caso de Paul sobre sexo com uma
prostituta em 1
Coríntios 6 é muito instrutivo e refuta esse raciocínio: “Você não sabe que ele
Quem se une a uma prostituta é um com ela no corpo? Pois é dito: "Os dois vão
torne-se uma só carne ”(1 Coríntios 6:17).
Claramente "uma só carne" deve significar algo diferente aqui da mera inserção física,
ou
Paul estaria recitando uma mera tautologia: "Você não sabe que quando você tem
físico
união com uma prostituta você está tendo união física com uma prostituta? "Então o
que isso
significar? "Uma carne". . . refere-se à união pessoal do homem com a mulher, a
mulher com o homem,
em todos os níveis de suas vidas. ”(12) Tornar-se“ uma só carne ”significa tornar-se
uma nova pessoa -
uma nova unidade humana. Então, quando Paul usou a palavra pornos sobre o caso
do sexo com um
prostituta, ele não pode significar que alguém é automaticamente casado de alguma
forma mágica.
Pelo contrário, Paulo está condenando a monstruosidade da unidade física sem todos
os outros tipos de
unidade que todo ato sexual deve espelhar. "Paulo . . . aqui exibe uma visão
psicológica
sexualidade humana, que é totalmente excepcional pelos padrões do primeiro
século. . . ele insiste
que é um ato que. . . engaja e expressa toda a personalidade de tal forma que
constituem um modo único de auto-revelação e auto-compromisso ”(13).
Em suma, o sexo com uma prostituta é errado, porque todo ato sexual deve refletir
um
unidade pacífica absoluta e completa. Não deve haver união física a menos que haja
também
qualquer outro tipo - uma união legal, econômica, pessoal, emocional e espiritual.
Deve haver
Não seja uma unidade sem todo o resto. Da mesma forma, C.S. Lewis comparou sexo
sem casamento a
degustação sem engolir e digerir. (14)

Análise de visão de mundo


Quando alguém diz: "Sexo com uma prostituta é errado, mas não sexo com alguém
que você ama"
temos a pressuposição de uma visão de mundo romântica. Nesta cosmovisão, o que
faz sexo
certo ou errado é se é uma expressão de amor sincero e, portanto, a prostituição é
errado porque é feito por dinheiro, não por amor.
Mas Paulo tem um pressuposto muito diferente. Em sua visão de mundo, o propósito
do sexo não é
auto-expressão pessoal (para ser feliz), mas auto-doação pessoal (a fim de
imitar a Deus) como testemunha do evangelho do reino. Ele diz que faz sexo com um
prostituir errado é que o sexo sempre obriga você a completar a doação de si mesmo.
Sexo sem o
dar de si mesmo é uma monstruosidade, semelhante a um corpo que anda sem
cabeça.

Discipulado Cristão
Em forte contraste com a filosofia individualista, a teologia cristã ensina que as boas
ações são aquelas que são orientadas para Deus, e não para o eu. O bem maior que
pode ser encontrado não é expressar plenamente os próprios desejos ou alcançar os
próprios objetivos, mas alinhar a vontade pessoal com a de Deus. Para um cristão, a
submissão à lei de Deus requer autonegação. O individualismo expressivo diz: “siga
seu coração”, enquanto Jesus diz: “siga-me”. Esse imperativo exige que o crente
renuncie até mesmo aos seus desejos mais profundos e pessoais. Jesus ensinou:
“Quem quiser ser meu discípulo deve negar a si mesmo e tomar sua cruz diariamente
e seguir-me. Pois quem quiser salvar a sua vida, a perderá, mas quem perder a sua
vida por mim a salvará ”(Lucas 9: 23-24).
O discipulado envolve, portanto, assumir uma nova identidade. O apologista cristão
CS Lewis escreveu: “Quanto mais temos o que agora chamamos de 'nós mesmos'
fora do caminho e deixamos que Ele nos entregue, mais verdadeiramente nos
tornamos nós mesmos” .2 Ele continua,
Nosso verdadeiro eu está esperando por nós nEle. Quanto mais eu resisto a Ele e
tento viver sozinho, mais me torno dominado pela minha própria hereditariedade e
educação e desejos naturais. (…) É quando me volto para Cristo, quando me entrego
à Sua personalidade, que começo a ter uma personalidade própria. 3 – UAU, CARA!
LEWIS É O BICHO MESMO!
Nesse sentido, a submissão total à vontade divina não é uma traição do verdadeiro eu,
como seria no quadro do individualismo expressivo, mas uma realização do verdadeiro
eu. Para um cristão, os desejos naturais da pessoa humana são restrições à identidade
espiritual de alguém. Os individualistas, por outro lado, vêem esses desejos naturais como
representando a verdadeira identidade de uma pessoa. Essa diferença está frequentemente
no centro do desacordo sobre a orientação ou atração pelo mesmo sexo. A maioria das
tradições cristãs ensinam que negar a si mesmo a expressão desses desejos profundos é
doloroso, mas em última análise, santificador. “A renúncia de si mesmo é pensada para ser e,
de fato, está próxima do núcleo da ética cristã”, Lewis ensinou. 4
Ambas as filosofias exigem que o indivíduo desafie as expectativas sociais quando
essas expectativas são inconsistentes com o propósito mais elevado do indivíduo. A diferença
é que o individualista vê seu propósito como resultante de seus desejos, inclinações e sonhos,
enquanto o propósito do discípulo vem de um relacionamento com o Divino externo. Para os
crentes religiosos, os ensinamentos sexuais tradicionais não constituem uma afronta à
identidade de ninguém, mas sim um convite para se encontrar em Deus. Enquanto
individualistas expressivos veriam esses ensinamentos como sufocantesOs cristãos
freqüentemente vêem esses ensinamentos - e as tradições sociais e morais que são
informadas por eles - como apoio de seus deveres de se alinharem com a vontade de Deus

Em primeiro lugar, os primeiros cristãos eram ascetas sexuais. Eles sabiam


o que o depravado esteta não sabe: que há bens que transcendem os bens
físicos e prazeres que são mais agradáveis que os prazeres corporais, e que
esses são os únicos bens e prazeres que valem a pena perseguir. Os
primeiros cristãos subordinaram tudo à busca de bens espirituais, incluindo
a felicidade na vida por vir. Eles não rejeitaram o sexo como tal (São Paulo
é bem claro nesse ponto), mas eles sabiam que sem ascetismo, até o sexo
logo perde seu poder de agradar e pior.
Como o Dr. Peter Kreeft escrevea revolução sexual dos anos 60 não
poderia ter acontecido “sem a perda da religião verdadeira, a perda da
alegria espiritual, a perda da paixão religiosa, o amor apaixonado de Deus”.
O coração humano é infinitamente inquieto. Através do amargo fracasso,
Santo Agostinho aprendeu que o coração está inquieto até que repousa em
Deus. Sem Deus, tudo o que temos é nossa inquietação. Para preenchê-lo,
muitas vezes buscamos o melhor substituto para Deus que podemos
encontrar. O sexo é frequentemente a primeira alternativa que
encontramos. E não é de admirar: sexo é aquela experiência
esmagadoramente prazerosa pela qual, nesta vida, estamos mais
intimamente unidos a outra pessoa, na qual superamos mais
completamente nossa individualidade e descansamos em outra. Ou seja, o
sexo é extático.
Ou melhor, o sexo pode ser extático. No entanto, como os antigos
romanos aprenderam, e como os revolucionários sexuais da modernidade
aprenderam, no momento em que fazemos um fim do sexo - isto é,
fazemos do sexo um ídolo - é o momento em que o sexo se volta para nós.
Sexo indomável pelo ascetismo se torna uma besta devoradora. Em vez de
transcendermos a nós mesmos, nos rebaixamos a nós mesmos e aos
outros. Daí a escravidão sexual endêmica, a prostituição, o infanticídio e a
exploração da Roma antiga. Daí a doença, a solidão, o divórcio, o aborto e a
pornografia da modernidade – CARA, EXCELENTES PARÁGRAFOS! O
SEXO NÃO APENAS PERDE O POTENCIAL PRAZEROSO DELE, MAS
TAMBÉM NOS REBAIXA COMO SERES HUMANOS
Em segundo lugar, e mais importante, os cristãos recapturaram o
duplo propósito que Deus inscreveu no ato sexual entre marido e mulher - o
da união e da procriação. Os cristãos tinham Gênesis, e o ensinamento de
Cristo, e os escritos de São Paulo para guiá-los. Cada um deixa claro que o
sexo não é simplesmente a troca - ou, pior ainda, a aceitação do prazer. Por
maior que seja o prazer do sexo, o prazer acaba sendo a parte menos boa
do sexo. Melhor ainda é a capacidade para o ato conjugal de aproximar um
homem e uma mulher (marido e mulher) em um laço de amor que se doa -
um amor que é permanente e mutuamente enriquecedor e frutífero.
Amor, eu digo, e não luxúria - um amor rico e significativo que tira as
camadas do nosso egoísmo e permite que outra pessoa entre no fundo do
nosso coração, e vice-versa. "Maridos", diz São Paulo, "devem amar suas
esposas como se fossem seus próprios corpos". Quão diferente é isso da
luxúria violenta da aristocracia romana, sem escrúpulos usando seus
escravos sexuais para saciar seus apetites insaciáveis! E como isso é
diferente da milenaridade contemporânea, percorrendo os bares ou seus
aplicativos de “namoro” procurando por uma noite - para um parceiro coçar
a coceira de seu desejo. Os prazeres desse amor mais profundo são menos
frenéticos e veementes do que os prazeres puramente físicos do sexo, e
exigem muito em termos de auto-sacrifício, mas falam e satisfazem os
desejos mais sossegados e profundos de nosso coração: por significado e
união. .
Em segundo lugar, e mais importante, os cristãos recapturaram o
duplo propósito que Deus inscreveu no ato sexual entre marido e mulher - o
da união e da procriação. Os cristãos tinham Gênesis, e o ensinamento de
Cristo, e os escritos de São Paulo para guiá-los. Cada um deixa claro que o
sexo não é simplesmente a troca - ou, pior ainda, a aceitação do prazer. Por
maior que seja o prazer do sexo, o prazer acaba sendo a parte menos boa
do sexo. Melhor ainda é a capacidade para o ato conjugal de aproximar um
homem e uma mulher (marido e mulher) em um laço de amor que se doa -
um amor que é permanente e mutuamente enriquecedor e frutífero.
Amor, eu digo, e não luxúria - um amor rico e significativo que tira as
camadas do nosso egoísmo e permite que outra pessoa entre no fundo do
nosso coração, e vice-versa. "Maridos", diz São Paulo, "devem amar suas
esposas como se fossem seus próprios corpos". Quão diferente é isso da
luxúria violenta da aristocracia romana, sem escrúpulos usando seus
escravos sexuais para saciar seus apetites insaciáveis! E como isso é
diferente da milenaridade contemporânea, percorrendo os bares ou seus
aplicativos de “namoro” procurando por uma noite - para um parceiro coçar
a coceira de seu desejo. Os prazeres desse amor mais profundo são menos
frenéticos e veementes do que os prazeres puramente físicos do sexo, e
exigem muito em termos de auto-sacrifício, mas falam e satisfazem os
desejos mais sossegados e profundos de nosso coração: por significado e
união. .

CONCLUSÃO
- para visão moderna, todos problemas sexuais e seus derivados se resolvem com
mais LIBERDADE e menos restrições. Visão cristã: mais liberdade virá com as
restrições certas! (como peixe que não vê água como restrição, mas como seu
habitat. Isso não é “construído socialmente ou imposto”, mas natural)
- gastar menos tempo na visão tradicional e mais na visão hipermoderna

Uma Revolução da Ternura


Nossos jovens e jovens adultos são subjugados por um ataque
torrencial de imundície moral em todas as formas de mídia. Mesmo suas
escolas e instituições não estão imunes à instrução de promiscuidade e
perversão. A propaganda difundida em apoio à imoralidade - impureza,
contracepção, aborto, homossexualismo e divórcio - significa um ataque à
família e à vida e à compreensão cristã da pessoa humana e da sexualidade
humana que é incomparável desde os tempos do paganismo antigo.
A maioria das revoluções é alta e violenta. Os comunistas pregaram a
irmandade do homem e nós pegamos os gulags. Os revolucionários sexuais
pregaram o amor universal, e nós temos DSTs, AIDS e aborto. No entanto,
a primeira revolução sexual cristã foi um tipo diferente de revolução. Foi,
para usar um termo cunhado pelo Papa Francisco, uma “revolução de
ternura”. Ele construiu - para usar a frase de São João Paulo II - uma
“civilização do amor”.
As divindades violentas e lascivas da Roma pagã foram gradualmente
exorcizadas. Leis contra a pedofilia e a escravidão sexual foram
aprovadas. A verdade sobre a natureza humana estava inscrita nas
estruturas do direito e da cultura, erradicando os piores abusos, protegendo
os vulneráveis e criando as condições para sociedades estáveis. Ao alijar
tudo isso, os revolucionários sexuais dos anos 60 simplesmente reabriram a
Caixa de Pandora, desencadeando de novo no mundo a miríade de males
que a civilização cristã tinha, à custa de grande esforço, restringidos.
Em última análise, no entanto, como o Dr. Peter Kreeft observa
corretamente, essa nova revolução sexual não pode ser
uma revolução sexual como tal. Deve, como era na Igreja primitiva, ser em
primeiro lugar uma revolução espiritual.
"Então, o que precisamos para derrotar essa revolução [sexual], que
provocou uma imensa destruição e uma eventual morte, para as famílias e,
eventualmente, para a sociedade?", Escreve ele. “Razão, lógica, argumento,
ciência, fatos, bom senso, compromisso, retorno à tradição - nada disso é
forte o suficiente. O que é forte o suficiente? Apenas uma coisa. Nada
menos do que Jesus Cristo fará.
"Por quê? Porque o coração do erro da Revolução Sexual é a
identificação do amor com o sexo. Cristo desfaz essa confusão fundamental
nos mostrando - não apenas nos dizendo, mas nos mostrando - o que é o
amor ”.
O mundo está faminto por amor. Os seres humanos foram feitos para
o amor. Esta última revolução sexual esvaziou o sexo do amor e
praticamente todo o seu significado transcendente. Chegou a hora de uma
revolução contra a revolução, uma revolução que será acesa nos corações e
lares de todo cristão e, por sua vez, iluminará o mundo com amor.
CONCLUSÃO
O que a Bíblia nos mostra, na verdade, não é que temos desejos fortes demais,
mas desejos fracos demais. Como Lewis diz, noVDs contentamos com bebida e sexo,
quando Deus está nos convidando a uma alegria muito superior e infinita, que é
contemplar e participar da Glória de Deus por meio da adoção, que nos une a Ele por
semelhança e comunhão. É como a alegria de participar de uma banda e tocar a
música, e não apenas ouvi-la pronta. Por isso João fala que na eternidade, “veremos
a Deus (contemplar) e seremos como Ele é (participação)”
Como Freud mesmo reconheceu, essa “felicidade pelo prazer” é impossível,
insustentável, passageira demais. O que a Bíblia vai nos dizer é que a verdadeira
felicidade não está em “buscar prazer e fugir da dor” (visão freudiana, mas também
utilitarista e clássica), mas “buscar o bem e fugir do mal”, e aí estará a felicidade. A
busca de Freud e das Escrituras é a mesma, mas o meio de chegar a esse ponto é
bem diferente: na visão cristã, a alegria está em desejar corretamente o que é bom

Uma das tarefas centrais da fé cristã hoje é recuperar o Eros, mostrando como
ele está em oposição ao pornográfico, a Vênus/venal, à mera corporalidade, à
objetificação do corpo. Paixão sem Ágape torna-se animalidade; a única forma de
verdadeiramente recuperar o erótico não é focar no próprio Eros, mas enchê-lo,
revitalizá-lo e sustenta-lo com Ágape – TALVEZ USAR UMA IDEIA MAIS SIMPLES
PRA ILUSTRAR ANTIGUIDADE E MODERNIDADE: ANTIGUIDADE ERA SÓ
PROMESSA (SACRIFÍCIO PELO OUTRO, ENTREGA, PROMESSA, CONTRATO,
COMUNIDADE, INCONDICIONALIDADE) ENQUANTO MODERNIDADE É SÓ
EROS (PAIXÃO, INTENSIDADE, INDIVIDUALIDADE, EFEMERIDADE). CADA
UM DESSES AMORES, SOZINHOS, PRODUZ DISTORÇÕES, ERROS E
SOFRIMENTOS. ENQUANTO A FÉ CRISTÃ FALA DE UMA PAIXÃO QUE É
SUSTENTADA POR UMA PROMESSA /// A IDEIA DO EROS É “PREENCHER O
VAZIO” NO OUTRO. MAS O OUTRO TAMBÉM É VAZIO, DE CERTA FORMA. A
IDEIA DE QUE SEREI CHEIO AO TER O OUTRO É UMA ILUSÃO FORA DO
CASAMENTO. ISSO FAZ SENTIDO EM RELAÇÃO À CARÊNCIA

Quero dizer, o perigo é que assumimos que a Revolução Sexual sempre será triunfante,
progredindo para cima e para frente. Assumir isso é supor que a Revolução Sexual será capaz
de cumprir suas promessas. Não pode.

Vivemos, afinal, em um cosmo ordenado em torno do Logos de Deus, um Logos que


conhecemos pessoalmente como Jesus de Nazaré (Jo 1: 1-14). Parte da sabedoria do
universo é a resiliência da união conjugal de uma só carne. O casamento, e os limites da
sexualidade, não apenas retrata o evangelho (Efésios 5:32), é também o modo pelo qual os
seres humanos prosperam e florescem. Pensamos que queremos autonomia e novidade e
transgressão. O que realmente satisfaz é a fidelidade e complementaridade e o amor
encarnacional.

É por isso que eu digo que a igreja deve se preparar para os refugiados da Revolução Sexual.
Devemos entender porque a cultura ao nosso redor é exuberante. Eles acreditam que isso os
fará felizes, que sua alienação foi resultado da marginalização cultural ou da repressão
puritana. Mas o principal problema que todos nós temos é interno. Há uma consciência que
nos fala de uma palavra que queremos esconder: "Onde você está e para onde vai?"

Se nos calarmos sobre o que o evangelho diz sobre a imoralidade sexual, não apenas
perderemos nossa missão, mas também perderemos o respeito daqueles que estamos
buscando alcançar. Eles podem ler textos. Toda a ginástica dos revisionistas não faz nada
para silenciar o que as pessoas honestas lêem nas nossas Escrituras. Quando eles nos ouvem
limpando nossas gargantas com constrangimento ou explicando coisas fora de moda no
momento, eles ouvem de nós que temos mais medo deles do que estamos confiantes em
nosso evangelho. Como então eles podem confiar em nós com palavras de vida que podem
dominar o túmulo, quando eles vêem que não estamos nem mesmo dispostos a ir contra o
espírito da era?

A Revolução Sexual não pode cumprir suas promessas. Muitas pessoas ficarão desapontadas,
e mesmo antes de poderem admitir isso a outros ou a si mesmas, elas perguntarão: “Isto é
tudo que existe?” Precisamos de igrejas que possam manter a luz acesa para os antigos
caminhos, que pode manter as águas do batismo prontas. Precisamos ser as pessoas que
podem lembrar ao mundo ferido do que viemos a ouvir e crer: “Vinde a mim, todos os que
estão cansados e sobrecarregados, e eu vos darei descanso” (Mt. 11:28). ). Essa é uma boa
notícia para os refugiados, como nós – EXCELENTE TEXTO!
EFEITOS DA
REVOLUÇÃO
SEXUAL
Mulheres
Ironicamente, as consequências mais prejudiciais recaíram sobre as mulheres e as
crianças. Digo "ironicamente”, pois os defensores mais ferozes da Revolução Sexual,
os progressistas sociais, professam cuidar dos indivíduos mais fracos e vulneráveis da
sociedade. Todavia, como no caso do aborto, a defesa da Revolução Sexual desmente
sua preocupação. As mulheres desejam um homem comprometido e amoroso para si
mesmas e seus filhos. A Revolução Sexual transformou o homem em um playboy
irresponsável e despreocupado.
As mulheres querem homens que participem dos deveres domésticos, mas a
Revolução Sexual não lhes dá nenhum incentivo para ficar em casa — exceto para
jogar videogames, talvez.
As mulheres querem romance, mas a Revolução Sexual convida a pornografia
que transforma as mulheres em objeto e transforma indivíduos de seu gênero em
uma foto digital gnóstica, inatingível e retocada — que nenhuma mulher real no
mundo pode viver à altura.
Além disso, a pornografia tem causado mais estragos que a objetificação. Ela
ocasionou a completa degradação das mulheres. Kate Dailey, ao comentar o livro
“Pomland”: How Porn Has Hijacked Our Sexualiiy [“Pornolândia”: como a pornografia
sequestrou nossa sexualidade], de Gail Dines, escreveu na revista Newsweek:
A maior parte da pornografia agora se baseia na humilhação das mulheres
(encorajando as meninas a fazer brincadeiras sem limites) ou em sua degradação (o
trabalho de Max Har- deore, um pornógrafo já preso por obscenidade), e “as
mulheres do mundo pornó parecem gostar de fazer sexo com homens que não
expressam nada além de desprezo <• ódio e, muitas vezes, quanto maiores os
insultos maiores são os orgasmos envolvidos. Trata-se de um mundo sem compli-
cações em que as mulheres não precisam de salário igual, cuidados de saúde,
creches, planos de aposentadoria... K um mundo cheio de mulheres unidimensionais
que nada rnais são que coleções de orifícios” (xxiv). Esse mundo agora, Di- nes diz,
está em toda parte: mais estupros e agressões sexuais, mais sentimentos de
inadequação e vergonha, e menos intimidade e igualdade entre homens e mulheres.''
No fim, separou-se o sexo da intimidade e ele foi reduzido à técnica; nessa visão
narcisista, idosos e deficientes físicos são indignos do sexo. As mulheres são as
primeiras grandes vítimas da Revolução Sexual.10
Crianças
As crianças não se saíram melhor sob o regime da Revolução Sexual. Ilegitimidade
(mas quem usa essa palavra hoje em dia?) e divórcio causam grandes danos às
crianças, deixando- -as muitas vezes sem o pai e dividindo seu tempo entre o pai e a
mãe desesperados. Além disso, a pedolilia e sua gradual normatização colocam em
risco crianças vulneráveis." Sem mencionar a consequência mais desast rosa: o
assassinato de milhões de crianças por meio do aborto legalizado, o fruto
terrivelmente amargo da Revolução Sexual. Lembre-se de que aborto, para a
Revolução Sexual, é o ‘“plano b’ permanente” para a contracepção. 12 É impossível
imaginar o assassinato em massa produzido pelo aborto sem a Revolução Sexual.
Então, à medida que as crianças crescem e entram no ensino médio e no
superior, a tragédia não diminui. Encontra- mo-nos em meio à cultura do “ficar” entre
os jovens, e isso significa “um tipo de ato sexual ou outro, em qualquer tempo, entre
pessoas que se conhecem ou não, com o entendimento e a condição de esse ato não
envolver nenhum compromis- so’V*]Sexo sem compromisso é o título de um filme
estrelado
deploram a hierarquia masculina. Todavia, caso haja uma hierarquia masculina no
inundo contemporâneo, a Revolução Sexual ajudou a produzi-la. Os homens dispõem
da liberdade do sexo recreacional sem se comprometer com uma esposa e filhos, e
podem se valer da pornografia sem nenhum estigma social. Os homens obtêm toda a
diversão e nenhuma culpa: que as mulheres e as crianças sofram as consequências.
Essa é a mensagem da Revolução Sexual, mesmo que não pretendida.
Todavia, os homens também sofrem algumas consequências. A irresponsabilidade
gerada pela Revolução Sexual deixou uma geração de jovens efeminados, incapazes
de manter o emprego por mais de um ano, que não cultivam o amor de uma mulher,
não passam tempo cuidando dos filhos e mais conhecedores de jogos digitais que do
caráter moral. Eles sofrem de consequências biológicas também, e não só de doenças
sexualmente transmitidas. A neuropsiquiatria mostra que exposição extensa à
pornografia dispõe o cérebro à insatisfação sexual: “A visualização repetitiva de
pornografia redefine os caminhos neurais, criando a necessidade de um tipo e nível
de estímulo insaciável na vida real", escreveu Holly Finn no Wall Street Journal. “O
usuário se excita e se condena.”"’
A pornografia não é uma diversão inofensiva; de Deus não se zomba — nem
mesmo com uma revolução tão bem-sucedida como a Revolução SexualA
E Nietzsche matou sua moralidade — pelo menos tentou. Ele contra-atacou com
a moralidade do “super-ho- mem”: o homem cria a própria moralidade. A moralidade
não é dada por Deus; é inventada pelo homem. 20 Cinquenta anos antes da Revolução
Sexual, as elites ocidentais entenderam o significado da mensagem de Nietzsche. A
ética sexual revisada da modernidade considerava a ética sexual cristã “bur-
guesa”JOs apóstolos de Cambridge — um pequeno grupo de intelectuais ateus do
começo do século 20 —, por exemplo, consideravam sua missão repudiar a
moralidade tradicional.'1 Contudo, só na Revolução Sexual, a cultura ocidental desistiu
por completo da ética sexual cristã.
sarnento, sem laços formais com um único casal e seu cuidado amoroso. A ética sexual
cristã principia com esta lei: toda a atividade sexual legítima ocorre no casamento.
Terceiro, o intercurso sexual não é pecaminoso nem uma concessão ao pecado;
ele é uma dádiva prazerosa da parte de Deus. O escritor aos Hebreus (13.4) declara:
“Digno de honra entre todos seja 0 matrimônio, bem como 0 leito [intercurso sexual]
sem mácula; porque Deus julgará os impuros e adúlteros”. O livro de Cântico dos
Cânticos é uma canção de amor terna, por vezes erótica, entre um homem e uma
mulher enquanto se preparam para 0 casamento. Não há vestígio de autoconsciência
moral sobre 0 intercurso sexual marital. É verdade que os pais da igreja muitas vezes
mantiveram uma visão diminuída do sexo e do corpo humano, mas isso se devia à
influência do ideário greco-romano. Eles não adotaram essa convicção da Bíblia, que
descreve 0 intercurso marital como algo belo, deleitoso e santo.
Quarto, certas formas específicas de intercurso sexual são especialmente
repelentes. Elas incluem a homossexualidade (Lv 18.23; 20.13), bestialidade (Lv
20.15,16) e incesto (Lvi8.6ss.).
A homossexualidade é repugnante por envolver o intercurso com criaturas muito
parecidas. A bestialidade é repelente pois envolve intercurso com criaturas muito
diferentes. O incesto é ofensivo pois, como a homossexualidade, envolve intercurso
com criaturas por demais parecidas.7 A penalidade pública e o reconhecimento legal
da homossexualidade — de modo específico, o casamento entre pessoas do mesmo
sexo, a questào social premente do nosso tempo. Ela nào é premente porque os
cristàos a têm pressionado. É premente pois os homossexuais forçam o tema a fim de
torná-lo parte da rotina social.5 O CPMS é o último passo na agenda da rotinizaçào
radical.
O próprio conceito do CPMS verifica o sucesso surpreendente e rápido da
agenda homossexual, que tem sido tornar a homossexualidade parte da rotinizaçào
da cultura moderna.
Por “rotinizaçào” quero dizer a aceitaçào da homossexualidade como algo não
mais estranho que os fenômenos sociais humanos raros, como ser ruivo ou canhoto.
Não diríamos que ruivos ou canhotos não devem se casar, diríamos? Isso é
rotinização. O próximo item de sua agenda, a rotinizaçào cultural, é marginalizar e
oprimir qualquer um que se oponha ou, com o tempo, se recuse a apoiar a
homossexualidade.!
Outros dois fatos assustadores se destacam. Primeiro, Paulo não diz que Deus
julgará a homossexualidade; ele declara que a própria homossexualidade consiste no
juízo divino sobre a cultura rebelde e idólatra (v. 24-28). Deus entregou os antigos
pagãos à homossexualidade por terem eles lhe voltado as costas, adorando e
servindo a ídolos." As consequências da homossexualidade no corpo e na vida
humana constituem 0 juízo temporário de Deus (v. 27b). O juízo eterno vem depois.
Segundo, pode-se inferir que, para Paulo, a homossexualidade é 0 pecado
cultural supremo.12 Em Romanos 12, Paulo ensina que por causa da idolatria dos
gentios, Deus “os entregou” à homossexualidade. Não importa quão contrário à
intuição se pareça esse juízo para nossas (in)sensibilidades modernas, isso
demonstra que Deus considera a homossexualidade um ato autodestrutivo (Rm 1.26-
28) — a punição apropriada para a apostasia.
Não devemos nos enganar pensando que todos os pecados são igualmente
repugnantes para Deus e dignos de igual juízo temporal por declarações como
“qualquer que guarda toda a lei, mas tropeça em um só ponto, se torna culpado de
todos” (Tg 2.10). Por exemplo: Marcos 3.29 refere-se à blasfêmia contra o Espírito
Santo como “pecado eterno” sem possibilidade de perdào. Obviamente, esse
pecado é ma is pesado que outros. De maneira análoga, a homossexualidade
como pecado social é a culminacào da cultura apóstata. Quando se detecta a
disseminada prática homossexual, testernuriha-se o juízo divino sobre uma cultura.
John M. Frame captura essa distinção: “A criação é o que Deus faz; cultura é o
que nós fazemos”' A palavra cultura, estritamente definida, designa os produtos da
interatividade humana com a natureza que refletem o objetivo autoconsciente do
benefício humano: educação, ciências, entretenimento, tecnologia, arquitetura, artes
— mesmo produtos simples como refeições, brinquedos e cuidados pessoais. A
categoria “cultura” apresenta uma divisão nítida da natureza. Sabemos que Deus
criou a natureza: ela é obra de suas mãos. Deus não criou a cultura — não em
sentido direto.}
A cultura é bem diferente da criação; seu traço distintivo é o uso humano da
criação para o benefício do homem. Cultura resulta quando o homem emprega de
modo intencional a criação para obter benefícios propositais. Um tomate não é um
aspecto da cultura; uma pizza sim. O oxigênio não é exemplo de cultura; a máscara
de oxigênio o é. O rei Davi não é definido como cultura; a famosa escultura Rei Davi
de Michelangelo (c. *504) é cultura. A criação somada à ação benéfica do homem
equivale à cultura pela mào de Deus. A sexualidade Ininiana é um ex<*ni|,| ()
extraído da criação, não da cultura. Nesse sentido o sexualidade é ontológica. Por
ontologia designo o “ser”. O homem foi criado como um ser sexual. O sexo não é,
portanto, um desenvolvimento de sua engenhosidade, intelecto ou diligência (ou
evolução biológica); não é uma construção cultural ou social. O sexo (macho ou
fêmea) está inscrito no próprio ser da humanidade. O homem não pode substituir o
seu sexo, como também não pode alterar sua mente ou consciência. Sem dúvida, os
seres humanos podem manipular, diminuir e elevar seu sexo, mente e consciência,
bem como muitas outras realidades derivadas da criação. Afinal, o que é o pecado,
senão a perversão da boa criação de Deus? Operações de mudança de sexo podem
manipular os traços físicos da sexualidade humana criada por Deus. Mas nunca
podem alterar a ontologia: “Ainda que a expulses com um forcado, a natureza voltará
a aparecer” (Horácio).K Da mesma forma que o homem pode obliterar, mas nunca
apagar sua consciência (Rm 2.15), ele pode modificar seu sexo no corpo, mas nunca
em sentido ontológico.
Os modernistas, em guerra com a cosmovisão sexual cristã, não raro veem 0
sexo como um aspecto da cultura, não da criação. O sexo é uma realidade
engenhada; é possível criar sexos como se criam videogames ou tortas de pecã. O
termo “gênero” é empregado para denotar uma espécie de sexualidade que cada um
de nós cria e muda quase à vontade. Somos artistas sexuais, provando “a
maleabilidade ilimitada da
Em segundo lugar, a partir do primeiro ponto: o homem e a mulher foram
criados à imagem de Deus, e a razão explícita para Deus criar a mulher reside no fato
de não ser bom para o homem (macho) ficar sozinho (Gn 2.18). O que a respeito de
não estar sozinho reflete a imagem de Deus? Essa resposta é fácil. Deus é uma
Trindade. Deus é um e três. Ele é três pessoas. “Como Deus não está sozinho”,
escreve Michael Heeves, “então o homem, em sua imagem, não deveria estar só.
Portanto, eles [os cristãos] confessam a criação e <> qSj_ co, a feminilidade, os
relacionamentos e o casamento, tudo como intrinsecamente bom, reflexos criados
pelo Deus que não está só”." Deus criou a mulher não só para a procriação (vital,
com certeza), mas para o companheirismo: Deus não nos fez para sermos sós, como
ele não está sozinho. É possível que Deus tenha criado Adão primeiro para que ele
pudesse sofrer as dores da solidão e apreciar o papel vital da mulher na sua vida
(mesmo Deus não é companhia suficiente para o homem na criação). O marido e a
mulher partilham não só o mundo exterior, mas também o mundo interior. Eles se
edificam, encorajam e reforçam em tempos de grande dificuldade (algo inevitável em
todo casamento). Participam de triunfos supremos e grandes derrotas um do outro.
Portanto, o culto ao individualismo atual combate a cos- movisão sexual cristã.
Esse culto preza a autonomia radical. O indivíduo e seus anseios, desejos, apetites,
sonhos, objetivos, prazeres e aspirações são considerados o ápice da “boa vida”.
Temos listas de reprodução personalizadas em nossos dispositivos musicais digitais;
encontramos uma pilha de anúncios no navegador da internet adaptados a nossos
hábitos anteriores de compra e preferências na rede. Vemos gradualmente todas as
nossas decisões à luz de nosso benefício e não do benefício de (ou consequência
para) outras pessoas.
A sociedade é pressionada cada vez mais a confiar em recursos não comunitários
para a felicidade (em outras palavras, à parte de amizades saudáveis com outras
pessoas), o pós-modernismo, perpetuando o ideal romântico, enfatiza o individuo
como o artista de si mesmo.'* Criamos (e recriamos) a nós mesmos, talvez muitas
vezes durante nosso tempo de vida: este ano o playboy rico, ano que vem o acético
ligado à nova era, no ano seguinte o crente religioso. Este mês participaremos do
cristianismo e no próximo do budismo, na década seguinte seremos metrossexuais, e
talvez tarde na vida, sábios contemplativos. O que é importante é que nenhum fator
exterior impeça o que queremos ser ou nos tornar. Somos criadores de nós mesmos.
Temos o direito à autocriação.
Em relação ao sexo, isso significa que não temos nenhum objetivo além da
gratificação e satisfação sexual. A multiplicidade de “parceiros” e a diversidade de
experiências são os caminhos mais lógicos para alcançar esse objetivo, e esse é o
programa empregado por muitos modernistas individualistas. A cosmovisão sexual
cristã demanda a vida íntima compartilhada por um homem e uma mulher durante
toda a sua existência e é a antítese da cosmovisão sexual individualista e anticristã.
NÃO SEI ONDE
USAR, MAS É BOM!
PALESTRA
“Por volta dos anos 80 a esquerda tinha mudado sua política, tornando-se
majoritariamente identitária, levando os jovens para dentro de si mesmos, ao invés
de leva-los para fora, rumo ao mundo mais amplo. Isso os despreparou para pensar
sobre o bem comum e retrocedeu a consciência política progressista” – autor citado –
IMPORTANTE CITAR ESSA IDEIA DE “EMPURRADO PARA DENTRO DE SI
MESMOS”. O QUE SINTO? O QUE DESEJO? O QUE PENSO? INDIVIDUALISMO
QUE NOS TORNA INCAPAZES DE ASSUMIR RESPONSABILIDADES.
IMPORTANTE TAMBÉM PARA A SÍNDROME DE PETER PAN

Phillip Rieff fala que há o surgimento de um


“novo mito do homem” nessa época
moderna
Guilherme vai falar que os marcos teóricos
disso são alguns:
- a noção de que o expressivismo
sentimental (Romantismo) resulta de uma
inversão patológica da imaginação moral
ocidental, uma regressão em relação ao
paradigma judaico-cristão, que é
responsivo-vocacional (me acho, me
encontro, me entendo não por mim mesmo
olhando para dentro, mas ao ser “chamado
para fora, para servir”)
1. IDENTIDADE
Charles Taylor é o grande referencial nesse ponto teórico.

a. Hiperbens. A ideia de “hiperbens” vem de


Aristóteles de “bem supremo”, um bem
muito superior que se torna o centro
organizador do seu mapa moral; ele é o
“padrão” que revelará é se outras coisas
têm mais ou menos importante

b. Mapa moral. É a forma como você configura seus bens morais: alguns estão mais
longes do hiperbem, outros estão mais próximos. Quando algum bem “impede” o
avanço do hiperbem, vemos isso como uma “libertação”;

c. Identidade como narrativa. Como “hiperbens” dão sentido à vida, passamos a ver
nossa identidade como uma narrativa. Como os “hiperbens” se movem/são movidos,
explicamos quem nós somos a partir de um passado, presente e futuro. O mapa
moral está sempre em mudança, por isso há uma narrativa envolvida, onde
explicamos quem somos através de uma história. O self não é mais dado, inato e
rígido, mas uma narrativa que vai variando ao longo do tempo

2. CENTRAMENTO SUBJETIVO (ou A INTROVERSÃO ESPIRITUAL DO OCIDENTE)


Hegel, um dos principais intérpretes da
Modernidade, entende que a liberdade da
subjetividade é o que move o mundo
moderno. Charles Taylor vai chamar isso de
“subjetivação”, que é a tendência moderna a
centrar tudo no indivíduo e na sua
satisfação/felicidade (de democracia a
algoritmos de busca no Google)
Isso faz surgir uma enorme mudança
na imaginação moral do indivíduo. Antes a
moral era baseada em mimese (imitação
dos pais, pastores, autoridades); agora, ela se baseia na expressão pessoal (eu crio
meu imaginário moral e o expresso). Agora, para ser livre e feliz, o homem precisa
expressar o que está dentro de si, ser fiel a si mesmo e, se necessário, modificar o
que está fora de si de acordo com o que tem dentro de si, seus significados,
expectativas e afetos.
Isso é uma ruptura total com o paradigma anterior, em que o indivíduo tinha
que se adaptar ao mundo exterior, que é anterior a ele. Assim, adaptado ao que lhe é
exterior, ele poderia buscar o “bem comum” em conjunto com a sociedade (pela
política, família, igreja e outros). O significado não existe mais lá fora, mas sou eu
quem o crio (subjetivamente e emocionalmente). Isso fica bem claro nas artes:
antes, a “boa arte” era uma imitação/interpretação, era encontrar algo de belo na
realidade externa; hoje, a “boa arte” é original, única, uma expressão subjetiva do
seu criador que não segue padrões exteriores, anteriores e superiores. Não tento
mais estabelecer um vínculo com um Ser “lá” (Deus, a natureza, a sociedade) mas
busco estabelecer vínculo comigo mesmo (a arte política é diferente, pois é uma
tentativa deliberada de falar de algo que envolve significado compartilhado). Esse é o
processo de “introversão e expressivíssimo espiritual”
Essa noção de “eu oculto” que precisa ser expresso, a ideia de que encontramos
a verdade dentro de nós (em particular em nossos sentimentos) é de onde vem a
“rebelião romântica” (séc. XVII e XVIII) que se desamarra de formulações ditas
“ortodoxas” na religião, na moral, na sexualidade, nas artes e tudo o mais – UAU,
VELHO! ESSES PARAGRÁFOS SÃO MATADORES DEMAIS!
As novelas românticas surgem e fazem
sucesso nesse período do séc. XIX. Antes, os
“heróis” eram os homens e as mulheres que
abriam mão de uma paixão em prol de um ideal
maior (ser fiel a um ideal exterior), mas a partir
do expressivismo, o “herói” e o “bem” é seguir o
próprio coração, é expressar o que sente,
mesmo que isso seja imoral, errado ou traição
(ser fiel a si mesmo). Fazer diferente disso é ser
“inautêntico” e não “ser feliz” (afinal, lembre-se que a introversão/expressivismo
romântico não está preocupado com formas e regras externas, mas apenas com o
que tem dentro de si mesmo e seus sentimentos). Hoje acreditamos que isso é o
romance, porque toda a história de Hollywood se baseia nesse pressuposto, mas essa
é uma ideia relativamente recente. Até os filmes de Hollywood que retratam épocas
antigas (Antiguidade, Idade Média) os protagonistas são românticos, em uma
distorção cronológica clara.
3. CONSEQUÊNCIAS DO CENTRAMENTO SUBJETIVO
O democrata progressista Mark Lilla,
mesmo sendo um esquerda, é crítico da
política identitária, pois diz que no campo da
política essa mudança de paradigma (do
exterior para o interior/subjetivo) faz com que
as pessoas já não consigam mais se identificar
com a própria nação pois são uma “essência”
definida por raça, orientação sexual ou gostos
(movimento LGBT, por exemplo, se apropria
disso: “eu sou gay”).
Antes, na visão judaico-cristã, a alma humana era reconhecida, mas a sua
identificação, nossa ID não era achada dentro de nós mesmos como se houvesse uma
essência própria; antes, nossa ID era encontrada/desenvolvida por meio das relações
externas, familiares, religiosas, geográficas. O “mergulho dentro de si mesmo”
entretanto, cria profundas divisões sociais, familiares e nacionais, pois cada indivíduo
passa a se tornar autêntico, único e logo, solitário
Ele usa X-Men pra falar que os grupos identitários hoje são como os mutantes:
eles sentem ter algo peculiar, especial, único, que mais ninguém tem, e o “sistema”
quer leva-los a abandonar esse “dom” (orientação sexual, etnia, cultural, feminismo,
etc) para se tornar “normal” com os outros. Há uma idolatria da auto expressão. Na
política, isso faz com que o foco deixe de ser em bens públicos (comuns) e se torne
um exercício objetivado de psicologia – É POR ISSO, POR EXEMPLO, QUE NOS SENTIMOS
CADA VEZ MAIS CONFUSOS: ESTAMOS PERDIDOS DENTRO DE NÓS MESMOS, NOSSOS
SENTIMENTOS, AFETOS, PENSAMENTOS, EXPECTATIVAS. AÍ PRECISAMOS DE CADA VEZ
MAIS PSICÓLOGOS, YOUTUBERS E PESSOAS QUE NOS RESGATEM, NOS ORIENTEM, NOS
DEEM INDICAÇÕES PRA ONDE DEVEMOS IR. ENFRENTAMOS DESESPERO, ANGÚSTIA,
SOLIDÃO E APATIA PORQUE ESTAMOS TENTANDO PREENCHER NOSSO VAZIO EXISTENCIAL
COM MAIS CONSUMO, ENTRETENIMENTO E SEXO, TENTANDO NOS ACHAR EM
RELACIONAMENTOS E PRODUTOS, MAS NÓS NÃO NOS ENCONTRAREMOS LÁ! NÓS SÓ NOS
ENCONTRAMOS EM JESUS, E ELE ESTÁ FORA DE NÓS! É NELE, E VIVENDO PARA ELE, E COM
ELE, E AMANDO A DEUS E AO PRÓXIMO QUE NOS ENCONTRAMOS (página final do
Cristianismo Puro e Simples, COM CERTEZA! – USAR TUDO ISSO NA PREGAÇÃO SOBRE SEXO
E IDENTIDADE

Essa busca por definir sua própria


identidade torna-se uma busca frenética e
ansiosa (ansiedade levada para o campo político,
inclusive, pois há uma demanda por resolução
estatal do problema). Em “Modernidade e
Identidade”, por exemplo, Giddens mostra que a
identidade se torna uma “tarefa”, algo que você
tem que construir, alcançar, realizar, e isso causa profunda ansiedade. Na
Modernidade essa “ansiedade” era congnitiva/epistemológica (a recusa em aceitar a
epistemologia tradicional) e por isso passou-se a duvidar de tudo: crenças, tradições
e etc. Tudo deveria ser derrubado para construir-se uma nova episteme racional. O
problema é que a epistemologia é um conjunto externo, social, e a identidade é algo
pessoal, interior, e essa desconstrução causa enorme sofrimento psíquico. Agora
temos que definir nosso sexo, gênero, orientação e tudo o mais, e isso é uma tarefa
absolutamente pesada e complexa. Bauman em “Identidade” trata da mesma coisa: a
obsessiva e exagerada busca por auto-definição

Esse centramento subjetivo também faz com


que passemos a ter uma sociabilidade líquida e
utilitária, pois nos recusamos a permanecer em
relações (pessoais, conjugais, institucionais,
filosóficas, religiosas) que tirem de nossa mão o
absoluto controle e estejam nos determinando de
alguma forma. “Se alguém te impede de ser você
mesmo, termine com ela”
Giddens vai dizer que nessa busca expressivista, o ideal torna-se a “relação
pura”, onde já não há mais critérios externos que a moldem/controlem, porque as
relações passam a ser medidas unicamente pela retribuição emocional que elas
podem nos dar (é a recusa em aceitar interferência externa na minha forma de
viver). A partir do momento em que depende da retribuição, ela é UTILITARISTA. Ela
deixa de ser ética/moral e se torna puramente estética

Lipovetsky mostra como esse


autocentramento (a extrema ampliação do poder de
definir a direção da própria vida) produz cada vez
mais indivíduos incapazes de lidar com suas próprias
demandas emocionais (internas) quanto sociais
(externas), levando a um quadro de angústia
existencial. É o “Narciso totalmente liberto mas
totalmente acorrentado” (à própria liberdade, que se
torna absolutamente pesada). Narciso liberto é
quem corta os laços com a comunidade, o
metafísico/religioso, as noções objetivas de
belo/bom/correto e precisa então criar, sozinho,
todo um novo mapa moral. A emancipação do
indivíduo em autodefinir-se torna-o, então, mais
frágil (emocional, mental e psiquicamente). O projeto emancipatório moderno,
portanto, mostra suas fragilidades

4. A EMERGÊNCIA DO HOMEM PSICOLÓGICO


O “terapêutico”, na visão de Rieff, não são
apenas os aparatos médicos/psicológicos modernos,
mas uma função antropológica que toda cultura
precisa desenvolver para garantir a unidade coletiva.
O terapeuta, portanto, é o que ajuda a fazer o
ajustamento entre as ordens estabelecidas para a
sociedade (por uma elite cultural) e as necessidades
subjetivas do indivíduo. O terapeuta interpreta e os
desejos individuais para convencê-lo a se adequar à ordem social. Toda cultura tem
uma elite cultural que apresenta um ideal/imaginário de vida e o terapeuta, que faz
essa mediação subjetiva para garantir que os indivíduos se sintam ajustados (e não
frustrados). Ele diz, por exemplo, que Freud é o “grande terapeuta moderno”, que
entendeu como a sociedade moderna-ocidental (que prega o desenvolvimento da
autonomia) é extremamente hostil a qualquer tipo de ajustamento social, justamente
porque há uma atomização/individualização das demandas, expectativas e etc. Ele diz
que Freud propõe como ajustamento, portanto, uma “economia libidinal”: você
observa o que a realidade autoriza e “calcula” o máximo que pode desempenhar para
ter o máximo de prazer sem ultrapassar as regras que tornariam a ordem social
impossível. A felicidade humana, portanto, virá através da concretização dos desejos
humanos
Os pós-freudianos, contudo, não param por aí. Para eles, a economia libidinal
não faz com que os indivíduos aceitem os mecanismos de repressão social como
“naturais”; antes, o indivíduo os tolera, mas os vê como repressivos ao seu máximo
prazer, e não como uma “verdade”. A sociedade “justa” passa a ser vista então como
aquela onde não há qualquer limite para a expressão das pulsões libidinais
individuais, e há uma busca pela destruição da sociedade vigente (o “sistema”) e dos
limites morais para buscar a total libertação do indivíduo – A NOÇÃO DE QUE
QUALQUER LIMITE PARA A SEXUALIDADE É OPRESSIVA, TERRÍVEL E MATA VEM
DOS PÓS-FREUDIANOS
É com essa mentalidade de recusa a aceitar a
supressão da energia libidinal que alguns teóricos
unem a teoria freudiana ao marxismo. Marcuse é o
principal nome dessa fusão, que prega que era
necessário usar a energia libidinal para formar uma
nova sociedade, pois a liberação libidinal faria todos
felizes. Esse é o paradigma de “homem psicológico”. Afinal, como não houve
revolução, as elites culturais passaram a estabelecer um novo imaginário moral
baseado na satisfação dos desejos. O terapeuta, nesse sentido, é o que ajusta/ensina
os indivíduos a se adequarem a esse modelo, mesmo os que não pensam assim
Assim, os enunciados morais já não são tanto sobre “certo e errado”, mas sobre
“isso me faz bem/feliz ou não? Isso realiza os meus anseios por satisfação
emocional/afetiva?”. Segundos autores _______ (não entendi o nome, entre 53 e
54min), essa proposta deve ser assumida racionalmente. É a partir desse momento
que a moralidade deixa de ter significado objetivo, absoluto, universal, para ter um
significado subjetivo. O “homem psicológico” renuncia à moralidade objetiva de
maneira racional e define que toda moralidade é apenas um instrumento para servir à
satisfação de seus desejos. É o eudaimonismo: a doutrina que considera a busca de
uma vida plenamente feliz - seja em âmbito individual seja coletivo - o princípio e
fundamento dos valores morais, julgando eticamente positivas todas as ações que
conduzam o homem à felicidade

Eva Illouz mostra que por meio do consumo de


massa e cultura pop há a emergência de um campo
afetivo na sociedade. A partir daí, acontece uma
interpenetração com o campo econômico capitalista:
o capitalismo é influenciado pela afetividade (surge o
“capitalismo afetivo”) e a afetividade recebe
categorias capitalistas
Esse campo afetivo tem um projeto utópico
próprio para a sociedade: a felicidade por meio da realização emocional individual.
Essa ideia já existia antes, mas não como um campo social definido, com agenda
própria, conceitos próprios e etc. Algumas propostas desse campo afetivo:

1º proposta do campo afetivo: a


felicidade afetiva como o núcleo identitário é
o “hiperbem sentimental” (Charles Taylor).
Qualquer coisa que impeça sua realização
afetiva e auto expressão se torna, portanto,
um obstáculo à sua felicidade e repressão ao
seu direito mais básico de ser feliz.
Eva Illouz mostra claramente que o
anseio pela utopia e pelo amor romântico de
“relações puras” (onde me expresso como
sou e não há qualquer bloqueio, sentimento,
interesse, mas há uma afirmação da minha própria individualidade) tem muito a ver
com a experiência do sagrado e com o campo religioso dos antigos, mas que agora
essa satisfação é buscada no amor romântico (se conecta com o texto católico que li
e está fichado por aqui). Os rituais sociais e a mística contemporânea giram ao redor
dessa autorrealização sentimental, que ganha a mesma função antropológica das
divindades nas sociedades antigas.

Obs: “Configuração moral expressivista sentimental” (Charles Taylor), “homo


sentimentalis” (Eva Illouz) e “homem
psicológico” (Rieff) são conceitos mais ou
menos parecidos de autores diferentes
2º proposta do campo afetivo: a auto
validação em bases sentimentais. Isso significa
que quem sente está absolutamente validado,
legitimado e liberado simplesmente porque
sente tais coisas. Como a afetividade torna-se
o centro identitário, então o respeito aos
sentimentos/afetos individuais torna-se então
uma questão de dignidade e até mesmo
humanidade! Há a exigência de ter seus
sentimentos reconhecidos, respeitados e
obedecidos, sob a ameaça de estarmos lhe
retirando o próprio valor como ser humano. É
daí que vem a ideia de “meus direitos me
fazem humanos” de muitos movimentos
identitários e afetivos

3º proposta do campo afetivo: as


relações sociais baseadas em sentimentos têm
pelo menos duas implicações:
a. As “relações puras” se tornam a regra.
Uma relação só é considerada “saudável” se
ela me aceita exatamente como sou e afirma
minha individualidade. Se não sou
devidamente reconhecido, procuro outra
relação. A noção de
compromisso/casamento/aliança perde
absoluta força, porque a relação serve para a
minha autoafirmação emocional, e isso não
pode derivar de uma estrutura moral de compromisso, mas de sentimentos livres e
espontâneos
b. As noções tradicionais de relação/família/casamento já não fazem mais sentido,
pois são impeditivos para os sentimentos. Casamento gay, poliamor e outras formas
novas de relação partem daí. A própria legislação tem que ficar líquida para suportar
a reorganização

O que isso tudo causa?


1. Colapso da estrutura psíquica sob a carga
da auto validação expressiva. Eva Illouz mostra
que nas relações antigas não havia o medo de
mostrar as próprias falhas para alguém a quem
se cortejava, porque o indivíduo já recebia senso
de valor suficiente de sua rede de
relacionamentos, família e religião, e não estava
em busca de afirmação ao se relacionar romanticamente. Hoje, é justamente o
reconhecimento afetivo que sustenta o senso de valor. “Nos sentimos alguém na
vida” por meio do amor. Havia paixão, dor e etc, mas não havia a centralidade disso
Por exemplo: o número de jovens que se mata hoje é cada vez maior,
especialmente em universidades. A alegação é que a universidade exige muito.
Porém, no passado, a exigência não era menor. A questão é que hoje há uma
fragilidade psíquica que não tem conseguido dar conta do sofrimento. E aí está um
paradoxo: há uma luta por emancipação individual e reconhecimento afetivo, mas
isso tem trazido grande fraqueza psíquica. Ou seja: a busca por reconhecimento
afetivo NÃO ESTÁ TRAZENDO RIQUEZA AFETIVA, mas empobrecendo-nos
afetivamente e tornando-nos um self enfraquecido (Narciso liberto é acorrentado)
2. Desnaturação das formas tradicionais de vida social. Há uma total
desregulamentação das relações e formas/regras/compromissos tradicionais de afeto,
e com isso, vão embora também as garantias envolvidas aí. Eva Illouz dá o exemplo
da corte antiga, onde o rapaz só podia sair daquela pré-relação se a moça o liberasse
(afinal, se entrou tem que ir até o fim, a não ser que o outro permita). A decisão de
se envolver custava muito, e só se se envolvia com quem tinha reconhecido caráter,
fidelidade e etc. A ideia de “responsabilidade” e “compromisso” é o que guiavam as
relações. Hoje, exige-se “responsabilidade afetiva” em um mundo cada vez mais
preocupado e ocupado com autonomia e reconhecimento individual, o que é
impossível
Com a perda da noção de responsabilidade e compromisso, as relações se
tornam cada vez menos custosas, e a própria noção de aliança/promessa torna-se
assustadora, porque temos medo de não sermos reconhecidos emocionalmente. Isso
seria a “abulia”, esse medo do compromisso, esse apego permanente ao mercado
afetivo. Como homens têm mais facilidade pra isso, as mulheres têm adotado cada
vez mais uma visão tipicamente masculina para o sexo e as relações (visão de
descarte, de efemeridade e etc). Tudo isso, no final das contas, é capitalismo afetivo:
vamos à procura da melhor relação custo-benefício
3. Substituição da conversação racional por choques de força baseados em
empatia e raiva (devido à impossibilidade dessa validação afetiva da parte de
alguém). Mark Lilla descreve bem como a
necessidade de reconhecimento afetivo torna o
debate político irracional e cada vez mais violento,
agressivo, irado e emocional, onde sempre alguém
precisa colocar-se sob o rótulo de “vítima” para
atrair empatia pública. Lembrando: Lilla é um
PROGRESSISTA! Ele está falando do próprio grupo!

5. O HOMO RESPONDENS
Para responder bem a esse novo tempo, os cristãos precisam retornar ao
ponto-chave: a ruptura com a realidade feita pelo
“homem psicológico” de que não há objetividade e
fins comuns. Devemos lembrar que não há um self
oculto que independe de relações significativas e
moralmente organizadas. A voz da exterioridade,
da objetividade e da metafísica precisa SER
OUVIDA pelo “homem psicológico” para que ele
tome consciência de que existe algo maior que ele
mesmo
Sem uma linguagem compartilhada por
muitas pessoas, essas pessoas não terão
categorias para pensar a si mesmo de outra forma.
A comunidade cristã precisa dar uma nova
linguagem possível sobre o “eu” e sobre o “nós”
(ex: liturgias) para que as pessoas não tenham que carregar o peso de definir
totalmente a si mesmas
Precisamos ensinar que há uma estrutura objetiva de bens que nos capacitem a
repensar sobre nós mesmos da forma correta. É o ordo amoris: ame a Deus, ame ao
próximo. É só quando essa estrutura é apresentada que podemos deixar de ser
“introvertidos” (buscar significado em nós mesmos) e nos tornarmos “extrovertidos”
(achamos o significado na realidade). A conversão precisa ser um “ser arrancado de si
mesmo”
Santo Agostinho diz que “virtude” é amar
corretamente (no grau certo) o que deve ser
amado, na ordem apropriada. A virtude existe
mesmo quando não estamos confortáveis
emocionalmente com amar as coisas certas (Deus
e o próximo). Amar os bens objetivos mais do que
nosso próprio conforto afetivo é a essência do
“homo respondens”. Fora dessa estrutura mental
onde reconheço uma ordem moral objetiva e
externa, me tornarei um Narciso, por achar que só
o que meu “eu” valida e legitima é moral
https://www.catholiceducation.org/en/marriage-and-family/sexuality/christian-anthropology-
versus-the-sexual-revolution.html
Terceiro, garantiu infalivelmente que sua sociedade morreria, se auto-destruiria. Nenhuma
sociedade na história sobreviveu sem casamentos estáveis e famílias estáveis. É o único
fundamento absolutamente indispensável de tudo o mais, pois é a primeira e mais íntima maneira
pela qual os indivíduos formam comunidades e emergem do egoísmo. Mas essas três coisas são
exatamente o que o divórcio faz. Mais do que isso, é uma forma de suicídio, o suicídio da nova
pessoa, a carne dois-em-um criada pelo casamento
Obviamente, a mente por trás da Revolução Sexual não está excessivamente ligada à
consistência lógica, e há pouca esperança de mudar a mente que defende essa revolução por
argumentos lógicos, por mais infalíveis que possam ser. Você precisa de mais do que a lógica
para desembaralhar os cérebros de um adicto. O argumento não encontrará solo no cérebro para
crescer porque os cérebros já estão embaralhados. Você realmente acha que os viciados em sexo
podem pensar com mais clareza do que os viciados em drogas? Se alguma coisa, é o oposto. Os
viciados em drogas geralmente não defendem seu vício com elaboradas racionalizações e novas
filosofias de relativismo moral; viciados em sexo quase sempre fazem. E apenas cerca de 5-10%
dos americanos são viciados em drogas, provavelmente cerca de duas vezes mais do que isso, se
incluirmos o álcool. Mas a grande maioria é viciada em sexo. De acordo com uma pesquisa
recente, Mais de 50% dos homens que freqüentam a Igreja todos os domingos são viciados em
pornografia. Isso não é 50% dos homens, ou até mesmo 50% do homem cristão, mas 50% da
pequena elite da cultura que está na igreja todos os domingos. É uma epidemia literal.
Então, o que precisamos para derrotar essa revolução, que provocou uma imensa
destruição e morte final, para as famílias e, eventualmente, para a sociedade? Razão, lógica,
argumento, ciência, fatos, bom senso, compromisso, retorno à tradição, nada disso é forte o
suficiente. O que é forte o suficiente? Apenas uma coisa. Nada menos do que Jesus Cristo fará.
Por quê? Porque o coração do erro da Revolução Sexual é a identificação do amor com o
sexo. Cristo desfaz essa confusão fundamental, mostrando-nos não apenas nos dizendo, mas nos
mostrando o que é o amor
Os Beatles estão certos: tudo que você precisa é amor. Mas não o tipo de amor que eles
significam. Por que é verdade que tudo que você precisa é amor? Porque Deus é amor e tudo o
que você precisa é de Deus. Se você tem Deus e mais dez milhões de outras coisas, e se eu tenho
somente Deus, você não tem mais nada além do que eu. O amor e a falta de amor transformam
tudo o mais. Todos nós preferimos estar apaixonados em Detroit do que divorciados no Havaí.
Significa, claro, exatamente o oposto. Nossos amores humanos são formas de desejo,
sentimento, eros, necessidade. Essas necessidades amadas são coisas muito boas. Os homens
precisam de mulheres e mulheres precisam de homens, física e espiritualmente e socialmente e
emocionalmente e biologicamente. E as crianças precisam de adultos e os adultos precisam de
crianças. E os professores precisam de alunos e os alunos precisam de professores. Mas o amor
que Cristo traz é o amor que Deus é, e Deus não precisa de nada. Deus é puro presente.
Agora vamos conectar esse novo amor, esse amor que é a própria natureza de Deus, com
o sexo. A Revolução Sexual a desconectou; precisamos nos reconectar. Como? Primeiro de tudo
em nosso pensamento e depois em nossa atuação. Sem os pensamentos certos, não faremos os
atos certos. Sem um roteiro, não encontraremos o caminho certo.
Já vimos como é radical a Revolução Sexual. É uma mudança radical no comportamento, é
claro, mas ainda mais radicalmente, é uma mudança radical no pensamento. E a mudança mais
radical no pensamento não é uma adição, mas uma subtração. O resultado mais radical de toda a
imensa quantidade de educação sexual que tivemos nos últimos 50 anos não foi um novo
conhecimento, mas uma nova ignorância: a ignorância da coisa mais essencial sobre o sexo, o
significado essencial e a finalidade do sexo. , a essência do sexo. Sexo cria bebês. Eles não são
acidentes! Gravidez não é uma doença. Eles são o que o sexo faz se você deixar fazer as
coisas. Sexo faz novas pessoas imortais. O sexo é incrivelmente, magicamente,
sobrenaturalmente criativo porque imagina o Criador. Faz parte da imagem de Deus. Que'macho
e fêmea os criou. "
Nós, modernos, achamos que o sexo é para nós; não é; é para nossos filhos. Nós,
modernos, achamos que somos tão iluminados porque não somos mais legalistas, somos
personalistas, somos pessoas, não leis, regras ou mandamentos. Pensamos nas pessoas que
fazem sexo e queremos que essas pessoas se divirtam e sejam felizes. O que é bom, mas
estamos tão fixados no fato de que as pessoas fazem sexo que ignoramos o fato de que o sexo
faz as pessoas.
É exatamente o oposto do que Freud achava que era. Freud argumentou que a religião é
apenas um substituto pobre para o sexo. Cristo mostra que o sexo é um substituto pobre da
religião, da religião real, isto é, uma espécie de religião de que Freud nada sabia. Freud pensava
que o amor era um substituto para a luxúria. Cristo sabia que a luxúria era um substituto do
amor. Se Freud estivesse certo, o resultado seria que quanto mais sexo você tem, menos religião
você quer, de modo que pessoas felizes e casadas que tenham muito sexo feliz se tornariam
ateus. Isso não acontece. As previsões não são verificadas. Os dados falsificam a teoria. Pessoas
sexualmente ativas não se tornam ateus. Até na faculdade. A cultura de ligação universitária
transformou as faculdades em casas de prostituta gratuitas, o sonho impossível de um homem
excêntrico. Mas mesmo esses homens, e certamente suas prostitutas livres, não são ateus felizes.
Eles não são ateus nem felizes. Satisfazer sua fome sexual não satisfaz mais sua fome espiritual
do que a de Santo Agostinho. Parece que Deus não é um pobre substituto do sexo, mas o sexo é
um substituto pobre para Deus – EXCELENTE FRASE INICIAL!
Mas vamos ser honestos, entre todos os substitutos de Deus, o sexo é muito bom. E isso é
porque é um tipo de ícone de Deus. Eros é uma imagem de ágape. E o amor entre os sexos é
uma imagem ou ícone do amor entre as pessoas da Trindade. Só coisas muito boas podem se
tornar vícios e idolatrias. Ninguém fica viciado em clipes de papel ou adora lama. Você não pode
fazer uma religião em máquinas de lavar roupa. Mas você pode fazer um fora do sexo.
O sexo está próximo da religião porque o fim último, o centro e o ponto de toda religião
verdadeira é um casamento espiritual com Deus. É para isso que somos projetados, essa é a
única coisa que nos manterá em êxtase sem limites para sempre. É o que a Bíblia diz. O último
evento da história da humanidade, no final do Apocalipse, é o casamento entre o Cordeiro e Sua
noiva, Cristo e Sua Igreja, Deus e homem. Esse é o fim, o objetivo, o propósito, o valor mais alto,
o bem maior, o significado, a consumação e a perfeição da vida humana.
Por que sexo é tão emocionante? Porque é uma das poucas coisas na vida que é assim. É
literalmente um êxtase, a palavra significa "pé fora de si mesmo", auto-esquecimento,
autotranscendência, a superação daquela solidão interior oculta que cada um de nós traz ao
mundo com aquela pequena e maravilhosa palavra "eu". O "eu" está inquieto até se tornar um
"nós". E, finalmente, isso é porque Deus é um "nós" – EXCELENTES DOIS PARÁGRAFOS
FINAIS! EXCELENTES DEMAIS!
Não é a excitação física que é a maior excitação sexual, é a excitação pessoal de saber que
essa outra pessoa aceitou você em seu santuário interno, corpo e alma. É a intimidade, a
unicidade, o nós, quando sabemos que aquele que amamos nos ama, quando as duas correntes
de amar e ser amado se encontram como dois raios de luz, transformando-se em um ou dois rios
de mistura de lava vulcânica. Os dois realmente se tornam um, e paradoxalmente, naquele
momento em que estão mais totalmente perdidos um no outro, cada um descobre o mais
profundo segredo de sua própria individualidade. Em que outro momento os amantes atingem o
auge de sua realização individual, se não no momento em que estão mais completamente
perdidos um no outro? Por que isso acontece? Porque é isso que Deus é: e é por isso que é a lei
suprema da vida: o grão de trigo cai no chão e morre, que é a única maneira de viver. Você perde
sua vida e essa é a única maneira de encontrá-lo. Você dá, e essa é a única maneira de receber.
Você se esquece, e essa é a única maneira de se encontrar. É uma espécie de distração mística.
Você se torna o outro, sem deixar de ser você mesmo.
Há outras experiências de pico na vida que podem lhe dar um pouco dessa emoção, que
são semelhantes ao sexo, mas geralmente são muito mais fracas e raros. Ótima música, por
exemplo, ou surfar uma ótima onda. Mas Deus criou o sexo para ser o # 1 caminho. É por isso
que Ele não projetou bebês para virem ouvindo Beethoven ou pendurando dez no tubo.
Em suma, pelo desígnio de Deus em nos criar, nós estamos programados para o casamento
espiritual, para nos tornarmos um com Deus; É por isso que estamos tão empolgados em nos
tornar um com o outro, como as imagens de Deus. Como somos imagens de Deus, a união sexual
é uma imagem de união com Deus. É um aperitivo do Céu, uma imagem fraca da Visão Beatífica.
São Tomás de Aquino diz: "Nenhum homem pode viver sem alegria" (isto é, sem êxtase, que é
muito mais do que felicidade, porque a felicidade pode estar sob seu controle e portanto
entediante, mas a alegria é sempre um presente e uma surpresa). Tomás de Aquino continua:
"Nenhum homem pode viver sem alegria; é por isso que aqueles que são privados de verdadeiras
alegrias espirituais passam necessariamente para os prazeres carnais". A origem da Revolução
Sexual é religiosa. A Revolução não poderia ter acontecido sem a perda da verdadeira religião, a
perda da alegria espiritual, a perda da paixão religiosa, o amor apaixonado por Deus. A Revolução
não poderia ter acontecido sem isso, e também sem a pílula, é claro, o que nos permite ter
relações sexuais sem consequências e responsabilidades ao longo da vida. Nós desistimos das
duas maiores e mais profundas alegrias, o amor eterno de Deus e o amor eterno pelo cônjuge,
família e filhos, as duas alegrias que advêm da mais total doação, a radical aventura de não
conter nada; e nós demos estas duas grandes coisas dramáticas para o que? Para os prazeres
menores, temporários e menores, que são tão pequenos porque têm que reter alguma coisa,
retêm o total de doação, que inclui fertilidade e família e futuro e compromisso. Estas são
aventuras malucas. Que aventura louca as crianças são! Ter ataques é menos louco do que ter
filhos. E nós estamos entediados e, portanto, infelizes porque estamos programados para o tudo
ou nada, selvagem, romance total e tudo o que encontramos são alguns chutes legais e
controlados. a radical aventura de não conter nada; e nós demos estas duas grandes coisas
dramáticas para o que? Para os prazeres menores, temporários e menores, que são tão pequenos
porque têm que reter alguma coisa, retêm o total de doação, que inclui fertilidade e família e
futuro e compromisso. Estas são aventuras malucas. Que aventura louca as crianças são! Ter
ataques é menos louco do que ter filhos. E nós estamos entediados e, portanto, infelizes porque
estamos programados para o tudo ou nada, selvagem, romance total e tudo o que encontramos
são alguns chutes legais e controlados. a radical aventura de não conter nada; e nós demos estas
duas grandes coisas dramáticas para o que? Para os prazeres menores, temporários e menores,
que são tão pequenos porque têm que reter alguma coisa, retêm o total de doação, que inclui
fertilidade e família e futuro e compromisso. Estas são aventuras malucas. Que aventura louca as
crianças são! Ter ataques é menos louco do que ter filhos. E nós estamos entediados e, portanto,
infelizes porque estamos programados para o tudo ou nada, selvagem, romance total e tudo o
que encontramos são alguns chutes legais e controlados. retenha a doação total que inclui
fertilidade e família e futuro e compromisso. Estas são aventuras malucas. Que aventura louca as
crianças são! Ter ataques é menos louco do que ter filhos. E nós estamos entediados e, portanto,
infelizes porque estamos programados para o tudo ou nada, selvagem, romance total e tudo o
que encontramos são alguns chutes legais e controlados. retenha a doação total que inclui
fertilidade e família e futuro e compromisso. Estas são aventuras malucas. Que aventura louca as
crianças são! Ter ataques é menos louco do que ter filhos. E nós estamos entediados e, portanto,
infelizes porque estamos programados para o tudo ou nada, selvagem, romance total e tudo o
que encontramos são alguns chutes legais e controlados.
Então nós mentimos. Nós fingimos que estamos felizes. Nossa liturgia social mais básica é
"Como vai você?" E a resposta tem que ser "Bem", mesmo que seu cachorro tenha acabado de
morrer, sua sogra está vindo morar com você para sempre, seus filhos pensam que você é um
idiota, e sua esposa está coletando números de telefone de advogados de divórcio. Estamos todos
bem.
Se estamos todos bem, como é que a taxa de suicídio de adolescentes aumentou 5000 por
cento entre 1950 e 1990? O que poderia ser um índice mais indiscutível de crescente infelicidade
do que isso?
E como Jesus Cristo responde isso? O que Cristo tem a ver com a Revolução Sexual e suas
causas e conseqüências? Tudo. Porque somente Cristo nos dá intimidade com Deus, e é isso que a
Revolução Sexual está procurando, mas não sabe disso. Como disse Chesterton, quando o
adúltero bate à porta do bordel, ele está realmente procurando por uma catedral.
Portanto, somente Cristo é a resposta para a Revolução Sexual. Porque ninguém nos dá
intimidade com Deus
O que eu disse vai impressionar alguns de vocês como bizarros. Como ouso trazer essas
duas coisas juntas, Cristo e sexo? Eu devoreuni-los, porque eles são as duas coisas mais
apaixonadas em nossas vidas, e porque ambos são revelações do mesmo Deus, o Deus do amor.
O que eu lhe dei é o ponto essencial da Teologia do Corpo de João Paulo II. Essa é a
resposta da Igreja à Revolução Sexual. A Igreja sempre responde a novas heresias com novas
definições, novos insights, novas reformulações das verdades eternas. Quão importante é essa
resposta? Tão importante quanto a Revolução Sexual. A importância de São Jorge depende da
importância do dragão. A importância do Dr. Von Helsing depende da importância de Drácula.
Isso é escandaloso porque nem Maomé nem Joseph Smith são a resposta para a Revolução
Sexual. Cristo é. Ele não ensina apenas o quadro geral, como o papa faz; Ele é a grande
figura. Ele não apenas nos ensina a Palavra de Deus sobre sexo, ele é a Palavra de Deus sobre
sexo. Ele não meramente ensina o matrimônio espiritual, ELE É o matrimônio espiritual. Ele é
todo o significado e fim e ponto e consumação do sexo e de toda a nossa vida, neste mundo e no
próximo. Ele é a Mente de Deus, Ele é o inventor do sexo, o ícone e o mediador do êxtase
Celestial, o casamento místico, do qual é o ícone. Conhecê-lo é conhecer o significado de todas as
coisas. Fora Dele, nós não conhecemos Deus, ou a nós mesmos, ou o significado da vida, ou o
significado da morte, ou o significado do sexo.
Há mais que dizer sobre uma antropologia cristã e sobre uma filosofia cristã do sexo. Muito
mais coisas do que isso são necessárias. Mas nada menos – CARA, BAITA TEXTO! LER MELHOR
COM TEMPO!

O RETORNO DO PAGANISMO
“A short introduction to paganism” (Oxford) – procurar esse livro
“Pagão” é uma versão mais universal do que “gentios” significava para os
judeus: alguém que está “fora” de um sistema/cultura/visão de mundo/devoção a
Deus (porque Deus é o ponto de convergência entre o povo). Pagão é um conceito de
origem e uso cristão, e não geral
Origem etimológica de “pagão” é “aquele que não é militante (da causa cristã)”.
Com o tempo há uma evolução do conceito, que passou a significar “pessoas de certo
lugar que preservam seus costumes locais influenciados pelas religiões/ídolos natais”.
Os cristãos, ao contrário, não viviam segundo as religiões naturais/humanas, mas
segundo a Revelação Divina (que vem de cima para baixo, e não de outras nações).
Nesse sentido, Renascença e multiculturalismo atual são expressões de paganismo
Características centrais de um pensamento pagão que o identificam claramente
como um não-cristão
1. Ausência de um Deus Criador Todo-Poderoso que controle a História e a presença da
idolatria. Tudo que há de não cristão hoje é fruto do paganismo idólatra. Ídolos são
aquelas coisas que nos nutrem com segurança e algum senso de salvação (razão,
filosofia, sexo, prazer, dinheiro, autorrealização e etc). O ídolo imanente substitui o
Criador Transcendente, e então o relativo (coisa criada) toma o lugar do Absoluto
(Criador de tudo). Um ídolo é a absolutização daquilo que é relativo (os “ismos” da
filosofia, por exemplo), e aí está o problema: nessa relação com o ídolo, o ser
humano se assemelha ao seu ídolo, e porque o ídolo é relativo/menor que a Imagem
de Deus, ele rebaixa o ser humano a apenas uma parte do que ele realmente é,
desumanizando-o. Um exemplo: os gregos filósofos que idolatravam a filosofia/razão
tendia a ver escravos como “não-humanos” e artistas como pouco importantes (pois
não acessariam a realidade, como o filósofo, mas fariam imagens de imagens que é a
realidade). Toda expressão de paganismo nega a realidade total do Criador e se foca
em apenas um aspecto/ídolo criado (corpo, p. ex). A idolatria equivale à distorção da
Imagem de Deus em nós
Se usamos o sexo e o corpo como ídolo, o funk carioca é o ápice, o hinário da nossa
religião, porque há uma redução da realidade a Vênus. Mas a idolatria “achata” o ser
humano, o diminui a uma certa realidade. Se o Mercado é nosso ídolo (“o Mercado
está instável”, como se fosse uma divindade), somos limitados ao aspecto econômico,
produtivo, e nos tornamos menos humanos. A Estética pode ser outro ídolo,
rejeitando o que é feio/gordo/pobre, e nós literalmente manipulamos imagens
digitalmente para que elas fiquem perfeitas
A visão do corpo como algo separado do “eu” que pode ser usado de qualquer forma
é um dualismo; o ascetismo é outro tipo de dualismo (espírito é puro, corpo é
impuro)
2. Ausência de uma base sólida para a dignidade humana e a sacralidade do corpo . A
vida humana valia muito pouco no contexto pagão anterior ao surgimento da fé
cristã. Rodney Stark (historiador e sociólogo) fala de como filhas eram descartadas
entre os romanos (não eram importantes para aquela estrutura familiar. Há registros
históricos mostrando isso) que jogavam os bebês nas periferias da cidade, onde os
cristãos moravam. Ali os cristãos passaram a adotar essas crianças consideradas
“sobras”. No contexto romano, mulheres casavam em média com 14 anos (era
proibido casar com meninas de 12 anos); entre os cristãos, só quando estavam um
pouco mais velhas, geralmente após os 18 anos, quando já estavam maduras o
suficiente para uma relação. A fé cristã reconhecia a importância de proteger a
infância dos abusos sexuais, porque a prática pagã feria a dignidade humana
Hoje há traços fortes de retorno à mentalidade pagã. Por exemplo: a defesa dos
animais. Defender os animais é bom, mas grande parte dos idealizadores desse
movimento considera que o ser humano não é mais digno ou importante que as
outras espécies, e por isso deveríamos tratar cachorros, gatos e etc na mesma base
de dignidade de crianças, homens e mulheres. Há uma descaracterização do ser
humano como Imagem de Deus, e agora somos vistos como mero animais. Isso esvai
o valor e a dignidade humana
O paganismo tinha grande dificuldade de responsabilizar cada indivíduo pelos seus
atos. Mas como a visão humana da fé cristã é muito mais elevada, ela vê cada pessoa
como totalmente capaz e totalmente responsável pelos seus próprios atos
3. Uma incapacidade de resistência à dominação/pressão política externas à cultura
local do paganismo. Todas as religiões pagãs eram assimiladas pelo contexto
institucional/político que a rodeava. Afinal, um ídolo finito é incapaz de se levantar
como resistência a tão grande poder; o paganismo não tinha força para evitar a
adoração a outros deuses. Mas os judeus e cristãos, por exemplo, sempre
conseguiram se manter unidos e coesos mesmo em períodos assim. O que os
diferenciava não era que adoravam um deus diferente, mas que eles adoravam
exclusivamente a Deus e se recusavam a reconhecer qualquer outro ídolo. De forma
muito interessante, essa “força moral/intelectual/filosófica/religiosa” atraía
perseguição estatal, mas também extrema admiração em uma sociedade que
valorizava a força. Por isso, os cristãos eram vistos como fortes, apesar de fracos
externamente. Hoje, ao contrário, se recusar a se dobrar a outra filosofia/deus é visto
como uma fraqueza, uma intolerância, porque nossa sociedade não valoriza mais a
força e a tradição, mas a inovação, o multiculturalismo, o pluralismo. Hoje a Igreja
tem sucumbido diante da força cultural dos ídolos da nossa sociedade, e por isso
nossa força moral (inclusive na sexualidade é fraca)

http://thestudentoutreach.org/2015/10/30/sex-talks-worldviews-part-
1/#.XKO2G5hKjIU - Sex Talks: Worldviews (Part 1)

No mundo hipersexual de hoje, ter apenas uma "conversa de sexo" com seus filhos não é suficiente.
Então, vamos escrever uma série de posts com o título “Sex Talks”, que nos ajudará a abordar nossos
filhos em suas várias idades e fases de crescimento. Esta peça é uma introdução sobre a visão por trás
de conversar com nossos filhos sobre sexo e sexualidade.

Um Contexto Cultural Corrupto

Você se lembra do anúncio de serviço público com Smokey the Bear dizendo: "Só você pode evitar
incêndios florestais"? Se Smokey, o Urso estava certo ou não, se você é pai de uma criança com
menos de sete ou oito anos, só você deve apresentar a seu filho a primeira experiência de educação
sexual. Tragicamente, outras crianças e pornógrafos já estão batendo pais cristãos para o soco.

Tudo o que o seu filho da primeira infância leva para ser exposto ao mundo da sexualidade caída é
sentar-se ao lado de outro kindergartener que tenha um irmão de dezesseis anos. Muitas crianças do
ensino fundamental foram para casa e pesquisaram no Google uma nova palavra que aprenderam com
um amigo, e bam! Eles veem filmes pornográficos hardcore. Nosso mundo, juntamente com a Internet,
já está ensinando nossos filhos sobre sexo e sexualidade.
Nos sentimos inadequados?
Quando pensamos em conversar com nossos filhos sobre sexo e sexualidade, é normal nos sentirmos
inadequados. Nós realmente somos! E, de certa forma, esse é um ótimo lugar para começar. Mas
também podemos nos sentir inadequados por causa da força do mundo impulsionando sua própria
agenda sobre nossos filhos, o cansaço da parentalidade em geral e o pecado de nosso próprio passado.
Então, vamos aproveitar este momento para dar uma breve olhada no poder de Deus em Jesus para
nós como pais.

Ele é o médico do quebrado. A missão de Jesus é confundir pessoas como você e eu, e Ele oferece
perdão, graça e transformação para nós como pais de todas as coisas que fizemos no passado.

Mas ele também é o mais calmo dos mares. Os pais já se sentiram como se estivessem no Mar da
Galiléia e a tempestade está se formando ao seu redor? Queremos que Jesus acorde de dormir no
barco! O que queremos ver hoje é que estamos seguros com Jesus antes que ele acalme as
tempestades e depois que Ele as acalme. Nós estamos seguros, porque Jesus está no nosso barco. Ele
é o mestre dos mares, incluindo o mundo louco dos pais.

Finalmente, ele é o rei do mundo. Ao olharmos o mundo ao nosso redor, podemos nos lembrar das
palavras de Jesus para Seus apóstolos: “Eu lhes disse estas coisas, para que em mim você tenha paz.
Neste mundo você terá problemas. Mas tenha coração! Eu venci o mundo ”(João 16:33). Antes de
conversar com nossos filhos, é bom para nós, como pais, trazer nossos próprios corações de volta a
Ele em fé, pedindo força e uma lembrança de quem Ele é e do que Ele fez.

Participar com Cristo em criar filhos

Também é bom lembrar que Deus ama seus filhos mais do que você. Além disso, Ele é todo-poderoso,
sábio e trabalha todas as coisas para o bem de nossos filhos. Por causa de seu trabalho, Deus quer que
você ensine a seus filhos a verdade sobre sexo e sexualidade desde os primeiros anos até que eles
saiam de casa. Somos cooperadores com Deus para redimir e amar bem nossos filhos.

Estar “em Cristo” significa participar de sua vida. Isso nos salva e nos dá a Sua justiça, uma nova
identidade, um novo destino e um relacionamento íntimo com Deus. Além de participar da vida de
Cristo, também participamos do trabalho de Cristo. Parenting cai sob a categoria de participar da obra
de Cristo de reconciliar os pecadores com Deus. Praticamente, isso significa que lidamos com muita
pecaminosidade e queda em nossos filhos. Nossos filhos saem do ventre já corrompidos pelo pecado.
E, no entanto, sabemos claramente que precisamos proteger e preparar nossos filhos para lidar com a
corrupção sexual em nosso mundo. Mas também precisamos modelar a cosmovisão sexual cristã e
ensiná-la quando crescerem. Deuteronômio 6: 5-7 instrui pais crentes:

Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração e de toda a tua alma e de todas as tuas forças. E
estas palavras que eu te ordeno hoje estarão em seu coração. Você deve ensiná-los diligentemente a
seus filhos e falar deles quando estiver sentado em sua casa e quando você andar pelo caminho,
quando se deitar e quando se levantar.
É nosso privilégio unir-se a Cristo em Sua obra! O amor resultante que temos por nosso Deus por
causa de Seu poderoso trabalho em nós e através de nós em Jesus pode ser uma ferramenta
maravilhosa para usar quando começarmos essas conversas.

A partir daqui, nós lhe daremos pontos de discussão para que você saiba melhor o que dizer sobre as
visões de mundo sexual que seus filhos enfrentam. Examinaremos tanto as grandes idéias da
cosmovisão sexual cristã quanto a cosmovisão sexual secular, de modo que possamos apontar as
diferenças para nossos filhos de maneiras apropriadas à idade, à medida que elas crescem. À medida
que avançamos, tenha a certeza de que o seu amoroso Deus é para você e com você neste grande
privilégio e desafio assustador de conversar com seus filhos sobre questões sexuais.

Uma visão de mundo, em poucas palavras, é como uma pessoa se vê a si mesma, a outros, a Deus e
ao ponto de vida. Em nossa cultura, a cosmovisão sexual cristã está colidindo com a cosmovisão
sexual secular.

Visão Mundial Secular 1: A Sexualidade é Subjetivamente Definida por Indivíduos

Quem é o padrão?

A cultura hoje está ensinando que sexo e sexualidade significam o que você quer que eles signifiquem.
Por quê? Porque boa expressão sexual é definida pelo indivíduo. Não há significado ou valor intrínseco
no próprio ato sexual. Exceto atos sexuais não consensuais, a cultura ensina que somos os
responsáveis pelo significado quando se trata de expressão sexual.

O que uma pessoa ou grupo chama de “pecado sexual” é meramente uma interpretação humana
relativista. O significado ou significado do sexo é uma construção social. O sexo pode estar em um
compromisso vitalício ou em uma noite.

O que é o amor?

Para a mentalidade secular, a atração sexual de um indivíduo também define amor e intimidade. O
amor é essencialmente um sentimento emocional que domina o indivíduo, embora possa mudar
rapidamente. Eu posso amar quem eu quiser, da maneira que eu quiser. O amor assume uma natureza
egocêntrica porque é definido pelo indivíduo e não por um padrão objetivo – o amor tem que ser
“leve”: deixo ir e me vou a hora que eu quiser, a hora que eu sentir vontade, a hora em que
achar algo melhor

O que é “bom”?
A ideia do individualismo sexual - meu corpo, minhas atrações, minha orientação e minha
definição de amor por mim - é a nova moralidade sexual secular. O que é moralmente errado
é quando as pessoas tentam colocar limites à liberdade sexual. Contanto que você não esteja
prejudicando outra pessoa e esteja com um adulto que a consinta, não haverá mais tabus
sexuais.

Cosmovisão Cristã 1: A Sexualidade é Objetivamente Definida por Deus

Quem é o padrão?

Não estamos sozinhos no cosmos, armados apenas com a autoconsciência humana, polegares opostos
e internet de alta velocidade. A boa notícia é que Deus existe e revelou toda a verdade sobre sexo e
sexualidade de que precisamos nas Escrituras. As Escrituras nos ensinam que Deus criou a sexualidade
e dá significado e moralidade a ela. Por causa de Deus, duas pessoas fazendo sexo significam algo.
Não é um evento moral e relacionalmente neutro. Poderia ser um transbordamento de amor no
casamento, uma saída para a luxúria egoísta no sexo pré-marital, ou poderia ser traição por meio do
adultério, dependendo da situação.

O que é o amor?
Ao contrário da compreensão secular do amor como uma expressão subjetiva dos sentimentos de um
indivíduo, os cristãos acreditam que Deus define o amor. Ele define como sacrifício total e
compromisso de acordo com os seus padrões de bem ou mal e certo ou errado (1 João 4: 10-11). Por
causa da natureza sacrificial de Cristo, a compreensão cristã do amor desafia os discípulos a imitarem
a Cristo de maneira desinteressada, abnegada, paciente e redentora. A natureza promíscua da cultura
de conexão não pode imitar isso. O amor é tudo menos subjetivo.

O que é “bom”?
A perspectiva cristã reconhece que o Criador define o contexto para o sexo no amor de aliança do
casamento entre um homem e uma mulher. Em vez dos caprichos de consentimento e paixão, o amor
verdadeiro imita o amor fiel de Deus e é cultivado quando os cônjuges permanecem no contexto do
compromisso vitalício, não da mentalidade esporádica de nossa cultura. Ele também define como
podemos expressar nossa sexualidade em geral. Deve ser de acordo com o Seu desígnio e amor e
serviço aos outros.

Em termos do debate sobre o casamento, uma das razões pelas quais um casamento só é bom entre
um homem e uma mulher é que, de alguma maneira misteriosa, as diferenças essenciais entre um
homem e uma mulher refletem a diversidade e a unidade da Trindade Perfeita. A diferença sexual
entre homens e mulheres no casamento bíblico permite que um homem e uma mulher que carregam a
imagem de Deus separadamente para unir a imagem de Deus em unidade. Macho e fêmea se unem
para compartilhar amor, unidade e criatividade de uma maneira que retrata o amor, a unidade e o
poder criativo do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Assim, a monogamia homossexual ainda é
insuficiente.
Da mesma forma, a diferença sexual masculina / feminina é importante na imagem de João da Noiva
de Cristo em Apocalipse 18 e 19 com o casamento do Cordeiro. As diferenças essenciais entre homens
e mulheres e o pacto do casamento, em particular, espelham Cristo e Sua Igreja.

O contexto do casamento é também o único contexto seguro para a intimidade sexual. Como marido e
mulher tornam-se “uma só carne”, eles também se comprometem um com o outro no contexto do
casamento a permanecerem um com o outro. Na cultura da conexão, quando duas pessoas se tornam
“uma só carne”, essa união pode ser dilacerada com um simples telefonema. O convênio do casamento
de um casal, modelando a fidelidade da aliança de Deus a Seu povo em Cristo, na verdade se torna um
lugar seguro para receber amor e aprender do amor de Deus por nós. O limite da aliança do
casamento dá a segurança relacional para cada cônjuge ser livre para compartilhar seu verdadeiro eu,
encontrar a verdadeira aceitação e desfrutar da verdadeira intimidade. Porque é modelado na graça
interminável de Deus para o Seu povo, a união da aliança dá a segurança relacional que precisamos. A
cultura de conexão pode incluir muito sexo, mas não pode fornecer um contexto para a graça
redentora, pois os casais ficam cara a cara com o pecado um do outro.

COSMOVISÕES SEXUAIS (parte 2)


Na primeira parte de “Sexual Worldviews”, começamos a contrastar as “verdades” em que nossa
cultura acredita sobre a sexualidade com o design sábio e amoroso de Deus para a sexualidade. Aqui
vamos pegar com os dois últimos pontos de discussão para cada visão de mundo.

Visão de mundo secular 2: o sexo é um fim em si.


Em uma cultura que tem três ídolos principais - sexo, dinheiro e poder - parece haver uma conclusão
geral: todo mundo não pode ser rico ou poderoso, mas todos podem e devem ter o máximo de sexo
possível.

A mensagem hoje é que o sexo “ótimo” é uma das maiores experiências da vida. Relacionamentos não
são necessariamente sobre a construção de uma vida juntos ao longo do tempo. Muitas vezes, é sobre
a rapidez com que podemos fazer sexo! Essa visão é oposta ao amor da aliança em um casamento
piedoso porque ensina que as pessoas existem para você e para as suas necessidades.

Como uma nota lateral, uma vez que o sexo é um dos principais pontos da vida, o sex appeal e a
imagem corporal tornaram-se cruciais. De acordo com nossa cultura, esses são os ingressos para
muito sexo. Isso promove uma cultura que obceca sobre a superficialidade da imagem corporal,
levando a enormes quantidades de culpa e vergonha. O corpo perfeito ilude a maioria de nós!

Uma vida na qual o sexo é rei acaba levando a uma profunda insatisfação com a vida normal e
transforma pessoas em objetos. A glória do sexo fica muito aquém da glória pela qual fomos criados.

Visão de mundo cristã 2: a sexualidade é um meio para um fim


A palavra de Deus nos dá uma visão de mundo em que conhecer e adorar a Deus por meio de Cristo é
supremo. Mesmo que os pecadores abusem do sexo e distorçam a sexualidade, tanto o ato sexual
quanto nossa sexualidade em geral são coisas boas. Podemos validar o desejo de ser íntimo. Deus nos
deu sexo e nossa sexualidade porque nos ama e quer nos abençoar! Mas finalmente Ele nos deu para
que pudéssemos conhecê-lo e adorá-lo melhor.

Como lidamos com sexo e sexualidade também é um teste de fé e crescimento espiritual. A forma
como expressamos nossa sexualidade revela quem ou o que dependemos e confiamos. A sexualidade
começa no coração e revela a condição de nossos corações. A sexualidade cristã não é simplesmente
evitar a imoralidade sexual. Pessoas de várias religiões evitam a imoralidade sexual por toda a vida!
Usar nossa sexualidade em maneiras que honram a Deus é seguir a Jesus. O que significa que as
questões fundamentais sobre sexo e sexualidade não são: “Como posso ter tanto sexo quanto posso?
Com quem posso ter? E como posso ser fiel a mim mesmo? ”A questão fundamental sobre sexo e
sexualidade é:“ Como posso glorificar a Deus através da minha sexualidade? ”

Visão Mundial Secular 3: Sexualidade me define.

Em nossa cultura, minha sexualidade é o aspecto mais importante da minha identidade. É por isso que
a ideia de orientação sexual é tão crucial em nossos debates culturais hoje. É também por isso que
quando os cristãos dizem que o comportamento sexual de alguém é pecado, a cultura nos rotula de
fanáticos e inimigos. Sem perceber, a cultura reduziu a identidade simplesmente à sexualidade. Mas os
cristãos acreditam que nossa identidade é determinada por algo muito mais profundo e maior.

Visão de mundo cristã 3: A sexualidade não me define.

A má notícia é que, como o resto da humanidade, os cristãos realmente lutam contra o pecado sexual
e o quebrantamento. As boas novas do evangelho são que temos um Salvador.

Por causa da grandeza, poder e amor de Cristo nosso Salvador, Ele nos une a si mesmo pela graça
através da fé. E tão certo quanto nossa justificação está em Sua obra na cruz, nossa santificação e
glorificação são tão seguras quanto sua ressurreição. Portanto, por causa de nossa união com Cristo,
nosso passado e atual pecado sexual, insensatez e rebeldia não nos definem.

Existem apenas duas identidades verdadeiras neste mundo: ou estamos em Cristo ou não. Nossa
sexualidade nunca é a linha de fundo. Paulo deixa isso claro em 1 Coríntios 6: 9-10, onde ele lista
alguns pecados que dominam a vida, incluindo a sexualidade errada das pessoas (e isso deu errado
para todos nós!). Mas então ele faz uma declaração sobre os pecadores sexuais que estão agora em
Cristo escrevendo no versículo 11:

E esses foram alguns de vocês. Mas você foi lavado, você foi santificado, você foi justificado em nome
do Senhor Jesus Cristo e pelo Espírito de nosso Deus.

A identidade definitiva para alguém que veio a Jesus é que eles foram lavados pelo sangue de Cristo,
separados por Seu Espírito e corrigidos por Deus através da morte de Cristo. Sexo e sexualidade nunca
são a linha de fundo com Deus.

Todos esses pontos de discussão sustentam todas as conversas que você tem com seus filhos. Quer
você esteja conversando com uma criança ou adolescente, você está sempre falando sobre como Deus
tem algo a dizer sobre a sexualidade, como o Seu desígnio é bom, como o funcionamento fora do Seu
desígnio é prejudicial, como até a nossa sexualidade é sobre adoração e como nós não somos definidos
pela nossa sexualidade caída.

Nos posts a seguir, vamos fazer a pergunta: como devo falar com meus filhos nas várias fases da vida
à medida que crescem? Também detalharemos como comunicar esses pontos de conversa de maneira
que seus filhos possam entender.

Outra tradição, o discipulado cristão, sustenta que as inclinações naturais do eu


devem às vezes ser abandonadas a serviço de um propósito divino, e que a tradição
social e moral pode apropriadamente encorajar tais valores.

 “sexo não é mais nada. Sexo não significa nada. Sexo é só prazer (ou “um prazer”)” (um
efeito da “pornificação” da cultura, filmes, vídeos, anúncios, músicas
 “Sexo é um número”, “sexo é sobre se empoderar”
 “Eu não preciso conhecer a menina. Eu só preciso saber o nome dela, de onde ela é, e então
ir direto aos negócios”
 “Sexo não é um compromisso e nem uma necessidade. É só sexo”
 “O amor não é real, mas é uma coisa inventada”; “a nossa geração desistiu do amor,
absolutamente. O cinismo tomou conta das relações, muito porque nossa visão de amor é
focada em Eros/paixão, e Eros sozinho é frustrante, pois abandona assim que termina seu
desejo
 “As pessoas descartam todas as emoções que acompanham o sexo, porque simplesmente
não significa mais nada [...] Essa é a diferença da revolução sexual dos anos 60 pra agora:
nos anos 60, ainda que fosse sexo barato, ainda tinha a ver com emoção e amor. Mas agora
não tem mais a ver com se importar ou se relacionar, só tem a ver com se sentir bem. Isso
tira todo o significado especial do sexo, do tipo “me apaixonei por essa pessoa, então vou
fazer sexo com ela e isso é especial” – a ideia do mercado entrou no sexo e tirou dele
toda possibilidade de emoção real
 “Sexo casual, em teoria, deveria ser uma experiência muito excitante, algo único, cheio de
desejo e prazer, quase como um encontro de filmes de Hollywood. Mas na prática, esses
encontros são quase inexistentes quando você fala de universitários” – o sexo casual, como
todo excesso, logo traz tédio. E o que começar a fazer quando o sexo – um prazer
tão grande e tão intenso – já não é suficiente pra saciar?

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