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APOSTILA DE CURSO
Campina Grande – PB
2019
22
Notas de Aulas Período 2019.1: Vibrações Mecânicas – Professor Antonio Almeida Silva
(UFCG/CCT/UAEM)
A Fig. (2.1a) mostra um sistema massa-mola que representa o sistema vibratório mais
simples possível. Não há nenhuma força externa aplicada à massa; por consequência, o
movimento resultante de uma perturbação inicial será vibração livre.
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Notas de Aulas Período 2019.1: Vibrações Mecânicas – Professor Antonio Almeida Silva
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a) Princípio de D’Alembert
F (t ) − m x = 0 ou M (t ) − J θ = 0 (2.2)
Os termos − m x e J θ são tratados como forças de inércia e momento de inércia,
respectivamente. A interpretação da Eq. (2.2) é a de que a soma das forças externas e da força
de inércia que atuam no sistema é zero. A aplicação do princípio de D’Alembert, ao sistema
da Fig. (2.1c) resulta na equação:
Esse princípio afirma que “se um sistema em equilíbrio sob a ação de um conjunto de
forças for submetido a um deslocamento virtual δx, então o trabalho virtual total realizado
pelas forças será zero”.
Considere o sistema massa-mola em uma posição deslocada como mostrado na Fig.
(2.2a). No diagrama de corpo livre da massa com as forças reativa e de inércia da Fig. (2.2b),
quando a massa sofre o deslocamento virtual δx, o trabalho virtual realizado pode ser
calculado da seguinte maneira:
- Trabalho virtual realizado pela força da mola: δ Ws = −(k x)δx ;
- Trabalho virtual realizado pela força de inércia: δ Wi = −(m x)δx ;
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Notas de Aulas Período 2019.1: Vibrações Mecânicas – Professor Antonio Almeida Silva
(UFCG/CCT/UAEM)
Portanto, quando o trabalho virtual total realizado por todas as forças iguala-se a zero,
e considerando que o deslocamento virtual pode ter um valor arbitrário, δx ≠ 0 , obtemos
Diz-se que um sistema é conservativo se nenhuma energia for perdida devido a atrito
ou elementos que dissipam energia. Se nenhum trabalho for realizado sobre um sistema
conservativo por forças externas (com exceção da força da gravidade ou outras forças
potenciais), então a energia total do sistema permanece constante. Visto que a energia do
sistema vibratório é parcialmente potencial U e parcialmente cinética T, a soma dessas duas
energias permanece constante. (ver Exercício_06)
d
T + U = cte ou (T + U ) = 0 (2.5)
dt
T = 12 m x 2 e U = 12 k x 2 (2.6)
m x + k x = 0 (2.7)
onde C e s são constantes não nulas a serem determinadas pelas condições iniciais.
Substituindo a Eq. (2.8) em (2.7) resulta em,
C (ms 2 + k ) = 0 (2.9)
Como C não pode ser zero, temos que ms 2 + k = 0 e, por consequência, as raízes
dessa equação característica são
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k
s1, 2 = ± − (2.10)
m
ωn = k m (2.11)
Os dois valores de s dados pela Eq. (2.10) são também conhecidos como autovalores
do problema. Assim, uma solução geral da Eq. (2.7) pode ser expressa como
Usando a identidade de Euler: e ± iθ t = cosθ t ± i senθ t , a Eq. (2.12) pode ser reescrita,
na forma de uma soma harmônica:
onde A1 e A2 são novas constantes. Duas condições são necessárias para avaliar essas
constantes. Se os valores do deslocamento x(t ) e da velocidade x (t ) , forem definidas como
xo e xo no tempo t = 0, temos a partir da Eq. (2.13),
x(t = 0) = A1 = xo
(2.14)
x (t = 0) = ωn A2 = xo
Assim, a solução da Eq. (2.7) em função das condições iniciais dadas A1 e A2 pode
assumir a forma geral,
x o
x(t ) = x o cosωnt + s enωnt (2.15)
ωn
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2
x
A = Ao = x + o
2
(2.18)
ωn
o
e
x xω
φ = tg −1 o e φo = tg −1 o n (2.19)
xoωn xo
1) Se o sistema massa-mola estiver na posição vertical, a frequência natural pode ser expressa
por: ωn = g δ st , pois a rigidez da mola, k = W δ st = m g δ st ;
2) Pela Eq. (2.16), a velocidade x (t ) e a aceleração x(t ) no tempo t podem ser obtidas como:
π
x (t ) = −ωn As en(ωnt − φ ) = ωn A cos(ωnt − φ + )
2 (2.20)
x(t ) = −ωn A cos(ωnt − φ ) = ωn A cos(ωnt − φ + π )
2 2
A Eq. (2.20) mostra que a velocidade está adiantada em relação ao deslocamento por
π 2 e a aceleração está adiantada em relação ao deslocamento por π .
3) Se o deslocamento inicial xo for zero, a Eq. (2.13) torna-se
x o
x( t ) = senωnt (2.21)
ωn
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G Io πd4
kt = onde Io = (2.23)
l 32
onde:
G é o módulo de elasticidade transversal,
l é o comprimento do eixo,
d é o diâmetro do eixo,
Io é o momento de inércia polar do eixo.
G Io π Gd 4
kt = = (2.24)
l 32 l
A equação de movimento angular do disco em relação ao seu eixo pode ser obtida pela
segunda lei de Newton. Pelo diagrama de corpo livre do disco (Fig. 2.4b), pode-se obter a
equação,
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J o θ + kt θ = 0 (2.25)
que podemos verificar ser idêntica à Eq. (2.7) se o momento de inércia polar do disco Jo, o
deslocamento angular θ e a constante elástica torcional kt forem substituídos pela massa m,
deslocamento x e constante linear k, respectivamente.
ωn = kt J o (2.26)
A solução geral da Eq. (2.25) pode ser obtida, como no caso da Eq. (2.7), na forma:
onde ωn é dada pela Eq. (2.26) e A1 e A2 podem ser determinadas pelas condições iniciais. Se
θ (t = 0) = θ o e θ(t = 0) = θo as constantes são: A1 = θ o e A2 = θo ωn .
Também podemos verificar que a Eq. (2.27) representa um movimento harmônico
simples. (ver Exercício_08)
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Para resolver a Eq. (2.28), admitimos uma solução na forma x(t ) = C e st , onde C e s
são constantes. A inserção dessa função e suas derivadas resultam na equação característica,
m s2 + cs + k = 0 (2.29)
2
− c ± c 2 − 4mk − c c k
s1, 2 = = ± − (2.30)
2m 2m 2m m
2
cc k k
− = 0 ou cc = 2m = 2 k m = 2mωn (2.32)
2m m m
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−ζ + ζ 2 −1 ω t −ζ − ζ 2 −1 ω t
n n
x(t ) = C1 e + C2 e (2.34)
Analogamente, a solução dada pela Eq. (2.34), pode ser descrita de outra forma, como
x(t ) = C1 e ( −ζ +i 1−ζ 2 )ω n t
+ C 2 e ( −ζ − i 1−ζ 2 )ω n t
(2.36)
xo + ζω n xo
C1' = xo e C2' = (2.38)
ωd
x + ζω n xo
x(t ) = e −ζω nt xo cos ωd t + o sin ωd t (2.39)
ωd
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X = X o = (C1' ) 2 + (C2' ) 2
φ = tg −1 (C1' C2' ) e φo = tg −1 (C2' C1' )
(2.40)
Nesse caso, as duas raízes da Eq. (2.33) são reais e iguais, e podem ser expressas como
cc
s1 = s2 = − = −ωn (2.41)
2m
Por causa das raízes repetidas, a solução geral da Eq. (2.34) é dada por,
C1 = xo e C2 = xo + ωn xo (2.43)
Obs: Pode-se ver que o movimento representado pela Eq. (2.44) é aperiódico (não periódico).
Visto que e −ωnt → 0 quando t → ∞ , o movimento eventualmente diminuirá até zero,
como pode ser visto na Fig. (2.7).
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A Eq. (2.33) mostra que as raízes s1 e s2 são reais e distintas, e são dadas por:
com s2 << s1 e negativas. Nesse caso, a solução dada pela Eq. (2.36), pode ser:
x(t ) = C1 e ( −ζ + ζ 2 −1 )ω n t
+ C 2 e ( −ζ − ζ 2 −1 )ω n t
(2.46)
A natureza das raízes com a variação dos fatores de amortecimento pode ser mostrada
no plano complexo, conforme ilustrado na Fig. (2.8). O semicírculo representa o lugar das
raízes para diferentes valores de ζ na faixa de 0 < ζ < 1 .
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x1 e −ζω nt1
= −ζω n (t1 +τ d ) =eζω nτ d (2.47)
x2 e
O decremento logarítmico pode ser obtido pela Eq. (2.47):
x1 2π 2π ζ 2π c
δ = ln = ζω nτ d = ζω n ou δ = = (2.48)
x2 1 − ζ ωn
2
1−ζ 2 ω d 2m
ou ainda, para pequenos fatores de amortecimento, a Eq. (2.48) pode ser aproximado por:
δ ≅ 2π ζ se ζ << 1 (2.49)
A Fig. (2.9) mostra a variação do decremento logarítmico dado pelas Eqs. (2.48) e
(2.49), onde se observa que, para valores até ζ = 0,3 , é difícil distinguir uma curva da outra.
δ
ζ = (2.50)
(2π ) 2 + δ 2
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1 x1
δ= ln (2.52)
m xm +1
que pode ser substituído na Eq. (2.50) ou Eq. (2.51) para obter o fator de amortecimento ζ.
ml 2
θ + (2k l senθ ) l cosθ − W senθ = 0
l
(2.53)
3 2
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ml 2 l 12k l 2 − 3Wl
θ + 2k l 2 θ − W θ = 0 ou θ + 2
θ = 0 (2.54)
3 2 2ml
( )
Caso 1. Quando 12k l 2 − 3W l 2ml 2 > 0 , a solução da Eq. (2.54) representa oscilações estáveis
e pode ser expressa como
12
12k l 2 − 3W l
onde A1 e A2 são constantes e ωn = .
2ml 2
( )
Caso 2. Quando 12k l 2 − 3W l 2ml 2 = 0 , a Eq. (2.54) reduz-se para θ = 0 , e a solução pode
ser obtida diretamente integrando-se duas vezes
θ (t ) = C1t + C2 (2.56)
θ (t ) = θ0t + θ 0 (2.57)
A Eq. (2.57) mostra que o deslocamento angular aumenta linearmente com velocidade
constante θ0 . Entretanto, se θ0 = 0 , o pêndulo permanece na posição de equilíbrio θ = θ 0 .
12
3W l − 12k l 2
( 2
)
Caso 3. Quando 12k l − 3W l 2ml < 0 , definimos α =
2
e expressamos a
2ml 2
solução da Eq. (2.54) como
θ (t ) = B1 eα t + B2 e −α t (2.58)
onde B1 e B2 são constantes. Para as condições iniciais θ 0 e θ0 , a Eq. (2.58) torna-se
θ (t ) =
1
2α
[( ) ( )
α θ 0 + θ0 eα t + α θ 0 − θ0 e −α t ] (2.59)
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F = µ N = µW = µ m g (2.60)
Considere um sistema massa-mola com atrito seco como mostrado na Fig. (2.11a).
Uma vez que a força de atrito varia com a direção da velocidade, precisamos considerar dois
casos, como indicado nas Figs. (2.11b) e (2.11c).
Esta é uma equação diferencial não homogênea de segunda ordem. A solução pode ser
verificada substituindo a Eq. (2.62) na Eq. (2.61)
µN
x(t ) = A1 cos ωnt + A2 s enωnt − (2.62)
k
onde A1 e A2 são constantes cujos valores dependem das condições iniciais desse meio ciclo.
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µN
x(t ) = A3 cos ωnt + A4 s enωnt + (2.64)
k
onde A3 e A4 são constantes cujos valores dependem das condições iniciais desse meio ciclo.
As Eqs. (2.62) e (2.64) indicam que em cada meio ciclo o movimento é harmônico, e a
posição de equilíbrio muda de µ N k para − µ N k , como mostrado na Fig. (2.12).
As Eqs. (2.61) e (2.63) podem ser expressas como uma única equação (usando N=mg):
onde a função sgn(y) é definida como sendo: 1 para y>0 e -1 para y<0. Podemos ver que a
Eq. (2.65) é uma função diferencial não linear para a qual não existe uma solução analítica
simples. Nesse caso, deve-se optar por métodos numéricos. (ver Exercício_12)
Embora os problemas examinados até aqui tenham sido tratados como equações
diferenciais lineares que podem ser resolvidas analiticamente, existem muito problemas que
não podem ser resolvidos dessa forma. A equação do pêndulo simples é um exemplo. Para
resolver a equação analiticamente, fez-se uso da aproximação angular senθ ≅ θ , resultando
numa solução analítica aproximada, onde as condições iniciais são válidas apenas para
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pequenos ângulos (θ ≤ 10 ) . Para os casos de condições iniciais com ângulos maiores, uma
rotina de integração numérica deve ser utilizada para calcular e plotar uma solução exata da
equação de movimento (ver Exercício_08).
O Matlab possui diversas sub-rotinas baseadas na utilização de métodos numéricos,
que podem ser usadas para a solução de sistemas de equações diferenciais ordinárias de
primeira ordem. Em sistemas de equações diferenciais de ordens mais elevadas ou não
homogêneas, especialmente aqueles onde as forças atuantes são transientes ou não periódicas,
uma equação diferencial de ordem n pode ser convertida em um sistema de n equações
diferenciais ordinárias de primeira ordem antes de usar funções Matlab.
Em geral, a aplicação das leis físicas pertinentes aos vários tipos de problemas
dinâmicos (mecânica dos sólidos, mecânica dos fluidos, etc.) recaem na formulação de
modelos através de equações diferenciais parciais. Nesses casos, são chamados de “modelos
contínuos”, que consideram um número infinito de pequenas massas distribuídas ao longo da
estrutura, o que permite obter um comportamento que reproduz quase exatamente o sistema
físico em questão. Infelizmente estes modelos só podem ser resolvidos para um pequeno
número de casos e situações especiais, o que limita bastante as necessidades dos engenheiros,
levando-os a trabalhar com modelos menos exatos.
Quando se considera o meio material discreto, os modelos são denominados “modelos
de parâmetros concentrados”, cujas variáveis dependentes do sistema são consideradas
uniformes sobre regiões finitas do espaço. Neste caso, se trabalha com sistemas de equações
diferenciais ordinárias, cujas soluções são mais simples e de fácil compreensão do fenômeno.
m x + c x + k x = 0; x (0 ) = x o e x (0 ) =v o (2.66)
Uma formulação útil para resolver problemas de primeira ordem, baseada nas
derivadas de Runge-kutta, estabelece que
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∆t
xn + 1 = xn + (kn1 + 2kn 2 + 2kn 3 + kn 4 ), onde :
6
∆t ∆t
kn 1 = f ( xn , tn ); kn 2 = f ( xn + kn 1 , tn + ); (2.67)
2 2
∆t ∆t
kn 3 = f ( xn + kn 2 , tn + ); kn 4 = f ( xn + ∆t kn 3 , tn + ∆t )
2 2
A soma entre parênteses na primeira das Eqs. (2.67) representa a média de 6 números,
cada um resultante das inclinações médias obtidas para os diferentes tempos no intervalo ∆t .
x1 (t ) = x 2 (t )
c k (2.68)
x2 (t ) = − x 2 (t ) − x1 (t )
m m
0 1 x (t ) x (0 )
A= k c ; x (t ) = 1 ; x (0 ) = 1 (2.69)
− −
m m x2 ( t ) x2 (0 )
x (t ) = A x (t ) (2.70)
sujeita a condição inicial x(0). Utilizando uma rotina Runge-kutta a escolha dos intervalos de
tempo pode ser feita de forma automática usando a função ode23, cujo seguinte comando
deve ser usado
onde dfunc é o nome da função m-file cuja entrada deve ser t e x e cuja saída deve ser um
vetor coluna que representa dx / dt , isto é, f (t , x) . O número de linhas no vetor coluna deve
ser igual ao número de equações de primeira ordem. O vetor tspan deve conter os valores
inicial e final da variável independente tempo t e, opcionalmente, quaisquer valores
intermediários de t nos quais se queira a solução. O vetor x0 deve conter os valores iniciais de
x(t). Um procedimento semelhante é usando a função ode45. (ver Exercícios 09 e 12)
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EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
Capítulo 2 - Vibrações Livres de Sistemas
1m 1
(
T = Th + Tp = l 2 θ 2 + M l 2 θ 2
2 3 2
) ( E .1 )
l
U = U h + U p = mg (1 − cos θ ) + Mg l (1 − cos θ ) ( E.2)
2
m 2 m
M + l θ + M + g l sin θ = 0 ( E .3 )
3 2
M +m 2g
θ + θ =0 ( E .4 )
M +m 3 l
(M + m 2)g
onde, obtemos a frequência natural, dada por: ωn =
(M + m 3)l .
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Um sistema massa-mola não amortecido com m=20 kg e rigidez k=500 N/m é sujeito a
um deslocamento inicial de xo = 0,075 m e uma velocidade inicial de xo = 0,10 m / s .
Determinar as equações e plotar curvas de deslocamento, velocidade e aceleração no Matlab.
x(t ) = Ao s en (ω nt + φo ) (E.1)
2
x
2
0,1
Ao = x + o = (0,075) 2 + = 0,077 m
2
(E.3)
ωn
o
5
xo ω n (0,075)(5)
φo = tg −1 = tg −1 = 75 = 1,31 rad (E.4)
xo 0,1
-0.1
0 0.5 1 1.5Resposta
2 de 2.5 3 v(t)3.5
Velocidade, 4 4.5 5
0.5
Amplitude (m/s)
-0.5
0 0.5 1 1.5 2 de Aceleração,
Resposta 2.5 3 a(t)3.5 4 4.5 5
Amplitude (m/s 2)
-2
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5
Tempo, (s)
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Solução:
ml θ + m gθ = 0 (E.2)
ωn = g l (E.3)
θo
θ (t ) = θo cos ωn t + sin ωn t (E.4)
ωn
(b) Para a segunda configuração incluindo uma mola de rigidez k numa dada posição a, e
aplicando a 2ª lei de Newton, obtém-se
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ml 2θ + (k a 2 + m gl )θ = 0 (E.6)
k a 2 + mg l
ωn = (E.7)
ml 2
ml 2θ + (k a 2 − m gl )θ = 0 (E.9)
k a 2 − mg l
ωn = (E.10)
ml 2
Obs: Após análise dos resultados observa-se que a configuração (b) será a que apresenta a
maior frequência natural, devido ao numerador possuir os termos se somando.
Por outro lado, analisando as respostas em deslocamento angular, dadas pelas Eqs.
(E.1) e (E.2), através das soluções analítica e numérica (Runge-kutta), para condições de
deslocamentos angulares maiores, onde sin θ ≠ θ , nota-se um aumento significativo do
período de vibração resultante em relação à solução obtida pela equação linearizada.
0.5
-0.5
-1
0 2 4 6 8 10 12 14
Tempo [s]
Vibração livre não linear
1
Desloc. angular [rad]
0.5
-0.5
-1
0 2 4 6 8 10 12 14
Tempo [s]
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Solução:
Considerando a resposta em deslocamento de um sistema subamortecido (0 < ζ < 1) ,
obtém-se uma forma analítica da solução dada pela Eq. (2.43):
k 1000
ωn = = = 10 rad / s; cc = 2.m.ωn = 200 N .s / m ;
m 10
c
ζ = = 0,25; ωd = ωn 1 − ζ 2 = 10 1 − (0,25) 2 = 9,68 rad / s
cc
2
x + ζωn xo
2
10 + 0,25(10 )(0,1)
X = x + o
2
= (0,1) 2 + = 1,06 m
ωd
o
9,68
xo ωd (0,1)(9,68)
φ = tg −1 = tg −1 = 0,094 rad
xo + ζωn xo 10 + 0,25(10 )(0,1)
Obs: Nos gráficos de respostas analítica e numérica, observa-se uma boa concordância entre
as curvas, inclusive na região onde ocorre o maior pico de amplitude relativa.
Problema 2.109
1
Numerica
Analitica - zeta=0,25
0.8
0.6
Deslocamento, m
0.4
0.2
-0.2
-0.4
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3
Tempo, s
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Solução:
x 2πζ
δ = ln 1 = ln(16) = 2,773 =
x2 1−ζ 2
2π 2π 2π
2 =τd = = ⇒ ωn = = 3,43 rad / s
ωd ωn 1 − ζ 2
2 1 − (0,4037) 2
c = ζ cc = (0,4037)(1.373,54) = 554,49 N .s / m
(b) O deslocamento da massa atingirá seu valor máximo no tempo t1, dado por: (ver P.2.86)
46
Notas de Aulas Período 2019.1: Vibrações Mecânicas – Professor Antonio Almeida Silva
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Mg
k G k l
mg
l/2
Solução:
m
∑M o = J eqθ onde J eq = l 2 + M l 2
3
( E.1)
2
l l m
− (2k ) senθ + Mg l senθ + mg senθ = M + l 2θ ( E.2)
2 2 3
47
Notas de Aulas Período 2019.1: Vibrações Mecânicas – Professor Antonio Almeida Silva
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m 2 k l 2 l
M + l θ + − Mgl − mg θ = 0 ( E.3)
3 2 2
k l 2 − Mg − mg 2 k l 2 − Mg − mg 2
θ + θ = 0, onde ωn = ( E.4)
( M + m 3)l ( M + m 3)l
(b) Substituindo os valores dados, observa-se que o sistema será estável pois,
kl m 50(0,5) 0,25
> M + g ⇒ > 0,5 + .9,81 ⇒ 12,5 > 6,13
2 2 2 2
kc l m 2M + m
= M + g ⇒ kc = g = 24,5 N / m
2 2 l
A massa de um sistema massa-mola vibra sobre uma superfície seca com uma
inclinação de 30°, em relação à horizontal, como mostra a Fig. 2.99. (a) Derive a equação de
movimento; (b) Determine a resposta do sistema para os dados: m=20 kg; k=1000 N/m;
µ=0,1; xo = 0,10 m e xo = 5 m / s .
Solução:
Caso 1:
m x = −2k x − µ N + m g senθ ou m x + 2k x = − µ m g cos θ + m g senθ (E.1)
Caso 2:
m x = −2k x + µ N + m g senθ ou m x + 2k x = µ m g cos θ + m g senθ (E.2)
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Notas de Aulas Período 2019.1: Vibrações Mecânicas – Professor Antonio Almeida Silva
(UFCG/CCT/UAEM)
(b) Para as condições iniciais dadas e considerando-se: θ = 30 , ωn = 1000 20 = 7,07 rad / s;
Aplicando-se a Eq. (E.3) pelo método de Runge-kutta, obtém-se uma resposta na forma:
f (1) = x(2);
(E.4)
f (2) = − µ g cos θ sgn( x(2)) − 2k x(1) / m + g senθ ;
0.5
0.4
0.3
0.2
0.1
x(t)
-0.1
-0.2
-0.3
-0.4
-0.5
0 2 4 6 8 10 12
t (s)
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Notas de Aulas Período 2019.1: Vibrações Mecânicas – Professor Antonio Almeida Silva
(UFCG/CCT/UAEM)
Questões:
01) Como saber se um sistema sofre vibração livre ou forçada? Qual a diferença entre sistemas
conservativos e não conservativos?
02) Como podemos determinar a equação de movimento de um sistema vibratório? Descreva os
passos necessários para a sua solução.
03) Para um sistema torcional, quais são os parâmetros equivalentes ao sistema em translação m, c e k?
Ilustre com um exemplo.
04) Quais as premissas adotadas para determinar a frequência natural pelo método da energia.
Exemplifique.
05) Descreva pelo menos um procedimento usado para a determinação do amortecimento.
06) De que forma podem ser classificados os sistemas estáveis e instáveis? Comente as respostas
usando o mapa do lugar das raízes.
07) Quando aparece nos sistemas o amortecimento de Coulomb, e como é identificado graficamente?
08) Quantas constantes arbitrárias deve ter uma solução geral para uma equação diferencial de
segunda ordem? Como elas são determinadas? Justifique.
09) Cite duas aplicações práticas do conceito de centro de percussão. Exemplifique.
10) Qual a diferença entre sistemas com amortecimento Coulomb e viscoso? Exemplifique-os.
11) A equação de movimento será a mesma quer a massa movimente-se num plano horizontal ou
inclinado? Justifique.
12) Quando a massa vibra em sentido vertical, seu peso sempre pode ser ignorado na derivação da
equação de movimento? Justifique.
13) O fator de perda pode ser usado para comparar a capacidade de amortecimento de diferentes
materiais de engenharia? Liste alguns exemplos (ex. Tabela).
14) No caso de vibrações em pêndulo simples, como deve ser realizada a análise vibratória quando o
deslocamento angular não é pequeno? Justifique com sugestão de um método.
15) No caso de vibrações em pêndulo invertido, discuta sobre a análise vibratória quando o sistema é
passível de instabilidade? Justifique um método de solução.
2.2 – Sistemas de translação não amortecidos P 2.9, 2.12, 2.44, 2.53, 2.56
2.3 – Sistemas torcionais não amortecidos P 2.67, 2.69, 2.71, 2.73
2.4 - Sistemas com amortecimento viscoso P 2.87, 2.89, 2.91, 2.97, 2.108
2.5 - Condições de estabilidade e método energia P 2.74, 2.75, 2.82, 2.83
2.6 - Sistemas com amortecimento de Coulomb P 2.112, 2.114, 2.119, 2.121
2.7 – Rotinas numéricas em Matlab (*) P 2.128, 2.130 a 2.133
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