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“Sucesso absoluto
Outro aspecto de suma relevância para essa mudança foi a definição de limites
extremamente baixos para o nível de álcool no sangue, próximos de zero. Isso fez
com que acaba e a crença de que um copo não causa qualquer diferença nos
reflexos e nas reações do indivíduo e que, portanto, não haveria problema em
consumir doses pequenas. A capacidade de julgamento de cada pessoa, outrora
usada como teste, passou a não mais sê-lo e, logo, todos têm que respeitar os
mesmos índices independentemente do que consideram certo para si.
Fora da ficção, é fato que a realidade apresentada por Orwell pode ser
relacionada ao mundo cibernético do século XXI: gradativamente, os algoritmos e
sistemas de inteligência artificial corroboram para a restrição de informações
disponíveis e para a influência comportamental do público, preso em uma grande
bolha sociocultural.
Portanto, é mister que o Estado tome providências para amenizar o quadro atual.
Para a conscientização da população brasileira a respeito do problema, urge que
o Ministério de Educação e Cultura (MEC) crie, por meio de verbas
governamentais, campanhas publicitárias nas redes sociais que detalhem o
funcionamento dos algoritmos inteligentes nessas ferramentas e advirtam os
internautas do perigo da alienação, sugerindo ao interlocutor criar o hábito de
buscar informações de fontes variadas e manter em mente o filtro a que ele é
submetido.
Somente assim, será possível combater a passividade de muitos dos que utilizam
a internet no país e, ademais, estourar a bolha que, da mesma forma que o
Ministério da Verdade construiu em Winston de “1984”, as novas tecnologias
estão construindo nos cidadãos do século XXI.
Texto de Redação
Redação Enem nota mil – Enem 2018 – Thais Saeger
É fato que a tecnologia revolucionou a vida em sociedade nas mais variadas
esferas, a exemplo da saúde, dos transportes e das relações sociais. No que
concerne ao uso da internet, a rede potencializou o fenômeno da massificação do
consumo, pois permitiu, por meio da construção de um banco de dados, oferecer
produtos de acordo com os interesses dos usuários.
Cabe mencionar, em segundo plano, quais os interesses atendidos por tal controle
de dados. Essa questão ocorre devido ao capitalismo, modelo econômico vigente
desde o fim da Guerra Fria, em 1991, o qual estimula o consumo em massa.
Nesse âmbito, a tecnologia, aliada aos interesses do capital, também propõe aos
usuários da rede produtos que eles acreditam ser personalizados.
Partindo desse pressuposto, esse cenário corrobora o termo “ilusão da
contemporaneidade” defendido pelo filósofo Sartre, já que os cidadãos acreditam
estar escolhendo uma mercadoria diferenciada mas, na verdade, trata-se de uma
manipulação que visa ampliar o consumo.
Desse modo, é imperiosa uma ação do MEC, que deve, por meio da oferta de
debates e seminários nas escolas, orientar os alunos a buscarem informações de
fontes confiáveis como artigos científicos ou por intermédio da checagem de
dados, com o fito de estimular o senso crítico dos estudantes e, dessa forma, evitar
que sejam manipulados.
Diante dos fatos supracitados, faz-se necessário que a Escola promova a formação
de cidadãos que respeitem às diferenças e valorizem a inclusão, por intermédio de
palestras, debates e trabalhos em grupo, que envolvam a família, a respeito desse
tema, visando a ampliar o contato entre a comunidade escolar e as várias formas
de deficiência.
Conforme previsto pela Constituição Brasileira, todos são iguais perante à lei,
independente de cor, raça ou gênero, sendo a isonomia salarial, aquela que prevê
mesmo salário para mesma função, também garantidas por lei. No entanto, o que
se observa em diversas partes do país, é a gritante diferença entre os salários de
homens e mulheres, principalmente se estas forem negras. Esse fato causa
extrema decepção e constrangimento a elas, as quais sentem-se inseguras e sem
ter a quem recorrer. Desse modo, medidas fazem-se necessárias para corrigir a
problemática.
Visto isso, faz-se necessária a reversão de tal contexto. Para isso, é preciso que o
Poder Público promova palestras em locais públicos nas cidades brasileiras a fim
de esclarecer a população sobre os dispositivos legais existentes que protegem a
mulher, aumentando, desse modo, o número de denúncias. Aliado a isso, é preciso
que as escolas, junto com a equipe de psicólogos, promovam campanhas,
palestras, peças teatrais, etc. , que desestimulem o machismo entre crianças e
adolescentes para que, a longo prazo, o machismo na sociedade brasileira seja
findado. Somado a isso, a população pode pressionar a mídia através das redes
sociais, por exemplo, para que ela passe a propagar a equidade entre gêneros e
pare de disseminar o machismo na sociedade.
Destarte, é fato que o Brasil encontra-se alguns passos à frente de outros países o
combate à violência contra a mulher, por ter promulgado a Lei Maria da Penha.
Entretanto, é necessário que o Governo reforce o atendimento às vítimas, criando
mais delegacias especializadas, em turnos de 24 horas, para o registro de queixas.
Por outro lado, uma iniciativa plausível a ser tomada pelo Congresso Nacional é a
tipificação do feminicídio como crime de ódio e hediondo, no intuito de endurecer
as penas para os condenados e assim coibir mais violações. É fundamental que o
Poder Público e a sociedade – por meio de denúncias – combatam praticas
machistas e a execrável prática do feminicídio.
Portanto, para que haja o fim deste cenário violento contra a mulher, é
imprescindível esforço coletivo. O Estado deve otimizar a infraestrutura destinada
a essa seara, ampliando o número de delegacias da mulher, por exemplo, além de
se unir a instituições profissionalizantes, com o fito de capacitar cada vez mais
profissionais que lidem de forma mais positiva possível com a proteção dos
direitos femininos. A população, previamente orientada por campanhas públicas e
por eventos culturais, contribuirá denunciando agressões. A educação é ponto
nevrálgico deste processo, de forma que as escolas precisam promover debates e
seminários acerca do tema, a fim de consolidar valores morais e éticos nesta
geração e nas futuras.
Muito se discute acerca dos limites que devem ser impostos à publicidade e
propaganda no Brasil – sobretudo em relação ao público infantil. Com o advento
do meio técnico-científico informacional, as crianças são inseridas de maneira
cada vez mais precoce ao consumismo imposto por uma economia capitalista
globalizada – a qual preconiza flexibilidade de produção, adequando-se às mais
diversas demandas. Faz-se necessário, portanto, uma preparação específica
voltada para esse jovem público, a fim de tornar tal transição saudável e gerar
futuros consumidores conscientes.
Somado a isso, o impasse entre organizações protetoras dos direitos das crianças
e os grandes núcleos empresariais fomenta ainda mais essa pertinente discussão.
No Brasil, vigoram os acordos isolados com o Poder Público – sem a existência de
leis específicas. Recentemente, a Conanda (Comissão Nacional de Direitos da
Criança e do Adolescente) emitiu resolução condenando a publicidade
direcionada ao público infantil, provocando o repúdio de empresários e
propagandistas – que não reconhecem autoridade dessa instituição para atuar
sobre o mercado. Diante desses posicionamentos antagônicos, o debate persiste.
Consumidores do futuro
Por trás dessa lógica existe algo mais grave: a postura passiva dos principais
formadores de consciência da população. O contexto brasileiro se caracteriza
pela falta de preocupação moral nas instituições de ensino, que focam sua
atuação no conteúdo escolar em vez de preparar a geração infantil com um
método conscientizador e engajado. Ademais, a família brasileira pouco se
preocupa em controlar o fluxo de informações consumistas disponíveis na
televisão e internet. Nesse sentido, o despreparo das crianças em relação ao
consumo consciente e às suas responsabilidades as tornam alvos fáceis para as
aquisições necessárias impostas pelos anúncios publicitários.
Portanto, é mister que o Estado tome providências para amenizar o quadro atual.
Para a conscientização da população brasileira a respeito do problema, urge que
o Ministério de Educação e Cultura (MEC) crie, por meio de verbas
governamentais, campanhas publicitárias nas redes sociais que detalhem o
funcionamento dos algoritmos inteligentes nessas ferramentas e advirtam os
internautas do perigo da alienação, sugerindo ao interlocutor criar o hábito de
buscar informações de fontes variadas e manter em mente o filtro a que ele é
submetido.
Somente assim, será possível combater a passividade de muitos dos que utilizam
a internet no país e, ademais, estourar a bolha que, da mesma forma que o
Ministério da Verdade construiu em Winston de “1984”, as novas tecnologias
estão construindo nos cidadãos do século XXI.
Fonte: Blog do Enem
Passados mais de dois mil anos desta prática tenebrosa, ainda é deploravelmente
perceptível, sobretudo em países subdesenvolvidos como o Brasil, a existência de
atos preconceituosos perpetrados contra essa parcela da sociedade, que são o
motivo primordial para que se perpetue como difícil a escolarização plena de
deficientes auditivos.
Esse panorama nefasto suscita ações mais efetivas tanto do Poder Público quanto
de instituições formadoras de opinião, com o escopo de mitigar os diversos
empecilhos postos frente à educação desta parcela social.
Urge, pois, a fim de tornar atitudes intolerantes restritas à história de Esparta, que
o Estado construa mais escolas para deficientes auditivos em municípios mais
afastados de grandes centros e promova cursos de Libras a professores da rede
pública – por meio da ampliação de verbas destinadas ao Ministério da Educação
e da realização de palestras com especialistas na educação de surdos –, em prol
de tornar a formação educacional deles mais fácil e mais inclusiva.
A referida precariedade tem como uma de suas causas a falta de preocupação das
autoridades públicas em formar professores capacitados a oferecer aulas em
libras, pois, apesar dessa forma de comunicação já ser reconhecida como a
segunda língua oficial do país, ela ainda é pouco difundida.
Com isso, é possível inferir que, ao negligenciar o aprimoramento da formação
educacional de surdos, o Estado não está agindo de acordo com o pensamento do
economista Arthur Leuris, o qual afirma que, gastos com educação são
investimentos com retorno garantido.
Tal circunstância pode ser extremamente prejudicial para esses alunos, já que, o
sentimento de inferioridade causado pode ser determinante para que haja a
evasão escolar.
Portanto, cabe ao Estado voltar mais recursos para a criação de cursos que
ofereçam aulas de libras para professores que desejam atuar no ensino de alunos
surdos, isso pode ser alcançado por meio de uma administração de gastos mais
responsável, visando a capacitação de mais profissionais aptos para exercer essa
profissão.
No Brasil, entretanto, esse setor vem sendo prejudicado por problemas estruturais
e sociais históricos, a exemplo da insuficiência de projetos voltados à educação
inclusiva, que são evidenciados nos prejuízos durante a formação intelectual da
expressiva parcela populacional de surdos, como a dificuldade de ingresso no
mercado de trabalho, fatos que contrariam os preceitos dos Direitos Humanos e
reduzem o desempenho socioeconômico da nação.
Diante disso, os desafios para a formação educacional dos surdos no Brasil
representam uma questão de urgente resolução.
Logo, é necessário que ONGs em defesa da causa enviem petições para o governo
cobrando maiores investimentos em práticas inclusivas no setor educacional,
como o oferecimento de cursos gratuitos de capacitação dos docentes para a
democratização do ensino e a integração efetiva dos surdos, aliados à
intensificação da fiscalização da aplicação das leis relacionadas já existentes, por
meio de campanhas que estimulem as denúncias populacionais sobre escolas que
rejeitam o ingresso de alunos surdos, por exemplo, para que a identificação e o
combate de situações discriminantes e violentas sejam facilitadas, estimulando,
assim, a valorização desses indivíduos e o desempenho adequado de suas
capacidades psíquicas nesse nível educacional.
Isso pode ser explicado segundo o sociólogo Talcot Parsons, o qual diz que a
família é uma máquina que produz personalidades humanas, o que legitima a
ideia de que o preconceito por parte de muitos pais dificulta o acesso à educação
pelos surdos.
Tal estereótipo está associado a uma possível invalidez da pessoa com deficiência
e é procrastinado, infelizmente, desde o Período Clássico grego, em que
deficientes eram deixados para morrer por serem tratados como insignificantes, o
que dificulta, ainda hoje, seu pleno desenvolvimento e sua autonomia.
Fazendo uma analogia com a filosofia kantiana, a intolerância existente pode ser
vista como o resultado de fatores inatos ao indivíduo com o que foi incorporado a
partir das experiências vividas. Em primeiro lugar, é notória a dificuldade que há
no homem em aceitar o diferente, principalmente ao se tratar de algo tão pessoal
como a religião.
Sob esse viés, ressalta-se que algumas ações já foram realizadas, como a criação
da lei de proteção ao sentimento religioso e à prática de diferentes cultos.
Entretanto, as medidas tomadas até então não são suficientes para inibir essa
problemática, uma vez que a fraca punição aos criminosos e a falta de
conscientização da sociedade são alguns dos principais motivos que ocasionam a
persistência de atos violentos em decorrência da intolerância religiosa.
Outrossim, a falta de comunicação dos pais e das escolas com os jovens sobre
esse assunto é um agravante do problema, aumentando as possibilidades destes
agirem de maneira desrespeitosa.
Os meninos, por sua vez, têm seu caráter construído à medida que absorvem
valores patriarcais e abusivos, os quais serão refletidos em suas condutas
ulteriores.
Um dos conceitos filosóficos de Francis Bacon , que declara o comportamento
humano como contagioso, se aplica perfeitamente à situação. A violência de
gênero, conforme permanece a ser reproduzida, torna-se enraizada e frequente.
A inclusão da mulher na sociedade como cidadã, porém, não foi o suficiente para
deter o pensamento machista que acompanhou o Brasil por tantos séculos – fato
evidenciado nos índices atuais altíssimos de violência contra a mulher.
Em países como o Afeganistão, a mulher que trai o marido é enterrada até que
somente a cabeça fique à mostra e, então, é apedrejada; apesar de reagirmos com
horror perante tal atrocidade, um país que triplica a quantidade de mulheres
mortas em 30 anos deve ser tratado com igual despeito quando se trata do
assunto.
Uma pesquisa feita pela Rede Globo mostrou que, entre homens e mulheres
entrevistados, mais da metade afirmou que mulheres que vestem roupas curtas
merecem ser abusadas sexualmente. A violência contra a mulher começa
exatamente com as regras implícitas que a sociedade impõe: se a mulher não
seguir tal regra, merece ser violentada.
Lucas Felpi citou 'Black Mirror' na redação do Enem 2018 e tirou nota mil —
Foto: Arquivo pessoal
É fato que a tecnologia revolucionou a vida em sociedade nas mais variadas esferas, a
exemplo da saúde, dos transportes e das relações sociais. No que concerne ao uso da
internet, a rede potencializou o fenômeno da massificação do consumo, pois permitiu,
por meio da construção de um banco de dados, oferecer produtos de acordo com os
interesses dos usuários. Tal personalização se observa, também, na divulgação de
informações que, dessa forma, se tornam, muitas vezes, tendenciosas. Nesse sentido, é
necessário analisar tal quadro, intrinsecamente ligado a aspectos educacionais e
econômicos.
É importante ressaltar, em primeiro plano, de que forma o controle de dados na
internet permite a manipulação do comportamento dos usuários. Isso ocorre, em
grande parte, devido ao baixo senso crítico da população, fruto de uma educação
tecnicista, na qual não há estímulo ao questionamento. Sob esse âmbito, a internet
usufrui dessa vulnerabilidade e, por intermédio de uma análise dos sites mais visitados
por determinado indivíduo, consegue rastrear seus gostos e propor notícias ligadas aos
seus interesses, limitando, assim, o modo de pensar dos cidadãos. Em meio a isso, uma
analogia com a educação libertadora proposta por Paulo Freire mostra-se possível,
uma vez que o pedagogo defendia um ensino capaz de estimular a reflexão e, dessa
forma, libertar o indivíduo da situação a qual encontra-se sujeitado - neste caso, a
manipulação.
Cabe mencionar, em segundo plano, quais os interesses atendidos por tal controle de
dados. Essa questão ocorre devido ao capitalismo, modelo econômico vigente desde o
fim da Guerra Fria, em 1991, o qual estimula o consumo em massa. Nesse âmbito, a
tecnologia, aliada aos interesses do capital, também propõe aos usuários da rede
produtos que eles acreditam ser personalizados. Partindo desse pressuposto, esse
cenário corrobora o termo "ilusão da contemporaneidade" defendido pelo filósofo
Sartre, já que os cidadãos acreditam estar escolhendo uma mercadoria diferenciada
mas, na verdade, trata-se de uma manipulação que visa ampliar o consumo.
Infere-se, portanto, que o controle do comportamento dos usuários possui íntima
relação com aspectos educacionais e econômicos. Desse modo, é imperiosa uma ação
do MEC, que deve, por meio da oferta de debates e seminários nas escolas, orientar os
alunos a buscarem informações de fontes confiáveis como artigos científicos ou por
intermédio da checagem de dados, com o fito de estimular o senso crítico dos
estudantes e, dessa forma, evitar que sejam manipulados. Visando ao mesmo objetivo, o
MEC pode, ainda, oferecer uma disciplina de educação tecnológica nas escolas,
através de sua inclusão na Base Comum Curricular, causando um importante impacto
na construção da consciência coletiva. Assim, observar-se-ia uma população mais
crítica e menos iludida.
Vanessa Tude, 19 anos
Jamille foi uma das alunas nota mil na redação do Enem — Foto:
Reprodução/Inep
Trecho da redação de Livia Taumaturgo, que tirou nota mil no Enem — Foto:
Reprodução/Inep
Trecho da redação de Sílvia Fernanda Lima, que tirou nota mil no Enem —
Foto: Reprodução/Inep
No livro Admirável Mundo Novo do escritor inglês Aldous Huxley é retratada uma
realidade distópica na qual o corpo social padroniza-se pelo controle de informações e
traços comportamentais. Tal obra fictícia, em primeira análise, diverge
substancialmente da realidade contemporânea, uma vez que valores democráticos
imperam. No entanto, com o influente papel atribuído à internet, configurou-se uma
liberdade paradoxal tangente à regulamentação de dados. Assim, faz-se profícuo
observar a parcialidade informacional e o consumo exacerbado como pilares
fundamentais da problemática.
Em primeiro plano, a estruturação do meio cibernético fomenta a conjuntura regida
pela denominada denominada pós-verdade, traduzida na sobreposição do
conhecimento fundamentado por conotações subjetivas de teor apelativo. Nesse
contexto, como os algoritmos das ferramentas de busca fornecem fontes
correspondentes às preferências de cada usuário, cria-se uma assimilação unilateral,
contendo exclusivamente aquilo que promove segurança emocional ao indivíduo e
favorece a reprodução automatizada de pensamentos. Desse modo, com base nas
premissas analíticas do escritor francês Guy Debord, pelo fato de o meio digital ser
mediatizado por imagens, o sujeito é manipulado de forma alienante, mitigando do seu
senso crítico e capacidade de compreender a pluralidade de opiniões.
Outrossim, a detenção de dados utilizada para a seleção de anúncios fomenta o
fenômeno do consumismo. Sob esse viés, posto que a sociedade vigente é movida pelo
desempenho laboral e pela autoexploração, como preconizou o filósofo sul-coreano
Byung Chul-Han, o consumo apresenta-se como forma de aliviar as inquietações
resultantes desse quadro e alternativa para uma felicidade imediata. Então, na medida
em que os artigos publicitários exibidos na internet são direcionados individualmente,
o estímulo à compra denota-se ainda mais magnificado, funcionando como fator
adicional à busca por alívio paralelamente à construção de hábitos desequilibrados e
prejudiciais.
Portanto, minimizar os impactos negativos da inserção no ciberespaço não se
apresenta como tarefa fácil, porém, tornar-se-á possível por meio de uma abordagem
educacional. Dessa forma, o Ministério da Educação deve elaborar um projeto de
educação digital tendo com perspectiva basilar o ensino emancipatório postulado pelo
filósofo alemão Theodor Adorno. Essa ação pode ser constituída por frequentes debates
incluindo problematizações e a criação de reformulações conscientes relacionadas aos
perigos delimitados pela manipulação do comportamento online nos ensinos
Fundamental II e Médio das escolas públicas e particulares. Tal medida deve incluir a
mediação de professores de Sociologia e Filosofia, além de especialistas em Cultura
Digital, com o objetivo de modular nos alunos autonomia e criticidade no uso da
internet. Enfim, será possível a construção de uma juventude responsável e dificilmente
manipulada, sem nenhuma semelhança a obra de Aldous Huxley.
Maria Eduarda Fionda, 18 anos
Trecho da redação de Maria Eduarda Fionda, que tirou nota mil no Enem —
Foto: Reprodução/Inep
George Orwell, em sua célebre obra “1984”, descreve uma distopia na qual os meios
de comunicação são controlados e manipulados para garantir a alienação da
população frente a um governo totalitário. Entretanto, apesar de se tratar de uma
ficção, o livro de Orwell parece refletir, em parte, a realidade do século XXI, uma vez
que, na atualidade, usuários da internet são constantemente influenciados por
informações previamente selecionadas, de acordo com seus próprios dados. Nesse
contexto, questões econômicas e sociais devem ser postas em vigor, a fim de serem
devidamente compreendidas e combatidas.
Convém ressaltar, em primeiro plano, que o problema advém, em muito, de interesses
econômicos. Segundo o sociólogo alemão Theodor Adorno, a chamada “Indústria
Cultural”, visando o lucro, tende a massificar e uniformizar os gostos a partir do uso
dos meios de comunicação. Sob esse viés, é possível depreender que a utilização de
dados dos internautas por determinados grupos empresariais constitui uma estratégia
de divulgação da produtos e pensamentos conforme seus interesses. Dessa maneira,
ocorre a seleção de informações e propagandas favoráveis a essas empresas, levando o
usuário a agir e consumir inconscientemente, de acordo com padrões estabelecidos por
esses grupos.
Outrossim, o mau uso das novas tecnologias corrobora com a perpetuação dessa
problemática. Sob a ótica do teórico da comunicação Marshall McLuhan, “os homens
criam as ferramentas e as ferramentas recriam o homem”. Nessa perspectiva, é
perceptível que o advento da internet, apesar de facilitar o acesso à informações,
contribui com a diminuição do senso crítico acerca do conteúdo visualizado nas redes.
Isso ocorre, principalmente, por conta do bombardeamento constante de propagandas
e notícias, muitas vezes, sem a devida profundidade e sem o acompanhamento de
análises de veracidade. Consequentemente, os internautas são cada vez menos
estimulados a questionar o conteúdo recebido, culminando, então, em um ambiente
favorável à manipulação de comportamentos.
É possível defender, portanto, que impasses econômicos e sociais constituem desafios a
superar. Para tanto, o Poder Público deve restringir o acesso de empresas a dados
pessoais de usuários da internet, por meio da elaboração de uma legislação eficaz
referente ao problema. Ademais, a mídia, associada a ONGs, deve alertar a população
sobre as mazelas de não questionar o conteúdo acessado em rede, por meio de
campanhas educativas. Isso pode ocorrer com a realização de narrativas ficcionais
engajadas, como novelas e seriados, e reportagens que tratem do tema, a fim de
contribuir com o uso crítico das novas tecnologias. Assim, será possível restringir, de
fato, a distopia de Orwell à ficção.
“A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira é um problema muito presente. Isso
deve ser enfrentado, uma vez que, diariamente, mulheres são vítimas dessa questão. Nesse sentido, dois
aspectos fazem-se relevantes: o legado histórico cultural e o desrespeito às leis.
Segundo a História, a mulher sempre foi vista como inferior e submissa ao homem. Comprova-se isso
pelo fato de elas poderem exercer direitos políticos, ingressarem no mercado de trabalho e escolherem
suas próprias roupas muito tempo depois do gênero oposto. Esse cenário, juntamente aos inúmeros
casos de violência contra as mulheres, corroboram a ideia de que elas são vítimas de um legado
histórico-cultural. Nesse ínterim, a cultura machista prevaleceu ao longo dos anos a ponto de enraizar-se
na sociedade contemporânea, mesmo que de forma implícita, à primeira vista.
Conforme previsto pela Constituição Brasileira, todos são iguais perante à lei, independente de cor, raça
ou gênero, sendo a isonomia salarial, aquela que prevê mesmo salário para os que desempenham
mesma função, também garantida por lei. No entanto, o que se observa em diversas partes do país, é a
gritante diferença entre os salários de homens e mulheres, principalmente se estas foram negras. Esse
fato causa extrema decepção e constrangimento a elas, as quais sentem-se inseguras e sem ter a quem
recorrer. Desse modo, medidas fazem-se necessárias para solucionar a problemática.
Diante dos argumentos supracitados, é dever do Estado proteger as mulheres da violência, tanto física
quanto moral, criando campanhas de combate à violência, além de impor leis mais rígidas e punições
mais severas para aqueles que não as cumprem. Some-se a isso investimentos em educação,
valorizando e capacitando os professores, no intuito de formar cidadãos mais comprometidos em garantir
o bem-estar da sociedade como um todo.” – Izadora Furtado
“A publicidade infantil tem sido pauta de discussões acerca dos abusos cometidos no processo de
disseminação de valores que objetivam ao consumismo, uma vez que a criança, ao passar pelo processo
de construção da sua cidadania, apropria-se de elementos ao seu redor, que podem ser indesejáveis à
manutenção da qualidade de vida.
O sociólogo Michel Foucault afirma que ‘nada é político, tudo é politizável, tudo pode tornar-se político’. A
publicidade politiza o que é imprescindível ao consumidor à medida que abarca a função apelativa
associada à linguagem empregada na disseminação da imagem de um produto, persuadindo o público-
alvo a adquiri-lo.
Ao focar no público infantil, os meios publicitários elencam os códigos e as características do cotidiano da
criança, isto é, assumem o habitus – conceito de Pierre Bourdieu, definido como ‘princípios geradores de
práticas distintas e distintivas’ – típico dessa faixa etária: o desenho animado da moda, o jogo eletrônico
socialmente compartilhado, o brinquedo de um famoso personagem da mídia, etc.
Por outro lado, a criança necessita de um espaço que a permita crescer de modo saudável, ou seja, com
qualidade de vida. Os abusos publicitários afetam essa prerrogativa: ao promoverem o consumo
exarcebado, causam dependência material, submetendo crianças a um círculo vicioso de compras, no
qual, muitas vezes, os pais não podem sustentar. A felicidade é orientada para um produto, em
detrimento de um convívio social saudável e menos materialista.
Com a crise de 1929 no Estados Unidos, Roosevelt implementou a Lei Seca para minimizar os problemas
e acidentes no trabalho. Agora, o Governo Federal implementou a Lei Seca com o intuito de reduzir o
numero de vitimas em acidentes de trânsito envolvendo motoristas embriagados. Dentro desse contexto,
há dois importantes fatores que devem ser levados em consideração: a redução nos acidentes de trânsito
e o aumento da conscientização da população brasileira no que tange os riscos de se dirigir embriagado.
Marinetti quando redigiu o Manifesto Futurista exaltando as inovações da modernidade, como o carro, não
podia imaginar que o seu objeto de admiração aliado ao álcool poderia acarretar sérios acidentes.
Paralelamente às ideias do Manifesto Antropofágico de Oswald de Andrade de absorver o que é
vantajoso da cultura estrangeira e adaptar à cultura nacional, o Governo Federal implementou a Lei Seca
com o objetivo de reduzir a quantidade de acidentes envolvendo motoristas que ingeriram álcool diminuiu
consideravelmente e isso se deve ao rigor da fiscalização, principalmente em saídas de bares e boates,
aliado à punições , como multa e prisão.
Ainda convém lembrar que enquanto em países como a Austrália dirigir embriagado é condenado pela
sociedade, no Brasil até pouco tempo, esse hábito perigoso era aceito. Isso porque até pouco tempo
existiam poucas políticas de conscientização na mídia acerca do perigo do binômio álcool e direção. Além
disso, os filhos se inspiraram nas atitudes dos pais, que não viam nenhum perigo em dirigir depois de um
ou dois copos de cerveja. Porém, o risco de acidente existe e felizmente a maioria da população está
ciente disso.
Infere-se que quando o motorista está alcoolizado está colocando em risco sua vida e de outras pessoas,
por isso deve deixar de lado seu caráter macunaíma e pensar no bem cotidiano. Cumpre ao governo
aumentar a fiscalização para garantir o cumprimento da lei. Cabe aos pais educar seus filhos através de
seu próprio exemplo. Cabe aos donos de bares e boates incentivar seus clientes a ir para casa de táxi.
Assim, o Brasil será referência mundial em educação no trânsito.”– Aline Abbud
“Brasil Atraente
Ao ser trabalhada a questão da imigração no Brasil, muito se pensa nos acontecimentos e nos fluxo ao
longo da história. No entanto, a nação brasileira constituiu-se, no século XXI, uma potência econômica em
crescimento e ganhou notoriedade a partir da popularização do conceito dos BRICS, países de maior
prosperidade econômica. Desse modo, pode-se dizer que os movimentos de imigração para o Brasil no
século XXI são uma decorrência da sua realidade econômica e causam influências em outros campos
como a cultura e a qualidade de vida.
Uma das grandes consequências culturais da imigração para o Brasil no século XXI é o enriquecimento
da cultura local, que já é caracterizada pela diversidade. Tal consequência, atrelada ao conceito de
convivência da sociedade, permite à nação macunaíma flexibilizar ainda mais as relações sociais, mas
somente quando distante dos ideais preconceituosos. Eles, que estão presentes em grande parte dos
países centrais que atuam como áreas de atração, são crescentes na realidade brasileira, o que acaba
por dificultar a consolidação da face boa da imigração.
Além disso, por conta do contexto tecnológico de Revolução Informacional, as levas populacionais que se
deslocam do seu país de origem tendo como o destino final o território brasileiro estão mais preparados e
motivados quando comparadas aos imigrantes do passado. Com isso, o homem contemporâneo não
almeja se deslocar em busca de um subemprego, e vem ao Brasil para contribuir como mais uma agente
para o desenvolvimento do país. Dessa forma, os migrantes diferenciados do século atual chegam
qualificados e empenhados a entrar no território como uma contribuição.
Não obstam, a política de amenidade mantida pelo país no contexto internacional garante uma boa
imagem para os interessados também residentes em país tidos como desenvolvidos. Percebe-se , então,
que empresas transnacionais enviam seus executivos e trabalhadores para a nação que não se envolve
em constantes guerras, possui facilidades no comércio com países como China e Rússia e apresenta
grandes taxas de crescimento, É vista, em consequência de tal investimento estrangeiro, uma
possibilidade de absorção de novas técnicas e conhecimentos.
Subentende-se, então, que o contingente imigratório do século XXI com destino ao Brasil é um fator de
grande influência nos seus diversos campos de convivência social e cultural, cabendo ao país direcionar
essas possibilidades a um caminho próspero. Para isso, práticas como o investimento governamental e
privado nos “teapolos” brasileiros gatarem uma formação da população nativa e a chance de inserção do
imigrante na sociedade e no trabalho. Além disso, tal investimento ajuda a fortalecer o convívio entre as
diversas culturas e conhecimentos, possibilitando o aprimoramento das técnicas.”– Igor Cavalcanti
EXEMPLOS DE REDAÇÕES
NOTA 1000 DOS ÚLTIMOS 5
ANOS
[2013] TEMA: OS EFEITOS DA IMPLANTAÇÃO DA LEI SECA NO
BRASIL
De acordo com uma pesquisa feita pelo IBPS, com dados do Rio de Janeiro,
97% da população aprova o uso de bafômetros na fiscalização, e com dados
do DATASUS, aconteceu uma queda de 6,2% na média nacional de mortes
desde a implantação da lei. Pela interpretação dos índices percebe-se que a
população já está conscientizada sobre a gravidade do problema embora a média
da redução das vítimas fatais ainda esteja baixa.
Conclui-se, então que a parte mais difícil já está feita: as pessoas estão
conscientizadas do problema. Agora, cabe aos estados e aos municípios o
desenvolvimento de medidas criativas (como a repulsão magnética implantada em
um copo ao beber e dirigir no RJ) que lutem energicamente contra a embriaguez
no volante, para que assim, ao contrário do que o filósofo Sartre afirmava, o
inferno deixe de ser os outros, os quais não sabem usufruir da sua
liberdade. E, de quebra, se possa viver em um país livre de atitudes
inconsequentes.
“Na mitologia grega, Sísifo foi condenado por Zeus a rolar uma enorme pedra
morro acima eternamente. Todos os dias, Sísifo atingia o topo do rochedo,
contudo era vencido pela exaustão, assim a pedra retornava à base.
Hodiernamente, esse mito assemelha-se à luta cotidiana dos deficientes
auditivos brasileiros, os quais buscam ultrapassar as barreiras as quais os
separam do direito à educação. Nesse contexto, não há dúvidas de que a
formação educacional de surdos é um desafio no Brasil o qual ocorre,
infelizmente, devido não só à negligência governamental, mas também ao
preconceito da sociedade.
A Constituição cidadã de 1988 garante educação inclusiva de qualidade aos
deficientes, todavia o Poder Executivo não efetiva esse direito. Consoante
Aristóteles no livro “Ética a Nicômaco”, a política serve para garantir a
felicidade dos cidadãos, logo se verifica que esse conceito encontra-se
deturpado no Brasil à medida que a oferta não apenas da educação inclusiva,
como também da preparação do número suficiente de professores
especializados no cuidado com surdos não está presente em todo o território
nacional, fazendo os direitos permanecerem no papel.
Outrossim, o preconceito da sociedade ainda é um grande impasse à
permanência dos deficientes auditivos nas escolas. Tristemente, a existência
da discriminação contra surdos é reflexo da valorização dos padrões criados
pela consciência coletiva. No entanto, segundo o pensador e ativista francês
Michel Foucault, é preciso mostrar às pessoas que elas são mais livres do que
pensam para quebrar pensamentos errôneos construídos em outros momentos
históricos. Assim, uma mudança nos valores da sociedade é fundamental para
transpor as barreiras à formação educacional de surdos.
Portanto, indubitavelmente, medidas são necessárias para resolver esse
problema. Cabe ao Ministério da Educação criar um projeto para ser
desenvolvido nas escolas o qual promova palestras, apresentações artísticas e
atividades lúdicas a respeito do cotidiano e dos direitos dos surdos. – uma vez
que ações culturais coletivas têm imenso poder transformador – a fim de que a
comunidade escolar e a sociedade no geral – por conseguinte – conscientizem-
se. Desse modo, a realidade distanciar-se-á do mito grego e os Sísifos
brasileiros vencerão o desafio de Zeus.”
2º exemplo de redação nota 1000 de 2017
Sabe o que a gente preparou pra você? Propostas de intervenção para trabalhar
nas suas redações! Isso mesmo: separamos 11 possíveis temas de redação do
Enem e indicamos as possíveis situações-problemas para cada um deles, além
de propostas de intervenção para debater o tema, confira:
Propostas de intervenção:
– O debate de obras literárias nas escolas que reflitam sobre o papel da mulher
ao longo das épocas e como essa ganhou grande destaque no campo artístico e
social, a fim de promover a valorização da mesma.
Propostas de intervenção:
– O estímulo a descontos no valor das contas de água e luz faz com que os
usuários busquem economizar neste momento de crise e comecem a refletir
sobre a situação atual do Brasil.
Propostas de intervenção:
– ONGs devem ser mais ativas nas redes sociais, a fim de que fiquem mais
próxima do contato entre os jovens e estimule-os a participar de projetos
educacionais e culturais, como a presença de cursos online e a orientação de
encontros em grupo para debates.
Propostas de intervenção:
Propostas de intervenção:
Propostas de intervenção:
1. É inegável a má qualidade da alimentação da maioria dos brasileiros.
Já que os vícios começam dentro de casa, cabe à família concordar
em fazer refeições saudáveis e ensinar às crianças, desde cedo, a
comer alimentos que façam bem à saúde. A prática de exercícios
é fundamental no combate à obesidade, por isso seria interessante
que os membros de uma se exercitem juntos, através de caminhadas,
pedaladas, etc.
Proposta de intervenção:
Proposta de intervenção:
Propostas de intervenção:
Proposta de intervenção:
Exemplo 2
“Deve-se ter em mente o quão prejudicial isto é perante a sociedade
feminina, sabendo que apenas uma revisão dentro da Constituição
Federal poderia ser uma grande ajuda para a solução do feminicídio.”
O estudante fez apenas um esboço da proposta de intervenção. Ele
utiliza apenas um agente para a solução do problema, mas não diz
como fazer, os meios para fazer e quem mais poderia participar da
proposta de solução. Que tipo de revisão seria feita na Constituição?
O que deveria ser proposto? Quais seriam as mudanças?
Exemplo 3
“A mulher tem força, coragem e determinação como o homem pode
ter. Ela é capaz do que o homem é capaz, isso simplesmente porque
ela também é humana! É preciso que a sociedade deixe isso de lado e
lute contra qualquer tipo de discriminação. Todos devem ser vistos de
forma igual perante à lei e aos olhos de outros também.”
Neste caso, não houve uma proposta de intervenção para o problema
abordado. O estudante não apresentou medidas concretas de solução
para o problema.
Exemplo 4
“Diante disso, para que as leis tenham maior efeito devemos mudar
esse pensamento antigo de inferioridade, com o apoio do Governo.
ONG´S devem reeducar presidiários e promover campanhas no país,
chega de violência.”
Ao elaborar proposta de intervenção, é preciso identificar agentes e
ações que serão promovidas. A sugestão deve ter articulação com o
que foi discutido ao longo do texto. De que maneira reeducar
presidiários se encaixaria dentro do tema? O estudante precisa
explicar melhor. E, lembrem-se, a solução sempre deve conter um
detalhamento do que fazer, como fazer, os meios e os participantes da
proposta.
Exemplo 5
“Torna-se evidente, portanto, que a violência contra a mulher ainda é
grande no Brasil. Para que isso mude, o governo deve aumentar a
pena para qualquer tipo de violência, tornando esse crime
inafiançável. Ademais, a sociedade civil precisa pressionar o
Legislativo para a aprovação da lei que equipara os salários entre os
sexos, por meio de petições, abaixo-assinados e manifestações.
Afinal, todos são iguais perante a lei, como diz a Constituição.”
O estudante conseguiu propor uma solução e envolver todos os
agentes. Ele fala da necessidade de mudanças na lei, por exemplo, e
de como a sociedade civil deve pressionar o governo para que
ocorram mudanças. O aluno conseguiu detalhar a solução, e disse o
que fazer, como fazer, os meios e os participantes da proposta.
Exemplo 6
“Ainda que com novas leis e manifestações a favor do sexo feminino,
algumas iniciativas devem ser tomadas como, projetos exigindo a
participação de mulheres na oferta de trabalho tenha o mesmo
percentual que o dos homens. Além disso, incentivar ainda mais a
população a denunciarem casos de violência em suas localidades.
Porém, sem esquecer de ensinar aos estudantes, desde o ensino
fundamental, a importância da igualdade entre os sexos e que o
pensamento machista é retrógrado.”
PROPOSTAS DE
INTERVENÇÃO PARA OS
POSSÍVEIS TEMAS DO ENEM
2018
.
Propostas:
Propostas:
TEMA: O AUMENTO DA
DEPRESSÃO ENTRE OS JOVENS
NO BRASIL
O aumento exponencial de casos de depressão e suicídio de jovens no mundo tem
sido um sinal alarmante da demanda urgente de medidas para prevenção desses
casos. O aluno deve indicar causas desse expressivo aumento e trabalhar
estratégias que modifiquem diretamente essa realidade.
Propostas:
Propostas:
Propostas:
Nós não chegamos a desenvolver a conclusão para este eixo, que é um tanto
raro no ENEM, mas você pode usar essa introdução se o tema tiver relação
com questões filosóficas: