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A Constituição e a familia

A família pode ser considerada a unidade social mais antiga do ser humano, a qual,
historicamente, mesmo antes do homem se organizar em comunidades sedentárias,
constituía-se em um grupo de pessoas relacionadas a partir de um ancestral comum ou
através do matrimônio.1

Há, pois, uma estreita relação entre esta instituiçãoe a Lei Magna do estado na medida
em que, se por um lado a familia é a base de qualquer estado, por outro tem o direito da
familia sua maior funamentação nos direitos fundamentai auferidos pela constituição da
repúblia de angola. Devida a esta relação algumas disposições constitucionais
autoafirmam-se como cláusulas pétreas das relações juridicas familiares, previstas
essencialmente aquando dos direitos fundamentais.

Breve historico da tutela constitucional da família.

Não osbtante a ancestralidade da faímlia, nem sempre esta instituição obteve protecção
expressa na Constituição da republia de angola. Efectivamente, não houve nenhuma
referencia feita pela Lei Constitucional da república Popular de angola de 11 de
novembro com relação à faminila.

Foi só no ambito do artº. 23 da Lei constitucional de 1991( Lei nº. 12/91 de 6 de Maio)
que foi ineditamente previsto o direito à familia enquanto direito fundamental . Esta
disposição consagrava a faília como nucleo fundamental da sociedade, sendo obejecto
de proteccção indpendentente da sua forma de constitituição , estabelecendo tambem o
rincipio da igualdade entre homem e mulher .

O legislador constitucional não se esqueceu da familia auqando da elaboração da Li nº:


23/92 de 16 de Setembro( Lei Constitucional da República de angola de 1992) , sendo
o seu conteúdo semelhante ao da lei constitucional anterior.

Afamilia enquando direito fundamental

A consgração da familia enquanto direito fundamental é realizada essencialmente pelo


artº. 35 da CRA. Contudo, existem outras disposições como os artº. 80 e e 82 relativos
à proteccoa da infancia e da terceira idade, respectivamente, que igualmente visam
proteger a familia; mas que por serem relativas a direitos economicos, sociais e culturais
intimamente relacionadas com programas de execução de normas progamáticas pelo
Poder Executivo não serão abordadas.

Decorre do artº. 35 nº. 1 que “a família é o núcleo fundamental da organização da


sociedade e é objectode especial protecção do estado, quer se funde em casamento,
quer em união de facto, entre homem e mulher”. Verifica-se por esta disposição que a
Constituição angolana não traz um conceito de família, muito menos se refere a outros
possíveis tipos de agrupamentos familiares. Com a indefinição do dispositivo
constitucional angolano, o conceito de família tornase aberto para possível recepção e
tutela de quaisquer arranjos familiares, a exemplo das famílias monoparentais e
anaparentais. Desta forma, consideram-se igualmente dignas de protecção todas as
formas ou tipos de familias, bem como a igualdade das formas de união ( casamento e
união de facto) confirmadas posteriormente pelo artº. 116 do CF que atriui à união de
Facto os mesmos efeitos que o casamento.

Portanto, as formas de vida familiara são diversas. Elas dependem de factores sociais,
culturais, económicos e afectivos. Elas podem assumir-se como famílias extensas,
familias monoparentais ou ainda de famílias homoparentais, nos países em que se
reconhece o matrimónio entre homossexuais.

Uma outra questâo resukltante da análise do nº.1 do art. 35 tem a ver com a uniâo
homoafcetiva que merece uma atenção especial desenvolvida no subponto seguinte.

A união homoafectiva a luz do art. 35 da Cra de 2010

A familia sendo entendido como sendo o núcleo funademntal de uma sociedade


constitui-se com base em vinculos naturais ou juridicos, e pela decisão livre de duas
pessoas de sexo diferente de contraírem matriomónio. Coloca-se des já a problemática
da união homossexual. A CRA e a lei ordinária angolana só reconhecem a união entre
pessoas de sexo diferentes, isto é, entre um homem e uma mulher pelo que este requisito
tem o seu fundamento na finalidade do casamento, que é a plena comunhão de vida
entre o homem e a mulher e a procriação.
Portanto, a união entre homossexuais não é, a nível do ordenamento jurídico
angolano, casamento, não se podendo equiparar ao casamento e , por conseguinte nem
pode uma tal união ser reconhecida legalmente. Uma eventual liberalização do
casamento homoafectivo passaria numa primeira fase, e numa perspectiva legal, por
uma revisão constitucional, e posteriormente por uma sucessiva revisão da legislação
ordinária. Há aqui, portanto um limite constitucional ao casamento homossexual.

Por conseguinte, e a título de exemplo um casamento homossexual celebrado


validamente em outro Estado não poderá produzir efeitos em Angola; a luz da lei
angolana este casamento é juridicamente inexistente, não produz quaisquer efeitos (artº.
20 C.F.).

Questão semelhante e igualmente interessante, contudo mais complicada é a do


intersexualísmo (pessoas que partilham cacteristicas dos dois sexos- imagine-se, por
exemplo,uma situção de Agenesia Gonadal(distúrbio que faz com que” homens”
tenham ausência completa do pênis e dos testículos) ou de Hermafroditas que são
indivíduos que possuem tecidos ovulares e testiculares ao mesmo tempo. , ou ainda de
pessoas que possuem uma vagina e que contudo desenvolbem um penis no lugar do
clitoris)2 e dos transexuais que são individuos que, por meio de intervenção cirurgica,
mudaram de sexo. Estão assim em causa situações em que se é difícil detereminar que
determinada pessoa é homem ou mulher.

Coloca-se, então, a quesão de saber se os intersexuais e os transexuais podem ou


não se casar à luz de uma ordem jurídica que não acolhe o casamento homossexual, em
especial a angolana, e caso possam com quem é que efectivamente podem.3

Não foi fácil obter uma resposta a esta questão. Poderiamos entender que se deve
ter uma interpretação restritiva e mais conservadora porquanto só se podem casar
homem e mulher “originários”, isto é, homens que tenham nascido homens com
mulheres que tenham nascido mulheres. Ou ainda, por outro lado poderiamos considerar
que só se podem casar pessoas de sexos difentes independentemente de ter ocorrido ou
não uma intervenção cirúrgica de mudança de sexo no caso dos transexuais,. Assim,
poderia ocorrer um casamento entre pessoas que mudaram de sexo desde que, no final,
tivessem sexos diferentes; ou entre um hetero sexual-homem ou mulher- e uma
transsexual-mulher ou homem-, respectivamante.
Para solucionar, ainda que minima e superficialmnete, este problema cremos que a
melhor posição seria aquela que adoptasse um critério formal baseado em documento
autêntico, isto é, no principal documento de identificação, ou seja, no Bilhete de
Identidade. Deste modo, poderá casar-se quem, no BI, figure como homem com quem,
no BI, figure como mulher e vice-versa. Para tanto, não se colocando a questão da
inexistência, mas da validade do casamento, é necessário que o repectivo conjuge saiba
daquele facto, sob pena de se constituir fundamento para anulação do casamento com
base do erro.

Monogamia e monadria constitucionais

Recebem também tutela constitucional os principios da monogamia e da


monandria. O primeiro diz que um homem só pode ter uma esposa, isto é, só pode num
determinado momento estar casado com uma única mulher; o segundo diz que uma
mulher só pode ter um esposo, ou seja, só pode num determinado momento estar casado
com um único homem.

A monogamia e a moandria são, essencialmente, consequência do princípio da


igualdade entre o homem e a mulher no seio da famìlia. O legislador constitucional
optou por proteger a natureza exclusiva do débito conjugal.

O contrário da monogamia é a poligamia (um homemcom duas ou mais esposas);


o conrario de monoandria é a poliandraia (uma mulher com dois ou mais maridos).

Como refere Celestino Rafael 1, a poligamia e a poliandria, sejam elas do


conhecimento público ou não, a infidelidade a todas as concepções e práticas sociais e
culturais que estabeleçam um modelo de subordinação da mulher ao homem ou vice-
versa, contrariam o princípio da igualdade entre o homem e a mulher.

A Constituição angolana reconhece, apenas, as uniões monogâmicas entre um


homem e uma mulher, pondo de parte a aceitação de pessoas do mesmo sexo ou com
mais de uma pessoa de sexo diferente. . Essas uniões podem basear-se no casamento ou
união de facto, devendo os mesmos ser celebrados ou reconhecidos nos termos
legalmente definidos.

A autonomia da vontade e a familia.

O direito à constituição de família é um direito constitucionalmente protegido e


funda-se na autonomia da vontade, ou seja, as pesssoas são livres de constituírem, ou
não família, de escolherem com quem e quando querem constituir familia( art.35 nº.2).
Assim sendo, ninguém pode ser obrigado a constituir família ou a ter como cônjuge
uma pessoa que ela não queria, pelo que o casamento constituído nestes termos poderá
ser anulado com fundamento na coacção nos termos do CF.

Diferente é a situação em alguns ordenamentos jurídicos como o indiano em que


se reconhece a eistência e validade do casamento arranjado.

É essencial que as partes tenham a vontade de se casar ou se unir uma a outra. Se


não houver o acordo de uma ou de ambas, com base no princípio da defesa da dignidade
da pessoa humana e da autonomia da vontade, niguém pode ser obrigado a contrair
casamento ou união de facto.

Contudo, a autonomia da Vontade deve ser entendida com as devidas reservas


relativas a natureza de cada instituto.nestes termos, há uma maior ou menor limitação da
vontade das partes quando esteja em causa um ou outro instituto. Assim, há uma menor
relevancia da da autonomia quando se trate de filiação uma vez que esta se estabelece
pelo simples facto da procriação e não do reconheciemnto como filho. Outros exemplos
de limitação cosniderável da autonomia são o parentesco e a afinidade na medida em
que não se podem escolher os parentes ou afins relativamente aos quais se quer ver
contituido o vinculo de parentesco ou de afinidade.

Principio da igualdade

A/ entrehoem e mulher(nº. 3)

A igualdade do homem e da mulher no seio da família é consequência do


princípio democrático de igualdade das pessoas assim como do princípio da consgrado
no art.º 23 da CRA. O princípio da igualdade entre o homem e a mulher é o princípio
que atribui ao homem e a mulher iguais direitos e deveres. Não significa, contudo, que a
eles são atribuídas as mesmas tarefas no lar. A igualdade significa, antes de tudo, que o
homem e a mulher são iguais em dignidade. Por isso eles têm os mesmo direitos e estão
sujeitos aos mesmos deveres; são tratados como iguais perante a lei. A igualdade
significa que as atrefas devem ser repartidas de forma equilibrada, que deve existir
solidareidade e complementaridade entre o homem e a mulher, uma vez que cada um
pousssui qualidades próprias, mas também as suas limitações. O homem e a mulher
existem para se complementarem mutuamente, pelo que cada um deve ajudar o outro
naquilo que tem mais dififuldade. Ao atribuir-se as mesmas tarefas ao homem e à
mulher acabar-se-ia por se incorrer em injustiça e ser-se contrário à propria natureza das
coisas.

B/ entre os filhos(nº.5)

A igualdade dos filhos tem como principal consequencia a abolição dos conceitos de
filhos legitimos e ilegitimos, confrome tenha nascido ou não no ambito da vigencia de
um casamento entre os pais.

Uma segunda consequencia tem a ver com a igualdade de direitos e deveres de todos os
filhos em relação aos pais e destes para com aqueles.

O papel constitucional do estado perante a familia

A família é objecto de protecção do Estado em virtude do papel fulcral que ela


tem na sociedade. Enquanto núcleo funamental da sociedade encarrega-se de transmitir
valores morais e culturais aos seus membros, o que faz com que casa pessoa possa
desenvolver-se de acordo com as normas estabelecidadas na sociedade

A função de proecção do Estado da família manifesta-se sob a forma de regulação


das relações sociais no casamento ou na união de facto, ou ainda em caso de ruptura da
relação do casal. O Estado protege as crainças dentro do casamento ataravés de vários
de vários institutos jurídicos, designadamento: prestação de alimentos, regulação da
autoridade paternal ouda fugaà paternidade ou maternidade. Tanto se percebe a
intervenção do Estado neste âmbito que o legislador ordinário traz a presunção de
paternidade do cônjuge quando o filho é nascido durante o casamento( art. 165 CF).
Como demonstra a prática, esta presunção é uma presunção iuris tantum, ou seja,
ilidível admitindo prova em contrário.

A protecção do Estado verifica-se, da mesma forma, na criação de mecanismos de


assisência à famíliaassegurando que não se regista a ocorrência de violencia doméstica.
A titulo de exemplo temos a aprovação da Lei nº. 25/11, de 14 de Junho, Lei Contra a
Violencia doméstica

Coompreende dever do Estado a protecção e amparo do idoso que não possua


condições de se autossustentar nem tenha parentes que possam assegurar que tenham
uma vida condigna( tenhamos em atenção o artº. 77 da CRA).

O dever de actuação do Estado verfifica-se, também pela obrigação de interveir


quando haja crianças ou jovens desprotegidos ou com famílias que não possuem as
condições essenciais que assegurem o seu crecimento e desenvolvimento com
dignidade( nºs. 6 e 7 da CRA). Estes possuem abolsulta prioridade e proteção integral,
tendo como suporte o princípio da igualdade. Assim é que se deve reconhecer a
obrigação do Estado para assegurar a manutenção de jovens com pais ou familiares sem
condições econômicas para tanto.

No que tange a entidade familiar, merece especial atenção e proteção estatal, as


famílias monoparentais que possuem “estrutura mais frágil”. Faz-se necessário que o
Estado se preocupe com esta espécie de família, por meio de políticas públicas, ações
protectivas que facilitem o melhor desenvolvimento e sustento, pelo fato de serem
famílias compostas por apenas um pai ou uma mãe que é o sustento, o provisionador (a)
de toda a família.

A família desenvolveu-se desde a comunidade primitiva como sendo o núcleo


básico da soicedade. Ela tem funções sociais muito grandes que estão dirigidas para a
educação dos filhos, para a sua sobrevivência e satisfação das suas necessidades.

O Estado tem a obrigação constitucional de adoptar políticas públicas que


garantam condições de habitabilidade e assisteência médicae medicamentosa dignas às
famílias com maiores dificuldades financeiras( artº. 77, 85, 21als. e) e i) Cra).
1.http://investidura.com.br/biblioteca-juridica/artigos/historia-do-direito/170332-o-
conceito-de-familia-e-sua-evolucao-historica

2.https://pt.wikipedia.org/wiki/Intersexualidade#Classifica
%C3%A7%C3%A3o_segundo_causas_biol%C3%B3gicas

3. Rafel, Celestino. Familia-Tudo o uqr precisa saber, pág. 36, ponto37

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