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Registrei minha D.I. e agora?

Existe prazo limite para o desembaraço aduaneiro de importação?

Posso recorrer à via judicial se ultrapassado esse prazo?

Como ficam os custos gerados pela excessiva demora na realização das vistorias fiscais?

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Essas e outras dúvidas são frequentes na rotina dos importadores brasileiros. Por isso,
vamos analisar quais são os suportes jurídicos que o importador brasileiro possui diante da
inércia da Administração Pública no despacho aduaneiro de importação.
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Primeiramente, dois pontos devem ser levados em conta, são eles:

A. Houve algum ato fiscalizatório no período em que as mercadorias ficaram à disposição do


Fisco?;
B. A retenção da mercadoria foi desprovida de motivação?

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É importante a análise dos dois pontos levantados, pois em caso de instauração do


Procedimento Especial de Controle Aduaneiro (PECA), o Art. 9° da Instrução Normativa RFB n°
1.169/2011 permite que o despacho aduaneiro de importação seja concluído com o prazo
máximo de 90 (noventa) dias, prorrogável por igual período totalizando (180 dias).
Por outro lado, a retenção de mercadorias sem fundamento e sem qualquer motivação por
parte da fiscalização viola os princípios constitucionais que regem a Administração Pública
(especialmente a publicidade) e o direito de propriedade, além de não preencher os requisitos
do ato administrativo (finalidade e motivação).
Nesse sentido, uma vez constatada a ausência de qualquer ato fiscalizatório no curso do
despacho aduaneiro de importação, revela-se
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abusiva e, portanto, ilegal, a retenção da
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mercadoria pelo Fisco.

A  legislação vigente não estabelece um prazo


específico para a conclusão do despacho aduaneiro de
importação. Contudo, é importante lembrar  que, pelo
princípio da especialidade, aplicam-se as regras do
Decreto n° 70.235/1972, razão pela qual  deve-se
considerar que o prazo tido como limite para
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conclusão do despacho é de 8 (oito) dias.

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É nesse ponto que surgem posicionamentos divergentes. Há quem entenda que o prazo
para a conclusão do referido procedimento é de 30 (trinta) dias, consoante o art. 49 da Lei nº
9.784/99, exceto no caso da já mencionada instauração do Procedimento Especial de Controle
Aduaneiro (PECA).
No entanto, vale destacar que o art. 69 da Lei nº 9.784/99, que regula o processo
administrativo no âmbito da Administração Pública federal, prevê que “os processos
administrativos específicos continuarão a reger-se por lei própria, aplicando-se-lhes apenas
subsidiariamente os preceitos desta Lei”.
Nesse sentido, vejamos o julgamento do Exmo. Relator Ministro Luiz Fux, em Recurso
Especial n° 1.138.206 RS (2009/0084733-0):
TRIBUTÁRIO. CONSTITUCIONAL. RECURSO
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ESPECIAL REPRESENTATIVO DE
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CONTROVÉRSIA. ART. 543-C, DO CPC. DURAÇÃO RAZOÁVEL DO PROCESSO. PROCESSO


ADMINISTRATIVO FISCAL FEDERAL. PEDIDO ADMINISTRATIVO DE RESTITUIÇÃO. PRAZO
PARA DECISÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. APLICAÇÃO DA LEI 9.784/99.
IMPOSSIBILIDADE. NORMA GERAL. LEI DO PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL.
DECRETO 70.235/72. ART. 24 DA LEI 11.457/07. NORMA DE NATUREZA PROCESSUAL.
APLICAÇÃO IMEDIATA. VIOLAÇÃO DO ART. 535 DO CPC NÃO CONFIGURADA. […]
3. O processo administrativo tributário encontra-se regulado pelo Decreto 70.235/72 – Lei do
Processo Administrativo Fiscal -, o que afasta a aplicação da Lei 9.784/99, ainda que ausente,
na lei específica, mandamento legal relativo à fixação de prazo razoável para a análise e decisão
das petições, defesas e recursos administrativos do contribuinte.
4. Ad argumentandum tantum, dadas as peculiaridades da seara fiscal, quiçá fosse possível a
aplicação analógica em matéria tributária, caberia incidir à espécie o próprio Decreto 70.235/72,
cujo art. 7º, § 2º, mais se aproxima do thema judicandu.” (grifo nosso).
Com efeito, a regra geral da Lei nº 9.784/1999 não pode prevalecer sobre a regra mais
específica, qual seja, o Decreto nº 70.235/1972, que dispõe sobre o Processo
Administrativo Fiscal, aplicável ao despacho aduaneiro de importação.
O entendimento pacificado na jurisprudência do E. Tribunal Regional Federal da 4º Região
segue essa mesma compreensão:
PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. DESPACHO ADUANEIRO. CANAL VERMELHO. ENTREGA
ANTECIPADA. DESCABIMENTO. 1. Está pacificado no âmbito desta Corte que, à míngua de 1/1
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disposição legal específica na fixação do prazo para o desembaraço aduaneiro de


mercadorias parametrizadas para o canal vermelho, deve ser observado o prazo de oito
dias, na forma do art. 4º do Decreto 70.235/72, em observância ao princípio da eficiência da
Administração Pública. 2. No caso dos autos, demonstrado que as mercadorias parametrizadas
para o canal vermelho, estão sem movimentação há mais de 8 (oito) dias, não merece reparos a
decisão agravada que, diga-se, tão somente fixou prazo para que a Receita Federal prossiga com
o despacho aduaneiro até sua conclusão, sem qualquer determinação de liberação imediata da

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mercadoria. (TRF4, Agravo Legal em Agravo de Instrumento n° 5042939-33.2015.404.0000/SC,


TERCEIRA TURMA, Rel. Desª. MARGA INGE BARTH TESSLER, juntado aos autos em
10/12/2015). (grifo nosso)
TRIBUTÁRIO E ADUANEIRO. IMPORTAÇÃO. PARAMETRIZAÇÃO DA DI. CANAL VERMELHO.
PROSSEGUIMENTO DO DESPACHO ADUANEIRO. EXCESSO DE PRAZO. CONCESSÃO DA
SEGURANÇA. No que se refere à questão dos prazos legais considerados pela jurisprudência
para o transcuro regular do despacho de importação, nota-se uma tendência à uniformização dos
oito dias previstos no Decreto n. 70.235/72, que dispõe sobre o processo administrativo fiscal.
(TRF4 , Remessa Necessária Cível n° 5004788-35.2015.404.7101/RS, SEGUNDA TURMA, Rel.
Des. OTÁVIO ROBERTO PAMPLONA, juntado aos autos em 09/06/2016). (grifo nosso)
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Portanto, o prazo limite para a conclusão do despacho aduaneiro de importação é de


8 (oito) dias. Assim, ultrapassado tal prazo, os importadores brasileiros podem recorrer a via
judicial requerendo a liberação imediata de suas mercadorias, bem como, o posterior
ressarcimento dos custos gerados pela excessiva demora na realização das vistorias
fiscais.

Cuiabá, MT, sábado, 20 de abril de 2019.

Atenciosamente,

Rodrigo Rebolla.

CEO, Grupo Contínua Soluções em Comércio Exterior.
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