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5ª TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS E CRIMINAIS

DA BAHIA

PROCESSO Nº 0095648-04.2014.8.05.0001
CLASSE: RECURSO INOMINADO
RECORRENTE: BANCO BMG S.A.
RECORRIDO: EDILSON SACRAMENTO DE SOUSA
JUIZ PROLATOR: CÁSSIO MIRANDA
JUIZ RELATOR: ROSALVO AUGUSTO VIEIRA DA SILVA

EMENTA

RECURSO INOMINADO. EMPRÉSTIMO. CONSUMIDOR


INFORMADO ACERCA DA SUSPENSÃO UNILATERAL DO
CONTRATO. PERSISTÊNCIA DOS DESCONTOS
PERTINENTES. PRESTAÇÃO DEFEITUOSA DO SERVIÇO.
ORDEM DE RESTITUIÇÃO DOS VALORES PAGOS
INDEVIDAMENTE. DANOS MORAIS RECONHECIDOS,
ARBITRADOS COM MODERAÇÃO, RESPEITANDO OS
PRINCÍPIOS DA PROPORCIONALIDADE E
RAZOABILIDADE. PRESTÍGIO ÀS LIÇÕES
JURISPRUDENCIAIS. MANUTENÇÃO INTEGRAL DO
JULGADO. RECURSO IMPROVIDO.

Dispensado o relatório nos termos do artigo 46 da Lei n.º 9.099/95.

Circunscrevendo a lide e a discussão recursal para efeito de registro,


saliento que o Recorrente, BANCO BMG S.A., pretende a reforma da sentença lançada
nos autos nos seguintes termos: “JULGO PROCEDENTE EM PARTE os pedidos da
inicial, com resolução de mérito, na forma do Art. 269, I, do CPC, para CONDENAR a
ré no pagamento à autora, da quantia de R$ 27,70 (vinte e sete reais e setenta
centavos) a título de indenização por danos materiais, valor a ser corrigido desde
07.11.2013 acrescido de juros de mora desde a citação, e da quantia de R$ 3.000,00
(três mil reais) a título de indenização por danos morais, valor a ser corrigido a partir
da publicação desta”.

Presentes as condições de admissibilidade do recurso, conheço-o,


apresentando voto com a fundamentação aqui expressa, o qual submeto aos demais
membros desta Egrégia Turma.

VOTO

No mérito, a sentença recorrida, tendo analisado corretamente todos


os aspectos do litígio, merece confirmação integral, não carecendo, assim, de qualquer
reparo ou complemento dentro dos limites traçados pelas razões recursais,
culminando o julgamento do recurso com a aplicação da regra inserta na parte final do
art. 46 da Lei nº 9.099/95, que exclui a necessidade de emissão de novo conteúdo
decisório para a solução da lide, ante a integração dos próprios e jurídicos fundamentos
da sentença guerreada.

A título de ilustração apenas, fomentada pelo amor ao debate e para


realçar o feliz desfecho encontrado para a contenda no primeiro grau, alongo-me na
fundamentação do julgamento, nos seguintes termos:

Discutindo-se a prestação defeituosa de serviço, cabia ao Recorrente


ilidir a responsabilidade civil objetiva inerente ao próprio risco da atividade econômica,
consagrada no art. 14, caput, do CDC, que impõe ao fornecedor o ônus de provar causa
legal excludente (§ 3º do art. 14), algo de que o Requerido não se desincumbiu.

O dano simplesmente moral, sem repercussão patrimonial, não há


como ser provado, nem se exige perquirir a respeito do animus do ofensor. Consistindo
em lesão de bem personalíssimo, de caráter eminentemente subjetivo, satisfaz-se a
ordem jurídica com a demonstração do fato que o ensejou. Ele existe tão-somente pela
ofensa, e dela é presumido, sendo o suficiente para autorizar a reparação.

Com isso, uma vez constatada a conduta lesiva e definida


objetivamente pelo julgador, pela experiência comum, a repercussão negativa na esfera
do lesado, surge a obrigação de reparar o dano moral, sendo prescindível a
demonstração do prejuízo concreto.

Quanto ao valor da indenização, entendo que, não se distanciando


muito das lições jurisprudenciais, deve ser prestigiado o arbitramento do juiz de
primeiro grau que, próximo dos fatos, pautado pelo bom senso e atentando para o
binômio razoabilidade e proporcionalidade, respeita o caráter reparatório e
inibitório-punitivo da indenização, que dever trazer compensação indireta ao sofrimento
do ofendido e incutir temor no ofensor, para que não dê mais causa a eventos
semelhantes.

Assim sendo, voto no sentido de CONHECER e NEGAR


PROVIMENTO ao recurso interposto pelo Recorrente, BANCO BMG S.A.,
confirmando, consequentemente, todos os termos da sentença hostilizada,
condenando-o ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios que
arbitro em 20% (vinte por cento) sobre o valor da condenação pecuniária imposta.

Salvador-Ba, Sala das Sessões, 30 de junho de 2015.

Rosalvo Augusto Vieira da Silva


Juiz Relator

COJE – COORDENAÇÃO DOS JUIZADOS ESPECIAIS


TURMAS RECURSAIS CÍVEIS E CRIMINAIS
QUINTA TURMA - CÍVEL E CRIMINAL

PROCESSO Nº 0095648-04.2014.8.05.0001
CLASSE: RECURSO INOMINADO
RECORRENTE: BANCO BMG S.A.
RECORRIDO: EDILSON SACRAMENTO DE SOUSA
JUIZ PROLATOR: CÁSSIO MIRANDA
JUIZ RELATOR: ROSALVO AUGUSTO VIEIRA DA SILVA

EMENTA

RECURSO INOMINADO. EMPRÉSTIMO. CONSUMIDOR


INFORMADO ACERCA DA SUSPENSÃO UNILATERAL DO
CONTRATO. PERSISTÊNCIA DOS DESCONTOS
PERTINENTES. ORDEM DE RESTITUIÇÃO DOS VALORES
PAGOS INDEVIDAMENTE. DANOS MORAIS
RECONHECIDOS, ARBITRADOS COM MODERAÇÃO,
RESPEITANDO OS PRINCÍPIOS DA PROPORCIONALIDADE
E RAZOABILIDADE. PRESTÍGIO ÀS LIÇÕES
JURISPRUDENCIAIS. MANUTENÇÃO INTEGRAL DO
JULGADO. RECURSO IMPROVIDO.

ACÓRDÃO

Realizado o julgamento do recurso do processo acima epigrafado, a


QUINTA TURMA, composta dos Juízes de Direito, WALTER AMÉRICO CALDAS,
EDSON PEREIRA FILHO e ROSALVO AUGUSTO VIEIRA DA SILVA, decidiu, à
unanimidade de votos, CONHECER e NEGAR PROVIMENTO ao recurso
interposto pelo Recorrente, BANCO BMG S.A., confirmando, consequentemente,
todos os termos da sentença hostilizada, condenando-o ao pagamento das custas
processuais e honorários advocatícios que arbitro em 20% (vinte por cento) sobre
o valor da condenação pecuniária imposta.

Salvador-Ba, Sala das Sessões, 30 de junho de 2015.

JUIZ WALTER AMÉRICO CALDAS


Presidente

JUIZ ROSALVO AUGUSTO VIEIRA DA SILVA


Relator

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