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5ª TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS E CRIMINAIS DA

BAHIA

PROCESSO Nº 0002403-17.2011.8.05.0106
CLASSE: RECURSO INOMINADO
RECORRENTE: COELBA – COMPANHIA DE ELETRICIDADE DO ESTADO DA
BAHIA
RECORRIDO: NELSON DE OLIVEIRA DIAS
JUIZ PROLATOR: MÁRCIO REINALDO MIRANDA BRAGA
JUIZ RELATOR: ROSALVO AUGUSTO VIEIRA DA SILVA

EMENTA

RECURSO INOMINADO. SERVIÇO DE ENERGIA ELÉTRICA.


REGISTRO DE CONSUMO ACIMA DO USUAL. AUSÊNCIA DE
PROVA, A CARGO DA FORNECEDORA, DA REGULARIDADE
NA MEDIÇÃO. SENTENÇA QUE CANCELOU A DÍVIDA
IMPUTADA, ORDENANDO O REFATURAMENTO DO PERÍODO
DISCUTIDO COM BASE EM MÉDIA DE CONSUMO ANTERIOR,
FIRMANDO AINDA CONDENAÇÃO POR DANOS MORAIS.
PROVIMENTO PARCIAL DO RECURSO APENAS PARA
EXCLUIR A CONDENAÇÃO POR DANOS MORAIS, NÃO
CONFIGURADOS NA HIPÓTESE FACE ÀS CIRCUNSTANCIAS
DOS FATOS APURADOS.

Dispensado o relatório nos termos do artigo 46 da Lei n.º 9.099/95.

Circunscrevendo a lide e as discussões recursais para efeito de registro,


saliento que a Recorrente, COELBA – COMPANHIA DE ELETRICIDADE DO
ESTADO DA BAHIA, pretende a reforma da sentença lançada nos autos que, ante a
ausência de prova da regularidade da medição do consumo, a seu cargo, cancelou a dívida
total imputada ao Autor, NELSON DE OLIVEIRA DIAS, condenando-o ao pagamento de
indenização por danos morais, no valor de R$ 1.600,00 (hum mil e seiscentos reais),
determinando, ainda, o refaturamento do período discutido, observando a média de consumo
dos doze meses anteriores.

Presentes as condições de admissibilidade do recurso, conheço-o,


apresentando voto com a fundamentação aqui expressa, o qual submeto aos demais
membros desta Egrégia Turma.

VOTO

Discutindo-se a prestação defeituosa de serviço, cabia à Recorrente superar


a responsabilidade civil objetiva consagrada no art. 14, caput, do CDC, que impõe ao
fornecedor o ônus de provar causa legal excludente (§ 3º do art. 14), algo de que ela não se
desincumbiu, não comprovando, assim, a regularidade dos registros do consumo de energia
elétrica no período discutido, que gerou as faturas questionadas pelo Recorrido, por se
encontrarem muito acima do usual em sua unidade consumidora.

Com isso, sendo inválida a medição do consumo no período precisado,


mostra-se correto o cancelamento da dívida imputada à consumidora, com ordem de
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refaturamento dos meses informados com base no consumo regular dos doze meses
anteriores, conforme bem ordenou o MM. Juiz a quo, inclusive, com ordem de restituição
dos valores eventualmente pagos a maior.

No entanto, embora seja indevida a cobrança perpetrada, dada a forma em


que se deu a apuração do hipotético débito, não concordo, data venia, com a condenação da
Recorrente ao pagamento de indenização por danos morais.

Com isso, como houve apenas a cobrança indevida por parte da


Recorrente, sem suspensão do serviço pertinente ou mesmo inscrição do nome do
consumidor junto aos órgãos restritivos de crédito, entendo que o Recorrido não faz jus a
indenização por danos morais.

Assim sendo, ante ao exposto, voto no sentido de CONHECER e DAR


PROVIMENTO PARCIAL ao recurso interposto pela Recorrente, COELBA –
COMPANHIA DE ELETRICIDADE DO ESTADO DA BAHIA, para, confirmando
todos os demais termos da sentença hostilizada, excluir apenas a condenação ao pagamento
de indenização por danos morais em favor do Recorrido.

Como a Recorrente logrou êxito em parte do recurso e o disposto na


segunda parte do art. 55, caput, da Lei 9.099/95, não se aplica ao recorrido, mas somente ao
recorrente integralmente vencido, não há condenação por sucumbência.

Salvador-Ba, Sala das Sessões, 07 de julho de 2014.

Rosalvo Augusto Vieira da Silva


Juiz Relator

COJE – COORDENAÇÃO DOS JUIZADOS ESPECIAIS


TURMAS RECURSAIS CÍVEIS E CRIMINAIS

PROCESSO Nº 0002403-17.2011.8.05.0106
CLASSE: RECURSO INOMINADO
RECORRENTE: COELBA – COMPANHIA DE ELETRICIDADE DO ESTADO DA
BAHIA
RECORRIDO: NELSON DE OLIVEIRA DIAS
JUIZ PROLATOR: MÁRCIO REINALDO MIRANDA BRAGA
JUIZ RELATOR: ROSALVO AUGUSTO VIEIRA DA SILVA

EMENTA

RECURSO INOMINADO. SERVIÇO DE ENERGIA ELÉTRICA.


REGISTRO DE CONSUMO ACIMA DO USUAL. AUSÊNCIA DE
PROVA, A CARGO DA FORNECEDORA, DA REGULARIDADE
NA MEDIÇÃO. SENTENÇA QUE CANCELOU A DÍVIDA
IMPUTADA, ORDENANDO O REFATURAMENTO DO PERÍODO
DISCUTIDO COM BASE EM MÉDIA DE CONSUMO ANTERIOR,
FIRMANDO AINDA CONDENAÇÃO POR DANOS MORAIS.
PROVIMENTO PARCIAL DO RECURSO APENAS PARA
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EXCLUIR A CONDENAÇÃO POR DANOS MORAIS, NÃO
CONFIGURADOS NA HIPÓTESE FACE ÀS CIRCUNSTANCIAS
DOS FATOS APURADOS.

ACÓRDÃO

Realizado julgamento do Recurso do processo acima epigrafado, a QUINTA TURMA,


composta dos Juízes de Direito, EDSON PEREIRA FILHO, ROSALVO AUGUSTO
VIEIRA DA SILVA e CARLA CARNEIRO TEIXEIRA CEARÁ, decidiu, à unanimidade de
votos, CONHECER e DAR PROVIMENTO PARCIAL ao recurso interposto pela
Recorrente, COELBA – COMPANHIA DE ELETRICIDADE DO ESTADO DA
BAHIA, para, confirmando todos os demais termos da sentença hostilizada, excluir apenas a
condenação ao pagamento de indenização por danos morais em favor do Recorrido. Como a
Recorrente logrou êxito em parte do recurso e o disposto na segunda parte do art. 55, caput,
da Lei 9.099/95, não se aplica ao recorrido, mas somente ao recorrente integralmente
vencido, não há condenação por sucumbência.

Salvador-Ba, Sala das Sessões, 07 de julho de 2014.

JUIZ EDSON PEREIRA FILHO


Presidente

JUIZ ROSALVO AUGUSTO VIEIRA DA SILVA


Relator

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