Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
Aula 00
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
AULA DEMONSTRATIVA
AULA DEMONSTRATIVA: O MINISTƒRIO PòBLICO NA
CONSTITUI‚ÌO DA REPòBLICA FEDERATIVA DO
BRASIL. CONSELHO NACIONAL DO MP.
SUMçRIO
1 O MINISTƒRIO PòBLICO NA CONSTITUI‚ÌO FEDERAL ............................... 6
1.1 Natureza .............................................................................................. 6
1.2 Estrutura e abrang•ncia ....................................................................... 9
1.3 Fun•›es institucionais ........................................................................ 14
1.4 Princ’pios Institucionais..................................................................... 22
1.4.1 Princ’pio da Unidade ........................................................................... 23
1.4.2 Princ’pio da Indivisibilidade ................................................................. 23
1.4.3 Princ’pio da independ•ncia funcional ..................................................... 25
1.5 Garantias e veda•›es aos membros do MP ......................................... 25
1.5.1 Garantias dos membros do MP ............................................................. 25
1.5.2 Veda•›es constitucionais aos membros do MP ........................................ 28
1.6 Autonomia do MP ............................................................................... 30
1.6.1 Da autonomia funcional ...................................................................... 30
1.6.2 Da autonomia administrativa ............................................................... 32
1.6.3 Da autonomia financeira e or•ament‡ria ............................................... 33
1.7 CNMP ................................................................................................. 35
2 RESUMO DO CONCURSEIRO ...................................................................... 38
3 EXERCêCIOS DA AULA ............................................................................... 42
4 EXERCêCIOS COMENTADOS ....................................................................... 55
5 GABARITO ................................................................................................ 83
ƒ com imenso prazer que estou aqui, mais uma vez, pelo
ESTRATƒGIA CONCURSOS, tendo a oportunidade de poder contribuir
para a aprova•‹o de voc•s no concurso do MINISTƒRIO PòBLICO DA
UNIÌO. N—s vamos estudar teoria e comentar exerc’cios sobre
LEGISLA‚ÌO INSTITUCIONAL (ORGANIZA‚ÌO DO MP), matŽria que
ser‡ cobrada para TODOS OS CARGOS DE ANALISTA.
E a’, povo, preparados para a maratona?
O edital ainda n‹o foi publicado, mas h‡ fortes expectativas
no sentido de que seja publicado em breve! A Banca,
provavelmente, ser‡ o CESPE!
Bom, est‡ na hora de me apresentar a voc•s, n‹o Ž?
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
Meu nome Ž Renan Araujo, tenho 30 anos, sou Defensor Pœblico
Federal desde 2010, atuando na Defensoria Pœblica da Uni‹o no Rio de
Janeiro, e mestre em Direito Penal pela Faculdade de Direito da
UERJ. Antes, porŽm, fui servidor da Justi•a Eleitoral (TRE-RJ), onde
exerci o cargo de TŽcnico Judici‡rio, por dois anos. Sou Bacharel em Direito
pela UNESA e p—s-graduado em Direito Pœblico pela Universidade Gama
Filho.
Minha trajet—ria de vida est‡ intimamente ligada aos Concursos
Pœblicos. Desde o come•o da Faculdade eu sabia que era isso que eu queria
para a minha vida! E querem saber? Isso faz toda a diferen•a! Algumas
pessoas me perguntam como consegui sucesso nos concursos em t‹o
pouco tempo. Simples: Foco + For•a de vontade + Disciplina. N‹o h‡
f—rmula m‡gica, n‹o h‡ ingrediente secreto! Basta querer e correr atr‡s do
seu sonho! Acreditem em mim, isso funciona!
ƒ muito gratificante, depois de ter vivido minha jornada de
concurseiro, poder colaborar para a aprova•‹o de outros tantos
concurseiros, como um dia eu fui! E quando eu falo em Òcolaborar para a
aprova•‹oÓ, n‹o estou falando apenas por falar. O EstratŽgia Concursos
possui ’ndices alt’ssimos de aprova•‹o em todos os concursos!
Neste curso voc•s receber‹o todas as informa•›es necess‡rias para
que possam ter sucesso no concurso do MPU. Acreditem, voc•s n‹o v‹o
se arrepender! O EstratŽgia Concursos est‡ comprometido com sua
aprova•‹o, com sua vaga, ou seja, com voc•!
Mas Ž poss’vel que, mesmo diante de tudo isso que eu disse, voc•
ainda n‹o esteja plenamente convencido de que o EstratŽgia Concursos
Ž a melhor escolha. Eu entendo voc•, j‡ estive deste lado do computador.
Ës vezes Ž dif’cil escolher o melhor material para sua prepara•‹o. Contudo,
alguns colegas de caminhada podem te ajudar a resolver este impasse:
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
Esse print screen acima foi retirado da p‡gina de avalia•‹o do curso.
De um curso desta mesma matŽria (Legisla•‹o Institucional do
MP). Vejam que, dos 53 alunos que avaliaram o curso, todos o aprovaram.
Um percentual de... 100%. Logo abaixo existem alguns depoimentos.
N‹o deu para colocar todos, pois s‹o inœmeros! Estes s‹o s— os primeiros.
Vejam que tambŽm tivemos cr’ticas, e s‹o estas cr’ticas que nos
permitem aprimorar nosso material a cada dia!
Mas se voc• ainda acha que isso pode ter sido mera coincid•ncia,
vejam o que disseram os meus alunos do MP-RJ (ministrado em 2016):
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
!
AULA CONTEòDO DATA
Aula O MP na Constitui•‹o Federal. O
15/09
DEMO CNMP na Constitui•‹o.
Lei Org‰nica Nacional do MPU (LC
Aula 01 25/09
75/93) Ð Parte I
Lei Org‰nica Nacional do MPU (LC
Aula 02 05/10
75/93) Ð Parte II
Lei Org‰nica Nacional do MPU (LC
Aula 03 15/10
75/93) Ð Parte III
Lei Org‰nica Nacional do MPU (LC
Aula 04 25/10
75/93) Ð Parte IV
Lei Org‰nica Nacional do MPU (LC
Aula 05 04/11
75/93) Ð Parte V
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
No mais, desejo a todos uma boa maratona de estudos!
Prof. Renan Araujo
E-mail: profrenanaraujo@gmail.com
Periscope: @profrenanaraujo
Facebook: www.facebook.com/profrenanaraujoestrategia
Instagram: www.instagram.com/profrenanaraujo/?hl=pt-br
Youtube:
www.youtube.com/channel/UClIFS2cyREWT35OELN8wcFQ
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
§! O MinistŽrio Pœblico est‡ FORA do cap’tulo destinado pela
Constitui•‹o ao Judici‡rio A Constitui•‹o Ž dividida em T’tulos,
Cap’tulos, Se•›es, etc. O Poder Judici‡rio est‡ inclu’do no T’tulo IV
(Da Organiza•‹o dos Poderes), Cap’tulo III (Do Poder Judici‡rio).
J‡ o MP est‡ inserido no mesmo T’tulo IV (Da Organiza•‹o dos
Poderes), mas no cap’tulo IV (Das Fun•›es Essenciais ˆ Justi•a),
Se•‹o I (Do MinistŽrio Pœblico). Vejam que, embora o MP esteja no
mesmo T’tulo em que est‡ o Judici‡rio (Da organiza•‹o dos Poderes),
ele est‡ em outro cap’tulo (Das Fun•›es Essenciais ˆ Justi•a). ÒIsso
quer dizer que, embora n‹o seja parte do Judici‡rio, ele Ž um Poder
aut™nomo?Ó N‹o! Os Poderes s‹o apenas tr•s, o Executivo, o
Legislativo e o Judici‡rio, e n‹o sou eu quem diz, Ž a pr—pria
CRFB/88, vejamos: ÒArt. 2¼ S‹o Poderes da Uni‹o, independentes e
harm™nicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judici‡rio.Ó
Assim, podemos concluir que:!
HISTîRIA. O MP n‹o integra nenhum dos Poderes, mas nem sempre foi
assim. Sob a vig•ncia da Constitui•‹o de 1967, o MinistŽrio Pœblico era
parte integrante do Poder Judici‡rio. Com a Constitui•‹o de 1969, o
MP deixou de fazer parte da estrutura do Judici‡rio e passou a
integrar o Poder Executivo. Essa situa•‹o perdurou atŽ a promulga•‹o
da Constitui•‹o de 1988, que vige atŽ hoje, quando o MinistŽrio Pœblico
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
passou a n‹o mais integrar qualquer dos tr•s poderes, sendo al•ado ˆ
condi•‹o de Institui•‹o independente, a fim de que sua atividade fosse
desempenhada sem qualquer amea•a.
Imaginem se o MP fosse vinculado ao Executivo? A possibilidade
de exist•ncia de press›es internas e manobras pol’ticas para que n‹o
houvesse uma atua•‹o rigorosa contra os Òamigos do governoÓ seria
grande! Desta forma, podemos dizer que o MP vive hoje a plenitude
de sua independ•ncia.
E mais, meus caros alunos, o MP tambŽm NÌO SE ASSEMELHA AOS
DEMAIS MINISTƒRIOS. Os diversos MinistŽrios que conhecemos (Da
Justi•a, da Economia, do Planejamento) s‹o —rg‹os vinculados ao Poder
Executivo, podendo ser criados, extintos, ter suas fun•›es delegadas. O MP
n‹o pode ser extinto (isso est‡ expresso na Constitui•‹o) nem ter suas
fun•›es delegadas a qualquer outro —rg‹o ou Institui•‹o.
Grifei a palavra Ò—rg‹oÓ para que voc•s percebam que utilizei um
termo diferente do que utilizo para definir o MP. O MP n‹o Ž îrg‹o, e sim
Institui•‹o. Mas qual a Diferen•a? A diferen•a Ž que um îrg‹o Ž algo
dotado de algumas fun•›es e que comp›e uma determinada Organiza•‹o.
No caso dos MinistŽrios, eles s‹o —rg‹os que comp›em a Organiza•‹o do
Poder Executivo. J‡ o MP n‹o Ž îrg‹o porque simplesmente n‹o comp›e
nenhuma Organiza•‹o. O MP Ž a pr—pria Organiza•‹o, e dentro do MP h‡
seus pr—prios îrg‹os (De administra•‹o, de execu•‹o, etc.).
Mas professor, se o MP n‹o Ž um Òquarto PoderÓ nem integra
nenhum dos outros tr•s, a quem est‡ vinculado o MP? O MP n‹o est‡
vinculado a Poder nenhum. Como j‡ disse, Ž Institui•‹o independente.
ƒ, juntamente com a Defensoria Pœblica, e com a Advocacia (Pœblica e
Privada), uma das Fun•›es essenciais ˆ Justi•a. Cada uma dessas fun•›es
contribui de uma forma para a Justi•a do nosso pa’s. A Defensoria Pœblica
atende aos interesses dos hipossuficientes (aqueles que n‹o possuem
recursos para pagar um advogado), seja judicial ou extrajudicialmente. A
Advocacia Pœblica Ž formada pelas Procuradorias dos Entes federados
(Uni‹o, estados e munic’pios), que s‹o —rg‹os cuja fun•‹o Ž DEFENDER
OS INTERESSES DOS ENTES PòBLICOS (INTERESSES DO
GOVERNO). A advocacia privada Ž formada pelos advogados particulares,
que representam as pessoas (que podem pagar por eles) em Ju’zo ou fora
dele.
J‡ o MP tem a fun•‹o de DEFENDER OS INTERESSES DA
SOCIEDADE, OS INTERESSES COLETIVOS E DIFUSOS. O MP n‹o
defende os interesses do Governo, e sim da SOCIEDADE, de todos n—s!
Vejam o esquema sobre as Fun•›es essenciais ˆ Justi•a e o Judici‡rio:
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
MINISTÉRIO
PÚBLICO
ADVOCACIA
PRIVADA
JUDICIÁRIO DEFENSORIA
PÚBLICA
ADVOCACIA
PÚBLICA
1.2!Estrutura e abrang•ncia
Nos termos da Constitui•‹o:
Art. 128. O MinistŽrio Pœblico abrange:
I Ð o MinistŽrio Pœblico da Uni‹o, que compreende:
a) o MinistŽrio Pœblico Federal;
b) o MinistŽrio Pœblico do Trabalho;
c) o MinistŽrio Pœblico Militar;
d) o MinistŽrio Pœblico do Distrito Federal e Territ—rios;
II Ð os MinistŽrios Pœblicos dos Estados.
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
A partir da leitura deste artigo, podemos compreender que existem
duas grandes divis›es: O MinistŽrio Pœblico da Uni‹o e o MinistŽrio Pœblico
dos Estados.
MP RAMOS DO
RAMOS
BRASILEIRO MPU
MPF
MPM
MINISTÉRIO
MPU
PÚBLICO MPT
MPE
MPDFT
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
O MPU tem por chefe o Procurador-Geral da Repœblica.
Lembrem-se, o chefe do MPU n‹o Ž o Presidente da Repœblica, esse Ž o
chefe do Poder Executivo da Uni‹o. O Procurador-Geral da Repœblica (PGR)
Ž nomeado pelo Presidente da Repœblica, ap—s aprova•‹o por maioria
absoluta do Senado Federal, dentre membros da carreira, maiores de 35
anos, para mandato de dois anos, permitida a recondu•‹o.
CUIDADO! No caso de recondu•‹o, DEVE HAVER NOVA
APROVA‚ÌO PELO SENADO!
O fato de o PGR ser nomeado pelo Presidente da Repœblica n‹o
faz com que o PGR (E o MPU) seja vinculado ao Presidente, nem ao
Executivo, pois quando o presidente o faz, o faz como Chefe de
Estado, e n‹o como Chefe de Governo. Como Chefe de Estado, o
Presidente ÒpresentaÓ a Repœblica Federativa do Brasil. J‡ como Chefe de
Governo ele Ž o Chefe do Executivo da Uni‹o. Para os que ainda n‹o sabem,
Repœblica Federativa do Brasil e Uni‹o s‹o coisas distintas. A primeira Ž o
Estado Soberano, o Brasil. J‡ a segunda Ž um dos entes federados que
fazem parte da Repœblica. A primeira Ž soberana, a segunda Ž meramente
aut™noma (Isso deve ser aprofundado em Direito Constitucional).
Alguns autores dizem que a nomea•‹o do PGR pelo Presidente Ž uma
contradi•‹o, um ran•o que herdamos da Constitui•‹o anterior, pois l‡ o MP
integrava o executivo, ent‹o faria algum sentido a nomea•‹o pelo
Presidente. Eu discordo, prefiro a explica•‹o que dei a voc•s, pois entendo
que seja doutrinariamente mais apropriada.
Assim, o processo de escolha do PGR deve preencher alguns
requisitos: Membro da Carreira + possua mais de 35 anos +
Nomea•‹o pelo Presidente da Repœblica + Aprova•‹o por maioria
absoluta do Senado Federal.
Atentem para o fato de que a aprova•‹o se d‡ por maioria absoluta
do SENADO FEDERAL, n‹o da C‰mara, nem do Congresso! O Congresso
Nacional Ž composto por duas casas: O Senado Federal e a C‰mara dos
Deputados. ƒ a primeira delas (O Senado Federal) quem deve aprovar a
nomea•‹o do PGR.
Mas professor, qualquer membro do MinistŽrio Pœblico da
Uni‹o pode ser PGR? POLæMICA! Embora a Constitui•‹o fale em
Òmembro da carreiraÓ, o que daria a entender que qualquer membro do
MPU (Do MPF, MPT, MPM ou MPDFT) poderia ser nomeado, somente os
membros do MinistŽrio Pœblico Federal podem vir a ser Procurador-
Geral da Repœblica, pois o PGR Ž o chefe do MPU e do MPF. O MP brasileiro
n‹o possui um ÒchefeÓ, mas cada MP possui o seu. O chefe do MPU e do
MPF Ž o PGR e os chefes dos MPÕs dos Estados s‹o os Procuradores-
Gerais de Justi•a de cada estado-membro.
Mas se o PGR Ž o chefe do MPU e do MPF, quem Ž o chefe do
MPT, do MPM e do MPDFT? Cada um possui seu chefe, que Ž um
Procurador-Geral. O esquema abaixo pode ajudar:
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
CHEFIA DO
CHEFES DOS
CHEFIA DO MPU E DOS
RAMOS DO
MP MPs
MPU
ESTADUAIS
MPF (PRÓPRIO
PGR)
MPT (PGT)
MPU (PGR)
CHEFES DO MP MPM (PGJM)
MPEs (PGJs)
MPDFT
(PGJDFT)
Por esse esquema fica claro que o PGR acumula duas fun•›es, a
de Chefe do MPF e a de Chefe do MPU. Vemos, tambŽm, que cada um
dos MPs que comp›em o MPU tem seu chefe e que, dentre esses quatro,
SEMPRE O CHEFE DO MPF SERç O CHEFE DO MPU.
Existem, ainda, outras raz›es para acreditar que somente os
membros do MPF podem ser PGR:
¥! O PGR Ž chefe do MPU e do MPF, logo, como poderia o PGR ser chefe
do MPF e oriundo do MPT, por exemplo?
¥! O MPF Ž o œnico legitimado a atuar perante o STF e o STJ. Assim,
como poderia o PGR atuar perante o STF e o STJ pertencendo ao MPT,
MPM ou MPDFT?
¥! H‡ PEC 307/08 tramitando no Congresso com a inten•‹o de alterar a
Constitui•‹o para que o PGR possa ser escolhido dentre todos os
membros do MPU. Ora, se h‡ PEC nesse sentido, Ž porque atualmente
n‹o Ž assim que funciona.
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
que seria sin™nimo de Òmembro do MPUÓ, mesmo, na pr‡tica, estando isso
errado.
O PGR s— pode ser destitu’do por iniciativa do Presidente da Repœblica
ou por vontade pr—pria. Na primeira hip—tese, a destitui•‹o s— ocorre se
houver aprova•‹o por maioria absoluta do Senado Federal. Isso
ocorre porque essa Ž a forma pela qual o PGR Ž nomeado. Assim, para sua
destitui•‹o, Ž necess‡rio que seja adotado o mesmo procedimento. Esse Ž
o que chamamos de Princ’pio do paralelismo das formas (ou
homologia).
J‡ vimos que o PGR Ž nomeado pelo Presidente da Repœblica, ap—s
cumpridos alguns requisitos. Mas, como se d‡ a nomea•‹o dos chefes
dos outros MPs que comp›em o MPU? Vamos l‡:
O Procurador-Geral do Trabalho e o Procurador-Geral da
Justi•a Militar, Chefes do MPT e do MPM, respectivamente, s‹o
nomeados pelo Procurador-Geral da Repœblica, dentre membros das
respectivas carreiras. J‡ o Procurador-Geral de Justi•a do DF e
Territ—rios NÌO ƒ NOMEADO PELO PGR! O Procurador-Geral de
Justi•a do DF e Territ—rios Ž nomeado pelo PRESIDENTE DA
REPòBLICA, dentre uma lista tr’plice encaminhada ap—s escolha pelos
membros do MPDFT. O PGR apenas d‡ posse ao novo PGJDFT.
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
1.3!Fun•›es institucionais
Outros crimes, no entanto, por n‹o serem t‹o graves, afetam mais a
v’tima do que a sociedade. Nesses crimes, a puni•‹o do autor do fato
interessa mais ˆ v’tima do que ˆ coletividade.
No primeiro caso, a lei estabelece que a legitimidade para ajuizar a
a•‹o penal (a•‹o que visa ˆ apura•‹o do fato e, se for o caso, condena•‹o
do acusado) Ž do Estado (em sentido amplo, como conceito de Pa’s, poder
soberano). E Ž do Estado exatamente por que a ele interessa a puni•‹o
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
deste criminoso, em raz‹o da natureza do crime. E alguŽm (alguma
Institui•‹o do Estado) tem que cumprir esse papel de ajuizar a a•‹o penal
pœblica. Esse alguŽm Ž o MP. ƒ o MinistŽrio Pœblico, E SOMENTE ELE
(GUARDEM ISSO!), quem pode propor a a•‹o penal pœblica. Por
qu•? Porque a Constitui•‹o assim determina.
Nesta hip—tese (a•‹o penal pœblica), n‹o interessa se a v’tima perdoou
o criminoso, se n‹o tem interesse em process‡-lo, pois, como j‡ disse, esse
interesse Ž primeiramente do Estado, que atuar‡ atravŽs do MP.
A a•‹o penal pœblica pode ser INCONDICIONADA ou
CONDICIONADA. No primeiro caso, o MP pode ajuizar a a•‹o penal
mesmo contra a vontade da v’tima, n‹o precisando de sua autoriza•‹o. No
segundo caso, o MP precisa de autoriza•‹o da v’tima (representa•‹o) para
que possa ajuizar a a•‹o penal. Esta Ž a chamada Òa•‹o penal pœblica
condicionada ˆ representa•‹oÓ.1
No segundo caso Ž a v’tima quem tem que processar o criminoso, por
ser seu o interesse em v•-lo punido. Mas o estudo acerca dos tipos de a•‹o
penal fica para a aula de Processo Penal. Aqui, utilizei alguns conceitos,
grosso modo, apenas para que voc•s entendam o que Ž a fun•‹o do MP
no que se refere ˆ propositura da a•‹o penal pœblica.
1
Existe, ainda, a a•‹o penal pœblica CONDICIONADA ˆ requisi•‹o do Ministro da Justi•a. Esta Ž,
contudo, uma hip—tese prevista para rar’ssimos casos.
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
Mas, o que Ž a a•‹o penal privada subsidi‡ria da pœblica? Pode
ocorrer de o MP perder o prazo legal para ajuizar a a•‹o penal pœblica (ou
seja, deixar passar em branco o prazo, sem ajuizar a a•‹o penal nem pedir
o arquivamento do IP). Neste caso, a Lei faculta ˆ v’tima ajuizar a•‹o penal
privada no lugar do MP.
Neste caso, o ofendido Ž quem aju’za a a•‹o penal, de fato. Contudo,
ELE NÌO ESTç AJUIZANDO A‚ÌO PENAL PòBLICA. Ele estar‡ ajuizando
uma a•‹o penal PRIVADA que ser‡ aceita no lugar da a•‹o penal pœblica,
exatamente porque o MP n‹o ajuizou no prazo legal. Vejam: o ofendido
NÌO aju’za a•‹o penal pœblica.
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
C)! III - promover o inquŽrito civil e a a•‹o civil pœblica, para
a prote•‹o do patrim™nio pœblico e social, do meio ambiente e de
outros interesses difusos e coletivos;
Este inciso Ž repleto de termos que, se f™ssemos parar para estudar,
ter’amos que ter uma verdadeira aula s— para isso. Como esse n‹o Ž nosso
objetivo, por ora, e nesta matŽria, voc•s precisam saber, apenas, que a
A•‹o Civil Pœblica Ž uma a•‹o de cunho coletivo, cujo objetivo Ž defender
alguns direitos da sociedade ou de um determinado grupo da sociedade.
EXEMPLO: Quando alguŽm est‡ causando um dano ambiental e o MP
aju’za uma A•‹o Civil Pœblica (ACP), ele est‡ defendendo os interesses
de toda a sociedade (pois n‹o d‡ para dividir quem ser‡ e quem n‹o ser‡
beneficiado pela a•‹o). Logo, estar‡ defendendo um interesse DIFUSO.
J‡ quando o MP aju’za uma ACP para condenar uma Universidade a
garantir que a lei seja cumprida, destinando o percentual legal de cotas
estabelecido, n‹o est‡ defendendo os interesses de toda a sociedade,
mas apenas de um determinado grupo (aqueles candidatos que se
encaixem nos requisitos para obten•‹o de cota). Logo, estar‡ defendendo
um interesse COLETIVO.
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
e ele tenha atribui•‹o para isso (Dentro do MP, Ž poss’vel a divis‹o de
tarefas, de forma que muitas vezes um membro do MP s— ter‡ atribui•‹o
para atuar na defesa de interesses coletivos, ou s— ter‡ atribui•‹o para
atuar na ‡rea criminal, etc.).
Bom, como disse a voc•s, essas s‹o apenas linhas gerais acerca deste
tema, pois n‹o Ž nosso objetivo estud‡-lo minuciosamente aqui.
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
legitimidade para ajuizar a•›es de inconstitucionalidade contra leis que
ofendam a Constitui•‹o de seus respectivos estados.
E o que seria representa•‹o para fins de interven•‹o da Uni‹o
e dos estados? ƒ uma medida tomada quando, em um determinado ente
federado, o Poder executivo (em 99% dos casos) est‡ agindo de forma
ofensiva a alguns princ’pios constitucionais.
Existem v‡rias hip—teses de Interven•‹o. O regramento constitucional
est‡ nos artigos 34 a 36 da CRFB/88. Entretanto, n‹o Ž em todos eles
que o MP pode representar. O MP apenas representar‡ no caso de
viola•‹o aos PRINCêPIOS CONSTITUCIONAIS SENSêVEIS e no caso de
RECUSA Ë EXECU‚ÌO DE LEI FEDERAL.
Nos termos da Constitui•‹o:
Art. 36. A decreta•‹o da interven•‹o depender‡:
(...) 0
III de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representa•‹o do
Procurador-Geral da Repœblica, na hip—tese do art. 34, VII, e no caso de
recusa ˆ execu•‹o de lei federal. (Reda•‹o dada pela Emenda Constitucional
n¼ 45, de 2004)
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
E)! V - defender judicialmente os direitos e interesses das
popula•›es ind’genas;
Este inciso Ž autoexplicativo, merecendo apenas um coment‡rio.
A atua•‹o do MP em favor das popula•›es ind’genas se dar‡
apenas em rela•‹o aos direitos da comunidade ind’gena, enquanto
corpo coletivo, e no que se referir ˆs suas peculiaridades, prote•‹o de sua
cultura, terras, etc.
O MP n‹o pode, por exemplo, atuar na defesa dos interesses
individuais de um integrante da comunidade ind’gena, em rela•‹o a uma
quest‹o que n‹o tenha pertin•ncia com a comunidade em que vive.
EXEMPLO: Algumas Universidades estabelecem cotas para ind’genas. No
caso de um ind’gena ter seu direito violado em raz‹o da n‹o concess‹o
de seu direito ˆ cota na Universidade, n‹o caber‡ ao MP atuar. No caso
de se tratar de pessoa hipossuficiente, a atua•‹o ser‡ da Defensoria
Pœblica.
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
No art. 3¼ da LC 75/93 n—s temos uma defini•‹o melhor das raz›es que
fundamentam esse controle. Este artigo regulamenta o art. 129, VII da
Constitui•‹o, tra•ando os objetivos que se pretende alcan•ar com o
exerc’cio deste controle externo pelo MPU. Vejamos a reda•‹o do art.
3¼:
Art. 3¼ O MinistŽrio Pœblico da Uni‹o exercer‡ o controle externo da atividade
policial tendo em vista:
a) o respeito aos fundamentos do Estado Democr‡tico de Direito, aos objetivos
fundamentais da Repœblica Federativa do Brasil, aos princ’pios informadores
das rela•›es internacionais, bem como aos direitos assegurados na
Constitui•‹o Federal e na lei;
b) a preserva•‹o da ordem pœblica, da incolumidade das pessoas e do
patrim™nio pœblico;
c) a preven•‹o e a corre•‹o de ilegalidade ou de abuso de poder;
d) a indisponibilidade da persecu•‹o penal;
e) a compet•ncia dos —rg‹os incumbidos da seguran•a pœblica.
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
1.4!Princ’pios Institucionais
O art. 127, ¤1¼ da Constitui•‹o assim disp›e:
Art. 127. (...)
¤ 1¼ - S‹o princ’pios institucionais do MinistŽrio Pœblico a unidade, a
indivisibilidade e a independ•ncia funcional.
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
1.4.1!Princ’pio da Unidade
Por princ’pio da unidade entende-se que o MP Ž apenas um, embora
cada membro seja o Òpr—prio MPÓ. Sendo assim, a manifesta•‹o de um
membro do MP em um processo, por exemplo, representa a vontade do MP
enquanto institui•‹o. Todos os membros do MP formam um s— corpo.
N‹o se pode dizer que, num dado processo, o Procurador fulano pediu
a condena•‹o do rŽu. Quem pediu a condena•‹o n‹o foi o Procurador,
foi o MinistŽrio Pœblico, pois ele age em nome do MP. Ou melhor, o
promotor, no exerc’cio das suas atribui•›es, ƒ o MP.
1.4.2!Princ’pio da Indivisibilidade
Pelo princ’pio da indivisibilidade, os membros do MP (do mesmo
ramo) podem se substituir uns aos outros, sem qualquer impedimento. Na
verdade, esse princ’pio deriva do princ’pio da unidade, pois tira seu
fundamento daquele. Vejamos:
Por que os membros do MP podem se substituir uns aos
outros? Porque quem atua no processo n‹o Ž o promotor (ou Procurador
da Repœblica, Procurador do Trabalho, etc.), Ž o MP. O membro do MP Ž
apenas o meio utilizado para a materializa•‹o da vontade do MP.
Assim, se um membro do MP que atua num caso ÒXÓ sair de fŽrias, n‹o h‡
necessidade de se aguardar seu retorno. O processo tramitar‡
normalmente e, caso haja necessidade da pr‡tica de algum ato pelo MP, o
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
MP ser‡ intimado e o membro que estiver designado como
substituto atuar‡.
Percebam que eu disse que o MP ser‡ intimado, e n‹o o membro
fulano ou beltrano, e Ž exatamente isso. Como j‡ disse a voc•s, quem atua
no caso Ž o MP. Quando o MP aju’za a a•‹o penal pœblica, quem aju’za a
a•‹o n‹o Ž o membro tal, Ž o MP. O membro apenas subscreve a peti•‹o,
que representa a vontade daquele MinistŽrio Pœblico.
Assim, quando houver necessidade de atua•‹o do MP para a pr‡tica
de algum ato processual, quem ser‡ intimado n‹o ser‡ o membro que
assinou a peti•‹o inicial da a•‹o, mas o MP.
Isto n‹o ocorre com a advocacia, por exemplo. Quando um advogado
representa uma pessoa em ju’zo, ele est‡ vinculado ao processo. Ele,
pessoalmente, n‹o o seu escrit—rio, nem a OAB, enquanto institui•‹o.
Assim, no caso de haver uma audi•ncia, por exemplo, quem dever‡
comparecer Ž o advogado que consta nos autos do processo, ou, caso n‹o
possa, dever‡ fazer um substabelecimento para outro advogado, a fim de
que ele pratique o ato.
No caso do MP isso n‹o acontece. O membro do MP n‹o est‡
vinculado pessoalmente ao processo e, por isso, n‹o tem que
substabelecer a outro membro do MP para que pratique o ato num
processo perante o qual atua. Porque a possibilidade de atuar num
processo e falar pelo MP decorre da posse no cargo de promotor
(ou procurador da repœblica, etc.).
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
1.4.3!Princ’pio da independ•ncia funcional
O princ’pio da independ•ncia funcional Ž de assimila•‹o mais f‡cil que
os dois primeiros. Este princ’pio garante que os membros do MinistŽrio
Pœbico, no exerc’cio de suas fun•›es, n‹o se submetem ˆ nenhuma
hierarquia de ordem ideol—gico-jur’dica. O membro do MP tem
liberdade total para atuar conforme suas ideias jur’dicas.
EXEMPLO: Imaginem que em determinado estado da Federa•‹o, um
Procurador-Geral de Justi•a elabore uma portaria, determinando que, a
partir daquela data, seria vedado aos membros daquele MP arquivar
inquŽritos policiais e pedir a absolvi•‹o em processos criminais. Essa
portaria seria flagrantemente inconstitucional, pois violaria o
princ’pio da independ•ncia funcional, j‡ que cada membro do MP tem
a prerrogativa de agir conforme sua convic•‹o. Se o membro acha
que n‹o h‡ elementos que indiquem que o investigado cometeu o
crime, ele tem total liberdade para mandar arquivar o inquŽrito
ou pedir a absolvi•‹o, no caso de j‡ ter sido ajuizada a a•‹o.
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
as atribui•›es e o estatuto de cada MinistŽrio Pœblico, observadas,
relativamente a seus membros:
I - as seguintes garantias:
a) vitaliciedade, ap—s dois anos de exerc’cio, n‹o podendo perder o cargo sen‹o
por senten•a judicial transitada em julgado;
b) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse pœblico, mediante decis‹o do
—rg‹o colegiado competente do MinistŽrio Pœblico, pelo voto da maioria
absoluta de seus membros, assegurada ampla defesa; (Reda•‹o dada pela
Emenda Constitucional n¼ 45, de 2004)
c) irredutibilidade de subs’dio, fixado na forma do art. 39, ¤ 4¼, e ressalvado o
disposto nos arts. 37, X e XI, 150, II, 153, III, 153, ¤ 2¼, I; (Reda•‹o dada
pela Emenda Constitucional n¼ 19, de 1998)
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
que se n‹o fosse a garantia da inamovibilidade, Paulo poderia ser
ÒpunidoÓ com a remo•‹o para longe de sua casa e de sua fam’lia,
simplesmente por estar exercendo livremente suas fun•›es.
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
a verba recebida para custear suas despesas realizadas em raz‹o do
trabalho.
As demais exce•›es referem-se ˆ possibilidade de tributa•‹o do
subs’dio (art. 150, II; 153, III; 153, ¤2¡) e possibilidade de desconto
direto no subs’dio para ressarcimento ao er‡rio no caso de pr‡tica
de ato de improbidade (art. 39, ¤4¡). O que voc•s n‹o podem se
esquecer para esse concurso Ž que EXISTEM EXCE‚ÍES!
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
advocacia poderia gerar conflitos de interesses entre a fun•‹o pœblica e
fun•‹o privada do membro do MP.2
O membro do MP tambŽm n‹o pode participar de sociedade
empresarial, salvo na qualidade de cotista ou acionista. Assim, o
membro do MP pode investir seu dinheiro em a•›es da Petrobr‡s, da Vale
do Rio Doce, etc. O que o membro do MP NÌO PODE Ž abrir uma sociedade
empresarial e participar da gest‹o desta, sob pena de falta funcional.
Os membros do MP tambŽm n‹o podem exercer qualquer outra
fun•‹o pœblica, ainda que em disponibilidade, salvo uma de magistŽrio.
Percebam que a restri•‹o a apenas uma fun•‹o pœblica de magistŽrio
n‹o impede que o membro do MP exer•a o magistŽrio em
Institui•‹o privada de Ensino, ainda que possua mais de uma
matr’cula (Embora o CNMP tenha regulamentado isto atravŽs de
resolu•‹o).
De qualquer forma, em todos esses casos, cada um com sua
peculiaridade, uma coisa h‡ em comum: sempre ter‡ que haver
compatibilidade de hor‡rios. N‹o importa se o membro do MP foi
aprovado no concurso para professor titular de uma universidade federal,
se a carga hor‡ria for incompat’vel com o exerc’cio da fun•‹o, ele
n‹o poder‡ assumir.
Ainda que o membro do MP esteja em gozo de licen•a, fŽrias, ou em
disponibilidade, A RESTRI‚ÌO PERMANECE!
O membro do MP n‹o pode, ainda, exercer atividade pol’tico-
partid‡ria. A veda•‹o ao exerc’cio de atividade pol’tico-partid‡ria n‹o
abrange somente a candidatura a cargo pol’tico, mas tambŽm a
mera filia•‹o a partido pol’tico.
Contudo, apesar de tal previs‹o, a LONMP (Lei Org‰nica Nacional
do MP) permite a mera filia•‹o partid‡ria. Ent‹o, como fica a
situa•‹o? Apesar de tal permiss‹o na LONMP, o STF declarou a
inconstitucionalidade desta interpreta•‹o, nos seguintes termos:
(...) A•‹o julgada procedente, em parte, para, sem redu•‹o de texto,
dar ao inciso V do art. 44 da Lei 8.625, de 12.2.93, interpreta•‹o
conforme a Constitui•‹o, para fixar como œnica exegese
constitucionalmente poss’vel aquela que apenas admite a filia•‹o
partid‡ria de representante do MinistŽrio Pœblico dos Estados-
membros, se realizadas nas hip—teses de afastamento, do integrante
do Parquet, de suas fun•›es institucionais, mediante licen•a, nos
termos da lei. (ADI 1377, Relator(a): Min. OCTAVIO GALLOTTI, Relator(a) p/
Ac—rd‹o: Min. NELSON JOBIM, Tribunal Pleno, julgado em 03/06/1998, DJ 16-
12-2005 PP-00057 EMENT VOL-02218-02 PP-00122) (Grifo nosso)
2
Os membros do MP que j‡ estavam na carreira antes da promulga•‹o da Constitui•‹o Federal e
que optaram pelo regime jur’dico anterior podem advogar, mas esta Ž a œnica exce•‹o
(excepcional’ssima).
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
AlŽm disso, apesar de o STF ter deixado consignado que o membro
poderia se licenciar para exercer atividade pol’tico-partid‡ria, isso s— se
aplica aos membros que Jç ESTAVAM no MP quando foi promulgada
a atual Constitui•‹o (05.10.1988)3, e que optaram por permanecer no
regime jur’dico anterior4. Com rela•‹o aos membros que entraram depois
da CF/88, fixou-se o entendimento de que Ž vedado o exerc’cio da
atividade pol’tico-partid‡ria, desde a edi•‹o da EC 45/04.5
Basicamente, ficou assim:
EXERCêCIO DE ATIVIDADE POLêTICO-PARTIDçRIA PELOS
MEMBROS DO MP
INGRESSO NA CARREIRA CONSEQUæNCIA EXCE‚ÌO
1.6!Autonomia do MP
1.6.1!Da autonomia funcional
A autonomia funcional do MP est‡ prevista, originalmente, na pr—pria
Constitui•‹o Federal. Vejamos:
Art. 127. (...)
¤ 2¼ Ao MinistŽrio Pœblico Ž assegurada autonomia funcional e
administrativa, podendo, observado o disposto no art. 169, propor ao Poder
Legislativo a cria•‹o e extin•‹o de seus cargos e servi•os auxiliares, provendo-
os por concurso pœblico de provas ou de provas e t’tulos, a pol’tica
remunerat—ria e os planos de carreira; a lei dispor‡ sobre sua organiza•‹o e
funcionamento. (Reda•‹o dada pela Emenda Constitucional n¼ 19, de 1998)
3
Este tambŽm Ž o entendimento do TSE:
ÒRecurso especial. Membro. MinistŽrio Pœblico. Exerc’cio. Cargo. Simultaneidade. Filia•‹o partid‡ria.
Registro de candidato. Indeferimento. 1. O membro do MinistŽrio Pœblico que, tendo
ingressado na carreira antes da Constitui•‹o de 88, optar pelo regime anterior, pode filiar-
se a partido pol’tico. Deve, contudo, para faz•-lo, licenciar-se do cargo. 2. Ocorrida a filia•‹o
partid‡ria, sem o devido afastamento do integrante do parquet, n‹o se pode reconhecer sua
validade. [...].Ó
(Ac. de 25.10.2008 no REspe n¼ 32.842, rel. Min. Marcelo Ribeiro.)
4
Essa possibilidade de op•‹o pelo regime anterior est‡ prevista no art. 29, ¤ 3¼, do ADCT.
5
Existe uma decis‹o isolada do STF, de 2008, no sentido de que o membro do MP que j‡ exercia
cargo eletivo antes da EC 45/04 teria direito a concorrer ˆ reelei•‹o.
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
A autonomia funcional do MinistŽrio Pœblico significa que a Institui•‹o
est‡ isenta de qualquer influ•ncia externa no exerc’cio de sua
atividade-fim.
Desta forma, poder‡ o MP adotar as medidas que entender
necess‡rias, e que sejam permitidas pelo ordenamento jur’dico, em face
de quaisquer agentes, —rg‹os ou Institui•›es, de car‡ter pœblico ou
privado, n‹o dependendo da autoriza•‹o ou anu•ncia de quem quer que
seja.
CUIDADO: NÌO CONFUNDAM AUTONOMIA FUNCIONAL DO MP
COM INDEPENDæNCIA FUNCIONAL DOS SEUS MEMBROS.
A autonomia funcional do MinistŽrio Pœblico coexiste de maneira
harmoniosa com a independ•ncia funcional dos seus membros, que Ž
opon’vel, inclusive, aos pr—prios —rg‹os da Administra•‹o Superior do MP.
ƒ importante lembrar que, conceitualmente, independ•ncia e
autonomia n‹o s‹o sin™nimas. Vejamos as palavras do saudoso mestre
Hely Lopes Meirelles:
"independ•ncia e autonomia, do ponto de vista jur’dico-administrativo, s‹o
conceitos diversos e com efeitos diferentes. A independ•ncia Ž de car‡ter
absoluto; a autonomia Ž relativa a outro —rg‹o, agente ou Poder. Ora, no que
concerne ao desempenho da fun•‹o ministerial, pelo —rg‹o (MinistŽrio Pœblico)
e seus agentes (Promotores, Procuradores), h‡ independ•ncia de atua•‹o e
n‹o apenas 'autonomia funcional'. Os membros do MinistŽrio Pœblico quando
desempenham as suas atribui•›es institucionais n‹o est‹o sujeitos a qualquer
subordina•‹o hier‡rquica ou supervis‹o org‰nica do Estado a que pertencem.
Seus atos funcionais s— se submetem ao controle do Poder Judici‡rio, quando
praticados com excesso ou abuso de poder, lesivo de direito individual ou
infringente das normas legais que regem a sua conduta. Essa submiss‹o ao
controle judicial n‹o descaracteriza a sua independ•ncia funcional, pois tem
sede constitucional no mandamento universal do artigo 153, ¤ 4¼, da Lei Maior
(EC n¼ 1/69), abrangente de toda conduta humana abusiva ou ilegal" (Parecer
sobre o MinistŽrio Pœblico, in Justitia n¼ 123/185.)
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
Importante frisar que tanto a autonomia funcional do MP quanto a
independ•ncia funcional de seus membros s‹o aplic‡veis ao MP
brasileiro como um todo, ou seja, tanto ao MPU (em todos os seus
ramos) quanto aos MPs estaduais.
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
a verificar se o Processo Administrativo Disciplinar respeitou o devido
processo legal).
Como decorr•ncia natural da autonomia administrativa dispensada ao
MP pela Constitui•‹o, pode o MinistŽrio Pœblico, atravŽs de sua
Administra•‹o Superior, exercer o poder regulamentar sempre que a
lei o exigir.
O que isso significa, professor? Como as Leis n‹o podem esmiu•ar
por completo toda uma determinada matŽria, por vezes, e quase sempre,
Ž necess‡rio que haja uma regulamenta•‹o ÒinfralegalÓ (por estar,
topograficamente, abaixo da Lei), esmiu•ando de forma bastante espec’fica
determinadas disposi•›es da Lei que dependem disso para sua aplica•‹o.
EXEMPLO: A Constitui•‹o e as Leis Org‰nicas dos MPs (MPU e MPEs)
estabelecem que a promo•‹o se dar‡ por antiguidade e merecimento,
alternadamente. Contudo, n‹o se diz o que ser‡ considerado para fins de
apura•‹o do critŽrio de merecimento. Cabe ao pr—prio MP, como
decorr•ncia de sua autonomia administrativa, atravŽs do —rg‹o pr—prio,
o Conselho Superior, estabelecer, de forma geral e abstrata
(caracter’sticas de um ato normativo), quais s‹o estes critŽrios, como
ser‹o apurados, etc.
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
¤ 3¼ - O MinistŽrio Pœblico elaborar‡ sua proposta or•ament‡ria dentro dos
limites estabelecidos na lei de diretrizes or•ament‡rias.
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
Federal, mas ela Ž uma decorr•ncia quase que inexor‡vel da autonomia
or•ament‡ria.
Assim, lembrem-se: O MP possui autonomia financeira, mas ela n‹o
est‡ expressamente prevista na Constitui•‹o Federal.
Embora n‹o esteja prevista na Constitui•‹o, as Leis Org‰nicas dos MPs
(Tanto a LC 75/93 quanto a Lei 8.625/93) previram expressamente a
autonomia financeira, exatamente pelo fato de ser uma autonomia
incontroversa, ainda que n‹o prevista expressamente na Constitui•‹o.6
Portanto, a autonomia financeira est‡ expressamente prevista,
apenas, nas Leis Org‰nicas.
A autonomia financeira nada mais Ž que a capacidade de elaborar
sua proposta or•ament‡ria e aplicar os recursos dela provenientes.
Nas palavras de Hugo Nigro Mazzilli:
Òautonomia financeira Ž a capacidade de elabora•‹o da proposta or•ament‡ria
e de gest‹o e aplica•‹o dos recursos destinados a prover as atividades e
servi•os do —rg‹o titular da dota•‹o. Essa autonomia pressup›e a exist•ncia
de dota•›es que possam ser livremente administradas, aplicadas e
remanejadas pela unidade or•ament‡ria a que foram destinadas. Tal
autonomia Ž inerente aos —rg‹os funcionalmente independentes, como s‹o o
MinistŽrio Pœblico e os Tribunais de Contas, os quais n‹o poderiam realizar
plenamente as suas fun•›es se ficassem na depend•ncia financeira de outro
—rg‹o controlador de suas dota•›es.Ó (O MinistŽrio Pœblico na Constitui•‹o de
1988Ó, S‹o Paulo: Editora Saraiva, 1989, p‡g. 61)
1.7!CNMP
O CNMP (Conselho Nacional do MinistŽrio Pœblico) foi criado
pela EC 45/04, inclu’do na Constitui•‹o Federal a partir de seu art. 130-
A. Vejamos:
Art. 130-A. O Conselho Nacional do MinistŽrio Pœblico comp›e-se de quatorze
membros nomeados pelo Presidente da Repœblica, depois de aprovada a
escolha pela maioria absoluta do Senado Federal, para um mandato de dois
anos, admitida uma recondu•‹o, sendo: (Inclu’do pela Emenda Constitucional
n¼ 45, de 2004)
I o Procurador-Geral da Repœblica, que o preside;
II quatro membros do MinistŽrio Pœblico da Uni‹o, assegurada a representa•‹o
de cada uma de suas carreiras;
6
Isso consta no art. 22 da LC 75/93 (Lei Org‰nica do MPU) e no art. 3¼ da Lei 8.625/93 (Lei Org‰nica
do MP).
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
III tr•s membros do MinistŽrio Pœblico dos Estados;
IV dois ju’zes, indicados um pelo Supremo Tribunal Federal e outro pelo
Superior Tribunal de Justi•a;
V dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados
do Brasil;
VI dois cidad‹os de not‡vel saber jur’dico e reputa•‹o ilibada, indicados um
pela C‰mara dos Deputados e outro pelo Senado Federal.
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
Embora a composi•‹o do CNMP seja bastante heterog•nea, a escolha do
CORREGEDOR NACIONAL DO MP deve recair, NECESSARIAMENTE,
sobre um dos membros do MP que integram o CNMP, em vota•‹o
secreta no pr—prio CNMP. Vejamos:
¤ 3¼ O Conselho escolher‡, em vota•‹o secreta, um Corregedor nacional,
dentre os membros do MinistŽrio Pœblico que o integram, vedada a recondu•‹o,
competindo-lhe, alŽm das atribui•›es que lhe forem conferidas pela lei, as
seguintes:
I receber reclama•›es e denœncias, de qualquer interessado, relativas aos
membros do MinistŽrio Pœblico e dos seus servi•os auxiliares;
II exercer fun•›es executivas do Conselho, de inspe•‹o e correi•‹o geral;
III requisitar e designar membros do MinistŽrio Pœblico, delegando-lhes
atribui•›es, e requisitar servidores de —rg‹os do MinistŽrio Pœblico.
==0==
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
04 membros do 01 do MPF DA REPòBLICA,
MPU7 APîS APROVA‚ÌO
01 do MPM PELO SENADO
01 do MPT FEDERAL
01 do MPDFT Um destes ser‡ o
Corregedor
03 membros dos Cada MP escolhe Nacional do MP
MPEs8 um. Os PGJs de
todos os MPEs se
reœnem e definem
os 03 nomes.
TOTAL: 14
membros
2! RESUMO DO CONCURSEIRO
7
Cada ramo do MPU ter‡ direito de indicar um representante. A escolha se dar‡ na forma do art. 1¼
da Lei 11.372/06 (forma•‹o de lista tr’plice pelo ColŽgio de Procuradores e escolha pelo Procurador-
Geral do ramo). Ap—s, o nome escolhido pelo ser‡ encaminhado ao PGR, que o submeter‡ ˆ
aprova•‹o do Senado Federal.
8
Os membros do MPE s‹o escolhidos por cada um dos MPs estaduais. Os membros formam listam
tr’plice e o PGJ escolhe 01. Ap—s a escolha, todos os PGJs se reœnem e decidem quais ser‹o os 03
nomes enviados ao Senado Federal. Isso Ž que consta no art. 2¼ da Lei 11.372/06.
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
Finalidade do MP - O MP tem a fun•‹o de DEFENDER OS INTERESSES DA
SOCIEDADE, na esfera criminal e nas demais esferas. O MP n‹o defende os
interesses do Governo, e sim da SOCIEDADE.
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
Fun•›es institucionais do MP Ð As fun•›es do MP est‹o previstas no art.
129 da CF/88. Pode exercer outras fun•›es alŽm daquelas, desde que
compat’veis com sua finalidade.
VEDA‚ÌO: ƒ absolutamente VEDADO ao MP exercer a representa•‹o
judicial e a consultoria jur’dica de entidades pœblicas.
PRINCêPIOS INSTITUCIONAIS DO MP
PRINCêPIO SIGNIFICADO OBSERVA‚ÍES
RELEVANTES
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
Garantias dos membros do MP Ð As garantias dos membros do MP s‹o
a vitaliciedade, a inamovibilidade e a irredutibilidade de subs’dios.
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
¥! N‹o podem exercer atividade pol’tico partid‡ria. EXCE‚ÌO: Admitida
apenas para os membros que j‡ estavam no MP antes da CF/88 e
optaram pelo regime anterior
Autonomia do MP Ð ƒ a condi•‹o de independ•ncia do MP em rela•‹o aos
Poderes da Repœblica:
¥! Autonomia funcional - Significa que a Institui•‹o est‡ isenta de
qualquer influ•ncia externa no exerc’cio de sua atividade-fim.
¥! Autonomia administrativa Ð Assegura ao MP a prerrogativa de se
autogovernar. Para tanto, pode o MP editar atos relacionados ˆ
gest‹o dos seus quadros de pessoal, ˆ administra•‹o e aquisi•‹o de
bens etc. Seus atos possuem auto-executoriedade e efic‡cia plena
(n‹o dependem de autoriza•‹o de outro —rg‹o para terem efic‡cia).
¥! Autonomia financeira e or•ament‡ria Ð Significa que o MP tem a
atribui•‹o para elaborar a proposta de sua lei or•ament‡ria, bem
como para gerir seus pr—prios recursos, respeitadas as disposi•›es
legais.
Bons estudos!
Prof. Renan Araujo
3! EXERCêCIOS DA AULA
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
o MinistŽrio Pœblico do Trabalho, o MinistŽrio Pœblico Militar, o MinistŽrio
Pœblico do Distrito Federal e Territ—rios, o MinistŽrio Pœblico de Contas da
Uni‹o, e os MinistŽrios Pœblicos Estaduais e os MinistŽrios Pœblicos de
Contas dos Tribunais de Contas Estaduais.
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
d) rever, de of’cio ou mediante provoca•‹o, os processos disciplinares de
membros do MinistŽrio Pœblico da Uni‹o ou dos Estados julgados h‡ mais
de um ano.
e) elaborar relat—rio anual, propondo as provid•ncias que julgar
necess‡rias sobre a situa•‹o do MinistŽrio Pœblico no Pa’s e as atividades
do Conselho.
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
No texto da Constitui•‹o Federal vigente, o MinistŽrio Pœblico, situa-se
a) dentro do Poder Judici‡rio, como —rg‹o agente.
b) dentro do Poder Executivo, em cap’tulo especial, com destaque.
c) dentro do Poder Legislativo, como —rg‹o auxiliar.
d) dentro do Poder Judici‡rio, como —rg‹o opinativo.
e) no T’tulo IV, Cap’tulo IV, Se•‹o I, como institui•‹o permanente,
essencial ˆ fun•‹o jurisdicional do Estado.
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
d) Incumbe-lhe zelar pela autonomia funcional e administrativa do
MinistŽrio Pœblico, podendo expedir atos regulamentares, no ‰mbito de sua
compet•ncia.
e) Compete-lhe receber e conhecer das reclama•›es contra membros ou
—rg‹os do MinistŽrio Pœblico e da Magistratura da Uni‹o e dos Estados,
inclusive contra seus servi•os auxiliares.
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
a) acumular suas fun•›es com aquelas inerentes a organismos estatais
afetos ˆ ‡rea de atua•‹o da Institui•‹o;
b) exercer a advocacia em causa pr—pria, vedada a representa•‹o dos
interesses de terceiros;
c) candidatar-se a cargo eletivo, desde que se licenciem atŽ um ano antes
da elei•‹o;
d) exercer outra fun•‹o pœblica, desde que haja compatibilidade de
hor‡rios;
e) receber os ™nus da sucumb•ncia, desde que o valor n‹o ultrapasse o
teto remunerat—rio.
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
c) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
Em rela•‹o ao MinistŽrio Pœblico, a Constitui•‹o reconhece,
explicitamente, como seus princ’pios institucionais
a) a indivisibilidade, a soberania e a imparcialidade.
b) a unidade, a imparcialidade e o sigilo de suas delibera•›es e decis›es.
c) a unidade, a indivisibilidade e a independ•ncia funcional.
d) a independ•ncia funcional, a imparcialidade e a unidade.
e) a soberania, a imparcialidade e a unidade.
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
d) ao MinistŽrio Pœblico Ž autorizado tambŽm exercer a representa•‹o
judicial e consultoria jur’dica de outras entidades pœblicas, vez que este
papel estaria em conson‰ncia com os termos do artigo 127, caput da
Constitui•‹o da Repœblica Brasileira;
e) em virtude dos interesses que protege, o MinistŽrio Pœblico deve
obrigatoriamente atuar em a•›es penais e a•›es civis pœblicas.
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
aplicam-se aos seus membros os mesmos direitos, veda•›es e forma de
investidura.
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
A unidade, a indivisibilidade e a independ•ncia funcional s‹o princ’pios
institucionais do MinistŽrio Pœblico.
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
Lei que disponha sobre normas gerais para a organiza•‹o do MinistŽrio
Pœblico dos Estados, do Distrito Federal e dos Territ—rios Ž de compet•ncia
a) dos Estados e do Distrito Federal, com iniciativa do Governador ou de
qualquer membro da comiss‹o do Legislativo estadual ou distrital.
b) da Uni‹o, com iniciativa do Procurador-Geral da Repœblica.
c) dos Estados e do Distrito Federal, com iniciativa exclusiva dos
respectivos Procuradores-Gerais de Justi•a.
d) da Uni‹o, com iniciativa privativa do Presidente da Repœblica.
e) dos Estados e do Distrito Federal, com iniciativa privativa do Governador.
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
Lei que disponha sobre normas gerais para a organiza•‹o do MinistŽrio
Pœblico dos Estados e do Distrito Federal Ž de compet•ncia:
a) dos Estados e Distrito Federal, com iniciativa privativa do Governador.
b) da Uni‹o, com iniciativa privativa do Presidente da Repœblica.
c) da Uni‹o, com iniciativa privativa do Senado Federal.
d) dos Estados e Distrito Federal, com iniciativa exclusiva dos respectivos
Procuradores-Gerais de Justi•a.
e) da Uni‹o, com iniciativa privativa do Congresso Nacional.
4! EXERCêCIOS COMENTADOS
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
COMENTçRIOS: Item errado, pois o MinistŽrio Pœblico da Uni‹o abrange
apenas o MPT, o MPF, o MPDFT e o MPM. AlŽm disso, o MP junto ao Tribunal
de Contas n‹o integra o MinistŽrio Pœblico brasileiro.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
um mandato de dois anos, conferindo-se ˆ presid•ncia deste
Colegiado ao integrante mais antigo.
COMENTçRIOS: Item errado, pois a presid•ncia do CNMP cabe ao PGR,
nos termos do art. 130-A da Constitui•‹o Federal.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
Entre outras atribui•›es, compete ao Conselho Nacional do
MinistŽrio Pœblico
a) destituir os Procuradores-Gerais de Justi•a dos Estados, quando
conveniente ao interesse pœblico, n‹o podendo faz•-lo em rela•‹o
ao Procurador-Geral da Repœblica.
b) elaborar a proposta or•ament‡ria do MinistŽrio Pœblico da Uni‹o.
c) decretar a perda do cargo dos membros vital’cios dos MinistŽrios
Pœblicos dos Estados e da Uni‹o.
d) rever, de of’cio ou mediante provoca•‹o, os processos
disciplinares de membros do MinistŽrio Pœblico da Uni‹o ou dos
Estados julgados h‡ menos de um ano.
e) designar membros dos MinistŽrios Pœblicos dos Estados para
oficiar em determinados processos judiciais, quando conveniente
ao interesse pœblico.
COMENTçRIOS: A œnica das alternativas que traz uma fun•‹o do CNMP Ž
a letra D, nos termos do art. 130-A, ¤2¼, IV da Constitui•‹o:
Art. 130-A. O Conselho Nacional do MinistŽrio Pœblico comp›e-se de quatorze
membros nomeados pelo Presidente da Repœblica, depois de aprovada a
escolha pela maioria absoluta do Senado Federal, para um mandato de dois
anos, admitida uma recondu•‹o, sendo: (Inclu’do pela Emenda Constitucional
n¼ 45, de 2004) (...) ¤ 2¼ Compete ao Conselho Nacional do MinistŽrio Pœblico
o controle da atua•‹o administrativa e financeira do MinistŽrio Pœblico e do
cumprimento dos deveres funcionais de seus membros, cabendo lhe: (...)
IV rever, de of’cio ou mediante provoca•‹o, os processos disciplinares de
membros do MinistŽrio Pœblico da Uni‹o ou dos Estados julgados h‡ menos de
um ano;
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA D.
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
e) expedir notifica•›es nos procedimentos administrativos de sua
compet•ncia, requisitando informa•›es e documentos para instru’-
los, na forma da lei complementar respectiva.
COMENTçRIOS: Todas as alternativas trazem fun•›es institucionais do
MP, nos termos do art. 129 da Constitui•‹o, exceto a letra D, que traz uma
fun•‹o que n‹o cabe ao MP, mas ao TCU, nos termos do art. 71, VIII da
Constitui•‹o.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA D.
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
e) As fun•›es institucionais do MinistŽrio Pœblico abrangem a
promo•‹o da a•‹o de inconstitucionalidade e o exerc’cio do
controle externo da atividade policial.
COMENTçRIOS:
A) ERRADA: S‹o quatro membros do MPU e tr•s membros dos MPs
estaduais, nos termos do art. 130-A, II e III da Constitui•‹o.
B) ERRADA: O MP Ž composto pelo MPU (que engloba MPF, MPT, MPM e
MPDFT) e pelos MPs estaduais, nos termos do art. 128, I e II da CF/88.
C) ERRADA: Item errado, pois isso deve ser feito por meio de Lei
Complementar da Uni‹o e dos estados (no caso dos MPs estaduais), cujo
iniciativa Ž facultada aos Procuradores-Gerais:
Art. 128 (...) ¤ 5¼ Leis complementares da Uni‹o e dos Estados, cuja iniciativa
Ž facultada aos respectivos Procuradores-Gerais, estabelecer‹o a organiza•‹o,
as atribui•›es e o estatuto de cada MinistŽrio Pœblico, observadas,
relativamente a seus membros:
D) ERRADA: Os membros do MP n‹o podem exercer a advocacia, nem
participar de sociedade comercial, salvo na qualidade de cotista ou
acionista.
E) CORRETA: Item correto, pois estas s‹o fun•›es institucionais do MP, nos
termos do art. 129, IV e VIII da Constitui•‹o.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA E.
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
A) ERRADA: O CNMP Ž presidido pelo PGR, nos termos do art. 130-A, I da
Constitui•‹o.
B) ERRADA: O CNMP pode Òrever, de of’cio ou mediante provoca•‹o, os
processos disciplinares de membros do MinistŽrio Pœblico da Uni‹o ou dos
Estados julgados Hç MENOS de um anoÓ, nos termos do art. 130-A, ¤2¼,
IV da Constitui•‹o.
C) ERRADA: ƒ vedada a recondu•‹o para o cargo de corregedor do CNMP,
nos termos do art. 130-A, ¤3¼ da CF/88.
D) CORRETA: Item correto, pois esta Ž a previs‹o contida no art. 130, ¤2¼,
I da CF/88:
Art. 130-A (...) ¤ 2¼ Compete ao Conselho Nacional do MinistŽrio Pœblico o
controle da atua•‹o administrativa e financeira do MinistŽrio Pœblico e do
cumprimento dos deveres funcionais de seus membros, cabendo lhe:
I zelar pela autonomia funcional e administrativa do MinistŽrio Pœblico,
podendo expedir atos regulamentares, no ‰mbito de sua compet•ncia, ou
recomendar provid•ncias;
E) ERRADA: N‹o cabe ao CNMP analisar reclama•›es contra membros da
Magistratura (Ju’zes).
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA D.
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
a) somente os membros do MinistŽrio Pœblico vital’cios possuem a
garantia da inamovibilidade, indicativo de que o Procurador-Geral
de Justi•a pode remov•-lo para —rg‹o diverso;
b) a garantia da inamovibilidade alcan•a todos os membros do
MinistŽrio Pœblico, vital’cios ou n‹o, de modo que a remo•‹o
involunt‡ria somente pode ser determinada em processo judicial;
c) a inamovibilidade n‹o obsta a remo•‹o compuls—ria, desde que
determinada pelo Procurador-Geral de Justi•a, a partir de
autoriza•‹o do îrg‹o Especial do ColŽgio de Procuradores de
Justi•a;
d) a remo•‹o compuls—ria somente pode ser determinada pelo
Conselho Superior do MinistŽrio Pœblico, desde que tal seja
requerido pelo îrg‹o Especial do ColŽgio de Procuradores de
Justi•a;
e) a inamovibilidade pode ser excepcionada pelo interesse pœblico,
desde que tal seja reconhecido pelo Conselho Superior do
MinistŽrio Pœblico, em processo administrativo regular.
COMENTçRIOS: A inamovibilidade Ž uma das garantias conferidas aos
membros do MP, e Ž aplic‡vel a todos os membros da carreira, sejam eles
vital’cios ou n‹o. Contudo, a inamovibilidade n‹o impede que o membro do
MP seja removido contra a sua vontade, por motivo de interesse
pœblico. ƒ a chamada Òremo•‹o compuls—riaÓ. Esta modalidade de
remo•‹o contr‡ria ˆ vontade do membro do MP s— pode ser decretada pelo
Conselho Superior do MP, pelo voto da maioria absoluta de seus membros,
nos termos do art. 128, ¤5¼, I, ÒbÓ da CF/88 (O CNMP, atualmente, tambŽm
pode determinar tal remo•‹o).
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA E.
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
COMENTçRIOS: Os membros do MP PODEM acumular suas fun•›es com
aquelas inerentes a organismos estatais afetos ˆ ‡rea de atua•‹o da
Institui•‹o, como o CNMP, o Conselho Penitenci‡rio, etc. A alternativa A,
portanto, Ž a correta. As demais est‹o incorretas, pois os membros do MP
n‹o podem exercer a advocacia em nenhuma hip—tese, exercer atividade
pol’tico-partid‡ria (salvo a exce•‹o prevista para aqueles que j‡ estavam
no MP antes da CF/88). TambŽm n‹o podem exercer outra fun•‹o pœblica,
salvo UMA de magistŽrio, nem receber os ™nus da sucumb•ncia (honor‡rios
de sucumb•ncia).
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA A.
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
Considerando o estatuto constitucional do MinistŽrio Pœblico,
analise as afirmativas a seguir.
I. Os membros do MinistŽrio Pœblico gozam da garantia da
vitaliciedade, ap—s dois anos de exerc’cio, n‹o podendo perder o
cargo, salvo por senten•a transitada em julgado, ou por decis‹o do
Conselho Nacional do MinistŽrio Pœblico em processo
administrativo, garantido o contradit—rio e a ampla defesa.
II. Algumas das veda•›es previstas na Constitui•‹o aos membros
do MinistŽrio Pœblico s‹o: o exerc’cio de atividade pol’tico
partid‡ria; o exerc’cio, ainda que em disponibilidade, de qualquer
outra fun•‹o pœblica, salvo uma de magistŽrio; e a participa•‹o em
sociedade comercial, na forma da lei.
III. S‹o fun•›es institucionais do MinistŽrio Pœblico, dentre outras,
o exerc’cio do controle externo da atividade policial, na forma da lei
complementar respectiva, e a requisi•‹o ˆ pol’cia judici‡ria de
dilig•ncias investigat—rias e de instaura•‹o de inquŽrito policial,
indicados os fundamentos jur’dicos de suas manifesta•›es
processuais.
Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
c) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.
COMENTçRIOS:
I Ð ERRADA: O membro vital’cio n‹o pode perder o cargo por mera decis‹o
do CNMP, sendo necess‡ria decis‹o judicial transitada em julgado, em a•‹o
civil ajuizada com esta espec’fica finalidade.
II Ð CORRETA: Item correto, pois estas s‹o veda•›es impostas aos
membros do MP, nos termos do art. 128, ¤5¼, II da CF/88.
III Ð CORRETA: Item correto, pois estas s‹o duas das fun•›es institucionais
do MP, previstas no art. 129, VII e VIII da CF/88.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA D.
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
b) Promover a a•‹o de inconstitucionalidade ou representa•‹o para
fins de interven•‹o da Uni‹o e dos Estados, nos casos previstos na
Constitui•‹o.
c) Expedir notifica•›es nos procedimentos administrativos de sua
compet•ncia, requisitando informa•›es e documentos para instru’-
los, na forma da lei complementar respectiva.
d) Promover o inquŽrito civil e a a•‹o civil pœblica, para a prote•‹o
do patrim™nio pœblico e social, do meio ambiente e de outros
interesses difusos e coletivos.
e) Defender judicialmente os direitos e interesses das popula•›es
ind’genas.
COMENTçRIOS: Todas as alternativas trazem fun•›es institucionais do
MP, nos termos do art. 129, III, IV, V e VI da CF/88, ˆ exce•‹o da letra A,
pois embora o MP exer•a o controle externo da atividade policial, ele NÌO
PODE presidir o inquŽrito policial, j‡ que n‹o integra a estrutura da pol’cia.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA A.
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
A Constitui•‹o da Repœblica Federativa do Brasil estabelece o
MinistŽrio Pœblico, a Advocacia Pœblica, a Advocacia e a
Defensoria Pœblica, como fun•›es essenciais ˆ Justi•a.
Em rela•‹o ao MinistŽrio Pœblico, a Constitui•‹o reconhece,
explicitamente, como seus princ’pios institucionais
a) a indivisibilidade, a soberania e a imparcialidade.
b) a unidade, a imparcialidade e o sigilo de suas delibera•›es e
decis›es.
c) a unidade, a indivisibilidade e a independ•ncia funcional.
d) a independ•ncia funcional, a imparcialidade e a unidade.
e) a soberania, a imparcialidade e a unidade.
COMENTçRIOS: Os princ’pios institucionais do MP est‹o previstos no art.
127, ¤1¼ da CRFB/88:
Art. 127 (...)
¤ 1¼ - S‹o princ’pios institucionais do MinistŽrio Pœblico a unidade, a
indivisibilidade e a independ•ncia funcional.
Por princ’pio da unidade entende-se que o MPU Ž apenas um, sob a dire•‹o
do Procurador-Geral da Repœblica. Sendo assim, a manifesta•‹o de um
membro do MP em um processo, por exemplo, representa a vontade do MP
enquanto institui•‹o, pois todos integram um corpo org‰nico e coeso.
Pelo princ’pio da indivisibilidade, os membros do MP (do mesmo ramo)
podem se substituir uns aos outros, sem qualquer impedimento. Na
verdade, esse princ’pio deriva do princ’pio da unidade, pois tira seu
fundamento daquele.
Por fim, o princ’pio da independ•ncia funcional garante que os membros
do MinistŽrio Pœbico, no exerc’cio de suas fun•›es, n‹o se submetem a
nenhuma hierarquia de ordem ideol—gico-jur’dica. O membro do MP
tem liberdade total para atuar conforme suas ideias jur’dicas. Outra
vertente deste princ’pio consiste na independ•ncia do MP em sua atua•‹o,
podendo atuar, inclusive, contra as pessoas jur’dicas de direito pœblico.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA C.
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
c) a lei ordin‡ria pode conferir ao MinistŽrio Pœblico fun•›es n‹o
compreendidas na Constitui•‹o da Repœblica Brasileira, mesmo que
em disson‰ncia com o perfil constitucional que lhe foi desenhado;
d) cabe ao MinistŽrio Pœblico exercer o controle interno da
atividade policial, adotando provid•ncias de cunho administrativo e
judicial para tanto;
e) cabe ao MinistŽrio Pœblico a consultoria jur’dica de entidades
pœblicas que estejam submetidas ao seu controle, caracterizando
uma atua•‹o preventiva da institui•‹o.
COMENTçRIOS:
A) ERRADA: A a•‹o penal pœblica Ž de titularidade exclusiva do MP (seja
a•‹o penal pœblica incondicionada, seja a•‹o penal pœblica condicionada).
Contudo, a CF/88 utiliza o termo ÒprivativaÓ. A Banca, desta forma,
considerou a afirmativa como errada. Contudo, n‹o h‡ possibilidade de
delega•‹o. Somente o MP, e mais ninguŽm, pode ajuizar a a•‹o penal
pœblica. Mas, e a a•‹o penal privada subsidi‡ria da pœblica? Neste
caso, o ofendido Ž quem aju’za a a•‹o penal, de fato. Contudo, ELE NÌO
ESTç AJUIZANDO A‚ÌO PENAL PòBLICA. Ele estar‡ ajuizando uma a•‹o
penal PRIVADA que ser‡ aceita no lugar da a•‹o penal pœblica, exatamente
porque o MP n‹o ajuizou no prazo legal. Vejam: o ofendido NÌO aju’za a•‹o
penal pœblica.
B) CORRETA: Esta Ž a exata previs‹o do art. 129, III da CF/88.
C) ERRADA: A lei atŽ pode conferir ao MinistŽrio Pœblico fun•›es n‹o
compreendidas na Constitui•‹o da Repœblica Brasileira, DESDE QUE em
disson‰ncia com o perfil constitucional estabelecido para o MP.
D) ERRADA: Cabe ao MP o controle EXTERNO da atividade policial.
E) ERRADA: N‹o cabe ao MP a representa•‹o judicial e a consultoria jur’dica
de entidades pœblicas, nos termos do art. 129, IX da CF/88.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA B (com a ressalva
que fiz sobre a letra A).
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
b) na defesa dos interesses acima mencionados, o MinistŽrio
Pœblico pode atuar judicial e extrajudicialmente, j‡ que, alŽm de
outras raz›es, quem detŽm os fins, detŽm tambŽm os meios;
c) as fun•›es institucionais elencadas nos incisos constantes do
caput do artigo 129 da Constitui•‹o da Repœblica Brasileira n‹o
devem apresentar incompatibilidades materiais com a norma
estabelecida no citado artigo 127, caput, tambŽm da nossa Lex
Fundamentalis;
d) ao MinistŽrio Pœblico Ž autorizado tambŽm exercer a
representa•‹o judicial e consultoria jur’dica de outras entidades
pœblicas, vez que este papel estaria em conson‰ncia com os termos
do artigo 127, caput da Constitui•‹o da Repœblica Brasileira;
e) em virtude dos interesses que protege, o MinistŽrio Pœblico deve
obrigatoriamente atuar em a•›es penais e a•›es civis pœblicas.
COMENTçRIOS:
a) CORRETA: O MP pode ser considerado, sim, como Òguardi‹o da
sociedadeÓ, j‡ que sua fun•‹o Ž proteger os interesses sociais relevantes,
por meio de atua•‹o na esfera criminal e nas demais esferas.
b) CORRETA: Se a CF/88 estabeleceu deveres, fun•›es, tambŽm deveria
trazer os meios, e o fez. Isso pode ser extra’do, por exemplo, do art. 129,
I, III e VI da CF/88.
c) CORRETA: As fun•›es previstas para o MP (notadamente aquelas do art.
129) devem sempre guardar conson‰ncia com as finalidades do MP. Ou
seja, as fun•›es do MP devem estar de acordo com sua natureza.
d) ERRADA: Item errado, pois n‹o cabe ao MP a representa•‹o judicial e a
consultoria jur’dica de entidades pœblicas, nos termos do art. 129, IX da
CF/88.
e) CORRETA: O MP deve sempre atuar na a•‹o penal (como seu titular, no
caso da a•‹o penal pœblica, ou como fiscal da lei, no caso da a•‹o penal
privada). AlŽm disso, o MP sempre atua na a•‹o civil pœblica, seja como
autor da a•‹o ou como fiscal da lei.
Portanto, a ALTERNATIVA INCORRETA ƒ A LETRA D.
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
A destitui•‹o do procurador-geral de justi•a do Distrito Federal e
territ—rios exige a delibera•‹o da maioria absoluta dos membros da
C‰mara Legislativa do Distrito Federal.
COMENTçRIOS: A destitui•‹o do Procurador-Geral do DF e Territ—rios n‹o
Ž deliberada pelo Poder Legislativo do DF (C‰mara Legislativa) e sim pelo
Senado. Lembrem-se sempre que o MPDFT, embora atue no DF, que Ž um
ente federado diverso da Uni‹o, ele (MPDFT) integra o MPU. Assim,
qualquer quest‹o que associe o MPDFT ao Governador do DF ou ao
Legislativo do DF estar‡ errada.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
aos princ’pios do contradit—rio e da ampla defesa simplesmente porque
ainda n‹o h‡ acusa•‹o, mas, apenas, investiga•‹o.
D) ERRADA. Como disse a voc•s, se no decorrer da instru•‹o do ICP o
membro do MP tomar ci•ncia da ocorr•ncia de crime, poder‡ oferecer
denœncia com base nestas provas.
E) ERRADA: Embora este ponto n‹o seja o foco do nosso estudo, vamos
comentar. O Habeas corpus n‹o Ž o meio id™neo para se questionar
quaisquer aspectos ligados ao ICP, pois este n‹o representa uma amea•a
ˆ liberdade de locomo•‹o do indiv’duo. O instrumento h‡bil seria o
Mandado de Seguran•a.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA C.
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
Assim, podemos perceber que o MP possui diversas fun•›es institucionais,
dentre as quais n‹o se encontra a representa•‹o judicial de entidades
pœblicas (ao contr‡rio, Ž expressamente vedada).
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
Vejamos o art. 130-A, ¤2¼, II da CRFB/88:
Art. 130-A. O Conselho Nacional do MinistŽrio Pœblico comp›e-se de
quatorze membros nomeados pelo Presidente da Repœblica, depois de
aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal, para um
mandato de dois anos, admitida uma recondu•‹o, sendo: (Inclu’do pela
Emenda Constitucional n¼ 45, de 2004)
(...)
¤ 2¼ Compete ao Conselho Nacional do MinistŽrio Pœblico o controle da
atua•‹o administrativa e financeira do MinistŽrio Pœblico e do
cumprimento dos deveres funcionais de seus membros, cabendolhe:
(...)
II zelar pela observ‰ncia do art. 37 e apreciar, de of’cio ou mediante
provoca•‹o, a legalidade dos atos administrativos praticados por
membros ou —rg‹os do MinistŽrio Pœblico da Uni‹o e dos Estados,
podendo desconstitu’-los, rev•-los ou fixar prazo para que se adotem
as provid•ncias necess‡rias ao exato cumprimento da lei, sem preju’zo
da compet•ncia dos Tribunais de Contas;
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
V dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos
Advogados do Brasil;
VI dois cidad‹os de not‡vel saber jur’dico e reputa•‹o ilibada, indicados
um pela C‰mara dos Deputados e outro pelo Senado Federal.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
N‹o constitui compet•ncia do CNMP a revis‹o, de of’cio ou
mediante provoca•‹o, de processos disciplinares de servidores do
MPU.
COMENTçRIOS: De fato, o CNMP n‹o possui compet•ncia para a revis‹o
de processos disciplinares de servidores do MPU, mas apenas dos processos
disciplinares dos membros do MPU. Vejamos:
Art. 130-A. O Conselho Nacional do MinistŽrio Pœblico comp›e-se de
quatorze membros nomeados pelo Presidente da Repœblica, depois de
aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal, para um
mandato de dois anos, admitida uma recondu•‹o, sendo: (Inclu’do pela
Emenda Constitucional n¼ 45, de 2004)
(...)
¤ 2¼ Compete ao Conselho Nacional do MinistŽrio Pœblico o controle da
atua•‹o administrativa e financeira do MinistŽrio Pœblico e do
cumprimento dos deveres funcionais de seus membros, cabendolhe:
(...)
IV rever, de of’cio ou mediante provoca•‹o, os processos disciplinares
de membros do MinistŽrio Pœblico da Uni‹o ou dos Estados julgados h‡
menos de um ano;
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
or•ament‡ria, bem como gerir e aplicar seus recursos or•ament‡rios.
Vejamos:
Art. 22. Ao MinistŽrio Pœblico da Uni‹o Ž assegurada autonomia funcional,
administrativa e financeira, cabendo-lhe:
(...)
IV - praticar atos pr—prios de gest‹o.
Art. 23. O MinistŽrio Pœblico da Uni‹o elaborar‡ sua proposta or•ament‡ria
dentro dos limites da lei de diretrizes or•ament‡rias.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
C) O princ’pio da unidade significa, basicamente, que os membros
do MinistŽrio Pœblico integram um s— —rg‹o, sob a dire•‹o do
Conselho Nacional do MinistŽrio Pœblico.
ERRADA: A afirmativa atŽ que come•a bem, afirmando que os membros
do MP integram um s— —rg‹o, mas erra ao afirmar que est‹o sob a dire•‹o
do Conselho Nacional do MP. O Conselho Nacional do MP Ž —rg‹o
administrativo do MP, e de car‡ter nacional, ou seja, supervisiona (como
uma corregedoria) a atua•‹o dos membros de todos os MPÕs. Na verdade,
pelo princ’pio da Unidade, embora os membros do MP representem uma s—
institui•‹o, eles s‹o chefiados pelo respectivo Procurador-Geral. (O PGJ no
caso dos MPs dos estados, o PGR no caso do MPF, o PGT no caso do MPT,
etc.)
D) A partir do princ’pio da unidade, foi deduzida a doutrina do
promotor natural.
ERRADA: N‹o vamos tratar aqui da teoria do promotor natural, porque
fugiria ao nosso escopo, mas podemos adiantar que a quest‹o est‡
incorreta, pois o princ’pio do promotor natural n‹o est‡ relacionado
diretamente a nenhum dos tr•s grandes princ’pios institucionais do MP.
E) O princ’pio da independ•ncia funcional pode ser suprimido em
virtude de decis›es do Procurador Geral.
ERRADA: Como vimos, o princ’pio da independ•ncia funcional possui
’ndole constitucional, n‹o podendo o PGJ, ou qualquer outro chefe de MP,
reduzi-lo ou suprimi-lo, pois isto seria flagrantemente inconstitucional.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA A.
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
CORRETA: Agora sim! Esses s‹o os tr•s princ’pios institucionais do MP,
previstos na Constitui•‹o, nos termos do art. 127, ¤1¼ da Carta Magna.
Vejamos:
Art. 127. O MinistŽrio Pœblico Ž institui•‹o permanente, essencial ˆ fun•‹o
jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jur’dica, do regime
democr‡tico e dos interesses sociais e individuais indispon’veis.
¤ 1¼ - S‹o princ’pios institucionais do MinistŽrio Pœblico a unidade, a
indivisibilidade e a independ•ncia funcional.
E) a divisibilidade, a legalidade e a independ•ncia funcional.
ERRADA: A quest‹o atŽ cita um dos princ’pios institucionais do MP
(Independ•ncia funcional), mas diz que a ÓdivisibilidadeÓ Ž um princ’pio do
MP. Como vimos, o MP Ž indivis’vel (Considerando cada MP).
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA D.
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
Por fim, o princ’pio da independ•ncia funcional garante que os membros do
MinistŽrio Pœbico, no exerc’cio de suas fun•›es, n‹o se submetem a
nenhuma hierarquia de ordem ideol—gico-jur’dica. O membro do MP
tem liberdade total para atuar conforme suas ideias jur’dicas. Outra
vertente deste princ’pio consiste na independ•ncia do MP em sua atua•‹o,
podendo atuar, inclusive, contra as pessoas jur’dicas de direito pœblico.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
b) O ingresso na carreira do MinistŽrio Pœblico far-se-‡ mediante
concurso pœblico de provas e t’tulos, assegurada a participa•‹o da
Ordem dos Advogados do Brasil em sua realiza•‹o.
c) Ao MinistŽrio Pœblico Ž assegurada autonomia funcional, porŽm
n‹o Ž assegurada a autonomia administrativa.
d) O Conselho Nacional do MinistŽrio Pœblico comp›e-se de dez
membros nomeados pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal.
e) O Conselho Nacional do MinistŽrio Pœblico ser‡ presidido pelo
Presidente do Supremo Tribunal Federal, por expressa disposi•‹o
constitucional.
COMENTçRIOS:
A) ERRADA: Os membros do MP n‹o podem exercer atividade pol’tico-
partid‡ria, e s— podem participar de sociedade comercial na qualidade de
cotistas ou acionistas, nos termos do art. 128, ¤5¼, II, c da Constitui•‹o.
B) CORRETA: Esta Ž a previs‹o do art. 129, ¤3¼ da Constitui•‹o.
C) ERRADA: Ao MP Ž assegurada constitucionalmente autonomia funcional
e administrativa, nos termos do art. 127, ¤2¼ da Constitui•‹o.
D) ERRADA: O CNMP comp›e-se de 14 membros nomeados pelo Presidente
da Repœblica, nos termos do art. 130-A da Constitui•‹o.
E) ERRADA: O Presidente do CNMP Ž o PGR, nos termos do art. 130-A, I da
Constitui•‹o.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA B.
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
Art. 127. O MinistŽrio Pœblico Ž institui•‹o permanente, essencial ˆ fun•‹o
jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jur’dica, do regime
democr‡tico e dos interesses sociais e individuais indispon’veis.
B) ERRADA: Tal subordina•‹o se d‡ em rela•‹o ao CNMP, n‹o ao CNJ, nos
termos do art. 130-A, ¤2¼ da Constitui•‹o.
C) CORRETA: Esta Ž a previs‹o contida no art. 128, ¤1¼ da Constitui•‹o.
D) CORRETA: Item correto, pois esta norma est‡ prevista no art. 127, ¤3¼
da Constitui•‹o.
E) CORRETA: O MP engloba o MPT e o MPM, que fazem parte do MinistŽrio
Pœblico da Uni‹o, nos termos do art. 128, I, b e c da Constitui•‹o.
Portanto, a ALTERNATIVA INCORRETA ƒ A LETRA B.
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
a) poder‡, dentre outras atribui•›es, destituir, pelo voto de dois
ter•os de seus membros, os Procuradores-Gerais que atentem
contra os princ’pios constitucionais.
b) possui, dentre outras atribui•›es, o controle da atua•‹o
administrativa e financeira do MinistŽrio Pœblico e do cumprimento
dos deveres funcionais de seus membros.
c) comp›e-se de quinze membros com mais de trinta e cinco e
menos de sessenta e seis anos de idade, com mandato de dois anos,
admitida uma recondu•‹o.
d) escolher‡, em vota•‹o secreta, um Corregedor Nacional, dentre
os membros do MinistŽrio Pœblico que o integram, para um
mandato de dois anos, admitida a recondu•‹o.
e) comp›e-se de dezesseis membros nomeados pelo Presidente da
Repœblica, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do
Senado Federal, para um mandato de dois anos, admitida uma
recondu•‹o.
COMENTçRIOS:
A) ERRADA: Ao CNMP n‹o foi conferida a fun•‹o de destituir Procuradores-
Gerais.
B) CORRETA: Esta Ž a previs‹o do art. 130-A, ¤2¼ da Constitui•‹o:
Art. 130-A (...)
¤ 2¼ Compete ao Conselho Nacional do MinistŽrio Pœblico o controle da atua•‹o
administrativa e financeira do MinistŽrio Pœblico e do cumprimento dos deveres
funcionais de seus membros, cabendo lhe:
C) ERRADA: Item errado, pois o CNMP Ž composto por 14 membros,
nomeados pelo Presidente da Repœblica, nos termos do art. 130-A da
Constitui•‹o.
D) ERRADA: Item errado, pois n‹o se admite a recondu•‹o para a fun•‹o
de corregedor do CNMP, nos termos do art. 130-A, ¤3¼ da Constitui•‹o.
E) ERRADA: Item errado, pois o CNMP Ž composto por 14 membros, e n‹o
16, nos termos do art. 130-A da Constitui•‹o.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA B.
5! GABARITO
1.! ERRADA
2.! ERRADA
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
3.! ERRADA
4.! ERRADA
5.! ANULADA
6.! ALTERNATIVA D
7.! ALTERNATIVA D
8.! ALTERNATIVA E
9.! ALTERNATIVA E
10.! ALTERNATIVA D
11.! ALTERNATIVA C
12.! ALTERNATIVA E
13.! ALTERNATIVA A
14.! ALTERNATIVA B
15.! ALTERNATIVA D
16.! ALTERNATIVA A
17.! ALTERNATIVA E
18.! ALTERNATIVA C
19.! ALTERNATIVA B
20.! ALTERNATIVA D
21.! ERRADA
22.! ALTERNATIVA A
23.! ERRADA
24.! ERRADA
25.! ERRADA
26.! ERRADA
27.! ALTERNATIVA C
28.! CORRETA
29.! ERRADA
30.! CORRETA
31.! ERRADA
32.! CORRETA
33.! ERRADA
34.! CORRETA
35.! CORRETA
36.! ERRADA
37.! CORRETA
38.! CORRETA
39.! ALTERNATIVA A
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DO MP Ð MPU (2017-2018) Ð ANALISTA
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
40.! ALTERNATIVA D
41.! CORRETA
42.! CORRETA
43.! ALTERNATIVA D
44.! ALTERNATIVA B
45.! ALTERNATIVA B
46.! ALTERNATIVA B
47.! ALTERNATIVA
00000000000 - DEMO
LEGISLA‚ÌO DA DP Ð DPU - DEFENSOR PòBLICO FEDERAL
Teoria e quest›es
Aula 00 Ð Prof. Renan Araujo
00000000000 - DEMO