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1. Introdução...........................................................................................................................2
2. Objectivo ............................................................................................................................3
3. Equipamento.......................................................................................................................3
4. Resumo Teórico..................................................................................................................3
8. Conclusão ...........................................................................................................................9
9. Bibliografia.......................................................................................................................10
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2. Objectivo
Determinar a relação que existe entre a energia específica e a energia total num
reservatório para um escoamento que se processe pelo fundo de uma comporta.
3. Equipamento
Para a devida realização deste trabalho deve-se utilizar:
O canal multi-disciplinar C – 4 (Figura 1.a);
Uma comporta ajustável (Figura 1.b);
Ganchos e medidores de nível, escala de 300 mm – 2 (Figura 1.c);
Um cronómetro se se usar o tanque volumétrico na medição do caudal.
Figura 1: da esquerda à direita: Canal multi-disciplinar; Uma comporta ajustável; Ganchos e medidores de nível
4. Resumo Teórico
A altura e a velocidade de um dado escoamento numa secção de um canal aberto
adaptam-se a energia disponível em tal secção. Para um escoamento constante, esta energia
atinge o seu valor mínimo em uma altura crítica.
Este parâmetro é fundamental para uma completa compreensão dos escoamentos em
superfície livre porque a reacção do escoamento depende se a altura actual do escoamento é
maior ou menor que a altura crítica.
Num canal aberto é conveniente usar o leito como linha de referência, sendo a altura
igual a zero, e comparar a energia específica em diferentes secções onde esta é definida como
sendo a soma da energia potencial (a altura do escoamento) e a energia cinética (a velocidade)
v2
E=y+ (1)
2g
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Lembrando que:
Q Q
v= ⟶v= (2)
A b×y
Escoamentos com uma altura de escoamento superior a altura crítica são descritos como
sendo lentos e escoamentos com uma altura inferior a essa altura como sendo rápidos.
Para diferentes caudais através do canal existirão diferentes curvas de energia.
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Quando se considera um canal rectangular cuja base é de uma unidade, pode ser demonstrado
que:
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Qc2 3
yc = ( ) (4) Onde: Ec – Energia específica mínima (m)
g
Quando o declive do canal J é suficiente para manter o escoamento com um dado caudal a uma
altura uniforme e com uma altura crítica, o declive é chamado de declive crítico, isto é, J = Jc.
Para qualquer secção, num canal prismático em regime uniforme:
Nota: É de notar que a superfície da água fique ondulada quando o escoamento está próximo
do estado crítico porque uma ligeira mudança da energia específica é acompanhada de uma
grande variação da altura do escoamento – previsível através do andamento da curva da energia
específica.
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5. Procedimentos experimentais
1. Certifique-se de que o canal está no nível, sem obturadores instalados na secção de saída
do canal.
2. Fixe a comporta por forma a ficar segura nos lados do canal posicionando-a
aproximadamente no meio do comprimento do canal com a ponta em bisel virada para
a montante. Para obter resultados precisos, deverá selar as fendas entre o canal e o
reservatório do lado de montante com plasticina.
3. Posicione dois ganchos e medidores de nível nos lados do canal, um à montante da
comporta e outro à jusante da mesma, cada um com a ponta preparada.
4. A referência para todas as medições será o leito do canal. Cuidadosamente ajuste o nível
dos medidores para coincidirem com o leito do canal e registe as leituras.
5. Ajuste o botão no topo da comporta para posicionar a ponta em bisel da comporta à 10
mm acima do fundo do canal.
6. Gradualmente, abra a válvula de controle de escoamento e admita água até y0= 200 mm
usando o medidor localizado à montante. Com y0 à profundidade, meça e registe
o caudal Q usando uma leitura directa do caudal ou recorrendo ao tanque volumétrico
com um cronómetro. Meça também a altura y1, usando o medidor à jusante.
7. Aumente a abertura em incrementos de 10 mm, permitindo que os níveis à montante e
jusante se estabilizem, em seguida meça e registe as alturas de escoamento y0 e y1.
8. Aumente calmamente o caudal Q e baixe a abertura até y0 = 200 mm. Meça e registe o
caudal Q e depois repita as medições acima descritas para aumentos graduais da
abertura.
9. Incline ligeiramente o canal, água escoando para baixo, e ajuste gradualmente a
combinação do caudal com a altura da abertura até se estabeleça a altura crítica ao longo
do comprimento do canal.
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6. Apresentação dos resultados experimentais
Os seguintes dados foram registados em laboratório
J0 = 0,8% ;
Largura do canal: b = 8 cm
Caudal Abertura da Y0 Y1
[l/s] comporta [mm] [mm]
[mm]
10 210,5 10
0,8 20 61 16,5
30 27,5 21
15 198 12,5
1,08 25 69 19
35 34 24,5
Tabela 1: Dados experimentais
Cálculo de energias (Ei) e alturas críticas yc, usando rerspectivamente as fórmulas (3) e
(4), e o devido preenchimento na tabela:
Caudal Abertura da Y0 Y1 E0 E1 Yc Ec
[l/s] comporta [mm] [mm] [mm] [mm] [mm] [mm]
[mm]
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Curva da energia específica
7. Discussão de resultados
Uma vez apresentados os resultados experimentais, algumas observações podem ser retiradas,
a saber:
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8. Conclusão
Chegado o fim da apresentação dos dados recolhidos experimentalmente e feitos os cálculos
das energias e alturas críticas, conclui-se que num dado canal prismático, o valor da altura
crítica aumenta com o aumento do caudal, e consequentemente o valor da sua energia, e de
acordo com os resultados obtidos verificou-se que com a variação da abertura da comporta, o
escoamento em cada valor de caudal processou-se num regime rápido, pois a altura à jusante da
comporta era inferior a altura crítica.
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9. Bibliografia