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Resumo Abstract
O artigo procura fazer um balanço crítico The paper shows a initial critical a ppreciation
inicial do debate sobre o modo de produção of the controversy from the 1960’s to date
asiático a partir dos anos 1960. São apresen- about the Asiatic mode of production. It is
tadas as questões teóricas envolvidas no appreciated the theoretical arguments against
debate: a formação do Estado, a existência the Asiatic mode of production: the forma-
de classes, o conceito de modo de produção tion of the State, the existence of classes, the
e o caráter unilinear ou multilinear do de- concept of mode of production and the
senvolvimento histórico. São apresentadas unilinearity or multilinearity of the historical
também as questões historiográficas relativas development.The historiografical arguments
à hipótese hidráulica, à inexistência de pro- are also appreciated: the “hydraulic hypoth-
priedade privada, ao caráter estagnado do eses”, the existence of private property, the
modo de produção asiático e ao despotismo stagnation of Asiatic mode of production
oriental. Chega-se a uma primeira conclusão and the “oriental despotism”. A conclusion
acerca da validade do modo de produção about the validity of a modified and dinami-
asiático reformulado e dinamizado como cal version of the Asiatic mode of production
uma boa abstração. is outlined in the end of the article.
Palavras-chave: Modo de produção. Ma- Keywords: Modes of production. Historical
terialismo histórico. Estado. Classe. Marx. materialism. State. Class. Marx.
Introdução
1
A despeito de a dialética não oferecer definições que fixam o caráter processual
dos objetos em um momento rígido, uma formulação sintética da mediação pode
ser encontrada na Enciclopédia das ciências filosóficas, v. I: A ciência da lógica, de Hegel:
“Com efeito, mediação é um começar, e um ser-que-se-foi para um segundo [ser],
de modo que esse segundo só é na medida em que se chegou até ele desde um
Outro em oposição a ele” (Hegel, 1995, p. 52).
2
Hegel se refere a categorias da dialética da essência da seguinte forma:“Essas catego-
rias não são mais puramente independentes uma da outra, mas cada uma é marcada
por seu reflexo no interior da outra, por sua referência à outra. Todas contêm a
marca da referência a outras, e com isso tudo se torna algo posto ou mediado por
outro, de forma que só é por meio de outro” (Hegel, 2008, p. 129).
3. Controvérsias historiográficas
Conclusão
Referências bibliográficas