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Índice

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL

PM-MS
Curso de Formação de Soldado
A Apostila Preparatória é elaborada antes da publicação do Edital Oficial,
com base no último concurso para este cargo, elaboramos essa apostila a fim
que o aluno antecipe seus estudos.
Quando o novo concurso for divulgado aconselhamos a compra de uma
nova apostila elaborada de acordo com o novo Edital.
A antecipação dos estudos é muito importante, porém essa apostila não
lhe dá o direito de troca, atualizações ou quaisquer alterações sofridas no
Novo Edital.

FV060 - 2017

ARTIGO DOWILLIAM DOUGLAS

LÍNGUA PORTUGUESA

Leitura e entendimento de textos. ............................................................................................................................................... 01


Encontros vocálicos e Leitura e entendimento de textos. Encontros vocálicos: hiato, ditongo, tritongo. Encontros
consonantais. Dígrafos. Divisão silábica. Tonicidade. ...................................................................................................................... 10
Ortografia. Acentuação gráfica. Reforma ortográfica 2009. ..................................................................................................... 14
Uso do acento indicador de crase. ............................................................................................................................................... 27
Sinais de pontuação: uso dos sinais de pontuação. ..................................................................................................................... 32
Sig-nificação das palavras: sinônimos e antônimos, homônimos, parônimos e homógrafos, denota-ção e conotação. ......... 35
Formação de palavras. ................................................................................................................................................................. 37
Classificação, flexão e emprego das palavras.............................................................................................................................. 42
Termos da oração: essenciais, integrantes e acessórios. ............................................................................................................ 76
Regência nominal e verbal. .......................................................................................................................................................... 86
Concordância nomi-nal e verbal. ................................................................................................................................................ 92
Colocação dos pronomes pessoais oblíquos átonos. ................................................................................................................... 97
Forma e grafia de algumas palavras e expressões: por que/ por quê/ porque/ porquê; onde/aonde; mas/mais; a/há; demais/
de mais; mal/mau................................................................................................................................................................................. 97
Coesão e coerência textual. .......................................................................................................................................................... 97

Didatismo e Conhecimento
Índice

MATEMÁTICA

Conjuntos Numéricos: Números Naturais, Inteiros e suas propriedades. Números Racionais. Noções Elementares de
Números Reais. Aplicações. ................................................................................................................................................................. 01
Números e Grandezas Proporcionais: Razões e Proporções, Divisão Proporcional, Regras de Três Simples e
Composta. ............................................................................................................................................................................................. 18
Progressões Aritméticas e Geométricas. Aplicações. .................................................................................................................. 35
Análise Combinatória e Probabilidade: Contagem, Arranjos, Permutações e Combinações. Eventos, Eventos Mutuamente
Exclusivos, Probabilidade, Probabilidade Condicional e Eventos Independentes. Aplicações. ..................................................... 43
Matrizes e Sistemas Lineares: Operações com Matrizes, Matriz Inversa. Aplicações. Determinantes: Cálculos de
Determinantes, Resolução de Sistemas Lineares. .............................................................................................................................. 51
Funções: Noção de Função. Gráficos. Funções Crescentes e Decrescentes. Funções Injetoras, Sobrejetoras e Bijetoras.
Função Com-posta e Função Inversa. Funções Lineares, Afins e Quadráticas. Funções Exponenciais e Logarítmicas. ............ 73
Equações e Inequações. Aplicações. ............................................................................................................................................. 91
Trigonometria: Arcos e Ângulos. Funções Trigo-nométricas. Aplicações das Leis do Seno e do Cosseno. Resolução de
Triângulos. Aplicações. ...................................................................................................................................................................... 101
Polinômios: Conceito, Adição, Multiplicação e Divisão de Polinômios e Propriedades. ....................................................... 111
Equações Algébricas: Raízes, Relação entre Coeficientes e Raízes. Aplicações. ..................................................................... 114
Geometria Analítica: Coordenadas Cartesianas, Distância entre Dois Pontos, Equações da Reta, Área de um Triângulo.
Aplicações. Posições Relativas........................................................................................................................................................... 117
Geometria Plana: Retas. Feixe de Paralelas. Teorema de Tales. Congruência e Semelhança de Triângulos. Relações Métricas
no Triângulo. Áreas de Figuras Planas. Aplicações. ........................................................................................................................ 124
Geometria Espacial: Cilindro, Esfera e Cone. Cálculo de Áreas e Volumes. Aplicações. ...................................................... 143

NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Noções de hardware: componentes de um computador; dispositivos de entrada e saída; mídias para armazenamento de
dados; periféricos. ................................................................................................................................................................................ 01
Noções do Sistema Operacional Windows 7 In-terprise: conceito de pastas, diretórios, arquivos e atalhos, área de trabalho,
área de transferên-cia, manipulação de arquivos e pastas, uso dos menus, programas e aplicativos, interação com o conjunto de
aplicativos. ............................................................................................................................................................................................ 22
Editores de texto, planilhas e apresentações (MS-Office 2007): 1.Editor de texto: estrutura básica dos documentos, edição e
formatação de textos, cabeçalhos, parágrafos, fontes, colunas; marcadores simbólicos e numéricos; tabelas; impressão; controle
de quebras e numeração de páginas; menus; barras de ferramentas; comandos; proteção de documentos. ............................... 30
2. Editor de planilhas: estrutura básica das planilhas, conceitos de células, linhas, colu-nas, pastas e gráficos; elaboração
de tabelas e gráficos; uso de fórmulas, funções; impressão; controle de quebras e numeração de páginas, obtenção de dados
externos, classificação de da-dos; menus; barras de ferramentas; comandos. ................................................................................ 61
3. Editor de apresentação: estrutura básica das apresentações, conceitos de slides, anotações, régua, guias, cabeçalhos e
rodapés, noções de edição e formatação de apresentações, inserção de objetos, botões de ação, animação e transição entre slides.
............................................................................................................................. ............................................................................ 85
Conceito de Internet e Intranet: conceitos básicos; navegadores; conceitos de URL; ferramentas de busca; transferências de
arquivos (download e upload); impressão de páginas. ...................................................................................................................... 96
Correio eletrônico: uso de correio eletrônico, preparo e envio de mensagens, anexação de arquivos. ................................ 121
Noções de segurança: Conceitos de vírus, spyware, spam; certificados de seguran-ça; acesso a sites seguros; vermes; cuidados
e prevenções. ....................................................................................................................................................................................... 129

ATUALIDADES BRASILEIRA

Tópicos relevantes e atuais dos acontecimentos da realidade brasileira nas áreas social, econômica, saúde, educação,
segurança, política, meio ambiente, habitação, ciência e tecnologia. ............................................................................................... 01
Lei n. 12.527, de 18 de novembro de 2011 - Lei de Acesso à Informação. ................................................................................. 30

Didatismo e Conhecimento
SAC

SAC
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A NOVA CONCURSOS oferece aos candidatos um serviço diferenciado - SAC (Serviço de Apoio ao
Candidato).
O SAC possui o objetivo de auxiliar os candidatos que possuem dúvidas relacionadas ao conteúdo do
edital.
O candidato que desejar fazer uso do serviço deverá enviar sua dúvida atráves do endereço eletrônico:
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Todas as dúvidas serão respondidas pela equipe de professores da Editora Nova, conforme a especialidade
da matéria em questão.
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- Disciplina:. Português - paginas 82,86,90.
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NOVA CONCURSOS auxilia no estudo, mas não garante a sua aprovação. Como também não temos vínculos
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Atenciosamente,
NOVA CONCURSOS
Grupo Nova

Didatismo e Conhecimento
Artigo
O conteúdo do artigo abaixo é de responsabilidade do autor William Douglas, autorizado gentilmente e sem cláusula
de exclusividade, para uso do Grupo Nova.
O conteúdo das demais informações desta apostila é de total responsabilidade da equipe do Grupo Nova.

A ETERNA COMPETIÇÃO ENTRE O LAZER E O ESTUDO

Por William Douglas, professor, escritor e juiz federal.

Todo mundo já se pegou estudando sem a menor concentração, pensando nos momentos de lazer, como também já deixou de
aproveitar as horas de descanso por causa de um sentimento de culpa ou mesmo remorso, porque deveria estar estudando.
Fazer uma coisa e pensar em outra causa desconcentração, estresse e perda de rendimento no estudo ou trabalho. Além da
perda de prazer nas horas de descanso.
Em diversas pesquisas que realizei durante palestras e seminários pelo país, constatei que os três problemas mais comuns de
quem quer vencer na vida são:
• medo do insucesso (gerando ansiedade, insegurança),
• falta de tempo e
• “competição” entre o estudo ou trabalho e o lazer.
E então, você já teve estes problemas?
Todo mundo sabe que para vencer e estar preparado para o dia-a-dia é preciso muito conhecimento, estudo e dedicação, mas
como conciliar o tempo com as preciosas horas de lazer ou descanso?
Este e outros problemas atormentavam-me quando era estudante de Direito e depois, quando passei à preparação para concursos
públicos. Não é à toa que fui reprovado em 5 concursos diferentes!
Outros problemas? Falta de dinheiro, dificuldade dos concursos (que pagam salários de até R$ 6.000,00/mês, com status e
estabilidade, gerando enorme concorrência), problemas de cobrança dos familiares, memória, concentração etc.
Contudo, depois de aprender a estudar, acabei sendo 1º colocado em outros 7 concursos, entre os quais os de Juiz de Direito,
Defensor Público e Delegado de Polícia. Isso prova que passar em concurso não é impossível e que quem é reprovado pode “dar a
volta por cima”.
É possível, com organização, disciplina e força de vontade, conciliar um estudo eficiente com uma vida onde haja espaço para
lazer, diversão e pouco ou nenhum estresse. A qualidade de vida associada às técnicas de estudo são muito mais produtivas do que a
tradicional imagem da pessoa trancafiada, estudando 14 horas por dia.
O sucesso no estudo e em provas (escritas, concursos, entrevistas etc.) depende basicamente de três aspectos, em geral,
desprezados por quem está querendo passar numa prova ou conseguir um emprego:
1º) clara definição dos objetivos e técnicas de planejamento e organização;
2º) técnicas para aumentar o rendimento do estudo, do cérebro e da memória;
3º) técnicas específicas sobre como fazer provas e entrevistas, abordando dicas e macetes que a experiência fornece, mas que
podem ser aprendidos.
O conjunto destas técnicas resulta em um aprendizado melhor e em mais sucesso nas provas escritas e orais (inclusive entrevistas).
Aos poucos, pretendemos ir abordando estes assuntos, mas já podemos anotar aqui alguns cuidados e providências que irão
aumentar seu desempenho.
Para melhorar a “briga” entre estudo e lazer, sugiro que você aprenda a administrar seu tempo. Para isto, como já disse, basta
um pouco de disciplina e organização.
O primeiro passo é fazer o tradicional quadro horário, colocando nele todas as tarefas a serem realizadas. Ao invés de servir
como uma “prisão”, este procedimento facilitará as coisas para você. Pra começar, porque vai levá-lo a escolher as coisas que não são
imediatas e a estabelecer suas prioridades. Experimente. Em pouco tempo, você vai ver que isto funciona.
Também é recomendável que você separe tempo suficiente para dormir, fazer algum exercício físico e dar atenção à família ou
ao namoro. Sem isso, o estresse será uma mera questão de tempo. Por incrível que pareça, o fato é que com uma vida equilibrada o
seu rendimento final no estudo aumenta.
Outra dica simples é a seguinte: depois de escolher quantas horas você vai gastar com cada tarefa ou atividade, evite pensar em
uma enquanto está realizando a outra. Quando o cérebro mandar “mensagens” sobre outras tarefas, é só lembrar que cada uma tem
seu tempo definido. Isto aumentará a concentração no estudo, o rendimento e o prazer e relaxamento das horas de lazer.
Aprender a separar o tempo é um excelente meio de diminuir o estresse e aumentar o rendimento, não só no estudo, como em
tudo que fazemos.

*William Douglas é juiz federal, professor universitário, palestrante e autor de mais de 30 obras, dentre elas o best-seller
“Como passar em provas e concursos” . Passou em 9 concursos, sendo 5 em 1º Lugar
www.williamdouglas.com.br
Conteúdo cedido gratuitamente, pelo autor, com finalidade de auxiliar os candidatos.

Didatismo e Conhecimento
LÍNGUA PORTUGUESA
LÍNGUA PORTUGUESA
Exposição: Apresenta informações sobre assuntos, expõe
LEITURA E ENTENDIMENTO DE ideias; explica, avalia, reflete. (analisa ideias). Estrutura básica;
ideia principal; desenvolvimento; conclusão. Uso de linguagem
TEXTOS. ENCONTROS clara. Ex: ensaios, artigos científicos, exposições etc.
VOCÁLICOS E LEITURA E
ENTENDIMENTO DE TEXTOS. Injunção: Indica como realizar uma ação. É também utilizado
para predizer acontecimentos e comportamentos. Utiliza lingua-
gem objetiva e simples. Os verbos são, na sua maioria, emprega-
dos no modo imperativo. Há também o uso do futuro do presente.
Ex: Receita de um bolo e manuais.
Texto Literário: expressa a opinião pessoal do autor que tam-
bém é transmitida através de figuras, impregnado de subjetivismo. Diálogo: é uma conversação estabelecida entre duas ou mais
Ex: um romance, um conto, uma poesia... (Conotação, Figurado, pessoas. Pode conter marcas da linguagem oral, como pausas e
Subjetivo, Pessoal). retomadas.

Texto Não-Literário: preocupa-se em transmitir uma mensa- Entrevista: é uma conversação entre duas ou mais pessoas (o
gem da forma mais clara e objetiva possível. Ex: uma notícia de entrevistador e o entrevistado), na qual perguntas são feitas pelo
jornal, uma bula de medicamento. (Denotação, Claro, Objetivo, entrevistador para obter informação do entrevistado. Os repórteres
Informativo). entrevistam as suas fontes para obter declarações que validem as
O objetivo do texto é passar conhecimento para o leitor. Nesse informações apuradas ou que relatem situações vividas por per-
tipo textual, não se faz a defesa de uma ideia. Exemplos de textos sonagens. Antes de ir para a rua, o repórter recebe uma pauta que
explicativos são os encontrados em manuais de instruções. contém informações que o ajudarão a construir a matéria. Além
Informativo: Tem a função de informar o leitor a respeito de das informações, a pauta sugere o enfoque a ser trabalhado assim
algo ou alguém, é o texto de uma notícia de jornal, de revista, como as fontes a serem entrevistadas. Antes da entrevista o repór-
folhetos informativos, propagandas. Uso da função referencial da ter costuma reunir o máximo de informações disponíveis sobre o
linguagem, 3ª pessoa do singular. assunto a ser abordado e sobre a pessoa que será entrevistada. Mu-
nido deste material, ele formula perguntas que levem o entrevista-
Descrição: Um texto em que se faz um retrato por escrito de do a fornecer informações novas e relevantes. O repórter também
um lugar, uma pessoa, um animal ou um objeto. A classe de pala- deve ser perspicaz para perceber se o entrevistado mente ou ma-
vras mais utilizada nessa produção é o adjetivo, pela sua função nipula dados nas suas respostas, fato que costuma acontecer prin-
caracterizadora. Numa abordagem mais abstrata, pode-se até des- cipalmente com as fontes oficiais do tema. Por exemplo, quando
crever sensações ou sentimentos. Não há relação de anteriorida- o repórter vai entrevistar o presidente de uma instituição pública
de e posterioridade. Significa “criar” com palavras a imagem do sobre um problema que está a afetar o fornecimento de serviços
objeto descrito. É fazer uma descrição minuciosa do objeto ou da à população, ele tende a evitar as perguntas e a querer reverter a
personagem a que o texto se refere. resposta para o que considera positivo na instituição. É importante
que o repórter seja insistente. O entrevistador deve conquistar a
Narração: Modalidade em que se conta um fato, fictício ou confiança do entrevistado, mas não tentar dominá-lo, nem ser por
não, que ocorreu num determinado tempo e lugar, envolvendo ele dominado. Caso contrário, acabará induzindo as respostas ou
certos personagens. Refere-se a objetos do mundo real. Há uma perdendo a objetividade.
relação de anterioridade e posterioridade. O tempo verbal predo- As entrevistas apresentam com frequência alguns sinais de
minante é o passado. Estamos cercados de narrações desde as que pontuação como o ponto de interrogação, o travessão, aspas, re-
nos contam histórias infantis, como o “Chapeuzinho Vermelho” ticências, parêntese e as vezes colchetes, que servem para dar ao
ou a “Bela Adormecida”, até as picantes piadas do cotidiano. leitor maior informações que ele supostamente desconhece. O títu-
lo da entrevista é um enunciado curto que chama a atenção do lei-
Dissertação: Dissertar é o mesmo que desenvolver ou expli- tor e resume a ideia básica da entrevista. Pode estar todo em letra
car um assunto, discorrer sobre ele. Assim, o texto dissertativo maiúscula e recebe maior destaque da página. Na maioria dos ca-
pertence ao grupo dos textos expositivos, juntamente com o texto sos, apenas as preposições ficam com a letra minúscula. O subtítu-
de apresentação científica, o relatório, o texto didático, o artigo lo introduz o objetivo principal da entrevista e não vem seguido de
enciclopédico. Em princípio, o texto dissertativo não está preocu- ponto final. É um pequeno texto e vem em destaque também. A fo-
pado com a persuasão e sim, com a transmissão de conhecimento, tografia do entrevistado aparece normalmente na primeira página
sendo, portanto, um texto informativo. da entrevista e pode estar acompanhada por uma frase dita por ele.
As frases importantes ditas pelo entrevistado e que aparecem em
Argumentativo: Os textos argumentativos, ao contrário, têm destaque nas outras páginas da entrevista são chamadas de “olho”.
por finalidade principal persuadir o leitor sobre o ponto de vista
do autor a respeito do assunto. Quando o texto, além de explicar, Crônica: Assim como a fábula e o enigma, a crônica é um
também persuade o interlocutor e modifica seu comportamento, gênero narrativo. Como diz a origem da palavra (Cronos é o deus
temos um texto dissertativo-argumentativo. grego do tempo), narra fatos históricos em ordem cronológica, ou
Exemplos: texto de opinião, carta do leitor, carta de solicita- trata de temas da atualidade. Mas não é só isso. Lendo esse texto,
ção, deliberação informal, discurso de defesa e acusação (advo- você conhecerá as principais características da crônica, técnicas de
cacia), resenha crítica, artigos de opinião ou assinados, editorial. sua redação e terá exemplos.

Didatismo e Conhecimento 1
LÍNGUA PORTUGUESA
Uma das mais famosas crônicas da história da literatura lu- De uma forma geral, passamos por diferentes níveis ou etapas
so-brasileira corresponde à definição de crônica como “narração até termos condições de aproveitar totalmente o assunto lido. Es-
histórica”. É a “Carta de Achamento do Brasil”, de Pero Vaz de sas etapas ou níveis são cumulativas e vão sendo adquiridas pela
Caminha”, na qual são narrados ao rei português, D. Manuel, o vida, estando presente em praticamente toda a nossa leitura.
descobrimento do Brasil e como foram os primeiros dias que os
marinheiros portugueses passaram aqui. Mas trataremos, sobretu- O Primeiro Nível é elementar e diz respeito ao período de
do, da crônica como gênero que comenta assuntos do dia a dia. alfabetização. Ler é uma capacidade cerebral muito sofisticada e
Para começar, uma crônica sobre a crônica, de Machado de Assis: requer experiência: não basta apenas conhecermos os códigos, a
gramática, a semântica, é preciso que tenhamos um bom domínio
O nascimento da crônica da língua.

“Há um meio certo de começar a crônica por uma trivialidade. O Segundo Nível é a pré-leitura ou leitura inspecional. Tem
É dizer: Que calor! Que desenfreado calor! Diz-se isto, agitando duas funções específicas: primeiro, prevenir para que a leitura pos-
as pontas do lenço, bufando como um touro, ou simplesmente sa- terior não nos surpreenda e, sendo, para que tenhamos chance de
cudindo a sobrecasaca. Resvala-se do calor aos fenômenos atmos- escolher qual material leremos, efetivamente. Trata-se, na verdade,
de nossa primeira impressão sobre o livro. É a leitura que comu-
féricos, fazem-se algumas conjeturas acerca do sol e da lua, outras
mente desenvolvemos “nas livrarias”. Nela, por meio do salteio de
sobre a febre amarela, manda-se um suspiro a Petrópolis, e la glace
partes, respondem basicamente às seguintes perguntas:
est rompue está começada a crônica. (...)
- Por que ler este livro?
(Machado de Assis. “Crônicas Escolhidas”. São Paulo: - Será uma leitura útil?
Editora Ática, 1994) - Dentro de que contexto ele poderá se enquadrar?
Publicada em jornal ou revista onde é publicada, destina-se Essas perguntas devem ser revistas durante as etapas que se
à leitura diária ou semanal e trata de acontecimentos cotidianos. seguem, procurando usar de imparcialidade quanto ao ponto de
A crônica se diferencia no jornal por não buscar exatidão da in- vista do autor, e o assunto, evitando preconceitos. Se você se pro-
formação. Diferente da notícia, que procura relatar os fatos que puser a ler um livro sem interesse, com olhar crítico, rejeitando-o
acontecem, a crônica os analisa, dá-lhes um colorido emocional, antes de conhecê-lo, provavelmente o aproveitamento será muito
mostrando aos olhos do leitor uma situação comum, vista por ou- baixo.
tro ângulo, singular. Ler é armazenar informações; desenvolver; ampliar horizon-
O leitor pressuposto da crônica é urbano e, em princípio, um tes; compreender o mundo; comunicar-se melhor; escrever me-
leitor de jornal ou de revista. A preocupação com esse leitor é que lhor; relacionar-se melhor com o outro.
faz com que, dentre os assuntos tratados, o cronista dê maior aten-
ção aos problemas do modo de vida urbano, do mundo contem- Pré-Leitura
porâneo, dos pequenos acontecimentos do dia a dia comuns nas Nome do livro
grandes cidades. Autor
Jornalismo e literatura: É assim que podemos dizer que a crô- Dados Bibliográficos
nica é uma mistura de jornalismo e literatura. De um recebe a ob- Prefácio e Índice
servação atenta da realidade cotidiana e do outro, a construção da Prólogo e Introdução
linguagem, o jogo verbal. Algumas crônicas são editadas em livro,
para garantir sua durabilidade no tempo. O primeiro passo é memorizar o nome do autor e a edição do
livro, fazer um folheio sistemático: ler o prefácio e o índice (ou
Interpretação de Texto sumário), analisar um pouco da história que deu origem ao livro,
ver o número da edição e o ano de publicação. Se falarmos em ler
O primeiro passo para interpretar um texto consiste em de- um Machado de Assis, um Júlio Verne, um Jorge Amado, já esta-
compô-lo, após uma primeira leitura, em suas “ideias básicas ou remos sabendo muito sobre o livro. É muito importante verificar
ideias núcleo”, ou seja, um trabalho analítico buscando os con- estes dados para enquadrarmos o livro na cronologia dos fatos e na
ceitos definidores da opinião explicitada pelo autor. Esta operação atualidade das informações que ele contém. Verifique detalhes que
possam contribuir para a coleta do maior número de informações
fará com que o significado do texto “salte aos olhos” do leitor. Ler
possível. Tudo isso vai ser útil quando formos arquivar os dados
é uma atividade muito mais complexa do que a simples interpre-
lidos no nosso arquivo mental. A propósito, você sabe o que seja
tação dos símbolos gráficos, de códigos, requer que o indivíduo
um prólogo, um prefácio e uma introdução? Muita gente pensa que
seja capaz de interpretar o material lido, comparando-o e incorpo- os três são a mesma coisa, mas não:
rando-o à sua bagagem pessoal, ou seja, requer que o indivíduo Prólogo: é um comentário feito pelo autor a respeito do tema
mantenha um comportamento ativo diante da leitura. e de sua experiência pessoal.
Prefácio: é escrito por terceiros ou pelo próprio autor, referin-
Os diferentes níveis de leitura do-se ao tema abordado no livro e muitas vezes também tecendo
comentários sobre o autor.
Para que isso aconteça, é necessário que haja maturidade para Introdução: escrita também pelo autor, referindo-se ao livro
a compreensão do material lido, senão tudo cairá no esquecimento e não ao tema.
ou ficará armazenado em nossa memória sem uso, até que tenha- O segundo passo é fazer uma leitura superficial. Pode-se, nes-
mos condições cognitivas para utilizar. se caso, aplicar as técnicas da leitura dinâmica.

Didatismo e Conhecimento 2
LÍNGUA PORTUGUESA
O Terceiro Nível é conhecido como analítico. Depois de vas- melhoramos nossas aptidões como o raciocínio, a prontidão de in-
culharmos bem o livro na pré-leitura, analisamos o livro. Para isso, formações e, obviamente, nossos conhecimentos intelectuais. Vale
é imprescindível que saibamos em qual gênero o livro se enquadra: a pena se esforçar no início e criar um método de leitura eficiente
trata-se de um romance, um tratado, um livro de pesquisa e, neste e rápido.
caso, existe apenas teoria ou são inseridas práticas e exemplos. No
caso de ser um livro teórico, que requeira memorização, procure Ideias Núcleo
criar imagens mentais sobre o assunto, ou seja, veja, realmente, o
que está lendo, dando vida e muita criatividade ao assunto. Note O primeiro passo para interpretar um texto consiste em de-
bem: a leitura efetiva vai acontecer nesta fase, e a primeira coisa a compô-lo, após uma primeira leitura, em suas “ideias básicas ou
fazer é ser capaz de resumir o assunto do livro em duas frases. Já ideias núcleo”, ou seja, um trabalho analítico buscando os con-
temos algum conteúdo para isso, pois o encadeamento das ideias já ceitos definidores da opinião explicitada pelo autor. Esta operação
é de nosso conhecimento. Procure, agora, ler bem o livro, do início fará com que o significado do texto “salte aos olhos” do leitor.
ao fim. Esta é a leitura efetiva, aproveite bem este momento. Fique Exemplo:
atento! Aproveite todas as informações que a pré-leitura ofereceu.
Não pare a leitura para buscar significados de palavras em dicioná- “Incalculável é a contribuição do famoso neurologista aus-
rios ou sublinhar textos, isto será feito em outro momento. tríaco no tocante aos estudos sobre a formação da personalidade
humana. Sigmund Freud (1859-1939) conseguiu acender luzes
O Quarto Nível de leitura é o denominado de controle. Tra- nas camadas mais profundas da psique humana: o inconsciente
ta-se de uma leitura com a qual vamos efetivamente acabar com e subconsciente. Começou estudando casos clínicos de compor-
qualquer dúvida que ainda persista. Normalmente, os termos des- tamentos anômalos ou patológicos, com a ajuda da hipnose e em
conhecidos de um texto são explicitados neste próprio texto, à me- colaboração com os colegas Joseph Breuer e Martin Charcot (Es-
dida que vamos adiantando a leitura. Um mecanismo psicológico tudos sobre a histeria, 1895). Insatisfeito com os resultados obti-
fará com que fiquemos com aquela dúvida incomodando-nos até dos pelo hipnotismo, inventou o método que até hoje é usado pela
que tenhamos a resposta. Caso não haja explicação no texto, será psicanálise: o das ‘livres associações’ de ideias e de sentimentos,
na etapa do controle que lançaremos mão do dicionário. estimuladas pela terapeuta por palavras dirigidas ao paciente
Veja bem: a esta altura já conhecemos bem o livro e o ato de com o fim de descobrir a fonte das perturbações mentais. Para
interromper a leitura não vai fragmentar a compreensão do assunto este caminho de regresso às origens de um trauma, Freud se uti-
como um todo. Será, também, nessa etapa que sublinharemos os lizou especialmente da linguagem onírica dos pacientes, conside-
tópicos importantes, se necessário. Para ressaltar trechos impor- rando os sonhos como compensação dos desejos insatisfeitos na
tantes opte por um sinal discreto próximo a eles, visando principal- fase de vigília.
mente a marcar o local do texto em que se encontra, obrigando-o a Mas a grande novidade de Freud, que escandalizou o mundo
fixar a cronologia e a sequência deste fato importante, situando-o cultural da época, foi a apresentação da tese de que toda neurose
no livro. é de origem sexual.”
Aproveite bem esta etapa de leitura. Para auxiliar no estudo, é (Salvatore D’Onofrio)
interessante que, ao final da leitura de cada capítulo, você faça um
breve resumo com suas próprias palavras de tudo o que foi lido. Primeiro Conceito do Texto: “Incalculável é a contribuição
do famoso neurologista austríaco no tocante aos estudos sobre a
Um Quinto Nível pode ser opcional: a etapa da repetição formação da personalidade humana. Sigmund Freud (1859-1939)
aplicada. Quando lemos, assimilamos o conteúdo do texto, mas conseguiu acender luzes nas camadas mais profundas da psique
aprendizagem efetiva vai requerer que tenhamos prática, ou seja, humana: o inconsciente e subconsciente.” O autor do texto afirma,
que tenhamos experiência do que foi lido na vida. Você só pode inicialmente, que Sigmund Freud ajudou a ciência a compreender
compreender conceitos que tenha visto em seu cotidiano. Nada os níveis mais profundos da personalidade humana, o inconsciente
como unir a teoria à prática. Na leitura, quando não passamos pela e subconsciente.
etapa da repetição aplicada, ficamos muitas vezes sujeitos àqueles
brancos quando queremos evocar o assunto. Para evitar isso, faça Segundo Conceito do Texto: “Começou estudando casos clí-
resumos. nicos de comportamentos anômalos ou patológicos, com a aju-
Observe agora os trechos sublinhados do livro e os resumos da da hipnose e em colaboração com os colegas Joseph Breuer e
de cada capítulo, trace um diagrama sobre o livro, esforce-se para Martin Charcot (Estudos sobre a histeria, 1895). Insatisfeito com
traduzi-lo com suas próprias palavras. Procure associar o assunto os resultados obtidos pelo hipnotismo, inventou o método que até
lido com alguma experiência já vivida ou tente exemplificá-lo com hoje é usado pela psicanálise: o das ‘livres associações’ de ideias
algo concreto, como se fosse um professor e o estivesse ensinando e de sentimentos, estimuladas pela terapeuta por palavras dirigi-
para uma turma de alunos interessados. É importante lembrar que das ao paciente com o fim de descobrir a fonte das perturbações
esquecemos mais nas próximas 8 horas do que nos 30 dias poste- mentais.” A segunda ideia núcleo mostra que Freud deu início a
riores. Isto quer dizer que devemos fazer pausas durante a leitura e sua pesquisa estudando os comportamentos humanos anormais ou
ao retornarmos ao livro, consultamos os resumos. Não pense que doentios por meio da hipnose. Insatisfeito com esse método, criou
é um exercício monótono. Nós somos capazes de realizar diaria- o das “livres associações de ideias e de sentimentos”.
mente exercícios físicos com o propósito de melhorar a aparência Terceiro Conceito do Texto: “Para este caminho de regresso
e a saúde. Pois bem, embora não tenhamos condições de ver com às origens de um trauma, Freud se utilizou especialmente da lin-
o que se apresenta nossa mente, somos capazes de senti-la quando guagem onírica dos pacientes, considerando os sonhos como com-

Didatismo e Conhecimento 3
LÍNGUA PORTUGUESA
pensação dos desejos insatisfeitos na fase de vigília.” Aqui, está - Esclarecer o vocabulário;
explicitado que a descoberta das raízes de um trauma se faz por - Entender o vocabulário;
meio da compreensão dos sonhos, que seriam uma linguagem me- - Viver a história;
tafórica dos desejos não realizados ao longo da vida do dia a dia. - Ative sua leitura;
- Ver, perceber, sentir, apalpar o que se pergunta e o que se
Quarto Conceito do Texto: “Mas a grande novidade de Freud, pede;
que escandalizou o mundo cultural da época, foi a apresentação - Não se deve preocupar com a arrumação das letras nas al-
da tese de que toda neurose é de origem sexual.” Por fim, o tex- ternativas;
to afirma que Freud escandalizou a sociedade de seu tempo, afir- - As perguntas são fáceis, dependendo de quem lê o texto ou
mando a novidade de que todo o trauma psicológico é de origem como o leu;
sexual. - Cuidado com as opiniões pessoais, elas não existem;
- Sentir, perceber a mensagem do autor;
Podemos, tranquilamente, ser bem-sucedidos numa interpre- - Cuidado com a exatidão das questões em relação ao texto;
tação de texto. Para isso, devemos observar o seguinte: - Descobrir o assunto e procurar pensar sobre ele;
- Todos os termos da análise sintática, cada termo tem seu
valor, sua importância;
- Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do assunto;
- Todas as orações subordinadas têm oração principal e as
- Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a leitu-
ideias se completam.
ra, vá até o fim, ininterruptamente;
- Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo Vícios de Leitura
menos umas três vezes;
- Ler com perspicácia, sutileza, malícia nas entrelinhas; Por acaso você tem o hábito de ler movimentando a cabeça?
- Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar; Ou quem sabe, acompanhando com o dedo? Talvez vocalizando
- Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do autor; baixinho... Você não percebe, mas esses movimentos são alguns
- Partir o texto em pedaços (parágrafos, partes) para melhor dos tantos que prejudicam a leitura. Esses movimentos são conhe-
compreensão; cidos como vícios de linguagem.
- Centralizar cada questão ao pedaço (parágrafo, parte) do tex- Movimentar a cabeça: procure perceber se você não está
to correspondente; movimentando a cabeça enquanto lê. Este movimento, ao final
- Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada questão; de pouco tempo, gera muito cansaço além de não causar nenhum
- Cuidado com os vocábulos: destoa (=diferente de...), não, efeito positivo. Durante a leitura apenas movimentamos os olhos.
correta, incorreta, certa, errada, falsa, verdadeira, exceto, e outras; Regressar no texto, durante a leitura: pessoas que têm dificul-
palavras que aparecem nas perguntas e que, às vezes, dificultam a dade de memorizar um assunto, que não compreendem algumas
entender o que se perguntou e o que se pediu; expressões ou palavras tendem a voltar na sua leitura. Este movi-
- Quando duas alternativas lhe parecem corretas, procurar a mento apenas incrementa a falta de memória, pois secciona a linha
mais exata ou a mais completa; de raciocínio e raramente explica o desconhecido, o que normal-
- Quando o autor apenas sugerir ideia, procurar um fundamen- mente é elucidado no decorrer da leitura. Procure sempre manter
to de lógica objetiva; uma sequência e não fique “indo e vindo” no livro. O assunto pode
- Cuidado com as questões voltadas para dados superficiais; se tornar um bicho de sete cabeças!
- Não se deve procurar a verdade exata dentro daquela respos- Ler palavra por palavra: para escrever usamos muitas pala-
ta, mas a opção que melhor se enquadre no sentido do texto; vras que apenas servem como adereços. Procure ler o conjunto e
- Às vezes a etimologia ou a semelhança das palavras denun- perceber o seu significado.
cia a resposta; Sub-vocalização: é o ato de repetir mentalmente a palavra.
- Procure estabelecer quais foram as opiniões expostas pelo Isto só será corrigido quando conseguirmos ultrapassar a marca de
250 palavras por minuto.
autor, definindo o tema e a mensagem;
Usar apoios: algumas pessoas têm o hábito de acompanhar a
- O autor defende ideias e você deve percebê-las;
leitura com réguas, apontando ou utilizando um objeto que salta
- Os adjuntos adverbiais e os predicativos do sujeito são im- “linha a linha”. O movimento dos olhos é muito mais rápido quan-
portantíssimos na interpretação do texto. Exemplos: do é livre do que quando o fazemos guiado por qualquer objeto.
Ele morreu de fome. Leitura Eficiente
de fome: adjunto adverbial de causa, determina a causa na
realização do fato (= morte de “ele”). Ao ler realizamos as seguintes operações:
Ele morreu faminto.
faminto: predicativo do sujeito, é o estado em que “ele” se - Captamos o estímulo, ou seja, por meio da visão, encami-
encontrava quando morreu. nhamos o material a ser lido para nosso cérebro.
- Passamos, então, a perceber e a interpretar o dado sensorial
- As orações coordenadas não têm oração principal, apenas as (palavras, números etc.) e a organizá-lo segundo nossa bagagem
ideias estão coordenadas entre si; de conhecimentos anteriores. Para essa etapa, precisamos de moti-
- Os adjetivos ligados a um substantivo vão dar a ele maior vação, de forma a tornar o processo mais otimizado possível.
clareza de expressão, aumentando-lhe ou determinando-lhe o - Assimilamos o conteúdo lido integrando-o ao nosso “arqui-
significado; vo mental” e aplicando o conhecimento ao nosso cotidiano.

Didatismo e Conhecimento 4
LÍNGUA PORTUGUESA
A leitura é um processo muito mais amplo do que podemos página acontecerá antes de ter sido lida a última linha da página di-
imaginar. Ler não é unicamente interpretar os símbolos gráficos, reita e, de outra forma, haveria a formação de sombra nesta página,
mas interpretar o mundo em que vivemos. Na verdade, passamos o que atrapalharia a leitura.
todo o nosso tempo lendo! - Objetos necessários: para evitar que, durante a leitura, le-
O psicanalista francês Lacan disse que o olhar da mãe confi- vantarmos para pegar algum objeto que julguemos importante,
gura a estrutura psíquica da criança, ou seja, esta se vê a partir de devemos colocar lápis, marca-texto e dicionário sempre à mão.
como vê seu reflexo nos olhos da mãe! O bebê, então, segundo Quanto sublinhar os pontos importantes do texto, é preciso apren-
esta citação, lê nos olhos da mãe o sentimento com que é rece- der a técnica adequada. Não o fazer na primeira leitura, evitando
bido e interpreta suas emoções: se o que encontra é rejeição, sua que os aspectos sublinhados parecem-se mais com um mosaico de
experiência básica será de terror; se encontra alegria, sua expe- informações aleatórias.
riência será de tranquilidade, etc. Ler está tão relacionado com o Os concursos apresentam questões interpretativas que têm por
fato de existirmos que nem nos preocupamos em aprimorar este finalidade a identificação de um leitor autônomo. Portanto, o can-
processo. É lendo que vamos construindo nossos valores e estes didato deve compreender os níveis estruturais da língua por meio
são os responsáveis pela transformação dos fatos em objetos de da lógica, além de necessitar de um bom léxico internalizado.
nosso sentimento. As frases produzem significados diferentes de acordo com o
Leitura é um dos grandes, senão o maior, ingrediente da ci- contexto em que estão inseridas. Torna-se, assim, necessário sem-
pre fazer um confronto entre todas as partes que compõem o texto.
vilização. Ela é uma atividade ampla e livre, fato comprovado
Além disso, é fundamental apreender as informações apresentadas
pela frustração de algumas pessoas ao assistirem a um filme, cuja
por trás do texto e as inferências a que ele remete. Este procedi-
história já foi lida em um livro. Quando lemos, associamos as in-
mento justifica-se por um texto ser sempre produto de uma postura
formações lidas à imensa bagagem de conhecimentos que temos
ideológica do autor diante de uma temática qualquer.
armazenados em nosso cérebro e então somos capazes de criar,
imaginar e sonhar.
Como ler e interpretar uma charge
É por meio da leitura que podemos entrar em contato com
pessoas distantes ou do passado, observando suas crenças, convic- Interpretar cartuns, charges ou quadrinhos exigem três habi-
ções e descobertas que foram imortalizadas por meio da escrita. lidades: observação, conhecimento do assunto e vocabulário ade-
Esta possibilita o avanço tecnológico e científico, registrando os quado. A primeira permite que o leitor “veja” todos os ícones pre-
conhecimentos, levando-os a qualquer pessoa em qualquer lugar sentes - e dono da situação - dê início à descrição minuciosa, mas
do mundo, desde que saibam decodificar a mensagem, interpre- que prioriza as relevâncias. A segunda requer um leitor “antenado”
tando os símbolos usados como registro da informação. A leitura com o noticiário mais recente, caso contrário não será possível es-
é o verdadeiro elo integrador do ser humano e a sociedade em que tabelecer sentidos para o que vê. A terceira encerra o ciclo, pois,
ele vive! sem dar nome ao que vê, o leitor não faz a tradução da imagem.
O mundo de hoje é marcado pelo enorme fluxo de informa- Desse modo, interpretar charges - ou qualquer outra forma de
ções oferecidas a todo instante. É preciso também tornarmo-nos expressão visual – exige procedimentos lógicos, atenção aos deta-
mais receptivos e atentos, para nos mantermos atualizados e com- lhes e uma preocupação rigorosa em associar imagens aos fatos.
petitivos. Para isso, é imprescindível leitura que nos estimule cada
vez mais em vista dos resultados que ela oferece. Se você pretende
acompanhar a evolução do mundo, manter-se em dia, atualizado e
bem informado, precisa preocupar-se com a qualidade da sua leitura.
Observe: você pode gostar de ler sobre esoterismo e uma pes-
soa próxima não se interessar por este assunto. Por outro lado, será
que esta mesma pessoa se interessa por um livro que fale sobre
História ou esportes? No caso da leitura, não existe livro interes-
sante, mas leitores interessados.
A pessoa que se preocupa com a qualidade de sua leitura e
com o resultado que poderá obter, deve pensar no ato de ler como
um comportamento que requer alguns cuidados, para ser realmente eficaz.

- Atitude: pensamento positivo para aquilo que deseja ler.


Manter-se descansado é muito importante também. Não adianta
um desgaste físico enorme, pois a retenção da informação será
inversamente proporcional. Uma alimentação adequada é muito
importante.
- Ambiente: o ambiente de leitura deve ser preparado para ela.
Nada de ambientes com muitos estímulos que forcem a dispersão. Benett. Folha de São Paulo, 15/02/2010
Deve ser um local tranquilo, agradável, ventilado, com uma cadei-
ra confortável para o leitor e mesa para apoiar o livro a uma altura Charges são desenhos humorísticos que se utilizam da ironia
e do sarcasmo para a constituição de uma crítica a uma situação
que possibilite postura corporal adequada. Quanto a iluminação,
social ou política vigente, e contra a qual se pretende – ou ao me-
deve vir do lado posterior esquerdo, pois o movimento de virar a

Didatismo e Conhecimento 5
LÍNGUA PORTUGUESA
nos se pretendia, na origem desse fenômeno artístico, na Inglaterra repetir. Não existe imparcialidade nem nas ciências, quanto mais
do século XIX – fazer uma oposição. Diferente do cartoon, arte na imprensa! E por mais que a manipulação da notícia seja um ato
também surgida na Inglaterra e que pretendia parodiar situações moralmente execrável, a parcialidade na informação noticiada pe-
do cotidiano da sociedade, constituindo assim uma crítica dos los meios de comunicação não apenas é inevitável, como também
costumes que ultrapassa os limites do tempo e projeta-se como pode vir a ser benéfica no que tange ao processo da constituição
crítica de época, a charge é caracterizada especificamente por ser de posicionamentos críticos e ideológicos no debate democrático.
uma crônica, ou seja, narra ou satiriza um fato acontecido em de- Reafirmando aquele lugar-comum, mas válido, do dramaturgo
terminado momento, e que perderá sua carga humorística ao ser Nelson Rodrigues (do qual eu nunca encontrei a citação, confes-
desvencilhada do contexto temporal no qual está inserida. Toda- so), “toda unanimidade é burra”. Por isso, é preciso compreender
via, a palavra cartunista acabou designando, na nossa linguagem e identificar a linha editorial do veículo de comunicação no qual a
cotidiana, a categoria de artistas que produz esse tipo de desenho charge foi publicada, pois esta revela a ideologia que inspira o foco
humorístico (charges ou cartoons) de parcialidade que este dá às suas notícias.
Na verdade, quatro passos básicos para uma boa interpretação
político-ideológica de uma charge. Afinal, se a corrida eleitoral
para a Presidência da República já começou, não vai mal dar uma
boa olhada nas charges publicadas em cada jornal, impresso ou
eletrônico, para ver o que se passa na cabeça dos donos da grande
mídia sobre esse momento ímpar no processo democrático nacional…

Amarildo. A Gazeta-ES, 12/04/2010

Passo 1: Procure saber do que a charge está tratando: A char-


ge geralmente está relacionada, por meio do uso de ANALOGIAS,
a uma notícia ou fato político, econômico, social ou cultural. Por-
tanto, a primeira tarefa de um “analista de charges” será compreen- Thiago Recchia. Gazeta do Povo, 01/04/2010
der a qual fato ou notícia a charge em questão está relacionada.
Passo 4: Compreenda qual o posicionamento ideológico fren-
Passo 2: Entenda os elementos contidos na charge: Numa te ao fato, do qual a charge quer te convencer: Assim como a
charge de crítica política ou econômica, sempre há um protago- notícia vem, como já foi comentado, carregada de parcialidade
nista e um antagonista da situação – ou seja, um personagem al- ideológica, a charge não está longe de ser um meio propício de co-
vejado pela crítica do chargista e outro que faz a vez de porta-voz municação de um ponto de vista. E com um detalhe a mais: a char-
da crítica do chargista. Não necessariamente o antagonista aparece ge convence! Por seu efeito humorístico, a crítica proposta pela
na cena… O próprio cenário da charge, uma nota de rodapé ou a charge permanece enraizada por tempo indeterminado em nossa
própria situação na qual o protagonista está inserido pode fazer a imaginação e, por decorrência, como vários autores da consagra-
vez de antagonista. Já nas charges de caráter social ou cultural, da psicologia da imagem já demonstraram, nos processos incons-
geralmente não há protagonistas e antagonistas, mas elementos do cientes que podem influenciar as decisões e escolhas que julgamos
fato ou da notícia que são caricaturizados – isto é, retratados hu- serem estritamente voluntárias. Compreender a mensagem ideo-
moristicamente – com vistas a trazer força à notícia representada lógica da qual é composta uma charge acaba tendo a função de
na charge. No caso das charges de crítica econômica e política, a tornar conscientes estes processos, fazendo com que nossa decisão
identificação dos papéis de protagonista e antagonista da situação seja fundamentada numa decisão mais racional e posicionada, e
é fundamental para o próximo passo na interpretação desta charge. ao mesmo tempo menos ingênua e caricata da situação. Aí, sim,
Passo 3: Identifique a linha editorial do veículo de comunica- a charge poderá auxiliar na formulação clara e cônscia de um po-
ção: Não é novidade para nenhum de nós que a imparcialidade da sicionamento perante os fatos e notícias apresentados por esses
informação é uma mera ilusão, da qual nos convenceram de tanto meios de comunicação!

Didatismo e Conhecimento 6
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Exercícios II. No segundo parágrafo, a menção ao ditado sobre o alber-
gue espanhol tem por finalidade sugerir que o olhar do observador
Atenção: As questões de números 1 a 5 referem-se ao texto não interfere no sentido próprio e particular de uma foto.
seguinte. III. Um fotógrafo profissional, conforme sugere o terceiro pa-
rágrafo, vê não apenas uma foto, mas os recursos de uma lingua-
Fotografias gem específica nela fixados.
Em relação ao texto, está correto o que se afirma SOMENTE em
Toda fotografia é um portal aberto para outra dimensão: o (A) I e II.
passado. A câmara fotográfica é uma verdadeira máquina do tem- (B) II e III.
po, transformando o que é naquilo que já não é mais, porque o que (C) I.
temos diante dos olhos é transmudado imediatamente em passado (D) II.
no momento do clique. Costumamos dizer que a fotografia con- (E) III.
gela o tempo, preservando um momento passageiro para toda a
eternidade, e isso não deixa de ser verdade. Todavia, existe algo 4. No contexto do primeiro parágrafo, o segmento Todavia,
que descongela essa imagem: nosso olhar. Em francês, imagem e existe algo que descongela essa imagem pode ser substituído, sem
magia contêm as mesmas cinco letras: image e magie. Toda ima- prejuízo para a correção e a coerência do texto, por:
gem é magia, e nosso olhar é a varinha de condão que descongela (A) Tendo isso em vista, há que se descongelar essa imagem.
o instante aprisionado nas geleiras eternas do tempo fotográfico. (B) Ainda assim, há mais que uma imagem descongelada.
Toda fotografia é uma espécie de espelho da Alice do País (C) Apesar de tudo, essa imagem descongela algo.
(D) Há, não obstante, o que faz essa imagem descongelar.
das Maravilhas, e cada pessoa que mergulha nesse espelho de pa-
(E) Há algo, outrossim, que essa imagem descongelará.
pel sai numa dimensão diferente e vivencia experiências diversas,
5. Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre
pois o lado de lá é como o albergue espanhol do ditado: cada um
o texto:
só encontra nele o que trouxe consigo. Além disso, o significado
(A) Apesar de se ombrearem com outras artes plásticas, a fo-
de uma imagem muda com o passar do tempo, até para o mesmo
tografia nos faz desfrutar e viver experiências de natureza igual-
observador.
mente temporal.
Variam, também, os níveis de percepção de uma fotografia. (B) Na superfície espacial de uma fotografia, nem se imagine
Isso ocorre, na verdade, com todas as artes: um músico, por exem- os tempos a que suscitarão essa imagem aparentemente congelada...
plo, é capaz de perceber dimensões sonoras inteiramente insus- (C) Conquanto seja o registro de um determinado espaço, uma
peitas para os leigos. Da mesma forma, um fotógrafo profissional foto leva-nos a viver profundas experiências de caráter temporal.
lê as imagens fotográficas de modo diferente daqueles que desco- (D) Tal como ocorrem nos espelhos da Alice, as experiências
nhecem a sintaxe da fotografia, a “escrita da luz”. Mas é difícil físicas de uma fotografia podem se inocular em planos temporais.
imaginar alguém que seja insensível à magia de uma foto. (E) Nenhuma imagem fotográfica é congelada suficientemen-
(Adaptado de Pedro Vasquez, em Por trás daquela foto. te para abrir mão de implicâncias semânticas no plano temporal.
São Paulo: Companhia das Letras, 2010)
Atenção: As questões de números 6 a 9 referem-se ao texto
1. O segmento do texto que ressalta a ação mesma da percep- seguinte.
ção de uma foto é:
(A) A câmara fotográfica é uma verdadeira máquina do tempo. Discriminar ou discriminar?
(B) a fotografia congela o tempo.
(C) nosso olhar é a varinha de condão que descongela o ins- Os dicionários não são úteis apenas para esclarecer o sen-
tante aprisionado. tido de um vocábulo; ajudam, com frequência, a iluminar teses
(D) o significado de uma imagem muda com o passar do tempo. controvertidas e mesmo a incendiar debates. Vamos ao Dicionário
(E) Mas é difícil imaginar alguém que seja insensível à magia Houaiss, ao verbete discriminar, e lá encontramos, entre outras,
de uma foto. estas duas acepções: a) perceber diferenças; distinguir, discernir;
b) tratar mal ou de modo injusto, desigual, um indivíduo ou grupo
2. No contexto do último parágrafo, a referência aos vários de indivíduos, em razão de alguma característica pessoal, cor da
níveis de percepção de uma fotografia remete pele, classe social, convicções etc.
(A) à diversidade das qualidades intrínsecas de uma foto. Na primeira acepção, discriminar é dar atenção às diferen-
(B) às diferenças de qualificação do olhar dos observadores. ças, supõe um preciso discernimento; o termo transpira o senti-
(C) aos graus de insensibilidade de alguns diante de uma foto. do positivo de quem reconhece e considera o estatuto do que é
(D) às relações que a fotografia mantém com as outras artes. diferente. Discriminar o certo do errado é o primeiro passo no
(E) aos vários tempos que cada fotografia representa em si caminho da ética. Já na segunda acepção, discriminar é deixar
mesma. agir o preconceito, é disseminar o juízo preconcebido. Discrimi-
nar alguém: fazê-lo objeto de nossa intolerância.
3. Atente para as seguintes afirmações: Diz-se que tratar igualmente os desiguais é perpetuar a de-
I. Ao dizer, no primeiro parágrafo, que a fotografia congela o sigualdade. Nesse caso, deixar de discriminar (no sentido de dis-
tempo, o autor defende a ideia de que a realidade apreendida numa cernir) é permitir que uma discriminação continue (no sentido de
foto já não pertence a tempo algum. preconceito). Estamos vivendo uma época em que a bandeira da

Didatismo e Conhecimento 7
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discriminação se apresenta em seu sentido mais positivo: trata-se (C) Quem vê como justa a aplicação de um mesmo critério
de aplicar políticas afirmativas para promover aqueles que vêm para julgar casos diferentes não crê que isso reafirme uma situação
sofrendo discriminações históricas. Mas há, por outro lado, quem de injustiça.
veja nessas propostas afirmativas a forma mais censurável de dis- (D) Muitas vezes é preciso corrigir certas distorções aplican-
criminação... É o caso das cotas especiais para vagas numa uni- do-se medidas que, à primeira vista, parecem em si mesmas dis-
versidade ou numa empresa: é uma discriminação, cujo sentido torcidas.
positivo ou negativo depende da convicção de quem a avalia. As (E) Em nossa época, há desequilíbrios sociais tão graves que
acepções são inconciliáveis, mas estão no mesmo verbete do di- tornam necessários os desequilíbrios compensatórios de uma ação
cionário e se mostram vivas na mesma sociedade. corretiva.
(Aníbal Lucchesi, inédito)
Atenção: As questões de números 10 a 14 referem-se à crônica
6. A afirmação de que os dicionários podem ajudar a incendiar abaixo.
debates confirma-se, no texto, pelo fato de que o verbete discri-
minar Bom para o sorveteiro
(A) padece de um sentido vago e impreciso, gerando por isso
inúmeras controvérsias entre os usuários. Por alguma razão inconsciente, eu fugia da notícia. Mas a
(B) apresenta um sentido secundário, variante de seu sentido notícia me perseguia. Até no avião, o único jornal abria na minha
principal, que não é reconhecido por todos. cara o drama da baleia encalhada na praia de Saquarema. Afinal,
(C) abona tanto o sentido legítimo como o ilegítimo que se depois de quase três dias se debatendo na areia da praia e na tela
costuma atribuir a esse vocábulo. da televisão, o filhote de jubarte conseguiu ser devolvido ao mar.
(D) faz pensar nas dificuldades que existem quando se trata de
Até a União Soviética acabou, como foi dito por locutores espe-
determinar a origem de um vocábulo.
cializados em necrológio eufórico. Mas o drama da baleia não
(E) desdobra-se em acepções contraditórias que correspon-
acabava. Centenas de curiosos foram lá apreciar aquela monta-
dem a convicções incompatíveis.
nha de força a se esfalfar em vão na luta pela sobrevivência. Um
7. Diz-se que tratar igualmente os desiguais é perpetuar a
belo espetáculo.
desigualdade.
Da afirmação acima é coerente deduzir esta outra: À noite, cessava o trabalho, ou a diversão. Mas já ao raiar
(A) Os homens são desiguais porque foram tratados com o do dia, sem recursos, com simples cordas e as próprias mãos, to-
mesmo critério de igualdade. dos se empenhavam no lúcido objetivo comum. Comum, vírgula.
(B) A igualdade só é alcançável se abolida a fixação de um O sorveteiro vendeu centenas de picolés. Por ele a baleia ficava
mesmo critério para casos muito diferentes. encalhada por mais duas ou três semanas. Uma santa senhora
(C) Quando todos os desiguais são tratados desigualmente, a teve a feliz ideia de levar pastéis e empadinhas para vender com
desigualdade definitiva torna-se aceitável. ágio. Um malvado sugeriu que se desse por perdida a batalha e se
(D) Uma forma de perpetuar a igualdade está em sempre tratar começasse logo a repartir os bifes.
os iguais como se fossem desiguais. Em 1966, uma baleia adulta foi parar ali mesmo e em quinze
(E) Critérios diferentes implicam desigualdades tais que os minutos estava toda retalhada. Muitos se lembravam da alegria
injustiçados são sempre os mesmos. voraz com que foram disputadas as toneladas da vítima. Essa de
agora teve mais sorte. Foi salva graças à religião ecológica que
8. Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente o anda na moda e que por um momento estabeleceu uma trégua en-
sentido de um segmento em: tre todos nós, animais de sangue quente ou de sangue frio.
(A) iluminar teses controvertidas (1º parágrafo) = amainar Até que enfim chegou uma traineira da Petrobrás. Logo uma
posições dubitativas. estatal, ó céus, num momento em que é preciso dar provas da efi-
(B) um preciso discernimento (2º parágrafo) = uma arraigada cácia da empresa privada. De qualquer forma, eu já podia reco-
dissuasão. lher a minha aflição. Metáfora fácil, lá se foi, espero que salva,
(C) disseminar o juízo preconcebido (2º parágrafo) = dissua- a baleia de Saquarema. O maior animal do mundo, assim frágil,
dir o julgamento predestinado. à mercê de curiosos. À noite, sonhei com o Brasil encalhado na
(D) a forma mais censurável (3º parágrafo) = o modo mais areia diabólica da inflação. A bordo, uma tripulação de camelôs
repreensível. anunciava umas bugigangas. Tudo fala. Tudo é símbolo.
(E) As acepções são inconciliáveis (3º parágrafo) = as versões
são inatacáveis. (Otto Lara Resende, Folha de S. Paulo)

9. É preciso reelaborar, para sanar falha estrutural, a redação 10. O cronista ressalta aspectos contrastantes do caso de Sa-
da seguinte frase: quarema, tal como se observa na relação entre estas duas expressões:
(A) O autor do texto chama a atenção para o fato de que o (A) drama da baleia encalhada e três dias se debatendo na
desejo de promover a igualdade corre o risco de obter um efeito areia.
contrário. (B) em quinze minutos estava toda retalhada e foram disputa-
(B) Embora haja quem aposte no critério único de julgamento, das as toneladas da vítima.
para se promover a igualdade, visto que desconsideram o risco do (C) se esfalfar em vão na luta pela sobrevivência e levar pas-
contrário. téis e empadinhas para vender com ágio.

Didatismo e Conhecimento 8
LÍNGUA PORTUGUESA
(D) o filhote de jubarte conseguiu ser devolvido ao mar e lá se (E) Ao bom cronista ocorre associar um episódio como o da
foi, espero que salva, a baleia de Saquarema. jubarte com a natureza de outros, bem distintos, sejam os da eco-
(E) Até que enfim chegou uma traineira da Petrobrás e Logo nomia inflacionada, sejam o crescente prestígio das privatizações.
uma estatal, ó céus.
Atenção: As questões de números 15 a 18 referem-se ao texto
11. Atente para as seguintes afirmações sobre o texto: abaixo.
I. A analogia entre a baleia e a União Soviética insinua, entre
outros termos de aproximação, o encalhe dos gigantes. A razão do mérito e
II. As reações dos envolvidos no episódio da baleia encalhada a do voto
revelam que, acima das diferentes providências, atinham-se todos
a um mesmo propósito. Um ministro, ao tempo do governo militar, irritado com a
III. A expressão Tudo é símbolo prende-se ao fato de que o au- campanha pelas eleições diretas para presidente da República,
tor aproveitou o episódio da baleia encalhada para também figurar buscou minimizar a importância do voto com o seguinte argumen-
o encalhe de um país imobilizado pela alta inflação. to: − Será que os passageiros de um avião gostariam de fazer uma
Em relação ao texto, está correto o que se afirma em eleição para escolher um deles como piloto de seu voo? Ou prefe-
(A) I, II e III. ririam confiar no mérito do profissional mais abalizado?
(B) I e III, apenas. A perfídia desse argumento está na falsa analogia entre uma
(C) II e III, apenas. função eminentemente técnica e uma função eminentemente polí-
(D) I e II, apenas. tica. No fundo, o ministro queria dizer que o governo estava indo
(E) III, apenas. muito bem nas mãos dos militares e que estes saberiam melhor que
12. Foram irrelevantes para a salvação da baleia estes dois ninguém prosseguir no comando da nação.
fatores: Entre a escolha pelo mérito e a escolha pelo voto há neces-
(A) o necrológio da União Soviética e os serviços da traineira sidades muito distintas. Num concurso público, por exemplo, a
da Petrobrás. avaliação do mérito pessoal do candidato se impõe sobre qual-
(B) o prestígio dos valores ecológicos e o empenho no lúcido quer outra. A seleção e a classificação de profissionais devem ser
objetivo comum. processos marcados pela transparência do método e pela adequa-
(C) o fato de a jubarte ser um animal de sangue frio e o prestí- ção aos objetivos. Já a escolha da liderança de uma associação
gio dos valores ecológicos. de classe, de um sindicato deve ocorrer em conformidade com o
(D) o fato de a Petrobrás ser uma empresa estatal e as iniciati- desejo da maioria, que escolhe livremente seu representante. Entre
vas que couberam a uma traineira. a especialidade técnica e a vocação política há diferenças profun-
(E) o aproveitamento comercial da situação e a força desco- das de natureza, que pedem distintas formas de reconhecimento.
munal empregada pela jubarte. Essas questões vêm à tona quando, em certas instituições, o
prestígio do “assembleísmo” surge como absoluto. Há quem pre-
13. Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente o tenda decidir tudo no voto, reconhecendo numa assembleia a “so-
sentido de um segmento em: berania” que a qualifica para a tomada de qualquer decisão. Não
(A) em necrológio eufórico (1º parágrafo) = em façanha mortal. por acaso, quando alguém se opõe a essa generalização, lembran-
(B) Comum, vírgula (2º parágrafo) = Geral, mas nem tanto. do a razão do mérito, ouvem-se diatribes contra a “meritocra-
(C) que se desse por perdida a batalha (2º parágrafo) = que se cia”. Eis aí uma tarefa para nós todos: reconhecer, caso a caso, a
imaginasse o efeito de uma derrota. legitimidade que tem a decisão pelo voto ou pelo reconhecimento
(D) estabeleceu uma trégua entre todos nós (3º parágrafo) = da qualificação indispensável. Assim, não elegeremos deputado
derrogou uma imunidade para nós todos. alguém sem espírito público, nem votaremos no passageiro que
(E) é preciso dar provas da eficácia (4º parágrafo) = convém deverá pilotar nosso avião.
explicitar os bons propósitos. (Júlio Castanho de Almeida, inédito)

14. Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre 15. Deve-se presumir, com base no texto, que a razão do mé-
o último parágrafo do texto. rito e a razão do voto devem ser consideradas, diante da tomada
(A) Apesar de tratar do drama ocorrido com uma baleia, o de uma decisão,
cronista não deixa de aludir a circunstâncias nacionais, como o (A) complementares, pois em separado nenhuma delas satis-
impulso para as privatizações e os custos da alta inflação. faz o que exige uma situação dada.
(B) Mormente tratando de uma jubarte encalhado, o cronista (B) excludentes, já que numa votação não se leva em conta
não obsta em tratar de assuntos da pauta nacional, como a inflação nenhuma questão de mérito.
ou o processo empresarial das privatizações. (C) excludentes, já que a qualificação por mérito pressupõe
(C) Vê-se que um cronista pode assumir, como aqui ocorreu, o que toda votação é ilegítima.
papel tanto de um repórter curioso como analisar fatos oportunos, (D) conciliáveis, desde que as mesmas pessoas que votam se-
qual seja a escalada inflacionária ou a privatização. jam as que decidam pelo mérito.
(D) O incidente da jubarte encalhado não impediu de que o (E) independentes, visto que cada uma atende a necessidades
cronista se valesse de tal episódio para opinar diante de outros fa- de bem distintas naturezas.
tos, haja vista a inflação nacional ou a escalada das privatizações.

Didatismo e Conhecimento 9
LÍNGUA PORTUGUESA
16. Atente para as seguintes afirmações:
I. A argumentação do ministro, referida no primeiro parágrafo,
é rebatida pelo autor do texto por ser falaciosa e escamotear os ENCONTROS VOCÁLICOS: HIATO,
reais interesses de quem a formula. DITONGO, TRITONGO. ENCONTROS
II. O autor do texto manifesta-se francamente favorável à ra- CONSONANTAIS. DÍGRAFOS. DIVISÃO
zão do mérito, a menos que uma situação de real impasse imponha SILÁBICA. TONICIDADE.
a resolução pelo voto.
III. A conotação pejorativa que o uso de aspas confere ao ter-
mo “assembleísmo” expressa o ponto de vista dos que desconsi-
deram a qualificação técnica. Letra e Fonema
Em relação ao texto, está correto SOMENTE o que se afirma em
(A) I. Letra é o sinal gráfico da escrita. Exemplos: pipoca (tem 6
(B) II. letras); hoje (tem 4 letras).
(C) III.
(D) I e II. Fonema é o menor elemento sonoro capaz de estabelecer uma
(E) II e III. distinção de significado entre palavras. Veja, nos exemplos, os fo-
nemas que marcam a distinção entre os pares de palavras:
17. Considerando-se o contexto, são expressões bastante pró-
ximas quanto ao sentido: bar – mar tela – vela sela – sala
(A) fazer uma eleição e confiar no mérito do profissional.
(B) especialidade técnica e vocação política. Não confunda os fonemas com as letras. Fonema é um ele-
(C) classificação de profissionais e escolha da liderança. mento acústico e a letra é um sinal gráfico que representa o fone-
(D) avaliação do mérito e reconhecimento da qualificação. ma. Nem sempre o número de fonemas de uma palavra correspon-
(E) transparência do método e desejo da maioria. de ao número de letras que usamos para escrevê-la. Na palavra
18. Atente para a redação do seguinte comunicado: chuva, por exemplo, temos quatro fonemas, isto é, quatro unidades
sonoras [xuva] e cinco letras.
Viemos por esse intermédio convocar-lhe para a assembleia Certos fonemas podem ser representados por diferentes letras.
geral da próxima sexta-feira, aonde se decidirá os rumos do nos- É o caso do fonema /s/, que pode ser representado por: s (pensar) –
so movimento reivindicatório. ss (passado) – x (trouxe) – ç (caçar) – sc (nascer) – xc (excelente)
– c (cinto) – sç (desço)
As falhas do texto encontram-se plenamente sanadas em: Às vezes, a letra “x” pode representar mais de um fonema,
(A) Vimos, por este intermédio, convocá-lo para a assembleia como na palavra táxi. Nesse caso, o “x” representa dois sons, pois
geral da próxima sexta-feira, quando se decidirão os rumos do lemos “táksi”. Portanto, a palavra táxi tem quatro letras e cinco
nosso movimento reivindicatório. fonemas.
(B) Viemos por este intermédio convocar-lhe para a assem- Em certas palavras, algumas letras não representam nenhum
bleia geral da próxima sexta-feira, onde se decidirá os rumos do fonema, como a letra h, por exemplo, em palavras como hora,
nosso movimento reivindicatório. hoje, etc., ou como as letras m e n quando são usadas apenas para
(C) Vimos, por este intermédio, convocar-lhe para a assem- indicar a nasalização de uma vogal, como em canto, tinta, etc.
bleia geral da próxima sexta-feira, em cuja se decidirão os rumos
do nosso movimento reivindicatório. Classificação dos Fonemas
(D) Vimos por esse intermédio convocá-lo para a assembleia
geral da próxima sexta-feira, em que se decidirá os rumos do nos- Os fonemas classificam-se em vogais, semivogais e consoantes.
so movimento reivindicatório.
(E) Viemos, por este intermédio, convocá-lo para a assem- Vogais: são fonemas resultantes das vibrações das cordas vo-
bleia geral da próxima sexta-feira, em que se decidirão os rumos cais e em cuja produção a corrente de ar passa livremente na cavi-
do nosso movimento reivindicatório.
dade bucal. As vogais podem ser orais e nasais.
Respostas: 01-C / 02-B / 03-E / 04-D / 05-C / 06-E / 07-B /
Orais: quando a corrente de ar passa apenas pela cavidade
08-D / 09-B / 10-C / 11-B / 12-E / 13-B / 14-A / 15-E / 16-A / 17-D
bucal. São elas: a, é, ê, i, ó, ô, u. Exemplos: já, pé, vê, ali, pó, dor,
/ 18-A
uva.
Nasais: quando a corrente de ar passa pela cavidade bucal e
nasal. A nasalidade pode ser indicada pelo til (~) ou pelas letras n
e m. Exemplos: mãe, venda, lindo, pomba, nunca.

Observação: As vogais ainda podem ser tônicas ou átonas, de-


pendendo da intensidade com que são pronunciadas. A vogal tôni-
ca é pronunciada com maior intensidade: café, bola, vidro. A vogal
átona é pronunciada com menor intensidade: café, bola, vidro.

Didatismo e Conhecimento 10
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Semivogais: são os fonemas /i/ e /u/ quando, juntos de uma - Galinha: tem 7 letras e 6 fonemas, já que o “nh” tem um
vogal, formam com ela uma mesma sílaba. Observe, por exemplo, único som.
a palavra papai. Ela é formada de duas sílabas: pa-pai. Na sílaba
pai, o fonema vocálico /i/ não é tão forte quanto o fonema vocálico - Pássaro: tem 7 letras e 6 fonemas, já que o “ss” só tem um
/a/; nesse caso, o /i/ é semivogal. único som.

Consoantes: são os fonemas em que a corrente de ar, emitida - Nascimento: 10 letras e 8 fonemas, já que não se pronuncia
para sua produção, teve de forçar passagem na boca, onde deter- o “s” e o “en” tem um único som.
minado movimento articulatório lhe criou embaraço. Exemplos:
gato, pena, lado. - Exceção: 7 letras e 6 fonemas, já que não tem som o “x”.

Encontro Vocálicos - Táxi: 4 letras e 5 fonemas, já que o “x” tem som de “ks”.

- Ditongos: é o encontro de uma vogal e uma semivogal (ou - Guitarra: 8 letras e 6 fonemas, já que o “gu” tem um único
vice-versa) numa mesma sílaba. Exemplos: pai (vogal + semivo- som e o “rr” também tem um único som.
gal = ditongo decrescente); ginásio (semivogal + vogal = ditongo
crescente). - Queijo: 6 letras e 5 fonemas, já que o “qu” tem um único
som.
- Tritongos: é o encontro de uma semivogal com uma vogal e
outra semivogal numa mesma sílaba. Exemplo: Paraguai. Repare que através do exemplo a mudança de apenas uma le-
tra ou fonema gera novas palavras: C a v a l o / C a v a d o / C a l a
- Hiatos: é a sequência de duas vogais numa mesma palavra d o / C o l a d o / S o l a d o.
mas que pertencem a sílabas diferentes, pois nunca há mais de uma
vogal numa sílaba. Exemplos: saída (sa-í-da), juiz (ju-iz)
Exercícios
Encontro Consonantais
01. A palavra que apresenta tantos fonemas quantas são as le-
Ocorre quando há um grupo de consoantes sem vogal inter-
tras que a compõem é:
mediária. Exemplos: flor, grade, digno.
a) importância
Dígrafos b) milhares
c) sequer
Grupo de duas letras que representa apenas um fonema. d) técnica
Exemplos: passo (ss = fonema /s/), nascimento (sc = fonema /s/), e) adolescente
queijo (qu = fonema /k/)
02. Em qual das palavras abaixo a letra x apresenta não um,
Os dígrafos podem ser consonantais e vocálicos. mas dois fonemas?
a) exemplo
- Consonantais: ch (chuva), sc (nascer), ss (osso), sç (desça), b) complexo
lh (filho), xc (excelente), qu (quente), nh (vinho), rr (ferro), gu c) próximos
(guerra) d) executivo
e) luxo
- Vocálicos: am, an (tampa, canto), em, en (tempo, vento), im,
in (limpo, cinto), om, on (comprar, tonto), um, un (tumba, mundo) 03. Qual palavra possui dois dígrafos?
a) fechar
b) sombra
Atenção: nos dígrafos, as duas letras representam um só fone-
c) ninharia
ma; nos encontros consonantais, cada letra representa um fonema.
d) correndo
e) pêssego
Observe de acordo com os exemplos que o número de letras e
fonemas não precisam ter a mesma quantidade. 04. Indique a alternativa cuja sequência de vocábulos apre-
senta, na mesma ordem, o seguinte: ditongo, hiato, hiato, ditongo.
- Chuva: tem 5 letras e 4 fonemas, já que o “ch” tem um único a) jamais / Deus / luar / daí
som. b) joias / fluir / jesuíta / fogaréu
c) ódio / saguão / leal / poeira
- Hipopótamo: tem 10 letras e 9 fonemas, já que o “h” não d) quais / fugiu / caiu / história
tem som.

Didatismo e Conhecimento 11
LÍNGUA PORTUGUESA
05. Os vocabulários passarinho e querida possuem: Sílaba

a) 6 e 8 fonemas respectivamente; A palavra amor está dividida em grupos de fonemas pronun-


b)10 e 7 fonemas respectivamente; ciados separadamente: a - mor. A cada um desses grupos pronun-
c) 9 e 6 fonemas respectivamente; ciados numa só emissão de voz dá-se o nome de sílaba. Em nossa
d) 8 e 6 fonemas respectivamente; língua, o núcleo da sílaba é sempre uma vogal: não existe sílaba
e) 7 e 6 fonemas respectivamente. sem vogal e nunca há mais do que uma vogal em cada sílaba.
Dessa forma, para sabermos o número de sílabas de uma palavra,
06. Quantos fonemas existem na palavra paralelepípedo:
devemos perceber quantas vogais tem essa palavra. Atenção: as
a) 7 letras i e u (mais raramente com as letras e e o) podem representar
b) 12 semivogais.
c) 11
d) 14 Classificação das palavras quanto ao número de sílabas
e) 15
- Monossílabas: possuem apenas uma sílaba. Exemplos: mãe,
07. Os vocábulos pequenino e drama apresentam, respectiva- flor, lá, meu;
mente: - Dissílabas: possuem duas sílabas. Exemplos: ca-fé, i-ra, a-í,
trans-por;
a) 4 e 2 fonemas - Trissílabas: possuem três sílabas. Exemplos: ci-ne-ma, pró
b) 9 e 5 fonemas -xi-mo, pers-pi-caz, O-da-ir;
c) 8 e 5 fonemas - Polissílabas: possuem quatro ou mais sílabas. Exemplos:
d) 7 e 7 fonemas a-ve-ni-da, li-te-ra-tu-ra, a-mi-ga-vel-men-te, o-tor-ri-no-la-rin-
e) 8 e 4 fonemas
go-lo-gis-ta.
08. O “I” não é semivogal em:
Divisão Silábica
a) Papai
b) Azuis Na divisão silábica das palavras, cumpre observar as seguin-
c) Médio tes normas:
d) Rainha
e) Herói - Não se separam os ditongos e tritongos. Exemplos: foi-ce,
a-ve-ri-guou;
09. Assinale a alternativa que apresenta apenas hiatos: - Não se separam os dígrafos ch, lh, nh, gu, qu. Exemplos:
cha-ve, ba-ra-lho, ba-nha, fre-guês, quei-xa;
a) muito, faísca, balaústre. - Não se separam os encontros consonantais que iniciam síla-
b) guerreiro, gratuito, intuito. ba. Exemplos: psi-có-lo-go, re-fres-co;
c) fluido, fortuito, Piauí.
- Separam-se as vogais dos hiatos. Exemplos: ca-a-tin-ga, fi
d) tua, lua, nua.
-el, sa-ú-de;
e) n.d.a.
- Separam-se as letras dos dígrafos rr, ss, sc, sç xc. Exemplos:
10. Em qual dos itens abaixo todas as palavras apresentam car-ro, pas-sa-re-la, des-cer, nas-ço, ex-ce-len-te;
ditongo crescente: - Separam-se os encontros consonantais das sílabas internas,
excetuando-se aqueles em que a segunda consoante é l ou r. Exem-
a) Lei, Foice, Roubo plos: ap-to, bis-ne-to, con-vic-ção, a-brir, a-pli-car.
b) Muito, Alemão, Viu
c) Linguiça, História, Área Acento Tônico
d) Herói, Jeito, Quilo
e) Equestre, Tênue, Ribeirão Na emissão de uma palavra de duas ou mais sílabas, perce-
be-se que há uma sílaba de maior intensidade sonora do que as
Respostas: demais.
calor - a sílaba lor é a de maior intensidade.
01-D (Em d, a palavra possui 7 fonemas e 7 letras. Nas demais faceiro - a sílaba cei é a de maior intensidade.
alternativas, tem-se: a) 10 fonemas / 11 letras; b) 7 fonemas / 8 sólido - a sílaba só é a de maior intensidade.
letras; c) 5 fonemas / 6 letras; e) 9 fonemas / 11 letras).
02-B (a palavra complexo, o x equivale ao fonema /ks/). Obs.: a presença da sílaba de maior intensidade nas palavras,
03-D (Em d, há o dígrafo “rr” e o dígrafo nasal “en”). em meio à sílabas de menor intensidade, é um dos elementos que
04-B (Observe os encontros: oi, u - i, u - í e eu). dão melodia à frase.
05-D / 06-D / 07-C / 08-D / 09-D / 10-C

Didatismo e Conhecimento 12
LÍNGUA PORTUGUESA
Classificação da sílaba quanto a intensidade 4- Assinale o item em que todas as sílabas estão corretamente
separadas:
-Tônica: é a sílaba pronunciada com maior intensidade.
- Átona: é a sílaba pronunciada com menor intensidade. a) a-p-ti-dão;
- Subtônica: é a sílaba de intensidade intermediária. Ocorre, b) so-li-tá-ri-o;
principalmente, nas palavras derivadas, correspondendo à tônica c) col-me-ia;
da palavra primitiva. d) ar-mis-tí-cio;
e) trans-a-tlân-ti-co.
Classificação das palavras quanto à posição da sílaba tônica 5- Assinale o item em que a divisão silábica está errada:
De acordo com a posição da sílaba tônica, os vocábulos da a) tran-sa-tlân-ti-co / de-sin-fe-tar;
língua portuguesa que contêm duas ou mais sílabas são classifi- b) subs-ta-be-le-cer / de-su-ma-no;
cados em: c) cis-an-di-no / sub-es-ti-mar;
- Oxítonos: são aqueles cuja sílaba tônica é a última. Exem- d) ab-di-ca-ção / a-bla-ti-vo;
plos: avó, urubu, parabéns e) fri-is-si-mo / ma-ci-is-si-mo.
- Paroxítonos: são aqueles cuja sílaba tônica é a penúltima.
Exemplos: dócil, suavemente, banana 6- Existe erro de divisão silábica no item:
- Proparoxítonos: são aqueles cuja sílaba tônica é a antepenúl-
tima. Exemplos: máximo, parábola, íntimo a) mei-a / pa-ra-noi-a / ba-lai-o;
b) oc-ci-pi-tal / ex-ces-so / pneu-má-ti-co;
Saiba que: c) subs-tân-cia / pers-pec-ti-va / felds-pa-to;
- São palavras oxítonas, entre outras: cateter, mister, Nobel, d) su-bli-nhar / su-blin-gual / a-brup-to;
novel, ruim, sutil, transistor, ureter. e) tran-sa-tlân-ti-co / trans-cen-der / tran-so-ce-â-ni-co.
- São palavras paroxítonas, entre outras: avaro, aziago, boê-
mia, caracteres, cartomancia, celtibero, circuito, decano, filantro- 7- A única alternativa correta quanto à divisão silábica é:
po, fluido, fortuito, gratuito, Hungria, ibero, impudico, inaudito,
a) ma-qui-na-ri-a / for-tui-to;
intuito, maquinaria, meteorito, misantropo, necropsia (alguns di-
b) tun-gs-tê-nio / ri-tmo; ;
cionários admitem também necrópsia), Normandia, pegada, poli- c) an-do-rin-ha / sub-o-fi-ci-al;
cromo, pudico, quiromancia, rubrica, subido(a). d) bo-ê-mi-a / ab-scis-sa;
- São palavras proparoxítonas, entre outras: aerólito, bávaro, e) coe-são / si-len-cio-so.
bímano, crisântemo, ímprobo, ínterim, lêvedo, ômega, pântano,
trânsfuga. 8- Indique a alternativa em que as palavras “sussurro”, ”iguai-
- As seguintes palavras, entre outras, admitem dupla tonici- zinhos” e “gnomo”, estão corretamente divididas em sílabas:
dade: acróbata/acrobata, hieróglifo/hieroglifo, Oceânia/Oceania,
ortoépia/ortoepia, projétil/projetil, réptil/reptil, zângão/zangão. a) sus - su - rro, igu - ai - zi - nhos, g - no - mo;
b) su - ssu - rro, i - guai - zi - nhos, gno - mo;
Exercícios c) sus - su - rro, i - guai - zi - nhos, gno - mo;
d) su - ssur - ro, i - gu - ai - zi - nhos, gn - omo;
1- Assinale o item em que a divisão silábica é incorreta: e) sus - sur - ro, i - guai - zi - nhos, gno - mo.
a) gra-tui-to;
b) ad-vo-ga-do; 9- Na expressão “A icterícia nada tem a ver com hemodiáli-
c) tran-si-tó-rio; se ou disenteria”, as palavras grifadas apresentam-se corretamente
d) psi-co-lo-gi-a; divididas em sílabas na alternativa:
e) in-ter-stí-cio. a) i-cte-rí-cia, he-mo-di-á-li-se, di-sen-te-ria;
b) ic-te-rí-ci-a, he-mo-diá-li-se, dis-en-te-ria;
2- Assinale o item em que a separação silábica é incorreta: c) i-c-te-rí-cia, he-mo-di-á-li-se, di-sen-te-ria;
a) psi-có-ti-co; d) ic-te-rí-cia, he-mo-di-á-li-se, di-sen-te-ri-a;
b) per-mis-si-vi-da-de; e) ic-te-rí-cia, he-mo-di-á-li-se, di-sen-te-ria.
c) as-sem-ble-ia;
d) ob-ten-ção; 10- Assinale a única opção em que há, um vocábulo cuja se-
e) fa-mí-lia. paração silábica não esta feita de acordo com a norma ortográfica
vigente:
3- Assinale o item em que todos os vocábulos têm as sílabas a) es-cor-re-gou / in-crí-veis;
corretamente separadas: b) in-fân-cia / cres-ci-a;
c) i-dei-a / lé-guas;
a) al-dei-a, caa-tin-ga , tran-si-ção; d) des-o-be-de-ceu / cons-tru-í-da;
b) pro-sse-gui-a, cus-tó-dia, trans-ver-sal; e) vo-ou / sor-ri-em.
c) a-bsur-do, pra-ia, in-cons-ci-ên-cia;
d) o-ccip-tal, gra-tui-to, ab-di-car; Respostas: 1-E / 2-C / 3-E / 4-D / 5-C / 6-D / 7-A / 8-E / 9-E
e) mis-té-rio, ap-ti-dão, sus-ce-tí-vel. / 10-D

Didatismo e Conhecimento 13
LÍNGUA PORTUGUESA
pectivamente do latim, herba, hibernus e Hispania. Os derivados
eruditos, entretanto, grafam-se com h: herbívoro, herbicida, hispâ-
ORTOGRAFIA. ACENTUAÇÃO nico, hibernal, hibernar, etc.
GRÁFICA. REFORMA
ORTOGRÁFICA 2009. Emprego das letras E, I, O e U
Na língua falada, a distinção entre as vogais átonas /e/ e /i/, /o/
e /u/ nem sempre é nítida. É principalmente desse fato que nascem
as dúvidas quando se escrevem palavras como quase, intitular, má-
ORTOGRAFIA goa, bulir, etc., em que ocorrem aquelas vogais.

Escrevem-se com a letra E:


A palavra ortografia é formada pelos elementos gregos orto - A sílaba final de formas dos verbos terminados em –uar: con-
“correto” e grafia “escrita” sendo a escrita correta das palavras da
tinue, habitue, pontue, etc.
língua portuguesa, obedecendo a uma combinação de critérios eti-
mológicos (ligados à origem das palavras) e fonológicos (ligados - A sílaba final de formas dos verbos terminados em –oar:
aos fonemas representados). abençoe, magoe, perdoe, etc.
Somente a intimidade com a palavra escrita, é que acaba tra- - As palavras formadas com o prefixo ante– (antes, anterior):
zendo a memorização da grafia correta. Deve-se também criar o antebraço, antecipar, antedatar, antediluviano, antevéspera, etc.
hábito de consultar constantemente um dicionário. - Os seguintes vocábulos: Arrepiar, Cadeado, Candeeiro,
Desde o dia primeiro de Janeiro de 2009 está em vigor o Novo Cemitério, Confete, Creolina, Cumeeira, Desperdício, Destilar,
Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, por isso temos até 2012 Disenteria, Empecilho, Encarnar, Indígena, Irrequieto, Lacrimo-
para nos “habituarmos” com as novas regras, pois somente em gêneo, Mexerico, Mimeógrafo, Orquídea, Peru, Quase, Quepe,
2013 que a antiga será abolida. Senão, Sequer, Seriema, Seringa, Umedecer.

Esse material já se encontra segundo o Novo Acordo Orto-


Emprega-se a letra I:
gráfico.
- Na sílaba final de formas dos verbos terminados em –air/–
Alfabeto oer /–uir: cai, corrói, diminuir, influi, possui, retribui, sai, etc.
- Em palavras formadas com o prefixo anti- (contra): antiaé-
O alfabeto passou a ser formado por 26 letras. As letras “k”, reo, Anticristo, antitetânico, antiestético, etc.
“w” e “y” não eram consideradas integrantes do alfabeto (agora - Nos seguintes vocábulos: aborígine, açoriano, artifício, ar-
são). Essas letras são usadas em unidades de medida, nomes pró- timanha, camoniano, Casimiro, chefiar, cimento, crânio, criar,
prios, palavras estrangeiras e outras palavras em geral. Exemplos: criador, criação, crioulo, digladiar, displicente, erisipela, escárnio,
km, kg, watt, playground, William, Kafka, kafkiano. feminino, Filipe, frontispício, Ifigênia, inclinar, incinerar, inigualá-
Vogais: a, e, i, o, u. vel, invólucro, lajiano, lampião, pátio, penicilina, pontiagudo, pri-
Consoantes: b,c,d,f,g,h,j,k,l,m,n,p,q,r,s,t,v,w,x,y,z. vilégio, requisito, Sicília (ilha), silvícola, siri, terebintina, Tibiriçá,
Alfabeto: a,b,c,d,e,f,g,h,i,j,k,l,m,n,o,p,q,r,s,t,u,v,w,x,y,z. Virgílio.

Emprego da letra H Grafam-se com a letra O: abolir, banto, boate, bolacha, bole-
Esta letra, em início ou fim de palavras, não tem valor fonéti- tim, botequim, bússola, chover, cobiça, concorrência, costume, en-
co; conservou-se apenas como símbolo, por força da etimologia e golir, goela, mágoa, mocambo, moela, moleque, mosquito, névoa,
da tradição escrita. Grafa-se, por exemplo, hoje, porque esta pala- nódoa, óbolo, ocorrência, rebotalho, Romênia, tribo.
vra vem do latim hodie.
Grafam-se com a letra U: bulir, burburinho, camundongo,
Emprega-se o H: chuviscar, cumbuca, cúpula, curtume, cutucar, entupir, íngua,
- Inicial, quando etimológico: hábito, hélice, herói, hérnia, he- jabuti, jabuticaba, lóbulo, Manuel, mutuca, rebuliço, tábua, tabua-
sitar, haurir, etc. da, tonitruante, trégua, urtiga.
- Medial, como integrante dos dígrafos ch, lh e nh: chave, bo-
liche, telha, flecha companhia, etc. Parônimos: Registramos alguns parônimos que se diferen-
- Final e inicial, em certas interjeições: ah!, ih!, hem?, hum!, etc. ciam pela oposição das vogais /e/ e /i/, /o/ e /u/. Fixemos a grafia e
- Algumas palavras iniciadas com a letra H: hálito, harmo- o significado dos seguintes:
nia, hangar, hábil, hemorragia, hemisfério, heliporto, hematoma,
hífen, hilaridade, hipocondria, hipótese, hipocrisia, homenagear, área = superfície
hera, húmus; ária = melodia, cantiga
- Sem h, porém, os derivados baianos, baianinha, baião, baianada, etc. arrear = pôr arreios, enfeitar
arriar = abaixar, pôr no chão, cair
Não se usa H: comprido = longo
- No início de alguns vocábulos em que o h, embora etimoló- cumprido = particípio de cumprir
gico, foi eliminado por se tratar de palavras que entraram na língua comprimento = extensão
por via popular, como é o caso de erva, inverno, e Espanha, res- cumprimento = saudação, ato de cumprir

Didatismo e Conhecimento 14
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costear = navegar ou passar junto à costa - Palavras de origem ameríndia (principalmente tupi-guarani)
custear = pagar as custas, financiar ou africana: canjerê, canjica, jenipapo, jequitibá, jerimum, jiboia,
deferir = conceder, atender jiló, jirau, pajé, etc.
diferir = ser diferente, divergir - As seguintes palavras: alfanje, alforje, berinjela, cafajeste,
delatar = denunciar cerejeira, intrujice, jeca, jegue, Jeremias, Jericó, Jerônimo, jérsei,
dilatar = distender, aumentar jiu-jitsu, majestade, majestoso, manjedoura, manjericão, ojeriza,
descrição = ato de descrever pegajento, rijeza, sabujice, sujeira, traje, ultraje, varejista.
discrição = qualidade de quem é discreto - Atenção: Moji palavra de origem indígena, deve ser escrita
emergir = vir à tona com J. Por tradição algumas cidades de São Paulo adotam a grafia
imergir = mergulhar com G, como as cidades de Mogi das Cruzes e Mogi Mirim.
emigrar = sair do país
imigrar = entrar num país estranho Representação do fonema /S/
emigrante = que ou quem emigra O fonema /s/, conforme o caso, representa-se por:
imigrante = que ou quem imigra - C, Ç: acetinado, açafrão, almaço, anoitecer, censura, cimen-
eminente = elevado, ilustre to, dança, dançar, contorção, exceção, endereço, Iguaçu, maçarico,
iminente = que ameaça acontecer maçaroca, maço, maciço, miçanga, muçulmano, muçurana, paço-
recrear = divertir ca, pança, pinça, Suíça, suíço, vicissitude.
recriar = criar novamente - S: ânsia, ansiar, ansioso, ansiedade, cansar, cansado, descan-
sar, descanso, diversão, excursão, farsa, ganso, hortênsia, preten-
soar = emitir som, ecoar, repercutir
são, pretensioso, propensão, remorso, sebo, tenso, utensílio.
suar = expelir suor pelos poros, transpirar
- SS: acesso, acessório, acessível, assar, asseio, assinar, car-
sortir = abastecer
rossel, cassino, concessão, discussão, escassez, escasso, essencial,
surtir = produzir (efeito ou resultado)
expressão, fracasso, impressão, massa, massagista, missão, neces-
sortido = abastecido, bem provido, variado
sário, obsessão, opressão, pêssego, procissão, profissão, profissio-
surtido = produzido, causado nal, ressurreição, sessenta, sossegar, sossego, submissão, sucessivo.
vadear = atravessar (rio) por onde dá pé, passar a vau - SC, SÇ: acréscimo, adolescente, ascensão, consciência,
vadiar = viver na vadiagem, vagabundear, levar vida de vadio consciente, crescer, cresço, descer, desço, desça, disciplina, discí-
pulo, discernir, fascinar, florescer, imprescindível, néscio, oscilar,
Emprego das letras G e J piscina, ressuscitar, seiscentos, suscetível, suscetibilidade, susci-
Para representar o fonema /j/ existem duas letras; g e j. Grafa- tar, víscera.
se este ou aquele signo não de modo arbitrário, mas de acordo com - X: aproximar, auxiliar, auxílio, máximo, próximo, proximi-
a origem da palavra. Exemplos: gesso (do grego gypsos), jeito (do dade, trouxe, trouxer, trouxeram, etc.
latim jactu) e jipe (do inglês jeep). - XC: exceção, excedente, exceder, excelência, excelente, excel-
so, excêntrico, excepcional, excesso, excessivo, exceto, excitar, etc.
Escrevem-se com G:
- Os substantivos terminados em –agem, -igem, -ugem: gara- Homônimos
gem, massagem, viagem, origem, vertigem, ferrugem, lanugem.
Exceção: pajem acento = inflexão da voz, sinal gráfico
- As palavras terminadas em –ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio: assento = lugar para sentar-se
contágio, estágio, egrégio, prodígio, relógio, refúgio. acético = referente ao ácido acético (vinagre)
- Palavras derivadas de outras que se grafam com g: massa- ascético = referente ao ascetismo, místico
gista (de massagem), vertiginoso (de vertigem), ferruginoso (de cesta = utensílio de vime ou outro material
ferrugem), engessar (de gesso), faringite (de faringe), selvageria sexta = ordinal referente a seis
(de selvagem), etc. círio = grande vela de cera
- Os seguintes vocábulos: algema, angico, apogeu, auge, es- sírio = natural da Síria
trangeiro, gengiva, gesto, gibi, gilete, ginete, gíria, giz, hegemonia, cismo = pensão
herege, megera, monge, rabugento, sugestão, tangerina, tigela. sismo = terremoto
empoçar = formar poça
Escrevem-se com J: empossar = dar posse a
- Palavras derivadas de outras terminadas em –já: laranja (la- incipiente = principiante
ranjeira), loja (lojista, lojeca), granja (granjeiro, granjense), gorja insipiente = ignorante
(gorjeta, gorjeio), lisonja (lisonjear, lisonjeiro), sarja (sarjeta), ce- intercessão = ato de interceder
reja (cerejeira). interseção = ponto em que duas linhas se cruzam
- Todas as formas da conjugação dos verbos terminados em ruço = pardacento
–jar ou –jear: arranjar (arranje), despejar (despejei), gorjear (gor- russo = natural da Rússia
jeia), viajar (viajei, viajem) – (viagem é substantivo).
- Vocábulos cognatos ou derivados de outros que têm j: laje Emprego de S com valor de Z
(lajedo), nojo (nojento), jeito (jeitoso, enjeitar, projeção, rejeitar, - Adjetivos com os sufixos –oso, -osa: gostoso, gostosa, gra-
sujeito, trajeto, trejeito). cioso, graciosa, teimoso, teimosa, etc.

Didatismo e Conhecimento 15
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- Adjetivos pátrios com os sufixos –ês, -esa: português, portu- - Nas seguintes palavras femininas: framboesa, indefesa, lesa,
guesa, inglês, inglesa, milanês, milanesa, etc. mesa, sobremesa, obesa, Teresa, tesa, toesa, turquesa, etc.
- Substantivos e adjetivos terminados em –ês, feminino –esa: Usa-se –eza (com z):
burguês, burguesa, burgueses, camponês, camponesa, campone- - Nos substantivos femininos abstratos derivados de adjetivos
ses, freguês, freguesa, fregueses, etc. e denotado qualidades, estado, condição: beleza (de belo), fran-
- Verbos derivados de palavras cujo radical termina em –s: queza (de franco), pobreza (de pobre), leveza (de leve), etc.
analisar (de análise), apresar (de presa), atrasar (de atrás), extasiar
(de êxtase), extravasar (de vaso), alisar (de liso), etc. Verbos terminados em –ISAR e -IZAR
- Formas dos verbos pôr e querer e de seus derivados: pus, Escreve-se –isar (com s) quando o radical dos nomes corres-
pusemos, compôs, impuser, quis, quiseram, etc. pondentes termina em –s. Se o radical não terminar em –s, grafa-
- Os seguintes nomes próprios de pessoas: Avis, Baltasar, se –izar (com z): avisar (aviso + ar), analisar (análise + ar), alisar
Brás, Eliseu, Garcês, Heloísa, Inês, Isabel, Isaura, Luís, Luísa, (a + liso + ar), bisar (bis + ar), catalisar (catálise + ar), improvisar
Queirós, Resende, Sousa, Teresa, Teresinha, Tomás, Valdês. (improviso + ar), paralisar (paralisia + ar), pesquisar (pesquisa +
- Os seguintes vocábulos e seus cognatos: aliás, anis, arnês, ar), pisar, repisar (piso + ar), frisar (friso + ar), grisar (gris + ar),
ás, ases, através, avisar, besouro, colisão, convés, cortês, corte- anarquizar (anarquia + izar), civilizar (civil + izar), canalizar (ca-
sia, defesa, despesa, empresa, esplêndido, espontâneo, evasiva, nal + izar), amenizar (ameno + izar), colonizar (colono + izar),
fase, frase, freguesia, fusível, gás, Goiás, groselha, heresia, hesitar, vulgarizar (vulgar + izar), motorizar (motor + izar), escravizar (es-
manganês, mês, mesada, obséquio, obus, paisagem, país, paraíso, cravo + izar), cicatrizar (cicatriz + izar), deslizar (deslize + izar),
pêsames, pesquisa, presa, presépio, presídio, querosene, raposa, matizar (matiz + izar).
represa, requisito, rês, reses, retrós, revés, surpresa, tesoura, tesou- Emprego do X
ro, três, usina, vasilha, vaselina, vigésimo, visita. - Esta letra representa os seguintes fonemas:
Ch – xarope, enxofre, vexame, etc.
Emprego da letra Z CS – sexo, látex, léxico, tóxico, etc.
- Os derivados em –zal, -zeiro, -zinho, -zinha, -zito, -zita: ca- Z – exame, exílio, êxodo, etc.
fezal, cafezeiro, cafezinho, avezinha, cãozito, avezita, etc. SS – auxílio, máximo, próximo, etc.
- Os derivados de palavras cujo radical termina em –z: cruzei- S – sexto, texto, expectativa, extensão, etc.
ro (de cruz), enraizar (de raiz), esvaziar (de vazio), etc.
- Os verbos formados com o sufixo –izar e palavras cognatas: - Não soa nos grupos internos –xce- e –xci-: exceção, exceder,
fertilizar, fertilizante, civilizar, civilização, etc. excelente, excelso, excêntrico, excessivo, excitar, inexcedível, etc.
- Substantivos abstratos em –eza, derivados de adjetivos e de- - Grafam-se com x e não com s: expectativa, experiente, ex-
notando qualidade física ou moral: pobreza (de pobre), limpeza piar, expirar, expoente, êxtase, extasiado, extrair, fênix, texto, etc.
(de limpo), frieza (de frio), etc. - Escreve-se x e não ch: Em geral, depois de ditongo: caixa,
- As seguintes palavras: azar, azeite, azáfama, azedo, amizade, baixo, faixa, feixe, frouxo, ameixa, rouxinol, seixo, etc. Excetuam-
aprazível, baliza, buzinar, bazar, chafariz, cicatriz, ojeriza, prezar, se caucho e os derivados cauchal, recauchutar e recauchutagem.
prezado, proeza, vazar, vizinho, xadrez. Geralmente, depois da sílaba inicial en-: enxada, enxame, enxa-
mear, enxaguar, enxaqueca, enxergar, enxerto, enxoval, enxugar,
Sufixo –ÊS e –EZ enxurrada, enxuto, etc. Excepcionalmente, grafam-se com ch:
- O sufixo –ês (latim –ense) forma adjetivos (às vezes subs- encharcar (de charco), encher e seus derivados (enchente, preen-
tantivos) derivados de substantivos concretos: montês (de monte), cher), enchova, enchumaçar (de chumaço), enfim, toda vez que se
cortês (de corte), burguês (de burgo), montanhês (de montanha), trata do prefixo en- + palavra iniciada por ch. Em vocábulos de ori-
francês (de França), chinês (de China), etc. gem indígena ou africana: abacaxi, xavante, caxambu, caxinguelê,
- O sufixo –ez forma substantivos abstratos femininos deri- orixá, maxixe, etc. Nas seguintes palavras: bexiga, bruxa, coaxar,
vados de adjetivos: aridez (de árido), acidez (de ácido), rapidez faxina, graxa, lagartixa, lixa, lixo, mexer, mexerico, puxar, rixa,
(de rápido), estupidez (de estúpido), mudez (de mudo) avidez (de oxalá, praxe, vexame, xarope, xaxim, xícara, xale, xingar, xampu.
ávido) palidez (de pálido) lucidez (de lúcido), etc.
Emprego do dígrafo CH
Sufixo –ESA e –EZA Escreve-se com ch, entre outros os seguintes vocábulos: bu-
Usa-se –esa (com s): cha, charque, charrua, chavena, chimarrão, chuchu, cochilo, facha-
- Nos seguintes substantivos cognatos de verbos terminados da, ficha, flecha, mecha, mochila, pechincha, tocha.
em –ender: defesa (defender), presa (prender), despesa (despen-
der), represa (prender), empresa (empreender), surpresa (surpreen- Homônimos
der), etc.
- Nos substantivos femininos designativos de títulos nobiliár- Bucho = estômago
quicos: baronesa, dogesa, duquesa, marquesa, princesa, consulesa, Buxo = espécie de arbusto
prioresa, etc. Cocha = recipiente de madeira
- Nas formas femininas dos adjetivos terminados em –ês: bur- Coxa = capenga, manco
guesa (de burguês), francesa (de francês), camponesa (de campo- Tacha = mancha, defeito; pequeno prego; prego de cabeça lar-
nês), milanesa (de milanês), holandesa (de holandês), etc. ga e chata, caldeira.

Didatismo e Conhecimento 16
LÍNGUA PORTUGUESA
Taxa = imposto, preço de serviço público, conta, tarifa Emprego das iniciais minúsculas
Chá = planta da família das teáceas; infusão de folhas do chá
ou de outras plantas - Nomes de meses, de festas pagãs ou populares, nomes gen-
Xá = título do soberano da Pérsia (atual Irã) tílicos, nomes próprios tornados comuns: maia, bacanais, carnaval,
Cheque = ordem de pagamento ingleses, ave-maria, um havana, etc.
Xeque = no jogo de xadrez, lance em que o rei é atacado por - Os nomes a que se referem os itens 4 e 5 acima, quando em-
uma peça adversária pregados em sentido geral: São Pedro foi o primeiro papa. Todos
amam sua pátria.
Consoantes dobradas - Nomes comuns antepostos a nomes próprios geográficos: o
- Nas palavras portuguesas só se duplicam as consoantes C, rio Amazonas, a baía de Guanabara, o pico da Neblina, etc.
R, S. - Palavras, depois de dois pontos, não se tratando de citação di-
- Escreve-se com CC ou CÇ quando as duas consoantes soam reta: “Qual deles: o hortelão ou o advogado?”; “Chegam os magos
distintamente: convicção, occipital, cocção, fricção, friccionar, do Oriente, com suas dádivas: ouro, incenso, mirra”.
facção, sucção, etc.
- No interior dos títulos, as palavras átonas, como: o, a, com, de,
- Duplicam-se o R e o S em dois casos: Quando, intervocá-
em, sem, grafam-se com inicial minúscula.
licos, representam os fonemas /r/ forte e /s/ sibilante, respectiva-
mente: carro, ferro, pêssego, missão, etc. Quando a um elemento
de composição terminado em vogal seguir, sem interposição do Algumas palavras ou expressões costumam apresentar dificul-
hífen, palavra começada com /r/ ou /s/: arroxeado, correlação, dades colocando em maus lençóis quem pretende falar ou redigir
pressupor, bissemanal, girassol, minissaia, etc. português culto. Esta é uma oportunidade para você aperfeiçoar
CÊ - cedilha seu desempenho. Preste atenção e tente incorporar tais palavras
É a letra C que se pôs cedilha. Indica que o Ç passa a ter som certas em situações apropriadas.
de /S/: almaço, ameaça, cobiça, doença, eleição, exceção, força, A anos: a indica tempo futuro: Daqui a um ano iremos à Europa.
frustração, geringonça, justiça, lição, miçanga, preguiça, raça. Há anos: há indica tempo passado: não o vejo há meses.
Nos substantivos derivados dos verbos: ter e torcer e seus de-
rivados: ater, atenção; abster, abstenção; reter, retenção; torcer, “Procure o seu caminho
torção; contorcer, contorção; distorcer, distorção. Eu aprendi a andar sozinho
O Ç só é usado antes de A,O,U. Isto foi há muito tempo atrás
Mas ainda sei como se faz
Emprego das iniciais maiúsculas Minhas mãos estão cansadas
- A primeira palavra de período ou citação. Diz um provérbio Não tenho mais onde me agarrar.”
árabe: “A agulha veste os outros e vive nua”. No início dos versos (gravação: Nenhum de Nós)
que não abrem período é facultativo o uso da letra maiúscula.
- Substantivos próprios (antropônimos, alcunhas, topônimos, Atenção: Há muito tempo já indica passado. Não há necessi-
nomes sagrados, mitológicos, astronômicos): José, Tiradentes, dade de usar atrás, isto é um pleonasmo.
Brasil, Amazônia, Campinas, Deus, Maria Santíssima, Tupã, Mi-
nerva, Via-Láctea, Marte, Cruzeiro do Sul, etc. Acerca de: equivale a (a respeito de): Falávamos acerca de
- Nomes de épocas históricas, datas e fatos importantes, festas uma solução melhor.
religiosas: Idade Média, Renascença, Centenário da Independência Há cerca de: equivale a (faz tempo). Há cerca de dias resol-
do Brasil, a Páscoa, o Natal, o Dia das Mães, etc. vemos este caso.
- Nomes de altos cargos e dignidades: Papa, Presidente da Re-
Ao encontro de: equivale (estar a favor de): Sua atitude vai ao
pública, etc.
encontro da verdade.
- Nomes de altos conceitos religiosos ou políticos: Igreja, Na-
De encontro a: equivale a (oposição, choque): Minhas opi-
ção, Estado, Pátria, União, República, etc.
niões vão de encontro às suas.
- Nomes de ruas, praças, edifícios, estabelecimentos, agremia-
ções, órgãos públicos, etc: Rua do Ouvidor, Praça da Paz, Academia
Brasileira de Letras, Banco do Brasil, Teatro Municipal, Colégio A fim de: locução prepositiva que indica (finalidade): Vou a
Santista, etc. fim de visitá-la.
- Nomes de artes, ciências, títulos de produções artísticas, lite- Afim: é um adjetivo e equivale a (igual, semelhante): Somos
rárias e científicas, títulos de jornais e revistas: Medicina, Arqui- almas afins.
tetura, Os Lusíadas, O Guarani, Dicionário Geográfico Brasileiro,
Correio da Manhã, Manchete, etc. Ao invés de: equivale (ao contrário de): Ao invés de falar co-
- Expressões de tratamento: Vossa Excelência, Sr. Presidente, meçou a chorar (oposição).
Excelentíssimo Senhor Ministro, Senhor Diretor, etc.
- Nomes dos pontos cardeais, quando designam regiões: Os po- Em vez de: equivale a (no lugar de): Em vez de acompanhar-
vos do Oriente, o falar do Norte. Mas: Corri o país de norte a sul. O me, ficou só.´
Sol nasce a leste. Faça você a sua parte, ao invés de ficar me cobrando!
- Nomes comuns, quando personificados ou individuados: o Quantas vezes usamos “ao invés de” quando queremos dizer
Amor, o Ódio, a Morte, o Jabuti (nas fábulas), etc. “no lugar de”!

Didatismo e Conhecimento 17
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Contudo, esse emprego é equivocado, uma vez que “invés” Sessão: equivale ao intervalo de tempo de uma reunião: A ses-
significa “contrário”, “inverso”. Não que seja absurdamente errado são do filme durou duas horas.
escrever “ao invés de” em frases que expressam sentido de “em Seção/Secção: repartição pública, departamento: Visitei hoje a
lugar de”, mas é preferível optar por “em vez de”. seção de esportes.
Observe: Em vez de conversar, preferiu gritar para a escola
inteira ouvir! (em lugar de) Ele pediu que fosse embora ao invés Demais: é advérbio de intensidade, equivale a muito, aparece
de ficar e discutir o caso. (ao contrário de) intensificando verbos, adjetivos ou o próprio advérbio. Vocês falam
Use “ao invés de” quando quiser o significado de “ao contrá- demais, caras!
rio de”, “em oposição a”, “avesso”, “inverso”. Demais: pode ser usado como substantivo, seguido de artigo,
Use “em vez de” quando quiser um sentido de “no lugar de” equivale a os outros. Chamaram mais dez candidatos, os demais
ou “em lugar de”. No entanto, pode assumir o significado de “ao devem aguardar.
invés de”, sem problemas. Porém, o que ocorre é justamente o De mais: é locução prepositiva, opõe-se a de menos, refere-se
contrário, coloca-se “ao invés de” onde não poderia. sempre a um substantivo ou a um pronome: Não vejo nada de mais
em sua decisão.
A par: equivale a (bem informado, ciente): Estamos a par das
boas notícias. Dia a dia: é um substantivo, equivale a cotidiano, diário, que
Ao par: indica relação (de igualdade ou equivalência entre va- faz ou acontece todo dia. Meu dia a dia é cheio de surpresas. (até
lores financeiros – câmbio): O dólar e o euro estão ao par. 01/01/2009, era grafado dia a dia)
Dia a dia: é uma expressão adverbial, equivale a diariamente.
Aprender: tomar conhecimento de: O menino aprendeu a lição. O álcool aumenta dia a dia. Pode isso?
Apreender: prender: O fiscal apreendeu a carteirinha do
menino. Descriminar: equivale a (inocentar, absolver de crime). O réu
À toa: é uma locução adverbial de modo, equivale a (inutilmen- foi descriminado; pra sorte dele.
te, sem razão): Andava à toa pela rua. Discriminar: equivale a (diferençar, distinguir, separar). Era
À toa: é um adjetivo (refere-se a um substantivo), equiva- impossível discriminar os caracteres do documento. Cumpre dis-
le a (inútil, desprezível). Foi uma atitude à toa e precipitada. (até criminar os verdadeiros dos falsos valores. /Os negros ainda são
01/01/2009 era grafada: à-toa) discriminados.
Baixar: os preços quando não há objeto direto; os preços fun- Descrição: ato de descrever: A descrição sobre o jogador foi
cionam como sujeito: Baixaram os preços (sujeito) nos supermer- perfeita.
cados. Vamos comemorar, pessoal! Discrição: qualidade ou caráter de ser discreto, reservado:
Abaixar: os preços empregado com objeto direto: Os postos Você foi muito discreto.
(sujeito) de combustível abaixaram os preços (objeto direto) da
gasolina. Entrega em domicílio: equivale a lugar: Fiz a entrega em domicílio.
Entrega a domicílio com verbos de movimento: Enviou as
Bebedor: é a pessoa que bebe: Tornei-me um grande bebedor compras a domicílio.
de vinho.
Bebedouro: é o aparelho que fornece água. Este bebedouro As expressões “entrega em domicílio” e “entrega a domicílio”
está funcionando bem. são muito recorrentes em restaurantes, na propaganda televisa, no
outdoor, no folder, no panfleto, no catálogo, na fala. Convivem
Bem Vindo: é um adjetivo composto: Você é sempre bem vin- juntas sem problemas maiores porque são entendidas da mesma
do aqui, jovem. forma, com um mesmo sentido. No entanto, quando falamos de
Benvindo: é nome próprio: Benvindo é meu colega de classe. gramática normativa, temos que ter cuidado, pois “a domicílio”
não é aceita. Por quê? A regra estabelece que esta última locução
Boêmia/Boemia: são formas variantes (usadas normalmente): adverbial deve ser usada nos casos de verbos que indicam movi-
Vivia na boêmia/boemia. mento, como: levar, enviar, trazer, ir, conduzir, dirigir-se.
Portanto, “A loja entregou meu sofá a casa” não está correto.
Botijão/Bujão de gás: ambas formas corretas: Comprei um bo- Já a locução adverbial “em domicílio” é usada com os verbos sem
tijão/bujão de gás. noção de movimento: entregar, dar, cortar, fazer.
A dúvida surge com o verbo “entregar”: não indicaria movi-
Câmara: equivale ao local de trabalho onde se reúnem os ve- mento? De acordo com a gramática purista não, uma vez que quem
readores, deputados: Ficaram todos reunidos na Câmara Municipal. entrega, entrega algo em algum lugar.
Câmera: aparelho que fotografa, tira fotos: Comprei uma câ- Porém, há aqueles que afirmam que este verbo indica sim mo-
mera japonesa. vimento, pois quem entrega se desloca de um lugar para outro.
Contudo, obedecendo às normas gramaticais, devemos usar
Champanha/Champanhe (do francês): O champanha/ “entrega em domicílio”, nos atentando ao fato de que a finalidade
champanhe está bem gelado. é que vale: a entrega será feita no (em+o) domicílio de uma pessoa.
Cessão: equivale ao ato de doar, doação: Foi confirmada a ces- Espectador: é aquele que vê, assiste: Os espectadores se far-
são do terreno. taram da apresentação.

Didatismo e Conhecimento 18
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Expectador: é aquele que está na expectativa, que espera algu- “Pode seguir a tua estrada
ma coisa: O expectador aguardava o momento da chamada. o teu brinquedo de estar
fantasiando um segredo
Estada: permanência de pessoa (tempo em algum lugar): A es- o ponto aonde quer chegar...”
tada dela aqui foi gratificante. (gravação: Barão Vermelho)
Estadia: prazo concedido para carga e descarga de navios ou
veículos: A estadia do carro foi prolongada por mais algumas se- Por ora: equivale a (por este momento, por enquanto): Por ora
manas. chega de trabalhar.
Fosforescente: adjetivo derivado de fósforo; que brilha no es-
curo: Este material é fosforescente. Por hora: locução equivale a (cada sessenta minutos): Você
Fluorescente: adjetivo derivado de flúor, elemento químico, deve cobrar por hora.
refere-se a um determinado tipo de luminosidade: A luz branca do
carro era fluorescente. Por que: escreve se separado; quando ocorre: preposição por+-
que - advérbio interrogativo (Por que você mentiu?); preposição
Haja - do verbo haver - É preciso que não haja descuido. por+que – pronome relativo pelo/a qual, pelos/as quais (A cidade
Aja - do verbo agir - Aja com cuidado, Carlinhos. por que passamos é simpática e acolhedora.) (=pela qual); prepo-
sição por+que – conjunção subordinativa integrante; inicia oração
Houve: pretérito perfeito do verbo haver, 3ª pessoa do singular subordinada substantiva (Não sei por que tomaram esta decisão.
Ouve: presente do indicativo do verbo ouvir, 3ª pessoa do (=por que motivo, razão)
singular
Por quê: final de frase, antes de um ponto final, de interroga-
Levantar: é sinônimo de erguer: Ginês, meu estimado cunha- ção, de exclamação, reticências; o monossílabo que passa a ser tô-
do, levantou sozinho a tampa do poço. nico (forte), devendo, pois, ser acentuado: O show foi cancelado
Levantar-se: pôr de pé: Luís e Diego levantaram-se cedo e, mas ninguém sabe por quê. (final de frase); Por quê? (isolado)
dirigiram-se ao aeroporto.
Porque: conjunção subordinativa causal: equivale a: pela cau-
Mal: advérbio de modo, equivale a erradamente, é oposto de sa, razão de que, pelo fato, motivo de que: Não fui ao encontro por-
bem: Dormi mal. (bem). Equivale a nocivo, prejudicial, enfermida- que estava acamado; conjunção subordinativa explicativa: equivale
de; pode vir antecedido de artigo, adjetivo ou pronome: A comida a: pois, já que, uma vez que, visto que: “Mas a minha tristeza é
fez mal para mim. Seu mal é crer em tudo. Conjunção subordinati- sossego porque é natural e justa.”; conjunção subordinativa final
va temporal, equivale a assim que, logo que: Mal chegou começou (verbo no subjuntivo, equivale a para que): “Mas não julguemos,
porque não venhamos a ser julgados.”
a chorar desesperadamente.
Mau: adjetivo, equivale a ruim, oposto de bom; plural=maus;
Porquê: funciona como substantivo; vem sempre acompanha-
feminino=má. Você é um mau exemplo (bom). Substantivo: Os
do de um artigo ou determinante: Não foi fácil encontrar o porquê
maus nunca vencem.
daquele corre-corre.
Mas: conjunção adversativa (ideia contrária), equivale a po-
Senão: equivale a (caso contrário, a não ser): Não fazia coisa
rém, contudo, entretanto: Telefonei-lhe mas ela não atendeu.
nenhuma senão criticar.
Mais: pronome ou advérbio de intensidade, opõe-se a menos:
Há mais flores perfumadas no campo.
Se não: equivale a (se por acaso não), em orações adverbiais
condicionais: Se não houver homens honestos, o país não sairá des-
Nem um: equivale a nem um sequer, nem um único; a palavra ta situação crítica.
um expressa quantidade: Nem um filho de Deus apareceu para ajudá-la.
Nenhum: pronome indefinido variável em gênero e número; vem Tampouco: advérbio, equivale a (também não): Não compare-
antes de um substantivo, é oposto de algum: Nenhum jornal ceu, tampouco apresentou qualquer justificativa.
divulgou o resultado do concurso.
Tão pouco: advérbio de intensidade: Encontramo-nos tão pou-
Obrigada: As mulheres devem dizer: muito obrigada, eu co esta semana.
mesma, eu própria.
Obrigado: Os homens devem dizer: muito obrigado, eu Trás ou Atrás = indicam lugar, são advérbios
mesmo, eu próprio. Traz - do verbo trazer

Onde: indica o (lugar em que se está); refere-se a verbos que Vultoso: volumoso: Fizemos um trabalho vultoso aqui.
exprimem estado, permanência: Onde fica a farmácia mais próxima? Vultuoso: atacado de congestão no rosto: Sua face está vultuo-
Aonde: indica (ideia de movimento); equivale (para onde) so- sa e deformada.
mente com verbo de movimento desde que indique deslocamento,
ou seja, a+onde. Aonde vão com tanta pressa?

Didatismo e Conhecimento 19
LÍNGUA PORTUGUESA
Exercícios 10. Complete com X ou CH: en.....er; dei.....ar; ......eiro;
fle......a; ei.....o; frou.....o; ma.....ucar; .....ocolate; en.....ada; en.....
01. Observe a ortografia correta das palavras: disenteria; pro- ergar; cai......a; .....iclete; fai......a; .....u......u; salsi......a; bai.......a;
grama; mortadela; mendigo; beneficente; caderneta; problema. capri......o; me......erica; ria.......o; ......ingar; .......aleira; amei......a;
......eirosos; abaca. ... i.
Empregue as palavras acima nas frases:
a) O......teve.....porque comeu......estragada. 11. Complete com MAL ou MAU:
b) O superpai protegeu demais seu filho e este lhe trouxe a) Disseram que Carlota passou......ontem.
um.........: sua.......escolar indicou péssimo aproveitamento. b) Ele ficou de......humor após ter agido daquela forma.
c) A festa......teve um bom.......e, por isso, um bom aprovei- c) O time se considera......preparado para tal jogo.
tamento. d) Carlota sofria de um..........curável.
e) O.......é se ter afeiçoado às coisas materiais.
02. Passe as palavras para o diminutivo: f) Ele não é um........sujeito.
- asa; japonês; pai; homem; adeus; português; só; anel; g) Mas o.......não durou muito tempo.
- beleza; rosa; país; avô; arroz; princesa; café;
- flor; Oscar; rei; bom; casa; lápis; pé. 12. Complete as frases com porque ou por que corretamente:
a) ....... você está chateada?
03. Passe para o plural diminutivo: trem; pé; animal; só; pa- b) Cuidar do animal é mais importante........ele fica limpinho.
pel; jornal; mão; balão; automóvel; pai; cão; mercadoria; farol; c) .......... você não limpou o tapete?
rua; chapéu; flor. d) Concordo com papai.............ele tem razão.
e) ..........precisamos cuidar dos animais de estimação.
04. Preencha as lacunas com as seguintes palavras: seção, ses-
são, cessão, comprimento, cumprimento, conserto, concerto 13. Preencha as lacunas com: mas = porém; mais = indica
a) O pequeno jornaleiro foi à.........do jornal. quantidade; más = feminino de mau.
b) Na..........musical os pequenos cantores apresentaram-se a) A mãe e o filho discutiram,.......não chegaram a um acordo.
muito bem. b) Você quer.......razões para acreditar em seu pai?
c) O........do jornaleiro é amável. c) Pessoas.........deveriam fazer reflexões para acreditar...... na
d) O..... das roupas é feito pela mãe do garoto. bondade do que no ódio.
e) O......do sapato custou muito caro. d) Eu limpo,.........depois vou brincar.
f) Eu......meu amigo com amabilidade. e) O frio não prejudica .........o Tico.
g) A.......de cinema foi um sucesso. f) Infelizmente Tico morreu, ........comprarei outro cãozinho.
h) O vestido tem um.........bom. g) Todas as atitudes ......devem ser perdoadas,.......jamais ser
i) Os pequenos violinistas participaram de um........ . repetidas, pois, quanto............se vive,.........se aprende.

05. Dê a palavra derivada acrescentando os sufixos ESA ou 14. Preencha as lacunas com: trás, atrás e traz.
EZA: Portugal; certo; limpo; bonito; pobre; magro; belo; gentil; a) ........... de casa havia um pinheiro.
duro; lindo; China; frio; duque; fraco; bravo; grande. b) A poluição.......consigo graves consequências.
c) Amarre-o por......... da árvore.
06. Forme substantivos dos adjetivos: honrado; rápido; escas- d) Não vou....... de comentários bobos..
so; tímido; estúpido; pálido; ácido; surdo; lúcido; pequeno.
15. Preencha as lacunas com: HÁ - indica tempo passado; A -
07. Use o H quando for necessário: alucinar; élice, umilde, tempo futuro e espaço.
esitar, oje, humano, ora, onra, aver, ontem, êxito, ábil, arpa, irôni- a) A loja fica ....... pouco quilômetros daqui.
co, orrível, árido, óspede, abitar. b) .........instantes li sobre o Natal.
c) Eles não vão à loja porque ........ mais de dois dias a mer-
8. Complete as lacunas com as seguintes formas verbais: Hou- cadoria acabou.
ve e Ouve. d) .........três dias que todos se preparam para a festa do Natal.
a) O menino .....muitas recomendações de seu pai. e) Esse fato aconteceu ....... muito tempo.
b) ........muita confusão na cabeça do pequeno. f) Os alunos da escola dramatizarão a história do Natal daqui
c) A criança não.........a professora porque não a compreende. ......oito dias.
d) Na escola........festa do Dia do Índio. g) Ele estava......... três passos da casa de André.
h) ........ dois quarteirões existe uma bela árvore de Natal.
9. A letra X representa vários sons. Leia atentamente as pala-
vras oralmente: trouxemos, exercícios, táxi, executarei, exibir-se, 16. Atenção para as palavras: por cima; devagar; depressa; de
oxigênio, exercer, proximidade, tóxico, extensão, existir, experiên- repente; por isso. Agora, empregue-as nas frases:
cia, êxito, sexo, auxílio, exame. Separe as palavras em três seções, a) ......... uma bola atingiu o cenário e o derrubou.
conforme o som do X. b) Bem...........o povo começou a se retirar.
- Som de Z; c) O rei descobriu a verdade,..........ficou irritado.
- Som de KS; d) Faça sua tarefa............, para podermos ir ao dentista.
- Som de S. e) ......... de sua vestimenta real, o rei usava um manto.

Didatismo e Conhecimento 20
LÍNGUA PORTUGUESA
17. Forme novas palavras usando ISAR ou IZAR: análise; Respostas
pesquisa; anarquia; canal; civilização; colônia; humano; suave;
revisão; real; nacional; final; oficial; monopólio; sintonia; central; 01. a) mendigo disenteria mortadela b) problema caderneta c)
paralisia; aviso. beneficente programa

02.
18. Haja ou aja. Use haja ou aja para completar as orações:
- asinha; japonesinho; paizinho; homenzinho; adeusinho; por-
a) ........ com atenção para que não ........ muitos erros. tuguesinho; sozinho; anelzinho;
b) Talvez ......... greve; é preciso que........... cuidado e atenção. - belezinha; rosinha; paisinho; avozinho; arrozinho; princesi-
c) Desejamos que ........ fraternidade nessa escola. nha; cafezinho;
d) ...... com docilidade, meu filho! - florzinha; Oscarzinho; reizinho; bonzinho; casinha; lapisi-
nho; pezinho.
19. A palavra MENOS não deve ser modificada para o femini-
no. Complete as frases com a palavra MENOS: 03. trenzinhos; pezinhos; animaizinhos; sozinhos; papeizi-
a) Conheço todos os Estados brasileiros,.....a Bahia. nhos; jornaizinhos; mãozinhas; balõezinhos; automoveizinhos;
b) Todos eram calmos,.........mamãe. paizinhos; cãezinhos; mercadoriazinhas; faroizinhos; ruazinhas;
c) Quero levar.........sanduíches do que na semana passada. chapeuzinhos; florezinhas.
d) Mamãe fazia doces e salgados........tortas grandes.
04. a) seção b) sessão c) cumprimento d) conserto e) conserto
f) cumprimento g) sessão h) comprimento i) concerto.
20. Use por que , por quê , porque e porquê:
a) ..........ninguém ri agora? 05. portuguesa; certeza; limpeza; boniteza; pobreza; magreza;
b) Eis........ ninguém ri. beleza; gentileza; dureza; lindeza; Chinesa; frieza; duquesa; fra-
c) Eis os princípios ............luto. queza; braveza; grandeza.
d) Ela não aprendeu, ...........?
e) Aproximei-me .........todos queriam me ouvir. 06. honradez; rapidez; escassez; timidez; estupidez; palidez;
f) Você está assustado, ..........? acidez; surdez; lucidez; pequenez.
g) Eis o motivo........errei.
h) Creio que vou melhorar.......estudei muito. 07. alucinar, ontem, hélice, êxito, humilde, hábil, hesitar, har-
pa, hoje, irônico, humano, horrível, hora, árido, honra, hóspede,
i) O....... é difícil de ser estudado.
haver, habitar.
j) ........ os índios estão revoltados?
k) O caminho ........viemos era tortuoso. 08. a) ouve b) Houve c) ouve d) houve

21. Uso do S e Z. Complete as palavras com S ou Z. A se- 09.


guir, copie as palavras na forma correta: pou....ando; pre....ença; Som de Z: exercícios, executarei, exibir-se, exercer, existir,
arte.....anato; escravi.....ar; nature.....a; va.....o; pre.....idente; fa..... êxito e exame.
er; Bra.....il; civili....ação; pre....ente; atra....ados; produ......irem; Som de KS: táxi, oxigênio, tóxico e sexo.
a....a; hori...onte; torrão....inho; fra....e; intru ....o; de....ejamos; Som de S: trouxemos, proximidade, extensão, experiência e auxílio.
po....itiva; podero....o; de...envolvido; surpre ....a; va.....io; ca....o;
10. encher, deixar, cheiro, flecha, eixo, frouxo, machucar, cho-
coloni...ação.
colate, enxada, enxergar, caixa, chiclete, faixa, chuchu, salsicha,
baixa, capricho, mexerica, riacho, xingar, chaleira, ameixa, chei-
22. Complete com X ou S e copie as palavras com atenção: rosos, abacaxi.
e....trangeiro; e....tensão; e....tranho; e....tender; e....tenso; e....pon-
tâneo; mi...to; te....te; e....gotar; e....terior; e....ceção; e...plêndido; 11. a) mal b) mau c) mal d) mal e) mau f) mau g) mal
te....to; e....pulsar; e....clusivo. 12. a) Por que b) porque c) Por que d) porque e) Porque
23. Tão Pouco / Tampouco
13. a) mas b) más mais c) más d) mas e) mais f) mas g) más
Complete as frases corretamente: mas mais mais
a) Eu tive ........oportunidades!
b) Tenho.......... alunos, que cabem todos naquela salinha. 14. a) Atrás b) traz c) trás d) atrás
c) Ele não veio;.......virão seus amigos.
15. a) a b) Há c) há d) Há e) há f) a g) a h) A
d) Eu tenho .........tempo para estudar.
e) Nunca tive gosto para dançar;......para tocar piano. 16. a) De repente b) devagar c) por isso d) depressa e) Por cima
f) As pessoas que não amam,........são felizes.
g) As pessoas têm.....atitudes de amizade. 17. analisar; pesquisar; anarquizar; canalizar; civilizar; coloni-
h) O governo daquele país não resolve seus problemas,....... se zar; humanizar; suavizar; revisar; realizar; nacionalizar; finalizar;
preocupa em resolvê-los. oficializar; monopolizar; sintonizar; centralizar; paralisar; avisar.

Didatismo e Conhecimento 21
LÍNGUA PORTUGUESA
18. a) Aja haja b) haja haja c) haja d) Aja 8. Nas formações com os prefixos pós-, pré- e pró-: pré-natal, pré
-escolar, pró-europeu, pós-graduação, etc.
19. a) menos b) menos c) menos d) menos
9. Na ênclise e mesóclise: amá-lo, deixá-lo, dá-se, abraça-o, lança
20. a) Por que b) por que c) por que d) por quê e) porque f) por -o e amá-lo-ei, falar-lhe-ei, etc.
quê g) por que h) porque i) porquê j) Por que k) por que
10. Nas formações em que o prefixo tem como segundo termo uma
21. Pousando; Presença; Artesanato; Escravizar; Natureza; palavra iniciada por “h”: sub-hepático, eletro-higrómetro, geo-histó-
Vaso; Presidente; Fazer; Brasil; Civilização; Presente; Atrasados; ria, neo-helênico, extra-humano, semi-hospitalar, super- -homem.
Produzirem; Asa; Horizonte; Torrãozinho; Frase; Intruso; Deseja-
mos; Positiva; Poderoso; Desenvolvido; Surpresa; Vazio; Caso; 11. Nas formações em que o prefixo ou pseudo prefixo termina
Colonização. na mesma vogal do segundo elemento: micro-ondas, eletro-ótica, semi
-interno, auto-observação, etc.
22. estrangeiro; extensão; estranho; estender; extenso; Espon- Obs: O hífen é suprimido quando para formar outros termos: rea-
tâneo; Misto; Teste; Esgotar; Exterior; Exceção; Esplêndido; Tex- ver, inábil, desumano, lobisomem, reabilitar.
to; Expulsar; Exclusivo.
- Lembre-se: ao separar palavras na translineação (mudança de li-
23. a) tão poucas b) tão poucos c) tampouco d) tão pouco e) nha), caso a última palavra a ser escrita seja formada por hífen, repita-o
tampouco f) tampouco g) tão poucas h) tampouco na próxima linha. Exemplo: escreverei anti-inflamatório e, ao final,
coube apenas “anti-”. Na linha debaixo escreverei: “-inflamatório” (hí-
fen em ambas as linhas).
HÍFEN
Não se emprega o hífen:
O hífen é um sinal diacrítico (que distingue) usado para ligar os
elementos de palavras compostas (couve-flor, ex-presidente) e para 1. Nas formações em que o prefixo ou falso prefixo termina em
unir pronomes átonos a verbos (ofereceram-me; vê-lo-ei). vogal e o segundo termo inicia-se em “r” ou “s”. Nesse caso, passa-
Serve igualmente para fazer a translineação de palavras, isto é, no se a duplicar estas consoantes: antirreligioso, contrarregra, infrassom,
fim de uma linha, separar uma palavra em duas partes (ca-/sa; compa-/ microssistema, minissaia, microrradiografia, etc.
nheiro). 2. Nas constituições em que o prefixo ou pseudoprefixo termina
em vogal e o segundo termo inicia-se com vogal diferente: antiaéreo,
Uso do hífen que continua depois da Reforma Ortográfica: extraescolar, coeducação, autoestrada, autoaprendizagem, hidroelé-
trico, plurianual, autoescola, infraestrutura, etc.
1. Em palavras compostas por justaposição que formam uma uni-
dade semântica, ou seja, nos termos que se unem para formar um novo 3. Nas formações, em geral, que contêm os prefixos “dês” e “in” e
significado: tio-avô, porto-alegrense, luso-brasileiro, tenente-coronel, o segundo elemento perdeu o h inicial: desumano, inábil, desabilitar,
segunda-feira, conta-gotas, guarda-chuva, arco- -íris, primeiro- etc.
ministro, azul-escuro.
4. Nas formações com o prefixo “co”, mesmo quando o segun-
2. Em palavras compostas por espécies botânicas e zoológicas: do elemento começar com “o”: cooperação, coobrigação, coordenar,
couve-flor, bem-te-vi, bem-me-quer, abóbora-menina, erva-doce, fei- coocupante, coautor, coedição, coexistir, etc.
jão-verde.
5. Em certas palavras que, com o uso, adquiriram noção de compo-
3. Nos compostos com elementos além, aquém, recém e sem: além sição: pontapé, girassol, paraquedas, paraquedista, etc.
-mar, recém-nascido, sem-número, recém-casado, aquém- -fiar, etc.
6. Em alguns compostos com o advérbio “bem”: benfeito, benque-
4. No geral, as locuções não possuem hífen, mas algumas exce- rer, benquerido, etc.
ções continuam por já estarem consagradas pelo uso: cor- -de-rosa,
arco-da-velha, mais-que-perfeito, pé-de-meia, água-de- -colônia, Questões sobre Hífen
queima-roupa, deus-dará.
01. Assinale a alternativa em que o hífen, conforme o novo Acordo,
5. Nos encadeamentos de vocábulos, como: ponte Rio-Niterói, está sendo usado corretamente:
percurso Lisboa-Coimbra-Porto e nas combinações históricas ou oca- A) Ele fez sua auto-crítica ontem.
sionais: Áustria-Hungria, Angola-Brasil, Alsácia-Lorena, etc. B) Ela é muito mal-educada.
C) Ele tomou um belo ponta-pé.
6. Nas formações com os prefixos hiper-, inter- e super- quando D) Fui ao super-mercado, mas não entrei.
associados com outro termo que é iniciado por r: hiper-resistente, inter E) Os raios infra-vermelhos ajudam em lesões.
-racial, super-racional, etc.
02. Assinale a alternativa errada quanto ao emprego do hífen:
7. Nas formações com os prefixos ex-, vice-: ex-diretor, ex- -pre- A) Pelo interfone ele comunicou bem-humorado que faria uma
sidente, vice-governador, vice-prefeito. superalimentação.

Didatismo e Conhecimento 22
LÍNGUA PORTUGUESA
B) Nas circunvizinhanças há uma casa malassombrada. 10.Assinale a alternativa em que ocorre erro quanto ao emprego
C) Depois de comer a sobrecoxa, tomou um antiácido. do hífen.
D) Nossos antepassados realizaram vários anteprojetos. A) Foi iniciada a campanha pró-leite.
E) O autodidata fez uma autoanálise. B) O ex-aluno fez a sua autodefesa.
C) O contrarregra comeu um contra-filé.
03. Assinale a alternativa incorreta quanto ao emprego do hífen,
D) Sua vida é um verdadeiro contrassenso.
respeitando-se o novo Acordo.
A) O semi-analfabeto desenhou um semicírculo. E) O meia-direita deu início ao contra-ataque.
B) O meia-direita fez um gol de sem-pulo na semifinal do cam-
peonato. GABARITO
C) Era um sem-vergonha, pois andava seminu.
D) O recém-chegado veio de além-mar. 01. B 02. B 03. A 04. E 05. C
E) O vice-reitor está em estado pós-operatório. 06. D 07. D 08. B 09. D 10. C

04. Segundo o novo Acordo, entre as palavras pão duro (avarento), RESOLUÇÃO
copo de leite (planta) e pé de moleque (doce) o hífen é obrigatório:
A) em nenhuma delas. 1-)
B) na segunda palavra.
A) autocrítica
C) na terceira palavra.
D) em todas as palavras. C) pontapé
E) na primeira e na segunda palavra. D) supermercado
E) infravermelhos
05. Fez um esforço para vencer o campeonato . Qual alterna-
tiva completa corretamente as lacunas? 2-)B) Nas circunvizinhanças há uma casa mal-assombrada.
A) sobreumano/interregional
B) sobrehumano-interregional 3-) A) O semianalfabeto desenhou um semicírculo.
C) sobre-humano / inter-regional 4-)
D) sobrehumano/ inter-regional a) pão-duro / b) copo-de-leite (planta) / c) pé de moleque (doce)
E) sobre-humano /interegional a) Usa-se o hífen nas palavras compostas que não apresentam ele-
mentos de ligação.
06. Suponha que você tenha que agregar o prefixo sub- às palavras
que aparecem nas alternativas a seguir. Assinale aquela que tem de ser b) Usa-se o hífen nos compostos que designam espécies animais e
escrita com hífen: botânicas (nomes de plantas, flores, frutos, raízes, sementes), tenham
A) (sub) chefe ou não elementos de ligação.
B) (sub) entender c) Não se usa o hífen em compostos que apresentam elementos de
C) (sub) solo ligação.
D) (sub) reptício
E) (sub) liminar 5-) Fez um esforço sobre-humano para vencer o campeonato in-
ter-regional.
07. Assinale a alternativa em que todas as palavras estão grafadas - Usa-se o hífen diante de palavra iniciada por h.
corretamente: - Usa-se o hífen se o prefixo terminar com a mesma letra com que
A) autocrítica, contramestre, extra-oficial
se inicia a outra palavra
B) infra-assinado, infra-vermelho, infra-som
C) semi-círculo, semi-humano, semi-internato
D) supervida, superelegante, supermoda 6-) Com os prefixos sub e sob, usa-se o hífen também diante de pa-
E) sobre-saia, mini-saia, superssaia lavra iniciada por r. : subchefe, subentender, subsolo, sub- -reptício
(sem o hífen até a leitura da palavra será alterada; /subre/, ao invés de /
08. Assinale o item em que o uso do hífen está incorreto. sub re/), subliminar
A) infraestrutura / super-homem / autoeducação
B) bem-vindo / antessala /contra-regra 7-)
C) contramestre / infravermelho / autoescola A) autocrítica, contramestre, extraoficial
D) neoescolástico / ultrassom / pseudo-herói B) infra-assinado, infravermelho, infrassom
E) extraoficial / infra-hepático /semirreta C) semicírculo, semi-humano, semi-internato
D) supervida, superelegante, supermoda = corretas
09. Uma das alternativas abaixo apresenta incorreção quanto ao
emprego do hífen. E) sobressaia, minissaia, supersaia
A) O pseudo-hermafrodita não tinha infraestrutura para relaciona- 8-) B) bem-vindo / antessala / contrarregra
mento extraconjugal.
B) Era extraoficial a notícia da vinda de um extraterreno. 9-) D) O antissemita tomou um antibiótico e vacina antirrábica.
C) Ele estudou línguas neolatinas nas colônias ultramarinas.
D) O anti-semita tomou um anti-biótico e vacina antirrábica. 10-) C) O contrarregra comeu um contrafilé.
E) Era um suboficial de uma superpotência.

Didatismo e Conhecimento 23
LÍNGUA PORTUGUESA
ACENTUAÇÃO Regras fundamentais:

A acentuação é um dos requisitos que perfazem as regras estabe- Palavras oxítonas:


lecidas pela Gramática Normativa. Esta se compõe de algumas par- Acentuam-se todas as oxítonas terminadas em: “a”, “e”, “o”, “em”,
ticularidades, às quais devemos estar atentos, procurando estabelecer seguidas ou não do plural(s): Pará – café(s) – cipó(s) – armazém(s)
uma relação de familiaridade e, consequentemente, colocando-as em
Essa regra também é aplicada aos seguintes casos:
prática na linguagem escrita.
À medida que desenvolvemos o hábito da leitura e a prática de
redigir, automaticamente aprimoramos essas competências, e logo nos Monossílabos tônicos terminados em “a”, “e”, “o”, seguidos ou
adequamos à forma padrão. não de “s”. Ex.: pá – pé – dó – há

Regras básicas – Acentuação tônica Formas verbais terminadas em “a”, “e”, “o” tônicos, seguidas de
lo, la, los, las. Ex. respeitá-lo – percebê-lo – compô-lo
A acentuação tônica implica na intensidade com que são pronun-
ciadas as sílabas das palavras. Aquela que se dá de forma mais acentua- Paroxítonas:
da, conceitua-se como sílaba tônica. As demais, como são pronuncia- Acentuam-se as palavras paroxítonas terminadas em:
das com menos intensidade, são denominadas de átonas. - i, is : táxi – lápis – júri
- us, um, uns : vírus – álbuns – fórum
De acordo com a tonicidade, as palavras são classificadas como:
- l, n, r, x, ps : automóvel – elétron - cadáver – tórax – fórceps
Oxítonas – São aquelas cuja sílaba tônica recai sobre a última síla- - ã, ãs, ão, ãos : ímã – ímãs – órfão – órgãos
ba. Ex.: café – coração – cajá – atum – caju – papel -- Dica da Zê!: Memorize a palavra LINURXÃO. Para quê? Re-
Paroxítonas – São aquelas em que a sílaba tônica recai na penúlti- pare que essa palavra apresenta as terminações das paroxítonas que são
ma sílaba. Ex.: útil – tórax – táxi – leque – retrato – passível acentuadas: L, I N, U (aqui inclua UM = fórum), R, X, Ã, ÃO. Assim
ficará mais fácil a memorização!
Proparoxítonas - São aquelas em que a sílaba tônica está na antepe-
núltima sílaba. Ex.: lâmpada – câmara – tímpano – médico – ônibus -ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou não de “s”:
água – pônei – mágoa – jóquei
Como podemos observar, os vocábulos possuem mais de uma síla-
ba, mas em nossa língua existem aqueles com uma sílaba somente: são
os chamados monossílabos que, quando pronunciados, apresentam Regras especiais:
certa diferenciação quanto à intensidade.
Tal diferenciação só é percebida quando os pronunciamos em uma Os ditongos de pronúncia aberta “ei”, “oi” (ditongos abertos), que
dada sequência de palavras. Assim como podemos observar no exem- antes eram acentuados, perderam o acento de acordo com a nova re-
plo a seguir: gra, mas desde que estejam em palavras paroxítonas.

“Sei que não vai dar em nada, * Cuidado: Se os ditongos abertos estiverem em uma palavra oxí-
Seus segredos sei de cor”. tona (herói) ou monossílaba (céu) ainda são acentuados. Ex.: herói,
céu, dói, escarcéu.
Os monossílabos classificam-se como tônicos; os demais, como
átonos (que, em, de).
Antes Agora
Os acentos assembléia assembleia
idéia ideia
acento agudo (´) – Colocado sobre as letras «a», «i», «u» e sobre geléia geleia
o «e» do grupo “em” - indica que estas letras representam as vogais tô- jibóia jiboia
nicas de palavras como Amapá, caí, público, parabéns. Sobre as letras apóia (verbo apoiar) apoia
“e” e “o” indica, além da tonicidade, timbre aberto.Ex.: herói – médico paranóico paranoico
– céu (ditongos abertos)
Quando a vogal do hiato for “i” ou “u” tônicos, acompanhados ou
acento circunflexo (^) – colocado sobre as letras “a”, “e” e “o” não de “s”, haverá acento. Ex.: saída – faísca – baú – país – Luís
indica, além da tonicidade, timbre fechado: Ex.: tâmara – Atlântico
– pêssego – supôs
acento grave (`) – indica a fusão da preposição “a” com artigos e Observação importante:
pronomes. Ex.: à – às – àquelas – àqueles Não serão mais acentuados “i” e “u” tônicos, formando hiato quan-
trema ( ¨ ) – De acordo com a nova regra, foi totalmente abolido do vierem depois de ditongo: Ex.:
das palavras. Há uma exceção: é utilizado em palavras derivadas de Antes Agora
nomes próprios estrangeiros. Ex.: mülleriano (de Müller) bocaiúva bocaiuva
feiúra feiura
til (~) – indica que as letras “a” e “o” representam vogais nasais. Sauípe Sauipe
Ex.: coração – melão – órgão – ímã

Didatismo e Conhecimento 24
LÍNGUA PORTUGUESA
O acento pertencente aos encontros “oo” e “ee” foi abolido. Ex.: Ex:
Antes Agora Ela pode fazer isso agora.
crêem creem Elvis não pôde participar porque sua mão não deixou...
lêem leem
vôo voo O mesmo ocorreu com o verbo pôr para diferenciar da preposição
enjôo enjoo por.
- Quando, na frase, der para substituir o “por” por “colocar”, esta-
- Agora memorize a palavra CREDELEVÊ. São os verbos que, no remos trabalhando com um verbo, portanto: “pôr”; nos outros casos,
plural, dobram o “e”, mas que não recebem mais acento como antes: “por” preposição. Ex:
CRER, DAR, LER e VER. Faço isso por você.
Posso pôr (colocar) meus livros aqui?
Repare:
1-) O menino crê em você
Questões sobre Acentuação Gráfica
Os meninos creem em você.
2-) Elza lê bem!
Todas leem bem! 01. (TJ/SP – AGENTE DE FISCALIZAÇÃO JUDICIÁRIA –
3-) Espero que ele dê o recado à sala. VUNESP/2010) Assinale a alternativa em que as palavras são acen-
Esperamos que os garotos deem o recado! tuadas graficamente pelos mesmos motivos que justificam, respectiva-
4-) Rubens vê tudo! mente, as acentuações de: década, relógios, suíços.
Eles veem tudo! (A) flexíveis, cartório, tênis.
(B) inferência, provável, saída.
* Cuidado! Há o verbo vir: (C) óbvio, após, países.
Ele vem à tarde! (D) islâmico, cenário, propôs.
Eles vêm à tarde! (E) república, empresária, graúda.

Não se acentuam o “i” e o “u” que formam hiato quando seguidos, 02. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAU-
na mesma sílaba, de l, m, n, r ou z. Ra-ul, ru-im, con-tri-bu-in-te, sa-ir, LO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2013)
ju-iz Assinale a alternativa com as palavras acentuadas segundo as regras de
acentuação, respectivamente, de intercâmbio e antropológico.
Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se estiverem segui- (A) Distúrbio e acórdão.
das do dígrafo nh. Ex: ra-i-nha, ven-to-i-nha. (B) Máquina e jiló.
(C) Alvará e Vândalo.
Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se vierem precedidas
(D) Consciência e características.
de vogal idêntica: xi-i-ta, pa-ra-cu-u-ba
(E) Órgão e órfãs.
As formas verbais que possuíam o acento tônico na raiz, com “u”
tônico precedido de “g” ou “q” e seguido de “e” ou “i” não serão mais 03. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO ACRE –
acentuadas. Ex.: TÉCNICO EM MICROINFORMÁTICA - CESPE/2012) As palavras
“conteúdo”, “calúnia” e “injúria” são acentuadas de acordo com a mes-
Antes Depois ma regra de acentuação gráfica.
apazigúe (apaziguar) apazigue ( ) CERTO ( ) ERRADO
averigúe (averiguar) averigue
argúi (arguir) argui 04. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GE-
RAIS – OFICIAL JUDICIÁRIO – FUNDEP/2010) Assinale a afirma-
Acentuam-se os verbos pertencentes à terceira pessoa do plural de: tiva em que se aplica a mesma regra de acentuação.
ele tem – eles têm / ele vem – eles vêm (verbo vir) A) tevê – pôde – vê
B) únicas – histórias – saudáveis
A regra prevalece também para os verbos conter, obter, reter, deter, C) indivíduo – séria – noticiários
abster. D) diário – máximo – satélite
ele contém – eles contêm
ele obtém – eles obtêm
05. (ANATEL – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CESPE/2012)
ele retém – eles retêm
Nas palavras “análise” e “mínimos”, o emprego do acento gráfico tem
ele convém – eles convêm
justificativas gramaticais diferentes.
Não se acentuam mais as palavras homógrafas que antes eram (...) CERTO ( ) ERRADO
acentuadas para diferenciá-las de outras semelhantes (regra do acento
diferencial). Apenas em algumas exceções, como: 06. (ANCINE – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CESPE/2012)
A forma verbal pôde (terceira pessoa do singular do pretérito per- Os vocábulos “indivíduo”, “diária” e “paciência” recebem acento grá-
feito do modo indicativo) ainda continua sendo acentuada para diferen- fico com base na mesma regra de acentuação gráfica.
ciar-se de pode (terceira pessoa do singular do presente do indicativo). (...) CERTO ( ) ERRADO

Didatismo e Conhecimento 25
LÍNGUA PORTUGUESA
07. (BACEN – TÉCNICO DO BANCO CENTRAL – CES- 3-) “Conteúdo” é acentuada seguindo a regra do hiato; calúnia =
GRANRIO/2010) As palavras que se acentuam pelas mesmas regras paroxítona terminada em ditongo; injúria = paroxítona terminada em
de “conferência”, “razoável”, “países” e “será”, respectivamente, são ditongo.
a) trajetória, inútil, café e baú. RESPOSTA: “ERRADO”.
b) exercício, balaústre, níveis e sofá.
c) necessário, túnel, infindáveis e só. 4-)
d) médio, nível, raízes e você. A) tevê – pôde – vê
e) éter, hífen, propôs e saída. Tevê = oxítona terminada em “e”; pôde (pretérito perfeito do Indi-
cativo) = acento diferencial (que ainda prevalece após o Novo Acordo
Ortográfico) para diferenciar de “pode” – presente do Indicativo; vê =
08. (CORREIOS – CARTEIRO – CESPE/2011) São acentuados
monossílaba terminada em “e”
graficamente de acordo com a mesma regra de acentuação gráfica os
B) únicas – histórias – saudáveis
vocábulos
Únicas = proparoxítona; história = paroxítona terminada em diton-
A) também e coincidência. go; saudáveis = paroxítona terminada em ditongo.
B) quilômetros e tivéssemos. C) indivíduo – séria – noticiários
C) jogá-la e incrível. Indivíduo = paroxítona terminada em ditongo; séria = paroxítona
D) Escócia e nós. terminada em ditongo; noticiários = paroxítona terminada em ditongo.
E) correspondência e três. D) diário – máximo – satélite
Diário = paroxítona terminada em ditongo; máximo = proparoxíto-
09. (IBAMA – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CESPE/2012) na; satélite = proparoxítona.
As palavras “pó”, “só” e “céu” são acentuadas de acordo com a mesma
regra de acentuação gráfica. 5-) Análise = proparoxítona / mínimos = proparoxítona. Ambas
(...) CERTO ( ) ERRADO são acentuadas pela mesma regra (antepenúltima sílaba é tônica, “mais
forte”).
GABARITO RESPOSTA: “ERRADO”.

01. E 02. D 03. E 04. C 05. E 6-) Indivíduo = paroxítona terminada em ditongo; diária = paro-
06. C 07. D 08. B 09. E xítona terminada em ditongo; paciência = paroxítona terminada em
ditongo. Os três vocábulos são acentuados devido à mesma regra.
RESPOSTA: “CERTO”.
RESOLUÇÃO
7-) Vamos classificar as palavras do enunciado:
1-) Década = proparoxítona / relógios = paroxítona terminada em 1-) Conferência = paroxítona terminada em ditongo
ditongo / suíços = regra do hiato 2-) razoável = paroxítona terminada em “l’
(A) flexíveis e cartório = paroxítonas terminadas em ditongo / tê- 3-) países = regra do hiato
nis = paroxítona terminada em “i” (seguida de “s”) 4-) será = oxítona terminada em “a”
(B) inferência = paroxítona terminada em ditongo / provável =
paroxítona terminada em “l” / saída = regra do hiato a) trajetória, inútil, café e baú.
(C) óbvio = paroxítona terminada em ditongo / após = oxítona Trajetória = paroxítona terminada em ditongo; inútil = paroxítona
terminada em “o” + “s” / países = regra do hiato terminada em “l’; café = oxítona terminada em “e”
(D) islâmico = proparoxítona / cenário = paroxítona terminada em b) exercício, balaústre, níveis e sofá.
ditongo / propôs = oxítona terminada em “o” + “s” Exercício = paroxítona terminada em ditongo; balaústre = regra do
(E) república = proparoxítona / empresária = paroxítona terminada hiato; níveis = paroxítona terminada em “i + s”; sofá = oxítona termi-
em ditongo / graúda = regra do hiato nada em “a”.
c) necessário, túnel, infindáveis e só.
2-) Para que saibamos qual alternativa assinalar, primeiro temos Necessário = paroxítona terminada em ditongo; túnel = paroxítona
que classificar as palavras do enunciado quanto à posição de sua sílaba terminada em “l’; infindáveis = paroxítona terminada em “i + s”; só =
monossílaba terminada em “o”.
tônica:
d) médio, nível, raízes e você.
Intercâmbio = paroxítona terminada em ditongo; Antropológico =
Médio = paroxítona terminada em ditongo; nível = paroxítona ter-
proparoxítona (todas são acentuadas). Agora, vamos à análise dos itens minada em “l’; raízes = regra do hiato; será = oxítona terminada em
apresentados: “a”.
(A) Distúrbio = paroxítona terminada em ditongo; acórdão = paro- e) éter, hífen, propôs e saída.
xítona terminada em “ão” Éter = paroxítona terminada em “r”; hífen = paroxítona terminada
(B) Máquina = proparoxítona; jiló = oxítona terminada em “o” em “n”; propôs = oxítona terminada em “o + s”; saída = regra do hiato.
(C) Alvará = oxítona terminada em “a”; Vândalo = proparoxítona
(D) Consciência = paroxítona terminada em ditongo; característi- 8-)
cas = proparoxítona A) também e coincidência.
(E) Órgão e órfãs = ambas: paroxítona terminada em “ão” e “ã”, Também = oxítona terminada em “e + m”; coincidência = paroxí-
respectivamente. tona terminada em ditongo

Didatismo e Conhecimento 26
LÍNGUA PORTUGUESA
B) quilômetros e tivéssemos.
Quilômetros = proparoxítona; tivéssemos = proparoxítona
C) jogá-la e incrível.
Oxítona terminada em “a”; incrível = paroxítona terminada em “l’
D) Escócia e nós.
Escócia = paroxítona terminada em ditongo; nós = monossílaba terminada em “o + s”
E) correspondência e três.
Correspondência = paroxítona terminada em ditongo; três = monossílaba terminada em “e + s”

9-) Pó = monossílaba terminada em “o”; só = monossílaba terminada em “o”; céu = monossílaba terminada em ditongo aberto “éu”.
RESPOSTA: “ERRADO”.

USO DO ACENTO
INDICADOR DE CRASE.

A palavra crase é de origem grega e significa “fusão”, “mistura”. Na língua portuguesa, é o nome que se dá à “junção” de duas vogais idênticas.
É de grande importância a crase da preposição “a” com o artigo feminino “a” (s), com o “a” inicial dos pronomes aquele(s), aquela (s), aquilo e
com o “a” do relativo a qual (as quais). Na escrita, utilizamos o acento grave ( ` ) para indicar a crase. O uso apropriado do acento grave depende da
compreensão da fusão das duas vogais. É fundamental também, para o entendimento da crase, dominar a regência dos verbos e nomes que exigem
a preposição “a”. Aprender a usar a crase, portanto, consiste em aprender a verificar a ocorrência simultânea de uma preposição e um artigo ou pro-
nome. Observe:
Vou a + a igreja.
Vou à igreja.

No exemplo acima, temos a ocorrência da preposição “a”, exigida pelo verbo ir (ir a algum lugar) e a ocorrência do artigo “a” que está deter-
minando o substantivo feminino igreja. Quando ocorre esse encontro das duas vogais e elas se unem, a união delas é indicada pelo acento grave.
Observe os outros exemplos:
Conheço a aluna.
Refiro-me à aluna.

No primeiro exemplo, o verbo é transitivo direto (conhecer algo ou alguém), logo não exige preposição e a crase não pode ocorrer. No segundo
exemplo, o verbo é transitivo indireto (referir--se a algo ou a alguém) e exige a preposição “a”. Portanto, a crase é possível, desde que o termo seguinte
seja feminino e admita o artigo feminino “a” ou um dos pronomes já especificados.
Casos em que a crase NÃO ocorre:

- diante de substantivos masculinos:


Andamos a cavalo.
Fomos a pé.
Passou a camisa a ferro.
Fazer o exercício a lápis.
Compramos os móveis a prazo.
- diante de verbos no infinitivo:
A criança começou a falar.
Ela não tem nada a dizer.

Obs.: como os verbos não admitem artigos, o “a” dos exemplos acima é apenas preposição, logo não ocorrerá crase.

- diante da maioria dos pronomes e das expressões de tratamento, com exceção das formas senhora, senhorita e dona:
Diga a ela que não estarei em casa amanhã.
Entreguei a todos os documentos necessários.
Ele fez referência a Vossa Excelência no discurso de ontem.
Peço a Vossa Senhoria que aguarde alguns minutos.

Didatismo e Conhecimento 27
LÍNGUA PORTUGUESA
Os poucos casos em que ocorre crase diante dos pronomes podem ser identificados pelo método: troque a palavra feminina por uma masculina,
caso na nova construção surgir a forma ao, ocorrerá crase. Por exemplo:
Refiro-me à mesma pessoa. (Refiro-me ao mesmo indivíduo.)
Informei o ocorrido à senhora. (Informei o ocorrido ao senhor.)
Peça à própria Cláudia para sair mais cedo. (Peça ao próprio Cláudio para sair mais cedo.)

- diante de numerais cardinais:


Chegou a duzentos o número de feridos.
Daqui a uma semana começa o campeonato.

Casos em que a crase SEMPRE ocorre:

- diante de palavras femininas:


Amanhã iremos à festa de aniversário de minha colega.
Sempre vamos à praia no verão.
Ela disse à irmã o que havia escutado pelos corredores.
Sou grata à população.
Fumar é prejudicial à saúde.
Este aparelho é posterior à invenção do telefone.

- diante da palavra “moda”, com o sentido de “à moda de” (mesmo que a expressão moda de fique subentendida):
O jogador fez um gol à (moda de) Pelé.
Usava sapatos à (moda de) Luís XV.
Estava com vontade de comer frango à (moda de) passarinho.
O menino resolveu vestir-se à (moda de) Fidel Castro.

- na indicação de horas:
Acordei às sete horas da manhã.
Elas chegaram às dez horas.
Foram dormir à meia-noite.

- em locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas de que participam palavras femininas. Por exemplo:
à tarde às ocultas às pressas à medida que
à noite às claras às escondidas à força
à vontade à beça à larga à escuta
às avessas à revelia à exceção de à imitação de
à esquerda às turras às vezes à chave
à direita à procura à deriva à toa
à luz à sombra de à frente de à proporção que
à semelhança de às ordens à beira de

Crase diante de Nomes de Lugar

Alguns nomes de lugar não admitem a anteposição do artigo “a”. Outros, entretanto, admitem o artigo, de modo que diante deles haverá crase,
desde que o termo regente exija a preposição “a”. Para saber se um nome de lugar admite ou não a anteposição do artigo feminino “a”, deve-se
substituir o termo regente por um verbo que peça a preposição “de” ou “em”. A ocorrência da contração “da” ou “na” prova que esse nome de lugar
aceita o artigo e, por isso, haverá crase. Por exemplo:

Vou à França. (Vim da [de+a] França. Estou na [em+a] França.)


Cheguei à Grécia. (Vim da Grécia. Estou na Grécia.)
Retornarei à Itália. (Vim da Itália. Estou na Itália)
Vou a Porto Alegre. (Vim de Porto Alegre. Estou em Porto Alegre.)

*- Dica da Zê!: use a regrinha “Vou A volto DA, crase HÁ; vou A volto DE, crase PRA QUÊ?”
Ex: Vou a Campinas. = Volto de Campinas.
Vou à praia. = Volto da praia.

- ATENÇÃO: quando o nome de lugar estiver especificado, ocorrerá crase. Veja:


Retornarei à São Paulo dos bandeirantes. = mesmo que, pela regrinha acima, seja a do “VOLTO DE”
Irei à Salvador de Jorge Amado.

Didatismo e Conhecimento 28
LÍNGUA PORTUGUESA
Crase diante dos Pronomes Demonstrativos Aquele (s), Aquela A Palavra Distância
(s), Aquilo
Se a palavra distância estiver especificada, determinada, a crase
Haverá crase diante desses pronomes sempre que o termo regente deve ocorrer. Por exemplo: Sua casa fica à distância de 100km daqui.
exigir a preposição “a”. Por exemplo: (A palavra está determinada)
Todos devem ficar à distância de 50 metros do palco. (A palavra
Refiro-me a + aquele atentado. está especificada.)
Preposição Pronome
Refiro-me àquele atentado. Se a palavra distância não estiver especificada, a crase não pode
ocorrer. Por exemplo:
O termo regente do exemplo acima é o verbo transitivo indireto re- Os militares ficaram a distância.
ferir (referir-se a algo ou alguém) e exige preposição, portanto, ocorre Gostava de fotografar a distância.
a crase. Observe este outro exemplo: Ensinou a distância.
Aluguei aquela casa. Dizem que aquele médico cura a distância.
Reconheci o menino a distância.
O verbo “alugar” é transitivo direto (alugar algo) e não exige pre-
posição. Logo, a crase não ocorre nesse caso. Veja outros exemplos: Observação: por motivo de clareza, para evitar ambiguidade, po-
Dediquei àquela senhora todo o meu trabalho. de-se usar a crase. Veja:
Quero agradecer àqueles que me socorreram. Gostava de fotografar à distância.
Ensinou à distância.
Refiro-me àquilo que aconteceu com seu pai.
Dizem que aquele médico cura à distância.
Não obedecerei àquele sujeito.
Assisti àquele filme três vezes.
Casos em que a ocorrência da crase é FACULTATIVA
Espero aquele rapaz.
- diante de nomes próprios femininos:
Fiz aquilo que você disse.
Observação: é facultativo o uso da crase diante de nomes próprios
Comprei aquela caneta.
femininos porque é facultativo o uso do artigo. Observe:
Paula é muito bonita. Laura é minha amiga. A
Crase com os Pronomes Relativos A Qual, As Quais Paula é muito bonita. A Laura é minha amiga.
A ocorrência da crase com os pronomes relativos a qual e as quais Como podemos constatar, é facultativo o uso do artigo feminino
depende do verbo. Se o verbo que rege esses pronomes exigir a prepo- diante de nomes próprios femininos, então podemos escrever as frases
sição “a”, haverá crase. É possível detectar a ocorrência da crase nesses abaixo das seguintes formas:
casos utilizando a substituição do termo regido feminino por um termo Entreguei o cartão a Paula. Entreguei o cartão a Roberto.
regido masculino. Por exemplo: Entreguei o cartão à Paula. Entreguei o cartão ao Roberto.

A igreja à qual me refiro fica no centro da cidade. - diante de pronome possessivo feminino:
O monumento ao qual me refiro fica no centro da cidade. Observação: é facultativo o uso da crase diante de pronomes pos-
sessivos femininos porque é facultativo o uso do artigo. Observe:
Caso surja a forma ao com a troca do termo, ocorrerá a crase. Veja Minha avó tem setenta anos. Minha irmã está esperando por você.
outros exemplos: A minha avó tem setenta anos. A minha irmã está esperando por
São normas às quais todos os alunos devem obedecer. você.
Esta foi a conclusão à qual ele chegou. Sendo facultativo o uso do artigo feminino diante de pronomes
Várias alunas às quais ele fez perguntas não souberam responder possessivos femininos, então podemos escrever as frases abaixo das
nenhuma das questões. seguintes formas:
A sessão à qual assisti estava vazia. Cedi o lugar a minha avó. Cedi o lugar a meu avô.
Cedi o lugar à minha avó. Cedi o lugar ao meu avô.
Crase com o Pronome Demonstrativo “a”
- depois da preposição até:
A ocorrência da crase com o pronome demonstrativo “a” também Fui até a praia. ou Fui até à praia.
pode ser detectada através da substituição do termo regente feminino Acompanhe-o até a porta. ou Acompanhe-o até à porta.
por um termo regido masculino. Veja: A palestra vai até as cinco horas da tarde. ou A palestra vai
Minha revolta é ligada à do meu país. até às cinco horas da tarde.
Meu luto é ligado ao do meu país.
As orações são semelhantes às de antes. Questões sobre Crase
Os exemplos são semelhantes aos de antes.
Suas perguntas são superiores às dele. 01.( Escrevente TJ SP – Vunesp/2012) No Brasil, as discussões so-
Seus argumentos são superiores aos dele. bre drogas parecem limitar-se aspectos jurídicos ou policiais.
Sua blusa é idêntica à de minha colega. É como se suas únicas consequências estivessem em legalismos, tec-
Seu casaco é idêntico ao de minha colega. nicalidades e estatísticas criminais. Raro ler respeito envolvendo

Didatismo e Conhecimento 29
LÍNGUA PORTUGUESA
questões de saúde pública como programas de esclarecimento e pre- sociedade. Dessa forma, quando em liberdade, ele estará capacita-
venção, de tratamento para dependentes e de reintegração desses do ter uma profissão e uma vida digna.
vida. Quantos de nós sabemos o nome de um médico ou clínica (Disponível em: www.metropolitana.com.br/blog/qual_e_a_im-
quem tentar encaminhar um drogado da nossa própria família? portancia_da_ressocializacao_de_presos. Acesso em: 18.08.2012.
(Ruy Castro, Da nossa própria família. Folha de S.Paulo, Adaptado)
17.09.2012. Adaptado)
As lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e respectiva- Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as
mente, com: lacunas do texto, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.
(A) aos … à … a … a A) à … à … à
(B) aos … a … à … a B) a … a … à
(C) a … a … à … à C) a … à … à
(D) à … à … à … à D) à … à ... a
(E) a … a … a … a E) a … à … a

06. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO -


02. (Agente de Apoio Administrativo – FCC – 2013).Leia o texto
ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2013) Assina-
a seguir.
le a alternativa que completa as lacunas do trecho a seguir, empregando
Foi por esse tempo que Rita, desconfiada e medrosa, correu
o sinal indicativo de crase de acordo com a norma-padrão.
cartomante para consultá-la sobre a verdadeira causa do Não nos sujeitamos corrupção; tampouco cederemos espaço
procedimento de Camilo. Vimos que cartomante restituiu--lhe nenhuma ação que se proponha prejudicar nossas institui-
confiança, e que o rapaz repreendeu-a por ter feito o que fez. ções.
(Machado de Assis. A cartomante. In: Várias histórias. Rio de (A) à … à … à
Janeiro: Globo, 1997, p. 6) (B) a … à … à
Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada: (C) à … a … a
A) à – a – a (D) à … à … a
B) a – a – à (E) a … a … à
C) à – a – à
D) à – à – a 07. (Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária – VUNESP –
E) a – à – à 2013-adap) O acento indicativo de crase está corretamente empregado
em:
03 (POLÍCIACIVIL/SP–AGENTE POLICIAL- VUNESP/2013) A) Tendências agressivas começam à ser relacionadas com as difi-
De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, o acento indica- culdades para lidar com as frustrações de seus desejos.
tivo de crase está corretamente empregado em: B) A agressividade impulsiva deve-se à perturbações nos mecanis-
(A) A população, de um modo geral, está à espera de que, com o mos biológicos de controle emocional.
novo texto, a lei seca possa coibir os acidentes. C) A violência urbana é comparada à uma enfermidade.
(B) A nova lei chega para obrigar os motoristas à repensarem a sua D) Condições de risco aliadas à exemplo de impunidade alimen-
postura. tam a violência crescente nas cidades.
(C) A partir de agora os motoristas estarão sujeitos à punições mui- E) Um ambiente desfavorável à formação da personalidade atinge
to mais severas. os mais vulneráveis.
(D) À ninguém é dado o direito de colocar em risco a vida dos
08. (Agente de Vigilância e Recepção – VUNESP – 2013). O sinal
demais motoristas e de pedestres.
indicativo de crase está correto em:
(E) Cabe à todos na sociedade zelar pelo cumprimento da nova lei
A) Este cientista tem se dedicado à uma pesquisa na área de bio-
para que ela possa funcionar.
tecnologia.
B) Os pais não podem ser omissos e devem se dedicar à educação
04. (Agente Técnico – FCC – 2013-adap.) Claro que não me estou dos filhos.
referindo a essa vulgar comunicação festiva e efervescente. C) Nossa síndica dedica-se integralmente à conservar as instala-
O vocábulo a deverá receber o sinal indicativo de crase se o seg- ções do prédio.
mento grifado for substituído por: D) O bombeiro deve dedicar sua atenção à qualquer detalhe que
A) leitura apressada e sem profundidade. envolva a segurança das pessoas.
B) cada um de nós neste formigueiro. E) É função da política é dedicar-se à todo problema que compro-
C) exemplo de obras publicadas recentemente. meta o bem-estar do cidadão.
D) uma comunicação festiva e virtual.
E) respeito de autores reconhecidos pelo público. 09. (TRF - 5ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - FCC/2012)
O detetive Gervase Fen, que apareceu em 1944, é um homem de face
05. (Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária – VUNESP – corada, muito afeito ...... frases inteligentes e citações dos clássicos;
2013). sua esposa, Dolly, uma dama meiga e sossegada, fica sentada trico-
O Instituto Nacional de Administração Prisional (INAP) também tando tranquilamente, impassível ...... propensão de seu marido ......
desenvolve atividades lúdicas de apoio ressocialização do in- investigar assassinatos.
divíduo preso, com o objetivo de prepará--lo para o retorno (Adaptado de P.D.James, op.cit.)

Didatismo e Conhecimento 30
LÍNGUA PORTUGUESA
Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada: - Apoio a ? Regência nominal pede preposição;
(A) à - à - a - retorno a? regência nominal pede preposição;
(B) a - à - a - antes de verbo no infinitivo não há crase.
(C) à - a - à
(D) a - à - à 6-) Vamos por partes!
(E) à - a – a - Quem se sujeita, sujeita-se A algo ou A alguém, portanto: pede
preposição;
10. (POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO ACRE – ALUNO - quem cede, cede algo A alguém, então teremos objeto direto e
SOLDADO COMBATENTE – FUNCAB/2012) Em qual das opções indireto;
abaixo o acento indicativo de crase foi corretamente indicado? - quem se propõe, propõe-se A alguma coisa.
A) O dia fora quente, mas à noite estava fria e escura. Vejamos:
B) Ninguém se referira à essa ideia antes. Não nos sujeitamos À corrupção; tampouco cederemos espaço A
C) Esta era à medida certa do quarto. nenhuma ação que se proponha A prejudicar nossas instituições.
* Sujeitar A + A corrupção;
D) Ela fechou a porta e saiu às pressas.
* ceder espaço (objeto direto) A nenhuma ação (objeto indireto.
E) Os rapazes sempre gostaram de andar à cavalo.
Não há acento indicativo de crase, pois “nenhuma” é pronome inde-
finido);
GABARITO
* que se proponha A prejudicar (objeto indireto, no caso, oração
subordinada com função de objeto indireto. Não há acento indicativo
01. B 02. A 03. A 04. A 05. D de crase porque temos um verbo no infinitivo – “prejudicar”).
06.C 07. E 08. B 09.B 10. D
7-)
RESOLUÇÃO A) Tendências agressivas começam à ser relacionadas com as di-
ficuldades para lidar com as frustrações de seus desejos. (antes de
1-) limitar-se _aos _aspectos jurídicos ou policiais. verbo no infinitivo não há crase)
Raro ler a respeito (antes de palavra masculina não há B) A agressividade impulsiva deve-se à perturbações nos mecanis-
crase) mos biológicos de controle emocional. (se o “a” está no singular e
de reintegração desses_à_ vida. (reintegrar a + a vida = à) antecede palavra no plural, não há crase)
o nome de um médico ou clínica a_quem tentar encaminhar um C) A violência urbana é comparada à uma enfermidade. (artigo
drogado da nossa própria família? (antes de pronome indefinido/rela- indefinido)
tivo) D) Condições de risco aliadas à exemplo de impunidade alimen-
tam a violência crescente nas cidades. (palavra masculina)
2-) correu _à (= para a ) cartomante para consultá-la sobre a ver- E) Um ambiente desfavorável à formação da personalidade atinge
dadeira causa do procedimento de Camilo. Vimos que _a cartomante os mais vulneráveis. = correta (regência nominal: desfavorável a?)
(objeto direto)restituiu-lhe a confiança (objeto direto), e que o
rapaz repreendeu-a por ter feito o que fez. 8-)
3-) A) Este cientista tem se dedicado à uma pesquisa na área de biotec-
(A) A população, de um modo geral, está à espera (dá para substi- nologia. (artigo indefinido)
tuir por “esperando”) de que B) Os pais não podem ser omissos e devem se dedicar à educação
(B) A nova lei chega para obrigar os motoristas à repensarem (an- dos filhos. = correta (regência verbal: dedicar a )
tes de verbo) C) Nossa síndica dedica-se integralmente à conservar as instala-
(C) A partir de agora os motoristas estarão sujeitos à punições (ge- ções do prédio. (verbo no infinitivo)
D) O bombeiro deve dedicar sua atenção à qualquer detalhe que
neralizando, palavra no plural)
envolva a segurança das pessoas. (pronome indefinido)
(D) À ninguém (pronome indefinido)
E) É função da política é dedicar-se à todo problema que compro-
(E) Cabe à todos (pronome indefinido)
meta o bem-estar do cidadão. (pronome indefinido)
4-) Claro que não me estou referindo à leitura apressada e sem
profundidade. 9-) Afeito a frases (generalizando, já que o “a” está no singular
a cada um de nós neste formigueiro. (antes de pronome indefinido) e “frases”, no plural)
a exemplo de obras publicadas recentemente. (palavra masculina) Impassível à propensão (regência nominal: pede preposição)
a uma comunicação festiva e virtual. (artigo indefinido) A investigar (antes de verbo no infinitivo não há acento indicativo
a respeito de autores reconhecidos pelo público. (palavra mas- de crase)
culina) Sequência: a / à / a.

5-) O Instituto Nacional de Administração Prisional (INAP) tam- 10-)


bém desenvolve atividades lúdicas de apoio à ressocialização do A) O dia fora quente, mas à noite = mas a noite (artigo e substanti-
indivíduo preso, com o objetivo de prepará--lo para o retorno à vo. Diferente de: Estudo à noite = período do dia)
sociedade. Dessa forma, quando em liberdade, ele estará capacita- B) Ninguém se referira à essa ideia antes.= a essa (antes de prono-
do a ter uma profissão e uma vida digna. me demonstrativo)

Didatismo e Conhecimento 31
LÍNGUA PORTUGUESA
C) Esta era à medida certa do quarto. = a medida (artigo e substan- 4- Em frases de estilo direto
tivo, no caso. Diferente da conjunção proporcional: À medida que lia, Maria perguntou:
mais aprendia) - Por que você não toma uma decisão?
D) Ela fechou a porta e saiu às pressas. = correta (advérbio de
modo = apressadamente) Ponto de Exclamação
E) Os rapazes sempre gostaram de andar à cavalo. = palavra mas- 1- Usa-se para indicar entonação de surpresa, cólera, susto, súplica,
culina etc.
- Sim! Claro que eu quero me casar com você!
2- Depois de interjeições ou vocativos
- Ai! Que susto!
SINAIS DE PONTUAÇÃO: - João! Há quanto tempo!
Ponto de Interrogação
USO DOS SINAIS DE PONTUAÇÃO.
Usa-se nas interrogações diretas e indiretas livres.
“- Então? Que é isso? Desertaram ambos?” (Artur Azevedo)

Reticências
Os sinais de pontuação são marcações gráficas que servem para 1- Indica que palavras foram suprimidas.
compor a coesão e a coerência textual, além de ressaltar especificida- - Comprei lápis, canetas, cadernos...
des semânticas e pragmáticas. Vejamos as principais funções dos sinais
de pontuação conhecidos pelo uso da língua portuguesa. 2- Indica interrupção violenta da frase.
“- Não... quero dizer... é verdad... Ah!”
Ponto
1- Indica o término do discurso ou de parte dele. 3- Indica interrupções de hesitação ou dúvida
- Façamos o que for preciso para tirá-la da situação em que se - Este mal... pega doutor?
encontra.
- Gostaria de comprar pão, queijo, manteiga e leite. 4- Indica que o sentido vai além do que foi dito
- Acordei. Olhei em volta. Não reconheci onde estava.
- Deixa, depois, o coração falar...
2- Usa-se nas abreviações - V. Exª. - Sr.
Vírgula
Ponto e Vírgula ( ; )
Não se usa vírgula
1- Separa várias partes do discurso, que têm a mesma importância.
*separando termos que, do ponto de vista sintático, ligam-se dire-
- “Os pobres dão pelo pão o trabalho; os ricos dão pelo pão a
tamente entre si:
fazenda; os de espíritos generosos dão pelo pão a vida; os de nenhum
- entre sujeito e predicado.
espírito dão pelo pão a alma...” (VIEIRA)
Todos os alunos da sala foram advertidos.
2- Separa partes de frases que já estão separadas por vírgulas. Sujeito predicado
- Alguns quiseram verão, praia e calor; outros, montanhas, frio e
cobertor. - entre o verbo e seus objetos.
O trabalho custou sacrifício aos realizadores.
3- Separa itens de uma enumeração, exposição de motivos, decreto V.T.D.I. O.D. O.I.
de lei, etc.
- Ir ao supermercado; Usa-se a vírgula:
- Pegar as crianças na escola; - Para marcar intercalação:
- Caminhada na praia; a) do adjunto adverbial: O café, em razão da sua abundância, vem
- Reunião com amigos. caindo de preço.
b) da conjunção: Os cerrados são secos e áridos. Estão produzin-
Dois pontos do, todavia, altas quantidades de alimentos.
1- Antes de uma citação c) das expressões explicativas ou corretivas: As indústrias não que-
- Vejamos como Afrânio Coutinho trata este assunto: rem abrir mão de suas vantagens, isto é, não querem abrir mão dos
lucros altos.
2- Antes de um aposto
- Três coisas não me agradam: chuva pela manhã, frio à tarde e - Para marcar inversão:
calor à noite. a) do adjunto adverbial (colocado no início da oração): Depois das
sete horas, todo o comércio está de portas fechadas.
3- Antes de uma explicação ou esclarecimento b) dos objetos pleonásticos antepostos ao verbo: Aos pesquisado-
- Lá estava a deplorável família: triste, cabisbaixa, vivendo a ro- res, não lhes destinaram verba alguma.
tina de sempre. c) do nome de lugar anteposto às datas: Recife, 15 de maio de 1982.

Didatismo e Conhecimento 32
LÍNGUA PORTUGUESA
- Para separar entre si elementos coordenados (dispostos em enu- (D) Atualmente, várias áreas contribuem para o aprimoramento do
meração): desportista.
Era um garoto de 15 anos, alto, magro. (E) Eis alguns esportes que a Ciência do Esporte ajuda: judô, na-
A ventania levou árvores, e telhados, e pontes, e animais. tação e canoagem.

- Para marcar elipse (omissão) do verbo: 04. (BANPARÁ/PA – TÉCNICO BANCÁRIO – ESPP/2012) As-
Nós queremos comer pizza; e vocês, churrasco. sinale a alternativa em que a pontuação está correta.
- Para isolar: a) Meu grande amigo Pedro, esteve aqui ontem!
- o aposto: São Paulo, considerada a metrópole brasileira, possui b) Foi solicitado, pelo diretor o comprovante da transação.
um trânsito caótico. c) Maria, você trouxe os documentos?
- o vocativo: Ora, Thiago, não diga bobagem. d) O garoto de óculos leu, em voz alta o poema.
e) Na noite de ontem o vigia percebeu, uma movimentação estra-
Fontes: http://www.infoescola.com/portugues/pontuacao/ nha.
http://www.brasilescola.com/gramatica/uso-da-virgula.htm
05. (Papiloscopista Policial – Vunesp – 2013 – adap.). Assinale
Questões sobre Pontuação a alternativa em que a frase mantém-se correta após o acréscimo das
vírgulas.
01. (Agente Policial – Vunesp – 2013). Assinale a alternativa em (A) Se a criança se perder, quem encontrá-la, verá na pulseira ins-
que a pontuação está corretamente empregada, de acordo com a norma truções para que envie, uma mensagem eletrônica ao grupo ou acione
-padrão da língua portuguesa. o código na internet.
(B) Um geolocalizador também, avisará, os pais de onde o código
(A) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, embora, ex-
foi acionado.
perimentasse, a sensação de violar uma intimidade, procurou a esmo
(C) Assim que o código é digitado, familiares cadastrados, rece-
entre as coisinhas, tentando encontrar algo que pudesse ajudar a revelar
bem automaticamente, uma mensagem dizendo que a criança foi en-
quem era a sua dona.
contrada.
(B) Diante, da testemunha o homem abriu a bolsa e, embora ex-
(D) De fabricação chinesa, a nova pulseirinha, chega primeiro às,
perimentasse a sensação, de violar uma intimidade, procurou a esmo areias do Guarujá.
entre as coisinhas, tentando encontrar algo que pudesse ajudar a revelar (E) O sistema permite, ainda, cadastrar o nome e o telefone de
quem era a sua dona. quem a encontrou e informar um ponto de referência
(C) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, embora ex-
perimentasse a sensação de violar uma intimidade, procurou a esmo 06. (DNIT – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – ESAF/2013) Para
entre as coisinhas, tentando encontrar algo que pudesse ajudar a revelar que o fragmento abaixo seja coerente e gramaticalmente correto, é ne-
quem era a sua dona. cessário inserir sinais de pontuação. Assinale a posição em que não
(D) Diante da testemunha, o homem, abriu a bolsa e, embora expe- deve ser usado o sinal de ponto, e sim a vírgula, para que sejam respei-
rimentasse a sensação de violar uma intimidade, procurou a esmo en- tadas as regras gramaticais. Desconsidere os ajustes nas letras iniciais
tre as coisinhas, tentando, encontrar algo que pudesse ajudar a revelar minúsculas.
quem era a sua dona. O projeto Escola de Bicicleta está distribuindo bicicletas de bam-
(E) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, embora, expe- bu para 4600 alunos da rede pública de São Paulo(A) o programa de-
rimentasse a sensação de violar uma intimidade, procurou a esmo en- senvolve ainda oficinas e cursos para as crianças utilizarem a bicicleta
tre as coisinhas, tentando, encontrar algo que pudesse ajudar a revelar de forma segura e correta(B) os alunos ajudam a traçar ciclorrotas e
quem era a sua dona. participam de atividades sobre cidadania e reciclagem(C) as escolas
participantes se tornam também centros de descarte de garrafas PE-
02. (CNJ – TÉCNICO JUDICIÁRIO – CESPE/2013 - ADAPTA- T(D) destinadas depois para reciclagem(E) o programa possibilitará
DA) Jogadores de futebol de diversos times entraram em campo em o retorno das bicicletas pela saúde das crianças e transformação das
prol do programa “Pai Presente”, nos jogos do Campeonato Nacional comunidades em lugares melhores para se viver.
em apoio à campanha que visa 4 reduzir o número de pessoas que não (Adaptado de Vida Simples, abril de 2012, edição 117)
possuem o nome do pai em sua certidão de nascimento. (...) a) A
A oração subordinada “que não possuem o nome do pai em sua b) B
certidão de nascimento” não é antecedida por vírgula porque tem na- c) C
tureza restritiva. d) D
( ) Certo ( ) Errado e) E

03.(BNDES – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – BNDES/2012) 07. (DETRAN - OFICIAL ESTADUAL DE TRÂNSITO – VU-
Em que período a vírgula pode ser retirada, mantendo-se o sentido e a NESP/2013) Assinale a alternativa correta quanto ao uso da pontuação.
obediência à norma-padrão? (A) Segundo alguns psicólogos, é possível, em certas circunstân-
(A) Quando o técnico chegou, a equipe começou o treino. cias, ceder à frustração para que a raiva seja aliviada.
(B) Antônio, quer saber as últimas novidades dos esportes? (B) Dirigir pode aumentar, nosso nível de estresse, porque você
(C) As Olimpíadas de 2016 ocorrerão no Rio, que se prepara para está junto; com os outros motoristas cujos comportamentos, são des-
o evento. conhecidos.

Didatismo e Conhecimento 33
LÍNGUA PORTUGUESA
(C) Os motoristas, devem saber, que os carros podem ser uma ex- 2-) A oração restringe o grupo que participará da campanha (ape-
tensão de nossa personalidade. nas os que não têm o nome do pai na certidão de nascimento). Se colo-
(D) A ira de trânsito pode ocasionar, acidentes e; aumentar os ní- carmos uma vírgula, a oração tornar-se-á “explicativa”, generalizando
veis de estresse em alguns motoristas. a informação, o que dará a entender que TODAS as pessoa não têm o
(E) Os congestionamentos e o número de motoristas na rua, são as nome do pai na certidão.
principais causas da ira de trânsito. RESPOSTA: “CERTO”.

08. (ACADEMIA DE POLÍCIA DO ESTADO DE MINAS 3-)


GERAIS – TÉCNICO ASSISTENTE DA POLÍCIA CIVIL - FU- (A) Quando o técnico chegou, a equipe começou o treino. = man-
MARC/2013) “Paciência, minha filha, este é apenas um ciclo econô- tê-la (termo deslocado)
mico e a nossa geração foi escolhida para este vexame, você aí desse (B) Antônio, quer saber as últimas novidades dos esportes? = man-
tamanho pedindo esmola e eu aqui sem nada para te dizer, agora afas- tê-la (vocativo)
ta que abriu o sinal.” (C) As Olimpíadas de 2016 ocorrerão no Rio, que se prepara para
o evento.
No período acima, as vírgulas foram empregadas em “Paciência,
= mantê-la (explicação)
minha filha, este é [...]”, para separar
(D) Atualmente, várias áreas contribuem para o aprimoramento do
(A) aposto.
desportista.
(B) vocativo. = pode retirá-la (advérbio de tempo)
(C) adjunto adverbial. (E) Eis alguns esportes que a Ciência do Esporte ajuda: judô, na-
(D) expressão explicativa. tação e canoagem.
= mantê-la (enumeração)
09. (INFRAERO – CADASTRO RESERVA OPERACIONAL 4-) Assinalei com (X) a pontuação inadequada ou faltante:
PROFISSIONAL DE TRÁFEGO AÉREO – FCC/2011) O período a) Meu grande amigo Pedro, (X) esteve aqui ontem!
corretamente pontuado é: b) Foi solicitado, (X) pelo diretor o comprovante da transação.
(A) Os filmes que, mostram a luta pela sobrevivência em condi- c) Maria, você trouxe os documentos?
ções hostis nem sempre conseguem agradar, aos espectadores. d) O garoto de óculos leu, em voz alta (X) o poema.
(B) Várias experiências de prisioneiros, semelhantes entre si, po- e) Na noite de ontem (X) o vigia percebeu, (X) uma movimentação
dem ser reunidas e fazer parte de uma mesma história ficcional. estranha.
(C) A história de heroísmo e de determinação que nem sempre, é
convincente, se passa em um cenário marcado, pelo frio. 5-) Assinalei com (X) onde estão as pontuações inadequadas
(D) Caminhar por um extenso território gelado, é correr riscos imi- (A) Se a criança se perder, quem encontrá-la , (X) verá na pulseira
nentes que comprometem, a sobrevivência. instruções para que envie , (X) uma mensagem eletrônica ao grupo ou
(E) Para os fugitivos que se propunham, a alcançar a liberdade, acione o código na internet.
nada poderia parecer, realmente intransponível. (B) Um geolocalizador também , (X) avisará , (X) os pais de onde
o código foi acionado.
GABARITO (C) Assim que o código é digitado, familiares cadastrados , (X)
recebem ( , ) automaticamente, uma mensagem dizendo que a criança
01. C 02. C 03. D 04. C 05. E foi encontrada.
(D) De fabricação chinesa, a nova pulseirinha , (X) chega primeiro
06. D 07. A 08. B 09.B
às , (X) areias do Guarujá.
RESOLUÇÃO
6-)
O projeto Escola de Bicicleta está distribuindo bicicletas de bambu
1- Assinalei com um (X) as pontuações inadequadas para 4600 alunos da rede pública de São Paulo(A). O programa de-
(A) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, embora, (X) senvolve ainda oficinas e cursos para as crianças utilizarem a bicicleta
experimentasse , (X) a sensação de violar uma intimidade, procurou a de forma segura e correta(B). Os alunos ajudam a traçar ciclorrotas e
esmo entre as coisinhas, tentando encontrar algo que pudesse ajudar a participam de atividades sobre cidadania e reciclagem(C). As escolas
revelar quem era a sua dona. participantes se tornam também centros de descarte de garrafas PE-
(B) Diante , (X) da testemunha o homem abriu a bolsa e, embora T(D), destinadas depois para reciclagem(E). O programa possibilitará
experimentasse a sensação , (X) de violar uma intimidade, procurou a o retorno das bicicletas pela saúde das crianças e transformação das
esmo entre as coisinhas, tentando encontrar algo que pudesse ajudar a comunidades em lugares melhores para se viver.
revelar quem era a sua dona. A vírgula deve ser colocada após a palavra “PET”, posição (D),
(D) Diante da testemunha, o homem , (X) abriu a bolsa e, embora pois antecipa um termo explicativo.
experimentasse a sensação de violar uma intimidade, procurou a esmo
entre as coisinhas, tentando , (X) encontrar algo que pudesse ajudar a 7-) Fiz as indicações (X) das pontuações inadequadas:
revelar quem era a sua dona. (A) Segundo alguns psicólogos, é possível, em certas circunstân-
(E) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, embora , (X) cias, ceder à frustração para que a raiva seja aliviada.
experimentasse a sensação de violar uma intimidade, procurou a esmo (B) Dirigir pode aumentar, (X) nosso nível de estresse, porque
entre as coisinhas, tentando , (X) encontrar algo que pudesse ajudar a você está junto; (X) com os outros motoristas cujos comportamentos,
revelar quem era a sua dona. (X) são desconhecidos.

Didatismo e Conhecimento 34
LÍNGUA PORTUGUESA
(C) Os motoristas, (X) devem saber, (X) que os carros podem ser - Adversário e antagonista.
uma extensão de nossa personalidade. - Translúcido e diáfano.
(D) A ira de trânsito pode ocasionar, (X) acidentes e; (X) aumentar - Semicírculo e hemiciclo.
os níveis de estresse em alguns motoristas. - Contraveneno e antídoto.
(E) Os congestionamentos e o número de motoristas na rua, (X) - Moral e ética.
são as principais causas da ira de trânsito. - Colóquio e diálogo.
- Transformação e metamorfose.
8-) Paciência, minha filha, este é... = é o termo usado para se dirigir - Oposição e antítese.
ao interlocutor, ou seja, é um vocativo.
O fato linguístico de existirem sinônimos chama-se sinoní-
9-) Fiz as marcações (X) onde as pontuações estão inadequadas mia, palavra que também designa o emprego de sinônimos.
ou faltantes:
(A) Os filmes que,(X) mostram a luta pela sobrevivência em con- Antônimos: são palavras de significação oposta. Exemplos:
dições hostis nem sempre conseguem agradar, (X) aos espectadores. - Ordem e anarquia.
(B) Várias experiências de prisioneiros, semelhantes entre si, po- - Soberba e humildade.
dem ser reunidas e fazer parte de uma mesma história ficcional. - Louvar e censurar.
(C) A história de heroísmo e de determinação (X) que nem sempre, - Mal e bem.
(X) é convincente, se passa em um cenário marcado, (X) pelo frio.
(D) Caminhar por um extenso território gelado, (X) é correr riscos A antonímia pode originar-se de um prefixo de sentido oposto
iminentes (X) que comprometem, (X) a sobrevivência. ou negativo. Exemplos: Bendizer/maldizer, simpático/antipático,
(E) Para os fugitivos que se propunham, (X) a alcançar a liberdade, progredir/regredir, concórdia/discórdia, explícito/implícito, ativo/
nada poderia parecer, (X) realmente intransponível. inativo, esperar/desesperar, comunista/anticomunista, simétrico/
assimétrico, pré-nupcial/pós-nupcial.

Homônimos: são palavras que têm a mesma pronúncia, e às


vezes a mesma grafia, mas significação diferente. Exemplos:
SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS: - São (sadio), são (forma do verbo ser) e são (santo).
SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS, - Aço (substantivo) e asso (verbo).
HOMÔNIMOS, PARÔNIMOS E
HOMÓGRAFOS, DENOTAÇÃO E Só o contexto é que determina a significação dos homônimos.
CONOTAÇÃO. A homonímia pode ser causa de ambiguidade, por isso é conside-
rada uma deficiência dos idiomas.
O que chama a atenção nos homônimos é o seu aspecto fônico
(som) e o gráfico (grafia). Daí serem divididos em:
Significação das Palavras
Homógrafos Heterofônicos: iguais na escrita e diferentes no
timbre ou na intensidade das vogais.
Quanto à significação, as palavras são divididas nas seguin-
- Rego (substantivo) e rego (verbo).
tes categorias:
- Colher (verbo) e colher (substantivo).
- Jogo (substantivo) e jogo (verbo).
Sinônimos: são palavras de sentido igual ou aproxi-
- Apoio (verbo) e apoio (substantivo).
mado. Exemplo:
- Para (verbo parar) e para (preposição).
- Alfabeto, abecedário.
- Providência (substantivo) e providencia (verbo).
- Brado, grito, clamor.
- Extinguir, apagar, abolir, suprimir. - Às (substantivo), às (contração) e as (artigo).
- Justo, certo, exato, reto, íntegro, imparcial. - Pelo (substantivo), pelo (verbo) e pelo (contração de per+o).

Na maioria das vezes não é indiferente usar um sinônimo pelo Homófonos Heterográficos: iguais na pronúncia e diferentes
outro. Embora irmanados pelo sentido comum, os sinônimos dife- na escrita.
renciam-se, entretanto, uns dos outros, por matizes de significação - Acender (atear, pôr fogo) e ascender (subir).
e certas propriedades que o escritor não pode desconhecer. Com - Concertar (harmonizar) e consertar (reparar, emendar).
efeito, estes têm sentido mais amplo, aqueles, mais restrito (ani- - Concerto (harmonia, sessão musical) e conserto (ato de con-
mal e quadrúpede); uns são próprios da fala corrente, desataviada, sertar).
vulgar, outros, ao invés, pertencem à esfera da linguagem culta, - Cegar (tornar cego) e segar (cortar, ceifar).
literária, científica ou poética (orador e tribuno, oculista e oftalmo- - Apreçar (determinar o preço, avaliar) e apressar (acelerar).
logista, cinzento e cinéreo). - Cela (pequeno quarto), sela (arreio) e sela (verbo selar).
A contribuição Greco-latina é responsável pela existência, em - Censo (recenseamento) e senso (juízo).
nossa língua, de numerosos pares de sinônimos. Exemplos: - Cerrar (fechar) e serrar (cortar).

Didatismo e Conhecimento 35
LÍNGUA PORTUGUESA
- Paço (palácio) e passo (andar). Exercícios
- Hera (trepadeira) e era (época), era (verbo).
- Caça (ato de caçar), cassa (tecido) e cassa (verbo cassar = 01. Estava ....... a ....... da guerra, pois os homens ....... nos
anular). erros do passado.
- Cessão (ato de ceder), seção (divisão, repartição) e sessão a) eminente, deflagração, incidiram
(tempo de uma reunião ou espetáculo). b) iminente, deflagração, reincidiram
c) eminente, conflagração, reincidiram
Homófonos Homográficos: iguais na escrita e na pronúncia. d) preste, conflaglação, incidiram
- Caminhada (substantivo), caminhada (verbo). e) prestes, flagração, recindiram
- Cedo (verbo), cedo (advérbio).
- Somem (verbo somar), somem (verbo sumir). 02. “Durante a ........ solene era ........ o desinteresse do mestre
- Livre (adjetivo), livre (verbo livrar). diante da ....... demonstrada pelo político”.
- Pomos (substantivo), pomos (verbo pôr). a) seção - fragrante - incipiência
- Alude (avalancha), alude (verbo aludir). b) sessão - flagrante - insipiência
c) sessão - fragrante - incipiência
Parônimos: são palavras parecidas na escrita e na pronúncia: d) cessão - flagrante - incipiência
Coro e couro, cesta e sesta, eminente e iminente, tetânico e titâni- e) seção - flagrante - insipiência
co, atoar e atuar, degradar e degredar, cético e séptico, prescrever
e proscrever, descrição e discrição, infligir (aplicar) e infringir 03. Na ..... plenária estudou-se a ..... de direitos territoriais a
(transgredir), osso e ouço, sede (vontade de beber) e cede (verbo ..... .
ceder), comprimento e cumprimento, deferir (conceder, dar defe- a) sessão - cessão - estrangeiros
rimento) e diferir (ser diferente, divergir, adiar), ratificar (confir- b) seção - cessão - estrangeiros
mar) e retificar (tornar reto, corrigir), vultoso (volumoso, muito c) secção - sessão - extrangeiros
grande: soma vultosa) e vultuoso (congestionado: rosto vultuoso). d) sessão - seção - estrangeiros
e) seção - sessão - estrangeiros
Polissemia: Uma palavra pode ter mais de uma significação.
04. Há uma alternativa errada. Assinale-a:
A esse fato linguístico dá-se o nome de polissemia. Exemplos:
a) A eminente autoridade acaba de concluir uma viagem política.
- Mangueira: tubo de borracha ou plástico para regar
b) A catástrofe torna-se iminente.
as plantas ou apagar incêndios; árvore frutífera; grande
c) Sua ascensão foi rápida.
curral de gado.
d) Ascenderam o fogo rapidamente.
- Pena: pluma, peça de metal para escrever; puni-
e) Reacendeu o fogo do entusiasmo.
ção; dó.
- Velar: cobrir com véu, ocultar, vigiar, cuidar, rela-
05. Há uma alternativa errada. Assinale-a:
tivo ao véu do palato. a) cozer = cozinhar; coser = costurar
Podemos citar ainda, como exemplos de palavras polissêmi- b) imigrar = sair do país; emigrar = entrar no país
cas, o verbo dar e os substantivos linha e ponto, que têm dezenas c) comprimento = medida; cumprimento = saudação
de acepções. d) consertar = arrumar; concertar = harmonizar
e) chácara = sítio; xácara = verso
Sentido Próprio e Sentido Figurado: as palavras podem ser
empregadas no sentido próprio ou no sentido figurado. Exemplos: 06. Assinale o item em que a palavra destacada está incorre-
- Construí um muro de pedra. (sentido próprio). tamente aplicada:
- Ênio tem um coração de pedra. (sentido figurado). a) Trouxeram-me um ramalhete de flores fragrantes.
- As águas pingavam da torneira, (sentido próprio). b) A justiça infligiu a pena merecida aos desordeiros.
- As horas iam pingando lentamente, (sentido figu- c) Promoveram uma festa beneficiente para a creche.
rado). d) Devemos ser fiéis ao cumprimento do dever.
e) A cessão de terras compete ao Estado.
Denotação e Conotação: Observe as palavras em
destaque nos seguintes exemplos: 07. O ...... do prefeito foi ..... ontem.
- Comprei uma correntinha de ouro. a) mandado - caçado
- Fulano nadava em ouro. b) mandato - cassado
No primeiro exemplo, a palavra ouro denota ou designa sim- c) mandato - caçado
plesmente o conhecido metal precioso, tem sentido próprio, real, d) mandado - casçado
denotativo. e) mandado - cassado
No segundo exemplo, ouro sugere ou evoca riquezas, poder,
glória, luxo, ostentação; tem o sentido conotativo, possui várias 08. Marque a alternativa cujas palavras preenchem correta-
conotações (ideias associadas, sentimentos, evocações que irra- mente as respectivas lacunas, na frase seguinte: “Necessitando ......
diam da palavra). o número do cartão do PIS, ...... a data de meu nascimento.”

Didatismo e Conhecimento 36
LÍNGUA PORTUGUESA
a) ratificar, proscrevi família etimológica. Exemplo: Raiz noc [Latim nocere = prejudi-
b) prescrever, discriminei car] tem a significação geral de causar dano, e a ela se prendem,
c) descriminar, retifiquei pela origem comum, as palavras nocivo, nocividade, inocente, ino-
d) proscrever, prescrevi centar, inócuo, etc.
e) retificar, ratifiquei
Uma raiz pode sofrer alterações: at-o; at-or; at-ivo; aç-ão; ac
09. “A ......... científica do povo levou-o a .... de feiticeiros os -ionar;
..... em astronomia.”
a) insipiência tachar expertos Radical:
b) insipiência taxar expertos
c) incipiência taxar espertos Observe o seguinte grupo de palavras: livr-o; livr-inho; livr
d) incipiência tachar espertos -eiro; livr-eco. Você reparou que há um elemento comum nesse
e) insipiência taxar espertos grupo? Você reparou que o elemento livr serve de base para o sig-
nificado? Esse elemento é chamado de radical (ou semantema).
10. Na oração: Em sua vida, nunca teve muito ......, apresen- Elemento básico e significativo das palavras, consideradas sob o
tava-se sempre ...... no ..... de tarefas ...... . As palavras adequadas aspecto gramatical e prático. É encontrado através do despojo dos
para preenchimento das lacunas são: elementos secundários (quando houver) da palavra. Exemplo: cer-
a) censo - lasso - cumprimento - eminentes t-o; cert-eza; in-cert-eza.
b) senso - lasso - cumprimento - iminentes
c) senso - laço - comprimento - iminentes Afixos: são elementos secundários (geralmente sem vida autô-
d) senso - laço - cumprimento - eminentes noma) que se agregam a um radical ou tema para formar palavras
e) censo - lasso - comprimento - iminentes derivadas. Sabemos que o acréscimo do morfema “-mente”, por
exemplo, cria uma nova palavra a partir de “certo”: certamente,
Respostas: (01.B)(02.B)(03.A)(04.D)(05.B)(06.C)(07.B) advérbio de modo. De maneira semelhante, o acréscimo dos mor-
(08.E)(09.A)(10.B) femas “a-” e “-ar” à forma “cert-” cria o verbo acertar. Observe
que a- e -ar são morfemas capazes de operar mudança de classe
gramatical na palavra a que são anexados.
Quando são colocados antes do radical, como acontece com
“a-”, os afixos recebem o nome de prefixos. Quando, como “-ar”,
FORMAÇÃO DE PALAVRAS. surgem depois do radical, os afixos são chamados de sufixos.
Exemplo: in-at-ivo; em-pobr-ecer; inter-nacion-al.

Desinências: são os elementos terminais indicativos das fle-


Estrutura e Formação de Palavras xões das palavras. Existem dois tipos:
- Desinências Nominais: indicam as flexões de gênero (mas-
Estudar a estrutura é conhecer os elementos formadores das culino e feminino) e de número (singular e plural) dos nomes.
palavras. Assim, compreendemos melhor o significado de cada Exemplos: aluno-o / aluno-s; alun-a / aluna-s. Só podemos falar
uma delas. As palavras podem ser divididas em unidades menores, em desinências nominais de gêneros e de números em palavras
a que damos o nome de elementos mórficos ou morfemas. que admitem tais flexões, como nos exemplos acima. Em palavras
Vamos analisar a palavra “cachorrinhas”. Nessa palavra ob- como mesa, tribo, telefonema, por exemplo, não temos desinência
servamos facilmente a existência de quatro elementos. São eles: nominal de gênero. Já em pires, lápis, ônibus não temos desinên-
cachorr - este é o elemento base da palavra, ou seja, aquele cia nominal de número.
que contém o significado.
inh - indica que a palavra é um diminutivo - Desinências Verbais: indicam as flexões de número e pes-
a - indica que a palavra é feminina soa e de modo e tempo dos verbos. A desinência “-o”, presente
s - indica que a palavra se encontra no plural em “am-o”, é uma desinência número pessoal, pois indica que o
verbo está na primeira pessoa do singular; “-va”, de “ama-va”, é
Morfemas: unidades mínimas de caráter significativo. Exis- desinência modo-temporal: caracteriza uma forma verbal do pre-
tem palavras que não comportam divisão em unidades menores, térito imperfeito do indicativo, na 1ª conjugação.
tais como: mar, sol, lua, etc. São elementos mórficos:
- Raiz, Radical, Tema: elementos básicos e significativos Vogal Temática: é a vogal que se junta ao radical, preparan-
- Afixos (Prefixos, Sufixos), Desinência, Vogal Temática: do-o para receber as desinências. Nos verbos, distinguem-se três
elementos modificadores da significação dos primeiros vogais temáticas:
- Vogal de Ligação, Consoante de Ligação: elementos de li- - Caracteriza os verbos da 1ª conjugação: buscar, buscavas, etc.
gação ou eufônicos. - Caracteriza os verbos da 2ª conjugação: romper, rompemos, etc.
- Caracteriza os verbos da 3ª conjugação: proibir, proibirá, etc.
Raiz: É o elemento originário e irredutível em que se concen-
tra a significação das palavras, consideradas do ângulo histórico. Tema: é o grupo formado pelo radical mais vogal temática.
É a raiz que encerra o sentido geral, comum às palavras da mesma Nos verbos citados acima, os temas são: busca-, rompe-, proibi-

Didatismo e Conhecimento 37
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Vogais e Consoantes de Ligação: As vogais e consoantes de Não devemos confundir derivação parassintética, em que o
ligação são morfemas que surgem por motivos eufônicos, ou seja, acréscimo de sufixo e de prefixo é obrigatoriamente simultâneo,
para facilitar ou mesmo possibilitar a pronúncia de uma determi- com casos como os das palavras desvalorização e desigualdade.
nada palavra. Exemplos: parisiense (paris= radical, ense=sufixo, Nessas palavras, os afixos são acoplados em sequência: desvalo-
vogal de ligação=i); gas-ô-metro, alv-i-negro, tecn-o-cracia, pau-l rização provém de desvalorizar, que provém de valorizar, que por
-ada, cafe-t-eira, cha-l-eira, inset-i-cida, pe-z-inho, pobr-e-tão, etc. sua vez provém de valor.
É impossível fazer o mesmo com palavras formadas por pa-
Formação das Palavras: existem dois processos básicos pe- rassíntese: não se pode dizer que expropriar provém de “propriar”
los quais se formam as palavras: a Derivação e a Composição. A ou de “expróprio”, pois tais palavras não existem. Logo, expro-
diferença entre ambos consiste basicamente em que, no processo priar provém diretamente de próprio, pelo acréscimo concomitante
de derivação, partimos sempre de um único radical, enquanto no de prefixo e sufixo.
processo de composição sempre haverá mais de um radical. - Derivação Regressiva: ocorre derivação regressiva quando
uma palavra é formada não por acréscimo, mas por redução: com-
Derivação: é o processo pelo qual se obtém uma palavra nova, prar (verbo), compra (substantivo); beijar (verbo), beijo (substan-
chamada derivada, a partir de outra já existente, chamada primiti- tivo).
va. Exemplo: Mar (marítimo, marinheiro, marujo); terra (enterrar,
terreiro, aterrar). Observamos que «mar» e «terra» não se formam Para descobrirmos se um substantivo deriva de um verbo ou
de nenhuma outra palavra, mas, ao contrário, possibilitam a for- se ocorre o contrário, podemos seguir a seguinte orientação:
mação de outras, por meio do acréscimo de um sufixo ou prefixo. - Se o substantivo denota ação, será palavra derivada, e o ver-
Logo, mar e terra são palavras primitivas, e as demais, derivadas. bo palavra primitiva.
- Se o nome denota algum objeto ou substância, verifica-se o
Tipos de Derivação contrário.
Vamos observar os exemplos acima: compra e beijo indicam
- Derivação Prefixal ou Prefixação: resulta do acréscimo de ações, logo, são palavras derivadas. O mesmo não ocorre, porém,
prefixo à palavra primitiva, que tem o seu significado alterado: com a palavra âncora, que é um objeto. Neste caso, um substanti-
crer- descrer; ler- reler; capaz- incapaz. vo primitivo que dá origem ao verbo ancorar.
- Derivação Sufixal ou Sufixação: resulta de acréscimo de
sufixo à palavra primitiva, que pode sofrer alteração de significado Por derivação regressiva, formam-se basicamente substanti-
ou mudança de classe gramatical: alfabetização. No exemplo, o vos a partir de verbos. Por isso, recebem o nome de substanti-
sufixo -ção transforma em substantivo o verbo alfabetizar. Este, vos deverbais. Note que na linguagem popular, são frequentes os
por sua vez, já é derivado do substantivo alfabeto pelo acréscimo exemplos de palavras formadas por derivação regressiva. o portu-
do sufixo -izar. ga (de português); o boteco (de botequim); o comuna (de comu-
nista); agito (de agitar); amasso (de amassar); chego (de chegar)
A derivação sufixal pode ser:
Nominal, formando substantivos e adjetivos: papel – papela- O processo normal é criar um verbo a partir de um substanti-
ria; riso – risonho. vo. Na derivação regressiva, a língua procede em sentido inverso:
Verbal, formando verbos: atual - atualizar. forma o substantivo a partir do verbo.
Adverbial, formando advérbios de modo: feliz – felizmente.
- Derivação Imprópria: A derivação imprópria ocorre quando
- Derivação Parassintética ou Parassíntese: Ocorre quando a determinada palavra, sem sofrer qualquer acréscimo ou supressão
palavra derivada resulta do acréscimo simultâneo de prefixo e sufi- em sua forma, muda de classe gramatical. Neste processo:
xo à palavra primitiva. Por meio da parassíntese formam-se nomes Os adjetivos passam a substantivos: Os bons serão contem-
(substantivos e adjetivos) e verbos. Considere o adjetivo “triste”. plados.
Do radical “trist-” formamos o verbo entristecer através da junção Os particípios passam a substantivos ou adjetivos: Aquele ga-
simultânea do prefixo “en-” e do sufixo “-ecer”. A presença de roto alcançou um feito passando no concurso.
apenas um desses afixos não é suficiente para formar uma nova Os infinitivos passam a substantivos: O andar de Roberta era
palavra, pois em nossa língua não existem as palavras “entriste”, fascinante; O badalar dos sinos soou na cidadezinha.
nem “tristecer”. Exemplos: Os substantivos passam a adjetivos: O funcionário fantasma
emudecer foi despedido; O menino prodígio resolveu o problema.
mudo – palavra inicial Os adjetivos passam a advérbios: Falei baixo para que nin-
e – prefixo guém escutasse.
mud – radical Palavras invariáveis passam a substantivos: Não entendo o
ecer – sufixo porquê disso tudo.
Substantivos próprios tornam-se comuns: Aquele coordena-
desalmado dor é um caxias! (chefe severo e exigente)
alma – palavra inicial
des – prefixo Os processos de derivação vistos anteriormente fazem parte
alm – radical da Morfologia porque implicam alterações na forma das palavras.
ado – sufixo No entanto, a derivação imprópria lida basicamente com seu sig-

Didatismo e Conhecimento 38
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nificado, o que acaba caracterizando um processo semântico. Por arqui-, arce-: superioridade hierárquica, primazia, excesso:
essa razão, entendemos o motivo pelo qual é denominada “impró- arquiduque, arquétipo, arcebispo, arquimilionário.
pria”. cata-: movimento de cima para baixo: cataplasma, catálogo,
catarata.
Composição: é o processo que forma palavras compostas, a di-: duplicidade: dissílabo, ditongo, dilema.
partir da junção de dois ou mais radicais. Existem dois tipos: dia-: movimento através de, afastamento: diálogo, diagonal,
diafragma, diagrama.
- Composição por Justaposição: ao juntarmos duas ou mais dis-: dificuldade, privação: dispneia, disenteria, dispepsia,
palavras ou radicais, não ocorre alteração fonética: passatempo, disfasia.
quinta-feira, girassol, couve-flor. Em «girassol» houve uma altera- ec-, ex-, exo-, ecto-: movimento para fora: eclipse, êxodo, ec-
ção na grafia (acréscimo de um «s») justamente para manter inal- toderma, exorcismo.
terada a sonoridade da palavra. en-, em-, e-: posição interior, movimento para dentro: encé-
falo, embrião, elipse, entusiasmo.
- Composição por Aglutinação: ao unirmos dois ou mais endo-: movimento para dentro: endovenoso, endocarpo, en-
vocábulos ou radicais, ocorre supressão de um ou mais de seus dosmose.
elementos fonéticos: embora (em boa hora); fidalgo (filho de algo epi-: posição superior, movimento para: epiderme, epílogo,
- referindo-se a família nobre); hidrelétrico (hidro + elétrico); pla- epidemia, epitáfio.
nalto (plano alto). Ao aglutinarem-se, os componentes subordi- eu-: excelência, perfeição, bondade: eufemismo, euforia, eu-
nam-se a um só acento tônico, o do último componente. caristia, eufonia.
hemi-: metade, meio: hemisfério, hemistíquio, hemiplégico.
- Redução: algumas palavras apresentam, ao lado de sua for- hiper-: posição superior, excesso: hipertensão, hipérbole, hi-
ma plena, uma forma reduzida. Observe: auto - por automóvel; pertrofia.
cine - por cinema; micro - por microcomputador; Zé - por José. hipo-: posição inferior, escassez: hipocrisia, hipótese, hipo-
Como exemplo de redução ou simplificação de palavras, podem dérmico.
ser citadas também as siglas, muito frequentes na comunicação meta-: mudança, sucessão: metamorfose, metáfora, metacarpo.
atual. para-: proximidade, semelhança, intensidade: paralelo, para-
sita, paradoxo, paradigma.
- Hibridismo: ocorre hibridismo na palavra em cuja forma- peri-: movimento ou posição em torno de: periferia, peripé-
ção entram elementos de línguas diferentes: auto (grego) + móvel cia, período, periscópio.
(latim). pro-: posição em frente, anterioridade: prólogo, prognóstico,
profeta, programa.
- Onomatopeia: numerosas palavras devem sua origem a uma pros-: adjunção, em adição a: prosélito, prosódia.
tendência constante da fala humana para imitar as vozes e os ruí- proto-: início, começo, anterioridade: proto-história, protóti-
dos da natureza. As onomatopeias são vocábulos que reproduzem po, protomártir.
aproximadamente os sons e as vozes dos seres: miau, zumzum, poli-: multiplicidade: polissílabo, polissíndeto, politeísmo.
piar, tinir, urrar, chocalhar, cocoricar, etc. sin-, sim-: simultaneidade, companhia: síntese, sinfonia, sim-
patia, sinopse.
Prefixos: os prefixos são morfemas que se colocam antes dos tele-: distância, afastamento: televisão, telepatia, telégrafo.
radicais basicamente a fim de modificar-lhes o sentido; raramen-
te esses morfemas produzem mudança de classe gramatical. Os Prefixos de Origem Latina
prefixos ocorrentes em palavras portuguesas se originam do latim
e do grego, línguas em que funcionavam como preposições ou ad- a-, ab-, abs-: afastamento, separação: aversão, abuso, absti-
vérbios, logo, como vocábulos autônomos. Alguns prefixos foram nência, abstração.
pouco ou nada produtivos em português. Outros, por sua vez, tive- a-, ad-: aproximação, movimento para junto: adjunto,advoga-
ram grande vitalidade na formação de novas palavras: a- , contra- , do, advir, aposto.
des- , em- (ou en-) , es- , entre- re- , sub- , super- , anti-. ante-: anterioridade, procedência: antebraço, antessala, an-
teontem, antever.
Prefixos de Origem Grega ambi-: duplicidade: ambidestro, ambiente, ambiguidade, am-
bivalente.
a-, an-: afastamento, privação, negação, insuficiência, carên- ben(e)-, bem-: bem, excelência de fato ou ação: benefício,
cia: anônimo, amoral, ateu, afônico. bendito.
ana-: inversão, mudança, repetição: analogia, análise, anagra- bis-, bi-: repetição, duas vezes: bisneto, bimestral, bisavô,
ma, anacrônico. biscoito.
anfi-: em redor, em torno, de um e outro lado, duplicidade: circu(m)-: movimento em torno: circunferência, circunscrito,
anfiteatro, anfíbio, anfibologia. circulação.
anti-: oposição, ação contrária: antídoto, antipatia, antagonis- cis-: posição aquém: cisalpino, cisplatino, cisandino.
ta, antítese. co-, con-, com-: companhia, concomitância: colégio, coope-
apo-: afastamento, separação: apoteose, apóstolo, apocalipse, rativa, condutor.
apologia. contra-: oposição: contrapeso, contrapor, contradizer.

Didatismo e Conhecimento 39
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de-: movimento de cima para baixo, separação, negação: de- Sufixos que formam nomes de agente: -ário(a) – secretário;
capitar, decair, depor. -eiro(a) – ferreiro; -ista – manobrista; -or – lutador; -nte – fei-
de(s)-, di(s)-: negação, ação contrária, separação: desventura, rante.
discórdia, discussão.
e-, es-, ex-: movimento para fora: excêntrico, evasão, expor- Sufixos que formam nomes de lugar, depositório: -aria –
tação, expelir. churrascaria; -ário – herbanário; -eiro – açucareiro; -or – corre-
en-, em-, in-: movimento para dentro, passagem para um es- dor; -tério – cemitério; -tório – dormitório.
tado ou forma, revestimento: imergir, enterrar, embeber, injetar,
importar. Sufixos que formam nomes indicadores de abundância,
extra-: posição exterior, excesso: extradição, extraordinário, aglomeração, coleção: -aço – ricaço; -ada – papelada; -agem –
extraviar. folhagem; -al – capinzal; -ame – gentame; -ario(a) - casario, in-
i-, in-, im-: sentido contrário, privação, negação: ilegal, im- fantaria; -edo – arvoredo; -eria – correria; -io – mulherio; -ume
possível, improdutivo. – negrume.
inter-, entre-: posição intermediária: internacional, interpla-
netário. Sufixos que formam nomes técnicos usados na ciência:
intra-: posição interior: intramuscular, intravenoso, intraverbal. -ite - bronquite, hepatite (inflamação), amotite (fósseis).
intro-: movimento para dentro: introduzir, introvertido, in- -oma - mioma, epitelioma, carcinoma (tumores).
trospectivo. -ato, eto, Ito - sulfato, cloreto, sulfito (sais), granito (pedra).
-ina - cafeína, codeína (alcaloides, álcalis artificiais).
justa-: posição ao lado: justapor, justalinear.
-ol - fenol, naftol (derivado de hidrocarboneto).
ob-, o-: posição em frente, oposição: obstruir, ofuscar, ocupar,
-ema - morfema, fonema, semema, semantema (ciência lin-
obstáculo.
guística).
per-: movimento através: percorrer, perplexo, perfurar, per-
-io - sódio, potássio, selênio (corpos simples)
verter.
pos-: posterioridade: pospor, posterior, pós-graduado.
Sufixo que forma nomes de religião, doutrinas filosóficas,
pre-: anterioridade: prefácio, prever, prefixo, preliminar. sistemas políticos: - ismo: budismo, kantismo, comunismo.
pro-: movimento para frente: progresso, promover, prosse-
guir, projeção. Sufixos Formadores de Adjetivos
re-: repetição, reciprocidade: rever, reduzir, rebater, reatar.
retro-: movimento para trás: retrospectiva, retrocesso, retroa- - de substantivos: -aco – maníaco; -ado – barbado; -áceo(a)
gir, retrógrado. - herbáceo, liláceas; -aico – prosaico; -al – anual; -ar – escolar;
so-, sob-, sub-, su-: movimento de baixo para cima, inferiori- -ário - diário, ordinário; -ático – problemático; -az – mordaz;
dade: soterrar, sobpor, subestimar. -engo – mulherengo; -ento – cruento; -eo – róseo; -esco – pito-
super-, supra-, sobre-: posição superior, excesso: supercílio, resco; -este – agreste; -estre – terrestre; -enho – ferrenho; -eno
supérfluo. – terreno; -ício – alimentício; -ico – geométrico; -il – febril; -ino
soto-, sota-: posição inferior: soto-mestre, sota-voga, soto-pôr. – cristalino; -ivo – lucrativo; -onho – tristonho; -oso – bondoso;
trans-, tras-, tres-, tra-: movimento para além, movimento -udo – barrigudo.
através: transatlântico, tresnoitar, tradição.
ultra-: posição além do limite, excesso: ultrapassar, ultrarro- - de verbos:
mantismo, ultrassom, ultraleve, ultravioleta. -(a)(e)(i)nte: ação, qualidade, estado – semelhante, doente,
vice-, vis-: em lugar de: vice-presidente, visconde, vice-almi- seguinte.
rante. -(á)(í)vel: possibilidade de praticar ou sofrer uma ação – lou-
vável, perecível, punível.
Sufixos: são elementos (isoladamente insignificativos) que, -io, -(t)ivo: ação referência, modo de ser – tardio, afirmativo,
acrescentados a um radical, formam nova palavra. Sua principal pensativo.
característica é a mudança de classe gramatical que geralmente -(d)iço, -(t)ício: possibilidade de praticar ou sofrer uma ação,
opera. Dessa forma, podemos utilizar o significado de um verbo referência – movediço, quebradiço, factício.
num contexto em que se deve usar um substantivo, por exemplo. -(d)ouro,-(t)ório: ação, pertinência – casadouro, preparatório.
Como o sufixo é colocado depois do radical, a ele são incorpora-
das as desinências que indicam as flexões das palavras variáveis. Sufixos Adverbiais: Na Língua Portuguesa, existe apenas um
Existem dois grupos de sufixos formadores de substantivos extre- único sufixo adverbial: É o sufixo “-mente”, derivado do substan-
mamente importantes para o funcionamento da língua. São os que tivo feminino latino mens, mentis que pode significar “a mente,
formam nomes de ação e os que formam nomes de agente. o espírito, o intento”.Este sufixo juntou-se a adjetivos, na forma
feminina, para indicar circunstâncias, especialmente a de modo.
Sufixos que formam nomes de ação: -ada – caminhada; Exemplos: altiva-mente, brava-mente, bondosa-mente, nervo-
-ança – mudança; -ância – abundância; -ção – emoção; -dão – so- sa-mente, fraca-mente, pia-mente. Já os advérbios que se derivam
lidão; -ença – presença; -ez(a) – sensatez, beleza; -ismo – civismo; de adjetivos terminados em –ês (burgues-mente, portugues-men-
-mento – casamento; -são – compreensão; -tude – amplitude; -ura te, etc.) não seguem esta regra, pois esses adjetivos eram outrora
– formatura. uniformes. Exemplos: cabrito montês / cabrita montês.

Didatismo e Conhecimento 40
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Sufixos Verbais: Os sufixos verbais agregam-se, via de regra, a) 1, 4, 3, 2, 5, 6, 1
ao radical de substantivos e adjetivos para formar novos verbos. b) 4, 1, 4, 1, 5, 3, 6
Em geral, os verbos novos da língua formam-se pelo acréscimo c) 1, 4, 4, 1, 5, 6, 6
da terminação-ar. Exemplos: esqui-ar; radiograf-ar; (a)doç-ar; d) 2, 3, 4, 1, 5, 3, 6
nivel-ar; (a)fin-ar; telefon-ar; (a)portugues-ar. e) 2, 4, 4, 1, 5, 3, 6

Os verbos exprimem, entre outras ideias, a prática de ação. 06. Indique a palavra que foge ao processo de formação de
-ar: cruzar, analisar, limpar chapechape:
-ear: guerrear, golear a) zunzum
-entar: afugentar, amamentar b) reco-reco
-ficar: dignificar, liquidificar c) toque-toque
-izar: finalizar, organizar d) tlim-tlim
e) vivido
Verbo Frequentativo: é aquele que traduz ação repetida.
Verbo Factitivo: é aquele que envolve ideia de fazer ou causar.
07. Em que alternativa a palavra sublinhada resulta de deriva-
Verbo Diminutivo: é aquele que exprime ação pouco intensa.
ção imprópria?
Exercícios a) Às sete horas da manhã começou o trabalho principal: a
votação.
01. Assinale a opção em que todas as palavras se formam pelo b) Pereirinha estava mesmo com a razão. Sigilo... Voto secre-
mesmo processo: to... Bobagens, bobagens!
a) ajoelhar / antebraço / assinatura c) Sem radical reforma da lei eleitoral, as eleições continua-
b) atraso / embarque / pesca riam sendo uma farsa!
c) o jota / o sim / o tropeço d) Não chegaram a trocar um isto de prosa, e se entenderam.
d) entrega / estupidez / sobreviver e) Dr. Osmírio andaria desorientado, senão bufando de raiva.
e) antepor / exportação / sanguessuga
08. Assinale a série de palavras em que todas são formadas
02. A palavra “aguardente” formou-se por: por parassíntese:
a) hibridismo a) acorrentar, esburacar, despedaçar, amanhecer
b) aglutinação b) solução, passional, corrupção, visionário
c) justaposição c) enrijecer, deslealdade, tortura, vidente
d) parassíntese d) biografia, macróbio, bibliografia, asteróide
e) derivação regressiva e) acromatismo, hidrogênio, litografar, idiotismo

03. Que item contém somente palavras formadas por justa- 09. As palavras couve-flor, planalto e aguardente são forma-
posição? das por:
a) desagradável – complemente a) derivação
b) vaga-lume - pé-de-cabra b) onomatopeia
c) encruzilhada – estremeceu c) hibridismo
d) supersticiosa – valiosas d) composição
e) desatarraxou – estremeceu e) prefixação
04. “Sarampo” é:
10. Assinale a alternativa em que uma das palavras não é for-
a) forma primitiva
mada por prefixação:
b) formado por derivação parassintética
a) readquirir, predestinado, propor
c) formado por derivação regressiva
d) formado por derivação imprópria b) irregular, amoral, demover
e) formado por onomatopéia c) remeter, conter, antegozar
d) irrestrito, antípoda, prever
05. Numere as palavras da primeira coluna conforme os pro- e) dever, deter, antever
cessos de formação numerados à direita. Em seguida, marque a
alternativa que corresponde à sequência numérica encontrada: Respostas: 1-B / 2-B / 3-B / 4-C / 5-E / 6-E / 7-D / 8-A / 9-D
( ) aguardente 1) justaposição / 10-E /
( ) casamento 2) aglutinação
( ) portuário 3) parassíntese
( ) pontapé 4) derivação sufixal
( ) os contras 5) derivação imprópria
( ) submarino 6) derivação prefixal
( ) hipótese

Didatismo e Conhecimento 41
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Flexão dos adjetivos
CLASSIFICAÇÃO, FLEXÃO E
O adjetivo varia em gênero, número e grau.
EMPREGO DAS PALAVRAS.
Gênero dos Adjetivos

Os adjetivos concordam com o substantivo a que se referem


Adjetivo (masculino e feminino). De forma semelhante aos substantivos,
classificam-se em:
Adjetivo é a palavra que expressa uma qualidade ou
característica do ser e se relaciona com o substantivo. Biformes - têm duas formas, sendo uma para o masculino e
Ao analisarmos a palavra bondoso, por exemplo, percebemos outra para o feminino. Por exemplo: ativo e ativa, mau e má, judeu
que, além de expressar uma qualidade, ela pode ser colocada ao e judia.
lado de um substantivo: homem bondoso, moça bondosa, pessoa Se o adjetivo é composto e biforme, ele flexiona no feminino
bondosa. somente o último elemento. Por exemplo: o moço norte-americano,
Já com a palavra bondade, embora expresse uma qualidade,
a moça norte-americana.
não acontece o mesmo; não faz sentido dizer: homem bondade,
Exceção: surdo-mudo e surda-muda.
moça bondade, pessoa bondade. Bondade, portanto, não é adjetivo,
mas substantivo.
Uniformes - têm uma só forma tanto para o masculino como
Morfossintaxe do Adjetivo: para o feminino. Por exemplo: homem feliz e mulher feliz.
Se o adjetivo é composto e uniforme, fica invariável no
O adjetivo exerce sempre funções sintáticas (função dentro feminino. Por exemplo: conflito político-social e desavença
de uma oração) relativas aos substantivos, atuando como adjunto político-social.
adnominal ou como predicativo (do sujeito ou do objeto).
Número dos Adjetivos
Adjetivo Pátrio (ou gentílico)
Plural dos adjetivos simples
Indica a nacionalidade ou o lugar de origem do ser. Observe
alguns deles: Os adjetivos simples flexionam-se no plural de acordo com
as regras estabelecidas para a flexão numérica dos substantivos
Estados e cidades brasileiros: simples. Por exemplo: mau e maus, feliz e felizes, ruim e ruins
Alagoas alagoano boa e boas
Amapá amapaense
Aracaju aracajuano ou aracajuense Caso o adjetivo seja uma palavra que também exerça função
Amazonas amazonense ou baré de substantivo, ficará invariável, ou seja, se a palavra que estiver
Belo Horizonte belo-horizontino qualificando um elemento for, originalmente, um substantivo,
Brasília brasiliense ela manterá sua forma primitiva. Exemplo: a palavra cinza é
Cabo Frio cabo-friense originalmente um substantivo; porém, se estiver qualificando um
Campinas campineiro ou campinense elemento, funcionará como adjetivo. Ficará, então, invariável.
Logo: camisas cinza, ternos cinza.
Adjetivo Pátrio Composto
Veja outros exemplos:
Na formação do adjetivo pátrio composto, o primeiro elemento Motos vinho (mas: motos verdes)
aparece na forma reduzida e, normalmente, erudita. Observe Paredes musgo (mas: paredes brancas).
alguns exemplos: Comícios monstro (mas: comícios grandiosos).

África afro- / Cultura afro-americana Adjetivo Composto


Alemanha germano- ou teuto-/Competições teuto-inglesas
América américo- / Companhia américo-africana É aquele formado por dois ou mais elementos. Normalmente,
Bélgica belgo- / Acampamentos belgo-franceses esses elementos são ligados por hífen. Apenas o último elemento
China sino- / Acordos sino-japoneses concorda com o substantivo a que se refere; os demais ficam na
Espanha hispano- / Mercado hispano-português forma masculina, singular. Caso um dos elementos que formam
Europa euro- / Negociações euro-americanas o adjetivo composto seja um substantivo adjetivado, todo o
França franco- ou galo- / Reuniões franco-italianas adjetivo composto ficará invariável. Por exemplo: a palavra rosa é
Grécia greco- / Filmes greco-romanos originalmente um substantivo, porém, se estiver qualificando um
Inglaterra anglo- / Letras anglo-portuguesas elemento, funcionará como adjetivo. Caso se ligue a outra palavra
Itália ítalo- / Sociedade ítalo-portuguesa por hífen, formará um adjetivo composto; como é um substantivo
Japão nipo- / Associações nipo-brasileiras adjetivado, o adjetivo composto inteiro ficará invariável. Por
Portugal luso- / Acordos luso-brasileiros exemplo:

Didatismo e Conhecimento 42
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Camisas rosa-claro. Superlativo
Ternos rosa-claro.
Olhos verde-claros. O superlativo expressa qualidades num grau muito elevado ou
Calças azul-escuras e camisas verde-mar. em grau máximo. O grau superlativo pode ser absoluto ou relativo
Telhados marrom-café e paredes verde-claras. e apresenta as seguintes modalidades:

Obs.: - Azul-marinho, azul-celeste, ultravioleta e qualquer Superlativo Absoluto: ocorre quando a qualidade de um ser
adjetivo composto iniciado por cor-de-... são sempre invariáveis. é intensificada, sem relação com outros seres. Apresenta-se nas
- Os adjetivos compostos surdo-mudo e pele-vermelha têm os formas:
dois elementos flexionados.
Analítica: a intensificação se faz com o auxílio de palavras que
Grau do Adjetivo dão ideia de intensidade (advérbios). Por exemplo: O secretário é
muito inteligente.
Os adjetivos flexionam-se em grau para indicar a intensidade
da qualidade do ser. São dois os graus do adjetivo: o comparativo
Sintética: a intensificação se faz por meio do acréscimo de
e o superlativo.
sufixos. Por exemplo: O secretário é inteligentíssimo.
Comparativo
Observe alguns superlativos sintéticos:
Nesse grau, comparam-se a mesma característica atribuída a benéfico beneficentíssimo
dois ou mais seres ou duas ou mais características atribuídas ao bom boníssimo ou ótimo
mesmo ser. O comparativo pode ser de igualdade, de superioridade comum comuníssimo
ou de inferioridade. Observe os exemplos abaixo: cruel crudelíssimo
Sou tão alto como você. = Comparativo de Igualdade difícil dificílimo
No comparativo de igualdade, o segundo termo da comparação doce dulcíssimo
é introduzido pelas palavras como, quanto ou quão. fácil facílimo
fiel fidelíssimo
Sou mais alto (do) que você. = Comparativo de Superioridade
Analítico Superlativo Relativo: ocorre quando a qualidade de um ser é
No comparativo de superioridade analítico, entre os dois intensificada em relação a um conjunto de seres. Essa relação pode
substantivos comparados, um tem qualidade superior. A forma ser:
é analítica porque pedimos auxílio a “mais...do que” ou “mais... De Superioridade: Clara é a mais bela da sala.
que”. De Inferioridade: Clara é a menos bela da sala.

O Sol é maior (do) que a Terra. = Comparativo de Superioridade Note bem:


Sintético 1) O superlativo absoluto analítico é expresso por meio dos
advérbios muito, extremamente, excepcionalmente, etc., antepostos
Alguns adjetivos possuem, para o comparativo de ao adjetivo.
superioridade, formas sintéticas, herdadas do latim. São eles: bom 2) O superlativo absoluto sintético apresenta-se sob duas
/melhor, pequeno/menor, mau/pior, alto/superior, grande/maior, formas : uma erudita, de origem latina, outra popular, de origem
baixo/inferior. vernácula. A forma erudita é constituída pelo radical do adjetivo
latino + um dos sufixos -íssimo, -imo ou érrimo. Por exemplo:
Observe que:
fidelíssimo, facílimo, paupérrimo. A forma popular é constituída
a) As formas menor e pior são comparativos de superioridade,
do radical do adjetivo português + o sufixo -íssimo: pobríssimo,
pois equivalem a mais pequeno e mais mau, respectivamente.
agilíssimo.
b) Bom, mau, grande e pequeno têm formas sintéticas (melhor,
pior, maior e menor), porém, em comparações feitas entre duas 3) Em vez dos superlativos normais seriíssimo, precariíssimo,
qualidades de um mesmo elemento, deve-se usar as formas necessariíssimo, preferem-se, na linguagem atual, as formas
analíticas mais bom, mais mau,mais grande e mais pequeno. Por seríssimo, precaríssimo, necessaríssimo, sem o desagradável hiato
exemplo: i-í.

Pedro é maior do que Paulo - Comparação de dois Advérbio


elementos.
O advérbio, assim como muitas outras palavras existentes na
Pedro é mais grande que pequeno - comparação de duas Língua Portuguesa, advém de outras línguas. Assim sendo, tal
qualidades de um mesmo elemento. qual o adjetivo, o prefixo “ad-” indica a ideia de proximidade,
contiguidade. Essa proximidade faz referência ao processo verbal,
Sou menos alto (do) que você. = Comparativo de Inferioridade no sentido de caracterizá-lo, ou seja, indicando as circunstâncias
Sou menos passivo (do) que tolerante. em que esse processo se desenvolve.

Didatismo e Conhecimento 43
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O advérbio relaciona-se aos verbos da língua, no sentido de de ordem: Depois, primeiramente, ultimamente
caracterizar os processos expressos por ele. Contudo, ele não é
modificador exclusivo desta classe (verbos), pois também modifica de designação: Eis
o adjetivo e até outro advérbio. Seguem alguns exemplos:
Para quem se diz distantemente alheio a esse assunto, você de interrogação: onde? (lugar), como? (modo), quando?
está até bem informado. (tempo), por quê? (causa), quanto? (preço e intensidade), para
Temos o advérbio “distantemente” que modifica o adjetivo quê? (finalidade)
alheio, representando uma qualidade, característica. Locução adverbial

O artista canta muito mal. É reunião de duas ou mais palavras com valor de advérbio.
Nesse caso, o advérbio de intensidade “muito” modifica outro Exemplo:
advérbio de modo – “mal”. Em ambos os exemplos pudemos Carlos saiu às pressas. (indicando modo)
verificar que se tratava de somente uma palavra funcionando Maria saiu à tarde. (indicando tempo)
como advérbio. No entanto, ele pode estar demarcado por mais de
uma palavra, que mesmo assim não deixará de ocupar tal função. Há locuçõesadverbiaisquepossuemadvérbioscorrespondentes.
Temos aí o que chamamos de locução adverbial, representada por Exemplo: Carlos saiu às pressas. = Carlos saiu apressadamente.
algumas expressões, tais como: às vezes, sem dúvida, frente a
frente, de modo algum, entre outras. Apenas os advérbios de intensidade, de lugar e de modo são
Dependendo das circunstâncias expressas pelos advérbios, eles flexionados, sendo que os demais são todos invariáveis. A única
se classificam em distintas categorias, uma vez expressas por: flexão propriamente dita que existe na categoria dos advérbios é
de modo: Bem, mal, assim, depressa, devagar, às pressas, a de grau:
às claras, às cegas, à toa, à vontade, às escondidas, aos poucos,
desse jeito, desse modo, dessa maneira, em geral, frente a frente, Superlativo: aumenta a intensidade. Exemplos: longe
lado a lado, a pé, de cor, em vão, e a maior parte dos que terminam - longíssimo, pouco - pouquíssimo, inconstitucionalmente -
em -”mente”: calmamente, tristemente, propositadamente, inconstitucionalissimamente, etc.;
pacientemente, amorosamente, docemente, escandalosamente, Diminutivo: diminui a intensidade. Exemplos: perto - pertinho,
bondosamente, generosamente pouco - pouquinho, devagar - devagarinho.

de intensidade: Muito, demais, pouco, tão, menos, em excesso, Artigo


bastante, pouco, mais, menos, demasiado, quanto, quão, tanto,
que(equivale a quão), tudo, nada, todo, quase, de todo, de muito, Artigo é a palavra que, vindo antes de um substantivo, indica
por completo. se ele está sendo empregado de maneira definida ou indefinida.
Além disso, o artigo indica, ao mesmo tempo, o gênero e o número
de tempo: Hoje, logo, primeiro, ontem, tarde outrora, amanhã, dos substantivos.
cedo, dantes, depois, ainda, antigamente, antes, doravante,
nunca, então, ora, jamais, agora, sempre, já, enfim, afinal, breve, Classificação dos Artigos
constantemente, entrementes, imediatamente, primeiramente,
provisoriamente, sucessivamente, às vezes, à tarde, à noite, de Artigos Definidos: determinam os substantivos de maneira
manhã, de repente, de vez em quando, de quando em quando, a precisa: o, a, os, as. Por exemplo: Eu matei o animal.
qualquer momento, de tempos em tempos, em breve, hoje em dia
Artigos Indefinidos: determinam os substantivos de maneira
de lugar: Aqui, antes, dentro, ali, adiante, fora, acolá, atrás, vaga: um, uma, uns, umas. Por exemplo: Eu matei um animal.
além, lá, detrás, aquém, cá, acima, onde, perto, aí, abaixo, aonde,
longe, debaixo, algures, defronte, nenhures, adentro, afora, Combinação dos Artigos
alhures, nenhures, aquém, embaixo, externamente, a distância, à
distancia de, de longe, de perto, em cima, à direita, à esquerda, ao É muito presente a combinação dos artigos definidos e
lado, em volta indefinidos com preposições. Veja a forma assumida por essas
de negação : Não, nem, nunca, jamais, de modo algum, de combinações:
forma nenhuma, tampouco, de jeito nenhum
Preposições Artigos
de dúvida: Acaso, porventura, possivelmente, provavelmente, o, os
quiçá, talvez, casualmente, por certo, quem sabe a ao, aos
de do, dos
de afirmação: Sim, certamente, realmente, decerto, em no, nos
efetivamente, certo, decididamente, realmente, deveras, por (per) pelo, pelos
indubitavelmente (=sem dúvida). a, as um, uns uma, umas
à, às - -
de exclusão: Apenas, exclusivamente, salvo, senão, somente, da, das dum, duns duma, dumas
simplesmente, só, unicamente na, nas num, nuns numa, numas
de inclusão: Ainda, até, mesmo, inclusivamente, também pela, pelas - -

Didatismo e Conhecimento 44
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- As formas à e às indicam a fusão da preposição a com o Morfossintaxe
artigo definido a. Essa fusão de vogais idênticas é conhecida por
crase. Para definir o que é artigo é preciso mencionar suas relações
com o substantivo. Assim, nas orações da língua portuguesa,
Constatemos as circunstância o artigo exerce a função de adjunto adnominal do substantivo
os em que os artigos se manifestam: a que se refere. Tal função independe da função exercida pelo
substantivo:
- Considera-se obrigatório o uso do artigo depois do numeral
A existência é uma poesia.
“ambos”: Ambos os garotos decidiram participar das olimpíadas.
Uma existência é a poesia.
- Nomes próprios indicativos de lugar admitem o uso do artigo,
outros não: São Paulo, O Rio de Janeiro, Veneza, A Bahia...
Conjunção
- Quando indicado no singular, o artigo definido pode indicar
toda uma espécie: O trabalho dignifica o homem. Conjunção é a palavra invariável que liga duas orações ou dois
termos semelhantes de uma mesma oração. Por exemplo:
- No caso de nomes próprios personativos, denotando a ideia A menina segurou a boneca e mostrou quando viu as
de familiaridade ou afetividade, é facultativo o uso do artigo: O amiguinhas.
Pedro é o xodó da família.
Deste exemplo podem ser retiradas três informações:
- No caso de os nomes próprios personativos estarem no 1-) segurou a boneca 2-) a menina mostrou 3-) viu as
plural, são determinados pelo uso do artigo: Os Maias, os Incas, amiguinhas
Os Astecas...

- Usa-se o artigo depois do pronome indefinido todo(a) para Cada informação está estruturada em torno de um verbo:
conferir uma ideia de totalidade. Sem o uso dele (o artigo), o segurou, mostrou, viu. Assim, há nessa frase três orações:
pronome assume a noção de qualquer.
Toda a classe parabenizou o professor. (a sala toda) 1ª oração: A menina segurou a boneca 2ª oração: e mostrou
Toda classe possui alunos interessados e desinteressados. 3ª oração: quando viu as amiguinhas.
(qualquer classe)
A segunda oração liga-se à primeira por meio do “e”, e a terceira
- Antes de pronomes possessivos, o uso do artigo é facultativo: oração liga-se à segunda por meio do “quando”. As palavras “e” e
Adoro o meu vestido longo. Adoro meu vestido longo. “quando” ligam, portanto, orações.

- A utilização do artigo indefinido pode indicar uma ideia de Observe: Gosto de natação e de futebol.
aproximação numérica: O máximo que ele deve ter é uns vinte Nessa frase as expressões de natação, de futebol são partes ou
anos.
termos de uma mesma oração. Logo, a palavra “e” está ligando
termos de uma mesma oração.
- O artigo também é usado para substantivar palavras oriundas
de outras classes gramaticais: Não sei o porquê de tudo isso.
Morfossintaxe da Conjunção
- Nunca deve ser usado artigo depois do pronome relativo cujo
(e flexões). As conjunções, a exemplo das preposições, não exercem
Este é o homem cujo amigo desapareceu. propriamente uma função sintática: são conectivos.
Este é o autor cuja obra conheço. Classificação
- Conjunções Coordenativas
- Não se deve usar artigo antes das palavras casa ( no sentido - Conjunções Subordinativas
de lar, moradia) e terra ( no sentido de chão firme), a menos que
venham especificadas. Conjunções coordenativas
Eles estavam em casa.
Eles estavam na casa dos amigos.
Dividem-se em:
Os marinheiros permaneceram em terra.
- ADITIVAS: expressam a ideia de adição, soma. Ex. Gosto de
Os marinheiros permanecem na terra dos anões.
cantar e de dançar.
- Não se emprega artigo antes dos pronomes de tratamento, Principais conjunções aditivas: e, nem, não só...mas também,
com exceção de senhor(a), senhorita e dona: Vossa excelência não só...como também.
resolverá os problemas de Sua Senhoria.
- ADVERSATIVAS: Expressam ideias contrárias, de oposição,
- Não se une com preposição o artigo que faz parte do nome de compensação. Ex. Estudei, mas não entendi nada.
de revistas, jornais, obras literárias: Li a notícia em O Estado de Principais conjunções adversativas: mas, porém, contudo,
S. Paulo. todavia, no entanto, entretanto.

Didatismo e Conhecimento 45
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- ALTERNATIVAS: Expressam ideia de alternância. - TEMPORAIS
Ou você sai do telefone ou eu vendo o aparelho. Principais conjunções temporais: quando, enquanto, logo que.
Principais conjunções alternativas: Ou...ou, ora...ora, quer... Quando eu sair, vou passar na locadora.
quer, já...já.
Diferença entre orações causais e explicativas
- CONCLUSIVAS: Servem para dar conclusões às orações.
Ex. Estudei muito, por isso mereço passar. Quando estudamos Orações Subordinadas Adverbiais (OSA)
Principais conjunções conclusivas: logo, por isso, pois (depois e Coordenadas Sindéticas (CS), geralmente nos deparamos com a
do verbo), portanto, por conseguinte, assim. dúvida de como distinguir uma oração causal de uma explicativa.
Veja os exemplos:
- EXPLICATIVAS: Explicam, dão um motivo ou razão. Ex. É 1º) Na frase “Não atravesse a rua, porque você pode ser
melhor colocar o casaco porque está fazendo muito frio lá fora. atropelado”:
a) Temos uma CS Explicativa, que indica uma justificativa ou
Principais conjunções explicativas: que, porque, pois (antes do
uma explicação do fato expresso na oração anterior.
verbo), porquanto.
b) As orações são coordenadas e, por isso, independentes
uma da outra. Neste caso, há uma pausa entre as orações que vêm
Conjunções subordinativas marcadas por vírgula.
Não atravesse a rua. Você pode ser atropelado.
- CAUSAIS Outra dica é, quando a oração que antecede a OC (Oração
Principais conjunções causais: porque, visto que, já que, uma Coordenada) vier com verbo no modo imperativo, ela será
vez que, como (= porque). explicativa.
Ele não fez o trabalho porque não tem livro. Façam silêncio, que estou falando. (façam= verbo imperativo)

- COMPARATIVAS 2º) Na frase “Precisavam enterrar os mortos em outra cidade


Principais conjunções comparativas: que, do que, tão...como, porque não havia cemitério no local.”
mais...do que, menos...do que. a) Temos uma OSA Causal, já que a oração subordinada (parte
Ela fala mais que um papagaio. destacada) mostra a causa da ação expressa pelo verbo da oração
principal. Outra forma de reconhecê-la é colocá-la no início do
- CONCESSIVAS período, introduzida pela conjunção como - o que não ocorre com
Principais conjunções concessivas: embora, ainda que, mesmo a CS Explicativa.
que, apesar de, se bem que. Como não havia cemitério no local, precisavam enterrar os
Indicam uma concessão, admitem uma contradição, um fato mortos em outra cidade.
inesperado. Traz em si uma ideia de “apesar de”. b) As orações são subordinadas e, por isso, totalmente
Embora estivesse cansada, fui ao shopping. (= apesar de estar dependentes uma da outra.
cansada)
Apesar de ter chovido fui ao cinema. Interjeição

- CONFORMATIVAS Interjeição é a palavra invariável que exprime emoções,


Principais conjunções conformativas: como, segundo, sensações, estados de espírito, ou que procura agir sobre o
interlocutor, levando-o a adotar certo comportamento sem que,
conforme, consoante
para isso, seja necessário fazer uso de estruturas linguísticas mais
Cada um colhe conforme semeia.
elaboradas. Observe o exemplo:
Expressam uma ideia de acordo, concordância, conformidade.
Droga! Preste atenção quando eu estou falando!
- CONSECUTIVAS No exemplo acima, o interlocutor está muito bravo. Toda sua
Expressam uma ideia de consequência. raiva se traduz numa palavra: Droga! Ele poderia ter dito: - Estou
Principais conjunções consecutivas: que (após “tal”, “tanto”, com muita raiva de você! Mas usou simplesmente uma palavra.
“tão”, “tamanho”). Ele empregou a interjeição Droga!
Falou tanto que ficou rouco. As sentenças da língua costumam se organizar de forma
lógica: há uma sintaxe que estrutura seus elementos e os distribui
- FINAIS em posições adequadas a cada um deles. As interjeições, por outro
Expressam ideia de finalidade, objetivo. lado, são uma espécie de “palavra-frase”, ou seja, há uma ideia
Todos trabalham para que possam sobreviver. expressa por uma palavra (ou um conjunto de palavras - locução
Principais conjunções finais: para que, a fim de que, porque interjetiva) que poderia ser colocada em termos de uma sentença.
(=para que), Veja os exemplos:
Bravo! Bis!
- PROPORCIONAIS bravo e bis: interjeição = sentença (sugestão): “Foi muito
Principais conjunções proporcionais: à medida que, quanto bom! Repitam!”
mais, ao passo que, à proporção que. Ai! Ai! Ai! Machuquei meu pé... ai: interjeição = sentença
À medida que as horas passavam, mais sono ele tinha. (sugestão): “Isso está doendo!” ou “Estou com dor!”

Didatismo e Conhecimento 46
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A interjeição é um recurso da linguagem afetiva, em que não - Repulsa ou Desaprovação: Credo!, Irra!, Ih!, Livra!, Safa!,
há uma ideia organizada de maneira lógica, como são as sentenças Fora!, Abaixo!, Francamente!, Xi!, Chega!, Basta!, Ora!
da língua, mas sim a manifestação de um suspiro, um estado da - Desejo ou Intenção: Oh!, Pudera!, Tomara!, Oxalá!
alma decorrente de uma situação particular, um momento ou um - Desculpa: Perdão!
contexto específico. Exemplos: - Dor ou Tristeza: Ai!, Ui!, Ai de mim!, Que pena!, Ah!, Oh!,
Ah, como eu queria voltar a ser criança! Eh!
ah: expressão de um estado emotivo = interjeição - Dúvida ou Incredulidade: Qual!, Qual o quê!, Hum!, Epa!,
Hum! Esse pudim estava maravilhoso! Ora!
hum: expressão de um pensamento súbito = interjeição - Espanto ou Admiração: Oh!, Ah!, Uai!, Puxa!, Céus!, Quê!,
Caramba!, Opa!, Virgem!, Vixe!, Nossa!, Hem?!, Hein?, Cruz!,
O significado das interjeições está vinculado à maneira como Putz!
elas são proferidas. Desse modo, o tom da fala é que dita o sentido - Impaciência ou Contrariedade: Hum!, Hem!, Irra!, Raios!,
que a expressão vai adquirir em cada contexto de enunciação. Diabo!, Puxa!, Pô!, Ora!
Exemplos: - Pedido de Auxílio: Socorro!, Aqui!, Piedade!
Psiu! = contexto: alguém pronunciando essa expressão na - Saudação, Chamamento ou Invocação: Salve!, Viva!, Adeus!,
rua; significado da interjeição (sugestão): “Estou te chamando! Ei, Olá!, Alô!, Ei!, Tchau!, Ô, Ó, Psiu!, Socorro!, Valha-me, Deus!
espere!” - Silêncio: Psiu!, Bico!, Silêncio!
Psiu! = contexto: alguém pronunciando essa expressão em - Terror ou Medo: Credo!, Cruzes!, Uh!, Ui!, Oh!
um hospital; significado da interjeição (sugestão): “Por favor, faça
silêncio!” Saiba que: As interjeições são palavras invariáveis, isto é, não
Puxa! Ganhei o maior prêmio do sorteio! sofrem variação em gênero, número e grau como os nomes, nem de
puxa: interjeição; tom da fala: euforia número, pessoa, tempo, modo, aspecto e voz como os verbos. No
Puxa! Hoje não foi meu dia de sorte! entanto, em uso específico, algumas interjeições sofrem variação
puxa: interjeição; tom da fala: decepção em grau. Deve-se ter claro, neste caso, que não se trata de um
processo natural dessa classe de palavra, mas tão só uma variação
As interjeições cumprem, normalmente, duas funções: que a linguagem afetiva permite. Exemplos: oizinho, bravíssimo,
1) Sintetizar uma frase exclamativa, exprimindo alegria, até loguinho.
tristeza, dor, etc.
Você faz o que no Brasil? Locução Interjetiva
Eu? Eu negocio com madeiras.
Ocorre quando duas ou mais palavras formam uma expressão
Ah, deve ser muito interessante.
com sentido de interjeição. Por exemplo : Ora bolas! Quem me
dera! Virgem Maria! Meu Deus! Ó de casa! Ai de mim! Valha-
2) Sintetizar uma frase apelativa
me Deus! Graças a Deus! Alto lá! Muito bem!
Cuidado! Saia da minha frente.
Observações:
As interjeições podem ser formadas por:
- As interjeições são como frases resumidas, sintéticas. Por
- simples sons vocálicos: Oh!, Ah!, Ó, Ô.
exemplo: Ué! = Eu não esperava por essa!, Perdão! = Peço-lhe
- palavras: Oba!, Olá!, Claro! que me desculpe.
- grupos de palavras (locuções interjetivas): Meu Deus!, Ora
bolas! - Além do contexto, o que caracteriza a interjeição é o seu
tom exclamativo; por isso, palavras de outras classes gramaticais
A ideia expressa pela interjeição depende muitas vezes da podem aparecer como interjeições.
entonação com que é pronunciada; por isso, pode ocorrer que uma Viva! Basta! (Verbos)
interjeição tenha mais de um sentido. Por exemplo: Fora! Francamente! (Advérbios)
Oh! Que surpresa desagradável! (ideia de contrariedade)
Oh! Que bom te encontrar. (ideia de alegria) - A interjeição pode ser considerada uma “palavra-frase”
porque sozinha pode constituir uma mensagem. Ex.: Socorro!,
Classificação das Interjeições Ajudem-me!, Silêncio!, Fique quieto!

Comumente, as interjeições expressam sentido de: - Há, também, as interjeições onomatopaicas ou imitativas, que
- Advertência: Cuidado!, Devagar!, Calma!, Sentido!, exprimem ruídos e vozes. Ex.: Pum! Miau! Bumba! Zás! Plaft!
Atenção!, Olha!, Alerta! Pof! Catapimba! Tique-taque! Quá-quá-quá!, etc.
- Afugentamento: Fora!, Passa!, Rua!, Xô!
- Alegria ou Satisfação: Oh!, Ah!,Eh!, Oba!, Viva! - Não se deve confundir a interjeição de apelo “ó” com a sua
- Alívio: Arre!, Uf!, Ufa! Ah! homônima “oh!”, que exprime admiração, alegria, tristeza, etc.
- Animação ou Estímulo: Vamos!, Força!, Coragem!, Eia!, Faz-se uma pausa depois do” oh!” exclamativo e não a fazemos
Ânimo!, Adiante!, Firme!, Toca! depois do “ó” vocativo.
- Aplauso ou Aprovação: Bravo!, Bis!, Apoiado!, Viva!, Boa! “Ó natureza! ó mãe piedosa e pura!” (Olavo Bilac)
- Concordância: Claro!, Sim!, Pois não!, Tá!, Hã-hã! Oh! a jornada negra!” (Olavo Bilac)

Didatismo e Conhecimento 47
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- Na linguagem afetiva, certas interjeições, originadas de Leitura dos Numerais
palavras de outras classes, podem aparecer flexionadas no
diminutivo ou no superlativo: Calminha! Adeusinho! Obrigadinho! Separando os números em centenas, de trás para frente, obtêm-
se conjuntos numéricos, em forma de centenas e, no início, também
Interjeições, leitura e produção de textos de dezenas ou unidades. Entre esses conjuntos usa-se vírgula; as
unidades ligam-se pela conjunção “e”.
Usadas com muita frequência na língua falada informal, 1.203.726 = um milhão, duzentos e três mil, setecentos e vinte
quando empregadas na língua escrita, as interjeições costumam e seis.
45.520 = quarenta e cinco mil, quinhentos e vinte.
conferir-lhe certo tom inconfundível de coloquialidade. Além
disso, elas podem muitas vezes indicar traços pessoais do falante
Flexão dos numerais
- como a escassez de vocabulário, o temperamento agressivo ou
dócil, até mesmo a origem geográfica. É nos textos narrativos Os numerais cardinais que variam em gênero são um/uma, dois/
- particularmente nos diálogos - que comumente se faz uso das duas e os que indicam centenas de duzentos/duzentas em diante:
interjeições com o objetivo de caracterizar personagens e, também, trezentos/trezentas; quatrocentos/quatrocentas, etc. Cardinais
graças à sua natureza sintética, agilizar as falas. Natureza sintética como milhão, bilhão, trilhão, variam em número: milhões, bilhões,
e conteúdo mais emocional do que racional fazem das interjeições trilhões. Os demais cardinais são invariáveis.
presença constante nos textos publicitários. Os numerais ordinais variam em gênero e número:
primeiro segundo milésimo
Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf89. primeira segunda milésima
php primeiros segundos milésimos
primeiras segundas milésimas
Numeral
Os numerais multiplicativos são invariáveis quando atuam em
Numeral é a palavra que indica os seres em termos numéricos, funções substantivas: Fizeram o dobro do esforço e conseguiram
isto é, que atribui quantidade aos seres ou os situa em determinada o triplo de produção.
sequência. Quando atuam em funções adjetivas, esses numerais
flexionam-se em gênero e número: Teve de tomar doses triplas do
medicamento.
Os quatro últimos ingressos foram vendidos há pouco.
Os numerais fracionários flexionam-se em gênero e número.
[quatro: numeral = atributo numérico de “ingresso”] Observe: um terço/dois terços, uma terça parte/duas terças partes
Eu quero café duplo, e você? Os numerais coletivos flexionam-se em número: uma dúzia,
...[duplo: numeral = atributo numérico de “café”] um milheiro, duas dúzias, dois milheiros.
A primeira pessoa da fila pode entrar, por favor! É comum na linguagem coloquial a indicação de grau nos
...[primeira: numeral = situa o ser “pessoa” na sequência de numerais, traduzindo afetividade ou especialização de sentido. É o
“fila”] que ocorre em frases como:
“Me empresta duzentinho...”
Note bem: os numerais traduzem, em palavras, o que os É artigo de primeiríssima qualidade!
números indicam em relação aos seres. Assim, quando a expressão O time está arriscado por ter caído na segundona. (= segunda
é colocada em números (1, 1°, 1/3, etc.) não se trata de numerais, divisão de futebol)
mas sim de algarismos.
Além dos numerais mais conhecidos, já que refletem a Emprego dos Numerais
ideia expressa pelos números, existem mais algumas palavras
consideradas numerais porque denotam quantidade, proporção ou *Para designar papas, reis, imperadores, séculos e partes em
ordenação. São alguns exemplos: década, dúzia, par, ambos(as), que se divide uma obra, utilizam-se os ordinais até décimo e a
partir daí os cardinais, desde que o numeral venha depois do
novena.
substantivo:
Classificação dos Numerais
Ordinais Cardinais
João Paulo II (segundo) Tomo XV (quinze)
Cardinais: indicam contagem, medida. É o número básico: D. Pedro II (segundo) Luís XVI (dezesseis)
um, dois, cem mil, etc. Ato II (segundo) Capítulo XX (vinte)
Ordinais: indicam a ordem ou lugar do ser numa série dada: Século VIII (oitavo) Século XX (vinte)
primeiro, segundo, centésimo, etc. Canto IX (nono) João XXIII ( vinte e três)
Fracionários: indicam parte de um inteiro, ou seja, a divisão
dos seres: meio, terço, dois quintos, etc. *Para designar leis, decretos e portarias, utiliza-se o ordinal até
Multiplicativos: expressam ideia de multiplicação dos seres, nono e o cardinal de dez em diante:
indicando quantas vezes a quantidade foi aumentada: dobro, Artigo 1.° (primeiro) Artigo 10 (dez)
triplo, quíntuplo, etc. Artigo 9.° (nono) Artigo 21 (vinte e um)

Didatismo e Conhecimento 48
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*Ambos/ambas são considerados numerais. Significam “um e outro”, “os dois” (ou “uma e outra”, “as duas”) e são largamente
empregados para retomar pares de seres aos quais já se fez referência.
Pedro e João parecem ter finalmente percebido a importância da solidariedade. Ambos agora participam das atividades comunitárias
de seu bairro.
Obs.: a forma “ambos os dois” é considerada enfática. Atualmente, seu uso indica afetação, artificialismo.

Cardinais Ordinais Multiplicativos Fracionários


um primeiro - -
dois segundo dobro, duplo meio
três terceiro triplo, tríplice terço
quatro quarto quádruplo quarto
cinco quinto quíntuplo quinto
seis sexto sêxtuplo sexto
sete sétimo sétuplo sétimo
oito oitavo óctuplo oitavo
nove nono nônuplo nono
dez décimo décuplo décimo
onze décimo primeiro - onze avos
doze décimo segundo - doze avos
treze décimo terceiro - treze avos
catorze décimo quarto - catorze avos
quinze décimo quinto - quinze avos
dezesseis décimo sexto - dezesseis avos
dezessete décimo sétimo - dezessete avos
dezoito décimo oitavo - dezoito avos
dezenove décimo nono - dezenove avos
vinte vigésimo - vinte avos
trinta trigésimo - trinta avos
quarenta quadragésimo - quarenta avos
cinqüenta quinquagésimo - cinquenta avos
sessenta sexagésimo - sessenta avos
setenta septuagésimo - setenta avos
oitenta octogésimo - oitenta avos
noventa nonagésimo - noventa avos
cem centésimo cêntuplo centésimo
duzentos ducentésimo - ducentésimo
trezentos trecentésimo - trecentésimo
quatrocentos quadringentésimo - quadringentésimo
quinhentos quingentésimo - quingentésimo
seiscentos sexcentésimo - sexcentésimo
setecentos septingentésimo - septingentésimo
oitocentos octingentésimo - octingentésimo
novecentos nongentésimo
ou noningentésimo - nongentésimo
mil milésimo - milésimo
milhão milionésimo - milionésimo
bilhão bilionésimo - bilionésimo

Preposição

Preposição é uma palavra invariável que serve para ligar termos ou orações. Quando esta ligação acontece, normalmente há uma
subordinação do segundo termo em relação ao primeiro. As preposições são muito importantes na estrutura da língua, pois estabelecem a
coesão textual e possuem valores semânticos indispensáveis para a compreensão do texto.

Tipos de Preposição

1. Preposições essenciais: palavras que atuam exclusivamente como preposições: a, ante, perante, após, até, com, contra, de, desde, em,
entre, para, por, sem, sob, sobre, trás, atrás de, dentro de, para com.

Didatismo e Conhecimento 49
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2. Preposições acidentais: palavras de outras classes gramaticais Em + esta(s) = nesta(s)
que podem atuar como preposições: como, durante, exceto, fora, Em + esse(s) = nesse(s)
mediante, salvo, segundo, senão, visto. Em + aquele(s) = naquele(s)
3. Locuções prepositivas: duas ou mais palavras valendo como Em + aquela(s) = naquela(s)
uma preposição, sendo que a última palavra é uma delas: abaixo Em + isto = nisto
de, acerca de, acima de, ao lado de, a respeito de, de acordo com, Em + isso = nisso
em cima de, embaixo de, em frente a, ao redor de, graças a, junto Em + aquilo = naquilo
a, com, perto de, por causa de, por cima de, por trás de. A + aquele(s) = àquele(s)
A + aquela(s) = àquela(s)
A preposição, como já foi dito, é invariável. No entanto pode A + aquilo = àquilo
unir-se a outras palavras e assim estabelecer concordância em
gênero ou em número. Ex: por + o = pelo por + a = pela. Dicas sobre preposição
Vale ressaltar que essa concordância não é característica da
preposição, mas das palavras às quais ela se une. 1. O “a” pode funcionar como preposição, pronome pessoal
Esse processo de junção de uma preposição com outra palavra oblíquo e artigo. Como distingui-los? Caso o “a” seja um artigo,
pode se dar a partir de dois processos: virá precedendo um substantivo. Ele servirá para determiná-lo
como um substantivo singular e feminino.
1. Combinação: A preposição não sofre alteração. A dona da casa não quis nos atender.
preposição a + artigos definidos o, os Como posso fazer a Joana concordar comigo?
a + o = ao
preposição a + advérbio onde - Quando é preposição, além de ser invariável, liga dois termos
a + onde = aonde e estabelece relação de subordinação entre eles.
2. Contração: Quando a preposição sofre alteração. Cheguei a sua casa ontem pela manhã.
Não queria, mas vou ter que ir à outra cidade para procurar
Preposição + Artigos um tratamento adequado.
De + o(s) = do(s)
De + a(s) = da(s) - Se for pronome pessoal oblíquo estará ocupando o lugar e/ou
De + um = dum a função de um substantivo.
Temos Maria como parte da família. / Nós a temos como parte
De + uns = duns
da família
De + uma = duma
Creio que conhecemos nossa mãe melhor que ninguém. / Creio
De + umas = dumas
que a conhecemos melhor que ninguém.
Em + o(s) = no(s)
Em + a(s) = na(s)
2. Algumas relações semânticas estabelecidas por meio das
Em + um = num
preposições:
Em + uma = numa
Destino = Irei para casa.
Em + uns = nuns
Modo = Chegou em casa aos gritos.
Em + umas = numas
Lugar = Vou ficar em casa;
A + à(s) = à(s) Assunto = Escrevi um artigo sobre adolescência.
Por + o = pelo(s) Tempo = A prova vai começar em dois minutos.
Por + a = pela(s) Causa = Ela faleceu de derrame cerebral.
Fim ou finalidade = Vou ao médico para começar o tratamento.
Preposição + Pronomes Instrumento = Escreveu a lápis.
De + ele(s) = dele(s) Posse = Não posso doar as roupas da mamãe.
De + ela(s) = dela(s) Autoria = Esse livro de Machado de Assis é muito bom.
De + este(s) = deste(s) Companhia = Estarei com ele amanhã.
De + esta(s) = desta(s) Matéria = Farei um cartão de papel reciclado.
De + esse(s) = desse(s) Meio = Nós vamos fazer um passeio de barco.
De + essa(s) = dessa(s) Origem = Nós somos do Nordeste, e você?
De + aquele(s) = daquele(s) Conteúdo = Quebrei dois frascos de perfume.
De + aquela(s) = daquela(s) Oposição = Esse movimento é contra o que eu penso.
De + isto = disto Preço = Essa roupa sai por R$ 50 à vista.
De + isso = disso Fonte:
De + aquilo = daquilo http://www.infoescola.com/portugues/preposicao/
De + aqui = daqui
De + aí = daí Pronome
De + ali = dali
De + outro = doutro(s) Pronome é a palavra que se usa em lugar do nome, ou a ele
De + outra = doutra(s) se refere, ou que acompanha o nome, qualificando-o de alguma
Em + este(s) = neste(s) forma.

Didatismo e Conhecimento 50
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A moça era mesmo bonita. Ela morava nos meus sonhos! Pronome Reto
[substituição do nome]
Pronome pessoal do caso reto é aquele que, na sentença, exerce
A moça que morava nos meus sonhos era mesmo bonita! a função de sujeito ou predicativo do sujeito.
[referência ao nome] Nós lhe ofertamos flores.

Essa moça morava nos meus sonhos! Os pronomes retos apresentam flexão de número, gênero
[qualificação do nome] (apenas na 3ª pessoa) e pessoa, sendo essa última a principal
flexão, uma vez que marca a pessoa do discurso. Dessa forma, o
Grande parte dos pronomes não possuem significados fixos, isto quadro dos pronomes retos é assim configurado:
é, essas palavras só adquirem significação dentro de um contexto,
o qual nos permite recuperar a referência exata daquilo que está - 1ª pessoa do singular: eu
sendo colocado por meio dos pronomes no ato da comunicação. - 2ª pessoa do singular: tu
Com exceção dos pronomes interrogativos e indefinidos, os - 3ª pessoa do singular: ele, ela
demais pronomes têm por função principal apontar para as pessoas - 1ª pessoa do plural: nós
do discurso ou a elas se relacionar, indicando-lhes sua situação no - 2ª pessoa do plural: vós
tempo ou no espaço. Em virtude dessa característica, os pronomes - 3ª pessoa do plural: eles, elas
apresentam uma forma específica para cada pessoa do discurso.
Atenção: esses pronomes não costumam ser usados como
complementos verbais na língua-padrão. Frases como “Vi ele
Minha carteira estava vazia quando eu fui assaltada. na rua”, “Encontrei ela na praça”, “Trouxeram eu até aqui”,
[minha/eu: pronomes de 1ª pessoa = aquele que fala] comuns na língua oral cotidiana, devem ser evitadas na língua
formal escrita ou falada. Na língua formal, devem ser usados os
Tua carteira estava vazia quando tu foste assaltada? pronomes oblíquos correspondentes: “Vi-o na rua”, “Encontrei-a
[tua/tu: pronomes de 2ª pessoa = aquele a quem se fala] na praça”, “Trouxeram-me até aqui”.

A carteira dela estava vazia quando ela foi assaltada. Obs.: frequentemente observamos a omissão do pronome
[dela/ela: pronomes de 3ª pessoa = aquele de quem se fala] reto em Língua Portuguesa. Isso se dá porque as próprias formas
verbais marcam, através de suas desinências, as pessoas do verbo
indicadas pelo pronome reto: Fizemos boa viagem. (Nós)
Em termos morfológicos, os pronomes são palavras variáveis
em gênero (masculino ou feminino) e em número (singular ou
plural). Assim, espera-se que a referência através do pronome Pronome Oblíquo
seja coerente em termos de gênero e número (fenômeno da
Pronome pessoal do caso oblíquo é aquele que, na sentença,
concordância) com o seu objeto, mesmo quando este se apresenta
exerce a função de complemento verbal (objeto direto ou indireto)
ausente no enunciado.
ou complemento nominal.
Ofertaram-nos flores. (objeto indireto)
Fala-se de Roberta. Ele quer participar do desfile da nossa
escola neste ano.
Obs.: em verdade, o pronome oblíquo é uma forma variante
[nossa: pronome que qualifica “escola” = concordância
do pronome pessoal do caso reto. Essa variação indica a função
adequada]
diversa que eles desempenham na oração: pronome reto marca
[neste: pronome que determina “ano” = concordância
o sujeito da oração; pronome oblíquo marca o complemento da
adequada]
oração.
[ele: pronome que faz referência à “Roberta” = concordância Os pronomes oblíquos sofrem variação de acordo com a
inadequada] acentuação tônica que possuem, podendo ser átonos ou tônicos.
Existem seis tipos de pronomes: pessoais, possessivos, Pronome Oblíquo Átono
demonstrativos, indefinidos, relativos e interrogativos.
São chamados átonos os pronomes oblíquos que não são
Pronomes Pessoais precedidos de preposição. Possuem acentuação tônica fraca: Ele
me deu um presente.
São aqueles que substituem os substantivos, indicando O quadro dos pronomes oblíquos átonos é assim configurado:
diretamente as pessoas do discurso. Quem fala ou escreve assume - 1ª pessoa do singular (eu): me
os pronomes “eu” ou “nós”, usa os pronomes “tu”, “vós”, “você” - 2ª pessoa do singular (tu): te
ou “vocês” para designar a quem se dirige e “ele”, “ela”, “eles” ou - 3ª pessoa do singular (ele, ela): o, a, lhe
“elas” para fazer referência à pessoa ou às pessoas de quem fala. - 1ª pessoa do plural (nós): nos
Os pronomes pessoais variam de acordo com as funções que - 2ª pessoa do plural (vós): vos
exercem nas orações, podendo ser do caso reto ou do caso oblíquo. - 3ª pessoa do plural (eles, elas): os, as, lhes

Didatismo e Conhecimento 51
LÍNGUA PORTUGUESA
Observações: Não há mais nada entre mim e ti.
O “lhe” é o único pronome oblíquo átono que já se apresenta Não se comprovou qualquer ligação entre ti e ela.
na forma contraída, ou seja, houve a união entre o pronome “o” ou Não há nenhuma acusação contra mim.
“a” e preposição “a” ou “para”. Por acompanhar diretamente uma Não vá sem mim.
preposição, o pronome “lhe” exerce sempre a função de objeto
indireto na oração. Atenção: Há construções em que a preposição, apesar de
surgir anteposta a um pronome, serve para introduzir uma oração
Os pronomes me, te, nos e vos podem tanto ser objetos diretos
cujo verbo está no infinitivo. Nesses casos, o verbo pode ter sujeito
como objetos indiretos. expresso; se esse sujeito for um pronome, deverá ser do caso reto.
Os pronomes o, a, os e as atuam exclusivamente como objetos Trouxeram vários vestidos para eu experimentar.
diretos. Não vá sem eu mandar.
Os pronomes me, te, lhe, nos, vos e lhes podem combinar-se
com os pronomes o, os, a, as, dando origem a formas como mo, - A combinação da preposição “com” e alguns pronomes
mos , ma, mas; to, tos, ta, tas; lho, lhos, lha, lhas; no-lo, no-los, originou as formas especiais comigo, contigo, consigo, conosco
no-la, no-las, vo-lo, vo-los, vo-la, vo-las. Observe o uso dessas e convosco. Tais pronomes oblíquos tônicos frequentemente
formas nos exemplos que seguem: exercem a função de adjunto adverbial de companhia.
- Trouxeste o pacote? Ele carregava o documento consigo.
- Sim, entreguei-to ainda há pouco.
- Não contaram a novidade a vocês? - As formas “conosco” e “convosco” são substituídas por “com
- Não, no-la contaram. nós” e “com vós” quando os pronomes pessoais são reforçados por
palavras como outros, mesmos, próprios, todos, ambos ou algum
No português do Brasil, essas combinações não são usadas; até
numeral.
mesmo na língua literária atual, seu emprego é muito raro. Você terá de viajar com nós todos.
Estávamos com vós outros quando chegaram as más notícias.
Atenção: Os pronomes o, os, a, as assumem formas especiais Ele disse que iria com nós três.
depois de certas terminações verbais. Quando o verbo termina em
-z, -s ou -r, o pronome assume a forma lo, los, la ou las, ao mesmo Pronome Reflexivo
tempo que a terminação verbal é suprimida. Por exemplo:
fiz + o = fi-lo São pronomes pessoais oblíquos que, embora funcionem como
fazeis + o = fazei-lo objetos direto ou indireto, referem-se ao sujeito da oração. Indicam
dizer + a = dizê-la que o sujeito pratica e recebe a ação expressa pelo verbo.
O quadro dos pronomes reflexivos é assim configurado:
Quando o verbo termina em som nasal, o pronome assume as - 1ª pessoa do singular (eu): me, mim.
Eu não me vanglorio disso.
formas no, nos, na, nas. Por exemplo:
Olhei para mim no espelho e não gostei do que vi.
viram + o: viram-no
repõe + os = repõe-nos - 2ª pessoa do singular (tu): te, ti.
retém + a: retém-na Assim tu te prejudicas.
tem + as = tem-nas Conhece a ti mesmo.

Pronome Oblíquo Tônico - 3ª pessoa do singular (ele, ela): se, si, consigo.
Guilherme já se preparou.
Os pronomes oblíquos tônicos são sempre precedidos por Ela deu a si um presente.
preposições, em geral as preposições a, para, de e com. Por esse Antônio conversou consigo mesmo.
motivo, os pronomes tônicos exercem a função de objeto indireto
da oração. Possuem acentuação tônica forte. - 1ª pessoa do plural (nós): nos.
O quadro dos pronomes oblíquos tônicos é assim configurado: Lavamo-nos no rio.
- 1ª pessoa do singular (eu): mim, comigo
- 2ª pessoa do plural (vós): vos.
- 2ª pessoa do singular (tu): ti, contigo Vós vos beneficiastes com a esta conquista.
- 3ª pessoa do singular (ele, ela): ele, ela
- 1ª pessoa do plural (nós): nós, conosco - 3ª pessoa do plural (eles, elas): se, si, consigo.
- 2ª pessoa do plural (vós): vós, convosco Eles se conheceram.
- 3ª pessoa do plural (eles, elas): eles, elas Elas deram a si um dia de folga.

Observe que as únicas formas próprias do pronome tônico são A Segunda Pessoa Indireta
a primeira pessoa (mim) e segunda pessoa (ti). As demais repetem
a forma do pronome pessoal do caso reto. A chamada segunda pessoa indireta manifesta-se quando
- As preposições essenciais introduzem sempre pronomes utilizamos pronomes que, apesar de indicarem nosso interlocutor
pessoais do caso oblíquo e nunca pronome do caso reto. Nos (portanto, a segunda pessoa), utilizam o verbo na terceira pessoa.
contextos interlocutivos que exigem o uso da língua formal, os É o caso dos chamados pronomes de tratamento, que podem ser
pronomes costumam ser usados desta forma: observados no quadro seguinte:

Didatismo e Conhecimento 52
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Pronomes de Tratamento Pronomes Possessivos

Vossa Alteza V. A. príncipes, duques São palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical (possuidor),
Vossa Eminência V. Ema.(s) cardeais acrescentam a ela a ideia de posse de algo (coisa possuída).
Vossa Reverendíssima V. Revma.(s) sacerdotes e bispos Este caderno é meu. (meu = possuidor: 1ª pessoa do singular)
Vossa Excelência V. Ex.ª (s) altas autoridades e
oficiais-generais NÚMERO PESSOA PRONOME
Vossa Magnificência V. Mag.ª (s) reitores singular primeira meu(s), minha(s)
de universidades singular segunda teu(s), tua(s)
Vossa Majestade V. M. reis e rainhas singular terceira seu(s), sua(s)
Vossa Majestade Imperial V. M. I. Imperadores plural primeira nosso(s), nossa(s)
Vossa Santidade V. S. Papa plural segunda vosso(s), vossa(s)
Vossa Senhoria V. S.ª (s) tratamento plural terceira seu(s), sua(s)
cerimonioso
Vossa Onipotência V. O. Deus
Note que: A forma do possessivo depende da pessoa gramatical
a que se refere; o gênero e o número concordam com o objeto
Também são pronomes de tratamento o senhor, a senhora
e você, vocês. “O senhor” e “a senhora” são empregados no possuído: Ele trouxe seu apoio e sua contribuição naquele
tratamento cerimonioso; “você” e “vocês”, no tratamento familiar. momento difícil.
Você e vocês são largamente empregados no português do Brasil;
em algumas regiões, a forma tu é de uso frequente; em outras, Observações:
pouco empregada. Já a forma vós tem uso restrito à linguagem 1 - A forma “seu” não é um possessivo quando resultar da
litúrgica, ultraformal ou literária. alteração fonética da palavra senhor: Muito obrigado, seu José.

Observações: 2 - Os pronomes possessivos nem sempre indicam posse.


a) Vossa Excelência X Sua Excelência : os pronomes de Podem ter outros empregos, como:
tratamento que possuem “Vossa (s)” são empregados em relação a) indicar afetividade: Não faça isso, minha filha.
à pessoa com quem falamos: Espero que V. Ex.ª, Senhor Ministro,
compareça a este encontro. b) indicar cálculo aproximado: Ele já deve ter seus 40 anos.

*Emprega-se “Sua (s)” quando se fala a respeito da pessoa. c) atribuir valor indefinido ao substantivo: Marisa tem lá seus
Todos os membros da C.P.I. afirmaram que Sua Excelência, o defeitos, mas eu gosto muito dela.
Senhor Presidente da República, agiu com propriedade.
3- Em frases onde se usam pronomes de tratamento, o
- Os pronomes de tratamento representam uma forma indireta pronome possessivo fica na 3ª pessoa: Vossa Excelência trouxe
de nos dirigirmos aos nossos interlocutores. Ao tratarmos um sua mensagem?
deputado por Vossa Excelência, por exemplo, estamos nos
endereçando à excelência que esse deputado supostamente tem 4- Referindo-se a mais de um substantivo, o possessivo
para poder ocupar o cargo que ocupa. concorda com o mais próximo: Trouxe-me seus livros e anotações.
- 3ª pessoa: embora os pronomes de tratamento dirijam-se à
5- Em algumas construções, os pronomes pessoais oblíquos
2ª pessoa, toda a concordância deve ser feita com a 3ª pessoa.
átonos assumem valor de possessivo: Vou seguir-lhe os passos. (=
Assim, os verbos, os pronomes possessivos e os pronomes oblíquos
Vou seguir seus passos.)
empregados em relação a eles devem ficar na 3ª pessoa.
Basta que V. Ex.ª cumpra a terça parte das suas promessas,
para que seus eleitores lhe fiquem reconhecidos. Pronomes Demonstrativos

- Uniformidade de Tratamento: quando escrevemos ou nos Os pronomes demonstrativos são utilizados para explicitar a
dirigimos a alguém, não é permitido mudar, ao longo do texto, a posição de uma certa palavra em relação a outras ou ao contexto.
pessoa do tratamento escolhida inicialmente. Assim, por exemplo, Essa relação pode ocorrer em termos de espaço, no tempo ou
se começamos a chamar alguém de “você”, não poderemos usar discurso.
“te” ou “teu”. O uso correto exigirá, ainda, verbo na terceira
pessoa. No espaço:
Quando você vier, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos teus Compro este carro (aqui). O pronome este indica que o carro
cabelos. (errado) está perto da pessoa que fala.
Quando você vier, eu a abraçarei e enrolar-me-ei nos seus Compro esse carro (aí). O pronome esse indica que o carro está
cabelos. (correto) perto da pessoa com quem falo, ou afastado da pessoa que fala.
Quando tu vieres, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos teus Compro aquele carro (lá). O pronome aquele diz que o carro
cabelos. (correto) está afastado da pessoa que fala e daquela com quem falo.

Didatismo e Conhecimento 53
LÍNGUA PORTUGUESA
Atenção: em situações de fala direta (tanto ao vivo quanto - Em frases como a seguinte, este se refere à pessoa mencionada
por meio de correspondência, que é uma modalidade escrita de em último lugar; aquele, à mencionada em primeiro lugar: O
fala), são particularmente importantes o este e o esse - o primeiro referido deputado e o Dr. Alcides eram amigos íntimos; aquele
localiza os seres em relação ao emissor; o segundo, em relação ao casado, solteiro este. [ou então: este solteiro, aquele casado]
destinatário. Trocá-los pode causar ambiguidade.
Dirijo-me a essa universidade com o objetivo de solicitar - O pronome demonstrativo tal pode ter conotação irônica: A
informações sobre o concurso vestibular. (trata-se da universidade menina foi a tal que ameaçou o professor?
destinatária).
Reafirmamos a disposição desta universidade em participar - Pode ocorrer a contração das preposições a, de, em com
no próximo Encontro de Jovens. (trata-se da universidade que pronome demonstrativo: àquele, àquela, deste, desta, disso, nisso,
envia a mensagem). no, etc: Não acreditei no que estava vendo. (no = naquilo)

No tempo: Pronomes Indefinidos


Este ano está sendo bom para nós. O pronome este se refere
ao ano presente. São palavras que se referem à terceira pessoa do discurso,
Esse ano que passou foi razoável. O pronome esse se refere a dando-lhe sentido vago (impreciso) ou expressando quantidade
um passado próximo. indeterminada.
Aquele ano foi terrível para todos. O pronome aquele está se Alguém entrou no jardim e destruiu as mudas recém-plantadas.
referindo a um passado distante.
Não é difícil perceber que “alguém” indica uma pessoa de
- Os pronomes demonstrativos podem ser variáveis ou
quem se fala (uma terceira pessoa, portanto) de forma imprecisa,
invariáveis, observe:
vaga. É uma palavra capaz de indicar um ser humano que
Variáveis: este(s), esta(s), esse(s), essa(s), aquele(s), aquela(s).
seguramente existe, mas cuja identidade é desconhecida ou não se
Invariáveis: isto, isso, aquilo.
quer revelar. Classificam-se em:
- Também aparecem como pronomes demonstrativos:
- o(s), a(s): quando estiverem antecedendo o “que” e puderem - Pronomes Indefinidos Substantivos: assumem o lugar do
ser substituídos por aquele(s), aquela(s), aquilo. ser ou da quantidade aproximada de seres na frase. São eles: algo,
Não ouvi o que disseste. (Não ouvi aquilo que disseste.) alguém, fulano, sicrano, beltrano, nada, ninguém, outrem, quem,
Essa rua não é a que te indiquei. (Esta rua não é aquela que tudo.
te indiquei.) Algo o incomoda?
Quem avisa amigo é.
- mesmo(s), mesma(s): Estas são as mesmas pessoas que o
procuraram ontem. - Pronomes Indefinidos Adjetivos: qualificam um ser expresso
na frase, conferindo-lhe a noção de quantidade aproximada. São
- próprio(s), própria(s): Os próprios alunos resolveram o eles: cada, certo(s), certa(s).
problema. Cada povo tem seus costumes.
Certas pessoas exercem várias profissões.
- semelhante(s): Não compre semelhante livro.
Note que: Ora são pronomes indefinidos substantivos, ora
- tal, tais: Tal era a solução para o problema. pronomes indefinidos adjetivos:
algum, alguns, alguma(s), bastante(s) (= muito, muitos),
Note que: demais, mais, menos, muito(s), muita(s), nenhum, nenhuns,
nenhuma(s), outro(s), outra(s), pouco(s), pouca(s), qualquer,
- Não raro os demonstrativos aparecem na frase, em construções quaisquer, qual, que, quanto(s), quanta(s), tal, tais, tanto(s),
redundantes, com finalidade expressiva, para salientar algum tanta(s), todo(s), toda(s), um, uns, uma(s), vários, várias.
termo anterior. Por exemplo: Manuela, essa é que dera em cheio Menos palavras e mais ações.
casando com o José Afonso. Desfrutar das belezas brasileiras, Alguns se contentam pouco.
isso é que é sorte! Os pronomes indefinidos podem ser divididos em variáveis e
invariáveis. Observe:
- O pronome demonstrativo neutro ou pode representar
um termo ou o conteúdo de uma oração inteira, caso em que Variáveis = algum, nenhum, todo, muito, pouco, vário, tanto,
aparece, geralmente, como objeto direto, predicativo ou aposto: O outro, quanto, alguma, nenhuma, toda, muita, pouca, vária, tanta,
casamento seria um desastre. Todos o pressentiam. outra, quanta, qualquer, quaisquer, alguns, nenhuns, todos, muitos,
poucos, vários, tantos, outros, quantos, algumas, nenhumas, todas,
- Para evitar a repetição de um verbo anteriormente expresso, é muitas, poucas, várias, tantas, outras, quantas.
comum empregar-se, em tais casos, o verbo fazer, chamado, então,
verbo vicário (= que substitui, que faz as vezes de): Ninguém teve Invariáveis = alguém, ninguém, outrem, tudo, nada, algo,
coragem de falar antes que ela o fizesse. cada.

Didatismo e Conhecimento 54
LÍNGUA PORTUGUESA
São locuções pronominais indefinidas: - O qual, os quais, a qual e as quais são exclusivamente
pronomes relativos: por isso, são utilizados didaticamente para
cada qual, cada um, qualquer um, quantos quer (que), quem verificar se palavras como “que”, “quem”, “onde” (que podem
quer (que), seja quem for, seja qual for, todo aquele (que), tal qual ter várias classificações) são pronomes relativos. Todos eles são
(= certo), tal e qual, tal ou qual, um ou outro, uma ou outra, etc. usados com referência à pessoa ou coisa por motivo de clareza ou
Cada um escolheu o vinho desejado. depois de determinadas preposições: Regressando de São Paulo,
visitei o sítio de minha tia, o qual me deixou encantado. (O uso de
Indefinidos Sistemáticos “que”, neste caso, geraria ambiguidade.)
Essas são as conclusões sobre as quais pairam muitas
Ao observar atentamente os pronomes indefinidos, percebemos dúvidas? (Não se poderia usar “que” depois de sobre.)
que existem alguns grupos que criam oposição de sentido. É o caso
de: algum/alguém/algo, que têm sentido afirmativo, e nenhum/ - O relativo “que” às vezes equivale a o que, coisa que, e se
ninguém/nada, que têm sentido negativo; todo/tudo, que indicam refere a uma oração: Não chegou a ser padre, mas deixou de ser
uma totalidade afirmativa, e nenhum/nada, que indicam uma poeta, que era a sua vocação natural.
totalidade negativa; alguém/ninguém, que se referem à pessoa,
e algo/nada, que se referem à coisa; certo, que particulariza, e - O pronome “cujo” não concorda com o seu antecedente, mas
qualquer, que generaliza. com o consequente. Equivale a do qual, da qual, dos quais, das
Essas oposições de sentido são muito importantes na construção quais.
de frases e textos coerentes, pois delas muitas vezes dependem Este é o caderno cujas folhas estão rasgadas.
a solidez e a consistência dos argumentos expostos. Observe nas (antecedente) (consequente)
frases seguintes a força que os pronomes indefinidos destacados
imprimem às afirmações de que fazem parte:
Nada do que tem sido feito produziu qualquer resultado - “Quanto” é pronome relativo quando tem por antecedente um
prático. pronome indefinido: tanto (ou variações) e tudo:
Certas pessoas conseguem perceber sutilezas: não são pessoas Emprestei tantos quantos foram necessários.
quaisquer. (antecedente)
Ele fez tudo quanto havia falado.
Pronomes Relativos (antecedente)
São aqueles que representam nomes já mencionados - O pronome “quem” se refere a pessoas e vem sempre
anteriormente e com os quais se relacionam. Introduzem as orações precedido de preposição.
subordinadas adjetivas. É um professor a quem muito devemos.
O racismo é um sistema que afirma a superioridade de um (preposição)
grupo racial sobre outros.
(afirma a superioridade de um grupo racial sobre outros =
- “Onde”, como pronome relativo, sempre possui antecedente
oração subordinada adjetiva).
e só pode ser utilizado na indicação de lugar: A casa onde morava
O pronome relativo “que” refere-se à palavra “sistema” e
foi assaltada.
introduz uma oração subordinada. Diz-se que a palavra “sistema”
é antecedente do pronome relativo que.
- Na indicação de tempo, deve-se empregar quando ou em que.
O antecedente do pronome relativo pode ser o pronome
Sinto saudades da época em que (quando) morávamos no
demonstrativo o, a, os, as.
exterior.
Não sei o que você está querendo dizer.
Às vezes, o antecedente do pronome relativo não vem expresso.
- Podem ser utilizadas como pronomes relativos as palavras:
Quem casa, quer casa.
- como (= pelo qual): Não me parece correto o modo como
você agiu semana passada.
Observe:
- quando (= em que): Bons eram os tempos quando podíamos
Pronomes relativos variáveis = o qual, cujo, quanto, os quais,
cujos, quantos, a qual, cuja, quanta, as quais, cujas, quantas. jogar videogame.
Pronomes relativos invariáveis = quem, que, onde.
Note que: - Os pronomes relativos permitem reunir duas orações numa
- O pronome “que” é o relativo de mais largo emprego, sendo só frase.
por isso chamado relativo universal. Pode ser substituído por o O futebol é um esporte.
qual, a qual, os quais, as quais, quando seu antecedente for um O povo gosta muito deste esporte.
substantivo. O futebol é um esporte de que o povo gosta muito.
O trabalho que eu fiz refere-se à corrupção. (= o qual)
A cantora que acabou de se apresentar é péssima. (= a qual) - Numa série de orações adjetivas coordenadas, pode ocorrer
Os trabalhos que eu fiz referem-se à corrupção. (= os quais) a elipse do relativo “que”: A sala estava cheia de gente que
As cantoras que se apresentaram eram péssimas. (= as quais) conversava, (que) ria, (que) fumava.

Didatismo e Conhecimento 55
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Pronomes Interrogativos Próclise

São usados na formulação de perguntas, sejam elas diretas A próclise é aplicada antes do verbo quando temos:
ou indiretas. Assim como os pronomes indefinidos, referem- - Palavras com sentido negativo:
-se à 3ª pessoa do discurso de modo impreciso. São pronomes Nada me faz querer sair dessa cama.
interrogativos: que, quem, qual (e variações), quanto (e variações). Não se trata de nenhuma novidade.
Quem fez o almoço?/ Diga-me quem fez o almoço.
Qual das bonecas preferes? / Não sei qual das bonecas - Advérbios:
preferes. Nesta casa se fala alemão.
Quantos passageiros desembarcaram? / Pergunte quantos Naquele dia me falaram que a professora não veio.
passageiros desembarcaram.
- Pronomes relativos:
Sobre os pronomes: A aluna que me mostrou a tarefa não veio hoje.
Não vou deixar de estudar os conteúdos que me falaram.
O pronome pessoal é do caso reto quando tem função de sujeito
na frase. O pronome pessoal é do caso oblíquo quando desempenha
- Pronomes indefinidos:
função de complemento. Vamos entender, primeiramente, como o
pronome pessoal surge na frase e que função exerce. Observe as Quem me disse isso?
orações: Todos se comoveram durante o discurso de despedida.
1. Eu não sei essa matéria, mas ele irá me ajudar.
2. Maria foi embora para casa, pois não sabia se devia lhe - Pronomes demonstrativos:
ajudar. Isso me deixa muito feliz!
Aquilo me incentivou a mudar de atitude!
Na primeira oração os pronomes pessoais “eu” e “ele” exercem
função de sujeito, logo, são pertencentes ao caso reto. Já na - Preposição seguida de gerúndio:
segunda oração, observamos o pronome “lhe” exercendo função Em se tratando de qualidade, o Brasil Escola é o site mais
de complemento, e, consequentemente, é do caso oblíquo. indicado à pesquisa escolar.
Os pronomes pessoais indicam as pessoas do discurso, o
pronome oblíquo “lhe”, da segunda oração, aponta para a segunda - Conjunção subordinativa:
pessoa do singular (tu/você): Maria não sabia se devia ajudar.... Vamos estabelecer critérios, conforme lhe avisaram.
Ajudar quem? Você (lhe).
Ênclise
Importante: Em observação à segunda oração, o emprego do
pronome oblíquo “lhe” é justificado antes do verbo intransitivo A ênclise é empregada depois do verbo. A norma culta não
“ajudar” porque o pronome oblíquo pode estar antes, depois ou aceita orações iniciadas com pronomes oblíquos átonos. A ênclise
entre locução verbal, caso o verbo principal (no caso “ajudar”) vai acontecer quando:
esteja no infinitivo ou gerúndio. - O verbo estiver no imperativo afirmativo:
Eu desejo lhe perguntar algo. Amem-se uns aos outros.
Eu estou perguntando-lhe algo. Sigam-me e não terão derrotas.
Os pronomes pessoais oblíquos podem ser átonos ou tônicos:
- O verbo iniciar a oração:
os primeiros não são precedidos de preposição, diferentemente dos
Diga-lhe que está tudo bem.
segundos que são sempre precedidos de preposição.
Chamaram-me para ser sócio.
- Pronome oblíquo átono: Joana me perguntou o que eu estava
fazendo.
- Pronome oblíquo tônico: Joana perguntou para mim o que - O verbo estiver no infinitivo impessoal regido da preposição
eu estava fazendo. “a”:
Naquele instante os dois passaram a odiar-se.
Colocação Pronominal Passaram a cumprimentar-se mutuamente.

A colocação pronominal é a posição que os pronomes pessoais - O verbo estiver no gerúndio:


oblíquos átonos ocupam na frase em relação ao verbo a que se Não quis saber o que aconteceu, fazendo-se de despreocupada.
referem. São pronomes oblíquos átonos: me, te, se, o, os, a, as, lhe, Despediu-se, beijando-me a face.
lhes, nos e vos.
O pronome oblíquo átono pode assumir três posições na oração - Houver vírgula ou pausa antes do verbo:
em relação ao verbo: Se passar no concurso em outra cidade, mudo-me no mesmo
1. próclise: pronome antes do verbo instante.
2. ênclise: pronome depois do verbo Se não tiver outro jeito, alisto-me nas forças armadas.
3. mesóclise: pronome no meio do verbo

Didatismo e Conhecimento 56
LÍNGUA PORTUGUESA
Mesóclise 04. (Papiloscopista Policial – Vunesp – 2013). Assinale a
alternativa em que o pronome destacado está posicionado de
A mesóclise acontece quando o verbo está flexionado no futuro acordo com a norma-padrão da língua.
do presente ou no futuro do pretérito: (A) Ela não lembrava-se do caminho de volta.
A prova realizar-se-á neste domingo pela manhã. (= ela se (B) A menina tinha distanciado-se muito da família.
realizará) (C) A garota disse que perdeu-se dos pais.
Far-lhe-ei uma proposta irrecusável. (= eu farei uma proposta (D) O pai alegrou-se ao encontrar a filha.
a você) (E) Ninguém comprometeu-se a ajudar a criança.

Questões sobre Pronome 05. (Escrevente TJ SP – Vunesp 2011). Assinale a alternativa


cujo emprego do pronome está em conformidade com a norma
01. (Escrevente TJ SP – Vunesp/2012). padrão da língua.
Restam dúvidas sobre o crescimento verde. Primeiro, não está (A) Não autorizam-nos a ler os comentários sigilosos.
claro até onde pode realmente chegar uma política baseada em (B) Nos falaram que a diplomacia americana está abalada.
(C) Ninguém o informou sobre o caso WikiLeaks.
melhorar a eficiência sem preços adequados para o carbono, a
(D) Conformado, se rendeu às punições.
água e (na maioria dos países pobres) a terra. É verdade que
(E) Todos querem que combata-se a corrupção.
mesmo que a ameaça dos preços do carbono e da água faça em
si diferença, as companhias não podem suportar ter de pagar,
06. (Papiloscopista Policial = Vunesp - 2013). Assinale a
de repente, digamos, 40 dólares por tonelada de carbono, sem alternativa correta quanto à colocação pronominal, de acordo com
qualquer preparação. Portanto, elas começam a usar preços- a norma-padrão da língua portuguesa.
sombra. Ainda assim, ninguém encontrou até agora uma maneira (A) Para que se evite perder objetos, recomenda-se que eles
de quantificar adequadamente os insumos básicos. E sem eles a sejam sempre trazidos junto ao corpo.
maioria das políticas de crescimento verde sempre será a segunda (B) O passageiro ao lado jamais imaginou-se na situação de ter
opção. de procurar a dona de uma bolsa perdida.
(Carta Capital, 27.06.2012. Adaptado) (C) Nos sentimos impotentes quando não conseguimos restituir
um objeto à pessoa que o perdeu.
Os pronomes “elas” e “eles”, em destaque no texto, referem- (D) O homem se indignou quando propuseram-lhe que abrisse
-se, respectivamente, a a bolsa que encontrara.
(E) Em tratando-se de objetos encontrados, há uma tendência
(A) dúvidas e preços. natural das pessoas em devolvê-los a seus donos.
(B) dúvidas e insumos básicos.
(C) companhias e insumos básicos. 07. (Agente de Apoio Operacional – VUNESP – 2013).
(D) companhias e preços do carbono e da água. Hápessoasque,mesmosemcondições,compramprodutos
(E) políticas de crescimento e preços adequados. não necessitam e tendo de pagar tudo prazo.
Assinale a alternativa que preenche as lacunas, correta e
02. (Agente de Apoio Administrativo – FCC – 2013- adap.). respectivamente, considerando a norma culta da língua.
Fazendo-se as alterações necessárias, o trecho grifado está A) a que … acaba … à
corretamente substituído por um pronome em: B) com que … acabam … à
A) ...sei tratar tipos como o senhor. − sei tratá-lo C) de que … acabam … a
B) ...erguendo os braços desalentado... − erguendo-lhes D) em que … acaba … a
desalentado E) dos quais … acaba … à
C) ...que tem de conhecer as leis do país? − que tem de
08. (Agente de Apoio Socioeducativo – VUNESP – 2013-adap.).
conhecê-lo?
Assinale a alternativa que substitui, correta e respectivamente, as
D) ...não parecia ser um importante industrial... − não parecia
lacunas do trecho.
ser-lhe
alguns anos, num programa de televisão, uma jovem
E) incomodaram o general... − incomodaram-no fazia referência violência o brasileiro estava sujeito
de forma cômica.
03.(Agente de Defensoria Pública – FCC – 2013-adap.). A A) Fazem... a ... de que
substituição do elemento grifado pelo pronome correspondente, B) Faz ...a ... que
com os necessários ajustes, foi realizada de modo INCORRETO C) Fazem ...à ... com que
em: D) Faz ...à ... que
A) mostrando o rio= mostrando-o. E) Faz ...à ... a que
B) como escolher sítio= como escolhê-lo.
C) transpor [...] as matas espessas= transpor-lhes. 09. (TRF 3ª região- Técnico Judiciário - /2014)
D) Às estreitas veredas[...] nada acrescentariam = nada lhes As sereias então devoravam impiedosamente os tripulantes.
acrescentariam. ... ele conseguiu impedir a tripulação de perder a cabeça...
E) viu uma dessas marcas= viu uma delas. ... e fez de tudo para convencer os tripulantes...

Didatismo e Conhecimento 57
LÍNGUA PORTUGUESA
Fazendo-se as alterações necessárias, os segmentos grifados 6-)
acima foram corretamente substituídos por um pronome, na ordem (B) O passageiro ao lado jamais se imaginou na situação de ter
dada, em: de procurar a dona de uma bolsa perdida.
(A) devoravam-nos − impedi-la − convencê-los (C) Sentimo-nos impotentes quando não conseguimos restituir
(B) devoravam-lhe − impedi-las − convencer-lhes um objeto à pessoa que o perdeu.
(C) devoravam-no − impedi-las − convencer-lhes (D) O homem indignou-se quando lhe propuseram que abrisse
(D) devoravam-nos − impedir-lhe − convencê-los a bolsa que encontrara.
(E) devoravam-lhes − impedi-la − convencê-los
(E) Em se tratando de objetos encontrados, há uma tendência
natural das pessoas em devolvê-los a seus donos.
10. (Agente de Vigilância e Recepção – VUNESP – 2013- adap.).
No trecho, – Em ambos os casos, as câmeras dos estabelecimentos
felizmente comprovam os acontecimentos, e testemunhas vão 7-) Há pessoas que, mesmo sem condições, compram produtos
ajudar a polícia na investigação. – de acordo com a norma-padrão, de que não necessitam e acabam tendo de pagar tudo a
os pronomes que substituem, corretamente, os termos em destaque prazo.
são:
A) os comprovam … ajudá-la. 8-) Faz alguns anos, num programa de televisão, uma jovem
B) os comprovam …ajudar-la. fazia referência à violência a que o brasileiro estava sujeito
C) os comprovam … ajudar-lhe. de forma cômica.
D) lhes comprovam … ajudar-lhe. Faz, no sentido de tempo passado = sempre no singular
E) lhes comprovam … ajudá-la.
9-)
GABARITO devoravam - verbo terminado em “m” = pronome oblíquo no/
na (fizeram-na, colocaram-no)
01. C 02. E 03. C 04. D 05. C
06. A 07. C 08. E 09. A 10. A impedir - verbo transitivo direto = pede objeto direto; “lhe” é
para objeto indireto
RESOLUÇÃO convencer - verbo transitivo direto = pede objeto direto; “lhe”
é para objeto indireto
1-) Restam dúvidas sobre o crescimento verde. Primeiro, não (A) devoravam-nos − impedi-la − convencê-los
está claro até onde pode realmente chegar uma política baseada
em melhorar a eficiência sem preços adequados para o carbono, 10-) – Em ambos os casos, as câmeras dos estabelecimentos
a água e (na maioria dos países pobres) a terra. É verdade que felizmente comprovam os acontecimentos, e testemunhas vão
mesmo que a ameaça dos preços do carbono e da água faça em ajudar a polícia na investigação.
si diferença, as companhias não podem suportar ter de pagar, de felizmente os comprovam ... ajudá-la
repente, digamos, 40 dólares por tonelada de carbono, sem qualquer (advérbio)
preparação. Portanto, elas começam a usar preços-sombra. Ainda
assim, ninguém encontrou até agora uma maneira de quantificar
Substantivo
adequadamente os insumos básicos. E sem eles a maioria das
políticas de crescimento verde sempre será a segunda opção.
2-) Tudo o que existe é ser e cada ser tem um nome. Substantivo
A) ...sei tratar tipos como o senhor. − sei tratá-los é a classe gramatical de palavras variáveis, as quais denominam
B) ...erguendo os braços desalentado... − erguendo-os os seres. Além de objetos, pessoas e fenômenos, os substantivos
desalentado também nomeiam:
C) ...que tem de conhecer as leis do país? − que tem de -lugares: Alemanha, Porto Alegre...
conhecê-las ? -sentimentos: raiva, amor...
D) ...não parecia ser um importante industrial... − não parecia -estados: alegria, tristeza...
sê-lo -qualidades: honestidade, sinceridade...
-ações: corrida, pescaria...
3-) transpor [...] as matas espessas= transpô-las
Morfossintaxe do substantivo
4-)
(A) Ela não se lembrava do caminho de volta.
Nas orações de língua portuguesa, o substantivo em geral
(B) A menina tinha se distanciado muito da família.
(C) A garota disse que se perdeu dos pais. exerce funções diretamente relacionadas com o verbo: atua como
(E) Ninguém se comprometeu a ajudar a criança núcleo do sujeito, dos complementos verbais (objeto direto ou
indireto) e do agente da passiva. Pode ainda funcionar como
5-) núcleo do complemento nominal ou do aposto, como núcleo do
(A) Não nos autorizam a ler os comentários sigilosos. predicativo do sujeito, do objeto ou como núcleo do vocativo.
(B) Falaram-nos que a diplomacia americana está abalada. Também encontramos substantivos como núcleos de adjuntos
(D) Conformado, rendeu-se às punições. adnominais e de adjuntos adverbiais - quando essas funções são
(E) Todos querem que se combata a corrupção. desempenhadas por grupos de palavras.

Didatismo e Conhecimento 58
LÍNGUA PORTUGUESA
Classificação dos Substantivos Ele vinha pela estrada e foi picado por várias abelhas.
Ele vinha pela estrada e foi picado por um enxame.
1- Substantivos Comuns e Próprios Note que, no primeiro caso, para indicar plural, foi necessário
repetir o substantivo: uma abelha, outra abelha, mais outra abelha...
Observe a definição: s.f. 1: Povoação maior que vila, com No segundo caso, utilizaram-se duas palavras no plural.
muitas casas e edifícios, dispostos em ruas e avenidas (no Brasil, No terceiro caso, empregou-se um substantivo no singular
toda a sede de município é cidade). 2. O centro de uma cidade (em (enxame) para designar um conjunto de seres da mesma espécie
oposição aos bairros). (abelhas).
O substantivo enxame é um substantivo coletivo.
Qualquer “povoação maior que vila, com muitas casas e Substantivo Coletivo: é o substantivo comum que, mesmo
edifícios, dispostos em ruas e avenidas” será chamada cidade. Isso estando no singular, designa um conjunto de seres da mesma
significa que a palavra cidade é um substantivo comum. espécie.
Substantivo Comum é aquele que designa os seres de uma
mesma espécie de forma genérica: cidade, menino, homem, Substantivo coletivo Conjunto de:
mulher, país, cachorro. assembleia pessoas reunidas
Estamos voando para Barcelona. alcateia lobos
acervo livros
O substantivo Barcelona designa apenas um ser da espécie antologia trechos literários selecionados
cidade. Esse substantivo é próprio. Substantivo Próprio: é aquele arquipélago ilhas
que designa os seres de uma mesma espécie de forma particular: banda músicos
Londres, Paulinho, Pedro, Tietê, Brasil. bando desordeiros ou malfeitores
banca examinadores
2 - Substantivos Concretos e Abstratos batalhão soldados
cardume peixes
LÂMPADA MALA caravana viajantes peregrinos
cacho frutas
Os substantivos lâmpada e mala designam seres com existência cáfila camelos
própria, que são independentes de outros seres. São substantivos cancioneiro canções, poesias líricas
concretos. colmeia abelhas
chusma gente, pessoas
Substantivo Concreto: é aquele que designa o ser que existe, concílio bispos
independentemente de outros seres. congresso parlamentares, cientistas.
Obs.: os substantivos concretos designam seres do mundo real elenco atores de uma peça ou filme
e do mundo imaginário. esquadra navios de guerra
Seres do mundo real: homem, mulher, cadeira, cobra, Brasília, enxoval roupas
etc. falange soldados, anjos
Seres do mundo imaginário: saci, mãe-d’água, fantasma, etc. fauna animais de uma região
feixe lenha, capim
Observe agora: flora vegetais de uma região
Beleza exposta frota navios mercantes, ônibus
Jovens atrizes veteranas destacam-se pelo visual. girândola fogos de artifício
horda bandidos, invasores
O substantivo beleza designa uma qualidade. junta médicos, bois, credores, examinadores
júri jurados
Substantivo Abstrato: é aquele que designa seres que legião soldados, anjos, demônios
dependem de outros para se manifestar ou existir. leva presos, recrutas
Pense bem: a beleza não existe por si só, não pode ser malta malfeitores ou desordeiros
observada. Só podemos observar a beleza numa pessoa ou coisa manada búfalos, bois, elefantes,
que seja bela. A beleza depende de outro ser para se manifestar. matilha cães de raça
Portanto, a palavra beleza é um substantivo abstrato. molho chaves, verduras
Os substantivos abstratos designam estados, qualidades, ações multidão pessoas em geral
e sentimentos dos seres, dos quais podem ser abstraídos, e sem ninhada pintos
os quais não podem existir: vida (estado), rapidez (qualidade), nuvem insetos (gafanhotos, mosquitos, etc.)
viagem (ação), saudade (sentimento). penca bananas, chaves
pinacoteca pinturas, quadros
3 - Substantivos Coletivos quadrilha ladrões, bandidos
ramalhete flores
Ele vinha pela estrada e foi picado por uma abelha, outra rebanho ovelhas
abelha, mais outra abelha. récua bestas de carga, cavalgadura

Didatismo e Conhecimento 59
LÍNGUA PORTUGUESA
repertório peças teatrais, obras musicais Substantivos Biformes e Substantivos Uniformes
réstia alhos ou cebolas
romanceiro poesias narrativas Substantivos Biformes (= duas formas): ao indicar nomes de
revoada pássaros seres vivos, geralmente o gênero da palavra está relacionado ao
sínodo párocos sexo do ser, havendo, portanto, duas formas, uma para o masculino
talha lenha e outra para o feminino. Observe: gato – gata, homem – mulher,
tropa muares, soldados poeta – poetisa, prefeito - prefeita
turma estudantes, trabalhadores
vara porcos Substantivos Uniformes: são aqueles que apresentam uma
única forma, que serve tanto para o masculino quanto para o
Formação dos Substantivos
feminino. Classificam-se em:
- Epicenos: têm um só gênero e nomeiam bichos: a cobra
Substantivos Simples e Compostos
macho e a cobra fêmea, o jacaré macho e o jacaré fêmea.
Chuva - subst. Fem. 1 - água caindo em gotas sobre a terra. - Sobrecomuns: têm um só gênero e nomeiam pessoas: a
O substantivo chuva é formado por um único elemento ou criança, a testemunha, a vítima, o cônjuge, o gênio, o ídolo, o
radical. É um substantivo simples. indivíduo.
- Comuns de Dois Gêneros: indicam o sexo das pessoas por
Substantivo Simples: é aquele formado por um único elemento. meio do artigo: o colega e a colega, o doente e a doente, o artista
Outros substantivos simples: tempo, sol, sofá, etc. Veja agora: e a artista.
O substantivo guarda-chuva é formado por dois elementos (guarda
+ chuva). Esse substantivo é composto. Saiba que: Substantivos de origem grega terminados em ema
Substantivo Composto: é aquele formado por dois ou mais ou oma, são masculinos: o fonema, o poema, o sistema, o sintoma,
elementos. Outros exemplos: beija-flor, passatempo. o teorema.
- Existem certos substantivos que, variando de gênero, variam
Substantivos Primitivos e Derivados em seu significado: o rádio (aparelho receptor) e a rádio (estação
emissora) o capital (dinheiro) e a capital (cidade)
Meu limão meu limoeiro,
meu pé de jacarandá... Formação do Feminino dos Substantivos Biformes
O substantivo limão é primitivo, pois não se originou de
- Regra geral: troca-se a terminação -o por –a: aluno - aluna.
nenhum outro dentro de língua portuguesa.
- Substantivos terminados em -ês: acrescenta-se -a ao
Substantivo Primitivo: é aquele que não deriva de nenhuma
outra palavra da própria língua portuguesa. O substantivo limoeiro masculino: freguês - freguesa
é derivado, pois se originou a partir da palavra limão. - Substantivos terminados em -ão: fazem o feminino de três
Substantivo Derivado: é aquele que se origina de outra palavra. formas:
Flexão dos substantivos - troca-se -ão por -oa. = patrão – patroa
- troca-se -ão por -ã. = campeão - campeã
O substantivo é uma classe variável. A palavra é variável -troca-se -ão por ona. = solteirão - solteirona
quando sofre flexão (variação). A palavra menino, por exemplo,
pode sofrer variações para indicar: Exceções: barão – baronesa ladrão- ladra sultão - sultana
Plural: meninos Feminino: menina
Aumentativo: meninão Diminutivo: menininho - Substantivos terminados em -or:
- acrescenta-se -a ao masculino = doutor – doutora
Flexão de Gênero - troca-se -or por -triz: = imperador - imperatriz

Gênero é a propriedade que as palavras têm de indicar sexo - Substantivos com feminino em -esa, -essa, -isa: cônsul -
real ou fictício dos seres. Na língua portuguesa, há dois gêneros: consulesa / abade - abadessa / poeta - poetisa / duque - duquesa
masculino e feminino. Pertencem ao gênero masculino os / conde - condessa / profeta - profetisa
substantivos que podem vir precedidos dos artigos o, os, um, uns.
Veja estes títulos de filmes:
- Substantivos que formam o feminino trocando o -e final por
O velho e o mar
-a: elefante - elefanta
Um Natal inesquecível
Os reis da praia
- Substantivos que têm radicais diferentes no masculino e no
Pertencem ao gênero feminino os substantivos que podem vir feminino: bode – cabra / boi - vaca
precedidos dos artigos a, as, uma, umas:
A história sem fim - Substantivos que formam o feminino de maneira especial,
Uma cidade sem passado isto é, não seguem nenhuma das regras anteriores: czar – czarina
As tartarugas ninjas réu - ré

Didatismo e Conhecimento 60
LÍNGUA PORTUGUESA
Formação do Feminino dos Substantivos Uniformes Femininos: a dinamite, a derme, a hélice, a omoplata, a
cataplasma, a pane, a mascote, a gênese, a entorse, a libido, a cal,
Epicenos: a faringe, a cólera (doença), a ubá (canoa).
Novo jacaré escapa de policiais no rio Pinheiros.
- São geralmente masculinos os substantivos de origem grega
Não é possível saber o sexo do jacaré em questão. Isso ocorre terminados em -ma: o grama (peso), o quilograma, o plasma, o
porque o substantivo jacaré tem apenas uma forma para indicar o apostema, o diagrama, o epigrama, o telefonema, o estratagema,
masculino e o feminino. o dilema, o teorema, o trema, o eczema, o edema, o magma, o
Alguns nomes de animais apresentam uma só forma para estigma, o axioma, o tracoma, o hematoma.
designar os dois sexos. Esses substantivos são chamados de
epicenos. No caso dos epicenos, quando houver a necessidade de Exceções: a cataplasma, a celeuma, a fleuma, etc.
especificar o sexo, utilizam-se palavras macho e fêmea.
A cobra macho picou o marinheiro. Gênero dos Nomes de Cidades:
A cobra fêmea escondeu-se na bananeira.
Com raras exceções, nomes de cidades são femininos.
Sobrecomuns: A histórica Ouro Preto.
Entregue as crianças à natureza. A dinâmica São Paulo.
A acolhedora Porto Alegre.
A palavra crianças refere-se tanto a seres do sexo masculino, Uma Londres imensa e triste.
quanto a seres do sexo feminino. Nesse caso, nem o artigo nem um Exceções: o Rio de Janeiro, o Cairo, o Porto, o Havre.
possível adjetivo permitem identificar o sexo dos seres a que se
refere a palavra. Veja: Gênero e Significação:
A criança chorona chamava-se João.
A criança chorona chamava-se Maria. Muitos substantivos têm uma significação no masculino e
outra no feminino. Observe: o baliza (soldado que, que à frente da
Outros substantivos sobrecomuns: tropa, indica os movimentos que se deve realizar em conjunto; o
a criatura = João é uma boa criatura. Maria é uma boa que vai à frente de um bloco carnavalesco, manejando um bastão),
criatura. a baliza (marco, estaca; sinal que marca um limite ou proibição
o cônjuge = O cônjuge de João faleceu. O cônjuge de Marcela de trânsito), o cabeça (chefe), a cabeça (parte do corpo), o
faleceu cisma (separação religiosa, dissidência), a cisma (ato de cismar,
desconfiança), o cinza (a cor cinzenta), a cinza (resíduos de
Comuns de Dois Gêneros: combustão), o capital (dinheiro), a capital (cidade), o coma (perda
Motorista tem acidente idêntico 23 anos depois. dos sentidos), a coma (cabeleira), o coral (pólipo, a cor vermelha,
canto em coro), a coral (cobra venenosa), o crisma (óleo sagrado,
Quem sofreu o acidente: um homem ou uma mulher? usado na administração da crisma e de outros sacramentos), a
É impossível saber apenas pelo título da notícia, uma vez que crisma (sacramento da confirmação), o cura (pároco), a cura
a palavra motorista é um substantivo uniforme. (ato de curar), o estepe (pneu sobressalente), a estepe (vasta
A distinção de gênero pode ser feita através da análise do artigo planície de vegetação), o guia (pessoa que guia outras), a guia
ou adjetivo, quando acompanharem o substantivo: o colega - a (documento, pena grande das asas das aves), o grama (unidade
colega; o imigrante - a imigrante; um jovem - uma jovem; artista de peso), a grama (relva), o caixa (funcionário da caixa), a caixa
famoso - artista famosa; repórter francês - repórter francesa (recipiente, setor de pagamentos), o lente (professor), a lente
(vidro de aumento), o moral (ânimo), a moral (honestidade, bons
- A palavra personagem é usada indistintamente nos dois costumes, ética), o nascente (lado onde nasce o Sol), a nascente
gêneros. (a fonte), o maria-fumaça (trem como locomotiva a vapor), maria-
fumaça (locomotiva movida a vapor), o pala (poncho), a pala
a) Entre os escritores modernos nota-se acentuada preferência (parte anterior do boné ou quepe, anteparo), o rádio (aparelho
pelo masculino: O menino descobriu nas nuvens os personagens receptor), a rádio (estação emissora), o voga (remador), a voga
dos contos de carochinha. (moda, popularidade).
b) Com referência a mulher, deve-se preferir o feminino: O
problema está nas mulheres de mais idade, que não aceitam a Flexão de Número do Substantivo
personagem.
Em português, há dois números gramaticais: o singular, que
- Diz-se: o (ou a) manequim Marcela, o (ou a) modelo indica um ser ou um grupo de seres, e o plural, que indica mais de
fotográfico Ana Belmonte. um ser ou grupo de seres. A característica do plural é o “s” final.
Observe o gênero dos substantivos seguintes:
Plural dos Substantivos Simples
Masculinos: o tapa, o eclipse, o lança-perfume, o dó (pena), o
sanduíche, o clarinete, o champanha, o sósia, o maracajá, o clã, - Os substantivos terminados em vogal, ditongo oral e “n”
o hosana, o herpes, o pijama, o suéter, o soprano, o proclama, o fazem o plural pelo acréscimo de “s”: pai – pais; ímã – ímãs; hífen
pernoite, o púbis. - hifens (sem acento, no plural). Exceção: cânon - cânones.

Didatismo e Conhecimento 61
LÍNGUA PORTUGUESA
- Os substantivos terminados em “m” fazem o plural em “ns”: - Flexiona-se somente o segundo elemento, quando formados
homem - homens. de:
verbo + substantivo = guarda-roupa e guarda-roupas
- Os substantivos terminados em “r” e “z” fazem o plural pelo palavra invariável + palavra variável = alto-falante e alto-
acréscimo de “es”: revólver – revólveres; raiz - raízes. -falantes
palavras repetidas ou imitativas = reco-reco e reco-recos
Atenção: O plural de caráter é caracteres.
- Flexiona-se somente o primeiro elemento, quando formados
- Os substantivos terminados em al, el, ol, ul flexionam-se de:
no plural, trocando o “l” por “is”: quintal - quintais; caracol – substantivo + preposição clara + substantivo = água-de-
caracóis; hotel - hotéis. Exceções: mal e males, cônsul e cônsules. colônia e águas-de-colônia
substantivo + preposição oculta + substantivo = cavalo-vapor
e cavalos-vapor
- Os substantivos terminados em “il” fazem o plural de duas
substantivo + substantivo que funciona como determinante do
maneiras:
primeiro, ou seja, especifica a função ou o tipo do termo anterior:
palavra-chave - palavras-chave, bomba-relógio - bombas-relógio,
- Quando oxítonos, em “is”: canil - canis notícia-bomba - notícias-bomba, homem-rã - homens-rã, peixe-
espada - peixes-espada.
- Quando paroxítonos, em “eis”: míssil - mísseis.
- Permanecem invariáveis, quando formados de:
Obs.: a palavra réptil pode formar seu plural de duas maneiras: verbo + advérbio = o bota-fora e os bota-fora
répteis ou reptis (pouco usada). verbo + substantivo no plural = o saca-rolhas e os saca-rolhas

- Os substantivos terminados em “s” fazem o plural de duas - Casos Especiais


maneiras: o louva-a-deus e os louva-a-deus
o bem-te-vi e os bem-te-vis
- Quando monossilábicos ou oxítonos, mediante o acréscimo o bem-me-quer e os bem-me-queres
de “es”: ás – ases / retrós - retroses o joão-ninguém e os joões-ninguém.

- Quando paroxítonos ou proparoxítonos, ficam invariáveis: o Plural das Palavras Substantivadas


lápis - os lápis / o ônibus - os ônibus.
As palavras substantivadas, isto é, palavras de outras classes
- Os substantivos terminados em “ao” fazem o plural de três gramaticais usadas como substantivo, apresentam, no plural, as
maneiras. flexões próprias dos substantivos.
- substituindo o -ão por -ões: ação - ações Pese bem os prós e os contras.
- substituindo o -ão por -ães: cão - cães O aluno errou na prova dos noves.
- substituindo o -ão por -ãos: grão - grãos Ouça com a mesma serenidade os sins e os nãos.

- Os substantivos terminados em “x” ficam invariáveis: o látex Obs.: numerais substantivados terminados em “s” ou “z”
- os látex. não variam no plural: Nas provas mensais consegui muitos seis e
alguns dez.
Plural dos Substantivos Compostos
Plural dos Diminutivos
-A formação do plural dos substantivos compostos depende
Flexiona-se o substantivo no plural, retira-se o “s” final e
da forma como são grafados, do tipo de palavras que formam o acrescenta-se o sufixo diminutivo.
composto e da relação que estabelecem entre si. Aqueles que são pãe(s) + zinhos = pãezinhos
grafados sem hífen comportam-se como os substantivos simples: animai(s) + zinhos = animaizinhos
aguardente/aguardentes, girassol/girassóis, pontapé/pontapés, botõe(s) + zinhos = botõezinhos
malmequer/malmequeres. chapéu(s) + zinhos = chapeuzinhos
O plural dos substantivos compostos cujos elementos são farói(s) + zinhos = faroizinhos
ligados por hífen costuma provocar muitas dúvidas e discussões. tren(s) + zinhos = trenzinhos
Algumas orientações são dadas a seguir: colhere(s) + zinhas = colherezinhas
flore(s) + zinhas = florezinhas
- Flexionam-se os dois elementos, quando formados de: mão(s) + zinhas = mãozinhas
substantivo + substantivo = couve-flor e couves-flores papéi(s) + zinhos = papeizinhos
substantivo + adjetivo = amor-perfeito e amores-perfeitos nuven(s) + zinhas = nuvenzinhas
adjetivo + substantivo = gentil-homem e gentis-homens funi(s) + zinhos = funizinhos
numeral + substantivo = quinta-feira e quintas-feiras túnei(s) + zinhos = tuneizinhos

Didatismo e Conhecimento 62
LÍNGUA PORTUGUESA
pai(s) + zinhos = paizinhos - Usamos às vezes, os substantivos no singular, mas com
pé(s) + zinhos = pezinhos sentido de plural:
pé(s) + zitos = pezitos Aqui morreu muito negro.
Celebraram o sacrifício divino muitas vezes em capelas
Plural dos Nomes Próprios Personativos improvisadas.

Devem-se pluralizar os nomes próprios de pessoas sempre que Flexão de Grau do Substantivo
a terminação preste-se à flexão.
Os Napoleões também são derrotados. Grau é a propriedade que as palavras têm de exprimir as
As Raquéis e Esteres. variações de tamanho dos seres. Classifica-se em:
- Grau Normal - Indica um ser de tamanho considerado
Plural dos Substantivos Estrangeiros normal. Por exemplo: casa

Substantivos ainda não aportuguesados devem ser escritos - Grau Aumentativo - Indica o aumento do tamanho do ser.
como na língua original, acrescentando-se “s” (exceto quando Classifica-se em:
terminam em “s” ou “z”): os shows, os shorts, os jazz. Analítico = o substantivo é acompanhado de um adjetivo que
indica grandeza. Por exemplo: casa grande.
Substantivos já aportuguesados flexionam-se de acordo com as Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indicador de
regras de nossa língua: os clubes, os chopes, os jipes, os esportes, aumento. Por exemplo: casarão.
as toaletes, os bibelôs, os garçons, os réquiens.
Observe o exemplo: - Grau Diminutivo - Indica a diminuição do tamanho do ser.
Este jogador faz gols toda vez que joga. Pode ser:
O plural correto seria gois (ô), mas não se usa. Analítico = substantivo acompanhado de um adjetivo que
indica pequenez. Por exemplo: casa pequena.
Plural com Mudança de Timbre Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indicador de
diminuição. Por exemplo: casinha.
Certos substantivos formam o plural com mudança de timbre
da vogal tônica (o fechado / o aberto). É um fato fonético chamado Verbo
metafonia (plural metafônico).
Verbo é a classe de palavras que se flexiona em pessoa, número,
Singular Plural tempo, modo e voz. Pode indicar, entre outros processos: ação
corpo (ô) corpos (ó) (correr); estado (ficar); fenômeno (chover); ocorrência (nascer);
esforço esforços desejo (querer).
fogo fogos O que caracteriza o verbo são as suas flexões, e não os seus
forno fornos possíveis significados. Observe que palavras como corrida,
fosso fossos chuva e nascimento têm conteúdo muito próximo ao de alguns
imposto impostos verbos mencionados acima; não apresentam, porém, todas as
olho olhos possibilidades de flexão que esses verbos possuem.
osso (ô) ossos (ó) Estrutura das Formas Verbais
ovo ovos
poço poços Do ponto de vista estrutural, uma forma verbal pode apresentar
porto portos os seguintes elementos:
posto postos - Radical: é a parte invariável, que expressa o significado
tijolo tijolos essencial do verbo. Por exemplo: fal-ei; fal-ava; fal-am. (radical
fal-)
Têm a vogal tônica fechada (ô): adornos, almoços, bolsos, - Tema: é o radical seguido da vogal temática que indica a
esposos, estojos, globos, gostos, polvos, rolos, soros, etc. conjugação a que pertence o verbo. Por exemplo: fala-r
Obs.: distinga-se molho (ô) = caldo (molho de carne), de São três as conjugações: 1ª - Vogal Temática - A - (falar), 2ª
molho (ó) = feixe (molho de lenha). - Vogal Temática - E - (vender), 3ª - Vogal Temática - I - (partir).

Particularidades sobre o Número dos Substantivos - Desinência modo-temporal: é o elemento que designa o
tempo e o modo do verbo. Por exemplo:
- Há substantivos que só se usam no singular: o sul, o norte, o falávamos ( indica o pretérito imperfeito do indicativo.)
leste, o oeste, a fé, etc. falasse ( indica o pretérito imperfeito do subjuntivo.)
- Outros só no plural: as núpcias, os víveres, os pêsames, as
espadas/os paus (naipes de baralho), as fezes. - Desinência número-pessoal: é o elemento que designa a
- Outros, enfim, têm, no plural, sentido diferente do singular: pessoa do discurso ( 1ª, 2ª ou 3ª) e o número (singular ou plural):
bem (virtude) e bens (riquezas), honra (probidade, bom nome) e falamos (indica a 1ª pessoa do plural.)
honras (homenagem, títulos). falavam (indica a 3ª pessoa do plural.)

Didatismo e Conhecimento 63
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Observação: o verbo pôr, assim como seus derivados (compor, 3. os verbos estar e ficar em orações tais como Está bem, Está
repor, depor, etc.), pertencem à 2ª conjugação, pois a forma arcaica muito bem assim, Não fica bem, Fica mal, sem referência a sujeito
do verbo pôr era poer. A vogal “e”, apesar de haver desaparecido expresso anteriormente. Podemos, ainda, nesse caso, classificar o
do infinitivo, revela-se em algumas formas do verbo: põe, pões, sujeito como hipotético, tornando-se, tais verbos, então, pessoais.
põem, etc. 4. o verbo deu + para da língua popular, equivalente de “ser
possível”. Por exemplo:
Formas Rizotônicas e Arrizotônicas Não deu para chegar mais cedo.
Dá para me arrumar uns trocados?
Ao combinarmos os conhecimentos sobre a estrutura dos verbos
com o conceito de acentuação tônica, percebemos com facilidade * Unipessoais: são aqueles que, tendo sujeito, conjugam-se
que nas formas rizotônicas o acento tônico cai no radical do verbo: apenas nas terceiras pessoas, do singular e do plural.
opino, aprendam, nutro, por exemplo. Nas formas arrizotônicas, A fruta amadureceu.
o acento tônico não cai no radical, mas sim na terminação verbal: As frutas amadureceram.
opinei, aprenderão, nutriríamos.
Obs.: os verbos unipessoais podem ser usados como verbos
pessoais na linguagem figurada: Teu irmão amadureceu bastante.
Classificação dos Verbos
Entre os unipessoais estão os verbos que significam vozes de
Classificam-se em: animais; eis alguns: bramar: tigre, bramir: crocodilo, cacarejar:
- Regulares: são aqueles que possuem as desinências normais galinha, coaxar: sapo, cricrilar: grilo
de sua conjugação e cuja flexão não provoca alterações no radical:
canto cantei cantarei cantava cantasse. Os principais verbos unipessoais são:
- Irregulares: são aqueles cuja flexão provoca alterações no 1. cumprir, importar, convir, doer, aprazer, parecer, ser
radical ou nas desinências: faço fiz farei fizesse. (preciso, necessário, etc.):
- Defectivos: são aqueles que não apresentam conjugação Cumpre trabalharmos bastante. (Sujeito: trabalharmos
completa. Classificam-se em impessoais, unipessoais e pessoais: bastante.)
* Impessoais: são os verbos que não têm sujeito. Normalmente, Parece que vai chover. (Sujeito: que vai chover.)
são usados na terceira pessoa do singular. Os principais verbos É preciso que chova. (Sujeito: que chova.)
impessoais são:
2. fazer e ir, em orações que dão ideia de tempo, seguidos da
** haver, quando sinônimo de existir, acontecer, realizar-se ou conjunção que.
fazer (em orações temporais). Faz dez anos que deixei de fumar. (Sujeito: que deixei de
Havia poucos ingressos à venda. (Havia = Existiam) fumar.)
Houve duas guerras mundiais. (Houve = Aconteceram) Vai para (ou Vai em ou Vai por) dez anos que não vejo Cláudia.
Haverá reuniões aqui. (Haverá = Realizar-se-ão) (Sujeito: que não vejo Cláudia)
Deixei de fumar há muitos anos. (há = faz)
Obs.: todos os sujeitos apontados são oracionais.
** fazer, ser e estar (quando indicam tempo)
* Pessoais: não apresentam algumas flexões por motivos
Faz invernos rigorosos no Sul do Brasil.
morfológicos ou eufônicos. Por exemplo:
Era primavera quando a conheci.
Estava frio naquele dia.
- verbo falir. Este verbo teria como formas do presente do
indicativo falo, fales, fale, idênticas às do verbo falar - o que
** Todos os verbos que indicam fenômenos da natureza são provavelmente causaria problemas de interpretação em certos
impessoais: chover, ventar, nevar, gear, trovejar, amanhecer, contextos.
escurecer, etc. Quando, porém, se constrói, “Amanheci mal-
-humorado”, usa-se o verbo “amanhecer” em sentido figurado. - verbo computar. Este verbo teria como formas do presente
Qualquer verbo impessoal, empregado em sentido figurado, deixa do indicativo computo, computas, computa - formas de sonoridade
de ser impessoal para ser pessoal. considerada ofensiva por alguns ouvidos gramaticais. Essas
razões muitas vezes não impedem o uso efetivo de formas verbais
Amanheci mal-humorado. (Sujeito desinencial: eu) repudiadas por alguns gramáticos: exemplo disso é o próprio
Choveram candidatos ao cargo. (Sujeito: candidatos) verbo computar, que, com o desenvolvimento e a popularização
Fiz quinze anos ontem. (Sujeito desinencial: eu) da informática, tem sido conjugado em todos os tempos, modos
e pessoas.
** São impessoais, ainda:
- Abundantes: são aqueles que possuem mais de uma forma
1. o verbo passar (seguido de preposição), indicando tempo: com o mesmo valor. Geralmente, esse fenômeno costuma ocorrer
Já passa das seis. no particípio, em que, além das formas regulares terminadas
2. os verbos bastar e chegar, seguidos da preposição de, em -ado ou -ido, surgem as chamadas formas curtas (particípio
indicando suficiência: Basta de tolices. Chega de blasfêmias. irregular). Observe:

Didatismo e Conhecimento 64
LÍNGUA PORTUGUESA
INFINITIVO PARTICÍPIO REGULAR PARTICÍPIO IRREGULAR
Anexar Anexado Anexo
Dispersar Dispersado Disperso
Eleger Elegido Eleito
Envolver Envolvido Envolto
Imprimir Imprimido Impresso
Matar Matado Morto
Morrer Morrido Morto
Pegar Pegado Pego
Soltar Soltado Solto

- Anômalos: são aqueles que incluem mais de um radical em sua conjugação. Por exemplo: Ir, Pôr, Ser, Saber (vou, vais, ides, fui, foste,
pus, pôs, punha, sou, és, fui, foste, seja).

- Auxiliares: São aqueles que entram na formação dos tempos compostos e das locuções verbais. O verbo principal, quando acompanhado
de verbo auxiliar, é expresso numa das formas nominais: infinitivo, gerúndio ou particípio.

Vou espantar as moscas.


(verbo auxiliar) (verbo principal no infinitivo)

Está chegando a hora do debate.


(verbo auxiliar) (verbo principal no gerúndio)

Os noivos foram cumprimentados por todos os presentes.


(verbo auxiliar) (verbo principal no particípio)

Obs.: os verbos auxiliares mais usados são: ser, estar, ter e haver.

Conjugação dos Verbos Auxiliares

SER - Modo Indicativo

Presente Pret.Perfeito Pretérito Imp. Pret.Mais-Que-Perf. Fut.do Pres. Fut. Do Pretérito


sou fui era fora serei seria
és foste eras foras serás serias
é foi era fora será seria
somos fomos éramos fôramos seremos seríamos
sois fostes éreis fôreis sereis seríeis
são foram eram foram serão seriam

SER - Modo Subjuntivo

Presente Pretérito Imperfeito Futuro


que eu seja se eu fosse quando eu for
que tu sejas se tu fosses quando tu fores
que ele seja se ele fosse quando ele for
que nós sejamos se nós fôssemos quando nós formos
que vós sejais se vós fôsseis quando vós fordes
que eles sejam se eles fossem quando eles forem
SER - Modo Imperativo

Afirmativo Negativo
sê tu não sejas tu
seja você não seja você
sejamos nós não sejamos nós
sede vós não sejais vós
sejam vocês não sejam vocês

Didatismo e Conhecimento 65
LÍNGUA PORTUGUESA
SER - Formas Nominais

Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio


ser ser eu sendo sido
seres tu
ser ele
sermos nós
serdes vós
serem eles

ESTAR - Modo Indicativo

Presente Pret. perf. Pret. Imperf. Pret.Mais-Que-Perf. Fut.doPres. Fut.do Preté.


estou estive estava estivera estarei estaria
estás estiveste estavas estiveras estarás estarias
está esteve estava estivera estará estaria
estamos estivemos estávamos estivéramos estaremos estaríamos
estais estivestes estáveis estivéreis estareis estaríeis
estão estiveram estavam estiveram estarão estariam

ESTAR - Modo Subjuntivo e Imperativo

Presente Pretérito Imperfeito Futuro Afirmativo Negativo


esteja estivesse estiver
estejas estivesses estiveres está estejas
esteja estivesse estiver esteja esteja
estejamos estivéssemos estivermos estejamos estejamos
estejais estivésseis estiverdes estai estejais
estejam estivessem estiverem estejam estejam

ESTAR - Formas Nominais

Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio


estar estar estando estado
estares
estar
estarmos
estardes
estarem

HAVER - Modo Indicativo

Presente Pret. Perf. Pret. Imper. Pret.Mais-Que-Perf. Fut. Do Pres. Fut. Do Preté.
hei houve havia houvera haverei haveria
hás houveste havias houveras haverás haverias
há houve havia houvera haverá haveria
havemos houvemos havíamos houvéramos haveremos haveríamos
haveis houvestes havíeis houvéreis havereis haveríeis
hão houveram haviam houveram haverão haveriam

HAVER - Modo Subjuntivo e Imperativo

Presente Pretérito Imperfeito Futuro Afirmativo Negativo


haja houvesse houver
hajas houvesses houveres há hajas
haja houvesse houver haja haja
hajamos houvéssemos houvermos hajamos hajamos
hajais houvésseis houverdes havei hajais
hajam houvessem houverem hajam hajam

Didatismo e Conhecimento 66
LÍNGUA PORTUGUESA
HAVER - Formas Nominais

Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio


haver haver havendo havido
haveres
haver
havermos
haverdes
haverem

TER - Modo Indicativo

Presente Pret. Perf. Pret. Imper. Preté.Mais-Que-Perf. Fut. Do Pres. Fut. Do Preté.
Tenho tive tinha tivera terei teria
tens tiveste tinhas tiveras terás terias
tem teve tinha tivera terá teria
temos tivemos tínhamos tivéramos teremos teríamos
tendes tivestes tínheis tivéreis tereis teríeis
têm tiveram tinham tiveram terão teriam

TER - Modo Subjuntivo e Imperativo

Presente Pretérito Imperfeito Futuro Afirmativo Negativo


Tenha tivesse tiver
tenhas tivesses tiveres tem tenhas
tenha tivesse tiver tenha tenha
tenhamos tivéssemos tivermos tenhamos tenhamos
tenhais tivésseis tiverdes tende tenhais
tenham tivessem tiverem tenham tenham

- Pronominais: São aqueles verbos que se conjugam com os pronomes oblíquos átonos me, te, se, nos, vos, se, na mesma pessoa
do sujeito, expressando reflexibilidade (pronominais acidentais) ou apenas reforçando a ideia já implícita no próprio sentido do verbo
(reflexivos essenciais). Veja:

- 1. Essenciais: são aqueles que sempre se conjugam com os pronomes oblíquos me, te, se, nos, vos, se. São poucos: abster-se, ater-
-se, apiedar-se, atrever-se, dignar-se, arrepender-se, etc. Nos verbos pronominais essenciais a reflexibilidade já está implícita no radical do
verbo. Por exemplo: Arrependi-me de ter estado lá.
A ideia é de que a pessoa representada pelo sujeito (eu) tem um sentimento (arrependimento) que recai sobre ela mesma, pois não recebe
ação transitiva nenhuma vinda do verbo; o pronome oblíquo átono é apenas uma partícula integrante do verbo, já que, pelo uso, sempre é
conjugada com o verbo. Diz-se que o pronome apenas serve de reforço da ideia reflexiva expressa pelo radical do próprio verbo.
Veja uma conjugação pronominal essencial (verbo e respectivos pronomes):
Eu me arrependo
Tu te arrependes
Ele se arrepende
Nós nos arrependemos
Vós vos arrependeis
Eles se arrependem

- 2. Acidentais: são aqueles verbos transitivos diretos em que a ação exercida pelo sujeito recai sobre o objeto representado por pronome
oblíquo da mesma pessoa do sujeito; assim, o sujeito faz uma ação que recai sobre ele mesmo. Em geral, os verbos transitivos diretos ou
transitivos diretos e indiretos podem ser conjugados com os pronomes mencionados, formando o que se chama voz reflexiva. Por exemplo:
Maria se penteava.
A reflexibilidade é acidental, pois a ação reflexiva pode ser exercida também sobre outra pessoa. Por exemplo:
Maria penteou-me.

Observações:
- Por fazerem parte integrante do verbo, os pronomes oblíquos átonos dos verbos pronominais não possuem função sintática.
- Há verbos que também são acompanhados de pronomes oblíquos átonos, mas que não são essencialmente pronominais, são os verbos

Didatismo e Conhecimento 67
LÍNGUA PORTUGUESA
reflexivos. Nos verbos reflexivos, os pronomes, apesar de se Terminados os exames, os candidatos saíram.
encontrarem na pessoa idêntica à do sujeito, exercem funções
sintáticas. Por exemplo: Quando o particípio exprime somente estado, sem nenhuma
Eu me feri. = Eu(sujeito) - 1ª pessoa do singular me (objeto relação temporal, assume verdadeiramente a função de adjetivo
direto) - 1ª pessoa do singular (adjetivo verbal). Por exemplo: Ela foi a aluna escolhida para
representar a escola.
Modos Verbais
Tempos Verbais
Dá-se o nome de modo às várias formas assumidas pelo verbo
na expressão de um fato. Em Português, existem três modos: Tomando-se como referência o momento em que se fala, a
Indicativo - indica uma certeza, uma realidade: Eu sempre ação expressa pelo verbo pode ocorrer em diversos tempos. Veja:
estudo.
Subjuntivo - indica uma dúvida, uma possibilidade: Talvez eu 1. Tempos do Indicativo
estude amanhã.
Imperativo - indica uma ordem, um pedido: Estuda agora, - Presente - Expressa um fato atual: Eu estudo neste colégio.
menino.
Formas Nominais - Pretérito Imperfeito - Expressa um fato ocorrido num
momento anterior ao atual, mas que não foi completamente
Além desses três modos, o verbo apresenta ainda formas que terminado: Ele estudava as lições quando foi interrompido.
podem exercer funções de nomes (substantivo, adjetivo, advérbio),
sendo por isso denominadas formas nominais. Observe: - Pretérito Perfeito - Expressa um fato ocorrido num momento
- Infinitivo Impessoal: exprime a significação do verbo de anterior ao atual e que foi totalmente terminado: Ele estudou as
modo vago e indefinido, podendo ter valor e função de substantivo. lições ontem à noite.
Por exemplo:
Viver é lutar. (= vida é luta) - Pretérito-Mais-Que-Perfeito - Expressa um fato ocorrido
antes de outro fato já terminado: Ele já tinha estudado as lições
É indispensável combater a corrupção. (= combate à)
quando os amigos chegaram. (forma composta) Ele já estudara as
lições quando os amigos chegaram. (forma simples).
O infinitivo impessoal pode apresentar-se no presente (forma
simples) ou no passado (forma composta). Por exemplo:
- Futuro do Presente - Enuncia um fato que deve ocorrer num
É preciso ler este livro.
tempo vindouro com relação ao momento atual: Ele estudará as
Era preciso ter lido este livro.
lições amanhã.
- Infinitivo Pessoal: é o infinitivo relacionado às três pessoas do
- Futuro do Pretérito - Enuncia um fato que pode ocorrer
discurso. Na 1ª e 3ª pessoas do singular, não apresenta desinências,
posteriormente a um determinado fato passado: Se eu tivesse
assumindo a mesma forma do impessoal; nas demais, flexiona-se dinheiro, viajaria nas férias.
da seguinte maneira:
2ª pessoa do singular: Radical + ES Ex.: teres(tu) 2. Tempos do Subjuntivo
1ª pessoa do plural: Radical + MOS Ex.: termos (nós)
2ª pessoa do plural: Radical + DES Ex.: terdes (vós) - Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer no momento
3ª pessoa do plural: Radical + EM Ex.: terem (eles) atual: É conveniente que estudes para o exame.
Por exemplo: Foste elogiado por teres alcançado uma boa - Pretérito Imperfeito - Expressa um fato passado, mas
colocação. posterior a outro já ocorrido: Eu esperava que ele vencesse o jogo.
- Gerúndio: o gerúndio pode funcionar como adjetivo ou Obs.: o pretérito imperfeito é também usado nas construções
advérbio. Por exemplo: em que se expressa a ideia de condição ou desejo. Por exemplo: Se
Saindo de casa, encontrei alguns amigos. (função de advérbio) ele viesse ao clube, participaria do campeonato.
Nas ruas, havia crianças vendendo doces. (função de adjetivo)
- Futuro do Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer
Na forma simples, o gerúndio expressa uma ação em curso; na num momento futuro em relação ao atual: Quando ele vier à loja,
forma composta, uma ação concluída. Por exemplo: levará as encomendas.
Trabalhando, aprenderás o valor do dinheiro.
Tendo trabalhado, aprendeu o valor do dinheiro. Obs.: o futuro do presente é também usado em frases que
indicam possibilidade ou desejo. Por exemplo: Se ele vier à loja,
- Particípio: quando não é empregado na formação dos tempos levará as encomendas.
compostos, o particípio indica geralmente o resultado de uma
ação terminada, flexionando-se em gênero, número e grau. Por
exemplo:

Didatismo e Conhecimento 68
LÍNGUA PORTUGUESA
Presente do Indicativo
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Desinência pessoal
CANTAR VENDER PARTIR
cantO vendO partO O
cantaS vendeS parteS S
canta vende parte -
cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS
cantaIS vendeIS partIS IS
cantaM vendeM parteM M

Pretérito Perfeito do Indicativo


1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Desinência pessoal
CANTAR VENDER PARTIR
canteI vendI partI I
cantaSTE vendeSTE partISTE STE
cantoU vendeU partiU U
cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS
cantaSTES vendeSTES partISTES STES
cantaRAM vendeRAM partiRAM RAM

Pretérito mais-que-perfeito
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Des. temporal Desinência pessoal
1ª/2ª e 3ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø
cantaRAS vendeRAS partiRAS RA S
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø
cantáRAMOS vendêRAMOS partíRAMOS RA MOS
cantáREIS vendêREIS partíREIS RE IS
cantaRAM vendeRAM partiRAM RA M

Pretérito Imperfeito do Indicativo


1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação
CANTAR VENDER PARTIR
cantAVA vendIA partIA
cantAVAS vendIAS partAS
CantAVA vendIA partIA
cantÁVAMOS vendÍAMOS partÍAMOS
cantÁVEIS vendÍEIS partÍEIS
cantAVAM vendIAM partIAM

Futuro do Presente do Indicativo

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação


CANTAR VENDER PARTIR
cantar ei vender ei partir ei
cantar ás vender ás partir ás
cantar á vender á partir á
cantar emos vender emos partir emos
cantar eis vender eis partir eis
cantar ão vender ão partir ão

Futuro do Pretérito do Indicativo

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação


CANTAR VENDER PARTIR
cantarIA venderIA partirIA
cantarIAS venderIAS partirIAS
cantarIA venderIA partirIA
cantarÍAMOS venderÍAMOS partirÍAMOS
cantarÍEIS venderÍEIS partirÍEIS
cantarIAM venderIAM partirIAM

Didatismo e Conhecimento 69
LÍNGUA PORTUGUESA
Presente do Subjuntivo

Para se formar o presente do subjuntivo, substitui-se a desinência -o da primeira pessoa do singular do presente do indicativo pela
desinência -E (nos verbos de 1ª conjugação) ou pela desinência -A (nos verbos de 2ª e 3ª conjugação).

1ª conjug. 2ª conjug. 3ª conju. Des. temporal Des.temporal Desinên. pessoal


1ª conj. 2ª/3ª conj.

CANTAR VENDER PARTIR


cantE vendA partA E A Ø
cantES vendAS partAS E A S
cantE vendA partA E A Ø
cantEMOS vendAMOS partAMOS E A MOS
cantEIS vendAIS partAIS E A IS
cantEM vendAM partAM E A M

Pretérito Imperfeito do Subjuntivo

Para formar o imperfeito do subjuntivo, elimina-se a desinência -STE da 2ª pessoa do singular do pretérito perfeito, obtendo-se, assim,
o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -SSE mais a desinência de número e pessoa correspondente.

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Des. temporal Desinência pessoal


1ª /2ª e 3ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø
cantaSSES vendeSSES partiSSES SSE S
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø
cantáSSEMOS vendêSSEMOS partíSSEMOS SSE MOS
cantáSSEIS vendêSSEIS partíSSEIS SSE IS
cantaSSEM vendeSSEM partiSSEM SSE M

Futuro do Subjuntivo

Para formar o futuro do subjuntivo elimina-se a desinência -STE da 2ª pessoa do singular do pretérito perfeito, obtendo-se, assim, o tema
desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -R mais a desinência de número e pessoa correspondente.

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Des. temporal Desinência pessoal


1ª /2ª e 3ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaR vendeR partiR Ø
cantaRES vendeRES partiRES R ES
cantaR vendeR partiR R Ø
cantaRMOS vendeRMOS partiRMOS R MOS
cantaRDES vendeRDES partiRDES R DES
cantaREM vendeREM PartiREM R EM

Modo Imperativo

Imperativo Afirmativo
Para se formar o imperativo afirmativo, toma-se do presente do indicativo a 2ª pessoa do singular (tu) e a segunda pessoa do plural (vós)
eliminando-se o “S” final. As demais pessoas vêm, sem alteração, do presente do subjuntivo. Veja:

Presente do Indicativo Imperativo Afirmativo Presente do Subjuntivo


Eu canto --- Que eu cante
Tu cantas CantA tu Que tu cantes
Ele canta Cante você Que ele cante
Nós cantamos Cantemos nós Que nós cantemos
Vós cantais CantAI vós Que vós canteis
Eles cantam Cantem vocês Que eles cantem

Didatismo e Conhecimento 70
LÍNGUA PORTUGUESA
Imperativo Negativo

Para se formar o imperativo negativo, basta antecipar a negação às formas do presente do subjuntivo.

Presente do Subjuntivo Imperativo Negativo


Que eu cante ---
Que tu cantes Não cantes tu
Que ele cante Não cante você
Que nós cantemos Não cantemos nós
Que vós canteis Não canteis vós
Que eles cantem Não cantem eles

Observações:
- No modo imperativo não faz sentido usar na 3ª pessoa (singular e plural) as formas ele/eles, pois uma ordem, pedido ou conselho só se
aplicam diretamente à pessoa com quem se fala. Por essa razão, utiliza-se você/vocês.
- O verbo SER, no imperativo, faz excepcionalmente: sê (tu), sede (vós).

Infinitivo Pessoal

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação


CANTAR VENDER PARTIR
cantar vender partir
cantarES venderES partirES
cantar vender partir
cantarMOS venderMOS partirMOS
cantarDES venderDES partirDES
cantarEM venderEM partirEM

Questões sobre Verbo

01. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO - ASSISTENTE SOCIAL JUDICIÁRIO - VUNESP/2012) Assinale a
alternativa em que todos os verbos estão conjugados segundo a norma-padrão.
(A) Absteu-se do álcool durante anos; agora, voltou ao vício.
(B) Perderam seus documentos durante a viagem, mas já os reaveram.
(C) Avisem-me, se vocês verem que estão ocorrendo conflitos.
(D) Só haverá acordo se nós propormos uma boa indenização.
(E) Antes do jantar, a criançada se entretinha com jogos eletrônicos.

02. (TRT/AL - ANALISTA JUDICIÁRIO - FCC/2014)


... e então percorriam as pouco povoadas estepes da Ásia Central até o mar Cáspio e além.
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o grifado acima está em:
(A) ... e de lá por navios que contornam a Índia...
(B) ... era a capital da China.
(C) A Rota da Seda nunca foi uma rota única...
(D) ... dispararam na última década.
(E) ... que acompanham as fronteiras ocidentais chinesas...

03. (TRF - 2ª REGIÃO - ANALISTA JUDICIÁRIO - FCC/2012) O emprego, a grafia e a flexão dos verbos estão corretos em:
(A) A revalorização e a nova proeminência de Paraty não prescindiram e não requiseram mais do que o esquecimento e a passagem do
tempo.
(B) Quando se imaginou que Paraty havia sido para sempre renegada a um segundo plano, eis que ela imerge do esquecimento, em 1974.
(C) A cada novo ciclo econômico retificava-se a importância estratégica de Paraty, até que, a partir de 1855, sobreviram longos anos de
esquecimento.
(D) A Casa Azul envidará todos os esforços, refreando as ações predatórias, para que a cidade não sucumba aos atropelos do turismo selvagem.
(E) Paraty imbuiu da sorte e do destino os meios para que obtesse, agora em definitivo, o prestígio de um polo turístico de inegável valor
histórico.

Didatismo e Conhecimento 71
LÍNGUA PORTUGUESA
04. (TRF - 3ª REGIÃO - ANALISTA JUDICIÁRIO - FCC/2014) 09. (PREFEITURA DE SÃO CARLOS/SP – ENGENHEIRO
Tinham seus prediletos ... – ÁREA CIVIL – VUNESP/2011) Considere as frases:
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o grifado I. Há diversos projetos de lei em tramitação na Câmara.
acima está em: II. Caso a bondade seja aprovada, haverá custo adicional de
(A) Dumas consentiu. 5,4 bilhões de reais por ano.
(B) ... levaram com eles a instituição do “lector”. Assinale a alternativa que, respectivamente, substitui o verbo
(C) ... enquanto uma fileira de trabalhadores enrolam charutos... haver pelo verbo existir, conservando o tempo e o modo.
(D) Despontava a nova capital mundial do Havana. (A) Existe – existe
(E) ... que cedesse o nome de seu herói... (B) Existem – existirão
(C) Existirão – existirá
05.(Analista – Arquitetura – FCC – 2013-adap.). Está adequada a (D) Existem – existirá
correlação entre tempos e modos verbais na frase: (E) Existiriam – existiria
A) Os que levariam a vida pensando apenas nos valores absolutos
talvez façam melhor se pensassem no encanto dos pequenos bons 10. (MPE/PE – ANALISTA MINISTERIAL – FCC/2012)
momentos. ... pois assim se via transportado de volta “à glória que foi a
B) Há até quem queira saber quem fosse o maior bandido entre os Grécia e à grandeza que foi Roma”.
que recebessem destaque nos popularescos programas da TV. O verbo empregado nos mesmos tempo e modo que o grifado
C) Não admira que os leitores de Manuel Bandeira gostam tanto de acima está em:
sua poesia, sobretudo porque ela não tenha aspirações a ser metafísica. a) Poe certamente acreditava nisso...
D) Se os adeptos da fama a qualquer custo levarem em conta b) Se Grécia e Roma foram, para Poe, uma espécie de casa...
nossa condição de mortais, não precisariam preocupar-se com os c) ... ainda seja por nós obscuramente sentido como verdadeiro,
degraus da notoriedade. embora não de modo consciente.
E) Quanto mais aproveitássemos o que houvesse de grande d) ... como um legado que provê o fundamento de nossas
nos momentos felizes, menos precisaríamos nos preocupar com sensibilidades.
conquistas superlativas. e) Seria ela efetivamente, para o poeta, uma encarnação da
princesa homérica?
06. (TRF - 5ª REGIÃO – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2012) GABARITO
...Ou pretendia.
O verbo empregado nos mesmos tempo e modo que o grifado 01.E 02. B 03. D 04. D 05. E
acima está em: 06.B 07. E 08. C 09. D 10.B
a) ... ao que der ...
RESOLUÇÃO
b) ... virava a palavra pelo avesso ...
c) Não teria graça ...
d) ... um conto que sai de um palíndromo ... 1-) Correção à frente:
e) ... como decidiu o seu destino de escritor. (A) Absteu-se = absteve-se
(B) mas já os reaveram = reouveram
07. (SABESP – TECNÓLOGO – FCC/2014) É importante que a (C) se vocês verem = virem
inserção da perspectiva da sustentabilidade na cultura empresarial, (D) Só haverá acordo se nós propormos = propusermos
por meio das ações e projetos de Educação Ambiental, esteja alinhada (E) Antes do jantar, a criançada se entretinha com jogos
a esses conceitos. eletrônicos.
O verbo empregado nos mesmos tempo e modo que o verbo
grifado na frase acima está em: 2-) Percorriam = Pretérito Imperfeito do Indicativo
(A) ... a Empresa desenvolve todas as suas ações, políticas... A = contornam – presente do Indicativo
(B) ... as definições de Educação Ambiental são abrangentes... B = era = pretérito imperfeito do Indicativo
(C) ... também se associa o Desenvolvimento Sustentável... C = foi = pretérito perfeito do Indicativo
(D) ... e incorporou [...] também aspectos de desenvolvimento D = dispararam = pretérito mais-que-perfeito do Indicativo
humano. E = acompanham = presente do Indicativo
(E)... e reforce a identidade das comunidades.
08. (DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO RIO DE 3-) Acrescentei as formas verbais adequadas nas orações
JANEIRO – TÉCNICO SUPERIOR ESPECIALIZADO EM analisadas:
BIBLIOTECONOMIA – FGV PROJETOS /2014) Na frase “se (A) A revalorização e a nova proeminência de Paraty não
você quiser ir mais longe”, a forma verbal empregada tem sua prescindiram e não requiseram (requereram) mais do que o
forma corretamente conjugada. A frase abaixo em que a forma esquecimento e a passagem do tempo.
verbal está ERRADA é (B) Quando se imaginou que Paraty havia sido para sempre
(A) se você se opuser a esse desejo. renegada a um segundo plano, eis que ela imerge (emerge) do
(B) se você requerer este documento. esquecimento, em 1974.
(C) se você ver esse quadro. (C) A cada novo ciclo econômico retificava-se a importância
(D) se você provier da China. estratégica de Paraty, até que, a partir de 1855, sobreviram
(E) se você se entretiver com o jogo. (sobrevieram) longos anos de esquecimento.

Didatismo e Conhecimento 72
LÍNGUA PORTUGUESA
(D) A Casa Azul envidará todos os esforços, refreando as ações predatórias, para que a cidade não sucumba aos atropelos do turismo
selvagem.
(E) Paraty imbuiu da sorte e do destino os meios para que obtesse, (obtivesse) agora em definitivo, o prestígio de um polo turístico de
inegável valor histórico.

4-)Tinham = pretérito imperfeito do Indicativo. Vamos às alternativas:


Consentiu = pretérito perfeito / levaram = pretérito perfeito (e mais-que-perfeito) do Indicativo
Despontava = pretérito imperfeito do Indicativo
Cedesse = pretérito do Subjuntivo

5-)
A) Os que levam a vida pensando apenas nos valores absolutos talvez fariam melhor se pensassem no encanto dos pequenos bons
momentos.
B) Há até quem queira saber quem é o maior bandido entre os que recebem destaque nos popularescos programas da TV.
C) Não admira que os leitores de Manuel Bandeira gostem tanto de sua poesia, sobretudo porque ela não tem aspirações a ser metafísica.
D) Se os adeptos da fama a qualquer custo levassem em conta nossa condição de mortais, não precisariam preocupar-se com os degraus
da notoriedade.

6-) Pretendia = pretérito imperfeito do Indicativo


a) ... ao que der ... = futuro do Subjuntivo
b) ... virava = pretérito imperfeito do Indicativo
c) Não teria = futuro do pretérito do Indicativo
d) ... um conto que sai = presente do Indicativo
e) ... como decidiu = pretérito perfeito do Indicativo

7-) O verbo “esteja” está no presente do Subjuntivo.


(A) ... a Empresa desenvolve = presente do Indicativo
(B) ... as definições de Educação Ambiental são = presente do Indicativo
(C) ... também se associa o Desenvolvimento Sustentável... = presente do Indicativo
(D) ... e incorporou [...] = pretérito perfeito do Indicativo
(E)... e reforce a identidade das comunidades. = presente do Subjuntivo.

8-)
(A) se você se opuser a esse desejo.
(B) se você requerer este documento.
(C) se você ver esse quadro.= se você vir
(D) se você provier da China.
(E) se você se entretiver com o jogo.

9-) Há = presente do Indicativo / haverá = futuro do presente do indicativo.


Ao substituirmos pelo verbo “existir”, lembremo-nos de que esse sofrerá flexão de número (irá para o plural, caso seja necessário):
I. Existem diversos projetos de lei em tramitação na Câmara.
II. Caso a bondade seja aprovada, existirá custo adicional de 5,4 bilhões de reais por ano.
Existem / existirá.
10-) Foi = pretérito perfeito do Indicativo
a) Poe certamente acreditava = pretérito imperfeito do Indicativo
b) Se Grécia e Roma foram = pretérito perfeito do Indicativo
c) ... ainda seja = presente do Subjuntivo
d) ... como um legado que provê = presente do Indicativo
e) Seria = futuro do pretérito do Indicativo

Vozes do Verbo

Dá-se o nome de voz à forma assumida pelo verbo para indicar se o sujeito gramatical é agente ou paciente da ação. São três as vozes
verbais:

- Ativa: quando o sujeito é agente, isto é, pratica a ação expressa pelo verbo. Por exemplo:
Ele fez o trabalho.
sujeito agente ação objeto (paciente)

Didatismo e Conhecimento 73
LÍNGUA PORTUGUESA
- Passiva: quando o sujeito é paciente, recebendo a ação Curiosidade: A palavra passivo possui a mesma raiz latina
expressa pelo verbo. Por exemplo: de paixão (latim passio, passionis) e ambas se relacionam com o
O trabalho foi feito por ele. significado sofrimento, padecimento. Daí vem o significado de voz
sujeito paciente ação agente da passiva passiva como sendo a voz que expressa a ação sofrida pelo sujeito.
Na voz passiva temos dois elementos que nem sempre aparecem:
- Reflexiva: quando o sujeito é ao mesmo tempo agente e SUJEITO PACIENTE e AGENTE DA PASSIVA.
paciente, isto é, pratica e recebe a ação. Por exemplo:
O menino feriu-se. Conversão da Voz Ativa na Voz Passiva

Obs.: não confundir o emprego reflexivo do verbo com a noção Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar
de reciprocidade: Os lutadores feriram-se. (um ao outro) substancialmente o sentido da frase.

Formação da Voz Passiva Gutenberg inventou a imprensa (Voz Ativa)


Sujeito da Ativa objeto Direto
A voz passiva pode ser formada por dois processos: analítico
e sintético. A imprensa foi inventada por Gutenberg (Voz Passiva)
Sujeito da Passiva Agente da Passiva
1- Voz Passiva Analítica
Observe que o objeto direto será o sujeito da passiva, o sujeito
Constrói-se da seguinte maneira: Verbo SER + particípio do da ativa passará a agente da passiva e o verbo ativo assumirá a
verbo principal. Por exemplo: forma passiva, conservando o mesmo tempo. Observe mais
A escola será pintada. exemplos:
O trabalho é feito por ele.
- Os mestres têm constantemente aconselhado os alunos.
Obs.: o agente da passiva geralmente é acompanhado da Os alunos têm sido constantemente aconselhados pelos
preposição por, mas pode ocorrer a construção com a preposição mestres.
de. Por exemplo: A casa ficou cercada de soldados.
- Pode acontecer ainda que o agente da passiva não esteja - Eu o acompanharei.
explícito na frase: A exposição será aberta amanhã. Ele será acompanhado por mim.
- A variação temporal é indicada pelo verbo auxiliar (SER),
Obs.: quando o sujeito da voz ativa for indeterminado,
pois o particípio é invariável. Observe a transformação das frases
não haverá complemento agente na passiva. Por exemplo:
seguintes:
Prejudicaram-me. / Fui prejudicado.
a) Ele fez o trabalho. (pretérito perfeito do indicativo)
O trabalho foi feito por ele. (pretérito perfeito do indicativo)
Saiba que:
- Aos verbos que não são ativos nem passivos ou reflexivos,
b) Ele faz o trabalho. (presente do indicativo)
são chamados neutros.
O trabalho é feito por ele. (presente do indicativo)
O vinho é bom.
c) Ele fará o trabalho. (futuro do presente) Aqui chove muito.
O trabalho será feito por ele. (futuro do presente)
- Há formas passivas com sentido ativo:
- Nas frases com locuções verbais, o verbo SER assume o É chegada a hora. (= Chegou a hora.)
mesmo tempo e modo do verbo principal da voz ativa. Observe a Eu ainda não era nascido. (= Eu ainda não tinha nascido.)
transformação da frase seguinte: És um homem lido e viajado. (= que leu e viajou)
O vento ia levando as folhas. (gerúndio)
As folhas iam sendo levadas pelo vento. (gerúndio) - Inversamente, usamos formas ativas com sentido passivo:
Há coisas difíceis de entender. (= serem entendidas)
Obs.: é menos frequente a construção da voz passiva analítica Mandou-o lançar na prisão. (= ser lançado)
com outros verbos que podem eventualmente funcionar como
auxiliares. Por exemplo: A moça ficou marcada pela doença. - Os verbos chamar-se, batizar-se, operar-se (no sentido
cirúrgico) e vacinar-se são considerados passivos, logo o sujeito
2- Voz Passiva Sintética é paciente.
Chamo-me Luís.
A voz passiva sintética ou pronominal constrói-se com o verbo Batizei-me na Igreja do Carmo.
na 3ª pessoa, seguido do pronome apassivador SE. Por exemplo: Operou-se de hérnia.
Abriram-se as inscrições para o concurso. Vacinaram-se contra a gripe.
Destruiu-se o velho prédio da escola.
Obs.: o agente não costuma vir expresso na voz passiva Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf54.
sintética. php

Didatismo e Conhecimento 74
LÍNGUA PORTUGUESA
Questões sobre Vozes dos Verbos A transposição para a voz passiva da oração grifada acima
teria, de acordo com a norma culta, como forma verbal resultante:
01. (TRE/AL – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2010) A (A) ameaçavam.
frase que admite transposição para a voz passiva é: (B) foram ameaçadas.
(A) O cúmulo da ilusão é também o cúmulo do sagrado. (C) ameaçarem.
(B) O conceito de espetáculo unifica e explica uma grande (D) estiver sendo ameaçada.
diversidade de fenômenos. (E) forem ameaçados.
(C) O espetáculo é ao mesmo tempo parte da sociedade, a
própria sociedade e seu instrumento de unificação. 07. (INFRAERO – ENGENHEIRO SANITARISTA –
(D) As imagens fluem desligadas de cada aspecto da vida (...). FCC/2011) Transpondo-se para a voz passiva a frase Um figurante
(E) Por ser algo separado, ele é o foco do olhar iludido e da pode obscurecer a atuação de um protagonista, a forma verbal
falsa consciência. obtida será:
(A) pode ser obscurecido.
02. (TRE/RS – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2010) ... a (B) obscurecerá.
Coreia do Norte interrompeu comunicações com o vizinho ... (C) pode ter obscurecido.
Transpondo a frase acima para a voz passiva, a forma verbal (D) pode ser obscurecida.
corretamente obtida é: (E) será obscurecida.
a) tinha interrompido.
b) foram interrompidas. 08.(GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO –
c) fora interrompido. PROCON – ADVOGADO – CEPERJ/2012) “todos que são
d) haviam sido interrompidas. impactados pelas mídias de massa”
O fragmento transcrito acima apresenta uma construção na voz
e) haveriam de ser interrompidas.
passiva do verbo. Outro exemplo de voz passiva encontra-se em:
A) “As crianças brasileiras influenciam 80% das decisões de
03. (FCC-TRE-Analista Judiciário – 2011) Transpondo-se
compra de uma família”
para a voz passiva a frase Hoje a autoria institucional enfrenta
B) “A publicidade na TV é a principal ferramenta do mercado
séria concorrência dos autores anônimos, obter-se-á a seguinte
para a persuasão do público infantil”
forma verbal:
C) “evidenciaram outros fatores que influenciam as crianças
(A) são enfrentados. brasileiras nas práticas de consumo.”
(B) tem enfrentado. D) “Elas são assediadas pelo mercado”
(C) tem sido enfrentada. E) “valores distorcidos são de fato um problema de ordem
(D) têm sido enfrentados. ética”
(E) é enfrentada.
09. (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO – CASA
04. (TRF - 5ª REGIÃO – ANALISTA JUDICIÁRIO – CIVIL – EXECUTIVO PÚBLICO – FCC/2010) Transpondo a
FCC/2012) Para o Brasil, o fundamental é que, ao exercer a frase o diretor estava promovendo seu filme para a voz passiva,
responsabilidade de proteger pela via militar, a comunidade obtém-se corretamente o seguinte segmento:
internacional [...] observe outro preceito ... (A) tinha recebido promoção.
Transpondo-se o segmento grifado acima para a voz passiva, a (B) estaria sendo promovido.
forma verbal resultante será: (C) fizera a promoção.
a) é observado. (D) estava sendo promovido.
b) seja observado. (E) havia sido promovido.
c) ser observado.
d) é observada. 10. -) (MPE/PE – ANALISTA MINISTERIAL – FCC/2012)
e) for observado. Da sede do poder no Brasil holandês, Marcgrave acompanhou
e anotou, sempre sozinho, alguns fenômenos celestes, sobretudo
05. (Analista de Procuradoria – FCC – 2013-adap) Transpondo- eclipses lunares e solares.
-se para a voz passiva a frase O poeta teria aberto um diálogo Ao transpor-se a frase acima para a voz passiva, as formas
entre as duas partes, a forma verbal resultante será: verbais resultantes serão:
A) fora aberto. a) eram anotados e acompanhados.
B) abriria. b) fora anotado e acompanhado.
C) teria sido aberto. c) foram anotados e acompanhados.
D) teriam sido abertas. d) anota-se e acompanha-se.
E) foi aberto. e) foi anotado e acompanhado.

06.(SEE/SP – PROFESSOR EDUCAÇÃO BÁSICA II GABARITO


E PROFESSOR II – LÍNGUA PORTUGUESA - FCC/2011)
...permite que os criadores tomem atitudes quando a proliferação 01. B 02.B 03. E 04.B 05. C
de algas tóxicas ameaça os peixes. 06. E 07. D 08. D 09.D 10.C

Didatismo e Conhecimento 75
LÍNGUA PORTUGUESA
RESOLUÇÃO
TERMOS DA ORAÇÃO: ESSENCIAIS,
1-)
(A) O cúmulo da ilusão é também o cúmulo do sagrado.
INTEGRANTES E ACESSÓRIOS.
(B) O conceito de espetáculo unifica e explica uma grande
diversidade de fenômenos.
- Uma grande diversidade de fenômenos é unificada e explicada
pelo conceito... O princípio é o verbo.
(C) O espetáculo é ao mesmo tempo parte da sociedade, a
própria sociedade e seu instrumento de unificação. Essa é a premissa fundamental da Sintaxe, que é a parte da
(D) As imagens fluem desligadas de cada aspecto da vida (...). gramática que estuda as palavras enquanto elementos de uma
(E) Por ser algo separado, ele é o foco do olhar iludido e da frase, as suas relações de concordância, de subordinação e de
ordem. Significa que, ao se realizar a análise sintática de uma
falsa consciência.
oração, sempre se inicia pelo verbo. É a partir dele que se descobre
qual o sujeito da oração, se há a indicação de qualidade, estado ou
2-) ... a Coreia do Norte interrompeu comunicações com
modo de ser do sujeito, se ele pratica uma ação ou se a sofre, se há
o vizinho = voz ativa com um verbo, então a passiva terá dois: complemento verbal, se há circunstância (adjunto adverbial), etc.
comunicações com o vizinho foram interrompidas pela Coreia... Nem sempre o verbo se apresenta sozinho em uma oração.
Em muitos casos, surgem dois ou mais verbos juntos, para indicar
3-) Hoje a autoria institucional enfrenta séria concorrência dos que se pratica ou se sofre uma ação, ou que o sujeito possui uma
autores anônimos = Séria concorrência é enfrentada pela autoria... qualidade. A essa junção, dá-se o nome de locução verbal. Toda
locução verbal é formada por um verbo auxiliar (ou mais de um) e
4-) a comunidade internacional [...] observe outro preceito = um verbo principal (somente um).
se na voz ativa temos um verbo, na passiva teremos dois: outro O verbo auxiliar é o que se relaciona com o sujeito, por isso
preceito seja observado. concorda com este, ou seja, se o sujeito estiver no singular, o verbo
auxiliar também ficará no singular; se o sujeito estiver no plural,
5-) O poeta teria aberto um diálogo entre as duas partes = Um o verbo auxiliar também ficará no plural. Na Língua Portuguesa
diálogo teria sido aberto... os verbos auxiliares são os seguintes: ser, estar, ter, haver, dever,
poder, ir, dentre outros.
6-) Quando a proliferação ameaça os peixes = voz ativa O verbo principal é o que indica se o sujeito possui uma
Quando os peixes forem ameaçados pela proliferação... = voz qualidade, se ele pratica uma ação ou se a sofre. É o mais
passiva importante da locução. Na Língua Portuguesa, o verbo principal
surge sempre no infinitivo (terminado em –ar, -er, ou –ir), no
7-) Um figurante pode obscurecer a atuação de um protagonista. gerúndio (terminado em –ndo) ou no particípio (terminado em –
Se na voz ativa temos um verbo, na passiva teremos dois; se na ado ou –ido, dentre outras terminações).
ativa temos dois, na passiva teremos três. Então: A atuação de um Veja alguns exemplos de locuções verbais:
protagonista pode ser obscurecida por um figurante.
Os funcionários FORAM CONVOCADOS pelo diretor. (aux.:
8-) SER; princ.: CONVOCAR)
A) “As crianças brasileiras influenciam 80% das decisões de
Os estudantes ESTÃO RESPONDENDO às questões. (aux.:
compra de uma família” = voz ativa
ESTAR; princ.: RESPONDER)
B) “A publicidade na TV é a principal ferramenta do mercado
para a persuasão do público infantil” = ativa (verbo de ligação);
Os trabalhadores TÊM ENFRENTADO muitos problemas.
não dá para passar para a passiva (aux.: TER; princ.: ENFRENTAR)
C) “evidenciaram outros fatores que influenciam as crianças
brasileiras nas práticas de consumo.” = ativa O vereador HAVIA DENUNCIADO seus companheiros.
D) “Elas são assediadas pelo mercado” = voz passiva (aux.: HAVER; princ.: DENUNCIAR)
E) “valores distorcidos são de fato um problema de ordem
ética” = ativa (verbo de ligação); não dá para passar para a passiva Os alunos DEVEM ESTUDAR todos os dias. (aux.: DEVER;
princ.: ESTUDAR)
9-) o diretor estava promovendo seu filme = dois verbos na voz
ativa, três na passiva: seu filme estava sendo produzido. Sujeito:

10-)Marcgrave acompanhou e anotou alguns fenômenos Para se descobrir qual o sujeito do verbo (ou da locução
celestes = voz ativa com um verbo (sem auxiliar!), então na verbal), deve-se perguntar a ele (ou a ela) o seguinte: Que(m) é
passiva teremos dois: alguns fenômenos foram acompanhados e que ..........? A resposta será o sujeito. Por exemplo, analisemos a
anotados por Marcgrave. primeira frase dentre as apresentadas acima:
Os funcionários foram convocados pelo diretor.

Didatismo e Conhecimento 76
LÍNGUA PORTUGUESA
O princípio é o verbo. Procura-se, portanto, o verbo: é a O pior cego é aquele que não quer ver.
locução verbal foram convocados. - - Pergunta-se a ela: Que(m) é O verbo “ver” é, aparentemente, transitivo direto, uma vez que
que foi convocado? se encaixa na frase Quem vê, vê algo. Ocorre, porém, que não há o
- Resposta: Os funcionários. “algo”. O pior cego é aquele que não quer ver o quê? Não aparece
- O sujeito da oração, então, é o seguinte: os funcionários. na oração; não há, portanto, o objeto direto. Como não o há, o
Encontrado o sujeito, parte-se para a análise do verbo: verbo não pode ser transitivo direto, e sim intransitivo.
Se ele indicar que o sujeito possui uma qualidade, um estado Observe, agora, esta frase: Quem dá aos pobres, empresta a
ou um modo de ser, sem praticar ação alguma, será denominado de Deus.
Os verbos “dar” e “emprestar” são, aparentemente, transitivos
VERBO DE LIGAÇÃO. Os verbos de ligação mais comuns são os
diretos e indiretos, uma vez que se encaixam nas frases Quem
seguintes: ser, estar, parecer, ficar, permanecer e continuar. Não
dá, dá algo a alguém e Quem empresta, empresta algo a alguém.
se esqueça, porém, de que só será verbo de ligação o que indicar Ocorre, porém, que não há o “algo”. Quem dá o que aos pobres
qualidade, estado ou modo de ser do sujeito, sem praticar ação empresta o que a Deus? Não aparece na oração; não há, portanto, o
alguma. Observe as seguintes frases: objeto direto. Como não o há, os verbos não podem ser transitivos
O político continuou seu discurso mesmo com todas as vaias diretos e indiretos, e sim somente transitivos indiretos.
recebidas.
Continuar, nesta frase, não é de ligação já que não indica FONTE: http://www.gramaticaonline.com.br/texto/1231
qualidade do sujeito, e sim ação.
Questões sobre Análise Sintática
A professora estava na sala de aula.
Estar, nesta frase, não é de ligação já que não indica qualidade 01. (Agente de Apoio Administrativo – FCC – 2013). Os
do sujeito, e sim fato. trabalhadores passaram mais tempo na escola...
O segmento grifado acima possui a mesma função sintática
A garota estava muito alegre. que o destacado em:
Estar é verbo de ligação porque indica qualidade do sujeito. A) ...o que reduz a média de ganho da categoria.
B) ...houve mais ofertas de trabalhadores dessa classe.
C) O crescimento da escolaridade também foi impulsionado...
Se o verbo indicar que o sujeito pratica uma ação, ou que
D) ...elevando a fatia dos brasileiros com ensino médio...
participa ativamente de um fato, será denominado de VERBO E)...impulsionado peloaumentodonúmerodeuniversidades...
INTRANSITIVO ou VERBO TRANSITIVO, de acordo com o
seguinte: 02.(Agente de Defensoria Pública – FCC – 2013). Donos de
uma capacidade de orientação nas brenhas selvagens [...], sabiam
- Quem ............ , ................. : Todo verbo que se encaixar nessa os paulistas como...
frase será INTRANSITIVO. Por exemplo, o verbo correr: Quem O segmento em destaque na frase acima exerce a mesma
corre, corre. função sintática que o elemento grifado em:
A) Nas expedições breves serviam de balizas ou mostradores
- Quem ............ , ................. algo/alguém: Todo verbo que se para a volta.
encaixar nessa frase será TRANSITIVO DIRETO. Por exemplo, B) Às estreitas veredas e atalhos [...], nada acrescentariam
o verbo comer: Quem come, come algo; ou o verbo amar: Quem aqueles de considerável...
ama, ama alguém. C) Só a um olhar muito exercitado seria perceptível o sinal.
D) Uma sequência de tais galhos, em qualquer floresta, podia
- Quem ............ , ................. + prep. + algo/alguém: Todo significar uma pista.
verbo que se encaixar nessa frase será TRANSITIVO INDIRETO. E) Alguns mapas e textos do século XVII apresentam-nos a
vila de São Paulo como centro...
Por exemplo, o verbo gostar: Quem gosta, gosta de algo ou de
alguém. As preposições mais comuns são as seguintes: a, de, em,
03. Há complemento nominal em:
por, para, sem e com. A)Você devia vir cá fora receber o beijo da madrugada.
B)... embora fosse quase certa a sua possibilidade de ganhar
- Quem ............ , ................. algo/alguém + prep. + a vida.
algo/alguém: Todo verbo que se encaixar nessa frase será C)Ela estava na janela do edifício.
TRANSITIVO DIRETO E INDIRETO - também denominado de D)... sem saber ao certo se gostávamos dele.
BITRANSITIVO. Por exemplo, o verbo mostrar: Quem mostra, E)Pouco depois começaram a brincar de bandido e mocinho
mostra algo a alguém; ou o verbo informar: Quem informa, de cinema.
informa alguém de algo ou Quem informa, informa algo a alguém.
04. (ESPM-SP) Em “esta lhe deu cem mil contos”, o termo
É importante salientar que um verbo só será TRANSITIVO se destacado é:
houver complemento (objeto direto ou objeto indireto). A análise A) pronome possessivo
de um verbo depende, portanto, do ambiente sintático em que ele B) complemento nominal
se encontra. Um verbo que aparentemente seja transitivo direto C) objeto indireto
pode ser, na realidade, intransitivo, caso não haja complemento. D) adjunto adnominal
Por exemplo, observe a seguinte frase: E) objeto direto

Didatismo e Conhecimento 77
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05. Assinale a alternativa correta e identifique o sujeito das C)na janela do edifício. = adjunto adnominal
seguintes orações em relação aos verbos destacados: D)... sem saber ao certo se gostávamos dele. = objeto indireto
- Amanhã teremos uma palestra sobre qualidade de vida. E) a brincar de bandido e mocinho de cinema = objeto indireto
- Neste ano, quero prestar serviço voluntário.
4-) esta lhe deu cem mil contos = o verbo DAR é bitransitivo,
A)Tu – vós B)Nós – eu C)Vós – nós D) Ele - tu ou seja, transitivo direto e indireto, portanto precisa de dois
complementos – dois objetos: direto e indireto.
06. Classifique o sujeito das orações destacadas no texto Deu o quê? = cem mil contos (direto)
seguinte e, a seguir, assinale a sequência correta.
Deu a quem? lhe (=a ele, a ela) = indireto
É notável, nos textos épicos, a participação do sobrenatural.
É frequente a mistura de assuntos relativos ao nacionalismo
5-) - Amanhã ( nós ) teremos uma palestra sobre qualidade de
com o caráter maravilhoso. Nas epopeias, os deuses tomam
partido e interferem nas aventuras dos heróis, ajudando-os ou vida.
atrapalhando- -os. - Neste ano, ( eu ) quero prestar serviço voluntário.
A)simples, composto
B)indeterminado, composto 6-) É notável, nos textos épicos, a participação do sobrenatural.
C)simples, simples É frequente a mistura de assuntos relativos ao nacionalismo com
D) oculto, indeterminado o caráter maravilhoso. Nas epopeias, os deuses tomam partido e
interferem nas aventuras dos heróis, ajudando-os ou atrapalhando-
07. (ESPM-SP) “Surgiram fotógrafos e repórteres”. os.
Identifique a alternativa que classifica corretamente a função Ambos os termos apresentam sujeito simples
sintática e a classe morfológica dos termos destacados:
A) objeto indireto – substantivo 7-) Surgiram fotógrafos e repórteres.
B) objeto direto - substantivo O sujeito está deslocado, colocado na ordem indireta (final
C) sujeito – adjetivo da oração). Portanto: função sintática: sujeito (composto); classe
D) objeto direto – adjetivo morfológica (classe de palavras): substantivos.
E) sujeito - substantivo
Períodos Compostos
GABARITO
O período composto caracteriza-se por possuir mais de uma
01. C 02. D 03. B 04. C 05. B 06. C 07. E
oração em sua composição. Sendo Assim:
RESOLUÇÃO - Eu irei à praia. (Período Simples = um verbo, uma oração)
- Estou comprando um protetor solar, depois irei à praia.
1-) Os trabalhadores passaram mais tempo na escola (Período Composto =locução verbal, verbo, duas orações)
= SUJEITO - Já me decidi: só irei à praia, se antes eu comprar um protetor
A) ...o que reduz a média de ganho da categoria. = objeto direto solar. (Período Composto = três verbos, três orações).
B) ...houve mais ofertas de trabalhadores dessa classe. = objeto Cada verbo ou locução verbal sublinhada acima corresponde
direto a uma oração. Isso implica que o primeiro exemplo é um período
C) O crescimento da escolaridade também foi impulsionado... simples, pois tem apenas uma oração, os dois outros exemplos são
= sujeito paciente períodos compostos, pois têm mais de uma oração.
D) ...elevando a fatia dos brasileiros com ensino médio... = Há dois tipos de relações que podem se estabelecer entre as
objeto direto orações de um período composto: uma relação de coordenação ou
E) ...impulsionado pelo aumento do número de universidades... uma relação de subordinação.
= agente da passiva Duas orações são coordenadas quando estão juntas em um
mesmo período (ou seja, em um mesmo bloco de informações,
2-) Donos de uma capacidade de orientação nas brenhas
marcado pela pontuação final), mas têm, ambas, estruturas
selvagens [...], sabiam os paulistas como... = SUJEITO
individuais, como é o exemplo de:
A) Nas expedições breves = ADJUNTO ADVERBIAL
- Estou comprando um protetor solar, depois irei à praia.
B) nada acrescentariam aqueles de considerável...= adjunto
adverbial (Período Composto)
C) seria perceptível o sinal. = predicativo Podemos dizer:
D) Uma sequência de tais galhos = sujeito 1. Estou comprando um protetor solar.
E) apresentam-nos a vila de São Paulo como = objeto direto 2. Irei à praia.
Separando as duas, vemos que elas são independentes.
3-) É esse tipo de período que veremos: o Período Composto por
A) o beijo da madrugada. = adjunto adnominal Coordenação.
B)a sua possibilidade de ganhar a vida. = complemento Quanto à classificação das orações coordenadas, temos dois
nominal (possibilidade de quê?) tipos: Coordenadas Assindéticas e Coordenadas Sindéticas.

Didatismo e Conhecimento 78
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Coordenadas Assindéticas 02. “Estudamos, logo deveremos passar nos exames”. A
oração em destaque é:
São orações coordenadas entre si e que não são ligadas através a) coordenada explicativa b) coordenada adversativa
de nenhum conectivo. Estão apenas justapostas. c) coordenada aditiva d) coordenada conclusiva
e) coordenada assindética
Coordenadas Sindéticas
03. (Agente Educacional – VUNESP – 2013-adap.) Releia o
Ao contrário da anterior, são orações coordenadas entre si, seguinte trecho:
mas que são ligadas através de uma conjunção coordenativa. Esse Joyce e Mozart são ótimos, mas eles, como quase toda a cultura
caráter vai trazer para esse tipo de oração uma classificação. As humanística, têm pouca relevância para nossa vida prática.
orações coordenadas sindéticas são classificadas em cinco tipos: Sem que haja alteração de sentido, e de acordo com a norma-
aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas. -padrão da língua portuguesa, ao se substituir o termo em destaque,
o trecho estará corretamente reescrito em:
Orações Coordenadas Sindéticas Aditivas: suas principais
A) Joyce e Mozart são ótimos, portanto eles, como quase toda a
conjunções são: e, nem, não só... mas também, não só... como,
cultura humanística, têm pouca relevância para nossa vida prática.
assim... como.
- Não só cantei como também dancei. B) Joyce e Mozart são ótimos, conforme eles, como quase
- Nem comprei o protetor solar, nem fui à praia. toda a cultura humanística, têm pouca relevância para nossa vida
- Comprei o protetor solar e fui à praia. prática.
C) Joyce e Mozart são ótimos, assim eles, como quase toda a
Orações Coordenadas Sindéticas Adversativas: suas cultura humanística, têm pouca relevância para nossa vida prática.
principais conjunções são: mas, contudo, todavia, entretanto, D) Joyce e Mozart são ótimos, todavia eles, como quase toda a
porém, no entanto, ainda, assim, senão. cultura humanística, têm pouca relevância para nossa vida prática.
- Fiquei muito cansada, contudo me diverti bastante. E) Joyce e Mozart são ótimos, pois eles, como quase toda a
- Ainda que a noite acabasse, nós continuaríamos dançando. cultura humanística, têm pouca relevância para nossa vida prática.
- Não comprei o protetor solar, mas mesmo assim fui à praia.
04. (Analista Administrativo – VUNESP – 2013-adap.)
Orações Coordenadas Sindéticas Alternativas: suas principais Em – ...fruto não só do novo acesso da população ao automóvel
conjunções são: ou... ou; ora...ora; quer...quer; seja...seja. mas também da necessidade de maior número de viagens... –, os
- Ou uso o protetor solar, ou uso o óleo bronzeador. termos em destaque estabelecem relação de
- Ora sei que carreira seguir, ora penso em várias carreiras A) explicação.
diferentes. B) oposição.
- Quer eu durma quer eu fique acordado, ficarei no quarto. C) alternância.
D) conclusão.
Orações Coordenadas Sindéticas Conclusivas: suas principais E) adição.
conjunções são: logo, portanto, por fim, por conseguinte,
consequentemente, pois (posposto ao verbo) 05. Analise a oração destacada: Não se desespere, que
- Passei no vestibular, portanto irei comemorar. estaremos a seu lado sempre.
- Conclui o meu projeto, logo posso descansar. Marque a opção correta quanto à sua classificação:
- Tomou muito sol, consequentemente ficou adoentada. A) Coordenada sindética aditiva.
- A situação é delicada; devemos, pois, agir B) Coordenada sindética alternativa.
C) Coordenada sindética conclusiva.
Orações Coordenadas Sindéticas Explicativas: suas principais
D) Coordenada sindética explicativa.
conjunções são: isto é, ou seja, a saber, na verdade, pois (anteposto
ao verbo).
06. A frase abaixo em que o conectivo E tem valor adversativo
- Só passei na prova porque me esforcei por muito tempo.
- Só fiquei triste por você não ter viajado comigo. é:
- Não fui à praia, pois queria descansar durante o Domingo. A) “O gesto é fácil E não ajuda em nada”.
B )“O que vemos na esquina E nos sinais de trânsito...”.
Fonte: http://www.infoescola.com/portugues/oracoes- C) “..adultos submetem crianças E adolescentes à tarefa de
coordenadas-assindeticas-e-sindeticas/ pedir esmola”.
D) “Quem dá esmola nas ruas contribui para a manutenção da
Questões sobre Orações Coordenadas miséria E prejudica o desenvolvimento da sociedade”.
E) “A vida dessas pessoas é marcada pela falta de dinheiro, de
01. A oração “Não se verificou, todavia, uma transplantação moradia digna, emprego, segurança, lazer, cultura, acesso à saúde
integral de gosto e de estilo” tem valor: E à educação”.
A) conclusivo
B) adversativo 07. Assinale a alternativa em que o sentido da conjunção
C) concessivo sublinhada está corretamente indicado entre parênteses.
D) explicativo A) Meu primo formou-se em Direito, porém não pretende
E) alternativo trabalhar como advogado. (explicação)

Didatismo e Conhecimento 79
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B) Não fui ao cinema nem assisti ao jogo. (adição) E) Joyce e Mozart são ótimos, pois eles, como quase toda a
C) Você está preparado para a prova; por isso, não se preocupe. cultura humanística, têm pouca relevância para nossa vida prática.
(oposição) = explicativa
D) Vá dormir mais cedo, pois o vestibular será amanhã.
(alternância) Dica: conjunção pois como explicativa = dá para eu substituir
E) Os meninos deviam correr para casa ou apanhariam toda a por porque; como conclusiva: substituo por portanto.
chuva. (conclusão)
4-) fruto não só do novo acesso da população ao automóvel
mas também da necessidade de maior número de viagens...
08. Analise sintaticamente as duas orações destacadas estabelecem relação de adição de ideias, de fatos
no texto “O assaltante pulou o muro, mas não penetrou na
casa, nem assustou seus habitantes.” A seguir, classifique-as, 5-) Não se desespere, que estaremos a seu lado sempre.
respectivamente, como coordenadas:
= conjunção explicativa (= porque) - coordenada sindética
A) adversativa e aditiva.
explicativa
B) explicativa e aditiva.
C) adversativa e alternativa.
D) aditiva e alternativa. 6-)
A) “O gesto é fácil E não ajuda em nada”. = mas não ajuda
09. Um livro de receita é um bom presente porque ajuda as (ideia contrária)
pessoas que não sabem cozinhar. A palavra “porque” pode ser B )“O que vemos na esquina E nos sinais de trânsito...”. =
substituída, sem alteração de sentido, por adição
A) entretanto. C) “..adultos submetem crianças E adolescentes à tarefa de
B) então. pedir esmola”. = adição
C) assim. D) “Quem dá esmola nas ruas contribui para a manutenção da
D) pois. miséria E prejudica o desenvolvimento da sociedade”. = adição
E) porém. E) “A vida dessas pessoas é marcada pela falta de dinheiro, de
moradia digna, emprego, segurança, lazer, cultura, acesso à saúde
10- Na oração “Pedro não joga E NEM ASSISTE”, temos a E à educação”. = adição
presença de uma oração coordenada que pode ser classificada em:
A) Coordenada assindética; 7-)
B) Coordenada assindética aditiva; A) Meu primo formou-se em Direito, porém não pretende
C) Coordenada sindética alternativa; trabalhar como advogado. = adversativa
D) Coordenada sindética aditiva. C) Você está preparado para a prova; por isso, não se preocupe.
= conclusão
GABARITO D) Vá dormir mais cedo, pois o vestibular será amanhã.
= explicativa
01. B 02. E 03. D 04. E 05. D E) Os meninos deviam correr para casa ou apanhariam toda a
06. A 07. B 08. A 09. D 10. D chuva. = alternativa

RESOLUÇÃO 8-) - mas não penetrou na casa = conjunção adversativa


- nem assustou seus habitantes = conjunção aditiva
1-) “Não se verificou, todavia, uma transplantação integral
de gosto e de estilo” = conjunção adversativa, portanto: oração
9-) Um livro de receita é um bom presente porque ajuda as
coordenada sindética adversativa
pessoas que não sabem cozinhar.
= conjunção explicativa: pois
2-) Estudamos, logo deveremos passar nos exames = a oração
em destaque não é introduzida por conjunção, então: coordenada
assindética 10-) E NEM ASSISTE= conjunção aditiva (ideia de adição,
3-) Joyce e Mozart são ótimos, mas eles... = conjunção (e soma de fatos) = Coordenada sindética aditiva.
ideia) adversativa
A) Joyce e Mozart são ótimos, portanto eles, como quase
toda a cultura humanística, têm pouca relevância para nossa vida Observe o exemplo abaixo de Vinícius de Moraes:
prática. = conclusiva
B) Joyce e Mozart são ótimos, conforme eles, como quase “Eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto.”
toda a cultura humanística, têm pouca relevância para nossa vida Oração Principal Oração Subordinada
prática. = conformativa
C) Joyce e Mozart são ótimos, assim eles, como quase toda a Observe que na oração subordinada temos o verbo “existe”,
cultura humanística, têm pouca relevância para nossa vida prática. que está conjugado na terceira pessoa do singular do presente
= conclusiva do indicativo. As orações subordinadas que apresentam verbo

Didatismo e Conhecimento 80
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em qualquer dos tempos finitos (tempos do modo do indicativo, Dessa forma, a oração correspondente a “isso” exercerá a
subjuntivo e imperativo), são chamadas de orações desenvolvidas função de sujeito
ou explícitas. Podemos modificar o período acima. Veja: Veja algumas estruturas típicas que ocorrem na oração
principal:
Eu sinto existir em meu gesto o teu gesto. 1- Verbos de ligação + predicativo, em construções do tipo:
Oração Principal Oração Subordinada É bom - É útil - É conveniente - É certo - Parece certo - É claro -
Está evidente - Está comprovado
A análise das orações continua sendo a mesma: “Eu sinto” É bom que você compareça à minha festa.
é a oração principal, cujo objeto direto é a oração subordinada
“existir em meu gesto o teu gesto”. Note que a oração subordinada
2- Expressões na voz passiva, como: Sabe-se - Soube-se -
apresenta agora verbo no infinitivo. Além disso, a conjunção
Conta-se - Diz-se - Comenta-se - É sabido - Foi anunciado - Ficou
“que”, conectivo que unia as duas orações, desapareceu. As
orações subordinadas cujo verbo surge numa das formas nominais provado
(infinitivo - flexionado ou não -, gerúndio ou particípio) chamamos Sabe-se que Aline não gosta de Pedro.
orações reduzidas ou implícitas.
3- Verbos como: convir - cumprir - constar - admirar -
Obs.: as orações reduzidas não são introduzidas por conjunções importar - ocorrer - acontecer
nem pronomes relativos. Podem ser, eventualmente, introduzidas Convém que não se atrase na entrevista.
por preposição. Obs.: quando a oração subordinada substantiva é subjetiva, o
verbo da oração principal está sempre na 3ª. pessoa do singular.
1) ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS
b) Objetiva Direta
A oração subordinada substantiva tem valor de substantivo e A oração subordinada substantiva objetiva direta exerce função
vem introduzida, geralmente, por conjunção integrante (que, se). de objeto direto do verbo da oração principal.
Todos querem sua aprovação no concurso.
Suponho que você foi à biblioteca hoje. Objeto Direto
Oração Subordinada Substantiva
Todos querem que você seja aprovado. (= Todos querem
Você sabe se o presidente já chegou?
Oração Subordinada Substantiva isso)
Oração Principal oração Subordinada Substantiva Objetiva
Os pronomes interrogativos (que, quem, qual) também Direta
introduzem as orações subordinadas substantivas, bem como os As orações subordinadas substantivas objetivas diretas
advérbios interrogativos (por que, quando, onde, como). Veja os desenvolvidas são iniciadas por:
exemplos: - Conjunções integrantes “que” (às vezes elíptica) e “se”:
A professora verificou se todos alunos estavam presentes.
O garoto perguntou qual era o telefone da moça.
Oração Subordinada Substantiva - Pronomes indefinidos que, quem, qual, quanto (às vezes
regidos de preposição), nas interrogações indiretas:
Não sabemos por que a vizinha se mudou. O pessoal queria saber quem era o dono do carro importado.
Oração Subordinada Substantiva
- Advérbios como, quando, onde, por que, quão (às vezes
Classificação das Orações Subordinadas Substantivas regidos de preposição), nas interrogações indiretas:
Eu não sei por que ela fez isso.
De acordo com a função que exerce no período, a oração
subordinada substantiva pode ser:
c) Objetiva Indireta
a) Subjetiva A oração subordinada substantiva objetiva indireta atua como
É subjetiva quando exerce a função sintática de sujeito do objeto indireto do verbo da oração principal. Vem precedida de
verbo da oração principal. Observe: preposição.

É fundamental o seu comparecimento à reunião. Meu pai insiste em meu estudo.


Sujeito Objeto Indireto

É fundamental que você compareça à reunião. Meu pai insiste em que eu estude. (= Meu pai insiste nisso)
Oração Principal Oração Subordinada Substantiva Subjetiva Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta

Atenção: Observe que a oração subordinada substantiva pode Obs.: em alguns casos, a preposição pode estar elíptica na
ser substituída pelo pronome “ isso”. Assim, temos um período oração.
simples: Marta não gosta (de) que a chamem de senhora.
É fundamental isso. ou Isso é fundamental. Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta

Didatismo e Conhecimento 81
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d) Completiva Nominal Perceba que a conexão entre a oração subordinada adjetiva e
A oração subordinada substantiva completiva nominal o termo da oração principal que ela modifica é feita pelo pronome
completa um nome que pertence à oração principal e também vem relativo “que”. Além de conectar (ou relacionar) duas orações,
marcada por preposição. o pronome relativo desempenha uma função sintática na oração
Sentimos orgulho de seu comportamento. subordinada: ocupa o papel que seria exercido pelo termo que o
Complemento Nominal antecede.
Obs.: para que dois períodos se unam num período composto,
de que você se comportou. (= Sentimos altera-se o modo verbal da segunda oração.
orgulho disso.)
Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal Atenção: Vale lembrar um recurso didático para reconhecer
o pronome relativo “que”: ele sempre pode ser substituído por: o
Lembre-se: as orações subordinadas substantivas objetivas qual - a qual - os quais - as quais
indiretas integram o sentido de um verbo, enquanto que orações Refiro-me ao aluno que é estudioso.
subordinadas substantivas completivas nominais integram o Essa oração é equivalente a:
sentido de um nome. Para distinguir uma da outra, é necessário Refiro-me ao aluno o qual estuda.
levar em conta o termo complementado. Essa é, aliás, a diferença
entre o objeto indireto e o complemento nominal: o primeiro Forma das Orações Subordinadas Adjetivas
complementa um verbo, o segundo, um nome.
e) Predicativa Quando são introduzidas por um pronome relativo e
A oração subordinada substantiva predicativa exerce papel de apresentam verbo no modo indicativo ou subjuntivo, as orações
predicativo do sujeito do verbo da oração principal e vem sempre subordinadas adjetivas são chamadas desenvolvidas. Além delas,
depois do verbo ser. existem as orações subordinadas adjetivas reduzidas, que não
Nosso desejo era sua desistência. são introduzidas por pronome relativo (podem ser introduzidas
Predicativo do Sujeito por preposição) e apresentam o verbo numa das formas nominais
(infinitivo, gerúndio ou particípio).
Nosso desejo era que ele desistisse. (= Nosso desejo era Ele foi o primeiro aluno que se apresentou.
isso) Ele foi o primeiro aluno a se apresentar.
Oração Subordinada Substantiva Predicativa
No primeiro período, há uma oração subordinada adjetiva
Obs.: em certos casos, usa-se a preposição expletiva “de” para desenvolvida, já que é introduzida pelo pronome relativo “que”
realce. Veja o exemplo: A impressão é de que não fui bem na prova. e apresenta verbo conjugado no pretérito perfeito do indicativo.
No segundo, há uma oração subordinada adjetiva reduzida de
f) Apositiva infinitivo: não há pronome relativo e seu verbo está no infinitivo.
A oração subordinada substantiva apositiva exerce função de
aposto de algum termo da oração principal. Classificação das Orações Subordinadas Adjetivas
Fernanda tinha um grande sonho: a chegada do dia de seu
casamento. Aposto Na relação que estabelecem com o termo que caracterizam,
(Fernanda tinha um grande sonho: isso.) as orações subordinadas adjetivas podem atuar de duas maneiras
diferentes. Há aquelas que restringem ou especificam o sentido do
Fernanda tinha um grande sonho: que o dia do seu casamento termo a que se referem, individualizando-o. Nessas orações não
chegasse. há marcação de pausa, sendo chamadas subordinadas adjetivas
Oração Subordinada Substantiva Apositiva restritivas. Existem também orações que realçam um detalhe
ou amplificam dados sobre o antecedente, que já se encontra
2) ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS suficientemente definido, as quais denominam-se subordinadas
adjetivas explicativas.
Uma oração subordinada adjetiva é aquela que possui valor Exemplo 1:
e função de adjetivo, ou seja, que a ele equivale. As orações vêm Jamais teria chegado aqui, não fosse a gentileza de um homem
introduzidas por pronome relativo e exercem a função de adjunto que passava naquele momento.
adnominal do antecedente. Observe o exemplo: Oração Subordinada Adjetiva Restritiva

Esta foi uma redação bem-sucedida. Nesse período, observe que a oração em destaque restringe e
Substantivo Adjetivo (Adjunto Adnominal) particulariza o sentido da palavra “homem”: trata-se de um homem
específico, único. A oração limita o universo de homens, isto é, não
Note que o substantivo redação foi caracterizado pelo adjetivo se refere a todos os homens, mas sim àquele que estava passando
bem-sucedida. Nesse caso, é possível formarmos outra construção, naquele momento.
a qual exerce exatamente o mesmo papel. Veja: Exemplo 2:
O homem, que se considera racional, muitas vezes age
Esta foi uma redação que fez sucesso. animalescamente.
Oração Principal Oração Subordinada Adjetiva Oração Subordinada Adjetiva Explicativa

Didatismo e Conhecimento 82
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Nesse período, a oração em destaque não tem sentido restritivo Principal conjunção subordinativa causal: PORQUE
em relação à palavra “homem”; na verdade, essa oração apenas Outras conjunções e locuções causais: como (sempre
explicita uma ideia que já sabemos estar contida no conceito de introduzido na oração anteposta à oração principal), pois, pois
“homem”. que, já que, uma vez que, visto que.
Saiba que: As ruas ficaram alagadas porque a chuva foi muito forte.
A oração subordinada adjetiva explicativa é separada da Como ninguém se interessou pelo projeto, não houve
oração principal por uma pausa, que, na escrita, é representada alternativa a não ser cancelá-lo.
pela vírgula. É comum, por isso, que a pontuação seja indicada Já que você não vai, eu também não vou.
como forma de diferenciar as orações explicativas das restritivas;
de fato, as explicativas vêm sempre isoladas por vírgulas; as b) Consequência
restritivas, não. As orações subordinadas adverbiais consecutivas exprimem
um fato que é consequência, que é efeito do que se declara na
3) ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS oração principal. São introduzidas pelas conjunções e locuções:
que, de forma que, de sorte que, tanto que, etc., e pelas estruturas
Uma oração subordinada adverbial é aquela que exerce a tão...que, tanto...que, tamanho...que.
função de adjunto adverbial do verbo da oração principal. Dessa Principal conjunção subordinativa consecutiva: QUE
forma, pode exprimir circunstância de tempo, modo, fim, causa, (precedido de tal, tanto, tão, tamanho)
condição, hipótese, etc. Quando desenvolvida, vem introduzida É feio que dói. (É tão feio que, em consequência, causa dor.)
por uma das conjunções subordinativas (com exclusão das Nunca abandonou seus ideais, de sorte que acabou
integrantes). Classifica-se de acordo com a conjunção ou locução concretizando-os.
conjuntiva que a introduz. Não consigo ver televisão sem bocejar. (Oração Reduzida de
Durante a madrugada, eu olhei você dormindo. Infinitivo)
Oração Subordinada Adverbial
c) Condição
Condição é aquilo que se impõe como necessário para a
Observe que a oração em destaque agrega uma circunstância realização ou não de um fato. As orações subordinadas adverbiais
de tempo. É, portanto, chamada de oração subordinada adverbial condicionais exprimem o que deve ou não ocorrer para que se
temporal. Os adjuntos adverbiais são termos acessórios que realize ou deixe de se realizar o fato expresso na oração principal.
indicam uma circunstância referente, via de regra, a um verbo. A Principal conjunção subordinativa condicional: SE
classificação do adjunto adverbial depende da exata compreensão Outras conjunções condicionais: caso, contanto que, desde
da circunstância que exprime. Observe os exemplos abaixo: que, salvo se, exceto se, a não ser que, a menos que, sem que, uma
Naquele momento, senti uma das maiores emoções de minha vez que (seguida de verbo no subjuntivo).
vida. Se o regulamento do campeonato for bem elaborado,
Quando vi a estátua, senti uma das maiores emoções de minha certamente o melhor time será campeão.
vida. Uma vez que todos aceitem a proposta, assinaremos o contrato.
Caso você se case, convide-me para a festa.
No primeiro período, “naquele momento” é um adjunto
adverbial de tempo, que modifica a forma verbal “senti”. No d) Concessão
segundo período, esse papel é exercido pela oração “Quando vi As orações subordinadas adverbiais concessivas indicam
a estátua”, que é, portanto, uma oração subordinada adverbial concessão às ações do verbo da oração principal, isto é, admitem
temporal. Essa oração é desenvolvida, pois é introduzida por uma uma contradição ou um fato inesperado. A ideia de concessão está
conjunção subordinativa (quando) e apresenta uma forma verbal diretamente ligada ao contraste, à quebra de expectativa.
do modo indicativo (“vi”, do pretérito perfeito do indicativo). Principal conjunção subordinativa concessiva: EMBORA
Seria possível reduzi-la, obtendo-se: Utiliza-se também a conjunção: conquanto e as locuções ainda
Ao ver a estátua, senti uma das maiores emoções de minha que, ainda quando, mesmo que, se bem que, posto que, apesar de
vida. que.
Só irei se ele for.
A oração em destaque é reduzida, pois apresenta uma das
formas nominais do verbo (“ver” no infinitivo) e não é introduzida A oração acima expressa uma condição: o fato de “eu” ir só se
por conjunção subordinativa, mas sim por uma preposição (“a”, realizará caso essa condição seja satisfeita. Compare agora com:
combinada com o artigo “o”). Irei mesmo que ele não vá.
Obs.: a classificação das orações subordinadas adverbiais é
feita do mesmo modo que a classificação dos adjuntos adverbiais. A distinção fica nítida; temos agora uma concessão: irei
Baseia-se na circunstância expressa pela oração. de qualquer maneira, independentemente de sua ida. A oração
destacada é, portanto, subordinada adverbial concessiva. Observe
Circunstâncias Expressas outros exemplos:
pelas Orações Subordinadas Adverbiais Embora fizesse calor, levei agasalho.
a) Causa Conquanto a economia tenha crescido, pelo menos metade da
A ideia de causa está diretamente ligada àquilo que provoca um população continua à margem do mercado de consumo.
determinado fato, ao motivo do que se declara na oração principal. Foi aprovado sem estudar (= sem que estudasse / embora não
“É aquilo ou aquele que determina um acontecimento”. estudasse). (reduzida de infinitivo)

Didatismo e Conhecimento 83
LÍNGUA PORTUGUESA
e) Comparação Quando você foi embora, chegaram outros convidados.
As orações subordinadas adverbiais comparativas estabelecem Sempre que ele vem, ocorrem problemas.
uma comparação com a ação indicada pelo verbo da oração Mal você saiu, ela chegou.
principal. Terminada a festa, todos se retiraram. (= Quando terminou a
Principal conjunção subordinativa comparativa: COMO festa) (Oração Reduzida de Particípio)
Ele dorme como um urso.
Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint29.php
Saiba que: É comum a omissão do verbo nas orações
subordinadas adverbiais comparativas. Por exemplo: Questões sobre Orações Subordinadas
Agem como crianças. (agem)
Oração Subordinada Adverbial Comparativa
01. (Papiloscopista Policial – Vunesp/2013).
No entanto, quando se comparam ações diferentes, isso não
ocorre. Por exemplo: Ela fala mais do que faz. (comparação do Mais denso, menos trânsito
verbo falar e do verbo fazer).
As grandes cidades brasileiras estão congestionadas e em
f) Conformidade
processo de deterioração agudizado pelo crescimento econômico
As orações subordinadas adverbiais conformativas indicam
ideia de conformidade, ou seja, exprimem uma regra, um modelo da última década. Existem deficiências evidentes em infraestrutura,
adotado para a execução do que se declara na oração principal. mas é importante também considerar o planejamento urbano.
Principal conjunção subordinativa conformativa: CONFORME Muitas grandes cidades adotaram uma abordagem de
Outras conjunções conformativas: como, consoante e segundo desconcentração, incentivando a criação de diversos centros
(todas com o mesmo valor de conforme). urbanos, na visão de que isso levaria a uma maior facilidade de
Fiz o bolo conforme ensina a receita. deslocamento.
Consoante reza a Constituição, todos os cidadãos têm direitos Mas o efeito tem sido o inverso. A criação de diversos centros
iguais. e o aumento das distâncias multiplicam o número de viagens,
dificultando o investimento em transporte coletivo e aumentando
g) Finalidade a necessidade do transporte individual.
As orações subordinadas adverbiais finais indicam a intenção, Se olharmos Los Angeles como a região que levou a
a finalidade daquilo que se declara na oração principal. desconcentração ao extremo, ficam claras as consequências. Numa
Principal conjunção subordinativa final: A FIM DE QUE região rica como a Califórnia, com enorme investimento viário,
Outras conjunções finais: que, porque (= para que) e a locução temos engarrafamentos gigantescos que viraram característica da
conjuntiva para que. cidade.
Aproximei-me dela a fim de que ficássemos amigos. Os modelos urbanos bem-sucedidos são aqueles com elevado
Felipe abriu a porta do carro para que sua namorada entrasse. adensamento e predominância do transporte coletivo, como
mostram Manhattan e Tóquio.
h) Proporção O centro histórico de São Paulo é a região da cidade mais
As orações subordinadas adverbiais proporcionais exprimem bem servida de transporte coletivo, com infraestrutura de
ideia de proporção, ou seja, um fato simultâneo ao expresso na telecomunicação, água, eletricidade etc. Como em outras grandes
oração principal. cidades, essa deveria ser a região mais adensada da metrópole.
Principal locução conjuntiva subordinativa proporcional: À Mas não é o caso. Temos, hoje, um esvaziamento gradual do
PROPORÇÃO QUE centro, com deslocamento das atividades para diversas regiões da
Outras locuções conjuntivas proporcionais: à medida que, ao cidade.
passo que. Há ainda as estruturas: quanto maior...(maior), quanto
A visão de adensamento com uso abundante de transporte
maior...(menor), quanto menor...(maior), quanto menor...(menor),
coletivo precisa ser recuperada. Desse modo, será possível
quanto mais...(mais), quanto mais...(menos), quanto menos...
reverter esse processo de uso cada vez mais intenso do transporte
(mais), quanto menos...(menos).
À proporção que estudávamos, acertávamos mais questões. individual, fruto não só do novo acesso da população ao
Visito meus amigos à medida que eles me convidam. automóvel, mas também da necessidade de maior número de
Quanto maior for a altura, maior será o tombo. viagens em função da distância cada vez maior entre os destinos
da população.
i) Tempo (Henrique Meirelles, Folha de S.Paulo, 13.01.2013. Adaptado)
As orações subordinadas adverbiais temporais acrescentam
uma ideia de tempo ao fato expresso na oração principal, As expressões mais denso e menos trânsito, no título, estabelecem
podendo exprimir noções de simultaneidade, anterioridade ou entre si uma relação de
posterioridade. (A) comparação e adição.
Principal conjunção subordinativa temporal: QUANDO (B) causa e consequência.
Outras conjunções subordinativas temporais: enquanto, mal (C) conformidade e negação.
e locuções conjuntivas: assim que, logo que, todas as vezes que, (D) hipótese e concessão.
antes que, depois que, sempre que, desde que, etc. (E) alternância e explicação

Didatismo e Conhecimento 84
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02. (Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária – VUNESP 05. (Analista Administrativo – VUNESP – 2013). Em –
– 2013). No trecho – Tem surtido um efeito positivo por eles Apesar da desconcentração e do aumento da extensão urbana
se tornarem uma referência positiva dentro da unidade, já que verificados no Brasil, é importante desenvolver e adensar ainda
cumprem melhor as regras, respeitam o próximo e pensam melhor mais os diversos centros já existentes... –, sem que tenha seu
nas suas ações, refletem antes de tomar uma atitude. – o termo em sentido alterado, o trecho em destaque está corretamente reescrito
destaque estabelece entre as orações uma relação de em:
A) condição. B) causa. C) comparação. D) tempo. A) Mesmo com a desconcentração e o aumento da Extensão
E) concessão. urbana verificados no Brasil, é importante desenvolver e adensar
03. (UFV-MG) As orações subordinadas substantivas que
ainda mais os diversos centros já existentes...
aparecem nos períodos abaixo são todas subjetivas, exceto:
B) Uma vez que se verifica a desconcentração e o aumento
A) Decidiu-se que o petróleo subiria de preço.
da extensão urbana no Brasil, é importante desenvolver e adensar
B) É muito bom que o homem, vez por outra, reflita sobre sua
vida. ainda mais os diversos centros já existentes...
C) Ignoras quanto custou meu relógio? C) Assim como são verificados a desconcentração e o aumento
D) Perguntou-se ao diretor quando seríamos recebidos. da extensão urbana no Brasil, é importante desenvolver e adensar
E) Convinha-nos que você estivesse presente à reunião ainda mais os diversos centros já existentes...
D) Visto que com a desconcentração e o aumento da extensão
04. (Agente de Vigilância e Recepção – VUNESP – 2013). urbana verificados no Brasil, é importante desenvolver e adensar
Considere a tirinha em que se vê Honi conversando com seu ainda mais os diversos centros já existentes...
Namorado Lute. E) De maneira que, com a desconcentração e o aumento da
extensão urbana verificados no Brasil, é importante desenvolver e
adensar ainda mais os diversos centros já existentes...

06. (Analista Administrativo – VUNESP – 2013). Em – É


fundamental que essa visão de adensamento com uso abundante
de transporte coletivo seja recuperada para que possamos reverter
esse processo de uso… –, a expressão em destaque estabelece
entre as orações relação de
A) consequência.
B) condição.
C) finalidade.
D) causa.
E) concessão.

07. (Analista de Sistemas – VUNESP – 2013 – adap.).


Considere o trecho: “Como as músicas eram de protesto, naquele
mesmo ano foi enquadrado na lei de segurança nacional pela
ditadura militar e exilado.” O termo Como, em destaque na
primeira parte do enunciado, expressa ideia de
A) contraste e tem sentido equivalente a porém.
B) concessão e tem sentido equivalente a mesmo que.
C) conformidade e tem sentido equivalente a conforme.
(Dik Browne, Folha de S. D) causa e tem sentido equivalente a visto que.
Paulo, 26.01.2013) E) finalidade e tem sentido equivalente a para que.
É correto afirmar que a expressão contanto que estabelece
08. (Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças
entre as orações relação de
Públicas – VUNESP – 2013-adap.) No trecho – “Fio, disjuntor,
A) causa, pois Honi quer ter filhos e não deseja trabalhar
tomada, tudo!”, insiste o motorista, com tanto orgulho que chega
depois de casada.
B) comparação, pois o namorado espera ter sucesso como a contaminar-me. –, a construção tanto ... que estabelece entre as
cantor romântico. construções [com tanto orgulho] e [que chega a contaminar-me]
C) tempo, pois ambos ainda são adolescentes, mas já pensam uma relação de
em casamento. A) condição e finalidade.
D) condição, pois Lute sabe que exercendo a profissão de B) conformidade e proporção.
músico provavelmente ganhará pouco. C) finalidade e concessão.
E) finalidade, pois Honi espera que seu futuro marido torne-se D) proporção e comparação.
um artista famoso. E) causa e consequência.

Didatismo e Conhecimento 85
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09. “Os Estados Unidos são considerados hoje um país bem 8-) com tanto orgulho que chega a contaminar-me. – a
mais fechado – embora em doze dias recebam o mesmo número construção estabelece uma relação de causa e consequência. (a
de imigrantes que o Brasil em um ano.” A alternativa que substitui causa da “contaminação” – consequência)
a expressão em negrito, sem prejuízo ao conteúdo, é:
A) já que. 9-) Os Estados Unidos são considerados hoje um país bem
B) todavia. mais fechado – embora em doze dias recebam o mesmo número
C) ainda que. de imigrantes que o Brasil em um ano.” = conjunção concessiva:
D) entretanto. ainda que
E) talvez.
10-) contanto que garantam sua autenticidade. = conjunção
10. (Escrevente TJ SP – Vunesp – 2013) Assinale a alternativa condicional = desde que
que substitui o trecho em destaque na frase – Assinarei o
documento, contanto que garantam sua autenticidade. – sem que
haja prejuízo de sentido.
(A) desde que garantam sua autenticidade.
(B) no entanto garantam sua autenticidade. REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL.
(C) embora garantam sua autenticidade.
(D) portanto garantam sua autenticidade.
(E) a menos que garantam sua autenticidade.
Dá-se o nome de regência à relação de subordinação que ocor-
re entre um verbo (ou um nome) e seus complementos. Ocupa-se em
estabelecer relações entre as palavras, criando frases não ambíguas,
GABARITO que expressem efetivamente o sentido desejado, que sejam corretas e
claras.
01. B 02. B 03. C 04. D 05. A
06. C 07. D 08. E 09. C 10. A Regência Verbal
RESOLUÇÃO Termo Regente: VERBO
1-) maisdensoemenostrânsito= maisdenso, consequentemente, A regência verbal estuda a relação que se estabelece entre os ver-
menos trânsito, então: causa e consequência bos e os termos que os complementam (objetos diretos e objetos indi-
retos) ou caracterizam (adjuntos adverbiais).
2-) já que cumprem melhor as regras = estabelece entre as O estudo da regência verbal permite-nos ampliar nossa capacida-
orações uma relação de causa com a consequência de “tem um de expressiva, pois oferece oportunidade de conhecermos as diversas
efeito positivo”. significações que um verbo pode assumir com a simples mudança ou
3-) Ignoras quanto custou meu relógio? = oração subordinada retirada de uma preposição. Observe:
substantiva objetiva direta A mãe agrada o filho. -> agradar significa acariciar, contentar.
A oração não atende aos requisitos de tais orações, ou seja, não
A mãe agrada ao filho. -> agradar significa “causar agrado ou pra-
se inicia com verbo de ligação, tampouco pelos verbos “convir”,
zer”, satisfazer.
“parecer”, “importar”, “constar” etc., e também não inicia com as
Logo, conclui-se que “agradar alguém” é diferente de “agradar a
conjunções integrantes “que” e “se”.
alguém”.
4-) a expressão contanto que estabelece uma relação de
condição (condicional) Saiba que:
O conhecimento do uso adequado das preposições é um dos aspec-
5-) Apesar da desconcentração e do aumento da extensão tos fundamentais do estudo da regência verbal (e também nominal). As
urbana verificados no Brasil = conjunção concessiva preposições são capazes de modificar completamente o sentido do que
B) Uma vez que se verifica a desconcentração e o aumento da se está sendo dito. Veja os exemplos:
extensão urbana no Brasil, = causal
C) Assim como são verificados a desconcentração e o aumento Cheguei ao metrô.
da extensão urbana no Brasil = comparativa Cheguei no metrô.
D) Visto que com a desconcentração e o aumento da extensão
urbana verificados no Brasil = causal No primeiro caso, o metrô é o lugar a que vou; no segundo caso, é
E) De maneira que, com a desconcentração e o aumento da o meio de transporte por mim utilizado. A oração “Cheguei no metrô”,
extensão urbana verificados no Brasil = consecutivas popularmente usada a fim de indicar o lugar a que se vai, possui, no pa-
drão culto da língua, sentido diferente. Aliás, é muito comum existirem
6-) para que possamos = conjunção final (finalidade) divergências entre a regência coloquial, cotidiana de alguns verbos, e
a regência culta.
7-) “Como as músicas eram de protesto = expressa ideia de Para estudar a regência verbal, agruparemos os verbos de acordo
causa da consequência “foi enquadrado” = causa e tem sentido com sua transitividade. Atransitividade, porém, não é um fato absoluto:
equivalente a visto que. um mesmo verbo pode atuar de diferentes formas em frases distintas.

Didatismo e Conhecimento 86
LÍNGUA PORTUGUESA
Verbos Intransitivos Os verbos transitivos indiretos são os seguintes:
- Consistir - Tem complemento introduzido pela preposição “em”:
Os verbos intransitivos não possuem complemento. É importante, A modernidade verdadeira consiste em direitos iguais para todos.
no entanto, destacar alguns detalhes relativos aos adjuntos adverbiais
que costumam acompanhá-los. - Obedecer e Desobedecer - Possuem seus complementos introdu-
- Chegar, Ir zidos pela preposição “a”:
Normalmente vêm acompanhados de adjuntos adverbiais de lugar. Devemos obedecer aos nossos princípios e ideais.
Na língua culta, as preposições usadas para indicar destino ou direção Eles desobedeceram às leis do trânsito.
são: a, para. - Responder - Tem complemento introduzido pela preposição “a”.
Fui ao teatro. Esse verbo pede objeto indireto para indicar “a quem” ou “ao que” se
Adjunto Adverbial de Lugar responde.
Respondi ao meu patrão.
Ricardo foi para a Espanha. Respondemos às perguntas.
Adjunto Adverbial de Lugar Respondeu-lhe à altura.

- Comparecer Obs.: o verbo responder, apesar de transitivo indireto quando ex-


O adjunto adverbial de lugar pode ser introduzido por em ou a. prime aquilo a que se responde, admite voz passiva analítica. Veja:
Comparecemos ao estádio (ou no estádio) para ver o último jogo. O questionário foi respondido corretamente.
Todas as perguntas foram respondidas satisfatoriamente.
Verbos Transitivos Diretos
- Simpatizar e Antipatizar - Possuem seus complementos introdu-
Os verbos transitivos diretos são complementados por objetos di- zidos pela preposição “com”.
retos. Isso significa que não exigem preposição para o estabelecimento Antipatizo com aquela apresentadora.
da relação de regência. Ao empregar esses verbos, devemos lembrar Simpatizo com os que condenam os políticos que governam para
que os pronomes oblíquos o, a, os, as atuam como objetos diretos. uma minoria privilegiada.
Esses pronomes podem assumir as formas lo, los, la, las (após formas
verbais terminadas em -r, -s ou -z) ou no, na, nos, nas (após formas Verbos Transitivos Diretos e Indiretos
verbais terminadas em sons nasais), enquanto lhe e lhes são, quando
complementos verbais, objetos indiretos. Os verbos transitivos diretos e indiretos são acompanhados de um
São verbos transitivos diretos, dentre outros: abandonar, abençoar, objeto direto e um indireto. Merecem destaque, nesse grupo: Agra-
aborrecer, abraçar, acompanhar, acusar, admirar, adorar, alegrar, decer, Perdoar e Pagar. São verbos que apresentam objeto direto
ameaçar, amolar, amparar, auxiliar, castigar, condenar, conhecer, con- relacionado a coisas e objeto indireto relacionado a pessoas. Veja os
servar,convidar, defender, eleger, estimar, humilhar, namorar, ouvir, exemplos:
prejudicar, prezar, proteger, respeitar, socorrer, suportar, ver, visitar. Agradeço aos ouvintes a audiência.
Na língua culta, esses verbos funcionam exatamente como o verbo Objeto Indireto Objeto Direto
amar:
Amo aquele rapaz. / Amo-o. Paguei o débito ao cobrador.
Amo aquela moça. / Amo-a. Objeto Direto Objeto Indireto
Amam aquele rapaz. / Amam-no.
Ele deve amar aquela mulher. / Ele deve amá-la. - O uso dos pronomes oblíquos átonos deve ser feito com particular
cuidado. Observe:
Obs.: os pronomes lhe, lhes só acompanham esses verbos para in- Agradeci o presente. / Agradeci-o.
dicar posse (caso em que atuam como adjuntos adnominais). Agradeço a você. / Agradeço-lhe.
Quero beijar-lhe o rosto. (= beijar seu rosto) Perdoei a ofensa. / Perdoei-a.
Prejudicaram-lhe a carreira. (= prejudicaram sua carreira) Perdoei ao agressor. / Perdoei-lhe.
Conheço-lhe o mau humor! (= conheço seu mau humor) Paguei minhas contas. / Paguei-as.
Paguei aos meus credores. / Paguei-lhes.
Verbos Transitivos Indiretos
Informar
Os verbos transitivos indiretos são complementados por objetos in- - Apresenta objeto direto ao se referir a coisas e objeto indireto ao
diretos. Isso significa que esses verbos exigem uma preposição para o se referir a pessoas, ou vice-versa.
estabelecimento da relação de regência. Os pronomes pessoais do caso Informe os novos preços aos clientes.
oblíquo de terceira pessoa que podem atuar como objetos indiretos são Informe os clientes dos novos preços. (ou sobre os novos preços)
o “lhe”, o “lhes”, para substituir pessoas. Não se utilizam os pronomes
o, os, a, as como complementos de verbos transitivos indiretos. Com - Na utilização de pronomes como complementos, veja as cons-
os objetos indiretos que não representam pessoas, usam-se pronomes truções:
oblíquos tônicos de terceira pessoa (ele, ela) em lugar dos pronomes Informei-os aos clientes. / Informei-lhes os novos preços.
átonos lhe, lhes. Informe-os dos novos preços. / Informe-os deles. (ou sobre eles)

Didatismo e Conhecimento 87
LÍNGUA PORTUGUESA
Obs.: a mesma regência do verbo informar é usada para os se- ASPIRAR
guintes: avisar, certificar, notificar, cientificar, prevenir. - Aspirar é transitivo direto no sentido de sorver, inspirar (o ar),
Comparar inalar: Aspirava o suave aroma. (Aspirava-o)
Quando seguido de dois objetos, esse verbo admite as preposições - Aspirar é transitivo indireto no sentido de desejar, ter como ambi-
“a” ou “com” para introduzir o complemento indireto. ção: Aspirávamos a melhores condições de vida. (Aspirávamos a elas)
Comparei seu comportamento ao (ou com o) de uma criança.
Pedir Obs.: como o objeto direto do verbo “aspirar” não é pessoa, mas
Esse verbo pede objeto direto de coisa (geralmente na forma de coisa, não se usam as formas pronominais átonas “lhe” e “lhes” e sim
oração subordinada substantiva) e indireto de pessoa. as formas tônicas “a ele (s)”, “ a ela (s)”. Veja o exemplo: Aspiravam a
Pedi-lhe favores. uma existência melhor. (= Aspiravam a ela)
Objeto Indireto Objeto Direto
ASSISTIR
Pedi-lhe que se mantivesse em silêncio. - Assistir é transitivo direto no sentido de ajudar, prestar assistência
Objeto Indireto Oração Subordinada Substantiva a, auxiliar. Por exemplo:
Objetiva Direta As empresas de saúde negam-se a assistir os idosos.
As empresas de saúde negam-se a assisti-los.
Saiba que:
- A construção “pedir para”, muito comum na linguagem cotidiana, - Assistir é transitivo indireto no sentido de ver, presenciar, estar
deve ter emprego muito limitado na língua culta. No entanto, é consi- presente, caber, pertencer. Exemplos:
derada correta quando a palavra licença estiver subentendida. Assistimos ao documentário.
Peço (licença) para ir entregar-lhe os catálogos em casa. Não assisti às últimas sessões.
Observe que, nesse caso, a preposição “para” introduz uma oração Essa lei assiste ao inquilino.
subordinada adverbial final reduzida de infinitivo (para ir entregar-lhe
os catálogos em casa). Obs.: no sentido de morar, residir, o verbo “assistir” é intransitivo,
sendo acompanhado de adjunto adverbial de lugar introduzido pela
- A construção “dizer para”, também muito usada popularmente, é preposição “em”: Assistimos numa conturbada cidade.
igualmente considerada incorreta.
CHAMAR
Preferir - Chamar é transitivo direto no sentido de convocar, solicitar a
Na língua culta, esse verbo deve apresentar objeto indireto introdu- atenção ou a presença de.
zido pela preposição “a”. Por Exemplo: Por gentileza, vá chamar sua prima. / Por favor, vá chamá-la.
Prefiro qualquer coisa a abrir mão de meus ideais. Chamei você várias vezes. / Chamei-o várias vezes.
Prefiro trem a ônibus.
- Chamar no sentido de denominar, apelidar pode apresentar objeto
Obs.: na língua culta, o verbo “preferir” deve ser usado sem ter- direto e indireto, ao qual se refere predicativo preposicionado ou não.
mos intensificadores, tais como: muito, antes, mil vezes, um milhão de A torcida chamou o jogador mercenário.
vezes, mais. A ênfase já é dada pelo prefixo existente no próprio verbo A torcida chamou ao jogador mercenário.
(pre). A torcida chamou o jogador de mercenário.
A torcida chamou ao jogador de mercenário.
Mudança de Transitividade X Mudança de Significado
CUSTAR
Há verbos que, de acordo com a mudança de transitividade, apre- - Custar é intransitivo no sentido de ter determinado valor ou pre-
sentam mudança de significado. O conhecimento das diferentes re- ço, sendo acompanhado de adjunto adverbial: Frutas e verduras não
gências desses verbos é um recurso linguístico muito importante, pois deveriam custar muito.
além de permitir a correta interpretação de passagens escritas, oferece
possibilidades expressivas a quem fala ou escreve. Dentre os princi- - No sentido de ser difícil, penoso, pode ser intransitivo ou transi-
pais, estão: tivo indireto.

AGRADAR Muito custa viver tão longe da família.


- Agradar é transitivo direto no sentido de fazer carinhos, acariciar. Verbo Oração Subordinada Substantiva Subjetiva
Sempre agrada o filho quando o revê. / Sempre o agrada quando Intransitivo Reduzida de Infinitivo
o revê.
Cláudia não perde oportunidade de agradar o gato. / Cláudia não Custa-me (a mim) crer que tomou realmente aquela atitude.
perde oportunidade de agradá-lo. Objeto Oração Subordinada Substantiva Subjetiva
Indireto Reduzida de Infinitivo
- Agradar é transitivo indireto no sentido de causar agrado a, satis-
fazer, ser agradável a. Rege complemento introduzido pela preposição Obs.: a Gramática Normativa condena as construções que atri-
“a”. buem ao verbo “custar” um sujeito representado por pessoa. Observe:
O cantor não agradou aos presentes. Custei para entender o problema.
O cantor não lhes agradou. Forma correta: Custou-me entender o problema.

Didatismo e Conhecimento 88
LÍNGUA PORTUGUESA
IMPLICAR No 2º caso, os verbos são pronominais (-se, -me, etc) e exigem
- Como transitivo direto, esse verbo tem dois sentidos: complemento com a preposição “de”. São, portanto, transitivos indi-
a) dar a entender, fazer supor, pressupor: Suas atitudes implicavam retos:
um firme propósito. - Ele se esqueceu do caderno.
b) Ter como consequência, trazer como consequência, acarretar, - Eu me esqueci da chave.
provocar: Liberdade de escolha implica amadurecimento político de - Eles se esqueceram da prova.
um povo. - Nós nos lembramos de tudo o que aconteceu.
- Como transitivo direto e indireto, significa comprometer, envol-
Há uma construção em que a coisa esquecida ou lembrada passa a
ver: Implicaram aquele jornalista em questões econômicas.
funcionar como sujeito e o verbo sofre leve alteração de sentido. É uma
Obs.: no sentido de antipatizar, ter implicância, é transitivo indireto construção muito rara na língua contemporânea, porém, é fácil encon-
e rege com preposição “com”: Implicava com quem não trabalhasse trá-la em textos clássicos tanto brasileiros como portugueses. Machado
arduamente. de Assis, por exemplo, fez uso dessa construção várias vezes.
- Esqueceu-me a tragédia. (cair no esquecimento)
PROCEDER - Lembrou-me a festa. (vir à lembrança)
- Proceder é intransitivo no sentido de ser decisivo, ter cabimento,
ter fundamento ou portar-se, comportar-se, agir. Nessa segunda acep- O verbo lembrar também pode ser transitivo direto e indireto (lem-
ção, vem sempre acompanhado de adjunto adverbial de modo. brar alguma coisa a alguém ou alguém de alguma coisa).
As afirmações da testemunha procediam, não havia como refutá
-las. SIMPATIZAR
Você procede muito mal. Transitivo indireto e exige a preposição “com”: Não simpatizei
com os jurados.
- Nos sentidos de ter origem, derivar-se (rege a preposição” de”) e
fazer, executar (rege complemento introduzido pela preposição “a”) é NAMORAR
transitivo indireto. É transitivo direto, ou seja, não admite preposição: Maria namora
O avião procede de Maceió. João.
Procedeu-se aos exames.
O delegado procederá ao inquérito.
Obs: Não é correto dizer: “Maria namora com João”.
QUERER
- Querer é transitivo direto no sentido de desejar, ter vontade de, OBEDECER
cobiçar. É transitivo indireto, ou seja, exige complemento com a preposição
Querem melhor atendimento. “a” (obedecer a): Devemos obedecer aos pais.
Queremos um país melhor.
Obs: embora seja transitivo indireto, esse verbo pode ser usado na
- Querer é transitivo indireto no sentido de ter afeição, estimar, voz passiva: A fila não foi obedecida.
amar.
Quero muito aos meus amigos. VER
Ele quer bem à linda menina. É transitivo direto, ou seja, não exige preposição: Ele viu o filme.
Despede-se o filho que muito lhe quer.
Regência Nominal
VISAR
- Como transitivo direto, apresenta os sentidos de mirar, fazer pon- É o nome da relação existente entre um nome (substantivo, adjeti-
taria e de pôr visto, rubricar. vo ou advérbio) e os termos regidos por esse nome. Essa relação é sem-
O homem visou o alvo.
pre intermediada por uma preposição. No estudo da regência nominal,
O gerente não quis visar o cheque.
é preciso levar em conta que vários nomes apresentam exatamente o
mesmo regime dos verbos de que derivam. Conhecer o regime de um
- No sentido de ter em vista, ter como meta, ter como objetivo, é
transitivo indireto e rege a preposição “a”. verbo significa, nesses casos, conhecer o regime dos nomes cognatos.
O ensino deve sempre visar ao progresso social. Observe o exemplo: Verbo obedecer e os nomes correspondentes: to-
Prometeram tomar medidas que visassem ao bem-estar público. dos regem complementos introduzidos pela preposição a. Veja:
Obedecer a algo/ a alguém.
ESQUECER – LEMBRAR Obediente a algo/ a alguém.
- Lembrar algo – esquecer algo
- Lembrar-se de algo – esquecer-se de algo (pronominal) Apresentamos a seguir vários nomes acompanhados da preposição
ou preposições que os regem. Observe-os atentamente e procure, sem-
No 1º caso, os verbos são transitivos diretos, ou seja, exigem com- pre que possível, associar esses nomes entre si ou a algum verbo cuja
plemento sem preposição: Ele esqueceu o livro. regência você conhece.

Didatismo e Conhecimento 89
LÍNGUA PORTUGUESA
Substantivos

Admiração a, por Devoção a, para, com, por Medo a, de


Aversão a, para, por Doutor em Obediência a
Atentado a, contra Dúvida acerca de, em, sobre Ojeriza a, por
Bacharel em Horror a Proeminência sobre
Capacidade de, para Impaciência com Respeito a, com, para com, por

Adjetivos
Acessível a Diferente de Necessário a
Acostumado a, com Entendido em Nocivo a
Afável com, para com Equivalente a Paralelo a
Agradável a Escasso de Parco em, de
Alheio a, de Essencial a, para Passível de
Análogo a Fácil de Preferível a
Ansioso de, para, por Fanático por Prejudicial a
Apto a, para Favorável a Prestes a
Ávido de Generoso com Propício a
Benéfico a Grato a, por Próximo a
Capaz de, para Hábil em Relacionado com
Compatível com Habituado a Relativo a
Contemporâneo a, de Idêntico a Satisfeito com, de, em, por
Contíguo a Impróprio para Semelhante a
Contrário a Indeciso em Sensível a
Curioso de, por Insensível a Sito em
Descontente com Liberal com Suspeito de
Desejoso de Natural de Vazio de

Advérbios
Longe de Perto de

Obs.: os advérbios terminados em -mente tendem a seguir o regime dos adjetivos de que são formados: paralela a; paralelamente a; relativa a;
relativamente a.

Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint61.php

Questões sobre Regência Nominal e Verbal

01. (Administrador – FCC – 2013-adap.).


... a que ponto a astronomia facilitou a obra das outras ciências ...
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está empregado em:
A) ...astros que ficam tão distantes ...
B) ...que a astronomia é uma das ciências ...
C) ...que nos proporcionou um espírito ...
D) ...cuja importância ninguém ignora ...
E) ...onde seu corpo não passa de um ponto obscuro ...

02.(Agente de Apoio Administrativo – FCC – 2013-adap.).


... pediu ao delegado do bairro que desse um jeito nos filhos do sueco.
O verbo que exige, no contexto, o mesmo tipo de complementos que o grifado acima está empregado em:
A) ...que existe uma coisa chamada exército...
B) ...como se isso aqui fosse casa da sogra?
C) ...compareceu em companhia da mulher à delegacia...
D) Eu ensino o senhor a cumprir a lei, ali no duro...
E) O delegado apenas olhou-a espantado com o atrevimento.

Didatismo e Conhecimento 90
LÍNGUA PORTUGUESA
03.(Agente de Defensoria Pública – FCC – 2013-adap.). (E) A família toda se organizou para realizar a procura à garotinha.
... constava simplesmente de uma vareta quebrada em partes de-
siguais... 07. (Analista de Sistemas – VUNESP – 2013). Assinale a alterna-
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado tiva que completa, correta e respectivamente, as lacunas do texto, de
acima está empregado em: acordo com as regras de regência.
A) Em campos extensos, chegavam em alguns casos a extremos Os estudos quais a pesquisadora se reportou já assinala-
de sutileza. vam uma relação entre os distúrbios da imagem corporal e a exposi-
B) ...eram comumente assinalados a golpes de machado nos tron- ção a imagens idealizadas pela mídia.
A pesquisa faz um alerta influência negativa que a mídia
cos mais robustos.
pode exercer sobre os jovens.
C) Os toscos desenhos e os nomes estropiados desorientam, não
A) dos … na
raro, quem...
B) nos … entre a
D) Koch-Grünberg viu uma dessas marcas de caminho na serra
C) aos … para a
de Tunuí... D) sobre os … pela
E) ...em que tão bem se revelam suas afinidades com o gentio, mes- E) pelos … sob a
tre e colaborador...
08. (Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças Públicas –
04. (Agente Técnico – FCC – 2013-adap.). VUNESP – 2013). Considerando a norma-padrão da língua, assinale a
... para lidar com as múltiplas vertentes da justiça... alternativa em que os trechos destacados estão corretos quanto à regên-
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o da frase cia, verbal ou nominal.
acima se encontra em: A) O prédio que o taxista mostrou dispunha de mais de dez mil
A) A palavra direito, em português, vem de directum, do verbo tomadas.
latino dirigere... B) O autor fez conjecturas sob a possibilidade de haver um ho-
B) ...o Direito tem uma complexa função de gestão das socieda- mem que estaria ouvindo as notas de um oboé.
des... C) Centenas de trabalhadores estão empenhados de criar logotipos
C) ...o de que o Direito [...] esteja permeado e regulado pela justiça. e negociar.
D) Essa problematicidade não afasta a força das aspirações da jus- D) O taxista levou o autor a indagar no número de tomadas do
tiça... edifício.
E) Na dinâmica dessa tensão tem papel relevante o sentimento de E) A corrida com o taxista possibilitou que o autor reparasse a um
justiça. prédio na marginal.

05. (Escrevente TJ SP – Vunesp 2012) Assinale a alternativa em


que o período, adaptado da revista Pesquisa Fapesp de junho de 2012, 09. (Assistente de Informática II – VUNESP – 2013). Assinale a
está correto quanto à regência nominal e à pontuação. alternativa que substitui a expressão destacada na frase, conforme as
(A) Não há dúvida que as mulheres ampliam, rapidamente, seu regras de regência da norma-padrão da língua e sem alteração de sen-
espaço na carreira científica ainda que o avanço seja mais notável em tido.
alguns países, o Brasil é um exemplo, do que em outros. Muitas organizações lutaram a favor da igualdade de direitos dos
(B) Não há dúvida de que, as mulheres, ampliam rapidamente seu trabalhadores domésticos.
espaço na carreira científica; ainda que o avanço seja mais notável, em A) da
B) na
alguns países, o Brasil é um exemplo!, do que em outros.
C) pela
(C) Não há dúvida de que as mulheres, ampliam rapidamente seu
D) sob a
espaço, na carreira científica, ainda que o avanço seja mais notável, em
E) sobre a
alguns países: o Brasil é um exemplo, do que em outros.
(D) Não há dúvida de que as mulheres ampliam rapidamente seu GABARITO
espaço na carreira científica, ainda que o avanço seja mais notável em
alguns países – o Brasil é um exemplo – do que em outros. 01. D 02. D 03. A 04. A 05. D
(E) Não há dúvida que as mulheres ampliam rapidamente, seu es- 06. A 07. C 08. A 09. C
paço na carreira científica, ainda que, o avanço seja mais notável em
alguns países (o Brasil é um exemplo) do que em outros. RESOLUÇÃO

06. (Papiloscopista Policial – VUNESP – 2013). Assinale a alter- 1-) ... a que ponto a astronomia facilitou a obra das outras ciências
nativa correta quanto à regência dos termos em destaque. ...
(A) Ele tentava convencer duas senhoras a assumir a responsabi- Facilitar – verbo transitivo direto
lidade pelo problema. A) ...astros que ficam tão distantes ... = verbo de ligação
(B) A menina tinha o receio a levar uma bronca por ter se perdido. B) ...que a astronomia é uma das ciências ... = verbo de ligação
(C) A garota tinha apenas a lembrança pelo desenho de um índio C) ...que nos proporcionou um espírito ... = verbo transitivo direto
na porta do prédio. e indireto
(D) A menina não tinha orgulho sob o fato de ter se perdido de E) ...onde seu corpo não passa de um ponto obscuro = verbo
sua família. transitivo indireto

Didatismo e Conhecimento 91
LÍNGUA PORTUGUESA
2-) ... pediu ao delegado do bairro que desse um jeito nos filhos 8-)
do sueco. B) O autor fez conjecturas sobre a possibilidade de haver um ho-
Pedir = verbo transitivo direto e indireto mem que estaria ouvindo as notas de um oboé.
A) ...que existe uma coisa chamada EXÉRCITO... = transitivo C) Centenas de trabalhadores estão empenhados em criar logotipos
direto e negociar.
B) ...como se isso aqui fosse casa da sogra? =verbo de ligação D) O taxista levou o autor a indagar sobre o número de tomadas
C) ...compareceu em companhia da mulher à delegacia... =verbo do edifício.
intransitivo E) A corrida com o taxista possibilitou que o autor reparasse em
E) O delegado apenas olhou-a espantado com o atrevimento. um prédio na marginal.
=transitivo direto
9-) Muitas organizações lutaram pela igualdade de direitos dos
3-) ... constava simplesmente de uma vareta quebrada em partes trabalhadores domésticos.
desiguais...
Constar = verbo intransitivo
B) ...eram comumente assinalados a golpes de machado nos tron-
cos mais robustos. =ligação CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL.
C) Os toscos desenhos e os nomes estropiados desorientam, não
raro, quem... =transitivo direto
D) Koch-Grünberg viu uma dessas marcas de caminho na serra de
Tunuí... = transitivo direto
E) ...em que tão bem se revelam suas afinidades com o gentio, mes- Ao falarmos sobre a concordância verbal, estamos nos referindo à
relação de dependência estabelecida entre um termo e outro mediante
tre e colaborador...=transitivo direto
um contexto oracional. Desta feita, os agentes principais desse proces-
so são representados pelo sujeito, que no caso funciona como subordi-
4-) ... para lidar com as múltiplas vertentes da justiça...
nante; e o verbo, o qual desempenha a função de subordinado.
Lidar = transitivo indireto
Dessa forma, temos que a concordância verbal caracteriza-se pela
B) ...o Direito tem uma complexa função de gestão das socieda-
adaptação do verbo, tendo em vista os quesitos “número e pessoa” em
des... =transitivo direto
relação ao sujeito. Exemplificando, temos: O aluno chegou atrasado.
C) ...o de que o Direito [...] esteja permeado e regulado pela justiça.
Temos que o verbo apresenta-se na terceira pessoa do singular, pois faz
=ligação
referência a um sujeito, assim também expresso (ele). Como podería-
D) Essa problematicidade não afasta a força das aspirações da jus- mos também dizer: os alunos chegaram atrasados.
tiça... =transitivo direto e indireto
E) Na dinâmica dessa tensão tem papel relevante o sentimento de Casos referentes a sujeito simples
justiça. =transitivo direto
1) Em caso de sujeito simples, o verbo concorda com o núcleo em
5-) A correção do item deve respeitar as regras de pontuação tam- número e pessoa: O aluno chegou atrasado.
bém. Assinalei apenas os desvios quanto à regência (pontuação en-
contra-se em tópico específico) 2) Nos casos referentes a sujeito representado por substantivo co-
(A) Não há dúvida de que as mulheres ampliam, letivo, o verbo permanece na terceira pessoa do singular: A multidão,
(B) Não há dúvida de que (erros quanto à pontuação) apavorada, saiu aos gritos.
(C) Não há dúvida de que as mulheres, (erros quanto à pontua- Observação:
ção) - No caso de o coletivo aparecer seguido de adjunto adnominal
(E) Não há dúvida de que as mulheres ampliam rapidamente, seu no plural, o verbo permanecerá no singular ou poderá ir para o plural:
espaço na carreira científica, ainda que, o avanço seja mais notável em Uma multidão de pessoas saiu aos gritos.
alguns países (o Brasil é um exemplo) do que em outros. Uma multidão de pessoas saíram aos gritos.

6-) 3) Quando o sujeito é representado por expressões partitivas, repre-


(B) A menina tinha o receio de levar uma bronca por ter se perdido. sentadas por “a maioria de, a maior parte de, a metade de, uma porção
(C) A garota tinha apenas a lembrança do desenho de um índio na de” entre outras, o verbo tanto pode concordar com o núcleo dessas ex-
porta do prédio. pressões quanto com o substantivo que a segue: A maioria dos alunos
(D) A menina não tinha orgulho do fato de ter se perdido de sua resolveu ficar. A maioria dos alunos resolveram ficar.
família.
(E) A família toda se organizou para realizar a procura pela garo- 4) No caso de o sujeito ser representado por expressões aproxima-
tinha. tivas, representadas por “cerca de, perto de”, o verbo concorda com o
substantivo determinado por elas: Cerca de mil candidatos se inscre-
7-) Os estudos aos quais a pesquisadora se reportou já assinala- veram no concurso.
vam uma relação entre os distúrbios da imagem corporal e a exposição
a imagens idealizadas pela mídia. 5) Em casos em que o sujeito é representado pela expressão “mais
A pesquisa faz um alerta para a influência negativa que a mídia de um”, o verbo permanece no singular: Mais de um candidato se ins-
pode exercer sobre os jovens. creveu no concurso de piadas.

Didatismo e Conhecimento 92
LÍNGUA PORTUGUESA
Observação: - Diante de nomes de obras no plural, seguidos do verbo ser, este
- No caso da referida expressão aparecer repetida ou associada a permanece no singular, contanto que o predicativo também esteja no
um verbo que exprime reciprocidade, o verbo, necessariamente, deve- singular: Memórias póstumas de Brás Cubas é uma criação de Ma-
rá permanecer no plural: chado de Assis.
Mais de um aluno, mais de um professor contribuíram na campa- - Nos casos de artigo expresso no plural, o verbo também permane-
nha de doação de alimentos. ce no plural: Os Estados Unidos são uma potência mundial.
Mais de um formando se abraçaram durante as solenidades de - Casos em que o artigo figura no singular ou em que ele nem apa-
formatura. rece, o verbo permanece no singular: Estados Unidos é uma potência
mundial.
6) Quando o sujeito for composto da expressão “um dos que”, o
verbo permanecerá no plural: Esse jogador foi um dos que atuaram
Casos referentes a sujeito composto
na Copa América.

7) Em casos relativos à concordância com locuções pronominais, 1) Nos casos relativos a sujeito composto de pessoas gramaticais
representadas por “algum de nós, qual de vós, quais de vós, alguns diferentes, o verbo deverá ir para o plural, estando relacionado a dois
de nós”, entre outras, faz-se necessário nos atermos a duas questões pressupostos básicos:
básicas: - Quando houver a 1ª pessoa, esta prevalecerá sobre as demais: Eu,
- No caso de o primeiro pronome estar expresso no plural, o ver- tu e ele faremos um lindo passeio.
bo poderá com ele concordar, como poderá também concordar com - Quando houver a 2ª pessoa, o verbo poderá flexionar na 2ª ou na
o pronome pessoal: Alguns de nós o receberemos. / Alguns de nós o 3ª pessoa: Tu e ele sois primos. Tu e ele são primos.
receberão.
- Quando o primeiro pronome da locução estiver expresso no sin- 2) Nos casos em que o sujeito composto aparecer anteposto ao ver-
gular, o verbo permanecerá, também, no singular: Algum de nós o bo, este permanecerá no plural: O pai e seus dois filhos compareceram
receberá. ao evento.

8) No caso de o sujeito aparecer representado pelo pronome 3) No caso em que o sujeito aparecer posposto ao verbo, este po-
“quem”, o verbo permanecerá na terceira pessoa do singular ou po- derá concordar com o núcleo mais próximo ou permanecer no plural:
derá concordar com o antecedente desse pronome: Fomos nós quem Compareceram ao evento o pai e seus dois filhos. Compareceu ao
contou toda a verdade para ela. / Fomos nós quem contamos toda a evento o pai e seus dois filhos.
verdade para ela.
4) Nos casos relacionados a sujeito simples, porém com mais de
9) Em casos nos quais o sujeito aparece realçado pela palavra
um núcleo, o verbo deverá permanecer no singular: Meu esposo e
“que”, o verbo deverá concordar com o termo que antecede essa pa-
lavra: Nesta empresa somos nós que tomamos as decisões. / Em casa grande companheiro merece toda a felicidade do mundo.
sou eu que decido tudo.
5) Casos relativos a sujeito composto de palavras sinônimas ou
10) No caso de o sujeito aparecer representado por expressões que ordenado por elementos em gradação, o verbo poderá permanecer no
indicam porcentagens, o verbo concordará com o numeral ou com o singular ou ir para o plural: Minha vitória, minha conquista, minha
substantivo a que se refere essa porcentagem: 50% dos funcionários premiação são frutos de meu esforço. / Minha vitória, minha conquis-
aprovaram a decisão da diretoria. / 50% do eleitorado apoiou a de- ta, minha premiação é fruto de meu esforço.
cisão.

Observações: Concordância nominal é o ajuste que fazemos aos demais termos


- Caso o verbo apareça anteposto à expressão de porcentagem, esse da oração para que concordem em gênero e número com o substanti-
deverá concordar com o numeral: Aprovaram a decisão da diretoria vo. Teremos que alterar, portanto, o artigo, o adjetivo, o numeral e o
50% dos funcionários. pronome. Além disso, temos também o verbo, que se flexionará à sua
- Em casos relativos a 1%, o verbo permanecerá no singular: 1% maneira.
dos funcionários não aprovou a decisão da diretoria. Regra geral: O artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome concor-
- Em casos em que o numeral estiver acompanhado de determinan- dam em gênero e número com o substantivo.
tes no plural, o verbo permanecerá no plural: Os 50% dos funcionários - A pequena criança é uma gracinha.
apoiaram a decisão da diretoria.
- O garoto que encontrei era muito gentil e simpático.
11) Nos casos em que o sujeito estiver representado por pronomes
de tratamento, o verbo deverá ser empregado na terceira pessoa do sin- Casos especiais: Veremos alguns casos que fogem à regra geral
gular ou do plural: Vossas Majestades gostaram das homenagens. mostrada acima.
Vossa Majestade agradeceu o convite. a) Um adjetivo após vários substantivos
- Substantivos de mesmo gênero: adjetivo vai para o plural ou con-
12) Casos relativos a sujeito representado por substantivo próprio corda com o substantivo mais próximo.
no plural se encontram relacionados a alguns aspectos que os deter- - Irmão e primo recém-chegado estiveram aqui.
minam: - Irmão e primo recém-chegados estiveram aqui.

Didatismo e Conhecimento 93
LÍNGUA PORTUGUESA
- Substantivos de gêneros diferentes: vai para o plural masculino i) Mesmo, bastante
ou concorda com o substantivo mais próximo. - Como advérbios: invariáveis
- Ela tem pai e mãe louros. Preciso mesmo da sua ajuda.
- Ela tem pai e mãe loura. Fiquei bastante contente com a proposta de emprego.
- Adjetivo funciona como predicativo: vai obrigatoriamente para
o plural. - Como pronomes: seguem a regra geral.
- O homem e o menino estavam perdidos. Seus argumentos foram bastantes para me convencer.
- O homem e sua esposa estiveram hospedados aqui. Os mesmos argumentos que eu usei, você copiou.
b) Um adjetivo anteposto a vários substantivos
j) Menos, alerta
- Adjetivo anteposto normalmente concorda com o mais próximo.
- Em todas as ocasiões são invariáveis.
Comi delicioso almoço e sobremesa.
Provei deliciosa fruta e suco. Preciso de menos comida para perder peso.
Estamos alerta para com suas chamadas.
- Adjetivo anteposto funcionando como predicativo: concorda com
o mais próximo ou vai para o plural. k) Tal Qual
Estavam feridos o pai e os filhos. - “Tal” concorda com o antecedente, “qual” concorda com o con-
Estava ferido o pai e os filhos. sequente.
As garotas são vaidosas tais qual a tia.
c) Um substantivo e mais de um adjetivo Os pais vieram fantasiados tais quais os filhos.
- antecede todos os adjetivos com um artigo.
Falava fluentemente a língua inglesa e a espanhola. l) Possível
- Quando vem acompanhado de “mais”, “menos”, “melhor” ou
- coloca o substantivo no plural. “pior”, acompanha o artigo que precede as expressões.
Falava fluentemente as línguas inglesa e espanhola. A mais possível das alternativas é a que você expôs.
Os melhores cargos possíveis estão neste setor da empresa.
d) Pronomes de tratamento As piores situações possíveis são encontradas nas favelas da ci-
- sempre concordam com a 3ª pessoa.
dade.
Vossa Santidade esteve no Brasil.

e) Anexo, incluso, próprio, obrigado m) Meio


- Concordam com o substantivo a que se referem. - Como advérbio: invariável.
As cartas estão anexas. Estou meio (um pouco) insegura.
A bebida está inclusa.
Precisamos de nomes próprios. - Como numeral: segue a regra geral.
Obrigado, disse o rapaz. Comi meia (metade) laranja pela manhã.

f) Um(a) e outro(a), num(a) e noutro(a) n) Só


- Após essas expressões o substantivo fica sempre no singular e o - apenas, somente (advérbio): invariável.
adjetivo no plural. Só consegui comprar uma passagem.
Renato advogou um e outro caso fáceis.
Pusemos numa e noutra bandeja rasas o peixe. - sozinho (adjetivo): variável.
Estiveram sós durante horas.
g) É bom, é necessário, é proibido
- Essas expressões não variam se o sujeito não vier precedido de Fonte:
artigo ou outro determinante. http://www.brasilescola.com/gramatica/concordancia-verbal.htm
Canja é bom. / A canja é boa.
É necessário sua presença. / É necessária a sua presença.
É proibido entrada de pessoas não autorizadas. / A entrada é proi- Questões sobre Concordância Nominal e Verbal
bida.
01.(TRE/AL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2010) A concor-
h) Muito, pouco, caro dância verbal e nominal está inteiramente correta na frase:
- Como adjetivos: seguem a regra geral. (A) A sociedade deve reconhecer os princípios e valores que deter-
Comi muitas frutas durante a viagem. minam as escolhas dos governantes, para conferir legitimidade a suas
Pouco arroz é suficiente para mim. decisões.
Os sapatos estavam caros. (B) A confiança dos cidadãos em seus dirigentes devem ser em-
basados na percepção dos valores e princípios que regem a prática po-
- Como advérbios: são invariáveis. lítica.
Comi muito durante a viagem. (C) Eleições livres e diretas é garantia de um verdadeiro regime
Pouco lutei, por isso perdi a batalha. democrático, em que se respeita tanto as liberdades individuais quanto
Comprei caro os sapatos. as coletivas.

Didatismo e Conhecimento 94
LÍNGUA PORTUGUESA
(D) As instituições fundamentais de um regime democrático não (B) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encontrou até ago-
pode estar subordinado às ordens indiscriminadas de um único poder ra uma maneira adequada de os insumos básicos ser quantificados.
central. (C) Ainda assim, temos certeza que ninguém encontrou até agora
(E) O interesse de todos os cidadãos estão voltados para o momen- uma maneira adequada para que os insumos básicos sejam quantificado.
to eleitoral, que expõem as diferentes opiniões existentes na sociedade. (D) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encontrou até
agora uma maneira adequada para que os insumos básicos seja quan-
02. (Agente Técnico – FCC – 2013). As normas de concordância tificado.
verbal e nominal estão inteiramente respeitadas em: (E) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encontrou até ago-
A) Alguns dos aspectos mais desejáveis de uma boa leitura, que ra uma maneira adequada de se quantificarem os insumos básicos.
satisfaça aos leitores e seja veículo de aprimoramento intelectual, estão
na capacidade de criação do autor, mediante palavras, sua matéria-pri- 05. (FUNDAÇÃO CASA/SP - AGENTE ADMINISTRATIVO -
ma. VUNESP/2011 - ADAPTADA) Observe as frases do texto:
B) Obras que se considera clássicas na literatura sempre delineia
novos caminhos, pois é capaz de encantar o leitor ao ultrapassar os I. Cerca de 75 por cento dos países obtêm nota negativa...
limites da época em que vivem seus autores, gênios no domínio das
palavras, sua matéria-prima. II. ... à Venezuela, de Chávez, que obtém a pior classificação do
C) A palavra, matéria-prima de poetas e romancistas, lhe permitem continente americano (2,0)...
criar todo um mundo de ficção, em que personagens se transformam
em seres vivos a acompanhar os leitores, numa verdadeira interação Assim como ocorre com o verbo “obter” nas frases I e II, a concor-
com a realidade. dância segue as mesmas regras, na ordem dos exemplos, em:
D) As possibilidades de comunicação entre autor e leitor somente (A) Todas as pessoas têm boas perspectivas para o próximo ano.
se realiza plenamente caso haja afinidade de ideias entre ambos, o que Será que alguém tem opinião diferente da maioria?
permite, ao mesmo tempo, o crescimento intelectual deste último e o (B) Vem muita gente prestigiar as nossas festas juninas. Vêm pes-
prazer da leitura. soas de muito longe para brincar de quadrilha.
E) Consta, na literatura mundial, obras-primas que constitui leitura (C) Pouca gente quis voltar mais cedo para casa. Quase todos qui-
obrigatória e se tornam referências por seu conteúdo que ultrapassa os seram ficar até o nascer do sol na praia.
limites de tempo e de época. (D) Existem pessoas bem intencionadas por aqui, mas também
existem umas que não merecem nossa atenção.
03. (Escrevente TJ-SP – Vunesp/2012) Leia o texto para responder (E) Aqueles que não atrapalham muito ajudam.
à questão.
dúvidas sobre o crescimento verde. Primeiro, não está 06. (TRF - 5ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - FCC/2012)
claro até onde pode realmente chegar uma política baseada em melho- Os folheteiros vivem em feiras, mercados, praças e locais de peregri-
rar a eficiência sem preços adequados para o carbono, a água e (na nação.
maioria dos países pobres) a terra. É verdade que mesmo que a amea-
ça dos preços do carbono e da água em si diferença, as O verbo da frase acima NÃO pode ser mantido no plural caso o
companhias não podem suportar ter de pagar, de repente, digamos, 40 segmento grifado seja substituído por:
dólares por tonelada de carbono, sem qualquer preparação. Portanto, (A) Há folheteiros que
elas começam a usar preços- -sombra. Ainda assim, ninguém (B) A maior parte dos folheteiros
encontrou até agora uma maneira de quantificar adequadamente os (C) O folheteiro e sua família
insumos básicos. E sem eles a maioria das políticas de crescimento (D) O grosso dos folheteiros
verde sempre a segunda opção. (E) Cada um dos folheteiros
(Carta Capital, 27.06.2012. Adaptado)
07. (TRF - 5ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - FCC/2012)
De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas Todas as formas verbais estão corretamente flexionadas em:
do texto devem ser preenchidas, correta e respectivamente, com: (A) Enquanto não se disporem a considerar o cordel sem precon-
(A) Restam… faça… será ceitos, as pessoas não serão capazes de fruir dessas criações poéticas
(B) Resta… faz… será tão originais.
(C) Restam… faz... serão ( (B) Ainda que nem sempre detenha o mesmo status atribuído à arte
D) Restam… façam… serão erudita, o cordel vem sendo estudado hoje nas melhores universidades
(E) Resta… fazem… será do país.
(C) Rodolfo Coelho Cavalcante deve ter percebido que a situação
04 (Escrevente TJ SP – Vunesp/2012) Assinale a alternativa em dos cordelistas não mudaria a não ser que eles mesmos requizessem o
que o trecho respeito que faziam por merecer.
– Ainda assim, ninguém encontrou até agora uma maneira de (D) Se não proveem do preconceito, a desvalorização e a pouca
quantificar adequadamente os insumos básicos.– está corretamente visibilidade dessa arte popular tão rica só pode ser resultado do puro e
reescrito, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa. simples desconhecimento.
(A) Ainda assim, temos certeza que ninguém encontrou até agora (E) Rodolfo Coelho Cavalcante entreveu que os problemas dos
uma maneira adequada de se quantificar os insumos básicos. cordelistas estavam diretamente ligados à falta de representatividade.

Didatismo e Conhecimento 95
LÍNGUA PORTUGUESA
08. (TRF - 4ª REGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2010) (B) A confiança dos cidadãos em seus dirigentes devem (deve)
Observam-se corretamente as regras de concordância verbal e nominal ser embasados (embasada) na percepção dos valores e princípios que
em: regem a prática política.
a) O desenraizamento, não só entre intelectuais como entre os mais (C) Eleições livres e diretas é (são) garantia de um verdadeiro re-
diversos tipos de pessoas, das mais sofisticadas às mais humildes, são gime democrático, em que se respeita (respeitam) tanto as liberdades
cada vez mais comuns nos dias de hoje. individuais quanto as coletivas.
b) A importância de intelectuais como Edward Said e Tony Judt, (D) As instituições fundamentais de um regime democrático não
que não se furtaram ao debate sobre questões polêmicas de seu tempo, pode (podem) estar subordinado (subordinadas) às ordens indiscrimi-
não estão apenas nos livros que escreveram. nadas de um único poder central.
c) Nada indica que o conflito no Oriente Médio entre árabes e ju- (E) O interesse de todos os cidadãos estão (está) voltados (voltado)
deus, responsável por tantas mortes e tanto sofrimento, estejam próxi- para o momento eleitoral, que expõem (expõe) as diferentes opiniões
mos de serem resolvidos ou pelo menos de terem alguma trégua. existentes na sociedade.
d) Intelectuais que têm compromisso apenas com a verdade, ainda
que conscientes de que esta é até certo ponto relativa, costumam en- 2-)
contrar muito mais detratores que admiradores. A) Alguns dos aspectos mais desejáveis de uma boa leitura, que
e) No final do século XX já não se via muitos intelectuais e escri- satisfaça aos leitores e seja veículo de aprimoramento intelectual, estão
tores como Edward Said, que não apenas era notícia pelos livros que na capacidade de criação do autor, mediante palavras, sua matéria-pri-
publicavam como pelas posições que corajosamente assumiam. ma. = correta
B) Obras que se consideram clássicas na literatura sempre deli-
09. (TRF - 2ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - FCC/2012) neiam novos caminhos, pois são capazes de encantar o leitor ao ultra-
O verbo que, dadas as alterações entre parênteses propostas para o seg- passarem os limites da época em que vivem seus autores, gênios no
mento grifado, deverá ser colocado no plural, está em: domínio das palavras, sua matéria-prima.
(A) Não há dúvida de que o estilo de vida... (dúvidas) C) A palavra, matéria-prima de poetas e romancistas, lhes permite
(B) O que não se sabe... (ninguém nas regiões do planeta) criar todo um mundo de ficção, em que personagens se transformam
(C) O consumo mundial não dá sinal de trégua... (O consumo em seres vivos a acompanhar os leitores, numa verdadeira interação
mundial de barris de petróleo) com a realidade.
(D) Um aumento elevado no preço do óleo reflete-se no custo da D) As possibilidades de comunicação entre autor e leitor somente
matéria-prima... (Constantes aumentos) se realizam plenamente caso haja afinidade de ideias entre ambos, o
(E) o tema das mudanças climáticas pressiona os esforços mun- que permite, ao mesmo tempo, o crescimento intelectual deste último
diais... (a preocupação em torno das mudanças climáticas) e o prazer da leitura.
E) Constam, na literatura mundial, obras-primas que constituem
10. (CETESB/SP – ESCRITURÁRIO - VUNESP/2013) Assinale leitura obrigatória e se tornam referências por seu conteúdo que ultra-
a alternativa em que a concordância das formas verbais destacadas está passa os limites de tempo e de época.
de acordo com a norma-padrão da língua.
(A) Fazem dez anos que deixei de trabalhar em higienização sub- 3-) _Restam dúvidas
mesmo que a ameaça dos preços do carbono e da água em si
terrânea.
faça diferença
(B) Ainda existe muitas pessoas que discriminam os trabalhadores
a maioria das políticas de crescimento verde sempre
da área de limpeza.
será a segunda opção.
(C) No trabalho em meio a tanta sujeira, havia altos riscos de se
Em “a maioria de”, a concordância pode ser dupla: tanto no plural
contrair alguma doença.
quanto no singular. Nas alternativas não há “restam/faça/serão”, por-
(D) Eu passava a manhã no subterrâneo: quando era sete da ma-
tanto a A é que apresenta as opções adequadas.
nhã, eu já estava fazendo meu serviço.
(E) As companhias de limpeza, apenas recentemente, começou a
4-)
adotar medidas mais rigorosas para a proteção de seus funcionários.
(A) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encontrou até ago-
ra uma maneira adequada de se quantificar os insumos básicos.
GABARITO (B) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encontrou até ago-
ra uma maneira adequada de os insumos básicos serem quantificados.
01. A 02. A 03. A 04. E 05. A (C) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encontrou até ago-
06. E 07. |B 08. D 09. D 10. C ra uma maneira adequada para que os insumos básicos sejam quanti-
ficados.
RESOLUÇÃO (D) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encontrou até ago-
ra uma maneira adequada para que os insumos básicos sejam quanti-
1-) Fiz os acertos entre parênteses: ficados.
(A) A sociedade deve reconhecer os princípios e valores que deter- (E) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encontrou até ago-
minam as escolhas dos governantes, para conferir legitimidade a suas ra uma maneira adequada de se quantificarem os insumos básicos. =
decisões. correta

Didatismo e Conhecimento 96
LÍNGUA PORTUGUESA
5-) Em I, obtêm está no plural; em II, no singular. Vamos aos itens: (D) Um aumento elevado no preço do óleo reflete-se no custo da
(A) Todas as pessoas têm (plural) ... Será que alguém tem (singu- matéria-prima... Constantes aumentos) = “reflete” passaria para “re-
lar) fletem-se”
(B) Vem (singular) muita gente... Vêm pessoas (plural) (E) o tema das mudanças climáticas pressiona os esforços mun-
(C) Pouca gente quis (singular)... Quase todos quiseram (plural) diais... (a preocupação em torno das mudanças climáticas) = “pressio-
(D) Existem (plural) pessoas ... mas também existem umas (plural) na” permaneceria no singular
(E) Aqueles que não atrapalham muito ajudam (ambas as formas
estão no plural) 10-) Fiz as correções:
(A) Fazem dez anos = faz (sentido de tempo = singular)
6-) (B) Ainda existe muitas pessoas = existem
A - Há folheteiros que vivem (concorda com o objeto “folhete- (C) No trabalho em meio a tanta sujeira, havia altos riscos
rios”) (D) Eu passava a manhã no subterrâneo: quando era sete da manhã
B – A maior parte dos folheteiros vivem/vive (opcional) = eram
C – O folheteiro e sua família vivem (sujeito composto) (E) As companhias de limpeza, apenas recentemente, começou =
D – O grosso dos folheteiros vive/vivem (opcional) começaram
E – Cada um dos folheteiros vive = somente no singular
7-) Coloquei entre parênteses a forma verbal correta:
(A) Enquanto não se disporem (dispuserem) a considerar o cordel
sem preconceitos, as pessoas não serão capazes de fruir dessas criações COLOCAÇÃO DOS PRONOMES PESSOAIS
poéticas tão originais. OBLÍQUOS ÁTONOS.
(B) Ainda que nem sempre detenha o mesmo status atribuído à arte
erudita, o cordel vem sendo estudado hoje nas melhores universidades
do país.
(C) Rodolfo Coelho Cavalcante deve ter percebido que a situação
dos cordelistas não mudaria a não ser que eles mesmos requizessem
“CARO CANDIDATO, O TÓPICO ACIMA FOI ABOR-
(requeressem) o respeito que faziam por merecer.
DADO EM: CLASSIFICAÇÃO, FLEXÃO E EMPREGO DAS
(D) Se não proveem (provêm) do preconceito, a desvalorização e
PALAVRAS.”
a pouca visibilidade dessa arte popular tão rica só pode (podem) ser
resultado do puro e simples desconhecimento.
(E) Rodolfo Coelho Cavalcante entreveu (entreviu) que os proble-
mas dos cordelistas estavam diretamente ligados à falta de representa- FORMA E GRAFIA DE ALGUMAS
tividade. PALAVRAS E EXPRESSÕES: POR QUE/
8-) Fiz as correções entre parênteses:
POR QUÊ/ PORQUE/ PORQUÊ; ONDE/
a) O desenraizamento, não só entre intelectuais como entre os mais AONDE; MAS/MAIS; A/HÁ; DEMAIS/DE
diversos tipos de pessoas, das mais sofisticadas às mais humildes, são MAIS; MAL/MAU.
(é) cada vez mais comuns (comum) nos dias de hoje.
b) A importância de intelectuais como Edward Said e Tony Judt,
que não se furtaram ao debate sobre questões polêmicas de seu tempo,
não estão (está) apenas nos livros que escreveram.
c) Nada indica que o conflito no Oriente Médio entre árabes e ju- “CARO CANDIDATO, O TÓPICO ACIMA FOI ABOR-
deus, responsável por tantas mortes e tanto sofrimento, estejam (esteja) DADO EM: ORTOGRAFIA. ACENTUAÇÃO GRÁFICA.
próximos (próximo) de serem (ser) resolvidos (resolvido) ou pelo me- REFORMA ORTOGRÁFICA 2009.
nos de terem (ter) alguma trégua.
d) Intelectuais que têm compromisso apenas com a verdade, ainda
que conscientes de que esta é até certo ponto relativa, costumam en-
contrar muito mais detratores que admiradores.
e) No final do século XX já não se via (viam) muitos intelectuais e COESÃO E COERÊNCIA TEXTUAL.
escritores como Edward Said, que não apenas era (eram) notícia pelos
livros que publicavam como pelas posições que corajosamente assu-
miam.
Coesão
9-)
(A) Não há dúvida de que o estilo de vida... (dúvidas) = “há” per- Uma das propriedades que distinguem um texto de um amon-
maneceria no singular toado de frases é a relação existente entre os elementos que os
(B) O que não se sabe ... (ninguém nas regiões do planeta) = “sabe” constituem. A coesão textual é a ligação, a relação, a conexão entre
permaneceria no singular palavras, expressões ou frases do texto. Ela manifesta-se por ele-
(C) O consumo mundial não dá sinal de trégua ... (O consumo mentos gramaticais, que servem para estabelecer vínculos entre os
mundial de barris de petróleo) = “dá” permaneceria no singular componentes do texto. Observe:

Didatismo e Conhecimento 97
LÍNGUA PORTUGUESA
“O iraquiano leu sua declaração num bloquinho comum de “Já viu uma loucura desta, abandonar a faculdade no último
anotações, que segurava na mão.” ano?”
São anafóricos ou catafóricos os pronomes demonstrativos, os
Nesse período, o pronome relativo “que” estabelece conexão pronomes relativos, certos advérbios ou locuções adverbiais (nes-
entre as duas orações. O iraquiano leu sua declaração num blo- se momento, então, lá), o verbo fazer, o artigo definido, os prono-
quinho comum de anotações e segurava na mão, retomando na mes pessoais de 3ª pessoa (ele, o, a, os, as, lhe, lhes), os pronomes
segunda um dos termos da primeira: bloquinho. O pronome relati- indefinidos. Exemplos:
vo é um elemento coesivo, e a conexão entre as duas orações, um
“Ele era muito diferente de seu mestre, a quem sucedera na
fenômeno de coesão. Leia o texto que segue: cátedra de Sociologia na Universidade de São Paulo.”

Arroz-doce da infância O pronome relativo “quem” retoma o substantivo mestre.

Ingredientes “As pessoas simplificam Machado de Assis; elas o veem como


1 litro de leite desnatado um pensador cín iço e descrente do amor e da amizade.”
150g de arroz cru lavado
1 pitada de sal O pronome pessoal “elas” recupera o substantivo pessoas; o
4 colheres (sopa) de açúcar pronome pessoal “o” retoma o nome Machado de Assis.
1 colher (sobremesa) de canela em pó
“Os dois homens caminhavam pela calçada, ambos trajando
roupa escura.”
Preparo
Em uma panela ferva o leite, acrescente o arroz, a pitada de O numeral “ambos” retoma a expressão os dois homens.
sal e mexa sem parar até cozinhar o arroz. Adicione o açúcar e
deixe no fogo por mais 2 ou 3 minutos. Despeje em um recipiente, “Fui ao cinema domingo e, chegando lá, fiquei desanimado
polvilhe a canela. Sirva. com a fila.”
Cozinha Clássica Baixo Colesterol, nº4.
São Paulo, InCor, agosto de 1999, p. 42. O advérbio “lá” recupera a expressão ao cinema.

Toda receita culinária tem duas partes: lista dos ingredientes “O governador vai pessoalmente inaugurar a creche dos fun-
e modo de preparar. As informações apresentadas na primeira são cionários do palácio, e o fará para demonstrar seu apreço aos
servidores.”
retomadas na segunda. Nesta, os nomes mencionados pela primei-
ra vez na lista de ingredientes vêm precedidos de artigo definido, A forma verbal “fará” retoma a perífrase verbal vai inaugu-
o qual exerce, entre outras funções, a de indicar que o termo deter- rar e seu complemento.
minado por ele se refere ao mesmo ser a que uma palavra idêntica
já fizera menção. - Em princípio, o termo a que o anafórico se refere deve estar
No nosso texto, por exemplo, quando se diz que se adiciona o presente no texto, senão a coesão fica comprometida, como neste
açúcar, o artigo citado na primeira parte. Se dissesse apenas adi- exemplo:
cione açúcar, deveria adicionar, pois se trataria de outro açúcar,
diverso daquele citado no rol dos ingredientes. “André é meu grande amigo. Começou a namorá-la há vários
Há dois tipos principais de mecanismos de coesão: retomada meses.”
ou antecipação de palavras, expressões ou frases e encadeamento
A rigor, não se pode dizer que o pronome “la” seja um anafó-
de segmentos.
rico, pois não está retomando nenhuma das palavras citadas antes.
Exatamente por isso, o sentido da frase fica totalmente prejudica-
Retomada ou Antecipação por meio de uma palavra gramatical do: não há possibilidade de se depreender o sentido desse prono-
(pronome, verbos ou advérbios) me.
Pode ocorrer, no entanto, que o anafórico não se refira a ne-
“No mercado de trabalho brasileiro, ainda hoje não há total nhuma palavra citada anteriormente no interior do texto, mas que
igualdade entre homens e mulheres: estas ainda ganham menos do possa ser inferida por certos pressupostos típicos da cultura em que
que aqueles em cargos equivalentes.” se inscreve o texto. É o caso de um exemplo como este:

Nesse período, o pronome demonstrativo “estas” retoma o “O casamento teria sido às 20 horas. O noivo já estava de-
sesperado, porque eram 21 horas e ela não havia comparecido.”
termo mulheres, enquanto “aqueles” recupera a palavra homens.
Os termos que servem para retomar outros são denominados Por dados do contexto cultural, sabe-se que o pronome “ela”
anafóricos; os que servem para anunciar, para antecipar outros são é um anafórico que só pode estar-se referindo à palavra noiva.
chamados catafóricos. No exemplo a seguir, desta antecipa aban- Num casamento, estando presente o noivo, o desespero só pode ser
donar a faculdade no último ano: pelo atraso da noiva (representada por “ela” no exemplo citado).

Didatismo e Conhecimento 98
LÍNGUA PORTUGUESA
- O artigo indefinido serve geralmente para introduzir infor- Referência à força física que caracteriza o herói grego Hér-
mações novas ao texto. Quando elas forem retomadas, deverão ser cules.
precedidas do artigo definido, pois este é que tem a função de indi-
car que o termo por ele determinado é idêntico, em termos de valor “Um presidente da República tem uma agenda de trabalho
referencial, a um termo já mencionado. extremamente carregada. Deve receber ministros, embaixadores,
visitantes estrangeiros, parlamentares; precisa a todo momento
“O encarregado da limpeza encontrou uma carteira na sala tomar graves decisões que afetam a vida de muitas pessoas; ne-
de espetáculos. Curiosamente, a carteira tinha muito dinheiro cessita acompanhar tudo o que acontece no Brasil e no mundo.
dentro, mas nem um documento sequer.” Um presidente deve começar a trabalhar ao raiar do dia e termi-
nar sua jornada altas horas da noite.”
- Quando, em dado contexto, o anafórico pode referir-se a dois
termos distintos, há uma ruptura de coesão, porque ocorre uma A repetição do termo presidente estabelece a coesão entre o
ambiguidade insolúvel. É preciso que o texto seja escrito de tal último período e o que vem antes dele.
forma que o leitor possa determinar exatamente qual é a palavra
retomada pelo anafórico. “Observava as estrelas, os planetas, os satélites. Os astros
sempre o atraíram.
“Durante o ensaio, o ator principal brigou com o diretor por
causa da sua arrogância.” Os dois períodos estão relacionados pelo hiperônimo astros,
que recupera os hipônimos estrelas, planetas, satélites.
O anafórico “sua” pode estar-se referindo tanto à palavra ator
quanto a diretor. “Eles (os alquimistas) acreditavam que o organismo do ho-
mem era regido por humores (fluidos orgânicos) que percorriam,
“André brigou com o ex-namorado de uma amiga, que traba- ou apenas existiam, em maior ou menor intensidade em nosso cor-
lha na mesma firma.” po. Eram quatro os humores: o sangue, a fleuma (secreção pulmo-
nar), a bile amarela e a bile negra. E eram também estes quatro
Não se sabe se o anafórico “que” está se referindo ao termo fluidos ligados aos quatro elementos fundamentais: ao Ar (seco), à
amiga ou a ex-namorado. Permutando o anafórico “que” por “o Água (úmido), ao Fogo (quente) e à Terra (frio), respectivamente.”
qual” ou “a qual”, essa ambiguidade seria desfeita. Ziraldo. In: Revista Vozes, nº3, abril de 1970, p.18.

Retomada por palavra lexical Nesse texto, a ligação entre o segundo e o primeiro períodos
(substantivo, adjetivo ou verbo) se faz pela repetição da palavra humores; entre o terceiro e o se-
gundo se faz pela utilização do sinônimo fluidos.
Uma palavra pode ser retomada, que por uma repetição, quer É preciso manejar com muito cuidado a repetição de palavras,
por uma substituição por sinônimo, hiperônimo, hipônimo ou an- pois, se ela não for usada para criar um efeito de sentido de inten-
tonomásia. sificação, constituirá uma falha de estilo. No trecho transcrito a
Sinônimo é o nome que se dá a uma palavra que possui o seguir, por exemplo, fica claro o uso da repetição da palavra vice
mesmo sentido que outra, ou sentido bastante aproximado: injúria e outras parecidas (vicissitudes, vicejam, viciem), com a evidente
e afronta, alegre e contente. intenção de ridicularizar a condição secundária que um provável
Hiperônimo é um termo que mantém com outro uma relação flamenguista atribui ao Vasco e ao seu Vice-presidente:
do tipo contém/está contido;
Hipônimo é uma palavra que mantém com outra uma relação “Recebi por esses dias um e-mail com uma série de piadas
do tipo está contido/contém. O significado do termo rosa está con- sobre o pouco simpático Eurico Miranda. Faltam-me provas, mas
tido no de flor e o de flor contém o de rosa, pois toda rosa é uma tudo leva a crer que o remetente seja um flamenguista.”
flor, mas nem toda flor é uma rosa. Flor é, pois, hiperônimo de Segundo o texto, Eurico nasceu para ser vice: é vice-presiden-
rosa, e esta palavra é hipônimo daquela. te do clube, vice-campeão carioca e bi vice-campeão mundial. E
Antonomásia é a substituição de um nome próprio por um isso sem falar do vice no Carioca de futsal, no Carioca de basquete,
nome comum ou de um comum por um próprio. Ela ocorre, prin- no Brasileiro de basquete e na Taça Guanabara. São vicissitudes
cipalmente, quando uma pessoa célebre é designada por uma ca- que vicejam. Espero que não viciem.
racterística notória ou quando o nome próprio de uma personagem José Roberto Torero. In: Folha de S. Paulo, 08/03/2000, p.
famosa é usada para designar outras pessoas que possuam a mes- 4-7.
ma característica que a distingue:
A elipse é o apagamento de um segmento de frase que pode
“O rei do futebol (=Pelé) som podia ser um brasileiro.” ser facilmente recuperado pelo contexto. Também constitui um
expediente de coesão, pois é o apagamento de um termo que seria
“O herói de dois mundos (=Garibaldi) foi lembrado numa repetido, e o preenchimento do vazio deixado pelo termo apagado
recente minissérie de tevê.” (=elíptico) exige, necessariamente, que se faça correlação com ou-
tros termos presentes no contexto, ou referidos na situação em que
Referência ao fato notório de Giuseppe Garibaldi haver lutado se desenrola a fala.
pela liberdade na Europa e na América. Vejamos estes versos do poema “Círculo vicioso”, de Macha-
“Ele é um hércules (=um homem muito forte). do de Assis:

Didatismo e Conhecimento 99
LÍNGUA PORTUGUESA
(...) Se fosse utilizado, nesse caso, o conector “portanto”, o resul-
Mas a lua, fitando o sol, com azedume: tado seria um paradoxo semântico, pois esse operador discursivo
liga dois segmentos com a mesma orientação argumentativa, sen-
“Mísera! Tivesse eu aquela enorme, aquela do o segmento introduzido por ele a conclusão do anterior.
Claridade imorta, que toda a luz resume!”
Obra completa. Rio de Janeiro, Nova Aguilar, 1979, v.III, - Gradação: há operadores que marcam uma gradação numa
p. 151. série de argumentos orientados para uma mesma conclusão. Divi-
dem-se eles, em dois subtipos: os que indicam o argumento mais
Nesse caso, o verbo dizer, que seria enunciado antes daquilo forte de uma série: até, mesmo, até mesmo, inclusive, e os que
que disse a lua, isto é, antes das aspas, fica subentendido, é omitido subentendem uma escala com argumentos mais fortes: ao menos,
por ser facilmente presumível. pelo menos, no mínimo, no máximo, quando muito.
Qualquer segmento da frase pode sofrer elipse. Veja que, no
“Ele é um bom conferencista: tem uma voz bonita, é bem arti-
exemplo abaixo, é o sujeito meu pai que vem elidido (ou apagado)
culado, conhece bem o assunto de que fala e é até sedutor.”
antes de sentiu e parou:
Toda a série de qualidades está orientada no sentido de com-
“Meu pai começou a andar novamente, sentiu a pontada no provar que ele é bom conferencista; dentro dessa série, ser sedutor
peito e parou.” é considerado o argumento mais forte.
Pode ocorrer também elipse por antecipação. No exemplo que “Ele é ambicioso e tem grande capacidade de trabalho. Che-
segue, aquela promoção é complemento tanto de querer quanto de gará a ser pelo menos diretor da empresa.”
desejar, no entanto aparece apenas depois do segundo verbo:
Pelo menos introduz um argumento orientado no mesmo
“Ficou muito deprimido com o fato de ter sido preferido. Afi- sentido de ser ambicioso e ter grande capacidade de trabalho; por
nal, queria muito, desejava ardentemente aquela promoção.” outro lado, subentende que há argumentos mais fortes para com-
provar que ele tem as qualidades requeridas dos que vão longe
Quando se faz essa elipse por antecipação com verbos que têm (por exemplo, ser presidente da empresa) e que se está usando o
regência diferente, a coesão é rompida. Por exemplo, não se deve menos forte; ao menos, pelo menos e no mínimo ligam argumentos
dizer “Conheço e gosto deste livro”, pois o verbo conhecer rege de valor positivo.
complemento não introduzido por preposição, e a elipse retoma
o complemento inteiro, portanto teríamos uma preposição inde- “Ele não é bom aluno. No máximo vai terminar o segundo
vida: “Conheço (deste livro) e gosto deste livro”. Em “Implico grau.”
e dispenso sem dó os estranhos palpiteiros”, diferentemente, no
complemento em elipse faltaria a preposição “com” exigida pelo No máximo introduz um argumento orientado no mesmo sen-
verbo implicar. tido de ter muita dificuldade de aprender; supõe que há uma escala
Nesses casos, para assegurar a coesão, o recomendável é co- argumentativa (por exemplo, fazer uma faculdade) e que se está
locar o complemento junto ao primeiro verbo, respeitando sua usando o argumento menos forte da escala no sentido de provar a
regência, e retomá-lo após o segundo por um anafórico, acres- afirmação anterior; no máximo e quando muito estabelecem liga-
centando a preposição devida (Conheço este livro e gosto dele) ção entre argumentos de valor depreciativo.
ou eliminando a indevida (Implico com estranhos palpiteiros e os
- Conjunção Argumentativa: há operadores que assinalam
dispenso sem dó).
uma conjunção argumentativa, ou seja, ligam um conjunto de ar-
gumentos orientados em favor de uma dada conclusão: e, também,
Coesão por Conexão
ainda, nem, não só... mas também, tanto... como, além de, a par
de.
Há na língua uma série de palavras ou locuções que são res-
ponsáveis pela concatenação ou relação entre segmentos do texto. “Se alguém pode tomar essa decisão é você. Você é o diretor
Esses elementos denominam-se conectores ou operadores discur- da escola, é muito respeitado pelos funcionários e também é muito
sivos. Por exemplo: visto que, até, ora, no entanto, contudo, ou querido pelos alunos.”
seja.
Note-se que eles fazem mais do que ligar partes do texto: es- Arrolam-se três argumentos em favor da tese que é o interlo-
tabelecem entre elas relações semânticas de diversos tipos, como cutor quem pode tomar uma dada decisão. O último deles é intro-
contrariedade, causa, consequência, condição, conclusão, etc. Es- duzido por “e também”, que indica um argumento final na mesma
sas relações exercem função argumentativa no texto, por isso os direção argumentativa dos precedentes.
operadores discursivos não podem ser usados indiscriminadamente. Esses operadores introduzem novos argumentos; não signifi-
Na frase “O time apresentou um bom futebol, mas não alcan- cam, em hipótese nenhuma, a repetição do que já foi dito. Ou seja,
çou a vitória”, por exemplo, o conector “mas” está adequadamen- só podem ser ligados com conectores de conjunção segmentos que
te usado, pois ele liga dois segmentos com orientação argumenta- representam uma progressão discursiva. É possível dizer “Dis-
tiva contrária. farçou as lágrimas que o assaltaram e continuou seu discurso”,

Didatismo e Conhecimento 100


LÍNGUA PORTUGUESA
porque o segundo segmento indica um desenvolvimento da expo- Suponhamos, agora, que o técnico tivesse invertido os seg-
sição. Não teria cabimento usar operadores desse tipo para ligar mentos na sua fala:
dois segmentos como “Disfarçou as lágrimas que o assaltaram e
escondeu o choro que tomou conta dele”. “ Qualquer atleta do time principal é tão bom quanto os das
divisões de base.”
- Disjunção Argumentativa: há também operadores que in-
dicam uma disjunção argumentativa, ou seja, fazem uma conexão Nesse caso, seu argumento seria contra a necessidade da pro-
entre segmentos que levam a conclusões opostas, que têm orienta- moção, pois ele estaria declarando que os atletas do time principal
ção argumentativa diferente: ou, ou então, quer... quer, seja... seja, são tão bons quanto os das divisões de base.
caso contrário, ao contrário.
- Explicação ou Justificativa: há operadores que introduzem
“Não agredi esse imbecil. Ao contrário, ajudei a separar a uma explicação ou uma justificativa em relação ao que foi dito
briga, para que ele não apanhasse.” anteriormente: porque, já que, que, pois.
O argumento introduzido por ao contrário é diametralmente
“Já que os Estados Unidos invadiram o Iraque sem autori-
oposto àquele de que o falante teria agredido alguém.
zação da ONU, devem arcar sozinhos com os custos da guerra.”
- Conclusão: existem operadores que marcam uma conclusão
em relação ao que foi dito em dois ou mais enunciados anteriores Já que inicia um argumento que dá uma justificativa para a
(geralmente, uma das afirmações de que decorre a conclusão fica tese de que os Estados Unidos devam arcar sozinhos com o custo
implícita, por manifestar uma voz geral, uma verdade universal- da guerra contra o Iraque.
mente aceita): logo, portanto, por conseguinte, pois (o pois é con-
clusivo quando não encabeça a oração). - Contrajunção: os operadores discursivos que assinalam
uma relação de contrajunção, isto é, que ligam enunciados com
“Essa guerra é uma guerra de conquista, pois visa ao contro- orientação argumentativa contrária, são as conjunções adversati-
le dos fluxos mundiais de petróleo. Por conseguinte, não é moral- vas (mas, contudo, todavia, no entanto, entretanto, porém) e as
mente defensável.” concessivas (embora, apesar de, apesar de que, conquanto, ainda
que, posto que, se bem que).
Por conseguinte introduz uma conclusão em relação à afirma- Qual é a diferença entre as adversativas e as concessivas, se
ção exposta no primeiro período. tanto umas como outras ligam enunciados com orientação argu-
mentativa contrária?
- Comparação: outros importantes operadores discursivos são Nas adversativas, prevalece a orientação do segmento intro-
os que estabelecem uma comparação de igualdade, superioridade duzido pela conjunção.
ou inferioridade entre dois elementos, com vistas a uma conclusão
contrária ou favorável a certa ideia: tanto... quanto, tão... como, “O atleta pode cair por causa do impacto, mas se levanta
mais... (do) que. mais decidido a vencer.”

“Os problemas de fuga de presos serão tanto mais graves Nesse caso, a primeira oração conduz a uma conclusão negati-
quanto maior for a corrupção entre os agentes penitenciários.” va sobre um processo ocorrido com o atleta, enquanto a começada
pela conjunção “mas” leva a uma conclusão positiva. Essa segun-
O comparativo de igualdade tem no texto uma função argu- da orientação é a mais forte.
mentativa: mostrar que o problema da fuga de presos cresce à me- Compare-se, por exemplo, “Ela é simpática, mas não é boni-
dida que aumenta a corrupção entre os agentes penitenciários; por ta” com “Ela não é bonita, mas é simpática”. No primeiro caso, o
isso, os segmentos podem até ser permutáveis do ponto de vista
que se quer dizer é que a simpatia é suplantada pela falta de beleza;
sintático, mas não o são do ponto de vista argumentativo, pois não
no segundo, que a falta de beleza perde relevância diante da sim-
há igualdade argumentativa proposta, “Tanto maior será a cor-
patia. Quando se usam as conjunções adversativas, introduz-se um
rupção entre os agentes penitenciários quanto mais grave for o
problema da fuga de presos”. argumento com vistas a determinada conclusão, para, em seguida,
Muitas vezes a permutação dos segmentos leva a conclusões apresentar um argumento decisivo para uma conclusão contrária.
opostas: Imagine-se, por exemplo, o seguinte diálogo entre o dire- Com as conjunções concessivas, a orientação argumentativa
tor de um clube esportivo e o técnico de futebol: que predomina é a do segmento não introduzido pela conjunção.

“ Precisamos promover atletas das divisões de base para “Embora haja conexão entre saber escrever e saber gramáti-
reforçar nosso time. ca, trata-se de capacidades diferentes.”
Qualquer atleta das divisões de base é tão bom quanto os A oração iniciada por “embora” apresenta uma orientação ar-
do time principal.” gumentativa no sentido de que saber escrever e saber gramática
Nesse caso, o argumento do técnico é a favor da promoção, são duas coisas interligadas; a oração principal conduz à direção
pois ele declara que qualquer atleta das divisões de base tem, pelo argumentativa contrária.
menos, o mesmo nível dos do time principal, o que significa que Quando se utilizam conjunções concessivas, a estratégia ar-
estes não primam exatamente pela excelência em relação aos ou- gumentativa é a de introduzir no texto um argumento que, embo-
tros. ra tido como verdadeiro, será anulado por outro mais forte com

Didatismo e Conhecimento 101


LÍNGUA PORTUGUESA
orientação contrária. “Vou-me casar neste final de semana. Ou melhor, vou passar
A diferença entre as adversativas e as concessivas, portanto, é a viver junto com minha namorada.”
de estratégia argumentativa. Compare os seguintes períodos:
O conector inicia um segmento que retifica o que foi dito an-
“Por mais que o exército tivesse planejado a operação (argu- tes.
mento mais fraco), a realidade mostrou-se mais complexa (argu- Esses operadores servem também para marcar um esclareci-
mento mais forte).” mento, um desenvolvimento, uma redefinição do conteúdo enun-
“O exército planejou minuciosamente a operação (argumen- ciado anteriormente. Exemplo:
to mais fraco), mas a realidade mostrou-se mais complexa (argu-
mento mais forte).” “A última tentativa de proibir a propaganda de cigarros nas
corridas de Fórmula 1 não vingou. De fato, os interesses dos fabri-
- Argumento Decisivo: há operadores discursivos que intro- cantes mais uma vez prevaleceram sobre os da saúde.”
duzem um argumento decisivo para derrubar a argumentação con-
trária, mas apresentando-o como se fosse um acréscimo, como se O conector introduz um esclarecimento sobre o que foi dito
fosse apenas algo mais numa série argumentativa: além do mais, antes.
além de tudo, além disso, ademais. Servem ainda para assinalar uma atenuação ou um reforço do
conteúdo de verdade de um enunciado. Exemplo:
“Ele está num período muito bom da vida: começou a namo-
rar a mulher de seus sonhos, foi promovido na empresa, recebeu “Quando a atual oposição estava no comando do país, não
um prêmio que ambicionava havia muito tempo e, além disso, ga- fez o que exige hoje que o governo faça. Ao contrário, suas políti-
nhou uma bolada na loteria.” cas iam na direção contrária do que prega atualmente.

O operador discursivo introduz o que se considera a prova O conector introduz um argumento que reforça o que foi dito
mais forte de que “Ele está num período muito bom da vida”; no antes.
entanto, essa prova é apresentada como se fosse apenas mais uma.
- Explicação: há operadores que desencadeiam uma explica-
- Generalização ou Amplificação: existem operadores que ção, uma confirmação, uma ilustração do que foi afirmado antes:
assinalam uma generalização ou uma amplificação do que foi dito assim, desse modo, dessa maneira.
antes: de fato, realmente, como aliás, também, é verdade que.
“O exército inimigo não desejava a paz. Assim, enquanto se
processavam as negociações, atacou de surpresa.”
“O problema da erradicação da pobreza passa pela geração
de empregos. De fato, só o crescimento econômico leva ao aumen-
O operador introduz uma confirmação do que foi afirmado
to de renda da população.”
antes.
O conector introduz uma amplificação do que foi dito antes.
Coesão por Justaposição
“Ele é um técnico retranqueiro, como aliás o são todos os que É a coesão que se estabelece com base na sequência dos enun-
atualmente militam no nosso futebol. ciados, marcada ou não com sequenciadores. Examinemos os prin-
O conector introduz uma generalização ao que foi afirmado: cipais sequenciadores.
não “ele”, mas todos os técnicos do nosso futebol são retranquei-
ros. - Sequenciadores Temporais: são os indicadores de anterio-
ridade, concomitância ou posterioridade: dois meses depois, uma
- Especificação ou Exemplificação: também há operadores semana antes, um pouco mais tarde, etc. (são utilizados predomi-
que marcam uma especificação ou uma exemplificação do que foi nantemente nas narrações).
afirmado anteriormente: por exemplo, como.
“Uma semana antes de ser internado gravemente doente, ele
“A violência não é um fenômeno que está disseminado apenas esteve conosco. Estava alegre e cheio de planos para o futuro.”
entre as camadas mais pobres da população. Por exemplo, é cres- - Sequenciadores Espaciais: são os indicadores de posição
cente o número de jovens da classe média que estão envolvidos em relativa no espaço: à esquerda, à direita, junto de, etc. (são usados
toda sorte de delitos, dos menos aos mais graves.” principalmente nas descrições).
Por exemplo assinala que o que vem a seguir especifica,
exemplifica a afirmação de que a violência não é um fenômeno “A um lado, duas estatuetas de bronze dourado, represen-
adstrito aos membros das “camadas mais pobres da população”. tando o amor e a castidade, sustentam uma cúpula oval de forma
ligeira, donde se desdobram até o pavimento bambolins de cassa
- Retificação ou Correção: há ainda os que indicam uma re- finíssima. (...) Do outro lado, há uma lareira, não de fogo, que o
tificação, uma correção do que foi afirmado antes: ou melhor, de dispensa nosso ameno clima fluminense, ainda na maior força do
fato, pelo contrário, ao contrário, isto é, quer dizer, ou seja, em inverno.”
outras palavras. Exemplo: José de Alencar. Senhora.
São Paulo, FTD, 1992, p. 77.

Didatismo e Conhecimento 102


LÍNGUA PORTUGUESA
- Sequenciadores de Ordem: são os que assinalam a ordem Para que um conjunto de frases constitua um texto, não bas-
dos assuntos numa exposição: primeiramente, em segunda, a se- ta que elas estejam coesas: se não tiverem unidade de sentido,
guir, finalmente, etc. mesmo que aparentemente organizadas, elas não passarão de um
amontoado injustificado. Exemplo:
“Para mostrar os horrores da guerra, falarei, inicialmente,
das agruras por que passam as populações civis; em seguida, dis- “Vivo há muitos anos em São Paulo. A cidade tem excelentes
correrei sobre a vida dos soldados na frente de batalha; finalmen- restaurantes. Ela tem bairros muito pobres. Também o Rio de Ja-
te, exporei suas consequências para a economia mundial e, por- neiro tem favelas.”
tanto, para a vida cotidiana de todos os habitantes do planeta.”
Todas as frases são coesas. O hiperônimo cidade retoma o
- Sequenciadores para Introdução: são os que, na conver- substantivo São Paulo, estabelecendo uma relação entre o segun-
sação principalmente, servem para introduzir um tema ou mudar do e o primeiro períodos. O pronome “ela” recupera a palavra
de assunto: a propósito, por falar nisso, mas voltando ao assunto, cidade, vinculando o terceiro ao segundo período. O operador tam-
fazendo um parêntese, etc.
bém realiza uma conjunção argumentativa, relacionando o quar-
to período ao terceiro. No entanto, esse conjunto não é um texto,
“Joaquim viveu sempre cercado do carinho de muitas pes-
pois não apresenta unidade de sentido, isto é, não tem coerência. A
soas. A propósito, era um homem que sabia agradar às mulheres.”
coesão, portanto, é condição necessária, mas não suficiente, para
- Operadores discursivos não explicitados: se o texto for produzir um texto.
construído sem marcadores de sequenciação, o leitor deverá in-
ferir, a partir da ordem dos enunciados, os operadores discursivos Coerência
não explicitados na superfície textual. Nesses casos, os lugares dos
diferentes conectores estarão indicados, na escrita, pelos sinais de Infância
pontuação: ponto-final, vírgula, ponto-e-vírgula, dois-pontos.
O camisolão
“A reforma política é indispensável. Sem a existência da fide- O jarro
lidade partidária, cada parlamentar vota segundo seus interesses O passarinho
e não de acordo com um programa partidário. Assim, não há ba- O oceano
ses governamentais sólidas.” A vista na casa que a gente sentava no sofá

Esse texto contém três períodos. O segundo indica a causa Adolescência


de a reforma política ser indispensável. Portanto o ponto-final do
primeiro período está no lugar de um porque. Aquele amor
Nem me fale
A língua tem um grande número de conectores e sequencia-
dores. Apresentamos os principais e explicamos sua função. É pre- Maturidade
ciso ficar atento aos fenômenos de coesão. Mostramos que o uso
inadequado dos conectores e a utilização inapropriada dos anafó- O Sr. e a Sra. Amadeu
ricos ou catafóricos geram rupturas na coesão, o que leva o texto a Participam a V. Exa.
não ter sentido ou, pelo menos, a não ter o sentido desejado. Outra O feliz nascimento
falha comum no que tange a coesão é a falta de partes indispensá-
De sua filha
veis da oração ou do período. Analisemos este exemplo:
Gilberta
Velhice
“As empresas que anunciaram que apoiariam a campanha de
combate à fome que foi lançada pelo governo federal.”
O período compõe-se de: O netinho jogou os óculos
- As empresas Na latrina
- que anunciaram (oração subordinada adjetiva restritiva da Oswaldo de Andrade. Poesias reunidas.
primeira oração) 4ª Ed. Rio de Janeiro
- que apoiariam a campanha de combate à fome (oração su- Civilização Brasileira, 1974, p. 160-161.
bordinada substantiva objetiva direta da segunda oração)
- que foi lançada pelo governo federal (oração subordinada Talvez o que mais chame a atenção nesse poema, ao menos à
adjetiva restritiva da terceira oração). primeira vista, seja a ausência de elementos de coesão, quer reto-
mando o que foi dito antes, quer encadeando segmentos textuais.
Observe-se que falta o predicado da primeira oração. Quem No entanto, percebemos nele um sentido unitário, sobretudo se
escreveu o período começou a encadear orações subordinadas e soubermos que o seu título é “As quatro gares”, ou seja, as quatro
“esqueceu-se” de terminar a principal. estações.
Quebras de coesão desse tipo são mais comuns em períodos Com essa informação, podemos imaginar que se trata de fla-
longos. No entanto, mesmo quando se elaboram períodos curtos é shes de cada uma das quatro grandes fases da vida: a infância, a
preciso cuidar para que sejam sintaticamente completos e para que adolescência, a maturidade e a velhice. A primeira é caracterizada
suas partes estejam bem conectadas entre si. pelas descobertas (o oceano), por ações (o jarro, que certamente a

Didatismo e Conhecimento 103


LÍNGUA PORTUGUESA
criança quebrara; o passarinho que ela caçara) e por experiências Coerência Narrativa
marcantes (a visita que se percebia na sala apropriada e o cami-
solão que se usava para dormir); a segunda é caracterizada por A coerência narrativa consiste no respeito às implicações ló-
amores perdidos, de que não se quer mais falar; a terceira, pela gicas entre as partes do relato. Por exemplo, para que um sujeito
formalidade e pela responsabilidade indicadas pela participação realize uma ação, é preciso que ele tenha competência para tanto,
formal do nascimento da filha; a última, pela condescendência ou seja, que saiba e possa efetuá-la. Constitui, então, incoerên-
para com a traquinagem do neto (a quem cabe a vez de assumir cia narrativa o seguinte exemplo: o narrador conta que foi a uma
a ação). A primeira parte é uma sucessão de palavras; a segunda, festa onde todos fumavam e, por isso, a espessa fumaça impedia
uma frase em que falta um nexo sintático; a terceira, a participação que se visse qualquer coisa; de repente, sem mencionar nenhuma
do nascimento de uma filha; e a quarta, uma oração completa, po- mudança dessa situação, ele diz que se encostou a uma coluna e
rém aparentemente desgarrada das demais. passou a observar as pessoas, que eram ruivas, loiras, morenas.
Como se explica que sejamos capazes de entender esse poema Se o narrador diz que não podia enxergar nada, é incoerente dizer
em seus múltiplos sentidos, apesar da falta de marcadores de coe- que via as pessoas com tanta nitidez. Em outros termos, se nega a
são entre as partes? competência para a realização de um desempenho qualquer, esse
A explicação está no fato de que ele tem uma qualidade indis- desempenho não pode ocorrer. Isso por respeito às leis da coerên-
pensável para a existência de um texto: a coerência. cia narrativa. Observe outro exemplo:
Que é a unidade de sentido resultante da relação que se esta-
“Pior fez o quarto-zagueiro Edinho Baiano, do Paraná Clu-
belece entre as partes do texto. Uma ideia ajuda a compreender a
be, entrevistado por um repórter da Rádio Cidade. O Paraná tinha
outra, produzindo um sentido global, à luz do qual cada uma das
tomado um balaio de gols do Guarani de Campinas, alguns dias
partes ganha sentido. No poema acima, os subtítulos “Infância”,
antes. O repórter queria saber o que tinha acontecido. Edinho não
“Adolescência”, “Maturidade” e “Velhice” garantem essa unidade.
teve dúvida sobre os motivos:
Colocar a participação formal do nascimento da filha, por exem- Como a gente já esperava, fomos surpreendidos pelo ata-
plo, sob o título “Maturidade” dá a conotação da responsabilida- que do Guarani.”
de habitualmente associada ao indivíduo adulto e cria um sentido Ernâni Buchman. In: Folha de Londrina.
unitário.
Esse texto, como outros do mesmo tipo, comprova que um A surpresa implica o inesperado. Não se pode ser surpreendi-
conjunto de enunciados pode formar um todo coerente mesmo sem do com o que já se esperava que acontecesse.
a presença de elementos coesivos, isto é, mesmo sem a presença
explícita de marcadores de relação entre as diferentes unidades lin- Coerência Argumentativa
guísticas. Em outros termos, a coesão funciona apenas como um
mecanismo auxiliar na produção da unidade de sentido, pois esta A coerência argumentativa diz respeito às relações de im-
depende, na verdade, das relações subjacentes ao texto, da não- plicação ou de adequação entre premissas e conclusões ou entre
contradição entre as partes, da continuidade semântica, em síntese, afirmações e consequências. Não é possível alguém dizer que é a
da coerência. favor da pena de morte porque é contra tirar a vida de alguém. Da
A coerência é um fator de interpretabilidade do texto, pois mesma forma, é incoerente defender o respeito à lei e à Constitui-
possibilita que todas as suas partes sejam englobadas num único ção Brasileira e ser favorável à execução de assaltantes no interior
significado que explique cada uma delas. Quando esse sentido não de prisões.
pode ser alcançado por faltar relação de sentido entre as partes, Muitas vezes, as conclusões não são adequadas às premissas.
lemos um texto incoerente, como este: Não há coerência, por exemplo, num raciocínio como este:
A todo ser humano foi dado o direito de opção entre a medio-
cridade de uma vida que se acomoda e a grandeza de uma vida Há muitos servidores públicos no Brasil que são verdadeiros
voltada para o aprimoramento intelectual. marajás.
A adolescência é uma fase tão difícil que todos enfrentam. De O candidato a governador é funcionário público.
repente vejo que não sou mais uma “criancinha” dependente do Portanto o candidato é um marajá.
“papai”. Chegou a hora de me decidir! Tenho que escolher uma
profissão para me realizar e ser independente financeiramente. Segundo uma lei da lógica formal, não se pode concluir nada
No país em que vivemos, que predomina o capitalismo, o mais com certeza baseado em duas premissas particulares. Dizer que
rico sempre é quem vence! muitos servidores públicos são marajás não permite concluir que
Apud: J. A. Durigan, M. B. M. Abaurre e Y. F. Vieira (orgs). qualquer um seja.
A magia da mudança. Campinas, Unicamp, 1987, p. 53. A falta de relação entre o que se diz e o que foi dito anterior-
mente também constitui incoerência. É o que se vê neste diálogo:
Nesses parágrafos, vemos três temas (direito de opção; adoles-
cência e escolha profissional; relações sociais sob o capitalismo) “ Vereador, o senhor é a favor ou contra o pagamento de
que mantêm relações muito tênues entre si. Esse fato, prejudicando pedágio para circular no centro da cidade?
a continuidade semântica entre as partes, impede a apreensão do É preciso melhorar a vida dos habitantes das grandes ci-
todo e, portanto, configura um texto incoerente. dades. A degradação urbana atinge a todos nós e, por conseguin-
Há no texto, vários tipos de relação entre as partes que o com- te, é necessário reabilitar as áreas que contam com abundante
põem, e, por isso, costuma-se falar em vários níveis de coerência. oferta de serviços públicos.”

Didatismo e Conhecimento 104


LÍNGUA PORTUGUESA
Coerência Figurativa Ninguém há de negar a incoerência de um texto como este:
Saltou para a rua, abriu a janela do 5º andar e deixou um bilhe-
A coerência figurativa refere-se à compatibilidade das figuras te no parapeito explicando a razão de seu suicídio, em que há
que manifestam determinado tema. Para que o leitor possa per- evidente violação da lei sucessivamente dos eventos. Entretanto
ceber o tema que está sendo veiculado por uma série de figuras talvez nem todo mundo concorde que seja incoerente incluir guar-
encadeadas, estas precisam ser compatíveis umas com as outras. danapos de papel no jantar do Itamarati descrito no item sobre
Seria estranho (para dizer o mínimo) que alguém, ao descrever um coerência figurativa, alguém poderia objetivar que é preconceito
jantar oferecido no palácio do Itamarati a um governador estran- considerá-los inadequados. Então, justifica-se perguntar: o que,
geiro, depois de falar de baixela de prata, porcelana finíssima, flo- afinal, determina se um texto é ou não coerente?
res, candelabros, toalhas de renda, incluísse no percurso figurativo A natureza da coerência está relacionada a dois conceitos bá-
guardanapos de papel. sicos de verdade: adequação à realidade e conformidade lógica
entre os enunciados.
Coerência Temporal Vimos que temos diferentes níveis de coerência: narrativa, ar-
gumentativa, figurativa, etc. Em cada nível, temos duas espécies
Por coerência temporal entende-se aquela que concerne à su- diversas de coerência:
cessão dos eventos e à compatibilidade dos enunciados do ponto - extratextual: aquela que diz respeito à adequação entre o
de vista de sua localização no tempo. Não se poderia, por exemplo, texto e uma “realidade” exterior a ele.
dizer: “O assassino foi executado na câmara de gás e, depois, - intratextual: aquela que diz respeito à compatibilidade, à
condenado à morte”. adequação, à não-contradição entre os enunciados do texto.

Coerência Espacial A exterioridade a que o conteúdo do texto deve ajustar-se


pode ser:
A coerência espacial diz respeito à compatibilidade dos enun- - o conhecimento do mundo: o conjunto de dados referentes
ciados do ponto de vista da localização no espaço. Seria incoeren- ao mundo físico, à cultura de um povo, ao conteúdo das ciências,
te, por exemplo, o seguinte texto: “O filme ‘A Marvada Carne’ etc. que constitui o repertório com que se produzem e se entendem
mostra a mudança sofrida por um homem que vivia lá no interior e textos. O período “O homem olhou através das paredes e viu onde
encanta-se com a agitação e a diversidade da vida na capital, pois os bandidos escondiam a vítima que havia sido sequestrada” é
aqui já não suportava mais a mesmice e o tédio”. Dizendo lá no incoerente, pois nosso conhecimento do mundo diz que homens
interior, o enunciador dá a entender que seu pronunciamento está não vêem através das paredes. Temos, então, uma incoerência fi-
sendo feito de algum lugar distante do interior; portanto ele não gurativa extratextual.
poderia usar o advérbio “aqui” para localizar “a mesmice” e “o - os mecanismos semânticos e gramaticais da língua: o con-
tédio” que caracterizavam a vida interiorana da personagem. Em junto dos conhecimentos sobre o código linguístico necessário à
síntese, não é coerente usar “lá” e “aqui” para indicar o mesmo codificação de mensagens decodificáveis por outros usuários da
lugar. mesma língua. O texto seguinte, por exemplo, está absolutamente
Coerência do Nível de Linguagem Utilizado sem sentido por inobservância de mecanismos desse tipo:
“Conscientizar alunos pré-sólidos ao ingresso de uma carrei-
A coerência do nível de linguagem utilizado é aquela que con-
ra universitária informações críticas a respeito da realidade pro-
cerne à compatibilidade do léxico e das estruturas morfossintáti-
fissional a ser optada. Deve ser ciado novos métodos criativos nos
cas com a variante escolhida numa dada situação de comunicação.
ensinos de primeiro e segundo grau: estimulando o aluno a forma-
Ocorre incoerência relacionada ao nível de linguagem quando, por
ção crítica de suas ideias as quais, serão a praticidade cotidiana.
exemplo, o enunciador utiliza um termo chulo ou pertencente à
Aptidões pessoais serão associadas a testes vocacionais sérios de
linguagem informal num texto caracterizado pela norma culta for-
maneira discursiva a analisar conceituações fundamentais.”
mal. Tanto sabemos que isso não é permitido que, quando o faze-
mos, acrescentamos uma ressalva: com perdão da palavra, se me
Apud: J. A. Durigan et alii. Op. cit., p. 58.
permitem dizer. Observe um exemplo de incoerência nesse nível:

“Tendo recebido a notificação para pagamento da chama-


Fatores de Coerência
da taxa do lixo, ouso dirigir-me a V. Exª, senhora prefeita, para
expor-lhe minha inconformidade diante dessa medida, porque o
- O contexto: para uma dada unidade linguística, funcio-
IPTU foi aumentado, no governo anterior, de 0,6% para 1% do
na como contexto a unidade linguística maior que ela: a sílaba é
valor venal do imóvel exatamente para cobrir as despesas da mu-
nicipalidade com os gastos de coleta e destinação dos resíduos só- contexto para o fonema; a palavra, para a sílaba; a oração, para a
lidos produzidos pelos moradores de nossa cidade. Francamente, palavra; o período, para a oração; o texto, para o período, e assim
achei uma sacanagem esta armação da Prefeitura: jogar mais um por diante.
gasto nas costas da gente.”
“Um chopps, dois pastel, o polpettone do Jardim de Napo-
Como se vê, o léxico usado no último período do texto destoa li, cruzar a Ipiranga com a avenida São João, o “Parmera”, o
completamente do utilizado no período anterior. “Curíntia”, todo mundo estar usando cinto de segurança.”

Didatismo e Conhecimento 105


LÍNGUA PORTUGUESA
À primeira vista, parece não haver nenhuma coerência na enu- cimento de mundo, assim como o detalhe de que ele ocorreu no dia
meração desses elementos. Quando ficamos sabendo, no entanto, 1º de abril, mas sua comemoração foi mudada para 31 de março,
que eles fazem parte de um texto intitulado “100 motivos para para evitar relações entre o evento e o “dia da mentira”.
gostar de São Paulo”, o que aparentemente era caótico torna-se
coerente: - As regras do gênero:

100 motivos para gostar de São Paulo “O homem olhou através das paredes e viu onde os bandidos
escondiam a vítima que havia sido sequestrada.”
1. Um chopps
2. E dois pastel Essa frase é incoerente no discurso cotidiano, mas é comple-
(...) tamente coerente no mundo criado pelas histórias de super-heróis,
5. O polpettone do Jardim de Napoli em que o Super-Homem, por exemplo, tem força praticamente
(...) ilimitada; pode voar no espaço a uma velocidade igual à da luz;
30. Cruzar a Ipiranga com a av. São João quando ultrapassa essa velocidade, vence a barreira do tempo e
pode transferir-se para outras épocas; seus olhos de raios X permi-
(...)
tem-lhe ver através de qualquer corpo, a distâncias infinitas, etc.
43. O “Parmera”
Nosso conhecimento de mundo não é restrito ao que efetiva-
(...) mente existe, ao que se pode ver, tocar, etc.: ele inclui também os
45. O “Curíntia” mundos criados pela linguagem nos diferentes gêneros de texto,
(..) ficção científica, contos maravilhosos, mitos, discurso religioso,
59. Todo mundo estar usando cinto de segurança etc., regidos por outras lógicas. Assim, o que é incoerente num
(...) determinado gênero não o é, necessariamente, em outro.

O texto apresenta os traços culturais da cidade, e todos con- - O sentido não literal:
vergem para um único significado: a celebração da capital do esta-
do de São Paulo no seu aniversário. Os dois primeiros itens de nos- “As verdes ideias incolores dormem, mas poderão explodir a
so exemplo referem-se a marcas linguísticas do falar paulistano; o qualquer momento.”
terceiro, a um prato que tornou conhecido o restaurante chamado
Jardim de Napoli; o quarto, a um verso da música “Sampa”, de Tomando em seu sentido literal, esse texto é absurdo, pois,
Caetano Veloso; o sexto e o sétimo, à maneira como os dois times nessa acepção, o termo ideias não pode ser qualificado por adjeti-
mais populares da cidade são denominados na variante linguística vos de cor; não se podem atribuir ao mesmo ser, ao mesmo tempo,
popular; o último à obediência a uma lei que na época ainda não as qualidades verde e incolor; o verbo dormir deve ter como sujei-
vigorava no resto do país. to um substantivo animado.
- A situação de comunicação: No entanto, se entendermos ideias verdes em sentido não li-
teral, como concepções ambientalistas, o período pode ser lido da
A telefônica. seguinte maneira: “As idéias ambientalistas sem atrativo estão la-
Era hoje? tentes, mas poderão manifestar-se a qualquer momento.”

Esse diálogo não seria compreendido fora da situação de in- - O intertexto:


terlocução, porque deixa implícitos certos enunciados que, dentro
Falso diálogo entre Pessoa e Caeiro
dela, são perfeitamente compreendidos:
a chuva me deixa triste...
O empregado da companhia telefônica que vinha conser- a mim me deixa molhado.
tar o telefone está aí. José Paulo Paes. Op. Cit., p 79.
Era hoje que ele viria?
Muitos textos retomam outros, constroem-se com base em
- O conhecimento de mundo: outros e, por isso, só ganham coerência nessa relação com o texto
sobre o qual foram construídos, ou seja, na relação de intertextua-
31 de março / 1º de abril lidade. É o caso desse poema. Para compreendê-lo, é preciso saber
Dúvida Revolucionária que Alberto Caeiro é um dos heterônimos do poeta Fernando Pes-
soa; que heterônimo não é pseudônimo, mas uma individualidade
Ontem foi hoje? lírica distinta da do autor (o ortônimo); que para Caeiro o real é a
Ou hoje é que foi ontem? exterioridade e não devemos acrescentar-lhe impressões subjeti-
vas; que sua posição é antimetafísica; que não devemos interpre-
Aparentemente, falta coerência temporal a esse poema: o que tar a realidade pela inteligência, pois essa interpretação conduz a
significa “ontem foi hoje” ou “hoje é que foi ontem?”. No entanto, simples conceitos vazios, em síntese, é preciso ter lido textos de
as duas datas colocadas no início do poema e o título remetem a Caeiro. Por outro lado, é preciso saber que o ortônimo (Fernando
um episódio da História do Brasil, o golpe militar de 1964, chama- Pessoa ele mesmo) exprime suas emoções, falando da solidão in-
do Revolução de 1964. Esse fato deve fazer parte de nosso conhe- terior, do tédio, etc.

Didatismo e Conhecimento 106


LÍNGUA PORTUGUESA
Incoerência Proposital Para percebermos a coerência desse texto, é preciso, no míni-
mo, que nosso conhecimento de mundo inclua o poema:
Existem textos em que há uma quebra proposital da coerência,
com vistas a produzir determinado efeito de sentido, assim como O Adeus de Teresa
existem outros que fazem da não-coerência o próprio princípio
constitutivo da produção de sentido. Poderia alguém perguntar, A primeira vez que fitei Teresa,
então, se realmente existe texto incoerente. Sem dúvida existe: é Como as plantas que arrasta a correnteza,
aquele em que a incoerência é produzida involuntariamente, por A valsa nos levou nos giros seus...
inabilidade, descuido ou ignorância do enunciador, e não usada
funcionalmente para construir certo sentido. Castro Alves
Quando se trata de incoerência proposital, o enunciador dis-
semina pistas no texto, para que o leitor perceba que ela faz parte Para identificarmos a relação de intertextualidade entre eles;
de um programa intencionalmente direcionado para veicular de-
que tenhamos noção da crítica do Modernismo às escolas literárias
terminado tema. Se, por exemplo, num texto que mostra uma festa
precedentes, no caso, ao Romantismo, em que nenhuma musa se-
muito luxuosa, aparecem figuras como pessoas comendo de boca
aberta, falando em voz muito alta e em linguagem chula, osten- ria tratada com tanta cerimônia e muito menos teria “cara”; que fa-
tando sua últimas aquisições, o enunciador certamente não está çamos uma leitura não literal; que percebamos sua lógica interna,
querendo manifestar o tema do luxo, do requinte, mas o da vulga- criada pela disseminação proposital de elementos que pareceriam
ridade dos novos-ricos. Para ficar no exemplo da festa: em filmes absurdos em outro contexto.
como “Quero ser grande” (Big, dirigido por Penny Marshall em
1988, com Tom Hanks) e “Um convidado bem trapalhão” (The
party, Blake Edwards, 1968, com Peter Sellers), há cenas em que
os respectivos protagonistas exibem comportamento incompatível EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
com a ocasião, mas não há incoerência nisso, pois todo o enredo
converge para que o espectador se solidarize com eles, por sua
ingenuidade e falta de traquejo social. Mas, se aparece num texto 1-) (FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC/
uma figura incoerente uma única vez, o leitor não pode ter certeza SP – ADMINISTRADOR - VUNESP/2013) Assinale a alternativa
de que se trata de uma quebra de coerência proposital, com vistas correta quanto à concordância, de acordo com a norma-padrão da
a criar determinado efeito de sentido, vai pensar que se trata de língua portuguesa.
contradição devida a inabilidade, descuido ou ignorância do enun- (A) A má distribuição de riquezas e a desigualdade social está
ciador. no centro dos debates atuais.
Dissemos também que há outros textos que fazem da inversão (B) Políticos, economistas e teóricos diverge em relação aos
da realidade seu princípio constitutivo; da incoerência, um fator de efeitos da desigualdade social.
coerência. São exemplos as obras de Lewis Carrol “Alice no país (C) A diferença entre a renda dos mais ricos e a dos mais po-
das maravilhas” e “Através do espelho”, que pretendem apre- bres é um fenômeno crescente.
sentar paradoxos de sentido, subverter o princípio da realidade, (D) A má distribuição de riquezas tem sido muito criticado por
mostrar as aporias da lógica, confrontar a lógica do senso comum alguns teóricos.
com outras.
(E) Os debates relacionado à distribuição de riquezas não são
de exclusividade dos economistas.
Reproduzimos um poema de Manuel Bandeira que contém
mais de um exemplo do que foi abordado:
Realizei a correção nos itens:
Teresa (A) A má distribuição de riquezas e a desigualdade social está
= estão
A primeira vez que vi Teresa (B) Políticos, economistas e teóricos diverge = divergem
Achei que ela tinha pernas estúpidas (C) A diferença entre a renda dos mais ricos e a dos mais po-
Achei também que a cara parecia uma perna bres é um fenômeno crescente.
(D) A má distribuição de riquezas tem sido muito criticado =
Quando vi Teresa de novo criticada
Achei que seus olhos eram muito mais velhos (E) Os debates relacionado = relacionados
[que o resto do corpo
(Os olhos nasceram e ficaram dez anos esperando RESPOSTA: “C”.
[que o resto do corpo nascesse)
2-) (COREN/SP – ADVOGADO – VUNESP/2013) Seguindo
Da terceira vez não vi mais nada a norma-padrão da língua portuguesa, a frase – Um levantamen-
Os céus se misturaram com a terra to mostrou que os adolescentes americanos consomem em média
E o espírito de Deus voltou a se mover sobre a face 357 calorias diárias dessa fonte. – recebe o acréscimo correto das
[das águas. vírgulas em:
Poesias completas e prosa. Rio de Janeiro, (A) Um levantamento mostrou, que os adolescentes america-
Aguilar, 1986, p. 214. nos consomem em média 357 calorias, diárias dessa fonte.

Didatismo e Conhecimento 107


LÍNGUA PORTUGUESA
(B) Um levantamento mostrou que, os adolescentes america- 4-) (TRE/PA- ANALISTA JUDICIÁRIO – FGV/2011)
nos consomem, em média 357 calorias diárias dessa fonte. Assinale a palavra que tenha sido acentuada seguindo a mesma
(C) Um levantamento mostrou que os adolescentes america- regra que distribuídos.
nos consomem, em média, 357 calorias diárias dessa fonte. (A) sócio
(D) Um levantamento, mostrou que os adolescentes america- (B) sofrê-lo
nos, consomem em média 357 calorias diárias dessa fonte. (C) lúcidos
(E) Um levantamento mostrou que os adolescentes america- (D) constituí
nos, consomem em média 357 calorias diárias, dessa fonte. (E) órfãos

Assinalei com um “X” onde há pontuação inadequada ou fal- Distribuímos = regra do hiato
tante: (A) sócio = paroxítona terminada em ditongo
(A) Um levantamento mostrou, (X) que os adolescentes ame- (B) sofrê-lo = oxítona (não se considera o pronome oblíquo.
ricanos consomem (X) em média (X) 357 calorias, (X) diárias Nunca!)
dessa fonte. (C) lúcidos = proparoxítona
(B) Um levantamento mostrou que, (X) os adolescentes ame- (D) constituí = regra do hiato (diferente de “constitui” – oxí-
ricanos consomem, em média (X) 357 calorias diárias dessa fonte. tona: cons-ti-tui)
(C) Um levantamento mostrou que os adolescentes america- (E) órfãos = paroxítona terminada em “ão”
nos consomem, em média, 357 calorias diárias dessa fonte.
(D) Um levantamento, (X) mostrou que os adolescentes ame- RESPOSTA: “D”.
ricanos, (X) consomem (X) em média (X) 357 calorias diárias
dessa fonte. 5-) (TRT/PE – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2012) A
(E) Um levantamento mostrou que os adolescentes america- concordância verbal está plenamente observada na frase:
nos, (X) consomem (X) em média (X) 357 calorias diárias, (X) (A) Provocam muitas polêmicas, entre crentes e materialis-
dessa fonte. tas, o posicionamento de alguns religiosos e parlamentares acer-
ca da educação religiosa nas escolas públicas.
RESPOSTA: “C”. (B) Sempre deverão haver bons motivos, junto àqueles que
são contra a obrigatoriedade do ensino religioso, para se reservar
3-) (TRT/RO E AC – ANALISTA JUDICIÁRIO – essa prática a setores da iniciativa privada.
FCC/2011) Estão plenamente observadas as normas de concor- (C) Um dos argumentos trazidos pelo autor do texto, contra
dância verbal na frase: os que votam a favor do ensino religioso na escola pública, con-
a) Destinam-se aos homens-placa um lugar visível nas ruas sistem nos altos custos econômicos que acarretarão tal medida.
e nas praças, ao passo que lhes é suprimida a visibilidade social. (D) O número de templos em atividade na cidade de São
b) As duas tábuas em que se comprimem o famigerado ho- Paulo vêm gradativamente aumentando, em proporção maior do
mem-placa carregam ditos que soam irônicos, como “compro que ocorrem com o número de escolas públicas.
ouro”. (E) Tanto a Lei de Diretrizes e Bases da Educação como a
c) Não se compara aos vexames dos homens-placa a exposi- regulação natural do mercado sinalizam para as inconveniências
ção pública a que se submetem os guardadores de carros. que adviriam da adoção do ensino religioso nas escolas públicas.
d) Ao se revogarem o emprego de carros-placa na propaganda
imobiliária, poupou-se a todos uma demonstração de mau gosto. (A) Provocam = provoca (o posicionamento)
e) Não sensibilizavam aos possíveis interessados em apar- (B) Sempre deverão haver bons motivos = deverá haver
tamentos de luxo a visão grotesca daqueles velhos carros-placa. (C) Um dos argumentos trazidos pelo autor do texto, contra
os que votam a favor do ensino religioso na escola pública, con-
Fiz as correções entre parênteses: sistem = consiste.
a) Destinam-se (destina-se) aos homens-placa um lugar visí- (D) O número de templos em atividade na cidade de São
vel nas ruas e nas praças, ao passo que lhes é suprimida a visibi- Paulo vêm gradativamente aumentando, em proporção maior do
lidade social. que ocorrem = ocorre
b) As duas tábuas em que se comprimem (comprime) o fa- (E) Tanto a Lei de Diretrizes e Bases da Educação como a
migerado homem-placa carregam ditos que soam irônicos, como regulação natural do mercado sinalizam para as inconveniências
“compro ouro”. que adviriam da adoção do ensino religioso nas escolas públicas.
c) Não se compara aos vexames dos homens-placa a exposi-
ção pública a que se submetem os guardadores de carros. RESPOSTA: “E”.
d) Ao se revogarem (revogar) o emprego de carros-placa na 6-) (TRE/PA- ANALISTA JUDICIÁRIO – FGV/2011) Se-
propaganda imobiliária, poupou-se a todos uma demonstração de gundo o Manual de Redação da Presidência da República, NÃO se
mau gosto. deve usar Vossa Excelência para
e) Não sensibilizavam (sensibilizava) aos possíveis interes- (A) embaixadores.
sados em apartamentos de luxo a visão grotesca daqueles velhos (B) conselheiros dos Tribunais de Contas estaduais.
carros-placa. (C) prefeitos municipais.
(D) presidentes das Câmaras de Vereadores.
RESPOSTA: “C”. (E) vereadores.

Didatismo e Conhecimento 108


LÍNGUA PORTUGUESA
(...) O uso do pronome de tratamento Vossa Senhoria (abreviado 9-) (TRE/AL – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2010) A
V. Sa.) para vereadores está correto, sim. Numa Câmara de Verea- frase que admite transposição para a voz passiva é:
dores só se usa Vossa Excelência para o seu presidente, de acordo (A) O cúmulo da ilusão é também o cúmulo do sagrado.
com o Manual de Redação da Presidência da República (1991). (B) O conceito de espetáculo unifica e explica uma grande
(Fonte: http://www.linguabrasil.com.br/nao-tropece-detail. diversidade de fenômenos.
php?id=393) (C) O espetáculo é ao mesmo tempo parte da sociedade, a
própria sociedade e seu instrumento de unificação.
RESPOSTA: “E”.
(D) As imagens fluem desligadas de cada aspecto da vida (...).
7-) (TRE/AL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2010) (E) Por ser algo separado, ele é o foco do olhar iludido e da
... valores e princípios que sejam percebidos pela sociedade falsa consciência.
como tais.
Transpondo para a voz ativa a frase acima, o verbo passará a (A) O cúmulo da ilusão é também o cúmulo do sagrado.
ser, corretamente, (B) O conceito de espetáculo unifica e explica uma grande
(A) perceba. diversidade de fenômenos.
(B) foi percebido. - Uma grande diversidade de fenômenos é unificada e expli-
(C) tenham percebido. cada pelo conceito...
(D) devam perceber. (C) O espetáculo é ao mesmo tempo parte da sociedade, a
(E) estava percebendo. própria sociedade e seu instrumento de unificação.
(D) As imagens fluem desligadas de cada aspecto da vida (...).
... valores e princípios que sejam percebidos pela sociedade (E) Por ser algo separado, ele é o foco do olhar iludido e da
como tais = dois verbos na voz passiva, então teremos um na ativa:
falsa consciência.
que a sociedade perceba os valores e princípios...

RESPOSTA: “A” RESPOSTA: “B”.

8-) (TRE/AL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2010) A 10-) (MPE/AM - AGENTE DE APOIO ADMINISTRATIVO
concordância verbal e nominal está inteiramente correta na frase: - FCC/2013) “Quando a gente entra nas serrarias, vê dezenas de
(A) A sociedade deve reconhecer os princípios e valores que caminhões parados”, revelou o analista ambiental Geraldo Motta.
determinam as escolhas dos governantes, para conferir legitimida- Substituindo-se Quando por Se, os verbos sublinhados devem
de a suas decisões. sofrer as seguintes alterações:
(B) A confiança dos cidadãos em seus dirigentes devem ser (A) entrar − vira
embasados na percepção dos valores e princípios que regem a prá- (B) entrava − tinha visto
tica política. (C) entrasse − veria
(C) Eleições livres e diretas é garantia de um verdadeiro regi- (D) entraria − veria
me democrático, em que se respeita tanto as liberdades individuais (E) entrava − teria visto
quanto as coletivas.
(D) As instituições fundamentais de um regime democrático
não pode estar subordinado às ordens indiscriminadas de um único Se a gente entrasse (verbo no singular) na serraria, veria =
poder central. entrasse / veria.
(E) O interesse de todos os cidadãos estão voltados para o
momento eleitoral, que expõem as diferentes opiniões existentes RESPOSTA: “C”.
na sociedade.
Fiz os acertos entre parênteses: 11-) (TRE/AL – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2010) A
(A) A sociedade deve reconhecer os princípios e valores que pontuação está inteiramente adequada na frase:
determinam as escolhas dos governantes, para conferir legitimida- a) Será preciso, talvez, redefinir a infância já que as crianças
de a suas decisões. de hoje, ao que tudo indica nada mais têm a ver com as de ontem.
(B) A confiança dos cidadãos em seus dirigentes devem b) Será preciso, talvez redefinir a infância: já que as crianças,
(deve) ser embasados (embasada) na percepção dos valores e prin- de hoje, ao que tudo indica nada têm a ver, com as de ontem.
cípios que regem a prática política. c) Será preciso, talvez: redefinir a infância, já que as crianças
(C) Eleições livres e diretas é (são) garantia de um verdadeiro
de hoje ao que tudo indica, nada têm a ver com as de ontem.
regime democrático, em que se respeita (respeitam) tanto as liber-
dades individuais quanto as coletivas. d) Será preciso, talvez redefinir a infância? - já que as crian-
(D) As instituições fundamentais de um regime democrático ças de hoje ao que tudo indica, nada têm a ver com as de ontem.
não pode (podem) estar subordinado (subordinadas) às ordens in- e) Será preciso, talvez, redefinir a infância, já que as crianças
discriminadas de um único poder central. de hoje, ao que tudo indica, nada têm a ver com as de ontem.
(E) O interesse de todos os cidadãos estão (está) voltados
(voltado) para o momento eleitoral, que expõem (expõe) as dife- Devido à igualdade textual entre os itens, a apresentação da
rentes opiniões existentes na sociedade. alternativa correta indica quais são as inadequações nas demais.

RESPOSTA: “A”. RESPOSTA: “E”.

Didatismo e Conhecimento 109


LÍNGUA PORTUGUESA
12-) (POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO ACRE – (B) Vem (singular) muita gente... Vêm pessoas (plural)
ALUNO SOLDADO COMBATENTE – FUNCAB/2012) No (C) Pouca gente quis (singular)... Quase todos quiseram (plu-
trecho: “O crescimento econômico, se associado à ampliação do ral)
emprego, PODE melhorar o quadro aqui sumariamente descrito.”, (D) Existem (plural) pessoas ... mas também existem umas
se passarmos o verbo destacado para o futuro do pretérito do indi- (plural)
cativo, teremos a forma: (E) Aqueles que não atrapalham muito ajudam (ambas as for-
A) puder. mas estão no plural)
B) poderia.
C) pôde. RESPOSTA: “A”.
D) poderá. 15-) (CETESB/SP - ANALISTA ADMINISTRATIVO - RE-
E) pudesse. CURSOS HUMANOS - VUNESP/2013 - ADAPTADA) Consi-
dere as orações: … sabíamos respeitar os mais velhos! / E quando
Conjugando o verbo “poder” no futuro do pretérito do Indica- eles falavam nós calávamos a boca!
tivo: eu poderia, tu poderias, ele poderia, nós poderíamos, vós po- Alterando apenas o tempo dos verbos destacados para o tem-
deríeis, eles poderiam. O sujeito da oração é crescimento econômi- po presente, sem qualquer outro ajuste, tem-se, de acordo com a
co (singular), portanto, terceira pessoa do singular (ele) = poderia. norma-padrão da língua portuguesa:
(A) … soubemos respeitar os mais velhos! / E quando eles
RESPOSTA: “B”. falaram nós calamos a boca!
13-) (TRE/AP - TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2011) En- (B) … saberíamos respeitar os mais velhos! / E quando eles
tre as frases que seguem, a única correta é: falassem nós calaríamos a boca!
a) Ele se esqueceu de que? (C) … soubéssemos respeitar os mais velhos! / E quando eles
b) Era tão ruím aquele texto, que não deu para distribui-lo falassem nós calaríamos a boca!
entre os presentes. (D) … saberemos respeitar os mais velhos! / E quando eles
c) Embora devessemos, não fomos excessivos nas críticas. falarem nós calaremos a boca!
d) O juíz nunca negou-se a atender às reivindicações dos fun- (E) … sabemos respeitar os mais velhos! / E quando eles fa-
cionários.
lam nós calamos a boca!
e) Não sei por que ele mereceria minha consideração.
No presente: nós sabemos / eles falam.
(A) Ele se esqueceu de que? = quê?
(B) Era tão ruím (ruim) aquele texto, que não deu para distri-
RESPOSTA: “E”.
bui-lo (distribuí-lo) entre os presentes.
(C) Embora devêssemos (devêssemos) , não fomos excessivos
nas críticas. 16-) (UNESP/SP - ASSISTENTE TÉCNICO ADMINISTRA-
(D) O juíz (juiz) nunca (se) negou a atender às reivindicações TIVO - VUNESP/2012) A correlação entre as formas verbais está
dos funcionários. correta em:
(E) Não sei por que ele mereceria minha consideração. (A) Se o consumo desnecessário vier a crescer, o planeta não
resistiu.
RESPOSTA: “E”. (B) Se todas as partes do mundo estiverem com alto poder de
consumo, o planeta em breve sofrerá um colapso.
14-) (FUNDAÇÃO CASA/SP - AGENTE ADMINISTRATI- (C) Caso todo prazer, como o da comida, o da bebida, o do
VO - VUNESP/2011 - ADAPTADA) Observe as frases do texto: jogo, o do sexo e o do consumo não conhecesse distorções patoló-
I, Cerca de 75 por cento dos países obtêm nota negativa... gicas, não haverá vícios.
II,... à Venezuela, de Chávez, que obtém a pior classificação (D) Se os meios tecnológicos não tivessem se tornado tão efi-
do continente americano (2,0)... cientes, talvez as coisas não ficaram tão baratas.
Assim como ocorre com o verbo “obter” nas frases I e II, a (E) Se as pessoas não se propuserem a consumir consciente-
concordância segue as mesmas regras, na ordem dos exemplos, mente, a oferta de produtos supérfluos crescia.
em:
(A) Todas as pessoas têm boas perspectivas para o próximo Fiz as correções necessárias:
ano. Será que alguém tem opinião diferente da maioria? (A) Se o consumo desnecessário vier a crescer, o planeta não
(B) Vem muita gente prestigiar as nossas festas juninas. Vêm resistiu = resistirá
pessoas de muito longe para brincar de quadrilha. (B) Se todas as partes do mundo estiverem com alto poder de
(C) Pouca gente quis voltar mais cedo para casa. Quase todos consumo, o planeta em breve sofrerá um colapso.
quiseram ficar até o nascer do sol na praia. (C) Caso todo prazer, como o da comida, o da bebida, o do
(D) Existem pessoas bem intencionadas por aqui, mas tam- jogo, o do sexo e o do consumo não conhecesse distorções patoló-
bém existem umas que não merecem nossa atenção. gicas, não haverá = haveria
(E) Aqueles que não atrapalham muito ajudam. (D) Se os meios tecnológicos não tivessem se tornado tão efi-
cientes, talvez as coisas não ficaram = ficariam (ou teriam ficado)
Em I, obtêm está no plural; em II, no singular. Vamos aos (E) Se as pessoas não se propuserem a consumir consciente-
itens: mente, a oferta de produtos supérfluos crescia = crescerá
(A) Todas as pessoas têm (plural) ... Será que alguém tem (sin-
gular) RESPOSTA: “B”.

Didatismo e Conhecimento 110


MATEMÁTICA
MATEMÁTICA
Exemplos: Se m é um número natural finito diferente de zero.
CONJUNTOS NUMÉRICOS: a) O antecessor do número m é m-1.
b) O antecessor de 2 é 1.
NÚMEROS NATURAIS, INTEIROS E
c) O antecessor de 56 é 55.
SUAS PROPRIEDADES. NÚMEROS d) O antecessor de 10 é 9.
RACIONAIS. NOÇÕES ELEMENTARES DE
NÚMEROS REAIS. APLICAÇÕES. O conjunto abaixo é conhecido como o conjunto dos números
naturais pares. Embora uma sequência real seja outro objeto ma-
temático denominado função, algumas vezes utilizaremos a deno-
minação sequência dos números naturais pares para representar o
Números Naturais conjunto dos números naturais pares: P = { 0, 2, 4, 6, 8, 10, 12, ...}
O conjunto abaixo é conhecido como o conjunto dos números
O conjunto dos números naturais é representado pela letra naturais ímpares, às vezes também chamados, a sequência dos nú-
maiúscula N e estes números são construídos com os algarismos: 0, meros ímpares. I = { 1, 3, 5, 7, 9, 11, 13, ...}
1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, que também são conhecidos como algarismos
indo-arábicos. No século VII, os árabes invadiram a Índia, difundin- Operações com Números Naturais
do o seu sistema numérico. Embora o zero não seja um número na-
tural no sentido que tenha sido proveniente de objetos de contagens Na sequência, estudaremos as duas principais operações possí-
naturais, iremos considerá-lo como um número natural uma vez que veis no conjunto dos números naturais. Praticamente, toda a Mate-
mática é construída a partir dessas duas operações: adição e multi-
ele tem as mesmas propriedades algébricas que os números naturais.
plicação.
Na verdade, o zero foi criado pelos hindus na montagem do sistema
posicional de numeração para suprir a deficiência de algo nulo.
A adição de números naturais
Na sequência consideraremos que os naturais têm início com o
número zero e escreveremos este conjunto como: N = { 0, 1, 2, 3, 4, A primeira operação fundamental da Aritmética tem por fina-
5, 6, ...} lidade reunir em um só número, todas as unidades de dois ou mais
Representaremos o conjunto dos números naturais com a letra números. Antes de surgir os algarismos indo-arábicos, as adições
N. As reticências (três pontos) indicam que este conjunto não tem podiam ser realizadas por meio de tábuas de calcular, com o auxílio
fim. N é um conjunto com infinitos números. de pedras ou por meio de ábacos.
Excluindo o zero do conjunto dos números naturais, o conjunto
será representado por: N* = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, ...} Propriedades da Adição
- Fechamento: A adição no conjunto dos números naturais é
A construção dos Números Naturais fechada, pois a soma de dois números naturais é ainda um número
natural. O fato que a operação de adição é fechada em N é conhecido
- Todo número natural dado tem um sucessor (número que vem na literatura do assunto como: A adição é uma lei de composição
depois do número dado), considerando também o zero. interna no conjunto N.
Exemplos: Seja m um número natural. - Associativa: A adição no conjunto dos números naturais é as-
a) O sucessor de m é m+1. soci
b) O sucessor de 0 é 1. ativa, pois na adição de três ou mais parcelas de números natu-
c) O sucessor de 1 é 2. rais quaisquer é possível associar as parcelas de quaisquer modos,
d) O sucessor de 19 é 20. ou seja, com três números naturais, somando o primeiro com o se-
gundo e ao resultado obtido somarmos um terceiro, obteremos um
- Se um número natural é sucessor de outro, então os dois núme- resultado que é igual à soma do primeiro com a soma do segundo e
ros juntos são chamados números consecutivos. o terceiro. (A + B) + C = A + (B + C)
Exemplos:
a) 1 e 2 são números consecutivos. - Elemento neutro: No conjunto dos números naturais, existe
o elemento neutro que é o zero, pois tomando um número natural
b) 5 e 6 são números consecutivos.
qualquer e somando com o elemento neutro (zero), o resultado será
c) 50 e 51 são números consecutivos.
o próprio número natural.
- Vários números formam uma coleção de números naturais con-
- Comutativa: No conjunto dos números naturais, a adição é
secutivos se o segundo é sucessor do primeiro, o terceiro é sucessor comutativa, pois a ordem das parcelas não altera a soma, ou seja, so-
do segundo, o quarto é sucessor do terceiro e assim sucessivamente. mando a primeira parcela com a segunda parcela, teremos o mesmo
Exemplos: resultado que se somando a segunda parcela com a primeira parcela.
a) 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7 são consecutivos.
b) 5, 6 e 7 são consecutivos. Multiplicação de Números Naturais
c) 50, 51, 52 e 53 são consecutivos.
É a operação que tem por finalidade adicionar o primeiro
- Todo número natural dado N, exceto o zero, tem um antecessor número denominado multiplicando ou parcela, tantas vezes quantas
(número que vem antes do número dado). são as unidades do segundo número denominadas multiplicador.

Didatismo e Conhecimento 1
MATEMÁTICA
Exemplo Potenciação de Números Naturais

4 vezes 9 é somar o número 9 quatro vezes: 4 x 9 = 9 + 9 + 9 Para dois números naturais m e n, a expressão mn é um produ-
+ 9 = 36 to de n fatores iguais ao número m, ou seja: mn = m . m . m ... m .
O resultado da multiplicação é denominado produto e os núme- m → m aparece n vezes
ros dados que geraram o produto, são chamados fatores. Usamos o O número que se repete como fator é denominado base que
sinal × ou · ou x, para representar a multiplicação. neste caso é m. O número de vezes que a base se repete é denomi-
nado expoente que neste caso é n. O resultado é denominado po-
Propriedades da multiplicação tência. Esta operação não passa de uma multiplicação com fatores
iguais, como por exemplo: 23 = 2 × 2 × 2 = 8 → 43 = 4 × 4 × 4 = 64
- Fechamento: A multiplicação é fechada no conjunto N dos
números naturais, pois realizando o produto de dois ou mais nú- Propriedades da Potenciação
meros naturais, o resultado estará em N. O fato que a operação de
- Uma potência cuja base é igual a 1 e o expoente natural é n,
multiplicação é fechada em N é conhecido na literatura do assunto
denotada por 1n, será sempre igual a 1.
como: A multiplicação é uma lei de composição interna no con- Exemplos:
junto N. a- 1n = 1×1×...×1 (n vezes) = 1
- Associativa: Na multiplicação, podemos associar 3 ou mais b- 13 = 1×1×1 = 1
fatores de modos diferentes, pois se multiplicarmos o primeiro fa- c- 17 = 1×1×1×1×1×1×1 = 1
tor com o segundo e depois multiplicarmos por um terceiro núme-
ro natural, teremos o mesmo resultado que multiplicar o terceiro - Se n é um número natural não nulo, então temos que no=1.
pelo produto do primeiro pelo segundo. (m . n) . p = m .(n . p) → Por exemplo:
(3 . 4) . 5 = 3 . (4 . 5) = 60
- Elemento Neutro: No conjunto dos números naturais existe - (a) nº = 1
um elemento neutro para a multiplicação que é o 1. Qualquer que - (b) 5º = 1
seja o número natural n, tem-se que: 1 . n = n . 1 = n → 1 . 7 = 7 - (c) 49º = 1
.1=7
- Comutativa: Quando multiplicamos dois números naturais - A potência zero elevado a zero, denotada por 0o, é carente de
quaisquer, a ordem dos fatores não altera o produto, ou seja, mul- sentido no contexto do Ensino Fundamental.
tiplicando o primeiro elemento pelo segundo elemento teremos o
mesmo resultado que multiplicando o segundo elemento pelo pri- - Qualquer que seja a potência em que a base é o número na-
meiro elemento. m . n = n . m → 3 . 4 = 4 . 3 = 12 tural n e o expoente é igual a 1, denotada por n1, é igual ao próprio
n. Por exemplo:
Propriedade Distributiva - (a) n¹ = n
- (b) 5¹ = 5
Multiplicando um número natural pela soma de dois números - (c) 64¹ = 64
naturais, é o mesmo que multiplicar o fator, por cada uma das par-
celas e a seguir adicionar os resultados obtidos. m . (p + q) = m . p - Toda potência 10n é o número formado pelo algarismo 1 se-
+ m . q → 6 x (5 + 3) = 6 x 5 + 6 x 3 = 30 + 18 = 48 guido de n zeros.
Exemplos:
a- 103 = 1000
Divisão de Números Naturais
b- 108 = 100.000.000
c- 10o = 1
Dados dois números naturais, às vezes necessitamos saber
quantas vezes o segundo está contido no primeiro. O primeiro nú- Questões
mero que é o maior é denominado dividendo e o outro número que
é menor é o divisor. O resultado da divisão é chamado quociente. 1 - (SABESP – APRENDIZ – FCC/2012) A partir de 1º de
Se multiplicarmos o divisor pelo quociente obteremos o dividendo. março, uma cantina escolar adotou um sistema de recebimento por
No conjunto dos números naturais, a divisão não é fechada, cartão eletrônico. Esse cartão funciona como uma conta corrente:
pois nem sempre é possível dividir um número natural por outro coloca-se crédito e vão sendo debitados os gastos. É possível o sal-
número natural e na ocorrência disto a divisão não é exata. do negativo. Enzo toma lanche diariamente na cantina e sua mãe
credita valores no cartão todas as semanas. Ao final de março, ele
Relações essenciais numa divisão de números naturais anotou o seu consumo e os pagamentos na seguinte tabela:
- Em uma divisão exata de números naturais, o divisor deve
ser menor do que o dividendo. 35 : 7 = 5
- Em uma divisão exata de números naturais, o dividendo é o
produto do divisor pelo quociente. 35 = 5 x 7
- A divisão de um número natural n por zero não é possível
pois, se admitíssemos que o quociente fosse q, então poderíamos
escrever: n ÷ 0 = q e isto significaria que: n = 0 x q = 0 o que não
é correto! Assim, a divisão de n por 0 não tem sentido ou ainda é
dita impossível.

Didatismo e Conhecimento 2
MATEMÁTICA
No final do mês, Enzo observou que tinha A) 3995
A) crédito de R$ 7,00. B) 7165
B) débito de R$ 7,00. C) 7532
C) crédito de R$ 5,00. D) 7575
D) débito de R$ 5,00. E) 7933
E) empatado suas despesas e seus créditos.
7 - (PREF. JUNDIAI/SP – AGENTE DE SERVIÇOS OPE-
2 - (PREF. IMARUI/SC – AUXILIAR DE SERVIÇOS GE- RACIONAIS – MAKIYAMA/2013) Durante um mutirão para
RAIS - PREF. IMARUI/2014) José, funcionário público, recebe promover a limpeza de uma cidade, os 15.000 voluntários foram
salário bruto de R$ 2.000,00. Em sua folha de pagamento vem o igualmente divididos entre as cinco regiões de tal cidade. Sendo
desconto de R$ 200,00 de INSS e R$ 35,00 de sindicato. Qual o assim, cada região contou com um número de voluntários igual a:
salário líquido de José? A) 2500
A) R$ 1800,00 B) 3200
B) R$ 1765,00
C) 1500
C) R$ 1675,00
D) 3000
D) R$ 1665,00
E) 2000
3 – (Professor/Pref.de Itaboraí) O quociente entre dois nú-
meros naturais é 10. Multiplicando-se o dividendo por cinco e 8 - (PREF. JUNDIAI/SP – AGENTE DE SERVIÇOS OPE-
reduzindo-se o divisor à metade, o quociente da nova divisão será: RACIONAIS – MAKIYAMA/2013) Em determinada loja, o pa-
A) 2 gamento de um computador pode ser feito sem entrada, em 12
B) 5 parcelas de R$ 250,00. Sendo assim, um cliente que opte por essa
C) 25 forma de pagamento deverá pagar pelo computador um total de:
D) 50 A) R$ 2500,00
E) 100 B) R$ 3000,00
C) R$1900,00
4 - (PREF. ÁGUAS DE CHAPECÓ – OPERADOR DE D) R$ 3300,00
MÁQUINAS – ALTERNATIVE CONCURSOS) Em uma loja, E) R$ 2700,00
as compras feitas a prazo podem ser pagas em até 12 vezes sem
juros. Se João comprar uma geladeira no valor de R$ 2.100,00 em 9 – (CREFITO/SP – ALMOXARIFE – VUNESP/2012) O su-
12 vezes, pagará uma prestação de: cessor do dobro de determinado número é 23. Esse mesmo deter-
A) R$ 150,00. minado número somado a 1 e, depois, dobrado será igual a
B) R$ 175,00. A) 24.
C) R$ 200,00. B) 22.
D) R$ 225,00. C) 20.
D) 18.
5 - PREF. JUNDIAI/SP – AGENTE DE SERVIÇOS OPE- E) 16.
RACIONAIS – MAKIYAMA/2013) Ontem, eu tinha 345 boli-
nhas de gude em minha coleção. Porém, hoje, participei de um 10 - (SABESP – ANALISTA DE GESTÃO I -CONTABILI-
campeonato com meus amigos e perdi 67 bolinhas, mas ganhei DADE – FCC/2012) Uma montadora de automóveis possui cinco
outras 90. Sendo assim, qual a quantidade de bolinhas que tenho unidades produtivas num mesmo país. No último ano, cada uma
agora, depois de participar do campeonato?
dessas unidades produziu 364.098 automóveis. Toda a produção
A) 368
B) 270 foi igualmente distribuída entre os mercados consumidores de sete
C) 365 países. O número de automóveis que cada país recebeu foi
D) 290 A) 26.007
E) 376 B) 26.070
C) 206.070
6 – (Pref. Niterói) João e Maria disputaram a prefeitura de D) 260.007
uma determinada cidade que possui apenas duas zonas eleitorais. E) 260.070
Ao final da sua apuração o Tribunal Regional Eleitoral divulgou
a seguinte tabela com os resultados da eleição. A quantidade de Respostas
eleitores desta cidade é:
1 - RESPOSTA: “B”.
crédito: 40+30+35+15=120
1ª Zona Eleitoral 2ª Zona Eleitoral débito: 27+33+42+25=127
João 1750 2245 120-127=-7
Maria 850 2320 Ele tem um débito de R$ 7,00.
Nulos 150 217
2 - RESPOSTA: “B”.
Brancos 18 25 2000-200=1800-35=1765
Abstenções 183 175 O salário líquido de José é R$1765,00.

Didatismo e Conhecimento 3
MATEMÁTICA
3 - RESPOSTA: “E”. Conjunto dos Números Inteiros – Z
D= dividendo
d= divisor Definimos o conjunto dos números inteiros como a reunião do
Q = quociente = 10 conjunto dos números naturais (N = {0, 1, 2, 3, 4,..., n,...}, o con-
R= resto = 0 (divisão exata) junto dos opostos dos números naturais e o zero. Este conjunto é
Equacionando: denotado pela letra Z (Zahlen=número em alemão). Este conjunto
D= d.Q + R pode ser escrito por: Z = {..., -4, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4, ...}
D= d.10 + 0 → D= 10d O conjunto dos números inteiros possui alguns subconjuntos
notáveis:
Pela nova divisão temos:
- O conjunto dos números inteiros não nulos:
Z* = {..., -4, -3, -2, -1, 1, 2, 3, 4,...};
Z* = Z – {0}

Isolando Q temos: - O conjunto dos números inteiros não negativos:


Z+ = {0, 1, 2, 3, 4,...}
Z+ é o próprio conjunto dos números naturais: Z+ = N

- O conjunto dos números inteiros positivos:


Z*+ = {1, 2, 3, 4,...}
4 - RESPOSTA: “B”.
- O conjunto dos números inteiros não positivos:
Z_ = {..., -5, -4, -3, -2, -1, 0}

- O conjunto dos números inteiros negativos:


Cada prestação será de R$175,00
Z*_ = {..., -5, -4, -3, -2, -1}
5 - RESPOSTA: “A”.
Módulo: chama-se módulo de um número inteiro a distância
345-67=278
ou afastamento desse número até o zero, na reta numérica inteira.
Depois ganhou 90
Representa-se o módulo por | |.
278+90=368
O módulo de 0 é 0 e indica-se |0| = 0
O módulo de +7 é 7 e indica-se |+7| = 7
6 - RESPOSTA: “E”.
O módulo de –9 é 9 e indica-se |–9| = 9
Vamos somar a 1ª Zona: 1750+850+150+18+183 = 2951
O módulo de qualquer número inteiro, diferente de zero, é
2ª Zona : 2245+2320+217+25+175 = 4982
sempre positivo.
Somando os dois: 2951+4982 = 7933
Números Opostos: Dois números inteiros são ditos opostos
7 - RESPOSTA: “D”.
um do outro quando apresentam soma zero; assim, os pontos que
os representam distam igualmente da origem.
Exemplo: O oposto do número 2 é -2, e o oposto de -2 é 2, pois
2 + (-2) = (-2) + 2 = 0
No geral, dizemos que o oposto, ou simétrico, de a é – a, e
Cada região terá 3000 voluntários. vice-versa; particularmente o oposto de zero é o próprio zero.
8 - RESPOSTA: “B”. Adição de Números Inteiros
250∙12=3000
O computador custa R$3000,00. Para melhor entendimento desta operação, associaremos aos
números inteiros positivos a idéia de ganhar e aos números inteiros
9 - RESPOSTA: “A”. negativos a idéia de perder.
Se o sucessor é 23, o dobro do número é 22, portanto o nú- Ganhar 5 + ganhar 3 = ganhar 8 (+5) + (+3) = (+8)
mero é 11. Perder 3 + perder 4 = perder 7 (-3) + (-4) = (-7)
(11+1) → 2=24 Ganhar 8 + perder 5 = ganhar 3 (+8) + (-5) = (+3)
Perder 8 + ganhar 5 = perder 3 (-8) + (+5) = (-3)
10 - RESPOSTA: “E”.
364098 → 5=1820490 automóveis O sinal (+) antes do número positivo pode ser dispensado, mas
o sinal (–) antes do número negativo nunca pode ser dispensado.

Propriedades da adição de números inteiros: O conjunto Z é


fechado para a adição, isto é, a soma de dois números inteiros ainda
é um número inteiro.

Didatismo e Conhecimento 4
MATEMÁTICA
Associativa: Para todos a,b,c em Z: guma quantidade, como por exemplo, ganhar 1 objeto por 30 vezes
a + (b + c) = (a + b) + c consecutivas, significa ganhar 30 objetos e esta repetição pode ser
2 + (3 + 7) = (2 + 3) + 7 indicada por um x, isto é: 1 + 1 + 1 ... + 1 + 1 = 30 x 1 = 30
Se trocarmos o número 1 pelo número 2, obteremos: 2 + 2 + 2
Comutativa: Para todos a,b em Z: + ... + 2 + 2 = 30 x 2 = 60
a+b=b+a Se trocarmos o número 2 pelo número -2, obteremos: (–2) +
3+7=7+3 (–2) + ... + (–2) = 30 x (-2) = –60
Observamos que a multiplicação é um caso particular da adi-
Elemento Neutro: Existe 0 em Z, que adicionado a cada z em ção onde os valores são repetidos.
Z, proporciona o próprio z, isto é: Na multiplicação o produto dos números a e b, pode ser indi-
z+0=z cado por a x b, a . b ou ainda ab sem nenhum sinal entre as letras.
7+0=7 Para realizar a multiplicação de números inteiros, devemos
obedecer à seguinte regra de sinais:
Elemento Oposto: Para todo z em Z, existe (-z) em Z, tal que (+1) x (+1) = (+1)
z + (–z) = 0 (+1) x (-1) = (-1)
9 + (–9) = 0 (-1) x (+1) = (-1)
(-1) x (-1) = (+1)
Subtração de Números Inteiros
Com o uso das regras acima, podemos concluir que:
A subtração é empregada quando:
- Precisamos tirar uma quantidade de outra quantidade; Sinais dos números Resultado do produto
- Temos duas quantidades e queremos saber quanto uma delas
tem a mais que a outra; Iguais Positivo
- Temos duas quantidades e queremos saber quanto falta a uma Diferentes Negativo
delas para atingir a outra.
Propriedades da multiplicação de números inteiros: O
A subtração é a operação inversa da adição. conjunto Z é fechado para a multiplicação, isto é, a multiplicação
de dois números inteiros ainda é um número inteiro.
Observe que: 9 – 5 = 4 4 + 5 =9
diferença Associativa: Para todos a,b,c em Z:
subtraendo a x (b x c) = (a x b) x c
minuendo 2 x (3 x 7) = (2 x 3) x 7

Comutativa: Para todos a,b em Z:


Considere as seguintes situações: axb=bxa
3x7=7x3
1- Na segunda-feira, a temperatura de Monte Sião passou de +3
graus para +6 graus. Qual foi a variação da temperatura? Elemento neutro: Existe 1 em Z, que multiplicado por todo z
Esse fato pode ser representado pela subtração: (+6) – (+3) = +3 em Z, proporciona o próprio z, isto é:
zx1=z
2- Na terça-feira, a temperatura de Monte Sião, durante o dia, 7x1=7
era de +6 graus. À Noite, a temperatura baixou de 3 graus. Qual a Elemento inverso: Para todo inteiro z diferente de zero, existe
temperatura registrada na noite de terça-feira? um inverso z–1=1/z em Z, tal que
Esse fato pode ser representado pela adição: (+6) + (–3) = +3 z x z–1 = z x (1/z) = 1
Se compararmos as duas igualdades, verificamos que (+6) – 9 x 9–1 = 9 x (1/9) = 1
(+3) é o mesmo que (+6) + (–3).
Distributiva: Para todos a,b,c em Z:
Temos: a x (b + c) = (a x b) + (a x c)
(+6) – (+3) = (+6) + (–3) = +3 3 x (4+5) = (3 x 4) + (3 x 5)
(+3) – (+6) = (+3) + (–6) = –3
(–6) – (–3) = (–6) + (+3) = –3 Divisão de Números Inteiros

Daí podemos afirmar: Subtrair dois números inteiros é o mes- Dividendo divisor dividendo:
mo que adicionar o primeiro com o oposto do segundo. Divisor = quociente 0
Quociente . divisor = dividendo
Multiplicação de Números Inteiros

A multiplicação funciona como uma forma simplificada de Sabemos que na divisão exata dos números naturais:
uma adição quando os números são repetidos. Poderíamos analisar 40 : 5 = 8, pois 5 . 8 = 40
tal situação como o fato de estarmos ganhando repetidamente al- 36 : 9 = 4, pois 9 . 4 = 36

Didatismo e Conhecimento 5
MATEMÁTICA
Vamos aplicar esses conhecimentos para estudar a divisão Potência de Potência: Conserva-se a base e multiplicam-
exata de números inteiros. Veja o cálculo: -se os expoentes. [(+4)5]2 = (+4)5 . 2 = (+4)10
(–20) : (+5) = q (+5) . q = (–20) q = (–4)
Logo: (–20) : (+5) = - 4 Potência de expoente 1: É sempre igual à base. (+9)1 =
+9 (–13)1 = –13
Considerando os exemplos dados, concluímos que, para efe-
tuar a divisão exata de um número inteiro por outro número in- Potência de expoente zero e base diferente de zero: É
teiro, diferente de zero, dividimos o módulo do dividendo pelo igual a 1. Exemplo: (+14)0 = 1 (–35)0 = 1
módulo do divisor. Daí:
- Quando o dividendo e o divisor têm o mesmo sinal, o quo- Radiciação de Números Inteiros
ciente é um número inteiro positivo.
- Quando o dividendo e o divisor têm sinais diferentes, o quo- A raiz n-ésima (de ordem n) de um número inteiro a é a
ciente é um número inteiro negativo. operação que resulta em outro número inteiro não negativo b
- A divisão nem sempre pode ser realizada no conjunto Z. Por que elevado à potência n fornece o número a. O número n é o
exemplo, (+7) : (–2) ou (–19) : (–5) são divisões que não podem índice da raiz enquanto que o número a é o radicando (que fica
ser realizadas em Z, pois o resultado não é um número inteiro. sob o sinal do radical).
- No conjunto Z, a divisão não é comutativa, não é associativa A raiz quadrada (de ordem 2) de um número inteiro a é a
e não tem a propriedade da existência do elemento neutro. operação que resulta em outro número inteiro não negativo que
1- Não existe divisão por zero. elevado ao quadrado coincide com o número a.
Exemplo: (–15) : 0 não tem significado, pois não existe um
número inteiro cujo produto por zero seja igual a –15. Observação: Não existe a raiz quadrada de um número
2- Zero dividido por qualquer número inteiro, diferente de inteiro negativo no conjunto dos números inteiros.
zero, é zero, pois o produto de qualquer número inteiro por zero é
igual a zero. Erro comum: Frequentemente lemos em materiais didá-
Exemplos: a) 0 : (–10) = 0 b) 0 : (+6) = 0 c) 0 : (–1) = 0 ticos e até mesmo ocorre em algumas aulas aparecimento de:
√9 = ±3
Potenciação de Números Inteiros mas isto está errado. O certo é:
√9 = +3
A potência an do número inteiro a, é definida como um produ-
to de n fatores iguais. O número a é denominado a base e o número Observamos que não existe um número inteiro não nega-
n é o expoente. tivo que multiplicado por ele mesmo resulte em um número
an = a x a x a x a x ... x a
negativo.
a é multiplicado por a n vezes
A raiz cúbica (de ordem 3) de um número inteiro a é a
operação que resulta em outro número inteiro que elevado ao
Exemplos:33 = (3) x (3) x (3) = 27
cubo seja igual ao número a. Aqui não restringimos os nossos
(-5)5 = (-5) x (-5) x (-5) x (-5) x (-5) = -3125
cálculos somente aos números não negativos.
(-7)² = (-7) x (-7) = 49
(+9)² = (+9) x (+9) = 81
Exemplos
- Toda potência de base positiva é um número inteiro po-
sitivo. 3
Exemplo: (+3)2 = (+3) . (+3) = +9 (a) 8 = 2, pois 2³ = 8.

- Toda potência de base negativa e expoente par é um (b)


3
 8 = –2, pois (–2)³ = -8.
número inteiro positivo. 3
Exemplo: (– 8)2 = (–8) . (–8) = +64 (c) 27 = 3, pois 3³ = 27.

(d)  27 = –3, pois (–3)³ = -27.


3
- Toda potência de base negativa e expoente ímpar é um
número inteiro negativo.
Exemplo: (–5)3 = (–5) . (–5) . (–5) = –125 Observação: Ao obedecer à regra dos sinais para o produto de
números inteiros, concluímos que:
Propriedades da Potenciação: (a) Se o índice da raiz for par, não existe raiz de número in-
teiro negativo.
Produtos de Potências com bases iguais: Conserva-se a (b) Se o índice da raiz for ímpar, é possível extrair a raiz de
base e somam-se os expoentes. (–7)3 . (–7)6 = (–7)3+6 = (–7)9 qualquer número inteiro.

Quocientes de Potências com bases iguais: Conserva-se


a base e subtraem-se os expoentes. (+13)8 : (+13)6 = (+13)8 – 6
= (+13)2

Didatismo e Conhecimento 6
MATEMÁTICA
Questões

1 - (TRF 2ª – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2012) Uma operação λ é definida por:


wλ = 1 − 6w, para todo inteiro w.
Com base nessa definição, é correto afirmar que a soma 2 λ + (1λ) λ é igual a
A) −20.
B) −15.
C) −12.
D) 15.
E) 20.

2 - (UEM/PR – AUXILIAR OPERACIONAL – UEM/2014) Ruth tem somente R$ 2.200,00 e deseja gastar a maior quantidade possí-
vel, sem ficar devendo na loja.
Verificou o preço de alguns produtos:
TV: R$ 562,00
DVD: R$ 399,00
Micro-ondas: R$ 429,00
Geladeira: R$ 1.213,00
Na aquisição dos produtos, conforme as condições mencionadas, e pagando a compra em dinheiro, o troco recebido será de:
A) R$ 84,00
B) R$ 74,00
C) R$ 36,00
D) R$ 26,00
E) R$ 16,00

3 - (PREF. JUNDIAI/SP – ELETRICISTA – MAKIYAMA/2013) Analise as operações a seguir:

I abac=ax

II

III
De acordo com as propriedades da potenciação, temos que, respectivamente, nas operações I, II e III:
A) x=b-c, y=b+c e z=c/2.
B) x=b+c, y=b-c e z=2c.
C) x=2bc, y=-2bc e z=2c.
D) x=c-b, y=b-c e z=c-2.
E) x=2b, y=2c e z=c+2.

4 - (BNDES – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CESGRANRIO/2013) Multiplicando-se o maior número inteiro menor do que 8 pelo
menor número inteiro maior do que - 8, o resultado encontrado será
A) - 72
B) - 63
C) - 56
D) - 49
E) – 42

5 - (SEPLAG - POLÍCIA MILITAR/MG - ASSISTENTE ADMINISTRATIVO - FCC/2012) Em um jogo de tabuleiro, Carla e Ma-
teus obtiveram os seguintes resultados:

Didatismo e Conhecimento 7
MATEMÁTICA
Ao término dessas quatro partidas, Geladeira +TV + DVD=1213+562+399=2174, é a maior
A) Carla perdeu por uma diferença de 150 pontos. quantidade gasta possível dentro do orçamento.
B) Mateus perdeu por uma diferença de 175 pontos. Troco:2200-2174=26 reais
C) Mateus ganhou por uma diferença de 125 pontos.
D) Carla e Mateus empataram. 3 - RESPOSTA: “B”.

6 – (Operador de máq./Pref.Coronel Fabriciano/MG)


I da propriedade das potências, temos:
Quantos são os valores inteiros e positivos de x para os quais
é um número inteiro?
II

A) 0
B) 1
III
C) 2
D) 3 4 - RESPOSTA: “D”.
E) 4 Maior inteiro menor que 8 é o 7
Menor inteiro maior que -8 é o -7.
7- (CASA DA MOEDA) O quadro abaixo indica o número Portanto: 7⋅(-7)=-49
de passageiros num vôo entre Curitiba e Belém, com duas escalas,
uma no Rio de Janeiro e outra em Brasília. Os números indicam a 5 - RESPOSTA: “C”.
quantidade de passageiros que subiram no avião e os negativos, a Carla: 520-220-485+635=450 pontos
quantidade dos que desceram em cada cidade. Mateus: -280+675+295-115=575 pontos
Diferença: 575-450=125 pontos
Curtiba +240 6 - RESPOSTA:“C”.
-194 Fazendo substituição dos valores de x, dentro dos conjuntos
Rio de Janeiro
+158 do inteiros positivos temos:
-108
Brasília
+94 x=0 ; x=1
O número de passageiros que chegou a Belém foi:
A) 362
B) 280
C) 240 , logo os únicos números que satisfazem
D) 190 a condição é x= 0 e x=5 , dois números apenas.
E) 135
7 - RESPOSTA:“D”.
240- 194 +158 -108 +94 = 190

Respostas Números Racionais – Q


m
1 - RESPOSTA:“E”. Um número racional é o que pode ser escrito na forma
n
Pela definição: , onde m e n são números inteiros, sendo que n deve ser diferente
Fazendo w=2 de zero. Frequentemente usamos m/n para significar a divisão de
m por n.
Como podemos observar, números racionais podem ser obti-
dos através da razão entre dois números inteiros, razão pela qual, o
conjunto de todos os números racionais é denotado por Q. Assim,
é comum encontrarmos na literatura a notação:
m
Q={ : m e n em Z, n diferente de zero}
n
No conjunto Q destacamos os seguintes subconjuntos:

- Q* = conjunto dos racionais não nulos;


2 - RESPOSTA: “D”. - Q+ = conjunto dos racionais não negativos;
Geladeira + Microondas + DVD = 1213+429+399 = 2041 - Q*+ = conjunto dos racionais positivos;
Geladeira + Microondas + TV = 1213+429+562 = 2204, ex- - Q _ = conjunto dos racionais não positivos;
trapola o orçamento - Q*_ = conjunto dos racionais negativos.

Didatismo e Conhecimento 8
MATEMÁTICA
Representação Decimal das Frações Subtraindo, membro a membro, a primeira igualdade da
segunda:
p
Tomemos um número racional q , tal que p não seja múltiplo 10x – x = 3,333... – 0,333... ⇒ 9x = 3 ⇒ x = 3/9
de q. Para escrevê-lo na forma decimal, basta efetuar a divisão do
numerador pelo denominador. Assim, a geratriz de 0,333... é a fração 3 .
Nessa divisão podem ocorrer dois casos: 9
Exemplo 2
1º) O numeral decimal obtido possui, após a vírgula, um
número finito de algarismos. Decimais Exatos: Seja a dízima 5, 1717...
2 = 0,4
Façamos x = 5,1717... e 100x = 517,1717... .
5
1 = 0,25 Subtraindo membro a membro, temos:
99x = 512 ⇒ x = 512/99
4
35= 8,75
Assim, a geratriz de 5,1717... é a fração 512 .
4 99
153 = 3,06
Exemplo 3
50
Seja a dízima 1, 23434...
2º) O numeral decimal obtido possui, após a vírgula, infinitos
algarismos (nem todos nulos), repetindo-se periodicamente. Façamos x = 1,23434... 10x = 12,3434... 1000x = 1234,34... .
Decimais Periódicos ou Dízimas Periódicas: Subtraindo membro a membro, temos:
1
= 0,333... 990x = 1234,34... – 12,34... ⇒ 990x = 1222 ⇒ x = 1222/990
3 Simplificando, obtemos x = 611 , a fração geratriz da dízima
1 = 0,04545...
1, 23434... 495
22
167 = 2,53030...
66 Módulo ou valor absoluto: É a distância do ponto que
representa esse número ao ponto de abscissa zero.
Representação Fracionária dos Números Decimais

Trata-se do problema inverso: estando o número racional Exemplo: Módulo de - 3 é 3 . Indica-se - 3 = 3


escrito na forma decimal, procuremos escrevê-lo na forma de 2 2
2 2
fração. Temos dois casos:
1º) Transformamos o número em uma fração cujo numerador Módulo de + 3 é 3 . Indica-se +3=3
2 2 2 2
é o número decimal sem a vírgula e o denominador é composto
pelo numeral 1, seguido de tantos zeros quantas forem as casas Números Opostos: Dizemos que – 3 e 3 são números
decimais do número decimal dado: 2 2
racionais opostos ou simétricos e cada um deles é o oposto do
0,9 = 9 outro. As distâncias dos pontos – 3 e 3 ao ponto zero da reta são
2 2
10 iguais.
57
5,7 =
10 Soma (Adição) de Números Racionais
0,76 = 76
100 Como todo número racional é uma fração ou pode ser escrito
3,48 = 348 na forma dea umacfração, definimos a adição entre os números
100 racionais e , da mesma forma que a soma de frações,
b
0,005 = 5 = 1 através de: d
1000 200
a + c = ad + bc
b d bd
2º) Devemos achar a fração geratriz da dízima dada; para tanto,
vamos apresentar o procedimento através de alguns exemplos:
Exemplo 1 Propriedades da Adição de Números Racionais

Seja a dízima 0, 333... . O conjunto Q é fechado para a operação de adição, isto é, a


soma de dois números racionais ainda é um número racional.
Façamos x = 0,333... e multipliquemos ambos os membros - Associativa: Para todos a, b, c em Q: a + ( b + c ) = ( a +
por 10: 10x = 0,333 b)+c

Didatismo e Conhecimento 9
MATEMÁTICA
- Comutativa: Para todos a, b em Q: a + b = b + a Potenciação de Números Racionais
- Elemento neutro: Existe 0 em Q, que adicionado a todo q em
Q, proporciona o próprio q, isto é: q + 0 = q A potência qn do número racional q é um produto de n fatores
- Elemento oposto: Para todo q em Q, existe -q em Q, tal que iguais. O número q é denominado a base e o número n é o expoente.
q + (–q) = 0 qn = q × q × q × q × ... × q, (q aparece n vezes)

Subtração de Números Racionais Exemplos:

A subtração de dois números racionais p e q é a própria 23 222 8


 
a)     5 5 5  125
. .
operação de adição do número p com o oposto de q, isto é:
5 
p – q = p + (–q)

Multiplicação (Produto) de Números Racionais



b)
Como todo número racional é uma fração ou pode ser escrito c) (–5)² = (–5) . ( –5) = 25
na forma de uma fração, definimos o produto de dois números
racionais a e c , da mesma forma que o produto de frações, d) (+5)² = (+5) . (+5) = 25
b d
através de: Propriedades da Potenciação: Toda potência com expoente
a c ac 0 é igual a 01.
bx =
d bd 2

   = 1
5
O produto dos números racionais a e b também pode ser
indicado por a × b, axb, a.b ou ainda ab sem nenhum sinal entre - Toda potência com expoente 1 é igual à própria base.
as letras.
1
Para realizar a multiplicação de números racionais, devemos  9 9
obedecer à mesma regra de sinais que vale em toda a Matemática:  =-
  4
(+1) × (+1) = (+1) 4
(+1) × (-1) = (-1)
(-1) × (+1) = (-1) - Toda potência com expoente negativo de um número racional
(-1) × (-1) = (+1) diferente de zero é igual a outra potência que tem a base igual ao
inverso da base anterior e o expoente igual ao oposto do expoente
anterior. 2
Podemos assim concluir que o produto de dois números com o 2

mesmo sinal é positivo, mas o produto de dois números com sinais


 3  5  25
diferentes é negativo.  5 .   
 3 9

- Toda potência com expoente ímpar tem o mesmo sinal da
Propriedades da Multiplicação de Números Racionais base. 3
2  2  2  2 8

    .  .  
3
O conjunto Q é fechado para a multiplicação, isto é, o produto
de dois números racionais ainda é um número racional.  3   3   3  27
- Associativa: Para todos a, b, c em Q: a × ( b × c ) = ( a ×
b)×c - Toda potência com expoente par é um número positivo.
2
- Comutativa: Para todos a, b em Q: a × b = b × a 1  1 . 1  1
   
 5  
- Elemento neutro: Existe 1 em Q, que multiplicado por todo
  5 25
q em Q, proporciona o próprio q, isto é: qa × 1 = q 5
- Elemento inverso: Para todo q = em Q, q diferente de
-1 b
zero, existe q = em Q: q × q-1 = 1 b a x b =1 - Produto de potências de mesma base. Para reduzir um produto
a b a de potências de mesma base a uma só potência, conservamos a
base e somamos os3 expoentes.
- Distributiva: Para todos a, b, c em Q: a × ( b + c ) = ( a × 2
2 2 222
b)+(a×c)
  5 5   5 5 5     
. . . .
  . 
 5 
Divisão de Números Racionais
5 5   5


Didatismo e Conhecimento 10
A divisão de dois números racionais p e q é a própria operação - Quociente de potências de mesma base. Para reduzir
de multiplicação do número p pelo inverso de q, isto é: p ÷ q = um quociente de potências de mesma base a uma só potência,
p × q-1 MATEMÁTICA
conservamos a base e subtraímos os expoentes.

Didatismo e Conhecimento 11
MATEMÁTICA
A) 1/4
B) 3/10
C) 2/9
D) 4/5
E) 3/2
- Potência de Potência. Para reduzir uma potência de potência
a uma potência de um só expoente, conservamos a base e 2 - (UEM/PR – AUXILIAR OPERACIONAL – UEM/2014)
multiplicamos os expoentes Dirce comprou 7 lapiseiras e pagou R$ 8,30, em cada uma delas.
Pagou com uma nota de 100 reais e obteve um desconto de 10
centavos. Quantos reais ela recebeu de troco?
A) R$ 40,00
B) R$ 42,00
Radiciação de Números Racionais C) R$ 44,00
Se um número representa um produto de dois ou mais fatores D) R$ 46,00
iguais, então cada fator é chamado raiz do número. Vejamos alguns E) R$ 48,00
exemplos:
3 - (FUNDAÇÃO CASA – AGENTE DE APOIO OPERA-
Exemplo 1 CIONAL – VUNESP/2013) De um total de 180 candidatos, 2/5
estudam inglês, 2/9 estudam francês, 1/3estuda espanhol e o res-
4 Representa o produto 2 . 2 ou 2 2. Logo, 2 é a raiz quadrada tante estuda alemão. O número de candidatos que estuda alemão é:
de 4. Indica-se √4= 2. A) 6.
Exemplo 2 B) 7.
2 C) 8.
1
Representa o produto 1 . 1 ou  1  . Logo, 1 é a raiz D) 9.
9   3
1 3 3 3 E) 10.
quadrada de 9 .Indica-se 1= 1
9 3

Exemplo 3 4 - (FUNDAÇÃO CASA – AGENTE DE APOIO OPERA-


CIONAL – VUNESP/2013) Em um estado do Sudeste, um Agente
0,216 Representa o produto 0,6 . 0,6 . 0,6 ou (0,6) 3. Logo, 0,6 de Apoio Operacional tem um salário mensal de: saláriobase R$
é a raiz cúbica de 0,216. Indica-se 3 0, 216 = 0,6. 617,16 e uma gratificação de R$ 185,15. No mês passado, ele fez
8 horas extras a R$ 8,50 cada hora, mas precisou faltar um dia e
Assim, podemos construir o diagrama: foi descontado em R$ 28,40. No mês passado, seu salário totalizou
A) R$ 810,81.
B) R$ 821,31.
N Z Q C) R$ 838,51.
D) R$ 841,91.
E) R$ 870,31.

5 - (Pref. Niterói) Simplificando a expressão abaixo


Um número racional, quando elevado ao quadrado, dá o
número zero ou um número racional positivo. Logo, os números
Obtém-se :
racionais negativos não têm raiz quadrada em Q.
A) ½
O número -100 não tem raiz quadrada em Q, pois tanto -10 B) 1
9 3 C) 3/2
como +10 , quando elevados ao quadrado, dão 100 .
3 9 D) 2
Um número racional positivo só tem raiz quadrada no conjunto
dos números racionais se ele for um quadrado perfeito. E) 3
2
O número não tem raiz quadrada em Q, pois não existe 6 - (SABESP – APRENDIZ – FCC/2012) Em um jogo mate-
3
número racional que elevado ao quadrado dê 2 . mático, cada jogador tem direito a 5 cartões marcados com um nú-
3 mero, sendo que todos os jogadores recebem os mesmos números.
Questões Após todos os jogadores receberem seus cartões, aleatoriamente,
realizam uma determinada tarefa que também é sorteada. Vence o
1 - (PREF. JUNDIAI/SP – AGENTE DE SERVIÇOS OPE- jogo quem cumprir a tarefa corretamente. Em uma rodada em que
RACIONAIS – MAKIYAMA/2013) Na escola onde estudo, ¼ dos a tarefa era colocar os números marcados nos cartões em ordem
alunos tem a língua portuguesa como disciplina favorita, 9/20 têm crescente, venceu o jogador que apresentou a sequência
a matemática como favorita e os demais têm ciências como favori-
ta. Sendo assim, qual fração representa os alunos que têm ciências
como disciplina favorita?

Didatismo e Conhecimento 12
MATEMÁTICA
Respostas

1 - RESPOSTA: “B”.
Somando português e matemática:

O que resta gosta de ciências:

7 – (Prof./Prefeitura de Itaboraí) Se x = 0,181818..., então o


valor numérico da expressão:
2 - RESPOSTA: “B”.

Como recebeu um desconto de 10 centavos, Dirce pagou 58


A) 34/39 reais
B) 103/147 Troco:100-58=42 reais
C) 104/147
D) 35/49 3 - RESPOSTA: “C”.
E) 106/147

8 - (SABESP – APRENDIZ – FCC/2012) Mariana abriu seu


Mmc(3,5,9)=45
cofrinho com 120 moedas e separou-as:
− 1 real: ¼ das moedas
− 50 centavos: 1/3 das moedas
− 25 centavos: 2/5 das moedas O restante estuda alemão: 2/45
− 10 centavos: as restantes

Mariana totalizou a quantia contida no cofre em


A) R$ 62,20.
B) R$ 52,20. 4 - RESPOSTA: “D”.
C) R$ 50,20.
D) R$ 56,20.
E) R$ 66,20.

9 - (PM/SE – SOLDADO 3ªCLASSE – FUNCAB/2014)


Numa operação policial de rotina, que abordou 800 pessoas, ve- Salário foi R$ 841,91.
rificou-se que 3/4 dessas pessoas eram homens e 1/5 deles foram
detidos. Já entre as mulheres abordadas, 1/8 foram detidas. 5 - RESPOSTA: “B”.
Qual o total de pessoas detidas nessa operação policial? 1,3333= 12/9 = 4/3
A) 145 1,5 = 15/10 = 3/2
B) 185
C) 220
D) 260
E) 120

10 - (PREF. JUNDIAI/SP – AGENTE DE SERVIÇOS


OPERACIONAIS – MAKIYAMA/2013) Quando perguntado so- 6 - RESPOSTA: “D”.
bre qual era a sua idade, o professor de matemática respondeu:
“O produto das frações 9/5 e 75/3 fornece a minha idade!”.
Sendo assim, podemos afirmar que o professor tem:
A) 40 anos.
B) 35 anos.
C) 45 anos.
D) 30 anos.
E) 42 anos. A ordem crescente é :

Didatismo e Conhecimento 13
MATEMÁTICA
7 - RESPOSTA: “B”. Vejam os exemplos de números racionais a seguir:
x=0,181818... temos então pela transformação na fração gera- 3 / 4 = 0,75 = 0, 750000...
triz: 18/99 = 2/11, substituindo: - 2 / 3 = - 0, 666666...
1 / 3 = 0, 333333...
2 / 1 = 2 = 2, 0000...
4 / 3 = 1, 333333...
- 3 / 2 = - 1,5 = - 1, 50000...
0 = 0, 000...

Existe, entretanto, outra classe de números que não podem


8 - RESPOSTA: “A”. ser escritos na forma de fração a/b, conhecidos como números
irracionais.

Exemplo

O número real abaixo é um número irracional, embora pareça


uma dízima periódica: x = 0,10100100010000100000...

Observe que o número de zeros após o algarismo 1 aumenta


a cada passo. Existem infinitos números reais que não são dízimas
periódicas e dois números irracionais muito importantes, são:
Mariana totalizou R$ 62,20. e = 2,718281828459045...,
Pi () = 3,141592653589793238462643...
9 - RESPOSTA: “A”.
Que são utilizados nas mais diversas aplicações práticas
como: cálculos de áreas, volumes, centros de gravidade, previsão
populacional, etc.
Classificação dos Números Irracionais

Existem dois tipos de números irracionais:


Como 3/4 eram homens, 1/4 eram mulheres
- Números reais algébricos irracionais: são raízes de po-
linômios com coeficientes inteiros. Todo número real que pode
ou 800-600=200 mulheres ser representado através de uma quantidade finita de somas,
subtrações, multiplicações, divisões e raízes de grau inteiro a partir
dos números inteiros é um número algébrico, por exemplo,

.
Total de pessoas detidas: 120+25=145
A recíproca não é verdadeira: existem números algébricos que
10 - RESPOSTA: “C”. não podem ser expressos através de radicais, conforme o teorema
de Abel-Ruffini.

- Números reais transcendentes: não são raízes de polinômios


com coeficientes inteiros. Várias constantes matemáticas são
transcendentes, como pi ( ) e o número de Euler ( ). Pode-se
dizer que existem mais números transcendentes do que números
Números Irracionais algébricos (a comparação entre conjuntos infinitos pode ser feita
na teoria dos conjuntos).
Os números racionais, aqueles que podem ser escritos na A definição mais genérica de números algébricos e transcen-
forma de uma fração a/b onde a e b são dois números inteiros, com dentes é feita usando-se números complexos.
a condição de que b seja diferente de zero, uma vez que sabemos
da impossibilidade matemática da divisão por zero. Identificação de números irracionais
Vimos também, que todo número racional pode ser escrito na
forma de um número decimal periódico, também conhecido como Fundamentado nas explanações anteriores, podemos afirmar que:
dízima periódica. - Todas as dízimas periódicas são números racionais.
- Todos os números inteiros são racionais.

Didatismo e Conhecimento 14
MATEMÁTICA
- Todas as frações ordinárias são números racionais. Dessa forma, S é igual a
- Todas as dízimas não periódicas são números irracionais.
- Todas as raízes inexatas são números irracionais.
- A soma de um número racional com um número irracional é
sempre um número irracional.
- A diferença de dois números irracionais, pode ser um núme-
ro racional.

Exemplo: - = 0 e 0 é um número racional.


3 - (CÂMARA DE CANITAR/SP – RECEPCIONISTA – IN-
- O quociente de dois números irracionais, pode ser um nú-
mero racional. DEC/2013) O resultado do produto: é:

Exemplo: : = = 2 e 2 é um número racional. B) 2


- O produto de dois números irracionais, pode ser um número
racional.

Exemplo: . = = 5 e 5 é um número racional.


- A união do conjunto dos números irracionais com o conjunto Respostas
dos números racionais, resulta num conjunto denominado conjun-
to R dos números reais. 1 - RESPOSTA: “B”.
- A interseção do conjunto dos números racionais com o con-
junto dos números irracionais, não possui elementos comuns e, I
portanto, é igual ao conjunto vazio ( ).

Simbolicamente, teremos:
QI=R
QI=

Questões
II
1 - (TRF 2ª – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2012) Consi- 10x=4,4444...
dere as seguintes afirmações: -x=0,4444.....
I. Para todo número inteiro x, tem-se 9x=4
x=4/9

II. III

Portanto, apenas as afirmativas I e II são verdadeiras.

2 - RESPOSTA: “D”.
III. Efetuando-se obtém-se um
número maior que 5.

Relativamente a essas afirmações, é certo que

A) I,II, e III são verdadeiras.


B) Apenas I e II são verdadeiras.
C) Apenas II e III são verdadeiras.
D) Apenas uma é verdadeira.
E) I,II e III são falsas.
3 - RESPOSTA: “D”.
2 – (DPE/RS – ANALISTAADMINISTRAÇÃO – FCC/2013)
A soma S é dada por:

Didatismo e Conhecimento 15
MATEMÁTICA
Números Reais Podemos concluir que na representação dos números Reais
sobre uma reta, dados uma origem e uma unidade, a cada ponto
O conjunto dos números reais R é uma expansão do conjunto da reta corresponde um número Real e a cada número Real
dos números racionais que engloba não só os inteiros e os corresponde um ponto na reta.
fracionários, positivos e negativos, mas também todos os números
irracionais.
Os números reais são números usados para representar uma
quantidade contínua (incluindo o zero e os negativos). Pode-se
pensar num número real como uma fração decimal possivelmente
infinita, como 3,141592(...). Os números reais têm uma
correspondência biunívoca com os pontos de uma reta.
Denomina-se corpo dos números reais a coleção dos
elementos pertencentes à conclusão dos racionais, formado pelo Ordenação dos números Reais
corpo de frações associado aos inteiros (números racionais) e a
norma associada ao infinito. A representação dos números Reais permite definir uma
Existem também outras conclusões dos racionais, uma para relação de ordem entre eles. Os números Reais positivos são
cada número primo p, chamadas números p-ádicos. O corpo dos maiores que zero e os negativos, menores. Expressamos a relação
números p-ádicos é formado pelos racionais e a norma associada de ordem da seguinte maneira: Dados dois números Reais a e b,
a p!
a≤b↔b–a≥0
Propriedade
O conjunto dos números reais com as operações binárias de Exemplo: -15 ≤ ↔ 5 – (-15) ≥ 0
soma e produto e com a relação natural de ordem formam um 5 + 15 ≥ 0
corpo ordenado. Além das propriedades de um corpo ordenado, R
tem a seguinte propriedade: Se R for dividido em dois conjuntos Propriedades da relação de ordem
(uma partição) A e B, de modo que todo elemento de A é menor
que todo elemento de B, então existe um elemento x que separa os - Reflexiva: a ≤ a
dois conjuntos, ou seja, x é maior ou igual a todo elemento de A e - Transitiva: a ≤ b e b ≤ c → a ≤ c
menor ou igual a todo elemento de B. - Anti-simétrica: a ≤ b e b ≤ a → a = b
- Ordem total: a < b ou b < a ou a = b

Expressão aproximada dos números Reais

Ao conjunto formado pelos números Irracionais e pelos


números Racionais chamamos de conjunto dos números Reais. Ao
unirmos o conjunto dos números Irracionais com o conjunto dos
números Racionais, formando o conjunto dos números Reais, todas
as distâncias representadas por eles sobre uma reta preenchem-na
por completo; isto é, ocupam todos os seus pontos. Por isso, essa
reta é denominada reta Real.

Os números Irracionais possuem infinitos algarismos decimais


não-periódicos. As operações com esta classe de números sempre
produzem erros quando não se utilizam todos os algarismos
decimais. Por outro lado, é impossível utilizar todos eles nos
cálculos. Por isso, somos obrigados a usar aproximações, isto é,
cortamos o decimal em algum lugar e desprezamos os algarismos
restantes. Os algarismos escolhidos serão uma aproximação do
número Real. Observe como tomamos a aproximação de e do
número nas tabelas.

Didatismo e Conhecimento 16
MATEMÁTICA

Aproximação por

Falta Excesso

Erro menor que π π

1 unidade 1 3 2 4
1 décimo 1,4 3,1 1,5 3,2
1 centésimo 1,41 3,14 1,42 3,15
1 milésimo 1,414 3,141 1,415 3,142
1 décimo de
1,4142 3,1415 1,4134
milésimo

Operações com números Reais

Operando com as aproximações, obtemos uma sucessão de


intervalos fixos que determinam um número Real. É assim que
vamos trabalhar as operações adição, subtração, multiplicação e
divisão. Relacionamos, em seguida, uma série de recomendações
úteis para operar com números Reais:
- Vamos tomar a aproximação por falta.
- Se quisermos ter uma ideia do erro cometido, escolhemos o
mesmo número de casas decimais em ambos os números.
- Se utilizamos uma calculadora, devemos usar a aproximação
máxima admitida pela máquina (o maior número de casas
decimais).
- Quando operamos com números Reais, devemos fazer
constar o erro de aproximação ou o número de casas decimais.
- É importante adquirirmos a idéia de aproximação em função
da necessidade. Por exemplo, para desenhar o projeto de uma casa,
basta tomar medidas com um erro de centésimo. Questões
- Em geral, para obter uma aproximação de n casas decimais,
devemos trabalhar com números Reais aproximados, isto é, com n 1 - (SABESP – APRENDIZ – FCC/2012) Um comerciante
+ 1 casas decimais. tem 8 prateleiras em seu empório para organizar os produtos de
Para colocar em prática o que foi exposto, vamos fazer as limpeza. Adquiriu 100 caixas desses produtos com 20 unidades
quatro operações indicadas: adição, subtração, multiplicação e cada uma, sendo que a quantidade total de unidades compradas
divisão com dois números Irracionais. será distribuída igualmente entre essas prateleiras. Desse modo,
cada prateleira receberá um número de unidades, desses produtos,
igual a
A) 40
B) 50
C) 100
Valor Absoluto
D) 160
Como vimos, o erro pode ser: E) 250
- Por excesso: neste caso, consideramos o erro positivo.
- Por falta: neste caso, consideramos o erro negativo. 2 - (CÂMARA DE CANITAR/SP – RECEPCIONISTA – IN-
Quando o erro é dado sem sinal, diz-se que está dado em valor DEC/2013) Em uma banca de revistas existem um total de 870
absoluto. O valor absoluto de um número a é designado por |a| e exemplares dos mais variados temas. Metade das revistas é da edi-
coincide com o número positivo, se for positivo, e com seu oposto, tora A, dentre as demais, um terço são publicações antigas. Qual o
se for negativo. número de exemplares que não são da Editora A e nem são antigas?
Exemplo: Um livro nos custou 8,50 reais. Pagamos com uma A) 320
nota de 10 reais. Se nos devolve 1,60 real de troco, o vendedor B) 290
cometeu um erro de +10 centavos. Ao contrário, se nos devolve C) 435
1,40 real, o erro cometido é de 10 centavos. D) 145

Didatismo e Conhecimento 17
MATEMÁTICA
3 - (TRT 6ª – TÉCNICO JUDICIÁRIO- ADMINISTRATI- 7 - (UFOP/MG – ADMINISTRADOR DE EDIFICIOS –
VA – FCC/2012) Em uma praia chamava a atenção um catador de UFOP/2013) Uma pessoa caminha 5 minutos em ritmo normal e,
cocos (a água do coco já havia sido retirada). Ele só pegava cocos em seguida, 2 minutos em ritmo acelerado e, assim, sucessivamen-
inteiros e agia da seguinte maneira: o primeiro coco ele coloca te, sempre intercalando os ritmos da caminhada (5 minutos nor-
inteiro de um lado; o segundo ele dividia ao meio e colocava as mais e 2 minutos acelerados). A caminhada foi iniciada em ritmo
metades em outro lado; o terceiro coco ele dividia em três partes normal, e foi interrompida após 55 minutos do início.
iguais e colocava os terços de coco em um terceiro lugar, diferen- O tempo que essa pessoa caminhou aceleradamente foi:
te dos outros lugares; o quarto coco ele dividia em quatro partes A) 6 minutos
B) 10 minutos
iguais e colocava os quartos de coco em um quarto lugar diferente
C) 15 minutos
dos outros lugares. No quinto coco agia como se fosse o primeiro
D) 20 minutos
coco e colocava inteiro de um lado, o seguinte dividia ao meio, o
seguinte em três partes iguais, o seguinte em quatro partes iguais e 8 - (PREF. IMARUÍ – AGENTE EDUCADOR – PREF.
seguia na sequência: inteiro, meios, três partes iguais, quatro par- IMARUÍ/2014) Sobre o conjunto dos números reais é CORRETO
tes iguais. Fez isso com exatamente 59 cocos quando alguém disse dizer:
ao catador: eu quero três quintos dos seus terços de coco e metade A) O conjunto dos números reais reúne somente os números
dos seus quartos de coco. O catador consentiu e deu para a pessoa racionais.
A) 52 pedaços de coco. B) R* é o conjunto dos números reais não negativos.
B) 55 pedaços de coco. C) Sendo A = {-1,0}, os elementos do conjunto A não são
C) 59 pedaços de coco. números reais.
D) 98 pedaços de coco. D) As dízimas não periódicas são números reais.
E) 101 pedaços de coco.
9 - (TJ/SP - AUXILIAR DE SAÚDE JUDICIÁRIO - AU-
4 - (UEM/PR – AUXILIAR OPERACIONAL – UEM/2014) XILIAR EM SAÚDE BUCAL – VUNESP/2013) Para numerar
A mãe do Vitor fez um bolo e repartiu em 24 pedaços, todos de as páginas de um livro, uma impressora gasta 0,001 mL por cada
mesmo tamanho. A mãe e o pai comeram juntos, ¼ do bolo. O algarismo impresso. Por exemplo, para numerar as páginas 7, 58 e
Vitor e a sua irmã comeram, cada um deles, ¼ do bolo. Quantos 290 gasta-se, respectivamente, 0,001 mL, 0,002 mL e 0,003 mL de
tinta. O total de tinta que será gasto para numerar da página 1 até a
pedaços de bolo sobraram?
página 1 000 de um livro, em mL, será
A) 4
A) 1,111.
B) 6 B) 2,003.
C) 8 C) 2,893.
D) 10 D) 1,003.
E) 12 E) 2,561.

5 - (UEM/PR – AUXILIAR OPERACIONAL – UEM/2014) 10 - (BNDES – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CES-


Paulo recebeu R$1.000,00 de salário. Ele gastou ¼ do salário com GRANRIO/2013) Gilberto levava no bolso três moedas de R$
aluguel da casa e 3/5 do salário com outras despesas. Do salário 0,50, cinco de R$ 0,10 e quatro de R$ 0,25. Gilberto retirou do
que Paulo recebeu, quantos reais ainda restam? bolso oito dessas moedas, dando quatro para cada filho.
A) R$ 120,00 A diferença entre as quantias recebidas pelos dois filhos de
B) R$ 150,00 Gilberto é de, no máximo,
C) R$ 180,00 A) R$ 0,45
D) R$ 210,00 B) R$ 0,90
E) R$ 240,00 C) R$ 1,10
D) R$ 1,15
E) R$ 1,35
6 - (UFABC/SP – TECNÓLOGO-TECNOLOGIA DA IN-
Respostas
FORMAÇÃO – VUNESP/2013) Um jardineiro preencheu par-
cialmente, com água, 3 baldes com capacidade de 15 litros cada 1 - RESPOSTA: “E”.
um. O primeiro balde foi preenchido com 2/3 de sua capacidade, o Total de unidades: 100⋅20=2000 unidades
segundo com 3/5 da capacidade, e o terceiro, com um volume cor-
respondente à média dos volumes dos outros dois baldes. A soma unidades em cada prateleira.
dos volumes de água nos três baldes, em litros, é 2 - RESPOSTA: “B”.
A) 27. editora A: 870/2=435 revistas
B) 27,5. publicações antigas: 435/3=145 revistas
C) 28.
D) 28,5.
E) 29.

Didatismo e Conhecimento 18
MATEMÁTICA
O número de exemplares que não são da Editora A e nem são 7 - RESPOSTA: “C”.
antigas são 290. A caminhada sempre vai ser 5 minutos e depois 2 minutos,
então 7 minutos ao total.
3 - RESPOSTA: “B”. Dividindo o total da caminhada pelo tempo, temos:

Assim, sabemos que a pessoa caminhou 7. (5 minutos +2 mi-


14 vezes iguais nutos) +6 minutos (5 minutos+1 minuto)
Coco inteiro: 14 Aceleradamente caminhou: (7.2)+1➜ 14+1=15 minutos
Metades:14.2=28
Terça parte:14.3=42 8 - RESPOSTA: “D”.
Quarta parte:14.4=56 A) errada - O conjunto dos números reais tem os conjuntos:
3 cocos: 1 coco inteiro, metade dos cocos, terça parte naturais, inteiros, racionais e irracionais.
Quantidade total B) errada – R* são os reais sem o zero.
Coco inteiro: 14+1=15 C) errada - -1 e 0 são números reais.
Metades: 28+2=30
9 - RESPOSTA: “C”.
Terça parte:42+3=45
1 a 9 =9 algarismos=0,001⋅9=0,009 ml
Quarta parte :56
De 10 a 99, temos que saber quantos números tem.
99-10+1=90.
OBS: soma 1, pois quanto subtraímos exclui-se o primeiro
número.
90 números de 2 algarismos: 0,002⋅90=0,18ml
4 - RESPOSTA “B”. De 100 a 999
999-100+1=900 números
900⋅0,003=2,7ml
1000=0,004ml
Somando: 0,009+0,18+2,7+0,004=2,893
Sobrou 1/4 do bolo.
10 - RESPOSTA: “E”.
Supondo que as quatro primeiras moedas sejam as 3 de R$
0,50 e 1 de R$ 0,25(maiores valores).
Um filho receberia : 1,50+0,25=R$1,75
5 - RESPOSTA: “B”. E as ouras quatro moedas sejam de menor valor: 4 de R$
0,10=R$ 0,40.
Aluguel: A maior diferença seria de 1,75-0,40=1,35
Dica: sempre que fala a maior diferença tem que o maior valor
Outras despesas: possível – o menor valor.

Restam :1000-850=R$150,00
NÚMEROS E GRANDEZAS
6 - RESPOSTA: “D”. PROPORCIONAIS: RAZÕES E
Primeiro balde:
PROPORÇÕES, DIVISÃO
PROPORCIONAL, REGRAS DE
TRÊS SIMPLES E COMPOSTA.
Segundo balde:

Números Diretamente Proporcionais


Terceiro balde:
Considere a seguinte situação:

Joana gosta de queijadinha e por isso resolveu aprender


a fazê-las. Adquiriu a receita de uma amiga. Nessa receita, os
A soma dos volumes é : 10+9+9,5=28,5 litros
ingredientes necessários são:

Didatismo e Conhecimento 19
MATEMÁTICA
3 ovos Exemplo 2: Para montar uma pequena empresa, Júlio, César
1 lata de leite condensado e Toni formaram uma sociedade. Júlio entrou com R$ 24.000,00,
1 xícara de leite César com R$ 27.000,00 e Toni com R$ 30.000,00. Depois de 6
2 colheres das de sopa de farinha de trigo meses houve um lucro de R$ 32.400,00 que foi repartido entre eles
1 colher das de sobremesa de fermento em pó em partes diretamente proporcionais à quantia investida. Calcular
1 pacote de coco ralado a parte que coube a cada um.
1 xícara de queijo ralado
1 colher das de sopa de manteiga Solução:

Veja que: Representando a parte de Júlio por x, a de César por y, e a de


Toni por z, podemos escrever:
- Para se fazerem 2 receitas seriam usados 6 ovos para 4
colheres de farinha;
x  y  z  32400 
- Para se fazerem 3 receitas seriam usados 9 ovos para 6  
colheres de farinha;  x y z 
   

- Para se fazerem 4 receitas seriam usados 12 ovos para 8 


 24000 27000 30000 
colheres de farinha;  3 
2400
- Observe agora as duas sucessões de números: x y z xyz
24000  27000  30000  24000  27000  30000
Sucessão do número de ovos: 6 9 12   
81000
Sucessão do número de colheres de farinha: 4 6 8
Nessas sucessões as razões entre os termos correspondentes Resolvendo as proporções:
são iguais: x
 324004
6 3 9 3 12 3 24000

4 2
  8100010
6 2 8 2
6 9 12 3 10x = 96 000
Assim:   
4 6 8 2 x = 9 600
Dizemos, então, que: y 4
27000  10
- os números da sucessão 6, 9, 12 são diretamente proporcio-
10y = 108 000
nais aos da suces3são 4, 6, 8;
y = 10 800
- o número 2 , que é a razão entre dois termos corresponden-
tes, é chamado fator de proporcionalidade. z 4
Duas sucessões de números não-nulos são diretamente pro- 
3000 10
porcionais quando as razões entre cada termo da primeira sucessão
e o termo correspondente da segunda sucessão são iguais. 10z = 120 000
z = 12 000
Exemplo 1: Vamos determinar x e y, de modo que as sucessões
sejam diretamente proporcionais: Logo, Júlio recebeu R$ 9.600,00, César recebeu R$ 10.800,00
e Toni, R$ 12.000,00.
2 8 y
3 x 21 Números Inversamente Proporcionais

Como as sucessões são diretamente proporcionais, as razões Considere os seguintes dados, referentes à produção de sorvete
são iguais, isto é: por uma máquina da marca x-5:

2 8 y 1 máquina x-5 produz 32 litros de sorvete em 120 min.


3  x  21 2 máquinas x-5 produzem 32 litros de sorvete em 60 min.
2 8 2 y 4 máquinas x-5 produzem 32 litros de sorvete em 30 min.
6 máquinas x-5 produzem 32 litros de sorvete em 20 min.
= =
3 x 3 21
2x = 3 . 8 3y = 2 . 21 Observe agora as duas sucessões de números:
2x = 24 3y = 42
Sucessão do número de máquinas: 1 2 4 6
24 42 Sucessão do número de minutos: 120 60 30 20
x= 2 y=
3
x=12 y=14 Nessas sucessões as razões entre cada termo da primeira
sucessão e o inverso do termo correspondente da segunda são
Logo, x = 12 e y = 14 iguais:

Didatismo e Conhecimento 20
MATEMÁTICA

1 2 4 6 Como, vem
    120
1 1 1 1
120 60 30 20

Dizemos, então, que:


- os números da sucessão 1, 2, 4, 6 são inversamente propor-
cionais aos da sucessão 120, 60, 30, 20;
- o número 120, que é a razão entre cada termo da primeira
sucessão e o inverso do seu correspondente na segunda, é chamado
fator de proporcionalidade.

Observando que
Logo, os números procurados são 48, 32 e 24.

1
é o mesmo que 1.120=120 4 Grandezas Diretamente Proporcionais
é mesmo que 4.30=120
1 1
20
Considere uma usina de açúcar cuja produção, nos cinco
30 primeiros dias da safra de 2005, foi a seguinte:
2 é o mesmo que 2.60=120 6
é o mesmo que 6.20= 120
1 1 Dias Sacos de açúcar
60 20 1 5 000
2 10 000
Podemos dizer que: Duas sucessões de números não-nulos são
3 15 000
inversamente proporcionais quando os produtos de cada termo da
primeira sucessão pelo termo correspondente da segunda sucessão 4 20 000
são iguais. 5 25 000

Exemplo 1: Vamos determinar x e y, de modo que as sucessões Com base na tabela apresentada observamos que:
sejam inversamente proporcionais:
- duplicando o número de dias, duplicou a produção de
4 x 8 açúcar;
20 16 y - triplicando o número de dias, triplicou a produção de
açúcar, e assim por diante.
Para que as sucessões sejam inversamente proporcionais, os
produtos dos termos correspondentes deverão ser iguais. Então Nesse caso dizemos que as grandezas tempo e produção são
devemos ter: diretamente proporcionais.
4 . 20 = 16 . x = 8 . y Observe também que, duas a duas, as razões entre o número de
dias e o número de sacos de açúcar são iguais:

16 . x = 4 . 20 8 . y = 4 . 20
16x = 80 8y = 80
x = 80/16 y = 80/8
x=5 y = 10
Isso nos leva a estabelecer que: Duas grandezas são diretamente
Logo, x = 5 e y = 10. proporcionais quando a razão entre os valores da primeira é igual
à razão entre os valores da segunda.
Exemplo 2: Vamos dividir o número 104 em partes
inversamente proporcionais aos números 2, 3 e 4. Tomemos agora outro exemplo.
Com 1 tonelada de cana-de-açúcar, uma usina produz 70l de
Representamos os números procurados por x, y e z. E como as álcool.
sucessões (x, y, z) e (2, 3, 4) devem ser inversamente proporcionais, De acordo com esses dados podemos supor que:
escrevemos:  104

xy z x y  z = xyz - com o dobro do número de toneladas de cana, a usina produza
  
  

o dobro do número de litros de álcool, isto é, 140l;


1 1 1 1 1 1 1 1 1 - com o triplo do número de toneladas de cana, a usina produza
2 3 4 2 3 4 2 3 4 o triplo do número de litros de álcool, isto é, 210l.

Didatismo e Conhecimento 21
MATEMÁTICA
Então concluímos que as grandezas quantidade de cana-de- - o triplo do número de máquinas realiza o mesmo trabalho na
açúcar e número de litros de álcool são diretamente proporcionais. terça parte do tempo, isto é, 12 dias.
Então concluímos que as grandezas quantidade de máquinas
Grandezas Inversamente Proporcionais e tempo são inversamente proporcionais.

Considere uma moto cuja velocidade média e o tempo gasto


para percorrer determinada distância encontram-se na tabela: Questões

1 - (PGE/BA – ASSISTENTE DE PROCURADORIA –


Velocidade Tempo
FCC/2013) Uma faculdade irá inaugurar um novo espaço para sua
30 km/h 12 h biblioteca, composto por três salões. Estima-se que, nesse espaço,
60 km/h 6h poderão ser armazenados até 120.000 livros, sendo 60.000 no sa-
lão maior, 15.000 no menor e os demais no intermediário. Como
90 km/h 4h
a faculdade conta atualmente com apenas 44.000 livros, a biblio-
120 km/h 3h tecária decidiu colocar, em cada salão, uma quantidade de livros
diretamente proporcional à respectiva capacidade máxima de ar-
Com base na tabela apresentada observamos que: mazenamento. Considerando a estimativa feita, a quantidade de
livros que a bibliotecária colocará no salão intermediário é igual a
- duplicando a velocidade da moto, o número de horas fica A) 17.000.
reduzido à metade; B) 17.500.
- triplicando a velocidade, o número de horas fica reduzido à C) 16.500.
terça parte, e assim por diante. D) 18.500.
E) 18.000.
Nesse caso dizemos que as grandezas velocidade e tempo são
inversamente proporcionais. 2 - (PREF. PAULISTANA/PI – PROFESSOR DE MATE-
MÁTICA – IMA/2014) Uma herança de R$ 750.000,00 deve ser
Observe que, duas a duas, as razões entre os números que repartida entre três herdeiros, em partes proporcionais a suas ida-
indicam a velocidade são iguais ao inverso das razões que indicam des que são de 5, 8 e 12 anos. O mais velho receberá o valor de:
o tempo: A) R$ 420.000,00
B) R$ 250.000,00
30 = 6 inverso da razão 12 C) R$ 360.000,00
60 12 6 D) R$ 400.000,00
E) R$ 350.000,00
30 = 4 inverso da razão 12 3 - (CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO ADMINIS-
90 12 4
12 TRATIVO – FCC/2014) Uma empresa foi constituída por três só-
30 = 3 inverso da razão
120 12 3 cios, que investiram, respectivamente, R$60.000,00, R$40.000,00
e R$20.000,00. No final do primeiro ano de funcionamento, a em-
60 = 4 inverso da razão 6 presa obteve um lucro de R$18.600,00 para dividir entre os sócios
90 6 4 em quantias diretamente proporcionais ao que foi investido. O só-
cio que menos investiu deverá receber
60 = 3 inverso da razão 6 A) R$2.100,00.
120 6 3 B) R$2.800,00.
C) R$3.400,00.
90 = 3 inverso da razão 4 D) R$4.000,00.
120 6 3 E) R$3.100,00.

4 - (METRÔ/SP - AGENTE DE SEGURANÇA METRO-


VIÁRIA I - FCC/2013) Um mosaico foi construído com triângu-
Podemos, então, estabelecer que: Duas grandezas são los, quadrados e hexágonos. A quantidade de polígonos de cada
inversamente proporcionais quando a razão entre os valores da tipo é proporcional ao número de lados do próprio polígono. Sabe-
primeira é igual ao inverso da razão entre os valores da segunda. -se que a quantidade total de polígonos do mosaico é 351. A quan-
Acompanhe o exemplo a seguir: tidade de triângulos e quadrados somada supera a quantidade de
hexágonos em
Cinco máquinas iguais realizam um trabalho em 36 dias. De A) 108.
acordo com esses dados, podemos supor que: B) 27.
C) 35.
- o dobro do número de máquinas realiza o mesmo trabalho na D) 162.
metade do tempo, isto é, 18 dias; E) 81.

Didatismo e Conhecimento 22
MATEMÁTICA
5 - (PC/SP – OFICIAL ADMINISTRATIVO – VU- Então, como tem 44.000 livros, no salão maior ficará com
NESP/2014) Foram construídos dois reservatórios de água. A ra- 22.000 e no salão menor é 5.500 livros.
zão entre os volumes internos do primeiro e do segundo é de 2 para 22000+5500=27500
5, e a soma desses volumes é 14m³. Assim, o valor absoluto da Salão intermediário:44.000-27.500=16.500 livros.
diferença entre as capacidades desses dois reservatórios, em litros,
é igual a 2 - RESPOSTA: “C”.
A) 8000. 5x+8x+12x=750.000
B) 6000. 25x=750.000
C) 4000. X=30.000
D) 6500. O mais velho receberá:12⋅30000=360.000,00
E) 9000.
3 - RESPOSTA: “E”.
6 – (CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO ADMI- 20000 :40000 :60000
NISTRATIVO – FCC/2014) Na tabela abaixo, a sequência de nú- 1: 2: 3
meros da coluna A é inversamente proporcional à sequência de k+2k+3k=18600
números da coluna B. 6k=18600
k=3100
O sócio que investiu R$20.000,00 receberá R$3.100,00.

4 - RESPOSTA: “B”.

A letra X representa o número

A) 90.
B) 80.
C) 96.
D) 84.
E) 72.

7 - (SAMU/SC – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO –


SPDM/2012) Carlos dividirá R$ 8.400,00 de forma inversamente
proporcional à idade de seus dois filhos: Marcos, de12 anos, e Fá- 189-162= 27
bio, de 9 anos. O valor que caberá a Fábio será de:
A) R$ 3.600,00 5 - RESPOSTA: “B”.
B) R$ 4.800,00 Primeiro:2k
C) R$ 7.000,00 Segundo:5k
D) R$ 5.600,00
2k+5k=14
7k=14
8 - (TRT – FCC) Três técnicos judiciários arquivaram um to-
K=2
tal de 382 processos, em quantidades inversamente proporcionais
Primeiro=2.2=4
as suas respectivas idades: 28, 32 e 36 anos. Nessas condições, é
Segundo=5.2=10
correto afirmar que o número de processos arquivados pelo mais
Diferença=10-4=6m³
velho foi:
A) 112
1m³------1000L
B) 126
6x
C) 144
X=6000 l
D) 152
E) 164 6 - RESPOSTA: “B”.

RESPOSTAS

1 - RESPOSTA: “C”.
Como é diretamente proporcional, podemos analisar da se-
guinte forma:
No salão maior, percebe-se que é a metade dos livros, no salão
X=80
menor é 1/8 dos livros.

Didatismo e Conhecimento 23
MATEMÁTICA
7 - RESPOSTA: “B”.
Marcos: a
Fábio: b
a+b=8400
b=4800

8 - RESPOSTA “A”.

382 ➜Somamos os inversos dos números, ou seja: . Dividindo-se os denominadores por 4, ficamos com:
= . Eliminando-se os denominadores, temos 191 que corresponde a uma soma. Dividindo-se a soma pela
soma: Razão

Sejam dois números reais a e b, com b ≠ 0. Chama-se razão entre a e b (nessa ordem) o quociente a b, ou .
A razão é representada por um número racional, mas é lida de modo diferente.

Exemplos

3
a) A fração
5
3
b) A razão
5
Os termos da razão recebem nomes especiais.
O número 3 é numerador
3
a) Na fração 5
O número 5 é denominador

O número 3 é antecedente

a) Na razão 3
5 O número 5 é consequente
Exemplo 1

A razão entre 20 e 50 é 20  2 ; já a razão entre 50 e 20 é 50 5.



50 5 20 2

Didatismo e Conhecimento 24
MATEMÁTICA
Exemplo 2 Dividindo-se o número de habitantes pela área, obteremos o
número de habitantes por km2 (hab./km2):
Numa classe de 42 alunos há 18 rapazes e 24 m
18oças.3A razão 6628000
entre o número de rapazes e o número de moças é  , o que  71, 5hab. / km2
significa que para “cada 3 rapazes há 4 moças”. Por24outro4 lado, 927286
a1r8azão3entre o número de rapazes e o total de alunos é dada por A esse tipo de razão dá-se o nome de densidade demográfica.
 , o que equivale a dizer que “de cada 7 alunos na classe,
34s2ão r7apazes”. A notação hab./km2 (lê-se: ”habitantes por quilômetro quadra-
do”) deve acompanhar a razão.
Razão entre grandezas de mesma espécie
Exemplo 3
A razão entre duas grandezas de mesma espécie é o quociente
dos números que expressam as medidas dessas grandezas numa Um carro percorreu, na cidade, 83,76 km com 8 L de gasolina.
mesma unidade. Dividindo-se o número de quilômetros percorridos pelo número de
litros de combustível consumidos, teremos o número de quilôme-
Exemplo tros que esse carro percorre com um litro de gasolina:
83, 76km
Uma sala tem 18 m2. Um tapete que ocupar o centro dessa  10, 47km / l
sala mede 384 dm2. Vamos calcular a razão entre a área do tapete 8l
e a área da sala. A esse tipo de razão dá-se o nome de consumo médio.
Primeiro, devemos transformar as duas grandezas em uma A notação km/l (lê-se: “quilômetro por litro”) deve acompa-
mesma unidade: nhar a razão.
Área da sala: 18 m2 = 1 800 dm2
Área do tapete: 384 dm2 Exemplo 4
Estando as duas áreas na mesma unidade, podemos escrever
Uma sala tem 8 m de comprimento. Esse comprimento é re-
a razão:
presentado num desenho por 20 cm. Qual é a escala do desenho?
384dm2 384 16
1800dm2  1800  75 Escala 
comprimento  no  desenho 20cm 20cm 1
   ou1 : 40
comprimento  8m 800cm 40
Razão entre grandezas de espécies diferentes real
A razão entre um comprimento no desenho e o correspondente
Exemplo 1 comprimento real, chama-se Escala.
Considere um carro que às 9 horas passa pelo quilômetro 30 Proporção
de uma estrada e, às 11 horas, pelo quilômetro 170.
A igualdade entre duas razões recebe o nome de proporção.
Distância percorrida: 170 km – 30 km = 140 km 3 6
Tempo gasto: 11h – 9h = 2h Na proporção 5  10 (lê-se: “3 está para 5 assim como 6
está para 10”), os números 3 e 10 são chamados extremos, e os
Calculamos a razão entre a distância percorrida e o tempo números 5 e 6 são chamados meios.
gasto para isso:
140km Observemos que o produto 3 x 10 = 30 é igual ao produto 5 x 6
 70km / h = 30, o que caracteriza a propriedade fundamental das proporções:
2h
“Em toda proporção, o produto dos meios é igual ao pro-
A esse tipo de razão dá-se o nome de velocidade média. duto dos extremos”.
Exemplo 1
Observe que: 2 6
- as grandezas “quilômetro e hora” são de naturezas diferen- Na proporção  , temos 2 x 9 = 3 x 6 = 18;
tes; 3 9
1 4
- a notação km/h (lê-se: “quilômetros por hora”) deve acom- e em  , temos 4 x 4 = 1 x 16 = 16.
panhar a razão. 4 16
Exemplo 2
Exemplo 2
Na bula de um remédio pediátrico recomenda-se a seguinte
A Região Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janei- dosagem: 5 gotas para cada 2 kg do “peso” da criança.
ro e São Paulo) tem uma área aproximada de 927 286 km2 e uma Se uma criança tem 12 kg, a dosagem correta x é dada por:
população de 66 288 000 habitantes, aproximadamente, segundo tatístic ( BGE) para o ano de 1995.
estimativas projetadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Es- a I

Didatismo e Conhecimento 25
5gotas 2kg x
 12kg x
30gota
s
MATEMÁTICA

Didatismo e Conhecimento 26
MATEMÁTICA
Por outro lado, se soubermos que foram corretamente minis- ou
tradas 20 gotas a uma criança, podemos concluir que seu “peso” 3 1  3 1 1 2 1
é 8 kg, pois:     

5gotas 15 5 15  5 5 10 5
 20gotas / p  p  8kg
2kg
Questões
(nota: o procedimento utilizado nesse exemplo é comumente
chamado de regra de três simples.) 1 - (VUNESP - AgSegPenClasseI-V1 - 2012) – Em um con-
curso participaram 3000 pessoas e foram aprovadas 1800. A razão
Propriedades da Proporção do número de candidatos aprovados para o total de candidatos par-
ticipantes do concurso é:
O produto dos extremos é igual ao produto dos meios: essa A) 2/3
propriedade possibilita reconhecer quando duas razões formam ou B) 3/5
não uma proporção. C) 5/10
D) 2/7
4 12 E) 6/7
3e 9 formam uma proporção, pois
2 – (VNSP1214/001-AssistenteAdministrativo-I – 2012)
Produtos dos extremos  4
 .9  3
.12  Produtos dos meios.
36 36 – Em uma padaria, a razão entre o número de pessoas que tomam
A soma dos dois primeiros termos está para o primeiro (ou café puro e o número de pessoas que tomam café com leite, de
para o segundo termo) assim como a soma dos dois últimos está manhã, é 2/3. Se durante uma semana, 180 pessoas tomarem café
para o terceiro (ou para o quarto termo). de manhã nessa padaria, e supondo que essa razão permaneça a
mesma, pode-se concluir que o número de pessoas que tomarão
5 10  5  2 10  4 7 14
     café puro será:
2 4  5 10 5 10 A) 72
ou B) 86
5 10  5  2 10  4 7 14 C) 94
     
D) 105
2 4  2 4 2 4
E) 112
A diferença entre os dois primeiros termos está para o primei-
ro (ou para o segundo termo) assim como a diferença entre os dois 3 - (PREF. NEPOMUCENO/MG – TÉCNICO EM SEGU-
últimos está para o terceiro (ou para o quarto termo). RANÇA DO TRABALHO – CONSULPLAN/2013) Num zooló-
gico, a razão entre o número de aves e mamíferos é igual à razão
4 8 4  3 8  6 1 2
      entre o número de anfíbios e répteis. Considerando que o número
3 6  4 8 4 8 de aves, mamíferos e anfíbios são, respectivamente, iguais a 39, 57
e 26, quantos répteis existem neste zoológico?
ou A) 31
4 8 4  3 86 1 2 B) 34
    

3 6 3 6 3 6 C) 36
A soma dos antecedentes está para a soma dos consequentes D) 38
assim como cada antecedente está para o seu consequente. E) 43
4 - (TRT - Técnico Judiciário) Na figura abaixo, os pontos E e
F dividem o lado AB do retângulo ABCD em segmentos de mesma
12 3 12  3 12 15 12
      medida.
8 2 8  2 8 10 8

ou
12 3 12  3 3 15 3
    

 8  2
8 2 2 10 2

A diferença dos antecedentes está para a diferença dos conse-


quentes assim como cada antecedente está para o seu consequente.
3 1 31 3 2 3
    

Didatismo e Conhecimento 27

15 5 15  5 15 10 15

MATEMÁTICA

Didatismo e Conhecimento 28
MATEMÁTICA
A razão entre a área do triângulo (CEF) e a área do retângulo é:
a) 1/8
b) 1/6
c) 1/2
d) 2/3
e) 3/4

5 - (CREFITO/SP – ALMOXARIFE – VUNESP/2012) Na biblioteca de uma faculdade, a relação entre a quantidade de livros e de revis-
tas era de 1 para 4. Com a compra de novos exemplares, essa relação passou a ser de 2 para 3.
Assinale a única tabela que está associada corretamente a essa situação.

A)
Nº de livros Nº de revistas
Antes da compra 50 200
Após a compra 200 300

B)
Nº de livros Nº de revistas
Antes da compra 50 200
Após a compra 300 200

C)
Nº de livros Nº de revistas
Antes da compra 200 50
Após a compra 200 300

D)
Nº de livros Nº de revistas
Antes da compra 200 50
Após a compra 300 200

E)
Nº de livros Nº de revistas
Antes da compra 200 200
Após a compra 50 300

6 - (CREFITO/SP – ALMOXARIFE – VUNESP/2012) Uma rede varejista teve um faturamento anual de 4,2 bilhões de reais com
240 lojas em um estado. Considerando que esse faturamento é proporcional ao número de lojas, em outro estado em que há 180 lojas, o
faturamento anual, em bilhões de reais, foi de
A) 2,75
B) 2,95
C) 3,15
D) 3,35
E) 3,55

7 - (PREF. IMARUÍ – AGENTE EDUCADOR – PREF. IMARUÍ/2014) De cada dez alunos de uma sala de aula, seis são do sexo fe-
minino. Sabendo que nesta sala de aula há dezoito alunos do sexo feminino, quantos são do sexo masculino?
A) Doze alunos.
B) Quatorze alunos.
C) Dezesseis alunos.
D) Vinte alunos.

Didatismo e Conhecimento 29
MATEMÁTICA
8 - (TJ/SP – ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2013) Em um dia de muita chuva e trânsito caótico, 2/5 dos alunos
de certa escola chegaram atrasados, sendo que 1/4 dos atrasados tiveram mais de 30 minutos de atraso. Sabendo que todos os demais alunos
chegaram no horário, pode-se afirmar que nesse dia, nessa escola, a razão entre o número de alunos que chegaram com mais de 30 minutos
de atraso e número de alunos que chegaram no horário, nessa ordem, foi de
A) 2:3
B) 1:3
C) 1:6
D) 3:4
E) 2:5

9 - (PMPP1101/001-Escriturário-I-manhã – 2012) – A razão entre as idades de um pai e de seu filho é hoje de 5/2. Quando o filho
nasceu, o pai tinha 21 anos. A idade do filho hoje é de
A) 10 anos
B) 12 anos
C) 14 anos
D) 16 anos
E) 18 anos

10 - (FAPESP – ANALISTA ADMINISTRATIVO – VUNESP/2012) Em uma fundação, verificou-se que a razão entre o número de
atendimentos a usuários internos e o número de atendimento total aos usuários (internos e externos), em um determinado dia, nessa ordem,
foi de 3/5. Sabendo que o número de usuários externos atendidos foi 140, pode-se concluir que, no total, o número de usuários atendidos foi
A) 84
B) 100
C) 217
D) 280
E) 350

Respostas

1 – Resposta “B”

2 – Resposta “A”
Sejam CP e CL o número de pessoas que consumiram café puro e café com leite respectivamente. Como na semana o número total de
pessoas que consumiram café foi de 180, temos que:

CP+CL = 180

A relação encontrada entre eles é de ; assim aplicando a propriedade da proporção teremos:

  180.2 = CP.5  CP =  CP = 72

3 - RESPOSTA: “D”

Aplicando-se o produto dos meios pelos extremos temos:

Didatismo e Conhecimento 30
MATEMÁTICA
4 - Resposta “B”

5 - RESPOSTA: “A”
Para cada 1 livro temos 4 revistas
Significa que o número de revistas é 4x o número de livros.
50 livros: 200 revistas

Depois da compra
2 livros :3 revistas
200 livros: 300 revistas

6 - RESPOSTA: “C”

240.x = 4,2.180 → 240x = 756 → x = 3,15 bilhões

7 - RESPOSTA: “A”
Como 6 são do sexo feminino, 4 são do sexo masculino(10-6 = 4) .Então temos a seguinte razão:

 6x = 72  x = 12

8- RESPOSTA: “C”

Se 2/5 chegaram atrasados

chegaram no horário

tiveram mais de 30 minutos de atraso

9 – RESPOSTA: “C”

A razão entre a idade do pai e do filho é respectivamente , se quando o filho nasceu o pai tinha 21, significa que hoje o pai tem x
+ 21 , onde x é a idade do filho. Montando a proporção teremos:

Didatismo e Conhecimento 31
MATEMÁTICA

4J=3A=2M=2C=108
4J=108
J=27
3A=108
10 - RESPOSTA: “E” A=36 Resposta: João recebeu 27 figurinhas,
Usuários internos: I Ana recebeu 36, Marcos recebeu
Usuários externos : E 2M=108 54 e Cintia 54.
M=54
2C=108
 5I = 3I+420 2I = 420 I = 210 C=54

Problemas
I+E = 210+140 = 350
1. Decidi dividir R$ 247,00 entre meus dois filhos de modo
Divisão proporcional proporcional às suas idades. O mais velho tem onze anos e o mais
novo tem oito. Quantos reais devo dar a cada um?
A divisão proporcional é muito usada em situações relacio-
nadas à matemática financeira, contabilidade, administração, na 2. Três profissionais com a mesma capacidade de trabalho,
divisão de lucros e prejuízos proporcionais a valores investidos. devem executar uma tarefa por R$ 1800,00. O primeiro deles, po-
Ex: 1. Manuela, Jose e Alberto resolveram formar uma so- rém, trabalhou apenas três dias, o segundo, quatro, e o terceiro
ciedade e abriram uma empresa que, ao fim de um ano deu lucro
trabalhou 5 dias. Para que o pagamento seja justo quanto deverá
de R$ 660 000,00. Para abrir a empresa Manuela investiu R$ 40
receber cada um?
000,00, José R$ 50 000,00 e Alberto R$ 30 000,00. Como esse
lucro deverá ser dividido entre os sócios para que cada um receba
3. Três trabalhadores devem dividir 1200 reais referentes ao
uma quantia proporcional ao investimento inicial?
pagamento de um serviço realizado. Eles trabalharam 2, 3 e 5 dias
Resolução: M, J e A são as quantias que os sócios devem re-
ceber . respectivamente e devem receber uma quantia diretamente propor-
cional ao número de dias trabalhados. Quanto deverá receber cada
M J A M  J  A 660000 um?
     5,5
40000 50000 30000 40000  50000  30000 120000
4. Dois ambulantes obtiveram R$ 1560,00 pela venda de cer-
M tas mercadorias. Esta quantia deve ser dividida entre eles em par-
 5,5 , logo M=R$ 220 000,00 tes diretamente proporcionais a 5 e 7 respectivamente. Quanto irá
40000 receber cada um?

5. Os três jogadores mais disciplinados de um campeonato de


futebol amador irão receber um prêmio de R$ 3340,00 rateados em
J
 5,5 logo J=R$ 275 000,00 partes inversamente proporcionais ao número de faltas cometidas
50000 em todo o campeonato. Os jogadores cometeram 5, 7 e 11 faltas.
Qual a premiação referente a cada um deles respectivamente?
A 6. Para estimular a frequência às aulas, um professor resolveu
 5,5 logo A=R$ 165 000,00 distribuir a título de premio aos alunos, 60 CD’s para suas 3 clas-
30000 ses, repartidas em partes inversamente proporcionais ao número de
faltas ocorridas durante o mês em cada uma das classe. Após esse
Resposta: Manuela receberá R$ 220 000,00: Jose receberá R$ período, ele constatou que houve 8, 12 e 24 faltas totais respecti-
275 000,00 e Alberto receberá R$ 165 000,00 vamente nas classes A, B e C. Quantos CD’s devem ser entregues
para cada classe?
Ex: 2. Um professor tem 171 figurinhas para distribuir aos
quatro alunos que menos faltaram durante o semestre. Para ser jus- Respostas
to, a divisão deverá ser feita de forma inversamente proporcional
ao número de faltas de cada um. João faltou 4 vezes, Ana faltou 3, 1. 143 reais para o mais velho e 104 reais para o mais novo.
Marcos faltou 2 e Cintia faltou 2. Quanto deve receber cada aluno?
Resolução: Sejam J, A, M e C as quantias que cada um deve 2. O primeiro receberá 450 reais, o segundo 600 reais e o ter-
receber. ceiro 750 reais

Didatismo e Conhecimento 32
MATEMÁTICA
3. O que trabalhou 2 dias recebeu 240 reais, 3 dias recebeu 360 reais e por 5 dias 600 reais

4. 910 proporcional a 7 e 650 proporcional a 5

5A=7B=11C=7700

5A=7700

A= ⇒ A = 1540

7B=7700
B= ⇒ B = 1100

11C=7700

C= ⇒ C = 700

5 faltas recebeu 1540 reais, 7 faltas recebeu 1100 reais e 11 faltas 700 reais.

6. Classe A 30 CD’s, classe B 20 CD’s e classe C 10 CD’s

Regra de Três Simples

Os problemas que envolvem duas grandezas diretamente ou inversamente proporcionais podem ser resolvidos através de um processo
prático, chamado regra de três simples.

Exemplo 1: Um carro faz 180 km com 15L de álcool. Quantos litros de álcool esse carro gastaria para percorrer 210 km?

Solução:
O problema envolve duas grandezas: distância e litros de álcool.
Indiquemos por x o número de litros de álcool a ser consumido.
Coloquemos as grandezas de mesma espécie em uma mesma coluna e as grandezas de espécies diferentes que se correspondem em
uma mesma linha:
Distância (km) Litros de álcool
180 15
210 x
Na coluna em que aparece a variável x (“litros de álcool”), vamos colocar uma flecha:
Distância (km) Litros de álcool
180 15
210 x

Observe que, se duplicarmos a distância, o consumo de álcool também duplica. Então, as grandezas distância e litros de álcool são
diretamente proporcionais. No esquema que estamos montando, indicamos esse fato colocando uma flecha na coluna “distância” no
mesmo sentido da flecha da coluna “litros de álcool”:

Distância (km) Litros de álcool


180 15
210 x

mesmo sentido Armando a proporção pela orientação das flechas, temos:

1806 15 6x = 7 . 15 6x = 105 x = 105 x = 17,5



2107 x 6

Resposta: O carro gastaria 17,5 L de álcool.

Didatismo e Conhecimento 33
MATEMÁTICA
Exemplo 2: Viajando de automóvel, à velocidade de 60 km/h, Daí temos:
eu gastaria 4 h para fazer certo percurso. Aumentando a velocidade 200 . 18 = 240 . x
para 80 km/h, em quanto tempo farei esse percurso? 3 600 = 240x
Solução: Indicando por x o número de horas e colocando as 240x = 3 600
grandezas de mesma espécie em uma mesma coluna e as grandezas x = 3600
de espécies diferentes que se correspondem em uma mesma linha, 240
temos: x = 15

Velocidade (km/h) Tempo (h) Conclui-se, então, que se o competidor tivesse andando em
60 4 200 km/h, teria gasto 18 segundos para realizar o percurso.
80 x
Regra de Três Composta
Na coluna em que aparece a variável x (“tempo”), vamos
colocar uma flecha: O processo usado para resolver problemas que envolvem mais
de duas grandezas, diretamente ou inversamente proporcionais, é
chamado regra de três composta.
Velocidade (km/h) Tempo (h)
60 4
Exemplo 1: Em 4 dias 8 máquinas produziram 160 peças.
80 x Em quanto tempo 6 máquinas iguais às primeiras produziriam 300
dessas peças?
Observe que, se duplicarmos a velocidade, o tempo fica Solução: Indiquemos o número de dias por x. Coloquemos as
reduzido à metade. Isso significa que as grandezas velocidade e grandezas de mesma espécie em uma só coluna e as grandezas de
tempo são inversamente proporcionais. No nosso esquema, esse espécies diferentes que se correspondem em uma mesma linha.
fato é indicado colocando-se na coluna “velocidade” uma flecha Na coluna em que aparece a variável x (“dias”), coloquemos uma
em sentido contrário ao da flecha da coluna “tempo”: flecha:

Velocidade (km/h) Tempo (h) Máquinas Peças Dias


60 4 8 160 4
80 x 6 300 x
Comparemos cada grandeza com aquela em que está o x.
As grandezas peças e dias são diretamente proporcionais. No
sentidos contrários nosso esquema isso será indicado colocando-se na coluna “peças”
Na montagem da proporção devemos seguir o sentido das uma flecha no mesmo sentido da flecha da coluna “dias”:
flechas. Assim, temos:
Máquinas Peças Dias
4 12 8 160 4
4 80 3
6 300 x
x  60 4x = 4 . 3 4x = 12 x= x=3
4
Mesmo sentido
Resposta: Farei esse percurso em 3 h.
As grandezas máquinas e dias são inversamente proporcionais
Exemplo 3: Ao participar de um treino de Fórmula 1, um
(duplicando o número de máquinas, o número de dias fica reduzido
competidor, imprimindo velocidade média de 200 km/h, faz o
à metade). No nosso esquema isso será indicado colocando-se na
percurso em 18 segundos. Se sua velocidade fosse de 240 km/h,
coluna (máquinas) uma flecha no sentido contrário ao da flecha da
qual o tempo que ele teria gasto no percurso? coluna “dias”:
Vamos representar pela letra x o tempo procurado. Máquinas Peças Dias
Estamos relacionando dois valores da grandeza velocidade 8 160 4
(200 km/h e 240 km/h) com dois valores da grandeza tempo (18 6 300 x
s e x s).
Queremos determinar um desses valores, conhecidos os Sentidos contrários
outros três.
Agora vamos m 4 ontar a proporção, igualando a razão que
contém o x, que é , com o produto das outras razões, obtidas
Velocidade Tempo gasto para fazer o percurso segundo a orientaçãox das flechas  6 160  :
.
200 km/h 18 s  
4 81
8 300 
240 km/h x  62 . 160
5
x 81 30015
Se duplicarmos a velocidade inicial do carro, o tempo gasto 4 2 4 2.

para fazer o percurso cairá para a metade; logo, as grandezas são x 5 => 2x = 4 . 5 a x=
5
inversamente proporcionais. Assim, os números 200 e 240 são
inversamente proporcionais aos números 18 e x. Resposta: Em 10 dias. 21

Didatismo e Conhecimento 34
MATEMÁTICA
Exemplo 2: Uma empreiteira contratou 210 pessoas para pa- 2 – (SAP/SP – AGENTE DE SEGURANÇA PENITENCIÁ-
vimentar uma estrada de 300 km em 1 ano. Após 4 meses de ser- RIA DE CLASSE I – VUNESP/2013) Uma máquina demora 1
viço, apenas 75 km estavam pavimentados. Quantos empregados hora para fabricar 4 500 peças. Essa mesma máquina, mantendo o
ainda devem ser contratados para que a obra seja concluída no mesmo funcionamento, para fabricar 3 375 dessas mesmas peças,
tempo previsto? irá levar
A) 55 min.
Solução: Em de ano foi pavimentada de estrada. B) 15 min.
C) 35 min.
Comparemos cada grandeza com aquela em que está o x. D) 1h 15min.
E) 45 min.

3 - (PREF. IMARUÍ – AGENTE EDUCADOR – PREF.


IMARUÍ/2014) Manoel vendeu seu carro por R$27.000,00(vinte
e sete mil reais) e teve um prejuízo de 10%(dez por cento) sobre o
Sentido contrário valor de custo do tal veículo, por quanto Manoel adquiriu o carro
em questão?
A) R$24.300,00
As grandezas “pessoas” e “tempo” são inversamente
B) R$29.700,00
proporcionais (duplicando o número de pessoas, o tempo fica re-
C) R$30.000,00
duzido à metade). No nosso esquema isso será indicado colocan-
D)R$33.000,00
do-se na coluna “tempo” uma flecha no sentido contrário ao da
E) R$36.000,00
flecha da coluna “pessoas”:
4 - (DNOCS -2010) Das 96 pessoas que participaram de uma
festa de Confraternização dos funcionários do Departamento Na-
cional de Obras Contra as Secas, sabe-se que 75% eram do sexo
masculino. Se, num dado momento antes do término da festa, foi
constatado que a porcentagem dos homens havia se reduzido a
60% do total das pessoas presentes, enquanto que o número de
As grandezas “pessoas” e “estrada” são diretamente propor- mulheres permaneceu inalterado, até o final da festa, então a quan-
cionais. No nosso esquema isso será indicado colocando-se na co- tidade de homens que haviam se retirado era?
luna “estrada” uma flecha no mesmo sentido da flecha da coluna A) 36.
“pessoas”: B) 38.
C) 40.
D) 42.
E) 44.

5 - (SABESP – APRENDIZ – FCC/2012) Em uma maquete,


uma janela de formato retangular mede 2,0 cm de largura por 3,5
cm de comprimento. No edifício, a largura real dessa janela será de
1,2 m. O comprimento real correspondente será de:
A) 1,8 m
B) 1,35 m
Como já haviam 210 pessoas trabalhando, logo 315 – 210 = C) 1,5 m
105 pessoas. D) 2,1 m
E) 2,45 m
Reposta: Devem ser contratados 105 pessoas.

Questões 6 - (CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO ADMINIS-


TRATIVO – FCC/2014) O trabalho de varrição de 6.000 m² de
1 – (FUNDAÇÃO CASA – AGENTE DE APOIO OPERA-
calçada é feita em um dia de trabalho por 18 varredores traba-
CIONAL – VUNESP/2013) Um atleta está treinando para fazer
lhando 5 horas por dia. Mantendo-se as mesmas proporções, 15
1 500 metros em 5 minutos. Como ele pretende manter um ritmo
varredores varrerão 7.500 m² de calçadas, em um dia, trabalhando
sempre constante, deve fazer cada 100 metros em
por dia, o tempo de
A) 15 segundos.
A) 8 horas e 15 minutos.
B) 20 segundos.
B) 9 horas.
C) 22 segundos.
D) 25 segundos. C) 7 horas e 45 minutos.
E) 30 segundos. D) 7 horas e 30 minutos.
E) 5 horas e 30 minutos.

Didatismo e Conhecimento 35
MATEMÁTICA
7 – (PREF. CORBÉLIA/PR – CONTADOR – FAUEL/2014) Metro Segundos
Uma equipe constituída por 20 operários, trabalhando 8 horas por 1500---------- 300
dia durante 60 dias, realiza o calçamento de uma área igual a 4800 100 ------------ x
m². Se essa equipe fosse constituída por 15 operários, trabalhando
10 horas por dia, durante 80 dias, faria o calçamento de uma área Como estamos trabalhando com duas grandezas diretamente
igual a: proporcionais temos:
A) 4500 m²
B) 5000 m²
C) 5200 m²
D) 6000 m²
E) 6200 m² 15.x = 300.1 ➜ 15x = 300 ➜ x = 20 segundos

8 – (PC/SP – OFICIAL ADMINISTRATIVO – VU-


NESP/2014) Dez funcionários de uma repartição trabalham 8 ho- 2- RESPOSTA: “E”.
ras por dia, durante 27 dias, para atender certo número de pessoas. Peças Tempo
Se um funcionário doente foi afastado por tempo indeterminado e 4500 ----- 1 h
outro se aposentou, o total de dias que os funcionários restantes le- 3375----------- x
varão para atender o mesmo número de pessoas, trabalhando uma
hora a mais por dia, no mesmo ritmo de trabalho, será: Como estamos trabalhando com duas grandezas diretamente
A) 29. proporcionais temos:
B) 30.
C) 33.
D) 28.
E) 31.
4500.x = 3375.1 ➜ x = 0,75 h
9 - (TRF 3ª – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2014) Sabe- Como a resposta esta em minutos devemos achar o correspon-
-se que uma máquina copiadora imprime 80 cópias em 1 minuto dente em minutos
e 15 segundos. O tempo necessário para que 7 máquinas copiado- Hora Minutos
ras, de mesma capacidade que a primeira citada, possam imprimir 1 ----------- 60
3360 cópias é de 0,75 ------- x
A) 15 minutos. 1.x = 0,75.60 ➜ x = 45 minutos.
B) 3 minutos e 45 segundos.
C) 7 minutos e 30 segundos. 3. RESPOSTA : “C”
D) 4 minutos e 50 segundos. Como ele teve um prejuízo de 10%, quer dizer 27000 é 90%
E) 7 minutos. do valor total.
Valor %
10 – (PREF. JUNDIAI/SP – ELETRICISTA – MAKIYA- 27000 ------- 90
MA/2013) Os 5 funcionários de uma padaria produzem, utilizando X ---------- 100
três fornos, um total de 2500 pães ao longo das 10 horas de sua
jornada de trabalho. No entanto, o dono de tal padaria pretende = 27000.10 ➜ 9x = 270000
contratar mais um funcionário, comprar mais um forno e reduzir a
jornada de trabalho de seus funcionários para 8 horas diárias. Con- ➜ x = 30000.
siderando que todos os fornos e funcionários produzem em igual
quantidade e ritmo, qual será, após as mudanças, o número de pães 4. RESPOSTA : “A”
produzidos por dia?
A) 2300 pães. 75% Homens = 72
B) 3000 pães. 25% Mulheres = 24 Antes
C) 2600 pães.
D) 3200 pães. 40% Mulheres = 24
E) 3600 pães. 60% Homens = x Depois
Respostas 40% -------------- 24
60% ---------------x
1- RESPOSTA: “B”
Como as alternativas estão em segundo, devemos trabalhar
40x = 60 . 24 ➜ x = ➜ x = 36.
com o tempo em segundo.
1 minuto = 60 segundos ; logo 5minutos = 60.5 = 300 segun-
Portanto: 72 – 36 = 36 Homens se retiraram.
dos

Didatismo e Conhecimento 36
MATEMÁTICA
5. RESPOTA: “D” Quanto mais horas por dia, menos dias devem ser trabalhados
Transformando de cm para metro temos : 1 metro = 100cm (inversamente proporcionais).
➜ 2 cm = 0,02 m e 3,5 cm = 0,035 m
Largura comprimento Funcionários↓ horas↓ dias↓
0,02m ------------ 0,035m 8---------------9 --------------- 27
1,2m ----------------x 10----------------8 ----------------x

➜ x.8.9 = 27.10.8 ➜ 72x = 2160 ➜ x = 30 dias.

9 - RESPOSTA: “C”.
6. - RESPOSTA: “D”. Transformando o tempo para segundos: 1 min e 15 segundos
Comparando- se cada grandeza com aquela onde esta o x. = 75 segundos
M²↑ varredores↓ horas↑ Quanto mais máquinas menor o tempo (flecha contrária) e
6000--------------18-------------- 5 quanto mais cópias, mais tempo (flecha mesma posição)
7500--------------15 --------------- x
Máquina↑ cópias↓ tempo↓
Quanto mais a área, mais horas(diretamente proporcionais) 1----------------80-----------75 segundos
Quanto menos trabalhadores, mais horas(inversamente pro- 7--------------3360 ---------- x
porcionais) Devemos deixar as 3 grandezas da mesma forma, invertendo
os valores de” máquina”.

Máquina↓ cópias↓ tempo↓


7----------------80----------75 segundos
1--------------3360 --------- x

➜ x.7.80 = 75.1.3360 ➜ 560x = 252000 ➜


x = 450 segundos

Como 0,5 h equivale a 30 minutos , logo o tempo será de 7 Transformando


horas e 30 minutos. 1minuto-----60segundos
x------------- 450
7 - RESPOSTA: “D”. x=7,5 minutos=7 minutos e 30segundos.
Operários↑ horas↑ dias↑ área↑
20-----------------8-------------60-------4800 10 - RESPOSTA: “D”.
15----------------10------------80 ---------x Funcionários↑ Fornos ↑ pães ↑ horas↑
5--------------------3-----------2500 --------- 10
Todas as grandezas são diretamente proporcionais, logo: 6--------------------4-------------x ------------- 8
As flecham indicam se as grandezas são inversamente ou di-
retamente proporcionais.
Quanto mais funcionários mais pães são feitos(diretamente)

8- RESPOSTA: “B”
Temos 10 funcionários inicialmente, com os afastamento esse
número passou para 8. Se eles trabalham 8 horas por dia , passarão
a trabalhar uma hora a mais perfazendo um total de 9 horas, nesta
condições temos:
Funcionários↑ horas↑ dias↓
10---------------8 ------------- 27
8----------------9 -------------- x

Quanto menos funcionários, mais dias devem ser trabalhados


(inversamente proporcionais).

Didatismo e Conhecimento 37
MATEMÁTICA
Teremos:
PROGRESSÕES ARITMÉTICAS A1= 12 – 2 . 1 a a 1= 1
A = 22 – 2 . 2 a a = 0
2 2
E GEOMÉTRICAS. APLICAÇÕES. 2
A3 = 32 – 2 . 3 a a3 = 3
A4= 4 – 4 . 2 a a 4= 8
A = 55 – 5 . 2 a a = 15
5 5

Progressão Aritmética (PA) - Determinar os cinco primeiros termos da seqüência cujo


termo geral é igual a:
Podemos, no nosso dia-a-dia, estabelecer diversas sequências an = 3 . n + 2, com n € N*.
como, por exemplo, a sucessão de cidades que temos numa viagem a1 = 3 . 1 + 2 a a 1 = 5
de automóvel entre Brasília e São Paulo ou a sucessão das datas de
aniversário dos alunos de uma determinada escola. a2= 3 . 2 + 2 a a 2= 8
a3 = 3 . 3 + 2 a a3 = 11
Podemos, também, adotar para essas sequências uma ordem a4 = 3 . 4 + 2 a a4 = 14
numérica, ou seja, adotando a1 para o 1º termo, a2 para o 2º termo
a5 = 3 . 5 + 2 a a5 = 17
até an para o n-ésimo termo. Dizemos que o termo an é também
chamado termo geral das sequências, em que n é um número na-
- Determinar os termos a12
tural diferente de zero. Evidentemente, daremos atenção ao estudo
geral é igual a:
das sequências numéricas.
an = 45 – 4 + n, com n € N*.
As sequências podem ser finitas, quando apresentam um últi-
mo termo, ou, infinitas, quando não apresentam um último termo. Teremos:
As sequências infinitas são indicadas por reticências no final. a12 = 45 – 4 . 12 a a = -3
12

Exemplos: a23 = 45 – 4 . 23 a a23 = -47


- Sequência dos números primos positivos: (2, 3, 5, 7, 11, 13,
17, 19, ...). Notemos que esta é uma sequência infinita com a1= 2; 3. Lei de Recorrências
a2 = 3; a3 = 5; a4 = 7; a5 = 11; a6 = 13 etc. valorUma sequênciatermo
do primeiro pode e ser
um definida quando
“caminho” (uma oferecemos
formula) queo
- Sequência dos números ímpares positivos: (1, 3, 5, 7, 9, 11,
...). Notemos que esta é uma sequência infinita com a1 = 1; a2 = 3;
a3 = 5; a4 = 7; a5 = 9; a6 = 11 etc. antecedente. Essa forma de apresentação de uma sucessão é dita
- Sequência dos algarismos do sistema decimal de numeração: de recorrências.
(0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9). Notemos que esta é uma sequência finita
com a1 = 0; a2 = 1; a3 = 2; a4 = 3; a5 = 4; a6 = 5; a7 = 6; a8 = 7; a9 = Exemplos
8; a10 = 9. - Escrever os cinco primeiros termos de uma sequência em
que:
1. Igualdade a1 = 3 e a n+1 = 2 . an - 4, em que n € N*.
As sequências são apresentadas com os seus termos entre
parênteses colocados de forma ordenada. Sucessões que apresen- Teremos:
tarem os mesmos termos em ordem diferente serão consideradas a1 = 3
sucessões diferentes. a2 = 2 . a 1 – 4 a a2 = 2 . 3 – 4 a a2 = 2
Duas sequências só poderão ser consideradas iguais se, e a3 = 2 . a 2 – 4 a a3 = 2 . 2 - 4 a a3 = 0
somente se, apresentarem os mesmos termos, na mesma ordem. a4 = 2 . a 3 – 4 a a4 = 2 . 0 - 4 a a4 = -4
a5 = 2 . a 4 – 4 a a5 = 2 .(-4) – 4 a a5 = -12
Exemplo
A sequência (x, y, z, t) poderá ser considerada igual à sequência - Determinar o termo a de uma sequência em que:
5
(5, 8, 15, 17) se, e somente se, x = 5; y = 8; z = 15; e t = 17.
a1 = 12 e a n+ 1 = an – 2, em que n € N*.
Notemos que as sequências (0, 1, 2, 3, 4, 5) e (5, 4, 3, 2, 1) são
diferentes, pois, embora apresentem os mesmos elementos, eles
estão em ordem diferente. a2 = a1 – 2 → a2 = 12 – 2 → a2=10
a3 = a2 – 2 → a3 = 10 – 2 → a3 = 8
2. Formula Termo Geral a4 = a3 – 2 → a4 = 8 – 2 → a4 = 6
Podemos apresentar uma sequência através de uma determina a5 = a4 – 2 → a5 = 6 – 2 → a5 = 4
o valor de cada termo an em função do valor de n, ou seja,
dependendo da posição do termo. Esta formula que determina o Observação 1
valor do termo an e chamada formula do termo geral da sucessão.
Devemos observar que a apresentação de uma sequência
Exemplos através do termo geral é mais pratica, visto que podemos deter-
- Determinar os cincos primeiros termos da sequência cujo minar um termo no “meio” da sequência sem a necessidade de
termo geral e igual a: determinarmos os termos intermediários, como ocorre na apre-
an = n – 2n,com n € N* a sentação da sequência através da lei de recorrências.

Didatismo e Conhecimento 38
MATEMÁTICA
Observação 2 Portanto, para três termos consecutivos de uma PA o termo
médio é a media aritmética dos outros dois termos.
Algumas sequências não podem, pela sua forma “desorgani-
zada” de se apresentarem, ser definidas nem pela lei das recor- 6. Termos Equidistantes dos Extremos
rências, nem pela formula do termo geral. Um exemplo de uma
sequência como esta é a sucessão de números naturais primos que Numa sequência finita, dizemos que dois termos são equidis-
já “destruiu” todas as tentativas de se encontrar uma formula geral tantes dos extremos se a quantidade de termos que precederem o
para seus termos. primeiro deles for igual à quantidade de termos que sucederem ao
outro termo. Assim, na sucessão:
4. Artifícios de Resolução
(a1, a2, a3, a4,..., ap,..., ak,..., an-3, an-2, an-1, an), temos:
Em diversas situações, quando fazemos uso de apenas alguns
elementos da PA, é possível, através de artifícios de resolução, a2 e an-1 são termos equidistantes dos extremos;
tornar o procedimento mais simples: a3 e an-2 são termos equidistantes dos extremos;
a4 an-3 são termos equidistantes dos extremos.
PA com três termos: (a – r), a e (a + r), razão igual a r.
PA com quatro termos: (a – 3r), (a – r), (a + r) e (a + 3r), razão
Notemos que sempre que dois termos são equidistantes dos
igual a 2r. extremos, a soma dos seus índices é igual ao valor de n + 1.
PA com cinco termos: (a – 2r), (a – r), a, (a + r) e (a + 2r),
Assim sendo, podemos generalizar que, se os termos a p e ak são
razão igual a r.
equidistantes dos extremos, então: p + k = n+1.
Exemplo Propriedade

- Determinar os números a, b e c cuja soma é, igual a 15, o Numa PA com n termos, a soma de dois termos equidistantes
produto é igual a 105 e formam uma PA crescente. dos extremos é igual à soma destes extremos.

Teremos: Exemplo
Fazendo a = (b – r) e c = (b + r) e sendo a + b + c = 15, teremos:
(b – r) + b + (b + r) = 15 → 3b = 15 → b = 5. Sejam, numa PA de n termos, ap e ak termos equidistantes dos
extremos.
Assim, um dos números, o termo médio da PA, já é conhecido.
Dessa forma a sequência passa a ser: Teremos, então:
(5 – r), 5 e ( 5 + r ), cujo produto é igual a 105, ou seja: I - ap = a1 + (p – 1) . r a ap = a1 + p . r – r
II - ak = a1 + (k – 1) . r a ak = a1 + k . r – r
(5 – r) .5 . (5 + r) = 105 → 52 – r2 = 21 Fazendo I + II, teremos:
r2 = 4 → 2 ou r = -2. Ap + ak = a1 + p . r – r + a1 + k . r – r
Sendo a PA crescente, ficaremos apenas com r= 2. Ap + ak = a1 + a1 + (p + k – 1 – 1) . r
Finalmente, teremos a = 3, b = 5 e c= 7.
Considerando que p + k = n + 1, ficamos com:
ap + ak = a1 + a1 + (n + 1 – 1) . r
5. Propriedades
ap + ak = a1 + a1 + (n – 1) . r
ap + ak = a1 + an
P1: para três termos consecutivos de uma PA, o termo médio é
a media aritmética dos outros dois termos. Portanto numa PA com n termos, em que n é um numero
ímpar, o termo médios (am) é a media aritmética dos extremos.
Exemplo a1  an
A 
m
Vamos considerar três termos consecutivos de uma PA: an-1, an 2
e an+1. Podemos afirmar que: 7. Soma dos n Primeiros Termos de uma PA
I - an = an-1 + r
II - an = an+ 1 –r Vamos considerar a PA (a1, a2, a3,…,an-2, an-1,an ) e representar
por Sn a soma dos seus n termos, ou seja:
Fazendo I + II, obteremos: Sn = a1 + a2 + a3 + …+ an-2 + an-1 + an
2an = an-1 + r + an +1 - r (igualdade I)
2an = an -1+ an + 1 Podemos escrever também:
Logo: an = an-1 + an  1 Sn = an + an-1 + an-2 + ...+ a3 + a2 + a1
2 (igualdade II)

Didatismo e Conhecimento 39
MATEMÁTICA
Somando-se I e II, temos:
2Sn = (a1 + an) + (a2 + an-1) + (a3 + an-2) + …+ (an-2 + a3) + (an-1 + a2) + (an + a1)
Considerando que todas estas parcelas, colocadas entre parênteses, são formadas por termos equidistantes dos extremos e que
a soma destes termos é igual à soma dos extremos, temos:

2Sn = (a1 + an) + (a1 + an) + (a1 + an) + (a1 + an) +


+… + (a1 + an) → 2Sn = ( a1 + an) . n
E, assim, finalmente:
(a1  an ).n
Sn
2
Exemplo

- Ache a soma dos sessenta primeiros termos da PA (2 , 5, 8,...).

Dados: a1 = 2
r=5–2=3
Calculo de a60:
A60 = a1 + 59r → a60 = 2 + 59 . 3
a60 = 2 + 177
a60 = 179
Calculo da soma:
] (a  a )n (a  a ).60
Sn  1 n
 S60  1 60

2 2

S60  (2  179).60
2

S60 = 5430

Resposta: 5430

Progressão Geométrica (PG)

PG é uma sequência numérica onde cada termo, a partir do segundo, é o anterior multiplicado por uma constante q chamada razão da
PG.
an+1 = an . q
Com a1 conhecido e n € N*
Exemplos

- (3, 6, 12, 24, 48,...) é uma PG de primeiro termo a1 = 3 e razão q = 2.

- (-36, -18, -9, 9 , 9 ,...) é uma PG de primeiro termo a = -361 e razão q = 1 .


- (15, 5, 5 2 4 2
, 5 ,...) é uma PG de primeiro termo a1 = 15 e razão q = 1.
3 9 3
- (-2, -6, -18, -54, ...) é uma PG de primeiro termo a1 = -2 e razão q = 3.
- (1, -3, 9, -27, 81, -243, ...) é uma PG de primeiro termo a1 = 1 e razão q = -3.
- (5, 5, 5, 5, 5, 5,...) é uma PG de primeiro termo a1 = 5 e razão q = 1.
- (7, 0, 0, 0, 0, 0,...) é uma PG de primeiro termo a 1 = 7 e razão q = 0.
- (0, 0, 0, 0, 0, 0,...) é uma PG de primeiro termo a1 = 0 e razão q qualquer.
Observação: Para determinar a razão de uma PG, basta efetuar o quociente entre dois termos consecutivos: o posterior dividido pelo
anterior.
an  1
q (a  0)
n
an

Didatismo e Conhecimento 40
MATEMÁTICA
Classificação

As classificações geométricas são classificadas assim:


- Crescente: Quando cada termo é maior que o anterior. Isto ocorre quando a 1 > 0 e q > 1 ou quando a1 < 0 e 0 < q < 1.
- Decrescente: Quando cada termo é menor que o anterior. Isto ocorre quando a 1 > 0 e 0 < q < 1 ou quando a1 < 0 e q > 1.
- Alternante: Quando cada termo apresenta sinal contrario ao do anterior. Isto ocorre quando q < 0.
- Constante: Quando todos os termos são iguais. Isto ocorre quando q = 1. Uma PG constante é também uma PA de razão r = 0. A PG
constante é também chamada de PG estacionaria.
- Singular: Quando zero é um dos seus termos. Isto ocorre quando a 1 = 0 ou q = 0.

Formula do Termo Geral

A definição de PG está sendo apresentada por meio de uma lei de recorrências, e nos já aprendemos nos módulos anteriores que a
formula do termo geral é mais pratica. Por isso, estaremos, neste item, procurando estabelecer, a partir da lei de recorrências, a fórmula do
termo geral da progressão geométrica.

Vamos considerar uma PG de primeiro termo a1 e razão q. Assim, teremos:


a 2 = a1 . q
a 3 = a2 . q = a 1 . q 2
a 4 = a3 . q = a 1 . q 3
a 5 = a4 . q = a 1 . q 4
. .
. .
. .
an= a1 . qn-1

Exemplos

- Numa PG de primeiro termo a1 = 2 e razão q = 3, temos o termo geral na igual a:


an = a1 . q n-1
→a=2.3 n-1
n

Assim, se quisermos determinar o termo a5 desta PG, faremos:


A5= 2 . 34 → a5 = 162

- Numa PG de termo a1 = 15 e razão q = , temos o termo geral na igual a:


an = a1 . q n-1
→ a = 15 . n-1
n
n

Assim, se quisermos determinar o termo a6 desta PG, faremos:


5
(1).5
A = 15 . → a6 =
6
2 81
- Numa PG de primeiro termo a1 = 1 e razão = -3 temos o termo geral na igual a:
an = a1 . q n-1
→ a = 1 . (-3) n-1
n
n

Assim, se quisermos determinar o termo a4 desta PG, faremos:


A4 = 1 . (-3)3 → a 4 = -27

Artifícios de Resolução

Em diversas situações, quando fazemos uso de apenas alguns elementos da PG, é possível através de alguns elementos de resolução,
tornar o procedimento mais simples.

PG com três termos:


a a; aq
q

PG com quatro termos:


a q
; ; aq; aq3
3
q q

Didatismo e Conhecimento 41
MATEMÁTICA
PG com cinco termos: Multiplicando I por II, ficaremos com:
a . a = a . qp-1 . a . qk-1
p k 1 1
a q ; a; aq; aq2 ap . ak = a1 . a1 . qp-1+k-1
;
q2 q
Considerando que p + k = n + 1, ficamos com:
Exemplo ap . ak = a1 . an
Considere uma PG crescente formada de três números. Portanto, numa PG, com n termos, o produto de dois termos
Determine esta PG sabendo que a soma destes números é 13 e o equidistantes dos extremos é igual ao produto destes extremos.
produto é 27. Observação: Numa PG positiva, com n termos, onde n é
Vamos considerar a PG em questão formada pelos termos a, b um numero impar, o termo médio (am) é a media geométrica dos
e c, onde a = e c = b . q. extremos ou de 2 termos equidistantes dos extremos.
Assim,
am = √a1 . an
b . b . bq = 27 → b3 = 27 → b = 3.
Soma dos termos de uma PG
q
Soma dos n Primeiros Termos de uma PG
Temos:
3 Vamos considerar a PG (a1, a2, a3, ..., an-2, an-1, an), com q
+ 3 +3q = 13 → 3q2 – 10q + 3 = 0 a
diferente de 1 e representar por Sn a soma dos seus n termos, ou
q seja:
q = 3 ou q = 1 S = a + a + a + ...+a +a+a
n 1 2 3 n-2 n-1 n
3
( igualdade I)
Sendo a PG crescente, consideramos apenas q = 3. E, assim, a Podemos escrever, multiplicando-se, membro a membro, a
nossa PG é dada pelos números: 1, 3 e 9. igualdade ( I ) por q:
Propriedades
P1: Para três termos consecutivos de uma PG, o quadrado do q . Sn = q . a1 + q . a2 + q . a3 + ...+ q . an-2 +
termo médio é igual ao produto dos outros dois. + q . an-1 + q . an

Exemplo Utilizando a formula do termo geral da PG, ou seja, an = a1 .


Vamos considerar três termos consecutivos de uma PG: a , a qn-1, teremos:
n-1 n
e an+1
. Podemos afirmar que: + a +n-1a n + a1 . qn
q . Sn = a 2+ a 3 + ... + an-2
(igualdade II)
I – an = an-1 . q e
II – an = an1 Subtraindo-se a equação I da equação II, teremos:
q
q . Sn – Sn = a1 . q –n a →
1
sn . (q – 1) =
Fazendo I . II, obteremos: = a1 . (qn – 1)
an1
(a )2 = (a . q). ( ) a (a )2 = a . a E assim: S a1.(qn  1)

q 1
n
n n-1 n+1
n n-1
q
Se tivéssemos efetuado a subtração das equações em ordem
Logo: (an)2 = a n-1
.a n+1 inversa, a fórmula da soma dos termos da PG ficaria:
a .(1  qn )
Observação: Se a PG for positive, o termo médio será a media S 1 q
n 1
geométrica dos outros dois:
Evidentemente que por qualquer um dos “caminhos” o
an = √an-1 . an+1 resultado final é o mesmo. É somente uma questão de forma de
apresentação.
P2: Numa PG, com n termos, o produto de dois termos
equidistantes dos extremos é igual ao produto destes extremos. Observação: Para q = 1, teremos sn = n . a1

Exemplo Série Convergente – PG Convergente


Sejam, numa PG de n termos, ap e ak dois termos equidistantes Dada a sequência ( a1, a2, a3, a4, a5,..., an-2, an-1, an), chamamos
dos extremos. de serie a sequência S , S , S , S , S ,..., S , s , s ,tal que:
1 2 3 4 5 n-2 n-1 n

Teremos, então: S1 = a1
I – a = a . qp-1 S=a+ a
p 1 2 1 2
II – ak = a1 . qk-1 S3 = a1 + a2 + a3

Didatismo e Conhecimento 42
MATEMÁTICA
S 4 = a 1 + a 2 + a3 + a 4 Resta estabelecermos o limite da serie, que é o Sn para quando
S 5 = a 1 + a 2 + a3 + a 4 + a 5 n tende ao infinito, ou seja, estabelecermos a soma dos infinitos
. termos da PG convergente.
.
. Vamos partir da soma dos n primeiros termos da PG:
Sn-2 = a1 + a2 + a3 + a4 + a5 + ...+ an-2 a .(1  qn )
Sn-1 = a1 + a2 + a3 + a4 + a5 + ...+ an-2 + an-1 Sn 1

Sn = a1 + a2 + a3 + a4 + a5 + ...+ an-2 + an-1 + an 1 q

Vamos observar como exemplo, numa PG com primeiro Estando q entre os números -1e 1 e, sendo n um expoente que
termo a1 = 4 e razão q = , à série que ela vai gerar. tende a um valor muito grande, pois estamos somando os infinitos
termos desta PG, é fácil deduzir que qn vai apresentando um
Os termos que vão determinar a progressão geométrica são: valor cada vez mais próximo de zero. Para valores extremamente
(4, 2, 1, 1 , 1, 1, 1, 1, 1, 2, 4, 8, 16, 32, 64, 1 1 1 ...) grandes de n não constitui erro considerar que qn é igual a zero. E,
,
2 128 256, 512 assim, teremos:
a1
S 
E, portanto, a série correspondente será: 1q

S1 = 4
Observação: Quando a PG é não singular (sequência com
S2 = 4 + 2 = 6
termos não nulos) e a razão q é de tal forma que q | ≥ 1, a serie é
S3 = 4 + 2 + 1 = 7
divergente. Séries divergentes não apresentam soma finita.
1 Exemplos
S =4+2+1+ 15
4 = 2 = 7, 5
1 2 1 31
S=4+2+1+   = 7, 75 - A medida do lado de um triângulo equilátero é 10. Unindo-
5
2 4 4 se os pontos médios de seus lados, obtém-se o segundo triângulo
equilátero. Unindo-se os pontos médios dos lados deste novo
1 1 63 1
S=4+2+1+    = 7, 875 triangulo equilátero, obtém-se um terceiro, e assim por diante,
6
2 4 8 8 indefinidamente. Calcule a soma dos perímetros de todos esses
triângulos.
1 1 1 1
S=4+2+1+    127 = 7, 9375

7
2 4 8 16 16 Solução:
1 1 1 1 1
S=4+2+1+     255 = 7, 96875
8 
2 4 8 16 32 32
1 1 1 1 1 1 511
S=4+2+1+       = 7, 984375
9 2 4 8 16 32 64 64
1 1 1 1 1
S=4+2+1+     1 1 1023
  
10
7, 9921875 2 4 8 16 32 64 128 128 =

Devemos notar que a cada novo termo calculado, na PG, o seu


valor numérico cada vez mais se aproxima de zero. Dizemos que
esta é uma progressão geométrica convergente.
Por outro lado, na serie, é cada vez menor a parcela que se
acrescenta. Desta forma, o ultimo termos da serie vai tendendo
a um valor que parece ser o limite para a série em estudo. No
exemplo numérico, estudado anteriormente, nota-se claramente Temos: perímetro do 1º triangulo = 30
que este valor limite é o numero 8. perímetro do 2º triangulo = 15
Bem, vamos dar a esta discussão um caráter matemático. perímetro do 3º triangulo = 15
É claro que, para a PG ser convergente, é necessário que cada 2
termo seja, um valor absoluto, inferior ao anterior a ele. Assim, Logo, devemos calcular a soma dos termos da PG infinita
temos que: 30, 15, 15 ,... na qual a 1 = 30 e q =. 1
2 2
PG convergente → | q | < 1
30
30  = 60.
ou S = a1 → s = 1  q 1
PG convergente → -1 < 1 1
2

Didatismo e Conhecimento 43
MATEMÁTICA
Exercícios a) 1
b) 10
1. Uma progressão aritmética e uma progressão geométrica c) 100
têm, ambas, o primeiro termo igual a 4, sendo que os seus ter- d) -1
ceiros termos são estritamente positivos e coincidem. Sabe-se e) -10
ainda que o segundo termo da progressão aritmética excede o
segundo termo da progressão geométrica em 2. Então, o terceiro 8. Se a soma dos três primeiros termos de uma PG decrescente
termo das progressões é: é 39 e o seu produto é 729, então sendo a, b e c os três primeiros
a) 10 termos, pede-se calcular o valor de a2 + b2 + c2.
b) 12
c) 14
d) 16
e) 18 9. O limite da expressão onde x é po-
sitivo, quando o número de radicais aumenta indefinidamente é
2. O valor de n que torna a sequência (2 + 3n; –5n; 1 – 4n) igual a:
uma progressão aritmética pertence ao intervalo: a) 1/x
a) [– 2, –1] b) x
b) [– 1, 0] c) 2x
c) [0, 1] d) n.x
d) [1, 2] e) 1978x
e) [2, 3]
3. Os termos da sequência (10; 8; 11; 9; 12; 10; 13; …) 10. Quantos números inteiros existem, de 1000 a 10000, que
obedecem a uma lei de formação. Se an, em que n pertence a N*, não são divisíveis nem por 5 nem por 7 ?
é o termo de ordem n dessa sequência, então a30 + a55 é igual a:
a) 58 Respostas
b) 59
c) 60 1) Resposta “D”.
d) 61 Solução:
e) 62 Sejam (a1, a2, a3,…) a PA de r e (g1, g2, g3, …) a PG de razão q.
Temos como condições iniciais:
4. A soma dos elementos da sequência numérica infinita (3; 1 - a1 = g1 = 4
0,9; 0,09; 0,009; …) é: 2 - a3 > 0, g3 > 0 e a3 = g3
a) 3,1 3 - a2 = g2 + 2
b) 3,9
c) 3,99 Reescrevendo (2) e (3) utilizando as fórmulas gerais dos ter-
d) 3, 999 mos de uma PA e de uma PG e (1) obtemos o seguinte sistema de
e) 4 equações:
4 - a3= a 1+ 2r e g =3 g . 1q2 → 4 + 2r = 4q2
5. A soma dos vinte primeiros termos de uma progressão arit- 5 - a2 = a1 + r e g2 = g1 . q → 4 + r = 4q + 2
mética é -15. A soma do sexto termo dessa PA., com o décimo
quinto termo, vale: Expressando, a partir da equação (5), o valor de r em função
a) 3,0 de q e substituindo r em (4) vem:
b) 1,0 5 - r = 4q + 2 – 4 → r = 4q – 2
c) 1,5 4 - 4 + 2(4q – 2) = 4q2 → 4 + 8q – 4 = 4q2 → 4q2 – 8q = 0
d) -1,5 → q(4q – 8) = 0 → q = 0 ou 4q – 8 = 0 → q = 2
e) -3,0
Como g3 > 0, q não pode ser zero e então q = 2. Para ob-
6. Os números que expressam os ângulos de um quadrilátero, ter r basta substituir q na equação (5):
estão em progressão geométrica de razão 2. Um desses ângulos r = 4q – 2 → r = 8 – 2 = 6
mede: Para concluir calculamos a3 e g3:
a) 28° a3 = a1 + 2r → a3 = 4 + 12 = 16
b) 32° g3= g 1.q2 → g 3= 4.4 = 16
c) 36°
d) 48° 2) Resposta “B”.
e) 50° Solução: Para que a sequência se torne uma PA de razão r é
necessário que seus três termos satisfaçam as igualdades (aplica-
7. Sabe-se que S = 9 + 99 + 999 + 9999 + ... + 999...9 onde a ção da definição de PA):
última parcela contém n algarismos. Nestas condições, o valor de (1) -5n = 2 + 3n + r
10n+1 - 9(S + n) é: (2) 1 – 4n = -5n + r

Didatismo e Conhecimento 44
MATEMÁTICA
Determinando o valor de r em (1) e substituindo em (2): (x, 2x, 4x, 8x).
(1) → r = -5n – 2 – 3n = -8n – 2 Ora, a soma dos ângulos internos de um quadrilátero vale
(2) → 1 – 4n = -5n – 8n – 2 → 1 – 4n = -13n – 2 360º.
→ 13n – 4n = -2 – 1 → 9n = -3 → n = -3/9 = -1/3
Logo,
Ou seja, -1 < n < 0 e, portanto, a resposta correta é a b. x + 2x + 4x + 8x = 360º
15.x = 360º
3) Resposta “B”.
Solução: Primeiro, observe que os termos ímpares da sequên- Portanto, x = 24º. Os ângulos do quadrilátero são, portan-
cia é uma PA de razão 1 e primeiro termo 10 - (10; 11; 12; 13; …). to: 24º, 48º, 96º e 192º.
Da mesma forma os termos pares é uma PA de razão 1 e primeiro O problema pede um dos ângulos. Logo, alternativa D.
termo igual a 8 - (8; 9; 10; 11; …).
7) Resposta “B”.
Assim, as duas PA têm como termo geral o seguinte formato: Solução: Observe que podemos escrever a soma S como:
(1) ai = a1 + (i - 1).1 = a1 + i – 1 S = (10 – 1) + (100 – 1) + (1000 – 1) + (10000 – 1) + ... +
(10n – 1)
Para determinar a30 + a55 precisamos estabelecer a regra geral S = (10 – 1) + (102 – 1) + (103 – 1) + (104 – 1) + ... + (10n – 1)
de formação da sequência, que está intrinsecamente relacionada às Como existem n parcelas, observe que o número (– 1) é so-
duas progressões da seguinte forma: mado n vezes, resultando em n(-1) = - n.
- Se n (índice da sucessão) é impar temos que n = 2i - 1, ou
Logo, poderemos escrever:
seja, i = (n + 1)/2;
S = (10 + 102 + 103 + 104 + ... + 10n ) – n
- Se n é par temos n = 2i ou i = n/2.
Vamos calcular a soma Sn = 10 + 102 + 103 + 104 + ... + 10n,
Daqui e de (1) obtemos que:
que é uma PG de primeiro termo a1 = 10, razão q = 10 e último
an = 10 + [(n + 1)/2] - 1 se n é ímpar
termo a n= 10n.
an = 8 + (n/2) - 1 se n é par
Teremos:
Logo:
Sn= (a n.q – a 1) / (q –1) = (10n . 10 – 10) / (10 – 1) = (10n+1 – 10)
a30 = 8 + (30/2) - 1 = 8 + 15 - 1 = 22 e
/9
a55 = 10 + [(55 + 1)/2] - 1 = 37
E, portanto: Substituindo em S, vem:
a30 + a55 = 22 + 37 = 59. S = [(10n+1 – 10) / 9] – n

4) Resposta “E”. Deseja-se calcular o valor de 10n+1 - 9(S + n)


Solução: Sejam S as somas dos elementos da sequência e S 1 Temos que S + n = [(10n+1 – 10) / 9] – n + n = (10n+1 – 10) / 9
a soma da PG infinita (0,9; 0,09; 0,009;…) de razão q = 10 - 1 =
0,1. Assim: Substituindo o valor de S + n encontrado acima, fica:
S = 3 + S1 10 n+1 – 9(S + n) = 10 n+1 – 9(10 n+1 – 10) / 9 = 10 n+1 –
Como -1 < q < 1 podemos aplicar a fórmula da soma de uma (10 n+1 – 10) = 10.
PG infinita para obter S1:
S1 = 0,9/(1 - 0,1) = 0,9/0,9 = 1 → S = 3 + 1 = 4 8) Resposta “819”.
Solução: Sendo q a razão da PG, poderemos escrever a sua
5) Resposta “D”. forma genérica: (x/q, x, xq).
Solução: Aplicando a fórmula da soma dos 20 primeiros ter- Como o produto dos 3 termos vale 729, vem:
mos da PA: x/q . x . xq = 729 de onde concluímos que: x3 = 729 = 36 = 33 .
S20 = 20(a + a )/2 = -15 33 = 93 , logo, x = 9.
1 20
Na PA finita de 20 termos, o sexto e o décimo quinto são
equidistantes dos extremos, uma vez que: Portanto a PG é do tipo: 9/q, 9, 9q
15 + 6 = 20 + 1 = 21 É dado que a soma dos 3 termos vale 39, logo:
E, portanto: 9/q + 9 + 9q = 39 de onde vem: 9/q + 9q – 30 = 0
a6 + a15 = a1 + a20
Multiplicando ambos os membros por q, fica: 9 + 9q 2 – 30q
Substituindo este valor na primeira igualdade vem: =0
20(a + a )/2 = -15 → 10(a6 + a15) = -15 → a + a = -15/10 Dividindo por 3 e ordenando, fica: 3q2 – 10q + 3 = 0, que é
6 15 6 15
= -1,5. uma equação do segundo grau.
Resolvendo a equação do segundo grau acima encontrare-
6) Resposta “D”. mos q = 3 ou q = 1/3.
Solução: Seja x o menor ângulo interno do quadrilátero em Como é dito que a PG é decrescente, devemos considerar
questão. Como os ângulos estão em Progressão Geométrica de apenas o valor
razão 2, podemos escrever a PG de 4 termos: q = 1/3, já que para q = 3, a PG seria crescente.

Didatismo e Conhecimento 45
MATEMÁTICA
Portanto, a PG é: 9/q, 9, 9q, ou substituindo o valor de q 1665) e Blaise Pascal (1623-1662). A análise desenvolve métodos
vem: 27, 9, 3. que permitem contar, indiretamente, o número de elementos de um
O problema pede a soma dos quadrados, logo: conjunto. Por exemplo, se quiser saber quantos números de quatro
a2 + b2 + c2 = 272 + 92 + 32 = 729 + 81 + 9 = 819. algarismos são formados com os algarismos 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 9, é
preciso aplicar as propriedades da análise combinatória. Veja quais
9) Resposta “B”. propriedades existem:
Solução: Observe que a expressão dada pode ser escrita
como: - Princípio fundamental da contagem
- Fatorial
x1/2. x1/4 . x1/8 . x1/16 . ... = x1/2 + 1 / 4 + 1/8 + 1/16 + ... - Arranjos simples
- Permutação simples
O expoente é a soma dos termos de uma PG infinita de pri- - Combinação
meiro termo a1 = 1 /2 e razão q = 1 /2. - Permutação com elementos repetidos

Logo, a soma valerá: Princípio fundamental da contagem: é o mesmo que a Regra


S = a1 / (1 – q) = (1 /2) / 1 – (1 /2) = 1 do Produto, um princípio combinatório que indica quantas vezes
Então, x1/2 + 1 / 4 + 1/8 + 1/16 + ... = x1 = x e as diferentes formas que um acontecimento pode ocorrer. O
10) Resposta “6171”. acontecimento é formado por dois estágios caracterizados como
Solução: Dados: sucessivos e independentes:
M(5) = 1000, 1005, ..., 9995, 10000.
M(7) = 1001, 1008, ..., 9996. • O primeiro estágio pode ocorrer de m modos distintos.
M(35) = 1015, 1050, ... , 9975. • O segundo estágio pode ocorrer de n modos distintos.
M(1) = 1, 2, ..., 10000.
Para múltiplos de 5, temos: an = a1+ (n-1).r → 10000 = 1000 Desse modo, podemos dizer que o número de formas diferente
+ (n - 1). 5 → n = 9005/5 → n = 1801. que pode ocorrer em um acontecimento é igual ao produto m . n
Para múltiplos de 7, temos: an = a1+ (n-1).r → 9996 = 1001
+ (n - 1). 7 → n = 9002/7 → n = 1286. Exemplo: Alice decidiu comprar um carro novo, e inicialmente
Para múltiplos de 35, temos: an = a1 + (n - 1).r → 9975 = ela quer se decidir qual o modelo e a cor do seu novo veículo. Na
1015 + (n - 1).35 → n = 8995/35 → n = 257. concessionária onde Alice foi há 3 tipos de modelos que são do
Para múltiplos de 1, temos: an = a1 = (n -1).r → 10000 = interesse dela: Siena, Fox e Astra, sendo que para cada carro há
1000 + (n - 1).1 → n = 9001. 5 opções de cores: preto, vinho, azul, vermelho e prata. Qual é o
Sabemos que os múltiplos de 35 são múltiplos comuns de número total de opções que Alice poderá fazer?
5 e 7, isto é, eles aparecem no conjunto dos múltiplos de 5 e
no conjunto dos múltiplos de 7 (daí adicionarmos uma vez tal Resolução: Segundo o Principio Fundamental da Contagem,
conjunto de múltiplos). Alice tem 3×5 opções para fazer, ou seja,ela poderá optar por 15
Total = M(1) - M(5) - M(7) + M(35). carros diferentes. Vamos representar as 15 opções na árvore de
Total = 9001 - 1801 - 1286 + 257 = 6171 possibilidades:

ANÁLISE COMBINATÓRIA E
PROBABILIDADE: CONTAGEM,
ARRANJOS, PERMUTAÇÕES E
COMBINAÇÕES. EVENTOS, EVENTOS
MUTUAMENTE EXCLUSIVOS,
PROBABILIDADE, PROBABILIDADE
CONDICIONAL E EVENTOS
INDEPENDENTES. APLICAÇÕES.

Análise Combinatória

Análise combinatória é uma parte da matemática que estuda,


ou melhor, calcula o número de possibilidades, e estuda os métodos
de contagem que existem em acertar algum número em jogos de
azar. Esse tipo de cálculo nasceu no século XVI, pelo matemático
italiano Niccollo Fontana (1500-1557), chamado também de
Tartaglia. Depois, apareceram os franceses Pierre de Fermat (1601-

Didatismo e Conhecimento 46
MATEMÁTICA
Generalizações: Um acontecimento é formado por k estágios Os fatoriais são importantes em análise combinatória. Por
sucessivos e independentes, com n1, n2, n3, … , nk possibilidades para exemplo, existem n! caminhos diferentes de arranjar n objetos
cada. O total de maneiras distintas de ocorrer este acontecimento distintos numa sequência. (Os arranjos são chamados permutações)
é n1, n2, n3, … , nk E o número de opções que podem ser escolhidos é dado pelo
coeficiente binomial.
Técnicas de contagem: Na Técnica de contagem não importa
a ordem.

Considere A = {a; b; c; d; …; j} um conjunto formado por 10


elementos diferentes, e os agrupamentos ab, ac e ca”.
Arranjos simples: são agrupamentos sem repetições em que
ab e ac são agrupamentos sempre distintos, pois se diferenciam um grupo se torna diferente do outro pela ordem ou pela natureza
pela natureza de um dos elemento. dos elementos componentes. Seja A um conjunto com n elementos
ac e ca são agrupamentos que podem ser considerados
e k um natural menor ou igual a n. Os arranjos simples k a k dos
distintos ou não distintos pois se diferenciam somente pela ordem
n elementos de A, são os agrupamentos, de k elementos distintos
dos elementos.
cada, que diferem entre si ou pela natureza ou pela ordem de seus
Quando os elementos de um determinado conjunto A forem elementos.
algarismos, A = {0, 1, 2, 3, …, 9}, e com estes algarismos
pretendemos obter números, neste caso, os agrupamentos de 13 Cálculos do número de arranjos simples:
e 31 são considerados distintos, pois indicam números diferentes.
Na formação de todos os arranjos simples dos n elementos de
Quando os elementos de um determinado conjunto A A, tomados k a k:
forem pontos, A = {A1, A2, A3, A4, A5…, A9}, e com estes
pontos pretendemos obter retas, neste caso os agrupamentos n → possibilidades na escolha do 1º elemento.
são iguais, pois indicam a mesma reta. n - 1 → possibilidades na escolha do 2º elemento, pois um
deles já foi usado.
Conclusão: Os agrupamentos... n - 2 → possibilidades na escolha do 3º elemento, pois dois
deles já foi usado.
1. Em alguns problemas de contagem, quando os agrupamentos .
se diferirem pela natureza de pelo menos um de seus elementos, os .
agrupamentos serão considerados distintos. .
ac = ca, neste caso os agrupamentos são denominados
n - (k - 1) → possibilidades na escolha do kº elemento, pois
combinações.
l-1 deles já foi usado.
Pode ocorrer: O conjunto A é formado por pontos e o problema
é saber quantas retas esses pontos determinam. No Princípio Fundamental da Contagem (A n, k), o número total
2. Quando se diferir tanto pela natureza quanto pela ordem de arranjos simples dos n elementos de A (tomados k a k), temos:
de seus elementos, os problemas de contagem serão agrupados e
considerados distintos. An,k = n (n - 1) . (n - 2) . ... . (n – k + 1)
(é o produto de k fatores)
ac ≠ ca, neste caso os agrupamentos são denominados arranjos.

Pode ocorrer: O conjunto A é formado por algarismos e o Multiplicando e dividindo por (n – k)!
problema é contar os números por eles determinados.

Fatorial: Na matemática, o fatorial de um número natural n,


representado por n!, é o produto de todos os inteiros positivos
menores ou iguais a n. A notação n! foi introduzida por Christian
Kramp em 1808. A função fatorial é normalmente definida por:
Note que n (n – 1) . (n – 2). ... .(n – k + 1) . (n – k)! = n!

Podemos também escrever

Por exemplo, 5! = 1 . 2 . 3 . 4 . 5 = 120 Permutações: Considere A como um conjunto com n


elementos. Os arranjos simples n a n dos elementos de A, são
Note que esta definição implica em particular que 0! = 1, denominados permutações simples de n elementos. De acordo com
porque o produto vazio, isto é, o produto de nenhum número é 1. a definição, as permutações têm os mesmos elementos. São os n
Deve-se prestar atenção neste valor, pois este faz com que a função elementos de A. As duas permutações diferem entre si somente
recursiva (n + 1)! = n! . (n + 1) funcione para n = 0. pela ordem de seus elementos.

Didatismo e Conhecimento 47
MATEMÁTICA
Cálculo do número de permutação simples: b) Trocando os k elementos das Cn,k . Pk arranjos distintos.

O número total de permutações simples de n elementos Portanto: Cn,k . Pk = An,k ou


indicado por Pn, e fazendo k = n na fórmula An,k = n (n – 1) (n – 2)
. … . (n – k + 1), temos: An,k
C n,k =
Pk
P = A = n (n – 1) (n – 2) . … . (n – n + 1) = (n – 1) (n – 2)
n n,n
. … .1 = n! Lembrando que:

Portanto: Pn = n!

Combinações Simples: são agrupamentos formados com


os elementos de um conjunto que se diferenciam somente pela Também pode ser escrito assim:
natureza de seus elementos. Considere A como um conjunto com
n elementos k um natural menor ou igual a n. Os agrupamentos
de k elementos distintos cada um, que diferem entre si apenas
pela natureza de seus elementos são denominados combinações
simples k a k, dos n elementos de A.
Arranjos Completos: Arranjos completos de n elementos, de k
Exemplo: Considere A = {a, b, c, d} um conjunto com a k são os arranjos de k elementos não necessariamente distintos.
elementos distintos. Com os elementos de A podemos formar 4 Em vista disso, quando vamos calcular os arranjos completos,
combinações de três elementos cada uma: abc – abd – acd – bcd deve-se levar em consideração os arranjos com elementos distintos
(arranjos simples) e os elementos repetidos. O total de arranjos
Se trocarmos ps 3 elementos de uma delas: completos de n elementos, de k a k, é indicado simbolicamente por
A*n,k dado por: A*n,k = nk
Exemplo: abc, obteremos P3 = 6 arranjos disdintos.
Permutações com elementos repetidos
abc abd acd bcd
Considerando:
acb
bac α elementos iguais a a,
bca β elementos iguais a b,
cab γ elementos iguais a c, …,
λ elementos iguais a l,
cba
Totalizando em α + β + γ + … λ = n elementos.
Se trocarmos os 3 elementos das 4 combinações obtemos
todos os arranjos 3 a 3: Simbolicamente representado por Pn α, β, γ, …, λ o número
de permutações distintas que é possível formarmos com os n
elementos:
abc abd acd bcd
acb adb adc bdc
bac bad cad cbd
bca bda cda cdb
cab dab dac dbc Combinações Completas: Combinações completas de
cba dba dca dcb n elementos, de k a k, são combinações de k elementos não
necessariamente distintos. Em vista disso, quando vamos calcular
(4 combinações) x (6 permutações) = 24 arranjos as combinações completas devemos levar em consideração as
combinações com elementos distintos (combinações simples) e
Logo: C4,3 . P3 = A4,3 as combinações com elementos repetidos. O total de combinações
completas de n elementos, de k a k, indicado por C*n,k
Cálculo do número de combinações simples: O número total
de combinações simples dos n elementos de A representados por C
n,k, tomados k a k, analogicamente ao exemplo apresentado, temos:
a) Trocando os k elementos de uma combinação k a k, obtemos
Pk arranjos distintos.

Didatismo e Conhecimento 48
MATEMÁTICA
Questões 07. (ESPCEX) – A equipe de professores de uma escola
possui um banco de questões de matemática composto de 5
01. Quantos números de três algarismos distintos podem ser questões sobre parábolas, 4 sobre circunferências e 4 sobre retas.
formados com os algarismos 1, 2, 3, 4, 5, 7 e 8? De quantas maneiras distintas a equipe pode montar uma prova
com 8 questões, sendo 3 de parábolas, 2 de circunferências e 3 de
02. Organiza-se um campeonato de futebol com 14 clubes, retas?
sendo a disputa feita em dois turnos, para que cada clube enfrente (A) 80
o outro no seu campo e no campo deste. O número total de jogos (B) 96
a serem realizados é: (C) 240
(A)182 (D) 640
(B) 91 (E) 1.280
(C)169
(D)196 08. Numa clínica hospitalar, as cirurgias são sempre assistidas
(E)160 por 3 dos seus 5 enfermeiros, sendo que, para uma eventualidade
qualquer, dois particulares enfermeiros, por serem os mais
03. Deseja-se criar uma senha para os usuários de um sistema, experientes, nunca são escalados para trabalharem juntos. Sabendo-
começando por três letras escolhidas entre as cinco A, B, C, D e se que em todos os grupos participa um dos dois enfermeiros mais
E, seguidas de quatro algarismos escolhidos entre 0, 2, 4, 6 e 8. Se experientes, quantos grupos distintos de 3 enfermeiros podem ser
entre as letras puder haver repetição, mas se os algarismos forem formados?
todos distintos, o número total de senhas possíveis é: (A) 06
(A) 78.125 (B) 10
(B) 7.200 (C) 12
(C) 15.000 (D) 15
(D) 6.420 (E) 20
(E) 50
09. Seis pessoas serão distribuídas em duas equipes para
04. (UFTM) – João pediu que Cláudia fizesse cartões com concorrer a uma gincana. O número de maneiras diferentes de
todas as permutações da palavra AVIAÇÃO. Cláudia executou formar duas equipes é
a tarefa considerando as letras A e à como diferentes, contudo, (A) 10
João queria que elas fossem consideradas como mesma letra. A (B) 15
diferença entre o número de cartões feitos por Cláudia e o número (C) 20
de cartões esperados por João é igual a (D) 25
(A) 720 (E) 30
(B) 1.680
(C) 2.420 10. Considere os números de quatro algarismos do sistema
decimal de numeração. Calcule:
(D) 3.360
a) quantos são no total;
(E) 4.320
b) quantos não possuem o algarismo 2;
c) em quantos deles o algarismo 2 aparece ao menos uma vez;
05. (UNIFESP) – As permutações das letras da palavra PROVA
d) quantos têm os algarismos distintos;
foram listadas em ordem alfabética, como se fossem palavras de
e) quantos têm pelo menos dois algarismos iguais.
cinco letras em um dicionário. A 73ª palavra nessa lista é
(A) PROVA.
Resoluções
(B) VAPOR.
(C) RAPOV.
01.
(D) ROVAP.
(E) RAOPV.
02. O número total de jogos a serem realizados é A14,2 = 14 .
06. (MACKENZIE) – Numa empresa existem 10 diretores, 13 = 182.
dos quais 6 estão sob suspeita de corrupção. Para que se analisem
as suspeitas, será formada uma comissão especial com 5 diretores, 03.
na qual os suspeitos não sejam maioria. O número de possíveis
comissões é:
(A) 66 Algarismos
(B) 72
(C) 90
(D) 120
(E) 124 Letras

Didatismo e Conhecimento 49
MATEMÁTICA
As três letras poderão ser escolhidas de 5 . 5 . 5 =125 maneiras. V) Assim, o número total de grupos que podem ser formados
Os quatro algarismos poderão ser escolhidos de 5 . 4 . 3 . 2 = é2.3=6
120 maneiras.
O número total de senhas distintas, portanto, é igual a 125 . 09.
120 = 15.000.
10.
04. a) 9 . A*10,3 = 9 . 103 = 9 . 10 . 10 . 10 = 9000
I) O número de cartões feitos por Cláudia foi b) 8 . A*9,3 = 8 . 93 = 8 . 9 . 9 . 9 = 5832
c) (a) – (b): 9000 – 5832 = 3168
d) 9 . A9,3 = 9 . 9 . 8 . 7 = 4536
e) (a) – (d): 9000 – 4536 = 4464
II) O número de cartões esperados por João era
Binômio de Newton

Denomina-se Binômio de Newton , a todo binômio da forma


Assim, a diferença obtida foi 2.520 – 840 = 1.680 (a + b)n , sendo n um número natural .

05. Se as permutações das letras da palavra PROVA forem Exemplo:


listadas em ordem alfabética, então teremos: B = (3x - 2y)4 ( onde a = 3x, b = -2y e n = 4 [grau do binô-
P4 = 24 que começam por A mio] ).
P4 = 24 que começam por O
P4 = 24 que começam por P Exemplos de desenvolvimento de binômios de Newton :

A 73.ª palavra nessa lista é a primeira permutação que começa a) (a + b)2 = a2 + 2ab + b2
por R. Ela é RAOPV. b) (a + b)3 = a3 + 3 a2b + 3ab2 + b3
c) (a + b)4 = a4 + 4 a3b + 6 a2b2 + 4ab3 + b4
06. Se, do total de 10 diretores, 6 estão sob suspeita de d) (a + b)5 = a5 + 5 a4b + 10 a3b2 + 10 a2b3 + 5ab4 + b5
corrupção, 4 não estão. Assim, para formar uma comissão de 5
diretores na qual os suspeitos não sejam maioria, podem ser Nota:
escolhidos, no máximo, 2 suspeitos. Portanto, o número de
possíveis comissões é Não é necessário memorizar as fórmulas acima, já que elas
possuem uma lei de formação bem definida, senão vejamos:
Vamos tomar, por exemplo, o item (d) acima:
Observe que o expoente do primeiro e últimos termos são
iguais ao expoente do binômio, ou seja, igual a 5.
A partir do segundo termo, os coeficientes podem ser obtidos
a partir da seguinte regra prática de fácil memorização:
Multiplicamos o coeficiente de a pelo seu expoente e dividi-
07. C5,3 . C4,2 . C4,3 = 10 . 6 . 4 = 240 mos o resultado pela ordem do termo. O resultado será o coeficien-
te do próximo termo. Assim por exemplo, para obter o coeficiente
08. do terceiro termo do item (d) acima teríamos:
I) Existem 5 enfermeiros disponíveis: 2 mais experientes e 5.4 = 20; agora dividimos 20 pela ordem do termo anterior (2
outros 3. por se tratar do segundo termo) 20:2 = 10 que é o coeficiente do
II) Para formar grupos com 3 enfermeiros, conforme o terceiro termo procurado.
enunciado, devemos escolher 1 entre os 2 mais experientes e 2 Observe que os expoentes da variável a decrescem de n até 0
entre os 3 restantes. e os expoentes de b crescem de 0 até n. Assim o terceiro termo é
III) O número de possibilidades para se escolher 1 entre os 2 10 a3b2 (observe que o expoente de a decresceu de 4 para 3 e o de
mais experientes é b cresceu de 1 para 2).
Usando a regra prática acima, o desenvolvimento do binômio
de Newton (a + b)7 será:
(a + b)7 = a7 + 7 a6b + 21 a5b2 + 35 a4b3 + 35 a3b4 + 21 a2b5 +
7 ab + b7
6

IV) O número de possibilidades para se escolher 2 entre 3


restantes é Como obtivemos, por exemplo, o coeficiente do 6º termo (21
a2b5) ?
Pela regra: coeficiente do termo anterior = 35. Multiplicamos
35 pelo expoente de a que é igual a 3 e dividimos o resultado pela
ordem do termo que é 5.

Didatismo e Conhecimento 50
MATEMÁTICA
Então, 35 . 3 = 105 e dividindo por 5 (ordem do termo ante- Exemplo: Ao lançar um dado de seis lados, numerados de 1 a
rior) vem 105:5 = 21, que é o coeficiente do sexto termo, conforme 6, e observar o lado virado para cima, temos:
se vê acima. - um espaço amostral, que seria o conjunto S {1, 2, 3, 4, 5, 6}.
- um evento número par, que seria o conjunto A1 = {2, 4, 6}
Observações: C S.
1) o desenvolvimento do binômio (a + b)n é um polinômio. - o número de elementos do evento número par é n(A 1) = 3.
2) o desenvolvimento de (a + b)n possui n + 1 termos . - a probabilidade do evento número par é 1/2, pois
3) os coeficientes dos termos equidistantes dos extremos , no
desenvolvimento De (a + b)n são iguais .
4) a soma dos coeficientes de (a + b)n é igual a 2n .
Propriedades de um Espaço Amostral Finito e Não Vazio
Fórmula do termo geral de um Binômio de Newton
- Em um evento impossível a probabilidade é igual a zero. Em
Um termo genérico Tp+1 do desenvolvimento de (a+b)n , sendo um evento certo S a probabilidade é igual a 1. Simbolicamente:
p um número natural, é dado por P(Ø) = 0 e P(S) = 1.
 n  - Se A for um evento qualquer de S, neste caso: 0 ≤ P(A) ≤ 1.
Tp1   .an p.b p - Se A for o complemento de A em S, neste caso: P(A) = 1 -
p P(A).


onde  Demonstração das Propriedades

 n 
n!
 p  C n. p  p!(n  p)!
Considerando S como um espaço finito e não vazio, temos:

é denominado Número Binomial e Cn.p é o número de combi-


nações simples de n elementos, agrupados p a p, ou seja, o número
de combinações simples de n elementos de taxa p.
Este número é também conhecido como Número Combina-
tório.

Probabilidade

Ponto Amostral, Espaço Amostral e Evento

Em uma tentativa com um número limitado de resultados,


todos com chances iguais, devemos considerar:
Ponto Amostral: Corresponde a qualquer um dos resultados
possíveis.
Espaço Amostral: Corresponde ao conjunto dos resultados
possíveis; será representado por S e o número de elementos do
espaço amostra por n(S).
Evento: Corresponde a qualquer subconjunto do espaço União de Eventos
amostral; será representado por A e o número de elementos do
evento por n(A). Considere A e B como dois eventos de um espaço amostral S,
finito e não vazio, temos:
Os conjuntos S e Ø também são subconjuntos de S, portanto
são eventos.
A
Ø = evento impossível.
S = evento certo.

Conceito de Probabilidade B
S
As probabilidades têm a função de mostrar a chance
de ocorrência de um evento. A probabilidade de ocorrer um
determinado evento A, que é simbolizada por P(A), de um espaço
amostral S ≠ Ø, é dada pelo quociente entre o número de elementos
A e o número de elemento S. Representando:

Logo: P(A B) = P(A) + P(B) - P(A B)

Didatismo e Conhecimento 51
MATEMÁTICA
Eventos Mutuamente Exclusivos Eventos Independentes

Considere dois eventos A e B de um espaço amostral S, finito


A e não vazio. Estes serão independentes somente quando:

P(A/N) = P(A) P(B/A) = P(B)

B Intersecção de Eventos
S
Considerando A e B como dois eventos de um espaço amostral
S, finito e não vazio, logo:
Considerando que A ∩ B, nesse caso A e B serão denominados
mutuamente exclusivos. Observe que A ∩ B = 0, portanto: P(A
B) = P(A) + P(B). Quando os eventos A1, A2, A3, …, An de S
forem, de dois em dois, sempre mutuamente exclusivos, nesse
caso temos, analogicamente:

P(A1 A2 A3 … An) = P(A1) + P(A2) + P(A3) + ... +


P(An)
Assim sendo:
Eventos Exaustivos
P(A ∩ B) = P(A) . P(B/A)
Quando os eventos A1, A2, A3, …, An de S forem, de dois em P(A ∩ B) = P(B) . P(A/B)
dois, mutuamente exclusivos, estes serão denominados exaustivos
se A1 A2 A3 … An = S Considerando A e B como eventos independentes, logo
P(B/A) = P(B), P(A/B) = P(A), sendo assim: P(A ∩ B) = P(A) .
P(B). Para saber se os eventos A e B são independentes, podemos
utilizar a definição ou calcular a probabilidade de A ∩ B. Veja a
representação:

A e B independentes ↔ P(A/B) = P(A) ou


A e B independentes ↔ P(A ∩ B) = P(A) . P(B)

Lei Binominal de Probabilidade

Considere uma experiência sendo realizada diversas vezes,


Então, logo:
dentro das mesmas condições, de maneira que os resultados de cada
experiência sejam independentes. Sendo que, em cada tentativa
ocorre, obrigatoriamente, um evento A cuja probabilidade é p ou o
complemento A cuja probabilidade é 1 – p.
Portanto: P(A1) + P(A2) + P(A3) + ... + P(An) = 1
Problema: Realizando-se a experiência descrita exatamente n
vezes, qual é a probabilidade de ocorrer o evento A só k vezes?
Probabilidade Condicionada
Resolução:
Considere dois eventos A e B de um espaço amostral S, finito - Se num total de n experiências, ocorrer somente k vezes
e não vazio. A probabilidade de B condicionada a A é dada pela o evento A, nesse caso será necessário ocorrer exatamente n – k
probabilidade de ocorrência de B sabendo que já ocorreu A. É vezes o evento A.
representada por P(B/A). - Se a probabilidade de ocorrer o evento A é p e do evento A é
1 – p, nesse caso a probabilidade de ocorrer k vezes o evento A e
Veja: n – k vezes o evento A, ordenadamente, é:

- As k vezes em que ocorre o evento A são quaisquer entre as


n vezes possíveis. O número de maneiras de escolher k vezes o
evento A é, portanto Cn,k.

Didatismo e Conhecimento 52
MATEMÁTICA
- Sendo assim, há Cn,k eventos distintos, mas que possuem (A) 42%
a mesma probabilidade pk . (1 – p)n-k, e portanto a probabilidade (B) 45%
desejada é: Cn,k. pk . (1 – p)n-k (C) 46%
(D) 48%
Questões (E) 50%

01. A probabilidade de uma bola branca aparecer ao se retirar 08. Num espaço amostral, dois eventos independentes A e B
uma única bola de uma urna que contém, exatamente, 4 bolas
são tais que P(A U B) = 0,8 e P(A) = 0,3. Podemos concluir que o
brancas, 3 vermelhas e 5 azuis é:
valor de P(B) é:
(A) 0,5
(A) (B) (C) (D) (E) (B) 5/7
(C) 0,6
(D) 7/15
02. As 23 ex-alunas de uma turma que completou o Ensino (E) 0,7
Médio há 10 anos se encontraram em uma reunião comemorativa.
Várias delas haviam se casado e tido filhos. A distribuição das 09. Uma urna contém 6 bolas: duas brancas e quatro pretas.
mulheres, de acordo com a quantidade de filhos, é mostrada no Retiram-se quatro bolas, sempre com reposição de cada bola antes
gráfico abaixo. Um prêmio foi sorteado entre todos os filhos dessas de retirar a seguinte. A probabilidade de só a primeira e a terceira
ex-alunas. A probabilidade de que a criança premiada tenha sido serem brancas é:
um(a) filho(a) único(a) é

(A) (B) (C) (D) (E)

10. Uma lanchonete prepara sucos de 3 sabores: laranja,


abacaxi e limão. Para fazer um suco de laranja, são utilizadas 3
laranjas e a probabilidade de um cliente pedir esse suco é de 1/3.
Se na lanchonete, há 25 laranjas, então a probabilidade de que,
para o décimo cliente, não haja mais laranjas suficientes para fazer
o suco dessa fruta é:
(A) (B) (C) (D) (E)
(A) 1 (B) (C) (D) (E)
03. Retirando uma carta de um baralho comum de 52 cartas,
qual a probabilidade de se obter um rei ou uma dama?
Respostas
04. Jogam-se dois dados “honestos” de seis faces, numeradas
de 1 a 6, e lê-se o número de cada uma das duas faces voltadas para 01.
cima. Calcular a probabilidade de serem obtidos dois números
ímpares ou dois números iguais? 02.
A partir da distribuição apresentada no gráfico:
05. Uma urna contém 500 bolas, numeradas de 1 a 500. Uma 08 mulheres sem filhos.
bola dessa urna é escolhida ao acaso. A probabilidade de que seja 07 mulheres com 1 filho.
escolhida uma bola com um número de três algarismos ou múltiplo
06 mulheres com 2 filhos.
de 10 é
02 mulheres com 3 filhos.
(A) 10%
(B) 12%
(C) 64% Comoas 23 mulheres têm um total de 25 filhos, a probabilidade
(D) 82% de que a criança premiada tenha sido um(a) filho(a) único(a) é
(E) 86% igual a P = 7/25.
03. P(dama ou rei) = P(dama) + P(rei) =
06. Uma urna contém 4 bolas amarelas, 2 brancas e 3 bolas
vermelhas. Retirando-se uma bola ao acaso, qual a probabilidade 04. No lançamento de dois dados de 6 faces, numeradas de 1 a
de ela ser amarela ou branca? 6, são 36 casos possíveis. Considerando os eventos A (dois números
ímpares) e B (dois números iguais), a probabilidade pedida é:
07. Duas pessoas A e B atiram num alvo com probabilidade
40% e 30%, respectivamente, de acertar. Nestas condições, a
probabilidade de apenas uma delas acertar o alvo é:

Didatismo e Conhecimento 53
MATEMÁTICA
05. Sendo Ω, o conjunto espaço amostral, temos n(Ω) = 500 08.
Sendo A e B eventos independentes, P(A B) = P(A) . P(B) e
A: o número sorteado é formado por 3 algarismos; como P(A B) = P(A) + P(B) – P(A B). Temos:
A = {100, 101, 102, ..., 499, 500}, n(A) = 401 e p(A) = 401/500 P(A B) = P(A) + P(B) – P(A) . P(B)
0,8 = 0,3 + P(B) – 0,3 . P(B)
B: o número sorteado é múltiplo de 10; 0,7 . (PB) = 0,5
P(B) = 5/7.
B = {10, 20, ..., 500}.
09. Representando por a
Para encontrarmos n(B) recorremos à fórmula do termo geral probabilidade pedida, temos:
da P.A., em que =
a1 = 10 =
an = 500
r = 10
Temos an = a1 + (n – 1) . r → 500 = 10 + (n – 1) . 10 → n = 50

Dessa forma, p(B) = 50/500.


10. Supondo que a lanchonete só forneça estes três tipos de
A Ω B: o número tem 3 algarismos e é múltiplo de 10; sucos e que os nove primeiros clientes foram servidos com apenas
A Ω B = {100, 110, ..., 500}. um desses sucos, então:
De an = a1 + (n – 1) . r, temos: 500 = 100 + (n – 1) . 10 → n = I- Como cada suco de laranja utiliza três laranjas, não é
possível fornecer sucos de laranjas para os nove primeiros clientes,
41 e p(A B) = 41/500
pois seriam necessárias 27 laranjas.
II- Para que não haja laranjas suficientes para o próximo
Por fim, p(A.B) = cliente, é necessário que, entre os nove primeiros, oito tenham
pedido sucos de laranjas, e um deles tenha pedido outro suco.
06. A probabilidade de isso ocorrer é:
Sejam A1, A2, A3, A4 as bolas amarelas, B1, B2 as brancas e V1,
V2, V3 as vermelhas.
Temos S = {A1, A2, A3, A4, V1, V2, V3 B1, B2} → n(S) = 9
A: retirada de bola amarela = {A1, A2, A3, A4}, n(A) = 4
B: retirada de bola branca = {B1, B2}, n(B) = 2
MATRIZES E SISTEMAS LINEARES:
OPERAÇÕES COM MATRIZES,
MATRIZ INVERSA. APLICAÇÕES.
DETERMINANTES: CÁLCULOS DE
DETERMINANTES, RESOLUÇÃO
DE SISTEMAS LINEARES.
Como A B = , A e B são eventos mutuamente exclusivos;
Logo: P(A B) = P(A) + P(B) =
Matriz

Atabela seguinte mostra a situação das equipes no Campeonato


07. Paulista de Basquete masculino.
Se apenas um deve acertar o alvo, então podem ocorrer os
seguintes eventos:
Campeonato Paulista – Classificação
(A) “A” acerta e “B” erra; ou
(B) “A” erra e “B” acerta. Time Pontos
1º Tilibra/Copimax/Bauru 20
Assim, temos: 2º COC/Ribeirão Preto 20
P (A B) = P (A) + P (B) 3º Unimed/Franca 19
P (A B) = 40% . 70% + 60% . 30% 4º Hebraica/Blue Life 17
P (A B) = 0,40 . 0,70 + 0,60 . 0,30 5º Uniara/Fundesport 16
P (A B) = 0,28 + 0,18 6º Pinheiros 16
P (A B) = 0,46 7º São Caetano 16
P (A B) = 46% 8º Rio Pardo/Sadia 15

Didatismo e Conhecimento 54
MATEMÁTICA

9º Valtra/UBC 14 Exemplo
10º Unisanta 14
11º Leitor/Casa Branca 14
Na matriz B de ordem 2 x 3 temos:
12º Palmeiras 13  1 0 3 
13º Santo André 13 B 
14º Corinthians 12  
 2 1 4 
15º São José 12 b11 = 1; b = 0; b = 3;
12 13
b21 = 2; b22 = -1; b23 = 4
Fonte: FPB (Federação Paulista de Basquete)
Folha de S. Paulo – 23/10/01 Observação: O elemento b por exemplo, lemos assim: “b
23,
dois três”
Observando a tabela, podemos tirar conclusões por meio de
comparações das informações apresentadas, por exemplo: De uma forma geral, a matriz A, de ordem m x n, é representada por:
→ COC/Ribeirão lidera a classificação com 20 pontos  a11 a12 a13 ... a1n 
juntamente com Tilibra/Bauru
→ Essa informação encontra-se na 2ª linha e 3ª coluna.  
 
A   a21 a22 a23 ... a2 n  
Definições  
 ... a 32 a33 ... a3n 
Chamamos de matriz m x n (m Є N* e n Є N*) qualquer tabela  
 m1 m 2 m 3
formada por m . n elementos (informações) dispostos em m linhas a a a ... amn  

e n colunas

Exemplos Ou com a notação abreviada: A = (aij)m x n

1°)
Matrizes Especiais
 1 0 2 3 
 
 1 1 3 2  é uma matriz 2 x 4 Apresentamos aqui a nomenclatura de algumas matrizes
especiais:
2º)
1 0 1  1ª. Matriz Linha
  É a matriz que possui uma única linha.
2 3 3 
 1 4 2  Exemplos
é uma matriz 3 x 3

3º) - A = [-1, 0]
- B = [1 0 0 2]
1 0 3 
é uma matriz 1 x 3 2ª. Matriz Coluna
É a matriz que possui uma única coluna.
4º)
 2  Exemplos  0 
   2   
0
  é uma matriz 2 x 1  A    B   1 
 1
   3  
 
O nome de uma matriz é dado utilizando letras maiúsculas do
alfabeto latino, A, por exemplo, enquanto os elementos da matriz
são indicados por letras latinas minúsculas, a mesma do nome de 3ª) Matriz Nula
matriz, afetadas por dois índices, que indicam a linha e a coluna É a matriz que possui todos os elementos iguais a zero.
que o elemento ocupa na matriz.
Assim, um elemento genérico da matriz A é representado por aij. Exemplos
O primeiro índice, i, indica a linha que esse elemento ocupa na
matriz, e o segundo índice, j, a coluna desse comando.  0 0    0 0 0 
1)A    2)B   
A  a   i  ésima  linha  0 0 
 0 0 0 
 ij 
 4ª. Matriz Quadrada
É a matriz que possui o número de linhas igual ao número de
j  ésima  coluna linhas igual ao número de colunas.

Didatismo e Conhecimento 55
MATEMÁTICA
Exemplos Observação: Se uma matriz A é de ordem m x n, a matriz At,
transposta de A, é de ordem n x m.
 1 3 
1)A    Igualdade de Matrizes
 
 2 1 É a matriz quadrada de ordem 2.
Sendo A e B duas matriz de mesma ordem, dizemos que um
Observações: Quando uma matriz não é quadrada, ela é elemento de matriz A é correspondente a um elemento de B quando
chamada de retangular. eles ocupam a mesma posição nas respectivas matrizes.
Dada uma matriz quadrada de ordem n, chamamos de diagonal
principal da matriz ao conjunto dos elementos que possuem índices Exemplo
iguais.
Sendo A e B duas matrizes de ordem 2 x 2,
 a11 a12   b11 b12 
Exemplo
{a , a , a , a } é a diagonal principal da matriz A. A    e B  
a  b 
22  22 
11 22 33 44
a b
   
21 21

3ª) Dada a matriz quadrada de ordem n, chamamos de diagonal


secundária da matriz ao conjunto dos elementos que possuem a São elementos correspondentes de A e B, os pares:
soma dos dois índices igual a n + 1. a11 e b11; a12 e b12; a21 e b21; a22 e b22.

Exemplo Definição
{a14, a23, a32, a41} é a diagonal secundária da matriz A. Duas matrizes A e B são iguais se, e somente se, têm a mesma
ordem e os elementos correspondentes são iguais.
5ª. Matriz Diagonal Indica-se:
É a matriz quadrada que apresenta todos os elementos, não A=B
pertencentes à diagonal principal, iguais a zero. Então:
A = (aij)n x n e B = (bij)p x q
Exemplos
Observações: Dada uma matriz A = (aij)m x n , dizemos que uma
 2 0 0  matriz B = (bij)m x n é oposta de A quando bij = -aij para todo i, Ī ≤ i
  ≤ m, e todo j, Ī ≤ j ≤ n.
1)A   0 1 0 
  Indicamos que B = -A.
 0 0 3 
Exemplo
 3 1   3 1 
6ª) Matriz Identidade A     B   
É a matriz diagonal que apresenta todos os elementos da

 2 4   
 2 4 
diagonal principal iguais a 1.

Representamos a matriz identidade de ordem n por In. - Dizemos que uma matriz quadrada A = (aij)m x n é simétrica
Exemplos quando a = a para todo i Ī ≤ i ≤ m, e todo j, Ī ≤ j ≤ n Isto é, A = At.
ij ji , .

 1 0 0  - Dizemos que uma matriz quadrada A = (a ) é anti-


 1 0    simétrica quando aij = -aij para todo i, Ī ≤ i ≤ m, e todoij mj, xĪ n≤ j ≤ n.
1)I2    2)I3   0 1 0  Isto é, A é anti-simétrica quando At = -A.
 0 1   
 0 0 1  Adição e Subtração de Matrizes
Observação: Para uma matriz identidade In = (aij)n x n Definição
Dadas duas matrizes A e B, de mesma ordem m x n,
7ª. Matriz Transposta denominamos soma da matriz A com a matriz B à matriz C, de
Dada uma matriz A, chamamos de matriz transposta de A à ordem m x n, cujos elementos são obtidos quando somamos os
matriz obtida de A trocando-se “ordenadamente”, suas linhas por elementos correspondentes das matrizes A e B. Indicamos:
colunas. Indicamos a matriz transposta de A por At.
C=A+B
Exemplo
 1 2  Assim:
103   
A   , então At   0 1   1 3 4   2 1 1   345 
         
2 1 4 
 3 4    2 1 2   3 2 3   531 

Didatismo e Conhecimento 56
MATEMÁTICA
Propriedades da Adição  2.1 2.3   2 6 
Sendo A, B e C matrizes m x n e O a matriz nula m s n, valem 2 . A    
 
 2.2 2.5   
4 10 
as seguintes propriedades.
- A + B = B + A (comutativa)
- (A + B) + C = A + (B + C) (associativa) Matrizes – Produtos
- A + O = O + A = A (elemento neutro)
- A + (-A) = (-A) + A = O (elemento oposto) Multiplicação de Matrizes
- (A + B)t = At + Bt O produto (linha por coluna) de uma matriz A = (a ij)m x p por
uma matriz B = (bij)p x n é uma matriz C = (cij)m x n, de modo que
Definição cada elemento cij é obtido multiplicando-se ordenadamente os
Consideremos duas matrizes A e B, ambas de mesma ordem m elementos da linha i de A pelos elementos da coluna j de B, e
x n. Chamamos de diferença entre A e B (indicamos com A – B) a somando-se os produtos assim obtidos. Indicamos:
soma de A com a oposta de B.
B  . A
A – B = A + (B)
Da definição, decorre que:
Exemplo - Só existe o produto de uma matriz A por uma matriz B se o
número de colunas de A é igual ao número de linhas de B.
Sendo:
- A matriz C, produto de Am x p por BP x n, é do tipo m x n.
32  
 4 5 
A    e B  Propriedades
1 2    2 1 
 , então Sendo A uma matriz de ordem m x n, B e C matrizes
 3 2   4 5  convenientes e, são válidas as seguintes propriedades.
A  B      - ( A . B) . C = A . (B . C) (associativa)
 1 2   2 1  
 3 2   4 5 
- C . (A + B) = C . A + C . B (distributiva pela esquerda)
- (A + B) . C = A . C + B (distributiva pela direita)
A  B      - A . I = I . A = A (elemento neutro)
n m
1 2    2 1  - (α . A) . B = A . (α . B ) = . (A . B)
- A . On x p = Om x p e Op x m . A = Op x n
A-B= - (A . B)t = Bt . At
 1 3  Observação: Para a multiplicação de matrizes não vale a
A  B    propriedade comutativa (A . B ≠ B . A). Esta propriedade só é
 3 3  verdadeira em situações especiais, quando dizemos que as matrizes
são comutáveis.
Observação: Na prática, para obtermos a subtração de matrizes 
de mesma ordem, basta subtrairmos os elementos correspondentes. Devemos levar em consideração os fatos seguintes:
1º) (A + B) ≠ A2 + 2AB + B2, pois (A + B)2 = (A + B)(A+B) +
A + AB + BA + B2
2

Multiplicação de Matrizes por um Número Real 2º) (A . B)t ≠ At . Bt, pois, pela 7ª propriedade, devemos ter (A
. B)t = Bt . At

Definição Matriz Inversa


Consideremos uma matriz A, de ordem m x n, e um número
real. O produto de por A é uma matriz B, de ordem m x n, obtida No conjunto dos números reais, para todo a ≠ 0, existe um
quando multiplicamos cada elemento de A por. número b, denominado inverso de a, satisfazendo a condição:
Indicamos:
a.b=b.a=1
B  . A
1
Normalmente indicamos o inverso de a por a ou a-1.
Exemplo Analogamente para as matrizes temos o seguinte:

Sendo: Definição
Uma matriz A, quadrada de ordem n, diz-se inversível se, e
 1 3  somente se, existir uma matriz B, quadrada de ordem n, tal que:
A  A.B=B.A=I
 2 5 , temos
n
A matriz B é denominada inversa de A e indicada por A-1.

Didatismo e Conhecimento 57
MATEMÁTICA
Exemplos Propriedades
4  3 Sendo A e B matrizes quadradas de ordem n e inversíveis,
- Verifique que a matriz B=   é a inversa da matriz A= temos as seguintes propriedades:
1 3  1 1 - (A-1)-1=A
  - (A-1)t= At)-1
1 4 
- (A.B)-1=B-1..A-1
Resolução - Dada A, se existir A-1, então A-1 é única.
1 3
 . 4  3 1 0 Exemplo
A.B=  4  1 1 = 0 1 Sendo A, B e X matrizes inversíveis de ordem n, isolar X em
1
     
(X.A)-1-=B.

B.A= 4  3 . 1 3 = 1 0 Resolução
     
 1 1  1 4  0 1 (X.A)-1=B  A-1.X-1=B

Como A.B=B.A=12, a matriz B é a inversa de A, isto é, B=A-1. Multiplicando os dois membros à esquerda por A, encontramos:
A.A-1.X-1=A.B
Observação: É bom observarmos que, de acordo com a Como A.A-1=In, então:
definição, a matriz A também é a inversa de B, isto é, A=B-1, ou In.X-1=A.B
seja, A=(A-1)-1. Como In é elemento neutro na multiplicação de matrizes,
temos:
3 1 X-1=A.B
- Encontre a matriz inversa da matriz A=   , se existir. Elevando os dois membros da igualdade, ao expoente -1,
2 1
temos:
Resolução (X-1)-1=(A.B)-1
a b 
Supondo que B=   é a matriz inversa de A, temos: Assim, X=(A.B)-1, ou então X=B-1.A-1
c d  O sistema obtido está escalonado e é do 2º
  
3 1 a b  1 0 Determinantes
A.B=  1 . c d  = 0 1
2
      Chamamos de determinante a teoria desenvolvida por mate-
 máticos dos séculos XVII e XVIII, como Leibniz e Seki Shinsuke
Kowa, que procuravam uma fórmula para determinar as soluções
2a  cc 2b
3a 3b  d 1 0
 d  =0 1
de um “Sistema linear”, assunto que estudaremos a seguir.
Esta teoria consiste em associar a cada matriz quadrada A, um
   
único número real que denominamos determinante de A e que
 indicamos por det A ou colocamos os elementos da matriz A entre
Assim: duas barras verticais, como no exemplo abaixo:
3a  c  1 3b  d  0
 e 1 2  12
2a  c  0 2b  d  1 A=   → det A=
4 5 45
Resolvendo os sistemas, encontramos:
A=1,b=-1,c=-2 e d=3 Definições
Assim, B= 1  1 Determinante de uma Matriz de Ordem 1
 
 2 3 Seja a matriz quadrada de ordem 1: A=[a11]
Por outro lado: 
Chamamos determinante dessa matriz o número:
det A=[ a11]= a11
1  1 3 1 1 0
 2 3  2 1 0 1
B.A= . = Exemplos
      1º) A=[-2] → det A= -2
2º) B=[5] → det B=5
Portanto, a matriz A é inversível e sua inversa é a matriz: 3º) C=[0] → det C=0

1  1 Determinante de uma Matriz de ordem 2


B=A-1=  3
 2  Seja a matriz quadrada de ordem 2:
 a11 a12 
ela éObservação: Quando uma caso
uma matriz não-singular; matriz é inversível,
a matriz dizemos
não seja que
inversível, A   
 a a22 
dizemos que ela é uma matriz singular.  21 

Didatismo e Conhecimento 58
MATEMÁTICA
Chamamos de determinante dessa matriz o número: 2º) Multiplicando os termos entre si, seguindo os traços em
diagonal e associando o sinal indicado dos produtos, temos:
 a a 
det A   11 12  a11 . a22  a21 . a12
a a 
 21 22  

Para facilitar a memorização desse número, podemos dizer
que o determinante é a diferença entre o produto dos elementos da detA= a a a + a a a +a a a -a a a +
11 22 33 12 23 31 13 21 32 13 22 31
diagonal principal e o produto dos elementos da diagonal secundá- -a11 a23 a32-a12 a21 a33
ria. Esquematicamente:
Observação: A regra de Sarrus também pode ser utilizada
 a a 
det A   11 12  a11 . a22  a21 . a12 repetindo a 1º e 2º linhas, ao invés de repetirmos a 1º e 2º colunas.

a a  Determinantes – Propriedades - I
 21 22 
 Apresentamos, a seguir, algumas propriedades que visam a
Exemplos simplificar o cálculo dos determinantes:

1 2 Propriedade 1: O determinante de uma matriz A é igual ao


- A=   de sua transposta At.
5 3
det A=1.3-5.2=-7 Exemplo 
a b a c
2  1 A=    At= b d 
- B=   c d   
2 3   bc 
det A  ad  det At  det A
det B=2.3-2.(-1)=8  
det At  ad bc 
Determinante de uma Matriz de Ordem 3
Propriedade 2: Se B é a matriz que se obtém de uma matriz
Seja a matriz quadrada de ordem 3: quadrada A, quando trocamos entre si a posição de duas filas
a13  paralelas, então: 
 a a12
 11  detB = -detA

A   a21 a22 a23 
  Exemplo 
 
a
 31
a32 a33  


a b c d 
A= 
c d  e B= a b
Chamamos determinante dessa matriz o numero:    

 B foi obtida trocando-se a 1º pela 2º linha de A.


 detA=ad-bc
 detB=BC-ad=-(ad-bc)=-detA
 Assim,
 detB=-detA

detA= a a a + a a a +a a a -a a a + Consequência da Propriedade 2: Uma matriz A que possui
11 22 33 12 23 31 32 21 13 31 22 13 duas filas paralelas “iguais”tem determinante igual a zero.
-a12 a21 a33-a32 a23 a11
Justificativa: A matriz que obtemos de A, quando trocamos
entre si as duas filas (linha ou coluna “iguais”, é igual a A. Assim,
Para memorizarmos a definição de determinante de ordem 3,
usamos a regra prática denominada Regra de Sarrus: de acordo com a propriedade 2, escrevemos que detA = -detA
Assim: detA = 0
1º) Repetimos a 1º e a 2º colunas às direita da matriz.
a11 a12 a13 a11 a12 Propriedade 3: Sendo B uma matriz que obtemos de uma
a21 a22 a23 a21 a22 matriz quadrada A, quando multiplicamos uma de sua filas (linha
a31 a32 a33 a31 a32 ou coluna) por uma constante k, então detB = k.detA

Didatismo e Conhecimento 59
MATEMÁTICA
Consequência da Propriedade 3: Ao calcularmos um Somando a 3ª coluna com a 1ª multiplicada por m, teremos:
determinante, podemos “colocar em evidência”um “fator comum”
de uma fila (linha ou coluna). a b c  ma a b c a b ma
d e f  md (P4) d e f  d e md
Exemplo
ka kb  a b  g h i  mg g h i g h mg
 k. 
c d c d  a b c  ma a b a

d e f  md  det A  m d e d
- Sendo A uma matriz quadrada de ordem n, a matriz k. A é
obtida multiplicando todos os elementos de A por k, então: g h i  mg g h g

det(k.A)=kn.detA
Igual a zero
Exemplo a b c  ma
 a b c   ka kb kc 
 d e f  md  det A
 
 
A  d e f  k.A   kd ke kf   g h i  mg
    
   
 g h i  
  kg kh ki  


Exemplo

 ka kb kc   a b c  Vamos calcular o determinante D abaix o.


    
det(k.A)   kd ke kf  k.k.k  d e f 

     
     
 kg kh ki  
   g h i  
 
 D=8+0+0-60-0-0=-52
Assim:
det(k.A)=k3.detA Em seguida, vamos multiplicar a 1ª coluna por 2, somar com
a 3ª coluna e calcular:
Propriedade 4: Se A, B e C são matrizes quadradas de mesma
ordem, tais que os elementos correspondentes de A, B e C são
iguais entre si, exceto os de uma fila, em que os elementos de C
são iguais às somas dos seus elementos correspondentes de A e
B, então.

detC = detA + detB D1=48+0+0-100-0-0=-52


Observe que D1=D, de acordo com a propriedade.
Exemplos:
Consequência
a b x abr a b x  r Quando uma fila de um determinante é igual à soma de
múltiplos de filas paralelas (combinação linear de filas paralelas),
c d y  c d s  c d y  s o determinante é igual a zero.
e f z e f z efz t Exemplo

1 28
Propriedades dos Determinantes
SejaD  3 2 12
Propriedades 5 (Teorema de Jacobi)
O determinante não se altera, quando adicionamos uma fila 4 1 05
qualquer com outra fila paralela multiplicada por um número.
Observe que cada elemento de 3ª coluna é igual à 1ª coluna
Exemplo multiplicada por 2 somada com a 2ª coluna multiplicada por 3.
Exemplo abc 8 = 2(1) + 3(2) = 2 + 6
Considere o determinante detA= e f
d 12 = 2(3) + 3(2) = 6 + 6
g hi 5 = 2(4) + 3(-1) = 8 - 3

Didatismo e Conhecimento 60
MATEMÁTICA
Portanto, pela consequência da propriedade 5, D = 0 Chamamos co-fatorn do elemento aij e indicamos com Aij o
Use a regra de Sarrus e verifique. número (-1)i+j.Mij, em que M ijé o menor complementar de a .ij

Propriedade 6 (Teorema de Binet) Exemplo


Sendo A e B matrizes quadradas de mesma ordem, então:
det(A.B) = detA . detB  3  1 4
Exemplo Sendo A  2 1 3 , temos:

1 3 0
1 2  13
A=    detA=3 A11=(-1)1+1.M =(-1)
11
2
. =-9
03 3 0
 
 4 3 2 3
B= 2 1  detB=-2 A =(-1)1+2.M =(-1)3.
12 12
1 0 =-3
 

12 12

8 5  31
A.B=    det(A.B)=-6 A =(-1)3+3.M =(-1)6. =5
63
  33 33
2 1

Logo, det(AB)=detA. detB Dada uma matriz A=(aij)nxm, com n  2, chamamos matriz co-
fatora de A a matriz cujos elementos são os co-fatores dos ele-
Consequências: Sendo A uma matriz quadrada e nN*, mentos de A; indicamos a matriz co-fatora por cof A. A transposta
temos: da matriz co-fatora de A é chamada de matriz adjunta de A, que
det(An) = (detA)n indicamos por adj. A.
Sendo A uma matriz inversível, temos:
1 Exemplo
detA-1=
det A
1
3 2
Justificativa: Seja A matriz inversível. Sendo A=  1
A-1.A=I  0 1, temos:
det(A-1.A)=det I  4 2 1 
detA-1.detA=det I
0 1
1 A =(-1)1+1. =2
detA-1= 11 2 1
det A
Uma vez que det I=1, onde i é a matriz identidade. 11
A12=(-1)1+2. 4 1 =-5
Determinantes – Teorema de Laplace
1 0
A =(-1)1+3. =2
Menor complementar e Co-fator 13 4 2
Dada uma matriz quadrada A=(a ) (n  2), chamamos
ij nxn A =(-1)2+1. 3 2 =1
menor complementar do elemento aij e indicamos por Mij o 21
determinante da matriz quadrada de ordem n-1, que se obtém 2 1
suprimindo a linha i e a coluna j da matriz A. 1 2
A =(-1)2+2. =-7
22 4 1
Exemplo
1
2 3 
 
410  A =(-1)2+3. 1 3 =10
Sendo A=   , temos: 23 4 2
2 1 2
10 3 2
M= =2 A =(-1)3+1. =-3
11 31 0 1
1 2
1 2
M = 4 0 =8 A =(-1)3+2. =3
12 32 11
22
3
M = 4 1 =2 A =(-1)3+3.
1 =-3
13 33
21 10

Didatismo e Conhecimento 61
MATEMÁTICA
Assim: det A  3.A  0.A  0.A  0.A
3 
14
11  12  1
 2 5 2   2 1 3  zero
    2 3 2
cofA   1 7 10  e adjA   5 7 3  
    A11=(-1)1+1. 1 4  =-11
3

 3 3 3 

   2 10 3 
 
 3 0 2
Assim:
Determinante de uma Matriz de Ordem n
detA=3.(-11)  det A = -33
Definição.
Vimos até aqui a definição de determinante para matrizes Nota: Observamos que quanto mais “zeros” aparecerem na
quadradas de ordem 1, 2 e 3. primeira linha, mais o cálculo é facilitado.
Seja A uma matriz quadrada de ordem n.
Teorema de Laplace
Então: Seja A uma matriz quadrada de ordem n, n  2, seu determi-
- Para n = 1 nante é a soma dos produtos dos elementos de uma fila (linha ou
A=[a11]  det A=a11 coluna) qualquer pelos respectivos co-fatores.

- Para n  2: Exemplo
a a .... a  5 0 1 2 
 
2n 
Sendo A= 3 2 1 0 

11
a12 1n

a 21 2 ... a   det A  n a .A
A= .......................  j1
1j1j 4 1 0 0
 
  3  2 2 0
a n1 an 2 ... a n 
 Devemos escolher a 4ª coluna para a aplicação do teorema de
Laplace, pois, neste caso, teremos que calcular apenas um co-fator.
ou seja:
detA = a11.A11+a12.A12+…+a1n.A1n
Assim:
Então, o determinante de uma matriz quadrada de ordem n,
n  2 é a soma dos produtos dos elementos da primeira linha da
detA=2.A14+0.A24+0.A34+0.A44
matriz pelos respectivos co-fatores. 3 2 1
Exemplos A =(-1)1+4 4 1 0  =+21
14
 
 a12 
A   a11  3  2 2 
1º) Sendo
a a22 
, temos: detA=2.21=42
 21 
Observações Importantes: No cálculo do determinante de
detA=a .A +a .A , onde: uma matriz de ordem n, recaímos em determinantes de matrizes
11 11 12 12 de ordem n-1, e no cálculo destes, recaímos em determinantes
A11 =(-1)1+1.|a22|=a22 de ordem n-2, e assim sucessivamente, até recairmos em
1+2
A12=(-1) .|a21|=a21
determinantes de matrizes de ordem 3, que calculamos com a regra
Assim: de Sarrus, por exemplo.
detA=a11.a22+a12.(-a21)
detA=a11.a22-a21.a12 - O cálculo de um determinante fica mais simples, quando
escolhemos uma fila com a maior quantidade de zeros.
Nota: Observamos que esse valor coincide com a definição
vista anteriormente. - A aplicação sucessiva e conveniente do teorema de Jacobi
pode facilitar o cálculo do determinante pelo teorema de Laplace.
 3 0 0 0  
  Exemplo
 1 2 3 2   1 2 3 1 
 Sendo A  ,temos : 
Calcule det A sendo A=  0  1 2 1 
 23 5 4 3 
 
   2 3 1 2

Didatismo e Conhecimento 62
 
 9 3 0 2   3 4 6 3 

MATEMÁTICA

Didatismo e Conhecimento 63
MATEMÁTICA

A 1ª coluna ou 2ª linha tem a maior quantidade de zeros. Nos 1 0 0  0
dois casos, se aplicarmos o teorema de Laplace, calcularemos  
ainda três co-fatores.  0 1 0  0 
Para facilitar, vamos “fazer aparecer zero”em A31=-2 e A41=3 I=0 0 1  0
n  
multiplicando a 1ª linha por 2 e somando com a 3ª e multiplicando      
a 1ª linha por -3 e somando com a 4ª linha; fazendo isso, teremos:  
 0 0 0  1
 1 2 3 1 
  det/n=1
A=  0 1 2 1 

 0 7 7 4 Determinante de Vandermonde e Regra de Chió
 
 0  2 3 0 
Uma determinante de ordem n  2 é chamada determinante
Agora, aplicamos o teorema de Laplace na 1ª coluna: de Vandermonde ou determinante das potências se, e somente se,
na 1ª linha (coluna) os elementos forem todos iguais a 1; na 2ª,
1 2 1  1 2 1 
detA=1.(-1)1+1. 7 7 4 = 7 7 4  números quaisquer; na 3ª, os seus quadrados; na 4ª, os seus cubos
    e assim sucessivamente.
  2  3 0   2  3 0
Exemplos
Aplicamos a regra de Sarrus, 1º) Determinante de Vandermonde de ordem 3
1 1 1
a b c
a2 b2 c2

2º) Determinante de Vandermonde de ordem 4


1 1 1 1
det A=(0-16-21)-(-14+12+0)
detA=0-16-21+14-12-0=-49+14 a b c d
detA=-35 a 2 b 2 c2 d 2
Uma aplicação do Teorema de Laplace a 3 b 3 c3 d 3

Sendo A uma matriz triangular, o seu determinante é o Os elementos da 2ª linha são denominados elementos
produto dos elementos da diagonal principal; podemos verificar característicos.
isso desenvolvendo o determinante de A através da 1ª coluna, se
ela for triangular superior, e através da 1ª linha, se ela for triangular Propriedade
superior, e através da 1ª linha, se ela for triangular inferior. Um determinante de Vandermonde é igual ao produto de
todas as diferenças que se obtêm subtraindo-se de cada um dos
Assim: elementos característicos os elementos precedentes, independente
1ª) A é triangular superior da ordem do determinante.

a11 a12 a13 .... a1n  Exemplo


  
0 a22 a23 ... a 2n  Calcule o determinante:
A= 0 0 a33 ... a3n 
 
... ... ... ... ...   124
 0 0 0 ... a nn  det A  1 4 16
1 7 49
detA=a11.a22.a33. ... .ann

2ª) A é triangular inferior Sabemos que detA=detAt, então:


a11 a12 a13 .... a1n  111
 
A= aa21 aa22 0a
... a 2n  det At  2 4 7
33 ... a3n 
 31 32 1 16 49
detA= ...a ..a...a ....... .a... ... 
 11 22 33 nn 
 ann  Que é um determinante de Vandermonde de ordem 3, então:
a n1 an 2 an3 ...  detA=(4-2).(7-2).(7-4)=2.5.3=30

Didatismo e Conhecimento 64
MATEMÁTICA
Exercícios Portanto, a soma procurada é 15 + 15, ou seja, 30.

1. Escreva a matriz A = (aij)2 x 3 tal que aij = 2i + j. 4) Solução: Como as matrizes são iguais, devemos ter:
a+4=5→a=1
2. Obtenha o valor de x e y sabendo que a matriz A = b² = 4 → b = 2 ou b = -2
é nula.
5) Solução: Como a matriz A é matriz diagonal, devemos ter:
3. Calcule a soma dos elementos da diagonal principal com x + 2 = 0 → x = -2
os elementos da diagonal secundária da matriz . y–1=0→y=1
z – 4 = 0 → z = 4.

4. Calcule o valor a e b, sabendo que = Portanto, x = -2, y = 1 e z = 4.


6) Solução:

Como I2 = , devemos ter x – y = 1 e x + y = 0.


5. Sabendo que a matriz A = é matriz
diagonal, calcule x, y e z. Resolvendo o sistema encontramos x =
7) Solução:
 a a 
6. Sabendo que I2 = calcule x e y. A   11 12 → a = 1 + 1 = 2, a = 1 + 2 = 3, a = 2 +
 a a  11 12 21

7. Escreva a matriz oposta de A = (aij) 2x 2 sabendo que aij = i + j. 1 = 3, a22 = 2 2+1 2 =224. 
8. Escreva a matriz transposta A = (a ) dada por a  2 3   2 3 
ij 3 x 3 ij = i – 2j. Logo, A   e A   
  3 4   
3 4  
9. Dada a matriz A = calcule o valor de a para que
A seja simétrica.
8) Solução:
 a 
10. Calcule A + B sabendo que A = e a12 a13 
 11 
 
B= A   a 21 a22 a 23 
 
Respostas  
a31 a32 a33  
 
1) Solução: Sendo a matriz A do tipo 2 x 3, temos: a11 = 1 – 2 . 1 = -1
 a a12 a13  a12 = 1 – 2 . 2 = -3
A    a13 = 1 – 2 . 3 = -5
11


a a a  a21 = 2 – 2 . 1 = 0
 21 22 23  a22 = 2 – 2 . 2 = -2
a23 = 2 – 2 . 3 = -4
a11 = 2 . 1 + 1 = 3 a31 = 3 – 2 . 1 = 1
a12 = 2 . 1 + 2 = 4 a32 = 3 – 2 . 2 = -1
a13 = 2 . 1 + 3 = 5 a33 = 3 – 2 . 3 = -3
a21 = 2 . 2 + 1 = 5
a22 = 2 . 2 + 2 = 6  1 3 5   1 0 1 
a23 = 2 . 2 + 3 = 7    
Portanto, A =  0 2 4  e At =  3 2 1  .
Portanto, A =    
 1 1 3   
5 4 3 
2) Solução: Como a matriz A é nula, então todos os seus
elementos são nulos. Logo: 9) Solução: A matriz A será simétrica se At = A.

x + 1 = 0 → x = -1
y – 2 = 0 → y = -2 At = .

3) Solução: Os elementos da diagonal principal são 1, 5 e 9;


logo, 1 + 5 + 9 = 15. Então devemos ter → a² = 4
Os elementos da diagonal secundária são 3, 5 e 7; logo,
3 + 5 + 7 = 15. Portanto, a = 2 ou a = -2.

Didatismo e Conhecimento 65
MATEMÁTICA
10) Solução:  - A quadra (5, 2, 7, 4) é solução da equação:
 0x1 - 0x2 + 0x3 + 0x4 = 0 pois:
0.(5) + 0.(2) + 0.(7) + 0.(4) = 0
103   1 1 2 
A  B      Conjunto Solução
 
 2 4 2  
 3 2 5  Chamamos de conjunto solução de uma equação linear o
 1  1 0  1 3  2   0 1 5  conjunto formado por todas as suas soluções.
   
  127 Observação: Em uma equação linear com 2 incógnitas, o
 2  3 4  (2) 2  5 
   conjunto solução pode ser representado graficamente pelos pontos
de uma reta do plano cartesiano.
Sistema Linear Assim, por exemplo, na equação
2x + y = 2
O estudo dos sistemas de equações lineares é de fundamental
importância em Matemática e nas ciências em geral. Você Algumas soluções são (1, 0), (2, -2), (3, -4), (4, -6), (0, 2),
provavelmente já resolveu sistemas do primeiro grau, mais (-1,4), etc.
precisamente aqueles com duas equações e duas incógnitas. Representando todos os pares ordenados que são soluções da
Vamos ampliar esse conhecimento desenvolvendo métodos equação dada, temos:
que permitam resolver, quando possível, sistemas de equações
do primeiro grau com qualquer número de equações e incógnitas.
Esses métodos nos permitirão não só resolver sistemas, mas
também classificá-los quanto ao número de soluções.

Equações Lineares
Equação linear é toda equação do tipo a1x1 + a2x2 + a3x3+...anxn
= b, onde a1, a2, a3,.., an e b são números reais e x1, x2, x3,.., xn são
as incógnitas.
Os números reais a1, a2, a3,.., an são chamados de coeficientes
e b é o termo independente.
Equação Linear Homogênea
Uma equação linear é chamada homogênea quando o seu
Exemplos termo independente for nulo.
- São equações lineares: Exemplo
x1 - 5x2 + 3x3 = 3 2x1 + 3x2 - 4x3 + 5x4 - x5 = 0
2x – y + 2z = 1
0x + 0y + 0z = 2 Observação: Toda equação homogênea admite como solução
0x + 0y + 0z = 0 o conjunto ordenado de “zeros” que chamamos solução nula ou
- Não são equações lineares: solução trivial.
x3-2y+z = 3
(x3 é o impedimento) Exemplo
2x1 – 3x1x2 + x3 = -1 (0, 0, 0) é solução de 3x + y - z – 0
(-3x1x2 é o impedimento)
Equações Lineares Especiais
2x – 3 3 + x = 0 Dada a equação:
1 3 a x + a x +a x +...a x = b, temos:
x2 1 1 2 2 3 3 nn

( 3é o impedimento)
- Se a1 = a2 = a3 =...= na = b = 0, ficamos com:
Oxb2servação: Uma equação é linear quando os expoentes das 0x1 + 0x2 +0x3 +...+0xn, e, neste caso, qualquer seqüências (α1,
incógnitas forem iguais a l e em cada termo da equação existir uma α2, α3,..., αn) será solução da equação dada.
única incógnita. - Se a1 = a2 = a3 =... = an = 0 e b ≠ 0, ficamos com:
0x1 +0x2 + 0x3 +...+0xn= b ≠0, e, neste caso, não existe
Solução de ama Equação Linear seqüências de reais (α , α , α ,...,α ) que seja solução da equação
1 2 3 n
Uma solução de uma equação linear a x1+al x +a 2 2
x +...a
3 3
x n n dada.
= b, é um conjunto ordenado de números reais α 1, α2, α3,..., αn
para o qual a sentença a1{α1) + a2{αa2) + a3(α3) +... + an(αn) = b é Sistema Linear 2 x 2
verdadeira. Chamamos de sistema linear 2 x 2 o conjunto de equações
lineares a duas incógnitas, consideradas simultaneamente.
Exemplos Todo sistema linear 2 x 2 admite a forma geral abaixo:
- A terna (2, 3, 1) é solução da equação:
x1 – 2x2 + 3x3 = -1 pois: a1x  b1 y  c1

(2) – 2.((3) + 3.(1) = -1 a2  b2 y  c2

Didatismo e Conhecimento 66
MATEMÁTICA
Um par (α1, α2) é solução do sistema linear 2 x 2 se, e somente Note que multiplicando-se a equação (I) por (-2) obtemos a
se, for solução das duas equações do sistema. equação (II).
Resolvendo o sistema pelo método da substituição temos:
Exemplo 8  2x
(3, 4) é solução do sistema Da equação (I), obtemos y = , que substituímos na
x  y  1
 equação (II). 3
2x  y  10  8  2x 
 
-4 x-6 .  =-16 →-4x-2(8-2x)=-16
 3  
pois é solução de suas 2 equações: -4x-16+4x=-16→-16=-16
(3)-(4) = -l e 2.(3) + (4) = 10 - 16= -16 é uma igualdade verdadeira e existem infinitos pares
ordenados que são soluções do sistema.
Resolução de um Sistema 2 x 2
5   8
Resolver um sistema linear 2 x 2 significa obter o conjunto  ,1 0,  são
solução do sistema. Entre outros, (1, 2), (4, 0), 2 e 3 
soluções do
    8  2
sistema.  
Os dois métodos mais utilizados para a resolução de um Sendo a, um número real qualquer, dizemos que  , 
sistema linear 2x2 são o método da substituição e o método da  
é solução do sistema. 3
adição.

(Obtemos 8  2 substituindo x =α na equação (I)).
Para exemplificar, vamos resolver o sistema 2 x 2 abaixo
usando os dois métodos citados.
3
2x + 3y = 8 Sistema Linear 2 x 2 com nenhuma solução

x - y = -1
Quando duas equações lineares têm os mesmos coeficientes,
1. Método da Substituição: porém os termos independentes são diferentes, dizemos que não
existe solução comum para as duas equações, pois substituindo uma
2x + 3y = 8 (I)
 na outra, obtemos uma igualdade sempre falsa.
x - y = -1 (II)
Exemplo
Da equação (II), obtemos x = y -1, que substituímos na 2x+3y=6(I) e 2x+3y=5(II)
equação (I)
2(y- 1) +3y = 8  5y = 10  y = 2 Substituindo 2x+3y da equação (I) na equação (II) obtemos:
6=5 que é uma igualdade falsa. Se num sistema 2x2 existir
Fazendo y = 2 na equação (I), por exemplo, obtemos: um número real que, multiplicado por uma das equações, resulta
Assim: S = {(1,2)} uma equação com os mesmos coeficientes da outra equação do
sistema, porém com termos independentes diferentes, dizemos
2. Método da Adição: que não existe par ordenado que seja solução do sistema.
2x + 3y = 8 (I)

x - y = -1 (II) Exemplo

Multiplicamos a equação II por 3 e a adicionamos, membro a
membro, com a equação I. x  2 y  5(I )

 2x  3y  8 2x  4 y  7(II )

 3x  3y  3

5x  5  x  5 1 Multiplicando-se equação (I) por 2 obtemos:
 5 2x+4y=10
Fazendo x = 1 na equação (I), por exemplo, obtemos:
Assim: S = {(1,2)} Que tem os mesmo coeficientes da equação (II), porém os
termos independentes são diferentes.
Sistema Linear 2 x 2 com infinitas soluções Se tentarmos resolver o sistema dado pelo método de
substituição, obtemos uma igualdade que é sempre falsa,
Quando uma equação de um sistema linear 2 x 2 puder ser independente das incógnitas.
obtida multiplicando-se a outra por um número real, ao tentarmos x  2 y  5(I )

resolver esse sistema, chegamos numa igualdade que é sempre 2x  4 y  7(II )
verdadeira, independente das incógnitas. Nesse caso, existem  5  x 
y
infinitos pares ordenados que são soluções do sistema. Da equação (I), obtemos ,   que substituímos na
 2 
equação (II) 
Exemplo
 5  x 

2x  3y  8(I )

 2x- 4.   =7→2x+2(5-x)=7
4 x  6y  16(II )  2 

Didatismo e Conhecimento 67
 2x+10-2x=7→10=7

MATEMÁTICA

Didatismo e Conhecimento 68
MATEMÁTICA
10=7 é uma igualdade falsa e não existe par ordenado que seja
a a12 a13 a1n 
solução do sistema.
 11 
Classificação  a 
a
 21 a 22 a 23 2n 
De acordo com o número de soluções, um sistema linear 2x2  
pode ser classificado em: A  a31 a32 a33 a3n 
- Sistema Impossíveis ou Incompatíveis: são os sistemas que  
..................................... 
não possuem solução alguma.  
- Sistemas Possíveis ou compatíveis: são os sistemas que am1 am 2 am3 amn 
apresentam pelo menos uma solução.  
- Sistemas Possíveis Determinados: se possuem uma única
Exemplo
solução.
- Sistemas Possíveis Indeterminados: se possuem infinitas
soluções. No sistema:
 
Sistema Linear m x n x  y  2z  1

x 
Chamamos de sistema linear M x n ao conjunto de m equações z0
a n incógnitas, consideradas simultaneamente, que podem ser 
escrito na forma:  x  y  5

a11x1  a12x2  a13x3  ...  a1nxn  b1
 A matriz incompleta é:
a21x1  a22 x2  a23 x3  ...  a2nxn  b2

a31x1  a32 x2  a33 x3  ...  a3nxn  b3
.........................................................  
  1 1 2 

a m1 x1  am 2 x2  am3 x3  ...  a mn xn  bm  
 A   1 0 1 
 
 
Onde:
X , x , x ,…,x são as incógnitas; 1 1 0
1 2 3 n

 
aij, com 1 ≤ i ≤ m e 1 ≤ n, são os coeficientes das incógnitas;
bi, com 1 ≤ i ≤ m, são os termos independentes.

Exemplos Forma Matricial


1.
x  2 y  3z  5 Consideremos o sistema linear M x n:

x  y  z  2 a11x1  a12 x2  a13 x3  a1nxn  b1
(sistema 2 x 3) 
a21x1  a22 x2  a23 x3  a2nxn  b2
2.  31x1  a32 x2  a33 x3  a x  b
x1  3x2  2x3  x4  0 ........................................................
a 3n n 3

 
 1 x  2x2  3x3  x4  2 a x  a x  a x  a x  b
x  x  x
1 2 3
 x4  5  m1 1 m22 m3 3 mn n m

(sistema 3 x 4) Sendo A a Matriz incompleta do sistema chamamos,


3. respectivamente, as matrizes
x  2 y  1
xy4  x1  b1 

 x  
2x  3y  0  2 b2 

 

 
X  x3 eB  b3 
(sistema 3 x 2)
 
 
Matriz Incompleta
Chamamos de matriz incompleta do sistema linear a matriz    
x
formada pelos coeficientes das incógnitas.  n  bm 

Didatismo e Conhecimento 69
MATEMÁTICA
de matriz incógnita e matriz termos independentes. 2º) Resolver o sistema pelo método da substituição:
E dizemos que a forma matricial do sistema é A.X=B, ou seja:
a11 a12 a13 a1n  x
  3y  z  1 (I )
    y  2z  10 (II )
  x1  b1  

  x  b  3z  12 (III )
a2n  
 a 21 a 22 a 23  2   2 
  x3  b3  Resolução
 31
a a 32 a 33 a 3n      Isolando a incógnita x na equação (I) e substituindo nas
      equações (II) e (III), temos:
...................................   
x
  x + 2y – z = -1 → x = -2y + z - 1
  n bm  
a m1 a m2 a m3
a mn  Na equação (II)
  2(-2y + z - 1) – y + z = 5 →5y + 3z = 7 (IV)

Sistemas Lineares – Escalonamento (I) Na equação (III)


Resolução de um Sistema por Substituição (-2y + z - 1) + 3y - 2z = -4 → y – z = -3 (V)

Resolvemos um sistema linear m x n por substituição, do Tomando agora o sistema formado pelas equações (IV) e (V):
mesmo modo que fazemos num sistema linear 2 x 2. Assim,
5y  3z  7 (IV )
observemos os exemplos a seguir. 
 y  z  3 (V )

Exemplos
- Resolver o sistema pelo método da substituição. Isolando a incógnita y na equação (V) e substituindo na
x  2 y  z  1 (I ) equação (IV), temos:

 y – z = -3 → y = z - 3
2x  y  z  5 (II ) -5(z - 3) + 3z = 7 → z = 4

 x  3y  2z  4(III )
 Substituindo z = 4 na equação (V)
y – 4 = -3 → y = 1
Resolução
Isolando a incógnita x na equação (I) e substituindo nas Substituindo y = 1 e z = 4 na equação (I)
equações (II) e (III), temos: x + 2(1) - (4) = -1 → x = 1
x + 2y – z - 1→ x = -2y + z - 1
Na equação (II) Assim:
S={(1, 1, 4)}
2(-2y + z - 1) – y + z = 5 → -5y + 3z = 7 (IV)
Na equação (III) 2º) Resolver o sistema pelo método da substituição:
(-2y + z - 1) + 3y - 2z = -4 → y – z = -3 (V)
Tomando agora o sistema formado pelas equações (IV) e (V): x  3y  z  1 (I )

5y  3z  7 (IV )  y  2z  10 (II )
 
 y  z  3 (V )  3z  12 (III )

Isolando a incógnita y na equação (V) e substituindo na
equação (IV), temos: Resolução
y – z = -3 → y = z - 3 Na equação (III), obtemos:
-5 (z - 3) + 3z = 7→ z = 4 3z = 12 → z = 4
Substituindo z = 4 na equação (II), obtemos:
y + 2 . 4 = 10 → y = 2
Substituindo z = 4 na equação (V)
Substituindo z = 4 e y = 2 na equação (I), obtemos:
y – 4 = -3 → y = 1
x + 3 . 2 – 4 = 1 → x = -1
Substituindo y = 1 e z = 4 na equação (I)
x + 2 (1) - (4) = -1 →x = 1 Assim:
Assim:
S={(1, 1, 4)} S{(-1, 2, 4)}

Didatismo e Conhecimento 70
MATEMÁTICA
Observação: Podemos observar que a resolução de sistemas Como D ≠ 0, os sistemas deste tipo são possíveis e determinados
pelo método da substituição pode ser demasiadamente longa e e, para obtermos a solução única, partimos da n-ésima equação
trabalhosa, quando os sistemas não apresentam alguma forma que nos dá o valor de xn; por substituição nas equações anteriores,
simplificada como no primeiro exemplo. No entanto, quando obtemos sucessivamente os valores de xn-1,xn-2,…,x3,x2 e x1.
o sistema apresenta a forma simples do segundo exemplo, que
denominamos “forma escalonada”, a resolução pelo método da Exemplo
substituição é rápida e fácil.
Veremos, a seguir, como transformar um sistema linear m x Resolver o sistema:
n qualquer em um sistema equivalente na “forma escalonada”.
2x  y  z  t  5(I )
Sistemas Lineares Escalonados 
Dizemos que um sistema linear é um sistema escalonado  y  z  3t  9(II )
quando: 
2z  t  0(III )
- Em cada equação existe pelo menos um coeficiente não- 
nulo;  3t  6(IV )
- O número de coeficiente nulos, antes do primeiro coeficiente

não-nulo, cresce “da esquerda para a direita, de equação para Resolução
equação”.
Na equação (IV), temos:
Exemplos 3t = 6 → t = 2
Substituindo t = 2 na equação (III), temos:
2x  y  z  3 2z – 2 = 0 → z = 1
1º)  Substituindo t = 2 e z = 1 na equação (II), temos:
2 y  3z  2
 y + 1 +3 . 2 = 9 → y = 2
 Substituindo t = 2, z = 1 e y = 2, na equação (I), temos:
2x + 2 – 1 + 2 = 5 → x = 1
2º) x  2 y  3z  4

Assim:
 y  2z  3
S {(1, 2, 1, 2)}

 z 1
 Tipo: número de equações menor que o número de incógnitas.
3º)  x  y  z  t  5 Para resolvermos os sistemas lineares deste tipo, devemos
yt 2 transformá-los em sistemas do 1º tipo, do seguinte modo:

- As incógnitas que não aparecem no inicio de nenhuma
 2x1  3x2  x3  x4  1 das equações do sistema, chamadas variáveis livres, devem ser


“passadas” para os segundos membros das equações. Obtemos,
4º)  x2  x3  x4  0 assim, um sistema em que consideramos incógnitas apenas as
 equações que “sobraram” nos primeiros membros.
 3x4  5
 - Atribuímos às variáveis livres valores literais, na verdade
“valores variáveis”, e resolvemos o sistema por substituição.
Existem dois tipos de sistemas escalonados:
Tipo: número de equações igual ao número de incógnitas. Exemplo
a11x1  a12 x2  a13 x3 a1nxn  b1

 a22 x2  a23 x3  a2nxn  b2 Resolver o sistema:
  x  y  2z  1
 2yz2
 a33 x33  a3nx n  b3
 
................................................... Resolução

 annxn  bn
 A variável z é uma “variável livre” no sistema.
Notamos que os sistemas deste tipo podem ser analisados Então:
pelo método de Cramer, pois são sistemas n x n. Assim, sendo D o  x  y  1 2z
determinante da matriz dos coeficientes (incompleta), temos:  2y2z

a11a12a13a1n
Fazendo z = α, temos:
0 a22a23 a2n
 x  y  1  2
D00 a33 a3n  D  a11.a22.a33..ann  0 
 2y  2  

................. 2  
0 0 0ann
2y  2    y 
2

Didatismo e Conhecimento 71
MATEMÁTICA
Exemplo
Substituindo y =
2   na 1ª equação, temos:
2
2
x  1  2 x  2 y  3  x  2 y  3
2 (S )  ~ (S1)
3x  y  1 6x  2 y  3

Agora para continuar fazemos o mmc de 2, e teremos:
Multiplicamos a 2ª equação de S por 2, para obtermos S1.
2x + 2α = 2(1-2α) - Adicionar a uma equação uma outra equação do sistema,
2x + 2α = 2 - 4α previamente multiplicada por um número real não-nulo.
4α + 2x + 2 + α - 2 = 0
5α + 2x = 0 Exemplo
2x = -5α
x = 5 x  3y  5  x  3y  5
2 (S )   ~ (S1)
2x  y  3 
 5 y  7
Assim:
 5  2     Multiplicamos a 1ª equação do S por -2 e a adicionamos à 2ª
S   , , , R 
 2  equação para obtermos s1.
2 
 Para transformarmos um sistema linear (S) em outro,
Observações: Para cada valor real atribuído a α, encontramos equivalente e escalonado (S1), seguimos os seguintes passos.
uma solução do sistema, o que permite concluir que o sistema é
possível e indeterminado. - Usando os recursos das três primeiras transformações
elementares, devemos obter um sistema em que a 1ª equação tem
- A quantidade de variáveis livres que um sistema apresenta a 1ª incógnita com o coeficiente igual a 1.
é chamada de grau de liberdade ou grau de indeterminação do - Usando a quarta transformação elementar, devemos “zerar”
sistema. todos os coeficientes da 1ª incógnita em todas as equações restantes.
Sistema Lineares – Escalonamento (II) - “Abandonamos”a 1ª equação e repetimos os dois primeiros
passos com as equações restantes, e assim por diante, até a
Escalonamento de um Sistema penúltima equação do sistema.
Exemplos
Todo sistema linear possível pode ser transformado num
sistema linear escalonado equivalente, através das transformações 1º) Escalonar e classificar o sistema:
elementares a seguir.
- Trocar a ordem em que as equações aparecem no sistema.
2x  y  z  5

Exemplo 3x  y2z  2
x  2 y  z  1

x  3y  2 2x  y  5
(S )  ~ (S )
 1
2x  y  5 x  3y  2
 Resolução

- Inverter a ordem em que as incógnitas aparecem nas


equações. x  2y  z  1  x  2y  z  1 x  2y  z  1
  
3x  y  2z  2 ~ 3x  y  2z  2  3 ~ 
7y  z  5
2x  y  z  5  
Exemplo
  2x  y  z  5  2 3y  3z  3 :  3

  x  2y  z  1 x  2y  z  1
x  2 y  z  5 2 y  z  x  5 x  2y  z  1
  
  ~  y  z  1 ~  y  z  1
(S )   x  2z  1 ~ (S1 ) 2z  x  1
 7y  z  5
 y  z  1 7y  z  5  7   6z  12
  
   
3x  5 3x  5
 

O sistema obtido está escalonado e é do 1º tipo (nº de equações
- Multiplicar (ou dividir) uma equação por um número real igual ao nº de incógnitas), portanto, é um sistema possível e
não-nulo. determinado.

Didatismo e Conhecimento 72
MATEMÁTICA
2º) Escalonar e classificar o sistema: nº de equações igual ao nº de incógnitas (possível e determinado),
ou então o nº de equações será menor que o nº de incógnitas
(possível e indeterminado).
3x  y  z  3 Este tratamento dado a um sistema linear para a sua resolução

2x  y  3z  5 é chamado de método de eliminação de Gauss.
8x  y  z  11
 Sistemas Lineares – Discussão (I)

Resolução Discutir um sistema linear é determinar; quando ele é:


- Possível e determinado (solução única);
- Possível e indeterminado (infinitas soluções);
- Impossível (nenhuma solução), em função de um ou mais
parâmetros presentes no sistema.
Estudaremos as técnicas de discussão de sistemas com o
auxilio de exemplos.

Sistemas com Número de Equações Igual ao Número de


Incógnitas
O sistema obtido está escalonado e é do 2º tipo (nº de equações
menor que o nº de incógnitas), portanto, é um sistema possível e Quando o sistema linear apresenta nº de equações igual ao nº
indeterminado. de incógnitas, para discutirmos o sistema, inicialmente calculamos
o determinante D da matriz dos coeficientes (incompleta), e:
(*) A terceira equação foi eliminada do sistema, visto que ela 1º) Se D ≠ 0, o sistema é possível e determinado.
é equivalente à segunda equação. Se nós não tivéssemos percebido 2º) Se D = 0, o sistema é possível e indeterminado ou
essa equivalência, no passo seguinte obteríamos na terceira impossível.
equação: 0x+0z=0, que é uma equação satisfeita para todos os Para identificarmos se o sistema é possível, indeterminado ou
valores reais de x e z. impossível, devemos conseguir um sistema escalonado equivalente
pelo método de eliminação de Gauss.
3º) Escalonar e classificar o sistema:
Exemplos
 01 – Discutir, em função de a, o sistema:
 2x  5 y  z  5 x  3y  5

x2yz3

2x  ay  1

4x  9 y  z  8
Resolução
Resolução
1 3
D  a 6
2 a

D0a60a6

Assim, para a≠6, o sistema é possível e determinado.


Para a≠6, temos:
 x  3y  5 
2x  6 y  1 x  3y  5
~ 
 2
 0x  0 y  9
que é um sistema impossível.
O sistema obtido é impossível, pois a terceira equação nunca
será verificada para valores reais de y e z. Assim, temos:
a≠6 → SPD (Sistema possível e determinado)
Observação a=6 → SI (Sistema impossível)
02 – Discutir, em função de a, o sistema:
Dado um sistema linear, sempre podemos “tentar” o seu
escalonamento. Caso ele seja impossível, isto ficará evidente pela x  y  z  1

presença de uma equação que não é satisfeita por valores reais 2x  3y  az  3
(exemplo: 0x + 0y = 3). No entanto, se o sistema é possível, nós  x  ay  3z  2
sempre conseguimos um sistema escalonado equivalente, que terá 

Didatismo e Conhecimento 73
MATEMÁTICA
Resolução Se –K+k2≠0, ou seja, k≠0 ou k≠1, o sistema é impossível.

Para m=-1, temos:


111

D2 3 1  9  a  2a  3  6  a 2

1 a 3
Se k2+k=0, ou seja, k=0 k=-1, o sistema é possível e
D=0 → -a2-a+6=0 → a=-3 ou a=2 indeterminado.

Assim, para a≠-3 e a≠2, o sistema é possível e determinado. Se k2+k≠0, ou seja, k≠0 k≠-1, o sistema é indeterminado.

Para a=-3, temos: Assim, temos:



m  1 e k  0 ou k  1 

 
 SPI
xyz1  
 x  y  z  1 x  y  z  1 ou
 
m  1 e k  0 ou k  1

2x  3y  3z  3  2 ~ y  z  1 ~yz1
   
 x  3y  3z  2  1  4 y  4z  1  4 yz5
m  1 e k  0 ou k  1 
sistema impossível

  


Para a=2, temos: ou   SI
m  1 e k  0 ou k  1 

 
 x  y  z  1 x  y  z  1 x  y  z  1 Sistemas com Número de Equações Diferente do Número
  
 x y z   y  
2 323  2 ~  4z 1 ~  y  4z  1
  

sistema possível in det er min ado de Incógnitas
 x  2 y  3z  2  y  4z  1
 1
 
 Quando o sistema linear apresenta número de equações dife-
Assim, temos: rente do número de incógnitas, para discuti-lo, devemos obter um
sistema escalonado equivalente pelo método de eliminar de Gauss.
a≠-3 e a ≠ 2 →SPD
a=-3 → SI Exemplos
a=2 → SPI 01 – Discutir, em função de m, o sistema:

03 – Discutir, em função de m e k, o sistema: x  y  3



2x  3y  8
mx  y  k
  x  my  3

 x  my  k
2

Resolução
Resolução
m 1 xy3
D  m2  1 
1 m  2z  3y  8  2 ~

 x  my  3  1
D=0 → m2-1=0→ m=+1 ou m=-1 
 x  y 3 x  y  3
Assim, para m≠+1 e m≠-1, o sistema é possível e determinado.  
Para m=1, temos: ~  y  2 ~ y  2
  
 x y K  x  y  K (1  m)y  0  1  m 0y  2  2m


 ~ 
xyK2  1 2+2m=0→m=-1


 0x  0 y  K  K
2

Assim, temos:
Se –k + k2=0, ou seja, k=0 ou k=1, o sistema é possível e m≠-1→ SI
indeterminado. m=-1→ SPD

Didatismo e Conhecimento 74
MATEMÁTICA
02 – Discutir, em função de k, o sistema: Vejamos alguns exemplos:

 x  2y  z  5 01 – Classifique e resolva o sistema:



2x  5y  3z  12 3x  y  z  0
 
3x  7y  2z  17 x  5 y  z  0
 5x  12y  kz  2 
 9 x  2 y  z  0

Resolução: Resolução

3 11
D  1 5  1  12
1 21
Como D≠0, o sistema é possível e determinado admitindo só
a solução trivial, logo:

02 – Classifique e resolva o sistema:

a  b  2c  0

a  3b  2c  0
2a  b  c  0
Assim, para k  R , o sistema é possível e determinado. 
Resolução
Sistemas Lineares – Discussão (II)
Sistema Linear Homogêneo 1 1 2
Já sabemos que sistema linear homogêneo é todo sistema
cujas equações têm todos os termos independentes iguais a zero. D1320
São homogêneos os sistemas: 21 1

3x  4 y  0 Como D=0, o sistema homogêneo é indeterminado.


01 
x  2 y  0
Fazendo o escalonamento temos:

a  b  2c  0 a  b  2c  0 a  b  2c  0
x  2 y  2z  0  
a  3b  2c  0
 ~ 0  4b  4c  0 ~ 0  b  4c  0
  0  0  0  0
02 3x  y  z  0 2a  b  c  0 3b  3c  0 
 
  

0

5x  3y  7z  0 Teremos, então:

a  b  2c  0
Observe que a dupla (0,0) é solução do sistema 01 e a terna 
b  c 0
(0,0,0) é solução do sistema 02. 
Todo sistema linear homogêneo admite como solução uma
seqüência de zero, chamada solução nula ou solução trivial. Fazendo c=t, teremos:
Observamos também que todo sistema homogênea é sempre =-c→b=-t
possível podendo, eventualmente, apresentar outras soluções além a-t+2t=0→a=-t
da solução trivial, que são chamadas soluções próprias.
Portanto:
Discussão e Resolução S  t, t,t ,t R

Lembre-se que: todo sistema linear homogêneo tem ao Note que variando t obteremos várias soluções, inclusive a
menos a solução trivial, portanto será sempre possível. trivial para t=0.

Didatismo e Conhecimento 75
MATEMÁTICA
03 – Determine K de modo que o sistema abaixo tenha solução 9. Resolva o seguinte sistema usando a regra de Cramer:
diferente da trivial. x + 3y - 2z = 3
2x - y + z = 12
x  y  z  0
 4x + 3y - 5z = 6
x  ky  z  0 2x  y  7
10. Resolver o sistema .
 kx  y  z  0 

x  5 y  2
Resolução
O sistema é homogêneo e, para apresentar soluções diferentes Respostas
da trivial, devemos ter D=0
1 1 1 1) Resposta “S= {(1, 2)}”.
Solução: Calculemos inicialmente D, Dx e Dy:
D  1k 1  k 2  2k  1  (k  1)2  0  k  1
2 3
k11 D  4  9  13
3 2
Resposta: k=-1
8 3
Exercícios Dx   16  3  13
1 2
2x  3y  8
1. Resolver e classificar o sistema:

3x  2 y  1 2 8
Dy   2  24  26
3 1
2. Determinar m real, para que o sistema seja possível e
determinado: 2x  3y  5
 Como D =-13 ≠ 0, o sistema é possível e determinado e:
x  my  2 3x  y  z  5

3. Resolver e classificar o sistema: x  3y  7 Dy
Dx
2x  y  2z  4 x  13 y 26
 1  2
D 13 e D 13
4. Determinar m real para que o sistema seja possível e
determinado. x  2y  z  5 Assim: S= {(1, 2)} e o sistema são possíveis e determinados.

2x  y  2z  5 2) Resposta “ m  R / m   ”.
3
 3x  y  mz  0  
  2 

5. Se o terno ordenado (2, 5, p) é solução da equação linear Solução: Segundo a regra de Cramer, devemos ter D ≠ 0, em
6x - 7y + 2z = 5, qual o valor de p? que:
6. Escreva a solução genérica para a equação linear 5x - 2y
+ z = 14, sabendo que o terno ordenado ( , , ) é solução. 2 3
D  2m  3
7. Determine o valor de m de modo que o sistema de 1 m
equações abaixo,
2x - my = 10 3
Assim: 2m -3 ≠ 0 → m ≠
3x + 5y = 8, seja impossível.
2
8. Se os sistemas: Então, os valores reais de m, para que o sistema seja possível
S:x+y=1 e S : ax – by = 5 e determinado, são dados pelos elementos do conjunto:
1 2
X – 2y = -5 ay – bx = -1
São equivalentes, então o valor de a2 + b2 é igual a: 
a) 1 m R / m  3 

 2
b) 4 
c) 5
d) 9
e) 10

Didatismo e Conhecimento 76
MATEMÁTICA
3) Resposta “ S = {(1, 2, 4)}”. Daí vem imediatamente que 2p = 28 e, portanto, p = 14.
Solução: Calculemos inicialmente D, Dx, Dy e Dz
6) Solução:
Podemos escrever: 5 α- 2 β + γ = 14. Daí, tiramos: γ = 14 - 5
α + 2 β. Portanto, a solução genérica será o terno ordenado (α,β,
14 - 5 α + 2 β).
Observe que se arbitrando os valores para α e β, a terceira
variável ficará determinada em função desses valores.
Por exemplo, fazendo-se α = 1, β= 3, teremos:
γ = 14 - 5 α+ 2 β = 14 – 5 . 1 + 2 . 3 = 15,
ou seja, o terno (1, 3, 15) é solução, e assim, sucessivamente.

Verificamos, pois que existem infinitas soluções para a equa-


ção linear dada, sendo o terno ordenado (α, β, 14 - 5 α + 2β) a
solução genérica.

7) Solução:
Teremos, expressando x em função de m, na primeira equa-
ção:
x = (10 + my) / 2

Substituindo o valor de x na segunda equação, vem:


3[(10+my) / 2] + 5y = 8

Multiplicando ambos os membros por 2, desenvolvendo e


simplificando, vem:
Como D= -25 ≠ 0, o sistema é possível e determinado e:
3(10+my) + 10y = 16
30 + 3my + 10y = 16
Dx 25 Dy 50 D 100
x   1; y    2; z  z  4 (3m + 10)y = -14
y = -14 / (3m + 10)
D 25 D 25 D 25
Ora, para que não exista o valor de y e, em consequência não
Assim: S = {(1, 2, 4)} e o sistema são possíveis e determinados.
exista o valor de x, deveremos ter o denominador igual a zero, já
4) Resposta “ 
m R / m  3 que , como sabemos, não existe divisão por zero.
”. Portanto, 3m + 10 = 0, de onde se conclui m = -10/3, para que
o sistema seja impossível, ou seja, não possua solução.
Solução: Segundo a regra de Cramer, devemos ter D ≠ 0.
Assim: 8) Resposta “E”.
Solução: Como os sistemas são equivalentes, eles possuem a
121 mesma solução. Vamos resolver o sistema:
S1: x + y = 1
D  2  1 2  m  12  2  3  2  4m x - 2y = -5
3 1 m
Subtraindo membro a membro, vem: x - x + y - (-2y) = 1 - (-5).
Logo, 3y = 6 \ y = 2.
D = -5m + 15 Portanto, como x + y = 1, vem, substituindo: x + 2 = 1 \ x = -1.
O conjunto solução é, portanto S = {(-1, 2)}.
Assim: -5m + 15 ≠ 0 → m ≠ 3
Então, os valores reais de m, para que o sistema seja possível e Como os sistemas são equivalentes, a solução acima é tam-
determinado, são dados pelos elementos do conjunto: bém solução do sistema S2.
Logo, substituindo em S2 os valores de x e y encontrados para
m R / m  3 o sistema S1, vem:

5) Resposta “14”. a(-1) - b(2) = 5 → - a - 2b = 5


Solução: a(2) - b (-1) = -1 → 2 a + b = -1
Teremos por simples substituição, observando que x = 2, y =
5 e z = p, 6 . 2 – 7 . 5 + 2 . p = 5. Multiplicando ambos os membros da primeira equação por
2, fica:
Logo, 12 - 35 + 2p = 5. -2 a - 4b = 10

Didatismo e Conhecimento 77
MATEMÁTICA
Somando membro a membro esta equação obtida com a se-
gunda equação, fica: FUNÇÕES: NOÇÃO DE FUNÇÃO.
-3b = 9 \ b = - 3
Substituindo o valor encontrado para b na equação em ver- GRÁFICOS. FUNÇÕES CRESCENTES E
melho acima (poderia ser também na outra equação em azul), te- DECRESCENTES. FUNÇÕES INJETORAS,
remos: SOBREJETORAS E BIJETORAS. FUNÇÃO
COMPOSTA E FUNÇÃO INVERSA.
2 a + (-3) = -1 \ a = 1. FUNÇÕES LINEARES, AFINS E
Portanto, a2 + b2 = 12 + (-3)2 = 1 + 9 = 10.
QUADRÁTICAS. FUNÇÕES
9) Resposta “S = {(5, 2, 4)}”. EXPONENCIAIS E LOGARÍTMICAS.
Solução: Teremos:

1 3 2
  2 1 1  24
4 3 5

1 3 2
x1  12 1 1  120
6 3 5

1 3 3
x3  2 1 12  96
4 3 6

1 3 2
x2  2 12 1  48
4 6 5
Notemos que, para uma relação binária dos conjuntos A e B,
Portanto, pela regra de Cramer, teremos: nesta ordem, representarem uma função é preciso que:
x1 = D x1 / D = 120 / 24 = 5
x2 = D x2 / D = 48 / 24 = 2 - Todo elemento do conjunto A tenha algum correspondente
x3 = D x3 / D = 96 / 24 = 4 (imagem) no conjunto B;
Logo, o conjunto solução do sistema dado é S = {(5, 2, 4)}. - Para cada elemento do conjunto A exista um único
correspondente (imagem) no conjunto B.
10) Solução:
Assim como em relação, usamos para as funções, que são
 
A   2 1  det A  11 relações especiais, a seguinte linguagem:
 1 5 
Domínio: Conjunto dos elementos que possuem imagem.
 7 1 
 det A 1 33
A1  Portanto, todo o conjunto A, ou seja, D = A.
2 5 
Contradomínio: Conjunto dos elementos que se colocam

 2 7  à disposição para serem ou não imagem dos elementos de A.
A2  det A 2 11 Portanto, todo conjunto B, ou seja, CD = B.
1 2 
Conjunto Imagem: Subconjunto do conjunto B formado por
det A1 33 todos os elementos que são imagens dos elementos do conjunto A,
x  3
det A 11 ou seja, no exemplo anterior: Im = {a, b, c}.

det A2 11
y   1 Exemplo
det A 11
Consideremos os conjuntos A = {0, 1, 2, 3, 5} e B = {0, 1, 2,
Resposta: S={(3,-1)} 3, 4, 5, 6, 7, 8}.

Didatismo e Conhecimento 78
MATEMÁTICA
Vamos definir a função f de A em B com f(x) = x + 1. Reconhecemos, graficamente, uma função sobrejetora
Tomamos um elemento do conjunto A, representado por quando, qualquer que seja a reta horizontal que interceptar o eixo
x, substituímos este elemento na sentença f(x), efetuamos as no contradomínio, interceptar, também, pelo menos uma vez o
operações indicadas e o resultado será a imagem do elemento x, gráfico da função.
representada por y.

f: A → B
f(x) é sobrejetora g(x) não é sobrejetora
y = f(x) = x + 1
(não interceptou o gráfico)
Tipos de Função Bijetora: Quando apresentar as características de função
injetora e ao mesmo tempo, de sobrejetora, ou seja, elementos
Injetora: Quando para ela elementos distintos do domínio distintos têm sempre imagens distintas e todos os elementos
apresentam imagens também distintas no contradomínio. do contradomínio são imagens de pelo menos um elemento do
domínio.

Reconhecemos, graficamente, uma função injetora quando,


uma reta horizontal, qualquer que seja interceptar o gráfico da Função crescente: A função f(x), num determinado intervalo,
função, uma única vez. é crescente se, para quaisquer x1 e x2 pertencentes a este intervalo,
com x1<x2, tivermos f(x1)<f(x2).

f(x) é injetora g(x) não é injetora


(interceptou o gráfico mais x1<x2 → f(x1)<f(x2)
de uma vez)
Função decrescente: Função f(x), num determinado intervalo,
é decrescente se, para quaisquer x1 e x2 pertencente a este intervalo,
Sobrejetora: Quando todos os elementos do contradomínio
forem imagens de pelo menos um elemento do domínio. com x1 < x2, tivermos f(x1)>f(x2).

x1<x2 → f(x1)>f(x2)

Didatismo e Conhecimento 79
MATEMÁTICA
Função constante: A função f(x), num determinado intervalo, Exemplo para a > 0
é constante se, para quaisquer x1 < x2, tivermos f(x1) = f(x2). Consideremos f(x) = 2x – 1.

x f(x)
-1 -3
0 -1
1 1
2 3

Gráficos de uma Função


A apresentação de uma função por meio de seu gráfico é muito
importante, não só na Matemática como nos diversos ramos dos
estudos científicos.
Exemplo para a < 0
Exemplo Consideremos f(x) = –x + 1.
Consideremos a função real f(x) = 2x – 1. Vamos construir
uma tabela fornecendo valores para x e, por meio da sentença f(x),
obteremos as imagens y correspondentes. x f(x)
-1 2
0 1
x y = 2x – 1
1 0
–2 –5
2 -1
–1 –3
0 –1
1 1
2 3
3 5

Transportados os pares ordenados para o plano cartesiano,


vamos obter o gráfico correspondente à função f(x).

Consideremos a função f(x) = ax + b com a ≠ 0, em que x0 é a


raiz da função f(x).

a>0 a<0

x>x0⇒f(x)>0 x>x0⇒f(x)<0
x=x0⇒f(x)=0 x=x0⇒f(x)=0
x<x0⇒f(x)<0 x<x0⇒f(x)>0

Didatismo e Conhecimento 80
MATEMÁTICA
Conclusão: O gráfico de uma função do 1º grau é uma reta A função se anula para x = 2.
crescente para a > 0 e uma reta decrescente para a < 0.
b) Quais valores de x tornam positiva a função?
Zeros da Função do 1º grau: y>0
2x – 4 > 0
Chama-se zero ou raiz da função do 1º grau y = ax + b o valor 2x > 4
de x que anula a função, isto é, o valor de x para que y seja igual x> 4
2
à zero.
Assim, para achar o zero da função y = ax + b, basta resolver x>2
a equação ax + b = 0.
A função é positiva para todo x real maior que 2.
Exemplo
c) Quais valores de x tornam negativa a função?
Determinar o zero da função:
y = 2x – 4. y<0
2x – 4 < 0
2x – 4 = 0
2x = 4 2x < 44
x= 4 x<
2
x = 22 x<2
O zero da função y = 2x – 4 é 2. A função é negativa para todo x real menor que 2.

No plano cartesiano, o zero da função do 1º grau é representado Podemos também estudar o sinal da função por meio de seu
pela abscissa do ponto onde a reta corta o eixo x. gráfico:
x y (x,y)
1 -2 (1, -2)
3 2 (3,2)

Observe que a reta y = 2x – 4 intercepta o eixo x no ponto


(2,0), ou seja, no ponto de abscissa 2, que é o zero da função.
Conhecido o zero de uma função do 1º grau e lembrando - Para x = 2 temos y = 0;
a inclinação que a reta pode ter, podemos esboçar o gráfico da - Para x > 2 temos y > 0;
- Para x < 2 temos y < 0.
função.
Relação Binária
Estudo do sinal da função do 1º grau:
Estudar o sinal da função do 1º grau y = ax + b é determinar os
Par Ordenado
valores reais de x para que:
- A função se anule (y = 0);
Quando representamos o conjunto (a, b) ou (b, a) estamos,
- A função seja positiva (y > 0); na verdade, representando o mesmo conjunto. Porém, em alguns
- A função seja negativa (y < 0). casos, é conveniente distinguir a ordem dos elementos.
Para isso, usamos a idéia de par ordenado. A princípio,
Exemplo trataremos o par ordenado como um conceito primitivo e vamos
Estudar o sinal da função y = 2x – 4 (a = 2 > 0). utilizar um exemplo para melhor entendê-lo. Consideremos
a) Qual o valor de x que anula a função? um campeonato de futebol e que desejamos apresentar, de cada
y=0 equipe, o total de pontos ganhos e o saldo de gols. Assim, para uma
2x – 4 = 0 equipe com 12 pontos ganhos e saldo de gols igual a 18, podemos
2x = 4
fazer a indicação (12, 18), já tendo combinado, previamente, que
x = 42 o primeiro número se refere ao número de pontos ganhos, e o
x=2 segundo número, ao saldo de gols.

Didatismo e Conhecimento 81
MATEMÁTICA
Portanto, quando tivermos para outra equipe a informação de
que a sua situação é (2, -8) entenderemos, que esta equipe apresenta
2 pontos ganhos e saldo de gols -8. Note que é importante a ordem
em que se apresenta este par de números, pois a situação (3, 5)
é totalmente diferente da situação (5,3). Fica, assim, estabelecida
a idéia de par ordenado: um par de valores cuja ordem de
apresentação é importante.

Observações: (a, b) = (c, d) se, e somente se, a = c e b = d


(a, b) = (b, a) se, o somente se, a = b

Produto Cartesiano c) Plano cartesiano


Dados dois conjuntos A e B, chamamos de produto cartesiano Apresentamos o produto cartesiano, no plano cartesiano,
A x B ao conjunto de todos os possíveis pares ordenados, de tal quando representamos o 1º conjunto num eixo horizontal, e o
maneira que o 1º elemento pertença ao 1º conjunto (A) e o 2º 2º conjunto num eixo vertical de mesma origem e, por meio de
elemento pertença ao 2º conjunto (B). pontos, marcamos os elementos desses conjuntos. Em cada um dos
pontos que representam os elementos passamos retas (horizontais
A x B= {(x,y) / x ∈ A e y ∈ B} ou verticais). Nos cruzamentos dessas retas, teremos pontos que
estarão representando, no plano cartesiano, cada um dos pares
Quando o produto cartesiano for efetuado entre o conjunto ordenados do conjunto A cartesiano B (B x A).
A e o conjunto A, podemos representar A x A = A2. Vejamos, por
meio de o exemplo a seguir, as formas de apresentação do produto
cartesiano.

Exemplo

Sejam A = {1, 4, 9} e B = {2, 3}. Podemos efetuar o produto


cartesiano A x B, também chamado A cartesiano B, e apresentá-lo
de várias formas.

a) Listagem dos elementos


Apresentamos o produto cartesiano por meio da listagem,
quando escrevemos todos os pares ordenados que constituam o
conjunto. Assim, no exemplo dado, teremos:
A e B = {(1, 2),(1, 3),(4, 2),(4, 3),(9, 2),(9, 3)}
Domínio de uma Função Real
Vamos aproveitar os mesmo conjuntos A e B e efetuar o Para uma função de R em R, ou seja, com elementos no
produto B e A (B cartesiano A): B x A = {(2, 1),(2, 4),(2, 9),(3, conjunto dos números reais e imagens também no conjunto dos
1),(3, 4),(3, 9)}. números reais, será necessária, apenas, a apresentação da sentença
que faz a “ligação” entre o elemento e a sua imagem.
Observando A x B e B x A, podemos notar que o produto Porém, para algumas sentenças, alguns valores reais não
cartesiano não tem o privilégio da propriedade comutativa, ou seja, apresentam imagem real.
A x B é diferente de B x A. Só teremos a igualdade A x B = B x A Por exemplo, na função f(x) = √(x-1) , o número real 0 não
quando A e B forem conjuntos iguais. apresenta imagem real e, portanto, f(x) características de função,
Observação: Considerando que para cada elemento do precisamos limitar o conjunto de partida, eliminando do conjunto
conjunto A o número de pares ordenados obtidos é igual ao número dos números reais os elementos que, para essa sentença, não
de elementos do conjunto B, teremos: n(A x B) = n(A) x n(B). apresentam imagem. Nesse caso, bastaria estabelecermos como
domínio da função f(x) o conjunto D = {x∈R/x ≥ 1}.
b) Diagrama de flechas Para determinarmos o domínio de uma função, portanto, basta
Apresentamos o produto cartesiano por meio do diagrama garantirmos que as operações indicadas na sentença são possíveis
de flechas, quando representamos cada um dos conjuntos no de serem executadas. Dessa forma, apenas algumas situações nos
causam preocupação e elas serão estudadas a seguir.
diagrama de Euler-Venn, e os pares ordenados por “flechas” que
partem do 1º elemento do par ordenado (no 1º conjunto) e chegam 2n
f(x)≥(n∈N*)
ao 2º elemento do par ordenado (no 2º conjunto). 1ª y= √f(x)
Considerando os conjuntos A e B do nosso exemplo, o produto 2ª y= 1 ⇒ f(x)≠0
cartesiano A x B fica assim representado no diagrama de flechas: f(x(

Didatismo e Conhecimento 82
MATEMÁTICA
Vejamos alguns exemplos de determinação de domínio de 4. Sejam f e g funções definidas em R por f(x)=2x-1 e
uma função real. g(x)=x-3. O valor de g(f(3)) é:
a) -1
Exemplos b) 1
Determine o domínio das seguintes funções reais. c) 2
d) 3
- f(x)=3x2 + 7x – 8 e) 4
D=R
5. Numa loja, o salário fixo mensal de um vendedor é 500
- f(x)=√x+7 reais. Além disso, ele recebe de comissão 50 reais por produto
x – 7 ≥ 0→ x ≥ 7 vendido.
D = {x∈R/x ≥ 7} a) Escreva uma equação que expresse o ganho mensal y
desse vendedor, em função do número x de produto vendido.
3
- f(x)= √x+1 b) Quanto ele ganhará no final do mês se vendeu 4 pro-
D=R dutos?
c) Quantos produtos ele vendeu se no final do mês recebeu
Observação: Devemos notar que, para raiz de índice impar, 1000 reais?
o radicando pode assumir qualquer valor real, inclusive o valor
6. Considere a função dada pela equação y = x + 1, deter-
negativo.
mine a raiz desta função.
3
- f(x)=
√x+8 7. Determine a raiz da função y = - x + 1 e esboce o gráfico.
x + 8 > 0 → x > -8
8. Determine o intervalo das seguintes funções para que
D = {x∈R/x > -8}
f(x) > 0 e f(x) < 0.
- f(x)= √x+5 a) y = f(x) = x + 1
x-8 b) y = f(x) = -x + 1
x–5≥0→x≥5
9. Determine o conjunto imagem da função:
x–8≥0→x≠8
D(f) = {1, 2, 3}
D = {x∈R/x ≥ 5 e x ≠ 8}
y = f(x) = x + 1
Exercícios
10. Determine o conjunto imagem da função:
D(f) = {1, 3, 5}
1. Determine o domínio das funções reais apresentadas y = f(x) = x²
abaixo.
a) f(x) = 3x2 + 7x – 8 Respostas
3
b) f(x)=
3x-6 1) Solução:
a) D = R
c) f(x)= √x+2
3
b) 3x – 6 ≠ 0
d) f(x)= √2x+1 x≠2
D = R –{2}
e) f(x)= 4x
√7x+5 c) x + 2 ≥ 0
x ≥ -2
2. Um número mais a sua metade é igual a 150. Qual é esse D = {x ∈ R/ x ≥ -2}
número?
d) D = R
3. Considere a função f, de domínio N, definida por f(1) = 4 Devemos observar que o radicando deve ser maior ou igual a
e f(x+1) = 3f(x)-2. O valor de f(0) é: zero para raízes de índice par.
a) 0
b) 1 e) Temos uma raiz de índice par no denominado, assim:
c) 2 7x + 5 > 0
d) 3 x > - 7/5
e) 4 D = {x ∈ R/ x > -5/7}.

Didatismo e Conhecimento 83
MATEMÁTICA
2) Resposta “100”. Note que o gráfico da função y = x + 1, interceptará (corta-
Solução: rá) o eixo x em -1, que é a raiz da função.
n + n/2 = 150
2n/2 + n/2 = 300/2 7) Solução: Fazendo y = 0, temos:
2n + n = 300 0 = -x + 1
3n = 300 x=1
n = 300/3
n = 100. Gráfico:

3. Resposta “C”.
Solução : Com a função dada f(x + 1) = 3f(x) – 2 substituímos
o valor de x por x = 0:
f(0 + 1) = 3f (0) – 2
f(1) = 3f(0) - 2

É dito que f(1) = 4, portanto:


4 = 3f(0) - 2
Isolando f(0):
4+2 = 3f(0)
6 = 3f(0)
f(0) = 6/3 = 2.
Note que o gráfico da função y = -x + 1, interceptará (cortará)
4) Resposta “E”.
Solução: Começamos encontrando f(3): o eixo x em 1, que é a raiz da função.
f(3) = 2.(3) + 1, ou seja, f(3) = 7
Se está pedindo g[f(3)] então está pedindo g(7): 8) Solução:
g(7) = 7 - 3 = 4
a) y = f(x) = x + 1
Logo, a resposta certa, letra “E”. x+1>0
x > -1
5) Solução Logo, f(x) será maior que 0 quando x > -1
a) y = salário fixo + comissão x+1<0
y = 500 + 50x x < -1
Logo, f(x) será menor que 0 quando x < -1
b) y = 500 + 50x , onde x = 4
y = 500 + 50 . 4 = 500 + 200 = 700 b) y = f(x) = -x + 1
* -x + 1 > 0
c) y = 500 + 50x , onde y = 1000 -x > -1
1000 = 500 + 50x x<1
50x = 1000 – 500 Logo, f(x) será maior que 0 quando x < 1
50x = 500
x = 10. -x + 1 < 0
-x < -1
6) Solução: Basta determinar o valor de x para termos y = 0 x>1
x+1=0 Logo, f(x) será menor que 0 quando x > 1
x = -1 (*ao multiplicar por -1, inverte-se o sinal da desigualdade).
Dizemos que -1 é a raiz ou zero da função.
9) Solução:
f(1) = 1 + 1 = 2
f(2) = 2 + 1 = 3
f(3) = 3 + 1 = 4
Logo: Im(f) = {2, 3, 4}.

10) Solução:
f(1) = 1² = 1
f(3) = 3² = 9
f(5) = 5² = 25
Logo: Im(f) = {1, 9, 25}

Didatismo e Conhecimento 84
MATEMÁTICA
Função do 2º Grau O gráfico da função de 2º grau é uma curva aberta chamada
parábola.
Chama-se função do 2º grau ou função quadrática toda função O ponto V indicado na figura chama-se vértice da parábola.
f de R em R definida por um polinômio do 2º grau da forma f(x) =
ax2 + bx + c ou y = ax2 + bx + c , com a, b e c reais e a ≠ 0. Concavidade da Parábola
No caso das funções do 2º grau, a parábola pode ter sua
Exemplo concavidade voltada para cima (a > 0) ou voltada para baixo (a
< 0).
- y = x2 – 5x + 4, sendo a = 1, b = –5 e c = 4
- y = x2 – 9, sendo a = 1, b = 0 e c = –9
- y = x2, sendo a = 1, b = 0 e c = 0

Representação gráfica da Função do 2º grau

Exemplo

Se a função f de R em R definida pela equação y = x2 – 2x


– 3. Atribuindo à variável x qualquer valor real, obteremos em a>0 a<0
correspondência os valores de y:
Podemos por meio do gráfico de uma função, reconhecer o
Para x = –2 temos y = (–2)2 – 2(–2) –3 = 4 + 4 – 3 = 5 seu domínio e o conjunto imagem.
Para x = –1 temos y = (–1)2 – 2(–1) –3 = 1 + 2 – 3 = 0
Para x = 0 temos y = (0)2 – 2(0) –3 = – 3 Consideremos a função f(x) definida por A = [a, b] em R.
Para x = 1 temos y = (1)2 – 2(1) –3 = 1 – 2 – 3 = –4
Para x = 2 temos y = (2)2 – 2(2) –3 = 4 – 4 – 3 = –3
Para x = 3 temos y = (3)2 – 2(3) –3 = 9 – 6 – 3 = 0
Para x = 4 temos y = (4)2 – 2(4) –3 = 16 – 8 – 3 = 5

Domínio: Projeção ortogonal do gráfico da função no eixo x.


Assim, D = [a, b] = A

x y (x,y)
–2 5 (–2,5)
–1 0 (–1,0)
0 –3 (0, –3)
1 –4 (1, –4)
2 –3 (2, –3)
3 0 (3,0)
Conjunto Imagem: Projeção ortogonal do gráfico da função
4 5 (4,5) no eixo y. Assim, Im = [c, d].

Didatismo e Conhecimento 85
MATEMÁTICA

Vértice (V)

O Conjunto Imagem de uma função do 2º grau está associado


ao seu ponto extremo, ou seja, à ordenada do vértice (yv).

Zeros da Função do 2º grau

As raízes ou zeros da função quadrática f(x) = ax2 + bx + c são


os valores de x reais tais que f(x) = 0 e, portanto, as soluções da
equação do 2º grau.

ax2 + bx + c = 0

A resolução de uma equação do 2º grau é feita com o auxílio Exemplo


da chamada “fórmula de Bhaskara”.
+ Δ
Vamos determinar as coordenadas do vértice da parábola da
x = -b - √ seguinte função quadrática: y = x2 – 8x + 15.
2.a Onde Δ = b2 – 4.a.c
Cálculo da abscissa do vértice:
As raízes (quando são reais), o vértice e a intersecção com o
eixo y são fundamentais para traçarmos um esboço do gráfico de
x = -b = -(-8) =8=4
uma função do 2º grau. v
2a 2(1) 2

f(x) = ax2 + bx + c com a ≠ 0 Cálculo da ordenada do vértice:


Δ>0 Δ=0 Δ<0 Substituindo x por 4 na função dada:
a>0 yV = (4)2 – 8(4) + 15 = 16 – 32 + 15 = –1

Logo, o ponto V, vértice dessa parábola, é dado por V (4, –1).

Valor máximo e valor mínimo da função do 2º grau


a<0
- Se a > 0, o vértice é o ponto da parábola que tem ordenada
mínima. Nesse caso, o vértice é chamado ponto de mínimo e a
ordenada do vértice é chamada valor mínimo da função;
- Se a < 0, o vértice é o ponto da parábola que tem ordenada
máxima. Nesse caso, o vértice é ponto de máximo e a ordenada do
vértice é chamada valor máximo da função.
Coordenadas do vértice da parábola

A parábola que representa graficamente a função do 2º grau


apresenta como eixo de simetria uma reta vertical que intercepta o
gráfico num ponto chamado de vértice.

As coordenadas do vértice são:

-b
x= e x = -Δ
v v
2a 4a

Didatismo e Conhecimento 86
MATEMÁTICA
Construção do gráfico da função do 2º grau y = x2 – 6x + 8
Δ = (–6)2 – 4(1)(8)
- Determinamos as coordenadas do vértice; Δ = 36 – 32 = 4
- Atribuímos a x valores menores e maiores que xv e calculamos √Δ= √4 = 2
os correspondentes valores de y;
- Construímos assim uma tabela de valores; Estudo do Sinal:
- Marcamos os pontos obtidos no sistema cartesiano;
- Traçamos a curva.
62 8 Para x < 2 ou x > 4 temos y > 0
x62 2  24 Para x = 2 ou x = 4 temos y = 0
Exemplo 2 62 4  Para 2 < x < 4 temos y < 0
  2
y = x2 – 4x + 3
2 2

Coordenadas do vértice:
Exercícios
xv= -b =
-(-4) = 4 =2 V (2, –1) 1. O triplo do quadrado do número de filhos de Pedro é igual a
2a 2(1) 2 63 menos 12 vezes o número de filhos. Quantos filhos Pedro tem?
yV = (2)2 – 4(2) + 3 = 4 – 8 + 3 = –1
2. Uma tela retangular com área de 9600cm2 tem de largura
Tabela: uma vez e meia a sua altura. Quais são as dimensões desta tela?
Para x = 0 temos y = (0)2 – 4(0) + 3 = 0 – 0 + 3 = 3
Para x = 1 temos y = (1)2 – 4(1) + 3 = 1 – 4 + 3 = 0 3. O quadrado da minha idade menos a idade que eu tinha 20
anos atrás e igual a 2000. Quantos anos eu tenho agora?
Para x = 3 temos y = (3)2 – 4(3) + 3 = 9 – 12 + 3 = 0
Para x = 4 temos y = (4)2 – 4(4) + 3 = 16 – 16 + 3 = 3
4. Comprei 4 lanches a um certo valor unitário. De outro tipo
de lanche, com o mesmo preço unitário, a quantidade comprada
x y (x,y) foi igual ao valor unitário de cada lanche. Paguei com duas notas
0 3 (0,3) de cem reais e recebi R$ 8,00 de troco. Qual o preço unitário de
cada produto?
1 0 (1,0)
2 –1 (2,–1)Vértice 5. O produto da idade de Pedro pela idade de Paulo é igual a
3 0 (3,0) 374. Pedro é 5 anos mais velho que Paulo. Quantos anos tem cada
4 3 (4,3) um deles?

6. Há dois números cujo triplo do quadrado é a igual 15 vezes


Gráfico:
estes números. Quais números são estes?

7. Quais são as raízes da equação x2 - 14x + 48 = 0?

8. O dobro do quadrado da nota final de Pedrinho é zero. Qual


é a sua nota final?

9. Solucione a equação biquadrada: -x4 + 113x2 - 3136 = 0.

10. Encontre as raízes da equação biquadrada: x4 - 20x2 - 576


= 0.
Respostas

1) Resposta “3”.
Solução: Sendo x o número de filhos de Pedro, temos que
Estudos do sinal da função do 2º grau
3x2 equivale ao triplo do quadrado do número de filhos e que
Estudar o sinal de uma função quadrática é determinar os
63 - 12x equivale a 63 menos 12 vezes o número de filhos. Mon-
valores reais de x que tornam a função positiva, negativa ou nula.
tando a sentença matemática temos:
3x2 = 63 - 12x
Exemplo
y = x2 – 6x + 8 Que pode ser expressa como:
Zeros da função: Esboço do Gráfico 3x2 + 12x - 63 = 0

Didatismo e Conhecimento 87
MATEMÁTICA
Temos agora uma sentença matemática reduzida à for-
x2 - x - 1980 = ⇒ x = -(-1) ± √(-1) - 4 . 1 . (-1980)
2
ma ax2 + bx + c = 0, que é denominada equação do 2° grau. Vamos
então encontrar as raízes da equação, que será a solução do nosso 1 ± √7921 2.1
problema: ⇒x=
Primeiramente calculemos o valor de Δ: 2
x = 1 + 89 ⇒ x = 45
Δ = b2 - 4.a.c = 122 - 4 . 3 .(-63) = 144 + 756 = 900 1 2 1

⇒ x = 1 ± 89 ⇒
Como Δ é maior que zero, de antemão sabemos que a equação
2 x = 1 - 89 ⇒ x2 = -44
2 2
possui duas raízes reais distintas. Vamos calculá-las:

3x2 + 12 - 63 = 0 ⇒ x = -12 ± √Δ ⇒ As raízes reais da equação são -44 e 45. Como eu não posso
2.3 ter -44 anos, é óbvio que só posso ter 45 anos.
18
-12 + √900 = ⇒ x=3 Logo, agora eu tenho 45 anos.
x= ⇒x1 = -12 ± 30 ⇒ x
1 6 6 1 6 1
-12 - √900
-12 - 30 -42 4) Resposta “12”.
⇒x1 = Solução: O enunciado nos diz que os dois tipos de lanche têm
x2 =
6 ⇒ x2 = ⇒ x2 = -7
6 6 o mesmo valor unitário. Vamos denominá-lo então de x.
Ainda segundo o enunciado, de um dos produtos eu com-
A raízes encontradas são 3 e -7, mas como o número de filhos de prei 4 unidades e do outro eu comprei x unidades.
uma pessoa não pode ser negativo, descartamos então a raiz -7. Sabendo-se que recebi R$ 8,00 de troco ao pa-
Portanto, Pedro tem 3 filhos. gar R$ 200,00 pela mercadoria, temos as informações necessárias
para montarmos a seguinte equação:
2) Resposta “80cm; 120 cm”. 4 . x + x . x + 8 = 200
Solução: Se chamarmos de x altura da tela, temos que 1,5x será
a sua largura. Sabemos que a área de uma figura geométrica retan- Ou então:
gular 4.x + x . x + 8 = 200 ⇒ 4x + x2 + 8 = 200 ⇒ x2 + 4x - 192=0
é calculada multiplicando-se a medida da sua largura, pela
medida da sua altura. Escrevendo o enunciado na forma de uma Como x representa o valor unitário de cada lanche, vamos so-
sentença matemática temos: lucionar a equação para descobrimos que valor é este:
x . 1,5x = 9600 -4 ± √42 - 4 . 1 . (-192)
Que pode ser expressa como: x2 + 4x - 192 = 0 ⇒ x = 2.1
1,5x2 - 9600 = 0
-4 ± √784
Note que temos uma equação do 2° grau incompleta, que ⇒ x=
2
como já vimos terá duas raízes reais opostas, situação que ocorre x = -4 + 28 ⇒ x = 12
sempre que o coeficiente b é igual a zero. Vamos aos cálculos: 1 2 1

⇒ x = -4 ± 28 ⇒
1,5x2 - 9600 = 0 ⇒ 1,5x2 = 9600 ⇒ x2 = 9600 2 x = -4 - 89 ⇒ x = -16
1,5
2 2 2

⇒ x = ±√6400 ⇒ x = ±80
As raízes reais da equação são -16 e 12. Como o preço não
As raízes reais encontradas são -80 e 80, no entanto como uma pode ser negativo, a raiz igual -16 deve ser descartada.
tela não pode ter dimensões negativas, devemos desconsiderar a Assim, o preço unitário de cada produto é de R$ 12,00.
raiz -80.
Como 1,5x representa a largura da tela, temos então que ela 5) Resposta “22; 17”.
será de 1,5 . 80 = 120. Solução: Se chamarmos de x a idade de Pedro, teremos que x
Portanto, esta tela tem as dimensões de 80cm de altura, por - 5 será a idade de Paulo. Como o produto das idades é igual a 374,
120cm de largura. temos que x . (x - 5) = 374.
3) Resposta “45”.
Solução: Denominando x a minha idade atual, a partir do Esta sentença matemática também pode ser expressa como:
enunciado podemos montar a seguinte equação:
x2 - (x - 20) = 2000 x.(x - 5) = 374 ⇒ x2 - 5x = 374 ⇒ x2 - 5x - 374 = 0
Ou ainda:
x2 - (x - 20) = 2000 ⇒ x2 - x + 20 = 2000 ⇒ x2 - x - 1980 =0 Primeiramente para obtermos a idade de Pedro, vamos solu-
cionar a equação:
A solução desta equação do 2° grau completa nós dará a res- -(-5) ± √(-5)2 - 4 . 1 . (-374)
posta deste problema. Vejamos: x - 5x - 374 = 0 ⇒
2
2.1

Didatismo e Conhecimento 88
MATEMÁTICA
14 + 2
⇒ x=8
⇒ x = 5 ± √1521
x=
2 ⇒ 1 2 1

x1= 5 + 39 ⇒ x = 22
x =
14 - 2
⇒ x=6
2 1

5 ± 39 2 2 2
⇒ x= 2 ⇒ ⇒ x2 = -17
x = 5 - 39
2 2
8) Resposta “0”.
As raízes reais encontradas são -17 e 22, por ser negativa, a Solução: Sendo x a nota final, matematicamente temos:
raiz -17 deve ser descartada. 2x2 = 0
Logo a idade de Pedro é de 22 anos.
Como Pedro é 5 anos mais velho que Paulo, Paulo tem en-
Podemos identificar esta sentença matemática como sen-
tão 17 anos.
do uma equação do segundo grau incompleta, cujos coeficien-
Logo, Pedro tem 22 anos e Paulo tem 17 anos.
tes b e c são iguais a zero.
6) Resposta “0; 5”. Conforme já estudamos este tipo de equação sempre terá
Solução: Em notação matemática, definindo a incógnita como raiz real o número zero. Apenas para verificação vejamos:
como x, podemos escrever esta sentença da seguinte forma: 0
3x2 = 15x 2x2 = 0 ⇒ x2 = ⇒ x2 = 0 ⇒ x ±√0 ⇒ x =0
2
Ou ainda como:
3x2 - 15x = 0 9) Resposta “-8; -7; 7 e 8”.
Solução: Substituindo na equação x4 por y2 e também x2 e y te-
A fórmula geral de resolução ou fórmula de Bhaskara pode mos:
ser utilizada na resolução desta equação, mas por se tratar de uma
-y2 + 113y - 3136 = 0
equação incompleta, podemos solucioná-la de outra forma.
Como apenas o coeficiente c é igual a zero, sabemos que esta Resolvendo teremos:
equação possui duas raízes reais. Uma é igual azero e a outra é
-y2 + 113y - 3136 = 0 ⇒ y = 113  113  4.(1).(3136)
2

dada pelo oposto do coeficiente b dividido pelo coeficiente a. Re- 2  (1)


sumindo podemos dizer que:
x1 = 0 113  225 ⇒ y1 = -113 + 15
y1= 2 -2
ax + bx = 0 ⇒
2
b ⇒
x =-
113  225 ⇒ y2
2 a y2= 2
= -113 - 15
-2
Temos então:
b -98
⇒ y
⇒ x = -15 ⇒ x = 5
x=- y= = 49
a 3
1 -2 1


7) Resposta “6; 8”. y = -128 ⇒ y = 64
2 2
-2
Solução: Podemos resolver esta equação simplesmente res-
pondendo esta pergunta:
Quais são os dois números que somados totalizam 14 e que Substituindo os valores de y na expressão x2 = y temos:
multiplicados resultam em 48?
Sem qualquer esforço chegamos a 6 e 8, pois 6 + 8 = 14 e 6 Para y1 temos:
. 8 = 48. x1 = √49 ⇒ x1 = 7
Segundo as relações de Albert Girard, que você encontra em x = 49 ⇒ x ±√49 ⇒
2
x2 = - √49 ⇒ x2 = -7
detalhes em outra página deste site, estas são as raízes da referida
equação.
Para simples conferência, vamos solucioná-la também através Para y2 temos:
da fórmula de Bhaskara: x3 = √64 ⇒ x3 = 8
-(-14) ± √(-14)2 - 4 . 1 . 48
x2 - 14x + 48 = 0 ⇒ x = x2 = 64 ⇒ x ±√64 ⇒
2.1 x4 = - √64 ⇒ x4 = -8
⇒ x= 14 ± √4
2
14 ±2 Assim sendo, as raízes da equação biquadrada -x4 + 113x2 -
⇒ x=
2 3136 = 0 são: -8, -7, 7 e 8.

Didatismo e Conhecimento 89
MATEMÁTICA
10) Resposta “-6; 6”. jetos matemáticos tais como funções que não são diferenciáveis
em qualquer de seus pontos. Tais funções, inicialmente tidas como
Solução: Iremos substituir x4 por y2 e x2 e y, obtendo uma equa- puramente imaginárias e chamadas genericamente de “monstros”,
ção do segundo grau: foram já no final do século XX, identificadas como importantes
y2 - 20y - 576 = 0 para a construção de modelos físicos de fenômenos tais como o
movimento Browniano.
Ao resolvermos a mesma temos: Durante o Século XIX, os matemáticos começaram a formali-
zar todos os diferentes ramos da matemática. Weierstrass defendia
y2 - 20y - 576 = 0 ⇒ 20  (20)  4.1.(576)
2
que se construisse o cálculo infinitesimal sobre a Aritmética ao
2.3
invés de sobre a Geometria, o que favorecia a definição de Euler
20  2704 20  52 72
y= ⇒y = ⇒y = ⇒y =36 em relação à de Leibniz (veja aritmetização da análise). Mais para
1 2
1 2 1
2 1
o final do século, os matemáticos começaram a tentar formalizar
toda a Matemática usando Teoria dos conjuntos, e eles consegui-
32 ram obter definições de todos os objetos matemáticos em termos
20 2704 20  52 do conceito de conjunto. Foi Dirichlet quem criou a definição “for-
⇒y2= ⇒y2= 2 ⇒y2=-16
y2= 2 mal” de função moderna.
2

Substituindo os valores de y na expressão x2 = y obtemos as Função Exponencial


raízes da equação biquadrada:
Conta a lenda que um rei solicitou aos seus súditos que lhe in-
Para y1 temos: ventassem um novo jogo, a fim de diminuir o seu tédio. O melhor
jogo teria direito a realizar qualquer desejo. Um dos seus súditos
x1 = √36 ⇒ x1= 6 inventou, então, o jogo de xadrez. O Rei ficou maravilhado com o
x2 = 36 ⇒ x = ±√36 ⇒
jogo e viu-se obrigado a cumprir a sua promessa. Chamou, então,
x2 = -√36 ⇒ x2= -6 o inventor do jogo e disse que ele poderia pedir o que desejasse.
Para y2, como não existe raiz quadrada real de um número O astuto inventor pediu então que as 64 casas do tabuleiro do jogo
negativo, o valor de -16 não será considerado. de xadrez fossem preenchidas com moedas de ouro, seguindo a
seguinte condição: na primeira casa seria colocada uma moeda e
Desta forma, as raízes da equação biquadrada x4 - 20x2 - 576 = em cada casa seguinte seria colocado o dobro de moedas que havia
0 são somente: -6 e 6. na casa anterior. O Rei considerou o pedido fácil de ser atendido
e ordenou que providenciassem o pagamento. Tal foi sua surpresa
Função Exponencial
quando os tesoureiros do reino lhe apresentaram a suposta conta,
pois apenas na última casa o total de moedas era de 263, o que
Uma função é uma maneira de associar a cada valor do ar-
corresponde a aproximadamente 9 223 300 000 000 000 000 =
gumento x um único valor da função f(x). Isto pode ser feito es-
pecificando através de uma fórmula um relacionamento gráfico 9,2233.1018. Não se pode esquecer ainda que o valor entregue ao
entre diagramas representando os dois conjuntos, e/ou uma regra inventor seria a soma de todas as moedas contidas em todas as
de associação, mesmo uma tabela de correspondência pode ser casas. O rei estava falido!
construída; entre conjuntos numéricos é comum representarmos A lenda nos apresenta uma aplicação de funções exponen-
funções por seus gráficos, cada par de elementos relacionados pela ciais, especialmente da função y = 2x.
função determina um ponto nesta representação, a restrição de uni- As funções exponenciais são aquelas que crescem ou decres-
cidade da imagem implica em um único ponto da função em cada cem muito rapidamente. Elas desempenham papéis fundamentais
linha de chamada do valor independente x. na Matemática e nas ciências envolvidas com ela, como: Física,
Como um termo matemático, “função” foi introduzido por Química, Engenharia, Astronomia, Economia, Biologia, Psicolo-
Leibniz em 1694, para descrever quantidades relacionadas a uma gia e outras.
curva; tais como a inclinação da curva ou um ponto específico da
dita curva. Funções relacionadas à curvas são atualmente chama- Definição
das funções diferenciáveis e são ainda o tipo de funções mais en-
contrado por não-matemáticos. Para este tipo de funções, pode-se A função exponencial é a definida como sendo a inversa da
falar em limites e derivadas; ambos sendo medida da mudança nos função logarítmica natural, isto é:
valores de saída associados à variação dos valores de entrada, for-
mando a base do cálculo infinitesimal. logab = x ⇔ ax = b
A palavra função foi posteriormente usada por Euler em mea-
dos do século XVIII para descrever uma expressão envolvendo Podemos concluir, então, que a função exponencial é definida por:
vários argumentos; i.e:y = F(x). Ampliando a definição de fun-
ções, os matemáticos foram capazes de estudar “estranhos” ob- y= ax , com 1 ≠ a > 0

Didatismo e Conhecimento 90
MATEMÁTICA
Gráficos da Função Exponencial Função Logarítmica

Toda equação que contém a incógnita na base ou no loga-


ritmando de um logaritmo é denominada equação logarítmica.
Abaixo temos alguns exemplos de equações logarítmicas:

log2 x  3
logx  100  2
7 log5  625x  42
3log2 x 64  9
log6x 2x  1

Perceba que nestas equações a incógnita encontra-se ou no


logaritmando, ou na base de um logaritmo. Para solucionarmos
equações logarítmicas recorremos a muitas das propriedades dos
logaritmos.

Solucionando Equações Logarítmicas

Propriedades da Função Exponencial Vamos solucionar cada uma das equações acima, começando
pela primeira: log2 x = 3
Se a, x e y são dois números reais quaisquer e k é um número
Segundo a definição de logaritmo nós sabemos que: log 2 x =
racional, então:
3 ⇔ 23 = x
- ax ay= ax + y
x y x-y
-a /a=a Logo x é igual a 8:23 = x ⇒ X = 2.2.2 ⇒ x= 8
x y x.y
- (a ) = a
x x x
- (a b) = a b De acordo com a definição de logaritmo o logaritmando deve
x
- (a / b) = ax / b x ser um número real positivo e já que 8 é um número real positivo,
-x x
-a =1/a podemos aceitá-lo como solução da equação. A esta restrição da-
mos o nome de condição de existência.
Estas relações também são válidas para exponenciais de base logx 100 = 2
e (e = número de Euller = 2,718...)
x
- y = e se, e somente se, x = ln(y) Pela definição de logaritmo a base deve ser um número real
x
- ln(e ) =x e positivo além de ser diferente de 1. Então a nossa condição de
x+y x y
- e = e .e existência da equação acima é que:
x-y x y
- e = e /e
ex.k
= (e x k
) x R* {1}
-

A Constante de Euler Em relação a esta segunda equação nós podemos escrever a


seguinte sentença: logx100 = 2 ⇔ x2 = 100
Existe uma importantíssima constante matemática definida por
e = exp(1) Que nos leva aos seguintes valores de x:
O número e é um número irracional e positivo e em função da
definição da função exponencial, temos que: x  10
Ln(e) = 1 x  100  x   100  
2

Este número é denotado por e em homenagem ao matemático x  10


suíço Leonhard Euler (1707-1783), um dos primeiros a estudar as
propriedades desse número. Note que x = -10 não pode ser solução desta equação, pois este
valor de x não satisfaz a condição de existência, já que -10 é um
O valor deste número expresso com 40 dígitos decimais, é: número negativo.
e = 2,718281828459045235360287471352662497757 Já no caso de x = 10 temos uma solução da equação, pois 10 é
Se x é um número real, a função exponencial exp(.) pode ser um valor que atribuído a x satisfaz a condição de existência, visto
escrita como a potência de base e com expoente x, isto é: que 10 é positivo e diferente de 1.
ex = exp(x) 7log5 625x = 42

Didatismo e Conhecimento 91
MATEMÁTICA
Neste caso temos a seguinte condição de existência: não possui solução, já que nunca conseguiremos satisfazer as duas
condições simultaneamente. O conjunto solução da equação é por-
0
625x  0  x  x0 tanto S = {}, já que não existe nenhuma solução real que satisfaça
625 as condições de existência da equação.

Voltando à equação temos:  Função Logarítmica


42 A função logaritmo natural mais simples é a função y=f0(x)=l-
7 log5 625x  42  log5 625x   log 625x  6 nx. Cada ponto do gráfico é da forma (x, lnx) pois a ordenada é
5
7 sempre igual ao logaritmo natural da abscissa.

Aplicando a mesma propriedade que aplicamos nos casos an-


teriores e desenvolvendo os cálculos temos: Como 25 satisfaz a
condição de existência, então S = {25} é o conjunto solução da
equação. Se quisermos recorrer a outras propriedades dos logarit-
mos também podemos resolver este exercício assim:

⇒ log5 x=2 ⇔ 52 = x ⇒ x = 25

Lembre-se que logb(M.N) = logb M + logb N e que log5 625 =


4, pois 54 = 625.
3log2x64 = 9

Neste caso a condição de existência em função da base do


logaritmo é um pouco mais complexa:
0
2x  0  x  x0
2 O domínio da função ln é R]0, [ e a imagem é o conjun-
*

E, além disto, temos também a seguinte condição: to R ]  , [ . O eixo vertical é uma assíntota ao gráfico da
*

função. De fato, o gráfico se aproxima cada vez mais da reta x=0


1
2x  1  x  O que queremos aqui é descobrir como é o gráfico de uma
2 função logarítmica natural geral, quando comparado ao gráfico
1 de y=ln x, a partir das transformações sofridas por esta função.
Portanto a condição de existência é: x R  
2 
*
Consideremos uma função logarítmica cuja expressão é dada por
  y=f1(x)=ln x+k, onde k é uma constante real. A pergunta natural a
Agora podemos proceder de forma semelhante ao exemplo ser feita é: qual a ação da constante k no gráfico dessa nova função
anterior: Como x = 2 satisfaz a condição de existência da equação quando comparado ao gráfico da função inicial y=f 0(x)=ln x ?
logarítmica, então 2 é solução da equação. Assim como no exer- Ainda podemos pensar numa função logarítmica que seja
cício anterior, este também pode ser solucionado recorrendo-se à dada pela expressão y=f2(x)=a.ln x onde a é uma constante real,
outra propriedade dos logaritmos: log-6-x 2x = 1 a ≠ 0. Observe que se a=0, a função obtida não será logarítmica,
pois será a constante real nula. Uma questão que ainda se coloca é
Neste caso vamos fazer um pouco diferente. Primeiro vamos a consideração de funções logarítmicas do tipo y=f 3(x)=ln(x+m),
solucionar a equação e depois vamos verificar quais são as condi- onde m é um número real não nulo. Se g(x)=3.ln(x-2) + 2/3, de-
ções de existência: Então x = -2 é um valor candidato à solução da senhe seu gráfico, fazendo os gráficos intermediários, todos num
equação. Vamos analisar as condições de existência da base -6 - x: mesmo par de eixos.
Veja que embora x ≠ -7, x não é menor que -6, portanto x = y=a.ln(x+m)+k
-2 não satisfaz a condição de existência e não pode ser solução da
equação. Embora não seja necessário, vamos analisar a condição Conclusão: Podemos, portanto, considerar funções logarítmi-
de existência do logaritmando 2x: cas do tipo y = f4(x) = a In (x + m) + k, onde o coeficiente a não
é zero, examinando as transformações do gráfico da função mais
2x > 0 ⇒ x > 0 simples y = f0 (x) = In x, quando fazemos, em primeiro lugar, y=l-
n(x+m); em seguida, y=a.ln(x+m) e, finalmente, y=a.ln(x+m)+k.
Como x = -2, então x também não satisfaz esta condição de
existência, mas não é isto que eu quero que você veja. O que eu Analisemos o que aconteceu:
quero que você perceba, é que enquanto uma condição diz que x - em primeiro lugar, y=ln(x+m) sofreu uma translação hori-
< -6, a outra diz que x > 0. Qual é o número real que além de ser zontal de -m unidades, pois x=-m exerce o papel que x=0 exercia
menor que -6 é também maior que 0? em y=ln x;
Como não existe um número real negativo, que sendo menor - a seguir, no gráfico de y=a.ln(x+m) ocorreu mudança de in-
que -6, também seja positivo para que seja maior que zero, então clinação pois, em cada ponto, a ordenada é igual àquela do ponto
sem solucionarmos a equação nós podemos perceber que a mesma de mesma abscissa em y=ln(x+m) multiplicada pelo coeficiente a;

Didatismo e Conhecimento 92
MATEMÁTICA
- por fim, o gráfico de y=a.ln(x+m)+k sofreu uma transla- pontos estão quase sobre o eixo das ordenadas, mas de fato nunca
ção vertical de k unidades, pois, para cada abscissa, as ordenadas chegam a estar. Note também que neste tipo de função uma grande
dos pontos do gráfico de y=a.ln(x+m)+k ficaram acrescidas de k, variação no valor de x implica numa variação bem inferior no va-
quando comparadas às ordenadas dos pontos do gráfico de y=a. lor de y. Por exemplo, se passarmos de x = 100 para x = 1000000,
ln(x+m). a variação de y será apenas de 2 para 6. Isto porque:

O estudo dos gráficos das funções envolvidas auxilia na reso-  f (100)  log100  2
lução de equações ou inequações, pois as operações algébricas a 
serem realizadas adquirem um significado que é visível nos gráfi-  f (1000000)  log1000000  6
cos das funções esboçados no mesmo referencial cartesiano.
Função Crescente e Decrescente
Função logarítmica de base a é toda função f : *  , Assim como no caso das funções exponenciais, as funções
definida por f (x)  loga x com a  e a  1 .
*
logarítmicas também podem ser classificadas como função cres-
Podemos observar neste tipo de função que a variável inde- cente ou função decrescente. Isto se dará em função da base a
pendente x é um logaritmando, por isto a denominamos função ser maior ou menor que 1. Lembre-se que segundo a definição
da função logarítmica f :    , definida por f(x) = Log x,
*
logarítmica. Observe que a base a é um valor real constante, não a
é uma variável, mas sim um número real. temos que e a > 0 e a  1
nencial de  
A função logarítmica
* de *   é inversa da função expo- Função Logarítmica Crescente
 e vice-versa, pois:

Representação da Função Logarítmica no Plano Cartesiano


Podemos representar graficamente uma função logarítmica
da mesma forma que fizemos com a função exponencial, ou seja,
escolhendo alguns valores para x e montando uma tabela com os
respectivos valores de f(x). Depois localizamos os pontos no plano
cartesiano e traçamos a curva do gráfico. Vamos representar grafi-
camente a função f(x) = log x e como estamos trabalhando com um
logaritmo de base 10, para simplificar os cálculos vamos escolher
para x alguns valores que são potências de 10:
0,001, 0,01, 0,1, 1, 10 e 2.

Temos então a seguinte tabela:

x y = log x Se a > 1 temos uma função logarítmica crescente, qualquer


que seja o valor real positivo de x. No gráfico da função ao lado
0,001 y = log 0,001 = -3 podemos observar que à medida que x aumenta, também aumenta
0,01 y = log 0,01 = -2 f(x) ou y. Graficamente vemos que a curva da função é crescente.
0,1 y = log 0,1 = -1 Também podemos observar através do gráfico, que para dois valor
de x (x1 e x2), que loga x2  loga x1  x1  x2 , isto para x1, x2 e a
1 y = log 1 = 0 números reais positivos, com a > 1.
10 y = log 10 = 1
Função Logarítmica Decrescente

Ao lado temos o gráfico desta função logarítmica, no qual lo- Se 0 < a < 1 temos uma função logarítmica decrescen-
calizamos cada um dos pontos obtidos da tabela e os interligamos te em todo o domínio da função. Neste outro gráfico podemos
através da curva da função: Veja que para valores de y < 0,01 os observar que à medida que x aumenta, y diminui. Graficamen-

Didatismo e Conhecimento 93
MATEMÁTICA
te observamos que a curva da função é decrescente. No gráfico - É comum usar apenas uma letra p para representar a função
também observamos que para dois valores de x (x1 e x2), que polinomial p = p(x) e P[x] o conjunto de todos os polinômios reais
loga x2  loga x1  x2  x1 , isto para x , x e a números reais po-
12 em x.
sitivos, com 0 < a < 1. É importante frisar que independentemen-
te de a função ser crescente ou decrescente, o gráfico da função Igualdade de polinômios
sempre cruza o eixo das abscissas no ponto (1, 0), além de nunca
cruzar o eixo das ordenadas e que o loga x2  loga x1  x2  x1 Os polinômios p e q em P[x], definidos por:
, isto para x1, x2 e a números reais positivos, com a ≠ 1. p(x) = ao+ a x1 + a x² + a x³ +...+ a xnn
2 3
q(x) = b + b x + b x² + b x³ +...+ b xn
o 1 2 3 n
Função Polinomial
São iguais se, e somente se, para todo k = 0,1,2,3,...,n:
Um polinômio (função polinomial) com coeficientes reais na ak= b k
variável x é uma função matemática f: R R definida por: p(x) =
a + a x + a x² + a x³ +...+ a xn, onde a , a , a , ..., a são números
o 1 2 3 n o 1 2 n Teorema
reais, denominados coeficientes do polinômio. O coeficiente a o é
o termo constante.
Uma condição necessária e suficiente para que um polinômio
Se os coeficientes são números inteiros, o polinômio é
inteiro seja identicamente nulo é que todos os seus coeficientes
denominado polinômio inteiro em x.
Uma das funções polinomiais mais importantes é f: R R sejam nulos.
definida por:
f(x) = a x² + b x + c Assim, um polinômio: p(x) = ao + a 1x + a 2x² + a3x³ +...+ anx n
será nulo se, e somente se, para todo k = 0,1,2,3,...,n: a k= 0
O gráfico desta função é a curva plana denominada parábola,
que tem algumas características utilizadas em estudos de O polinômio nulo é denotado por po= 0 em P[x].
Cinemática, radares, antenas parabólicas e faróis de carros. O polinômio unidade (identidade para o produto) p 1 = 1 em
O valor numérico de um polinômio p = p(x) em x = a é obtido P[x], é o polinômio:
pela substituição de x pelo número a, para obter p(a).
p(x) = a + a x + a x² + a x³ + ...+ a x n
o 1 2 3 n
Exemplo tal que ao = 1 e ak = 0, para todo k = 1, 2, 3,..., n.

O valor numérico de p(x) = 2x² + 7x - 12 para x = 3 é dado por: Soma de polinômio


p(3) = 2 × (3)² + 7 × 3 - 12 = 2 × 9 + 21 - 12 = 18 + 9 = 27
Consideremos p e q polinômios em P[x], definidos por:
Grau de um polinômio p(x) = a + a x + a x² + a x³ +... + a xn
o 1 2 3 n
q(x) = b + b x + b x² + b x³ +... + b xn
o 1 2 3 n
Em um polinômio, o termo de mais alto grau que possui um
coeficiente não nulo é chamado termo dominante e o coeficiente Definimos a soma de p e q, por:
deste termo é o coeficiente do termo dominante. O grau de um (p + q)(x) = (ao+ b o) + (a 1+ b )x + (a +2 b )x² +... + (a +nb )xnn
1 2
polinômio p = p(x) não nulo, é o expoente de seu termo dominante,
que aqui será denotado por gr(p). A estrutura matemática (P[x],+) formada pelo conjunto de
Acerca do grau de um polinômio, existem várias observações todos os polinômios com a soma definida acima, possui algumas
importantes: propriedades:
- Um polinômio nulo não tem grau uma vez que não possui Associativa
termo dominante. Em estudos mais avançados, define-se o grau de
um polinômio nulo, mas não o faremos aqui.
Quaisquer que sejam p, q, r em P[x], tem-se que:
- Se o coeficiente do termo dominante de um polinômio for
(p + q) + r = p + (q + r)
igual a 1, o polinômio será chamado Mônico.
- Um polinômio pode ser ordenado segundo as suas potências
Comutativa
em ordem crescente ou decrescente.
- Quando existir um ou mais coeficientes nulos, o polinômio
será dito incompleto. Quaisquer que sejam p, q em P[x], tem-se que:
- Se o grau de um polinômio incompleto for n, o número de p+q=q+p
termos deste polinômio será menor do que n + 1.
- Um polinômio será completo quando possuir todas as Elemento neutro
potências consecutivas desde o grau mais alto até o termo
constante. Existe um polinômio po (x) = 0 tal que:
- Se o grau de um polinômio completo for n, o número de po + p = p, qualquer que seja p em P[x].
termos deste polinômio será exatamente n + 1.

Didatismo e Conhecimento 94
MATEMÁTICA
Elemento oposto Exercícios

Para cada p em P[x], existe outro polinômio q = -p em P[x] 1. Considerando os polinômios –2x² + 5x – 2 e –3x³ + 2x –
tal que 1. Efetue a adição e a subtração entre eles.
p+q=0
2. Transforme o seguinte polinômio em monômio: (3x2) x
Com estas propriedades, a estrutura (P[x],+) é denominada (5x3 + 8x2 – x).
um grupo comutativo.
3. Efetue a multiplicação de polinômio (x – 1) x (x2 + 2x - 6)
Produto de polinômios por polinômio.
Sejam p, q em P[x], dados por: 4. Qual o valor numérico do polinômio p(x) = x 3 - 5x + 2
p(x) = ao+ a x1 + a x² + a x³ +...+ a x n para x = -1?
q(x) = b + b x + b 2x² + b 3x³ +...+ b nxn
o 1 2 3 n
5. Qual a soma dos coeficientes do polinômio T(x) = (5x +
Definimos o produto de p e q, como outro polinômio r em 1)4?
P[x]:
r(x) = p(x) · q(x) = co+ c x1 + c x²
2
+ c x³
3
+...+ c xn n 6. Sendo P(x) = Q(x) + x2 + x + 1 e sabendo que 2 é raiz de
P(x) e 1 é raiz de Q(x) , calcule o valor de P(1) - Q(2).
Tal que:
ck = aobk + a1bk-1 + a2 bk-2 + a3bk-3 +...+ ak-1 b1 + akbo 7. Qual o grau mínimo da equação P(x) = 0, sabendo-se
que três de suas raízes são os números 5, 3 + 2i e 4 - 3i.
Para cada ck (k = 1, 2, 3,..., m+n). Observamos que para cada
termo da soma que gera ck, a soma do índice de a com o índice de 8. Multiplicando (2x2 + x + 1) por (5x – 2), teremos:
b sempre fornece o mesmo resultado k.
A estrutura matemática (P[x],·) formada pelo conjunto de
todos os polinômios com o produto definido acima, possui várias 9. Se multiplicarmos 3 por (2x2 + x + 5), teremos:
propriedades:
10. Se multiplicarmos -2x2 por (5x – 1), teremos:
Associativa
Respostas
Quaisquer que sejam p, q, r em P[x], tem-se que:
(p · q) · r = p · (q · r) 1) Solução: Adição
(–2x² + 5x – 2) + (–3x³ + 2x – 1) → eliminar os parênteses
Comutativa fazendo o jogo de sinal
–2x² + 5x – 2 – 3x³ + 2x – 1 → reduzir os termos semelhantes
Quaisquer que sejam p, q em P[x], tem-se que: –2x² + 7x – 3x³ – 3 → ordenar de forma decrescente de acordo
p·q=q·p com a potência
–3x³ – 2x² + 7x – 3.
Elemento nulo
Subtração
Existe um polinômio po(x) = 0 tal que (–2x² + 5x – 2) – (–3x³ + 2x – 1) → eliminar os parênteses
po · p = po, qualquer que seja p em P[x]. realizando o jogo de sinal
–2x² + 5x – 2 + 3x³ – 2x + 1 → reduzir os termos semelhantes
Elemento Identidade –2x² + 3x – 1 + 3x³ → ordenar de forma decrescente de acordo
com a potência
Existe um polinômio p1(x) = 1 tal que 3x³ – 2x² + 3x – 1
po · p = po, qualquer que seja p em P[x]. A unidade polinomial
é simplesmente denotada por p1 = 1. 2) Resposta “15x5 + 24x4 – 3x3”.
Solução:
Existe uma propriedade mista ligando a soma e o produto de (3x2) x (5x3 + 8x2 – x) → aplicar a propriedade distributiva da
polinômios: multiplicação
15x5 + 24x4 – 3x3.
Distributiva
3) Resposta “x³ + x² – 8x + 6”.
Quaisquer que sejam p, q, r em P[x], tem-se que: Solução:
p · (q + r) = p · q + p · r (x – 1) . (x2 + 2x - 6)
x2 . (x – 1) + 2x . (x – 1) – 6 . (x – 1)
Com as propriedades relacionadas com a soma e o produto, (x³ – x²) + (2x² – 2x) – (6x – 6)
a estrutura matemática (P[x],+,·) é denominada anel comutativo x³ – x² + 2x² – 2x – 6x + 6 → reduzindo os termos semelhantes.
com identidade. x³ + x² – 8x + 6.

Didatismo e Conhecimento 95
MATEMÁTICA
4) Resposta “6”. 2 1 (equação de 1º grau)
Solução: Teremos, substituindo a variável x por x = -1 → p(- 1 – 3x + =x+
1) = (-1)3 - 5(-1) + 2 = -1 + 5 + 2 = 6 5 2
∴ p(-1) = 6. O método que usamos para resolver a equação de 1º grau é
isolando a incógnita, isto é, deixar a incógnita sozinha em um dos
5) Resposta “1296”.
lados da igualdade. Para conseguir isso, há dois recursos:
Solução: Teremos:
Para x = 1: - inverter operações;
S = T(1) = (5.1 + 1)4 = 64 = 6 . 6 . 6 . 6 = 1296. - efetuar a mesma operação nos dois lados da igualdade.

6) Resposta “10”. Exemplo1


Solução: Se 2 é raiz de P(x), então sabemos que P(2) = 0 e se Resolução da equação 3x – 2 = 16, invertendo operações.
1 é raiz de Q(x) então Q(1) = 0.
Temos então substituindo x por 1 na expressão dada: Procedimento e justificativa: Se 3x – 2 dá 16, conclui-se que
3x dá 16 + 2, isto é, 18 (invertemos a subtração). Se 3x é igual a 18,
P(1) = Q(1) + 1 + 1 + 1 ∴
2

P(1) = 0 + 1 + 1 + 1 = 3. Então P(1) = 3. Analogamente, é claro que x é igual a 18 : 3, ou seja, 6 (invertemos a multiplicação
poderemos escrever: por 3).

P(2) = Q(2) + 22 + 2 + 1 0 = Q(2) + 7, Registro


Logo Q(2) = -7.
Conclui-se que P(1) - Q(2) = 3 - (-7) = 3 + 7 = 10. 3x – 2 = 16
3x = 16 + 2
7) Resposta “5”. 3x = 18
Solução: Pela propriedade P3, os complexos conjugados 3 -
2i e 4 + 3i são também raízes. Logo, por P1, concluímos que o x = 183
x=6
grau mínimo de P(x) é igual a 5, ou seja, P(x) possui no mínimo
5 raízes.
Exemplo 2
8) Resposta “10x3 + x2 + 3x – 2”. 2 1
Solução: Resolução da equação 1 – 3x + 5 = x + 2 , efetuando a
(2x2 + x + 1) (5x – 2) → aplicar a propriedade distributiva. mesma operação nos dois lados da igualdade.
2x2 . (5x) + 2x2 . (-2) + x . 5x + x . (-2) + 1 . 5x + 1 . (-2)
10x3 – 4x2 + 5x2 – 2x + 5x – 2 Procedimento e justificativa: Multiplicamos os dois lados
10x3 + x2 + 3x – 2.
da equação por mmc (2;5) = 10. Dessa forma, são eliminados
9) Resposta “6x2 + 3x + 15”. os denominadores. Fazemos as simplificações e os cálculos
Solução: necessários e isolamos x, sempre efetuando a mesma operação nos
3 (2x2 + x + 5) → aplicar a propriedade distributiva. dois lados da igualdade. No registro, as operações feitas nos dois
3 . 2x2 + 3 . x + 3 . 5 lados da igualdade são indicadas com as setas curvas verticais.
6x2 + 3x + 15. Registro
1 – 3x + 2/5 = x + 1 /2
10) Resposta “- 10x3 + 2x2”. 10 – 30x + 4 = 10x + 5
Solução: -30x - 10x = 5 - 10 - 4
-2x2 (5x – 1) → aplicando a propriedade distributiva.
-40x = +9(-1)
-2x2 . 5x – 2x2 . (-1)
- 10x3 + 2x 40x = 9
x = 9/40
x = 0,225

EQUAÇÕES E INEQUAÇÕES. Há também um processo prático, bastante usado, que se baseia


APLICAÇÕES. nessas ideias e na percepção de um padrão visual.
- Se a + b = c, conclui-se que a = c + b.

Na primeira igualdade, a parcela b aparece somando no lado


esquerdo; na segunda, a parcela b aparece subtraindo no lado
Equação do 1º Grau
direito da igualdade.
Veja estas equações, nas quais há apenas uma incógnita: - Se a . b = c, conclui-se que a = c + b, desde que b ≠ 0.
3x – 2 = 16 (equação de 1º grau) Na primeira igualdade, o número b aparece multiplicando no
lado esquerdo; na segunda, ele aparece dividindo no lado direito
2y3 – 5y = 11 (equação de 3º grau) da igualdade.

Didatismo e Conhecimento 96
MATEMÁTICA
O processo prático pode ser formulado assim: 6. Determine o valor da incógnita x:
- Para isolar a incógnita, coloque todos os termos com a) 2x – 8 = 10
incógnita de um lado da igualdade e os demais termos do outro b) 3 – 7.(1-2x) = 5 – (x+9)
lado.
- Sempre que mudar um termo de lado, inverta a operação. 7. Verifique se três é raiz de 5x – 3 = 2x + 6.

Exemplo 8. Verifique se -2 é raiz de x² – 3x = x – 6.


5(x+2) (x+2) . (x-3) x2
Resolução da equação = - , usando o 9. Quando o número x na equação ( k – 3 ).x + ( 2k – 5 ).4 +
2 3 3 4k = 0 vale 3, qual será o valor de K?
processo prático.
10. Resolva as equações a seguir:
Procedimento e justificativa: Iniciamos da forma habitual, a)18x - 43 = 65
multiplicando os dois lados pelo mmc (2;3) = 6. A seguir, passamos b) 23x - 16 = 14 - 17x
a efetuar os cálculos indicados. Neste ponto, passamos a usar o c) 10y - 5 (1 + y) = 3 (2y - 2) - 20
processo prático, colocando termos com a incógnita à esquerda e
números à direita, invertendo operações.
Respostas
Registro -31
1) Resposta “ x = ”
5(x+2) - (x+2) . (x-3) = x2 17
2 3 3 Solução:
2
6. 5(x+2) - 6. (x+2) . (x-3) = 6. x x-4
x-1-x+3 = 2x -
2 3 3
2 4 3
15(x + 2) – 2(x + 2)(x – 3) = – 2x2
15x + 30 – 2(x2 – 3x + 2x – 6) = – 2x2 6(x - 1) - 3(x + 3) = 24x - 4(x - 4)
15x + 30 – 2(x2 – x – 6) = – 2x2 12
15x + 30 – 2x2 + 2x + 12 = – 2x2
17x – 2x2 + 42 = – 2x2 6x – 6 – 3x – 9 = 24x – 4x + 16
17x – 2x2 + 2x2 = – 42 6x – 3x – 24x + 4x = 16 + 9 + 6
17x = – 42 10 x – 27x = 31
42 (-1) - 17x = 31
x=-
17 x = -31
17
Note que, de início, essa ú2ltima equação aparentava ser de
x
2º grau por causa do termo - no seu lado direito. Entretanto, 2) Resposta “ ”
3
depois das simplificações, vimo s que foi reduzida a uma equação
de 1º grau (17x = – 42). Solução:

Exercícios
x-1
x-4
1. Resolva a seguinte equação: - x + 3 = 2x -
2 4 3

2. Resolva:

3. Calcule:
a) -3x – 5 = 25

b) 2x - 1 = 3
2 3) Solução:
c) 3x + 24 = -5x
a) -3x – 5 = 25
4. Existem três números inteiros consecutivos com soma igual -3x = 25 + 5
a 393. Que números são esses? (-1) -3x = 30
3x = -30
5. Determine um número real “a” para que as expressões (3a
+ 6)/ 8 e (2a + 10)/6 sejam iguais. x = - 30 = -10
3

Didatismo e Conhecimento 97
MATEMÁTICA
29
1 9) Resposta “ k = ”
b) 2x - =3 15
2 Solução:
2(2x) - 1 = 6 (k – 3).3 + (2k – 5).4 + 4k = 0
2 3k – 9 + 8k – 20 + 4k = 0
4x – 1 = 6 3k + 8k + 4k = 9 + 20
4x = 6 + 1 15k = 29
4x = 7 k = 29
15
x= 7
4 10) Resposta
a) 18x = 65 + 43
c) 3x + 24 = -5x 18x = 108
3x + 5x = -24 x = 108/18
8x = -24 x=6

x = - 24
8
= -3 b) 23x = 14 - 17x + 16
23x + 17x = 30
4) Resposta “130; 131 e 132”. 40x = 30
Solução:
x = 30/40 = ¾
x + (x + 1) + (x + 2) = 393
3x + 3 = 393
3x = 390 c) 10y - 5 - 5y = 6y - 6 -20
x = 130 5y - 6y = -26 + 5
Então, os números procurados são: 130, 131 e 132. -y = -21
y = 21
5) Resposta “22”.
Solução:
(3a + 6) / 8 = (2a + 10) / 6 Equação do 2º Grau
6 (3a + 6) = 8 (2a + 10)
18a + 36 = 16a + 80 Denomina-se equação do 2º grau na incógnita x toda equação
2a = 44 da forma ax2 + bx + c = 0, em que a, b, c são números reais e a ≠ 0.
a = 44/2 = 22
Nas equações de 2º grau com uma incógnita, os números reais
6) Solução: expressos por a, b, c são chamados coeficientes da equação:
a) 2x – 8 = 10 - a é sempre o coeficiente do termo em x2.
2x = 10 + 8 - b é sempre o coeficiente do termo em x.
2x = 18 - c é sempre o coeficiente ou termo independente.
x = 9 → V = {9} Equação completa e incompleta:
b) 3 – 7.(1-2x) = 5 – (x+9) - Quando b ≠ 0 e c ≠ 0, a equação do 2º grau se diz completa.
3 –7 + 14x = 5 – x – 9 Exemplos
14x + x = 5 – 9 – 3 + 7 5x2 – 8x + 3 = 0 é uma equação completa (a = 5, b = – 8, c = 3).
15x= 0 y2 + 12y + 20 = 0 é uma equação completa (a = 1, b = 12, c
x = 0 → V= {0} = 20).
- Quando b = 0 ou c = 0 ou b = c = 0, a equação do 2º grau se
7) Resposta “Verdadeira”. diz incompleta.
Solução:
5x – 3 = 2x + 6 Exemplos
5.3 – 3 = 2.3 + 6
x2 – 81 = 0 é uma equação incompleta (a = 1, b = 0 e c = – 81).
15 – 3 = 6 + 6
10t2 +2t = 0 é uma equação incompleta (a = 10, b = 2 e c = 0).
12 = 12 → verdadeira
Então 3 é raiz de 5x – 3 = 2x + 6 5y2 = 0 é uma equação incompleta (a = 5, b = 0 e c = 0).

8) Resposta “Errada”. Todas essas equações estão escritas na forma ax2 + bx + c


Solução: = 0, que é denominada forma normal ou forma reduzida de uma
x2 – 3x = x – 6 equação do 2º grau com uma incógnita.
(-2)2 – 3. (-2) = - 2 - 6 Há, porém, algumas equações do 2º grau que não estão escritas
4+6=-2–6 na forma ax2 + bx + c = 0; por meio de transformações convenientes,
10 = -8 em que aplicamos o princípio aditivo e o multiplicativo, podemos
Então, -2 não é raiz de x2 – 3x = x – 6 reduzi-las a essa forma.

Didatismo e Conhecimento 98
MATEMÁTICA
Exemplo: Pelo princípio aditivo. Δ

x’’ =-b -
2.a
2x2 – 7x + 4 = 1 – x2
2x2 – 7x + 4 – 1 + x2 = 0 2º caso: Δ é zero ( Δ = 0).
2x2 + x2 – 7x + 4 – 1 = 0
3x2 – 7x + 3 = 0 Δ é igual a zero e ocorre:
Neste caso, √
Exemplo: Pelo princípio multiplicativo. Δ x = -b +- √
-b +- √ 0 -b + √
0 -b
x= = = - = 2a
2.a 2.a a.
2-1=x Observamos, então, a existência de um único valor real para
x 2 x-4
4.(x - 4) - x(x - 4) 2x2 a incógnita x, embora seja costume dizer que a equação tem duas
2x(x - 4) = 2x(x - 4)
raízes reais e iguais, ou seja:
4(x – 4) – x(x – 4) = 2x2 -b
4x – 16 – x2 + 4x = 2x2 x’ = x” =
2a
– x2 + 8x – 16 = 2x2
– x2 – 2x2 + 8x – 16 = 0
– 3x2 + 8x – 16 = 0 3º caso: Δ é um número real negativo ( Δ < 0).

Resolução das equações incompletas do 2º grau com uma Neste caso, √ Δ não é um número real, pois não há no conjunto
incógnita. dos números reais a raiz quadrada de um número negativo.
- A equação é da forma ax2 + bx = 0. Dizemos então, que não há valores reais para a incógnita x, ou
x2 + 9 = 0 ⇒ colocamos x em evidência seja, a equação não tem raízes reais.
x . (x – 9) = 0 A existência ou não de raízes reais e o fato de elas serem
x=0 ou x–9=0
duas ou uma única dependem, exclusivamente, do discriminante
x=9
Logo, S = {0, 9} e os números 0 e 9 são as raízes da equação. Δ= b2 – 4.a.c; daí o nome que se dá a essa expressão.

- A equação é da forma ax2 + c = 0. Na equação ax2 + bx + c = 0


- Δ = b2 – 4.a.c
x2 – 16 = 0 ⇒ Fatoramos o primeiro membro, que é uma - Quando Δ ≥ 0, a equação tem raízes reais.
diferença de dois quadrados. - Quando Δ < 0, a equação não tem raízes reais.
(x + 4) . (x – 4) = 0 - Δ > 0 (duas raízes diferentes).
x+4=0 x–4=0 - Δ = 0 (uma única raiz).
x=–4 x=4
Logo, S = {–4, 4}. Exemplo: Resolver a equação x2 + 2x – 8 = 0 no conjunto R.
temos: a = 1, b = 2 e c = – 8
Fórmula de Bhaskara
Δ= b2 – 4.a.c = (2)2 – 4 . (1) . (–8) = 4 + 32 = 36 > 0
Usando o processo de Bhaskara e partindo da equação escrita
na sua forma normal, foi possível chegar a uma fórmula que vai
nos permitir determinar o conjunto solução de qualquer equação Como Δ > 0, a equação tem duas raízes reais diferentes, dadas
do 2º grau de maneira mais simples. por:
Δ = -(2)+- √
36
x = -b - √
+ +
Essa fórmula é chamada fórmula resolutiva ou fórmula de = -2 - 6
2.a 2.(1) 2
Bhaskara.
-2 + 6 4 -2 - 6 -8
Δ
-b +- √ x’ = = =2 x” = = = -4
x= 2 2 2 2
2.a
Então: S = {-4, 2}.
Nesta fórmula, o fato de x ser ou não número real vai depender
do discriminante r; temos então, três casos a estudar. Exercícios
1º caso: Δ é um número real positivo ( Δ > 0).
1. Se x2 = – 4x, então:
Neste caso, √Δ é um número real, e existem dois valores reais
a) x = 2 ou x = 1
diferentes para a incógnita x, sendo costume representar esses
valores por x’ e x”, que constituem as raízes da equação. b) x = 3 ou x = – 1
c) x = 0 ou x = 2
Δ d) x = 0 ou x = – 4
x = -b - √
+ Δ

x’ = -b + e) x = 4 ou x = – 1
2.a 2.a

Didatismo e Conhecimento 99
MATEMÁTICA
2. As raízes reais da equação 1,5x2 + 0,1x = 0,6 são: Respostas

a) 2 e 1 1. Resposta “D”.
5 Solução:
2 x2 = – 4x
b) 3 e
5 3 x2 + 4x = 0
c) - 3 e - 2 x (x + 4) = 0
5 5 x=0 x+4=0
d) - 2 e 2 x = -4
5 3
e) 3 e - 2 2) Resposta “E”.
5 3 Solução:
1,5x2 + 0,1x = 0,6
3. As raízes da equação x3 – 2x2 – 3x = 0 são: 1,5x2 + 0,1x - 0,6 = 0 (x10)
a) –2, 0 e 1 15x2 +1x - 6 = 0
b) –1, 2 e 3 Δ = b2 – 4.a.c
c) – 3, 0 e 1 Δ = 12 – 4 . 15 . – 6
d) – 1, 0 e 3 Δ = 1 + 360
e) – 3, 0 e 2 Δ = 361
-1 +- √
361 -1 +- 19 18 3 -20 2
4. Verifique se o número 5 é raiz da equação x2 + 6x = 0. x= =
2.15 30 = = ou =-
30 5 30 3
5. Determine o valor de m na equação x2 + (m + 1)x – 12 = 0
para que as raízes sejam simétricas. 3) Resposta “D”.

6. Determine o valor de p na equação x2 – (2p + 5)x – 1 = 0 Solução


para que as raízes sejam simétricas. x3 – 2x2 – 3x = 0
x (x2 – 2x – 3) = 0
7. (U. Caxias do Sul-RS) Se uma das raízes da equação 2x2 – x=0 x2 – 2x – 3 = 0
3px + 40 = 0 é 8, então o valor de p é: Δ = b2 – 4.a.c
a) 5 Δ = -22 – 4 . 1 . – 3
b) 13 Δ = 4 + 12
3
c) 7 Δ = 16
d) –5
e) –7 -(-2) +-√16 2 +- 4 -2
= 6 = 3 ou = -1
x= 2 =2 2
2 2 2.1
8. O número de soluções reais da equação: -6x + 4x = -4,
com x ≠ 0 e x ≠ 3 é: 2x2 - 3x
a) 0 2
b) 1
c) -2
d) 3 -b -6 c =0=0
S= = 1 = -6 P=
e) 4 a a 1
9. O(s) valor(es) de B na equação x2 – Bx + 4 = 0 para que o
discriminante seja igual a 65 é(são): Raízes: {-6,0}
a) 0 Ou x2 + 6x = 0
b) 9 x (x + 6) = 0
c) –9 x=0 ou x+6=0
d) –9 ou 9 x=-6
e) 16
5) Resposta “-1”.
2
10. Um valor de b, para que a equação 2x + bx + 2 = 0 tenha Solução:
duas raízes reais e iguais é: c
-(m + 1) =-m-1P= -12
a) 2 S = -b = 1 = 1 = -12
a a
b) 3
c) 4
d) 5 -m-1=0
e) 6 m = -1

Didatismo e Conhecimento 100


MATEMÁTICA
6) Resposta “ -5/2”. Inequação do 1º Grau
Solução:
x2 – (2p + 5)x – 1 = 0 (-1) Inequação é toda sentença aberta expressa por uma
-x2 +(2p + 5)x + 1 = 0 desigualdade.

-(2p + 5) c As inequações x + 5 > 12 e 2x – 4 ≤ x + 2 são do 1º grau, isto


S= -b = = 2p + 5 P= = 1 = -1
-1 é, aquelas em que a variável x aparece com expoente 1.
a a -1
2p + 5 = 0 A expressão à esquerda do sinal de desigualdade chama-se
2p = -5 primeiro membro da inequação. A expressão à direita do sinal de
p = - 5/2 desigualdade chama-se segundo membro da inequação.

7) Resposta “C” Na inequação x + 5 > 12, por exemplo, observamos que:


Solução:
2x2 – 3px + 40 = 0 A variável é x;
282 – 3p8 + 40 = 0 O primeiro membro é x + 5;
2.64 – 24p + 40 = 0 O segundo membro é 12.
128 – 24p + 40 = 0
-24p = - 168 (-1) Na inequação 2x – 4 ≤ x + 2:
p = 168/24
p=7 A variável é x;
O primeiro membro é 2x – 4;
8) Resposta “C”. O segundo membro é x + 2.
Solução:
Propriedades da desigualdade
-6x2 + 4x3 x(-6x + 4x2)
= = -4
2x2 - 3x x(2x - 3) Propriedade Aditiva:
2
-8x + 12 = -6x + 4x
4x2 + 2x - 12 = 0 Mesmo sentido
Δ = b2 – 4.a.c
Δ = 22 – 4 . 4 . -12 Exemplo: Se 8 > 3, então 8 + 2 > 3 + 2, isto é: 10 > 5.
Δ = 4 + 192
Δ = 196 Somamos +2 aos dois membros da desigualdade
-2 +- √196 -2 +- 14 12 3 -16 Uma desigualdade não muda de sentido quando adicionamos
x= = = 2 ou = -2
2.4 8 8 8 ou subtraímos um mesmo número aos seus dois membros.
9) Resposta “D”.
Propriedade Multiplicativa:
Solução:
x2 – Bx + 4 = 0 Mesmo sentido
b2 – 4.a.c
b2 – 4 . 1 . 4 Exemplo: Se 8 > 3, então 8 . 2 > 3 . 2, isto é: 16 > 6.
b2 – 16 = 65
b2= 65 + 16 Multiplicamos os dois membros por 2
b = √81
b=9 Uma desigualdade não muda de sentido quando multiplicamos
b = -B ou dividimos seus dois membros por um mesmo número positivo.
B = ±9
Mudou de sentido
10) Resposta “C”.
Solução: Exemplo: Se 8 > 3, então 8 . (–2) < 3 . (–2), isto é: –16 < –6
2x2 + Bx + 2 = 0
b2 – 4.a.c Multiplicamos os dois membros por –2
b2 – 4 . 2 . 2
b2 - 16 Uma desigualdade muda de sentido quando multiplicamos ou
b2 = 16 dividimos seus dois membros por um mesmo número negativo.
b = √16 Resolver uma inequação é determinar o seu conjunto verdade
b=4 a partir de um conjunto universo dado.

Didatismo e Conhecimento 101


MATEMÁTICA
Vejamos, através do exemplo, a resolução de inequações do 1º grau. Exercícios
a) x < 5, sendo U = N
1. Resolver a inequação 7x + 6 > 4x + 7, sendo U = Q.

x 1 2x  3x
2. Resolver a inequação   , sendo U = Q.
2 4 5
Os números naturais que tornam a desigualdade verdadeira 3. Verificar se os números racionais −9 e 6 fazem parte do
são: 0, 1, 2, 3 ou 4. Então V = {0, 1, 2, 3, 4}. conjunto solução da inequação 5x − 3 . (x + 6) > x – 14.

b) x < 5, sendo U = Z 4. Resolva as seguintes inequações, em R.


a) 2x + 1 ≤ x + 6
b) 2 - 3x ≥ x + 14

5. Calcule as seguintes inequações, em R.


a) 2(x + 3) > 3 (1 - x)
Todo número inteiro menor que 5 satisfaz a desigualdade. b) 3(1 - 2x) < 2(x + 1) + x - 7
Logo, V = {..., –2, –1, 0, 1, 2, 3, 4}. c) x/3 - (x+1)/2 < (1 - x) / 4

c) x < 5, sendo U = Q 6. Resolva as seguintes inequações, em R.


Todo número racional menor que 5 é solução da inequação a) (x + 3) > (-x-1)
dada. Como não é possível representar os infinitos números b) [1 - 2*(x-1)] < 2
racionais menores que 5 nomeando seus elementos, nós o faremos c) 6x + 3 < 3x + 18
por meio da propriedade que caracteriza seus elementos. Assim:
7. Calcule as seguintes inequações, em R.
V = {x ∊ Q / x <5} a) 8(x + 3) > 12 (1 - x)
b) (x + 10) > (-x +6)
Resolução prática de inequações do 1º grau:
8. Resolva a inequação: 2 – 4x ≥ x + 17
A resolução de inequações do 1º grau é feita procedendo
de maneira semelhante à resolução de equações, ou seja, 9. Calcule a inequação 3(x + 4) < 4(2 –x).
transformando cada inequação em outra inequação equivalente
mais simples, até se obter o conjunto verdade. 10. Quais os valores de x que tornam a inequação
-2x +4 > 0 verdadeira?
Exemplo
Resolver a inequação 4(x – 2) ≤ 2 (3x + 1) + 5, sendo U = Q. Respostas
4(x – 2) ≤ 2 (3x + 1) + 5  1
x Q / x  
4x – 8 ≤ 6x + 2 + 5 aplicamos a propriedade distributiva 1) Resposta “S=   ”.
 3
4x – 6x ≤ 2 + 5 + 8 aplicamos a propriedade aditiva Solução: 
–2x ≤ 15 reduzimos os termos semelhantes 7x + 6 > 4x + 7
7x – 4x > 7 – 6
Multiplicando os dois membros por –1, devemos mudar o 3x > 1
sentido da desigualdade. x>1
1
Da i3nequação x > , podemos dizer que todos os números
2x ≥ –15 13
racionais maiores que formam o conjunto solução de inequação
dada, que é representad3a por:
Dividindoosdoismembrospor 2, obtemos: 2x   15  x   15  1 
 15  2 2 2 S= x Q / x  
Logo, V =  x Q | x   2   3 
 
Vamos determinar o conjunto verdade caso tivéssemos U = Z.
 
Solução:  2 
15
Sendo   7, 5 , vamos indicá-lo na reta numerada:
2 x 1 2x  3x 10x 5  4.(2  3x) 
    
2 4 5 20 20
10x ≤ 5 – 4 .(2 – 3x)
10x ≤ 5 – 8 + 12x
10x – 12 x ≤ -3
Logo, V = {–7, –6, –5, –4, ...} ou V = {x ∊ Z| x ≥ –7}. -2x ≤ -3 (-1)

Didatismo e Conhecimento 102


MATEMÁTICA

2x ≥ 3 6) Solução:
x≥ 3 
a) x + 3 > -x - 1
2  2x > -4
3 x > -4/2
Todo número racional maior ou igual a faz parte do x > -2
conjunto solução da inequação dada, ou seja: 2
 3
S= x Q / x   b) 1 - 2x + 2 < 2

 2
 - 2x < 2 - 1 - 2
- 2x < -1
3) Resposta “6 faz parte; -9 não faz parte”. 2x > 1
Solução: x > 1/2
5x − 3 . (x + 6) > x – 14
5x – 3x – 18 > x – 14 c) 6x - 3x < 18 - 3
2x – x > -18 + 14 3x < 15
x>4 x < 15/3
x<5
Fazendo agora a verificação:
- Para o número −9, temos: x > 4 → − 9 > 4 (sentença falsa) 7) Solução:
- Para o número 6, temos: x > 4 → 6 > 4 (sentença verdadeira) a) 8x + 24 > 12 - 12x
Então, o número 6 faz parte do conjunto solução da inequação, 20x > 12 - 24
enquanto o número −9 não faz parte desse conjunto.
20x > -12
x > -12/20
4) Solução:
a) 2x - x + 1 ≤ x - x + 6 x > -3/5
x+1≤6
x≤5 b) x + x > 6 - 10
2x > -4
b) 2 - 3x - x ≥ x - x + 14 x > -4/2
2 - 4x ≥ 14 x > -2
-4x ≥ 12
-x≥3 8) Resposta “x ≤ -3”.
x ≤ -3 Solução:
2 – 4x – x ≥ x – x + 17
5) Solução: 2 – 5x ≥ 17
a) 2x + 6 > 3 - 3x
-5x ≥ 17 – 2
2x - 2x + 6 > 3 - 3x - 2x
-5x ≥ 15
6 - 3 > -5x
3 > - 5x 5x ≤ -15
-x < 3/5 x ≤ -3
x > -3/5
9) Resposta “x > -7/4”.
b) 3 - 6x < 2x + 2 + x - 7 Solução:
-6x - 3x < -8 3x + 12 < 8 – 4x
-9x < -8 3x – 3x + 12 < 8 – 4x – 3x
9x > 8 12 < 8 – 7x
x > 8/9 12 – 8 < – 7x
4 < – 7x
c) Primeiro devemos achar um mesmo denominador. -x > 7/4
x > -7/4
4 x 6.(x  1) 3.(1  x)
 
12 12 12 10) Solução:
-2x > -4
-2x > -4 (-1)
4 x  6x  6 3  3x 2x < 4
12   12
x< 2
-2x - 6 < 3 - 3x O número 2 não é a solução da inequação dada, mais sim qual-
x<9 quer valor menor que 2.

Didatismo e Conhecimento 103


MATEMÁTICA
Verifique a solução: Finalmente, tomamos como solução para inequação as regiões
Para x = 1 do eixo x que atenderem às exigências da desigualdade.
-2x +4 > 0
-2.(1) +4 > 0 Exemplo
-2 + 4 > 0
2 > 0 (verdadeiro) Resolver a inequação x2 – 6x + 8  0.
- Fazemos y = x2 – 6x + 8.
- Estudamos a variação de sinal da função y.
Observe, então, que o valor de x menor que 2 é a solução para
inequação.

Inequação do 2º Grau

Chamamos inequação do 2º grau às sentenças: - Tomamos, como solução da inequação, os valores de x para
os quais y > 0:
ax2 + bx + c > 0 S = {x  R| x < 2 ou x > 4}
ax2 + bx + c ≥ 0
ax2 + bx + c < 0 Observação: Quando o universo para as soluções não é
ax2 + bx + c ≤ 0 fornecido, fazemos com que ele seja o conjunto R dos reais.

Onde a, b, c, são números reais conhecidos, a ≠ 0, e x é a Exercícios


incógnita.
1. Identifique os coeficientes de cada equação e diga se ela
Estudo da variação de sinal da função do 2º grau: é completa ou não:
a) 5x2 - 3x - 2 = 0
- Não é necessário que tenhamos a posição exata do vértice, b) 3x2 + 55 = 0
basta que ele esteja do lado certo do eixo x;
- Não é preciso estabelecer o ponto de intersecção do gráfico 2. Dentre os números -2, 0, 1, 4, quais deles são raízes da
da função com o eixo y e considerando que as imagens acima do equação x2-2x-8= 0?
eixo x são positivas e abaixo do eixo negativas, podemos dispensar
a colocação do eixo y. 3. O número -3 é a raíz da equação x2 - 7x - 2c = 0. Nessas
condições, determine o valor do coeficiente c:
Para estabelecer a variação de sinal de uma função do 2º grau,
basta conhecer a posição da concavidade da parábola, voltada para 4. Resolver a inequação 3x² + 10x + 7 < 0.
cima ou para baixo, e a existência e quantidade de raízes que ela
apresenta. 5. Determine a solução da inequação –2x² – x + 1 ≤ 0.

6. Calcule a solução da inequação x² – 6x + 9 > 0.


Consideremos a função f(x) = ax2 + bx + c com a ≠ 0.
7. Determine a solução da inequação x² – 4x ≥ 0.
8. Resolva a inequação -x² + 4 ≥ 0.

9. Identifique os coeficientes de cada equação e diga se ela


é completa ou não:
a) x2 - 6x = 0
b) x2 - 10x + 25 = 0

10. Para que os valores de x a expressão x² – 2x é maior


que –15?

Respostas

1) Solução:

a) a = 5; b = -3; c = -2
Equação completa

b) a = 3; b = 0; c = 55
Equação incompleta

Didatismo e Conhecimento 104


MATEMÁTICA
2) Solução: Sabemos que são duas as raízes, agora basta 6) Resposta “S = {x Є R / x < 3 e x > 3}”.
testarmos. Solução:

(-2)2 – 2.(-2) - 8 = 0 (-2)2 + 4 - 8 4 + 4 - 8 = 0 (achamos


uma das raízes)

02 – 2.0 - 8 = 0 0-0-8 0
12 – 2.1 - 8 = 0 1-2-8 0
42 – 2.4 - 8 = 0 16 - 8 - 8 = 0 (achamos a outra raiz)

3) Solução:
(-3)² - 7.(-3) - 2c = 0
9 +21 - 2c = 0
30 = 2c
c = 15 S = {x Є R / x < 3 e x > 3}

4) Resposta “S = {x Є R / –7/3 < x < –1}”. 7) Resposta “S = {x Є R / x ≤ 0 ou x ≥ 4}”.


Solução: Solução:

S = {x Є R / x ≤ 0 ou x ≥ 4}

8) Resposta “S = {x Є R/ -2 ≤ x ≤ 2}”.
Solução:
-x² + 4 = 0.
S = {x Є R / –7/3 < x < –1} x² – 4 = 0.
x1 = 2
5) Resposta “S = {x Є R / x < –1 ou x > 1/2} ”. x2 = -2
Solução:

S = {x Є R/ -2 ≤ x ≤ 2}

9) Solução:
a) a = 1; b = -6; c = 0
Equação incompleta

b) a = 1; b = -10; c = 25
Equação completa

10) Solução:
x² – 2x > 15
S = {x Є R / x < –1 ou x > 1/2} x² – 2x – 15 > 0

Didatismo e Conhecimento 105


MATEMÁTICA
Calculamos o Zero: Portanto, dizemos que todo triângulo retângulo tem um ângu-
lo interno reto e dois agudos, complementares entre si.
De acordo com a figura, reconhecemos nos lados b e c os ca-
tetos do triângulo retângulo e em a sua hipotenusa.

Lembremo-nos de que a hipotenusa será sempre o lado opos-


to ao ângulo reto em, ainda, o lado maior do triângulo. Podemos
relacioná-los através do Teorema de Pitágoras, o qual enuncia que
o quadrado sobre a hipotenusa de um triângulo retângulo é igual
à soma dos quadrados sobre os catetos (sic) ou, em linguajar mo-
x² – 2x – 15 = 0 derno, “a soma dos quadrados dos catetos é igual ao quadrado da
x = -3 ou x = +5 hipotenusa de um triângulo retângulo”.
Aplicado ao nosso triângulo, e escrito em linguagem matemá-
tica, o teorema seria expresso como segue:
a2 = b2 + c2

Seno, Co-seno e Tangente de um Ângulo Agudo


TRIGONOMETRIA: ARCOS E
ÂNGULOS. FUNÇÕES A fig. 2 ilustra um triângulo retângulo conhecido como triân-
gulo pitagórico, classificação devida ao fato de que, segundo a tra-
TRIGONOMÉTRICAS.
dição grega, através dele Pitágoras enunciou seu Teorema.
APLICAÇÕES DAS LEIS DO
SENO E DO COSSENO. RESOLUÇÃO
DE TRIÂNGULOS. APLICAÇÕES.

Trigonometria no Triângulo Retângulo

Razões Trigonométricas no Triângulo Retângulo


De fato, as medidas de seus lados (3, 4 e 5 unidades de com-
Definiremos algumas relações e números obtidos a partir dos
primento) satisfazem a sentença 52 = 32 + 42.
lados de triângulos retângulos. Antes, porém, precisamos rever al-
Apesar de nos apoiarmos particularmente no triângulo pitagó-
gumas de suas propriedades.
rico, as relações que iremos definir são válidas para todo e qual-
quer triângulo retângulo. Apenas queremos, dessa forma, obter
A fig. 1 apresenta um triângulo onde um de seus ângulos inter-
 alguns resultados que serão comparados adiante.
nos é reto (de medida 90º ou rad), o que nos permite classificá-lo Definimos seno, co-seno e tangente de um ângulo agudo de
2
como um triângulo retângulo. um triângulo retângulo pelas relações apresentadas no quadro a
seguir:

Seno do ângulo = cateto  oposto  ao  ângulo


hipotenusa

Co-seno do ângulo = cateto  adjacente  ao  ângulo


hipotenusa

Tangente do ângulo = cateto  oposto  ao  ângulo


Lembremo-nos de que, qualquer que seja o triângulo, a soma cateto  adjacente  ao  ângulo
dos seus três ângulos internos vale 180º. Logo, a respeito do triân-
gulo ABC apresentado, dizemos que: A partir dessas definições, o cálculo de seno, co-seno e tangen-
te do ângulo α, por exemplo, nos fornecerão os seguintes valores:
    90  180      90
sen α = 3 = 0,6
Com isso, podemos concluir: 5
- Que os ângulos α e β são complementares, isto é, são ângulos cos α = 4 = 0,8
cujas medidas somam 90º; 5
- Uma vez que são complementares ambos terão medida in- tg α = 3 = 0,75
ferior a 90º. 4

Didatismo e Conhecimento 106


MATEMÁTICA
Ao que acabamos de ver, aliemos um conhecimento adquirido
da Geometria. Ela nos ensina que dois triângulos de lados propor- cotg α = 4
cionais são semelhantes. 3
Se multiplicarmos, então, os comprimentos dos lados de nos-
so triângulo pitagórico semelhante, com os novos lados (6, ,8 e 10) sec α = 5
igualmente satisfazendo o Teorema de Pitágoras. 4

Na fig. 3, apresentamos o resultado dessa operação, em que cosec α = 5


mostramos o triângulo ABC, já conhecido na fig. 1 e A BC . 3
1 1

Seno, Co-seno, Tangente e Co-tangente de Ângulos Com-


plementares
Observemos que os ângulos α e β permanecem sendo os ângu-
los agudos internos do triângulo recém-construído. Já foi visto que em todo triângulo retângulo os ângulos agudos
Lançando Mao das medidas dos novos lados A1B, BC1eA1C1 são complementares.
(respectivamente 8, 10 e 6 unidades de comprimento), calculemos,
para o ângulo α, os valores de seno, co-seno e tangente:
8
sen α = = 0,6
10
cos α = 8 = 0,8
10
tg α = 6 = 0,75
8
Nosso intuito, na repetição dessas operações, é mostrar que,     90
não importando se o triângulo PE maior ou menor, as relações defi-
nidas como seno, co-seno e tangente têm, individualmente, valores 
constantes, desde que calculados para os mesmo ângulos. Sabemos ainda que:
Em outras palavras, seno, co-seno e tangente são funções ape- b c
nas dos ângulos internos do triângulo, e não de seus lados. sen α = sen β =
a a
Outras Razões Trigonométricas – Co-tangente, Secante e c b
Co-secante cos α = cos β =
a a
Além das razões com que trabalhamos até aqui, são definidas b c
a co-tangente, secante e co-secante de um ângulo agudo de triân- tg α = tg β =
gulo retângulo através de relações entre seus lados, como defini- c b
mos no quadro a seguir: c b
cotg α = cotg β =
cot do ângulo = cateto  adjacente  ao  ângulo b c
cateto  oposto  ao  ângulo Verifica-se facilmente que:
hipotenusa
sec do ângulo = sen α = cos β; cos α = sen β;
cateto  adjacente  ao  ângulo tg α = cotg β; cotg α = tg β.

cosec do ângulo = hipotenusa


Exemplo
cateto  oposto  ao  ângulo
Por exemplo, para um triângulo retângulo de lados 3, 4 e 5 Um triângulo retângulo tem catetos cujas medidas são 5 cm
unidades de comprimento, como exibido na fig. 6, teríamos, para e 12 cm. Determine o valor de seno, co-seno e tangente dos seus
o ângulo α, ângulos agudos.

Didatismo e Conhecimento 107


MATEMÁTICA
Primeiramente, vamos calcular os comprimentos da diagonal
do quadrado (identificado na figura 4 por d) e a altura h, do triân-
gulo equilátero (figura 5).
Uma vez que as regiões sombreadas nas figuras são triângulos
retângulos, podemos aplicar o teorema de Pitágoras para cada um
deles.

Resolução Para o meio-quadrado, temos que:

Para respondermos ao que se pede, necessitaremos do com- D2 =a2 + a2 → d2 = 2 . a2


primento da hipotenusa do triângulo. Aplicando o Teorema de Pi-
tágoras, temos que: d  a 2
a2 = b2 + c2 → a2 = 52 + 122 = 169 Quanto ao triângulo equilátero, podemos escrever o seguinte:
2 2 2
l 2   1
 h2  h2  l2  l 3l l3
Logo, a = 13 cm. Assim, obtemos para seno, co-seno e tangen-   h2 
te dos ângulos da Figura, os seguintes valores: 
5 12 5 2 4 4 2
sen   con 
 tg  Sabemos, agora, que o triângulo hachurado no interior do qua-
13 13 12
drado tem catetos de medida a e hipotenusa a 2 . Para o outro
12 5 12
sen   con   tg  triângulo sombreado, teremos catetos e medidas 1 e l 3 , enquanto
13 13 5 sua hipotenusa tem comprimento l. 2 2

Passemos, agora, ao cálculo de seno, co-seno e tangente dos


Ângulos Notáveis ângulos de 30om 45o e 60o.
Seno, Co-seno e Tangente dos Ângulos Notáveis
Seno, Co-seno e Tangente de 30o e 60o.
Uma vez definidos os conceitos de seno, co-seno e tangente
de ângulos agudos internos a um triângulo retângulo, passaremos Tomando por base o triângulo equilátero da figura 5, e conhe-
a determinar seus valores para ângulos de grande utilização em cendo as medidas de seus lados, temos:
diversas atividades profissionais e encontrados facilmente em si-
tuações cotidianas. l
Por exemplo, na Mecânica, demonstra-se que o ângulo de lan- sen 30 = 2  1 .1  1
o
çamento, tomado com relação à horizontal, para o qual se obtém l 2 l 2
o máximo alcance com uma mesma velocidade de tiro, é de 45 o;
uma colméia é constituída, interiormente, de hexágonos regulares, l3
que por sua vez, são divisíveis, cada um, em seis triângulos equilá- h 3
teros, cujos ângulos internos medem 60 o; facilmente encontram-se cos 30 =  
o 2
coberturas de casas, de regiões tropicais, onde não há neve, com l l 2
ângulo de inclinação definido nos 30o, etc.
Vamos selecionar, portanto, figuras planas em que possamos l l
delimitar ângulo com as medidas citadas (30o, 45o e 60o). Para isso, tg 30o= 2 l 2 1 3  3
passaremos a trabalhar com o quadrado e o triângulo equilátero.  2  . . 
h l3 2 l 3 3 3 3
Observemos, na figura 4 e na figura 5, que a diagonal de um 2
quadrado divide ângulos internos opostos, que são retos, em duas
partes de 45 + o+, e que o segmento que define a bissetriz (e altura) l3
de um ângulo interno do triângulo equilátero permite-nos reconhe-
cer, em qualquer das metades em que este é dividido, ângulos de sen 60 = h
o
 2 
3
medidas 30o e 60o. l 1 2

l
cos 60 =  l .1  1
o2
l 2 l 2

l3
3 2
tg 60o= h  2  . 

 

3
l l 21
2 2

Didatismo e Conhecimento 108


MATEMÁTICA
Seno, Co-seno e Tangente de 45o Aplicando as medidas de seus lados no teorema de Pitágoras,
obtemos a seguinte igualdade:
A partir do quadrado representado na figura 4, de lado a e
diagonal a 2 , podemos calcular: b2 + c2 = a2
a a 1 2
sen 45o=   .2  Dividindo os seus membros por a2, não alteraremos a igualda-
d a2 2 2 2 de. Assim, teremos:
2 2
a a 1 2 2 b2 c 2 a2  b c
cos 45o=   . 2    
       1
d a2 2 2 2 2 2
a a a  a   a 
a
tg 45o  1 Observemos que as frações entre parênteses podem definir,
a com relação ao nosso triângulo, que:
Os resultados que obtivemos nos permitem definir, a seguir,
uma tabela de valores de seno, co-seno e tangente dos ângulos sen2α + cos2α = 1 e cos2β + sen2 β = 1
notáveis, que nos será extremamente útil.
Podemos afirma, portanto, que a soma dos quadrados de seno
30o 45o 60o e co-seno de um ângulo x é igual à unidade, ou seja:
sen
1 2 3 Sen2x + cos2x = 1
2 2 2 Expliquemos o significado da partícula co, que inicia o nome
das relações co-seno, cotangente e co-secante. Ela foi introduzida
cos
3 2 1 por Edmund Gunter, em 1620, querendo indicar a razão trigono-
métrica do complemento. Por exemplo, co-seno de 22o tem valor
2 2 2 idêntico ao seno de 68o (complementar de 22o)
tg Assim, as relações co-seno, co-tangente e co-secante de um
3 1
3 ângulo indicam, respectivamente, seno, tangente e secante do
complemento desse ângulo.
3 Assim, indicando seno, tangente e secante simplesmente pelo
nome de razão, podemos dizer que:
Identidades Trigonométricas
co-razão x = razão (90o –x)
É comum a necessidade de obtermos uma razão trigonométri-
ca, para um ângulo, a partir de outra razão cujo valor seja conheci- Facilmente podemos concluir, com base no triângulo apresen-
do, ou mesmo simplificar expressões extensas envolvendo várias tado na figura A, que:
relações trigonométricas para um mesmo ângulo.
Nesses casos, as identidades trigonométricas que iremos de- sen α=cos β sen β=cos α
duzir neste tópico são ferramentas de grande aplicabilidade. tg α=cotg β tg β=cotg α
Antes de demonstrá-las, é necessário que definamos o que sec α=cossec β sec β=cossec α
vem a ser uma identidade.
Identidade em uma ou mais variáveis é toda igualdade ver- Façamos outro desenvolvimento. Tomemos um dos ângulos
dadeira para quaisquer valores a elas atribuídos, desde que verifi- agudos do triângulo ABC, da figura A. Por exemplo, α. Dividindo-
quem as condições de existência 2de2xexpressão.
4 se sen α por cos α, obtemos:
Por exemplo, a igualdade x  x 2x é uma identidade em x,
2
b
pois é verdadeira para todo x real, desde q x≠0 (divisão por zero é sen  b a b
indeterminado ou inexistente).  a  .   tg 
cos  c a c c
De forma aanáloga, o leitor obterá o mesmo resultado se tomar
o ângulo β. Dizemos, portanto, que, para um ângulo x, tal que cós
x ≠ 0,

sen x
tg x  cos x
Podemos observar, também, que a razão b , que representa tg
c
α, se invertida (passando a c ), vem a constituir cotg α. Em virtude
b
disso, e aproveitando a iden tidade enunciada anteriormente, pode-
mos dizer que, para todo ângulo x de seno não-nulo:
Vamos verificar agora como se relacionam as razões trigono-
métricas que já estudamos. Para isso, faremos uso do triângulo ABC na figura A, retângulo em A.
apresentado

Didatismo e Conhecimento 109


cotg x = 1 
tg x c
o
s
MATEMÁTICA
x
s
e
n
x

Didatismo e Conhecimento 110


MATEMÁTICA
Tais inversões ocorrem também e se tratando das relações
seno, co-seno, secante e co-secante. Vejamos que:
 a  c
sen   cos 
 b E  a
 
cos ec  a sec  a

 b 
 c
6. Os lados de um triângulo são 3, 4 e 6. O cosseno do
maior ângulo interno desse triângulo vale:
Teríamos encontrado inversões semelhantes se utilizássemos a) 11 / 24
o ângulo β. b) - 11 / 24
Dizemos, assim, que, para um dado ângulo x, c) 3 / 8
d) - 3 / 8
sec x = 1 e) - 3 / 10
cox x
cosec x = 1 7. Se x e y são dois arcos complementares, então podemos
sen x afirmar que A = (cosx - cosy)2 + (senx + seny)2 é igual a:
Desde que seja respeitada a condição de os denominadores a) 0
dos segundos membros dessas identidades não serem nulos. b) ½
c) 3/2
Exercícios d) 1
e) 2
1. Sabe-se que, em qualquer triângulo retângulo, a medida
8. Calcule sen 2x sabendo-se que tg x + cotg x = 3.
da mediana relativa à hipotenusa é igual à metade da medida
da hipotenusa. Se um triângulo retângulo tem catetos medindo
9. Qual o domínio e o conjunto imagem da função y = ar-
5cm e 2cm, calcule a representação decimal da medida da me-
csen 4x?
diana relativa a hipotenusa nesse triângulo.
10. Calcule o triplo do quadrado do coseno de um arco
2. Um quadrado e um triângulo equilátero têm o mesmo
cujo quadrado da tangente vale 2.
perímetro. Sendo h a medida da altura do triângulo e d a medida da
diagonal do quadrado. Determine o valor da razão h/d. Respostas

1) Solução:
h2  52  22
h2  25  4
h2  29
h  29
29 5, 38
mediana    2, 69
2 2
3. As raízes da equação x² - 14x + 48 = 0 expressam em cen-
tímetros as medidas dos catetos de um triângulo retângulo. De-
termine a medida da hipotenusa e o perímetro desse triângulo.

4. Seja o triângulo ABC, mostrado na figura, onde a = 20,


b = 10 2 e B = 30. Calcular o raio do círculo circunscrito e o
ângulo C.

5. Os lados adjacentes de um paralelogramo medem


1388m e 2526m e o ângulo formado entre estes lados mede
54,42º. Determinar o comprimento da maior diagonal desse
quadrilátero.

Didatismo e Conhecimento 111


MATEMÁTICA
2) Solução: 4) Solução:
Pela Lei dos senos, b = 2R . sen(B), logo 10 2 = 2R . sen(30)
4 L  3L e desse modo R = 10 2 .
2 1
Como a soma dos ângulos internos de um triângulo é igual a
3
L L 180º, calcularemos o ângulo A.
2
41 Pela Lei dos Senos, b . sem (A) = a . sen(B), de onde segue que
d 2  L 2 2  L2 2 10 2 . sem(A) = 20 . sen(30), assim, sem (A) = 2
2
d 2  2L 22 Como A é um dos ângulos do triângulo então A = 45º ou A =
d  L2 2 135º.
3 Como B = 30°, da relação A + B + C = 180º, segue que A + C
d L 2 = 150° e temos duas possibilidades:
4 1L 2 1. A = 45º e C = 105º
  2. A = 135º e C = 15º.
L1     h
2 1 2

 2 
5) Solução:
h2 1L 2  L 21 No triângulo ABC, A + C = 54,42º, então: B = 180º - 54,42º
4 = 125,58º
4 L1  L 1 2

2
A lei dos cossenos:
h2  b² = a² + c² - 2ac cos(B)
4

h2  1
3L 2  garante que:

4
3L 12 b² = (1388)² + (2526)² - 2(1388)(2526) cos(125,58º)
h 

4  Assim, b = 3519,5433 e então garantimos que a maior dia-
h  L1 3
2
 gonal do paralelogramo mede aproximadamente 3519,54 metros.

h L 13 L 3 4  6) Resposta “B”.
  1   4 3 46 6 Solução: Sabemos que num triângulo, ao maior lado opõe-se o

2  2 
d 3L1 2 2 3L1 2 6 2 2 12 3 maior ângulo. Logo, o maior ângulo será aquele oposto ao lado de
medida 6. Teremos então, aplicando a lei dos cossenos:
4 62 = 32 + 42 - 2 . 3 . 4 . cos b \ 36 - 9 - 16 = - 24 . cos b \ cos b =
- 11 / 24 e, portanto, a alternativa correta é a letra B.
3) Solução:
x2  14 x  48  0 Lembrete: TC - Teorema dos cossenos: Em todo triângulo, o
quadrado de um lado é igual à soma dos quadrados dos outros dois,
14  (14)2  4.148 menos o dobro do produto desses lados pelo cosseno do angulo
x que eles formam.
2.1
14  196  192 7) Resposta “E”.
x
2 Solução: Desenvolvendo os quadrados, vem:
14  2 A = cos2 x - 2 . cosx . cosy + cos2 y + sen2 x + 2 . senx . seny
x
2 + sen2 y
14  2
x 8 Organizando convenientemente a expressão, vem:
1
142 2 A = (cos2 x + sen2 x) + (sen2 y + cos2 y) - 2 . cosx . cosy + 2 .
x2  6 senx . seny
2 A = 1 + 1 - 2 . cosx . cosy + 2 . senx . seny
h2  62  82 A = 2 - 2 . cosx . cosy + 2 . senx . seny
h2  36  64 Como os arcos são complementares, isto significa que x + y =
90º \ y = 90º - x.
h2  100 Substituindo, vem:
h 100 A = 2 - 2 . cosx . cos(90º - x) + 2 . senx . sen(90º - x)
Mas, cos(90º - x) = senx e sen(90º - x) = cosx, pois sabemos
h  10cm
que o seno de um arco é igual ao cosseno do seu complemento e o
P  6  8  10  24cm cosseno de um arco é igual ao seno do seu complemento.

Didatismo e Conhecimento 112


MATEMÁTICA
Logo, substituindo, fica:
A = 2 - 2 . cosx . senx + 2 . senx . cosx
A = 2 + (2senxcosx - 2senxcosx) = 2 + 0 = 2 , e portanto a
alternativa correta é a letra E.

8) Solução:
Escrevendo a tgx e cotgx em função de senx e cosx , vem:
1
senx cos x sen2x  cos2 x  3 3
  3 
cos x senx senx cos x senxconx
Como temos várias determinações para o mesmo ângulo, es-
Daí, vem: 1 = 3 . senx . cosx \ senx . cosx = 1 / 3. Ora, sabe- creveremos )=y’
mos que sen 2x = 2 . senx . cosx e portanto senx . cosx = (sen 2x)
/ 2 , que substituindo vem: Para simplificar os enunciados e definições seguintes, escre-
veremos sen(x) para denotar o seno do arco de medida x radianos.
(sen 2x) / 2 = 1 / 3 e, portanto, sen 2x = 2 / 3.
Cosseno: O cosseno do arco AM correspondente ao ângulo a,
9. Solução:
denotado por cos(AM) ou cos(a), é a medida do segmento 0C, que
Podemos escrever: 4x = seny. Daí, vem:
coincide com a abscissa x’ do ponto M.
Para x: -1 £ 4x £ 1 Þ -1/4 £ x £ 1/4. Portanto, Domínio = D =
[-1/4, 1/4].
Para y: Da definição vista acima, deveremos ter
-p /2 £ y £ p /2.

Resposta: D = [-1/4, 1/4] e Im = [-p /2, p /2].

10) Solução:
Seja x o arco. Teremos:
tg2x = 2

Desejamos calcular 3.cos2x, ou seja, o triplo do quadrado do Como antes, existem várias determinações para este ângulo,
coseno do arco. razão pela qual, escrevemos cos(AM) = cos(a) = ) = x’
Sabemos da Trigonometria que: 1 + tg2x = sec2x
Tangente
Portanto, substituindo, vem: 1 + 2 = sec2x = 3
Como sabemos que: Seja a reta t tangente à circunferência trigonométrica no ponto
secx = 1/cosx , quadrando ambos os membros vem: A=(1,0). Tal reta é perpendicular ao eixo OX. A reta que passa pelo
sec2x = 1/ cos2x \ cos2x = 1/sec2x = 1/3 \ 3cos2x = 3(1/3) = 1 ponto M e pelo centro da circunferência intersecta a reta tangente
t no ponto T=(1,t’). A ordenada deste ponto T, é definida como a
Portanto, o triplo do quadrado do coseno do arco cuja tangente tangente do arco AM correspondente ao ângulo a.
vale 2, é igual à unidade.
Resposta: 1

Circunferência Trigonométrica

Dada uma circunferência trigonométrica contendo o ponto


A=(1,0) e um número real x, existe sempre um arco orientado AM
sobre esta circunferência, cuja medida algébrica corresponde a x
radianos.
Seno: No plano cartesiano, consideremos uma circunferência
trigonométrica, de centro em (0,0) e raio unitário. Seja M=(x’,y’)
Assim a tangente do ângulo a é dada pelas suas várias deter-
um ponto desta circunferência, localizado no primeiro quadrante,
minações: tan(AM) = tan(a) = ) = µ(AT) = t’
este ponto determina um arco AM que corresponde ao ângulo cen-
tral a. A projeção ortogonal do ponto M sobre o eixo OX determina Podemos escrever M=(cos(a),sen(a)) e T=(1,tan(a)), para cada
um ponto C=(x’,0) e a projeção ortogonal do ponto M sobre o eixo ângulo a do primeiro quadrante. O seno, o cosseno e a tangente de
OY determina outro ponto B=(0,y’). ângulos do primeiro quadrante são todos positivos.
A medida do segmento OB coincide com a ordenada y’ do Um caso particular importante é quando o ponto M está sobre
ponto M e é definida como o seno do arco AM que corresponde ao o eixo horizontal OX. Neste caso: cos(0)=1, sen(0)=0 e tan(0)=0
ângulo a, denotado por sen(AM) ou sen(a). Ampliaremos estas noções para ângulos nos outros quadrantes

Didatismo e Conhecimento 113


MATEMÁTICA
Ângulos no segundo quadrante Quando o ângulo mede /2, a tangente não está definida
pois a reta OP não intercepta a reta t, estas são paralelas. Quando
Se na circunferência trigonométrica, tomamos o ponto M no a=3 /2, temos: /2)=0, /2)=-1
segundo quadrante, então o ângulo a entre o eixo OX e o seg-
mento OM pertence ao intervalo /2<a< . Do mesmo modo Simetria em relação ao eixo OX
que no primeiro quadrante, o cosseno está relacionado com a
abscissa do ponto M e o seno com a ordenada deste ponto. Como Em uma circunferência trigonométrica, se M é um ponto no
o ponto M=(x,y) possui abscissa negativa e ordenada positiva, o primeiro quadrante e M’ o simétrico de M em relação ao eixo OX,
sinal do seno do ângulo a no segundo quadrante é positivo, o estes pontos M e M’ possuem a mesma abscissa e as ordenadas
cosseno do ângulo a é negativo e a tangente do ângulo a é possuem sinais opostos.

negativa.
Outro caso particular importante é quando o ponto M está so-
bre o eixo vertical OY e neste caso: /2)=0 e /2)=1 A
tangente não está definida, pois a reta OM não intercepta a Sejam A=(1,0) um ponto da circunferência, a o ângulo corres-
reta t, pois elas são paralelas. pondente ao arco AM e b o ângulo correspondente ao arco AM’,
obtemos:
Ângulos no terceiro quadrante sen(a) = -sen(b)
cos(a) = cos(b)
O ponto M=(x,y) está localizado no terceiro quadrante, o que tan(a) = -tan(b)
significa que o ângulo pertence ao intervalo: <a<3 /2.
Este ponto M=(x,y) é simétrico ao ponto M’=(-x,-y) do primeiro Simetria em relação ao eixo OY
qua- drante, em relação à origem do sistema, indicando que tanto
a sua abscissa como a sua ordenada são negativos. O seno e o Seja M um ponto da circunferência trigonométrica localizado
cosseno de um ângulo no terceiro quadrante são negativos e a no primeiro quadrante, e seja M’ simétrico a M em relação ao eixo
tangente é positiva. OY, estes pontos M e M’ possuem a mesma ordenada e as abscissa
são simétricas.

Em particular, se radianos, temos que )=-1, sen(


)=0 e )=0
Sejam A=(1,0) um ponto da circunferência, a o ângulo corres-
Ângulos no quarto quadrante pondente ao arco AM e b o ângulo correspondente ao arco AM’.
Desse modo:
O ponto M está no quarto quadrante, /2<a< . O seno de sen(a) = sen(b)
ângulos no quarto quadrante é negativo, o cosseno é positivo e a cos(a) = -cos(b)
tangente é negativa. tan(a) = -tan(b)

Simetria em relação à origem

Seja M um ponto da circunferência trigonométrica localiza-


do no primeiro quadrante, e seja M’ simétrico de M em relação a
origem, estes pontos M e M’ possuem ordenadas e abscissas si-
métricas.

Didatismo e Conhecimento 114


MATEMÁTICA
Definimos a distância entre A e B, denotando-a por d(A,B),
como:

Se M é um ponto da circunferência trigonométrica, cujas


coordenadas são indicadas por (cos(a),sen(a)) e a distância deste
ponto até a origem (0,0) é igual a 1. Utilizando a fórmula da dis-
tância, aplicada a estes pontos, d(M,0)=[(cos(a)-0)²+(sen(a)-0)²]1/2,
de onde segue que 1=cos²(a)+sin²(a).
Sejam A=(1,0) um ponto da circunferência, a o ângulo corres-
pondente ao arco AM e b o ângulo correspondente ao arco AM’.
Desse modo:
sen(a) = -sen(b)
cos(a) = -cos(b)
tan(a) = tan(b)

Senos e cossenos de alguns ângulos notáveis

Uma maneira de obter o valor do seno e cosseno de alguns


ângulos que aparecem com muita frequência em exercícios e apli-
cações, sem necessidade de memorização, é através de simples
observação no círculo trigonométrico.

Segunda relação fundamental

Outra relação fundamental na trigonometria, muitas vezes to-


mada como a definição da função tangente, é dada por:
sen(a)
tan(a) 
cos(a)

Deve ficar claro, que este quociente somente fará sentido


quando o denominador não se anular.
Se a=0, ou , temos que sen(a)=0, implicando que
tan(a)=0, mas se /2 ou /2, segue que cos(a)=0 e a divi-
são acima não tem sentido, assim a relação tan(a)=sen(a)/cos(a)
não é verdadeira para estes últimos valores de a.
Primeira relação fundamental Para 0, a , 2 ,a /2 e 3 /2, considere
novamente a circunferência trigonométrica na figura seguinte.
Uma identidade fundamental na trigonometria, que realiza um
papel muito importante em todas as áreas da Matemática e também
das aplicações é: sin²(a) + cos²(a) = 1 que é verdadeira para todo
ângulo a.
Necessitaremos do conceito de distância entre dois pontos no
plano cartesiano, que nada mais é do que a relação de Pitágoras.
Sejam dois pontos, A=(x’,y’) e B=(x”,y”).

Os triângulos OMN e OTA são semelhantes, logo:


AT OA

MN ON

Didatismo e Conhecimento 115


MATEMÁTICA
Como AT=|tan(a)|, MN=|sen(a)|, OA=1 e ON=|cos(a)|, para e desse modo ei(a+b) = cos(a)cos(b) - sen(a)sen(b) + i [cos(a)
todo ângulo a, 0<a<2 com a /2 e 3 /2 temos sen(b) + cos(b)sen(a)]

sen(a) Para que dois números complexos sejam iguais, suas partes
tan(a) 
reais e imaginárias devem ser iguais, logo
cos(a)
cos(a+b) = cos(a)cos(b) - sen(a)sen(b)
sen(a+b) = cos(a)sen(b) + cos(b)sen(a)
Forma polar dos números complexos
Para a diferença de arcos, substituímos b por -b nas fórmulas
Um número complexo não nulo z=x+yi, pode ser representa- da soma
do pela sua forma polar: cos(a+(-b)) = cos(a)cos(-b) - sen(a)sen(-b)
z = r [cos(c) + i sen(c)] sen(a+(-b)) = cos(a)sen(-b) + cos(-b)sen(a)
onde r=|z|=R[x²+y²], i²=-1 e c é o argumento (ângulo formado
para obter
entre o segmento Oz e o eixo OX) do número complexo z.
cos(a-b) = cos(a)cos(b) + sen(a)sen(b)
sen(a-b) = cos(b)sen(a) - cos(a)sen(b)

Seno, cosseno e tangente da soma e da diferença

Na circunferência trigonométrica, sejam os ângulos a e b com


0£a£2 e , a>b, então;
sen(a+b) = sen(a)cos(b) + cos(a)sen(b)
cos(a+b) = cos(a)cos(b) - sen(a)sen(b)

A multiplicação de dois números complexos na forma polar: Dividindo a expressão de cima pela de baixo, obtemos:
A = |A| [cos(a)+isen(a)]
sen(a)cos(b)  cos(a)sen(b)
B = |B| [cos(b)+isen(b)] tan(a  b) 
cos(a)cos(b)  sen(a)sen(b)
é dada pela Fórmula de De Moivre:
AB = |A||B| [cos(a+b)+isen(a+b)] Dividindo todos os quatro termos da fração por cos(a)cos(b),
Isto é, para multiplicar dois números complexos em suas for- segue a fórmula:
mas trigonométricas, devemos multiplicar os seus módulos e so-
mar os seus argumentos. tan(a)  tan(b)
tan(a  b) 
Se os números complexos A e B são unitários então |A|=1 e 1  tan(a) tan(b)
|B|=1, e nesse caso
A = cos(a) + i sen(a) Como
B = cos(b) + i sen(b) sen(a-b) = sen(a)cos(b) - cos(a)sen(b)
cos(a-b) = cos(a)cos(b) + sen(a)sen(b)
Multiplicando A e B, obtemos podemos dividir a expressão de cima pela de baixo, para ob-
AB = cos(a+b) + i sen(a+b) ter:
tan(a)  tan(b)
tan(a  b) 
Existe uma importantíssima relação matemática, atribuída a 1  tan(a) tan(b)
Euler (lê-se “óiler”), garantindo que para todo número complexo z
e também para todo número real z:
eiz = cos(z) + i sen(z)

Tal relação, normalmente é demonstrada em um curso de Cál-


culo Diferencial, e, ela permite uma outra forma para representar
números complexos unitários A e B, como:
A = eia = cos(a) + i sen(a)
B = eib = cos(b) + i sen(b)

onde a é o argumento de A e b é o argumento de B. Assim,


ei(a+b) = cos(a+b)+isen(a+b)

Por outro lado ei(a+b) = eia . eib = [cos(a)+isen(a)] [cos(b)+i-


sen(b)]

Didatismo e Conhecimento 110


MATEMÁTICA
Subtração
POLINÔMIOS: CONCEITO, Exemplo 1
ADIÇÃO, MULTIPLICAÇÃO E
DIVISÃO DE POLINÔMIOS Subtraindo –3x2 + 10x – 6 de 5x2 – 9x – 8.
E PROPRIEDADES. (5x2 – 9x – 8) – (–3x2 + 10x – 6) → eliminar os parênteses
utilizando o jogo de sinal.
– (–3x2) = +3x2
– (+10x) = –10x
Polinômios – (–6) = +6

Para polinômios podemos encontrar várias definições 5x2 – 9x – 8 + 3x2 –10x +6 → reduzir os termos semelhantes.
diferentes como: 5x2 + 3x2 – 9x –10x – 8 + 6
Polinômio é uma expressão algébrica com todos os termos 8x2 – 19x – 2
semelhantes reduzidos. Polinômio é um ou mais monômios Portanto: (5x2 – 9x – 8) – (–3x2 + 10x – 6) = 8x2 – 19x – 2
separados por operações.
As duas podem ser aceitas, pois se pegarmos um polinômio Exemplo 2
encontraremos nele uma expressão algébrica e monômios
separados por operações. Se subtrairmos 2x³ – 5x² – x + 21 e 2x³ + x² – 2x + 5 teremos:
(2x³ – 5x² – x + 21) – (2x³ + x² – 2x + 5) → eliminando os
- 3xy é monômio, mas também considerado polinômio,
parênteses através do jogo de sinais.
assim podemos dividir os polinômios em monômios (apenas um
monômio), binômio (dois monômios) e trinômio (três monômios). 2x³ – 5x² – x + 21 – 2x³ – x² + 2x – 5 → redução de termos
semelhantes.
- 3x + 5 é um polinômio e uma expressão algébrica. 2x³ – 2x³ – 5x² – x² – x + 2x + 21 – 5
0x³ – 6x² + x + 16
Como os monômios, os polinômios também possuem grau e – 6x² + x + 16
é assim que eles são separados. Para identificar o seu grau, basta Portanto: (2x³ – 5x² – x + 21) – (2x³ + x² – 2x + 5) = – 6x² +
observar o grau do maior monômio, esse será o grau do polinômio. x + 16
Com os polinômios podemos efetuar todas as operações:
adição, subtração, divisão, multiplicação, potenciação. Exemplo 3
O procedimento utilizado na adição e subtração de polinômios
envolve técnicas de redução de termos semelhantes, jogo de sinal, Considerando os polinômios A = 6x³ + 5x² – 8x + 15, B = 2x³
operações envolvendo sinais iguais e sinais diferentes. Observe os – 6x² – 9x + 10 e C = x³ + 7x² + 9x + 20. Calcule:
exemplos a seguir: a) A + B + C
(6x³ + 5x² – 8x + 15) + (2x³ – 6x² – 9x + 10) + (x³ + 7x² + 9x
Adição + 20)
6x³ + 5x² – 8x + 15 + 2x³ – 6x² – 9x + 10 + x³ + 7x² + 9x + 20
Exemplo 1
6x³ + 2x³ + x³ + 5x² – 6x² + 7x² – 8x – 9x + 9x + 15 + 10 + 20
9x³ + 6x² – 8x + 45
Adicionar x2 – 3x – 1 com –3x2 + 8x – 6.
(x2 – 3x – 1) + (–3x2 + 8x – 6) → eliminar o segundo parênteses
através do jogo de sinal. A + B + C = 9x³ + 6x² – 8x + 45
+(–3x2) = –3x2
+(+8x) = +8x b) A – B – C
+(–6) = –6 (6x³ + 5x² – 8x + 15) – (2x³ – 6x² – 9x + 10) – (x³ + 7x² + 9x
x2 – 3x – 1 –3x2 + 8x – 6 → reduzir os termos semelhantes. + 20)
6x³ + 5x² – 8x + 15 – 2x³ + 6x² + 9x – 10 – x³ – 7x² – 9x – 20
x2 – 3x2 – 3x + 8x – 1 – 6 6x³ – 2x³ – x³ + 5x² + 6x² – 7x² – 8x + 9x – 9x + 15 – 10 – 20
–2x2 + 5x – 7 6x³ – 3x³ + 11x² – 7x² – 17x + 9x + 15 – 30
Portanto: (x2 – 3x – 1) + (–3x2 + 8x – 6) = –2x2 + 5x – 7 3x³ + 4x² – 8x – 15

Exemplo 2 A – B – C = 3x³ + 4x² – 8x – 15

Adicionando 4x2 – 10x – 5 e 6x + 12, teremos: A multiplicação com polinômio (com dois ou mais monômios)
(4x2 – 10x – 5) + (6x + 12) → eliminar os parênteses utilizando pode ser realizada de três formas:
o jogo de sinal. Multiplicação de monômio com polinômio.
4x2 – 10x – 5 + 6x + 12 → reduzir os termos semelhantes. Multiplicação de número natural com polinômio.
4x2 – 10x + 6x – 5 + 12 Multiplicação de polinômio com polinômio.
4x2 – 4x + 7 As multiplicações serão efetuadas utilizando as seguintes
Portanto: (4x2 – 10x – 5) + (6x + 12) = 4x2 – 4x + 7 propriedades:

Didatismo e Conhecimento 111


MATEMÁTICA
- Propriedade da base igual e expoente diferente: an . am= a n + m • Monômio é um tipo de polinômio que possui apenas um
- Monômio multiplicado por monômio é o mesmo que termo, ou seja, que possui apenas coeficiente e parte literal. Por
multiplicar parte literal com parte literal e coeficiente com exemplo:
coeficiente. a2 → 1 é o coeficiente e a2 parte literal.
3x2y → 3 é o coeficiente e x2y parte literal.
Multiplicação de monômio com polinômio -5xy6 → -5 é o coeficiente e xy6 parte literal.
• Divisão de monômio por monômio
- Se multiplicarmos 3x por (5x2 + 3x – 1), teremos:
3x . (5x2 + 3x – 1) → aplicar a propriedade distributiva. Ao resolvermos uma divisão onde o dividendo e o divisor
3x . 5x2 + 3x . 3x + 3x . (-1) são monômios devemos seguir a regra: dividimos coeficiente com
15x3 + 9x2 – 3x coeficiente e parte literal com parte literal. Exemplos: 6x3 : 3x = 6
. x3 = 2x2 3x2
Portanto: 3x (5x2 + 3x – 1) = 15x3 + 9x2 – 3x
- Se multiplicarmos -2x2 por (5x – 1), teremos:
-2x2 (5x – 1) → aplicando a propriedade distributiva.
-2x2 . 5x – 2x2 . (-1) Observação: ao dividirmos as partes literais temos que estar
- 10x3 + 2x2 atentos à propriedade que diz que base igual na divisão, repete a
base e subtrai os expoentes.
Portanto: -2x2 (5x – 1) = - 10x3 + 2x2 Depois de relembrar essas definições veja alguns exemplos de
como resolver divisões de polinômio por monômio.
Exemplo: (10a3b3 + 8ab2) : (2ab2)
Multiplicação de número natural
O dividendo 10a3b3 + 8ab2 é formado por dois monômios.
- Se multiplicarmos 3 por (2x2 + x + 5), teremos:
Dessa forma, o divisor 2ab2, que é um monômio, irá dividir cada
3 (2x2 + x + 5) → aplicar a propriedade distributiva.
um deles, veja:
3 . 2x2 + 3 . x + 3 . 5
(10a3b3 + 8ab2) : (2ab2)
6x2 + 3x + 15.

Portanto: 3 (2x2 + x + 5) = 6x2 + 3x + 15.


Assim, transformamos a divisão de polinômio por monômio
Multiplicação de polinômio com polinômio em duas divisões de monômio por monômio. Portanto, para
concluir essa divisão é preciso dividir coeficiente por coeficiente e
- Se multiplicarmos (3x – 1) por (5x2 + 2) parte literal por parte literal.
(3x – 1) . (5x2 + 2) → aplicar a propriedade distributiva.
3x . 5x2 + 3x . 2 – 1 . 5x2 – 1 . 2
15x3 + 6x – 5x2 – 2

Portanto: (3x – 1) . (5x2 + 2) = 15x3 + 6x – 5x2 – 2


- Multiplicando (2x2 + x + 1) por (5x – 2), teremos:
(2x2 + x + 1) (5x – 2) → aplicar a propriedade distributiva.
2x2 . (5x) + 2x2 . (-2) + x . 5x + x . (-2) + 1 . 5x + 1 . (-2)
10x3 – 4x2 + 5x2 – 2x + 5x – 2
10x3+ x2 + 3x – 2

Portanto: (2x2 + x + 1) (5x – 2) = 10x3+ x2 + 3x – 2 ou

Divisão Portanto, (10a3b3 + 8ab2) : (2ab2) = 5a2b + 4


Exemplo: (9x2y3 – 6x3y2 – xy) : (3x2y)
A compreensão de como funciona a divisão de polinômio por
monômio irá depender de algumas definições e conhecimentos. O dividendo 9x2y3 – 6x3y2 – xy é formado por três monômios.
Será preciso saber o que é um monômio, um polinômio e como Dessa forma, o divisor 3x2y, que é um monômio irá dividir cada
resolver a divisão de monômio por monômio. Dessa forma, veja a um deles, veja:
seguir uma breve explicação sobre esses assuntos.

• Polinômio é uma expressão algébrica racional e inteira, por


exemplo: Assim, transformamos a divisão de polinômio por monômio
x2y em três divisões de monômio por monômio. Portanto, para concluir
3x – 2y essa divisão é preciso dividir coeficiente por coeficiente e parte
x + y5 + ab literal por parte literal.

Didatismo e Conhecimento 112


MATEMÁTICA
2) Resposta “36x4”.
Solução:
Área: (6x²)² = (6)² . (x)² = 36x4
Logo, a área é expressa por 36x4.

3) Resposta “7x + 3y”.


Portanto, Solução:
7 cadernos a x reais cada um: 7x reais
3 cadernos a y reais cada um: 3y reais.
Portanto, a quantia que Noêmia gastará na compra dos
Exercícios cadernos é expressa por:
7x + 3y → uma expressão algébrica que indica a adição de
1. Um Caderno custa y reais. Gláucia comprou 4 cadernos, monômios.
Cristina comprou 6, e Karina comprou 3. Qual é o monômio que
expressa a quantia que as três gastaram juntas? 4) Resposta “2,3x – 1,65xy + 0,8y”.
Solução:
2. Suponha que a medida do lado de um quadrado seja 0,3x – 5xy + 1,8y + 2x – y + 3,4xy =
expressa por 6x², em que x representa um número real positivo. = 0,3x + 2x – 5xy + 3,4xy + 1,8y – y = → propriedade
Qual o monômio que vai expressar a área desse quadrado? comutativa
= 2,3x – 1,65xy + 0,8y → reduzindo os termos semelhantes
3. Um caderno de 200 folhas custa x reais, e um caderno de
100 folhas custa y reais. Se Noêmia comprar 7 cadernos de 200 Então: 2,3x – 1,65xy + 0,8y é a forma reduzida do polinômio
folhas e 3 cadernos de 100 folhas, qual é a expressão algébrica que dado.
irá expressar a quantia que ela irá gastar?
5) Resposta “5x + 2xy – 4y”.
4. Escreve de forma reduzida o polinômio: 0,3x – 5xy + 1,8y
Solução: 1˚ Modo:
+ 2x – y + 3,4xy.
(7x – 2xy – 5y) + (–2x + 4xy + y) =
= 7x – 2xy – 5y – 2x + 4xy + y =
5. Calcule de dois modos (7x – 2xy – 5y) + (-2x + 4xy + y)
= 7x – 2x – 2xy + 4xy – 5y + y =
= 5x + 2xy – 4y
6. Determine P1 + P2 – P3, dados os Polinômios:
2˚ Modo:
7x – 2xy – 5y
P1 = 3x² + x²y² - 7y²
– 2x + 4xy + y
P2 = 2x² + 8x²y² + 3y²
-------------------------
P3 = 5x² + 7x²y² - 9y²
5x + 2xy – 4y
7. Qual é o polinômio P que, adicionado ao polinômio 2y5 –
3y4 + y² – 5y + 3, dá como resultado o polinômio 3y5 – 2y4 – 2y3 6) Resposta “–3x² + 2x²y² + 5y²”.
+ 2y² – 4y + 1? Solução:
(3x² + x²y² - 7y²) + (x² + 8x²y² + 3y²) – (5x² + 7x²y² - 9y²) =
8. Qual é a forma mais simples de se escrever o polinômio = 3x² + x²y² – 7y² – x² + 8x²y² + 3y² – 5x² – 7x²y² + 9y² =
expresso por: 2x(3a – 2x) + a(2x – a) – 3x(a + x)? = 3x² – x² – 5x² + x²y² + 8x²y² – 7x²y² – 7y² + 3y² + 9y² =
= –3x² + 2x²y² + 5y²
9. Qual a maneira para se calcular a multiplicação do seguinte
polinômio: (2x + y)(3x – 2y)? Logo, P1 + P2 – P3 = –3x² + 2x²y² + 5y².

10. Calcule: (12a5b² – 20a4b³ + 48a³b4) (4ab). 7) Resposta “y5 + y4 – 2y3 + y² + y – 2”.
Solução:
P + (2y5 – 3y4 + y² – 5y + 3) = (3y5 – 2y4 – 2y3 + 2y² – 4y +
Respostas 1). Daí:
P = (3y5 – 2y4 – 2y3 + 2y² – 4y + 1) – (2y5 – 3y4 + y² – 5y + 3) =
1) Resposta “13y reais”. = 3y5 – 2y4 – 2y3 + 2y² – 4y + 1 – 2y5 + 3y4 – y² + 5y – 3 =
Solução: 4y + 6y + 3y = = 3y5 – 2y5 – 2y4 + 3y4 – 2y3 + 2y² – y² – 4y + 5y + 1 – 3 =
= (4 + 6 + 3)y = = y5 + y4 – 2y3 + y² + y – 2.
= 13y
Logo, as três juntas gastaram 13y reais. Logo, o polinômio P procurado é y5 + y4 – 2y3 + y² + y – 2.

Didatismo e Conhecimento 113


MATEMÁTICA
8) Resposta “5ax – 7x² – a²”. Polinômio: é a soma ou subtração de monômios.
Solução: Ex: 4x+2y
2x(3a – 2x) + a(2x – a) – 3x(a + x) =
= 6ax – 4x² + 2ax – a² – 3ax – 3x² = Termos semelhantes: são aqueles que possuem partes literais
= 6ax + 2ax – 3ax – 4x² – 3x² – a² = iguais ( variáveis )
= 5ax – 7x² – a² Ex: 2 x³ y² z e 3 x³ y² z » são termos semelhantes pois pos-
suem a mesma parte literal.
9) Resposta “6x² – xy – 2y²”.
Solução: Nesse caso podemos resolve de duas maneiras: Adição e Subtração de expressões algébricas
1˚ Maneira: (2x + y)(3x – 2y) = Para determinarmos a soma ou subtração de expressões algé-
= 2x . 3x – 2x . 2y + y . 3x – y . 2y = bricas, basta somar ou subtrair os termos semelhantes.
= 6x² – 4xy + 3xy – 2y² = Assim: 2 x³ y² z + 3x³ y² z = 5x³ y² z ou 2 x³ y² z - 3x³ y² z
= 6x² – xy – 2y² = -x³ y² z

2˚ Maneira: Convém lembrar dos jogos de sinais.


3x – 2y Na expressão ( x³ + 2 y² + 1 ) – ( y ² - 2 ) = x³ +2 y² + 1 – y²
x 2x + y + 2 = x³ + y² +3
-------------------
6x² – 4xy Multiplicação e Divisão de expressões algébricas
+ 3xy – 2y² Na multiplicação e divisão de expressões algébricas, devemos
--------------------- usar a propriedade distributiva.
6x² – xy – 2y² Exemplos:
1) a ( x+y ) = ax + ay
10) Resposta “3a4b – 5a³b² + 12a²b³”. 2) (a+b)(x+y) = ax + ay + bx + by
Solução: 3) x ( x ² + y ) = x³ + xy
(12a5b² – 20a4b³ + 48a³b4) (4ab) =
= (12a5b² 4ab) – (20a4b³ 4ab) + (48a³b4 4ab) = Para multiplicarmos potências de mesma base, conservamos a
= 3a b – 5a³b² + 12a²b³
4
base e somamos os expoentes.
Na divisão de potências devemos conservar a base e subtrair
os expoentes
Exemplos:
EQUAÇÕES ALGÉBRICAS: 1) 4x² : 2 x = 2 x
RAÍZES, RELAÇÃO ENTRE 2) ( 6 x³ - 8 x ) : 2 x = 3 x² - 4
COEFICIENTES E RAÍZES. 3) (x4 - 5x3 + 9x2 - 7x+2) :(x2 - 2x + 1) = x2 - 3x +2
APLICAÇÕES.
Resolução:

x4 - 5x3 + 9x2 - 7x+2 x2 - 2x + 1


Expressões Algébricas são aquelas que contêm números e -x4 + 2x3 - x2 x2 - 3x + 2
letras. -3x3 + 8x2 -7x
Ex: 2ax²+bx 3x3 - 6x2 -3x
2x2 - 4x + 2
Variáveis são as letras das expressões algébricas que repre- -2x2 + 4x - 2
sentam um número real e que de princípio não possuem um valor 0
definido.
Valor numérico de uma expressão algébrica é o número que Para iniciarmos as operações devemos saber o que são termos
obtemos substituindo as variáveis por números e efetuamos suas semelhantes.
operações. Dizemos que um termo é semelhante do outro quando suas
partes literais são idênticas.
Ex: Sendo x =1 e y = 2, calcule o valor numérico (VN) da
expressão: Veja:
x² + y » 1² + 2 =3 Portando o valor numérico da expressão 5x2 e 42x são dois termos, as suas partes literais são x2 e x, as
é 3. letras são iguais, mas o expoente não, então esses termos não são
semelhantes.
Monômio: os números e letras estão ligados apenas por pro- 7ab2 e 20ab2 são dois termos, suas partes literais são ab 2 e ab2,
dutos. observamos que elas são idênticas, então podemos dizer que são
Ex : 4x semelhantes.

Didatismo e Conhecimento 114


MATEMÁTICA
Adição e subtração de monômios Divisão de monômios

Só podemos efetuar a adição e subtração de monômios entre Para dividirmos os monômios não é necessário que eles sejam
termos semelhantes. E quando os termos envolvidos na operação semelhantes, basta dividirmos coeficiente com coeficiente e parte
de adição ou subtração não forem semelhantes, deixamos apenas literal com parte literal. Sendo que quando dividirmos as partes
a operação indicada. literais devemos usar a propriedade da potência que diz: am : an
Veja: = am - n (bases iguais na divisão repetimos a base e diminuímos os
Dado os termos 5xy2, 20xy2, como os dois termos são expoentes), sendo que a ≠ 0.
semelhantes eu posso efetuar a adição e a subtração deles.
5xy2 + 20xy2 devemos somar apenas os coeficientes e (-20x2y3) : (- 4xy3) na divisão dos dois monômios, devemos
conservar a parte literal. dividir os coeficientes -20 e - 4 e na parte literal dividirmos as que
25 xy2 têm mesma base para que possamos usar a propriedade am : an =
5xy2 - 20xy2 devemos subtrair apenas os coeficientes e am – n.
conservar a parte literal.
- 15 xy2 -20 : (– 4) . x2 : x . y3 : y3
5 x2 – 1 y3 – 3
Veja alguns exemplos: 5x1y0
- x2 - 2x2 + x2 como os coeficientes são frações devemos tirar 5x
o mmc de 6 e 9.
3x2 - 4 x2 + 18 x2
Potenciação de monômios
18
17x2 Na potenciação de monômios devemos novamente utilizar
18 uma propriedade da potenciação:
- 4x2 + 12y3 – 7y3 – 5x2 devemos primeiro unir os termos (I) (a . b)m = am . bm
semelhantes. 12y3 – 7y3 + 4x2 – 5x2 agora efetuamos a soma e a (II) (am)n = am . n
subtração. Veja alguns exemplos:
-5y3 – x2 como os dois termos restantes não são semelhantes, (-5x2b6)2 aplicando a propriedade
devemos deixar apenas indicado à operação dos monômios.
(I). (-5)2 . (x2)2 . (b6)2 aplicando a propriedade
Reduza os termos semelhantes na expressão 4x2 – 5x -3x +
(II) 25 . x4 . b12 25x4b12
2x2. Depois calcule o seu valor numérico da expressão. 4x2 – 5x
- 3x + 2x2 reduzindo os termos semelhantes. 4x2 + 2x2 – 5x - 3x
Exercícios
6x2 - 8x os termos estão reduzidos, agora vamos achar o valor
numérico dessa expressão.
Para calcularmos o valor numérico de uma expressão devemos 1. Determine o 7º termo do binômio (2x + 1)9, desenvolvido
ter o valor de sua incógnita, que no caso do exercício é a letra x. segundo as potências decrescentes de x.
Vamos supor que x = - 2, então substituindo no lugar do x o
-2 termos: 2. Qual o termo médio do desenvolvimento de (2x + 3y)8?

6x2 - 8x 3. Desenvolvendo o binômio (2x - 3y)3n, obtemos um polinô-


6 . (-2)2 – 8 . (-2) = mio de 16 termos. Qual o valor de n?
6 . 4 + 16 =
24 + 16 4. Determine o termo independente de x no desenvolvimento
40 de (x + 1/x )6.

Multiplicação de monômios 5. Calcule: (3x²+2x-1) + (-2x²+4x+2).

Para multiplicarmos monômios não é necessário que eles sejam 6. Efetue e simplifique o seguinte calculo algébrico: (2x+3).
semelhantes, basta multiplicarmos coeficiente com coeficiente e (4x+1).
parte literal com parte literal. Sendo que quando multiplicamos
as partes literais devemos usar a propriedade da potência que diz: 7. Efetue e simplifique os seguintes cálculos algébricos:
am . an = am + n (bases iguais na multiplicação repetimos a base e a) (x - y).(x² - xy + y²)
somamos os expoentes). b) (3x - y).(3x + y).(2x - y)

(3a2b) . (- 5ab3) na multiplicação dos dois monômios, devemos 8. Dada a expressão algébrica bc – b2, determine o seu valor
multiplicar os coeficientes 3 . (-5) e na parte literal multiplicamos numérico quando b = 2,2 e c = 1,8.
as que têm mesma base para que possamos usar a propriedade am
. an = am + n. 9. Calcule o valor numérico da expressão 2x3 – 10y, quando
x = -3 e y = -4.
3 . ( - 5) . a2 . a . b . b3 10. Um caderno curta y reais. Gláucia comprou 4 cadernos,
-15 a2 +1 b1 + 3 Cristina comprou 6 cadernos, e Karina comprou 3. Qual é o monô-
-15 a3b4 mio que expressa a quantia que as três gastaram juntas?

Didatismo e Conhecimento 115


MATEMÁTICA
Respostas Ora, para que o termo seja independente de x, o expoente des-
ta variável deve ser zero, pois x0 = 1.
1) Resposta “672x3”. Logo, fazendo 6 - 2p = 0, obtemos p = 3. Substituindo então p
Solução: Primeiro temos que aplicar a fórmula do termo geral por 6, teremos o termo procurado. Temos então:
de (a + b)n, onde: 6!
T = T = C . x0 = C = = 6.5.4.3! =20
a = 2x 3+1 4 6,3 6,3 [(6-3)!.3!] 3!.2.1
b=1
n=9 Logo, o termo independente de x é o T4 (quarto termo) que é
igual a 20.
Como queremos o sétimo termo, fazemos p = 6 na fórmula do
termo geral e efetuamos os cálculos indicados. 5) Solução:
Temos então: (3x²+2x-1) + (-2x²+4x+2)
9-6 6 9! 3x² + 2x – 1 – 2x² + 4x + 2 =
T6+1 = T7 = C9,6 . (2x) × (1) = ×(2x)3×1=
[(9-6)! x6!] x² + 6x + 1
9.8.7.6!
= 3.2.1.6! ×8x³=672x³ 6) Solução:
(2x+3).(4x+1)
Portanto o sétimo termo procurado é 672x3. 8x² + 2x + 12x + 3 =
8x² + 14x + 3
2) Resposta “90720x4y4”.
Solução: Temos: 7) a - Solução:
a = 2x (x - y).(x² - xy + y²)
b = 3y x³ - x²y + xy² - x²y + xy² - y³ =
n=8 x³ - 2x²y + 2xy² - y³ =
Sabemos que o desenvolvimento do binômio terá 9 termos,
porque n = 8. Ora sendo T1 T2 T3 T4 T5 T6 T7 T8 T9 os termos do b - Solução:
(3x - y).(3x + y).(2x - y)
desenvolvimento do binômio, o termo do meio (termo médio) será
(3x - y).(6x² - 3xy + 2xy - y²) =
o T5 (quinto termo). (3x - y).(6x² - xy - y²) =
18x³ - 3x²y - 3xy² - 6x²y + xy² + y³ =
Logo, o nosso problema resume-se ao cálculo do T5. Para 18x³ - 9x²y - 2xy² + y³
isto, basta fazer p = 4 na fórmula do termo geral e efetuar os cálcu-
los decorrentes. Teremos: 8) Resposta “-0,88”.
8! Solução:
T4+1 = T5 = C8,4 . (2x)8-4 . (3y)4 = . (2x)4 . (3y)4 = bc – b2 =
[(8-4)! .4!] 2,2 . 1,8 – 2,22 = (Substituímos as letras pelos valores passa-
= 8.7.6.5.4! . 16x4 . 81y4 dos no enunciado)
(4!.4.3.2.1 3,96 – 4,84 =
Fazendo as contas vem: -0,88.
Portanto, o valor procurado é 0,88.
T5= 70.16.81.x4 . y4 = 90720x4y4 , que é o termo médio pro-
9) Resposta “-14”.
curado. Solução:
2x3 – 10y =
3) Resposta “5”. 2.(-3)² - 10.(-4) = (Substituímos as letras pelos valores do
Solução: Ora, se o desenvolvimento do binômio possui 16 ter- enunciado da questão)
mos, então o expoente do binômio é igual a 15. 2.(27) – 10.(-4) =
Logo, (-54) – (-40) =
3n = 15 de onde se conclui que n = 5. -54 + 40 = -14.
Portanto -14 é o valor procurado na questão.
4) Resposta “20”.
Solução: Sabemos que o termo independente de x é aquele 10) Resposta “13y reais”.
que não depende de x, ou seja, aquele que não possui x. Solução: Como Gláucia gastou 4y reais, Cristina 6y reais e
Temos no problema dado: Karina 3y reais, podemos expressar essas quantias juntas por:
a=x
4y + 6y + 3y =
(4 + 6 + 3)y =
b= 1 13y
x
n = 6. Importante: Numa expressão algébrica, se todos os monômios
Pela fórmula do termo geral, podemos escrever:
ou termos são semelhantes, podemos tornar mais simples a expres-
6-p 1 são somando algebricamente os coeficientes numéricos e manten-
Tp+1 = C6,p . x . ( ) = C6,p . x6-p . x-p = C 6,p . x6-2p.
x p do a parte literal.

Didatismo e Conhecimento 116


MATEMÁTICA
3) Costuma-se indicar pela letra x a abscissa de um ponto.
GEOMETRIA ANALÍTICA:
Exemplo 1
COORDENADAS CARTESIANAS,
DISTÂNCIA ENTRE DOIS PONTOS, Marcar sobre o eixo x, representado abaixo, os pontos A(2),
EQUAÇÕES DA RETA, ÁREA DE UM B(-3) e C .
TRIÂNGULO. APLICAÇÕES. 0 1 x
POSIÇÕES RELATIVAS.
Resolução
-3 0 ½ 1 2 x

B C A
A Geometria Analítica é a parte da Matemática que trata de
resolver problemas cujo enunciado é geométrico, empregando
processos algébricos. 2- Segmento Orientado
Criada por René Descartes (1596-1650), a Geometria Analítica
contribui para a visão moderna da Matemática como um todo, Dado um segmento de reta AB, é possível associar a ele o
substituindo assim a visão parcelada das chamadas “matemáticas”, sentido de A para B ou o sentido de B para A. adotando-se, por
que colocava em compartilhamentos separados Geometria, exemplo, o sentido de A para B, tem-se o segmento orientado
Álgebra e Trigonometria. de origem A e extremidade B.
Essa integração da Geometria com Álgebra é muito rica em
seus resultados, propriedades e interpretações. São inúmeras as
aplicações da Geometria Analítica nas Ciências e na Técnica. A B

1- Abscissa de um ponto 3- Medida Algébrica


Considere-se uma reta r. Sobre ela, marque-se um ponto O Considere-se sobre um eixo r um segmento orientado .
arbitrário, que chamaremos de origem, e seja adotada uma unidade
r
(u) de comprimento com a qual serão medidos os segmentos
contidos na reta r. A B
O r
A medida algébrica de , que será indicada por ,é
u definida pelo número XB – XA, onde XB e XA são respectivamente
Tome-se na reta r os pontos P à direita de O e P’ à esquerda de
as abscissas de B e de A.
O, tais que, relativamente a (u), os segmentos e tenham a mesma
Assim:
medida m.
P’ O P r = XB – XA
m m Exemplo 2
O sentido de O para P será considerado positivo e indicado
por uma ponta de seta. Assim associa-se ao ponto P o número real a) A(3)
positivo m e ao ponto P’, o número –m. = XB – XA = 10 – 3 = 7
B(10)

P’(-m) O P(m) b) A(1)


r = XB – XA = 1 – 8 = 7
B(8)
Dessa forma, associa-se a cada ponto da reta r um único número
real, que será denominado abscissa (ou coordenada) do ponto; a Observações
abscissa é positiva se, a partir da origem, o ponto for marcado no 1) Quando o sentido de é o mesmo do eixo, a medida
sentido positivo, e é negativa em caso contrário. algébrica é positiva; em caso contrário, é negativa. Nessas
B O A condições, se tem medida algébrica positiva, então tem
r medida algébrica negativa.
-2 3
A(3): ponto Ade abscissa 3 2) O comprimento d de um segmento orientado ,é o
B (-2): ponto B de abscissa -2 módulo (valor absoluto) da medida algébrica de , ou seja, .
Em símbolos:
O conjunto {reta, origem, unidade, sentido} será chamado d= = |XB - XA|
eixo. Exemplo 3
Notas
1) A abscissa da origem é o número real 0 (zero). a) O comprimento do segmento orientado , dados A(2) e
2) Cada ponto de um eixo possui uma única abscissa, e B(11) é
reciprocamente para cada abscissa existe um único ponto do eixo. = |XB - XA| = |11 – 2| = |9| = 9

Didatismo e Conhecimento 117


MATEMÁTICA
4- Ponto Médio
b) O comprimento do segmento orientado , dados A(3) e
B(8) é Considerem-se os pontos A(X ) Ae B(X ). Sendo M(X ) o
B M
ponto médio de (ou de ), tem-se:
= |XB - XA| = |3 - 8| = |-5| = 5

Exemplo 4
Na figura abaixo, os pontos A, B e C estão sobre o eixo x de
origem O.
A O C B
x
-4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4

Calcular: De fato,
a) XA XB
b)
A B B
c)

Resolução

Da figura, tem-se XA = -3, XB = 4 e XC = 2.


Assim,
a) = XC – XA = 2 – (-3) = 5 Portanto, a abscissa do ponto médio M do segmento (ou de
b) = XO – XB = 0 – 4 = -4 ) é a média aritmética das abscissas de A e de B.

c) Exemplo 7

Exemplo 5 Determinar o ponto médio M do segmento , nos seguintes


casos:
Dados os pontos A(1) e B(9), determinar o ponto C tal que a) A(1) e B(7)
.
Resolução
Resolução
Seja XC a abscisssa do ponto C:
Resposta: M(4).

b) A(-3) e B(15)
Substituindo-se as coordenadas dos pontos:
XC – 1 = 3(9 - XC) XC = 7 Resolução
Resposta: C(7).

Exemplo 6 Resposta: M(6).

Dado o ponto A(3), determinar um ponto B que diste 5 c) A(-1) e B(-12)


unidades do ponto A.
Resolução
Resolução
Seja XB a abscissa de B. Tem-se: = 5, ou seja, |XB - XA|
=5 Resposta: M .

XB – 3 = 5  XB = 8 Exemplo 8
Então |XB – 3| = 5 ou
Dados os pontos A(1) e B(16), obter os pontos que dividem o
XB – 3 = -5  XB = -2
segmento em três partes congruentes.
De fato, existem dois pontos B que distam 5 unidades de A:
Resolução
-2 -1 0 1 2 3 4 5 6 7 8
B A B Considere-se a figura abaixo, onde R e S são os pontos pedidos.
1 16
5 5
A R S B
Resposta: B(8) ou B(-2).

Didatismo e Conhecimento 118


MATEMÁTICA

Como são iguais, pode-se escrever , ou G (3, -2)


seja, H (3, 0)
XS – XA = 2(XB – XS) O (0, 0) y
X – 1 = 2(16 – X )  X = 11
S S S

Sendo R o ponto médio de , vem: C B A


2

-3 -2 -1
1 1 2 3 x
Resposta: R(6) e S(11). •

D 0 H
-1
Sistema Cartesiano
-2
E
Nota F G
1- Coordenadas de um ponto
Neste estudo, será utilizado somente o sistema cartesiano
retangular, que se chamará simplesmente sistema cartesiano.
Sejam x e y dois eixos perpendiculares entre si e com origem O
comum, conforme a figura abaixo. Nessas condições, diz-se que x
Observações
e y formam um sistema cartesiano retangular (ou ortogonal), e
1) Os eixos x e y dividem o plano cartesiano em quatro regiões
o plano por eles determinado é chamado plano cartesiano.
ou quadrantes (Q), que são numeradas, como na figura abaixo.
Eixo x (ou Ox): eixo das abscissas y
Eixo y (ou Ou): eixo das ordenadas
O: origem do sistema 2º Q 1º Q
y
x
0

1 x
3º Q 4º Q
0 1

2) Neste curso, a reta suporte das bissetrizes do 1º e 3º


quadrantes será chamada bissetriz dos quandrantes ímapares e
A cada ponto P do plano corresponderão dois números: a indica-se por bi.a do 2º e 4º quadrantes será chamado bissetriz dos
(abscissa) e b (ordenada), associados às projeções ortogonais de P quadrantes pares e indica-se por bp.
sobre o eixo x e sobre o eixo y, respectivamente. y
Assim, o ponto P tem coordenadas a e b e será indicado bp
analiticamente pelo par ordenado (a, b). bi
y
P x
b •

x
• •

0 a
2- Propriedades

1) Todo ponto P(a, b) do 1º quadrante tem abscissa positiva (a


Exemplo 1 > 0) e ordenada positiva (b > 0) e reciprocamente.

Os pontos, no sistema cartesiano abaixo, têm suas coordenadas P(a, b) 1º Q a>0eb>0


escritas ao lado da figura.
A (3, 2) Assim P(3, 2) 1º Q
B (0, 2) y
C (-3, 2)
D (-3, 0)
2 P
E (-3, -2)
x
F (0, -2)
0 3

Didatismo e Conhecimento 119


MATEMÁTICA
2) Todo ponto P(a, b) do 2º quadrante tem abscissa negativa (a Assim P(3, 0) Ox
< 0) e ordenada positiva (B > 0) e reciprocamente. y

P(a, b) 2º Q a<0eb>0

Assim P(-3, 2) 2º quadrante Px


0 3
y

P 2
6) Todo ponto do eixo das ordenadas tem abscissa nula e
x
reciprocamente.
-3 0 P(a, b) Oy a=0

Assim P(0, 3) Oy
3) Todo ponto P(a, b) do 3º quadrante tem abscissa negativa (a
< 0) e ordenada negativa (b < 0) e reciprocamente. y
3 P
P(a, b) 3º Q a<0eb<0

Assim P(-3, -2) 3º Q x


0
y

7) Todo ponto P(a, b) da bissetriz dos quadrantes ímpares tem


abscissa e ordenada iguais (a = b) e reciprocamente.

-3 x P(a, b) bi a = b
0
Assim P(-2, -2) b
P -2 y i

4) Todo ponto P(a, b) do 4º quadrante tem abscissa positiva (a


> 0) e ordenada negativa (B < 0) e reciprocamente. -2 0 x

P(a, b) 4º Q a>0eb<0
P -2
Assim P(3, -2) 4º Q

8) Todo ponto P(a, b) da bissetriz dos quadrantes pares tem


abscissa e ordenada opostas (a = -b) e reciprocamente.
y
P(a, b) bp a = -b

Assim P(-2, 2) bp
3 x
y
0

-2 P
2
P
x
-2 0
5) Todo eixo das abscissas tem ordenada nula e reciprocamente.

P(a, b) Ox b=0

Didatismo e Conhecimento 120


MATEMÁTICA
Exemplo 2 Analogicamente, para o eixo y, tem-se

Obter a, sabendo-se que o ponto A(4, 3ª -6) está no eixo das


abscissas.
Portanto, as coordenadas do ponto médio M do segmento
Resolução (ou ) são respectivamente as médias das abscissas de A e B e
das ordenadas de A e B.
A Ox 3a – 6 = 0 ∴ a = 2
Exemplo 4
Resposta: 2.
Obter o ponto médio M do segmento , sendo dados: A(-1,
Exemplo 3 3) e B(0, 1).

Obter m, sabendo-se que o ponto M(2m – 1, m + 3) está na Resolução


bissetriz dos quadrantes ímpares.

Resolução

M bi 2m – 1 = m + 3  m = 4

Resposta: 4. Resposta: .

3- Ponto Médio

Considerem-se os pontoa A(xA, yA) e B(xB, yB). Sendo M(xM, 4 – Baricentro


yM) o ponto médio de (ou ), tem-se:
Seja o triângulo ABC de vértices A(xA, yA), B(xB, yB) e C(xC,
e , ou seja, yC). sendo G(xG, yG) o baricentro (ponto de encontro das medianas)
do triângulo ABC, tem-se:
o ponto médio é dado por:

ou seja, o ponto G é dado por

B’’ (yB)
y
M’’ (yM)
C

A’’ (yA)

M
x
G
0 A’ (yA) M’ (yM) B’ (yB)

A
De fato:
Se M é o ponto médio de (ou ), pelo teorema de Tales, B x
para o eixo x pode-se escrever:
0 A’(xA) G’(xG) M’(xM)

De fato, considerando a mediana AM, o baricentro G é tal que

Didatismo e Conhecimento 121


MATEMÁTICA
Pelo Teorema de Tales, para o eixo x podemos escrever Portanto:

Observações

e, como , vem 1) Como (xB - x ) = 2(x - x ) , a ordem


2
escolhida para a
A A B

diferença das abscissas não altera o cálculo de d. O mesmo ocorre


com a diferença das ordenadas.
ou seja,
2) A fórmula para o cálculo da distância continua válida se o
Analogamente, para o eixo y, tem-se segmento é paralelo a um dos eixos, ou ainda se os pontos A e
B coincidem, caso em que d = 0.

Exemplo 6
Portanto, as coordenadas do baricentro de um triângulo ABC
são, respectivamente, as médias aritméticas das abscissas de A, B Calcular a distância entre os pontos A e B, nos seguintes casos:
e C e das ordenadas A, B e C. a) A(1, 8) e B(4, 12)

Exemplo 5 Resolução

Sendo A(1, -1), B(0, 2) e C(11, 5) os vértices de um triângulo,


obter o baricentro G desse triângulo.
b) A(0, 2) e B(-1, -1)
Resolução
Resolução

Logo, G(4, 2).

5- Distância Entre Dois Pontos


Exemplo 7
Considerem-se dois pontos distintos A(xA, yA) e B(xB, yB),
tais que o segmento não seja paralelo a algum dos eixos Qual é o ponto da bissetriz dos quadrantes pares cuja distância
coordenados. ao ponto A(2, 2) é 4?
Traçando-se por A e B as retas paralelas aos eixos coordenados
que se interceptam em C, tem-se o triângulo ACB, retângulo em C. Resolução

y Seja P o ponto procurado.


Como P pertence à bissetriz dos quadrantes pares (b p), pode-se
representá-lo por P(a, -a).
B
Sendo 4 a distância entre A e P, tem-se

Quadrando
A

C (2 – a)2 + (2 + a )2 = 16
x
a=2
0
4 – 4a + a2 + 4 + 4a + a2 = 16  a2 = 4 ou
a = -2
A distância entre os pontos A e B qie se indica por d é tal que
Assim se a = 2, tem-se o ponto (2, -2)
se a = -2, tem-se o ponto (-2, 2)

Didatismo e Conhecimento 122


MATEMÁTICA
De fato, existem dois pontos P da bissetriz dos quadrantes 07- Achar o ponto T da bissetriz dos quadrantes ímpares que
pares (bp) cuja distânciayao ponto A(2, 2) é 4. Observe-se a figura: enxerga o segmento de extremindades A(2, 1) e B(5, 2) sob ângulo reto.
08- O paralelogramo ABCD tem lados , , e . Sendo
bp
A
A(0, 0), B(4, 2) e D(8, 0), determine as coordenadas do ponto C.
P 2

Respostas

0 x 01- Resposta: A(5, 1); B(0, 3); C(-3, 2); D(-2, 0); E(-1, -4); F(0,
-2 2
-2); G(4, -3).

02- Resposta: E.
-2
P
Resolução
Como A pertence à bissetriz dos quadrantes ímapres xA = yA 
3p – 1 = p – 3  p = 1.
Exercícios
Logo, o ponto A(-4, -4) tem ordenada igual a -4.
01- Dar as coordenadas dos pontos A, B, C, D, E, F e G da
figura abaixo: 03- Resposta: B’(5, 3).
y
Resolução
Se A pertence ao eixo das ordenadas, temos que p – 2 = 0  p
B = 2, logo, B(5, –3).
C
Como B’ é o simétrico de B em relação ao eixo das abscissas,
A
1 temos a mesma abscissa e a ordenada oposta, logo, B’(5, 3) é o
D x
• ponto procurado.

F 04- Resposta: C(3, ).


G
E
Resolução
Lembrando que a altura do triângulo equilátero mede ,
temos: .
02- Seja o ponto A(3p – 1, p – 3) um ponto pertencente à x
bissetriz dos quadrantes ímpares, então a ordenada do ponto A é: A (0, 0) B (6, 0) y
a) 0 •

b) –1
c) –2
d)
e) –4
C (3, )

03- O ponto A(p – 2, 2p – 3) pertence ao eixo das ordenadas.


Obter o ponto B’ simétrico de B(3p – 1, p – 5) em relação ao eixo
das abscissas.
05- Resposta: D
04- Um triângulo equilátero de lado 6 tem um vértice no eixo
das abscissas. Determine as coordenadas do 3º vértice, sabendo Resolução
que ele está no 4º quadrante (faça a figura). Δx = 2 – (–1) = 3 e Δy = –1 –3 = –4
05- A distância entre dois pontos (2, -1) e (-1, 3) é igual a:
a) zero d=5
b)
c) 06- Resposta: D
d) 5
e) n.d.a. Resolução

06- Sendo A(3,1), B(4, -4) e C(-2, 2) os vértices de um


triângulo, então esse triângulo é:
a) retângulo e não isósceles.
b) retângulo e isósceles. e
c) equilátero.
d) isósceles e não retângulo.
e) escaleno. Portanto, o Δ ABC é isósceles e não retângulo.

Didatismo e Conhecimento 123


MATEMÁTICA
07- Resposta; T1(2, 2) e T2(3, 3). como o aro da cesta de basquete que sugere uma circunferência,
as portas e janelas que sugerem retângulos e o dado que sugere
Resolução um cubo.
T bissetriz dos quadrantes ímpares  T(x, x).
Se T enxerga sob ângulo reto, então o triângulo ATB é Reta, semirreta e segmento de reta
retângulo em T.
T

Definições.

Assim: a) Segmentos congruentes.
[(x - 2)2 + (x - 1)2] + [(x – 5)2 (x – 2)2] = [(2 – 5)2 + (1 – 2)2] Dois segmentos são congruentes se têm a mesma medida.
X2 – 4x + 4 + x2 – 2x + 1 + x2 – 10x + 25 + x2 – 4x + 4 = 9 + 1
4x2 – 20x + 24 = 0 b) Ponto médio de um segmento.
X2 – 5x + 6 = 0  x = 2 ou x = 3. Um ponto P é ponto médio do segmento AB se pertence ao
segmento e divide AB em dois segmentos congruentes.
08- Resposta: C(12, 2).
c) Mediatriz de um segmento.
Resolução É a reta perpendicular ao segmento no seu ponto médio
B (4,2) C(a, b)
Ângulo
M

A (0,0) D (8,0)

M é o ponto de encontro das diagonais, portanto ponto médio


dos segmentos e . Dados B e D, temos M(6, 1) e agora temos
A e M, logo:

Definições.

a) Ângulo é a região plana limitada por duas semirretas de


GEOMETRIA PLANA: RETAS. FEIXE mesma origem.
DE PARALELAS. TEOREMA DE TALES.
CONGRUÊNCIA E SEMELHANÇA DE b) Ângulos congruentes: Dois ângulos são ditos congruentes
se têm a mesma medida.
TRIÂNGULOS. RELAÇÕES MÉTRICAS
NO TRIÂNGULO. ÁREAS DE FIGURAS c) Bissetriz de um ângulo: É a semirreta de origem no vértice
PLANAS. APLICAÇÕES. do ângulo que divide esse ângulo em dois ângulos congruentes.

Perímetro: entendendo o que é perímetro.

Imagine uma sala de aula de 5m de largura por 8m de


A Geometria é a parte da matemática que estuda as figuras e comprimento.
suas propriedades. A geometria estuda figuras abstratas, de uma Quantos metros lineares serão necessários para colocar rodapé
perfeição não existente na realidade. Apesar disso, podemos ter nesta sala, sabendo que a porta mede 1m de largura e que nela não
uma boa ideia das figuras geométricas, observando objetos reais, se coloca rodapé?

Didatismo e Conhecimento 124


MATEMÁTICA
Se tivermos uma figura do tipo:

Sua área será um valor aproximado. Cada é uma unidade,


A conta que faríamos seria somar todos os lados da sala, então a área aproximada dessa figura será de 4 unidades.
menos 1m da largura da porta, ou seja: No estudo da matemática calculamos áreas de figuras planas e
P = (5 + 5 + 8 + 8) – 1 para cada figura há uma fórmula pra calcular a sua área.
P = 26 – 1
P = 25 Retângulo
É o quadrilátero que tem todos os ângulos internos congruentes
e iguais a 90º.

No cálculo da área de qualquer retângulo podemos seguir o


raciocínio:

Colocaríamos 25m de rodapé.


A soma de todos os lados da planta baixa se chama Perímetro.
Portanto, Perímetro é a soma dos lados de uma figura plana.

Área
Pegamos um retângulo e colocamos em uma malha quadriculada
Área é a medida de uma superfície. onde cada quadrado tem dimensões de 1 cm. Se contarmos, veremos
A área do campo de futebol é a medida de sua superfície que há 24 quadrados de 1 cm de dimensões no retângulo. Como
(gramado). sabemos que a área é a medida da superfície de uma figuras podemos
Se pegarmos outro campo de futebol e colocarmos em uma dizer que 24 quadrados de 1 cm de dimensões é a área do retângulo.
malha quadriculada, a sua área será equivalente à quantidade de
quadradinho. Se cada quadrado for uma unidade de área:

O retângulo acima tem as mesmas dimensões que o outro,


só que representado de forma diferente. O cálculo da área do
retângulo pode ficar também da seguinte forma:
A= 6.4 A = 24 cm²
Podemos concluir que a área de qualquer retângulo é:

Veremos que a área do campo de futebol é 70 unidades de


área.
A unidade de medida da área é: m² (metros quadrados), cm²
(centímetros quadrados), e outros. A = b .h

Didatismo e Conhecimento 125


MATEMÁTICA
Quadrado
É o quadrilátero que tem os lados congruentes e todos os
ângulos internos a congruentes (90º).

Um trapézio é formado por uma base maior (B), por uma base
menor (b) e por uma altura (h).
Para fazermos o cálculo da área do trapézio é preciso dividi-lo
em dois triângulos, veja como:
Sua área também é calculada com o produto da base pela
Primeiro: completamos as alturas no trapézio:
altura. Mas podemos resumir essa fórmula:

Segundo: o dividimos em dois triângulos:


Como todos os lados são iguais, podemos dizer que base é
igual a e a altura igual a , então, substituindo na fórmula A = b .
h, temos:
A= .
A= ²

Trapézio
É o quadrilátero que tem dois lados paralelos. A altura de um
A área desse trapézio pode ser calculada somando as áreas dos
trapézio é a distância entre as retas suporte de suas bases. dois triângulos (∆CFD e ∆CEF).
Antes de fazer o cálculo da área de cada triângulo
separadamente observamos que eles possuem bases diferentes e
alturas iguais.

Cálculo da área do ∆CEF:

A∆1 = B . h
2
Cálculo da área do ∆CFD:
Em todo trapézio, o segmento que une os pontos médios
dos dois lados não paralelos, é paralelo às bases e vale a média A∆2 = b . h
aritmética dessas bases. 2
Somando as duas áreas encontradas, teremos o cálculo da
área de um trapézio qualquer:

AT = A∆1 + A∆2

AT = B . h + b . h
2 2

AT = B . h + b . h → colocar a altura (h) em evi-


2
A área do trapézio está relacionada com a área do triângulo
que é calculada utilizando a seguinte fórmula: dência, pois é um termo comum aos dois fatores.
A = b . h (b = base e h = altura).
2
Observe o desenho de um trapézio e os seus elementos mais AT = h (B + b)
importantes (elementos utilizados no cálculo da sua área): 2

Didatismo e Conhecimento 126


MATEMÁTICA
Portanto, no cálculo da área de um trapézio qualquer Propriedades dos triângulos
utilizamos a seguinte fórmula:
1) Em todo triângulo, a soma das medidas dos 3 ângulos
A = h (B + b) internos é 180º.
2

h = altura
B = base maior do trapézio
b = base menor do trapézio

Losango
2) Em todo triângulo, a medida de um ângulo externo é igual à
É o quadrilátero que tem os lados congruentes. soma das medidas dos 2 ângulos internos não adjacentes.

Em todo losango as diagonais são:

a) perpendiculares entre si; 3) Em todo triângulo, a soma das medidas dos 3 ângulos
externos é 360º.
b) bissetrizes dos ângulos internos.

A área do losango é definida pela seguinte fórmula:


d.D Onde D é a diagonal maior e d é a menor.
S 2
Triângulo

Figura geométrica plana com três lados.

4) Em todo triângulo isósceles, os ângulos da base são


congruentes. Observação - A base de um triângulo isósceles é o
seu lado diferente.

Ângulo externo. O ângulo externo de qualquer polígono


convexo é o ângulo formado entre um lado e o prolongamento do
outro lado.
Altura - É a distância entre o vértice e a reta suporte do lado
Classificação dos triângulos. oposto.

a) quanto aos lados: Área do triangulo


- triângulo equilátero.
- triângulo isósceles.
- triângulo escaleno.

b) quanto aos ângulos:


- triângulo retângulo.
- triângulo obtusângulo.
- triângulo acutângulo.

Didatismo e Conhecimento 127


MATEMÁTICA
Segmentos proporcionais 4. As diagonais de um losango medem 10 cm e 15 cm. Qual é
a medida da sua superfície?
Teorema de Tales.
5. Considerando as informações constantes no triangulo PQR,
Em todo feixe de retas paralelas, cortado por uma reta pode-se concluir que a altura PR desse triângulo mede:
transversal, a razão entre dois segmento quaisquer de uma
transversal é igual à razão entre os segmentos correspondentes da
outra transversal.

a)5 b)6 c)7 d)8


Semelhança de triângulos 6. Num cartão retangular, cujo comprimento é igual ao dobro
de sua altura, foram feitos dois vincos AC e BF, que formam, entre
Definição. si, um ângulo reto (90°). Observe a figura:
Dois triângulos são semelhantes se têm os ângulos dois a dois
congruentes e os lados correspondentes dois a dois proporcionais.

Definição mais “popular”.


Dois triângulos são semelhantes se um deles é a redução ou a
ampliação do outro.
Importante - Se dois triângulos são semelhantes, a
proporcionalidade se mantém constante para quaisquer dois
segmentos correspondentes, tais como: lados, medianas, alturas,
raios das circunferências inscritas, raios das circunferências
circunscritas, perímetros, etc.
Considerando AF=16cm e CB=9cm, determine:
a) as dimensões do cartão;
b) o comprimento do vinco AC

7. Na figura, os ângulos assinalados sao iguais, AC=2 e AB=6.


A medida de AE é:
a)6/5 b)7/4 c)9/5 d)3/2 e)5/4

Exercícios

1. Seja um paralelogramo com as medidas da base e da altura 8. Na figura a seguir, as distâncias dos pontos A e B à reta va-
respectivamente, indicadas por b e h. Se construirmos um outro lem 2 e 4. As projeções ortogonais de A e B sobre essa reta são os
paralelogramo que tem o dobro da base e o dobro da altura do pontos C e D. Se a medida de CD é 9, a que distância de C deverá
outro paralelogramo, qual será relação entre as áreas dos parale- estar o ponto E, do segmento CD, para que CÊA=DÊB
logramos? a)3
b)4
2. Os lados de um triângulo equilátero medem 5 mm. Qual é a c)5
área deste triângulo equilátero? d)6
e)7
3. Qual é a medida da área de um paralelogramo cujas medi-
das da altura e da base são respectivamente 10 cm e 2 dm?

Didatismo e Conhecimento 128


MATEMÁTICA
9. Para ladrilhar uma sala são necessários exatamente 400 pe- 7.
ças iguais de cerâmica na forma de um quadrado. Sabendo-se que
a área da sala tem 36m², determine:
a) a área de cada peça, em m².
b) o perímetro de cada peça, em metros.

10. Na figura, os ângulos ABC, ACD, CÊD, são retos. Se


AB=2 3 m e CE= 3 m, a razão entre as áreas dos triângulos
ABC e CDE é:

a)6
b)4
c)3
d)2 8.
e) 3

Respostas

1. A2 = (2b)(2h) = 4bh = 4A1

2. Segundo o enunciado temos:


l=5mm
9.
Substituindo na fórmula:
l² 3 5² 3
S S  6, 25 3  S  10,8
4 4

3. Sabemos que 2 dm equivalem a 20 cm, temos:


h=10
b=20
10.
Substituindo na fórmula:

S  b.h  20.10  100cm²  2dm²

4. Para o cálculo da superfície utilizaremos a fórmula que en-


volve as diagonais, cujos valores temos abaixo:

d1=10
d2=15
Ângulos
Utilizando na fórmula temos:
Ângulo: Do latim - angulu (canto, esquina), do grego - gonas;
reunião de duas semi-retas de mesma origem não colineares.
d1.d 2 10.15
S 2
5. 4 6  2 36 75cm²
  PR  6
PR 9 6
6. x  9  x²  144  x  12
16 x
a)x  12(altura); 2x  24(comprimento)
b) AC  9²  x²  81144  15

Didatismo e Conhecimento 129


MATEMÁTICA
Ângulo Agudo: É o ângulo, cuja medida é menor do que 90º. Ângulo Raso:

- É o ângulo cuja medida é 180º;


- É aquele, cujos lados são semi-retas opostas.

Ângulo Central:
Ângulo Reto:
- Da circunferência: é o ângulo cujo vértice é o centro da cir-
cunferência; - É o ângulo cuja medida é 90º;
- Do polígono: é o ângulo, cujo vértice é o centro do polígono - É aquele cujos lados se apóiam em retas perpendiculares.
regular e cujos lados passam por vértices consecutivos do polígono.

Ângulo Circunscrito: É o ângulo, cujo vértice não pertence à


circunferência e os lados são tangentes à ela.
Ângulos Complementares: Dois ângulos são complementa-
0
res se a soma das suas medidas é 90 .

Ângulo Inscrito: É o ângulo cujo vértice pertence a uma cir-


cunferência e seus lados são secantes a ela.

Ângulos Congruentes: São ângulos que possuem a mesma


medida.

Ângulo Obtuso: É o ângulo cuja medida é maior do que 90º. Ângulos Opostos pelo Vértice: Dois ângulos são opostos
pelo vértice se os lados de um são as respectivas semi-retas opos-
tas aos lados do outro.

Didatismo e Conhecimento 130


MATEMÁTICA
Ângulos Replementares: Dois ângulos são ditos replementa- b)
0
res se a soma das suas medidas é 360 .

Ângulos Suplementares: Dois ângulos são ditos suplementa-


c)
res se a soma das suas medidas de dois ângulos é 180º.

Poligonal: Linha quebrada, formada por vários segmentos 2. As retas a e b são paralelas. Quanto mede o ângulo î?
formando ângulos.

Grado: (gr.): Do latim - gradu; dividindo a circunferência em


400 partes iguais, a cada arco unitário que corresponde a 1/400 da
circunferência denominamos de grado. 3. Obtenha as medidas dos ângulos assinalados:

Grau: (º): Do latim - gradu; dividindo a circunferência em a)


360 partes iguais, cada arco unitário que corresponde a 1/360 da
circunferência denominamos de grau.
Exercícios

1. As retas f e g são paralelas (f // g). Determine a medida do


ângulo â, nos seguintes casos:

a)
b)

Didatismo e Conhecimento 131


MATEMÁTICA
c) 9. Observe a figura abaixo e determine o valor de m e n.

10. Determine o valor de a na figura seguinte:


d)

Respostas

4. Usando uma equação, determine a medida de cada ângulo 1) Resposta


do triângulo: a) 55˚
b) 74˚
c) 33˚

2) Resposta “130”.
Solução: Imagine uma linha cortando o ângulo î, formando
uma linha paralela às retas “a” e “b”.
Fica então decomposto nos ângulos ê e ô.

a) Quanto mede a soma dos ângulos de um quadrado?


5. Dois ângulos são complementares tais que o triplo de um
deles é igual ao dobro do outro. Determine o suplemento do menor.

6. A metade de um ângulo menos a quinta parte de seu com-


plemento mede 38 graus. Qual é esse angulo?

7. Cinco semi-retas partem de um mesmo ponto V, forman-


do cinco ângulos que cobrem todo o plano e são proporcionais aos
números 2, 3, 4, 5 e 6. Calcule o maior dos ângulos.
Sendo assim, ê = 80° e ô = 50°, pois o ângulo ô é igual ao
8. Na figura, o ângulo x mede a sexta parte do ângulo y, mais complemento de 130° na reta b.
a metade do ângulo z. Calcule y.
Logo, î = 80° + 50° = 130°.

3) Solução:
a) 160° - 3x = x + 100°
160° - 100° = x + 3x
60° = 4x
x = 60°/4
x = 15°

Então 15°+100° = 115° e 160°-3*15° = 115°

Didatismo e Conhecimento 132


MATEMÁTICA
b) 6x + 15° + 2x + 5º = 180° 7a/10 = 38 + 18
6x + 2x = 180° -15° - 5° a = 10/7 * 56
8x = 160° a = 80º
x = 160°/8
x = 20° 7) Resposta “180˚”.
Solução: Seja x a constante de proporcionalidade, temos para
Então, 6*20°+15° = 135° e 2*20°+5° = 45° os ângulos: a, b, c, d, e…, a seguinte proporção com os números 2,
3, 4, 5 e 6:
c) Sabemos que a figura tem 90°.
a/2 = x → a = 2x
Então x + (x + 10°) + (x + 20°) + (x + 20°) = 90° b/3 = x → b = 3x
4x + 50° = 90° c/4 = x → c = 4x
4x = 40°
d/5 = x → d = 5x
x = 40°/4
e/6 = x → e = 6x
x = 10°
Assim as semi-retas: a + b + c + d + e = 2x + 3x + 4x + 5x +
d) Sabemos que os ângulos laranja + verde formam 180°, pois
são exatamente a metade de um círculo. 6x = 360º

Então, 138° + x = 180° Agora a soma das retas: 20x


x = 180° - 138°
x = 42° Então: 20x = 360º → x = 360°/20
x = 18°
Logo, o ângulo x mede 42°.
Agora sabemos que o maior é 6x, então 6 . 18° = 108°.
4) Solução: Sabemos que a soma dos ângulos do triângulo é
180°. 8) Resposta “135˚”.
Solução: Na figura, o ângulo x mede a sexta parte do ângulo
Então, 6x + 4x + 2x = 180° y, mais a metade do ângulo z. Calcule y.
12x = 180°
x = 180°/12 Então vale lembrar que:
x = 15°
Os ângulos são: 30° 60° e 90°. x + y = 180 então y = 180 – x.

a) Um quadrado tem quatro ângulos de 90º, e, portanto a soma E também como x e z são opostos pelo vértice, x = z
deles vale 360º.
5) Resposta “144˚”. E de acordo com a figura: o ângulo x mede a sexta parte do
Solução: ângulo y, mais a metade do ângulo z. Calcule y.
- dois ângulos são complementares, então a + b = 90º
- o triplo de um é igual ao dobro do outro, então 3a = 2b x = y/6 + z/2
Agora vamos substituir lembrando que y = 180 - x e x = z
É um sistema de equações do 1º grau. Se fizermos a = 2b/3,
Então:
substituímos na primeira equação:
x = 180° - x/6 + x/2 agora resolvendo fatoração:
2b/3 + b = 90
6x = 180°- x + 3x | 6x = 180° + 2x
5b/3 = 90
b = 3/5 * 90 6x – 2x = 180°
b = 54 → a = 90 – 54 = 36º 4x = 180°
x=180°/4
Como a é o menor ângulo, o suplemento de 36 é 180-36 = x=45º
144º.
Agora achar y, sabendo que y = 180° - x
6) Resposta “80˚”. y=180º - 45°
Solução: (a metade de um ângulo) menos seu a [quinta parte] y=135°.
de seu [complemento] mede 38º.
9) Resposta “11º; 159º”.
[a/2] – [1/5] [(90-a)] = 38 Solução:
a/2 – 90/5 + a/5 = 38 3m - 12º e m + 10º, são ângulos opostos pelo vértice logo são
a/2 + a/5 = 38 + 90/5 iguais.

Didatismo e Conhecimento 133


MATEMÁTICA
3m - 12º = m + 10º Bissetriz: É a semi-reta que divide um ângulo em duas partes
3m - m = 10º + 12º iguais. O ângulo B está dividido ao meio e neste caso Ê = Ô.
2m = 22º
m = 22º/2
m = 11º
m + 10º e n são ângulos suplementares logo a soma entre eles
é igual a 180º.
(m + 10º) + n = 180º
(11º + 10º) + n = 180º
21º + n = 180º
n = 180º - 21º
Ângulo Interno: É formado por dois lados do triângulo. Todo
n = 159º
triângulo possui três ângulos internos.
Resposta: m = 11º e n = 159º.

10) Resposta “45˚”.


É um ângulo oposto pelo vértice, logo, são ângulos iguais.

Triângulos

Triângulo é um polígono de três lados. É o polígono que pos-


sui o menor número de lados. Talvez seja o polígono mais impor-
tante que existe. Todo triângulo possui alguns elementos e os prin-
cipais são: vértices, lados, ângulos, alturas, medianas e bissetrizes. Ângulo Externo: É formado por um dos lados do triângulo e
pelo prolongamento do lado adjacente (ao lado).
Apresentaremos agora alguns objetos com detalhes sobre os
mesmos. Classificação dos triângulos quanto ao número de lados

Triângulo Equilátero: Os três lados têm medidas iguais.


m(AB) = m(BC) = m(CA)

1. Vértices: A,B,C.
2. Lados: AB,BC e AC.
3. Ângulos internos: a, b e c.

Altura: É um segmento de reta traçada a partir de um vértice


Triângulo Isóscele: Pelo menos dois lados têm medidas
de forma a encontrar o lado oposto ao vértice formando um ângulo
iguais. m(AB) = m(AC).
reto. BH é uma altura do triângulo.

Mediana: É o segmento que une um vértice ao ponto médio Triângulo Escaleno: Todos os três lados têm medidas dife-
do lado oposto. BM é uma mediana. rentes.

Didatismo e Conhecimento 134


MATEMÁTICA
Classificação dos triângulos quanto às medidas Ângulos Externos: Consideremos o triângulo ABC. Como ob-
dos ângulos servamos no desenho, em anexo, as letras minúsculas representam
os ângulos internos e as respectivas letras maiúsculas os ângulos
externos.
Triângulo Acutângulo: Todos os ângulos internos são agu-
dos, isto é, as medidas dos ângulos são menores do que 90º.

Todo ângulo externo de um triângulo é igual à soma dos dois


ângulos internos não adjacentes a esse ângulo externo. Assim: A =
Triângulo Obtusângulo: Um ângulo interno é obtuso, isto é, b+c, B = a+c, C = a+b
possui um ângulo com medida maior do que 90º.
Exemplo

No triângulo desenhado: x=50º+80º=130º.

Triângulo Retângulo: Possui um ângulo interno reto (90


graus).

Congruência de Triângulos

A idéia de congruência: Duas figuras planas são congruen-


tes quando têm a mesma forma e as mesmas dimensões, isto é, o
mesmo tamanho.
Para escrever que dois triângulos ABC e DEF são congruen-
Medidas dos Ângulos de um Triângulo tes, usaremos a notação: ABC ~ DEF
Ângulos Internos: Consideremos o triângulo ABC. Poderemos
Para os triângulos das figuras abaixo, existe a congruência en-
identificar com as letras a, b e c as medidas dos ângulos internos
desse triângulo. Em alguns locais escrevemos as letras maiúsculas tre os lados, tal que:
A, B e C para representar os ângulos. AB ~ RS, BC ~ ST, CA ~ T e entre os ângulos: A ~ R , B ~ S
,C~T

A soma dos ângulos internos de qualquer triângulo é sempre


igual a 180 graus, isto é: a + b + c = 180º Se o triângulo ABC é congruente ao triângulo RST, escreve-
mos: ABC ~ RST
Exemplo
Dois triângulos são congruentes, se os seus elementos corres-
Considerando o triângulo abaixo, podemos escrever que: 70º
pondentes são ordenadamente congruentes, isto é, os três lados e
+ 60º + x = 180º e dessa forma, obtemos x = 180º - 70º - 60º = 50º.
os três ângulos de cada triângulo têm respectivamente as mesmas
medidas.
Para verificar se um triângulo é congruente a outro, não é ne-
cessário saber a medida de todos os seis elementos, basta conhece-
rem três elementos, entre os quais esteja presente pelo menos um
lado. Para facilitar o estudo, indicaremos os lados correspondentes
congruentes marcados com símbolos gráficos iguais.

Didatismo e Conhecimento 135


MATEMÁTICA
Casos de Congruência de Triângulos

LLL (Lado, Lado, Lado): Os três lados são conhecidos.


Dois triângulos são congruentes quando têm, respectivamen-
te, os três lados congruentes. Observe que os elementos congruen-
tes têm a mesma marca.

os três ângulos são respectivamente congruentes, isto é: A~R,


B~S, C~T

Observação: Dados dois triângulos semelhantes, tais triân-


gulos possuem lados proporcionais e ângulos congruentes. Se um
LAL (Lado, Ângulo, Lado): Dados dois lados e um ângulo lado do primeiro triângulo é proporcional a um lado do outro triân-
Dois triângulos são congruentes quando têm dois lados con- gulo, então estes dois lados são ditos homólogos. Nos triângulos
gruentes e os ângulos formados por eles também são congruentes. acima, todos os lados proporcionais são homólogos.
Realmente:

AB~RS pois m(AB)/m(RS) = 2


BC~ST pois m(BC)/m(ST) = 2
AC~RT pois m(AC)/m(RT) = 2

Como as razões acima são todas iguais a 2, este valor comum


ALA (Ângulo, Lado, Ângulo): Dados dois ângulos e um lado é chamado razão de semelhança entre os triângulos. Podemos con-
Dois triângulos são congruentes quando têm um lado e dois cluir que o triângulo ABC é semelhante ao triângulo RST.
ângulos adjacentes a esse lado, respectivamente, congruentes. Dois triângulos são semelhantes se, têm os 3 ângulos e os 3
lados correspondentes proporcionais, mas existem alguns casos
interessantes a analisar.

Casos de Semelhança de Triângulos

Dois ângulos congruentes: Se dois triângulos tem dois ân-


gulos correspondentes congruentes, então os triângulos são seme-
lhantes.
LAAo (Lado, Ângulo, Ângulo oposto): Conhecido um lado,
um ângulo e um ângulo oposto ao lado.
Dois triângulos são congruentes quando têm um lado, um ân-
gulo, um ângulo adjacente e um ângulo oposto a esse lado respec-
tivamente congruente.

Se A~D e C~F então: ABC~DEF

Dois lados congruentes: Se dois triângulos tem dois lados


correspondentes proporcionais e os ângulos formados por esses la-
Semelhança de Triângulos dos também são congruentes, então os triângulos são semelhantes.
A idéia de semelhança: Duas figuras são semelhantes quando
têm a mesma forma, mas não necessariamente o mesmo tamanho.
Se duas figuras R e S são semelhantes, denotamos: R~S.

Exemplo

As ampliações e as reduções fotográficas são figuras seme-


lhantes. Para os triângulos:

Didatismo e Conhecimento 136


MATEMÁTICA
Como m(AB) / m(EF) = m(BC) / m(FG) = 2 3. Determine os valores literais indicados na figura:
Então ABC ~ EFG

Exemplo

Na figura abaixo, observamos que um triângulo pode ser “ro-


dado” sobre o outro para gerar dois triângulos semelhantes e o
valor de x será igual a 8.

4. Determine os valores literais indicados na figura:

Realmente, x pode ser determinado a partir da semelhança de


triângulos.

Três lados proporcionais: Se dois triângulos têm os três la- 5. Determine os valores literais indicados na figura:
dos correspondentes proporcionais, então os triângulos são seme-
lhantes.

6. Determine a altura de um triângulo equilátero de lado l.


Exercícios

1. Neste triângulo ABC, vamos calcular a, h, m e n:

7. Determine x nas figuras.


2. Determine os valores literais indicados na figura:

Didatismo e Conhecimento 137


MATEMÁTICA
8. Determine a diagonal de um quadrado de lado 32  5m
l. 9
m
5
42  5n
16
n 5
9 16
h2  x
5 5
144
9. Calcule o perímetro do triângulo retângulo ABC da figura, h2  25
sabendo que o segmento BC é igual a 10 m e cos α = 3/5
144
h 25
12
h 5

4) Solução:

AC  10  e  AB  24
(O é o centro da circunferência)
10. Calcule a altura de um triângulo equilátero que tem 10 Solução:
cm de lado.
(BC)2  102  242
(BC)2  100  576
(BC)2  676
BC  676  26
26
x  13
2

5) Solução:
Respostas d2 = 52 + 42
d2 = 25 + 16
1) Solução: d2 = 41
a² = b² + c² → a² = 6² + 8² → a² = 100 → a = 10 d = √41
b.c = a.h → 8.6 = 10.h → h = 48/10 = 4,8
c² = a.m → 6² = 10.m → m = 36/10 = 3,6 6) Solução:
b² = a.n → 8² = 10.n → n = 64/10 = 6,4 2
1
2) Solução: l 2  h2  2 
13² = 12² + x² 
169 = 144 + x² 12
l h 
2 2

x² = 25 4
x=5 12
h l 
2 2

5.12 = 13.y 4
y = 60/13 4l  l2
2
h2 
4
 3l 2
3) Solução: h2 
52 = 32 + x2 4
25 = 9 + x2  3l2  l 3
x2 = 16 h 
x = √16 = 4 4 2

Didatismo e Conhecimento 138


MATEMÁTICA
7) Solução: O triângulo ABC é equilátero.

l3
x
2
83
x 4 3
2

8) Solução:
d 2 = l2 + 1 2
d2 = 2l2 No quadrilátero acima, observamos alguns elementos geomé-
d = √2l2 tricos:
d = 1√2 - Os vértices são os pontos: A, B, C e D.
- Os ângulos internos são A, B, C e D.
9) Solução: - Os lados são os segmentos AB, BC, CD e DA.

x Observação: Ao unir os vértices opostos de um quadrilátero


cos  qualquer, obtemos sempre dois triângulos e como a soma das me-
10 didas dos ângulos internos de um triângulo é 180 graus, concluí-
3 x mos que a soma dos ângulos internos de um quadrilátero é igual
5  10 a 360 graus.
5x  30
30
x 6
5
102  62  y2
100  36  y2
y2  100  36
y2  64  y  64  8
P  10  6  8  24m Classificação dos Quadriláteros

10) Solução: Paralelogramo: É o quadrilátero que tem lados opostos para-


lelos. Num paralelogramo, os ângulos opostos são congruentes. Os
paralelogramos mais importantes recebem nomes especiais:
- Losango: 4 lados congruentes
- Retângulo: 4 ângulos retos (90 graus)
- Quadrado: 4 lados congruentes e 4 ângulos retos.

102  52  h2 
h2  100  25 
h2  75
 Trapézio: É o quadrilátero que tem apenas dois lados opos-
 tos paralelos. Alguns elementos gráficos de um trapézio (parecido
h  75  5 .3  5 3cm
2
com aquele de um circo).

Quadrilátero

Quadriláteros e a sua classificação

Quadrilátero é um polígono com quatro lados e os principais


quadriláteros são: quadrado, retângulo, losango, trapézio e trape-
zóide.

Didatismo e Conhecimento 139


MATEMÁTICA
- AB é paralelo a CD 4. A figura abaixo é um losango. Determine o valor de x e
- BC é não é paralelo a AD y, a medida da diagonal AC , da diagonal BD e o perímetro do
- AB é a base maior triângulo BMC.
- DC é a base menor

Os trapézios recebem nomes de acordo com os triângulos que


têm características semelhantes. Um trapézio pode ser:

- Retângulo: dois ângulos retos


- Isósceles: lados não paralelos congruentes
- Escaleno: lados não paralelos diferentes

5. No retângulo abaixo, determine as medidas de x e y indi-


cadas:
Exercícios

1. Determine a medida dos ângulos indicados:

a)

6. Determine as medidas dos ângulos do trapézio da figura


abaixo:
b)

c)

7. A figura abaixo é um trapézio isósceles, onde a, b, c repre-


sentam medidas dos ângulos internos desse trapézio. Determine a
medida de a, b, c.

2. As medidas dos ângulos internos de um quadrilátero são:


x + 17°; x + 37°; x + 45° e x + 13°. Determine as medidas desses
ângulos.

3. No paralelogramo abaixo, determine as medidas de x e y.

8. Sabendo que x é a medida da base maior, y é a medida da


base menor, 5,5 cm é a medida da base média de um trapézio e que
x - y = 5 cm, determine as medidas de x e y.

9. Seja um paralelogramo com as medidas da base e da altura


respectivamente, indicadas por b e h. Se construirmos um outro
paralelogramo que tem o dobro da base e o dobro da altura do
outro paralelogramo, qual será relação entre as áreas dos parale-
logramos?

Didatismo e Conhecimento 140


MATEMÁTICA
10. É possível obter a área de um losango cujo lado mede 10 4) Solução:
cm? x = 15
y = 20
Respostas AC = 20 + 20 = 40
BD = 15 + 15 = 30
1) Solução: BMC = 15 + 20 + 25 = 60.
a) x + 105° + 98º + 87º = 360º
x + 290° = 360° 5) Solução:
x = 360° - 290° 12 x + 2° + 5 x + 3° = 90°
x = 70º 17 x + 5° = 90°
17 x = 90° - 5°
b) x + 80° + 82° = 180°
17 x = 85°
x + 162° = 180°
x = 85° / 17° = 5°
x = 180º - 162º
y = 5x + 3°
x = 18° y = 5 (5°) + 3°
y = 28°
18º + 90º + y + 90º = 360°
y + 198° = 360° 6) Solução:
y = 360º - 198° x + 27° + 90° = 180°
y = 162º x + 117° = 180°
x = 180° - 117°
c) 3a / 2 + 2a + a / 2 + a = 360º x = 63°
(3a + 4a + a + 2a) / 2 = 720° /2
10a = 720º y + 34° + 90° = 180°
a = 720° / 10 y + 124° = 180°
a = 72° y = 180° - 124°
72° + b + 90° = 180° y = 56°
b + 162° = 180°
b = 180° - 162° As medidas dos ângulos são:
b = 18°. 63° ; 56° ; 90° + 27° = 117° ; 90 + 34° = 124°.
7) Solução:
c = 117°
2) Solução:
a + 117° = 180°
x + 17° + x + 37° + x + 45° + x + 13° = 360° a = 180° - 117°
4x + 112° = 360° a = 63°
4x = 360° - 112° b = 63°
x = 248° / 4
x = 62° 8) Solução:
xy 
Então, os ângulos são:   5, 5
 

x + 17° = 79°  2 

x + 37° = 99°  x  y  5 


x + 45° = 107º xy
 5, 5
x + 13° = 75°. 2
x  y  11
3) Solução:
9y + 16° = 7y + 40° x + y = 11
9y = 7y + 40° - 16° x-y=5
9y = 7y + 24°
9y - 7y = 24°
2x + 0 = 16
2y = 24° 2x = 16/2
y = 24º /2 x=8
y = 12°
x + y = 11
Então: 8 + y = 11
x + (7 * 12° + 40°) = 180° y = 11 – 8
x = 180º - 124° y=3
x = 56°

Didatismo e Conhecimento 141


MATEMÁTICA
9) Solução: 01- Na figura abaixo, qual é o valor de x?
A2 = (2b)(2h) = 4 bh = 4 A1 a) 3
b) 4
10) Solução: c) 5
Não, pois os ângulos entre os lados de dois losangos, podem d) 6
ser diferentes. e) 7

Teorema de Tales

- Feixe de paralelas: é todo conjunto de três ou mais retas e


paralelas entre si.

- Transversal: é qualquer reta que intercepta todas as retas de


um feixe de paralelas.

- Teorema de Tales: Se duas retas são transversais de um fei-


xe de retas paralelas então a razão entre as medidas de dois seg-
mentos quaisquer de uma delas é igual à razão entre as medidas
dos segmentos correspondentes da outra.

Calcular o valor de x na figura abaixo.

r//s//t//u (//  símbolo de paralelas); a e b são retas


transversais. Então, temos que os segmentos correspondentes são
proporcionais. Os valores de x e y, respectivamente, na figura seguinte é:
a) 30 e 8
b) 8 e 30
c) 20 e 10
d) 10 e 20
e) 5 e 25

Exercícios

Na figura abaixo, o valor de x é:


a) 1,2
b) 1,4
c) 1,6
d) 1,8
e) 2,0

Na figura abaixo, qual é o valor de x?


a) 3
b) 4
c) 5
d) 6
e) 7

Didatismo e Conhecimento 142


MATEMÁTICA

45y = 12.30
45y = 360
y = 360 : 45 = 8

05- Alternativa d
Solução:

Resoluções
(x – 3).((x + 2) = x.(x – 2)
01- Alternativa c
x2 + 2x – 3x – 6 = x2 – 2x
Solução:
- x – 6 = - 2x
- x + 2x = 6
x=6

5x = 2.4
5x = 8 GEOMETRIA ESPACIAL:
x = 8 : 5 = 1,6 CILINDRO, ESFERA E CONE.
CÁLCULO DE ÁREAS E
02- Alternativa b
Solução: VOLUMES. APLICAÇÕES.

Sólidos Geométricos

6.(2x – 3) = 5(x + 2) Para explicar o cálculo do volume de figuras geométricas, po-


12x – 18 = 5x + 10 demos pedir que visualizem a seguinte figura:
12x – 5x = 10 + 18
7x = 28
x = 28 : 7 = 4

03- Resposta: 6
Solução:

30x = 10.18 a) A figura representa a planificação de um prisma reto;


30x = 180 b) O volume de um prisma reto é igual ao produto da área da
x = 180 : 30 = 6 base pela altura do sólido, isto é
04- Alternativa a
Solução: V = Ab x a

c) O cubo e o paralelepípedo retângulo são prismas;


d) O volume do cilindro também se pode calcular da mesma
forma que o volume de um prisma reto.
Os formulários seguintes, das figuras geométricas são para
3x = 45.2 calcular da mesma forma que as acima apresentadas:
3x = 90
x = 90 : 3 = 30

Didatismo e Conhecimento 143


MATEMÁTICA
Figuras Geométricas: Classificação do cone

Quando observamos a posição relativa do eixo em relação à


base, os cones podem ser classificados como retos ou oblíquos.
Um cone é dito reto quando o eixo é perpendicular ao plano da
base e é oblíquo quando não é um cone reto. Ao lado apresenta-
mos um cone oblíquo.
Observação: Para efeito de aplicações, os cones mais impor-
tantes são os cones retos. Em função das bases, os cones recebem
nomes especiais. Por exemplo, um cone é dito circular se a base é
um círculo e é dito elíptico se a base é uma região elíptica.

O conceito de cone

Observações sobre um cone circular reto


1. Um cone circular reto é chamado cone de revolução por
ser obtido pela rotação (revolução) de um triângulo retângulo em
torno de um de seus catetos
2. A seção meridiana do cone circular reto é a interseção do
cone com um plano que contem o eixo do cone. No caso acima, a
seção meridiana é a região triangular limitada pelo triângulo isós-
Considere uma região plana limitada por uma curva suave celes VAB.
(sem quinas), fechada e um ponto P fora desse plano. Chamamos 3. Em um cone circular reto, todas as geratrizes são congruen-
de cone ao sólido formado pela reunião de todos os segmentos de tes entre si. Se g é a medida de cada geratriz então, pelo Teorema
reta que têm uma extremidade em P e a outra num ponto qualquer de Pitágoras, temos: g2 = h2 + R2
da região. 4. A Área Lateral de um cone circular reto pode ser obtida em
função de g (medida da geratriz) e R (raio da base do cone):ALat
Elementos do cone = Pi R g
- Base: A base do cone é a região plana contida no interior da 5. A Área total de um cone circular reto pode ser obtida em
curva, inclusive a própria curva. função de g (medida da geratriz) e R (raio da base do cone):
ATotal = Pi R g + Pi R2
- Vértice: O vértice do cone é o ponto P.
- Eixo: Quando a base do cone é uma região que possui cen-
tro, o eixo é o segmento de reta que passa pelo vértice P e pelo
centro da base.
- Geratriz: Qualquer segmento que tenha uma extremidade
no vértice do cone e a outra na curva que envolve a base.
- Altura: Distância do vértice do cone ao plano da base.
- Superfície lateral: A superfície lateral do cone é a reunião Cones Equiláteros
de todos os segmentos de reta que tem uma extremidade em P e a
outra na curva que envolve a base.
- Superfície do cone: A superfície do cone é a reunião da su-
perfície lateral com a base do cone que é o círculo.
- Seção meridiana: A seção meridiana de um cone é uma re-
gião triangular obtida pela interseção do cone com um plano que
contem o eixo do mesmo.

Didatismo e Conhecimento 144


MATEMÁTICA
Um cone circular reto é um cone equilátero se a sua seção
meridiana é uma região triangular equilátera e neste caso a medida
da geratriz é igual à medida do diâmetro da base.
A área da base do cone é dada por:
ABase=Pi R2

Pelo Teorema de Pitágoras temos:


(2R)2 = h2 + R2
h2 = 4R2 - R2 = 3R2

Assim:
h=R A seguir apresentaremos elementos esféricos básicos e algu-
Como o volume do cone é obtido por 1/3 do produto da área mas fórmulas para cálculos de áreas na esfera e volumes em um
da base pela altura, então: sólido esférico.

V = (1/3) Pi R3 A superfície esférica


Como a área lateral pode ser obtida por: A esfera no espaço R³ é o conjunto de todos os pontos do
ALat = Pi R g = Pi R 2R = 2 Pi R2 espaço que estão localizados a uma mesma distância denominada
então a área total será dada por: raio de um ponto fixo chamado centro.
ATotal = 3 Pi R2 Uma notação para a esfera com raio unitário centrada na ori-
gem de R³ é:
O conceito de esfera S² = { (x,y,z) em R³: x² + y² + z² = 1 }
Uma esfera de raio unitário centrada na origem de R4 é dada por:
A esfera no espaço R³ é uma superfície muito importante em S³ = { (w,x,y,z) em R4: w² + x² + y² + z² = 1 }
função de suas aplicações a problemas da vida. Do ponto de vista
matemático, a esfera no espaço R³ é confundida com o sólido geo- Você conseguiria imaginar espacialmente tal esfera?
métrico (disco esférico) envolvido pela mesma, razão pela quais Do ponto de vista prático, a esfera pode ser pensada como a
muitas pessoas calculam o volume da esfera. Na maioria dos livros película fina que envolve um sólido esférico. Em uma melancia
elementares sobre Geometria, a esfera é tratada como se fosse um esférica, a esfera poderia ser considerada a película verde (casca)
sólido, herança da Geometria Euclidiana. que envolve a fruta.
Embora não seja correto, muitas vezes necessitamos falar pa- É comum encontrarmos na literatura básica a definição de es-
lavras que sejam entendidas pela coletividade. De um ponto de fera como sendo o sólido esférico, no entanto não se devem con-
vista mais cuidadoso, a esfera no espaço R³ é um objeto matemá- fundir estes conceitos. Se houver interesse em aprofundar os estu-
tico parametrizado por duas dimensões, o que significa que pode- dos desses detalhes, deve-se tomar algum bom livro de Geometria
mos obter medidas de área e de comprimento, mas o volume tem Diferencial que é a área da Matemática que trata do detalhamento
medida nula. Há outras esferas, cada uma definida no seu respec- de tais situações.
tivo espaço n-dimensional. Um caso interessante é a esfera na reta
unidimensional:
So = {x em R: x²=1} = {+1,-1}
Por exemplo, a esfera
S1 = { (x,y) em R²: x² + y² = 1 }
é conhecida por nós como uma circunferência de raio unitário
centrada na origem do plano cartesiano.

Aplicação: volumes de líquidos

Um problema fundamental para empresas que armazenam lí-


quidos em tanques esféricos, cilíndricos ou esféricos e cilíndricos O disco esférico é o conjunto de todos os pontos do espaço
é a necessidade de realizar cálculos de volumes de regiões esfé- que estão localizados na casca e dentro da esfera. Do ponto de
ricas a partir do conhecimento da altura do líquido colocado na vista prático, o disco esférico pode ser pensado como a reunião
mesma. Por exemplo, quando um tanque é esférico, ele possui um da película fina que envolve o sólido esférico com a região sólida
orifício na parte superior (pólo Norte) por onde é introduzida verti- dentro da esfera. Em uma melancia esférica, o disco esférico pode
calmente uma vara com indicadores de medidas. Ao retirar a vara, ser visto como toda a fruta.
observa-se o nível de líquido que fica impregnado na vara e esta
medida corresponde à altura de líquido contido na região esférica. Quando indicamos o raio da esfera pela letra R e o centro da
Este não é um problema trivial, como observaremos pelos cálculos esfera pelo ponto (0,0,0), a equação da esfera é dada por:
realizados na sequência. x² + y² + z² = R²

Didatismo e Conhecimento 145


MATEMÁTICA
e a relação matemática que define o disco esférico é o conjun- Na prática, as pessoas usam o termo calota esférica para repre-
to que contém a casca reunido com o interior, isto é: sentar tanto a superfície como o sólido geométrico envolvido pela
x² + y² + z² < R² calota esférica. Para evitar confusões, usarei “calota esférica” com
aspas para o sólido e sem aspas para a superfície.
Quando indicamos o raio da esfera pela letra R e o centro da A partir da rotação, construiremos duas calotas em uma esfe-
esfera pelo ponto (xo,yoo
,z ), a equação da esfera é dada por: ra, de modo que as extremidades dos arcos sejam (0,0,R) e (0,p,q)
(x-xo)² + (y-yo)² + (z-zo)² = R² com p²+q²=R² no primeiro caso (calota Norte) e no segundo caso
(calota Sul) as extremidades dos arcos (0,0,-R) e (0,r,-s) com
e a relação matemática que define o disco esférico é o conjun- r²+s²=R² e retirarmos estas duas calotas da esfera, teremos uma
to que contém a casca reunido com o interior, isto é, o conjunto de superfície de revolução denominada zona esférica.
todos os pontos (x,y,z) em R³ tal que:
(x-xo)² + (y-yo)² + (z-zo)² < R²

Da forma como está definida, a esfera centrada na origem


pode ser construída no espaço euclidiano R³ de modo que o centro
da mesma venha a coincidir com a origem do sistema cartesiano
R³, logo podemos fazer passar os eixos OX, OY e OZ, pelo ponto
(0,0,0).

De um ponto de vista prático, consideremos uma melancia


esférica. Com uma faca, cortamos uma “calota esférica” superior
e uma “calota esférica” inferior. O que sobra da melancia é uma
região sólida envolvida pela zona esférica, algumas vezes denomi-
nada zona esférica.
Consideremos uma “calota esférica” com altura h 1 e raio da
base r1 e retiremos desta calota uma outra “calota esférica” com
altura h2 e raio da base r2, de tal modo que os planos das bases de
Seccionando a esfera x²+y²+z²=R² com o plano z=0, obtere- ambas sejam paralelos. A região sólida determinada pela calota
maior menos a calota menor recebe o nome de segmento esférico
mos duas superfícies semelhantes: o hemisfério Norte (“boca para
com bases paralelas.
baixo”) que é o conjunto de todos os pontos da esfera onde a cota
z é não negativa e o hemisfério Sul (“boca para cima”) que é o
conjunto de todos os pontos da esfera onde a cota z não é positiva.
Se seccionarmos a esfera x²+y²+z²=R² por um plano vertical
que passa em (0,0,0), por exemplo, o plano x=0, teremos uma cir-
cunferência maximal C da esfera que é uma circunferência contida
na esfera cuja medida do raio coincide com a medida do raio da es-
fera, construída no plano YZ e a equação desta circunferência será: No que segue, usaremos esfera tanto para o sólido como para
x=0, y² + z² = R2 a superfície, “calota esférica” para o sólido envolvido pela calota
sendo que esta circunferência intersecta o eixo OZ nos pontos esférica, a letra maiúscula R para entender o raio da esfera sobre
de coordenadas (0,0,R) e (0,0,-R). Existem infinitas circunferên- a qual estamos realizando os cálculos, V será o volume, A(lateral)
cias maximais em uma esfera. será a área lateral e A(total) será a área total.
Se rodarmos esta circunferência maximal C em torno do eixo
OZ, obteremos a esfera através da rotação e por este motivo, a Algumas fórmulas (relações) para objetos esféricos
esfera é uma superfície de revolução.
Se tomarmos um arco contido na circunferência maximal Objeto Relações e fórmulas
cujas extremidades são os pontos (0,0,R) e (0,p,q) tal que p²+q²=R² Volume = (4/3) Pi R³
e rodarmos este arco em torno do eixo OZ, obteremos uma super- Esfera
A(total) = 4 Pi R²
fície denominada calota esférica.
R² = h (2R-h)
Calota esférica (altura h, raio A(lateral) = 2 Pi R h
da base r) A(total) = Pi h (4R-h)
V=Pi.h²(3R-h)/3=Pi(3R²+h²)/6
R² = a² + [(r1² -r2²-h²)/2h)]²
Segmento esférico (altura h, A(lateral) = 2 Pi R h
raios das bases r1>r²) A(total) = Pi(2Rh+r1²+r2²)
Volume=Pi.h(3r1²+3r2²+h²)/6

Didatismo e Conhecimento 146


MATEMÁTICA
Estas fórmulas podem ser obtidas como aplicações do Cálculo ou seja:
Diferencial e Integral, mas nós nos limitaremos a apresentar um R

processo matemático para a obtenção da fórmula do cálculo do Vc(h)   {(h  R)R  


2

volume da “calota esférica” em função da altura da mesma. 0

Com a mudança de variável u=R²-m² e du=(-2m)dm podere-


Volume de uma calota no hemisfério Sul mos reescrever:
Consideremos a esfera centrada no ponto (0,0,R) com raio R. R2

Vc(h)   {(h  R)R   u du}


2

u0

Após alguns cálculos obtemos:


VC(h) = Pi (h-R) [R² -(h-R)²] - (2/3)Pi[(R-h)³ - R³]
e assim temos a fórmula para o cálculo do volume da calota
esférica no hemisfério Sul com a altura h no intervalo [0,R], dada
por:
VC(h) = Pi h²(3R-h)/3

Volume de uma calota no hemisfério Norte


A equação desta esfera será dada por: Se o nível do líquido mostra que a altura h já ultrapassou o
x² + y² + (z-R)² = R² raio R da região esférica, então a altura h está no intervalo [R,2R]
A altura da calota será indicada pela letra h e o plano que
coincide com o nível do líquido (cota) será indicado por z=h. A
interseção entre a esfera e este plano é dado pela circunferência
x² + y² = R² - (h-R)²

Obteremos o volume da calota esférica com a altura h menor


ou igual ao raio R da esfera, isto é, h pertence ao intervalo [0,R]
e neste caso poderemos explicitar o valor de z em função de x e y
para obter:
z  R  R2  (x2  y2 ) Lançaremos mão de uma propriedade de simetria da esfera
que nos diz que o volume da calota superior assim como da calota
Para simplificar as operações algébricas, usaremos a letra r inferior somente depende do raio R da esfera e da altura h e não da
para indicar: posição relativa ocupada.
r² = R² - (h-R)² = h(2R-h) Aproveitaremos o resultado do cálculo utilizado para a calota
A região circular S de integração será descrita por x²+y²<R² do hemisfério Sul. Tomaremos a altura tal que: h=2R-d, onde d é
ou em coordenadas polares através de: a altura da região que não contém o líquido. Como o volume desta
0<m<R, 0<t<2Pi calota vazia é dado por:
A integral dupla que representa o volume da calota em função
da altura h é dada por: VC(d) = Pi d²(3R-d)/3
Vc(h)    s (h  z)dxdy
e como h=2R-d, então para h no intervalo [R,2R], poderemos
escrever o volume da calota vazia em função de h:
VC(h) = Pi (2R-h)²(R+h)/3
ou seja
Vc(h)    s (h  R  R2  (x2  y2 ))dxdy Para obter o volume ocupado pelo líquido, em função da altu-
ra, basta tomar o volume total da região esférica e retirar o volume
da calota vazia, para obter:
Escrita em Coordenadas Polares, esta integral fica na forma: V(h) = 4Pi R³/3 - Pi (2R-h)²(R+h)/3
2x R
que pode ser simplificada para:
Vc(h)    (h  R  R2  m2 )mdmdt V(h) = Pi h²(3R-h)/3
t 0 m0

Independentemente do fato que a altura h esteja no intervalo


Após realizar a integral na variável t, podemos separá-la em [0,R] ou [R,2R] ou de uma forma geral em [0,2R], o cálculo do
duas integrais: volume ocupado pelo líquido é dado por:
R R V(h) = Pi h²(3R-h)/3
Vc(h)  2 { (h  R)m dm   R2  m2 mdm}
0 0

Didatismo e Conhecimento 147


MATEMÁTICA
Poliedro Bases: regiões poligonais
congruentes
Poliedro é um sólido limitado externamente por planos no es- Altura: distância entre
paço R³. As regiões planas que limitam este sólido são as faces do as bases
poliedro. As interseções das faces são as arestas do poliedro. As Arestas laterais
interseções das arestas são os vértices do poliedro. Cada face é paralelas: mesmas
uma região poligonal contendo n lados. medidas
Poliedros convexos são aqueles cujos ângulos diedrais forma- Faces laterais:
dos por planos adjacentes têm medidas menores do que 180 graus. paralelogramos
Outra definição: Dados quaisquer dois pontos de um poliedro con-
vexo, o segmento que tem esses pontos como extremidades, deve- Prisma reto Aspectos comuns Prisma oblíquo
rá estar inteiramente contido no poliedro.
Seções de um prisma
Poliedros Regulares
Seção transversal
Um poliedro é regular se todas as suas faces são regiões poli-
gonais regulares com n lados, o que significa que o mesmo número É a região poligonal obtida pela interseção do prisma com um
de arestas se encontram em cada vértice. plano paralelo às bases, sendo que esta região poligonal é con-
gruente a cada uma das bases.
Tetraedro Hexaedro (cubo) Octaedro Seção reta (seção normal)
É uma seção determinada por um plano perpendicular às ares-
tas laterais.
Princípio de Cavaliere
Consideremos um plano P sobre o qual estão apoiados dois
sólidos com a mesma altura. Se todo plano paralelo ao plano dado
interceptar os sólidos com seções de áreas iguais, então os volu-
mes dos sólidos também serão iguais.

Áreas e Volumes Prisma regular


É um prisma reto cujas bases são regiões poligonais regulares.

Poliedro regular Área Volume Exemplos:


Um prisma triangular regular é um prisma reto cuja base é um
Tetraedro a2 R[3] (1/12) a³ R[2] triângulo equilátero.
Um prisma quadrangular regular é um prisma reto cuja base
Hexaedro 6 a2 a³
é um quadrado.
Octaedro 2 a2 R[3] (1/3) a³ R[2]
2
Planificação do prisma
Dodecaedro 3a R{25+10·R[5]} (1/4) a³ (15+7·R[5])
Icosaedro 5a2 R[3] (5/12) a³ (3+R[5])

Nesta tabela, a notação R[z] significa a raiz quadrada de


z>0.
Prisma

Prisma é um sólido geométrico delimitado por faces planas,


no qual as bases se situam em planos paralelos. Quanto à inclina-
ção das arestas laterais, os prismas podem ser retos ou oblíquos. Um prisma é um sólido formado por todos os pontos do espa-
ço localizados dentro dos planos que contêm as faces laterais e os
Prisma reto planos das bases. As faces laterais e as bases formam a envoltória
As arestas laterais têm o mesmo comprimento. deste sólido. Esta envoltória é uma “superfície” que pode ser pla-
As arestas laterais são perpendiculares ao plano da base. nificada no plano cartesiano.
As faces laterais são retangulares. Tal planificação se realiza como se cortássemos com uma te-
soura esta envoltória exatamente sobre as arestas para obter uma
Prisma oblíquo região plana formada por áreas congruentes às faces laterais e às
As arestas laterais têm o mesmo comprimento. bases.
As arestas laterais são oblíquas ao plano da base. A planificação é útil para facilitar os cálculos das áreas lateral
As faces laterais não são retangulares. e total.

Didatismo e Conhecimento 148


MATEMÁTICA
Volume de um prisma - Eixo É o segmento de reta que liga os centros das bases do
O volume de um prisma é dado por: “cilindro”.
- Altura A altura de um cilindro é a distância entre os dois
Vprisma = Abase . h planos paralelos que contêm as bases do “cilindro”.
- Superfície Lateral É o conjunto de todos os pontos do espa-
Área lateral de um prisma reto com base poligonal regular ço, que não estejam nas bases, obtidos pelo deslocamento paralelo
da geratriz sempre apoiada sobre a curva diretriz.
A área lateral de um prisma reto que tem por base uma região
- Superfície Total É o conjunto de todos os pontos da superfí-
poligonal regular de n lados é dada pela soma das áreas das fa-
ces laterais. Como neste caso todas as áreas das faces laterais são cie lateral reunido com os pontos das bases do cilindro.
iguais, basta tomar a área lateral como: - Área lateral É a medida da superfície lateral do cilindro.
- Área total É a medida da superfície total do cilindro.
- Seção meridiana de um cilindro É uma região poligonal
obtida pela interseção de um plano vertical que passa pelo centro
do cilindro com o cilindro.
Classificação dos cilindros circulares
Cilindro circular oblíquo Apresenta as geratrizes oblíquas
em relação aos planos das bases.
Cilindros Cilindro circular reto As geratrizes são perpendiculares aos
planos das bases. Este tipo de cilindro é também chamado de ci-
lindro de revolução, pois é gerado pela rotação de um retângulo.
Cilindro equilátero É um cilindro de revolução cuja seção
meridiana é um quadrado.

Volume de um “cilindro”
Seja P um plano e nele vamos construir um círculo de raio r.
Tomemos também um segmento de reta PQ que não seja paralelo Em um cilindro, o volume é dado pelo produto da área da base
ao plano P e nem esteja contido neste plano P. pela altura.
Um cilindro circular é a reunião de todos os segmentos con- V = Abase × h
gruentes e paralelos a PQ com uma extremidade no círculo. Se a base é um círculo de raio r, então:
Observamos que um cilindro é uma superfície no espaço R3, V = r2 h
mas muitas vezes vale a pena considerar o cilindro com a região
Áreas lateral e total de um cilindro circular reto
sólida contida dentro do cilindro. Quando nos referirmos ao cilin-
Quando temos um cilindro circular reto, a área lateral é dada
dro como um sólido usaremos aspas, isto é, “cilindro” e quando por:
for à superfície, simplesmente escreveremos cilindro. Alat = 2 r h
A reta que contém o segmento PQ é denominada geratriz e a
onde r é o raio da base e h é a altura do cilindro.
curva que fica no plano do “chão” é a diretriz.
Atot = Alat + 2 Abase
Atot = 2 r h + 2 r2
Atot = 2 r(h+r)

Exercícios

1. Dado o cilindro circular equilátero (h = 2r), calcular a área


lateral e a área total.

2. Seja um cilindro circular reto de raio igual a 2cm e altura


3cm. Calcular a área lateral, área total e o seu volume.

3. As áreas das bases de um cone circular reto e de um prisma


Em função da inclinação do segmento PQ em relação ao plano
quadrangular reto são iguais. O prisma tem altura 12 cm e volume
do “chão”, o cilindro será chamado reto ou oblíquo, respectiva-
mente, se o segmento PQ for perpendicular ou oblíquo ao plano igual ao dobro do volume do cone. Determinar a altura do cone.
que contém a curva diretriz.
4. Anderson colocou uma casquinha de sorvete dentro de uma
Objetos geométricos em um “cilindro” lata cilíndrica de mesma base, mesmo raio R e mesma altura h da
Num cilindro, podemos identificar vários elementos: casquinha. Qual é o volume do espaço (vazio) compreendido entre
- Base É a região plana contendo a curva diretriz e todo o seu a lata e a casquinha de sorvete?
interior. Num cilindro existem duas bases.

Didatismo e Conhecimento 149


MATEMÁTICA
Respostas

1) Solução: No cilindro equilátero, a área lateral e a área total


é dada por:

Alat = 2 r. 2r = 4 r2
Atot = Alat + 2 Abase
Atot = 4 r2 + 2 r2 = 6 r2
V = Abase h = r2. 2r = 2 r3

2) Solução: Cálculo da Área lateral Alat = 2 r h = 2 2.3 =


12 cm2
Cálculo da Área total Atot = Alat + 2 Abase Atot = 12 + 2 22 =
12 + 8 = 20 cm2
Cálculo do Volume V = Abase × h = r2 × h V = 22 × 3 =
× 4 × 3 = 12 cm33

3) Solução:
hprisma = 12
Abase do prisma = Abase do cone = A
Vprisma = 2 Vcone
A hprisma = 2(A h)/3
12 = 2.h/3
h =18 cm

4) Solução:

V = Vcilindro - Vcone
V = Abase h - (1/3) Abase h
V = Pi R2 h - (1/3) Pi R2 h
V = (2/3) Pi R2 h cm3

Didatismo e Conhecimento 150


INFORMÁTICA
INFORMÁTICA
MAINFRAMES
NOÇÕES DE HARDWARE:
COMPONENTES DE UM COMPUTADOR;
DISPOSITIVOS DE ENTRADA E SAÍDA;
MÍDIAS PARA ARMAZENAMENTO DE
DADOS; PERIFÉRICOS.

HISTÓRICO

Os primeiros computadores construídos pelo homem foram


idealizados como máquinas para processar números (o que conhe-
cemos hoje como calculadoras), porém, tudo era feito fisicamente.
Existia ainda um problema, porque as máquinas processavam
os números, faziam operações aritméticas, mas depois não sabiam
o que fazer com o resultado, ou seja, eram simplesmente máquinas
de calcular, não recebiam instruções diferentes e nem possuíam uma Os computadores podem ser classificados pelo porte. Basica-
memória. Até então, os computadores eram utilizados para pouquís- mente, existem os de grande porte ― mainframes ― e os de pe-
simas funções, como calcular impostos e outras operações. Os com- queno porte ― microcomputadores ― sendo estes últimos dividi-
dos em duas categorias: desktops ou torres e portáteis (notebooks,
putadores de uso mais abrangente apareceram logo depois da Se-
laptops, handhelds e smartphones).
gunda Guerra Mundial. Os EUA desenvolveram ― secretamente, Conceitualmente, todos eles realizam funções internas idênti-
durante o período ― o primeiro grande computador que calculava cas, mas em escalas diferentes.
trajetórias balísticas. A partir daí, o computador começou a evoluir Os mainframes se destacam por ter alto poder de processa-
num ritmo cada vez mais acelerado, até chegar aos dias de hoje. mento, muita capacidade de memória e por controlar atividades
com grande volume de dados. Seu custo é bastante elevado. São
Código Binário, Bit e Byte encontrados, geralmente, em bancos, grandes empresas e centros
de pesquisa.
O sistema binário (ou código binário) é uma representação nu-
mérica na qual qualquer unidade pode ser demonstrada usando-se CLASSIFICAÇÃO DOS COMPUTADORES
apenas dois dígitos: 0 e 1. Esta é a única linguagem que os computa-
A classificação de um computador pode ser feita de diversas
dores entendem. Cada um dos dígitos utilizados no sistema binário é
maneiras. Podem ser avaliados:
chamado de Binary Digit (Bit), em português, dígito binário e repre-  Capacidade de processamento;
senta a menor unidade de informação do computador.  Velocidade de processamento;
Os computadores geralmente operam com grupos de bits. Um  Capacidade de armazenamento das informações;
grupo de oito bits é denominado Byte. Este pode ser usado na repre-  Sofisticação do software disponível e compatibilidade;
sentação de caracteres, como uma letra (A-Z), um número (0-9) ou  Tamanho da memória e tipo de CPU (Central Processing
outro símbolo qualquer (#, %, *,?, @), entre outros. Uni), Unidade Central de Processamento.
Assim como podemos medir distâncias, quilos, tamanhos etc.,
também podemos medir o tamanho das informações e a velocidade TIPOS DE MICROCOMPUTADORES
de processamento dos computadores. A medida padrão utilizada é
o byte e seus múltiplos, conforme demonstramos na tabela abaixo: Os microcomputadores atendem a uma infinidade de aplica-
ções. São divididos em duas plataformas: PC (computadores pes-
soais) e Macintosh (Apple).
Os dois padrões têm diversos modelos, configurações e op-
cionais. Além disso, podemos dividir os microcomputadores em
desktops, que são os computadores de mesa, com uma torre, tecla-
do, mouse e monitor e portáteis, que podem ser levados a qualquer
lugar.

DESKTOPS

São os computadores mais comuns. Geralmente dispõem de


teclado, mouse, monitor e gabinete separados fisicamente e não
são movidos de lugar frequentemente, uma vez que têm todos os
componentes ligados por cabos.

Didatismo e Conhecimento 1
INFORMÁTICA
São compostos por: O processamento de dados sempre envolve três fases essen-
 Monitor (vídeo) ciais: Entrada de Dados, Processamento e Saída da Informação.
 Teclado Para que um sistema de processamento de dados funcione ao
 Mouse contento, faz-se necessário que três elementos funcionem em per-
 Gabinete: Placa-mãe, CPU (processador), memórias, dri- feita harmonia, são eles:
ves, disco rígido (HD), modem, portas USB etc.
Hardware
PORTÁTEIS
Hardware é toda a parte física que compõe o sistema de pro-
Os computadores portáteis possuem todas as partes integradas cessamento de dados: equipamentos e suprimentos tais como:
num só conjunto. Mouse, teclado, monitor e gabinete em uma úni- CPU, disquetes, formulários, impressoras.
ca peça. Os computadores portáteis começaram a aparecer no iní-
cio dos anos 80, nos Estados Unidos e hoje podem ser encontrados Software
nos mais diferentes formatos e tamanhos, destinados a diferentes
tipos de operações. É toda a parte lógica do sistema de processamento de dados.
Desde os dados que armazenamos no hardware, até os programas
LAPTOPS que os processam.
Peopleware
Também chamados de notebooks, são computadores portáteis,
leves e produzidos para serem transportados facilmente. Os lap- Esta é a parte humana do sistema: usuários (aqueles que usam
tops possuem tela, geralmente de Liquid Crystal Display (LCD), a informática como um meio para a sua atividade fim), progra-
teclado, mouse (touchpad), disco rígido, drive de CD/DVD e por- madores e analistas de sistemas (aqueles que usam a informática
tas de conexão. Seu nome vem da junção das palavras em inglês como uma atividade fim).
lap (colo) e top (em cima), significando “computador que cabe no Embora não pareça, a parte mais complexa de um sistema
colo de qualquer pessoa”. de processamento de dados é, sem dúvida o Peopleware, pois por
mais moderna que sejam os equipamentos, por mais fartos que se-
jam os suprimentos, e por mais inteligente que se apresente o soft-
NETBOOKS
ware, de nada adiantará se as pessoas (peopleware) não estiverem
devidamente treinadas a fazer e usar a informática.
São computadores portáteis muito parecidos com o notebook,
O alto e acelerado crescimento tecnológico vem aprimoran-
porém, em tamanho reduzido, mais leves, mais baratos e não pos-
do o hardware, seguido de perto pelo software. Equipamentos que
suem drives de CD/ DVD.
cabem na palma da mão, softwares que transformam fantasia em
realidade virtual não são mais novidades. Entretanto ainda temos
PDA em nossas empresas pessoas que sequer tocaram algum dia em um
teclado de computador.
É a abreviação do inglês Personal Digital Assistant e também Mesmo nas mais arrojadas organizações, o relacionamento
são conhecidos como palmtops. São computadores pequenos e, entre as pessoas dificulta o trâmite e consequente processamento
geralmente, não possuem teclado. Para a entrada de dados, sua tela da informação, sucateando e subutilizando equipamentos e softwa-
é sensível ao toque. É um assistente pessoal com boa quantidade res. Isto pode ser vislumbrado, sobretudo nas instituições públicas.
de memória e diversos programas para uso específico.
POR DENTRO DO GABINETE
SMARTPHONES

São telefones celulares de última geração. Possuem alta ca-


pacidade de processamento, grande potencial de armazenamento,
acesso à Internet, reproduzem músicas, vídeos e têm outras fun-
cionalidades.

Sistema de Processamento de Dados

Quando falamos em “Processamento de Dados” tratamos de


uma grande variedade de atividades que ocorre tanto nas organi-
zações industriais e comerciais, quanto na vida diária de cada um
de nós.
Para tentarmos definir o que seja processamento de dados te- Identificaremos as partes internas do computador, localizadas
mos de ver o que existe em comum em todas estas atividades. Ao no gabinete ou torre:
analisarmos, podemos perceber que em todas elas são dadas certas
informações iniciais, as quais chamamos de dados.  Motherboard (placa-mãe)
E que estes dados foram sujeitos a certas transformações, com  Processador
as quais foram obtidas as informações.  Memórias

Didatismo e Conhecimento 2
INFORMÁTICA
 Fonte de Energia descritos os elementos necessários para operacionalizar o Hardwa-
 Cabos re, possibilitando aos diversos S.O. acesso aos recursos independe
 Drivers de suas características específicas.
 Portas de Entrada/Saída

MOTHERBOARD (PLACA-MÃE)

É uma das partes mais importantes do computador. A mo-


therboard é uma placa de circuitos integrados que serve de suporte
para todas as partes do computador. O BIOS é gravado em um chip de memória do tipo EPROM
Praticamente, tudo fica conectado à placa-mãe de alguma ma- (Erased Programmable Read Only Memory). É um tipo de memória
neira, seja por cabos ou por meio de barramentos. “não volátil”, isto é, desligando o computador não há a perda das
A placa mãe é desenvolvida para atender às características informações (programas) nela contida. O BIOS é contem 2 progra-
especificas de famílias de processadores, incluindo até a possibi- mas: POST (Power On Self Test) e SETUP para teste do sistema
lidade de uso de processadores ainda não lançados, mas que apre- e configuração dos parâmetros de inicialização, respectivamente, e
sentem as mesmas características previstas na placa. de funções básicas para manipulação do hardware utilizadas pelo
A placa mãe é determinante quanto aos componentes que po- Sistema Operacional.
dem ser utilizados no micro e sobre as possibilidades de upgrade, Quando inicializamos o sistema, um programa chamado POST
influenciando diretamente na performance do micro. conta a memória disponível, identifica dispositivos plug-and-play e
realiza uma checagem geral dos componentes instalados, verifican-
Diversos componentes integram a placa-mãe, como: do se existe algo de errado com algum componente. Após o término
• Chipset desses testes, é emitido um relatório com várias informações sobre
Denomina-se chipset os circuitos de apoio ao microcomputa- o hardware instalado no micro. Este relatório é uma maneira fácil e
dor que gerenciam praticamente todo o funcionamento da placa- rápida de verificar a configuração de um computador. Para paralisar
mãe (controle de memória cache, DRAM, controle do buffer de a imagem tempo suficiente para conseguir ler as informações, basta
dados, interface com a CPU, etc.). pressionar a tecla “pause/break” do teclado.
O chipset é composto internamente de vários outros peque- Caso seja constatado algum problema durante o POST, serão
nos chips, um para cada função que ele executa. Há um chip con- emitidos sinais sonoros indicando o tipo de erro encontrado. Por
trolador das interfaces IDE, outro controlador das memórias, etc. isso, é fundamental a existência de um alto-falante conectado à pla-
Existem diversos modelos de chipsets, cada um com recursos bem ca mãe.
diferentes. Atualmente algumas motherboards já utilizam chips de memó-
Devido à complexidade das motherboards, da sofisticação dos ria com tecnologia flash. Memórias que podem ser atualizadas por
sistemas operacionais e do crescente aumento do clock, o chipset é software e também não perdem seus dados quando o computador é
o conjunto de CIs (circuitos integrados) mais importante do micro- desligado, sem necessidade de alimentação permanente.
computador. Fazendo uma analogia com uma orquestra, enquanto As BIOS mais conhecidas são: AMI, Award e Phoenix. 50%
o processador é o maestro, o chipset seria o resto! dos micros utilizam BIOS AMI.

• BIOS • Memória CMOS

O BIOS (Basic Input Output System), ou sistema básico de CMOS (Complementary Metal-Oxide Semicondutor) é uma
entrada e saída, é a primeira camada de software do micro, um pe- memória formada por circuitos integrados de baixíssimo consumo
queno programa que tem a função de “iniciar” o microcomputador. de energia, onde ficam armazenadas as informações do sistema (se-
Durante o processo de inicialização, o BIOS é o responsável pelo tup), acessados no momento do BOOT. Estes dados são atribuídos
reconhecimento dos componentes de hardware instalados, dar o na montagem do microcomputador refletindo sua configuração (tipo
boot, e prover informações básicas para o funcionamento do sis- de winchester, números e tipo de drives, data e hora, configurações
tema. gerais, velocidade de memória, etc.) permanecendo armazenados na
O BIOS é a camada (vide diagrama 1.1) que viabiliza a uti- CMOS enquanto houver alimentação da bateria interna. Algumas
lização de Sistemas Operacionais diferentes (Linux, Unix, Hurd, alterações no hardware (troca e/ou inclusão de novos componentes)
BSD, Windows, etc.) no microcomputador. É no BIOS que estão podem implicar na alteração de alguns desses parâmetros.

Didatismo e Conhecimento 3
INFORMÁTICA
Muitos desses itens estão diretamente relacionados com o pro- Usualmente, a taxa de clock é uma característica fixa do pro-
cessador e seu chipset e portanto é recomendável usar os valores cessador. Porém, alguns computadores têm uma “chave” que per-
default sugerido pelo fabricante da BIOS. Mudanças nesses parâ- mite 2 ou mais diferentes velocidades de clock. Isto é útil porque
metros pode ocasionar o travamento da máquina, intermitência na programas desenvolvidos para trabalhar em uma máquina com alta
operação, mau funcionamento dos drives e até perda de dados do velocidade de clock podem não trabalhar corretamente em uma
HD. máquina com velocidade de clock mais lenta, e vice versa. Além
• Slots para módulos de memória disso, alguns componentes de expansão podem não ser capazes de
Na época dos micros XT e 286, os chips de memória eram en- trabalhar a alta velocidade de clock.
caixados (ou até soldados) diretamente na placa mãe, um a um. O Assim como a velocidade de clock, a arquitetura interna de
agrupamento dos chips de memória em módulos (pentes), inicial- um microprocessador tem influência na sua performance. Dessa
mente de 30 vias, e depois com 72 e 168 vias, permitiu maior ver- forma, 2 CPUs com a mesma velocidade de clock não necessa-
satilidade na composição dos bancos de memória de acordo com as riamente trabalham igualmente. Enquanto um processador Intel
necessidades das aplicações e dos recursos financeiros disponíveis. 80286 requer 20 ciclos para multiplicar 2 números, um Intel 80486
Durante o período de transição para uma nova tecnologia é (ou superior) pode fazer o mesmo cálculo em um simples ciclo.
comum encontrar placas mãe com slots para mais de um modelo. Por essa razão, estes novos processadores poderiam ser 20 vezes
Atualmente as placas estão sendo produzidas apenas com módulos mais rápido que os antigos mesmo se a velocidade de clock fosse a
de 168 vias, mas algumas comportam memórias de mais de um mesma. Além disso, alguns microprocessadores são superescalar,
tipo (não simultaneamente): SDRAM, Rambus ou DDR-SDRAM. o que significa que eles podem executar mais de uma instrução
por ciclo.
• Clock
Como as CPUs, os barramentos de expansão também têm a
Relógio interno baseado num cristal de Quartzo que gera um
sua velocidade de clock. Seria ideal que as velocidades de clock da
pulso elétrico. A função do clock é sincronizar todos os circuitos
CPU e dos barramentos fossem a mesma para que um componente
da placa mãe e também os circuitos internos do processador para
não deixe o outro mais lento. Na prática, a velocidade de clock dos
que o sistema trabalhe harmonicamente.
barramentos é mais lenta que a velocidade da CPU.
Estes pulsos elétricos em intervalos regulares são medidos
• Overclock
pela sua frequência cuja unidade é dada em hertz (Hz). 1 MHz é Overclock é o aumento da frequência do processador para que
igual a 1 milhão de ciclos por segundo. Normalmente os proces- ele trabalhe mais rapidamente.
sadores são referenciados pelo clock ou frequência de operação: A frequência de operação dos computadores domésticos é de-
Pentium IV 2.8 MHz. terminada por dois fatores:
• A velocidade de operação da placa-mãe, conhecida também
PROCESSADOR como velocidade de barramento, que nos computadores Pentium
pode ser de 50, 60 e 66 MHz.
• Um multiplicador de clock, criado a partir dos 486 que
permite ao processador trabalhar internamente a uma velocidade
maior que a da placa-mãe. Vale lembrar que os outros periféricos
do computador (memória RAM, cache L2, placa de vídeo, etc.)
continuam trabalhando na velocidade de barramento.
Como exemplo, um computador Pentium 166 trabalha com
velocidade de barramento de 66 MHz e multiplicador de 2,5x. Fa-
zendo o cálculo, 66 x 2,5 = 166, ou seja, o processador trabalha a
166 MHz, mas se comunica com os demais componentes do micro
a 66 MHz.
Tendo um processador Pentium 166 (como o do exemplo aci-
ma), pode-se fazê-lo trabalhar a 200 MHz, simplesmente aumen-
tando o multiplicador de clock de 2,5x para 3x. Caso a placa-mãe
permita, pode-se usar um barramento de 75 ou até mesmo 83 MHz
O microprocessador, também conhecido como processador, (algumas placas mais modernas suportam essa velocidade de bar-
consiste num circuito integrado construído para realizar cálculos ramento). Neste caso, mantendo o multiplicador de clock de 2,5x,
e operações. Ele é a parte principal do computador, mas está longe o Pentium 166 poderia trabalhar a 187 MHz (2,5 x 75) ou a 208
de ser uma máquina completa por si só: para interagir com o usuá- MHz (2,5 x 83). As frequências de barramento e do multiplicador
rio é necessário memória, dispositivos de entrada e saída, conver- podem ser alteradas simplesmente através de jumpers de configu-
sores de sinais, entre outros. ração da placa-mãe, o que torna indispensável o manual da mesma.
É o processador quem determina a velocidade de processa- O aumento da velocidade de barramento da placa-mãe pode criar
mento dos dados na máquina. Os primeiros modelos comerciais problemas caso algum periférico (como memória RAM, cache L2,
começaram a surgir no início dos anos 80. etc.) não suporte essa velocidade.
• Clock Speed ou Clock Rate Quando se faz um overclock, o processador passa a trabalhar
É a velocidade pela qual um microprocessador executa instru- a uma velocidade maior do que ele foi projetado, fazendo com que
ções. Quanto mais rápido o clock, mais instruções uma CPU pode haja um maior aquecimento do mesmo. Com isto, reduz-se a vida
executar por segundo. útil do processador de cerca de 20 para 10 anos (o que não chega

Didatismo e Conhecimento 4
INFORMÁTICA
a ser um problema já que os processadores rapidamente se tornam FONTE DE ENERGIA
obsoletos). Esse aquecimento excessivo pode causar também fre-
quentes “crashes” (travamento) do sistema operacional durante o
seu uso, obrigando o usuário a reiniciar a máquina.
Ao fazer o overclock, é indispensável a utilização de um coo-
ler (ventilador que fica sobre o processador para reduzir seu aque-
cimento) de qualidade e, em alguns casos, uma pasta térmica espe-
cial que é passada diretamente sobre a superfície do processador.
Atualmente fala-se muito em CORE, seja dual, duo ou quad,
essa denominação refere-se na verdade ao núcleo do processador,
onde fica a ULA (Unidade Aritmética e Lógica). Nos modelos
DUAL ou DUO, esse núcleo é duplicado, o que proporciona uma
execução de duas instruções efetivamente ao mesmo tempo, em- É um aparelho que transforma a corrente de eletricidade alter-
bora isto não aconteça o tempo todo. Basta uma instrução precisar nada (que vem da rua), em corrente contínua, para ser usada nos
de um dado gerado por sua “concorrente” que a execução paralela computadores. Sua função é alimentar todas as partes do com-
torna-se inviável, tendo uma instrução que esperar pelo término putador com energia elétrica apropriada para seu funcionamento.
da outra. Os modelos QUAD CORE possuem o núcleo quadru- Fica ligada à placa-mãe e aos outros dispositivos por meio de
plicado. cabos coloridos com conectores nas pontas.
Esses são os processadores fabricados pela INTEL, empresa
CABOS
que foi pioneira nesse tipo de produto. Temos também alguns con-
correntes famosos dessa marca, tais como NEC, Cyrix e AMD;
sendo que atualmente apenas essa última marca mantém-se fazen-
do frente aos lançamentos da INTEL no mercado. Por exemplo,
um modelo muito popular de 386 foi o de 40 MHz, que nunca
foi feito pela INTEL, cujo 386 mais veloz era de 33 MHz, esse
processador foi obra da AMD. Desde o lançamento da linha Pen-
tium, a AMD foi obrigada a criar também novas denominações
para seus processadores, sendo lançados modelos como K5, K6-2,
K7, Duron (fazendo concorrência direta à ideia do Celeron) e os
mais atuais como: Athlon, Turion, Opteron e Phenom. Podemos encontrar diferentes tipos de cabos dentro do gabi-
nete: podem ser de energia ou de dados e conectam dispositivos,
MEMÓRIAS como discos rígidos, drives de CDs e DVDs, LEDs (luzes), botão
liga/desliga, entre outros, à placa-mãe.
Os tipos de cabos encontrados dentro do PC são: IDE, SATA,
SATA2, energia e som.

DRIVERS

Vamos chamar de memória o que muitos autores denominam


memória primária, que é a memória interna do computador, sem a
qual ele não funciona.
A memória é formada, geralmente, por chips e é utilizada para São dispositivos de suporte para mídias - fixas ou removíveis
guardar a informação para o processador num determinado mo- - de armazenamento de dados, nos quais a informação é gravada
mento, por exemplo, quando um programa está sendo executado. por meio digital, ótico, magnético ou mecânico.
As memórias ROM (Read Only Memory - Memória Somen- Hoje, os tipos mais comuns são o disco rígido ou HD, os
te de Leitura) e RAM (Random Access Memory - Memória de drives de CD/DVD e o pen drive. Os computadores mais antigos
Acesso Randômico) ficam localizadas junto à placa-mãe. A ROM ainda apresentam drives de disquetes, que são bem pouco usados
são chips soldados à placa-mãe, enquanto a RAM são “pentes” de devido à baixa capacidade de armazenamento. Todos os drives
memória. são ligados ao computador por meio de cabos.

Didatismo e Conhecimento 5
INFORMÁTICA
PORTAS DE ENTRADA/SAÍDA Os tipos de ROM usados atualmente são:

 Electrically-Erasable Programmable Read-Only Me-


mory (Eeprom)
É um tipo de PROM que pode ser apagada simplesmente com
uma carga elétrica, podendo ser, posteriormente, gravada com no-
vos dados. Depois da NVRAM é o tipo de memória ROM mais
utilizado atualmente.

 Non-Volatile Random Access Memory (Nvram)

Também conhecida como flash RAM ou memória flash, a


NVRAM é um tipo de memória RAM que não perde os dados
quando desligada. Este tipo de memória é o mais usado atualmen-
te para armazenar os dados da BIOS, não só da placa-mãe, mas
São as portas do computador nas quais se conectam todos de vários outros dispositivos, como modems, gravadores de CD
os periféricos. São utilizadas para entrada e saída de dados. Os -ROM etc.
computadores de hoje apresentam normalmente as portas USB, É justamente o fato do BIOS da placa-mãe ser gravado em
VGA, FireWire, HDMI, Ethernet e Modem. memória flash que permite realizarmos upgrades de BIOS. Na
verdade essa não é exatamente uma memória ROM, já que pode
Veja alguns exemplos de dispositivos ligados ao computador ser reescrita, mas a substitui com vantagens.
por meio dessas Portas: modem, monitor, pen drive, HD externo,
scanner, impressora, microfone, Caixas de som, mouse, teclado  Programmable Read-Only Memory (Prom)
etc. É um tipo de memória ROM, fabricada em branco, sendo pro-
gramada posteriormente. Uma vez gravados os dados, eles não
Obs.: são dignas de citação portas ainda bastante usadas, podem ser alterados. Este tipo de memória é usado em vários dis-
como as portas paralelas (impressoras e scanners) e as portas positivos, assim como em placas-mãe antigas.
PS/2(mouses e teclados).
Memoria RAM
MEMÓRIAS E DISPOSITIVOS
DE ARMAZENAMENTO

Memórias

Memória ROM

Random Access Memory (RAM) - Memória de acesso alea-


tório onde são armazenados dados em tempo de processamento,
isto é, enquanto o computador está ligado e, também, todas as in-
formações que estiverem sendo executadas, pois essa memória é
mantida por pulsos elétricos. Todo conteúdo dela é apagado ao
desligar-se a máquina, por isso é chamada também de volátil.
O módulo de memória é um componente adicionado à placa-
mãe. É composto de uma série de pequenos circuitos integrados,
chamados chip de RAM. A memória pode ser aumentada, de acor-
No microcomputador também se encontram as memórias de- do com o tipo de equipamento ou das necessidades do usuário. O
finidas como dispositivos eletrônicos responsáveis pelo armaze- local onde os chips de memória são instalados chama-se SLOT de
namento de informações e instruções utilizadas pelo computador. memória.
A memória ganhou melhor desempenho com versões mais po-
Read Only Memory (ROM) é um tipo de memória em que derosas, como DRAM (Dynamic RAM - RAM dinâmica), EDO
os dados não se perdem quando o computador é desligado. Este (Extended Data Out - Saída Estendida Dados), entre outras, que
tipo de memória é ideal para guardar dados da BIOS (Basic Input/ proporcionam um aumento no desempenho de 10% a 30% em
Output System - Sistema Básico de Entrada/Saída) da placa-mãe comparação à RAM tradicional. Hoje, as memórias mais utilizadas
e outros dispositivos. são do tipo DDR2 e DDR3.

Didatismo e Conhecimento 6
INFORMÁTICA
Memória Cache HD Externo

Os HDs externos são discos rígidos portáteis com alta capa-


cidade de armazenamento, chegando facilmente à casa dos Te-
rabytes. Eles, normalmente, funcionam a partir de qualquer
entrada USB do computador.
A memória cache é um tipo de memória de acesso rápido uti-
lizada, exclusivamente, para armazenamento de dados que prova- As grandes vantagens destes dispositivos são:
velmente serão usados novamente.  Alta capacidade de armazenamento;
Quando executamos algum programa, por exemplo, parte das  Facilidade de instalação;
instruções fica guardada nesta memória para que, caso posterior-  Mobilidade, ou seja, pode-se levá-lo para qualquer lu-
mente seja necessário abrir o programa novamente, sua execução gar sem necessidade de abrir o computador.
seja mais rápida.
Atualmente, a memória cache já é estendida a outros dispo- CD, CD-R e CD-RW
sitivos, a fim de acelerar o processo de acesso aos dados. Os pro-
cessadores e os HDs, por exemplo, já utilizam este tipo de arma- O Compact Disc (CD) foi criado no começo da década de
zenamento. 80 e é hoje um dos meios mais populares de armazenar dados
DISPOSITIVOS DE ARMAZENAMENTO digitalmente.
Sua composição é geralmente formada por quatro camadas:
Disco Rígido (HD)  Uma camada de policarbonato (espécie de plástico),
onde ficam armazenados os dados
 Uma camada refletiva metálica, com a finalidade de
refletir o laser
 Uma camada de acrílico, para proteger os dados
 Uma camada superficial, onde são impressos os rótulos

Na camada de gravação existe uma grande espiral que tem


um relevo de partes planas e partes baixas que representam os
bits. Um feixe de laser “lê” o relevo e converte a informação.
Temos hoje, no mercado, três tipos principais de CDs:

1. CD comercial
(que já vem gravado com música ou dados)

2. CD-R
(que vem vazio e pode ser gravado uma única vez)

3. CD-RW
O disco rígido é popularmente conhecido como HD (Hard (que pode ter seus dados apagados e regravados)
Disk Drive - HDD) e é comum ser chamado, também, de memó- Atualmente, a capacidade dos CDs é armazenar cerca de
ria, mas ao contrário da memória RAM, quando o computador é 700 MB ou 80 minutos de música.
desligado, não perde as informações.
O disco rígido é, na verdade, o único dispositivo para armaze- DVD, DVD-R e DVD-RW
namento de informações indispensável ao funcionamento do com-
putador. É nele que ficam guardados todos os dados e arquivos, O Digital Vídeo Disc ou Digital Versatille Disc (DVD) é
incluindo o sistema operacional. Geralmente é ligado à placa-mãe hoje o formato mais comum para armazenamento de vídeo di-
por meio de um cabo, que pode ser padrão IDE, SATA ou SATA2. gital. Foi inventado no final dos anos 90, mas só se popularizou

Didatismo e Conhecimento 7
INFORMÁTICA
depois do ano 2000. Assim como o CD, é composto por quatro Assim como o pen drive, o cartão de memória é um tipo de
camadas, com a diferença de que o feixe de laser que lê e grava dispositivo de armazenamento de dados com memória flash, muito
as informações é menor, possibilitando uma espiral maior no encontrado em máquinas fotográficas digitais e aparelhos celulares
disco, o que proporciona maior capacidade de armazenamento. smartphones.
Também possui as versões DVD-R e DVD-RW, sendo R Nas máquinas digitais registra as imagens capturadas e nos
de gravação única e RW que possibilita a regravação de dados. telefones é utilizado para armazenar vídeos, fotos, ringtones, en-
A capacidade dos DVDs é de 120 minutos de vídeo ou 4,7 GB dereços, números de telefone etc.
de dados, existindo ainda um tipo de DVD chamado Dual La- O cartão de memória funciona, basicamente, como o pen dri-
yer, que contém duas camadas de gravação, cuja capacidade de ve, mas, ao contrário dele, nem sempre fica aparente no dispositivo
armazenamento chega a 8,5 GB. e é bem mais compacto.
Os formatos mais conhecidos são:
Blu-Ray  Memory Stick Duo
 SD (Secure Digital Card)
O Blu-Ray é o sucessor do DVD. Sua capacidade varia en-  Mini SD
tre 25 e 50 GB. O de maior capacidade contém duas camadas  Micro SD
de gravação.
Seu processo de fabricação segue os padrões do CD e DVD OS PERIFÉRICOS
comuns, com a diferença de que o feixe de laser usado para leitu-
ra é ainda menor que o do DVD, o que possibilita armazenagem Os periféricos são partes extremamente importantes dos com-
maior de dados no disco. putadores. São eles que, muitas vezes, definem sua aplicação.
O nome do disco refere-se à cor do feixe de luz do leitor ótico
que, na verdade, para o olho humano, apresenta uma cor violeta Entrada
azulada. O “e” da palavra blue (azul) foi retirado do nome por
fins jurídicos, já que muitos países não permitem que se registre São dispositivos que possuem a função de inserir dados ao
comercialmente uma palavra comum. O Blu-Ray foi introduzido computador, por exemplo: teclado, scanner, caneta óptica, leitor
no mercado no ano de 2006. de código de barras, mesa digitalizadora, mouse, microfone, joys-
tick, CD-ROM, DVD-ROM, câmera fotográfica digital, câmera de
Pen Drive vídeo, webcam etc.

Mouse

É um dispositivo de armazenamento de dados em memória


flash e conecta-se ao computador por uma porta USB. Ele com-
É utilizado para selecionar operações dentro de uma tela apre-
bina diversas tecnologias antigas com baixo custo, baixo consumo
sentada. Seu movimento controla a posição do cursor na tela e
de energia e tamanho reduzido, graças aos avanços nos micro-
apenas clicando (pressionando) um dos botões sobre o que você
processadores. Funciona, basicamente, como um HD externo e
precisa, rapidamente a operação estará definida.
quando conectado ao computador pode ser visualizado como um
O mouse surgiu com o ambiente gráfico das famílias Macin-
drive. O pen drive também é conhecido como thumbdrive (por ter
tosh e Windows, tornando-se indispensável para a utilização do
o tamanho aproximado de um dedo polegar - thumb), flashdrive
microcomputador.
(por usar uma memória flash) ou, ainda, disco removível.
Ele tem a mesma função dos antigos disquetes e dos CDs, ou
Touchpad
seja, armazenar dados para serem transportados, porém, com uma
capacidade maior, chegando a 256 GB.

Cartão de Memória

Didatismo e Conhecimento 8
INFORMÁTICA
Existem alguns modelos diferentes de mouse para notebooks, As câmeras de vídeo, além de utilizadas no lazer, são também
como o touchpad, que é um item de fábrica na maioria deles. aplicadas no trabalho de multimídia. As câmeras de vídeo digitais
É uma pequena superfície sensível ao toque e tem a mesma ligam-se ao microcomputador por meio de cabos de conexão e per-
funcionalidade do mouse. Para movimentar o cursor na tela, pas- mitem levar a ele as imagens em movimento e alterá-las utilizando
sa-se o dedo levemente sobre a área do touchpad. um programa de edição de imagens. Existe, ainda, a possibilidade
de transmitir as imagens por meio de placas de captura de vídeo,
Teclado que podem funcionar interna ou externamente no computador.

É o periférico mais conhecido e utilizado para entrada de da-


dos no computador.
Acompanha o PC desde suas primeiras versões e foi pouco
alterado. Possui teclas representando letras, números e símbolos,
bem como teclas com funções específicas (F1... F12, ESC etc.).

Câmera Digital

Scanner

Câmera fotográfica moderna que não usa mais filmes foto-


gráficos. As imagens são capturadas e gravadas numa memória
interna ou, ainda, mais comumente, em cartões de memória. É um dispositivo utilizado para interpretar e enviar à me-
O formato de arquivo padrão para armazenar as fotos é o mória do computador uma imagem desenhada, pintada ou foto-
JPEG (.jpg) e elas podem ser transferidas ao computador por meio grafada. Ele é formado por minúsculos sensores fotoelétricos,
de um cabo ou, nos computadores mais modernos, colocando-se o geralmente distribuídos de forma linear. Cada linha da imagem
cartão de memória diretamente no leitor. é percorrida por um feixe de luz. Ao mesmo tempo, os sensores
varrem (percorrem) esse espaço e armazenam a quantidade de
Câmeras de Vídeo luz refletida por cada um dos pontos da linha.
A princípio, essas informações são convertidas em cargas
elétricas que, depois, ainda no scanner, são transformadas em
valores numéricos. O computador decodifica esses números, ar-
mazena-os e pode transformá-los novamente em imagem. Após
a imagem ser convertida para a tela, pode ser gravada e impressa
como qualquer outro arquivo.
Existem scanners que funcionam apenas em preto e branco
e outros, que reproduzem cores. No primeiro caso, os sensores
passam apenas uma vez por cada ponto da imagem. Os aparelhos

Didatismo e Conhecimento 9
INFORMÁTICA
de fax possuem um scanner desse tipo para captar o documento. Os primeiros monitores eram monocromáticos, ou seja, apre-
Para capturar as cores é preciso varrer a imagem três vezes: uma sentavam apenas uma cor e suas tonalidades, mostrando os textos
registra o verde, outra o vermelho e outra o azul. em branco ou verde sobre um fundo preto. Depois, surgiram os
Há aparelhos que produzem imagens com maior ou menor policromáticos, trabalhando com várias cores e suas tonalidades.
definição. Isso é determinado pelo número de pontos por polega- A tecnologia utilizada nos monitores também tem acompa-
da (ppp) que os sensores fotoelétricos podem ler. As capacidades nhado o mercado de informática. Procurou-se reduzir o consumo
variam de 300 a 4800 ppp. Alguns modelos contam, ainda, com de energia e a emissão de radiação eletromagnética. Outras ino-
softwares de reconhecimento de escrita, denominados OCR. vações, como controles digitais, tela plana e recursos multimídia
Hoje em dia, existem diversos tipos de utilização para os contribuíram nas mudanças.
scanners, que podem ser encontrados até nos caixas de supermer- Nos desktops mais antigos, utilizava-se a Catodic Rays Tube
(CRT), que usava o tubo de cinescópio (o mesmo princípio da TV),
cados, para ler os códigos de barras dos produtos vendidos.
em que um canhão dispara por trás o feixe de luz e a imagem é
mostrada no vídeo. Uma grande evolução foi o surgimento de
Webcam uma tela especial, a Liquid Crystal Display (LCD) - Tela de Cristal
Líquido.
A tecnologia LCD troca o tubo de cinescópio por minúsculos
cristais líquidos na formação dos feixes de luz até a montagem dos
pixels. Com este recurso, pode-se aumentar a área útil da tela.
Os monitores LCD permitem qualidade na visibilidade da
imagem - dependendo do tipo de tela ― que pode ser:
 Matriz ativa: maior contraste, nitidez e amplo campo de
visão
 Matriz passiva: menor tempo de resposta nos movimen-
tos de vídeo
Além do CRT e do LCD, uma nova tecnologia esta ganhando
força no mercado, o LED. A principal diferença entre LED x LCD
É uma câmera de vídeo que capta imagens e as transfere ins- está diretamente ligado à tela. Em vez de células de cristal líquido,
tantaneamente para o computador. A maioria delas não tem alta os LED possuem diodos emissores de luz (Light Emitting Diode)
resolução, já que as imagens têm a finalidade de serem transmi- que fornecem o conjunto de luzes básicas (verde, vermelho e azul).
Eles não aquecem para emitir luz e não precisam de uma luz bran-
tidas a outro computador via Internet, ou seja, não podem gerar
ca por trás, o que permite iluminar apenas os pontos necessários na
um arquivo muito grande, para que possam ser transmitidas mais
tela. Como resultado, ele consume até 40% menos energia.
rapidamente. A definição de cores também é superior, principalmente do
Hoje, muitos sites e programas possuem chats (bate-papo) preto, que possui fidelidade não encontrada em nenhuma das de-
com suporte para webcam. Os participantes podem conversar e mais tecnologias disponíveis no mercado.
visualizar a imagem um do outro enquanto conversam. Nos lap- Sem todo o aparato que o LCD precisa por trás, o LED tam-
tops e notebooks mais modernos, a câmera já vem integrada ao bém pode ser mais fina, podendo chegar a apenas uma polegada de
computador. espessura. Isso resultado num monitor de design mais agradável e
bem mais leve.
Saída Ainda é possível encontrar monitores CRT (que usavam o
tubo de cinescópio), mas os fabricantes, no entanto, não deram
São dispositivos utilizados para saída de dados do computa- continuidade à produção dos equipamentos com tubo de imagem.
dor, por exemplo: monitor, impressora, projetor, caixa de som etc. Os primeiros monitores tinham um tamanho de, geralmente,
13 ou 14 polegadas. Com profissionais trabalhando com imagens,
Monitor cores, movimentos e animações multimídia, sentiu-se a necessida-
de de produzir telas maiores.
É um dispositivo físico (semelhante a uma televisão) que tem Hoje, os monitores são vendidos nos mais diferentes formatos
e tamanhos. As televisões mais modernas apresentam uma entrada
a função de exibir a saída de dados.
VGA ou HDMI, para que computadores sejam conectados a elas.
A qualidade do que é mostrado na tela depende da resolução
do monitor, designada pelos pontos (pixels - Picture Elements), Impressora Jato de Tinta
que podem ser representados na sua superfície.
Todas as imagens que você vê na tela são compostas de cen-
tenas (ou milhares) de pontos gráficos (ou pixels). Quanto mais
pixels, maior a resolução e mais detalhada será a imagem na tela.
Uma resolução de 640 x 480 significa 640 pixels por linha e 480
linhas na tela, resultando em 307.200 pixels.
A placa gráfica permite que as informações saiam do compu-
tador e sejam apresentadas no monitor. A placa determina quantas
cores você verá e qual a qualidade dos gráficos e imagens apre-
sentadas.

Didatismo e Conhecimento 10
INFORMÁTICA
Atualmente, as impressoras a jato de tinta ou inkjet (como mapas cartográficos, projetos de engenharia e grafismo, ou seja, a im-
também são chamadas), são as mais populares do mercado. Si- pressora plotter é destinada às artes gráficas, editoração eletrônica e
lenciosas, elas oferecem qualidade de impressão e eficiência. áreas de CAD/CAM.
A impressora jato de tinta forma imagens lançando a tinta Vários modelos de impressora plotter têm resolução de 300 dpi,
diretamente sobre o papel, produzindo os caracteres como se fos- mas alguns podem chegar a 1.200 pontos por polegada, permitindo
sem contínuos. Imprime sobre papéis especiais e transparências imprimir, aproximadamente, 20 páginas por minuto (no padrão de pa-
e são bastante versáteis. Possuem fontes (tipos de letras) internas pel utilizado em impressoras a laser).
e aceitam fontes via software. Também preparam documentos em Existe a plotter que imprime materiais coloridos com largura de
preto e branco e possuem cartuchos de tinta independentes, um até três metros (são usadas em empresas que imprimem grandes volu-
preto e outro colorido. mes e utilizam vários formatos de papel).

Impressora Laser Projetor

É um equipamento muito utilizado em apresentações multimídia.


Antigamente, as informações de uma apresentação eram im- pressas
em transparências e ampliadas num retroprojetor, mas, com
o avanço tecnológico, os projetores têm auxiliado muito nesta área.
Quando conectados ao computador, esses equipamentos repro-
duzem o que está na tela do computador em dimensões ampliadas,
para que várias pessoas vejam ao mesmo tempo.

Entrada/Saída
As impressoras a laser apresentam elevada qualidade de im- São dispositivos que possuem tanto a função de inserir dados,
pressão, aliada a uma velocidade muito superior. Utilizam folhas quanto servir de saída de dados. Exemplos: pen drive, modem, CD
avulsas e são bastante silenciosas. -RW, DVD-RW, tela sensível ao toque, impressora multifuncional,
Possuem fontes internas e também aceitam fontes via soft- etc.
ware (dependendo da quantidade de memória). Algumas pos- IMPORTANTE: A impressora multifuncional pode ser classifi-
suem um recurso que ajusta automaticamente as configurações cada como periférico de Entrada/Saída, pois sua principal característi-
de cor, eliminando a falta de precisão na impressão colorida, po- ca é a de realizar os papeis de impressora (Saída) e scanner (Entrada)
dendo atingir uma resolução de 1.200 dpi (dots per inch - pontos no mesmo dispositivo.
por polegada).
BARRAMENTOS – CONCEITOS GERAIS
Impressora a Cera
Os barramentos, conhecidos como BUS em inglês, são conjun-
Categoria de impressora criada para ter cor no impresso com tos de fios que normalmente estão presentes em todas as placas do
qualidade de laser, porém o custo elevado de manutenção aliado computador.
ao surgimento da laser colorida fizeram essa tecnologia ser es- Na verdade existe barramento em todas as placas de produtos
quecida. A ideia aqui é usar uma sublimação de cera (aquela do eletrônicos, porém em outros aparelhos os técnicos referem-se aos
lápis de cera) para fazer impressão. barramentos simplesmente como o “impresso da placa”.
Barramento é um conjunto de 50 a 100 fios que fazem a comu-
Plotters nicação entre todos os dispositivos do computador: UCP, memória,
dispositivos de entrada e saída e outros. Os sinais típicos encontrados
no barramento são: dados, clock, endereços e controle.
Os dados trafegam por motivos claros de necessidade de serem
levados às mais diversas porções do computador.
Os endereços estão presentes para indicar a localização para onde
os dados vão ou vêm.
O clock trafega nos barramentos conhecidos como síncronos,
pois os dispositivos são obrigados a seguir uma sincronia de tempo
para se comunicarem.
O controle existe para informar aos dispositivos envolvidos na
transmissão do barramento se a operação em curso é de escrita, lei-
tura, reset ou outra qualquer. Alguns sinais de controle são bastante
comuns:
• Memory Write - Causa a escrita de dados do barramento de
Outro dispositivo utilizado para impressão é a plotter, que
dados no endereço especificado no barramento de endereços.
é uma impressora destinada a imprimir desenhos em grandes dimen-
• Memory Read - Causa dados de um dado endereço especificado
sões, com elevada qualidade e rigor, como plantas arquitetônicas,
pelo barramento de endereço a ser posto no barramento de dados.

Didatismo e Conhecimento 11
INFORMÁTICA
• I/O Write - Causa dados no barramento de dados serem envia- PCI – Peripheral Components Interconnect
dos para uma porta de saída (dispositivo de I/O).
• I/O Read - Causa a leitura de dados de um dispositivo de I/O, os
quais serão colocados no barramento de dados.
• Bus request - Indica que um módulo pede controle do barra-
mento do sistema.
• Reset - Inicializa todos os módulos

Todo barramento é implementado seguindo um conjunto de re-


gras de comunicação entre dispositivos conhecido como BUS STAN-
DARD, ou simplesmente PROTOCOLO DE BARRAMENTO, que
vem a ser um padrão que qualquer dispositivo que queira ser com-
patível com este barramento deva compreender e respeitar. Mas um
ponto sempre é certeza: todo dispositivo deve ser único no acesso ao
barramento, porque os dados trafegam por toda a extensão da placa-
mãe ou de qualquer outra placa e uma mistura de dados seria o caos
para o funcionamento do computador.

Os barramentos têm como principais vantagens o fato de ser o PCI é um barramento síncrono de alta performance, indicado
mesmo conjunto de fios que é usado para todos os periféricos, o que como mecanismo entre controladores altamente integrados, plug-in
barateia o projeto do computador. Outro ponto positivo é a versatilida- placas, sistemas de processadores/memória.
de, tendo em vista que toda placa sempre tem alguns slots livres para a Foi o primeiro barramento a incorporar o conceito plug-and
conexão de novas placas que expandem as possibilidades do sistema. -play.
A grande desvantagem dessa idéia é o surgimento de engarrafa- Seu lançamento foi em 1993, em conjunto com o processador
mentos pelo uso da mesma via por muitos periféricos, o que vem a PENTIUM da Intel. Assim o novo processador realmente foi revo-
prejudicar a vazão de dados (troughput). lucionário, pois chegou com uma série de inovações e um novo bar-
Dispositivos conectados ao barramento ramento. O PCI foi definido com o objetivo primário de estabelecer
um padrão da indústria e uma arquitetura de barramento que ofereça
• Ativos ou Mestres - dispositivos que comandam o acesso ao baixo custo e permita diferenciações na implementação.
barramento para leitura ou escrita de dados
• Passivos ou Escravos - dispositivos que simplesmente obede- Componente PCI ou PCI master
cem à requisição do mestre.
Funciona como uma ponte entre processador e barramento PCI,
Exemplo:
no qual dispositivos add-in com interface PCI estão conectados.
- CPU ordena que o controlador de disco leia ou escreva um blo-
co de dados.
- Add-in cards interface
A CPU é o mestre e o controlador de disco é o escravo.
Possuem dispositivos que usam o protocolo PCI. São gerencia-
dos pelo PCI master e são totalmente programáveis.
Barramentos Comerciais

Serão listados aqui alguns barramentos que foram e alguns que AGP – Advanced Graphics Port
ainda são bastante usados comercialmente.

ISA – Industry Standard Architeture

Foi lançado em 1984 pela IBM para suportar o novo PC-AT.


Tornou-se, de imediato, o padrão de todos os PC-compatíveis. Era Esse barramento permite que uma placa controladora gráfica
um barramento único para todos os componentes do computador, AGP substitua a placa gráfica no barramento PCI. O Chip con-
operando com largura de 16 bits e com clock de 8 MHz. trolador AGP substitui o controlador de E/S do barramento PCI.

Didatismo e Conhecimento 12
INFORMÁTICA
O novo conjunto AGP continua com funções herdadas do PCI. O AGP PCI Express
conjunto faz a transferência de dados entre memória, o processa-
dor e o controlador ISA, tudo, simultaneamente. AGP 1X: 266 MB por PCI Express 1X: 250 MB por
Permite acesso direto mais rápido à memória. Pela porta grá- segundo segundo
fica aceleradora, a placa tem acesso direto à RAM, eliminando a AGP 4X: 1064 MB por PCI Express 2X: 500 MB por
necessidade de uma VRAM (vídeo RAM) na própria placa para segundo segundo
armazenar grandes arquivos de bits como mapas e textura. AGP 8X: 2128 MB por PCI Express 8X: 2000 MB por
O uso desse barramento iniciou-se através de placas-mãe que segundo segundo
usavam o chipset i440LX, da Intel, já que esse chipset foi o primei-
ro a ter suporte ao AGP. A principal vantagem desse barramento é PCI Express 16X: 4000 MB por
o uso de uma maior quantidade de memória para armazenamento segundo
de texturas para objetos tridimensionais, além da alta velocidade
no acesso a essas texturas para aplicação na tela. É importante frisar que o padrão 1X foi pouco utilizado e,
O primeiro AGP (1X) trabalhava a 133 MHz, o que proporcio- devido a isso, há empresas que chamam o PC I Express 2X de PCI
na uma velocidade 4 vezes maior que o PCI. Além disso, sua taxa Express 1X.
de transferência chegava a 266 MB por segundo quando operando Assim sendo, o padrão PCI Express 1X pode representar tam-
no esquema de velocidade X1, e a 532 MB quando no esquema de bém taxas de transferência de dados de 500 MB por segundo.
velocidade 2X. Existem também as versões 4X, 8X e 16X. Geral- A Intel é uma das grandes precursoras de inovações tecnoló-
mente, só se encontra um único slot nas placas-mãe, visto que o gicas.
AGP só interessa às placas de vídeo. No início de 2001, em um evento próprio, a empresa mostrou
a necessidade de criação de uma tecnologia capaz de substituir o
PCI Express padrão PCI: tratava-se do 3GIO (Third Generation I/O – 3ª gera-
ção de Entrada e Saída). Em agosto desse mesmo ano, um grupo
de empresas chamado de
PCI-SIG (composto por companhias como IBM, AMD e Mi-
crosoft) aprovou as primeiras especificações do 3GIO.
Entre os quesitos levantados nessas especificações, estão os
que se seguem: suporte ao barramento PCI, possibilidade de uso
de mais de uma lane, suporte a outros tipos de conexão de plata-
formas, melhor gerenciamento de energia, melhor proteção contra
erros, entre outros.

Esse barramento é fortemente voltado para uso em subsiste-


mas de vídeo.

Interfaces – Barramentos Externos

Os barramentos circulam dentro do computador, cobrem toda


a extensão da placa-mãe e servem para conectar as placas meno-
Na busca de uma solução para algumas limitações dos bar- res especializadas em determinadas tarefas do computador. Mas
ramentos AGP e PCI, a indústria de tecnologia trabalha no barra- os dispositivos periféricos precisam comunicarem-se com a UCP,
mento PCI Express, cujo nome inicial era 3GIO. Trata-se de um para isso, historicamente foram desenvolvidas algumas soluções
padrão que proporciona altas taxas de transferência de dados entre de conexão tais como: serial, paralela, USB e Firewire. Passan-
o computador em si e um dispositivo, por exemplo, entre a placa- do ainda por algumas soluções proprietárias, ou seja, que somente
mãe e uma placa de vídeo 3D. funcionavam com determinado periférico e de determinado fabri-
A tecnologia PCI Express conta com um recurso que permite cante.
o uso de uma ou mais conexões seriais, também chamados de la-
nes para transferência de dados. Se um determinado dispositivo Interface Serial
usa um caminho, então diz-se que esse utiliza o barramento PCI Conhecida por seu uso em mouse e modems, esta interface
Express 1X; se utiliza 4 lanes , sua denominação é PCI Express 4X no passado já conectou até impressoras. Sua característica fun-
e assim por diante. Cada lane pode ser bidirecional, ou seja, recebe damental é que os bits trafegam em fila, um por vez, isso torna
e envia dados. Cada conexão usada no PCI Express trabalha com 8 a comunicação mais lenta, porém o cabo do dispositivo pode ser
bits por vez, sendo 4 em cada direção. A freqüência usada é de 2,5 mais longo, alguns chegam até a 10 metros de comprimento. Isso
GHz, mas esse valor pode variar. Assim sendo, o PCI Express 1X é útil para usar uma barulhenta impressora matricial em uma sala
consegue trabalhar com taxas de 250 MB por segundo, um valor separada daquela onde o trabalho acontece.
bem maior que os 132 MB do padrão PCI. Esse barramento traba- As velocidades de comunicação dessa interface variam de 25
lha com até 16X, o equivalente a 4000 MB por segundo. A tabela bps até 57.700 bps (modems mais recentes). Na parte externa do
abaixo mostra os valores das taxas do PCI Express comparadas às gabinete, essas interfaces são representadas por conectores DB-9
taxas do padrão AGP: ou DB-25 machos.

Didatismo e Conhecimento 13
INFORMÁTICA
digitais que atendem a essas necessidades. A consequência não po-
deria ser outra: grandes volumes de dados nas mãos de um número
cada vez maior de pessoas.
Com suas especificações finais anunciadas em novembro de
2008, o USB 3.0 surgiu para dar conta desta e da demanda que está
por vir. É isso ou é perder espaço para tecnologias como o FireWi-
re ou Thunderbolt, por exemplo. Para isso, o USB 3.0 tem como
principal característica a capacidade de oferecer taxas de transfe-
rência de dados de até 4,8 Gb/s (gigabits por segundo). Mas não
é só isso...

O que é USB 3.0?

Como você viu no tópico acima, o USB 3.0 surgiu porque o


Interface Paralela padrão precisou evoluir para atender novas necessidades. Mas, no
que consiste exatamente esta evolução? O que o USB 3.0 tem de
Criada para ser uma opção ágil em relação à serial, essa inter- diferente do USB 2.0? A principal característica você já sabe: a
face transmite um byte de cada vez. Devido aos 8 bits em paralelo velocidade de até 4,8 Gb/s (5 Gb/s, arredondando), que correspon-
existe um RISCo de interferência na corrente elétrica dos conduto- de a cerca de 600 megabytes por segundo, dez vezes mais que a
res que formam o cabo. Por esse motivo os cabos de comunicação velocidade do USB 2.0. Nada mal, não?
desta interface são mais curtos, normalmente funcionam muito
bem até a distância de 1,5 metro, embora exista no mercado cabos
paralelos de até 3 metros de comprimento. A velocidade de trans-
missão desta porta chega até a 1,2 MB por segundo.
Nos gabinetes dos computadores essa porta é encontrada na
forma de conectores DB-25 fêmeas. Nas impressoras, normalmen-
te, os conectores paralelos são conhecidos como interface centro-
nics.
Símbolo para dispositivos USB 3.0

Mas o USB 3.0 também se destaca pelo fator “alimentação


elétrica”: o USB 2.0 fornece até 500 miliampéres, enquanto que o
novo padrão pode suportar 900 miliampéres. Isso significa que as
portas USB 3.0 podem alimentar dispositivos que consomem mais
energia (como determinados HDs externos, por exemplo, cenário
quase impossível com o USB 2.0).
É claro que o USB 3.0 também possui as características que
fizeram as versões anteriores tão bem aceitas, como Plug and
Play (plugar e usar), possibilidade de conexão de mais de um dis-
positivo na mesma porta, hot-swappable (capacidade de conectar e
desconectar dispositivos sem a necessidade de desligá-los) e com-
patibilidade com dispositivos nos padrões anteriores.
USB – Universal Serial Bus
Conectores USB 3.0
A tecnologia USB surgiu no ano de 1994 e, desde então, foi
passando por várias revisões. As mais populares são as versões Outro aspecto no qual o padrão USB 3.0 difere do 2.0 diz res-
1.1 e 2.0, sendo esta última ainda bastante utilizada. A primeira é peito ao conector. Os conectores de ambos são bastante parecidos,
capaz de alcançar, no máximo, taxas de transmissão de 12 Mb/s mas não são iguais.
(megabits por segundo), enquanto que a segunda pode oferecer
até 480 Mb/s. Conector USB 3.0 A
Como se percebe, o USB 2.0 consegue ser bem rápido, afinal,
480 Mb/s correspondem a cerca de 60 megabytes por segundo. No Como você verá mais adiante, os cabos da tecnologia USB
entanto, acredite, a evolução da tecnologia acaba fazendo com que 3.0 são compostos por nove fios, enquanto que os cabos USB 2.0
velocidades muito maiores sejam necessárias. utilizam apenas 4. Isso acontece para que o padrão novo possa
Não é difícil entender o porquê: o número de conexões à in- suportar maiores taxas de transmissão de dados. Assim, os conec-
ternet de alta velocidade cresce rapidamente, o que faz com que as tores do USB 3.0 possuem contatos para estes fios adicionais na
pessoas queiram consumir, por exemplo, vídeos, músicas, fotos e parte do fundo. Caso um dispositivo USB 2.0 seja utilizado, este
jogos em alta definição. Some a isso ao fato de ser cada vez mais usará apenas os contatos da parte frontal do conector. As imagens
comum o surgimento de dispositivos como smartphones e câmeras a seguir mostram um conector USB 3.0 do tipo A:

Didatismo e Conhecimento 14
INFORMÁTICA
Micro-USB 3.0

O conector micro-USB, utilizado em smartphones, por exem-


plo, também sofreu modificações: no padrão USB 3.0 - com nome
de micro-USB B -, passou a contar com uma área de contatos adi-
cional na lateral, o que de certa forma diminui a sua praticidade,
mas foi a solução encontrada para dar conta dos contatos adicio-
nais:

Estrutura interna de um conector USB 3.0 A

Conector micro-USB 3.0 B - imagem por USB.org

Para facilitar a diferenciação, fabricantes estão adotando a cor


azul na parte interna dos conectores USB 3.0 e, algumas vezes,
nos cabos destes. Note, no entanto, que é essa não é uma regra
obrigatória, portanto, é sempre conveniente prestar atenção nas es-
Conector USB 3.0 A pecificações do produto antes de adquiri-lo.
Você deve ter percebido que é possível conectar dispositivos Sobre o funcionamento do USB 3.0
USB 2.0 ou 1.1 em portas USB 3.0. Este último é compatível com
as versões anteriores. Fabricantes também podem fazer dispositi- Como você já sabe, cabos USB 3.0 trabalham com 9 fios, en-
vos USB 3.0 compatíveis com o padrão 2.0, mas neste caso a ve- quanto que o padrão anterior utiliza 4: VBus (VCC), D+, D- e
locidade será a deste último. E é claro: se você quer interconectar GND. O primeiro é o responsável pela alimentação elétrica, o se-
dois dispositivos por USB 3.0 e aproveitar a sua alta velocidade, o gundo e o terceiro são utilizados na transmissão de dados, enquan-
cabo precisa ser deste padrão. to que o quarto atua como “fio terra”.
No padrão USB 3.0, a necessidade de transmissão de dados
Conector USB 3.0 B em alta velocidade fez com que, no início, fosse considerado o uso
de fibra óptica para este fim, mas tal característica tornaria a tec-
Tal como acontece na versão anterior, o USB 3.0 também con- nologia cara e de fabricação mais complexa. A solução encontrada
ta com conectores diferenciados para se adequar a determinados para dar viabilidade ao padrão foi a adoção de mais fios. Além
dispositivos. Um deles é o conector do tipo B, utilizado em apare- daqueles utilizados no USB 2.0, há também os seguintes: StdA_
lhos de porte maior, como impressoras ou scanners, por exemplo. SSRX- e StdA_SSRX+ para recebimento de dados, StdA_SSTX-
Em relação ao tipo B do padrão USB 2.0, a porta USB 3.0 e StdA_SSTX+ para envio, e GND_DRAIN como “fio terra” para
possui uma área de contatos adicional na parte superior. Isso sig- o sinal.
nifica que nela podem ser conectados tantos dispositivos USB 2.0 O conector USB 3.0 B pode contar ainda com uma variação
(que aproveitam só a parte inferior) quanto USB 3.0. No entanto, (USB 3.0 B Powered) que utiliza um contato a mais para alimen-
dispositivos 3.0 não poderão ser conectados em portas B 2.0: tação elétrica e outro associado a este que serve como “fio terra”,
permitindo o fornecimento de até 1000 miliampéres a um dispo-
sitivo.
Quanto ao tamanho dos cabos, não há um limite definido,
no entanto, testes efetuados por algumas entidades especialistas
(como a empresa Cable Wholesale) recomendam, no máximo, até
3 metros para total aproveitamento da tecnologia, mas esta medida
pode variar de acordo com as técnicas empregadas na fabricação.
No que se refere à transmissão de dados em si, o USB 3.0 faz
esse trabalho de maneira bidirecional, ou seja, entre dispositivos
conectados, é possível o envio e o recebimento simultâneo de da-
Conector USB 3.0 B - imagem por USB.org dos. No USB 2.0, é possível apenas um tipo de atividade por vez.

Didatismo e Conhecimento 15
INFORMÁTICA
O USB 3.0 também consegue ser mais eficiente no controle Sabe aquelas situações onde você encaixa um cabo ou pen-
do consumo de energia. Para isso, o host, isto é, a máquina na qual drive de um jeito, nota que o dispositivo não funcionou e somente
os dispositivos são conectados, se comunica com os aparelhos de então percebe que o conectou incorretamente? Com o novo co-
maneira assíncrona, aguardando estes indicarem a necessidade de nector, este problema será coisa do passado: qualquer lado fará o
transmissão de dados. No USB 2.0, há uma espécie de “pesquisa dispositivo funcionar.
contínua”, onde o host necessita enviar sinais constantemente para Trata-se de um plugue reversível, portanto, semelhante aos
saber qual deles necessita trafegar informações. conectores Lightning existentes nos produtos da Apple. Tal como
Ainda no que se refere ao consumo de energia, tanto o host estes, o conector tipo C deverá ter também dimensões reduzidas,
quanto os dispositivos conectados podem entrar em um estado de o que facilitará a sua adoção em smartphones, tablets e outros dis-
economia em momentos de ociosidade. Além disso, no USB 2.0, positivos móveis.
os dados transmitidos acabam indo do host para todos os disposi- Tamanha evolução tem um preço: o conector tipo C não será
tivos conectados. No USB 3.0, essa comunicação ocorre somente compatível com as portas dos padrões anteriores, exceto pelo uso
com o dispositivo de destino.
de adaptadores. É importante relembrar, no entanto, que será pos-
sível utilizar os conectores já existentes com o USB 3.1.
Como saber rapidamente se uma porta é USB 3.0
A USB.org promete liberar mais informações sobre esta novi-
dade em meados de 2014.
Em determinados equipamentos, especialmente laptops, é co-
mum encontrar, por exemplo, duas portas USB 2.0 e uma USB 3.0.
Quando não houver nenhuma descrição identificando-as, como sa- Firewire
ber qual é qual? Pela cor existente no conector.
Pode haver exceções, é claro, mas pelo menos boa parte dos O barramento firewire, também conhecido como IEEE 1394
fabricantes segue a recomendação de identificar os conectores ou como i.Link, é um barramento de grande volume de transfe-
USB 3.0 com a sua parte plástica em azul, tal como informado rência de dados entre computadores, periféricos e alguns produtos
anteriormente. Nas portas USB 2.0, por sua vez, os conectores são eletrônicos de consumo. Foi desenvolvido inicialmente pela Apple
pretos ou, menos frequentemente, brancos. como um barramento serial de alta velocidade, mas eles estavam
muito à frente da realidade, ainda mais com, na época, a alternati-
USB 3.1: até 10 Gb/s va do barramento USB que já possuía boa velocidade, era barato
e rapidamente integrado no mercado. Com isso, a Apple, mesmo
Em agosto de 2013, a USB.org anunciou as especificações fi- incluindo esse tipo de conexão/portas no Mac por algum tempo,
nais do USB 3.1 (também chamado deSuperSpeed USB 10 Gbps), a realidade “de fato”, era a não existência de utilidade para elas
uma variação do USB 3.0 que se propõe a oferecer taxas de trans- devido à falta de periféricos para seu uso. Porém o desenvolvi-
ferência de dados de até 10 Gb/s (ou seja, o dobro). mento continuou, sendo focado principalmente pela área de vídeo,
Na teoria, isso significa que conexões 3.1 podem alcançar que poderia tirar grandes proveitos da maior velocidade que ele
taxas de até 1,2 gigabyte por segundo! E não é exagero, afinal, oferecia.
há aplicações que podem usufruir desta velocidade. É o caso de
monitores de vídeo que são conectados ao computador via porta Suas principais vantagens:
USB, por exemplo. • São similares ao padrão USB;
Para conseguir taxas tão elevadas, o USB 3.1 não faz uso de • Conexões sem necessidade de desligamento/boot do micro
nenhum artefato físico mais elaborado. O “segredo”, essencial- (hot-plugable);
mente, está no uso de um método de codificação de dados mais • Capacidade de conectar muitos dispositivos (até 63 por por-
eficiente e que, ao mesmo tempo, não torna a tecnologia signifi- ta);
cantemente mais cara.
• Permite até 1023 barramentos conectados entre si;
Vale ressaltar que o USB 3.1 é compatível com conectores e
• Transmite diferentes tipos de sinais digitais:
cabos das especificações anteriores, assim como com dispositivos
vídeo, áudio, MIDI, comandos de controle de dispositivo, etc;
baseados nestas versões.
Merece destaque ainda o aspecto da alimentação elétrica: • Totalmente Digital (sem a necessidade de conversores analó-
o USB 3.1 poderá suportar até de 100 watts na transferência de gico-digital, e portanto mais seguro e rápido);
energia, indicando que dispositivos mais exigentes poderão ser ali- • Devido a ser digital, fisicamente é um cabo fino, flexível,
mentados por portas do tipo. Monitores de vídeo e HDs externos barato e simples;
são exemplos: não seria ótimo ter um único cabo saindo destes • Como é um barramento serial, permite conexão bem facilita-
dispositivos? da, ligando um dispositivo ao outro, sem a necessidade de conexão
A indústria trabalha com a possiblidade de os primeiros equi- ao micro (somente uma ponta é conectada no micro).
pamentos baseados em USB 3.1 começarem a chegar ao mercado
no final de 2014. Até lá, mais detalhes serão revelados. A distância do cabo é limitada a 4.5 metros antes de haver
Novo conector “tipo C”: uso dos dois lados distorções no sinal, porém, restringindo a velocidade do barramen-
Em dezembro de 2013, a USB.org anunciou outra novidade to podem-se alcançar maiores distâncias de cabo (até 14 metros).
para a versão 3.1 da tecnologia: um conector chamado (até agora, Lembrando que esses valores são para distâncias “ENTRE PERI-
pelos menos) de tipo C que permitirá que você conecte um cabo à FÉRICOS”, e SEM A UTILIZAÇÃO DE TRANSCEIVERS (com
entrada a partir de qualquer lado. transceivers a previsão é chegar a até 70 metros usando fibra ótica).

Didatismo e Conhecimento 16
INFORMÁTICA
O barramento firewire permite a utilização de dispositivos de Conector DVI (Digital Video Interface)
diferentes velocidades (100, 200, 400, 800, 1200 Mb/s) no mesmo
barramento. Os conectores DVI são bem mais recentes e proporcionam
O suporte a esse barramento está nativamente em Macs, e em qualidade de imagem superior, portanto, são considerados subs-
PCs através de placas de expansão específicas ou integradas com titutos do padrão VGA. Isso ocorre porque, conforme indica seu
placas de captura de vídeo ou de som. nome, as informações das imagens podem ser tratadas de maneira
Os principais usos que estão sendo direcionados a essa inter- totalmente digital, o que não ocorre com o padrão VGA.
face, devido às características listadas, são na área de multimídia,
especialmente na conexão de dispositivos de vídeo (placas de cap-
tura, câmeras, TVs digitais, setup boxes, home theather, etc).

INTERFACE DE VIDEO

Conector VGA (Video Graphics Array)


Conector DVI-D
Os conectores VGA são bastante conhecidos, pois estão pre-
sentes na maioria absoluta dos “grandalhões” monitores CRT (Ca- Quando, por exemplo, um monitor LCD trabalha com conec-
thode Ray Tube) e também em alguns modelos que usam a tec- tores VGA, precisa converter o sinal que recebe para digital. Esse
nologia LCD, além de não ser raro encontrá-los em placas de ví- processo faz com que a qualidade da imagem diminua. Como o
deos (como não poderia deixar de ser). O conector desse padrão, DVI trabalha diretamente com sinais digitais, não é necessário fa-
cujo nome é D-Sub, é composto por três “fileiras” de cinco pinos. zer a conversão, portanto, a qualidade da imagem é mantida. Por
Esses pinos são conectados a um cabo cujos fios transmitem, de essa razão, a saída DVI é ótima para ser usada em monitores LCD,
maneira independente, informações sobre as cores vermelha (red), DVDs, TVs de plasma, entre outros.
verde (green) e azul (blue) - isto é, o conhecido esquema RGB - e É necessário frisar que existe mais de um tipo de conector
sobre as frequências verticais e horizontais. Em relação a estes úl- DVI:
timos aspectos: frequência horizontal consiste no número de linhas DVI-A: é um tipo que utiliza sinal analógico, porém oferece
da tela que o monitor consegue “preencher” por segundo. Assim, qualidade de imagem superior ao padrão VGA;
se um monitor consegue varrer 60 mil linhas, dizemos que sua DVI-D: é um tipo similar ao DVI-A, mas utiliza sinal digital.
frequência horizontal é de 60 KHz. Frequência vertical, por sua É também mais comum que seu similar, justamente por ser usado
vez, consiste no tempo em que o monitor leva para ir do canto em placas de vídeo;
superior esquerdo da tela para o canto inferior direito. Assim, se a DVI-I: esse padrão consegue trabalhar tanto com DVI-A
frequência horizontal indica a quantidade de vezes que o canhão como com DVI-D. É o tipo mais encontrado atualmente.
consegue varrer linhas por segundo, a frequência vertical indica a Há ainda conectores DVI que trabalham com as especifica-
quantidade de vezes que a tela toda é percorrida por segundo. Se ções Single Link e Dual Link. O primeiro suporta resoluções de até
é percorrida, por exemplo, 56 vezes por segundo, dizemos que a 1920x1080 e, o segundo, resoluções de até 2048x1536, em ambos
frequência vertical do monitor é de 56 Hz. os casos usando uma frequência de 60 Hz.
É comum encontrar monitores cujo cabo VGA possui pinos O cabo dos dispositivos que utilizam a tecnologia DVI é com-
faltantes. Não se trata de um defeito: embora os conectores VGA posto, basicamente, por quatro pares de fios trançados, sendo um
utilizem um encaixe com 15 pinos, nem todos são usados. par para cada cor primária (vermelho, verde e azul) e um para o
sincronismo. Os conectores, por sua vez, variam conforme o tipo
do DVI, mas são parecidos entre si, como mostra a imagem a se-
guir:

Conector e placa de vídeo com conexão VGA

Didatismo e Conhecimento 17
INFORMÁTICA
Atualmente, praticamente todas as placas de vídeo e moni- Component Video (Vídeo Componente)
tores são compatíveis com DVI. A tendência é a de que o padrão O padrão Component Video é, na maioria das vezes, usado em
VGA caia, cada vez mais, em desuso. computadores para trabalhos profissionais - por exemplo, para ativi-
dades de edição de vídeo. Seu uso mais comum é em aparelhos de
Conector S-Video (Separated Video) DVD e em televisores de alta definição (HDTV - High-Definition
Television), sendo um dos preferidos para sistemas de home theater.
Isso ocorre justamente pelo fato de o Vídeo Componente oferecer
excelente qualidade de imagem.

Component Video

A conexão do Component Video é feita através de um cabo com


Padrão S-Video três fios, sendo que, geralmente, um é indicado pela cor verde, outro
é indicado pela cor azul e o terceiro é indicado pela cor vermelha,
Para entender o S-Video, é melhor compreender, primeira- em um esquema conhecido como Y-Pb-Pr (ou Y-Cb-Cr). O primeiro
mente, outro padrão: o Compost Video, mais conhecido como Ví- (de cor verde), é responsável pela transmissão do vídeo em preto e
deo Composto. Esse tipo utiliza conectores do tipo RCA e é comu- branco, isto é, pela “estrutura” da imagem. Os demais conectores
mente encontrado em TVs, aparelhos de DVD, filmadoras, entre trabalham com os dados das cores e com o sincronismo.
outros. Como dito anteriormente, o padrão S-Video é cada vez mais
Geralmente, equipamentos com Vídeo Composto fazem uso comum em placas de vídeo. No entanto, alguns modelos são tam-
de três cabos, sendo dois para áudio (canal esquerdo e canal direi- bém compatíveis com Vídeo Componente. Nestes casos, o encaixe
to) e o terceiro para o vídeo, sendo este o que realmente faz parte que fica na placa pode ser do tipo que aceita sete pinos (pode ha-
do padrão. Esse cabo é constituído de dois fios, um para a trans- ver mais). Mas, para ter certeza dessa compatibilidade, é necessário
missão da imagem e outro que atua como “terra”. consultar o manual do dispositivo.
O S-Video, por sua vez, tem seu cabo formado com três fios: Para fazer a conexão de um dispositivo ao computador usando
um transmite imagem em preto e branco; outro transmite imagens o Component Video, é necessário utilizar um cabo especial (geral-
em cores; o terceiro atua como terra. É essa distinção que faz com mente disponível em lojas especializadas): uma de suas extremi-
que o S-Video receba essa denominação, assim como é essa uma dades contém os conectores Y-Pb-Pr, enquanto a outra possui um
das características que faz esse padrão ser melhor que o Vídeo encaixe único, que deve ser inserido na placa de vídeo.
Composto.
O conector do padrão S-Video usado atualmente é conhecido MONITOR DE VÍDEO
como Mini-Din de quatro pinos (é semelhante ao usado em mou- O monitor é um dispositivo de saída do computador, cuja fun-
ses do tipo PS/2). Também é possível encontrar conexões S-Video ção é transmitir informação ao utilizador através da imagem.
de sete pinos, o que indica que o dispositivo também pode contar Os monitores são classificados de acordo com a tecnolo-
com Vídeo Componente (visto adiante). gia de amostragem de vídeo utilizada na formação da imagem.
Muitas placas de vídeo oferecem conexão VGA ou DVI com Atualmente, essas tecnologias são três: CRT , LCD e plasma. À
S-Video. Dependendo do caso, é possível encontrar os três tipos superfície do monitor sobre a qual se projecta a imagem chama-
na mesma placa. Assim, se você quiser assistir na TV um vídeo mos tela, ecrã ou écran.
armazenado em seu computador, basta usar a conexão S-Video,
desde que a televisão seja compatível com esse conector, é claro. Tecnologias
CRT

Placa de vídeo com conectores S-Video, DVI e VGA Monitor CRT da marca LG.

Didatismo e Conhecimento 18
INFORMÁTICA
CRT (Cathodic Ray Tube), em inglês, sigla de (Tubo de raios  o fato de que, ao trabalhar em uma resolução diferente
catódicos) é o monitor “tradicional”, em que a tela é repetidamente daquela para a qual foi projetado, o monitor LCD utiliza vários
atingida por um feixe de elétrons, que atuam no material fosfores- artifícios de composição de imagem que acabam degradando a
cente que a reveste, assim formando as imagens. qualidade final da mesma; e
 o “preto” que ele cria emite um pouco de luz, o que con-
Este tipo de monitor tem como principais vantagens: fere ao preto um aspecto acinzentado ou azulado, não apresentan-
 longa vida útil; do desta forma um preto real similar aos oferecidos nos monitores
 baixo custo de fabricação; CRTs;
 grande banda dinâmica de cores e contrastes; e  o contraste não é muito bom como nos monitores CRT
 grande versatilidade (uma vez que pode funcionar em ou de Plasma, assim a imagem fica com menos definição, este as-
diversas resoluções, sem que ocorram grandes distorções na ima- pecto vem sendo atenuado com os novos paineis com iluminação
gem). por leds e a fidelidade de cores nos monitores que usam paineis
do tipo TN (monitores comuns) são bem ruins, os monitores com
As maiores desvantagens deste tipo de monitor são: paineis IPS, mais raros e bem mais caros, tem melhor fidelidade de
 suas dimensões (um monitor CRT de 20 polegadas pode cores, chegando mais proximo da qualidade de imagem dos CRTs;
ter até 50 cm de profundidade e pesar mais de 20 kg);  um fato não-divulgado pelos fabricantes: se o cristal lí-
 o consumo elevado de energia; quido da tela do monitor for danificado e ficar exposto ao ar, pode
 seu efeito de cintilação (flicker); e emitir alguns compostos tóxicos, tais como o óxido de zinco e o
 a possibilidade de emitir radiação que está fora do espec- sulfeto de zinco; este será um problema quando alguns dos mo-
tro luminoso (raios x), danosa à saúde no caso de longos períodos nitores fabricados hoje em dia chegarem ao fim de sua vida útil
de exposição. Este último problema é mais frequentemente cons- (estimada em 20 anos).
tatado em monitores e televisores antigos e desregulados, já que  ângulo de visão inferiores: Um monitor LCD, diferente
atualmente a composição do vidro que reveste a tela dos monitores de um monitor CRT, apresenta limitação com relação ao ângulo
detém a emissão dessas radiações. em que a imagem pode ser vista sem distorção. Isto era mais sen-
 Distorção geométrica. sível tempos atrás quando os monitores LCDs eram de tecnologia
passiva, mas atualmente apresentam valores melhores em torno
LCD de 160º.
Apesar das desvantagens supra mencionadas, a venda de mo-
nitores e televisores LCD vem crescendo bastante.

Principais características técnicas


Para a especificação de um monitor de vídeo, as característi-
cas técnicas mais relevantes são:
 Luminância;
 Tamanho da tela;
 Tamanho do ponto;
 Temperatura da cor;
 Relação de contraste;
 Interface (DVI ou VGA, usualmente);
 Frequência de sincronismo horizontal;
 Frequência de sincronismo vertical;
Um monitor de cristal líquido.  Tempo de resposta; e
 Frequência de atualização da imagem
LCD (Liquid Cristal Display, em inglês, sigla de tela de cristal
líquido) é um tipo mais moderno de monitor. Nele, a tela é com- LED
posta por cristais que são polarizados para gerar as cores. Painéis LCD com retro iluminação LED, ou LED TVs, o mes-
mo mecanismo básico de um LCD, mas com iluminação LED. Ao
Tem como vantagens: invés de uma única luz branca que incide sobre toda a superfície
 O baixo consumo de energia; da tela, encontra-se um painel com milhares de pequenas luzes co-
 As dimensões e peso reduzidas; loridas que acendem de forma independente. Em outras palavras,
 A não-emissão de radiações nocivas; aplica-se uma tecnologia similar ao plasma a uma tela de LCD.
 A capacidade de formar uma imagem praticamente per-
feita, estável, sem cintilação, que cansa menos a visão - desde que KIT MULTIMÍDIA
esteja operando na resolução nativa; Multimídia nada mais é do que a combinação de textos, sons
As maiores desvantagens são: e vídeos utilizados para apresentar informações de maneira que,
 o maior custo de fabricação (o que, porém, tenderá a im- antes somente imaginávamos, praticamente dando vida às suas
pactar cada vez menos no custo final do produto, à medida que o apresentação comerciais e pessoais. A multimídia mudou comple-
mesmo se for popularizando); tamente a maneira como as pessoas utilizam seus computadores.

Didatismo e Conhecimento 19
INFORMÁTICA
Kit multimídia nada mais é do que o conjunto que compõem a Porta Série
parte física (hardwares) do computador relacionados a áudio e som A saída série de um computador geralmente está localizada
do sistema operacional. na placa MULTI-IDE e é utilizada para diversos fins como, por
Podemos citar como exemplo de Kit Multimídia, uma pla- exemplo, ligar um fax modem externo, ligar um rato série, uma
ca de som, um drive de CD-ROM, microfone e um par de caixas plotter, uma impressora e outros periféricos. As portas cujas fichas
acústicas. têm 9 ou 25 pinos são também designadas de COM1 e COM2. As
motherboards possuem uma ou duas portas deste tipo.

Porta Paralela
A porta paralela obedece à norma Centronics. Nas portas pa-
ralelas o sinal eléctrico é enviado em simultâneo e, como tal, tem
um desempenho superior em relação às portas série. No caso desta
norma, são enviados 8 bits de cada vez, o que faz com que a sua ca-
As portas são, por definição, locais onde se entra e sai. Em pacidade de transmisssão atinja os 100 Kbps. Esta porta é utilizada
termos de tecnologia informática não é excepção. As portas são para ligar impressoras e scanners e possui 25 pinos em duas filas.
tomadas existentes na face posterior da caixa do computador, às
quais se ligam dispositivos de entrada e de saída, e que são direc- Porta USB (Universal Serial Bus)
tamente ligados à motherboard . Desenvolvida por 7 empresas (Compaq, DEC, IBM, Intel,
Estas portas ou canais de comunicação podem ser: Microsoft, NEC e Northern Telecom), vai permitir conectar pe-
* Porta Dim riféricos por fora da caixa do computador, sem a necessidade de
* Porta PS/2 instalar placas e reconfigurar o sistema. Computadores equipados
* Porta série com USB vão permitir que os periféricos sejam automaticamente
* Porta Paralela configurados assim que estejam conectados fisicamente, sem a ne-
* Porta USB cessidade de reboot ou programas de setup. O número de acessó-
* Porta FireWire rios ligados à porta USB pode chegar a 127, usando para isso um
periférico de expansão.
Porta DIM A conexão é Plug & Play e pode ser feita com o computador
É uma porta em desuso, com 5 pinos, e a ela eram ligados os ligado. O barramento USB promete acabar com os problemas de
teclados dos computadores da geração da Intel 80486, por exem- IRQs e DMAs.
plo. Como se tratava apenas de ligação para teclados, existia só O padrão suportará acessórios como controles de monitor,
uma porta destas nas motherboards. Nos equipamentos mais re- acessórios de áudio, telefones, modems, teclados, mouses, drives
centes, os teclados são ligados às portas PS/2. de CD ROM, joysticks, drives de fitas e disquetes, acessórios de
imagem como scanners e impressoras. A taxa de dados de 12 me-
gabits/s da USB vai acomodar uma série de periféricos avançados,
incluindo produtos baseados em Vídeo MPEG-2, digitalizadores e
interfaces de baixo custo para ISDN (Integrated Services Digital
Network) e PBXs digital.

Porta PS/2
Surgiram com os IBM PS/2 e nos respectivos teclados. Tam-
bém são designadas por mini-DIM de 6 pinos. Os teclados e ratos
dos computadores actuais são, na maior parte dos casos, ligados
através destes conectores. Nas motherboards actuais existem duas
portas deste tipo.

Didatismo e Conhecimento 20
INFORMÁTICA
Porta FireWire Há muitos tipos de arquivos, incluindo arquivos de progra-
A porta FireWire assenta no barramento com o mesmo nome, mas, dados, texto, imagens e assim por diante. A maneira que
que representa um padrão de comunicações recente e que tem vá- um sistema operacional organiza as informações em arquivos é
rias características em comum como o USB, mas traz a vantagem chamada sistema de arquivos.
de ser muito mais rápido, permitindo transferências a 400 Mbps A maioria dos sistemas operacionais usa um sistema de arqui-
e, pela norma IEEE 1394b, irá permitir a transferência de dados a vo hierárquico em que os arquivos são organizados em diretórios
velocidades a partir de 800 Mbps. sob a estrutura de uma árvore. O início do sistema de diretório é
As ligações FireWire são utilizadas para ligar discos amoví- chamado diretório raiz.
veis, Flash drives (Pen-Disks), Câmaras digitais, televisões, im-
pressoras, scanners, dispositivos de som, etc. . Funções do Sistema Operacional
Assim como na ligação USB, os dispositivos FireWire podem
ser conectados e desconectados com o computador ligado. Não importa o tamanho ou a complexidade do computador:
todos os sistemas operacionais executam as mesmas funções bá-
FAX/MODEM sicas.
- Gerenciador de arquivos e diretórios (pastas): um sistema
operacional cria uma estrutura de arquivos no disco rígido (hard
disk), de forma que os dados dos usuários possam ser armazena-
dos e recuperados. Quando um arquivo é armazenado, o sistema
operacional o salva, atribuindo a ele um nome e local, para usá-lo
no futuro.
- Gerenciador de aplicações: quando um usuário requisita um
programa (aplicação), o sistema operacional localiza-o e o carrega
na memória RAM.
Placa utilizada para conecção internet pela linha discada Quando muitos programas são carregados, é trabalho do sis-
(DIAL UP) geralmente opera com 56 Kbps(velocidade de trans- tema operacional alocar recursos do computador e gerenciar a me-
missão dos dados 56.000 bits por segundo( 1 byte = 8 bits).Usa mória.
interface PCI.
Programas Utilitários do Sistema Operacional
O SISTEMA OPERACIONAL E OS OUTROS SOFT-
WARES Suporte para programas internos (vulto-in): os programas uti-
litários são os programas que o sistema operacional usa para se
Um sistema operacional (SO) é um programa (software) que manter e se reparar. Estes programas ajudam a identificar proble-
controla milhares de operações, faz a interface entre o usuário e o mas, encontram arquivos perdidos, reparam arquivos danificados
computador e executa aplicações. e criam cópias de segurança (backup).
Basicamente, o sistema operacional é executado quando liga- Controle do hardware: o sistema operacional está situado en-
mos o computador. Atualmente, os computadores já são vendidos tre os programas e o BIOS (Basic Input/Output System - Sistema
com o SO pré-instalado. Básico de Entrada/Saída).
O BIOS faz o controle real do hardware. Todos os programas
Os computadores destinados aos usuários individuais, chama-
que necessitam de recursos do hardware devem, primeiramente,
dos de PCs (Personal Computer), vêm com o sistema operacional
passar pelo sistema operacional que, por sua vez, pode alcançar o
projetado para pequenos trabalhos. Um SO é projetado para con-
hardware por meio do BIOS ou dos drivers de dispositivos.
trolar as operações dos programas, como navegadores, processa-
Todos os programas são escritos para um sistema operacional
dores de texto e programas de e-mail.
específico, o que os torna únicos para cada um. Explicando: um
Com o desenvolvimento dos processadores, os computado-
programa feito para funcionar no Windows não funcionará no Li-
res tornaram-se capazes de executar mais e mais instruções por
nux e vice-versa.
segundo. Estes avanços possibilitaram aos sistemas operacionais
executar várias tarefas ao mesmo tempo. Quando um computador
Termos Básicos
necessita permitir usuários simultâneos e trabalhos múltiplos, os
profissionais da tecnologia de informação (TI) procuram utilizar Para compreender do que um sistema operacional é capaz, é
computadores mais rápidos e que tenham sistemas operacionais importante conhecer alguns termos básicos. Os termos abai-
robustos, um pouco diferente daqueles que os usuários comuns xo são usados frequentemente ao comparar ou descrever sistemas
usam. operacionais:
 Multiusuário: dois ou mais usuários executando pro-
Os Arquivos gramas e compartilhando, ao mesmo tempo, dispositivos, como
a impressora.
O gerenciador do sistema de arquivos é utilizado pelo sistema  Multitarefa: capacidade do sistema operacional em exe-
operacional para organizar e controlar os arquivos. Um arquivo cutar mais de um programa ao mesmo tempo.
é uma coleção de dados gravados com um nome lógico chamado  Multiprocessamento: permite que um computador te-
“nomedoarquivo” (filename). Toda informação que o computador nha duas ou mais unidades centrais de processamento (CPU) que
armazena está na forma de arquivos. compartilhem programas.

Didatismo e Conhecimento 21
INFORMÁTICA
 Multithreading: capacidade de um programa ser que- É um sistema operacional, isto é, um conjunto de programas
brado em pequenas partes podendo ser carregadas conforme (softwares) que permite administrar os recursos de um computa-
necessidade do sistema operacional. Multithreading permite que dor.
os programas individuais sejam multitarefa. A principal novidade que o Windows trouxe desde as suas ori-
gens foi o seu atrativo visual e a sua facilidade de utilização. Aliás,
Tipos de Sistemas Operacionais o seu nome (traduzido da língua inglesa como “janelas”) deve-se
precisamente à forma sob a qual o sistema apresenta ao utilizador
Atualmente, quase todos os sistemas operacionais são os recursos do seu computador, o que facilita as tarefas diárias.
multiusuário, multitarefa e suportam multithreading. Os mais uti- Uma janela é uma área visual contendo algum tipo de inter-
lizados são o Microsoft Windows, Mac OSX e o Linux. face do utilizador, exibindo a saída do sistema ou permitindo a
O Windows é hoje o sistema operacional mais popular que entrada de dados. Uma interface gráfica do utilizador que use jane-
existe e é projetado para funcionar em PCs e para ser usado em las como uma de suas principais metáforas é chamada sistema de
CPUs compatíveis com processadores Intel e AMD. Quase todos janelas, como um gerenciador de janela.
os sistemas operacionais voltados ao consumidor doméstico As janelas são geralmente apresentadas como objetos bidi-
utilizam interfaces gráficas para realizar a ponte máquina-homem.
mensionais e retangulares, organizados em uma área de trabalho.
As primeiras versões dos sistemas operacionais foram
Normalmente um programa de computador assume a forma de
construídas para serem utilizadas por somente uma pessoa em
um único computador. Com o decorrer do tempo, os fabrican- uma janela para facilitar a assimilação pelo utilizador. Entretanto,
tes atenderam às necessidades dos usuários e permitiram que seus o programa pode ser apresentado em mais de uma janela, ou até
softwares operassem múltiplas funções com (e para) múltiplos mesmo sem uma respectiva janela.
usuários. O Windows apresenta diversas versões através dos anos e di-
ferentes opções para o lar, empresa, dispositivos móveis e de acor-
Sistemas Proprietários e Sistemas Livres do com a variação no processador.

O Windows, o UNIX e o Macintosh são sistemas opera- Windows 7


cionais proprietários. Isto significa que é necessário comprá-los O Windows 7 foi lançado para empresas no dia 22 de julho de
ou pagar uma taxa por seu uso às companhias que registraram 2009, e começou a ser vendido livremente para usuários comuns
o produto em seu nome e cobram pelo seu uso. dia 22 de outubro de 2009.
O Linux, por exemplo, pode ser distribuído livremente e Diferente do Windows Vista, que introduziu muitas novida-
tem grande aceitação por parte dos profissionais da área, uma des, o Windows 7 é uma atualização mais modesta e direcionada
vez que, por possuir o código aberto, qualquer pessoa que para a linha Windows, tem a intenção de torná-lo totalmente com-
entenda de programação pode contribuir com o processo de patível com aplicações e hardwares com os quais o Windows Vista
melhoria dele. já era compatível.
Sistemas operacionais estão em constante evolução e hoje Apresentações dadas pela companhia no começo de 2008
não são mais restritos aos computadores. Eles são usados em mostraram que o Windows 7 apresenta algumas variações como
PDAs, celulares, laptops etc. uma barra de tarefas diferente, um sistema de “network” chamada
de “HomeGroup”, e aumento na performance.
· Interface gráfica aprimorada, com nova barra de tarefas e
NOÇÕES DO SISTEMA OPERACIONAL suporte para
telas touch screen e multi-táctil (multi-touch)
WINDOWS 7 INTERPRISE: · Internet Explorer 8;
CONCEITO DE PASTAS, DIRETÓRIOS, · Novo menu Iniciar;
ARQUIVOS E ATALHOS, ÁREA DE · Nova barra de ferramentas totalmente reformulada;
TRABALHO, ÁREA DE TRANSFERÊNCIA, · Comando de voz (inglês);
MANIPULAÇÃO DE ARQUIVOS E · Gadgets sobre o desktop;
· Novos papéis de parede, ícones, temas etc.;
PASTAS, USO DOS MENUS, PROGRAMAS E
· Conceito de Bibliotecas (Libraries), como no Windows Me-
APLICATIVOS, INTERAÇÃO COM O dia Player,
CONJUNTO DE APLICATIVOS. integrado ao Windows Explorer;
· Arquitetura modular, como no Windows Server 2008;
· Faixas (ribbons) nos programas incluídos com o Windows
(Paint e
AMBIENTE WINDOWS WordPad, por exemplo), como no Office 2007;
· Aceleradores no Internet Explorer 8;
O Windows é o sistema operacional para computadores pes- · Aperfeiçoamento no uso da placa de vídeo e memória RAM;
soais mais usado no mundo. Com certeza, se você não o está usan- · Home Groups;
do agora, já o usou em algum momento. Embora nos últimos anos, · Melhor desempenho;
o Windows venha perdendo espaço para o Linux e para o Mac OS · Windows Media Player 12;
X, esse sistema operacional ainda possui grande fatia do mercado · Nova versão do Windows Media Center;
de computadores no mundo. · Gerenciador de Credenciais;

Didatismo e Conhecimento 22
INFORMÁTICA
· Instalação do sistema em VHDs; Com o Grupo Doméstico, a troca de arquivos fica simplificada
· Nova Calculadora, com interface aprimorada e com mais e segura. Você decide o que compartilhar e qual os privilégios que
funções; os outros terão ao acessar a informação, se é apenas de visualiza-
· Reedição de antigos jogos, como Espadas Internet, Gamão ção, de edição e etc.
Internet e
Internet Damas; Tela sensível ao toque
· Windows XP Mode; O Windows 7 está preparado para a tecnologia sensível ao
· Aero Shake; toque com opção a multitoque, recurso difundido pelo iPhone.
Apesar do Windows 7 conter muitos novos recursos o número O recurso multitoque percebe o toque em diversos pontos da
de capacidades e certos programas que faziam parte do Windows tela ao mesmo tempo, assim tornando possível dimensionar uma
Vista não estão mais presentes ou mudaram, resultando na remo- imagem arrastando simultaneamente duas pontas da imagem na
ção de certas funcionalidades. Mesmo assim, devido ao fato de tela.
ainda ser um sistema operacional em desenvolvimento, nem todos O Touch Pack para Windows 7 é um conjunto de aplicativos e
os recursos podem ser definitivamente considerados excluídos. jogos para telas sensíveis ao toque. O Surface Collage é um aplica-
Fixar navegador de internet e cliente de e-mail padrão no tivo para organizar e redimensionar fotos. Nele é possível montar
menu Iniciar e na área de trabalho (programas podem ser fixados slide show de fotos e criar papeis de parede personalizados. Essas
manualmente). funções não são novidades, mas por serem feitas para usar uma
Windows Photo Gallery, Windows Movie Maker, Windows tela sensível a múltiplos toques as tornam novidades.
Mail e Windows
Calendar foram substituídos pelas suas respectivas contrapar-
tes do Windows Live, com a perda de algumas funcionalidades.
O Windows 7, assim como o Windows Vista, estará disponível
em cinco diferentes edições, porém apenas o Home Premium, Pro-
fessional e Ultimate serão vendidos na maioria dos países, restando
outras duas edições que se concentram em outros mercados, como
mercados de empresas ou só para países em desenvolvimento.
Cada edição inclui recursos e limitações, sendo que só o Ultimate
não tem limitações de uso. Segundo a Microsoft, os recursos para
todas as edições do Windows 7 são armazenadas no computador.
Um dos principais objetivos da Microsoft com este novo Win-
dows é proporcionar uma melhor interação e integração do siste-
Microsoft Surface Collage,
ma com o usuário, tendo uma maior otimização dos recursos do
desenvolvido para usar tela sensível ao toque.
Windows 7, como maior autonomia e menor consumo de energia,
voltado a profissionais ou usuários de internet que precisam in-
Lista de Atalhos
teragir com clientes e familiares com facilidade, sincronizando e
Novidade desta nova versão, agora você pode abrir diretamen-
compartilhando facilmente arquivos e diretórios.
te um arquivo recente, sem nem ao menos abrir o programa que
Recursos
você utilizou. Digamos que você estava editando um relatório em
Segundo o site da própria Microsoft, os recursos encontrados
seu editor de texto e precisou fechá-lo por algum motivo. Quando
no Windows 7 são fruto das novas necessidades encontradas pe-
quiser voltar a trabalhar nele, basta clicar com o botão direito sob
los usuários. Muitos vêm de seu antecessor, Windows Vista, mas
existem novas funcionalidades exclusivas, feitas para facilitar a o ícone do editor e o arquivo estará entre os recentes.
utilização e melhorar o desempenho do SO (Sistema Operacional) Ao invés de ter que abrir o editor e somente depois se preocu-
no computador. par em procurar o arquivo, você pula uma etapa e vai diretamente
Vale notar que, se você tem conhecimentos em outras versões para a informação, ganhando tempo.
do Windows, não terá que jogar todo o conhecimento fora. Ape-
nas vai se adaptar aos novos caminhos e aprender “novos truques”
enquanto isso.

Tarefas Cotidianas
Já faz tempo que utilizar um computador no dia a dia se tornou
comum. Não precisamos mais estar em alguma empresa enorme
para precisar sempre de um computador perto de nós. O Windows
7 vem com ferramentas e funções para te ajudar em tarefas comuns
do cotidiano.

Grupo Doméstico
Ao invés de um, digamos que você tenha dois ou mais compu-
tadores em sua casa. Permitir a comunicação entre várias estações
vai te poupar de ter que ir fisicamente aonde a outra máquina está
para recuperar uma foto digital armazenada apenas nele. Exemplo de arquivos recentes no Paint.

Didatismo e Conhecimento 23
INFORMÁTICA
Pode, inclusive, fixar conteúdo que você considere importan- Windows Explorer
te. Se a edição de um determinado documento é constante, vale a O que você encontra pelo menu iniciar é uma pequena parte
pena deixá-lo entre os “favoritos”, visto que a lista de recentes se do total disponível.
modifica conforme você abre e fecha novos documentos. Fazendo a busca pelo Windows Explorer – que é acionado
automaticamente quando você navega pelas pastas do seu compu-
Snap tador – você encontrará uma busca mais abrangente.
Ao se utilizar o Windows por muito tempo, é comum ver várias Em versões anteriores, como no Windows XP, antes de se
janelas abertas pelo seu monitor. Com o recurso de Snap, você pode fazer uma busca é necessário abrir a ferramenta de busca. No 7,
posicioná-las de um jeito prático e divertido. Basta apenas clicar e ar-
precisamos apenas digitar os termos na caixa de busca, que fica no
rastá-las pelas bordas da tela para obter diferentes posicionamentos.
O Snap é útil tanto para a distribuição como para a compara- canto superior direito.
ção de janelas. Por exemplo, jogue uma para a esquerda e a outra
na direita. Ambas ficaram abertas e dividindo igualmente o espaço
pela tela, permitindo que você as veja ao mesmo tempo.

Windows Search
O sistema de buscas no Windows 7 está refinado e estendido.
Podemos fazer buscas mais simples e específicas diretamente do
menu iniciar, mas foi mantida e melhorada a busca enquanto você
navega pelas pastas.

Menu iniciar
As pesquisas agora podem ser feitas diretamente do menu ini-
ciar. É útil quando você necessita procurar, por exemplo, pelo atalho
de inicialização de algum programa ou arquivo de modo rápido. Windows Explorer com a caixa de busca
“Diferente de buscas com as tecnologias anteriores do Windo- (Jim Boyce; Windows 7 Bible, pg 774).
ws Search, a pesquisa do menu início não olha apenas aos nomes
de pastas e arquivos. A busca não se limita a digitação de palavras. Você pode apli-
Considera-se o conteúdo do arquivo, tags e propriedades tam- car filtros, por exemplo, buscar, na pasta músicas, todas as can-
bém” (Jim Boyce; Windows 7 Bible, pg 770). ções do gênero Rock. Existem outros, como data, tamanho e tipo.
Os resultados são mostrados enquanto você digita e são divi- Dependendo do arquivo que você procura, podem existir outras
didos em categorias, para facilitar sua visualização. classificações disponíveis.
Abaixo as categorias nas quais o resultado de sua busca pode Imagine que todo arquivo de texto sem seu computador possui
ser dividido. um autor. Se você está buscando por arquivos de texto, pode ter a
· Programas opção de filtrar por autores.
· Painel de Controle
· Documentos
Controle dos pais
· Música
· Arquivos Não é uma tarefa fácil proteger os mais novos do que visuali-
zam por meio do computador. O Windows 7 ajuda a limitar o que
pode ser visualizado ou não. Para que essa funcionalidade fique
disponível, é importante que o computador tenha uma conta de ad-
ministrador, protegida por senha, registrada. Além disso, o usuário
que se deseja restringir deve ter sua própria conta.
As restrições básicas que o 7 disponibiliza:
· Limite de Tempo: Permite especificar quais horas do dia que
o PC pode ser utilizado.
· Jogos: Bloqueia ou permite jogar, se baseando pelo horário
e também pela classificação do jogo. Vale notar que a classificação
já vem com o próprio game.
· Bloquear programas: É possível selecionar quais aplicativos
estão autorizados a serem executados.
Fazendo download de add-on’s é possível aumentar a quanti-
dade de restrições, como controlar as páginas que são acessadas, e
até mesmo manter um histórico das atividades online do usuário.

Central de ações
A central de ações consolida todas as mensagens de segurança
e manutenção do Windows. Elas são classificadas em vermelho
Ao digitar “pai” temos os itens que (importante – deve ser resolvido rapidamente) e amarelas (tarefas
contêm essas letras em seu nome.
recomendadas).

Didatismo e Conhecimento 24
INFORMÁTICA
O painel também é útil caso você sinta algo de estranho no O próprio sistema já vem com algumas, mas se sentir necessi-
computador. Basta checar o painel e ver se o Windows detectou dade, pode baixar ainda mais opções da internet.
algo de errado.

A central de ações e suas opções.


Gadgets de calendário e relógio.
- Do seu jeito
O ambiente que nos cerca faz diferença, tanto para nossa qua-
Temas
lidade de vida quanto para o desempenho no trabalho. O compu-
Como nem sempre há tempo de modificar e deixar todas as
tador é uma extensão desse ambiente. O Windows 7 permite uma
configurações exatamente do seu gosto, o Windows 7 disponibiliza
alta personalização de ícones, cores e muitas outras opções, dei-
temas, que mudam consideravelmente os aspectos gráficos, como
xando um ambiente mais confortável, não importa se utilizado no
em papéis de parede e cores.
ambiente profissional ou no doméstico.
Muitas opções para personalizar o Windows 7 estão na página
ClearType
de Personalização1, que pode ser acessada por um clique com o
“Clear Type é uma tecnologia que faz as fontes parecerem
botão direito na área de trabalho e em seguida um clique em Per-
mais claras e suaves no monitor. É particularmente efetivo para
sonalizar.
monitores LCD, mas também tem algum efeito nos antigos mode-
É importante notar que algumas configurações podem deixar
los CRT(monitores de tubo). O Windows 7 dá suporte a esta tec-
seu computador mais lento, especialmente efeitos de transparên-
nologia” (Jim Boyce; Windows 7 Bible, pg 163, tradução nossa).
cia. Abaixo estão algumas das opções de personalização mais in-
teressantes.
Novas possibilidades
Os novos recursos do Windows 7 abrem, por si só, novas pos-
Papéis de Parede
Os papéis de parede não são tamanha novidade, virou prati- sibilidades de configuração, maior facilidade na navega, dentre
camente uma rotina entre as pessoas colocarem fotos de ídolos, outros pontos. Por enquanto, essas novidades foram diretamente
paisagens ou qualquer outra figura que as agrade. Uma das novi- aplicadas no computador em uso, mas no 7 podemos também inte-
dades fica por conta das fotos que você encontra no próprio SO. ragir com outros dispositivos.
Variam de uma foto focando uma única folha numa floresta até
uma montanha. Reproduzir em
A outra é a possibilidade de criar um slide show com várias Permitindo acessando de outros equipamentos a um computa-
fotos. Elas ficaram mudando em sequência, dando a impressão que dor com o Windows 7, é possível que eles se comuniquem e seja
sua área de trabalho está mais viva. possível tocar, por exemplo, num aparelho de som as músicas que
você tem no HD de seu computador.
Gadgets É apenas necessário que o aparelho seja compatível com o
As “bugigangas” já são conhecidas do Windows Vista, mas Windows 7 – geralmente indicado com um logotipo “Compatível
eram travadas no canto direito. Agora elas podem ficar em qual- com o Windows 7».
quer local do desktop.
Servem para deixar sua área de trabalho com elementos sor- Streaming de mídia remoto
tidos, desde coisas úteis – como uma pequena agenda – até as de Com o Reproduzir em é possível levar o conteúdo do compu-
gosto mais duvidosas – como uma que mostra o símbolo do Corin- tador para outros lugares da casa. Se quiser levar para fora dela,
thians. Fica a critério do usuário o que e como utilizar. uma opção é o Streaming de mídia remoto.

Didatismo e Conhecimento 25
INFORMÁTICA
Com este novo recurso, dois computadores rodando Windows Com o Sticky Notes pode-se deixar lembretes no desktop e
7 podem compartilhar músicas através do Windows Media Player também suportar entrada por caneta e toque.
12. É necessário que ambos estejam associados com um ID online, No Math Input Center, utilizando recursos multitoque, equa-
como a do Windows Live. ções matemáticas escritas na tela são convertidas em texto, para
poder adicioná-la em um processador de texto.
Personalização O print screen agora tem um aplicativo que permite capturar
Você pode adicionar recursos ao seu computador alterando o de formas diferentes a tela, como por exemplo, a tela inteira, partes
tema, a cor, os sons, o plano de fundo da área de trabalho, a pro- ou áreas desenhadas da tela com o mouse.
teção de tela, o tamanho da fonte e a imagem da conta de usuário.
Você pode também selecionar “gadgets” específicos para sua área
de trabalho.
Ao alterar o tema você inclui um plano de fundo na área de
trabalho, uma proteção de tela, a cor da borda da janela sons e, às
vezes, ícones e ponteiros de mouse.
Você pode escolher entre vários temas do Aero, que é um vi-
sual premium dessa versão do Windows, apresentando um design
como o vidro transparente com animações de janela, um novo
menu Iniciar, uma nova barra de tarefas e novas cores de borda
de janela.
Use o tema inteiro ou crie seu próprio tema personalizado al-
terando as imagens, cores e sons individualmente. Você também
pode localizar mais temas online no site do Windows. Você tam-
bém pode alterar os sons emitidos pelo computador quando, por
exemplo, você recebe um e-mail, inicia o Windows ou desliga o
computador.
O plano de fundo da área de trabalho, chamado de papel de
parede, é uma imagem, cor ou design na área de trabalho que cria Aplicativo de copiar tela (botão print screen).
um fundo para as janelas abertas. Você pode escolher uma imagem
para ser seu plano de fundo de área de trabalho ou pode exibir uma O Paint foi reformulado, agora conta com novas ferramentas
apresentação de slides de imagens. Também pode ser usada uma e design melhorado, ganhou menus e ferramentas que parecem do
proteção de tela onde uma imagem ou animação aparece em sua Office 2007.
tela quando você não utiliza o mouse ou o teclado por determinado
período de tempo. Você pode escolher uma variedade de proteções
de tela do Windows.
Aumentando o tamanho da fonte você pode tornar o texto, os
ícones e outros itens da tela mais fáceis de ver. Também é possível
reduzir a escala DPI, escala de pontos por polegada, para diminuir
o tamanho do texto e outros itens na tela para que caibam mais
informações na tela.
Outro recurso de personalização é colocar imagem de conta
de usuário que ajuda a identificar a sua conta em um computador.
A imagem é exibida na tela de boas vindas e no menu Iniciar. Você
pode alterar a imagem da sua conta de usuário para uma das ima-
gens incluídas no Windows ou usar sua própria imagem.
E para finalizar você pode adicionar “gadgets” de área de tra-
balho, que são miniprogramas personalizáveis que podem exibir
continuamente informações atualizadas como a apresentação de
slides de imagens ou contatos, sem a necessidade de abrir uma
nova janela.
Paint com novos recursos.
Aplicativos novos
Uma das principais características do mundo Linux é suas O WordPad também foi reformulado, recebeu novo visual
versões virem com muitos aplicativos, assim o usuário não precisa mais próximo ao Word 2007, também ganhou novas ferramentas,
ficar baixando arquivos após instalar o sistema, o que não ocorre assim se tornando um bom editor para quem não tem o Word 2007.
com as versões Windows. A calculadora também sofreu mudanças, agora conta com 2 novos
O Windows 7 começa a mudar essa questão, agora existe uma modos, programador e estatístico. No modo programador ela faz
cálculos binários e tem opção de álgebra booleana. A esta-
serie de aplicativos juntos com o Windows 7, para que o usuário
tística tem funções de cálculos básicos.
não precisa baixar programas para atividades básicas.

Didatismo e Conhecimento 26
INFORMÁTICA
Também foi adicionado recurso de conversão de unidades · Espaço requerido de disco rígido: 16 GB
como de pés para metros. · Placa de vídeo com suporte a elementos gráficos DirectX 9
com 256 MB
de memória (para habilitar o tema do Windows Aero)
· Unidade de DVD-R/W
· Conexão com a Internet (para obter atualizações)

Atualizar de um SO antigo
O melhor cenário possível para a instalação do Windows 7 é
com uma máquina nova, com os requisitos apropriados. Entretan-
to, é possível utilizá-lo num computador antigo, desde que atenda
as especificações mínimas.
Se o aparelho em questão possuir o Windows Vista instala-
do, você terá a opção de atualizar o sistema operacional. Caso sua
máquina utilize Windows XP, você deverá fazer a re-instalação do
sistema operacional.
Utilizando uma versão anterior a do XP, muito provavelmen-
te seu computador não atende aos requisitos mínimos. Entretanto,
nada impede que você tente fazer a reinstalação.
Calculadora: 2 novos modos.
Atualização
“Atualizar é a forma mais conveniente de ter o Windows 7 em
seu computador, pois mantém os arquivos, as configurações e os
programas do Windows Vista no lugar” (Site da Microsoft, http://
windows.microsoft.com/pt-
BR/windows7/help/upgrading-from-windows-vista-to-win-
dows-7).
É o método mais adequado, se o usuário não possui conheci-
mento ou tempo para fazer uma instalação do método tradicional.
Optando por essa opção, ainda devesse tomar cuidado com a com-
patibilidade dos programas, o que funciona no Vista nem sempre
funcionará no 7.

Instalação
Por qualquer motivo que a atualização não possa ser efetuada,
a instalação completa se torna a opção mais viável.
Neste caso, é necessário fazer backup de dados que se deseja
WordPad remodelado utilizar, como drivers e documentos de texto, pois todas as infor-
mações no computador serão perdidas. Quando iniciar o Windows
Requisitos 7, ele vai estar sem os programas que você havia instalado e com
Apesar desta nova versão do Windows estar mais leve em as configurações padrão.
relação ao Vista, ainda é exigido uma configuração de hardware
(peças) relativamente boa, para que seja utilizado sem problemas Desempenho
de desempenho. De nada adiantariam os novos recursos do Windows 7 se ele
Esta é a configuração mínima: mantivesse a fama de lento e paranóico, adquirida por seu anteces-
· Processador de 1 GHz (32-bit) sor. Testes indicam que a nova versão tem ganhou alguns pontos
· Memória (RAM) de 1 GB na velocidade.
· Placa de Vídeo compatível com DirectX 9.0 e 32 MB de O 7 te ajuda automaticamente com o desempenho: “Seu sis-
memória (sem tema operacional toma conta do gerenciamento do processador e
Windows Aero) memória para você” (Jim Boyce; Windows 7 Bible, pg 1041, tra-
· Espaço requerido de 16GB dução nossa).
· DVD-ROM Além disso, as tarefas recebem prioridades. Apesar de não
· Saída de Áudio ajudar efetivamente no desempenho, o Windows 7 prioriza o que o
Se for desejado rodar o sistema sem problemas de lentidão usuário está interagindo (tarefas “foreground”).
e ainda usufruir de recursos como o Aero, o recomendado é a se- Outras, como uma impressão, tem baixa prioridade pois são
guinte configuração. naturalmente lentas e podem ser executadas “longe da visão” do
Configuração Recomendada: usuário, dando a impressão que o computador não está lento.
· Processador de 2 GHz (32 ou 64 bits) Essa característica permite que o usuário não sinta uma lenti-
· Memória (RAM) de 2 GB dão desnecessária no computador.

Didatismo e Conhecimento 27
INFORMÁTICA
Entretanto, não se pode ignorar o fato que, com cada vez mais Esta edição será colocada à venda em lojas de varejo e tam-
recursos e “efeitos gráficos”, a tendência é que o sistema operacio- bém poderá ser encontrada em computadores novos.
nal se torne um forte consumidor de memória e processamento. O
7 disponibiliza vários recursos de ponta e mantêm uma performan- Windows 7 Professional, voltado às pequenas empresas
ce satisfatória. Mais voltada para as pequenas empresas, a versão Professio-
Monitor de desempenho nal do Windows 7 possuirá diversos recursos que visam facilitar
Apesar de não ser uma exclusividade do 7, é uma ferramenta a comunicação entre computadores e até mesmo impressoras de
poderosa para verificar como o sistema está se portando. Podem- uma rede corporativa.
se adicionar contadores (além do que já existe) para colher ainda Para isso foram desenvolvidos aplicativos como o Domain
mais informações e gerar relatórios. Join, que ajuda os computadores de uma rede a “se enxergarem”
e conseguirem se comunicar. O Location Aware Printing, por sua
Monitor de recursos
vez, tem como objetivo tornar muito mais fácil o compartilhamen-
Com o monitor de recursos, uma série de abas mostra infor-
to de impressoras.
mações sobre o uso do processador, da memória, disco e conexão
à rede. Como empresas sempre estão procurando maneiras para se
proteger de fraudes, o Windows 7 Professional traz o Encrypting
PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE AS VERSÕES File System, que dificulta a violação de dados. Esta versão também
será encontrada em lojas de varejo ou computadores novos.
Windows 7 Starter
Como o próprio título acima sugere, esta versão do Windows Windows 7 Enterprise, apenas para vários
é a mais simples e básica de todas. A Barra de Tarefas foi comple- Sim, é “apenas para vários” mesmo. Como esta é uma versão
tamente redesenhada e não possui suporte ao famoso Aero Glass. mais voltada para empresas de médio e grande porte, só poderá
Uma limitação da versão é que o usuário não pode abrir mais do ser adquirida com licenciamento para diversas máquinas. Acumula
que três aplicativos ao mesmo tempo. todas as funcionalidades citadas na edição Professional e possui
Esta versão será instalada em computadores novo apenas nos recursos mais sofisticados de segurança.
países em desenvolvimento, como Índia, Rússia e Brasil. Disponí- Dentre esses recursos estão o BitLocker, responsável pela
vel apenas na versão de 32 bits. criptografia de dados e o AppLocker, que impede a execução de
programas não-autorizados. Além disso, há ainda o BrachCache,
Windows 7 Home Basic para turbinar transferência de arquivos grandes e também o Di-
Esta é uma versão intermediária entre as edições Starter e rectAccess, que dá uma super ajuda com a configuração de redes
Home Premium (que será mostrada logo abaixo). Terá também a corporativas.
versão de 64 bits e permitirá a execução de mais de três aplicativos
ao mesmo tempo.
Assim como a anterior, não terá suporte para o Aero Glass Windows 7 Ultimate, o mais completo e mais caro
nem para as funcionalidades sensíveis ao toque, fugindo um pouco Esta será, provavelmente, a versão mais cara de todas, pois
da principal novidade do Windows 7. Computadores novos pode- contém todas as funcionalidades já citadas neste artigo e mais al-
rão contar também com a instalação desta edição, mas sua venda gumas. Apesar de sua venda não ser restrita às empresas, o Mi-
será proibida nos Estados Unidos. crosoft disponibilizará uma quantidade limitada desta versão do
sistema.
Windows 7 Home Premium Isso porque grande parte dos aplicativos e recursos presentes
Edição que os usuários domésticos podem chamar de “com- na Ultimate são dedicados às corporações, não interessando muito
pleta”, a Home Premium acumula todas as funcionalidades das aos usuários comuns.
edições citadas anteriormente e soma mais algumas ao pacote.
Dentre as funções adicionadas, as principais são o suporte à
interface Aero Glass e também aos recursos Touch Windows (tela
sensível ao toque) e Aero Background, que troca seu papel de pa-
rede automaticamente no intervalo de tempo determinado. Haverá
ainda um aplicativo nativo para auxiliar no gerenciamento de redes
wireless, conhecido como Mobility Center.

Usando a Ajuda e Suporte do Windows


A Ajuda e Suporte do Windows é um sistema de ajuda in-
terno do Windows, no qual você obtém respostas rápidas a dú-

Didatismo e Conhecimento 28
INFORMÁTICA
vidas comuns, sugestões para solução de problemas e instruções OS SEGUINTES ATALHOS PODEM SER USADOS
sobre diversos itens e tarefas. Caso precise de ajuda com relação COM O WINDOWS
a um programa que não faz parte do Windows, consulte a Ajuda
desse programa (consulte “Obtendo ajuda sobre um programa”, a Teclas Gerais do Windows
seguir).
Para abrir a Ajuda e Suporte do Windows, clique no botão Ini- Para
ciar e, em seguida, clique em Ajuda e Suporte.
Obter o conteúdo mais recente da Ajuda •Consultar a Ajuda sobre o item selecionado na caixa de diá-
Se você estiver conectado à Internet, verifique se o Centro de logo
Ajuda e Suporte do Windows está configurado como Ajuda Onli- Pressione......F1
ne. A Ajuda Online inclui novos tópicos da Ajuda e as versões mais •Fechar um programa.
recentes dos tópicos existentes. Pressione......ALT+F4
Clique no botão e em Ajuda e Suporte. •Exibir o menu de atalhos para o item selecionado
Na barra de ferramentas Ajuda e Suporte do Windows, clique Pressione......ESHIFT+F10
em Opções e em Configurações. •Exibir o menu Iniciar
Em Resultados da pesquisa, marque a caixa de seleção Me- Pressione......CTRL+ESC
lhorar os resultados de pesquisa usando a Ajuda online (recomen- •Alternar para a janela anterior. Ou alternar para a próxima
dado) e clique em OK. Quando você estiver conectado, as pala- janela mantendo pressionada a
vras Ajuda Online serão exibidas no canto inferior direito da janela tecla ALT enquanto pressiona TAB repetidamente
Ajuda e Suporte. Pressione......ALT+TAB
Pesquisar na Ajuda •Recortar.
A maneira mais rápida de obter ajuda é digitar uma ou duas Pressione......CTRL+X
palavras na caixa de pesquisa. Por exemplo, para obter informa- •Copiar
ções sobre rede sem fio, digite rede sem fio e pressione Enter. Será Pressione......CTRL+C
exibida uma lista de resultados, com os mais úteis na parte supe- •Colar
rior. Clique em um dos resultados para ler o tópico. Pressione......CTRL+V
•Excluir
Pressione......DEL
•Desfazer
Pressione......CTRL+Z
•Ignorar a auto - execução ao inserir um CD
Pressione......SHIFT enquanto insere o CD-ROM

A caixa de pesquisa na Ajuda e Suporte do Windows Para a área de trabalho, Meu Computador e Windows Ex-
plorer
Pesquisar Ajuda
Você pode pesquisar tópicos da Ajuda por assunto. Clique no Quando um item está selecionado, você pode usar as seguintes
botão Pesquisar Ajuda e, em seguida, clique em um item na lista teclas de atalho.
de títulos de assuntos que será exibida. Esses títulos podem conter
tópicos da Ajuda ou outros títulos de assuntos. Clique em um tópi- Para
co da Ajuda para abri-lo ou clique em outro título para investigar •Renomear um item.
mais a fundo a lista de assuntos. Pressione......F2
•Localizar uma pasta ou arquivo
Pressione......F3
•Excluir imediatamente sem colocar o item na Lixeira
Pressione......SHIFT+DEL
•Exibir as propriedades do item
Pressione......ALT+ENTER OU ALT+clique duplo
•Copiar um arquivo
Pressione......CTRL enquanto arrasta o arquivo
•Criar atalho
Pressione......CTRL+SHIFT enquanto arrasta um arquivo
Meu Computador
Para
•Selecionar tudo
Pressione......CTRL+A
•Atualizar uma janela.
Pressione......F5
Navegando em tópicos da Ajuda por assunto •Exibir a pasta um nível

Didatismo e Conhecimento 29
INFORMÁTICA
Pressione......BACKSPACE
•Fechar a pasta selecionada e todas as pastas pai
Pressione......SHIFT enquanto clica no botão “Fechar” EDITORES DE TEXTO, PLANILHAS E
Somente para o Windows Explorer APRESENTAÇÕES (MS-OFFICE 2007):
•Ir Para 1.EDITOR DE TEXTO: ESTRUTURA
Pressione......CTRL+G BÁSICA DOS DOCUMENTOS, EDIÇÃO E
•Alternar entre os painéis esquerdo e direito
Pressione......F6 FORMATAÇÃO DE TEXTOS,
•Expandir todas as subpastas sob a pasta selecionada CABEÇALHOS, PARÁGRAFOS, FONTES,
Pressione......NUMLOCK+ ASTERISCO (* no teclado numérico) COLUNAS; MARCADORES SIMBÓLICOS E
•Expandir a pasta selecionada NUMÉRICOS; TABELAS; IMPRESSÃO;
Pressione......NUMLOCK+SINAL DE ADIÇÃO (+ no tecla-
do numérico) CONTROLE DE QUEBRAS E
•Ocultar a pasta selecionada. NUMERAÇÃO DE PÁGINAS; MENUS;
Pressione......NUMLOCK+SINAL DE SUBTRAÇÃO no te- BARRAS DE FERRAMENTAS;
clado numérico)
•Expandir a seleção atual se estiver oculta; caso contrário, se-
COMANDOS; PROTEÇÃO
lecionar a primeira subpasta DE DOCUMENTOS.
Pressione......SETA À DIREITA
•Expandir a seleção atual se estiver expandida; caso contrário,
selecionar a pasta pai
Pressione......SETA À ESQUERDA Microsoft Word 2007

Para caixas de diálogo de propriedades O Word 2007 é um processador de texto, constituindo uma
poderosa ferramenta de auxílio à elaboração de documentos.
Para Com este aplicativo, você pode criar uma grande diversidade
•Mover-se entre as opções, para frente de documentos, utilizando recursos como tabelas, gráficos, índices,
Pressione......TAB imagens, som, vídeo e texto em colunas entre muitos outros.
•Mover-se entre as opções, para trás Nesta nova versão, o Word surge com uma nova interface, em
Pressione......SHIFT+TAB que os tradicionais menus de opções desaparecem e dão lugar a
•Mover-se entre as guias, para frente uma faixa de opções com diversas guias, onde podemos encontrar,
Pressione......CTRL+TAB mais facilmente, os comandos necessários para executar as tarefas
•Mover-se entre as guias, para trás que nos propomos realizar.
Pressione......CTRL+SHIFT+TAB
Para caixas de diálogo Abrir e Salvar Como 1. Explorando a janela do Word
Para
•Abrir a lista “Salvar em” ou “Procurar em” 1.1 Acessando o Word
Pressione......F4 Há várias formas de acessar o Word. A mais utilizada é clicar
•Atualizar no botão Iniciar, Todos os programas, Microsoft Office, Microsoft
Pressione......F5 Office Word 2007. Observe a figura abaixo:
•Abrir a pasta um nível acima, se houver uma pasta selecionada
Pressione......BACKSPACE

Teclas de Atalho para Opções de Acessibilidade

Para usar teclas de atalho para Opções Acessibilidade, as


teclas de atalho devem estar ativadas. Para maiores informações
consulte “Acessibilidade, teclas de atalho” no Índice da Ajuda.

Para
•Ativar e desativar as Teclas de Aderência
Pressione......SHIFT 5 vezes
•Ativar e desativar as Teclas de Filtragem
Pressione......SHIFT DIREITA Durante 8 segundos
•Ativar e desativar as Teclas de Alternação
Pressione......NUMLOCK Durante 5 segundos
•Ativar e desativar as Teclas do Mouse
Pressione......ALT ESQUERDA+ SHIFT ESQUERDA
+NUMLOCK
•Ativar e desativar o Alto Contraste
Pressione......ALT ESQUERDA+ SHIFT ESQUERDA +
PRINTSCREEN

Didatismo e Conhecimento 30
INFORMÁTICA
1.2 Conhecendo a área de trabalho do Word
Logo que abrimos o Word, um documento é criado Barra de Título – Mostra o título do programa e o nome do
automaticamente com o nome de Documento 1, e é visualizada documento (arquivo) que está aberto.
uma janela, como a demonstrada na figura.

Faixa de opções – A faixa de opções é o local onde estão os


principais comandos do Word, separados por guias: Início, Inserir,
Layout da Página, Referências, Correspondências, Revisão e
Exibição.

Botão ajuda – Acessa a ajuda do Office Online ou a local


(salva no computador).
Menu – Clicando sobre o Botão Office , no canto Controle da janela – Controles para Minimizar , Maximizar
superior esquerdo, aparecerão funções como Salvar, Imprimir e ( ficar do tamanho da tela), Restaurar (poder ser redimensionada
Fechar entre outras, que são as principais ações de controle da conforme necessidade) e Fechar a janela.
janela do Word.

Réguas – As réguas horizontais e verticais são usadas para


defi nir e visualizar os recuos de parágrafos, tabulação, margem
das páginas e largura das colunas, quando trabalhamos com
tabelas (fi gura 8). Para habilitá-las ou desabilitá-las, basta clicar
no botão Régua, que fi ca no canto superior direito (abaixo da
faixa de opções).

Do lado direito do Botão Office , você poderá


personalizar a Barra de ferramentas de acesso rápido, clicando na
Caixa de listagem (lista de opções disponíveis) . Barra de rolagem – As barras de rolagem permitem que você
Para ativar ou desativar um comando, basta clicar sobre ele. navegue pelo documento, quando a página for maior que a tela,
clicando sobre as setas ou arrastando o botão de rolagem.

Didatismo e Conhecimento 31
INFORMÁTICA
Abaixo da barra de rolagem, há botões para tornar essa
navegação mais rápida:

Página anterior e Próxima página .

No botão Selecionar objeto da procura, é possível, por


exemplo, procurar uma palavra, gráfico, tabela etc. em todo o
documento.

Área do documento – Local em que os textos são digitados


e editados. Nessa área, observamos uma barra vertical piscando,
Barra de status – Mostra informações sobre o documento atual, chamada de cursor ou ponto de inserção.
tais como o número de páginas e a página atual. Está localizada na Qualquer caractere será inserido à esquerda do cursor.
margem inferior da tela.
1.3 Obtendo ajuda
Para obter ajuda, é só clicar no botão Ajuda , localizado
no canto superior direito da janela, ou pressionar a tecla F1. Abrir-
se-á, então, uma janela, como mostra a figura:

Modos de exibição – Os modos de exibição são encontrados


à direita da barra de status e permitem alterar a visualização do
documento.

As opções são as seguintes:

Didatismo e Conhecimento 32
INFORMÁTICA
1.4 Entendendo melhor o menu do Word
Vamos, agora, trabalhar com cada uma das opções do menu do
Word, visualizadas ao clicar no Botão Office:

Curiosidade!

Quando você abrir a janela de Ajuda, o Word tentará conectar- Essa opção abre uma janela como a ilustrada na figura
se automaticamente ao Office Online. Isso acontece, pois o abaixo. Nela, você pode escolher um modelo (layout) para o novo
conteúdo online é mais completo e atualizado, mas, se você quiser documento. O modelo padrão é Documento em branco.
usar o Conteúdo Offline (instalado junto com o Office sem a
necessidade de estar conectado à internet), basta clicar no botão
Conectado ao Office Online e na opção Mostre conteúdo apenas
deste computador .

Existem várias formas de encerrar o Word. Uma delas é clicar


no Botão Office e na opção Fechar.
Caso haja alguma alteração em seu documento que não tenha
sido salva, aparecerá a seguinte mensagem:

Adicionando texto

No documento criado, vamos inserir um pequeno texto,


Dica! que será utilizado posteriormente para praticarmos os demais
A forma mais rápida de encerrar o Word é clicar no controle comandos. O Word apresenta um grande número de configurações
Fechar, em sua janela que eliminam a necessidade de atentar para como o texto vai ficar
na página, diferentemente do tempo da máquina de escrever.
Ao começar a digitar, o cursor se movimenta para a direita, e os
caracteres que você digita vão aparecendo à esquerda dele. Digite
o texto abaixo e não se preocupe em como fazer o cursor passar
para a linha seguinte. Isso é feito automaticamente e se chama
rearranjo de linhas.

Didatismo e Conhecimento 33
INFORMÁTICA

Usando a tecla ENTER para criar uma nova linha

Observe que, ao chegar ao final da linha de texto, o cursor


vai automaticamente para a linha seguinte.
Para fazer o cursor passar para a próxima linha antes que ele
atinja a margem direita, é necessário pressionar a tecla ENTER.
Você só precisará usar a tecla ENTER em duas situações:
• Para terminar um parágrafo.
• Para criar uma linha em branco entre parágrafos, figuras,
gráficos etc.

Usando modelos prontos para criar documentos


Para salvar (gravar) um documento, clique no Botão Office
e, em seguida, em Salvar. Vale lembrar que o documento é salvo A seguir, vamos ver alguns modelos de documentos que
com as alterações feitas até o momento da ação de salvar, isto é, podem ser feitos com o auxílio do Word. Para acessá-los, clique
tudo o que você fizer depois dela não estará salvo, enquanto não no Botão Office e, em seguida, no botão Novo. Após selecionar o
clicar novamente em Salvar. modelo desejado, basta clicar em Baixar.
Quando você fechar e abrir o arquivo novamente, ele estará
da forma como estava quando foi salvo pela última vez. O
arquivo terá a extensão .docx , que é inserida automaticamente
pelo Word.
Dicas !
Para facilitar a busca por seus documentos, há algumas
dicas quanto à nomeação de arquivos quando for salvá-los:
• Use palavras-chave que facilitem a memorização.
• Digite as iniciais em maiúsculas.
• Evite preposições entre as palavras.
• Evite acentos e cedilhas.
• Insira datas, se necessário.
Exemplo:
Para salvar um relatório semanal de atividades, um bom
nome seria RelSemAtiv_12_Dez.
Nesse caso, o 12_Dez identifica a semana a que se refere o
relatório, sem ser necessário abri-lo.
Vamos salvar o documento que acabamos de digitar com o
nome de Parte_Pratica.
É importantíssimo o hábito de manter o documento salvo.
Contudo, caso você se esqueça de salvá-lo e, por algum
problema, o computador se desligue ou trave inesperadamente,
ainda há possibilidade de recuperar o documento, graças ao
recurso Recuperação automática de arquivos.
Como? Recuperação automática de arquivos?
Sim! Sem que você note, de tempo em tempo,
automaticamente, o Word salva o arquivo, para que, em ocasiões
inesperadas, você não perca seu trabalho.
Assim, na ocasião seguinte em que você abrir o Word
2007, aparecerá uma janela com a lista de todos os documentos
recuperados. Para abrir qualquer um dos arquivos, basta clicar
sobre ele.

Didatismo e Conhecimento 34
INFORMÁTICA

Conforme mostra a figura abaixo, na lista ao lado dos botões


do menu, há uma área chamada Documentos Recentes. Nela,
aparecem os últimos documentos acessados com o ícone no
canto direito. Para fixar um documento na lista dos mais recentes,
basta clicar nesse ícone, que ficará assim: .

Ao clicar no botão Abrir, aparecerá uma janela em que você


deve procurar o arquivo que deseja abrir.
Para imprimir o arquivo aberto, é necessário ter alguma
impressora conectada ao computador ou a uma rede local.
Clique no Botão Office e posicione o mouse no botão Imprimir
: aparecerão três opções, como vemos na tela abaixo :

Ao localizar o arquivo desejado, clique sobre ele e em Abrir.

Para salvar um documento no Word, você deve clicar no


Botão Office e, em seguida, em Salvar. • Imprimir – Abre uma janela com configurações que
Se houver necessidade de salvar o arquivo com outro nome ou permitem selecionar a impressora, páginas a serem impressas,
em outro local, clique no Botão Office e, em seguida, em Salvar número de cópias etc.
como. Em seguida, digite o nome desejado e/ou selecione o local
desejado (HD, CD, Pendrive etc.) e clique em Salvar.

Didatismo e Conhecimento 35
INFORMÁTICA

1. Guias – Há sete guias básicas na parte superior. Cada


uma representa uma área de atividade e, em cada uma delas, os
comandos são reunidos por grupos. Por exemplo, a guia Início
contém todos os comandos que você utiliza com mais frequência
e os botões Recortar, Copiar e Colar, que estão no grupo Área de
transferência.
2. Grupos – Cada guia tem vários grupos que mostram os
itens relacionados em conjunto.
3. Comandos – Um comando é um botão, uma caixa para
• Impressão Rápida - Imprime diretamente, sem nenhuma inserir informações ou um menu.
configuração.
• Visualização de Impressão – Possibilita conferir como Dica
ficará impresso seu documento. Para voltar à visualização layout
de impressão, clique no botão Fechar Visualização de Impressão

A faixa de opções facilita a localização de todas as funções.


No entanto, você pode querer trabalhar com seu documento em um
espaço maior. Se esse for o caso, é possível ocultá-lo, dando um
clique duplo na guia ativa. Para ver os comandos novamente, basta
dar outro clique duplo em uma das guias.

Confira abaixo os grupos de cada uma das guias:


• Início – Área de transferência, Fonte, Parágrafo, Estilo e
Edição.
• Inserir – Páginas, Tabelas, Ilustrações, Links, Cabeçalho e
Rodapé, Texto e Símbolos.
• Layout da Página – Temas, Confi gurar Página, Plano de
Fundo da Página, Parágrafo e Organizar.
• Referências – Sumário, Notas de Rodapé, Citações e
1.5 A faixa de opções Bibliogra fi a, Legendas, Índice e Índice de Autoridades.
• Correspondências – Criar, Iniciar Mala Direta, Gravar e
Inserir Campos, Visualizar Resultados e Concluir.
• Revisão – Revisão de Texto, Comentários, Controle,
Alterações, Comparar e Proteger.
• Exibição – Modo de Exibição de Documento, Mostrar/
Ocultar, Zoom, Janela e Macros.
Alguns grupos têm uma seta diagonal no canto inferior direito
A faixa de opções mostra os comandos mais utilizados chamada de Iniciador de Caixa de Diálogo. Ao clicar nela, você
agrupados por temas, para que você não precise procurá-los em verá mais opções relacionadas a esse grupo.
vários menus, assim facilitando o trabalho.
A seguir, apresentamos a faixa de opções e como trabalhar 2. EDITANDO UM DOCUMENTO
com ela.
2.1 Navegando pelo documento
1.5.1 Conteúdo da faixa de opções Há várias maneiras de navegar por documentos. Além da
Há três componentes básicos na faixa de opções. É bom saber barra de rolagem, que vimos anteriormente, e do mouse, podemos
como cada um se chama para compreender como utilizá-lo. utilizar as seguintes teclas:

Didatismo e Conhecimento 36
INFORMÁTICA

2.2 Selecionando partes do documento

Didatismo e Conhecimento 37
INFORMÁTICA

Caso você prefira, alguns comandos podem ser realizados com o mouse:

2.3 Inserindo texto

Para inserir texto no documento (uma letra, uma palavra, um parágrafo, uma página etc.), basta posicionar o cursor no local desejado e
digitar os dados a serem inseridos.
Vale lembrar que a inserção ocorrerá à esquerda do cursor.

2.4 Deletando (apagando) texto

Didatismo e Conhecimento 38
INFORMÁTICA
2.5 Formatando caracteres e parágrafos

Utilizaremos os comandos da guia Início para trabalharmos


com as formatações mais comuns de caracteres e parágrafos, que
incluem mudança de fonte, cor, tamanho, alinhamento de texto etc.
Um novo recurso do Office 2007 que facilita a formatação
do documento é o preview ou pré-visualização de uma alteração
sem ter que aplicá-la. Por exemplo, para alterar o tipo de fonte
(letra), conforme você passa o mouse pelas fontes instaladas, o
texto selecionado é, automaticamente, visualizado como ficará. E
isso vale para algumas das opções de formatação: cor, tamanho e
estilo dentre outras.
2.5.1 Alterando a fonte, a cor e o tamanho do caractere
ou texto

Utilizaremos o grupo Fontes para trabalharmos com


caracteres e textos.
Para fazer as alterações desejadas, é necessário que o texto O mesmo procedimento deverá ser adotado para alterar a
esteja selecionado. Veja os comandos de seleção no item 2.2. cor do realce do texto, que, por padrão, é sem cor; a cor da
Abra o arquivo Parte_Pratica e selecione a palavra fonte, que, por padrão, é preta; e o estilo de sublinhado, que,
“melhores”. Clique na caixa de diálogo para abrir as opções de por padrão, é desativado. No caso dos demais comandos, o
fonte e vá passando o mouse sobre elas. efeito só será visualizado após ser aplicado.
Observe que a palavra selecionada vai sendo visualizada
de acordo com o tipo de fonte sobre a qual o ponteiro do mouse
é deslocado. Após escolher a fonte desejada, clique sobre ela.

Em seguida, faça o mesmo com a opção de tamanho.

Didatismo e Conhecimento 39
INFORMÁTICA
Dica O botão Opções de Espaçamento de Linha permite estabelecer
Quando você seleciona um texto e passa o mouse sobre espaçamentos personalizados.
ele, aparece uma caixa de ferramentas, com algumas opções de
formatação, para tornar seu trabalho mais rápido.

2.5.2 Alterando o alinhamento de linhas ou parágrafos

Agora, utilizaremos os comandos do grupo Parágrafo , da


guia Início .
O texto da linha em que estiver posicionado o cursor ou o
parágrafo selecionado poderão ser alinhados de quatro formas:

2.5.4 Utilizando a régua para definir margens e marcações


de parágrafos

A régua é a ferramenta que de fi ne as margens do documento,


do texto selecionado e as marcações de parágrafo.
Margem do documento
Na régua, existem marcadores que defi nem as margens
esquerda e direita do documento. Veja a figura:

Observe que há números antes e depois dos marcadores. Essa


2.5.3 Alterando o espaçamento entre linhas numeração é o valor da margem em centímetros. Por padrão, as
margens iniciam-se em 0cm e terminam em 15cm.
Podemos alterar o espaçamento entre linhas (o padrão é 1,0 Ao passar o mouse por um dos marcadores, aparecerá uma
– simples), ou ainda os espaços antes ou depois dos parágrafos (o seta. Se você clicar nela e arrastá-la, alterará as margens do
padrão é de 12 em 12 pontos). Observe a figura. documento.

Por exemplo, abra o arquivo Parte_Pratica e arraste a margem


esquerda, até que o número 1 seja o único visualizado. Isso
indicará que há 1cm de margem esquerda para todo o documento.
Para determinar a margem direita em 14cm, basta arrastá-la até o
número 14.
O texto deverá ficar semelhante ao apresentado na figura
abaixo.

Didatismo e Conhecimento 40
INFORMÁTICA

Margem do parágrafo selecionado

As margens esquerda e direita, bem como a marcação de parágrafo do texto selecionado, são de fi nidas pelos marcadores ao clicarmos
sobre eles e arrastá-los.

-- Marcação do parágrafo
-- Margem esquerda
-- Margem direita
1 – Margem esquerda em 0cm.
2 – Parágrafo em 2cm.
3 – Margem direita em 15cm.
4 – Após o ENTER, o cursor fica automaticamente na posição 2cm.

Todos os comandos vistos até agora podem ser efetuados, clicando-se no Iniciador de Caixa de Diálogo do grupo Parágrafo.

2.5.5 Trabalhando com marcadores, numeradores e listas


As listas desempenham várias funções, desde resumir informações a facilitar sua compreensão e assimilação. As listas podem ser
numeradas ou apresentar marcadores.

Didatismo e Conhecimento 41
INFORMÁTICA

Se você tiver uma sequência de informações, uma lista numerada será essencial para informar o número de itens rapidamente.
As listas podem apresentar um nível único ou vários níveis. Na lista de nível único, todos os itens têm a mesma hierarquia e o mesmo
recuo. Já a lista de vários níveis significa que há uma lista dentro de outra. Veja abaixo a diferença entre ambas:

Tanto marcadores quanto numeradores podem ser inseridos nos parágrafos selecionados.
Há mais de uma maneira de iniciar uma lista. Uma das mais utilizadas é criar a lista automaticamente, à medida que os dados são
digitados.
Se você precisar de uma lista com marcadores, basta digitar um asterisco (*), seguido de um espaço: o asterisco se transforma em
marcador, e a lista é iniciada. Quando terminar de digitar o primeiro item, pressione ENTER, e um novo marcador aparecerá na linha
seguinte.
Existem vários símbolos que você pode usar para iniciar uma lista. O marcador padrão é o bollet •. Ao abrir a caixa de diálogo
Marcadores, você poderá utilizar um marcador existente ou Definir Novo Marcador

Didatismo e Conhecimento 42
INFORMÁTICA
Os símbolos disponíveis dependerão da fonte selecionada. Marcadores ou números
Na figura, a fonte é Wingdings. Também poderão ser adicionadas Se você achar que escolheu o tipo inadequado de lista, ou
imagens. seja, iniciou-a com marcadores, mas entende que números seriam
Para criar automaticamente listas numeradas, digite o número melhores ou vice-versa, não se preocupe.
1 e um ponto (1.), seguido de um espaço. O numerador padrão é É fácil fazer a troca. Basta clicar em qualquer lugar na lista e,
1. De modo semelhante ao anterior, ao abrir a caixa de diálogo em seguida, no botão Marcadores ou Numeração , na
Numeração , você poderá utilizar um formato ou Definir Novo faixa de opções.
Formato de Número.
Curiosidade!
Criando lista de vários níveis Esses dois botões “memorizarão” o tipo de lista utilizado pela
Podemos criar automaticamente listas de vários níveis. Para última vez e farão uso desse tipo, quando você clicar nesses botões
isso, basta pressiona o botão e selecionar o modelo desejado. novamente.

Dica!
Para classificar uma lista após criá-la em ordem alfabética, por
exemplo, use o botão Classificar. Tenha em mente que, ao classificar
uma lista numerada, somente os itens serão classificados. A ordem
numérica continuará a mesma.

2.5.6 Inserindo bordas e sombreamento


Para dar destaque a palavras, parágrafos, páginas, imagens e
células (tabelas) entre outros objetos, o Word dispõe do recurso de
borda e de sombreamento.
Abra o arquivo Parte_Pratica e selecione o trecho “Microsoft
Office Word 2007”.
Dê um clique na seta que abre a caixa de diálogo do botão
Bordas e Sombreamento .
Observe que as opções apresentadas permitem colocar
bordas na parte inferior, superior etc. Clique na opção Bordas e
Sombreamento.

Para que os subníveis apareçam, basta clicar no botão


Aumentar recuo . Veja o exemplo abaixo:
1. VITAMINAS
1.1 Complexo B
1.1.1. B1
1.1.2. B2
1.1.3. B12
2. SAIS MINERAIS
Caso você avance um recuo a mais do que o desejado, basta
clicar no botão Diminuir recuo .

Interrompendo a lista
A maneira mais fácil de interromper a criação de uma lista é
pressionar a tecla ENTER duas vezes. Ao fazer isso, você estará
pronto para iniciar um novo parágrafo em uma nova linha.
Se estiver no meio de uma lista e precisar digitar algum texto
abaixo do marcador no mesmo nível do texto acima, use a tecla
BACKSPACE. Isso removerá o marcador, mas manterá o recuo
de texto.
Para alinhar o novo texto abaixo do próprio marcador, e não
do texto acima, pressione BACKSPACE duas vezes. Por fi m,
para eliminar o recuo de lista, pressione BACKSPACE três vezes.

Didatismo e Conhecimento 43
INFORMÁTICA

Essa opção possibilita trabalhar com o seguinte:


• Bordas – Coloca borda no texto selecionado ou no parágrafo.
• Borda da página – Coloca uma borda em todas as páginas do documento.
• Sombreamento – Permite definir cor de Preenchimento e estilo dos padrões do texto ou parágrafo selecionado.

No exemplo acima, o Preenchimento é amarelo e, no item padrões, o estilo selecionado é Horizontal clara, na cor verde.
Quando trabalhamos com tabelas, a utilização de bordas torna melhor e mais agradável a visualização.

2.5.7 Visualizando marcas de parágrafos e símbolos de formatação ocultos

Às vezes, você deseja obter um resultado de formatação e não consegue entender por que ele não aparece. Pode ser que existam
caracteres ocultos em seu documento.
Para visualizá-los, clique no botão Mostrar Tudo . Observe a figura abaixo.

Didatismo e Conhecimento 44
INFORMÁTICA
O que cada símbolo representa:
• ¶ – Foi pressionada a tecla ENTER.
• Æ – Foi utilizado marcador ou numeração.
• . (ponto) – Existência de espaço em branco.
• ........Quebra de página......... – Quebra de página criada pelo usuário ( CTRL + ENTER).
• .......................................... – Quebra de página automática.

2.6 Copiando uma formatação


Imagine que você tenha trocado o tipo, a cor e o tamanho da fonte, inserido borda e/ou sombreamento e quer tudo isso em um novo
parágrafo ou parte do documento. Seria preciso fazer tudo novamente? Não!
O Word dispõe do botão Formatar Pincel , que copia a formatação de uma área selecionada e a aplica em outra. Após selecionar
a formatação desejada, dê um clique duplo nesse botão e, em seguida, no local onde você quer repetir a formatação. Caso seja mais de um,
você pode arrastar o mouse para expandir a seleção.
Para cancelar a cópia de formatação, dê um clique no botão para desativá-lo.
Veja o exemplo abaixo, em que a formatação da palavra “melhores” foi copiada para o último trecho do parágrafo (arquivo Parte_
Pratica ).

2.7 Movendo partes do documento


Ainda observando o parágrafo já mencionado, você decide que a frase “Agora é hora de se familiarizar com o Microsoft Offi ce Word
2007.” deve ser a última e não a primeira.
Você não precisa excluí-la e digitá-la novamente. Em vez disso, mova-a, realizando uma operação de recortar e colar: recorte a frase
para excluí-la do local atual e, em seguida, cole-a no novo local.
Primeiro, selecione a frase inteira.

Em seguida, clique em Recortar , no grupo Área de Transferência . Observe que a frase desaparece do texto.

Em seguida, mova o cursor para o fim do parágrafo, onde deseja que a frase apareça e, no grupo Área de Transferência, clique
em Colar .

Dica!
Um atalho de teclado para recortar é CTRL+X e para colar é CTRL+V.
Quando você começar a editar o documento com frequência, verá como esse atalho é rápido e conveniente.
Os itens recortados ou copiados permanecem na Área de Transferência, até que você saia de todos os programas do Office ou os exclua,
clicando no item desejado e, em seguida, em Excluir ou em Limpar tudo.

Didatismo e Conhecimento 45
INFORMÁTICA

2.8 Copiando partes do documento

Os procedimentos para copiar partes de um documento são praticamente os mesmos de recortar. A diferença é que o conteúdo será
mantido na posição original.
Selecione o trecho “obtenha ajuda”:

Em seguida, clique em Copiar , no grupo Área de Transferência. Observe que o trecho permanece no local de origem.

Em seguida, mova o cursor para o fim do parágrafo, onde deseja que a frase apareça e, no grupo Área de Transferência, clique em Colar.

Observe que o texto foi duplicado.


Dica!
Um atalho de teclado para copiar é CTRL+C e para colar é CTRL+V.

2.9 Utilizando estilos rápidos


No grupo Estilos, temos a Galeria de Estilos Rápidos, que exibe em miniatura diversas combinações de formatação. Quando você
posicionar o ponteiro do mouse sobre uma das miniaturas, poderá ver como o estilo rápido afetará o texto selecionado.

Didatismo e Conhecimento 46
INFORMÁTICA

Abra o arquivo Parte_pratica e dê dois ENTER após 2007, para que a frase fique como se fosse um título. Selecione a frase como no
exemplo abaixo:

Em seguida, posicione o mouse nos estilos rápidos existentes e observe o resultado.


O estilo utilizado na figura foi Referência intensa.

O botão Alterar Estilos permite selecionar estilos rápidos para todo o documento e não apenas para a área selecionada.

2.10 Localizando e substituindo textos

Imagine se, em um relatório ou trabalho de escola, você tivesse que procurar ou substituir uma palavra que aparece 50 vezes, em
diferentes pontos do texto. Isso levaria bastante tempo, não é mesmo?
Um recurso muito útil é o de localização e substituição rápida de uma palavra ou frase. Para isso, utilizamos os comandos do grupo
Edição, da guia Início .

2.10.1 Localizando texto


Abra o arquivo Parte_Pratica e copie o parágrafo pelo menos três vezes.

Didatismo e Conhecimento 47
INFORMÁTICA
Clique no grupo Edição e, em seguida, selecione a opção Clique em Edição e, em seguida, selecione a opção Substituir
Localizar . Observe a figura: . Observe, na figura abaixo que a caixa de diálogo
apresentada é muito semelhante à anterior:

Em seguida, digite a palavra word na caixa de texto Localizar.


Para localizar cada ocorrência, clique em Localizar próxima. E
para localizar todas as ocorrências de uma vez, clique em Localizar Na caixa de diálogo Localizar, digite o texto que deseja
em e em Documento principal. pesquisar e, na caixa Substituir por , digite o texto de substituição.

Para cancelar uma pesquisa em andamento, pressione ESC .


Para localizar a próxima ocorrência do texto, clique em
Localizar Próxima. Caso queira substituí-la, clique em Substituir.
2.10.2 Localizando e realçando um texto na tela
Para ajudá-lo a visualizar cada ocorrência de uma palavra ou Ao clicar em Substituir, o cursor irá para a próxima ocorrência
frase no documento, é possível pesquisar todas as ocorrências e do texto. Para substituir todas as ocorrências, clique em Substituir
realçá-las na tela. Apesar de o texto estar realçado na tela, ele não Tudo.
fi ca realçado, quando o documento é impresso. Dica!
Clique em Edição e, em seguida, selecione a opção Localizar Digite sempre o texto de substituição em minúsculo, pois ele
. Observe que a palavra word já está na caixa de texto Localizar, assumirá a capitalização do texto a ser substituído.
pois o Word mantém a última pesquisa feita. Clique em Realce de 2.10.4 Indo para um ponto específico do documento
Leitura e em Realçar Tudo. Ao clicar nas opções Localizar ou Substituir , você terá
acesso à guia Ir para, que, como o título sugere, permite a você ir
diretamente a um ponto do documento, que pode ser uma Página,
Seção, Linha etc.

Para desativar o realce na tela, clique em Realce de Leitura e


em Limpar Realce.

2.10.3 Localizando e substituindo texto


É possível substituir automaticamente uma palavra ou frase 2.10.5 Selecionando textos, objetos e formatações
por outra. Por exemplo, é possível substituir Word por Excel. No grupo Edição, ainda temos a opção Selecionar (fi gura
Observação: O texto de substituição usará a mesma 57), que permite Selecionar Tudo (seleciona todo o documento),
capitalização que o texto a ser substituído, ou seja, se você Selecionar Objetos (imagens, gráficos etc.) e Selecionar texto com
pesquisar por WORD e substituí-lo por Excel, o resultado será formatação semelhante (mesma fonte, cor, tamanho, etc.).
EXCEL.

Didatismo e Conhecimento 48
INFORMÁTICA
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja in fi nito enquanto dure.
Soneto de Fidelidade

Vinicius de Moraes, “Antologia Poética”, Editora do Autor,


Rio de Janeiro, 1960, pág. 96.
Observe que a palavra pensamento está escrita de forma
errada e se encontra sublinhada em vermelho. Isso indica problema
ortográfico. Já a palavra cada está sublinhada em verde, o que
Para selecionar texto com formatação semelhante, selecione indica problema gramatical.
uma das ocorrências com a formatação desejada e clique na opção Clique no botão Ortografia e : será visualizada
correspondente. uma tela semelhante à da figura abaixo.

2.11 Revisando o texto


Assim que um documento é finalizado, fazer uma boa revisão
é essencial. Para isso, pode-se utilizar a guia Revisão, composta
pelos seguintes grupos:

• Revisão de Texto – Permite veri fi car erros ortográ fi cos e


gramaticais, pesquisar em dicionários, traduzir o texto para outros
idiomas e ainda contar as palavras do documento.
• Comentários – Permite inserir informações impressas ou
não no documento, com o objetivo de esclarecer possíveis dúvidas
A palavra que o Word entende como grafada erroneamente
quanto ao conteúdo.
aparecerá destacada em vermelho e, na caixa Sugestões, serão
• Controle e Alterações – Possibilitam ao revisor do texto
apresentadas opções para corrigi-la. Escolha a que melhor se
sinalizar, de forma simples e prática, as áreas do documento que ajusta ao texto e clique em Alterar. Você ainda poderá clicar em:
foram alteradas.
• Comparar – Compara duas versões do mesmo documento,
ou combina versões de vários autores em um único documento.
• Proteger – Restringe a formatação e a edição do documento
por parte de outros usuários, o acesso a alterações no documento a
pessoas específicas e a adição de comentários, mas sem alterações
significativas.

2.11.1 Verificando e corrigindo ortografia e gramática


Por padrão, automaticamente, o Word verifica a ortografia e
a gramática, enquanto o texto é digitado. Isso evita que tenhamos
que fazer uma revisão final antes de entregar o documento a seu
destinatário. Porém, nem sempre o que o Word identifica como
erro ortográfico ou gramatical está realmente errado. Por essa
razão, você pode aceitar ou não a mudança sugerida.
Digite o arquivo “Soneto_de_Fidelidade”:
De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto O dicionário padrão utilizado para a verificação é o Português
Que mesmo em face do maior encanto (Brasil). Contudo, ele poderá ser alterado, clicando-se na caixa de
Dele se encante mais meu pensamentu. opções Idioma do dicionário.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto 2.11.2 Utilizando o dicionário de sinônimos
E rir meu riso e derramar meu pranto O Word possui uma lista de sinônimos para várias palavras.
Ao seu pesar ou seu contentamento Esse é um recurso muito útil, quando precisamos utilizar uma
E assim, quando mais tarde me procure palavra várias vezes no texto.

Didatismo e Conhecimento 49
INFORMÁTICA
Depois de selecionar a palavra, dê um clique em Dicionário
de Sinônimos .
Por exemplo, vamos ver quais são os sinônimos que o Word
apresenta para a palavra “muito”:

Após localizar a palavra mais adequada ao contexto de seu


documento, clique na seta, que abre a caixa de diálogo ao lado da
palavra.

As demais opções do grupo Revisão de Texto são as seguintes:

As opções são as seguintes:

Você pode clicar com o botão direito do mouse sobre uma


palavra para corrigi-la ou para buscar um sinônimo para ela.

Didatismo e Conhecimento 50
INFORMÁTICA
Tabelas Ferramentas de Tabela.

As tabelas são com certeza um dos elementos mais


importantes para colocar dados em seu documento. Use tabelas
para organizar informações e criar formas de páginas interessantes
e disponibilizar seus dados. Para inserir uma tabela, na ABA Inserir
clique no botão Tabela. Através do grupo Opções de Estilo de Tabela é possível definir
células de cabeçalho. O grupo Estilos de Tabela permite aplicar
uma formatação a sua tabela e o grupo Desenhar Bordas permite
definir o estilo, espessura e cor da linha. O botão Desenhar Tabela
transforma seu cursor em um lápis para desenhar as células de sua
tabela, e o botão Borracha apaga as linhas da tabela.
Você pode observar também que ao estar com alguma célula
da tabela com o cursor o Word acrescenta mais uma ABA ao final,
chamada Layout, clique sobre essa ABA.

O primeiro grupo Tabela permite selecionar em sua tabela,


apenas uma célula, uma linha, uma coluna ou toda a tabela.

Ao clicar no botão de Tabela, você pode definir a quantidade


de linhas e colunas, pode clicar no item Inserir Tabela ou Desenhar Ao clicar na opção Propriedades será aberto uma janela com
a Tabela, Inserir uma planilha do Excel ou usar uma Tabela Rápida as propriedades da janela.
que nada mais são do que tabelas prontas onde será somente
necessário alterar o conteúdo.

Nesta janela existem quatro Guias. A primeira é relativa à


Você pode criar facilmente uma tabela mais complexa, por tabela, pode-se definir a largura da tabela, o alinhamento e a quebra
exemplo, que contenha células de diferentes alturas ou um número do texto na tabela. Ao clicar no botão Bordas e Sombreamento
variável de colunas por linha semelhante à maneira como você usa abre-se a janela de bordas e sombreamento estudada anteriormente.
uma caneta para desenhar uma tabela. Ao desenhar a caixa que fará Ao clicar em Opções é possível definir as margens das células e o
parte da tabela, você pode utilizar o topo espaçamento entre as células.

Didatismo e Conhecimento 51
INFORMÁTICA
A opção dividir tabela insere um parágrafo acima da célula
que o cursor está, dividindo a tabela. O grupo Tamanho da Célula
permite definir a largura e altura da célula. A opção AutoAjuste
tem a função de ajustar sua célula de acordo com o conteúdo
dentro dela.

O grupo Alinhamento permite definir o alinhamento do


conteúdo da tabela. O botão Direção do Texto permite mudar a
O segundo grupo é o Linhas e Colunas permite adicionar e direção de seu texto. A opção Margens da Célula, permite alterar
remover linhas e colunas de sua tabela. as margens das células como vimos anteriormente.

Ao clicar na Faixa deste grupo ele abre uma janela onde é


possível deslocar células, inserir linhas e colunas. O terceiro grupo O grupo Dados permite classificar, criar cálculos, etc., em sua
é referente à divisão e mesclagem de células. tabela.

A opção classificar como o próprio nome diz permite


A opção Mesclar Células, somente estará disponível se você classificar os dados de sua tabela.
selecionar duas ou mais células. Esse comando permite fazer com
que as células selecionadas tornem-se uma só.

A opção dividir células permite dividir uma célula. Ao clicar


nessa opção será mostrada uma janela onde você deve definir em
quantas linhas e colunas a célula será dividida.

Ele abre a seguinte janela e coloca sua primeira linha como


a linha de cabeçalho, você pode colocar até três colunas como
critérios de classificação. O botão Converter em Texto permite
transformar sua tabela em textos normal. A opção fórmula permite
fazer cálculos na tabela.

Didatismo e Conhecimento 52
INFORMÁTICA
Cabeçalho e Rodapé

O Word sempre reserva uma parte das margens para o


cabeçalho e rodapé. Para acessar as opções de cabeçalho e rodapé,
clique na ABA Inserir, Grupo Cabeçalho e Rodapé.

Ele é composto de três opções Cabeçalho, Rodapé e Número


de Página.
Para aplicar números de páginas automaticamente em seu
cabeçalho basta clicar em Números de Página, apenas tome o
cuidado de escolher Inicio da Página se optar por Fim da Página
ele aplicará o número da página no rodapé. Podemos também
aplicar cabeçalhos e rodapés diferentes a um documento, para isso
basta que ambos estejam em seções diferentes do documento. O
cuidado é ao aplicar o cabeçalho ou o rodapé, desmarcar a opção
Vincular ao anterior.
O funcionamento para o rodapé é o mesmo para o cabeçalho,
apenas deve-se clicar no botão Rodapé.

Data e Hora

O Word Permite que você possa adicionar um campo de Data


e Hora em seu texto, dentro da ABA Inserir, no grupo Texto, temos
o botão Data e Hora.

Ao clicar em Cabeçalho o Word disponibiliza algumas opções


de caixas para que você possa digitar seu texto. Ao clicar em Editar
Cabeçalho o Word edita a área de cabeçalho e a barra superior
passa a ter comandos para alteração do cabeçalho.

A área do cabeçalho é exibida em um retângulo pontilhado,


o restante do documento fica em segundo plano. Tudo o que for
inserido no cabeçalho será mostrado em todas as páginas, com
exceção se você definiu seções diferentes nas páginas.

Didatismo e Conhecimento 53
INFORMÁTICA
Basta escolher o formato a ser aplicado e clicar em OK. Se precisar que esse campo sempre atualize data, marque a opção Atualizar
automaticamente.

Inserindo Elementos Gráficos

O Word permite que se insira em seus documentos arquivos gráficos como Imagem, Clip-art, Formas, etc., as opções de inserção estão
disponíveis na ABA Inserir.

Imagens

O primeiro elemento gráfico que temos é o elemento Imagem. Para inserir uma imagem clique no botão com o mesmo nome no grupo
Ilustrações na ABA Inserir. Na janela que se abre, localize o arquivo de imagem em seu computador.

A imagem será inserida no local onde estava seu cursor.


O que será ensinado agora é praticamente igual para todo os elementos gráficos, que é a manipulação dos elementos gráficos. Ao inserir
a imagem é possível observar que a mesma enquanto selecionada possui uma caixa pontilhadas em sua volta, para mover a imagem de local,
basta clicar sobre ela e arrastar para o local desejado, se precisar redimensionar a imagem, basta clicar em um dos pequenos quadrados em
suas extremidades, que são chamados por Alças de redimensionamento. Para sair da seleção da imagem, basta apenas clicar em qualquer
outra parte do texto. Ao clicar sobre a imagem, a barra superior mostra as configurações de manipulação da imagem.

O primeiro grupo é o Ajustar, dentre as opções temos Brilho e Contraste, que permite clarear ou escurecer a imagem e adicionar ou
remover o contraste. Podemos recolorir a imagem.

Didatismo e Conhecimento 54
INFORMÁTICA
Entre as opções de recolorir podemos colocar nossa imagem em tons de cinza, preto e branco, desbotar a imagem e remover uma cor
da imagem. Este recurso permite definir uma imagem com fundo transparente. A opção Compactar Imagens permite deixar sua imagem
mais adequada ao editor de textos. Ao clicar nesta opção o Word mostra a seguinte janela:

Pode-se aplicar a compactação a imagem selecionada, ou a todas as imagens do texto. Podemos alterar a resolução da imagem. A
opção Redefinir Imagem retorna a imagem ao seu estado inicial, abandonando todas as alterações feitas. O próximo grupo chama-se
Sombra, como o próprio nome diz, permite adicionar uma sombra a imagem que foi inserida.

No botão Efeitos de Sombra, você poderá escolher algumas posições de sombra (Projetada, Perspectiva) e cor da sombra. Ao lado
deste botão é possível definir a posição da sombra e no meio a opção de ativar e desativar a sombra. No grupo Organizar é possível definir
a posição da imagem em relação ao texto.

O primeiro dos botões é a Posição, ela permite definir em qual posição a imagem deverá ficar em relação ao texto.

Didatismo e Conhecimento 55
INFORMÁTICA
Ao clicar na opção Mais Opções de Layout abre-se a janela Layout Avançado que permite trabalhar a disposição da imagem em relação
ao bloco de texto no qual ela esta inserida. Essas mesmas opções estão disponíveis na opção Quebra Automática de Texto nesse mesmo
grupo. Ao colocar a sua imagem em uma disposição com o texto, é habilitado alguns recursos da barra de imagens. Como bordas

Através deste grupo é possível acrescentar bordas a sua imagem E no grupo Organizar ele habilita as opções de Trazer para Frente,
Enviar para Trás e Alinhar. Ao clicar no botão Trazer para Frente, ele abre três opções: Trazer para Frente e Avançar, são utilizadas quando
houver duas ou mais imagens e você precisa mudar o empilhamento delas. A opção Trazer para Frente do Texto faz com que a imagem
flutue sobre o Texto. Ao ter mais de uma imagem e ao selecionar as imagens (Utilize a tecla SHIFT), você poderá alinhar as suas imagens.

O último grupo é referente às dimensões da imagem.

Didatismo e Conhecimento 56
INFORMÁTICA
Neste grupo você pode cortar a sua imagem, ou redimensionar
a imagem definindo Largura e Altura.
Os comandos vistos até o momento estavam disponíveis
da seguinte forma, pois nosso documento esta salvo em.DOC –
versão compatível com Office XP e 2003. Ao salvar o documento
em .DOCX compatível somente com a versão 2010, acontecem
algumas alterações na barra de imagens.

No grupo Ajustar já temos algumas alterações, ao clicar


no item Cor. Em estilos de imagem podemos definir bordas e
sombreamentos para a imagem.

Clique sobre a imagem a ser adicionada ao seu texto com o


botão direito e escolha Copiar (CTRL+C). Clique em seu texto
onde o Clip-Art deve ser adicionado e clique em Colar (CTRL+V)
As configurações de manipulação do clip-art são as mesmas das
imagens.
Podemos aplicar também os Efeitos de Imagem Formas
Podemos também adicionar formas ao nosso conteúdo do
texto

Para desenhar uma forma, o processo é simples, basta clicar


na forma desejada e arrastar o mouse na tela para definir as
suas dimensões. Ao desenhar a sua forma a barra passa a ter as
propriedade para modificar a forma.
Clip Art

Clip-Art são imagens, porém são imagens que fazem parte


do pacote Office. Para inserir um clipart, basta pela ABA Inserir, O primeiro grupo chama-se Inserir Forma, ele possui a
clicar na opção Clip-Art. Na direita da tela abre-se a opção de ferramenta de Inserir uma forma. Ao lado temos a ferramenta
consulta aos clip-Art. Editar Forma essa ferramenta permite trabalhar os nós da forma

Didatismo e Conhecimento 57
INFORMÁTICA
– Algumas formas bloqueiam a utilização dessa ferramenta. Abaixo dela temos a ferramenta de caixa de texto, que permite adicionar uma
caixa de texto ao seu documento. Estando com uma forma fechada, podemos transformar essa forma em uma caixa de texto. Ao lado temos
o Grupo Estilos de Forma.

Os primeiros botões permitem aplicar um estilo a sua forma.

Ainda nesse grupo temos a opção de trabalharmos as cores, contorno e alterar a forma.

Didatismo e Conhecimento 58
INFORMÁTICA
A opção Imagem preenche sua forma com alguma imagem. A Ao clicar na opção Duas Cores, você pode definir a cor 1 e cor
opção Gradação permite aplicar tons de gradiente em sua forma. 2, o nível de transparência e o sombreamento.

Ao clicar em Pré-definidas, o Office possui algumas cores de


preenchimento prontas.

Ao clicar em Mais Gradações, será possível personalizar a


forma como será o preenchimento do gradiente.

A Guia Textura permite aplicar imagens como texturas


ao preenchimento, a guia Padrão permite aplicar padrões de
preenchimento e imagem permite aplicar uma imagem Após o
Na guia gradiente, temos as opções de Uma cor, Duas cores e grupo Estilos de Forma temos o grupo sombra e após ele o grupo
Pré-definidas. Efeitos 3D.
Ao escolher uma cor você pode escolher a cor a ser aplicada,
se quer ela mais para o claro ou escuro, pode definir a transparência
do gradiente e como será o sombreamento.

Didatismo e Conhecimento 59
INFORMÁTICA
Podemos aplicar efeitos tridimensionais em nossas formas. Altere os textos conforme a sua necessidade. Ao clicar no topo
Além de aplicar o efeitos podemos mudar a cor do 3D, alterar a em Ferramentas SmartArt, serão mostradas as opções de alteração
profundidade, a direção, luminosidade e superfície. As demais do objeto.
opções da Forma são idênticas as das imagens.

SmartArt
O SmartArt permite ao você adicionar Organogramas ao seu
documento. Se você estiver usando o Office 2003 ou seu documento O primeiro botão é o de Adicionar uma forma. Basta clicar
estiver salvo em DOC, ao clicar nesse botão, ele habilita a seguinte janela: em um botão do mesmo nível do que será criado e clicar neste
botão. Outra forma de se criar novas caixas dentro de um mesmo
nível é ao terminar de digitar o texto pressionar ENTER. Ainda
no grupo Criar Gráfico temos os botões de Elevar / Rebaixar que
permite mudar o nível hierárquico de nosso organograma. No
grupo Layout podemos mudar a disposição de nosso organograma.
O próximo grupo é o Estilos de SmartArt que permite mudar as
cores e o estilo do organograma.

Basta selecionar o tipo de organograma a ser trabalhado e


clique em OK. Porém se o formato de seu documento for DOCX,
a janela a ser mostrada será:

Em hierarquia, escolha o primeiro da segunda linha e clique


em OK.

WordArt

Para finalizarmos o trabalho com elementos gráficos temo


os WordArt que já um velho conhecido da suíte Office, ele ainda
mantém a mesma interface desde a versão do Office 97 No grupo
Texto da ABA Inserir temos o botão de WorArt Selecione um
formato de WordArt e clique sobre ele.

Didatismo e Conhecimento 60
INFORMÁTICA
Será solicitado a digitação do texto do WordArt. Digite seu
texto e clique em OK. Será mostrada a barra do WordArt

O primeiro grupo é o Texto, nesse grupo podemos editar o


texto digitado e definir seu espaçamento e alinhamentos. No grupo
Estilos de WordArt pode-se mudar a forma do WordArt, depois
temos os grupos de Sombra, Efeitos 3D, Organizar e Tamanho.

2.EDITOR DE PLANILHAS:
ESTRUTURA BÁSICA DAS PLANILHAS,
CONCEITOS DE CÉLULAS, 1.2. Área de trabalho do Excel
LINHAS, COLUNAS, PASTAS E Logo que abrimos o Excel, um documento é criado
automaticamente com o nome de Pasta1 e é visualizada uma janela
GRÁFICOS; ELABORAÇÃO DE como a demonstrada na figura.
TABELAS E GRÁFICOS; USO DE
FÓRMULAS, FUNÇÕES; IMPRESSÃO;
CONTROLE DE QUEBRAS E
NUMERAÇÃO DE PÁGINAS,
OBTENÇÃO DE DADOS EXTERNOS,
CLASSIFICAÇÃO DE DADOS;
MENUS; BARRAS DE FERRAMENTAS;
COMANDOS.

EXCEL 2007

O Excel 2007 é um programa para elaboração de planilha


eletrônica, constituindo poderosa ferramenta de auxílio à execução
de trabalhos que envolvem cálculos matemáticos. Menu – Clicando sobre o Botão Office, no canto superior
Com esse aplicativo, você pode criar uma grande diversidade esquerdo da janela do Excel, aparecerão funções como Salvar,
de documentos, utilizando recursos como fórmulas, atualização Imprimir e Fechar entre outras, que são as principais ações desse
automática de resultados, gráficos elaborados em 3D e classificação aplicativo.
por valores preestabelecidos entre muitos outros.
Nesta versão, o Excel surge com uma nova interface, em que
os tradicionais menus de opções desaparecem e dão lugar a uma
Faixa de Opções com diversas guias, onde podemos encontrar,
mais facilmente, os comandos necessários para executar as tarefas
que nos propomos realizar.

1. Explorando a janela do Excel


1.1. Acessando o Excel
Há várias formas de acessar o Excel. A mais utilizada é clicar
no botão Iniciar, Todos os programas, Microsoft Office, Microsoft
Office Excel 2007.

Didatismo e Conhecimento 61
INFORMÁTICA
Célula ativa – Célula que receberá o conteúdo a ser digitado.
Do lado direito do Botão Office , você poderá personalizar
a Barra de Ferramentas de Acesso Rápido (figura 4), clicando na
Caixa de listagem (lista de opções disponíveis) . Para ativar ou
desativar um comando, basta clicar sobre ele.

Linha – Conjunto de células na posição horizontal.

Coluna – Conjunto de células na posição vertical.

Barra de Título – Mostra o título do programa e o nome da


pasta de trabalho que está aberta (figura 5).

Botão Ajuda – Acessa a ajuda do Office Online ou a local


(salva no computador).
Controle da Janela – Controles para Minimizar (aparece na Intervalo de célula – Duas ou mais células selecionadas.
barra de tarefas), Maximizar (fica do tamanho da tela), Restaurar
(pode ser redimensionada conforme a necessidade) e Fechar (fecha
a janela). Você poderá utilizá-los para o Excel ou para cada pasta
aberta.

Faixa de Opções – A Faixa de Opções é o local onde estão os


principais comandos do Excel, separados por guias: Início, Inserir,
Layout da Página, Fórmulas, Dados, Revisão e Exibição.
Inserir função – Insere uma fórmula pré-desenvolvida
que simplifica e reduz as fórmulas na planilha.

Barra de fórmulas – Local onde os valores digitados


(números, fórmulas e textos) serão visualizados e editados.
Caixa de nomes – Exibe o nome da célula ativa, formado pela
letra da coluna e o número da linha. Por exemplo, A1. Caso várias
células estejam selecionadas, será exibido o nome da primeira.

Expandir barra de fórmulas – Aumenta a visualização da


Barra de fórmulas. Está localizado à direita dela.
Célula – Área de dados limitada por linhas e colunas.
Divisores de planilha vertical e horizontal – Dividem a
planilha vertical ou horizontalmente para facilitar a visualização
dos dados. Estão localizados nas barras de rolagem vertical e
horizontal respectivamente.

Barras de rolagem – Permitem navegar pela planilha, quando


ela for maior que a tela.

Didatismo e Conhecimento 62
INFORMÁTICA

Botões de movimentação entre planilhas – Permitem 1.3. Ajuda


movimentar-se entre as planilhas que não estão sendo visualizadas Se precisar de ajuda, é só clicar no botão Ajuda
na guia de planilhas. , localizado no canto superior direito da janela do Excel, ou
pressionar a tecla F1. Abrir-se-á, então, uma janela, como mostra
a figura:

Guia de planilhas – Exibe os nomes das planilhas que fazem


parte da pasta e permite inserir novas planilhas.

Barra de status – Mostra informações sobre a planilha atual,


tais como se a célula está sendo editada, se o conteúdo está pronto
etc. Fica localizada na margem inferior da tela.

Modos de exibição – As opções de exibição são encontradas


à direita da Barra de status e permitem alterar a visualização da
planilha. São as seguintes:

Didatismo e Conhecimento 63
INFORMÁTICA
Novo – Essa opção abre uma janela como a ilustrada na figura
23. Nela, você pode escolher um modelo (layout) para o novo
documento. O modelo padrão é Pasta de trabalho em branco.

Curiosidade!
Quando você abrir a janela de Ajuda, o Excel tentará conectar- Atenção!
se automaticamente ao Office Online. Isso acontece, pois o Uma pasta de trabalho do Excel é um arquivo que contém
conteúdo online é mais completo e atualizado. uma ou mais planilhas, que podem ser usadas para organizar
Contudo, se você quiser usar o Conteúdo Offline, instalado diversos tipos de informações relacionadas.
junto com o Office sem a necessidade de estar conectado à Inserindo dados
Internet, basta clicar no botão Conectado ao Office Online e na Por padrão, a pasta de trabalho é criada com três planilhas.
Cada uma delas tem um nome na guia de planilha: Plan1, Plan2
opção Mostrar conteúdo apenas deste computador.
e Plan3. Os dados são inseridos na planilha ativa.
Para navegar entre elas, basta clicar sobre seu nome.
Vamos inserir alguns dados na pasta criada, a ser utilizada
posteriormente para praticarmos os demais comandos.
Ao começar a digitar, você verá o conteúdo na célula e na
Barra de fórmulas. Digite os dados e pressione a tecla ENTER
para mover o cursor para a célula abaixo ou a tecla TAB para
mover o cursor para a célula à direita.
Se você pressionar a tecla ESC, o conteúdo digitado será
cancelado.

1.4. Entendendo melhor o menu do Excel


Ao clicar no Botão Office , encontraremos as seguintes
funções:

Você deve ter observado que o conteúdo da célula A3 – Pasta


polionda – é maior que a largura da coluna e “invadiu” a célula
B3. Isso acontece, porque a célula B3 está vazia.
Assim que ela for preenchida, o conteúdo será visualizado
parcialmente. Mais adiante, veremos como resolver esse
problema.

Didatismo e Conhecimento 64
INFORMÁTICA
Agora, insira mais estes dados: Usando modelos prontos para criar planilhas
A seguir, vamos ver alguns modelos de planilhas que podem
ser feitos com o auxílio do Excel. Para acessá-los, clique no Botão
Office e, em seguida, no botão Novo.

Após selecionar o modelo desejado, basta clicar em Baixar.

Salvar – Para salvar (gravar) uma pasta de trabalho, clique


no Botão Office e, em seguida, em Salvar. Vale lembrar
que a pasta de trabalho é salva com as alterações realizadas até o
momento da ação de salvar, isto é, tudo o que você fizer depois
disso não estará salvo, enquanto não clicar novamente em Salvar.
O arquivo terá a extensão .xlsx, que é inserida automaticamente
pelo Excel. Vamos salvar a pasta de trabalho
que acabamos de criar com o nome de Parte_Pratica.
Não se esqueça de que todas as planilhas serão salvas e não
apenas a atual.

Dicas!
Para facilitar a busca por seus arquivos, há algumas dicas
sobre a nomeação deles:
- Use palavras-chave que facilitem a memorização. Abrir – Ao lado dos botões do menu, há uma área com o
- Escreva as palavras usando iniciais maiúsculas. título Documentos
- Evite preposições entre as palavras.
- Evite acentos e cedilhas. Recentes (figura 29). Nessa área, aparecerão os últimos
- Insira datas, quando necessário. documentos acessados com o ícone no canto direito. Para
Exemplo: Se você for salvar um relatório semanal de custos, fixar um documento na lista dos mais recentes, basta clicar neste
um bom nome seria RelSemCustos_09_Mar. ícone, que apresentará a seguinte forma: ·.
Nesse caso, o “09_Mar” é para identificar a que semana o
relatório se refere, sem precisar abri-lo.
É importantíssimo o hábito de manter o documento salvo.
Entretanto, caso você se esqueça disso e, por algum problema,
o computador se desligue inesperadamente ou trave, ainda há o
recurso da Recuperação automática de arquivos.
Como? Recuperação automática de arquivos? Ao clicar no botão Abrir, aparecerá uma janela. Nela, você
Sim! Sem que você note, de tempos em tempos, o Excel 2007 deve procurar o arquivo que deseja abrir.
salva a pasta automaticamente, para que você não corra o risco de
perder seu trabalho.
Assim, na vez seguinte em que você abri-lo, aparecerá uma
janela com a lista de todas as pastas recuperadas. Basta, então,
clicar naquela que você deseja abrir.

Didatismo e Conhecimento 65
INFORMÁTICA

Ao localizar o arquivo desejado, clique em Abrir.


Salvar como – Para salvar uma pasta de trabalho no Excel, • A opção Impressão Rápida imprime diretamente, sem
você deve clicar no Botão Office e, em seguida, em Salvar. nenhuma configuração.
Se for preciso salvar a pasta de trabalho com outro nome • A opção Visualizar Impressão permite conferir como ficará
ou em outro local, clique no botão Salvar como, digite o nome seu documento.
desejado e/ou selecione o local desejado (HD, CD, pendrive etc.) Para voltar à visualização normal, clique no botão Fechar
e clique em Salvar. Visualização de Impressão.

Imprimir – Para imprimir uma planilha, é necessário ter uma


impressora conectada ao computador ou a uma rede local. Fechar – Existem várias formas de encerrar o Excel. Uma
Ao clicar no botão Imprimir, aparecerão três opções, como delas é clicar no Botão Office e no botão Fechar.
vemos na figura: Caso haja alguma alteração em sua pasta de trabalho que não
tenha sido salva, aparecerá a seguinte mensagem:

Dica!
A forma mais rápida de encerrar o Excel é clicar no controle
• A opção Imprimir abrirá uma janela (figura 33) com Fechar, em sua janela.
configurações que permitirão selecionar a impressora, planilhas e Lembre-se de que o primeiro controle refere-se ao programa e
páginas a serem impressas, número de cópias etc. o segundo, à pasta de trabalho.

Didatismo e Conhecimento 66
INFORMÁTICA
Guias de Planilha

1.5. A Faixa de Opções


A Faixa de Opções mostra os comandos mais utilizados
agrupados por temas, para Que você não precise procurá-los em Um arquivo do Excel ao iniciar com três guias de planilha,
vários menus, facilitando o trabalho. estas guias permite que se possa em um único arquivo armazenar
mais de uma planilha, inicialmente o Excel possui três planilhas,
e ao final da Plan3 temos o ícone de inserir planilha que cria uma
nova planilha. Você pode clicar com o botão direito do mouse em
uma planilha existente para manipular as planilhas.

A seguir, apresentamos a Faixa de Opções e como trabalhar


com ela.

1.5.1. O que há na Faixa de Opções?


Há três componentes básicos na Faixa de Opções. Veja quais
são e como utilizá-los.

1. Guias – Há sete guias básicas na parte superior. Cada


uma representa uma área de atividade e apresenta os comandos
reunidos por grupos. Por exemplo, a guia Início contém todos
os comandos que você utiliza com mais frequência. E os botões Na janela que é mostrada é possível inserir uma nova planilha,
Recortar, Copiar e Colar estão no grupo Área de transferência. excluir uma planilha existente, renomear uma planilha, mover ou
2. Grupos – Cada guia tem vários grupos, que mostram os copiar essa planilha, etc...
itens relacionados em conjunto.
3. Comandos – Um comando é um botão, uma caixa para Movimentação na planilha
inserir informações ou um menu.
Para selecionar uma célula ou torná-la ativa, basta movimentar
Dica! o retângulo (cursor) de seleção para a posição desejada. A
A Faixa de Opções facilita a localização de todas as funções. movimentação poderá ser feita através do mouse ou teclado.
No entanto, você pode querer trabalhar com seu documento em Com o mouse para selecionar uma célula basta dar um clique
um espaço maior. É possível ocultá-la, dando um clique duplo em cima dela e observe que a célula na qual você clicou é mostrada
na guia ativa. Para ver os comandos novamente, basta dar outro como referência na barra de fórmulas.
clique duplo em uma das guias.
Confira abaixo os grupos de cada uma das guias:
• Início – Área de transferência, Fonte, Alinhamento, Estilo,
Células e Edição.
• Inserir – Tabelas, Ilustrações, Gráfico, Link e Texto.
• Layout da Página – Temas, Configurar Página, Dimensionar
para Ajustar, Opções de Planilha e Organizar.
• Fórmulas – Biblioteca de funções, Nomes definidos,
Auditoria de fórmulas e Cálculo.
• Dados – Obter dados externos, Conexões, Classificar e
filtrar, Ferramentas de dados e Estrutura de tópicos.
• Revisão – Revisão de texto, Comentários e Alterações.
• Exibição – Modo de exibição de pasta de trabalho, Mostrar/
Ocultar, Zoom, Janela e Macros.
Alguns grupos têm uma seta diagonal no canto inferior Se você precisar selecionar mais de uma célula, basta manter
direito, chamada de Iniciador de Caixa de Diálogo. Ao clicar pressionado o mouse e arrastar selecionando as células em
nela, você verá mais opções relacionadas a esse grupo. sequência.

Didatismo e Conhecimento 67
INFORMÁTICA
Caso precise alterar o conteúdo de uma célula sem precisar
redigitar tudo novamente, clique sobre ela e pressione F2, faça sua
alteração e pressione ENTER em seu teclado.

Operadores e Funções

A função é um método utilizado para tornar mais fácil e rápido


a montagem de fórmulas que envolvem cálculos mais complexos
e vários valores. Existem funções para os cálculos matemáticos,
financeiros e estatísticos. Por exemplo, na função: =SOMA
(A1:A10) seria o mesmo que (A1+A2+A3+A4+A5+A6+A7+A8
+A9+A10), só que com a função o processo passa a ser mais fácil.
Ainda conforme o exemplo pode-se observar que é necessário
Se precisar selecionar células alternadamente, clique sobre a sempre iniciar um cálculo com sinal de igual (=) e usa-se nos
primeira célula a ser selecionada, pressione CTRL e vá clicando cálculos a referência de células (A1) e não somente valores.
nas que você quer selecionar. A quantidade de argumentos empregados em uma função
depende do tipo de função a ser utilizada. Os argumentos podem
ser números, textos, valores lógicos, referências, etc...

Operadores

Operadores são símbolos matemáticos que permitem fazer


cálculos e comparações entre as células. Os operadores são:

Podemos também nos movimentar com o teclado, neste caso


usamos a combinação das setas do teclado com a tecla SHIFT.

Entrada de textos e números Vamos montar uma planilha simples.

Na área de trabalho do Excel podem ser digitados caracteres, Observe que o conteúdo de algumas células é maior que a
números e fórmulas. sua largura, podemos acertar isso da seguinte forma.
Ao finalizar a digitação de seus dados, você pode pressionar Se precisar trabalhar a largura de uma coluna, posiciono
a tecla ENTER, ou com as setas mudar de célula, esse recurso o mouse entre as colunas, o mouse fica com o formato de uma
somente não será válido quando estiver efetuando um cálculo. flecha de duas pontas, posso arrastar para definir a nova largura,

Didatismo e Conhecimento 68
INFORMÁTICA
ou posso dar um duplo clique que fará com que a largura da
coluna acerte-se com o conteúdo. Posso também clicar com o
botão direito do mouse e escolher Largura da Coluna.

Para o cálculo do teclado é necessário então fazer o cálculo


da segunda linha A5*C5 e assim sucessivamente. Observamos
então que a coluna representada pela letra não muda, muda-se
somente o número que representa a linha, e se nossa planilha
tivesse uma grande quantidade de produtos, repetir o cálculo
seria cansativo e com certeza sujeita a erros.
Quando temos uma sequência de cálculos como a nossa
planilha o Excel permite que se faça um único cálculo e ao
posicionar o cursor do mouse no canto inferior direito da célula
O objetivo desta planilha é calcularmos o valor total de cada o cursor se transforma em uma cruz (não confundir com a seta
produto (quantidade multiplicado por valor unitário) e depois o branca que permite mover o conteúdo da célula e ao pressionar
total de todos os produtos. o mouse e arrastar ele copia a fórmula poupando tempo).
Para o total de cada produto precisamos utilizar o operador Para calcular o total você poderia utilizar o seguinte
de multiplicação (*), no caso do Mouse temos que a quantidade cálculo D4+D5+D6+D7+D8, porém isso não seria nada pratico
está na célula A4 e o valor unitário está na célula C4, o nosso em planilhas maiores. Quando tenho sequências de cálculos o
caçulo será feito na célula D4. Poderíamos fazer o seguinte cálculo Excel permite a utilização de funções.
=1*20 que me traria o resultado, porém bastaria alterar o valor da No caso a função a ser utilizada é a função SOMA, a sua
quantidade ou o V. unitário que eu precisaria fazer novamente o estrutura é =SOMA(CelIni:Celfim), ou seja, inicia-se com
cálculo. O correto é então é fazer =A4*C4 com isso eu multiplico o sinal de igual (=), escreve-se o nome da função, abrem-se
referenciando as células, independente do conteúdo dela, ele fará a parênteses, clica-se na célula inicial da soma e arrasta-se até
multiplicação, desde que ali se tenha um número. a última célula a ser somada, este intervalo é representado pelo
sinal de dois pontos (:), e fecham-se os parênteses.
Embora você possa fazer manualmente na célula o Excel
possui um assistente de função que facilita e muito a utilização
das mesmas em sua planilha. Na ABA Inicio do Excel dentro
do grupo Edição existe o botão de função.

Observe que ao fazer o cálculo é colocado também na barra


de fórmulas, e mesmo após pressionar ENTER, ao clicar sobre a
célula onde está o resultado, você poderá ver como se chegou ao A primeira função é justamente Soma, então clique na
resultado pela barra de fórmulas. célula e clique no botão de função.

Didatismo e Conhecimento 69
INFORMÁTICA

Observe conforme a imagem que o Excel acrescenta a soma e o intervalo de células pressione ENTER e você terá seu cálculo.

Formatação de células

A formatação de células é muito semelhante a que vimos para formatação de fonte no Word, basta apenas que a célula onde será aplicada
a formatação esteja selecionada, se precisar selecionar mais de uma célula, basta selecioná-las.
As opções de formatação de célula estão na ABA Inicio.

Temos o grupo Fonte que permite alterar a fonte a ser utilizada, o tamanho, aplicar negrito, itálico e sublinhado, linhas de grade, cor de
preenchimento e cor de fonte. Ao clicar na faixa do grupo será mostrada a janela de fonte.

Didatismo e Conhecimento 70
INFORMÁTICA
A guia mostrada nesta janela é a Fonte nela temos o tipo
da letra, estilo, tamanho, sublinhado e cor, observe que existem
menos recursos de formatação do que no Word.
A guia Número permite que se formatem os números de suas
células. Ele dividido em categorias e dentro de cada categoria ele
possui exemplos de utilização e algumas personalizações como,
por exemplo, na categoria Moeda em que é possível definir o
símbolo a ser usado e o número de casas decimais.

A guia Preenchimento permite adicionar cores de


preenchimento às suas células.

Aguia Alinhamento permite definir o alinhamento do conteúdo


da célula na horizontal e vertical, além do controle do texto.

Vamos então formatar nossa planilha, inicialmente selecione


todas as células de valores em moeda. Você pode utilizar a janela
de formatação como vimos antes, como pode também no grupo
Número clicar sobre o botão moeda.

A guia Bordas permite adicionar bordas a sua planilha, embora


a planilha já possua as linhas de grade que facilitam a identificação
de suas células, você pode adicionar bordas para dar mais destaque.

Vamos colocar também a linha onde estão Quant, Produto


etc... em negrito e centralizado.

Didatismo e Conhecimento 71
INFORMÁTICA
O título Relação de Produtos ficará melhor visualmente se A segunda opção Formatar como Tabela permite também
estiver centralizado entra a largura da planilha, então selecione aplicar uma formatação a sua planilha, porém ele já começa a
desde a célula A1 até a célula D1 depois clique no botão Mesclar trabalhar com Dados.
e Centralizar centralize e aumente um pouco o tamanho da fonte.

Para finalizar selecione toda a sua planilha e no botão de


bordas, selecione uma borda externa.

Ele acrescenta uma coluna superior com indicações de


Estilos colunas e abre uma nova ABA chamada Design

Esta opção é utilizada par aplicar, automaticamente um


formato pré-definido a uma planilha selecionada.

No grupo Opções de Estilo de Tabela desmarque a opção


Linhas de Cabeçalho.
Para poder manipular também os dados de sua planilha é
necessário selecionar as células que pretende manipular como
planilha e no grupo Ferramentas clique no botão Converter em
Intervalo.

O botão estilo de Célula permite que se utilize um estilo de


cor para sua planilha.

Auto Preenchimento das Células

Vimos no exemplo anterior que é possível copiar uma


fórmula que o Excel entende que ali temos uma fórmula e faz a
cópia. Podemos usar este recurso em outras situações, se eu tiver
um texto comum ou um número único, e aplicar este recurso,
ele copia sem alterar o que será copiado, mas posso utilizar este
recurso para ganhar tempo.
Se eu criar uma sequência numérica, por exemplo, na célula
A1 o número 1 e na célula A2 o número 2, ao selecionar ambos,
o Excel entende que preciso copiar uma sequência.
Se eu colocar na célula A1 o número 1 e na célula A2 o
número 3, ele entende que agora a sequência é de dois em dois.

Didatismo e Conhecimento 72
INFORMÁTICA
Congelar Painéis

Algumas planilhas quando muito longas necessitam que sejam


mantidos seus cabeçalho e primeiras linhas, evitando-se assim a
digitação de valores em locais errados. Esse recurso chama-se
congelar painéis e está disponível na ABA exibição.

No grupo Janela temos o botão Congelar Painéis, clique na


Esta mesma sequência pode ser aplicada a dias da semana, opção congelar primeira linha e mesmo que você role a tela a
horas, etc... primeira linha ficará estática.

Inserção de linhas e colunas

Para adicionar ou remover linhas e colunas no Excel é simples.


Para adicionar, basta clicar com o botão direito do mouse em uma
linha e depois clicar em Inserir, a linha será adicionada acima da
selecionada, no caso a coluna será adicionada à esquerda. Para
excluir uma linha ou uma coluna, basta clicar com o botão direito
na linha ou coluna a ser excluída.
Este processo pode ser feito também pelo grupo Células que
está na ABA inicio.

Ainda dentro desta ABA podemos criar uma nova janela da


planilha Ativa clicando no botão Nova Janela, podemos
organizar as janelas abertas clicando no botão Organizar Tudo,

Através da opção Formatar podemos também definir a


largura das linhas e colunas.

Didatismo e Conhecimento 73
INFORMÁTICA
Pelo grupo Mostrar / Ocultar podemos retirar as linhas de Porém se utilizarmos o conceito aprendido de copiar a célula
grade, as linhas de cabeçalho de coluna e linha e a barra de E4 para resolver os demais cálculos na célula E5 à fórmula ficará
formulas. =D5/D10, porém se observarmos o correto seria ficar =D5/D9,
pois a célula D9 é a célula com o valor total, ou seja, esta é a célula
comum a todos os cálculos a serem feitos, com isso não posso
copiar a fórmula, pelo menos não como está. Uma solução seria
fazer uma a uma, mas a ideia de uma planilha é ganhar-se tempo.
A célula D9 então é um valor absoluto, ele não muda é também
chamado de valor constante.
Trabalhando com Referências A solução é então travar a célula dentro da formula, para isso
usamos o símbolo do cifrão ($), na célula que fizemos o cálculo E4 de
Percebemos que ao copiar uma fórmula, automaticamente clique sobre ela, depois clique na barra de fórmulas sobre a referência
são alteradas as referências, isso ocorre, pois trabalhamos até o
da célula D9.
momento com valores relativos.
Porém, vamos adicionar em nossa planilha mais uma
coluna onde pretendo calcular qual a porcentagem cada
produto representa no valor total

Pressione em seu teclado a tecla F4. Será então adicionado o


O cálculo ficaria para o primeiro produto =D4/D9 e depois símbolo de cifrão antes da letra D e antes do número 9. $D$9.
bastaria aplicar a formatação de porcentagem e acrescentar duas
casas decimais.

Pressione ENTER e agora você poderá copiar a sua célula.

Didatismo e Conhecimento 74
INFORMÁTICA
No exemplo acima foi possível travar toda a células, existem Ao clicar na opção Mais Funções abre-se a tela de Inserir
casos em que será necessário travar somente a linha e casos onde será Função, você pode digitar uma descrição do que gostaria de saber
necessário travar somente a coluna. calcular, pode buscar por categoria, como Financeira,m Data
As combinações então ficariam (tomando como base a célula D9) Hora etc..., ao escolher uma categoria, na caixa central serão
D9 - Relativa, não fixa linha nem coluna mostradas todas as funções relativas a essa categoria.
$D9 - Mista, fixa apenas a coluna, permitindo a variação da linha. Ao selecionar, por exemplo, a categoria Estatística e dentro
D$9 - Mista, fixa apenas a linha, permitindo a variação da coluna. do conjunto de funções desta categoria a função Máximo abaixo
$D$9 - Absoluta, fixa a linha e a coluna. é apresentado uma breve explicação da utilização desta função.
Algumas outras funções Se precisar de mais detalhes da utilização da função clique sobre
o link Ajuda sobre esta função.
Vamos inicialmente montar a seguinte planilha

Em nosso controle de atletas vamos através de algumas outras


funções saber algumas outras informações de nossa planilha.
O Excel possui muitas funções, você pode conhecer mais
sobre elas através do assistente de função.

Máximo

Mostra o valor MAIOR de uma seleção de células.


Em nossa planilha vamos utilizar essa função para saber é a
maior idade, maior peso e a maior altura.
Em nossa planilha clique na célula abaixo da coluna de idade
na linha de valores máximos E15 e monte a seguinte função
=MAXIMO(E4:E13). Com essa função estamos buscando no
intervalo das células E4 à E13 qual é valor máximo encontrado.

Vamos repetir o processo para os valores máximos do peso


e da altura.

Didatismo e Conhecimento 75
INFORMÁTICA
MIN Vamos aproveitar também o exemplo para utilizarmos um
recurso muito interessante do Excel que é o aninhamento de
Mostra o valor mínimo de uma seleção de células. funções, ou seja, uma função fazendo parte de outra.
Vamos utilizar essa função em nossa planilha para saber os Afunção para o cálculo da média da Idade é =MÉDIA(E4:E13)
valores mínimos nas características de nossos atletas. clique na célula onde está o cálculo e depois clique na barra de
Em nossa planilha clique na célula abaixo da coluna de idade fórmulas.
na linha de valores máximos E16 e monte a seguinte função Altere a função para =ARRED(MÉDIA(E4:E13);1) com
=MIN(E4:E13). Com essa função está buscando no intervalo das isso fizemos com que caso exista números após a vírgula o
células E4 à E13 qual é valor máximo encontrado. mesmo será arredonda a somente uma casa decimal. Caso você
não queira casas decimais coloque após o ponto e vírgula o
número zero.
Nesta situação deve-se ter uma atenção grande em relação
aos parênteses, observe que foi aberto uma após a função
ARRED e um a pós a função MÉDIA então se deve ter o cuidado
de fechá-los corretamente. O que auxilia no fechamento correto
dos parênteses é que o Excel vai colorindo os mesmos enquanto
você faz o cálculo.

Função SE

Esta é com certeza uma das funções mais importantes do


Excel e provavelmente uma das mais complexas para quem está
Para calcular os valores mínimos para o peso e a altura o iniciando.
processo é o mesmo. Esta função retorna um valor de teste_lógico que permite
avaliar uma célula ou um cálculo e retornar um valor verdadeiro
Média ou um valor falso.
Sua sintaxe é =SE(TESTELÓGICO;VALOR
Calcula a média aritmética de uma seleção de valores. VERDADEIRO;VALOR FALSO).
Vamos utilizar essa função em nossa planilha para saber os =SE - Atribuição de inicio da função;
valores médios nas características de nossos atletas. TESTELÓGICO - Teste a ser feito par validar a célula;
Em nossa planilha clique na célula abaixo da coluna de idade VALOR VERDADEIRO - Valor a ser apresentado na célula
na linha de valores máximos E17 e monte a seguinte função quando o teste lógico for verdadeiro, pode ser outra célula, um
=MEDIA(E4:E13). Com essa função estamos buscando no caçulo, um número ou um texto, apenas lembrando que se for um
intervalo das células E4 à E13 qual é valor máximo encontrado. texto deverá estar entre aspas.
VALOR FALSO - Valor a ser apresentado na célula quando
o teste lógico for falso, pode ser outra célula, um caçulo, um
número ou um texto, apenas lembrando que se for um texto
deverá estar entre aspas.
Para exemplificar o funcionamento da função vamos
acrescentar em nossa planilha de controle de atletas uma coluna
chamada categoria.

Para o peso e a altura basta apenas repetir o processo


Vamos utilizar essa função em nossa planilha de controle de
atletas. Vamos utilizar a função nos valores médios da planilha,
deixaremos com duas casas decimais.

Didatismo e Conhecimento 76
INFORMÁTICA
Vamos atribuir inicialmente que atletas com idade menor K4: Célula definida a ser retornada como verdadeiro deste
que 18 anos serão da categoria Juvenil e acima disso categoria teste lógico, no caso o texto “Juvenil”.
Profissional. Então a lógica da função será que quando a Idade SE(E4<J5: segundo teste lógico, onde verificamos se
do atleta for menor que 18 ele será Juvenil e quando ela for igual valor da célula E4 é menor que 30, se for real retorna o segundo
ou maior que 18 ele será Profissional. valor verdadeiro, é importante ressaltar que este teste lógico
Convertendo isso para a função e baseando-se que a idade do somente será utilizado se o primeiro teste der como falso.
primeiro atleta está na célula E4 à função ficará: K5: Segundo valor verdadeiro, será retornado se o segundo
=SE(E4<18;”Juvenil”;”Profissional”.) teste lógico estiver correto.

K6: Valor falso, será retornado se todos os testes lógicos


derem como falso.
Permite contar em um intervalo de valores quantas vezes
se repete determinado item. Vamos aplicar a função em nossa
planilha de controle de atletas
Adicione as seguintes linhas abaixo de sua planilha

Explicando a função.
=SE(E4<18: inicio da função e teste lógico, aqui é verificado
se o conteúdo da célula E4 é menor que 18.
“Juvenil”: Valor a ser apresentado como verdadeiro.
“Profissional”: Valor a ser apresentado como falso. )
Vamos incrementar um pouco mais nossa planilha, vamos
criar uma tabela em separado com a seguinte definição. Até
18 anos será juvenil, de 18 anos até 30 anos será considerado
profissional e acima dos 30 anos será considerado Master.
Nossa planilha ficará da seguinte forma.
Então vamos utilizar a função CONT.SE para buscar em
nossa planilha quantos atletas temos em cada categoria.

Temos então agora na coluna J a referência de idade, e na


coluna K a
categoria.
Então agora preciso verificar a idade de acordo com o A função ficou da seguinte forma =CONT.SE(H4:H13;K4)
valor na coluna J e retornar com valores verdadeiros e falsos o onde se faz a contagem em um intervalo de H3:H13 que é o
conteúdo da coluna K. A função então ficará da seguinte forma: resultado calculado pela função
SE e retorna a célula K4 onde está a categoria juvenil
de atletas. Para as demais categorias basta repetir o cálculo
mudando-se somente a categoria que está sendo buscada.

Funções de Data e Hora


Podemos trabalhar com diversas funções que se baseiam na
data e hora de seu computador. As principais funções de data e
=SE(E4<J4;K4;SE(E4<J5;K5;K6)) hora são:
Temos então: =HOJE( ) Retorna a data atual.
=SE(E4<J4: Aqui temos nosso primeiro teste lógico, =MÊS(HOJE()) Retorna o mês atual
onde verificamos se a idade que consta na célula E4 é menor =ANO(HOJE()) Retorna o ano atual
que o valor que consta na célula J4. =HORA(AGORA()) Retorna à hora atual

Didatismo e Conhecimento 77
INFORMÁTICA
=MINUTO(AGORA()) Retorna o minuto atual referência de hora o valor da célula B6, multiplicamos pelo
=SEGUNDO(AGORA()) Retorna o segundo atual valor que está em B7, essa parte calcula somente à hora cheia
=AGORA( ) Retorna a data e à hora então precisamos somar os minutos que pega a função MINUTO
=DIA.DA.SEMANA(HOJE()) Retorna o dia da semana em e multiplica a quantidade de horas pelo valor da hora, como o
número valor é para a hora o dividimos então por 60
=DIAS360( ) Calcula o número de dias que há entre uma Após isso coloque o valor em formato Moeda.
data inicial e uma data final.
Para exemplificar monte a seguinte planilha.

Para os demais cálculos o V.Hora será igual há todos os dias


então ele precisa ser fixo para que o cálculo possa ser copiado, o
Em V.Diário, vamos calcular quantas horas foram trabalhadas número 60 por ser um número não é muda.
durante cada dia. =HORA(B6)*$B$7+MINUTO(B6)*$B$7/60
=B3-B2+B5-B4, pegamos a data de saída e subtraímos pela Para sabermos quantas horas o funcionário trabalhou na
data de entrada de manhã, com isso sabemos quantas horas foram semana, faça a soma de todos os dias trabalhados.
trabalhadas pela manhã na mesma função faço a subtração da saída
no período da tarde pela entrada do período da tarde e somo os dois
períodos.

Ao observar atentamente o valor calculado ele mostra


20:40, porém nessa semana o funcionário trabalhou mais de 40
Repita o processo para todos os demais dias da semana, horas, isso ocorre pois o cálculo de horas zera ao chegar em
somente no sábado é preciso apenas calcular a parte da manhã, ou 23:59:59, então preciso fazer com que o Excel entenda que ele
seja, não precisa ser feito o cálculo do período da tarde. precisa continuar a contagem.
Clique na faixa do grupo número na ABA Inicio, na janela
que se abre clique na categoria Hora e escolha o formato
37:30:55 esse formato faz com que a contagem continue.

Para calcular o V. da hora que o funcionário recebe coloque


um valor, no caso adicione 15 e coloquei no formato Moeda.
Vamos agora então calcular quanto ele ganhou por dia, pois
temos quantas horas ele trabalhou durante o dia e sabemos
o valor da hora. Como temos dois formatos de números
precisamos durante o cálculo fazer a conversão.
Para a segunda-feira o cálculo fica da seguinte forma:
=HORA(B6)*B7+MINUTO(B6)*B7/60.
Inicialmente utilizamos a função HORA e pegamos como

Didatismo e Conhecimento 78
INFORMÁTICA
Crie um novo campo abaixo da Tabela e coloque V. a receber Renomeie essa planilha para valores
e faça a soma dos valores totais. Retorne a planilha resultado e coloque um valor qualquer no
campo onde será digitado valor.

Planilhas 3D
Clique agora no campo onde será colocado o valor de compra
O conceito de planilha 3D foi implantado no Excel na versão do dólar na célula B4 e clique na célula onde está o valor que acabou
5 do programa, ele é chamado dessa forma pois permite que se de digitar célula B2, adicione o sinal de divisão (/) e depois clique
façam referências de uma planilha em outra. Posso por exemplo na planilha valores ele vai colocar o nome da planilha seguido de
fazer uma soma de valores que estejam em outra planilha, ou seja um ponto de exclamação (!) e clique onde está o valor de compra
quando na planilha matriz algum valor seja alterado na planilha do dólar. A função ficará da seguinte forma =B2/valores!B2.
que possui referência com ela também muda.

Vamos a um exemplo

Com isso toda vez que eu alterar na planilha valores o valor do


dólar, ele atualiza na planilha resultado.
Faça o cálculo para o valor do dólar para venda, a função
Faremos uma planilha para conversão de valores, então na ficará da seguinte forma: =B2/valores!C2.
planilha 1 vamos ter um campo para que se coloque o valore em Para poder copiar a fórmula para as demais células, bloqueie a
real e automaticamente ele fará a conversão para outras moedas, célula B2 que é referente ao valor em real.
monte a seguinte planilha. O ideal nesta planilha é que a única célula onde o usuário
Vamos renomear a planilha para resultado. possa manipular seja a célula onde será digitado valor em real para
a conversão, então vamos bloquear a planilha deixando essa célula
desprotegia.
Clique na célula onde será digitado o valor em real depois na
ABA Inicio no grupo Fonte clique na faixa e na janela que se abre
clique na guia Proteção.
Para isso dê um duplo clique no nome de sua planilha Plan1 e Desmarque a opção Bloqueadas, isso é necessário, pois esta
digite o novo nome. célula é a única que poderá receber dados.
Salve seu arquivo e clique na guia Plan2 e digite a seguinte
planilha

Didatismo e Conhecimento 79
INFORMÁTICA
Clique agora na ABA Revisão e no grupo Alterações clique no Inserção de Objetos
botão Proteger Planilha.
A inserção de objetos no Excel é muito semelhante ao que
aprendemos no Word, as opções de inserção de objetos estão na
ABA Inserir.

Será mostrada mais uma janela coloque uma senha


(recomendável) Podemos inserir Imagens, clip-arts, formas, SmartArt, caixas
de texto, WordArt, objetos, símbolos, etc.
Como a maioria dos elementos já sabemos como implementar
vamos focar em Gráficos.

Gráficos

A utilização de um gráfico em uma planilha além de deixá-la


com uma aparência melhor também facilita na hora de mostrar
resultados. As opções de gráficos, esta no grupo Gráficos na ABA
Inserir do Excel

Para criar um gráfico é importante decidir quais dados serão


avaliados para o gráfico. Vamos utilizar a planilha Atletas para
criarmos nosso gráfico, vamos criar um gráfico que mostre os
atletas x peso.
Selecione a coluna com o nome dos atletas, pressione CTRL e
selecione os valores do peso.

Ao tentar alterar uma célula protegida será mostrado o


seguinte aviso

Ao clicar em um dos modelos de gráfico no grupo Gráficos


você poderá selecionar um tipo de gráfico disponível, no exemplo
cliquei no estilo de gráfico de colunas.
Se precisar alterar alguma célula protegida basta clicar no
botão Desproteger Planilha no grupo Alterações.

Didatismo e Conhecimento 80
INFORMÁTICA

Se você quiser mudar o estilo de seu gráfico, você pode clicar


no botão Alterar Tipo de Gráfico.

Para alterar a exibição entre linhas e colunas, basta clicar no


botão Alterar Linha/Coluna.

Escolha no subgrupo coluna 2D a primeira opção e seu gráfico


será criado.

Ainda em Layout do Gráfico podemos modificar a distribuição


dos elementos do Gráfico.

Para mover o gráfico para qualquer parte de sua planilha


basta clicar em uma área em branco de o gráfico manter o mouse
pressionado e arrastar para outra parte.
Na parte superior do Excel é mostrada a ABA Design (Acima Podemos também modificar o estilo de nosso gráfico através
dela Ferramentas de Gráfico). do grupo Estilos de Gráfico

Didatismo e Conhecimento 81
INFORMÁTICA
Vamos utilizar para isso a planilha de Atletas.
Classificar uma lista de dados é muito fácil, e este recurso
pode ser obtido pelo botão Classificar e Filtrar na ABA Inicio, ou
pelo grupo Classificar e Filtrar na ABA Dados.

Vamos então selecionar os dados de nossa planilha que serão


classificados.

Clique no botão Classificar.

Podemos também deixar nosso gráfico isolado em uma nova


planilha, basta clicar no botão Mover Gráfico.

Você precisa definir quais serão os critérios de sua


classificação, onde diz
Classificar por clique e escolha nome, depois clique no botão
Adicionar Nível e coloque Modalidade.

Dados

O Excel possui uma ABA chamada Dados que permite


importar dados de outras fontes, ou trabalhar os dados de uma
planilha do Excel.

Antes de clicar em OK, verifique se está marcada a opção


Meus dados contêm cabeçalhos, pois selecionamos a linha de
títulos em nossa planilha e clique em OK.
Classificação
Vamos agora trabalhar com o gerenciamento de dados criados
no Excel.

Didatismo e Conhecimento 82
INFORMÁTICA

Você pode mudar a ordem de classificação sempre que for


necessário, basta clicar no botão de Classificar.

Auto Filtro
Este é um recurso que permite listar somente os dados que
você precisa visualizar no momento em sua planilha. Com seus
dados selecionados clique no botão Filtro e observe que será
adicionado junto a cada célula do cabeçalho da planilha uma seta.

Observe que as colunas que estão com filtro possuem um


ícone em forma de funil no lugar da seta.
Estas setas permite visualizar somente os dados que te Para remover os filtros, basta clicar nos cabeçalhos com filtro
interessam na planilha, por exemplo caso eu precise da relação e escolher a opção selecionar tudo.
de atletas do sexo feminino, basta eu clicar na seta do cabeçalho Você também pode personalizar seus filtros através da opção
sexo e marcar somente Feminino, que os demais dados da Filtros de Texto e Filtro de número (quando conteúdo da célula for
planilha ficarão ocultos. um número).

Posso ainda refinar mais a minha filtragem, caso precise


saber dentro do sexo feminino quantos atletas estão na categoria
Profissional, eu faço um novo filtro na coluna Categoria.

Didatismo e Conhecimento 83
INFORMÁTICA
Subtotais
Podemos agrupar nossos dados através de seus valores,
vamos inicialmente classificar nossa planilha pelo sexo dos atletas
relacionado com a idade.

Os grupos que compõem essa guia são Imprimir, Zoom e


Visualizar.
No grupo Imprimir, temos o botão Imprimir, que tem a mesma
função mostrada na figura 33. Temos também o botão Configurar
Página , que abre uma caixa de diálogo com várias guias. A
primeira refere-se a configurações de páginas.

Depois clique no botão Subtotal.


Em A cada alteração em: coloque sexo e em Adicionar subtotal
a deixe marcado apenas Peso, depois clique em OK.

A segunda guia permite alterar a configuração das margens.

Observe na esquerda que são mostrados os níveis de


visualização dos subtotais e que ele faz um total a cada sequência
do sexo dos atletas.
Para remover os subtotais, basta clicar no botão Subtotal e na
janela que aparece clique em Remover Todos.

Imprimindo planilhas

Como vimos anteriormente, ao clicar no Botão Office e no No grupo Zoom, temos o botão Zoom , que tem a função
botão Imprimir , teremos três opções de impressão: Impressão de ampliar ou reduzir a visualização da planilha.
Rápida, Visualização de Impressão e Imprimir. No grupo Visualizar, temos as seguintes opções:
Vamos detalhar as opções Visualização de Impressão e
Imprimir.

Visualização de impressão
Antes de imprimir qualquer documento, é interessante ter uma
visão de como ele ficará impresso. Além de permitir isso, a opção
Visualização de impressão possibilita a execução de vários ajustes.
Observe as opções da guia Visualização de Impressão

Didatismo e Conhecimento 84
INFORMÁTICA
ELEMENTOS DA TELA DO POWERPOINT

1 – Botão do Microsoft Office


Ele substitui o menu Arquivo (versões anteriores) e está locali-
zado no canto superior esquerdo do programa.

Ao clicar no Botão do Microsoft , serão exibidos


comandos básicos:
Novo, Abrir, Salvar, Salvar Como, Imprimir, Preparar, Enviar,
Publicar e Fechar.

2 – Barra de Ferramentas de Acesso Rápido

Localiza-se no canto superior esquerdo ao lado do Botão do


Microsoft Office (local padrão), é personalizável e contém um con-
junto de comandos independentes da guia exibida no momento.
É possível adicionar botões que representam comandos à barra
e mover a barra de um dos dois locais possíveis.

3 – Barra de Título
3.EDITOR DE APRESENTAÇÃO: Exibe o nome do programa ( Microsoft PowerPoint) e, também
ESTRUTURA BÁSICA DAS exibe o nome do documento ativo.
APRESENTAÇÕES, CONCEITOS DE
4 – Botões de Comando da Janela
SLIDES, ANOTAÇÕES, RÉGUA,
GUIAS, CABEÇALHOS E RODAPÉS, Acionando esses botões, é possível minimizar, maximizar e res-
NOÇÕES DE EDIÇÃO E FORMATAÇÃO taurar a janela do programa PowerPoint.
DE APRESENTAÇÕES, INSERÇÃO DE
OBJETOS, BOTÕES DE AÇÃO, ANIMAÇÃO
E TRANSIÇÃO ENTRE SLIDES.

Programa utilizado para criação e apresentações de Slides. Para


iniciá-lo basta clicar no botão Iniciar da barra de tarefas do Windo-
ws, apontar para Todos os Programas, selecionar Microsoft Office e
clicar em Microsoft Office PowerPoint 2007.

TELA DO POWERPOINT

5 – Faixa de Opções
A Faixa de Opções é usada para localizar rapidamente os co-
mandos necessários para executar uma tarefa. Os comandos são
organizados em grupos lógicos, reunidos em guias. Cada guia está
relacionada a um tipo de atividade como gravação ou disposição de
uma página. Para diminuir a desorganização, algumas guias são exi-
bidas somente quando necessário. Por exemplo, a guia Ferramentas
de Imagem somente é exibida quando uma imagem é selecionada.

Didatismo e Conhecimento 85
INFORMÁTICA

1) Guias
2) Os grupos em cada guia dividem a tarefa em subtarefas.
3) Os botões de comando em cada grupo executam um coman-
do ou exibem um menu de comandos.
6 – Painel de Anotações SELECIONAR SLIDE
Nele é possível digitar as anotações que se deseja incluir em Para selecionar um slide, basta clicar na guia Slide no painel à
um slide. esquerda.
7 – Barra de Status
Exibe várias informações úteis na confecção dos slides, entre
elas: o número de slides; tema e idioma.

8 – Nível de Zoom
Clicar para ajustar o nível de zoom.

CRIAR APRESENTAÇÕES

Criar uma apresentação no Microsoft PowerPoint 2007 englo-


ba: iniciar com um design básico; adicionar novos slides e conteúdo;
escolher layouts; modificar o design do slide, se desejar, alterando LAYOUT
o esquema de cores ou aplicando diferentes modelos de estrutura e Para alterar o Layout do slide selecionado, basta clicar na Guia
criar efeitos, como transições de slides animados. Início e depois no botão Layout, escolha o layout desejado clicando
Para iniciar uma nova apresentação basta clicar no Botão do sobre ele.
Microsoft Office, e em seguida clicar em .

Então escolher um modelo para a apresentação (Em Branco,


Modelos Instalados, Meus modelos, Novo com base em documento
existente ou Modelos do Microsoft Office Online).

Depois de escolhido o modelo clicar em Criar.

Didatismo e Conhecimento 86
INFORMÁTICA
INSERIR TEXTO Então basta começar a digitar.
Antes de inserir o primeiro texto é necessário conhecer a apli-
cação de algumas teclas:

Para fazer a acentuação, deve-se digitar a tecla de acento e de-


pois a letra a ser acentuada. Quando a tecla correspondente ao acen-
to for pressionada, não sairá nada na tela; só depois que for digitada
a letra é que ela aparecerá acentuada.
FORMATAR TEXTO
Para alterar um texto, é necessário primeiro selecioná-lo. Para
selecionar um texto ou palavra, basta clicar com o botão esquerdo
sobre o ponto em que se deseja iniciar a seleção e manter o botão
pressionado, arrastar o mouse até o ponto desejado e soltar o botão
esquerdo.

Para inserir um texto no slide clicar com o botão esquerdo do


mouse no retângulo (Clique para adicionar um título), após clicar o
ponto de inserção (cursor será exibido).

Com o texto selecionado, basta clicar nos botões para fazer as


alterações desejadas:

Didatismo e Conhecimento 87
INFORMÁTICA
1 – Fonte 2. Acionar a guia Inserir.
Altera o tipo de fonte
2 – Tamanho da fonte
Altera o tamanho da fonte
3 – Negrito
Aplica negrito ao texto selecionado. Também pode ser acio- 3. Clicar no botão Símbolo.
nado através do comando Ctrl+N.
4 – Itálico
Aplica Itálico ao texto selecionado. Também pode ser aciona-
do através do comando Ctrl+I.
5 – Sublinhado
Sublinha o texto selecionado. Também pode ser acionado
através do comando Ctrl+S. 4. Selecionar o símbolo.
6 – Tachado
Desenha uma linha no meio do texto selecionado.
7 – Sombra de Texto
Adiciona uma sombra atrás do texto selecionado para desta-
cá-lo no slide.
8 – Espaçamento entre Caracteres
Ajusta o espaçamento entre caracteres.
9 – Maiúsculas e Minúsculas
Altera todo o texto selecionado para MAIÚSCULAS, minús-
culas, ou outros usos comuns de maiúsculas/minúsculas.
10 – Cor da Fonte
Altera a cor da fonte.
11 – Alinhar Texto à Esquerda
Alinha o texto à esquerda. Também pode ser acionado através
do comando Ctrl+Q.
12 – Centralizar
Centraliza o texto. Também pode ser acionado através do co- 5. Clicar em Inserir e em seguida Fechar.
mando Ctrl+E.
13 – Alinhar Texto à Direita MARCADORES E NUMERÇÃO
Alinha o texto à direita. Também pode ser acionado através Com a guia Início acionada, clicar no botão , para criar
do comando Ctrl+G. parágrafos com marcadores. Para escolher o tipo de marcador cli-
14 – Justificar car na seta.
Alinha o texto às margens esquerda e direita, adicionando es-
paço extra entre as palavras conforme o necessário, promovendo
uma aparência organizada nas laterais esquerda e direita da página.
15 – Colunas
Divide o texto em duas ou mais colunas.

INSERIR SÍMBOLOS ESPECIAIS


Além dos caracteres que aparecem no teclado, é possível inse-
rir no slide vários caracteres e símbolos especiais.
1. Posicionar o cursor no local que se deseja inserir o sím-
bolo.

Com a guia Início acionada, clicar no botão , para iniciar uma


lista numerada. Para escolher diferentes formatos de numeração
clicar na seta.

Didatismo e Conhecimento 88
INFORMÁTICA
SALVAR ARQUIVO
Após criar uma apresentação, é necessário efetuar a gravação
do arquivo, essa operação é chamada de “Salvar”. Se o arquivo
não for salvo, corre-se o risco de perdê-lo por uma eventual falta
de energia, ou por outro motivo que cause a saída brusca do pro-
grama.
Para salvar o arquivo, acionar o Botão do Microsoft
e clicar em Salvar, ou clicar no .

SAIR DO POWERPOINT
Para sair do Microsoft Office PowerPoint, utilizar as seguintes
opções:
• Acionar o Botão do Microsoft e clicar em Sair do
PowerPoint.
• Clicar no Botão .
• Pressionar as teclas ALT+F4.
Se o arquivo não foi salvo ainda, ou se as últimas alterações
não foram gravadas, o PowerPoint emitirá uma mensagem, aler-
tando- o do fato.
INSERIR NOVO SLIDE
Para inserir um novo slide acionar a guia Início e clicar no
botão .
Depois clicar no layout desejado.

ABRIR ARQUIVO
Para colocar um arquivo na tela do PowerPoint, deve-se acio-
nar o Botão do Microsoft Office , e clicar em Abrir.
Na caixa de diálogo do comando Abrir, existem vários botões
que auxiliam na localização do arquivo desejado. Depois de en-
contrar o arquivo clicar em Abrir.

INSERIR FIGURAS
Para inserir uma figura no slide clicar na guia Inserir, e clicar
em um desses botões:

• Imagem do : inseri uma imagem de um arquivo.

• Clip-art : é possível escolher entre várias figuras que


acompanham o Microsoft Office.

• Formas : inseri formas prontas, como retângulos e cír-


culos, setas, linhas, símbolos de fluxograma e textos explicativos.

• SmartArt : inseri um elemento gráfico SmartArt para


comunicar informações visualmente. Esses elementos gráficos va-
riam desde listas gráficas e diagramas de processos até gráficos
mais complexos, como diagramas de Venn e organogramas.
EXCLUIR SLIDE
Para excluir um slide basta selecioná-lo e depois clicar no
botão , localizado na guia Início. • Gráfico : inseri um gráfico para ilustrar e comparar da-
LIMPAR FORMATAÇÃO dos.
Para limpar toda a formatação de um texto basta selecioná-lo
e clicar no , localizado na guia Início. • WordArt : inseri um texto com efeitos especiais.

Didatismo e Conhecimento 89
INFORMÁTICA
CABEÇALHO E RODAPÉ

Para editar o cabeçalho ou rodapé do slide, basta clicar no

botão , na guia Inserir. As informações serão exibidas


na parte superior ou inferior de cada página impressa.

INSERIR TABELA

Para inserir ou traçar uma tabela, basta clicar no ,


localizado na guia Inserir.

ALTERAR A ORDEM DOS SLIDES

Para alterar a ordem dos slides:


• Selecionar a guia Slides (no painel à esquerda), ALTERAR PLANO DE FUNDO
Para alterar o plano de fundo de um slide, basta clicar com o
botão direito do mouse sobre ele, e em seguida clicar em Formatar
Plano de Fundo.

• Clicar com o botão esquerdo do mouse sobre o slide,


Depois escolher entre as opções clicar Aplicar a tudo para
aplicar a mudança a todos os slides, se for alterar apenas o slide
atual clicar em fechar.

• Mantê-lo pressionado e arrastá-lo até a posição desejada.

Didatismo e Conhecimento 90
INFORMÁTICA
ANIMAR TEXTOS E OBJETOS As configurações de Executar macro estarão disponíveis so-
Para animar um texto ou objeto, selecionar o texto ou objeto, mente se a sua apresentação contiver uma macro.
clicar na guia Animações, e depois em Animações Personaliza- • Se você deseja que a forma escolhida como um botão de
das, abrirá um painel à direita, clicar em Adicionar efeito. Nele se ação execute uma ação, clicar em Ação do objeto e selecionar a
encontram várias opções de animação de entrada, ênfase, saída e ação que você deseja que ele execute.
trajetórias de animação. As configurações de Ação do objeto estarão disponíveis so-
mente se a sua apresentação contiver um objeto OLE (uma tecno-
logia de integração de programa que pode ser usada para comparti-
lhamento de informações entre programas. Todos os programas do
Office oferecem suporte para OLE; por isso, você pode comparti-
lhar informações por meio de objetos vinculados e incorporados).
• Para tocar um som, marcar a caixa de seleção Tocar som e
selecionar o som desejado.

CRIAR APRESENTAÇÃO PERSONALIZADA


Existem dois tipos de apresentações personalizadas: básica e
com hiperlinks.
Uma apresentação personalizada básica é uma apresentação
separada ou uma apresentação que inclui alguns slides originais.
Uma apresentação personalizada com hiperlinks é uma forma
rápida de navegar para uma ou mais apresentações separadas.
1 – Apresentação Personalizada Básica
Utilizar uma apresentação personalizada básica para fornecer
INSERIR BOTÃO DE AÇÃO
apresentações separadas para diferentes grupos da sua organiza-
Um botão de ação consiste em um botão já existente que pode
ção. Por exemplo, se sua apresentação contém um total de cinco
ser inserido na apresentação e para o qual pode definir hiperlinks.
Os botões de ação contêm formas, como setas para direita e para slides, é possível criar uma apresentação personalizada chamada
esquerda e símbolos de fácil compreensão referentes às ações de ir “Site 1” que inclui apenas os slides 1, 3 e 5. É possível criar uma
para o próximo, anterior, primeiro e último slide, além de execu- segunda apresentação personalizada chamada “Site 2” que inclui
tarem filmes ou sons. Eles são mais comumente usados para apre- os slides 1, 2, 4 e 5. Quando você criar uma apresentação perso-
sentações autoexecutáveis — por exemplo, apresentações que são nalizada a partir de outra apresentação, é possível executá-la, na
exibidas várias vezes em uma cabine ou quiosque (um computador íntegra, em sua sequência original.
e monitor, geralmente localizados em uma área frequentada por
muitas pessoas, que pode incluir tela sensível ao toque, som ou ví-
deo. Os quiosques podem ser configurados para executar apresen-
tações do PowerPoint de forma automática, contínua ou ambas).
1. Na guia Inserir, no grupo Ilustrações, clicar na seta abaixo
de Formas e, em seguida, clique no botão Mais .
2. Em Botões de Ação, clicar no botão que se deseja adicionar.
3. Clicar sobre um local do slide e arrastar para desenhar a
forma para o botão.
4. Na caixa Configurar Ação, seguir um destes procedimentos:
• Para escolher o comportamento do botão de ação quando
você clicar nele, clicar na guia Selecionar com o Mouse.
• Para escolher o comportamento do botão de ação quando
você mover o ponteiro sobre ele, clicar na guia Selecionar sem o
Mouse.
5. Para escolher o que acontece quando você clica ou move
o ponteiro sobre o botão de ação, siga um destes procedimentos:
• Se você não quiser que nada aconteça, clicar em Nenhuma.
• Para criar um hiperlink, clicar em Hiperlink para e selecionar
o destino para o hiperlink.
• Para executar um programa, clicar em Executar programa
e, em seguida, clicar em Procurar e localizar o programa que você
deseja executar.
• Para executar uma macro (uma ação ou um conjunto de
ações que você pode usar para automatizar tarefas. As macros são 1. Na guia Apresentações de Slides, no grupo Iniciar Apresen-
gravadas na linguagem de programação Visual Basic for Applica- tação de Slides, clicar na seta ao lado de Apresentação de Slides
tions), clicar em Executar macro e selecionar a macro que você Personalizada e, em seguida, clicar em Apresentações Personali-
deseja executar. zadas.

Didatismo e Conhecimento 91
INFORMÁTICA
2. Na caixa de diálogo Apresentações Personalizadas, clicar 6. Para criar um hiperlink da apresentação principal para uma
em Novo. apresentação de suporte, selecionar o texto ou objeto que você de-
3. Em Slides na apresentação, clicar nos slides que você dese- seja para representar o hiperlink.
ja incluir na apresentação personalizada e, em seguida, clicar em 7. Na guia Inserir, no grupo Vínculos, clicar na seta abaixo de
Adicionar. Hiperlink.
Para selecionar diversos slides sequenciais, clicar no primeiro 8. Em Vincular para, clicar em Colocar Neste Documento.
slide e, em seguida, manter pressionada a tecla SHIFT enquanto 9. Seguir um destes procedimentos:
clica no último slide que deseja selecionar. Para selecionar diver- • Para se vincular a uma apresentação personalizada, na lista
sos slides não sequenciais, manter pressionada a tecla CTRL en- Selecionar um local neste documento, selecionar a apresentação
quanto clica em cada slide que queira selecionar. personalizada para a qual deseja ir e marcar a caixa de seleção
4. Para alterar a ordem em que os slides são exibidos, em Sli- Mostrar e retornar.
des na apresentação personalizada, clicar em um slide e, em segui- • Para se vincular a um local na apresentação atual, na lista
da, clicar em uma das setas para mover o slide para cima ou para Selecione um local neste documento, selecionar o slide para o qual
baixo na lista. você deseja ir.
5. Digitar um nome na caixa Nome da apresentação de slides Para visualizar uma apresentação personalizada, clicar no
e clicar em OK. Para criar apresentações personalizadas adicionais nome da apresentação na caixa de diálogo Apresentações Persona-
com quaisquer slides da sua apresentação, repetir as etapas de 1 lizadas e, em seguida, clicar em Mostrar.
a 5.
Para visualizar uma apresentação personalizada, clicar no TRANSIÇÃO DE SLIDES
nome da apresentação na caixa de diálogo Apresentações Persona- As transições de slide são os efeitos semelhantes à animação
lizadas e, em seguida, clicar em Mostrar. que ocorrem no modo de exibição Apresentação de Slides quando
2 – Apresentação Personalizada com Hiperlink você move de um slide para o próximo. É possível controlar a ve-
Utilizar uma apresentação personalizada com hiperlinks para locidade de cada efeito de transição de slides e também adicionar
organizar o conteúdo de uma apresentação. Por exemplo, se você som.
cria uma apresentação personalizada principal sobre a nova orga-
O Microsoft Office PowerPoint 2007 inclui vários tipos dife-
nização geral da sua empresa, é possível criar uma apresentação
rentes de transições de slides, incluindo (mas não se limitando) as
personalizada para cada departamento da sua organização e vincu-
seguintes:
lá-los a essas exibições da apresentação principal.

1. Sem transição
2. Persiana Horizontal
3. Persiana Vertical
4. Quadro Fechar
1. Na guia Apresentações, no grupo Iniciar Apresentação de 5. Quadro Abrir
Slides, clicar na seta ao lado de Apresentação de Slides Personali- 6. Quadriculado na Horizontal
zada e, em seguida, clicar em Apresentações Personalizadas. 7. Quadriculado na Vertical
2. Na caixa de diálogo Apresentações Personalizadas, clicar 8. Pente Horizontal
em Novo. 9. Pente Vertical
3. Em Slides na apresentação, clicar nos slides que você de- Para consultar mais efeitos de transição, na lista Estilos Rá-
seja incluir na apresentação personalizada principal e, em seguida, pidos, clicar no botão Mais , conforme mostrado no diagrama
clicar em Adicionar. acima.
Para selecionar diversos slides seqüenciais, clicar no primeiro
slide e, em seguida, manter pressionada a tecla SHIFT enquanto • Adicionar a mesma transição de slides a todos os slides
clica no último slide que deseja selecionar. Para selecionar diver- em sua apresentação:
sos slides não seqüenciais, manter pressionada a tecla CTRL en- 1. No painel que contém as guias Tópicos e Slides, clicar na
quanto clica em cada slide que queira selecionar. guia Slides.
4. Para alterar a ordem em que os slides são exibidos, em Sli- 2. Na guia Início, clicar na miniatura de um slide.
des na apresentação personalizada, clicar em um slide e, em segui- 3. Na guia Animações, no grupo Transição para Este Slide,
da, clicar em uma das setas para mover o slide para cima ou para clicar em um efeito de transição de slides.
baixo na lista. 4. Para consultar mais efeitos de transição, na lista Estilos Rá-
5. Digitar um nome na caixa Nome da apresentação de slides pidos, clicar no botão Mais .
e clicar em OK. Para criar apresentações personalizadas adicionais 5. Para definir a velocidade de transição de slides, no grupo
com quaisquer slides da sua apresentação, repetir as etapas de 1 Transição para Este Slide, clicar na seta ao lado de Velocidade da
a 5. Transição e, em seguida, selecionar a velocidade desejada.

Didatismo e Conhecimento 92
INFORMÁTICA
6. No grupo Transição para Este Slide, clicar em Aplicar a apresentação na qual você agrupa slides em uma apresentação
Tudo. existente para poder mostrar essa seção da apresentação para um
público em particular).
• Adicionar diferentes transições de slides aos slides em o Para mostrar todos os slides em sua apresentação, clicar
sua apresentação em Tudo.
1. No painel que contém as guias Tópicos e Slides, clicar na o Para mostrar um grupo específico de slides de sua apre-
guia Slides. sentação, digitar o número do primeiro slide que você deseja mos-
2. Na guia Início, clicar na miniatura de um slide. trar na caixa De e digitar o número do último slide que você deseja
3. Na guia Animações, no grupo Transição para Este Slide, mostrar na caixa Até.
clicar no efeito de transição de slides que você deseja para esse o Para iniciar uma apresentação de slides personalizada
slide. que seja derivada de outra apresentação do PowerPoint, clicar em
4. Para consultar mais efeitos de transição, na lista Estilos Rá- Apresentação personalizada e, em seguida, clicar na apresenta-
pidos, clicar no botão . ção que você deseja exibir como uma apresentação personalizada
5. Para definir a velocidade de transição de slides, no grupo (uma apresentação dentro de uma apresentação na qual você agru-
Transição para Este Slide, clicar na seta ao lado de Velocidade da pa slides em uma apresentação existente para poder mostrar essa
Transição e, em seguida, selecionar a velocidade desejada. seção da apresentação para um público em particular).
6. Para adicionar uma transição de slides diferente a outro sli-
de em sua apresentação, repetir as etapas 2 a 4. • Opções da apresentação
Usar as opções na seção Opções da apresentação para especi-
• Adicionar som a transições de slides ficar como você deseja que arquivos de som, narrações ou anima-
1. No painel que contém as guias Tópicos e Slides, clicar na ções sejam executados em sua apresentação.
guia Slides. o Para executar um arquivo de som ou animação continua-
2. Na guia Início, clicar na miniatura de um slide. mente, marcar a caixa de opções Repetir até ‘Esc’ ser pressionada.
3. Na guia Animações, no grupo Transição para Este Slide, o Para mostrar uma apresentação sem executar uma nar-
clicar na seta ao lado de Som de Transição e, em seguida, seguir ração incorporada, marcar a caixa de seleção Apresentação sem
um destes procedimentos: narração.
• Para adicionar um som a partir da lista, selecionar o som o Para mostrar uma apresentação sem executar uma ani-
desejado. mação incorporada, marcar a caixa de seleção Apresentação sem
• Para adicionar um som não encontrado na lista, selecionar animação.
Outro Som, localizar o arquivo de som que você deseja adicionar o Ao fazer sua apresentação diante de uma audiência ao
e, em seguida, clicar em OK. vivo, é possível escrever nos slides. Para especificar uma cor de
4. Para adicionar som a uma transição de slides diferente, re- tinta, na lista Cor da caneta, selecionar uma cor de tinta.
petir as etapas 2 e 3. A lista Cor da caneta estará disponível apenas se Exibida por
um orador (tela inteira) (na seção Tipo de apresentação) estiver
CONFIGURAR APRESENTAÇÃO DE SLIDES selecionada.

• Tipo de apresentação • Avançar slides


Usar as opções na seção Tipo de apresentação para especificar Usar as opções na seção Avançar slides para especificar como
como você deseja mostrar a apresentação para sua audiência. mover de um slide para outro.
o Para fazer sua apresentação diante de uma audiência ao o Para avançar para cada slide manualmente durante a
vivo, clicar em Exibida por um orador (tela inteira). apresentação, clicar em Manualmente.
o Para permitir que a audiência exiba sua apresentação a o Para usar intervalos de slide para avançar para cada slide
partir de um disco rígido ou CD em um computador ou na Internet, automaticamente durante a apresentação, clicar em Usar interva-
clicar em Apresentada por uma pessoa (janela). los, se houver.
o Para permitir que a audiência role por sua apresentação • Vários Monitores
de auto execução a partir de um computador autônomo, marcar a É possível executar sua apresentação do Microsoft Office Po-
caixa de seleção Mostrar barra de rolagem.
werPoint 2007 de um monitor (por exemplo, em um pódio) en-
o Para entregar uma apresentação de auto execução exe-
quanto o público a vê em um segundo monitor.
cutada em um quiosque (um computador e monitor, geralmente
localizados em uma área frequentada por muitas pessoas, que pode Usando dois monitores, é possível executar outros programas
incluir tela sensível ao toque, som ou vídeo. Os quiosques podem que não são vistos pelo público e acessar o modo de exibição Apre-
ser configurados para executar apresentações do PowerPoint de sentador. Este modo de exibição oferece as seguintes ferramentas
forma automática, contínua ou ambas), clicar em Apresentada em para facilitar a apresentação de informação:
um quiosque (tela inteira). o É possível utilizar miniaturas para selecionar os slides
de uma seqüência e criar uma apresentação personalizada para o
• Mostrar slides seu público.
Usar as opções na seção Mostrar slides para especificar quais o A visualização de texto mostra aquilo que o seu próximo
slides estão disponíveis em uma apresentação ou para criar uma clique adicionará à tela, como um slide novo ou o próximo marca-
apresentação personalizada (uma apresentação dentro de uma dor de uma lista.

Didatismo e Conhecimento 93
INFORMÁTICA
o As anotações do orador são mostradas em letras grandes • Criar e imprimir folhetos
e claras, para que você possa utilizá-las como um script para a sua Você pode imprimir as apresentações na forma de folhetos,
apresentação. com até nove slides em uma página, que podem ser utilizados pelo
o É possível escurecer a tela durante sua apresentação e, público para acompanhar a apresentação ou para referência futura.
depois, prosseguir do ponto em que você parou. Por exemplo, tal-
vez você não queira exibir o conteúdo do slide durante um interva-
lo ou uma seção de perguntas e respostas.
No modo de exibição do Apresentador, os ícones e botões são
grandes o suficiente para uma fácil navegação, mesmo quando
você está usando um teclado ou mouse desconhecido.

EXIBIR APRESENTAÇÃO
Para exibir uma apresentação clicar na guia Apresentação de
Slides, e seguir um destes procedimentos:

• Clicar no botão , ou pressionar a tecla F5, para iniciar


a apresentação a partir do primeiro slide.

• Clicar no botão , ou pressionar simultaneamente as te-


clas SHIFT e F5, para iniciar a apresentação a partir do slide atual. (1) O folheto com três slides por página possui espaços entre
as linhas para anotações.
IMPRESSÃO Você pode selecionar um layout para os folhetos em visuali-
No Microsoft Office PowerPoint 2007, é possível criar e im- zação de impressão (um modo de exibição de um documento da
primir slides, folhetos e anotações. É possível imprimir sua apre- maneira como ele aparecerá ao ser impresso).
sentação no modo de exibição de Estrutura de Tópicos, de maneira
colorida, em preto e branco ou em escala de cinza. Organizar conteúdo em um folheto:
• Imprimir slides Na visualização de impressão é possível organizar o conteúdo
1. Clicar no Botão Microsoft Office , clicar na seta ao lado no folheto e visualizá-lo para saber como ele será impresso. Você
de Imprimir e, em seguida, clicar em Visualizar impressão. pode especificar a orientação da página como paisagem ou retrato
2. No grupo Configurar página, da lista Imprimir, selecionar e o número de slides que deseja exibir por página.
Slides. Você pode adicionar visualizar e editar cabeçalhos e rodapés,
3. Clicar em Opções, apontar para Cor/escala de cinza e, em como os números das páginas. No layout com um slide por página,
seguida, clicar em uma das opções: você só poderá aplicar cabeçalhos e rodapés ao folheto e não aos
o Cor: Se estiver usando uma impressora colorida, essa op- slides, se não desejar exibir texto, data ou numeração no cabeçalho
ção realizará a impressão em cores. ou no rodapé dos slides.
o Cor (em impressora preto-e-branco): Se estiver usando
uma impressora preto-e-branco, essa opção realizará a impressão Aplicar conteúdo e formatação em todos os folhetos:
em escala de cinza. Se desejar alterar a aparência, a posição e o tamanho da nu-
o Escala de cinza: Essa opção imprime imagens em tons de meração, da data ou do texto do cabeçalho e do rodapé em todos
cinza que variam entre o preto e o branco. Os preenchimentos de os folhetos, faça as alterações no folheto mestre. Para incluir um
plano de fundo são impressos como branco para que o texto fique nome ou logotipo em todas as páginas do folheto, basta adicioná
mais legível. (Às vezes a escala de cinza é bastante semelhante à -lo ao mestre. As alterações feitas no folheto mestre também são
Preto-e-branco puro). exibidas na impressão da estrutura de tópicos.
o Preto-e-branco puro: Essa opção imprime o folheto sem
preenchimentos em cinza. Imprimir folhetos:
4. Clicar em Imprimir. 1. Abrir a apresentação em que deseja imprimir os folhetos.
Para alterar as opções de impressão, siga estas etapas: 2. Clicar no Botão Microsoft Office , clicar na seta ao lado de
1. Na guia Estrutura, no grupo Configurar página, clicar em Imprimir e, em seguida, clicar em Visualizar impressão.
Configurar página. 3. No grupo Configurar página, clicar na seta em Imprimir e
2. Na lista Slides dimensionados para, clicar no tamanho de selecionar a opção desejada de layout do folheto na lista.
papel desejado para impressão. O formato Folhetos (3 Slides por Página) possui linhas para
o Se clicar em Personalizado, digitar ou selecionar as di- anotações do público.
mensões do papel nas caixas Largura e Altura. 4. Para especificar a orientação da página, clicar na seta em
o Para imprimir em transparências, clicar em Transparên- Orientação e, em seguida, clicar em Paisagem ou Retrato.
cia. 5. Clicar em Imprimir.
3. Para definir a orientação da página para os slides, em Orien- Se desejar imprimir folhetos em cores, selecionar uma im-
tação, na caixa Slides, clicar em Paisagem ou Retrato. pressora colorida.

Didatismo e Conhecimento 94
INFORMÁTICA
Clicar no Botão Microsoft Office, clicar na seta ao lado de Se salvar suas apresentações como uma página da Web, a ima-
Imprimir e, em seguida, clicar em Visualizar impressão. Em Im- gem ou o objeto não será exibido quando abrir a apresentação no
primir, clicar em Opções, apontar para Cor/Escala de Cinza e se- navegador Web, embora suas anotações sejam exibidas.
lecionar Cor. As alterações, adições e exclusões realizadas nas anotações
aplicam-se apenas às anotações e ao texto das mesmas no modo
• Criar e imprimir anotações de exibição Normal.
Você pode criar anotações (páginas impressas que exibem Se desejar aumentar, reposicionar ou formatar a área de ima-
anotações do autor abaixo do slide que contém as anotações.) gem do slide ou a área das anotações, vá para o Modo de anotações
como notas para si mesmo, enquanto realiza a apresentação, ou e faça as alterações.
para o público. Você não pode desenhar imagens no painel de anotações no
modo de exibição Normal. Alterne para o Modo de anotações e
Criar anotações: desenhe ou adicione a imagem.
Use o painel de anotações (o painel no modo de exibição nor-
mal no qual você digita as anotações que deseja incluir em um Aplicar conteúdo e formatação a todas as anotações:
slide. Você imprime essas anotações como páginas de anotações Para aplicar conteúdo ou formatação a todas as anotações em
ou as exibe ao salvar uma apresentação como página da Web.) na uma apresentação, altere as Anotações mestras (um modo de exi-
exibição Normal para gravar anotações sobre os slides. bição ou página de slide em que você define a formatação de todos
os slides ou páginas de sua apresentação.
Cada apresentação tem um mestre para cada componente prin-
cipal: slides, slides de títulos, anotações do orador e folhetos para
o público). Por exemplo, para inserir o logotipo de uma empresa
ou outra arte em todas as páginas de anotações, adicione a arte a
Anotação mestra. Ou, se desejar alterar o estilo da fonte usado para
todas as anotações, altere o estilo na Anotação mestra. Você pode
alterar a aparência e a posição da área do slide, das anotações, dos
cabeçalhos, dos rodapés, dos números de página e da data.

Exibir anotações em uma página da Web:


Se você salvar sua apresentação como uma página da Web,
Você pode digitar e formatar suas anotações enquanto trabalha
suas anotações serão exibidas automaticamente, a menos que se-
na exibição Normal, mas para ver como as anotações serão impres-
jam ocultadas. Os títulos transformam-se em um sumário da apre-
sas e o efeito geral da formatação de qualquer texto, como as cores sentação e as anotações do slide aparecem abaixo de cada slide.
da fonte, alterne para o Modo de anotações. Também é possível Suas anotações podem fazer o papel de orador, fornecendo ao pú-
verificar e alterar os cabeçalhos e rodapés de suas anotações no blico os elementos básicos e os detalhes que um orador forneceria
Modo de anotações. durante uma apresentação ao vivo.
Cada anotação mostra uma imagem de slide, junto com as Ocultar os tópicos em uma apresentação da Web
anotações correspondentes a um slide. No Modo anotações, você Se você salvar sua apresentação como uma página da Web, os
pode ornamentar suasanotações com gráficos, imagens (um arqui- tópicos associados à sua apresentação serão exibidos automatica-
vo (como um metarquivo) que pode ser desagrupado e manipulado mente pelo seu navegador da Web. Os títulos do slide se tornam
como dois ou mais objetos, ou um arquivo quepermanece como um sumário na apresentação. Caso não deseje que o tópico seja
um único objeto (como bitmaps), tabelas ou outras ilustrações). exibido, oculte-o antes de salvar o arquivo como uma página da
Web.
1. Clicar no Botão Microsoft Office e, em seguida, clicar em
Salvar Como.
2. Na caixa Nome do arquivo, digitar um nome de arquivo ou
não fazer nada paraaceitar o nome sugerido.
3. Na lista Salvar como tipo, selecionar Página da Web e, em
seguida, clicar em Publicar.
4. Na caixa de diálogo Publicar como página da Web, clicar
em Opções da Web.
5. Na guia Geral, desmarcar a caixa de seleção Adicionar con-
troles de navegação de slide e clicar em OK.
6. Na caixa de diálogo Publicar como página da Web, clicar
em Publicar.
Uma imagem ou um objeto (uma tabela, um gráfico, uma
equação ou outra forma de informação. Os objetos criados em um Imprimir as anotações:
aplicativo, como planilhas, e vinculados ou incorporados em ou- 1. Abrir a apresentação em que deseja imprimir as anotações.
tro aplicativo são objetos OLE) adicionado ao Modo de anotações 2. Clicar no Botão Microsoft Office , clicar na seta ao lado de
será exibido nas anotações, mas não na tela da exibição Normal. Imprimir e, em seguida, clicar em Visualizar impressão.

Didatismo e Conhecimento 95
INFORMÁTICA
3. Na guia Configurar Página, clicar na seta da caixa Imprimir, 2. No painel que contém as guias Estrutura de Tópicos e Sli-
e clicar em Anotações. des, clicar na guia Estrutura de Tópicos.
4. Para especificar a orientação da página, clicar na seta em
Orientação e, em seguida, clicar em Retrato ou Paisagem. Imprimir uma apresentação no Modo de Exibição de Es-
5. Clicar em Imprimir. trutura de Tópicos:
6. Para configurar cabeçalhos e rodapés, clicar em Opções e 1. Abrir a apresentação que deseja imprimir.
em Cabeçalho e Rodapé. 2. Na guia Exibir, no grupo Modos de Exibição de Apresenta-
Se desejar imprimir suas anotações em cores, selecionar uma ção, clicar em Normal.
impressora colorida. Clicar no Botão Microsoft Office, clicar na 3. No painel que contém as guias Estrutura de Tópicos e Sli-
seta ao lado de Imprimir e, em seguida, clicar em Visualizar im- des, clicar na guia Estrutura de Tópicos.
pressão. Em Imprimir, clicar em Opções, apontar para Cor/Escala 4. Clicar no Botão do Microsoft Office, apontar para a seta ao
de Cinza e selecionar Cor. lado de Imprimir e, em seguida, clicar em Visualizar Impressão.
5. No grupo Configurar página, clicar na seta em Imprimir e,
• Criar e imprimir uma apresentação no Modo de Exibi- em seguida, clicar em Modo de estrutura de tópicos.
ção de Estrutura de Tópicos 6. Para especificar a orientação da página, clicar na seta em
Existem várias maneiras de exibir uma apresentação no Mi- Orientação e, em seguida, clicar em Paisagem ou Retrato.
crosoft Office PowerPoint 2007 e cada exibição é criada com uma 7. Clicar em Imprimir.
finalidade diferente. Por exemplo, no Modo de Exibição de Estru- Atalho do teclado: Para exibir a caixa de diálogo Imprimir,
tura de Tópicos, o PowerPoint mostra a sua apresentação como pressionar CTRL+P.
uma estrutura de tópicos com os títulos e o texto principal de cada 2. Clicar em Localizar Impressora.
slide. Os títulos são exibidos no lado esquerdo do painel, que con- 3. Na lista Nome, selecionar a impressora que você deseja
tém a guia Estrutura de Tópicos, junto com o ícone e o número do usar.
slide. O texto principal está recuado abaixo do título do slide. Os
objetos gráficos são exibidos como pequenas notações no ícone do
slide no Modo de Exibição de Estrutura de Tópicos. CONCEITO DE INTERNET E INTRANET:
CONCEITOS BÁSICOS; NAVEGADORES;
Trabalhar no Modo de Exibição de Estrutura de Tópicos é CONCEITOS DE URL; FERRAMENTAS
especialmente prático se você quiser fazer edições globais, obter
uma visão geral da apresentação, alterar a seqüência dos marcado-
DE BUSCA; TRANSFERÊNCIAS DE
res ou slides ou realizar alterações na formatação. ARQUIVOS (DOWNLOAD E UPLOAD);
Quando você salva a apresentação como uma página da Web, IMPRESSÃO DE PÁGINAS.
o texto da guia Estrutura de Tópicos se transforma em um índice,
para que você possa navegar pelos slides.
As guias Estrutura de Tópicos e Slides são alteradas para exi-
bir um ícone quando o painel ficar estreito. Se a guia Estrutura de INTERNET
Tópicos estiver oculta, basta ampliar o painel, arrastando a borda “Imagine que fosse descoberto um continente tão vasto
direita. que suas dimensões não tivessem fim. Imagine um mundo
novo, com tantos recursos que a ganância do futuro não seria ca-
paz de esgotar; com tantas oportunidades que os empreendedores
seriam poucos para aproveitá-las; e com um tipo peculiar de
imóvel que se expandiria com o desenvolvimento.”
John P. Barlow
Os Estados Unidos temiam que em um ataque nuclear ficas-
sem sem comunicação entre a Casa Branca e o Pentágono.
Aumentar o tamanho do painel que contém as guias Estrutura Este meio de comunicação “infalível”, até o fim da década de
de Tópicos e Slides. 60, ficou em poder exclusivo do governo conectando bases milita-
res, em quatro localidades.
Criar uma apresentação no Modo de Exibição de Estrutu- Nos anos 70, seu uso foi liberado para instituições norte
ra de Tópicos: -americanas de pesquisa que desejassem aprimorar a tecnologia,
1. Na guia Exibir, no grupo Modos de Exibição de Apresenta- logo vinte e três computadores foram conectados, porém o padrão
ção, clicar em Normal. de conversação entre as máquinas se tornou impróprio pela quan-
2. No painel contendo as guias Estrutura de Tópicos e Slides, tidade de equipamentos.
clicar na guia Estrutura de Tópicos. Era necessário criar um modelo padrão e universal para
3. Na guia Estrutura de Tópicos, posicionar o ponteiro e colar que as máquinas continuassem trocando dados, surgiu então o
o conteúdo ou começar a digitar o texto. Protocolo Padrão TCP/IP, que permitiria portanto que mais outras
máquinas fossem inseridas àquela rede.
Exibir uma apresentação no Modo de Estrutura de Tópi- Com esses avanços, em 1972 é criado o correio eletrônico, o
cos: E-mail, permitindo a troca de mensagens entre as máquinas que
1. Na guia Exibir, no grupo Modos de Exibição de Apresenta- compunham aquela rede de pesquisa, assim no ano seguinte a rede
ção, clicar em Normal. se torna internacional.

Didatismo e Conhecimento 96
INFORMÁTICA
Na década de 80, a Fundação Nacional de Ciência do Brasil HTTP, Hyper Texto Transfer Protocol ou Protocolo de Trasfe-
conectou sua grande rede à ARPANET, gerando aquilo que co- rência em Hipertexto
nhecemos hoje como internet, auxiliando portanto o processo de É um protocolo ou língua específica da internet, responsável
pesquisa em tecnologia e outras áreas a nível mundial, além de pela comunicação entre computadores.
alimentar as forças armadas brasileiras de informação de todos os Um hipertexto é um texto em formato digital, e pode le-
tipos, até que em 1990 caísse no domínio público. var a outros, fazendo o uso de elementos especiais (palavras,
Com esta popularidade e o surgimento de softwares de nave- frases, ícones, gráficos) ou ainda um Mapa Sensitivo o qual leva
gação de interface amigável, no fim da década de 90, pessoas que a outros conjuntos de informação na forma de blocos de textos,
não tinham conhecimentos profundos de informática começaram a imagens ou sons.
utilizar a rede internacional. Assim, um link ou hiperlink, quando acionado com o mouse,
remete o usuário à outra parte do documento ou outro documento.
Acesso à Internet
O ISP, Internet Service Provider, ou Provedor de Serviço de Home Page
Internet, oferece principalmente serviço de acesso à Internet, adi- Sendo assim, home page designa a página inicial, principal do
cionando serviços como e-mail, hospedagem de sites ou blogs, ou site ou web page.
É muito comum os usuários confundirem um Blog ou Perfil
seja, são instituições que se conectam à Internet com o ob-
no Orkut com uma Home Page, porém são coisas distintas, aonde
jetivo de fornecer serviços à ela relacionados, e em função do
um Blog é um diário e um Perfil no Orkut é um Profile, ou seja um
serviço classificam-se em:
hipertexto que possui informações de um usuário dentro de uma
• Provedores de Backbone: São instituições que constroem e comunidade virtual.
administram backbones de longo alcance, ou seja, estrutura física
de conexão, com o objetivo de fornecer acesso à Internet para re- HTML, Hyper Text Markut language ou Linguagem de Mar-
des locais; cação de Hipertexto
• Provedores de Acesso: São instituições que se conectam à É a linguagem com a qual se cria as páginas para a web.
Internet via um ou mais acessos dedicados e disponibilizam acesso Suas principais características são:
à terceiros a partir de suas instalações; • Portabilidade (Os documentos escritos em HTML devem ter
• Provedores de Informação: São instituições que disponibili- aparência semelhante nas diversas plataformas de trabalho);
zam informação através da Internet. • Flexibilidade (O usuário deve ter a liberdade de “customi-
zar” diversos elementos do documento, como o tamanho padrão
Endereço Eletrônico ou URL da letra, as cores, etc);
Para se localizar um recurso na rede mundial, deve-se conhe- • Tamanho Reduzido (Os documentos devem ter um ta-
cer o seu endereço. manho reduzido, a fim de economizar tempo na transmissão
Este endereço, que é único, também é considerado sua URL através da Internet, evitando longos períodos de espera e
(Uniform Resource Locator), ou Localizador de Recursos Univer- congestionamento na rede).
sal. Boa parte dos endereços apresenta-se assim: www.xxxx.com.
br Browser ou Navegador
Onde: É o programa específico para visualizar as páginas da web.
www = protocolo da World Wide Web O Browser lê e interpreta os documentos escritos em HTML,
xxx = domínio apresentando as páginas formatadas para os usuários.
com = comercial
br = brasil ARQUITETURAS DE REDES
As modernas redes de computadores são projetadas de forma
WWW = World Wide Web ou Grande Teia Mundial altamente estruturada. Nas seções seguintes examinaremos com
algum detalhe a técnica de estruturação.
É um serviço disponível na Internet que possui um conjun-
HIERARQUIAS DE PROTOCOLOS
to de documentos espalhados por toda rede e disponibilizados a
Para reduzir a complexidade de projeto, a maioria das redes é
qualquer um.
organizada em camadas ou níveis, cada uma construída sobre sua
Estes documentos são escritos em hipertexto, que utiliza uma predecessora. O número de camadas, o nome, o conteúdo e a fun-
linguagem especial, chamada HTML. ção de cada camada diferem de uma rede para outra. No entanto,
em todas as redes, o propósito de cada camada é oferecer certos
Domínio serviços às camadas superiores, protegendo essas camadas dos de-
Designa o dono do endereço eletrônico em questão, e talhes de como os serviços oferecidos são de fato implementados.
onde os hipertextos deste empreendimento estão localizados. A camada n em uma máquina estabelece uma conversão com
Quanto ao tipo do domínio, existem: a camada n em outra máquina. As regras e convenções utilizadas
.com = Instituição comercial ou provedor de serviço nesta conversação são chamadas coletivamente de protocolo da
.edu = Instituição acadêmica camada n, conforme ilustrado na Figura abaixo para uma rede
.gov = Instituição governamental com sete camadas. As entidades que compõem as camadas cor-
.mil = Instituição militar norte-americana respondentes em máquinas diferentes são chamadas de processos
.net = Provedor de serviços em redes parceiros. Em outras palavras, são os processos parceiros que se
.org = Organização sem fins lucrativos comunicam utilizando o protocolo.

Didatismo e Conhecimento 97
INFORMÁTICA
Na verdade, nenhum dado é transferido diretamente da cama- cada residência ou estabelecimento - que você recebe suas contas
da n em uma máquina para a camada n em outra máquina. Em vez de água, aquele produto que você comprou em uma loja on-line,
disso, cada camada passa dados e informações de controle para enfim.
a camada imediatamente abaixo, até que o nível mais baixo seja Na internet, o princípio é o mesmo. Para que o seu computa-
alcançado. Abaixo do nível 1 está o meio físico de comunicação, dor seja encontrado e possa fazer parte da rede mundial de com-
através do qual a comunicação ocorre. Na Figura abaixo, a comu- putadores, necessita ter um endereço único. O mesmo vale para
nicação virtual é mostrada através de linhas pontilhadas e a comu- websites: este fica em um servidor, que por sua vez precisa ter um
nicação física através de linhas sólidas. endereço para ser localizado na internet. Isto é feito pelo endereço
IP (IP Address), recurso que também é utilizado para redes locais,
como a existente na empresa que você trabalha, por exemplo.
O endereço IP é uma sequência de números composta de 32
bits. Esse valor consiste em um conjunto de quatro sequências de
8 bits. Cada uma destas é separada por um ponto e recebe o nome
de octeto ou simplesmente byte, já que um byte é formado por
8 bits. O número 172.31.110.10 é um exemplo. Repare que cada
octeto é formado por números que podem ir de 0 a 255, não mais
do que isso.

Entre cada par de camadas adjacentes há uma interface. A


interface define quais operações primitivas e serviços a camada A divisão de um IP em quatro partes facilita a organização da
inferior oferece à camada superior. Quando os projetistas decidem rede, da mesma forma que a divisão do seu endereço em cidade,
quantas camadas incluir em uma rede e o que cada camada deve bairro, CEP, número, etc, torna possível a organização das casas
fazer, uma das considerações mais importantes é definir interfaces da região onde você mora. Neste sentido, os dois primeiros octetos
limpas entre as camadas. Isso requer, por sua vez, que cada camada de um endereço IP podem ser utilizados para identificar a rede, por
desempenhe um conjunto específico de funções bem compreendi- exemplo. Em uma escola que tem, por exemplo, uma rede para
das. Além de minimizar a quantidade de informações que deve ser alunos e outra para professores, pode-se ter 172.31.x.x para uma
passada de camada em camada, interfaces bem definidas também rede e 172.32.x.x para a outra, sendo que os dois últimos octetos
tornam fácil a troca da implementação de uma camada por outra são usados na identificação de computadores.
implementação completamente diferente (por exemplo, trocar to-
das as linhas telefônicas por canais de satélite), pois tudo o que é Classes de endereços IP
exigido da nova implementação é que ela ofereça à camada supe- Neste ponto, você já sabe que os endereços IP podem ser utili-
rior exatamente os mesmos serviços que a implementação antiga zados tanto para identificar o seu computador dentro de uma rede,
oferecia. quanto para identificá-lo na internet.
O conjunto de camadas e protocolos é chamado de arquitetura Se na rede da empresa onde você trabalha o seu computador
de rede. A especificação de arquitetura deve conter informações tem, como exemplo, IP 172.31.100.10, uma máquina em outra rede
suficientes para que um implementador possa escrever o programa pode ter este mesmo número, afinal, ambas as redes são distintas
ou construir o hardware de cada camada de tal forma que obedeça e não se comunicam, sequer sabem da existência da outra. Mas,
corretamente ao protocolo apropriado. Nem os detalhes de imple- como a internet é uma rede global, cada dispositivo conectado nela
mentação nem a especificação das interfaces são parte da arquite- precisa ter um endereço único. O mesmo vale para uma rede local:
tura, pois esses detalhes estão escondidos dentro da máquina e não nesta, cada dispositivo conectado deve receber um endereço único.
são visíveis externamente. Não é nem mesmo necessário que as in- Se duas ou mais máquinas tiverem o mesmo IP, tem-se então um
terfaces em todas as máquinas em uma rede sejam as mesmas, des- problema chamado “conflito de IP”, que dificulta a comunicação
de que cada máquina possa usar corretamente todos os protocolos. destes dispositivos e pode inclusive atrapalhar toda a rede.
Para que seja possível termos tanto IPs para uso em redes
O endereço IP locais quanto para utilização na internet, contamos com um es-
Quando você quer enviar uma carta a alguém, você... Ok, quema de distribuição estabelecido pelas entidades IANA (Inter-
você não envia mais cartas; prefere e-mail ou deixar um recado net Assigned Numbers Authority) e ICANN (Internet Corporation
no Facebook. Vamos então melhorar este exemplo: quando você for Assigned Names and Numbers) que, basicamente, divide os
quer enviar um presente a alguém, você obtém o endereço da pes- endereços em três classes principais e mais duas complementares.
soa e contrata os Correios ou uma transportadora para entregar. É São elas:
graças ao endereço que é possível encontrar exatamente a pessoa Classe A: 0.0.0.0 até 127.255.255.255 - permite até 128 redes,
a ser presenteada. Também é graças ao seu endereço - único para cada uma com até 16.777.214 dispositivos conectados;

Didatismo e Conhecimento 98
INFORMÁTICA
Classe B: 128.0.0.0 até 191.255.255.255 - permite até 16.384 sub-rede, recurso onde parte dos números que um octeto destina-
redes, cada uma com até 65.536 dispositivos; do a identificar dispositivos conectados (hosts) é “trocado” para
Classe C: 192.0.0.0 até 223.255.255.255 - permite até aumentar a capacidade da rede. Para compreender melhor, vamos
2.97.152 redes, cada uma com até 254 dispositivos; enxergar as classes A, B e C da seguinte forma:
Classe D: 224.0.0.0 até 239.255.255.255 - multicast; - A: N.H.H.H;
Classe E: 240.0.0.0 até 255.255.255.255 - multicast reserva- - B: N.N.H.H;
do. - C: N.N.N.H.
As três primeiras classes são assim divididas para atender às N significa Network (rede) e H indica Host. Com o uso de
seguintes necessidades: máscaras, podemos fazer uma rede do N.N.H.H se “transformar”
em N.N.N.H. Em outras palavras, as máscaras de sub-rede per-
- Os endereços IP da classe A são usados em locais onde são mitem determinar quantos octetos e bits são destinados para a
necessárias poucas redes, mas uma grande quantidade de máqui- identificação da rede e quantos são utilizados para identificar os
nas nelas. Para isso, o primeiro byte é utilizado como identificador dispositivos.
da rede e os demais servem como identificador dos dispositivos Para isso, utiliza-se, basicamente, o seguinte esquema: se um
conectados (PCs, impressoras, etc); octeto é usado para identificação da rede, este receberá a máscara
- Os endereços IP da classe B são usados nos casos onde a de sub-rede 255. Mas, se um octeto é aplicado para os dispositivos,
quantidade de redes é equivalente ou semelhante à quantidade de seu valor na máscara de sub-rede será 0 (zero). A tabela a seguir
dispositivos. Para isso, usam-se os dois primeiros bytes do ende- mostra um exemplo desta relação:
reço IP para identificar a rede e os restantes para identificar os
dispositivos;
- Os endereços IP da classe C são usados em locais que reque- Identifica-
rem grande quantidade de redes, mas com poucos dispositivos em Identifica- Máscara de sub-
Classe Endereço IP dor do com-
cada uma. Assim, os três primeiros bytes são usados para identifi- dor da rede -rede
putador
car a rede e o último é utilizado para identificar as máquinas.
Quanto às classes D e E, elas existem por motivos especiais: A 10.2.68.12 10 2.68.12 255.0.0.0
a primeira é usada para a propagação de pacotes especiais para a B 172.31.101.25 172.31 101.25 255.255.0.0
comunicação entre os computadores, enquanto que a segunda está C 192.168.0.10 192.168.0 10 255.255.255.0
reservada para aplicações futuras ou experimentais.
Vale frisar que há vários blocos de endereços reservados para
Você percebe então que podemos ter redes com máscara
fins especiais. Por exemplo, quando o endereço começa com 127,
255.0.0.0, 255.255.0.0 e 255.255.255.0, cada uma indicando uma
geralmente indica uma rede “falsa”, isto é, inexistente, utilizada
classe. Mas, como já informado, ainda pode haver situações onde
para testes. No caso do endereço 127.0.0.1, este sempre se refere à
própria máquina, ou seja, ao próprio host, razão esta que o leva a há desperdício. Por exemplo, suponha que uma faculdade tenha
ser chamado de localhost. Já o endereço 255.255.255.255 é utili- que criar uma rede para cada um de seus cinco cursos. Cada curso
zado para propagar mensagens para todos os hosts de uma rede de possui 20 computadores. A solução seria então criar cinco redes
maneira simultânea. classe C? Pode ser melhor do que utilizar classes B, mas ainda
haverá desperdício. Uma forma de contornar este problema é criar
Endereços IP privados uma rede classe C dividida em cinco sub-redes. Para isso, as más-
Há conjuntos de endereços das classes A, B e C que são pri- caras novamente entram em ação.
vados. Isto significa que eles não podem ser utilizados na internet, Nós utilizamos números de 0 a 255 nos octetos, mas estes, na
sendo reservados para aplicações locais. São, essencialmente, es- verdade, representam bytes (linguagem binária). 255 em binário
tes: é 11111111. O número zero, por sua vez, é 00000000. Assim, a
-Classe A: 10.0.0.0 à 10.255.255.255; máscara de um endereço classe C, 255.255.255.0, é:
-Classe B: 172.16.0.0 à 172.31.255.255; 11111111.11111111.11111111.00000000
-Classe C: 192.168.0.0 à 192.168.255.255. Perceba então que, aqui, temos uma máscara formada por 24
Suponha então que você tenha que gerenciar uma rede com bits 1: 11111111 + 11111111 + 11111111. Para criarmos as nossas
cerca de 50 computadores. Você pode alocar para estas máquinas sub-redes, temos que ter um esquema com 25, 26 ou mais bits,
endereços de 192.168.0.1 até 192.168.0.50, por exemplo. Todas conforme a necessidade e as possibilidades. Em outras palavras,
elas precisam de acesso à internet. O que fazer? Adicionar mais um precisamos trocar alguns zeros do último octeto por 1.
IP para cada uma delas? Não. Na verdade, basta conectá-las a um Suponha que trocamos os três primeiros bits do último octeto
servidor ou equipamento de rede - como um roteador - que receba (sempre trocamos da esquerda para a direita), resultando em:
a conexão à internet e a compartilhe com todos os dispositivos 11111111.11111111.11111111.11100000
conectados a ele. Com isso, somente este equipamento precisará Se fizermos o número 2 elevado pela quantidade de bits “tro-
de um endereço IP para acesso à rede mundial de computadores. cados”, teremos a quantidade possível de sub-redes. Em nosso
caso, temos 2^3 = 8. Temos então a possibilidade de criar até oito
Máscara de sub-rede sub-redes. Sobrou cinco bits para o endereçamento dos host. Fa-
As classes IP ajudam na organização deste tipo de endereça- zemos a mesma conta: 2^5 = 32. Assim, temos 32 dispositivos em
mento, mas podem também representar desperdício. Uma solução cada sub-rede (estamos fazendo estes cálculos sem considerar li-
bastante interessante para isso atende pelo nome de máscara de mitações que possam impedir o uso de todos os hosts e sub-redes).

Didatismo e Conhecimento 99
INFORMÁTICA
11100000 corresponde a 224, logo, a máscara resultante é
255.255.255.224.
Perceba que esse esquema de “trocar” bits pode ser empre-
gado também em endereços classes A e B, conforme a necessi-
dade. Vale ressaltar também que não é possível utilizar 0.0.0.0 ou
255.255.255.255 como máscara.
IP estático e IP dinâmico
IP estático (ou fixo) é um endereço IP dado permanentemente
a um dispositivo, ou seja, seu número não muda, exceto se tal ação
for executada manualmente. Como exemplo, há casos de assina-
turas de acesso à internet via ADSL onde o provedor atribui um
IP estático aos seus assinantes. Assim, sempre que um cliente se
conectar, usará o mesmo IP. O IPv6 não consiste, necessariamente, apenas no aumento da
O IP dinâmico, por sua vez, é um endereço que é dado a um quantidade de octetos. Um endereço do tipo pode ser, por exemplo:
computador quando este se conecta à rede, mas que muda toda FEDC:2D9D:DC28:7654:3210:FC57:D4C8:1FFF
vez que há conexão. Por exemplo, suponha que você conectou seu
computador à internet hoje. Quando você conectá-lo amanhã, lhe Finalizando
Com o surgimento do IPv6, tem-se a impressão de que a es-
será dado outro IP. Para entender melhor, imagine a seguinte situa-
pecificação tratada neste texto, o IPv4, vai sumir do mapa. Isso até
ção: uma empresa tem 80 computadores ligados em rede. Usan-
deve acontecer, mas vai demorar bastante. Durante essa fase, que
do IPs dinâmicos, a empresa disponibiliza 90 endereços IP para
podemos considerar de transição, o que veremos é a “convivência”
tais máquinas. Como nenhum IP é fixo, um computador receberá,
entre ambos os padrões. Não por menos, praticamente todos os
quando se conectar, um endereço IP destes 90 que não estiver sen-
sistemas operacionais atuais e a maioria dos dispositivos de rede
do utilizado. É mais ou menos assim que os provedores de internet
estão aptos a lidar tanto com um quanto com o outro. Por isso, se
trabalham.
você é ou pretende ser um profissional que trabalha com redes ou
O método mais utilizado na distribuição de IPs dinâmicos é o
simplesmente quer conhecer mais o assunto, procure se aprofundar
protocolo DHCP (Dynamic Host Configuration Protocol).
nas duas especificações.
A esta altura, você também deve estar querendo descobrir qual
IP nos sites
o seu IP. Cada sistema operacional tem uma forma de mostrar isso.
Você já sabe que os sites na Web também necessitam de um IP.
Se você é usuário de Windows, por exemplo, pode fazê-lo digi-
Mas, se você digitar em seu navegador www.infowester.com, por
tando cmd em um campo do Menu Iniciar e, na janela que surgir,
exemplo, como é que o seu computador sabe qual o IP deste site ao
informar ipconfig /all e apertar Enter. Em ambientes Linux, o co-
ponto de conseguir encontrá-lo?
mando é ifconfig.
Quando você digitar um endereço qualquer de um site, um
servidor de DNS (Domain Name System) é consultado. Ele é
quem informa qual IP está associado a cada site. O sistema DNS
possui uma hierarquia interessante, semelhante a uma árvore (ter-
mo conhecido por programadores). Se, por exemplo, o site www.
infowester.com é requisitado, o sistema envia a solicitação a um
servidor responsável por terminações “.com”. Esse servidor loca-
lizará qual o IP do endereço e responderá à solicitação. Se o site
solicitado termina com “.br”, um servidor responsável por esta ter-
minação é consultado e assim por diante.

IPv6
O mundo está cada vez mais conectado. Se, em um passado
não muito distante, você conectava apenas o PC da sua casa à in- Perceba, no entanto, que se você estiver conectado a partir
ternet, hoje o faz com o celular, com o seu notebook em um serviço de uma rede local - tal como uma rede wireless - visualizará o IP
de acesso Wi-Fi no aeroporto e assim por diante. Somando este que esta disponibiliza à sua conexão. Para saber o endereço IP do
aspecto ao fato de cada vez mais pessoas acessarem a internet no acesso à internet em uso pela rede, você pode visitar sites como
mundo inteiro, nos deparamos com um grande problema: o núme- whatsmyip.org.
ro de IPs disponíveis deixa de ser suficiente para toda as (futuras)
aplicações. Provedor
A solução para este grande problema (grande mesmo, afinal, O provedor é uma empresa prestadora de serviços que oferece
a internet não pode parar de crescer!) atende pelo nome de IPv6, acesso à Internet. Para acessar a Internet, é necessário conectar-se
uma nova especificação capaz de suportar até - respire fundo - 340. com um computador que já esteja na Internet (no caso, o prove-
282.366.920.938.463.463.374.607.431.768.211.456 de endereços, dor) e esse computador deve permitir que seus usuários também
um número absurdamente alto! tenham acesso a Internet.

Didatismo e Conhecimento 100


INFORMÁTICA
No Brasil, a maioria dos provedores está conectada à Embra- Tipos de Organizações:
tel, que por sua vez, está conectada com outros computadores fora .edu -> instituições educacionais. Exemplo: michigam.edu
do Brasil. Esta conexão chama-se link, que é a conexão física que .com -> instituções comerciais. Exemplo: microsoft.com
interliga o provedor de acesso com a Embratel. Neste caso, a Em- .gov -> governamental. Exemplo: fazenda.gov
bratel é conhecida como backbone, ou seja, é a “espinha dorsal” .mil -> instalação militar. Exemplo: af.mil
da Internet no Brasil. Pode-se imaginar o backbone como se fosse .net -> computadores com funções de administrar redes.
uma avenida de três pistas e os links como se fossem as ruas que Exemplo: embratel.net
estão interligadas nesta avenida. .org -> organizações não governamentais. Exemplo: care.org
Tanto o link como o backbone possui uma velocidade de
transmissão, ou seja, com qual velocidade ele transmite os dados. Home Page
Esta velocidade é dada em bps (bits por segundo). Deve ser feito Pela definição técnica temos que uma Home Page é um arqui-
um contrato com o provedor de acesso, que fornecerá um nome de vo ASCII (no formato HTML) acessado de computadores rodando
usuário, uma senha de acesso e um endereço eletrônico na Internet. um Navegador (Browser), que permite o acesso às informações em
um ambiente gráfico e multimídia. Todo em hipertexto, facilitando
URL - Uniform Resource Locator a busca de informações dentro das Home Pages.
Tudo na Internet tem um endereço, ou seja, uma identificação
O endereço de Home Pages tem o seguinte formato:
de onde está localizado o computador e quais recursos este com-
http://www.endereço.com/página.html
putador oferece. Por exemplo, a URL:
Por exemplo, a página principal da Pronag:
http://www.novaconcursos.com.br
Será mais bem explicado adiante. http://www.pronag.com.br/index.html

Como descobrir um endereço na Internet? PLUG-INS


Os plug-ins são programas que expandem a capacidade do
Para que possamos entender melhor, vamos exemplificar. Browser em recursos específicos - permitindo, por exemplo, que
Você estuda em uma universidade e precisa fazer algumas você toque arquivos de som ou veja filmes em vídeo dentro de
pesquisas para um trabalho. Onde procurar as informações que uma Home Page. As empresas de software vêm desenvolvendo
preciso? plug-ins a uma velocidade impressionante. Maiores informações e
Para isso, existem na Internet os “famosos” sites de procura, endereços sobre plug-ins são encontradas na página:
que são sites que possuem um enorme banco de dados (que contém http://www.yahoo.com/Computers_and_Internet/Software/
o cadastro de milhares de Home Pages), que permitem a procura Internet/World_Wide_Web/Browsers/Plug_Ins/Indices/
por um determinado assunto. Caso a palavra ou o assunto que foi Atualmente existem vários tipos de plug-ins. Abaixo temos
procurado exista em alguma dessas páginas, será listado toda esta uma relação de alguns deles:
relação de páginas encontradas. - 3D e Animação (Arquivos VRML, MPEG, QuickTime, etc.).
A pesquisa pode ser realizada com uma palavra, referente ao - Áudio/Vídeo (Arquivos WAV, MID, AVI, etc.).
assunto desejado. Por exemplo, você quer pesquisar sobre amor- - Visualizadores de Imagens (Arquivos JPG, GIF, BMP, PCX,
tecedores, caso não encontre nada como amortecedores, procure etc.).
como autopeças, e assim sucessivamente. - Negócios e Utilitários
- Apresentações
Barra de endereços
FTP - Transferência de Arquivos
Permite copiar arquivos de um computador da Internet para o
seu computador.
A Barra de Endereços possibilita que se possa navegar em pá-
ginas da internet, bastando para isto digitar o endereço da página. Os programas disponíveis na Internet podem ser:
Alguns sites interessantes:  Freeware: Programa livre que pode ser distribuído e uti-
• www.diariopopular.com.br (Jornal Diário Popular) lizado livremente, não requer nenhuma taxa para sua utilização, e
• www.ufpel.tche.br (Ufpel) não é considerado “pirataria” a cópia deste programa.
• www.cefetrs.tche.br (Cefet)  Shareware: Programa demonstração que pode ser uti-
• www.servidor.gov.br (Informações sobre servidor público) lizado por um determinado prazo ou que contém alguns limites,
• www.siapenet.gog.br (contracheque) para ser utilizado apenas como um teste do programa. Se o usuário
• www.pelotas.com.br (Site Oficial de Pelotas) gostar ele compra, caso contrário, não usa mais o programa. Na
• www.mec.gov.br (Ministério da Educação) maioria das vezes, esses programas exibem, de tempos em tem-
pos, uma mensagem avisando que ele deve ser registrado. Outros
Identificação de endereços de um site tipos de shareware têm tempo de uso limitado. Depois de expirado
Exemplo: http://www.pelotas.com.br este tempo de teste, é necessário que seja feito a compra deste
http:// -> (Hiper Text Tranfer Protocol) protocolo de comu- programa.
nicação
WWW -> (World Wide Web) Grande rede mundial Navegar nas páginas
pelotas -> empresa ou organização que mantém o site Consiste percorrer as páginas na internet a partir de um docu-
.com -> tipo de organização mento normal e de links das próprias páginas.
......br -> identifica o país

Didatismo e Conhecimento 101


INFORMÁTICA
Como salvar documentos, arquivos e sites
Clique no menu Arquivo e na opção Salvar como.

Como copiar e colar para um editor de textos


Selecionar o conteúdo ou figura da página. Clicar com o botão direito do mouse e escolha a opção Copiar.

Abra o editor de texto clique em colar

Navegadores
O navegador de WWW é a ferramenta mais importante para o usuário de Internet. É com ele que se podem visitar museus, ler revistas
eletrônicas, fazer compras e até participar de novelas interativas. As informações na Web são organizadas na forma de páginas de hipertexto,
cada um com seu endereço próprio, conhecido como URL. Para começar a navegar, é preciso digitar um desses endereços no campo cha-
mado Endereço no navegador. O software estabelece a conexão e traz, para a tela, a página correspondente.
O navegador não precisa de nenhuma configuração especial para exibir uma página da Web, mas é necessário ajustar alguns parâmetros
para que ele seja capaz de enviar e receber algumas mensagens de correio eletrônico e acessar grupos de discussão (news).
O World Wide Web foi inicialmente desenvolvido no Centro de Pesquisas da CERN (Conseil Europeen pour la Recherche Nucleaire),
Suíça. Originalmente, o WWW era um meio para físicos da CERN trocar experiências sobre suas pesquisas através da exibição de páginas
de texto. Ficou claro, desde o início, o imenso potencial que o WWW possuía para diversos tipos de aplicações, inclusive não científicas.
O WWW não dispunha de gráficos em seus primórdios, apenas de hipertexto. Entretanto, em 1993, o projeto WWW ganhou força extra
com a inserção de um visualizador (também conhecido como browser) de páginas capaz não apenas de formatar texto, mas também de exibir
gráficos, som e vídeo. Este browser chamava-se Mosaic e foi desenvolvido dentro da NCSA, por um time chefiado por Mark Andreesen. O
sucesso do Mosaic foi espetacular.
Depois disto, várias outras companhias passaram a produzir browsers que deveriam fazer concorrência ao Mosaic. Mark Andreesen
partiu para a criação da Netscape Communications, criadora do browser Netscape.
Surgiram ainda o Cello, o AIR Mosaic, o SPRY Mosaic, o Microsoft Internet Explorer, o Mozilla Firefox e muitos outros browsers.

Busca e pesquisa na web


Os sites de busca servem para procurar por um determinado assunto ou informação na internet.
Alguns sites interessantes:
 www.google.com.br
 http://br.altavista.com
 http://cade.search.yahoo.com
 http://br.bing.com/
Como fazer a pesquisa
Digite na barra de endereço o endereço do site de pesquisa. Por exemplo:
www.google.com.br

Didatismo e Conhecimento 102


INFORMÁTICA
Em pesquisar pode-se escolher onde será feita a pesquisa.

Os sites de pesquisa em geral não fazem distinção na pesquisa com letras maiúsculas e minúsculas e nem palavras com ou sem acento.

Opções de pesquisa

Web: pesquisa em todos os sites


Imagens: pesquisa por imagens anexadas nas páginas. Exemplo do resultado se uma pesquisa.

Grupos: pesquisa nos grupos de discussão da Usenet. Exemplo:

Diretórios: pesquisa o conteúdo da internet organizados por assunto em categorias. Exemplo:

Didatismo e Conhecimento 103


INFORMÁTICA
Como escolher palavra-chave
 Busca com uma palavra: retorna páginas que incluam a palavra digitada.
 “Busca entre aspas”: a pesquisa só retorna páginas que incluam todos os seus termos de busca, ou seja, toda a sequência de termos
que foram digitadas.
 Busca com sinal de mais (+): a pesquisa retorna páginas que incluam todas as palavras aleatoriamente na página.
 Busca com sinal de menos (-): as palavras que ficam antes do sinal de menos são excluídas da pesquisa.
 Resultado de um cálculo: pode ser efetuado um cálculo em um site de pesquisa.

Por exemplo: 3+4


Irá retornar:

O resultado da pesquisa
O resultado da pesquisa é visualizado da seguinte forma:

INTRANET
A Intranet ou Internet Corporativa é a implantação de uma Internet restrita apenas a utilização interna de uma empresa. As intranets ou
Webs corporativas, são redes de comunicação internas baseadas na tecnologia usada na Internet. Como um jornal editado internamente, e
que pode ser acessado apenas pelos funcionários da empresa.
A intranet cumpre o papel de conectar entre si filiais e departamentos, mesclando (com segurança) as suas informações particulares
dentro da estrutura de comunicações da empresa.
O grande sucesso da Internet, é particularmente da World Wide Web (WWW) que influenciou muita coisa na evolução da informática
nos últimos anos.
Em primeiro lugar, o uso do hipertexto (documentos interligados através de vínculos, ou links) e a enorme facilidade de se criar, inter-
ligar e disponibilizar documentos multimídia (texto, gráficos, animações, etc.), democratizaram o acesso à informação através de redes de
computadores. Em segundo lugar, criou-se uma gigantesca base de usuários, já familiarizados com conhecimentos básicos de informática e
de navegação na Internet. Finalmente, surgiram muitas ferramentas de software de custo zero ou pequeno, que permitem a qualquer organi-
zação ou empresa, sem muito esforço, “entrar na rede” e começar a acessar e colocar informação. O resultado inevitável foi a impressionante
explosão na informação disponível na Internet, que segundo consta, está dobrando de tamanho a cada mês.
Assim, não demorou muito a surgir um novo conceito, que tem interessado um número cada vez maior de empresas, hospitais, faculda-
des e outras organizações interessadas em integrar informações e usuários: a intranet. Seu advento e disseminação promete operar uma revo-
lução tão profunda para a vida organizacional quanto o aparecimento das primeiras redes locais de computadores, no final da década de 80.

O que é Intranet?
O termo “intranet” começou a ser usado em meados de 1995 por fornecedores de produtos de rede para se referirem ao uso dentro das
empresas privadas de tecnologias projetadas para a comunicação por computador entre empresas. Em outras palavras, uma intranet consiste
em uma rede privativa de computadores que se baseia nos padrões de comunicação de dados da Internet pública, baseadas na tecnologia
usada na Internet (páginas HTML, e-mail, FTP, etc.) que vêm, atualmente fazendo muito sucesso. Entre as razões para este sucesso, estão o
custo de implantação relativamente baixo e a facilidade de uso propiciada pelos programas de navegação na Web, os browsers.

Didatismo e Conhecimento 104


INFORMÁTICA
Objetivo de construir uma Intranet Servidor Web - É a máquina que faz o papel de repositório das
Organizações constroem uma intranet porque ela é uma ferra- informações contidas na intranet. É lá que os clientes vão buscar
menta ágil e competitiva. Poderosa o suficiente para economizar as páginas HTML, mensagens de e-mail ou qualquer outro tipo de
tempo, diminuir as desvantagens da distância e alavancar sobre o arquivo.
seu maior patrimônio de capital-funcionários com conhecimentos
das operações e produtos da empresa. Protocolos - São os diferentes idiomas de comunicação uti-
lizados. O servidor deve abrigar quatro protocolos. O primeiro é
Aplicações da Intranet o HTTP, responsável pela comunicação do browser com o servi-
Já é ponto pacífico que apoiarmos a estrutura de comunicações dor, em seguida vem o SMTP ligado ao envio de mensagens pelo
corporativas em uma intranet dá para simplificar o trabalho, pois e-mail, e o FTP usado na transferência de arquivos. Independen-
estamos virtualmente todos na mesma sala. De qualquer modo, é temente das aplicações utilizadas na intranet, todas as máquinas
cedo para se afirmar onde a intranet vai ser mais efetiva para unir nela ligadas devem falar um idioma comum: o TCP/IP, protocolo
(no sentido operacional) os diversos profissionais de uma empresa. da Internet.
Mas em algumas áreas já se vislumbram benefícios, por exemplo:
 Marketing e Vendas - Informações sobre produtos, listas Identificação do Servidor e das Estações - Depois de definidos
de preços, promoções, planejamento de eventos; os protocolos, o sistema já sabe onde achar as informações e como
 Desenvolvimento de Produtos - OT (Orientação de Tra- requisitá-las. Falta apenas saber o nome de quem pede e de quem
balho), planejamentos, listas de responsabilidades de membros das solicita. Para isso existem dois programas: o DNS que identifica
equipes, situações de projetos; o servidor e o DHCP (Dinamic Host Configuration Protocol) que
 Apoio ao Funcionário - Perguntas e respostas, sistemas atribui nome às estações clientes.
de melhoria contínua (Sistema de Sugestões), manuais de quali- Estações da Rede - Nas estações da rede, os funcionários aces-
dade; sam as informações colocadas à sua disposição no servidor. Para
 Recursos Humanos - Treinamentos, cursos, apostilas, isso usam o Web browser, software que permite folhear os docu-
políticas da companhia, organograma, oportunidades de trabalho, mentos.
programas de desenvolvimento pessoal, benefícios.
Para acessar as informações disponíveis na Web corporativa, Comparando Intranet com Internet
o funcionário praticamente não precisa ser treinado. Afinal, o es- Na verdade as diferenças entre uma intranet e a Internet, é
forço de operação desses programas se resume quase somente em uma questão de semântica e de escala. Ambas utilizam as mesmas
clicar nos links que remetem às novas páginas. No entanto, a sim- técnicas e ferramentas, os mesmos protocolos de rede e os mesmos
plicidade de uma intranet termina aí. Projetar e implantar uma rede produtos servidores. O conteúdo na Internet, por definição, fica
desse tipo é uma tarefa complexa e exige a presença de profissio- disponível em escala mundial e inclui tudo, desde uma home-page
nais especializados. Essa dificuldade aumenta com o tamanho da de alguém com seis anos de idade até as previsões do tempo. A
intranet, sua diversidade de funções e a quantidade de informações maior parte dos dados de uma empresa não se destina ao consumo
nela armazenadas. externo, na verdade, alguns dados, tais como as cifras das ven-
A intranet é baseada em quatro conceitos: das, clientes e correspondências legais, devem ser protegidos com
 Conectividade - A base de conexão dos computadores li- cuidado. E, do ponto de vista da escala, a Internet é global, uma
gados através de uma rede, e que podem transferir qualquer tipo de intranet está contida dentro de um pequeno grupo, departamento
informação digital entre si; ou organização corporativa. No extremo, há uma intranet global,
 Heterogeneidade - Diferentes tipos de computadores e mas ela ainda conserva a natureza privada de uma Internet menor.
sistemas operacionais podem ser conectados de forma transparen- A Internet e a Web ficaram famosas, com justa razão, por serem
te; uma mistura caótica de informações úteis e irrelevantes, o
 Navegação - É possível passar de um documento a outro meteórico aumento da popularidade de sites da Web dedicados a
através de referências ou vínculos de hipertexto, que facilitam o índices e mecanismos de busca é uma medida da necessidade de
acesso não linear aos documentos; uma abordagem organizada. Uma intranet aproveita a utilidade da
 Execução Distribuída - Determinadas tarefas de acesso Internet e da Web num ambiente controlado e seguro.
ou manipulação na intranet só podem ocorrer graças à execução de
programas aplicativos, que podem estar no servidor, ou nos micro- Vantagens e Desvantagens da Intranet
computadores que acessam a rede (também chamados de clientes, Alguns dos benefícios são:
daí surgiu à expressão que caracteriza a arquitetura da intranet: • Redução de custos de impressão, papel, distribuição de soft-
cliente-servidor). A vantagem da intranet é que esses programas ware, e-mail e processamento de pedidos;
são ativados através da WWW, permitindo grande flexibilidade. • Redução de despesas com telefonemas e pessoal no suporte
Determinadas linguagens, como Java, assumiram grande impor- telefônico;
tância no desenvolvimento de softwares aplicativos que obedeçam • Maior facilidade e rapidez no acesso as informações técnicas
aos três conceitos anteriores. e de marketing;
• Maior rapidez e facilidade no acesso a localizações remotas;
Como montar uma Intranet • Incrementando o acesso a informações da concorrência;
Basicamente a montagem de uma intranet consiste em usar as • Uma base de pesquisa mais compreensiva;
estruturas de redes locais existentes na maioria das empresas, e em • Facilidade de acesso a consumidores (clientes) e parceiros
instalar um servidor Web. (revendas);

Didatismo e Conhecimento 105


INFORMÁTICA
• Aumento da precisão e redução de tempo no acesso à infor- Autenticação - É o processo que consiste em verificar se um
mação; usuário é realmente quem alega ser. Os documentos e dados podem
• Uma única interface amigável e consistente para aprender ser protegidos através da solicitação de uma combinação de nome
e usar; do usuário/senha, ou da verificação do endereço IP do solicitante,
• Informação e treinamento imediato (Just in Time); ou de ambas. Os usuários autenticados têm o acesso autorizado ou
• As informações disponíveis são visualizadas com clareza; negado a recursos específicos de uma intranet, com base em uma
• Redução de tempo na pesquisa a informações; ACL (Access Control List) mantida no servidor Web;
• Compartilhamento e reutilização de ferramentas e informação;
• Redução no tempo de configuração e atualização dos siste- Criptografia - É a conversão dos dados para um formato que
mas; pode ser lido por alguém que tenha uma chave secreta de descrip-
• Simplificação e/ou redução das licenças de software e ou- tografia. Um método de criptografia amplamente utilizado para a
tros; segurança de transações Web é a tecnologia de chave pública, que
• Redução de custos de documentação; constitui a base do HTTPS - um protocolo Web seguro;
• Redução de custos de suporte;
• Redução de redundância na criação e manutenção de páginas; Firewall - Você pode proporcionar uma comunicação segura
• Redução de custos de arquivamento; entre uma intranet e a Internet através de servidores proxy, que são
• Compartilhamento de recursos e habilidade. programas que residem no firewall e permitem (ou não) a trans-
missão de pacotes com base no serviço que está sendo solicitado.
Um proxy HTTP, por exemplo, pode permitir que navegadores
Alguns dos empecilhos são: Webs internos da empresa acessem servidores Web externos, mas
• Aplicativos de Colaboração - Os aplicativos de colaboração, não o contrário.
não são tão poderosos quanto os oferecidos pelos programas para Dispositivos para realização de Cópias de Segurança
grupos de trabalho tradicionais. É necessário configurar e manter Os dispositivos para a realização de cópias de segurança do(s)
aplicativos separados, como e-mail e servidores Web, em vez de servidor(es) constituem uma das peças de especial importância.
usar um sistema unificado, como faria com um pacote de software Por exemplo, unidades de disco amovíveis com grande capacidade
para grupo de trabalho; de armazenamento, tapes...
• Número Limitado de Ferramentas - Há um número limitado Queremos ainda referir que para o funcionamento de uma
de ferramentas para conectar um servidor Web a bancos de da- rede existem outros conceitos como topologias/configurações
dos ou outros aplicativos back-end. As intranets exigem uma rede (rede linear, rede em estrela, rede em anel, rede em árvore, rede
TCP/IP, ao contrário de outras soluções de software para grupo de em malha …), métodos de acesso, tipos de cabos, protocolos de
trabalho que funcionam com os protocolos de transmissão de redes comunicação, velocidade de transmissão …
local existentes;
• Ausência de Replicação Embutida – As intranets não apre- EXTRANET
sentam nenhuma replicação embutida para usuários remotos. A A Extranet de uma empresa é a porção de sua rede de compu-
HMTL não é poderosa o suficiente para desenvolver aplicativos tadores que faz uso da Internet para partilhar com segurança parte
cliente/servidor. do seu sistema de informação.
Como a Intranet é ligada à Internet A Extranet de uma empresa é a porção de sua rede de compu-
tadores que faz uso da Internet para partilhar com segurança parte
do seu sistema de informação.
Tomado o termo em seu sentido mais amplo, o conceito con-
funde-se com Intranet. Uma Extranet também pode ser vista como
uma parte da empresa que é estendida a usuários externos (“rede
extra-empresa”), tais como representantes e clientes. Outro uso co-
mum do termo Extranet ocorre na designação da “parte privada”
de um site, onde somente “usuários registrados” podem navegar,
previamente autenticados por sua senha (login).

Empresa estendida
O acesso à intranet de uma empresa através de um Portal (in-
ternet) estabelecido na web de forma que pessoas e funcionários
de uma empresa consigam ter acesso à intranet através de redes
externas ao ambiente da empresa.
Uma extranet é uma intranet que pode ser acessada via Web
por clientes ou outros usuários autorizados. Uma intranet é uma
rede restrita à empresa que utiliza as mesmas tecnologias presentes
Segurança da Intranet na Internet, como e-mail, webpages, servidor FTP etc.
Três tecnologias fornecem segurança ao armazenamento e à A ideia de uma extranet é melhorar a comunicação entre os
troca de dados em uma rede: autenticação, controle de acesso e funcionários e parceiros além de acumular uma base de conhe-
criptografia. cimento que possa ajudar os funcionários a criar novas soluções.

Didatismo e Conhecimento 106


INFORMÁTICA
Exemplificando uma rede de conexões privadas, baseada na Internet, utilizada entre departamentos de uma empresa ou parceiros exter-
nos, na cadeia de abastecimento, trocando informações sobre compras, vendas, fabricação, distribuição, contabilidade entre outros.

INTERNET EXPLORER

O Windows Internet Explorer possui uma aparência simplificada e muitos recursos novos que aceleram a sua experiência de navegação
na Web.
Os novos recursos gráficos e o melhor desempenho do Internet Explorer possibilitam experiências ricas e intensas. Texto, vídeo e
elementos gráficos acelerados por hardware significam que seus sites têm um desempenho semelhante ao dos programas instalados no seu
computador. Os vídeos de alta definição são perfeitos, os elementos gráficos são nítidos e respondem positivamente, as cores são fieis e os
sites são interativos como jamais foram. Com os aperfeiçoamentos como Chakra, o novo mecanismo JavaScript, os sites e aplicativos são
carregados mais rapidamente e respondem melhor. Combine o Internet Explorer com os eficientes recursos gráficos que o Windows 7 tem a
oferecer, e você terá a melhor experiência da Web no Windows até o momento.
A instalação mais curta e simplificada do Internet Explorer é mais rápida do que nas versões anteriores. Ela requer menos decisões de
sua parte, leva menos tempo para carregar páginas e não exige que você instale atualizações separadamente. Uma vez concluída a instalação,
você já pode começar a navegar.

Interface
A primeira alteração que vemos no I.E 9 é a altura do seu cabeçalho (55px), pequeno e elegante, o internet Explorer 9 se comparado
com suas versões anteriores, melhorou muito e sem sombra de dúvida começa a tomar A primeira alteração que vemos no I.E 9 é a altura do
seu cabeçalho (55px), pequeno e elegante, o internet Explorer 9 se comparado com suas versões anteriores, melhorou muito e sem sombra
de dúvida começa a tomar uma forma competitiva.

1-Ícones de Voltar/ Avançar página


2-Ícones de manipulação da URL
3-Abas de conteúdo
4-Ícones de funcionalidades gerais, favoritos e página inicial
5-Ícone para inserir novas aplicações
6-Ícone de aplicação instalada.

1-Ícones de Voltar/ Avançar página


Uma das mudanças vistas em mais de um navegador, é o destaque dado ao botão de “Voltar Página”, muito mais utilizado que o “Avan-
çar, o destaque dado, foi merecido, assim evita-se possíveis erros e distrações”. Depois de ter feito alguma transição de página, o botão voltar
assume uma cor azul marinho, ganhando ainda mais destaque.

2-Ícones de manipulação da URL


Os ícones de manipulação, são aqueles que permitem o usuário “Favoritos”, “Cancelar” ou “Atualizar” uma página. No caso do I.E 9,
eles foram separados, o “Favoritos” está junto dos ícones de funcionalidade geral (página inicial e opções) enquanto o “Atualizar” e “Fe-
char” foram posicionados dentro da barra de URL, o que pode dificultar o seu uso, o “Atualizar” especialmente é bastante utilizado (apesar
da tecla de atalho F5) e nesta nova versão ele perdeu seu destaque e sua facilidade de clique, ficando posicionado entre dois ícones.
Foi inserido nessa mesma área, o ícone de “Compatibilidade”, permitindo que determinadas páginas sejam visualizadas com a tecno-
logia das versões anteriores do I.E.

3-Abas de conteúdo
O posicionamento das abas de conteúdo dentro do cabeçalho do I.E 9 foi mal escolhido, as abas tem que disputar espaço com o campo
de URL. Consegui manter aberto no máximo 4 abas sem que prejudique demais a leitura dos títulos das abas, depois disso a visualização e
a navegação entre as abas fica difícil e desanimador.

Didatismo e Conhecimento 107


INFORMÁTICA

4 abas.

Múltiplas abas.

4-Ícones de funcionalidades gerais, favoritos e página inicial

“Pagina Inicial”, “Favoritos” e “Opções” foram agrupados no canto direito da tela, mas sem um objetivo claro, pois os dois primeiros
itens citados são elementos que quando utilizados interagem ou alteram os dados inseridos no campo de URL. “Opções” por sua vez, se
refere a opções de internet, privacidade e etc.…

5-Ícone para inserir novas aplicações

Uma das novidades mais bacanas dos novos navegadores é possibilidade de adquirir aplicativos e plug-ins, permitindo ao usuário a
customizar o seu navegador e criar um fluxo de utilização diferenciado de navegador para navegador.
Porém, esta nova possibilidade foi mal comunicada, ela é representada por símbolo de mais, muito semelhante ao utilizado em navega-
dores como Firefox, para adicionar novas abas. Fica claro no I.E 9, que o símbolo de “+” serve para adicionar algo ao navegador, mas o que?
Existe espaço suficiente na área para trabalhar com uma ancora textual, ao menos até os usuários criarem um hábito.

6-Ícone de aplicação/plug-in instalado


As aplicações depois de instaladas são alinhadas de forma horizontal no espaço que em versões anteriores pertencia às abas.

Usar os novos controles do navegador

A primeira coisa que você notará ao abrir o Internet Explorer 9 será seu design simplificado.

A maioria das funções da barra de comandos, como Imprimir ou Zoom, pode ser encontrada ao clicar no botão Ferramentas , e os
seus favoritos e os feeds são exibidos ao clicar no botão Centro de Favoritos .

Didatismo e Conhecimento 108


INFORMÁTICA
Para remover um site fixo da barra de tarefas
 Clique com o botão direito do mouse no ícone do site,
na barra de tarefas, e clique em Desafixar esse programa da barra
de tarefas.

Pesquisar na Barra de endereços


Agora, você pode fazer buscas diretamente na Barra de ende-
reços. Se você inserir o endereço de um site, você irá diretamente
a um site da web. Se você inserir um termo de pesquisa ou um
endereço incompleto, aparecerá uma pesquisa, usando o mecanis-
mo de pesquisa selecionado. Clique na barra de endereços para
selecionar o mecanismo de pesquisa a partir dos ícones listados ou
para adicionar novos mecanismos.

As guias são exibidas automaticamente à direita da Barra de


endereços, mas é possível movê-las para que sejam exibidas abai-
xo da Barra de endereço, da mesma maneira que em versões an-
teriores do Internet Explorer. Você pode exibir as Barras de Favo-
ritos, Comandos, Status e Menus clicando com o botão direito do
mouse no botão Ferramentas e selecionando-as em um menu.

Mostrar ou ocultar as Barras de Favoritos, Comandos e


Status
Clique com o botão direito do mouse em um espaço livre à
direita do botão Nova Guia e selecione uma barra:
Ao fazer pesquisas na Barra de endereços, você tem a opção
 Barra de Favoritos de abrir uma página de resultados da pesquisa ou o principal re-
 Barra de Comandos sultado da pesquisa (se o provedor de pesquisa selecionado ofere-
 Barra de Status cer suporte a esse recurso). Você também pode ativar sugestões de
pesquisa opcionais na Barra de endereços.
Fixar um site da web na barra de tarefas
Para ter um acesso rápido, você pode fixar um site visitado
Usar o Gerenciador de Download
com frequência à barra de tarefas, na área de trabalho do Windo-
O Gerenciador de Download mantém uma lista dos arquivos
ws 7, da mesma maneira que você faria com um programa.
baixados por você e o notifica quando um arquivo pode ser um
malware (software mal-intencionado). Ele também permite que
você pause e reinicie um download, além de lhe mostrar onde en-
contrar os arquivos baixados em seu computador.

Para fixar um site da web


 Clique na guia da página da Web e arraste-a até a barra
de tarefas.
Ao lado do endereço da página, há um pequeno ícone com o
símbolo do site. Ao arrastá-lo, ele automaticamente se transforma
em uma espécie de botão. Então só é preciso que você o envie
para a Barra de tarefas do Windows 7 para que ele vire um rápido
atalho.

Didatismo e Conhecimento 109


INFORMÁTICA
Abrir o Gerenciador de Downloads Guias destacáveis

1. Para abrir o Internet Explorer, clique no botão Iniciar


. Na caixa de pesquisa, digite Internet Explorer e, na lista de resul-
tados, clique em Internet Explorer.
2. Clique no botão Ferramentas e em Exibir downloads.

Trabalhar com guias

Você pode abrir uma guia clicando no botão Nova Guia à di-
reita da guia aberta mais recentemente.

Use a navegação com guias para abrir várias páginas da Web


em uma única janela. As guias destacáveis tornam a interação com vários sites rá-
pida e intuitiva. É possível reorganizar as guias no Internet Ex-
Para visualizar duas páginas com guias ao mesmo tempo, cli- plorer 9 — da mesma forma que você reorganiza ícones na barra
que em um guia e, em seguida, arraste-a para fora da janela do de tarefas no Windows 7 — ou abrir qualquer guia em uma nova
Internet Explorer para abrir a página da Web da guia em uma nova janela do navegador arrastando a guia para a área de trabalho. Se
janela. precisar exibir mais de uma página da Web ao mesmo tempo para
realizar uma tarefa, use as guias destacáveis junto com o Ajuste.
É uma ótima forma de mostrar várias páginas da Web lado a lado
na tela.

Facilite o acesso aos seus sites favoritos. Arraste uma guia e


fixe-a diretamente na barra de tarefas ou no menu Iniciar. Ou ar-
raste uma guia para a barra Favoritos. Independentemente do que
escolher, seus sites favoritos estarão ao seu alcance.

Guias codificadas por cores

Ao abrir uma nova guia no Windows Internet Explorer 9, você


pode:
 Para abrir uma nova página da Web, digite ou cole um
endereço na Barra de endereços.
 Para ir para um dos dez sites mais utilizados por você,
clique em um link na página.
 Para ocultar informações sobre os dez sites mais utiliza-
dos por você, clique Ocultar sites. Para restaurar as informações,
clique em Mostrar sites.
 Para ativar a Navegação InPrivate, clique em Navegação
InPrivate. Ter várias guias abertas ao mesmo tempo pode ser um pro-
 Para abrir novamente as guias que acabou de fechar, cli- cesso complicado e demorado, principalmente quando você tenta
que em Reabrir guias fechadas. voltar e localizar os sites que abriu. Com o Internet Explorer 9,
 Para reabrir as guias de sua última sessão de navegação, as guias relacionadas são codificadas por cores, o que facilita sua
clique em Reabrir última sessão. organização ao navegar por várias páginas da Web.
 Para abrir Sites Sugeridos em uma página da Web, clique Você consegue ver as guias relacionadas instantaneamente.
em Descobrir outros sites dos quais você pode gostar. Quando você abre uma nova guia a partir de outra, a nova guia
é posicionada ao lado da primeira guia e é codificada com a cor
Guias avançadas correspondente. E quando uma guia que faz parte de um grupo é
fechada, outra guia desse grupo é exibida, para que você não fique
Por padrão, as guias são mostradas à direita da Barra de ende- olhando para uma guia não relacionada.
reços. Para fazer com que as guias sejam mostradas em sua própria Se quiser fechar uma guia ou o grupo inteiro de guias, ou re-
linha abaixo da Barra de endereços, clique com o botão direito do mover uma guia de um grupo, clique com o botão direito do mouse
mouse na área aberta à direita do botão Nova guia e clique em na guia ou no grupo de guias e escolha o que deseja fazer. Nesse
Mostrar guias abaixo da Barra de endereços. local também é possível atualizar uma ou todas as guias, criar uma

Didatismo e Conhecimento 110


INFORMÁTICA
guia duplicada, abrir uma nova guia, reabrir a última guia fechada  Filtro SmartScreen, que pode ajudar a protegê-lo contra
ou ver uma lista de todas as guias fechadas recentemente e reabrir ataques de phishing online, fraudes e sites falsos ou mal-intencio-
qualquer uma ou todas elas. nados. Ele também pode verificar downloads e alertá-lo sobre pos-
Como usar os Sites Sugeridos no Internet Explorer 9 sível malware (software mal-intencionado).
O recurso Sites Sugeridos é um serviço online usado pelo  Filtro Cross site scripting (XSS), que pode ajudar a evitar
Windows Internet Explorer 9 que recomenda sites que você talvez ataques de sites fraudulentos que podem tentar roubar suas infor-
goste com base nos sites que você visita com frequência. mações pessoais e financeiras.
Para ativar os Sites Sugeridos e exibi-los em uma página da  Uma conexão SSL (Secure Sockets Layer) de 128 bits
Web para usar sites seguros. Isso ajuda o Internet Explorer a criar uma
1. Para abrir o Internet Explorer, clique no botão Iniciar conexão criptografada com sites de bancos, lojas online, sites mé-
. Na caixa de pesquisa, digite Internet Explorer e, na lista de resul- dicos ou outras organizações que lidam com as suas informações
tados, clique em Internet Explorer. pessoais.
2. Clique no botão Favoritos e, na parte inferior do Centro  Notificações que o avisam se as configurações de segu-
de Favoritos, clique em Ativar Sites Sugeridos. rança estiverem abaixo dos níveis recomendados.
3. Na caixa de diálogo Sites Sugeridos, clique em Sim.  Proteção contra Rastreamento, que limita a comunicação
Observação: Para desativar os Sites Sugeridos, clique no bo- do navegador com determinados sites - definidos por uma Lista
tão Ferramentas , aponte para Arquivo e desmarque a opção Si- de Proteção contra Rastreamento - a fim de ajudar a manter suas
tes Sugeridos. informações confidenciais.
 Navegação InPrivate, que você pode usar para navegar
na Web sem salvar dados relacionados, como cookies e arquivos
Para adicionar o Web Slice de Sites Sugeridos
de Internet temporários.
Depois de ativar os Sites Sugeridos, você pode clicar no Web
 Configurações de privacidade que especificam como o
Slice de Sites Sugeridos na Barra de favoritos para verificar suges-
computador lida com cookies.
tões de sites com base na página da Web na guia atual.
1. Para abrir o Internet Explorer, clique no botão Iniciar
Navegação InPrivate
. Na caixa de pesquisa, digite Internet Explorer e, na lista de resul-
A Navegação InPrivate impede que o Windows Internet Ex-
tados, clique em Internet Explorer.
plorer 9 armazene dados de sua sessão de navegação, além de aju-
2. Clique no botão Favoritos e, na parte inferior do Cen- dar a impedir que qualquer pessoa que utilize o seu computador
tro de Favoritos, clique em Exibir Sites Sugeridos. veja as páginas da Web que você visitou e o conteúdo que visua-
Observação: Se não tiver ativado os Sites Sugeridos, você de- lizou.
verá clicar em Ativar Sites Sugeridos e em Sim.
1. Na página da Web Sites Sugeridos, role até a parte infe- Para ativar a Navegação InPrivate:
rior e clique em Adicionar Sites Sugeridos à sua Barra de Favori- 1. Para abrir o Internet Explorer, clique no botão Iniciar
tos. . Na caixa de pesquisa, digite Internet Explorer e, na lista de resul-
2. Na caixa de diálogo do Internet Explorer, clique em Adi- tados, clique em Internet Explorer.
cionar à Barra de Favoritos. 2. Clique no botão Ferramentas , aponte para Segurança
Observação: Quando você habilita o recurso Sites Sugeridos, e clique em Navegação InPrivate.
o seu histórico de navegação na Web é enviado à Microsoft, onde
ele é salvo e comparado com uma lista de sites relacionados atua- O que faz a Navegação InPrivate:
lizada com frequência. Você pode optar por interromper o envio Quando você inicia a Navegação InPrivate, o Internet Ex-
de seu histórico de navegação na Web pelo Internet Explorer para plorer abre uma nova janela do navegador. A proteção oferecida
a Microsoft a qualquer momento. Também é possível excluir en- pela Navegação InPrivate tem efeito apenas durante o tempo que
tradas individuais do seu histórico a qualquer momento. As entra- você usar essa janela. Você pode abrir quantas guias desejar nessa
das excluídas não serão usadas para fornecer sugestões de outros janela e todas elas estarão protegidas pela Navegação InPrivate.
sites, embora elas sejam mantidas pela Microsoft por um período Entretanto, se você abrir uma segunda janela do navegador, ela não
para ajudar a melhorar nossos produtos e serviços, incluindo este estará protegida pela Navegação InPrivate. Para finalizar a sessão
recurso. de Navegação InPrivate, feche a janela do navegador.
Recursos de segurança e privacidade no Internet Explo- Quando você navega usando a Navegação InPrivate, o Inter-
rer 9 net Explorer armazena algumas informações, como cookies e ar-
O Internet Explorer 9 inclui os seguintes recursos de seguran- quivos de Internet temporários, de forma que as páginas da Web
ça e privacidade: visitadas funcionem corretamente. Entretanto, no final de sua ses-
 Filtragem ActiveX, que bloqueia os controles ActiveX de são de Navegação InPrivate, essas informações são descartadas.
todos os sites e permite que você posteriormente os ative nova- O que a Navegação InPrivate não faz:
mente apenas para os sites nos quais confia.  Ela não impede que alguém em sua rede, como um admi-
 Realce de domínio, que mostra claramente a você o ver- nistrador de rede ou um hacker, veja as páginas que você visitou.
dadeiro endereço Web do site que está visitando. Isso ajuda você a  Ela não necessariamente proporciona anonimato na In-
evitar sites que usam endereços Web falsos para enganá-lo, como ternet. Os sites talvez sejam capazes de identificá-lo por meio de
sites de phishing. O verdadeiro domínio que você está visitando é seu endereço Web e qualquer coisa que você fizer ou inserir em um
realçado na barra de endereços. site poderá ser gravado por ele.

Didatismo e Conhecimento 111


INFORMÁTICA
 Ela não remove nenhum favorito ou feed adicionado por Informações que não causam lentidão
você quando a sessão de Navegação InPrivate é fechada. As alte- A nova Barra de notificação exibida na parte inferior do In-
rações nas configurações do Internet Explorer, como a adição de ternet Explorer fornece importantes informações de status quando
uma nova home page, também são mantidas após o encerramento você precisa delas, mas ela não o força a clicar em uma série de
da sessão de Navegação InPrivate. mensagens para continuar navegando.

Como usar a Proteção contra Rastreamento e a Filtragem


ActiveX no Internet Explorer 9
Você pode ativar a Proteção contra Rastreamento no Windows
Internet Explorer 9 para ajudar a evitar que sites coletem infor-
mações sobre sua navegação na Web. Você também pode ativar a
Filtragem ActiveX para ajudar a evitar que programas acessem o
seu computador sem o seu consentimento.
Depois de ativar qualquer um desses recursos, você pode de-
sativá-lo apenas para sites específicos.
Modo de Exibição de Compatibilidade
Usar a Proteção contra Rastreamento para bloquear conteú-
do de sites desconhecidos Há ocasiões em que o site que você está visitando não tem a
Quando você visita um site, alguns conteúdos podem ser for- aparência correta. Ele é mostrado como um emaranhado de menus,
necidos por um site diferente. Esse conteúdo pode ser usado para imagens e caixas de texto fora de ordem. Por que isso acontece?
coletar informações sobre as páginas que você visita na Internet. Uma explicação possível: o site pode ter sido desenvolvido para
A Proteção contra Rastreamento bloqueia esse conteúdo de uma versão anterior do Internet Explorer. O que fazer? Experimen-
sites que estão em Listas de Proteção contra Rastreamento. Existe te clicar no botão Modo de Exibição de Compatibilidade.
uma Lista de Proteção contra Rastreamento Personalizada incluída
no Internet Explorer que é gerada automaticamente com base nos
sites visitados por você. Também é possível baixar Listas de Pro-
teção contra Rastreamento e, dessa maneira, o Internet Explorer
verificará periodicamente se há atualizações para as listas. O botão do Modo de Exibição de Compatibilidade

Para ativar a Proteção contra Rastreamento No Modo de Exibição de Compatibilidade, os sites aparece-
1. Para abrir o Internet Explorer, clique no botão Iniciar rão como se fossem exibidos em uma versão anterior do Inter-
. Na caixa de pesquisa, digite Internet Explorer e, na lista de resul- net Explorer, o que geralmente corrige os problemas de exibição.
tados, clique em Internet Explorer. Você não precisa clicar no botão para exibir um site depois de já
2. Clique no botão Ferramentas , aponte para Segurança ter feito isso — na próxima vez que você visitar o site, o Inter-
e clique em Proteção contra Rastreamento. net Explorer 9 automaticamente o mostrará no Modo de Exibição
3. Na caixa de diálogo Gerenciar Complemento, clique em de Compatibilidade. (Se você um dia quiser voltar a navegar nesse
uma Lista de Proteção contra Rastreamento e clique em Habilitar. site usando o Internet Explorer 9, basta clicar no botão Modo de
Exibição de Compatibilidade novamente.)
Usar a Filtragem ActiveX para bloquear controles ActiveX
Controles ActiveX e complementos do navegador da Web são Menu Favoritos
pequenos programas que permitem que os sites forneçam con-
teúdos como vídeos. Eles também podem ser usados para cole- Adicionar endereços no Menu Favoritos
tar informações, danificar informações e instalar software em seu
computador sem o seu consentimento ou permitir que outra pessoa Clique no menu Favoritos e em Adicionar Favoritos(CTR-
controle o computador remotamente. L+D).
A Filtragem ActiveX impede que sites instalem e utilizem es-
ses programas.

Ativar a Filtragem ActiveX


1. Para abrir o Internet Explorer, clique no botão Iniciar
. Na caixa de pesquisa, digite Internet Explorer e, na lista de resul-
tados, clique em Internet Explorer.
2. Clique no botão , aponte para Segurança
e clique em Filtragem ActiveX.

Definir exceções para sites confiáveis


Você pode desativar a Proteção contra Rastreamento ou a Fil-
tragem ActiveX para exibir o conteúdo de sites específicos em que
você confia.

Didatismo e Conhecimento 112


INFORMÁTICA
Menu Ferramentas dança de nome, a Mozilla Foundation deu início ao processo de re-
gistro do nome Firefox como marca registrada no Gabinete Ame-
Opções da Internet ricano de Marcas e Patentes. Apesar de “Firefox” não se referir a
uma raposa, a identidade visual do Firefox é uma raposa estilizada.
No menu Ferramentas, na opção opções da internet, na aba O objetivo do Firefox é ser um navegador que inclua as op-
geral podemos excluir os arquivos temporários e o histórico. Além ções mais usadas pela maioria dos usuários.
disso, podemos definir a página inicial. Outras funções não incluídas originalmente encontram-se dis-
poníveis através de extensões e plug-ins.

Principais características

· Navegação em abas;
· A mesma janela pode conter diversas páginas. Abrindo os
links em segundo plano

Eles já estarão carregados quando você for ler;


· Bloqueador de popups:
· O Firefox já vem com um bloqueador embutido de popups;
· Pesquisa inteligente;
· O campo de pesquisa pelo Google fica na direita na barra de
ferramentas e abre direto a página com os resultados, poupando o
tempo de acesso à página de pesquisa antes de ter que digitar as
palavras chaves. O novo localizador de palavras na página busca
pelo texto na medida em que você as digita, agilizando a busca;
· Favoritos RSS;
· A integração do RSS nos favoritos permite que você fique sa-
bendo das atualizações e últimas notícias dos seus sites preferidos
cadastrados. Essa função é disponibilizada a partir do Firefox 2;
· Downloads sem perturbação;
· Os arquivos recebidos são salvos automaticamente na área
de trabalho, onde são fáceis de achar. Menos interrupções signifi-
cam downloads mais rápidos. Claro, essa função pode ser persona-
lizada sem problemas;
· Você decide como deve ser seu navegador;
· O Firefox é o navegador mais personalizável que existe.
Coloque novos botões nas barras de ferramentas, instale exten-
sões que adiciona novas funções, adicione temas que modificam
o visual do Firefox e coloque mais mecanismos nos campos de
pesquisa.

O Firefox pode se tornar o navegador mais adequado para a


sua necessidade:

· Fácil utilização;

· Simples e intuitivo, mas repleto de recursos. O Firefox tem


todas as funções que você está acostumado - favoritos, histórico,
tela inteira, zoom de texto para tornar as páginas mais fáceis de ler,
O QUE É O FIREFOX? e diversas outras funcionalidades intuitivas;
Firefox (inicialmente conhecido como Phoenix e, posterior- · Compacto;
mente, como Mozilla Firebird) é um navegador de código aberto · A maioria das distribuições está em torno dos 5MB. Você
rápido, seguro e eficiente. Desenvolvido pela Mozilla Foundation leva apenas alguns minutos para copiar o Firefox para o seu com-
com ajuda de centenas de colaboradores, está sendo usado em di- putador em uma conexão discada e segunda em uma conexão ban-
versas plataformas. da larga. A configuração é simples e intuitiva. Logo você estará
Como não é software completamente livre (é distribuído pela navegando com essa ferramenta.
licença Mozilla), alguns dos seus componentes (como ícones e o
próprio nome, que é marca registrada) são propriedades protegi- Abas
das. Para abrir uma nova aba, clique no menu ‘Arquivo’ e depois
O nome “Firefox”, em inglês, refere-se ao Panda vermelho. em ‘Nova Aba’, ou simplesmente <Ctrl + T> (segure a tecla Con-
Foi escolhido por ser parecido com “Firebird” e também por ser trol e tecle T). Você verá que agora você tem duas abas na parte de
único na indústria da computação. A fim de evitar uma futura mu- cima do seu Firefox, como na figura abaixo:

Didatismo e Conhecimento 113


INFORMÁTICA
Quando clicamos em um link de download de um arquivo,
aparecerá uma tela perguntando se queremos salvar o arquivo ou
simplesmente abri-lo. No último caso, devemos também informar
com qual programa queremos abrir o arquivo:
Digite o endereço que você quiser no campo de endereço,
pressione Enter, e assim a sua nova aba mostrará essa nova página.
Para visualizar páginas que estão abertas em outras abas, ape-
nas clique na aba desejada, que a mesma ficará ativa.
Clicando com o botão direito do mouse nas abas, aparece um
pequeno menu com várias opções de gerenciamento das abas:

Se você quiser abrir um link, mas quer que ele apareça em


uma nova aba, clique no link com o botão direito do mouse e es-
colha a opção ‘Abrir em uma nova aba’, ou simplesmente segure a
tecla ‘Ctrl’ enquanto clica no link.

Para salvar o arquivo no seu computador, marque a caixa ‘Sal-


var’ e clique no botão ‘OK’. O download iniciará e a tela do geren-
ciador de downloads mostrará o progresso informando o tamanho
do arquivo, quanto já foi baixado, a velocidade do download e o
tempo restante estimado.
Por padrão, o Firefox vem configurado para armazenar os do-
wnloads na área de trabalho quando solicitado para salvar o arqui-
vo. Isso pode ser alterado na configuração de “Downloads” em
“Editar >> Preferências”.
Você pode fazer vários downloads ao mesmo tempo, se clicar
em vários links de download. Assim, o gerenciador de download
irá mostrar o progresso individual de cada download, e no título do
gerenciador ficará a porcentagem total do que já foi concluído de
todos os downloads.
Quando você tiver terminado algum download, os mesmos
Gerenciador de Downloads serão listados:
Um gerenciador de Download é uma ferramenta que contro-
la e lista os downloads solicitados pelo usuário. O Firefox conta
com um exclusivo gerenciador de downloads, uma ferramenta útil
e com uma interface amigável. Clique no menu ‘Ferramentas’ e
depois em ‘Downloads’, ou <Ctrl + Y> para abrir a lista atual de
downloads.

Didatismo e Conhecimento 114


INFORMÁTICA
Podemos ver algumas das funções que esse gerenciador ofere- Clique no menu ‘Favoritos’ e uma lista com as nossas páginas
ce. Se clicarmos na pasta que aparece depois de ‘Baixar arquivos favoritas será mostrada. Se você não tiver adicionado nenhuma
em: ‘, a mesma será aberta. Se clicarmos em ‘Limpar Lista’, toda página aos Favoritos, você verá algo como:
a lista dos downloads será apagada (perceba que só a lista será
apagada, os arquivos continuarão existindo). Para excluir apenas
certo arquivo da lista, clique no link ‘Excluir da lista’ correspon-
dente ao arquivo que se deseja excluir. Para abrir um arquivo cujo
download já foi concluído, clique no link ‘Abrir’.
Tome cuidado ao sair do Firefox. Por padrão, os downloads
não terminados serão cancelados.

Histórico

O Histórico nos permite ver quais páginas acessamos nos úl-


timos dias. É uma ferramenta que facilita muito a vida do usuário.
Para abrir o Histórico, clique no menu ‘Ir’ e depois em ‘His- Adicione uma página aos Favoritos para ver o que acontece.
tórico’, ou tecle <Ctrl + H>. Uma janela semelhante a essa irá Primeiramente, entre numa página que você acessa com muita
aparece do lado esquerdo do seu Firefox: frequência. Clique no menu ‘Favoritos’ e depois em ‘Adicionar
página’, ou simplesmente <Ctrl + D>. A seguinte tela lhe será mos-
trada:

Digite um nome que define essa página, escolha uma pasta


para essa página (a pasta ‘Favoritos do Firefox’ é a pasta padrão)
e clique em ‘Adicionar’. Agora clique novamente no menu ‘Fa-
voritos’ para ver o que mudou. Agora aparece a página que você
acabou de adicionar aparecerá na área de Favoritos!
Para organizar melhor os Favoritos, podemos usar pastas. Di-
gamos que você possua os seguintes favoritos:
· http://cursos.cdtc.org.br
· http://comunidade.cdtc.org.br
· http://www.google.com
· http://www.mozilla.org

Todas as páginas que acessamos desde a última vez que lim- Clique no menu ‘Favoritos’ e depois em ‘Organizar...’. A se-
pamos o Histórico estão divididas de acordo com o dia em que guinte tela de gerenciamento de Favoritos aparecerá:
foram acessadas. Para ver as páginas que acessamos em certo dia,
clique na caixa com um sinal de ‘+’ do lado esquerdo desse dia.

Por padrão, as páginas ficam ordenadas pela data. Se você qui-


ser ordená-las de outro jeito, clique em ‘Ordenar’, e escolha uma
das opções que aparecem.

Para procurar por certa página, digite uma palavra no cam-


po ‘Localizar’, e somente serão mostradas as páginas que contém
essa palavra no seu título.

Favoritos
O Favoritos é uma funcionalidade que nos ajuda a entrar em
páginas que acessamos com muita frequência, economizando tem-
po.

Didatismo e Conhecimento 115


INFORMÁTICA
Clique no botão ‘Nova pasta...’, escolha um nome e uma des- Na aba ‘Margens’, pode-se modificar o tamanho das margens
crição para essa pasta e clique em ‘OK’. e colocar cabeçalhos ou rodapés (podemos configurar para que no
Agora a nova pasta também aparece, junto dos Favoritos e cabeçalho apareça o número da página e no rodapé apareça a data
das outras pastas. Mova as páginas cursos.cdtc.org.br e www.cdtc. e a hora, por exemplo).
org.br para essa pasta. Para isso, clique nessas páginas, depois no Quando você clica em ‘Visualizar impressão’, verá como vai
botão ‘Mover’, e escolha a pasta que você criou. Opcionalmente, ficar a nossa impressão. Na parte de cima, podemos ver uma barra
você pode simplesmente arrastar as páginas para as respectivas de navegação pelas páginas.
pastas na tela de gerenciamento de Favoritos.
Assim, quando você clicar no menu ‘Favoritos’, e colocar o Clicando em ‘Imprimir..’, uma tela semelhante a seguinte apa-
cursor do mouse em cima da pasta criada, aparecem as duas pá- rece:
ginas que você moveu para lá. Se você clicar em ‘Abrir tudo em
abas’, cada página será aberta em uma aba.

Localizar

Usamos a ferramenta Localizar para achar todas as vezes que


um determinado texto aparece na tela.

É uma ferramenta que nos ajuda muito em várias tarefas,


como fazer pesquisas na Internet.

Clique no menu ‘Editar’, e depois em ‘Localizar nessa pági-


na’. O atalho do teclado para isso é <Ctrl + F>.

Note a barra que apareceu na parte inferior do Firefox:

Temas
Imprimindo páginas
Temas são conjuntos de padrões, como ícones, cores e fon-
Muitas vezes, queremos imprimir uma página web. Para isso, tes. Eles controlam o visual do seu navegador. Você pode mudar o
o Firefox conta as opções ‘Configurar página’, ‘Visualizar Impres- tema do Firefox ajustando-o ao seu gosto.
são’ e ‘Imprimir...’.
Temas são considerados como Add-ons, que são funcionali-
Clique em ‘Configurar página’. A seguinte tela irá aparecer dades extras que podem ser adicionadas ao Firefox. Mais informa-
para você. ções sobre Add-ons serão tratadas mais adiante.

Clique no menu ‘Ferramentas’ e depois em ‘Temas’. Uma tela


semelhante a seguir irá aparecer:

Pode-se ver que somente o tema padrão (que vem com o Fi-
Na aba ‘Geral’, é possível alterar algumas opções de impres- refox) está instalado. Clicando no link ‘Baixar mais temas’, uma
são, como a orientação (retrato ou paisagem), a porcentagem que a nova aba será criada com a seção de downloads de temas do site
página vai ocupar no papel e se deseja imprimir o plano de fundo. https://addons.mozilla.org/firefox/

Didatismo e Conhecimento 116


INFORMÁTICA
GOOGLE CHROME Aqui falaremos um pouco mais sobre os conceitos e ações mais
O Chrome é o mais novo dos grandes navegadores e já con- básicas do programa.
quistou legiões de adeptos no mundo todo. O programa apresenta Com o Google Chrome, você acessa os sites da mesma forma
excelente qualidade em seu desenvolvimento, como quase tudo o que seus semelhantes – IE, Firefox, Opera. Ao executar o progra-
que leva a marca Google. O browser não deve nada para os gigan-
ma, tudo o que você precisa fazer é digitar o endereço do local que
tes Firefox e Internet Explorer e mostra que não está de brincadeira
no mundo dos softwares. Confira nas linhas abaixo um pouco mais quer visitar. Para acessar o portal Baixaki, por exemplo, basta es-
sobre o ótimo Google Chrome. crever baixaki.com.br (hoje é possível dispensar o famoso “www”,
inserido automaticamente pelo programa.)
Funções visíveis No entanto nem sempre sabemos exatamente o link que que-
remos acessar. Para isso, digite o nome ou as palavras-chave do
Antes de detalhar melhor os aspectos mais complicados do que você procura na mesma lacuna. Desta forma o Chrome acessa
navegador, vamos conferir todas as funções disponíveis logo em o site de buscas do Google e exibe os resultados rapidamente. No
sua janela inicial. Observe a numeração na imagem abaixo e acom- exemplo utilizamos apenas a palavra “Baixaki”.
panhe sua explicação logo em seguida:

1. As setas são ferramentas bem conhecidas por todos que já


utilizaram um navegador. Elas permitem avançar ou voltar nas pá-
ginas em exibição, sem maiores detalhes. Ao manter o botão pres-
sionado sobre elas, você fará com que o histórico inteiro apareça
na janela. Abas

2. Reenviar dados, atualizar ou recarregar a página. Todos são A segunda tarefa importante para quem quer usar o Chrome é
sinônimos desta função, ideal para conferir novamente o link em lidar com suas abas. Elas são ferramentas muito úteis e facilitam a
que você se encontra, o que serve para situações bem específicas navegação. Como citado anteriormente, basta clicar no botão com
– links de download perdidos, imagens que não abriram, erros na um “+” para abrir uma nova guia.
diagramação da página. Outra forma de abri-las é clicar em qualquer link ao pressionar
3. O ícone remete à palavra home (casa) e leva o navegador à a rodinha do mouse, o que torna tudo ainda mais rápido. Também
página inicial do programa. Mais tarde ensinaremos você a modifi- é possível utilizar o botão direito sobre o novo endereço e escolher
car esta página para qualquer endereço de sua preferência. a opção “Abrir link em uma nova guia”.
4. A estrela adiciona a página em exibição aos favoritos, que
nada mais são do que sites que você quer ter a disposição de um Liberdade
modo mais rápido e fácil de encontrar.
É muito fácil manipular as abas no Google Chrome. É possí-
5. Abre uma nova aba de navegação, o que permite visitar vel arrastá-las e mudar sua ordem, além de arrancar a aba da janela
outros sites sem precisar de duas janelas diferentes.
e desta forma abrir outra independente. Basta segurar a aba com
6. A barra de endereços é o local em que se encontra o link o botão esquerdo do mouse para testar suas funções. Clicar nelas
da página visitada. A função adicional dessa parte no Chrome é com a rodinha do mouse faz com que fechem automaticamente.
que ao digitar palavras-chave na lacuna, o mecanismo de busca
do Google é automaticamente ativado e exibe os resultados em
questão de poucos segundos.

7. Simplesmente ativa o link que você digitar na lacuna à es-


querda.

8. Abre as opções especiais para a página aberta no navegador.


Falaremos um pouco mais sobre elas em seguida.
9. Abre as funções gerais do navegador, que serão melhor de-
talhadas nos próximos parágrafos.

Para Iniciantes
O botão direito abre o menu de contexto da aba, em que é pos-
Se você nunca utilizou um navegador ou ainda tem dúvidas sível abrir uma nova, recarregar a atual, fechar a guia ou cancelar
básicas sobre essa categoria de programas, continue lendo este pa- todas as outras. No teclado você pode abrir uma nova aba com o
rágrafo. Do contrário, pule para o próximo e poupe seu tempo. comando Ctrl + T ou simplesmente apertando o F1.

Didatismo e Conhecimento 117


INFORMÁTICA
Fechei sem querer!

Quem nunca fechou uma aba importante acidentalmente em um momento de distração? Pensando nisso, o Chrome conta com a função
“Reabrir guia fechada” no menu de contexto (botão direito do mouse). Basta selecioná-la para que a última página retorne ao navegador.

Configuração

Antes de continuar com as outras funções do Google Chrome é legal deixar o programa com a sua cara. Para isso, vamos às configura-
ções. Vá até o canto direito da tela e procure o ícone com uma chave de boca. Clique nele e selecione “Opções”.

Básicas
Inicialização: aqui é possível definir a página inicial do navegador. Basta selecionar a melhor opção para você e configurar as páginas
que deseja abrir.
Página inicial: caso esta tenha sido a sua escolha na aba anterior, defina qual será a página inicial do Chrome. Também é possível esco-
lher se o atalho para a home (aquele em formato de casinha) aparecerá na janela do navegador.
Pesquisa padrão: como o próprio nome já deixa claro, aqui você escolhe o site de pesquisas utilizado ao digitar na lacuna do programa.
O botão “Gerenciar” mostra a lista de mecanismos.
Navegador padrão: aqui você pode definir o aplicativo como seu navegador padrão. Se você optar por isso, sempre que algum software
ou link for executado, o Chrome será automaticamente utilizado pelo sistema.

Coisas pessoais
Senhas: define basicamente se o programa salvará ou não as senhas que você digitar durante a navegação. A opção “Mostrar senhas
salvas” exibe uma tabela com tudo o que já foi inserido por você.

Didatismo e Conhecimento 118


INFORMÁTICA
Preenchimento automático de formulário: define se os formulários da internet (cadastros e aberturas de contas) serão sugeridos auto-
maticamente após a primeira digitação.
Dados de navegação: durante o uso do computador, o Chrome salva os dados da sua navegação para encontrar sites, links e conteúdos
com mais facilidade. O botão “Limpar dados de navegação” apaga esse conteúdo, enquanto a função “Importar dados” coleta informações
de outros navegadores.
Temas: é possível modificar as cores e todo o visual do navegador. Para isso, clique em “Obter temas” e aplique um de sua preferência.
Para retornar ao normal, selecione “Redefinir para o tema padrão”.

Configurações avançadas

Rede: configura um Proxy para a sua rede. (Indicado para usuários avançados)
Privacidade: aqui há diversas funções de privacidade, que podem ser marcadas ou desmarcadas de acordo com suas preferências.
Downloads: esta é a opção mais importante da aba. Em “Local de download” é possível escolher a pasta em que os arquivos baixados
serão salvos. Você também pode definir que o navegador pergunte o local para cada novo download.

Downloads

Todos os navegadores mais famosos da atualidade contam com pequenos gerenciadores de download, o que facilita a vida de quem
baixa várias coisas ao mesmo tempo. Com o Google Chrome não é diferente. Ao clicar em um link de download, muitas vezes o programa
perguntará se você deseja mesmo baixar o arquivo, como ilustrado abaixo:

Logo em seguida uma pequena aba aparecerá embaixo da janela, mostrando o progresso do download. Você pode clicar no canto dela e
conferir algumas funções especiais para a situação. Além disso, ao selecionar a função “Mostrar todos os downloads” (Ctrl + J), uma nova
aba é exibida com ainda mais detalhes sobre os arquivos que você está baixando.

Didatismo e Conhecimento 119


INFORMÁTICA

Pesquise dentro dos sites

Outra ferramenta muito prática do navegador é a possibilidade de realizar pesquisas diretamente dentro de alguns sites, como o próprio
portal Baixaki. Depois de usar a busca normalmente no nosso site pela primeira vez, tudo o que você precisa fazer é digitar baixaki e teclar
o TAB para que a busca desejada seja feita diretamente na lacuna do Chrome.

Navegação anônima

Se você quer entrar em alguns sites sem deixar rastros ou históricos de navegação no computador, utilize a navegação anônima. Basta
clicar no menu com o desenho da chave de boca e escolher a função “Nova janela anônima”, que também pode ser aberta com o comando
Ctrl + Shift + N.

Gerenciador de tarefas
Uma das funções mais úteis do Chrome é o pequeno gerenciador de tarefas incluso no programa. Clique com o botão direito no topo da
página (como indicado na figura) e selecione a função “Gerenciador de tarefas”.

Desta forma, uma nova janela aparecerá em sua tela. Ela controla todas as abas e funções executadas pelo navegador. Caso uma das
guias apresente problemas você pode fechá-la individualmente, sem comprometer todo o programa. A função é muito útil e evita diversas
dores de cabeça.

Didatismo e Conhecimento 120


INFORMÁTICA
A caixa postal é composta pelos seguintes itens:
» Caixa de Entrada – Onde ficam armazenadas as mensagens
recebidas.
» Caixa de Saída – Armazena as mensagens ainda não envia-
das.
» E-mails Enviados – Como o nome diz, ficam os e-mails que
foram enviados.
» Rascunho – Guarda as mensagens que você ainda não ter-
minou de redigir.
» Lixeira – Armazena as mensagens excluídas.

Ao redigir mensagem, os seguintes campos estão presentes:


» Para – é o campo onde será inserido o endereço do destina-
tário.
CORREIO ELETRÔNICO: » Cc – este campo é utilizado para mandar cópias da mesma
USO DE CORREIO ELETRÔNICO, mensagem, ao usar este campo os endereços aparecerão para todos
PREPARO E ENVIO DE MENSAGENS, os destinatários.
» Cco – sua funcionalidade é igual ao campo anterior, no en-
ANEXAÇÃO DE ARQUIVOS. tanto os endereços só aparecerão para os respectivos donos.
» Assunto – campo destinado ao assunto da mensagem.
» Anexos – são dados que são anexados à mensagem (ima-
gens, programas, música, arquivos de texto, etc.).
CORREIO ELETRÔNICO » Corpo da Mensagem – espaço onde será redigida a mensa-
gem.
O correio eletrônico1 se parece muito com o correio tradicio-
nal. Todo usuário tem um endereço próprio e uma caixa postal, o Alguns nomes podem mudar de servidor para servidor, porém
carteiro é a Internet. Você escreve sua mensagem, diz pra quem representando as mesmas funções. Além dos destes campos tem
quer mandar e a Internet cuida do resto. Mas por que o e-mail se ainda os botões para EVIAR, ENCAMINHAR e EXCLUIR as
popularizou tão depressa? A primeira coisa é pelo custo. Você não mensagens, este botões bem como suas funcionalidades veremos
paga nada por uma comunicação via e-mail, apenas os custos de em detalhes, mais à frente.
conexão com a Internet. Outro fator é a rapidez, enquanto o correio Para receber seus e-mails você não precisa estar conectado
tradicional levaria dias para entregar uma mensagem, o eletrônico à Internet, pois o e-mail funciona com provedores. Mesmo você
faz isso quase que instantaneamente e não utiliza papel. Por últi- não estado com seu computador ligado, seus e-mail são recebidos
mo, a mensagem vai direto ao destinatário, não precisa passa de e armazenados na sua caixa postal, localizada no seu provedor.
mão-em-mão (funcionário do correio, carteiro, etc.), fica na sua Quando você acessa sua caixa postal, pode ler seus e-mail on-line
caixa postal onde somente o dono tem acesso e, apesar de cada (diretamente na Internet, pelo WebMail) ou baixar todos para seu
pessoa ter seu endereço próprio, você pode acessar seu e-mail de computador através de programas de correio eletrônico. Um pro-
qualquer computador conectado à Internet. grama muito conhecido é o Outlook Express, o qual detalhar mais
Bem, o e-mail mesclou a facilidade de uso do correio conven- à frente.
cional com a velocidade do telefone, se tornando um dos melhores A sua caixa postal é identificada pelo seu endereço de e-mail
e mais utilizado meio de comunicação. e qualquer pessoa que souber esse endereço, pode enviar mensa-
gens para você. Também é possível enviar mensagens para várias
Estrutura e Funcionalidade do e-mail pessoas ao mesmo tempo, para isto basta usar os campos “Cc” e
“Cco” descritos acima.
Atualmente, devido à grande facilidade de uso, a maioria das
Como no primeiro e-mail criado por Tomlinson, todos os en-
pessoas acessa seu e-mail diretamente na Internet através do nave-
dereços eletrônicos seguem uma estrutura padrão, nome do usuá-
gador. Este tipo de correio é chamado de WebMail. O WebMail é
rio + @ + host, onde:
responsável pela grande popularização do e-mail, pois mesmo as
» Nome do Usuário – é o nome de login escolhido pelo usuá-
pessoas que não tem computador, podem acessar sua caixa postal
rio na hora de fazer seu e-mail. Exemplo: sergiodecastro. de qualquer lugar (um cyber, casa de um amigo, etc.). Para ter um
» @ - é o símbolo, definido por Tomlinson, que separa o nome endereço eletrônico basta querer e acessar a Internet, é claro. Exis-
do usuário do seu provedor. te quase que uma guerra por usuários. Os provedores, também,
» Host – é o nome do provedor onde foi criado o endereço disputam quem oferece maior espaço em suas caixas postais. Há
eletrônico. Exemplo: click21.com.br . pouco tempo encontrar um e-mail com mais de 10 Mb, grátis, não
» Provedor – é o host, um computador dedicado ao serviço 24 era fácil. Lembro que, quando a Embratel ofereceu o Click21 com
horas por dia. 30 Mb, achei que era muito espaço, mas logo o iBest ofereceu 120
Mb e não parou por ai, a “guerra” continuo culminando com o
Vejamos um exemplo real: sergiodecastro@click21.com.br anúncio de que o Google iria oferecer 1 Gb (1024 Mb). A última
campanha do GMail, e-mail do Google, é de aumentar sua caixa
1 Fonte: http://juliobattisti.com.br/tutoriais/sergiocastro/correioeletronicoewe- postal constantemente, a última vez que acessei estava em 2663
bmail001.asp Mb.

Didatismo e Conhecimento 121


INFORMÁTICA
WebMail cimentos vão lhe servir para qualquer WebMail que você tiver e
também para o Outlook, que é um programa de gerenciamento de
O WebMail, como descrito acima, é uma aplicação acessada e-mails, vamos ver este programa mais adiante.
diretamente na Internet, sem a necessidade de usar programa de 1. Chegou e-mail? – Este botão serve para atualizar sua caixa
correio eletrônico. Praticamente todos os e-mails possuem aplica- de entrar, verificando se há novas mensagens no servidor.
ções para acesso direto na Internet. É grande o número de prove- 2. Escrever – Ao clicar neste botão a janela de edição de e-
dores que oferecem correio eletrônico gratuitamente, logo abaixo mail será aberta. A janela de edição é o espaço no qual você vai
segue uma lista dos mais populares. redigir, responder e encaminhar mensagens. Semelhante à função
» Outlook (antigo Hotmail) – http://www.outlook.com novo e-mail do Outlook.
» GMail – http://www.gmail.com 3. Contatos – Abre a seção de contatos. Aqui os seus endere-
» Bol (Brasil on line) – http://www.bol.com.br ços de e-mail são previamente guardados para utilização futura,
» iG Mail – http://www.ig.com.br nesta seção também é possível criar grupos para facilitar o geren-
» Yahoo – http://www.yahoo.com.br ciamento dos seus contatos.
4. Configurações – Este botão abre (como o próprio nome já
Para criar seu e-mail basta visitar o endereço acima e seguir
diz) a janela de configurações. Nesta janela podem ser feitas di-
as instruções do site. Outro importante fator a ser observado é o
versas configurações, tais como: mudar senha, definir número de
tamanho máximo permitido por anexo, este foi outro fator que au-
e-mail por página, assinatura, resposta automática, etc.
mentou muito de tamanho, há pouco tempo a maioria dos prove-
dores permitiam em torno de 2 Mb, mas atualmente a maioria já 5. Ajuda – Abre, em outra janela do navegador, uma seção
oferecem em média 25 Mb. Além de caixa postal os provedores com vários tópicos de ajuda.
costumam oferecer serviços de agenda e contatos. 6. Sair – Este botão é muito importante, pois é através dele que
Todos os WebMail acima são ótimos, então fica a critério de você vai fechar sua caixa postal, muito recomendado quando o uso
cada um escolher o seu, ou até mesmo os seus, eu, por exemplo, de seu e-mail ocorrer em computadores de terceiros.
procuro aqueles que oferecem uma interface com o menor propa- 7. Espaço – Esta seção é apenas informativa, exibe seu ende-
ganda possível. reço de e-mail; quantidade total de sua caixa posta; parte utilizada
em porcentagem e um pequeno gráfico.
» Criando seu e-mail 8. Seção atual – Mostra o nome da seção na qual você está, no
Fazer sua conta de e-mail é uma tarefa extremamente simples, exemplo a Caixa de Entrada.
eu escolhi o Outlook.com, pois a interface deste WebMail não tem 9. Número de Mensagens – Exibe o intervalo de mensagens
propagandas e isso ajudar muito os entendimentos, no entanto que estão na tela e também o total da seção selecionada.
você pode acessar qualquer dos endereços informados acima ou 10. Caixa de Comandos – Neste menu suspenso estão todos
ainda qualquer outro que você conheça. O processo de cadastro é os comandos relacionados com as mensagens exibidas. Para usar
muito simples, basta preencher um formulário e depois você terá estes comandos, selecione uma ou mais mensagens o comando
sua conta de e-mail pronta para ser usada. Vamos aos passos: desejado e clique no botão “OK”. O botão “Bloquear”, bloqueia
1. Acesse a página do provedor (www.ibestmail.com.br) ou o endereço de e-mail da mensagem, útil para bloquear e-mails in-
qualquer outro de sua preferência. desejados. Já o botão “Contas externas” abre uma seção para con-
2. Clique no link “Não tem uma conta? Crie uma!”, será aber- figurar outras contas de e-mails que enviarão as mensagens a sua
to um formulário, preencha-o observando todos os campos. Os caixa postal. Para o correto funcionamento desta opção é preciso
campos do formulário têm suas particularidades de provedor para que a conta a ser acessada tenha serviço POP3 e SMTP.
provedor, no entanto todos trazem a mesma ideia, colher infor- 11. Lista de Páginas – Este menu suspenso exibe a lista de
mações do usuário. Este será a primeira parte do seu e-mail e é página, que aumenta conforme a quantidade de e-mails na seção.
igual a este em qualquer cadastro, no exemplo temos “@outlook. Para acessar selecione a página desejada e clique no botão “OK”.
com”. A junção do nome de usuário com o nome do provedor é Veja que todos os comandos estão disponíveis também na parte
que será seu endereço eletrônico. No exemplo ficaria o seguinte:
inferior, isto para facilitar o uso de sua caixa postal.
seunome@outlook.com.
12. Pastas do Sistema – Exibe as pastas padrões de um correio
3. Após preencher todo o formulário clique no botão “Criar
eletrônico. Caixa de Entrada; Mensagens Enviadas; Rascunho e
conta”, pronto seu cadastro estará efetivado.
Pelo fato de ser gratuito e ter muitos usuários é comum que Lixeira. Um detalhe importante é o estilo do nome, quando está
muitos nomes já tenham sido cadastrados por outros usuários, normal significa que todas as mensagens foram abertas, porém
neste caso será exibida uma mensagem lhe informando do pro- quando estão em negrito, acusam que há uma ou mais mensagens
blema. Isso acontece porque dentro de um mesmo provedor não que não foram lidas, o número entre parêntese indica a quantidade.
pode ter dois nomes de usuários iguais. A solução é procurar outro Este detalhe funciona para todas as pastas e mensagens do correio.
nome que ainda esteja livre, alguns provedores mostram sugestões 13. Painel de Visualização – Espaço destinado a exibir as
como: seunome2005; seunome28, etc. Se ocorrer isso com você (o mensagens. Por padrão, ao abrir sua caixa postal, é exibido o
que é bem provável que acontecerá) escolha uma das sugestões ou conteúdo da Caixa de Entrada, mas este painel exibe também as
informe outro nome (não desista, você vai conseguir), finalize seu mensagens das diversas pastas existentes na sua caixa postal. A
cadastro que seu e-mail vai está pronto para ser usado. observação feita no item anterior, sobre negrito, também é válida
para esta seção. Observe as caixas de seleção localizadas do lado
» Entendendo a Interface do WebMail esquerdo de cada mensagem, é através delas que as mensagens são
A interface é a parte gráfica do aplicativo de e-mail que nos selecionadas. A seleção de todos os itens ao mesmo tempo, tam-
liga do mundo externo aos comandos do programa. Estes conhe- bém pode ser feito pela caixa de seleção do lado esquerdo do título

Didatismo e Conhecimento 122


INFORMÁTICA
da coluna “Remetente”. O título das colunas, além de nomeá-las,
também serve para classificar as mensagens que por padrão estão
classificadas através da coluna “Data”, para usar outra coluna na
classificação basta clicar sobre nome dela.
14. Gerenciador de Pastas – Nesta seção é possível adicio-
nar, renomear e apagar as suas pastas. As pastas são um modo de
organizar seu conteúdo, armazenando suas mensagens por temas.
Quando seu e-mail é criado não existem pastas nesta seção, isso
deve ser feito pelo usuário de acordo com suas necessidades.
15. Contas Externas – Este item é um link que abrirá a seção
onde pode ser feita uma configuração que permitirá você acessar
outras caixas postais diretamente da sua. O próximo link, como o
nome já diz, abre a janela de configuração dos e-mails bloqueados
e mais abaixo o link para baixar um plug-in que lhe permite fazer
uma configuração automática do Outlook Express. Estes dois pri-
meiros links são os mesmos apresentados no item 10.
1. Criar email: aqui você clica quando quer redigir um e-mail
Outlook Express e uma nova mensagem se abre.
2. Responder: quando você recebe uma mensagem e quer
O Outlook Express é um programa, dentre vários, para a troca mandar uma resposta, basta clicar aqui e escrever sua resposta.
de mensagens entre pessoas que tenham acesso à Internet. 3. Responder a todos: quando você recebe um e-mail que
Por meio dele você poderá mandar e receber mensagens (in- foi endereçado a você e a outras pessoas (você pode saber se isto
cluindo os e-mails com imagens, música e diversos efeitos) e tam- ocorreu olhando para o campo Cc que aparece em seu painel de
bém ingressar em grupos de notícias para trocar ideias e informa- visualização) e quer mandar uma resposta para todos que também
ções. receberam esta mensagem, basta clicar em “responder a todos”.
Para adicionar uma conta de e-mail, isto é, para criar sua caixa 4. Encaminhar: quando você recebe um e-mail e quer mandá
de correio eletrônico no Outlook Express, você precisa do nome da -lo para outra (s) pessoa(s), basta clicar em “encaminhar” e essa
conta, da senha e dos nomes dos servidores de e-mail de entrada mensagem será enviada para o(s) destinatário(s) que você ende-
(geralmente POP3 - Post Office Protocol versão 3 - que é o servi- reçar.
dor onde ficam armazenadas as mensagens enviadas a você, até 5. Imprimir: quando você quiser imprimir um e-mail, basta
que você as receba) e de saída (geralmente SMTP - Simple Mail clicar nesse botão indicado que uma nova janela se abre e nela
Transfer Protocol - que é o servidor que armazena as mensagens e você define o que deseja que seja impresso.
as envia, após você escrevê-las.). 6. Excluir: quando você quiser excluir uma mensagem, basta
Estas informações são fornecidas pelo seu provedor de servi- clicar na mensagem (em sua lista de mensagens) e usar o botão
ços de Internet ou do administrador da rede local. excluir da barra de ferramentas. Sua mensagem irá para a Pasta
Para adicionar um grupo de notícias, você precisa do nome do Itens excluídos.
servidor de notícias ao qual deseja se conectar e, se necessário, do 7. Enviar e receber: clicando nesse botão, as mensagens que
nome de sua conta e senha. estão em sua Caixa de Saída serão enviadas e as mensagens que
estão em seu servidor chegarão a seu Outlook.
Abrir o Outlook 8. Endereços: este botão faz com que seu Catálogo de Endere-
Para abrir o Outlook Express, clique no ícone que ços (seus contatos) se abra.
está em sua Área de Trabalho, ou na Barra de Tarefas. 9. Localizar: este botão é útil quando você quer encontrar uma
mensagem que esteja em seu Outlook. Ao clicar em “Localizar”,
Você pode também clicar em Iniciar/Programas/Outlook Ex- uma nova janela se abre e você pode indicar os critérios de sua
press. busca, preenchendo os campos que estão em branco e clicando em
O programa será aberto e você pode começar a ler, redigir e “localizar agora”.
responder seus e-mails.

Barra de Ferramentas
A Barra de ferramentas do Outlook Express (mostrados nas
imagens da versão 6.0) apresenta basicamente os itens numerados
na figura abaixo:

Didatismo e Conhecimento 123


INFORMÁTICA
Se você quiser localizar uma mensagem em uma pasta ou uma pessoa que faça parte de seu catálogo de endereços, pode clicar na seti-
nha que está ao lado da pasta e alguns itens específicos aparecem, como você pode ver na imagem abaixo:

Basta indicar o que você quer localizar e uma nova janela se abre e você preenche com os dados que interessam para sua busca.
Obs.: Se você passar o mouse sobre cada um dos botões da barra de ferramentas, poderá ver uma caixa de diálogo que descreve a função
do botão, conforme imagem abaixo:

Ícones de listas de mensagens do Outlook Express


Os ícones a seguir aparecem nos e-mails e indicam a prioridade das mensagens, se as mensagens possuem arquivos anexados ou ainda
se as mensagens estão marcadas como lidas ou não lidas.
Veja o que eles significam:

Didatismo e Conhecimento 124


INFORMÁTICA
Como criar uma conta de e-mail Uma janela de nome: “Catálogo de Endereços - identidade
Para adicionar uma conta de e-mail em seu Outlook faça o principal” se abrirá.
seguinte: Clique em “Novo” e escolha a opção: “Novo Contato”
Entre em contato com seu provedor de serviços de Internet ou Mais uma janela se abre: “Propriedades de”. Aqui você vai
do administrador da rede local e informe-se sobre o tipo de digitar todos os dados que deseja para cada um dos contatos.
servidor de e-mail usado para a entrada e para a saída dos e-mails.
Você precisará saber o tipo de servidor usado : POP3 (Post Of-
fice Protocol), IMAP (Internet Message Access Protocol) ou HTTP
(Hypertext Transfer Protocol). Precisa também saber o nome da
conta e a senha, o nome do servidor de e-mail de entrada e, para
POP3 e IMAP, o nome de um servidor de e-mail de saída, geral-
mente SMTP (Simple Mail Transfer Protocol)

Vamos à configuração:
No menu Ferramentas, clique em Contas.

Após digitar o “Endereço de correio eletrônico”, no campo


correspondente, clique no botão “Adicionar” e em “OK”.
Da mesma forma, você vai acrescentando novos nomes ao seu
“Catálogo de endereços”.
Irá se abrir uma nova janela chamada Contas na Internet, cli- Quando for mandar uma mensagem, ao clicar em “Para”, esse
que em Adicionar. catálogo se abre e fica bem mais fácil e rápido localizar o destina-
tário.
Para acrescentar contatos em sua lista de endereços
Para acrescentar endereços eletrônicos de pessoas (contatos)
em sua lista de endereços faça o seguinte:
Clique no botão Endereços.
Em seguida, selecione “Novo” e “Novo Contato”.
Escreva o nome e o novo endereço eletrônico (tipo: nome@
provedor.com.br).
Clique em OK.

Clique em Email e o Assistente para conexão com a Internet


irá se abrir. Basta seguir as instruções para estabelecer uma cone-
xão com um servidor de e-mail ou de notícias e ir preenchendo os
campos de acordo com seus dados.
Observação: Cada usuário pode criar várias contas de e-mail,
repetindo o procedimento descrito acima para cada conta.
Obs.: Caso você tenha recebido um e-mail de alguém e quei-
Criar um catálogo de endereços ra adicionar esta pessoa a seu catálogo de endereços, basta clicar
Antes de mais nada, é preciso definir um Catálogo de Ende- (com o botão direito do mouse) sobre o nome do remetende e es-
reços contendo algumas pessoas e seus respectivos endereços de colher a opção “Adicionar remetente ao catálogo de endereços”.
e-mail. Pronto, esse contato já estará em seu catálogo de endereços.
Para criar um catálogo de endereços no Outlook Express (ver-
são 5 e posteriores), faça o seguinte:
Clique, no menu principal do Outlook, em Ferramentas / Ca-
tálogo de Endereços.

Didatismo e Conhecimento 125


INFORMÁTICA

ou então:
Na parte superior da janela da mensagem, clique duas vezes
no ícone de anexo de arquivo no cabeçalho da mensagem.

Você pode também configurar o Outlook Express para que


seus destinatários sejam adicionados automaticamente ao catálo-
go de endereços quando você responder a uma mensagem. Para
adicionar todos os destinatários de respostas ao catálogo de ende-
reços, faça o seguinte:
Clique em Ferramentas.
Clique em Opções.
Na guia Enviar, clique em Incluir automaticamente no catálo-
go de endereços os destinatários das minhas respostas.

Salvar um rascunho
Para salvar um rascunho da mensagem para usar mais tarde,
faça o seguinte:
Com sua mensagem aberta, clique em Arquivo.
A seguir, clique em Salvar.
(Quando uma mensagem tem um arquivo anexado, um ícone
de clipe de papel é exibido ao lado dela na lista de mensagens.)

Salvar anexos
Para salvar um anexo de arquivo de seu e-mail, faça o seguin-
te:
Clique na mensagem que tem o arquivo que você quer salvar.
No menu Arquivo, clique em Salvar anexos.

Uma nova janela se abre. Clique no(s) anexo(s) que você quer
Você também pode clicar em Salvar como para salvar uma salvar.
mensagem de e-mail em outros arquivos de seu computador no Antes de clicar em Salvar, confira se o local indicado na caixa
formato de e-mail (.eml), texto (.txt) ou HTML (.htm ou html). abaixo é onde você quer salvar seus anexos. (Caso não seja, clique
em “Procurar” e escolha outra pasta ou arquivo.)
Abrir anexos Clique em Salvar.
Para ver um anexo de arquivo, faça o seguinte:
1. No painel de visualização, clique no ícone de clipe de pa-
pel no cabeçalho da mensagem e, em seguida, clique no nome do
arquivo.

Didatismo e Conhecimento 126


INFORMÁTICA

Observação: Esta configuração atribui a prioridade somente


para a mensagem que você está redigindo no momento.

Se você preferir, pode salvar o anexo no painel de visualiza- Verificar novas mensagens
ção: Para saber se chegaram novas mensagens, faça o seguinte:
Clique no ícone de clipe de papel Com seu Outlook aberto, clique em Enviar/receber na barra
Clique em Salvar anexos. de ferramentas.

Lembre-se de que todas as mensagens da caixa de saída serão


enviadas também.
Se preferir apenas receber ou apenas enviar mensagens, você
pode usar o seguinte recurso:
Prioridade de uma mensagem Clique em Ferramentas / Enviar e receber, escolha a opção
Ao enviar uma nova mensagem ou uma resposta a um e-mail, que deseja e clique nela.
você pode atribuir uma prioridade à mensagem, para que o destina-
tário saiba se deve lê-la imediatamente (prioridade alta) ou quando
houver tempo (prioridade baixa).
As mensagens com prioridade alta têm um ponto de exclama-
ção ao seu lado.
A prioridade baixa é indicada por uma seta para baixo. Você pode deixar acionado um “alarme” que avisa quando
Se você deixar marcada a opção Normal, nenhum ícone refe- chegaram novas mensagens. Veja mais em Alarmes.
rente à prioridade aparecerá ao lado da mensagem. Navegar pelo Outlook
Para indicar a prioridade de uma mensagem de um e-mail que Usando a lista de mensagens e o painel de visualização, você
você vai mandar, faça o seguinte: pode exibir a lista de mensagens e ler mensagens individuais ao
Na janela Nova mensagem, clique em Prioridade na barra de mesmo tempo.
ferramentas, clique na setinha que está bem ao lado e selecione a A lista Pastas contém pastas de e-mail, servidores de notícias
prioridade desejada. e grupos de notícias e você pode alternar facilmente entre eles.
Você também pode criar novas pastas para organizar e classifi-
car suas mensagens e configurar regras de mensagens para colocar
automaticamente em uma pasta específica o e-mail de acordo com
o assunto, remetente, grupo, enfim, da forma mais prática para seu
uso.
Você também pode criar seus próprios modos de exibição para
personalizar a maneira como visualiza suas mensagens.

Pastas Padrões
As pastas padrões do Outlook não podem ser alteradas. Você
poderá criar outras pastas, mas não deve mexer nas seguintes pas-
tas:
Ou, se preferir, utilize o seguinte recurso:
No menu Mensagem, aponte para Definir prioridade e selecio-
ne uma opção de prioridade.

Didatismo e Conhecimento 127


INFORMÁTICA

Lembre-se de que o Outlook Express vai criar sua pasta nova


dentro daquela que estiver selecionada no momento. Se você se-
lecionar, por exemplo, “Caixa de Entrada” e solicitar uma nova
pasta, esta será posicionada dentro da Caixa de Entrada.
Se o que você quer é uma nova pasta, independente das que
1. Caixa de Entrada: local padrão para onde vão as mensagens você já criou, selecione sempre o item Pastas Locais .
que chegam ao seu Outlook. (Você pode criar pastas e regras para Dê um nome e selecione o local onde quer que fique esta nova
mudar o lugar para o qual suas mensagens devam ser encaminha- pasta que você acabou de criar.
das.).
2. Caixa de Saída: aqui ficam os e-mails que você já escreveu Você também pode fazer o seguinte:
e que vai mandar para o(s) destinatário(s). Abra o Outlook.
3. Itens Enviados: nesta pasta ficam guardados os e-mails que Clique com o botão direito do mouse em “Caixa de entrada”
você já mandou. Aparecerá uma janela com alguns itens. Clique em “Nova
4. Itens Excluídos: aqui ficam as mensagens que você já ex- Pasta”.
cluiu de outra(s) pasta(s), mas continuam em seu Outlook. Irá se abrir uma nova janela, assim
5. Rascunhos: as mensagens que você está escrevendo podem
ficar guardadas aqui enquanto você não as acaba de compor defini-
tivamente. Veja como salvar uma mensagem na pasta Rascunhos.

Criar novas pastas


Para organizar seu Outlook, você pode criar ou adicionar
quantas pastas quiser.
No menu Arquivo, clique em Pasta.
Clique em Nova.

No campo “Nome da Pasta”, em que escrevi: “Colocar aqui


o nome da nova...” , você escreve o nome que quer dar à sua pas-
tinha.
Agora, basta clicar em “OK” e prontinho.
Desta mesma forma, você poderá fazer quantas pastas quiser.
Se você quiser, pode também criar uma pasta para arquivo
de e-mails fora do programa, dentro de “Meus Documentos”, por
exemplo, ou em um disquete e nela salvar todos os e-mails que
Uma nova janela se abrirá. que guardar.
Na caixa de texto Nome da pasta, digite o nome que deseja dar Para salvar, basta clicar em Arquivo/Salvar como e escolher a
à pasta e, em seguida, selecione o local para a nova pasta. pasta onde quer guardar seus e-mails (fora do Outlook).
A mensagem será salva com o nome que aparece no assunto
do e-mail. Se você tiver várias mensagens com o mesmo assunto, e
for guardá-las em uma mesma pasta, renomeie (preencha com um
novo nome no espaço que aparece na caixa de diálogo, conforme
imagem abaixo) na hora de salvar.

Didatismo e Conhecimento 128


INFORMÁTICA
A segurança de uma determinada informação pode ser afeta-
da por fatores comportamentais e de uso de quem se utiliza dela,
pelo ambiente ou infraestrutura que a cerca ou por pessoas mal
intencionadas que tem o objetivo de furtar, destruir ou modificar
a informação.
Antes de proteger, devemos saber:
• O que proteger.
• De quem proteger.
• Pontos vulneráveis.
• Processos a serem seguidos.

MECANISMOS DE SEGURANÇA

O suporte para as recomendações de segurança pode ser en-


contrado em:
Para manter a mensagem como a original, salve no formato • CONTROLES FÍSICOS: são barreiras que limitam o
correio .eml. contato ou acesso direto a informação ou a infraestrutura (que ga-
Veja em Regras para mensagens, sobre como criar regras para rante a existência da informação) que a suporta.
que suas mensagens sejam “colocadas” diretamente nas pastas em Devemos atentar para ameaças sempre presentes, mas nem
que você criou. sempre lembradas; incêndios, desabamentos, relâmpagos, alaga-
mentos, problemas na rede elétrica, acesso indevido de pessoas
aos servidores ou equipamentos de rede, treinamento inadequado
de funcionários, etc.
NOÇÕES DE SEGURANÇA: Medidas de proteção física, tais como serviços de guarda, uso
CONCEITOS DE VÍRUS, SPYWARE, de nobreaks, alarmes e fechaduras, circuito interno de televisão e
SPAM; CERTIFICADOS DE SEGURANÇA; sistemas de escuta são realmente uma parte da segurança da infor-
ACESSO A SITES SEGUROS; VERMES; mação. As medidas de proteção física são frequentemente citadas
CUIDADOS E PREVENÇÕES. como “segurança computacional”, visto que têm um importante
papel também na prevenção dos itens citados no parágrafo acima.
O ponto-chave é que as técnicas de proteção de dados por
mais sofisticadas que sejam, não têm serventia nenhuma se a segu-
rança física não for garantida.
SEGURANÇA DE INFORMAÇÃO
Instalação e Atualização
Segurança de Informação está relacionada com a proteção
existente ou necessária sobre dados que possuem valor para al- A maioria dos sistemas operacionais, principalmente as distri-
guém ou uma organização. Possui aspectos básicos como confi- buições Linux, vem acompanhada de muitos aplicativos que são
dencialidade, integridade e disponibilidade da informação que nos instalados opcionalmente no processo de instalação do sistema.
ajuda a entender as necessidades de sua proteção e que não se apli- Sendo assim, torna-se necessário que vários pontos sejam ob-
ca ou está restrita a sistemas computacionais, nem a informações servados para garantir a segurança desde a instalação do sistema,
eletrônicas ou qualquer outra forma mecânica de armazenamento. dos quais podemos destacar:
Ela se aplica a todos os aspectos de proteção e armazenamento de • Seja minimalista: Instale somente os aplicativos necessários,
informações e dados, em qualquer forma. O nível de segurança de aplicativos com problemas podem facilitar o acesso de um ata-
um sistema operacional de computador pode ser tipificado pela cante;
configuração de seus componentes. • Devem ser desativados todos os serviços de sistema que não
serão utilizados: Muitas vezes o sistema inicia automaticamente
CONCEITOS DE SEGURANÇA diversos aplicativos que não são necessários, esses aplicativos
também podem facilitar a vida de um atacante;
A Segurança da Informação refere-se à proteção existente • Deve-se tomar um grande cuidado com as aplicações de
sobre as informações de uma determinada empresa, instituição rede: problemas nesse tipo de aplicação podem deixar o sistema
governamental ou pessoa, isto é, aplica-se tanto as informações vulnerável a ataques remotos que podem ser realizados através da
corporativas quanto as pessoais. rede ou Internet;
Entende-se por informação todo e qualquer conteúdo ou dado • Use partições diferentes para os diferentes tipos de dados: a
que tenha valor para alguma organização ou pessoa. Ela pode estar divisão física dos dados facilita a manutenção da segurança;
guardada para uso restrito ou exposta ao público para consulta ou • Remova todas as contas de usuários não utilizadas: Contas
aquisição. de usuários sem senha, ou com a senha original de instalação, po-
Podem ser estabelecidas métricas (com o uso ou não de fer- dem ser facilmente exploradas para obter-se acesso ao sistema.
ramentas) para a definição do nível de segurança existente e, com Grande parte das invasões na Internet acontece devido a fa-
isto, serem estabelecidas as bases para análise da melhoria ou piora lhas conhecidas em aplicações de rede, as quais os administradores
da situação de segurança existente. de sistemas não foram capazes de corrigir a tempo. Essa afirmação

Didatismo e Conhecimento 129


INFORMÁTICA
pode ser confirmada facilmente pelo simples fato de que quando na todo o conteúdo de um pacote, não apenas seu cabeçalho, que
uma nova vulnerabilidade é descoberta, um grande número de ata- contém apenas os endereços de origem e destino da informação.
ques é realizado com sucesso. Por isso é extremamente importante Ele é chamado de ‘stateful’ porque examina os conteúdos dos pa-
que os administradores de sistemas se mantenham atualizados so- cotes para determinar qual é o estado da conexão, Ex: Ele garante
bre os principais problemas encontrados nos aplicativos utilizados, que o computador destino de uma informação tenha realmente so-
através dos sites dos desenvolvedores ou específicos sobre segu- licitado anteriormente a informação através da conexão atual.
rança da Informação. As principais empresas comerciais desenvol- Além de serem mais rigorosos na inspeção dos pacotes, os
vedoras de software e as principais distribuições Linux possuem stateful firewalls podem ainda manter as portas fechadas até que
boletins periódicos informando sobre as últimas vulnerabilidades
uma conexão para a porta específica seja requisitada. Isso permite
encontradas e suas devidas correções. Alguns sistemas chegam até
a possuir o recurso de atualização automática, facilitando ainda uma maior proteção contra a ameaça de port scanning.
mais o processo.
- Firewalls em Nível de Aplicação
Firewalls Nesse tipo de firewall o controle é executado por aplicações
específicas, denominadas proxies, para cada tipo de serviço a ser
Definimos o firewall como sendo uma barreira inteligente en- controlado. Essas aplicações interceptam todo o tráfego
tre duas redes, geralmente a rede local e a Internet, através da qual recebido e o envia para as aplicações correspondentes; assim,
só passa tráfego autorizado. Este tráfego é examinado pelo firewall cada aplicação pode controlar o uso de um serviço.
em tempo real e a seleção é feita de acordo com um conjunto de Apesar desse tipo de firewall ter uma perda maior de perfor-
regras de acesso Ele é tipicamente um roteador (equipamento que mance, já que ele analisa toda a comunicação utilizando proxies,
liga as redes com a Internet), um computador rodando filtragens de ele permite uma maior auditoria sobre o controle no tráfego, já
pacotes, um software Proxy, um firewall-in-a-box (um hardware que as aplicações específicas podem detalhar melhor os eventos
proprietário específico para função de firewall), ou um conjunto associados a um dado serviço.
desses sistemas. A maior dificuldade na sua implementação é a necessidade de
Pode-se dizer que firewall é um conceito ao invés de um pro-
instalação e configuração de um proxy para cada aplicação, sen-
duto. Ele é a soma de todas as regras aplicadas a rede. Geralmente,
do que algumas aplicações não trabalham corretamente com esses
essas regras são elaboradas considerando as políticas de acesso da
organização. mecanismos.
Podemos observar que o firewall é único ponto de entrada da
rede, quando isso acontece o firewall também pode ser designado Considerações sobre o uso de Firewalls
como check point.
De acordo com os mecanismos de funcionamentos dos fire- Embora os firewalls garantam uma maior proteção, e são ines-
walls podemos destacar três tipos principais: timáveis para segurança da informação, existem alguns ataques
• Filtros de pacotes que os firewalls não podem proteger, como a interceptação de trá-
• Stateful Firewalls fego não criptografado, ex: Interceptação de e-mail. Além disso,
• Firewalls em Nível de Aplicação embora os firewalls possam prover um único ponto de segurança
e auditoria, eles também podem se tornar um único ponto de falha
- Filtros de Pacotes – o que quer dizer que os firewalls são a última linha de defesa.
Significa que se um atacante conseguir quebrar a segurança de um
Esse é o tipo de firewall mais conhecido e utilizado. Ele con- firewall, ele vai ter acesso ao sistema, e pode ter a oportunidade
trola a origem e o destino dos pacotes de mensagens da Internet. de roubar ou destruir informações. Além disso, os firewalls prote-
Quando uma informação é recebida, o firewall verifica as informa-
gem a rede contra os ataques externos, mas não contra os ataques
ções sobre o endereço IP de origem e destino do pacote e compara
internos. No caso de funcionários mal intencionados, os firewalls
com uma lista de regras de acesso para determinar se pacote está
autorizado ou não a ser repassado através dele. não garantem muita proteção. Finalmente, como mencionado os
Atualmente, a filtragem de pacotes é implementada na maio- firewalls de filtros de pacotes são falhos em alguns pontos. - As
ria dos roteadores e é transparente aos usuários, porém pode ser fa- técnicas de Spoofing podem ser um meio efetivo de anular a sua
cilmente contornada com IP Spoofers. Por isto, o uso de roteadores proteção.
como única defesa para uma rede corporativa não é aconselhável. Para uma proteção eficiente contra as ameaças de segurança
Mesmo que filtragem de pacotes possa ser feita diretamente existentes, os firewalls devem ser usados em conjunto com diver-
no roteador, para uma maior performance e controle, é necessária a sas outras medidas de segurança.
utilização de um sistema específico de firewall. Quando um grande Existem, claro, outros mecanismos de segurança que apoiam
número de regras é aplicado diretamente no roteador, ele acaba os controles físicos: Portas / trancas / paredes / blindagem / guar-
perdendo performance. Além disso, Firewall mais avançados po- das / etc.
dem defender a rede contra spoofing e ataques do tipo DoS/DDoS.
• CONTROLES LÓGICOS: são barreiras que impedem ou
- Stateful Firewalls limitam o acesso à informação, que está em ambiente controlado,
geralmente eletrônico, e que, de outro modo, ficaria exposta a alte-
Outro tipo de firewall é conhecido como Stateful Firewall. Ele ração não autorizada por elemento mal intencionado.
utiliza uma técnica chamada Stateful Packet Inspection, que é um
Existem mecanismos de segurança que apoiam os controles
tipo avançado de filtragem de pacotes. Esse tipo de firewall exami-
lógicos:

Didatismo e Conhecimento 130


INFORMÁTICA
Mecanismos de encriptação provação da identidade. É uma versão eletrônica (digital) de algo
parecido a uma Cédula de Identidade - serve como prova de identi-
A criptografia vem, na sua origem, da fusão de duas palavras dade, reconhecida diante de qualquer situação onde seja necessária
gregas: a comprovação de identidade.
• CRIPTO = ocultar, esconder. O Certificado Digital pode ser usado em uma grande varieda-
• GRAFIA = escrever de de aplicações, como comércio eletrônico, groupware (Intranets
Criptografia é arte ou ciência de escrever em cifra ou em códi- e Internet) e transferência eletrônica de fundos.
gos. É então um conjunto de técnicas que tornam uma mensagem Dessa forma, um cliente que compre em um shopping virtual,
incompreensível permitindo apenas que o destinatário que conhe- utilizando um Servidor Seguro, solicitará o Certificado de Identi-
ça a chave de encriptação possa decriptar e ler a mensagem com dade Digital deste Servidor para verificar: a identidade do vende-
clareza. dor e o conteúdo do Certificado por ele apresentado. Da mesma
Permitem a transformação reversível da informação de forma forma, o servidor poderá solicitar ao comprador seu Certificado de
a torná-la ininteligível a terceiros. Utiliza-se para tal, algoritmos Identidade Digital, para identificá-lo com segurança e precisão.
determinados e uma chave secreta para, a partir de um conjunto de Caso qualquer um dos dois apresente um Certificado de Iden-
dados não encriptados, produzir uma sequência de dados encripta- tidade Digital adulterado, ele será avisado do fato, e a comunica-
dos. A operação inversa é a desencriptação. ção com segurança não será estabelecida.
O Certificado de Identidade Digital é emitido e assinado por
Assinatura digital uma Autoridade Certificadora Digital (Certificate Authority). Para
tanto, esta autoridade usa as mais avançadas técnicas de cripto-
Um conjunto de dados encriptados, associados a um docu- grafia disponíveis e de padrões internacionais (norma ISO X.509
mento do qual são função, garantindo a integridade do documento para Certificados Digitais), para a emissão e chancela digital dos
associado, mas não a sua confidencialidade. Certificados de Identidade Digital.
A assinatura digital, portanto, busca resolver dois problemas Podemos destacar três elementos principais:
não garantidos apenas com uso da criptografia para codificar as - Informação de atributo: É a informação sobre o objeto que
informações: a Integridade e a Procedência. é certificado. No caso de uma pessoa, isto pode incluir seu nome,
Ela utiliza uma função chamada one-way hash function, tam- nacionalidade e endereço e-mail, sua organização e o departamen-
bém conhecida como: compression function, cryptographic check- to da organização onde trabalha.
sum, message digest ou fingerprint. Essa função gera uma string - Chave de informação pública: É a chave pública da entida-
única sobre uma informação, se esse valor for o mesmo tanto no de certificada. O certificado atua para associar a chave pública à
informação de atributo, descrita acima. A chave pública pode ser
remetente quanto destinatário, significa que essa informação não
qualquer chave assimétrica, mas usualmente é uma chave RSA.
foi alterada.
- Assinatura da Autoridade em Certificação (CA): A CA as-
Mesmo assim isso ainda não garante total integridade, pois
sina os dois primeiros elementos e, então, adiciona credibilidade
a informação pode ter sido alterada no seu envio e um novo hash
ao certificado. Quem recebe o certificado verifica a assinatura e
pode ter sido calculado.
acreditará na informação de atributo e chave pública associadas se
Para solucionar esse problema, é utilizada a criptografia as-
acreditar na Autoridade em Certificação.
simétrica com a função das chaves num sentido inverso, onde o
Existem diversos protocolos que usam os certificados digitais
hash é criptografado usando a chave privada do remetente, sendo
para comunicações seguras na Internet:
assim o destinatário de posse da chave pública do remetente po-
• Secure Socket Layer ou SSL;
derá decriptar o hash. Dessa maneira garantimos a procedência,
• Secured Multipurpose Mail Extensions - S/MIME;
pois somente o remetente possui a chave privada para codificar o
• Form Signing;
hash que será aberto pela sua chave pública. Já o hash, gerado a • Authenticode / Objectsigning.
partir da informação original, protegido pela criptografia, garantirá O SSL é talvez a mais difundida aplicação para os certificados
a integridade da informação. digitais e é usado em praticamente todos os sites que fazem co-
mércio eletrônico na rede (livrarias, lojas de CD, bancos etc.). O
Mecanismos de garantia da integridade da informação SSL teve uma primeira fase de adoção onde apenas os servidores
estavam identificados com certificados digitais, e assim tínhamos
Usando funções de “Hashing” ou de checagem, consistindo garantido, além da identidade do servidor, o sigilo na sessão. En-
na adição. tretanto, apenas com a chegada dos certificados para os browsers é
que pudemos contar também com a identificação na ponta cliente,
Mecanismos de controle de acesso eliminando assim a necessidade do uso de senhas e logins.
O S/Mime é também um protocolo muito popular, pois permi-
Palavras-chave, sistemas biométricos, firewalls, cartões in- te que as mensagens de correio eletrônico trafeguem encriptadas e/
teligentes. ou assinadas digitalmente. Desta forma os e-mails não podem ser
Mecanismos de certificação lidos ou adulterados por terceiros durante o seu trânsito entre a má-
quina do remetente e a do destinatário. Além disso, o destinatário
Atesta a validade de um documento. O Certificado Digital, tem a garantia da identidade de quem enviou o e-mail.
também conhecido como Certificado de Identidade Digital associa O Form Signing é uma tecnologia que permite que os usuários
a identidade de um titular a um par de chaves eletrônicas (uma emitam recibos online com seus certificados digitais. Por exemplo:
pública e outra privada) que, usadas em conjunto, fornecem a com- o usuário acessa o seu Internet Banking e solicita uma transferên-

Didatismo e Conhecimento 131


INFORMÁTICA
cia de fundos. O sistema do banco, antes de fazer a operação, pede • Excluir um arquivo crítico e negar que excluiu;
que o usuário assine com seu certificado digital um recibo con- • Comprar um produto e mais tarde negar que comprou.
firmando a operação. Esse recibo pode ser guardado pelo banco
para servir como prova, caso o cliente posteriormente negue ter Divulgação
efetuado a transação.
O Authenticode e o Object Signing são tecnologias que per- A Divulgação das Informações pode ser tão grave e/ou custar
mitem que um desenvolvedor de programas de computador assine tão caro quanto um ataque de “Negação de Serviço”, pois informa-
digitalmente seu software. Assim, ao baixar um software pela In- ções que não podiam ser acessadas por terceiros, agora estão sendo
ternet, o usuário tem certeza da identidade do fabricante do pro- divulgadas ou usadas para obter vantagem em negócios.
grama e que o software se manteve íntegro durante o processo de Dependendo da informação ela pode ser usada como objeto de
download. Os certificados digitais se dividem em basicamente dois chantagem. Abaixo exemplos de Divulgação:
formatos: os certificados de uso geral (que seriam equivalentes a • Expor informações em mensagens de erro;
uma carteira de identidade) e os de uso restrito (equivalentes a car- • Expor código em sites.
tões de banco, carteiras de clube etc.). Os certificados de uso geral
são emitidos diretamente para o usuário final, enquanto que os de Negação de Serviço (DoS) (Denial of Service, DoS)
uso restrito são voltados basicamente para empresas ou governo.
A forma mais conhecida de ataque que consiste na perturba-
Integridade: Medida em que um serviço/informação é genui- ção de um serviço, devido a danos físicos ou lógicos causados no
no, isto é, esta protegido contra a personificação por intrusos. sistema que o suportam. Para provocar um DoS, os atacantes dis-
seminam vírus, geram grandes volumes de tráfego de forma artifi-
Honeypot: É o nome dado a um software, cuja função é de- cial, ou muitos pedidos aos servidores que causam subcarga e estes
tectar ou de impedir a ação de um cracker, de um spammer, ou últimos ficam impedidos de processar os pedidos normais.
de qualquer agente externo estranho ao sistema, enganando-o, fa- O objetivo deste ataque é parar algum serviço. Exemplo:
zendo-o pensar que esteja de fato explorando uma vulnerabilidade • “Inundar” uma rede com pacotes SYN (Syn-Flood);
daquele sistema. • “Inundar” uma rede com pacotes ICPM forçados.
O alvo deste tipo de ataque pode ser um Web Server contendo
AMEAÇAS À SEGURANÇA o site da empresa, ou até mesmo “inundar” o DHCP Server Local
com solicitações de IP, fazendo com que nenhuma estação com IP
Ameaça é algo que oferece um risco e tem como foco algum dinâmico obtenha endereço IP.
ativo. Uma ameaça também pode aproveitar-se de alguma vulne-
rabilidade do ambiente. Elevação de Privilégios
Identificar Ameaças de Segurança – Identificar os Tipos de
Ataques é a base para chegar aos Riscos. Lembre-se que existem Acontece quando o usuário mal-intencionado quer executar
as prioridades; essas prioridades são os pontos que podem com- uma ação da qual não possui privilégios administrativos suficien-
prometer o “Negócio da Empresa”, ou seja, o que é crucial para a tes:
sobrevivência da Empresa é crucial no seu projeto de Segurança. • Explorar saturações do buffer para obter privilégios do sis-
Abaixo temos um conjunto de ameaças, chamado de FVRD- tema;
NE: • Obter privilégios de administrador de forma ilegítima.
Este usuário pode aproveitar-se que o Administrador da Rede
Falsificação efetuou logon numa máquina e a deixou desbloqueada, e com isso
adicionar a sua própria conta aos grupos Domain Admins, e Re-
Falsificação de Identidade é quando se usa nome de usuário mote Desktop Users. Com isso ele faz o que quiser com a rede da
e senha de outra pessoa para acessar recursos ou executar tarefas. empresa, mesmo que esteja em casa.
Seguem dois exemplos:
• Falsificar mensagem de e-mail; Quem pode ser uma ameaça?
• Executar pacotes de autenticação.
Um ataque de Falsificação pode ter início em um PostIt com Quem ataca a rede/sistema são agentes maliciosos, muitas
sua senha, grudado no seu monitor. vezes conhecidos como crackers, (hackers não são agentes mali-
ciosos, tentam ajudar a encontrar possíveis falhas). Estas pessoas
Violação são motivadas para fazer esta ilegalidade por vários motivos. Os
principais motivos são: notoriedade, autoestima, vingança e o di-
A Violação ocorre quando os dados são alterados: nheiro. É sabido que mais de 70% dos ataques partem de usuários
• Alterar dados durante a transmissão; legítimos de sistemas de informação (Insiders) -- o que motiva
• Alterar dados em arquivos. corporações a investir largamente em controles de segurança para
seus ambientes corporativos (intranet).
Repudiação É necessário identificar quem pode atacar a minha rede, e qual
A Repudiação talvez seja uma das últimas etapas de um ata- a capacidade e/ou objetivo desta pessoa.
que bem sucedido, pois é o ato de negar algo que foi feito. Isso • Principiante – não tem nenhuma experiência em programa-
pode ser feito apagando as entradas do Log após um acesso inde- ção e usa ferramentas de terceiros. Geralmente não tem noção do
vido. Exemplos: que está fazendo ou das consequências daquele ato.

Didatismo e Conhecimento 132


INFORMÁTICA
• Intermediário – tem algum conhecimento de programação e As políticas de segurança devem ter implementação realista,
utiliza ferramentas usadas por terceiros. Esta pessoa pode querer e definir claramente as áreas de responsabilidade dos usuários, do
algo além de testar um “Programinha Hacker”. pessoal de gestão de sistemas e redes e da direção. Deve também
• Avançado – Programadores experientes, possuem conheci- adaptar-se a alterações na organização. As políticas de segurança
mento de Infraestrutura e Protocolos. Podem realizar ataques es- fornecem um enquadramento para a implementação de mecanis-
truturados. Certamente não estão só testando os seus programas. mos de segurança, definem procedimentos de segurança adequa-
Estas duas primeiras pessoas podem ser funcionários da em- dos, processos de auditoria à segurança e estabelecem uma base
presa, e provavelmente estão se aproveitando de alguma vulnera- para procedimentos legais na sequência de ataques.
bilidade do seu ambiente. O documento que define a política de segurança deve deixar
de fora todos os aspetos técnicos de implementação dos mecanis-
VULNERABILIDADES mos de segurança, pois essa implementação pode variar ao longo
do tempo. Deve ser também um documento de fácil leitura e com-
Os ataques com mais chances de dar certo são aqueles que ex- preensão, além de resumido.
ploram vulnerabilidades, seja ela uma vulnerabilidade do sistema Algumas normas definem aspectos que devem ser levados em
operacional, aplicativos ou políticas internas. consideração ao elaborar políticas de segurança. Entre essas nor-
Veja algumas vulnerabilidades: mas estão a BS 7799 (elaborada pela British Standards Institution)
• Roubo de senhas – Uso de senhas em branco, senhas pre- e a NBR ISO/IEC 17799 (a versão brasileira desta primeira).
Existem duas filosofias por trás de qualquer política de se-
visíveis ou que não usam requisitos mínimos de complexidade.
gurança: a proibitiva (tudo que não é expressamente permitido é
Deixar um Postit com a sua senha grudada no monitor é uma vul-
proibido) e a permissiva (tudo que não é proibido é permitido).
nerabilidade.
Enfim, implantar Segurança em um ambiente não depende
• Software sem Patches – Um gerenciamento de Service Packs
só da Tecnologia usada, mas também dos Processos utilizados
e HotFixes mal feito é uma vulnerabilidade comum. Veja casos
na sua implementação e da responsabilidade que as Pessoas têm
como os ataques do Slammer e do Blaster, sendo que suas res- neste conjunto. Estar atento ao surgimento de novas tecnologias
pectivas correções já estavam disponíveis bem antes dos ataques não basta, é necessário entender as necessidades do ambiente, e
serem realizados. implantar políticas que conscientizem as pessoas a trabalhar de
• Configuração Incorreta – Aplicativos executados com contas modo seguro.
de Sistema Local, e usuários que possuem permissões acima do Seu ambiente nunca estará seguro, não imagine que instalando
necessário. um bom Antivírus você elimina as suas vulnerabilidades ou dimi-
• Engenharia Social – O Administrador pode alterar uma se- nui a quantidade de ameaças. É extremamente necessário conhecer
nha sem verificar a identidade da chamada. o ambiente e fazer um estudo, para depois poder implementar fer-
• Segurança fraca no Perímetro – Serviços desnecessários, ramentas e soluções de segurança.
portas não seguras. Firewall e Roteadores usados incorretamente.
• Transporte de Dados sem Criptografia – Pacotes de autenti- NOÇÕES BÁSICAS A RESPEITO DE VÍRUS DE COM-
cação usando protocolos de texto simples, dados importantes en- PUTADOR
viados em texto simples pela Internet.
Identifique, entenda como explorá-las e mesmo que não seja DEFINIÇÃO E PROGRAMAS ANTIVÍRUS
possível eliminá-las, monitore e gerencie o risco de suas vulnera-
bilidades. O que são vírus de computador?
Nem todos os problemas de segurança possuem uma solução
definitiva, a partir disso inicia-se o Gerenciamento de Risco, anali- Os vírus representam um dos maiores problemas para usuá-
sando e balanceando todas as informações sobre Ativos, Ameaças, rios de computador.
Vulnerabilidades, probabilidade e impacto. Consistem em pequenos programas criados para causar algum
dano ao computador infectado, seja apagando dados, seja captu-
NÍVEL DE SEGURANÇA rando informações, seja alterando o funcionamento normal da má-
quina. Os usuários dos sistemas operacionais Windows são vítimas
Depois de identificado o potencial de ataque, as organizações quase que exclusivas de vírus, já que os sistemas da Microsoft são
têm que decidir o nível de segurança a estabelecer para um rede largamente usados no mundo todo. Existem vírus para sistemas
ou sistema os recursos físicos e lógicos a necessitar de proteção. operacionais Mac e os baseados em Unix, mas estes são extrema-
No nível de segurança devem ser quantificados os custos associa- mente raros e costumam ser bastante limitados. Esses “programas
dos aos ataques e os associados à implementação de mecanismos maliciosos” receberam o nome vírus porque possuem a caracterís-
de proteção para minimizar a probabilidade de ocorrência de um tica de se multiplicar facilmente, assim como ocorre com os vírus
ataque . reais, ou seja, os vírus biológicos. Eles se disseminam ou agem
POLÍTICAS DE SEGURANÇA por meio de falhas ou limitações de determinados programas, se
espalhando como em uma infecção.
Para contaminarem os computadores, os vírus antigamente
De acordo com o RFC 2196 (The Site Security Handbook),
usavam disquetes ou arquivos infectados. Hoje, os vírus podem
uma política de segurança consiste num conjunto formal de regras
atingir em poucos minutos milhares de computadores em todo
que devem ser seguidas pelos usuários dos recursos de uma orga-
mundo. Isso tudo graças à Internet. O método de propagação mais
nização.

Didatismo e Conhecimento 133


INFORMÁTICA
comum é o uso de e-mails, onde o vírus usa um texto que ten- TIPOS
ta convencer o internauta a clicar no arquivo em anexo. É nesse
anexo que se encontra o vírus. Os meios de convencimento são Cavalo-de-Tróia
muitos e costumam ser bastante criativos. O e-mail (e até o campo
assunto da mensagem) costuma ter textos que despertam a curio- A denominação “Cavalo de Tróia” (Trojan Horse) foi atri-
sidade do internauta. Muitos exploram assuntos eróticos ou abor- buída aos programas que permitem a invasão de um computador
dam questões atuais. Alguns vírus podem até usar um remetente alheio com espantosa facilidade. Nesse caso, o termo é análogo
falso, fazendo o destinatário do e-mail acreditar que se trata de ao famoso artefato militar fabricado pelos gregos espartanos. Um
uma mensagem verdadeira. Muitos internautas costumam identi- “amigo” virtual presenteia o outro com um “presente de grego”,
que seria um aplicativo qualquer. Quando o leigo o executa, o pro-
ficar e-mails de vírus, mas os criadores destas “pragas digitais”
grama atua de forma diferente do que era esperado.
podem usar artifícios inéditos que não poupam nem o usuário mais
Ao contrário do que é erroneamente informado na mídia, que
experiente.
classifica o Cavalo de Tróia como um vírus, ele não se reproduz
O computador (ou, melhor dizendo, o sistema operacional), e não tem nenhuma comparação com vírus de computador, sendo
por si só, não tem como detectar a existência deste programinha. que seu objetivo é totalmente diverso. Deve-se levar em conside-
Ele não é referenciado em nenhuma parte dos seus arquivos, nin- ração, também, que a maioria dos antivírus faz a sua detecção e os
guém sabe dele, e ele não costuma se mostrar antes do ataque fatal. classificam como tal. A expressão “Trojan” deve ser usada, exclu-
Em linhas gerais, um vírus completo (entenda-se por comple- sivamente, como definição para programas que capturam dados
to o vírus que usa todas as formas possíveis de contaminar e se sem o conhecimento do usuário.
ocultar) chega até a memória do computador de duas formas. O Cavalo de Tróia é um programa que se aloca como um ar-
A primeira e a mais simples é a seguinte: em qualquer disco quivo no computador da vítima. Ele tem o intuito de roubar infor-
(tanto disquete quanto HD) existe um setor que é lido primeiro mações como passwords, logins e quaisquer dados, sigilosos ou
pelo sistema operacional quando o computador o acessa. Este se- não, mantidos no micro da vítima. Quando a máquina contaminada
tor identifica o disco e informa como o sistema operacional (SO) por um Trojan conectar-se à Internet, poderá ter todas as infor-
deve agir. O vírus se aloja exatamente neste setor, e espera que o mações contidas no HD visualizadas e capturadas por um intruso
computador o acesse. qualquer. Estas visitas são feitas imperceptivelmente. Só quem já
A partir daí ele passa para a memória do computador e entra esteve dentro de um computador alheio sabe as possibilidades ofe-
na segunda fase da infecção. Mas antes de falarmos da segunda recidas.
fase, vamos analisar o segundo método de infecção: o
vírus se agrega a um arquivo executável (fica pendurado mes- Worm
mo nesse arquivo). Acessar o disco onde este arquivo está não é o
Os worms (vermes) podem ser interpretados como um tipo de
suficiente para se contaminar.
vírus mais inteligente que os demais. A principal diferença entre
É preciso executar o arquivo contaminado. O vírus se anexa, eles está na forma de propagação: os worms podem se propagar
geralmente, em uma parte do arquivo onde não interfira no seu rapidamente para outros computadores, seja pela Internet, seja por
funcionamento (do arquivo), pois assim o usuário não vai perceber meio de uma rede local. Geralmente, a contaminação ocorre de
nenhuma alteração e vai continuar usando o programa infectado. maneira discreta e o usuário só nota o problema quando o compu-
O vírus, após ter sido executado, fica escondido agora na me- tador apresenta alguma anormalidade. O que faz destes vírus inte-
mória do computador, e imediatamente infecta todos os discos que ligentes é a gama de possibilidades de propagação. O worm pode
estão ligados ao computador, colocando uma cópia de si mesmo capturar endereços de e-mail em arquivos do usuário, usar serviços
no tal setor que é lido primeiro (chamado setor de boot), e quando de SMTP (sistema de envio de e-mails) próprios ou qualquer outro
o disco for transferido para outro computador, este ao acessar o meio que permita a contaminação de computadores (normalmente
disco contaminado (lendo o setor de boot), executará o vírus e o milhares) em pouco tempo.
alocará na sua memória, o que por sua vez irá infectar todos os dis-
cos utilizados neste computador, e assim o vírus vai se alastrando. Spywares, keyloggers e hijackers
Os vírus que se anexam a arquivos infectam também todos os
arquivos que estão sendo ou e serão executados. Alguns às vezes Apesar de não serem necessariamente vírus, estes três nomes
re-contaminam o mesmo arquivo tantas vezes e ele fica tão grande também representam perigo. Spywares são programas que ficam
que passa a ocupar um espaço considerável (que é sempre muito “espionando” as atividades dos internautas ou capturam informa-
precioso) em seu disco. Outros, mais inteligentes, se escondem en- ções sobre eles. Para contaminar um computador, os spywares po-
tre os espaços do programa original, para não dar a menor pista de dem vir embutidos em softwares desconhecidos ou serem baixa-
dos automaticamente quando o internauta visita sites de conteúdo
sua existência.
duvidoso.
Cada vírus possui um critério para começar o ataque propria-
Os keyloggers são pequenos aplicativos que podem vir em-
mente dito, onde os arquivos começam a ser apagados, o micro butidos em vírus, spywares ou softwares suspeitos, destinados a
começa a travar, documentos que não são salvos e várias outras capturar tudo o que é digitado no teclado. O objetivo principal,
tragédias. Alguns apenas mostram mensagens chatas, outros mais nestes casos, é capturar senhas.
elaborados fazem estragos muitos grandes. Hijackers são programas ou scripts que “sequestram” nave-
gadores de Internet, principalmente o Internet Explorer. Quando
isso ocorre, o hijacker altera a página inicial do browser e impede

Didatismo e Conhecimento 134


INFORMÁTICA
o usuário de mudá-la, exibe propagandas em pop-ups ou janelas Portanto, a regra básica com relação a vírus (e outras infecções) é:
novas, instala barras de ferramentas no navegador e podem impe- Jamais execute programas que não tenham sido obtidos de fontes
dir acesso a determinados sites (como sites de software antivírus, absolutamente confiáveis. O tema dos vírus é muito extenso e não
por exemplo). se pode pretender abordá-lo aqui senão superficialmente, para dar
Os spywares e os keyloggers podem ser identificados por orientações essenciais. Vamos a algumas recomendações.
programas anti-spywares. Porém, algumas destas pragas são tão Os processos mais comuns de se receber arquivos são como
perigosas que alguns antivírus podem ser preparados para identifi- anexos de mensagens de e-mail, através de programas de FTP, ou
cá-las, como se fossem vírus. No caso de hijackers, muitas vezes é por meio de programas de comunicação, como o ICQ, o NetMee-
necessário usar uma ferramenta desenvolvida especialmente para ting, etc.
combater aquela praga. Isso porque os hijackers podem se infiltrar Note que:
no sistema operacional de uma forma que nem antivírus nem anti Não existem vírus de e-mail. O que existem são vírus escondi-
-spywares conseguem “pegar”. dos em programas anexados ao e-mail. Você não infecta seu com-
putador só de ler uma mensagem de correio eletrônico escrita em
Hoaxes, o que são? formato texto (.txt). Mas evite ler o conteúdo de arquivos anexados
sem antes certificar-se de que eles estão livres de vírus. Salve-os
São boatos espalhados por mensagens de correio eletrônico, em um diretório e passe um programa antivírus atualizado. Só de-
que servem para assustar o usuário de computador. Uma mensa- pois abra o arquivo.
gem no e-mail alerta para um novo vírus totalmente destrutivo que Cuidados que se deve tomar com mensagens de correio eletrô-
está circulando na rede e que infectará o micro do destinatário en- nico – Como já foi falado, simplesmente ler a mensagem não causa
quanto a mensagem estiver sendo lida ou quando o usuário clicar qualquer problema. No entanto, se a mensagem contém anexos (ou
em determinada tecla ou link. Quem cria a mensagem hoax nor- attachments, em Inglês), é preciso cuidado. O anexo pode ser um
malmente costuma dizer que a informação partiu de uma empresa arquivo executável (programa) e, portanto, pode estar contamina-
confiável, como IBM e Microsoft, e que tal vírus poderá danificar do. A não ser que você tenha certeza absoluta da integridade do
a máquina do usuário. Desconsidere a mensagem. arquivo, é melhor ser precavido e suspeitar. Não abra o arquivo
sem antes passá-lo por uma análise do antivírus atualizado
FIREWALL Mas se o anexo não for um programa, for um arquivo apenas
de texto, é possível relaxar os cuidados?
Firewall é um programa que monitora as conexões feitas pelo Não. Infelizmente, os criadores de vírus são muito ativos, e
seu computador para garantir que nenhum recurso do seu compu- existem hoje, disseminando-se rapidamente, vírus que contami-
tador esteja sendo usado indevidamente. São úteis para a preven- nam arquivos do MS Word ou do MS Excel. São os chamados
ção de worms e trojans. vírus de macro, que infectam os macros (executáveis) destes ar-
quivos. Assim, não abra anexos deste tipo sem prévia verificação.
ANTIVÍRUS É possível clicar no indicador de anexo para ver do que se
trata? E como fazer em seguida?
Existe uma variedade enorme de softwares antivírus no mer-
Apenas clicar no indicador (que no MS Outlook Express é
cado. Independente de qual você usa, mantenha-o sempre atuali-
uma imagem de um clip), sim. Mas cuidado para não dar um cli-
zado. Isso porque surgem vírus novos todos os dias e seu antivírus
que duplo, ou clicar no nome do arquivo, pois se o anexo for um
precisa saber da existência deles para proteger seu sistema opera-
programa, será executado. Faça assim:
cional.
1- Abra a janela da mensagem (em que o anexo aparece como
A maioria dos softwares antivírus possuem serviços de atua-
um ícone no rodapé);
lização automática. Abaixo há uma lista com os antivírus mais co-
2- Salve o anexo em um diretório à sua escolha, o que pode
nhecidos:
ser feito de dois modos:
Norton AntiVirus - Symantec - www.symantec.com.br - Pos-
sui versão de teste. a) clicar o anexo com o botão direito do mouse e em seguida
McAfee - McAfee - http://www.mcafee.com.br - Possui ver- clicar em “Salvar como...”;
são de teste. b) sequência de comandos: Arquivo / Salvar anexos...
AVG - Grisoft - www.grisoft.com - Possui versão paga e outra 3- Passe um antivírus atualizado no anexo salvo para se certi-
gratuita para uso não comercial (com menos funcionalidades). ficar de que este não está infectado.
Panda Antivírus - Panda Software - www.pandasoftware.com. Riscos dos “downloads”- Simplesmente baixar o programa
br - Possui versão de teste. para o seu computador não causa infecção, seja por FTP, ICQ, ou
É importante frisar que a maioria destes desenvolvedores pos- o que for. Mas de modo algum execute o programa (de qualquer
suem ferramentas gratuitas destinadas a remover vírus específicos. tipo, joguinhos, utilitários, protetores de tela, etc.) sem antes sub-
Geralmente, tais softwares são criados para combater vírus perigo- metê-lo a um bom antivírus.
sos ou com alto grau de propagação.
O que acontece se ocorrer uma infecção?
PROTEÇÃO Você ficará à mercê de pessoas inescrupulosas quando estiver
conectado à Internet. Elas poderão invadir seu computador e rea-
A melhor política com relação à proteção do seu computador lizar atividades nocivas desde apenas ler seus arquivos, até causar
contra vírus é possuir um bom software antivírus original instalado danos como apagar arquivos, e até mesmo roubar suas senhas, cau-
e atualizá-lo com frequência, pois surgem vírus novos a cada dia. sando todo o tipo de prejuízos.

Didatismo e Conhecimento 135


INFORMÁTICA
Como me proteger? 3- Um item selecionado do Windows XP pode ser excluído
Em primeiro lugar, voltemos a enfatizar a atitude básica de permanentemente, sem colocá-Lo na Lixeira, pressionando-se si-
evitar executar programas desconhecidos ou de origem duvidosa. multaneamente as teclas
Portanto, mais uma vez, Jamais execute programas que não te- (A) Ctrl + Delete.
nham sido obtidos de fontes absolutamente confiáveis. (B) Shift + End.
Além disto, há a questão das senhas. Se o seu micro estiver (C) Shift + Delete.
infectado outras pessoas poderiam acessar as suas senhas. E tro- (D) Ctrl + End.
ca-las não seria uma solução definitiva, pois os invasores pode- (E) Ctrl + X.
riam entrar no seu micro outra vez e rouba-la novamente. Portan-
to, como medida extrema de prevenção, o melhor mesmo é NÃO Comentário: Quando desejamos excluir permanentemente um
DEIXAR AS SENHAS NO COMPUTADOR. Isto quer dizer que arquivo ou pasta no Windows sem enviar antes para a lixeira, bas-
você não deve usar, ou deve desabilitar, se já usa, os recursos do ta pressionarmos a tecla Shift em conjunto com a tecla Delete. O
tipo “lembrar senha”. Eles gravam sua senha para evitar a necessi- Windows exibirá uma mensagem do tipo “Você tem certeza que
dade de digitá-la novamente. Só que, se a sua senha está gravada deseja excluir permanentemente este arquivo?” ao invés de “Você
no seu computador, ela pode ser lida por um invasor. Atualmente, tem certeza que deseja enviar este arquivo para a lixeira?”.
é altamente recomendável que você prefira digitar a senha a cada Resposta: C
vez que faz uma conexão. Abra mão do conforto em favor da sua 4- Qual a técnica que permite reduzir o tamanho de arquivos,
segurança. sem que haja perda de informação?
(A) Compactação
Questões Comentadas (B) Deleção
(C) Criptografia
1- Com relação ao sistema operacional Windows, assinale a (D) Minimização
opção correta. (E) Encolhimento adaptativo
(A) A desinstalação de um aplicativo no Windows deve ser
feita a partir de opção equivalente do Painel de Controle, de modo Comentários: A compactação de arquivos é uma técnica am-
a garantir a correta remoção dos arquivos relacionados ao aplicati- plamente utilizada. Alguns arquivos compactados podem conter
vo, sem prejuízo ao sistema operacional. extensões ZIP, TAR, GZ, RAR e alguns exemplos de programas
(B) O acionamento simultâneo das teclas CTRL, ALT e DE-
compactadores são o WinZip, WinRar, SolusZip, etc.
LETE constitui ferramenta poderosa de acesso direto aos diretó-
Resposta: A
rios de programas instalados na máquina em uso.
(C) O Windows oferece acesso facilitado a usuários de um
5- A figura a seguir foi extraída do MS-Excel:
computador, pois bastam o nome do usuário e a senha da máquina
para se ter acesso às contas dos demais usuários possivelmente
cadastrados nessa máquina.
(D) O Windows oferece um conjunto de acessórios disponí-
veis por meio da instalação do pacote Office, entre eles, calculado-
ra, bloco de notas, WordPad e Paint.
(E) O comando Fazer Logoff, disponível a partir do botão Ini-
ciar do Windows, oferece a opção de se encerrar o Windows, dar
saída no usuário correntemente em uso na máquina e, em seguida,
Se o conteúdo da célula D1 for copiado (Ctrl+C) e colado
desligar o computador.
(Ctrl+V) na célula D3, seu valor será:
Comentários: Para desinstalar um programa de forma segura
(A) 7
deve-se acessar Painel de Controle / Adicionar ou remover pro-
gramas (B) 56
(C) 448
Resposta – Letra A
(D) 511
2- Nos sistemas operacionais como o Windows, as informa- (E) uma mensagem de erro Comentários: temos que D1=SO-
ções estão contidas em arquivos de vários formatos, que são arma- MA(A1:C1). Quando copiamos uma célula que contém uma fór-
zenados no disco fixo ou em outros tipos de mídias removíveis do mula e colamos em outra célula, a fórmula mudará ajustando-se à
computador, organizados em: nova posição. Veja como saber como ficará a nova fórmula ao ser
(A) telas. copiada de D1 para D3:
(B) pastas.
(C) janelas.
(D) imagens.
(E) programas.
Comentários: O Windows Explorer, mostra de forma bem cla-
ra a organização por meio de PASTAS, que nada mais são do que
compartimentos que ajudam a organizar os arquivos em endereços
específicos, como se fosse um sistema de armário e gavetas.
Resposta: Letra B

Didatismo e Conhecimento 136


INFORMÁTICA
Agora é só substituir os valores: A fórmula diz para somar Estão corretas apenas as afirmativas:
todas as células de A3 até C3(dois pontos significam ‘até’), sendo A) I, II, III, IV
assim teremos que somar A3, , B3, C3 obtendo-se o resultado 448. B) I, II
Resposta: C. C) I, II, III
D) I, II, IV
6- “O correio eletrônico é um método que permite compor, E) I, III, IV
enviar e receber mensagens através de sistemas eletrônicos de co-
municação”. São softwares gerenciadores de email, EXCETO: Comentários: O URL é o endereço (único) de um recurso na
A) Mozilla Thunderbird. Internet. A questão parece diferenciar um recurso de página, mas
B) Yahoo Messenger. na verdade uma página é um recurso (o mais conhecido, creio) da
C) Outlook Express. Web. Item verdadeiro.
D) IncrediMail. É comum confundir os itens II e III, por isso memorize: down
E) Microsoft Office Outlook 2003. = baixar
Comentários: Podemos citar vários gerenciadores de e-mail o = baixar para sua máquina, descarregar. II e III são verda-
(eletronic mail ou correio eletrônico), mas devemos memorizar deiros.
que os sistemas que trabalham o correio eletrônico podem fun-
cionar por meio de um software instalado em nosso computador
local ou por meio de um programa que funciona dentro de um
navegador, via acesso por Internet. Este programa da Internet, que
não precisa ser instalado, e é chamado de WEBMAIL, enquanto o
software local é o gerenciador de e-mail citado pela questão.
Principais Vantagens do Gerenciador de e-mail:
 Pode ler e escrever mensagens mesmo quando está des-
conectado da Internet;
 Permite armazenar as mensagens localmente (no com-
putador local);
 Permite utilizar várias caixas de e-mail ao mesmo tempo; No item IV encontramos o item falso da questão, o que nos
Maiores Desvantagens: leva ao gabarito – letra C. Anexar um arquivo em mensagem de
 Ocupam espaço em disco; e-mail significa copiar e não mover!
 Compatibilidade com os servidores de e-mail (nem sem- Resposta: C.
pre são compatíveis).
A seguir, uma lista de gerenciadores de e-mail (em negrito os 8- A respeito dos modos de utilização de aplicativos do am-
mais conhecidos e utilizados atualmente): biente MS Office, assinale a opção correta.
Microsoft Office Outlook (A) Ao se clicar no nome de um documento gravado com a
Microsoft Outlook Express; extensão .xls a partir do Meu Computador, o Windows ativa o MS
Mozilla Thunderbird; Access para a abertura do documento em tela.
IcrediMail (B) As opções Copiar e Colar, que podem ser obtidas ao se
Eudora acionar simultaneamente as teclas CTRL + C e CTRL + V,respecti-
Pegasus Mail vamente, estão disponíveis no menu Editar de todos os aplicativos
Apple Mail (Apple) da suíte MS Office.
Kmail (Linux) (C) A opção Salvar Como, disponível no menu das aplicações
Windows Mail do MS Office, permite que o usuário salve o documento corren-
A questão cita o Yahoo Mail, mas este é um WEBMAIL, ou temente aberto com outro nome. Nesse caso, a versão antiga do
seja, não é instalado no computador local. Logo, é o gabarito da documento é apagada e só a nova versão permanece armazenada
questão. no computador.
Resposta: B. (D) O menu Exibir permite a visualização do documento aber-
7- Sobre os conceitos de utilização da Internet e correio ele- to correntemente, por exemplo, no formato do MS Word para ser
trônico, analise: aberto no MS PowerPoint.
I. A URL digitada na barra de Endereço é usada pelos navega- (E) Uma das vantagens de se utilizar o MS Word é a elabora-
dores da Web (Internet Explorer, Mozilla e Google Chrome) para ção de apresentações de slides que utilizem conteúdo e imagens de
localizar recursos e páginas da Internet (Exemplo: http://www. maneira estruturada e organizada.
google.com.br).
II. Download significa descarregar ou baixar; é a transferência Comentários: O menu editar geralmente contém os comandos
de dados de um servidor ou computador remoto para um compu- universais dos programas da Microsoft como é o caso dos atalhos
tador local. CTRL + C, CTRL + V, CTRL + X, além do localizar.
III. Upload é a transferência de dados de um computador local Em relação às outras letras:
para um servidor ou computador remoto. Letra A – Incorreto – A extensão .xls abre o aplicativo Excel
IV. Anexar um arquivo em mensagem de e-mail significa mo- e não o Access
vê-lo definitivamente da máquina local, para envio a um destinatá- Letra C – Incorreto – A opção salvar como, cria uma cópia do
rio, com endereço eletrônico. arquivo corrente e não apaga a sua versão antiga.

Didatismo e Conhecimento 137


INFORMÁTICA
Letra D – Incorreto – O menu exibir mostra formas de exibi- - HTTP (Hypertext Transfer Protocol) – Protocole de carrega-
ção do documento dentro do contexto de cada programa e não de mento de páginas de Hipertexto – HTML - IP (Internet Protocol)
um programa para o outro como é o caso da afirmativa. – Identificação lógica de uma máquina na rede- POP (Post Office
Letra E – Incorreto – O Ms Word não faz apresentação de Protocol) – Protocolo de recebimento de emails direto no PC via
slides e sim o Ms Power Point. gerenciador de emails - SMTP (Simple Mail Transfer Protocol)
Resposta: B – Protocolo padrão de envio de emails - IMAP(Internet Message
9- Com relação a conceitos de Internet e intranet, assinale a Access Protocol) – Semelhante ao POP, no entanto, possui mais re-
opção correta. cursos e dá ao usuário a possibilidade de armazenamento e acesso
(A) Domínio é o nome dado a um servidor que controla a en- a suas mensagens de email direto no servidor. - FTP(File Transfer
trada e a saída de conteúdo em uma rede, como ocorre na Internet. Protocol) – Protocolo para transferência de arquivos
(B) A intranet só pode ser acessada por usuários da Internet Resposta: D
que possuam uma conexão http, ao digitarem na barra de endere-
ços do navegador: http://intranet.com. 11- Quanto ao Windows Explorer, assinale a opção correta.
(C) Um modem ADSL não pode ser utilizado em uma rede
(A) O Windows Explorer é utilizado para gerenciar pastas e
local, pois sua função é conectar um computador à rede de tele-
arquivos e por seu intermédio não é possível acessar o Painel de
fonia fixa.
Controle, o qual só pode ser acessado pelo botão Iniciar do Win-
(D) O modelo cliente/servidor, em que uma máquina denomi-
nada cliente requisita serviços a outra, denominada servidor, ainda dows.
é o atual paradigma de acesso à Internet. (B) Para se obter a listagem completa dos arquivos salvos em
(E) Um servidor de páginas web é a máquina que armazena um diretório, exibindo-se tamanho, tipo e data de modificação, de-
os nomes dos usuários que possuem permissão de acesso a uma ve-se selecionar Detalhes nas opções de Modos de Exibição.
quantidade restrita de páginas da Internet. (C) No Windows Explorer, o item Meus Locais de Rede ofere-
Comentários: O modelo cliente/servidor é questionado em ter- ce um histórico de páginas visitadas na Internet para acesso direto
mos de internet pois não é tão robusto quanto redes P2P pois, en- a elas.
quanto no primeiro modelo uma queda do servidor central impede (D) Quando um arquivo estiver aberto no Windows e a opção
o acesso aos usuários clientes, no segundo mesmo que um servidor Renomear for acionada no Windows Explorer com o botão direito
“caia” outros servidores ainda darão acesso ao mesmo conteúdo do mouse,será salva uma nova versão do arquivo e a anterior con-
permitindo que o download continue. Ex: programas torrent, Emu- tinuará aberta com o nome antigo.
le, Limeware, etc. (E) Para se encontrar arquivos armazenados na estrutura de
Em relação às outras letras: diretórios do Windows, deve-se utilizar o sítio de busca Google,
letra A – Incorreto – Domínio é um nome que serve para loca- pois é ele que dá acesso a todos os diretórios de máquinas ligadas
lizar e identificar conjuntos de computadores na Internet e corres- à Internet.
ponde ao endereço que digitamos no navegador.
letra B – Incorreto – A intranet é acessada da mesma forma Comentários: Na opção Modos de Exibição, os arquivos são
que a internet, contudo, o ambiente de acesso a rede é restrito a mostrados de várias formas como Listas, Miniaturas e Detalhes.
uma rede local e não a internet como um todo. Resposta: B
letra C – Incorreto – O modem ADSL conecta o computador
a internet, como o acesso a intranet se faz da mesma forma só que Atenção: Para responder às questões de números 12 e 13,
de maneira local, o acesso via ADSL pode sim acessar redes locais. considere integralmente o texto abaixo:
letra E – Incorreto – Um servidor é um sistema de computação Todos os textos produzidos no editor de textos padrão deverão
que fornece serviços a uma rede de computadores. E não necessa- ser publicados em rede interna de uso exclusivo do órgão, com
riamente armazena nomes de usuários e/ou restringe acessos.
tecnologia semelhante à usada na rede mundial de computadores.
Resposta: D
Antes da impressão e/ou da publicação os textos deverão ser
10- Com relação à Internet, assinale a opção correta.
verificados para que não contenham erros. Alguns artigos digita-
(A) A URL é o endereço físico de uma máquina na Internet,
dos deverão conter a imagem dos resultados obtidos em planilhas
pois, por esse endereço, determina-se a cidade onde está localizada
tal máquina. eletrônicas, ou seja, linhas, colunas, valores e totais.
(B) O SMTP é um serviço que permite a vários usuários se co- Todo trabalho produzido deverá ser salvo e cuidados devem
nectarem a uma mesma máquina simultaneamente, como no caso ser tomados para a recuperação em caso de perda e também para
de salas de bate-papo. evitar o acesso por pessoas não autorizadas às informações guar-
(C) O servidor Pop é o responsável pelo envio e recebimento dadas.
de arquivos na Internet. Os funcionários serão estimulados a realizar pesquisas na in-
(D) Quando se digita o endereço de uma página web, o termo ternet visando o atendimento do nível de qualidade da informação
http significa o protocolo de acesso a páginas em formato HTML, prestada à sociedade, pelo órgão.
por exemplo. O ambiente operacional de computação disponível para rea-
(E) O protocolo FTP é utilizado quando um usuário de correio lizar estas operações envolve o uso do MS-Windows, do MS-Offi-
eletrônico envia uma mensagem com anexo para outro destinatário ce, das ferramentas Internet Explorer e de correio eletrônico, em
de correio eletrônico. português e em suas versões padrões mais utilizadas atualmente.
Comentários: Os itens apresentados nessa questão estão rela- Observação: Entenda-se por mídia removível disquetes, CD’s
cionados a protocolos de acesso. Segue abaixo os protocolos mais e DVD’s graváveis, Pen Drives (mídia removível acoplada em por-
comuns: tas do tipo USB) e outras funcionalmente semelhantes.

Didatismo e Conhecimento 138


INFORMÁTICA
12- As células que contêm cálculos feitos na planilha eletrô- 15. (Caixa Econômica Federal - Técnico Bancário Novo
nica, - CESGRANRIO/2012) Seja o texto a seguir digitado no apli-
(A) quando “coladas” no editor de textos, apresentarão resul- cativo Word. Aplicativos para edição de textos. Aplicando-se
tados diferentes do original. a esse texto o efeito de fonte Tachado, o resultado obtido será
(B) não podem ser “coladas” no editor de textos.
(C) somente podem ser copiadas para o editor de textos dentro
de um limite máximo de dez linhas e cinco colunas.
(D) só podem ser copiadas para o editor de texto uma a uma.
(E) quando integralmente selecionadas, copiadas e “coladas”
no editor de textos, serão exibidas na forma de tabela.

Comentários: Sempre que se copia células de uma planilha


eletrônica e cola-se no Word, estas se apresentam como uma tabe-
la simples, onde as fórmulas são esquecidas e só os números são
colados. Resposta: “C”
Resposta: E Comentários:
Temos 3 itens com a formatação taxado aplicada: c, d, e. En-
13- O envio do arquivo que contém o texto, por meio do cor- tretanto, temos que observar que na questão os itens d, e, além de
reio eletrônico, deve considerar as operações de receberem taxado, também ficaram em caixa alta. O único que re-
(A) anexação de arquivos e de inserção dos endereços eletrô- cebe apenas o taxada, sem alterar outras formatações foi o item c.
nicos dos destinatários no campo “Cco”.
(B) de desanexação de arquivos e de inserção dos endereços 16. (Caixa Econômica Federal - Técnico Bancário Novo -
eletrônicos dos destinatários no campo “Para”. CESGRANRIO/2012) O envio e o recebimento de um arquivo
(C) de anexação de arquivos e de inserção dos endereços ele- de textos ou de imagens na internet, entre um servidor e um
trônicos dos destinatários no campo “Cc”. cliente, constituem, em relação ao cliente, respectivamente, um
(D) de desanexação de arquivos e de inserção dos endereços (A) download e um upload
eletrônicos dos destinatários no campo “Cco”. (B) downgrade e um upgrade
(E) de anexação de arquivos e de inserção dos endereços ele- (C) downfile e um upfile
trônicos dos destinatários no campo “Para”. (D) upgrade e um downgrade
(E) upload e um download
Comentários: Claro que, para se enviar arquivos pelo correio Resposta: “E”.
eletrônico deve-se recorrer ao uso de anexação, ou seja, anexar o
Comentários:
arquivo à mensagem. Quando colocamos os endereços dos desti-
Up – Cima / Down – baixo / Load – Carregar;
natários no campo Cco, ou seja, no campo “com cópia oculta”, um
destinatário não ficará sabendo quem mais recebeu aquela mensa- Upload – Carregar para cima (enviar).
gem, o que atende a segurança solicitada no enunciado. Download – Carregar para baixo (receber ou “baixar”)
Resposta: A
17- (TJ/SP – Escrevente Téc. Jud. – Vunesp/2011) Assinale
14. (Caixa Econômica Federal - Técnico Bancário Novo - a alternativa que contém os nomes dos menus do programa
CESGRANRIO/2012) Usado para o manuseio de arquivos em Microsoft Word XP, em sua configuração padrão, que, respec-
lotes, também denominados scripts, o shell de comando é um tivamente, permitem aos usuários: (I) numerar as páginas do
programa que fornece comunicação entre o usuário e o sistema documento, (II) contar as palavras de um parágrafo e (III) adi-
operacional de forma direta e independente. Nos sistemas ope- cionar um cabeçalho ao texto em edição.
racionais Windows XP, esse programa pode ser acessado por a) Janela, Ferramentas e Inserir.
meio de um comando da pasta Acessórios denominado b) Inserir, Ferramentas e Exibir.
(A) Prompt de Comando c) Formatar, Editar e Janela.
(B) Comandos de Sistema d) Arquivo, Exibir e Formatar.
(C) Agendador de Tarefas e) Arquivo, Ferramentas e Tabela.
(D) Acesso Independente Resposta: “B”
(E) Acesso Direto Comentário:
 Ação numerar - “INSERIR”
Resposta: “A”  Ação contar paginas - “FERRAMENTAS”
Comentários
 Ação adicionar cabeçalho - “EXIBIR”
Prompt de Comando é um recurso do Windows que oferece
um ponto de entrada para a digitação de comandos do MSDOS
(Microsoft Disk Operating System) e outros comandos do com-
putador. O mais importante é o fato de que, ao digitar comandos,
você pode executar tarefas no computador sem usar a interface
gráfica do Windows. O Prompt de Comando é normalmente usado
apenas por usuários avançados.

Didatismo e Conhecimento 139


INFORMÁTICA
18- (TJ/SP – Escrevente Téc. Jud. – Vunesp/2011) Comentário:
Passo 1
A célula A1 contém a fórmula =B$1+C1

Passo 2
a) 3, 0 e 7. que foi propagada pela alça de preenchimento para A2 e A3
b) 5, 0 e 7.
c) 5, 1 e 2.
d) 7, 5 e 2.
e) 8, 3 e 4.

Resposta: “C”

Comentário:
Expressão =MÉDIA(A1:A3)
São somadas as celular A1, A2 e A3, sendo uma média é divi-
dido por 3 (pois tem 3 células): (8+3+4)/3 = 5

Expressão =MENOR(B1:B3;2)
Da célula B1 até a B3, deve mostrar o 2º menor número, que
seria o número 1. Para facilitar coloque esses números em ordem
crescente. Click na imagem para melhor visualizar
Passo 3
Expressão =MAIOR(C1:C3;3) Assim, a célula com interrogação (A3) apresenta, após a pro-
Da célula C1 até a C3, deve mostrar o 3º maior número, que pagação, o resultado
seria o número 2. Para facilitar coloque esses números em ordem
decrescente.

19- (SPPREV – Técnico – Vunesp/2011 – II)

20- (SPPREV – Técnico – Vunesp/2011 - II) No PowerPoint


2007, a inserção de um novo comentário pode ser feita na guia
a) Geral.
a) 1 b) Inserir.
b) 2 c) Animações.
c) 3 d) Apresentação de slides.
d) 4 e) Revisão.
e) 5 Resposta: “E”
Resposta: “D”

Didatismo e Conhecimento 140


INFORMÁTICA
Comentário: lado esquerdo, no meio e no lado direito do documento.
Obs.: Se a régua horizontal localizada no topo do documento
não estiver sendo exibida, clique no botão Exibir Régua no topo
da barra de rolagem vertical.
É possível definir tabulações rapidamente clicando no seletor
de tabulação na extremidade esquerda da régua até que ela exiba
o tipo de tabulação que você deseja. Em seguida, clique na régua
no local desejado.
Uma tabulação Direita define a extremidade do texto à direi-
ta. Conforme você digita, o texto é movido para a esquerda.
Uma tabulação Decimal alinha números ao redor de um pon-
21- (SPPREV – Técnico – Vunesp/2011 - II) No âmbito to decimal. Independentemente do numero de dígitos, o ponto de-
das URLs, considere o exemplo: protocolo://xxx.yyy.zzz.br. O cimal ficará na mesma posição.
domínio de topo (ou TLD, conforme sigla em inglês) utilizado Uma tabulação Barra não posiciona o texto. Ela insere uma
para classificar o tipo de instituição, no exemplo dado acima, barra vertical na posição de tabulação.
éo
a) protocolo. 23. (TJ/SP – Escrevente Téc. Jud. – Vunesp/2012) Uma
b) xxx. planilha do Microsoft Excel, na sua configuração padrão, pos-
c) zzz. sui os seguintes valores nas células: B1=4, B2=1 e B3=3. A fór-
d) yyy. mula =ARRED(MÍNIMO(SOMA (B1:B3)/3;2,7);2) inserida
e) br. na célula B5 apresentará o seguinte resultado:
Resposta: “C” (A) 2
Comentários: (B) 1,66
a) protocolo. protocolo HTTP (C) 2,667
b) xxx. o nome do domínio (D) 2,7
c) zzz. o tipo de domínio (E) 2,67
d) yyy. subdomínios
e) br. indicação do país ao qual pertence o domínio Resposta: E

22. (TJ/SP – Escrevente Téc. Jud. – Vunesp/2012) Analise a Comentário:


régua horizontal do Microsoft Word, na sua configuração pa-
drão, exibida na figura.

Assinale a alternativa que contém apenas os indicadores


de tabulação.
(A) II, III, IV e V.
(B) III e VI.
(C) I, IV e V.
(D) III, IV e V.
(E) I, II e VI.

Resposta: D

Comentário:

Você pode usar a régua para definir tabulações manuais no

Didatismo e Conhecimento 141


INFORMÁTICA
top (também tratada como uma pasta); O painel da direita exibe
o conteúdo do item selecionado à esquerda e funciona de maneira
idêntica às janelas do Meu Computador (no Meu Computador,
como padrão ele traz a janela sem divisão, as é possível dividi-la
também clicando no ícone Pastas na Barra de Ferramentas)

25. (TJ/SP – Escrevente Téc. Jud. – Vunesp/2012) Ao se


clicar em , localizado abaixo do menu Favoritos, será fe-
chado
(A) o Meu computador.
Nesta questão, foram colocadas várias funções, destrincha- (B) o Disco Local (C:).
das no exemplo acima (arredondamento, mínimo e somatório) em (C) o painel Pastas.
uma única questão. A função ARRED é para arredondamento e (D) Meus documentos.
pertence a mesma família de INT(parte inteira) e TRUNCAR (par- (E) o painel de arquivos.
te do valor sem arredondamento). A resposta está no item 2 que in-
dica a quantidade de casas decimais. Sendo duas casas decimais, Resposta: C
não poderia ser letra A, C ou D. A função SOMA efetua a soma
das três células (B1:B3->B1 até B3). A função MÍNIMO descobre
o menor entre os dois valores informados (2,66666 - dízima pe-
riódica - e 2,7). A função ARRED arredonda o número com duas
casas decimais.

Considere a figura que mostra o Windows Explorer do Mi-


crosoft Windows XP, em sua configuração original, e responda
às questões de números 24 e 25.

Comentário:

Este botão, contido na barra de ferramentas, exibe/ oculta o


painel PASTAS.

24. (TJ/SP – Escrevente Téc. Jud. – Vunesp/2012) O arqui-


vo zaSetup_en se encontra
(A) no disquete. EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES
(B) no DVD.
(C) em Meus documentos.
(D) no Desktop. 01. (POLÍCIA FEDERAL - PAPILOSCOPIS-
(E) na raiz do disco rígido. TA DA POLÍCIA FEDERAL – CESPE/2012) - Acer- ca
Resposta: E de conceitos de hardware, julgue o item seguinte. Diferentemente
dos computadores pessoais ou PCs tradicionais, que são operados
Comentário: por meio de teclado e mouse, os tablets, compu- tadores pessoais
No Windows Explorer, você pode ver a hierarquia das pastas portáteis, dispõem de recurso touch-screen. Outra diferença entre
em seu computador e todos os arquivos e pastas localizados em esses dois tipos de computadores diz respeito ao fato de o tablet
cada pasta selecionada. Ele é especialmente útil para copiar e possuir firmwares, em vez de processadores, como o PC.
mover arquivos. ( ) Certo
Ele é composto de uma janela dividida em dois painéis: O pai- ( ) Errado
nel da esquerda é uma árvore de pastas hierarquizada que mostra
todas as unidades de disco, a Lixeira, a área de trabalho ou Desk-

Didatismo e Conhecimento 142


INFORMÁTICA
Firmwares não são hardwares, e sim códigos de programa-
ção existentes no próprio hardware, inclusos em chips de memória
(ROM, PROM, EPROM, EEPROM, flash) durante sua fabricação.
Sua natureza, na maioria das vezes, é não volátil, ou seja, não per-
de seus dados durante a ausência de energia elétrica, mas quando
presentes em tipos de memória como PROM ou EPROM, podem
ser atualizados.
Por esse motivo, os firmwares não substituem processadores
inteiros.
A seguir, veja alguns modelos de tablets e observe a presença
do processador em sua configuração:

Tablet Multilaser Diamond NB005 8GB Android 2.3 Tela 7


Polegadas

Wi-Fi HDMI
Informações técnicas
Marca: Multilaser
Capacidade :8 Gb. Memória expansível até 32 GB por cartão
micro SD.
Processador: Boxchip 1.5 GHz.
Sistema Operacional: Android. 2.3.
TV e vídeo: Somente vídeo: Vídeos suportados - MKV
(H.264HP), AVI, RM/BMVB, FLV eMPEG-1/2.
Tamanho da tela: 7 “. LCD Multi toque.
Resolução: 800 x 480.
Wi-Fi:Sim.
Tablet Softronic PHASER KINNO 4GB Android 2.3.4 Tela Resolução: 1.3 megapixels e filmadora digital.
7 Polegadas Localização
Características do Produto Sensores: Sensor de gravidade: gira a tela conforme a posi-
ção do tablet.
Tablet 4GB - Softronic
APRESENTAÇÃO DO PRODUTO: Com o novo Phaserkin- Áudio Formatos suportados:
MP3, WMA, WAV, APE, AC3, FLAC e AAC.
no Plus, você possui muito mais interatividade e rapidez na pal-
Duração aproximada da bateria:
ma de suas mãos, graças ao seu poderoso processador A10 de 1.2 - 06 horas reproduzindo vídeo ou wi-fi ligado;
Ghz, ele consegue ser totalmente multi-tarefas para você que se - 48 horas em standby.
desdobra em dez durante o seu dia a dia, podendo ler um livro, Alimentação do Tablet:
escutar suas músicas e continuar acompanhando sua vida em redes Bateria recarregável.
sociais e sincronizando e-mails. Tudo isso sem se preocupar com a
lentidão do sistema. Para você que precisa estar conectado a todo RESPOSTA: “ERRADO”.
o momento, o PhaserKinno Plus ainda oferece suporte a modem
externo. Ele conta com uma tela touchscreen capacitiva de 7 po- 02. (UFFS - TÉCNICO DE LABORATÓRIO ÁREA IN-
legadas que permite uma maior sensibilidade e leveza ao tocar na FORMÁTICA – FEPESE/2012)- São componentes de hardwa-
tela de seu tablet, dispensando totalmente o uso das inconvenientes re de um micro-computador:
canelas stykus. Possui saída mini HDMI, para curtir seus vídeos a. ( ) Disco rígido, patch-panel, BIOS, firmware, mouse.
favoritos da internet ou de seu computador, na sua televisão ou b. ( ) RJ-11, processador, memória RAM, placa de rede, pen-
projetor, com entrada HDMI. Além de acompanhar um lindo case drive.
c. ( ) Memória ROM, placa de vídeo, BIOS, processador,
com teclado para utilização de tablet comparada com a de um no-
placa mãe.
tebook com grande performance. d. ( ) Memória RAM, Memória ROM, Disco rígido, proces-
- Modelo: PHASER KINNO. sador, placa e rede.
- Capacidade: 4GB. Expansível para 32GB via Micro SD. e. ( ) Memória RAM, BIOS, Disco rígido, processador, pla-
- Memória: 512MB. ca de rede.
- Tela:7 Polegadas capacitiva, sensível ao toque.
- Câmera:frontal 2 megapixels. Já vimos a respeito de Memória RAM, Memória ROM, Dis-
- Conectividade: Wi-Fi - LAN 802.11b/g/n. co Rígido e Processador.
- Processador:Allwinner A10 de 1.0~1.2 Ghz. Placa de rede é um hardware especificamente projetado para
- Sistema Operacional:Android 2.3.4. possibilitar a comunicação entre computadores.

Didatismo e Conhecimento 143


INFORMÁTICA
04. (ANE - ANALISTA EDUCACIONAL – NÍVEL I –
GRAU A – INSPETOR ESCOLAR – FCC/2012) - Marco Aurélio
estava digitando um documento na sala dos professores da escola
ABCD quando uma queda de energia fez com que o computador
que usava desligasse.
Após o retorno da energia elétrica, Marco Aurélio ligou o
computador e percebeu que havia perdido o documento digitado,
Placa de rede pois não o havia gravado. Como tinha conhecimentos gerais sobre
informática, concluiu que perdera o documento porque, enquan-
RESPOSTA: “D”.
to estava digitando, ele estava armazenado em um dispositivo de
03. (TRE - ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2012) - Em hardware que perde seu conteúdo quando o computador desliga. O
relação a hardware e software, é correto afirmar: nome desse dispositivo é
a) Para que um software aplicativo esteja pronto para execu- a) memória RAM.
ção no computador, ele deve estar carregado na memória flash. b) HD.
b) O fator determinante de diferenciação entre um processa- c) memória ROM.
dor sem memória cache e outro com esse recurso reside na veloci- d) pen drive.
dade de acesso à memória RAM.
c) Processar e controlar as instruções executadas no computa- RAM – Randon AcessMemory, ou Memória de Acesso Ran-
dor é tarefa típica da unidade de aritmética e lógica. dômico, é um hardware considerado como memória primária, vo-
d) O pendrive é um dispositivo de armazenamento removível, látil. Ela mantém os dados armazenados enquanto estes estão à
dotado de memória flash e conector USB, que pode ser conectado disposição das solicitações do processador, mantendo-os através
em vários equipamentos eletrônicos. de pulsos elétricos. As informações mantidas nesse tipo de memó-
e) Dispositivos de alta velocidade, tais como discos rígidos e ria são informações que estão em uso em um programa em execu-
placas de vídeo, conectam-se diretamente ao processador. ção, como no caso de textos que estão sendo digitados e não foram
O pendrive, por ser um dispositivo portátil, de grande poder salvos no disco rígido ainda. Como as informações são mantidas
de armazenamento e conector USB (Universal Serial Bus) que per-
por pulsos elétricos, caso haja falta de energia, seja pelo desliga-
mite sua rápida aceitação em vários dispositivos de hardware, po-
mento do computador, seja por uma queda brusca que cause o des-
pularizou-se rapidamente. Hoje, encontramos pendrives de vários
GBs, como 2, 4, 8, 16 e até 512GB. ligamento inesperado do equipamento, os dados presentes nesse
A tecnologia USB está sendo largamente utilizada para pa- tipo de memória serão perdidos.
dronizar entradas e conectores, possibilitando um mesmo tipo de
conector para diversos tipos de equipamentos como mouses, te- Veja a seguir imagens ilustrativas da memória RAM.
clados, impressoras e outros. Por esse motivo, os equipamentos
atuais possuem uma grande quantidade de conectores USB. Além
disso, a tecnologia usada por esses conectores é a Plugand Play,
onde basta conectar o dispositivo para que o sistema o reconheça
precisando de poucos ou quase nenhum caminho de configuração
para poder utilizá-lo.
O tipo de memória que o pendrive utiliza - memória flash
- é do tipo EEPROM (Electrically-ErasableProgrammableRead
-OnlyMemory), uma memória não volátil, ou seja, não depende da
permanência de energia elétrica para manter os dados,de leitura e
gravação. Os chips de memória flash ocupam pouco espaço físico,
mas grande poder de armazenamento.
Veja imagens de pendrives:

Tipos de memória RAM

RESPOSTA: “A”.

05. (TCE/SP - AGENTE DE FISCALIZAÇÃO FINANCEI-


RA – FCC/2012) - Sobre os computadores é correto afirmar:
a) O BIOS é um software armazenado em um chip de me-
mória RAM fixado na placa mãe. Tem a função de armazenar o
Sistema Operacional.
Tipos de pendrive b) A fonte de alimentação transforma a tensão elétrica que
entra no computador, de 240 V para 110 V, pois os componentes
RESPOSTA: “D”. internos suportam apenas a tensão de 110 V.

Didatismo e Conhecimento 144


INFORMÁTICA
b) Barramentos são circuitos integrados que fazem a transmis- O processador é um chip que executa instruções internas do
são física de dados de um dispositivo a outro. computador (em geral, operações matemáticas e lógicas, leitura e
d) Quando o sistema de fornecimento de energia falha, um gravação de informações). Todas as ações estão presentes na me-
estabilizador comum tem como principal objetivo manter o abas- mória do computador e requisitadas pelo sistema. A velocidade do
tecimento por meio de sua bateria até que a energia volte ou o processador é medida em ciclos denominados clocks e sua unidade
computador seja desligado. é expressa através de Hz.
e) Um bit representa um sinal elétrico de exatos 5 V que é Os registradores são unidades de memória que representam o
interpretado pelos componentes de hardware do computador. meio mais caro e rápido de armazenamento de dados. Por isso são
usados em pequenas quantidades nos processadores.
(A)BIOS é a sigla do termo Basic Input/Output System, ou Quanto às arquiteturas RISC e CISC, podemos nos valer das
Sistema Básico de Entrada/Saída. É um software gravado na me- palavras de Nicholas Carter, em seu livro Arquitetura de Computa-
mória não volátil ou memória ROM, que é a sigla para ReadOnly- dores, editora Bookman:
Memory, ou Memória de Somente Leitura, que não altera ou perde ... RISC são arquiteturas de carga-armazenamento, enquanto
os dados com o desligamento ou ausência de energia do computa- que a maior parte das arquiteturas CISC permite que outras opera-
dor. Esse software não armazena o Sistema Operacional. É o pri- ções também façam referência à memória.
meiro software que é executado quando ligamos o computador. Podemos citar também o autor Rogério Amigo De Oliveira, que
(B)A fonte de alimentação do computador é um equipamento em seu livro Informática – Teoria e Questões de Concursos com
eletrônico, fixada ao gabinete e ligada aos conectores da placa mãe Gabarito, editora Campus, fala a respeito do clock, da seguinte ma-
e alguns drives. Fornece energia aos demais componentes da má- neira:
quina. Ela transforma a corrente elétrica alternada (que tem o sen- Em um computador, a velocidade do clock se refere ao número
tido variável com o tempo) em uma corrente constante ao longo do de pulsos por segundo gerados por um oscilador (dispositivo ele-
tempo. trônico que gera sinais), que determina o tempo necessário para o
(C)Os barramentos são como vias de tráfego presentes na placa processador executar uma instrução. Assim para avaliar a perfor-
mãe, por onde sinais elétricos (representando dados) podem percor- mance de um processador, medimos a quantidade de pulsos gerados
rer toda sua extensão se comunicando com todos os dispositivos. em 1 segundo e, para tanto, utilizamos uma unidade de medida de
(D)O estabilizador é um equipamento eletrônico externo ao ga- frequência, o Hertz.
binete do computador, onde os demais cabos de energia da máqui-
na são ligados. Geralmente, o estabilizador é ligado diretamente na RESPOSTA: “E”.
rede elétrica e tem a função de estabilizar a tensão desta para evitar
danos ao equipamento devido às variações e picos de tensão. 07. (TCE/SP - AGENTE DE FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA
(E)BIT é a sigla para BinaryDigit, ou Dígito Binário, que pode – FCC/2012) - O armazenamento de informações em computadores
ser representado apenas pelo 0 ou pelo 1 (verdadeiro ou falso) que é feito pela utilização de dispositivos chamados de memória, que as
representam a menor unidade de informação transmitida na compu- mantêm de forma volátil ou permanente. Entre esses dispositivos,
tação ou informática. está a memória RAM ou memória
a) magnética.
RESPOSTA: “C”. b) secundária.
c) cache.
06. (TCE/SP - AGENTE DE FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA d) principal.
– FCC/2012) - O processador do computador (ou CPU) é uma das e) de armazenamento em massa.
partes principais do hardware do computador e é responsável pelos
cálculos, execução de tarefas e processamento de dados. Sobre pro- A memória RAM, sigla de Random Access Memory, ou memó-
cessadores, considere: ria de acesso randômico, é um dispositivo eletrônico de armazena-
I. Contém um conjunto restrito de células de memória chama- mento temporário de dados que permite a leitura e escrita, ou seja, as
dos registradores que podem ser lidos e escritos muito mais rapida- informações ocupam lugar nessa memória enquanto aguardam se-
mente que em outros dispositivos de memória. rem usadas pelo processador. Os dados da memória RAM são repre-
II. Em relação a sua arquitetura, se destacam os modelos RISC sentados por pulsos elétricos e são descartados assim que o forneci-
(ReducedInstruction Set Computer) e CISC (ComplexInstruction mento de energia elétrica é interrompido, seja pelo desligamento do
Set Computer). computador, ou por uma queda de energia. Por esse motivo, essas
III. Possuem um clock interno de sincronização que define a memórias também são chamadas de memórias voláteis. Devido a
velocidade com que o processamento ocorre. Essa velocidade é me- sua importância para o funcionamento do computador, a memória
dida em Hertz. RAM é considerada um tipo de memória principal. Existem ainda
Está correto o que se afirma em outros tipos de memórias que são consideradas desse grupo, como
a memória ROM, sigla de ReadOnlyMemory, ou memória de so-
a) III, apenas. mente leitura, onde os dados são geralmente gravados na fábrica e
b) I e II, apenas. não são perdidos em caso de ausência de energia. Por esse motivo,
c) II e III, apenas. a memória ROM é considerada memória não volátil.
d) II, apenas.
e) I, II e III. RESPOSTA: “D”.

Didatismo e Conhecimento 145


INFORMÁTICA
08. (PREFEITURA DE ANGICOS/RN - TÉCNICO EM HD é a sigla para Hard Disk e representa o hardware respon-
MANUTENÇÃO DE COMPUTADOR – ACAPLAM/2012)- sável pelo armazenamento das informações de dados salvos pelo
Com relação aos fatores que podem levar ao travamento aleatório usuário, de programas instalados e até informações presentes em
em um computador: memória virtual para posterior uso em processamentos de infor-
I. Aquecimento excessivo do processador; mação.
II. Defeito na memória RAM; O HD é ligado por um cabo flat ao conector IDE da placa mãe.
III. Inconstância na rede elétrica; Além dessa conexão, há também a conexão do cabo da fonte de
IV. Bateria da placamãe descarregada. alimentação de energia.
Se conectarmos um HD não formatado e ligarmos o compu-
Dentre os fatores listados anteriormente, estão corretos tador, a mensagem de detecção ocorrerá normalmente, mas apare-
a) apenas I, III e IV. cerá outra mensagem que indica que não há sistema operacional
b) apenas II, III e IV. instalado.
c) apenas I, II e III.
d) apenas I e II. RESPOSTA: “E”.
e) apenas III e IV.
10. (PREFEITURA DE ANGICOS/RN - TÉCNICO EM
Dizemos que um computador está travado quando sua tela fica MANUTENÇÃO DE COMPUTADOR – ACAPLAM/2012)-
estática, impossibilitando abertura, fechamento ou execução de Quando o computador começa a exibir a mensagem de erro
qualquer tarefa no computador. Um travamento aleatório é aquele “CMOS CHECKSUM FAILURE” após ser ligado, significa que
que não ocorre sempre em um mesmo programa ou em determina- o usuário deve realizar
do momento do trabalho do computador. a) a substituição da RAM.
I – O processador é a peça do computador responsável pela b) a troca da bateria da placamãe.
execução lógica e aritmética das tarefas e operações de busca, lei- c) a formatação do HD.
tura e gravação de dados do computador. A entrada e saída contí- d) a inicialização do computador.
nua de informações transformadas em linguagem de máquina e os e) a operação de Boot pelo CD.
registradores presentes no processador são todos mantidos por pul-
sos elétricos e o aquecimento é resultado da aceleração dos proces- CMOS é a sigla para Complementary Metal Oxide Semicon-
sadores. Processadores mais velozes tendem a ser mais aquecidos. ductor, uma tecnologia usada em semicondutores que requerem
Por esse motivo os processadores são utilizados sob pastas térmi- pouquíssima energia. O termo se popularizou com o significado de
cas e coolers, que são apropriados para cada tipo de processador. O uma pequena área de armazenamento em que o sistema controla
aquecimento do processador pode causar travamentos e inclusive determinados parâmetros de hardware como, por exemplo, o tama-
o desligamento inesperado da máquina. nho do disco rígido, o número de portas seriais que o computador
II- A memória RAM é o hardware responsável pelo armaze- possui e assim por diante.
namento temporário das informações que serão usadas pelo com- Checksum é um controlador de erro que funciona realizando
putador. Essas informações também são mantidas por pulsos elé- soma e conferência de bits.
tricos, o que faz com que se percam caso haja a interrupção no Failure significa falha.
fornecimento de energia.Vários erros no sistema são causados por Então, com a mensagem CMOS CHECKSUM FAILURE, nós
defeitos na memória RAM como a “tela azul”, a reinicialização temos a informação de que houve uma falha na checagem dos da-
inesperada do sistema e travamentos aleatórios. Um dos motivos dos que o CMOS é responsável por armazenar. Esses dados são
desses travamentos ocorre quando o computador tenta gravar mo- preservados pela bateria da placa mãe e por esse motivo sua troca
mentaneamente uma informação na RAM e não recebe permissão pode resolver o problema.
para essa tarefa devido a um defeito no local de locação da me-
mória, ou quando a informação não consegue ser lida pelo pro-
cessador.
III – Todo o funcionamento do computador é impulsionado
pela eletricidade. Picos ou ausências dela causam defeitos em har-
dware, problemas no funcionamento correto dos procedimentos
computacionais e podem ocasionar os travamentos aleatórios.

RESPOSTA: “C”.
09. (PREFEITURA DE ANGICOS/RN - TÉCNICO EM
MANUTENÇÃO DE COMPUTADOR – ACAPLAM/2012) - São
vários os fatores que causam a não detecção do HD pelo Setup. As- Bateria de placa mãe
sim sendo, todas as alternativas abaixo são responsáveis por esse
defeito, EXCETO: RESPOSTA: “B”.
a) HD com defeito físico
b) Defeito na placamãe 11. (PREFEITURA DE ANGICOS/RN - TÉCNICO EM
c) Defeito no cabo de alimentação do HD MANUTENÇÃO DE COMPUTADOR – ACAPLAM/2012) - As-
d) Defeito no cabo de dados do HD sinale a alternativa correta, que especifica o tempo de reprodução
e) HD sem formatação de um CD, cuja capacidade de armazenamento é de 650 MB:

Didatismo e Conhecimento 146


INFORMÁTICA
a) 70 min
b) 76 min
c) 80 min
d) 74 min
e) 84 min

CD é a sigla para CompactDisc, que pode ser um CD-RCom-


pactDiscRecordable) e CD-RW (CompactDiscRecordableRewri-
table),respectivamente gravado uma única vez e depois apenas
lido e gravado e regravado.
A informação de quantos minutos a reprodução terá em um
CD de 650 MB pode ser conseguida através dos seguintes dados:

X = 150 KB por segundo


1Byte= 8 bits
1kiloByte ( kb ) = 1 024 Bytes HD indicando os discos, motor, atuador, cabeça de leitura e
1megaByte(Mb) = 1 024 kb = 1 048 576 Bytes gravação e braço
1 gigaByte (Gb) = 1 024 Mb = 1 073 741 824 Bytes
1 teraByte (Tb) = 1 024 Gb = 1 099 511 627 776 Bytes IDE é a sigla para Intergrated Drive Electronics e trata-se dos
1 petaByte (Pb) = 1 024 Tb = 1 125 899 906 842 624 Bytes conectores presentes na placa mãe para o encaixe do cabo flat que
650 MB = 665600 kb terá uma de suas extremidades ligadas ao HD ou a um drive de
665600/150=4437,33 (dados gravados por segundo). gravação de CD/DVD.

Um minuto tem 60 segundos, então,4437,33/60= 73,9555


que, aproximando e devido à dízima periódica, será equivalente
a 74 minutos.

RESPOSTA: “D”.

12. (PREFEITURA DE ANGICOS/RN - TÉCNICO EM


MANUTENÇÃO DE COMPUTADOR – ACAPLAM/2012)- To-
das as alternativas abaixo representam as partes de um disco rígi-
do, EXCETO: Conectores IDE em uma placa mãe
a) placa controladora lógica;
b) conectores internos padrão IDE; RESPOSTA: “B”.
c) cabeças de leitura e gravação; 13. (PREFEITURA DE ANGICOS/RN - TÉCNICO EM
d) platter; MANUTENÇÃO DE COMPUTADOR – ACAPLAM/2012) -
e) componentes internos de controle do atuador. Qual das alternativas abaixo NÃO representa uma tecnologia rela-
cionada ao padrão SATA?
As imagens a seguir, retiradas do site www.infowester.com, a) Staggered Spin-UP.
permitem a comprovação das opções corretas. b) Enhanced IDE.
c) Hot Plug.
d) Link Power Management.
e) Native Command Queuing.

1. SATA é a sigla para Serial Advanced Technology Atta-


chment.É o nome dado para uma tecnologia empregada em HDs,
unidades óticas e outros dispositivos de armazenamento. Com essa
tecnologia, a transmissão dos bits é em série.
2. As tecnologias relacionadas ao SATA são:
3. Staggered Spin-Up: entre outras funções, permite o tra-
balho com um dos discos do HD, independente de interferência
com outros, e melhora a distribuição de energia entre os discos.
4. Hot Plug: recurso usado principalmente para HDs exter-
HD indicando a placa lógica e o motor nos ou removíveis, que permite a conexão desse hardware com o
computador ligado.
5. Link Power Management: interfere na gestão da energia
elétrica, fazendo com que o HD receba energia conforme um dos
seus estados: ativo, parcialmente ativo ou inativo.

Didatismo e Conhecimento 147


INFORMÁTICA
6. NativeCommandQueuing:é uma tecnologia que permite Conector USB, ou Universal Serial BUS, é um barramento
ao HD organizar as solicitações de gravação ou leitura de dados com uma entrada (porta-conector) única para diversos tipos de pe-
numa ordem que faz com que as cabeças se movimentem o míni- riféricos como teclados, mouses, impressoras e outros. Além de
mo possível, aumentando (pelo menos teoricamente) o desempe- simplificar a vida do usuário na hora de conectar os periféricos,
nho do dispositivo e sua vida útil. esse padrão utiliza a tecnologia plug and play, que oferece suporte
rápido para a configuração do software necessário para o funcio-
EnhancedIDE é a sigla para EnhancedIntegrated Drive Elec- namento do hardware conectado, com poucos ou nenhum clique
tronics, que se trata de uma outra tecnologia para discos rígidos, do usuário.
que não faz parte das tecnologias SATA.

RESPOSTA: “B”.

14. (PREFEITURA DE ANGICOS/RN - TÉCNICO EM


MANUTENÇÃO DE COMPUTADOR – ACAPLAM/2012) -
Qual das alternativas abaixo especifica a menor quantidade de in-
formação que um sistema operacional consegue gerenciar em um
disco rígido?
a) cilindro.
b) cluster.
c) trilha.
d) segmento. Detalhes do conector USB
e) setor.
Um cluster é a menor parte do disco rígido reconhecida pelo
sistema operacional, e pode ser formada por vários setores. Um
cluster não armazena mais de um arquivo, mas se o tamanho do
arquivo exceder o tamanho do cluster, ele será gravado em mais
de um cluster.

Detalhes do barramento da placa de circuitos.

RESPOSTA: “D”.

16. (PREFEITURA DE ANGICOS/RN - TÉCNICO MA-


NUTENÇÃO DE COMPUTADOR – ACAPLAM/2012) - A capa-
cidade de armazenamento de um disco Blu-ray,geralmente, pode
ser classificada em camada simples ou camada dupla. Assim sen-
Esquema para demonstração de cluster do, qual das alternativas abaixo define, corretamente, a capacidade
em Gigabytes de um disco Blu-ray de camada simples:
RESPOSTA: “B”. a) 15GB
b) 30GB
15. (PREFEITURA DE ANGICOS/RN - TÉCNICO EM c) 40GB
MANUTENÇÃO DE COMPUTADOR – ACAPLAM/2012) - Em d) 50GB
um computador o termo barramento refere-se aos contatos físicos e) 25GB
que conduzem sinais entre o processador e qualquer dispositivo
periférico. Assim sendo, assinale a alternativa que contém o pa- Blu-ray: vem se consagrando como o formato de disco óptico
drão de barramento de dados que permite a conexão de vários pe- da nova geração para uso de vídeo de alta definição e grande volu-
riféricos externos ao computador, por meio de uma única interface me de armazenamento de dados. O blu-ray utiliza o laser azul para
e um único protocolo, eliminando a necessidade de instalação de leitura e gravação, o que permite armazenar mais dados que um
placas externas: DVD ou um CD. Os discos para esse formato são de BD, existindo
a) DDR os modelos BD-ROM, disco de somente leitura, o BR-R, disco
b) PCI gravável e o BD-RW disco regravável. Os discos BDs suportam
c) DIMM camadas únicas 23,3 / 25 /27 GB ou em camada dupla 46,6 / 50 /
d) USB 54 GB.
e) AGP

Didatismo e Conhecimento 148


INFORMÁTICA
ca e aritmética os dados envolvidos e a operação a ser utilizada. A
unidade de aritmética e lógica executa o cálculo, e imediatamente
devolve os dados para a unidade de controle.

RESPOSTA: “C”.

18. (PREFEITURA DE ANGICOS/RN - TÉCNICO MA-


NUTENÇÃO DE COMPUTADOR – ACAPLAM/2012) - Marque
a alternativa correta, que define o tipo de memória, nos computa-
dores atuais, cuja função é atender as demandas de velocidade do
processador.
a) cache.
b) EEPROM.
c) RAM.
Blu-ray camada simples, capacidade 25 GB. d) principal.
e) ROM.
RESPOSTA: “E”.
17. (PREFEITURA DE ANGICOS/RN - TÉCNICO MA- Esta memória é um atalho para o processador porque diminui
NUTENÇÃO DE COMPUTADOR – ACAPLAM/2012)-Em re- o tempo de espera ocasionado pela busca de informações em me-
lação aos componentes de um processador, analise as sentenças mórias mais lentas. Nela são guardadas as últimas tarefas feitas no
abaixo: micro. Essa memória tem como característica principal ser de al-
I. A Unidade de Controle é responsável por executar instru- tíssima velocidade. Apesar de mais comum a utilização de 2 níveis
ções lógicas; de cache, os processadores atuais podem trabalhar vários níveis de
II. Registrador de Instrução registra a execução de uma ins- cache, como por exemplo:
trução; Cache (L1) – onde os dados são inicialmente procurados. Fica
III. A Unidade de Gerenciamento de Memória é um dispositi- localizada no próprio processador.
vo de hardware que transforma endereços físicos em virtuais. Cache (L2) – normalmente encapsulada com o processador e
Dentre os componentes listados anteriormente, então corretos operando na mesma frequência dele.
a) apenas a sentença I Cache (L3) – quando utilizada fica na CPU e serve como in-
b) apenas a sentença III termediária entre o cache L2 e a memória principal.
c) apenas a sentença II
d) apenas as sentenças I e II RESPOSTA: “A”.
e) apenas as sentenças II e III
19. (PREFEITURA DE ANGICOS/RN - TÉCNICO MA-
Veja o esquema a seguir que representa um processador: NUTENÇÃO DE COMPUTADOR – ACAPLAM/2012) - Qual
das alternativas abaixo representa um componente básico do com-
putador que a todo instante tem seu conteúdo alterado e descartado
quando não está mais energizado?
a) Memória USB Flash Drive.
b) Memória ROM.
c) HD.
d) Memória RAM.
e) Processador.

Memória RAM, que é uma das memórias principais do com-


Esquema das unidades do processador putador, conhecida pela sua capacidade de armazenamento tempo-
rário das informações que serão usadas pelo processador; mantém
Esse esquema demonstra a troca de informações entre a Uni- seu conteúdo por pulsos elétricos e por isso os perde quando há
dade de controle e a Unidade lógica e aritmética. a interrupção de energia. Pelo mesmo motivo é conhecida como
As principais funções da Unidade de controle são: memória volátil.
- Controle de entrada de dados
- Interpretação de cada instrução de um programa RESPOSTA: “D”.
- Coordenação do armazenamento de informações
- Análise das instruções dos programas 20. (PREFEITURA DE ANGICOS/RN - TÉCNICO MA-
- Controle de saída dos dados NUTENÇÃO DE COMPUTADOR – ACAPLAM/2012) - O bar-
Quando um programa solicita uma operação matemática ao ramento HyperTransport 3.0 é utilizado por processadores com
computador, a unidade de controle entrega para a unidade de lógi- soquete

Didatismo e Conhecimento 149


INFORMÁTICA
a) de 775 pinos. Um kit multimídia envolve equipamentos como caixa de som,
b) Socket A. placa de som, microfone, gravador/leitor de DVD ou CD, dando
c) AM3. o suporte de hardware necessário para o uso de recursos de som e
d) de 482 pinos. vídeo em um microcomputador.
e) Socket 7.
RESPOSTA: “A”.
23. (PREFEITURA DE ANGICOS/RN - TÉCNICO MA-
Soquete é o encaixe do processador na placa mãe. NUTENÇÃO DE COMPUTADOR – ACAPLAM/2012) - Uma
impressora jato de tinta utiliza em seu processo de impressão o
sistema cores
a) HSB.
b) RGB.
c) YIQ.
d) CMYK.
e) DPI.

CMYK é a sigla para as cores ciano (Cyan), magenta (Ma-


genta), amarelo (Yellow) e preto (blacK). Este esquema combina
essas cores criando praticamente qualquer outra cor perceptível
aos olhos humanos.
Soquete AM3

Ele determina quantos pinos o processador deverá ter para ser


usado em determinada placa mãee corresponde ao número de vias
de barramento que poderão ser acessados.
Esse tipo de soquete suporta o HyperTransport 3.0 que deter-
mina o barramento de troca de dados, que suporta frequências de
funcionamento como 1,8 GHz, 2,0 GHz, 2,4 GHz e 2,6 GHz.

RESPOSTA: “C”. Imagem de uma impressora jato de tinta como esquema de


cores CMYK.
21. (PREFEITURA DE ANGICOS/RN - TÉCNICO MA-
NUTENÇÃO DE COMPUTADOR – ACAPLAM/2012) - A taxa RESPOSTA: “D”.
de transferência de uma unidade de CD-ROM de quádrupla velo-
cidade (4x) é de
a) 600 Kbps.
b) 150 Kbps.
c) 300 Kbps.
d) 900 Kbps.
e) 1200 Kbps.

A resposta dessa questão baseia-se na seguinte função:


X = 150 KB por segundo
4*150kb = 600 KB

RESPOSTA: “A”.

22. (PREFEITURA DE ANGICOS/RN - TÉCNICO MA-


NUTENÇÃO DE COMPUTADOR – ACAPLAM/2012) - Para
utilizar os recursos de som e vídeo em microcomputadores é pre-
ciso de
a) um kit multimídia.
b) um compact disk.
c) uma placa de fax/modem.
d) uma placa de rede.
e) uma placa de SCSI.

Didatismo e Conhecimento 150


ATUALIDADE BRASILEIRA
ATUALIDADE BRASILEIRA
Além das emendas rejeitadas por Eunício, também foram
TÓPICOS RELEVANTES E ATUAIS DOS apresentados três votos em separado: dos senadores Roberto Re-
quião (PMDB-PR), Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Vanessa
ACONTECIMENTOS DA REALIDADE Grazziotin (PCdoB-AM). Todos foram rejeitados.
BRASILEIRA NAS ÁREAS SOCIAL, A sessão esteve lotada durante as seis horas, acompanhada por
ECONÔMICA, SAÚDE, EDUCAÇÃO, manifestantes contra e a favor da PEC. No meio da reunião, por
SEGURANÇA, POLÍTICA, MEIO cerca de 10 minutos, o presidente precisou interrompeu os traba-
AMBIENTE, HABITAÇÃO, lhos devido a um curto-circuito no sistema de som que os obrigou
CIÊNCIA E TECNOLOGIA. a mudar de sala.
Ao final da sessão, cerca de 100 estudantes protestaram nos
corredores do Senado. Com gritos de ordem, diziam não à PEC.

A PROPOSTA
POLÍTICA A Proposta de emenda à Constituição restringe as despesas do
governo ao IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Am-
PEC que limita gastos é aprovada em comissão do Sena- plo) dos 12 meses anteriores, e tem duração de duas décadas, com
do sob protestos possibilidade de mudança na forma de limitar os gastos a partir do
A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) aprovou nesta décimo ano.
quarta-feira (9) a PEC que estabelece um limite para os gastos O texto final prevê maior folga em saúde e educação. Nessas
do governo por vinte anos. A proposta é uma das prioridades da áreas, a correção do piso doas gastos só valerá a partir de 2018, ou
gestão Michel Temer no Congresso em 2016. Essa é a primeira seja, o ano base a ser levado em consideração será 2017.
etapa da tramitação da proposta cuja próxima fase é a apreciação Além disso, o relatório estabelece ainda que a base de cálculo
do plenário. do piso da saúde em 2017 será de 15% da receita líquida, e não de
Depois de mais de seis horas de discussão, com parecer fa- 13,7%, como previa o texto original.
vorável do relator Eunício Oliveira (PMDB-CE), a proposta foi Fonte: Folha.com – (09/11/2016)
avalizada por 19 votos a favor e 7 contrários. O presidente da
CCJ, senador José Maranhão (PMDB-MA), não votou. PEC 55 é aprovada no Senado em primeiro turno
Não houve mudanças ao texto aprovado na Câmara no fim O Senado aprovou na noite desta terça-feira a Proposta de
de outubro, apesar das tentativas da oposição. O peemedebista Emenda à Constituição que estabelece um teto para os gastos pú-
rejeitou todas as emendas apresentadas, a maioria por petistas. blicos. Por 61 votos a 14, o texto base da PEC 55 – antiga PEC
A oposição tentou, por meio das emendas ao texto princi- 241 – foi aprovado na primeira votação, mas ainda passará por
pal, alterar o cálculo do teto, excluir da proposta despesas com mais três sessões de discussão e mais uma votação.
saúde, educação, segurança e reajustes de servidores, bem como A proposta, que prevê o congelamento dos gastos públicos por
impor a realização de referendo para confirmar os termos da até 20 anos, foi aprovada em dois turnos pela Câmara antes de
PEC. chegar ao Senado. Tornou-se prioridade do Governo Michel Te-
O senador Eunício Oliveira, líder do PMDB, partido do pre- mer que vê na medida a possibilidade de reequilibrar as contas
sidente da República, Michel Temer, não acatou nenhum pedido públicas. Por outro lado, a proposta sofre oposição de parte dos
de modificar o texto, reforçando o discurso do governo de que especialistas e ativistas, que veem na regra ameaça a investimentos
não há prejuízo para saúde e educação. em saúde e educação.
Ele destacou que programas essenciais, por exemplo, vin- Poucas horas antes de a sessão no Senado começar, milhares
culados à educação, como fies (Fundo de Financiamento Estu- de manifestantes tomaram as ruas no entorno do Congresso para
dantil) e Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da protestar contra a PEC e pedir pelo fora Temer. A Polícia usou
Educação Básica), já estão excluídos do teto. bombas de gás para reprimir a manifestação, que seguiu pelo iní-
“O Senado não deve adiar o início da produção dos efeitos cio doa noite. Não há registros oficiais sobre feridos.
do novo regime fiscal. A PEC não proíbe aumento de gastos em Fonte: El País Brasil – (30/11/2016)
nenhuma área, apenas requer que esses gastos estejam submeti-
dos a um limite. Se for necessário expandir despesas com segu- Câmara conclui votação do pacote anticorrupção com
rança e ciência e tecnologia, por exemplo, ou em qualquer outra mudanças no texto principal
área, o Congresso será soberano ao fazê-lo.”, afirmou o senador Em mais uma derrota ao relator Onyx Lorenzoni (DEM-RS),
do PMDB. o plenário da Câmara dos Deputados suprimiu do pacote das me-
A aprovação da PEC nesta quarta cumpre o cronograma didas anticorrupção o item que tratava da responsabilização civil e
acertado pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB- criminal de dirigentes partidários decorrente da desaprovação das
-AL), com a base governista e a oposição. Este calendário prevê contas das legendas e de atos ilícitos atribuídos ao partido.
a apreciação do texto no plenário em primeiro e segundo turnos Na votação do último destaque da madrugada desta quarta-
nos dias 29 de novembro e 13 de dezembro, respectivamente. O feira (30), 328 deputados votaram por retirar a proposta do texto,
peemedebista pretende promulgar a PEC em 15 de dezembro, contra 32 votos e uma abstenção. Os deputados concluíram assim
antes do início do recesso Legislativo do fim do ano. a votação das medidas, com várias mudanças no texto que veio da
comissão especial.

Didatismo e Conhecimento 1
ATUALIDADE BRASILEIRA
O texto propunha que a responsabilização pessoal ocorresse Novo relatório anticorrupção reduz número de medidas
“quando verificada irregularidade grave e insanável resultante de de 17 para 12
conduta dolosa que importe enriquecimento ilícito e lesão ao pa- Após mais de 6 horas, o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-
trimônio do partido. -RS) apresentou a sua terceira versão do relatório do Projeto
Fonte: Istoé – (30/11/2016) de Lei 4.850/16, que trata das chamadas medidas de combate à
corrupção. O novo relatório reduz as propostas de 17 para 12. O
Para Câmara, juiz e MP podem responder por abuso de texto foi fechado depois de Lorenzoni ter ouvidos as sugestões
autoridade de diversas bancadas partidárias, que pressionaram por mudan-
O plenário da Câmara dos Deputados aprovou na madrugada ças, e de ter se reunido com o presidente da Câmara dos Deputa-
desta quarta-feira (30), por 313 votos a 132 e cinco abstenções, dos, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
a possibilidade de juízes e membros do Ministério Público serem “É um momento complexo que estamos enfrentando com
processados por crimes de abuso de autoridade. um tema que todos reconhecem que é difícil. Desde a sua com-
A emenda faz parte do texto-base do substitutivo do pacote de preensão até a construção de um entendimento que nos permita
medidas anticorrupção, que foi aprovado mais cedo, por 450 depu- responder à sociedade brasileira”, disse. “Fizemos a separação
tados. Apenas um parlamentar votou contra: Zé Geraldo (PT-PA). dos assuntos que são comuns e que serão trabalhados nesse pro-
Apresentada pela bancada do PDT, a emenda lista as situações jetos de lei e daqueles que não vamos trabalhar”.
em que juízes e promotores poderão ser processados por abuso De acordo com o presidente do colegiado, Joaquim Passa-
de autoridade, com pena de seis meses a dois anos de reclusão. A rinho, os deputados começaram ontem (22) a discutir o texto,
responsabilização dos agentes públicos foi incluída no parecer de encerraram a sessão por volta das 23h40 e a intenção é que ele
Onyx Lorenzoni (DEM-RS).
seja votado hoje (23). Para tanto, Passarinho convocou nova re-
Segundo a emenda aprovada, os membros do Ministério Pú-
união, marcada para as 9h.
blico podem responder pelo crime de abuso de autoridade se, entre
A nova versão do texto manteve no texto a responsabiliza-
outros motivos, promoverem a “instauração de procedimento sem
ção dos partidos políticos e criminalização do caixa dois. De
que existem indícios mínimos de prática de algum delito”. Além da
“sanção penal”, o procurador ou promotor poderia estar “sujeito a acordo com a proposta, passa a ser considerado crime de caixa
indenizar o denunciado pelos danos materiais, morais ou à imagem dois arrecadar, receber, manter, movimentar, gastar ou utilizar
que houver provocado”. valores, bens ou serviços estimáveis em dinheiro, paralelamente
Os magistrados, por sua vez, seriam punidos em oito situações à contabilidade exigida pela legislação eleitoral, com pena de
diferentes, entre elas, se “expressar, por qualquer meio de comuni- reclusão de dois a cinco anos, e multa.
cação, opinião sobre processo pendente de julgamento”. As penas serão aplicadas em dobro se os recursos forem
Diante da ausência da proposta de anistia do caixa dois, esse é provenientes de fontes vedadas pela legislação eleitoral. Incorre
o destaque mais polêmico da matéria. A criação do crime de auto- na mesma pena o doador de campanha. O relator manteve tam-
ridade para juízes e promotores contou com o apoio de 20 dos 28 bém o escalonamento de penas de acordo com os valores desvia-
partidos com representação na Casa. dos e o fim da prescrição retroativa das ações penais.
PPS, PV, PSOL e Rede Sustentabilidade votaram contra a per-
missão para processar juízes e promotores. Já o DEM, PHS, PROS Exclusões
e PSDB liberaram suas bancadas. Foi mantida a exclusão do texto da previsão de crime de
Nos corredores da Câmara, os parlamentares reforçavam que responsabilidade para juízes e promotores, um dos principais
a decisão não representava uma afronta ao Ministério Público ou pontos de pressão dos deputados que queriam que a medida,
uma tentativa de travar o andamento das investigações da Opera- excluída por Lorenzoni após reunião com integrantes da For-
ção Lava Jato. Deputados destacaram que a iniciativa é apenas uma ça Tarefa da Operação Lava Jato, fosse reincorporada ao texto.
ofensiva da Câmara para conter abusos. Lorenzoni disse que vai encaminhar o tema para o presidente da
Querem dizer que quem vota por essa emenda, vota contra Casa para que ele seja tratado como um projeto a parte. “Com
Lava Jato. Que falácia, que absurdo”, afirmou o deputado André a gente debatendo com os agentes públicos que serão alvos da
Figueiredo (PDT-CE). No mesmo sentido, Alberto Fraga (DEM- nossa proposta legislativa, vamos equilibrar a discussão e ouvir
DF) disse que o objetivo dos parlamentares não é parar a Lava Jato. com mais calma todos os envolvidos”, disse.
“Queremos parar abusos”. O deputado disse vai pedir celeridade na tramitação da Pro-
Após a votação do texto na Câmara, o projeto será votado no posta de Emenda à Constituição (PEC) 291/13, do Senado, que
Senado antes de ser enviado à sanção. Vale lembrar que o presi- regulamenta o regime disciplinar da magistratura e do Minis-
dente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), é um dos maiores tério Público e que vai pedir que os órgãos do Judiciário e do
defensores da aprovação de uma lei que puna abusos de autoridade. Ministério Público encaminhem sugestões de projetos sobre o
O projeto foi aprovado dois dias antes de Renan receber o juiz tema.
Sérgio Moro para um debate sobre um projeto de lei de abuso de Também foram retiradas pontos do trecho que tratam do uso
autoridade no plenário do Senado. da prisão preventiva para assegurar a devolução do dinheiro des-
O resultado não agradou o procurador da República, Deltan viado; propostas encaminhadas pela Ordem dos Advogados do
Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava Jato no Paraná. Brasil (OAB) que tratam da ação popular.
“Está sendo aprovada a lei da intimidação contra promotores, juízes O ponto que diz respeito aos acordo de cooperação inter-
e grandes investigações”, escreveu Dallagnol no Twitter. nacional também foi retirado, após pressão de integrantes da
Fonte: Exame.com – (30/11/2016) Polícia Federal, assim como em relação às equipes de coope-

Didatismo e Conhecimento 2
ATUALIDADE BRASILEIRA
ração internacional. “Mesmo com o acordo firmado, os líderes Para justificar a aprovação de um texto mais favorável à classe
pediram ao longo do dia de hoje e dos últimos dias que tudo política, deputados alegam que o relator das medidas anticorrup-
aquilo que excedesse as dez medidas fosse retirado”, justificou ção descumpriu o acordo com os líderes e votou um texto diferente
Lorenzoni. do que foi acertado com as bancadas.
Outra medida que foi retirada diz respeito a incorporação da Madrugada. O presidente da Câmara deixou a Casa por volta
decisão recente do Supremo Tribunal Federal (STF) de que a pena das duas da manhã dizendo que não conhecia o texto aprovado e
já possa ser cumprida após condenação em segunda instância. que, por isso, não sabia dizer o que iria acontecer durante a votação
do pacote no plenário. “Eu não vi o texto, então não posso dizer o
Alterações que vai ser aprovado.”
O relator também fez alterações no trecho do projeto que trata Maia também negou que haverá uma anistia aos políticos que
dos testes de integridade para funcionários públicos. Segundo Lo- praticaram caixa 2 e defendeu a tese de que, como o crime passa-
renzoni, com os ajustes, o teste permaneceu com efeitos adminis- rá a ser tipificado somente após a aprovação da proposta, não há
trativos. “A demissão não pode ocorrer com base apenas no teste. como punir quem praticou atos dessa natureza antes.
Tem que ser aplicado em 100% dos servidores ou agentes públi- O pacote das medidas anticorrupção foi aprovado por unani-
cos, tem que ser primeiro treinados para depois ser integrados. Vai midade na comissão. A votação foi concluída somente depois da
ser parte integrante da formação de funcionários públicos”, disse. meia noite. Por conta do horário, Maia desistiu de votar o texto no
Lorenzoni manteve a criminalização do enriquecimento ilícito plenário na madrugada desta quinta. A sessão foi suspensa, mas os
de funcionários públicos e a eliminação de barreiras para o con- principais líderes da Casa continuaram no gabinete da presidência
fisco de bens de criminosos (por meio da chamada extinção de da Casa discutindo que estratégia adotar diante do texto que foi
domínio e do confisco alargado). aprovado no colegiado.
Permanece no texto a previsão da criação e acesso a uma base Fonte: Estadão.com – (24/11/2016)
de dados com informações de agentes públicos relativas à situação
econômica ou financeira de pessoas físicas ou jurídicas pelo Tri- Nova fase da Lava Jato mira operadores que lavaram
bunal de Contas da União com o Ministério da Transparência, Fis- mais de R$ 50 milhões
calização e Controladoria-Geral da União e o Ministério Público. A Polícia Federal realiza a 36ª fase da Operação Lava Jato
Lorenzoni disse que também manteve no texto a previsão do nesta quinta-feira (10). Batizada de “Dragão”, ela mira dois opera-
chamado acordo de culpa pelo qual, por vontade do réu, em acordo dores financeiros especializados na lavagem de recursos de gran-
com o advogado é realizado um acordo reconhecendo a validade des empreiteiras envolvidas no esquema de corrupção na Petro-
das acusações do inquérito policial. “Daí o réu pode fazer o ajuste bras, segundo a força-tarefa.
com o Ministério Público, com a participação do advogado, e vai As investigações apontam que os dois suspeitos são responsá-
ao juiz para homologação”, disse Lorenzoni. “Isso tem que gerar, veis por lavar mais de R$ 50 milhões para as empresas. Eles foram
no mínimo, uma redução de um terço da pena. Além disso, algo em apontados, em delação, como operadores utilizados para pagamen-
torno de 30% de todos os processos da área criminal terminarão tos indevidos pelo Setor de Operações Estruturadas, o departamen-
to da propina na estatal.
na fase inicial e vai haver uma desobstrução da Justiça brasileira,
Foram expedidos 18 mandados para três Estados: Ceará, São
reduzindo drasticamente”, disse.
Paulo e Paraná. Deles, são 16 de busca e apreensão e dois de prisão
Fonte: Istoé – (23/11/2016)
preventiva (por tempo indeterminado).
O lobista Adir Assad, já preso pela Lava Jato em Curitiba,
Deputados articulam derrubar pacote anticorrupção no
é um dos alvos de um dos mandados de prisão. Investigado em
plenário
diversas operações contra corrupção, Assad foi alvo de três man-
Após a aprovação do pacote de medidas contra a corrupção
dados de prisão em pouco mais de um ano: Lava Jato, no Paraná,
na comissão especial da Câmara, líderes de praticamente todos os
Operação Saqueador, no Rio, e Operação Pripyat, desdobramento
partidos, com exceção da Rede e do PSOL, vão tentar derrubar o da Lava Jato no Rio.
texto do relator Onyx Lorenzoni (DEM-RS) e aprovar um projeto O outro alvo de mandado de prisão é o advogado Rodrigo
substitutivo no plenário da Casa. Tacla Duran, que está no exterior. Segundo o MPF-PR (Ministério
A votação está prevista para ocorrer nesta quinta-feira, 24. O Público Federal do Paraná), ele foi “responsável por lavar deze-
novo texto deverá incluir as duas medidas que ficaram de fora do nas de milhões de reais por intermédio de pessoas jurídicas por
pacote aprovado nesta quarta: a anistia à prática do caixa 2 nas ele controladas”. Segundo um delator, as offshores utilizadas por
campanhas eleitorais e a previsão de punir magistrados e integran- Duran eram chamadas de “kibe” e “dragão” --esta última que dá
tes do Ministério Público Federal por crime de responsabilidade. nome à operação deflagrada desta quinta.
“Vamos votar um substitutivo que muda bastante o conteúdo Em entrevista na manhã desta quinta-feira (10) na sede da Po-
do texto, muda quase tudo, cerca de 70%”, disse o deputado Vicen- lícia Federal em Curitiba, os procuradores Julio Motta Noronha e
te Cândido, vice-líder do PT e próximo ao presidente da Câmara, Roberson Pozzobon disseram ter encontrado, ao longo das inves-
Rodrigo Maia (DEM-RJ). tigações iniciais, indícios que mostram um quadro de corrupção
Segundo o deputado, há um acordo para que o texto siga, “de sistêmica e lavagem de dinheiro contínua envolvendo operadores
imediato”, para ser apreciado no Senado, para, em seguida, ser financeiros, agentes públicos e empreiteiros.
sancionado pelo presidente Michel Temer. Assad e Duran seriam os profissionais do esquema encarrega-
Ele, no entanto, negou que a pressa exista por conta da expec- dos de trazer dinheiro de origem ilícita do exterior e transformá-lo
tativa da homologação das delações dos executivos da Odebrecht, em dinheiro legal disponível em espécie no Brasil, supostamente
no âmbito da Operação Lava Jato. originário da prestação de serviços.

Didatismo e Conhecimento 3
ATUALIDADE BRASILEIRA
Segundo os procuradores, as investigações já mostraram que aprovou nesta quarta-feira (09/11) a proposta de emenda constitu-
havia também uma relação estruturada entre Assad e Duran: “Du- cional (PEC) 36 que acaba com as coligações partidárias em elei-
ran e Assad tinham relacionamento constante. Profissionais do ções proporcionais, para vereadores e deputados, e estipula uma
crime que se comunicam entre si, cooperam”, apontou Pozzobon. cláusula de barreira para os partidos políticos.
Os procuradores justificaram o pedido de prisão preventiva A proposta, aprovada por 58 votos a favor e 13 contra, deverá
de Duran dizendo que ele não volta ao Brasil desde abril deste ser votada em segundo turno pelos senadores e, se aprovada por
ano, morando nos Estados Unidos, e que ele tem dupla cidadania, no mínimo três quintos dos parlamentares, ou seja, 49 de 81, segue
incluindo a espanhola. “[deixá-lo solto é] Perigo para a ordem pú- para a avaliação da Câmara dos Deputados, onde também precisa
blica”, disse o procurador Noronha. O Ministério Público ainda passar por duas votações para entrar em vigor.
não tinha recebido a confirmação da prisão de Duran na manhã A PEC, de autoria dos senadores Aécio Neves e Ricardo Fer-
desta quinta-feira. raço, ambos do PSDB, acaba com as coligações partidárias nas
eleições proporcionais a partir de 2020. Pela atual legislação, os
Uso de empresas partidos podem fazer coligações para eleger vereadores e deputa-
O advogado recebeu R$ 36 milhões de empreiteiras investi- dos. Dessa maneira, os votos alcançados pelas legendas coligadas
gadas na Lava Jato, entre elas, a UTC, Mendes Júnior e EIT. Os são somados e são eleitos os candidatos mais votados da sigla.
dados constam em pedido de quebra de sigilo de empresas que, se-
gundo o MPF, são suspeitas de escoar a propina da Mendes Júnior. Cláusula de desempenho
Somente da Mendes Júnior, o escritório Tacla Duran Sociedade de A proposta também estabelece uma cláusula de barreira que
Advogados, entre 2011 e 2013, recebeu R$ 25,5 milhões. visa diminuir o número de legendas partidárias no país. Pelo texto,
Da UTC foram R$ 9,1 milhões e da EIT outros R$ 2 milhões. os partidos precisam alcançar 2% dos votos válidos no pleito para
“Diversos envolvidos no caso valeram-se dessas empresas a fim de a Câmara dos Deputados, distribuídos em, ao menos, 14 unidades
gerar recursos para realizar pagamentos de propina”, diz o MPF. federativas, em 2018, e 3% a partir de 2022, com 2% dos votos
No caso da Mendes Júnior, os repasses ao operador são ex- válidos em 14 unidades federativas.
plicados na proposta de delação premiada em negociação com a A cláusula limita, desta maneira, o acesso das legendas a ver-
Procuradoria-geral da República. Os valores seriam destinados a bas do fundo partidário e ao tempo de propaganda em rádio e tele-
agentes públicos envolvidos em irregularidades em obras da Pe- visão, além da estrutura funcional do Congresso. Candidatos que
trobras e no governo do Rio de Janeiro. forem eleitos por partidos que não alcançarem esse limite terão o
Até então, os investigadores tinham conhecimento apenas da mandato garantido, mas com estrutura menor na Câmara e sem
atuação de Duran em transações envolvendo as contras secretas da direito a ocupar cargos de liderança e participar de comissões. Eles
Odebrecht. Com a quebra de sigilo das construtoras, os investiga- poderão ainda optar por mudar para outra legenda sem penaliza-
dores descobriram que duas empresas de Duran foram beneficiá- ção.
rias de pagamentos milionários. A medida estabelece que legendas menores podem se reunir
Além de Odebrecht, Mendes Júnior, UTC e EIT, o MPF tam- para atuar como uma, mas para isso devem concorrer juntas e atuar
bém mapeou a relação de Tacla Duran com ao menos outras duas com um único partido durante todo o mandato.
empreiteiras e dois operadores presos pela Lava Jato. A Treviso, A proposta da cláusula de desempenho é polêmica. Opositores
de Julio Camargo, operador da Toyo Setal e atualmente delator, da medida alegam que ela afetaria partidos tradicionais como o PC
repassou R$ 350 mil para o escritório do advogado. Por sua vez, do B, PPS e PV, além de legendas mais recentes como Psol e Rede.
outra empresa de Tacla Duran, a Econocell do Brasil, repassou R$ Senadores de oposição, da Rede, PCdoB e PT, tentaram reduzir as
3,5 milhões para empresas de Adir Assad, apontado como opera- cláusulas de barreira para 1% em 2018, 1,5% em 2022 e 2% em
dor da Delta Engenharia e de outras construtoras. 2026, mas a emenda foi rejeitada.
Se a cláusula já estivesse em vigor, ela reduziria o funciona-
Repasses mento parlamentar de 14 legendas das 27 que integram atualmente
As investigações apontam que Assad, por meio de transferên- o Congresso.
cias de contas mantidas por suas empresas em território nacional, A PEC 36 também reforça a fidelidade partidária e determina
repassou R$ 24,3 milhões a Duran. a perda de mandato para políticos eleitos que trocarem de partidos,
A operação apura as práticas, dentre outros crimes, de corrup- menos que seja para concorrer a outra vaga.
ção, manutenção não declarada de valores no exterior e lavagem A votação do segundo turno no Senado sobre a PEC deve
de dinheiro. ocorrer no dia 23 de novembro.
As ações são realizadas nas cidades de Jaguaruana (CE), São Fonte: Portal Terra – (09/11/2016)
Paulo, Barueri (SP), Santana do Parnaíba (SP), Curitiba e Londri-
na (PR). Ao menos 90 agentes da Polícia Federal estão envolvidos Fora do governo, Calero acusa Geddel de pressioná-lo
na operação. para liberar obra
Fonte: Portal UOL – (10/11/2016) De saída do governo, o ministro da Cultura, Marcelo Calero,
acusa o ministro Geddel Vieira Lima (Governo) de tê-lo pressio-
Senado aprova proposta de reforma política nado a produzir um parecer técnico para favorecer seus interesses
Em primeiro turno, senadores aprovam proposta que acaba pessoais.
com coligações, para deputados e vereadores, cria cláusula de bar- Calero diz que o articulador político do governo Temer o
reira e pune políticos eleitos que mudarem de partido. PEC segue procurou pelo menos cinco vezes —por telefone e pessoalmen-
para votação em segundo turno. Na primeira votação, o Senado te— para que o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artís-

Didatismo e Conhecimento 4
ATUALIDADE BRASILEIRA
tico Nacional), órgão subordinado à Cultura, aprovasse o projeto A turbulência política provocada pela denúncia chegou ao ga-
imobiliário La Vue Ladeira da Barra, nos arredores de uma área binete presidencial nesta quinta (24), quando foi revelado o teor
tombada em Salvador, base de Geddel. do depoimento prestado nesta semana por Calero à Polícia Federal
Nas palavras do agora ex-ministro, Geddel disse em pelo me- (PF). O ex-ministro disse aos policiais que, durante uma audiência
nos duas dessas conversas possuir um apartamento no empreen- no Palácio do Planalto, Temer interveio em favor dos interesses do
dimento que dependia de autorização federal para sair do papel. então ministro da Secretaria de Governo.
“Entendi que tinha contrariado de maneira muito contunden- Calero, que pediu demissão na última sexta (18), gravou a
te um interesse máximo de um dos homens fortes do governo”, conversa que teve na semana passada com Temer no Planalto, in-
afirmou. formou o Bom Dia Brasil. Procurado pela TV Globo, Calero disse
No lugar de Calero, assume o deputado Roberto Freire (PPS- que não pode falar desse assunto. Segundo o G1 apurou, ele en-
-SP). tregou cópia da gravação à PF, que encaminhou o material para o
Fonte: Folha.com – (19/11/2016) Supremo Tribunal Federal (STF).

Geddel pede demissão após crise gerada por denúncia de Depoimento à PF


ex-ministro No depoimento à PF prestado na última quarta (23), o ex-mi-
O ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, nistro disse ter sido “enquadrado” por Temer a fim de encontrar
pediu demissão na manhã desta sexta-feira (25) por meio de uma uma “saída” para desembargar a construção do condomínio La
carta enviada por e-mail ao presidente Michel Temer. De Salvador, Vue, na capital baiana, no qual Geddel comprou um apartamento.
onde está desde quarta-feira (23), ele conversou por telefone com Após o depoimento de Marcelo Calero à PF vazar na im- prensa, o
o presidente depois de enviar o e-mail. porta-voz da Presidência da República, Alexandre Pa- rola,
Geddel é acusado pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero afirmou que Temer procurou o ex-ministro da Cultura para
de tê-lo pressionado para liberar uma obra no centro histórico de resolver o “impasse” entre ele, Calero, e o chefe da Secretaria de
Salvador. Geddel é proprietário de um apartamento em um edi- Governo (leia a íntegra do pronunciamento de Parola ao final desta
fício cuja construção foi embargada pelo Instituto do Patrimônio reportagem).
Histórico e Artístico Nacional (Iphan), subordinado ao Ministério Segundo o colunista do G1 Matheus Leitão, a Procuradoria
da Cultura. Devido ao episódio, Calero pediu demissão na semana Geral da República (PGR) havia decidido pedir ao STF a abertura
passada. de uma investigação para apurar se Geddel fez tráfico de influência
Segundo a assessoria do Palácio do Planalto, Temer aceitou ao pressionar o ex-colega da Esplanadas.
o pedido de Geddel, que era responsável pela articulação política A PGR recebeu nesta quinta-feira (24) o depoimento que Ca-
do governo. lero prestou à Polícia Federal. O documento inicialmente foi en-
O presidente chegou ao Planalto nesta sexta, por volta às 10h, viado ao Supremo, que o encaminhou para a análise dos procura-
e, imediatamente, se reuniu com assessores próximos, como o se- dores da República. A presidente do STF, ministra Cármen Lúcia,
cretário de Comunicação Social, Márcio Freitas. Em seguida, re- remeteu o depoimento à PGR antes de mandar sortear o caso para
cebeu a carta de demissão do ministro. relatoria de algum dos minstros do tribunal.
Geddel é o sexto ministro a deixar o governo desde que Mi- Na condição de ministro, Geddel tinha direito ao chamado
chel Temer assumiu a Presidência, em maio. Antes dele, caíram “foro privilegiado”, ou seja, ser investigado e processado pelo
Romero Jucá (Planejamento), Fabiano Silveira (Transparência), STF, a mais alta Corte do país. Agora, diante da demissão do mi-
Fábio Medina Osório (AGU), Henrique Eduardo Alves (Turismo) nistro, o caso pode ser remetido à primeira instância da Justiça.
e Marcelo Calero (Cultura).
Na carta de demissão, na qual se referiu ao presidente da Temer ‘surpreso’
República como “fraterno amigo”, Geddel escreveu que “avolu- Nesta quinta, após Geddel pedir demissão do cargo, o líder
maram-se as críticas” sobre ele e disse que o “limite da dor que do governo na Câmara, André Moura (PSC-SE), disse que o pre-
suporta” é o sofrimento da família, em Salvador”. “É hora de sair”, sidente Temer está “surpreso” com o conteúdo do depoimento de
afirmou na carta. Calero.
Na mensagem, ele também pediu desculpas a Temer pela “O presidente estava muito surpreso ontem [quinta, 24] à noi-
dimensão das “interpretações dadas”, referindo-se à acusação de te com todo esse envolvimento do nome dele pelo [ex-] ministro
Marcelo Calero de que o pressionou para desembargar a constru- Calero”, disse.
ção de um condomínio de luxo em Salvador barrado pelo Iphan. Assim como já havia feito o porta-voz da Presidência, Ale-
No texto, Geddel afirma que retornará à Bahia, mas segui- xandre Parola, nesta quinta, André Moura também reafirmou que
rá como “ardoroso torcedor” do governo. Ele também aproveitou o presidente, ao procurar Calero, “só tentou solucionar um conflito
para agradecer o apoio e a colaboração na aprovação de “impor- interno” entre ministros. “Ele [Temer] deu o caminho técnico para
tantes medidas” para o país. que a coisa fosse solucionada. O caminho técnico é exatamente
uma avaliação jurídica pela Advocacia-Geral da União”, afirmou.
A queda de Geddel
Até então um dos homens forte de Temer no Planalto, Geddel Comissão de Ética
começou a balançar no cargo de ministro da Secretaria de Governo Na segunda-feira (21), a Comissão de Ética Pública da Presi-
na semana passada, quando Calero concedeu uma entrevista ao dência da República decidiu abrir um processo para investigar a
jornal “Folha de S. Paulo” denunciando a pressão do ex-colega da conduta de Geddel no episódio relatado pelo ex-ministro da Cul-
Esplanada dos Ministérios. tura.

Didatismo e Conhecimento 5
ATUALIDADE BRASILEIRA
O colegiado fiscaliza eventuais conflitos de interesse envol- que o pedido de Geddel para que fosse liberada a construção de
vendo integrantes do governo, mas não tem poder para punir ne- um prédio de 30 andares em área histórica de salvador foi “muito
nhum servidor público, apenas pode recomendar ao chefe do Exe- inadequado”.
cutivo sanções a integrantes do governo, entre as quais demissões. Segundo o ex-ministro da Cultura Marcelo Calero, o político
Nos últimos dias, Geddel admitiu que é proprietário de um baiano o pressionou para que conseguisse autorização para a obra
apartamento no empreendimento, confirmou que procurou o então junto ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
ministro da Cultura para tratar do embargo à obra, mas negou que (Iphan). Calero levou o caso a Temer e disse que o presidente o
tivesse pressionado Calero para liberar a construção do edifício. “enquadrou” a encontrar uma solução para a questão, remetendo o
caso à Advocacia Geral da União (AGU).
A obra embargada Segundo Temer, uma das conversas com Calero teria sido
O empreendimento imobiliário pivô da saída de Marcelo Ca- gravada pelo então titular da pasta. “Eu não estava patrocinando
lero do Ministério da Cultura foi embargado pela direção nacional interesse privado, data vênia. Enfim, disse até ao ministro, foi uma
do Iphan em razão de estar localizado em uma área tombada como inadequação, foi muito inadequado, não pode ser feito”, afirmou
patrimônio cultural da União, sujeita a regramento especial. Os o presidente.
construtores pretendem erguer um prédio com 31 andares, mas o Temer deu a declaração ao ser questionado sobre qual “confli-
Iphan autorizou a construção de, no máximo, 13 pavimentos. to institucional” ele estava arbitrando ao sugerir que o caso fosse
Com vista privilegiada para a Baía de Todos-os-Santos, o con- remetido à AGU, ou se estava interferindo em uma questão parti-
domínio La Vue começou a ser construído em outubro de 2015. cular.
O metro quadrado dos apartamentos – um por andar – custa em O presidente disse que o conflito institucional era entre o
torno de R$ 10 mil. O edifício tem apartamentos com quatro suítes Iphan da Bahia, que havia autorizado a obra, e o Iphan federal, que
de 259m² e uma cobertura chamada “Top House” de 450 m². Os havia barrado o empreendimento.
imóveis no La Vue variam de R$ 2,6 milhões a R$ 4,5 milhões. Juristas ouvidos pela BBC Brasil, porém, dizem que não há
No sábado, o instituto informou que a obra foi embargada conflito entre diferentes órgãos nesse caso, já que o Iphan da Bahia
após estudos técnicos apontarem impacto do empreendimento em está hierarquicamente subordinado ao Iphan federal.
cinco imóveis tombados da vizinhança do condomínio: o forte e A própria AGU manifestou-se na quinta-feira, por meio de
farol de Santo Antônio, o forte de Santa Maria, o conjunto arqui- nota, informando que “a presidência do Iphan é competente para a
tetônico do Outeiro de Santo Antônio (que inclui o forte de São anulação de ato da Superintendência estadual e que poderia decidir
Diogo), além da própria Igreja de Santo Antônio (leia mais sobre o caso concreto”. Segundo a assessoria da AGU, essa decisão já
os argumentos do Iphan ao final desta reportagem). havia sido dada pela procuradoria do Iphan, órgão ligado à AGU,
antes do Iphan federal barrar a obra.
Parentes Foi a primeira vez que Temer comentou o caso publicamente.
Familiares do ministro da Secretaria de Governo integram a O presidente disse também que seu perfil “não é autoritário” e que
defesa do empreendimento imobiliário de Salvador barrado pelo sempre atua para resolver conflitos. “Sempre que houver conflito
entre quem quer que seja eu vou arbitrar”, afirmou.
Iphan, no qual ele afirma ter comprado um imóvel, publicou na
Geddel tem um apartamento no prédio que aguardava autori-
quarta-feira o jornal “Folha de S.Paulo”.
zação para ser construído. Ao apresentar sua carta de demissão na
Segundo o jornal, um primo e um sobrinho de Geddel atuam
sexta-feira, ele deixou clara sua relação de amizade com Temer,
como representantes do empreendimento La Vue Ladeira da Barra
ao se referir ao presidente como “meu fraterno amigo” e “meu
junto ao Iphan.
querido amigo”.
A publicação afirmou que, em um documento anexado ao pro-
Ao deixar a coletiva, Temer foi questionado se sabia que Ged-
cesso administrativo que tramitou junto ao Iphan, a empresa Por-
del era dono do imóvel no empreendimento que tentava liberar. O
to Ladeira da Barra Empreendimento – responsável pelo La Vue,
presidente desconversou e disse que “soube nesse episódio”.
interditado pelo órgão ligado ao Ministério da Cultura – nomeou
Diante da insistência sobre quando teve conhecimento, ele
como procuradores os advogados Igor Andrade Costa, Jayme Viei- afirmou que foi “na quinta-feira”, aparentemente se referindo a
ra Lima Filho e o estagiário Afrísio Vieira Lima Neto. conversa com Calero antes da demissão do ministro, no último
Ainda de acordo com a “Folha”, Jayme é primo de Geddel e dia 18.
também seria sócio dele no restaurante Al Mare, em Salvador. Já
o estagiário Afrísio Vieira Lima Neto é filho do deputado federal “Gravíssimo”
Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), irmão do ministro da Secretaria Neste domingo (27), Temer criticou Calero, dizendo ser “in-
de Governo. digno” e “gravíssimo” que um ministro gravasse uma conversa
A procuração, informou o jornal, foi assinada em 17 de maio com o presidente. “Espero que essas gravações venham a público”,
de 2016, cinco dias depois de Geddel assumir o comando da Se- disse Temer, que disse ainda cogitar fazer gravações oficiais das
cretaria de Governo. audiências na Presidência da República.
Fonte: G1 – (25/11/2016) Na entrevista, que contou com a presença do presidente da
Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (PMDB-RJ), e o presidente
“Eu não estava patrocinando interesse privado”, afirma do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), Temer anunciou o que
Temer sobre caso Geddel chamou de “ajustamento institucional” para impedir a tramitação
O presidente Michel Temer negou que tenha interferido para de qualquer proposta de anistia a políticos que tenham praticado
arbitrar um conflito de natureza privada do ex-ministro da Secre- o caixa dois - movimentação irregular de recursos de campanha
taria de Governo, Geddel Vieira Lima. No entanto, Temer admitiu eleitoral.

Didatismo e Conhecimento 6
ATUALIDADE BRASILEIRA
Na quinta-feira, a votação de um projeto com medidas anti- milhão feito naquele ano foi para o diretório nacional do PMDB.
corrupção acabou adiada depois de vir à tona uma articulação em Posteriormente, o diretório encaminhou os valores para a campa-
prol de uma emenda para anistiar quem tivesse feito uso de caixa nha da chapa Dilma-Temer.
dois em eleições passadas - nos bastidores da Câmara, chegou a A defesa de Dilma Rousseff no processo acusou o delator de
circular um texto de uma emenda que previa livrar, em todas as prestar falso depoimento à Justiça Eleitoral e pediu ao Ministério
esferas (cível, criminal e eleitoral). Público que apure o caso.
“Estamos aqui para revelar que, há uma unanimidade daque- Ao ser indagado em setembro pelo ministro Herman Benja-
les dos poderes Legislativo e Executivo”, afirmou o presidente. min, relator da Ação Judicial Eleitoral no TSE, sobre as doações
“Não há a menor condição de se patrocinar, de se levar adiante feitas pela Andrade Gutierrez aos vários candidatos e partidos,
essa proposta”, declarou Temer, que disse ser preciso “ouvir a voz Otávio disse não haver uma distinção no caixa da empresa sobre
das ruas” em relação à anistia. os repasses feitos aos políticos.
Maia voltou a dizer que nunca tinha sido a intenção do Le- Ele afirmou, contudo, que “certamente” o R$ 1 milhão doado
gislativo de anistiar crimes e culpou uma “confusão de comuni- ao PT em março daquele ano seria decorrente do acerto de pro-
cação” pela polêmica. “Estamos discutindo algo que não existe”, pinas da Andrade com os ex-ministros petistas Antonio Palocci e
afirmou. Calheiros disse que uma eventual proposta de anistia não Ricardo Berzoini.
terá chances no Congresso. Ele também reafirmou que parte dos recursos que eram doa-
A entrevista foi convocada no sábado por Temer e representou dos ao PMDB vinham de um acerto de propinas da empreiteira
uma rara aparição de mídia conjunta dos principais líderes dos Po- com o partido referente às obras da usina de Belo Monte, citada
deres Executivo e Legislativo, o que pareceu indicar a preocupa- pelos delatores da Andrade e que está sob investigação da Lava
ção do Planalto com a repercussão da crise política detonada tanto Jato.
pela renúncia de Geddel - a sexta de um ministro nos seis meses de Diante disso, o ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
governo do pemedebista - e a polêmica causada pela possibilidade Herman Benjamin, relator do processo que pode levar à cassação
de anistia do caixa dois. da chapa vitoriosa de Dilma Rousseff e Michel Temer nas eleições
Fonte: Último Segundo – (27/11/2016) de 2014, determinou uma acareação entre Edinho Silva, que atuou
como tesoureiro da campanha da petista, e o executivo Otávio
Cheque de R$ 1 mi do PMDB para campanha em 2014 foi Azevedo.
nominal a Temer A acareação foi marcada para quinta-feira, 17, às 18h, no TSE.
Um cheque de doação no valor de R$ 1 milhão do diretório A decisão do ministro acolhe pedido dos advogados que represen-
nacional do PMDB nominal à campanha do então candidato a tam o PSDB, responsáveis pela ação contra a chapa Dilma/Temer.
vice-presidente Michel Temer em 10 de julho de 2014 diverge, A decisão de Herman foi tomada depois de a defesa de Dilma
segundo a defesa da ex-presidente Dilma Rousseff, da versão do apresentar ao TSE uma série de documentos que apontam que Te-
empreiteiro Otávio Azevedo, da Andrade Gutierrez.
mer foi o beneficiário de uma doação de R$ 1 milhão da Andrade
O PMDB reafirmou, em nota, que “sempre arrecadou recursos
Gutierrez.
seguindo os parâmetros legais em vigência no país”. “Doações de
A defesa de Otávio não quis comentar o assunto.
empresas eram permitidas e perfeitamente de acordo com as nor-
mas da Justiça Eleitoral nas eleições citadas.” O partido destacou
que todas as suas contas eleitorais “em todos esses anos” foram Defesa
“O PMDB reafirma que sempre arrecadou recursos seguindo
aprovadas.
Em seu depoimento ao Tribunal Superior Eleitoral, na ação os parâmetros legais em vigência no país. Doações de empresas
que pede a cassação da chapa Dilma-Temer, em setembro deste eram permitidas e perfeitamente de acordo com as normas da Jus-
ano, Otávio Azevedo declarou que o valor foi doado ao diretório tiça Eleitoral nas eleições citadas. Em todos esses anos, após fisca-
nacional do PT. lização e análise acurada do Tribunal Superior Eleitoral, todas as
As doações de empresas para os diretórios dos partidos era contas do PMDB foram aprovadas não sendo encontrados nenhum
uma prática comum até o Supremo Tribunal Federal vetar repasses indício de irregularidade”.
de pessoas jurídicas nas eleições, nova regra que entrou em vigor Fonte: Portal UOL – (10/11/2016)
neste ano. Os diretórios é que decidiam, então, os candidatos desti-
natários dos valores doados e registrados na Justiça Eleitoral. Garotinho, ex-governador do Rio, é preso pela PF
Em seu relato ao TSE, Otávio Azevedo - um dos delatores da A Polícia Federal prendeu nesta quarta-feira, 16, o ex-gover-
Operação Lava Jato - afirmou que a Andrade Gutierrez doou em nador do Rio Anthony Garotinho (PR). A prisão foi pedida pelo
março de 2014, R$ 1 milhão ao diretório nacional do PT que, pos- Ministério Público Eleitoral.
teriormente, teria repassado à campanha em 14 de julho. Agentes da delegacia da PF em Campos de Goytacazes, a 270
Esse valor, segundo o empresário, teria sido pago como parte km do Rio, reduto eleitoral de Garotinho, cumpriram o mandado
de um acerto de propina de 1% dos contratos da Andrade com o na residência do ex-governador no Flamengo, zona sul do Rio.
governo Dilma. Rosinha Garotinho, mulher do ex-governador, é prefeita de
Como previa a legislação no período, os diretórios eram obri- Campos dos Goytacazes. Anthony Garotinho é secretário de go-
gados a identificar o responsável pelas doações que chegavam à verno do município. Anthony Garotinho governou o Rio entre
sigla e depois eram encaminhados aos candidatos. 1999 e 2002.
O cheque e os registros da prestação de contas, segundo a de- A ordem de prisão contra Garotinho foi decretada pelo juiz
fesa de Dilma perante o TSE, mostrariam que o repasse de R$ 1 Glaucenir Silva de Oliveira, da 100.ª Zona Eleitoral, em Campos.

Didatismo e Conhecimento 7
ATUALIDADE BRASILEIRA
Garotinho é alvo da Operação Chequinho, que investiga es- Além disso, mais 14 mandados de busca e apreensão, dois
quema de compra de votos em Campos. A PF mira o Programa mandados de prisão preventiva e um mandado de prisão temporá-
Cheque Cidadão que teria sido usado para cooptar eleitores no úl- ria foram expedidos pela 13ª Vara Federal de Curitiba, de Moro.
timo pleito no município situado ao Norte do Estado do Rio. O MPF informou que a Justiça ainda determinou o sequestro
Em outubro, a PF prendeu três vereadores de Campos por e arresto de bens de Cabral e outras 11 pessoas físicas e 41 pessoas
suposto envolvimento no esquema – Kellenson Ayres Figueiredo jurídicas.
de Souza (PR), Miguel Ribeiro Machado (PSL) e Ozeias Martins São investigados os crimes de pertencimento a organização
(PSDB).Outro alvo da Operação Chequinho é a secretária de De- criminosa, corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinhei-
senvolvimento Humano e Social da prefeitura de Campos Ana Ali- ro, entre outros. Também participam das diligências dezenove pro-
ce Ribeiro Lopes de Alvarenga. curadores do MPF e cinco auditores fiscais da Receita Federal.
O ex-governador do Rio e atual secretário de Governo de Segundo o MPF, a partir de delações de executivos das em-
Campos foi preso por volta de 10h30 desta quarta-feira, 16, no preiteiras Andrade Gutierrez e Carioca Engenharia descobriu-se
prédio onde reside à Rua Senador Vergueiro, Flamengo. Agentes um esquema de pagamento de propina a Cabral e a pessoas do
da PF informaram que ele não foi algemado. seu círculo para que fossem garantidos contratos de obras com o
Alertado da presença de policiais na portaria do edifício para governo do Rio.
cumprimento do mandado de prisão, Garotinho desceu e se entre- “As investigações apontam para a prática de corrupção na
gou. Na garagem, uma viatura da PF já o aguardava. contratação de diversas obras conduzidas no governo de Sérgio
O criminalista Fernando Fernandes, defensor de Garotinho, Cabral, entre elas, a reforma do Maracanã para receber a Copa de
afirmou que ‘a prisão é ilegal’. Ele vai recorrer ao Tribunal Regio- 2014, o denominado PAC Favelas e o Arco Metropolitano, finan-
nal Eleitoral para tentar revogar o decreto de prisão expedido pelo ciadas ou custeadas com recursos federais”, diz o MPF.
juiz da zona eleitoral de Campos. Um argumento da defesa é que o No primeiro semestre, executivos da empreiteira Andrade Gu-
ex-governador não foi candidato nas eleições municipais. tierrez relataram em delação premiada o acerto de propinas sobre
Fonte: Istoé – (16/11/2016) obras de urbanização do conjunto de favelas de Manguinhos, além
da cobrança de um percentual na obra de reforma do estádio do
Sérgio Cabral é preso pela Operação Lava Jato Maracanã.
O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB) De acordo com os ex-executivos, Cabral teria recebido R$ 60
foi preso pela Polícia Federal na manhã desta quinta-feira (17) em milhões de propina na reforma do estádio que recebeu a final da
seu apartamento, no Leblon, zona sul. Ele é alvo de dois manda- Copa. O consórcio da obra teria sido definido em 2009, antes mes-
dos de prisão, sendo um deles expedido pelo juiz Sérgio Moro, mo da licitação. O custo foi de R$ 1,2 bilhão.
responsável pela Operação Lava Jato na primeira instância. Esta Os investigadores constataram que outras empreiteiras tam-
foi a 37ª fase da operação que investiga um esquema de corrupção bém podem ter participado do esquema durante a gestão Cabral.
na Petrobras. “Foi identificado que integrantes da organização criminosa de
O outro mandado é do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Crimi- Sérgio Cabral amealharam e lavaram fortuna imensa, inclusive
nal do Rio, e faz parte da Operação Calicute, um desdobramento mediante a aquisição de bens de luxo, assim como a prestação de
da Operação Lava Jato, deflagrada pela PF junto com o MPF (Mi- serviços de consultoria fictícios”, apontou o MPF.
nistério Público Federal) e a Receita Federal. Segundo as investi- O nome da operação (Calicute) é uma referência às tormentas
gações, Cabral liderava um grupo de pessoas que recebiam propi- enfrentadas pelo navegador português e descobridor do Brasil, Pe-
na de empreiteiras que tinham contratos com o governo estadual. dro Álvares Cabral, a caminho das Índias.
Uma das obras investigadas é a reforma no estádio do Maracanã.
O prejuízo estimado é de R$ 224 milhões, de acordo com o MPF. Na mira da Lava Jato
A mulher de Cabral e ex-primeira dama, Adriana Ancelmo, Em Curitiba, os desdobramentos das investigações da Opera-
também foi levada para a Polícia Federal, a fim de cumprir man- ção Lava Jato revelaram, de acordo com o MPF, que houve paga-
dado de condução coercitiva (quando a pessoa é encaminhada para mento de propina diretamente a Cabral em razão de um contrato
prestar esclarecimentos em sede policial). O casal deixou o prédio firmado entre a Petrobras e a empreiteira Andrade Gutierrez. O
onde mora sob gritos de “bandido” e “ladrão”, por volta das 7h. acordo diz respeito a obras de terraplanagem no Comperj (Com-
Os policiais federais usaram spray de pimenta para dispersar um plexo Petroquímico do Rio).
Cabral teria recebido, entre os anos de 2007 e 2011, ao menos
grupo de manifestantes, que se colocou em frente ao carro da PF.
R$ 2,7 milhões da empreiteira Andrade Gutierrez “por meio de
Cabral é o segundo ex-governador do Rio preso em menos
entregas de dinheiro em espécie”, informou o MPF, com repasses
24 horas. Ontem, a PF prendeu Anthony Garotinho (PR) em uma
realizados por executivos da empresa para emissários do ex-gover-
investigação sobre esquema de compra de votos em Campos dos
nador, inclusive na sede da empreiteira em São Paulo.
Goytacazes (RJ) comandada pelo Ministério Público Eleitoral.
Além disso, os investigadores descobriram evidências do cri-
Segundo a PF, 230 policiais federais cumprem 38 mandados
me de lavagem de dinheiro. Apenas dois investigados, entre os
de busca e apreensão, dez mandados de prisão --sendo oito preven-
anos de 2009 e 2015, teriam efetuado pagamentos em espécie, de
tivos (sem prazo) e dois temporários (com prazo determinado) -- e
diversos produtos e serviços, em valores que se aproximam de R$
14 mandados de condução coercitiva expedidos pela 7ª Vara Fede-
1 milhão. O crime de lavagem prevê pena entre três e dez anos de
ral Criminal do Rio de Janeiro. As dez ordens de prisão decretadas
reclusão; o crime de corrupção, entre dois e 12 anos, e o crime de
pela Justiça fluminense foram cumpridas.
integrar organização criminosa, pena entre três e oito anos.

Didatismo e Conhecimento 8
ATUALIDADE BRASILEIRA
Quem é Sérgio Cabral ECONOMIA
Liderança do PMDB no Rio, Cabral foi eleito governador do Es-
tado em 2006 e reeleito quatro anos depois. Antes, havia sido depu- OCDE prevê queda maior do PIB no Brasil em 2016 e
tado estadual --chegou a presidir a Assembleia Legislativa do Rio-- e estagnação em 2017
senador fluminense. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Eco-
Ganhou força à frente do Executivo principalmente pela imple- nômico (OCDE) prevê uma queda maior da economia brasileira
mentação das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora), a partir de em 2016 e uma retomada do crescimento apenas em 2018. A ins-
2008, projeto que consiste na ocupação policial das comunidades tituição revisou nesta segunda-feira (28) suas projeções de cresci-
dominadas pelo tráfico de drogas. O programa cresceu e se expan-
mento para a economia global.
diu, mas começou a enfrentar problemas na metade do segundo do
Antes, a OCDE projetava uma queda de 3,3% no PIB brasi-
mandato do ex-governador.
leiro em 2016, número que foi ampliado para 3,4%. Para 2017, a
Além do constante cenário de crise na segurança pública, Cabral
teve sua imagem seriamente afetada por sucessivas denúncias e es- estimativa melhorou: a instituição passou a projetar a estagnação
cândalos de corrupção. A relação dele com empresários do ramo da da economia no ano que vem, contra uma previsão anterior de
construção civil, sobretudo o dono da Delta Construções, Fernando queda de 0,3% no PIB. Para 2018, a expectativa é de crescimento
Cavendish, foi investigado - em julho desse ano, o empreiteiro aca- de 1,2% no PIB.
bou sendo preso pela Polícia Federal na Operação Saqueador. A OCDE espera uma aceleração do crescimento global em
Outro duro golpe que arranhou a reputação de Cabral foi o sumi- um ritmo superior ao que projetava anteriormente. Em seu Pano-
ço do pedreiro Amarildo de Souza, em 2013, após ter sido levado por rama Econômico, a organização estimou que o crescimento global
PMs da UPP Rocinha, favela da zona sul carioca, à base da unidade. será de 2,9% este ano, 3,3% em 2017 e chegará a 3,6% em 2018.
O desparecimento e morte presumida do morador da comunidade Um dos motivos para a revisão foi a vitória de Donald Trump
virou uma bandeira das manifestações contra a gestão do político. nas eleições americanas. Os cortes de impostos planejados pela
Em 2014, seu último ano de mandato, Cabral renunciou ao administração de Donald Trump e os gastos públicos devem aque-
cargo a fim de abrir espaço para o então vice, Luiz Fernando Pezão cer a economia dos Estados Unidos, disse a OCDE.
(PMDB). Na época, seu nome chegou a ser cogitado pra disputar a Brasil é destaque negativo do G20
Presidência. O relatório pervê que o Brasil tenha o pior desempenho entre
Apesar da impopularidade do antecessor, Pezão foi reeleito go- o G20 (grupo das maiores economias do mundo) em 2016 e em
vernador do Rio em 2014, ano no qual o Estado já enfrentava refle- 2017. Já o país com a previsão de pior desempenho do G20 depois
xos da crise financeira que chegaria ao ápice nos anos seguintes. do Brasil será a Argentina, cujo PIB deve cair 1,7%.
Atualmente, dada a agonizante situação das finanças fluminen-
Na outra ponta estão a Índia (7,4%), que lidera o ranking,
ses, o Executivo tenta aprovar um conjunto de medidas de austerida-
seguida por China (6,7%), Indonésia (5%) e Espanha (3,2%). No
de por meio de um projeto de lei, que foi apelidado de “pacote das
maldades”. Entre as propostas, estão cortes de gastos, extinção de que vem, de acordo com a organização, a Índia deve continuar na
programas sociais, aumento de impostos e elevação na contribuição liderança (7,6%). Completam o topo da lista China (6,4%), Indo-
previdenciária dos servidores públicos. nésia (5%) e Turquia (3,3%).
Fonte: Portal UOL – (17/11/2016) Fonte: G1 – (28/11/2016)

STF marca 1º julgamento contra Renan após 9 anos da de- Resultado do PIB do Brasil no terceiro trimestre é o pior
núncia do mundo
A Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lú- A queda de 0,8% do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro
cia, marcou para o dia 1º dezembro o julgamento sobre a denúncia trimestre, descontados os efeitos sazonais, fez o Brasil encolher
apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o 2,9% na comparação com o mesmo período de 2015. Esse resul-
presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Se a denúncia tado deixou o país na lanterna do desempenho de 39 nações que já
for aceita, o parlamentar se tornará réu no Supremo. O relator do divulgaram o PIB e representam 83% do PIB mundial, conforme
processo é o ministro Edson Fachin. ranking levantado pela Austin Rating.
Segundo a denúncia, que tramita no STF desde 2013, Renan te- “Novamente, o Brasil foi superado pelas economias da Gré-
ria usado o lobista de uma empreiteira para pagar pensão a uma filha cia, Ucrânia e Rússia, que nas edições anteriores estavam com
que teve fora do casamento. O peemedebista também é acusado de desempenhos piores”, destacou o economista-chefe da Austin,
ter adulterado documentos para justificar os pagamentos. Renan nega Alex Agostini. Segundo ele, outras economias que apresentaram
as acusações. O caso foi revelado em 2007. resultados muito ruins nas edições anteriores, como a Venezuela,
A defesa de Renan sustenta que o senador “já esclareceu todos
ainda não divulgaram seus resultados e isso coloca o país com o
os fatos relativos a esta questão e é o maior interessado no esclareci-
pior desempenho do mundo até o momento.
mento definido do episódio”. Segundo a assessoria de Renan, o par-
lamentar “foi o autor do pedido de investigação das falsas denúncias Esse ranking da Austin é liderado por Filipinas, que cresceu
em 2007, há quase dez anos.” 7,1% no terceiro trimestre deste ano comparado com o mesmo
Em fevereiro deste ano, Fachin já tinha pautado a ação para período de 2015, seguido por China, em segundo lugar, com alta
julgamento, mas, no mesmo mês, foi retirada da pauta depois que de 6,7% no PIB, na mesma base de comparação. Além do Brasil,
a defesa de Renan Calheiros apresentou um recurso alegando a apenas Rússia e Noruega tiveram queda no mesmo intervalo, de
existência de uma falha na tramitação do processo. 0,6% e 0,9%, respectivamente.
Fonte: Portal Terra – (24/11/2016)

Didatismo e Conhecimento 9
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Letargia PIB MENOR
Agostini avaliou que a economia brasileira está em estado de O ministro afirmou ainda que ontem o governo comunicou ao
“letargia”, e, por conta disso, ele revisou suas projeções para PIB Congresso a recente revisão para baixo da projeção para o PIB de
deste ano e do próximo. Aprofundou de 3,1% para 3,49% a previ- 2017, mas ressaltou que “não cabe ao governo” reestimar receitas
são de retração em 2016 e reduziu para menos de 0,98% a expec- e despesas para 2017.
tativa de crescimento no ano que vem, que era de 1,1%. “A revisão Nesta segunda (21), a secretaria de Política Econômica, do
para cima do PIB de 2017 recai sobre a perspectiva de melhora Ministério da Fazenda, admitiu que o governo espera um cresci-
vigorosa dos fatores de produção a partir do segundo semestre de mento do PIB (Produto Interno Bruto) de somente 1% no ano que
2017, com destaque aos investimentos privados, bem como pela vem, uma redução considerável na comparação com a última pro-
retomada do mercado de crédito com estímulo da queda da taxa jeção, que era de 1,6%.
de juros e início de recuperação do mercado de trabalho, além do Com a expectativa de um PIB menor, as receitas esperadas
efeito estatístico da base de comparação menor”, explicou. também se reduzem, e o atual Orçamento do ano que vem ainda
Se as novas previsões de Agostini para o PIB se confirmarem, leva em conta uma alta de 1,6%. “Não cabe ao governo federal,
em 2016, o Brasil cai para o nono lugar entre as 10 maiores econo- neste momento, realizar revisão das estimativas de 2017. Vamos
mias do planeta, atrás da Itália e da Índia. Em 2017, o país voltaria fazer isso no início do próximo ano, quando realizarmos a progra-
para a oitava colocação no ranking liderado por Estados Unidos, mação orçamentária para 2017”, declarou.
seguido por China, Japão, Alemanha, Reino Unido, França e Índia. Ele reafirmou o argumento do Ministério da Fazenda de que a
Fonte: Correio Braziliense – (30/11/2016) revisão do PIB não significa necessariamente uma redução na re-
ceita, já que o governo espera que entrem recursos do novo projeto
Governo vai autorizar despesas de R$ 16,2 bi no Orça- de repatriação e de concessões.
mento de 2016 Fonte: Folha.com – (22/11/2016)
A receita obtida com multa e imposto pagos dentro do progra-
ma de regularização de recursos ilegais no exterior deixa ao go- CAE aprova projeto que pode limitar taxa de juros do car-
verno uma reserva técnica, até o final do ano, de R$ 16,2 bilhões, tão de crédito em 28%
divulgou nesta terça (22) o Ministério do Planejamento. A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado apro-
Até 30 de novembro, o governo publicará um decreto sobre vou nesta terça-feira, 29, um projeto que pode limitar os juros do
como o valor será gasto. cartão de créditos a duas vezes a taxa do Certificado de Depósito
No relatório do quinto bimestre publicado pela pasta, o go- Interbancário (CDI). A proposta seguirá para votação em Plenário.
verno aumentou sua previsão para a receita líquida de 2016 em A taxa do CDI mantém-se próxima à taxa básica de juros (Se- lic),
R$ 17,8 bilhões na comparação com a publicação do bimestre an- que corresponde atualmente a 14% ao ano. Assim, se o projeto
terior. Ao mesmo tempo, conta com despesas obrigatórias R$ 2,1 fosse transformado em lei nesta terça, a taxa anual dos cartões de
bilhões maiores do que o relatório anterior, deixando uma reserva crédito ficaria limitada ao dobro dessa quantia: 28%.
de pouco mais de R$ 16 bilhões. “Altera a Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964, que dispõe
O destino desse dinheiro, de acordo com o ministro do Plane- sobre a política e as instituições monetárias, bancárias e credití-
jamento, Dyogo de Oliveira, será debatido nas próximas semanas. cias, cria o Conselho Monetário Nacional e dá outras providências,
“Nossa prioridade é o pagamento de restos a pagar, o que abre para limitar os juros de cartão de crédito”, diz o texto do projeto.
espaço pra termos um desempenho melhor nos próximos anos”, Autor do projeto, o senador Ivo Cassol (PP-RO) disse que os
disse. juros abusivos exigem limites regulatórios. Para Cassol, as taxas
De acordo com ele, o governo avaliou os restos a pagar que de juros “ainda são exorbitantes”, especialmente as cobradas em
possui atualmente para determinar o que é “executável”, ou seja, o empréstimos na modalidade do rotativo do cartão de crédito.
que pode ser liquidado pelo governo de forma imediata. “Fizemos Fonte: Istoé – (29/11/2016)
essa análise e o que pode ser pago fica bem acima dos R$ 16,2
bilhões de reserva”, disse. Ou seja, se decidir usar toda a reserva Cade investiga se houve cartel em leilão de Belo Monte
técnica para quitar restos a pagar, o governo atualmente consegue O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) ins-
fazê-lo. taurou hoje (16) um inquérito para investigar a existência de um
Questionado sobre um possível uso dos recursos para aju- suposto cartel na licitação para a concessão da Usina Hidrelétrica
da aos Estados, o ministro não negou a possibilidade. “Isso será de Belo Monte, realizado em 2010. Também será investigado pro-
debatido nos próximos dias e será decidido nos próximos dias”, cesso de contratação para a construção da usina, localizada no Rio
afirmou. Oliveira declarou ainda que a meta fiscal, que determina Xingu (PA).
um deficit de R$ 170,5 bilhões em 2016, será cumprida “fielmente O inquérito administrativo é um desdobramento da Operação
como previsto”. Lava Jato e foi subsidiado pela celebração do acordo de leniência
A pasta informou que com a decisão da ministra Rosa Weber, com a construtora Andrade Gutierrez e com executivos e ex-exe-
do STF (Supremo Tribunal Federal), de que a parcela da multa da cutivos da empresa, em setembro deste ano. Segundo o Cade, a
repatriação seja dividida com estados, o governo reservou R$ 5 bi- assinatura do acordo foi mantida em sigilo para preservar as in-
lhões para caso tenha que pagar o montante aos entes da federação. vestigações.
Se não sair uma decisão final sobre esses recursos da multa Por meio do acordo, firmado com o Ministério Público Fede-
ainda neste ano, o montante passa para o ano que vem. “Se a deci- ral do Paraná, por meio da força-tarefa da Lava Jato, os signatários
são sair em 2017 e for favorável aos estados, receberão no ano que admitem sua participação, fornecem informações e apresentam
vem, se for favorável ao governo, entra como receita do governo”, documentos probatórios para colaborar com as investigações so-
exemplificou Oliveira. bre o suposto cartel. As empresas inicialmente apontadas como

Didatismo e Conhecimento 10
ATUALIDADE BRASILEIRA
participantes da provável conduta anticompetitiva são a Andrade Ainda segundo o texto, a decisão levou em conta a necessi-
Gutierrez Engenharia, Construções e Comércio, a Camargo Corrêa dade de ações, no curto prazo, para fazer frente à crise e garantir
e a Construtora Norberto Odebrecht, além de, pelo menos, seis a continuidade da prestação de serviços públicos essenciais, nota-
executivos e ex-executivos de alto escalão dessas empresas. damente nas áreas da segurança pública, da saúde e da educação.
Segundo o Cade, os contatos entre os concorrentes teriam se A publicação define que secretários de estado e dirigentes má-
iniciado em julho de 2009, com a divisão do grupo formado pe- ximos de órgãos e entidades da administração pública estadual,
las empresas Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa e Odebrecht em sob a coordenação da Secretaria da Casa Civil, ficam autorizados a
dois consórcios. Segundo relatos, ao longo do processo de prepa- adotar medidas excepcionais necessárias à racionalização de todos
ração das propostas, as empresas teriam alinhado parâmetros como os serviços públicos, salvo aqueles considerados essenciais.
premissas da construção, divisão de riscos entre construtoras e in- As medidas em questão ainda serão estudadas, e ainda não
vestidores e contingenciamento dos riscos. Tal alinhamento visava está claro como elas afetarão a população.
criar uma paridade de condições e de preços entre as empresas, o
que não é esperado entre concorrentes, e buscava garantir a viabi-
“Formalização da gravidade da crise”
lidade de um pacto para a posterior divisão da construção da usina
Ouvido pelo UOL, o economista Raul Velloso, especialista em
entre elas.
finanças públicas, afirmou que o estado de calamidade financeira
Apesar de o leilão ter sido vencido por outro consórcio, as três
não está amparado em nenhuma lei. Em sua opinião, a iniciativa
concorrentes teriam adaptado o prévio ajuste quando foram pos-
teriormente contratadas para a efetiva construção de Belo Monte é apenas uma forma de o governo gaúcho comunicar a gravidade
na modalidade Concorrência Privada. Para tanto, as três empresas da crise do Estado.
teriam novamente alinhado variáveis que impactariam nas propos- Em nota, a Secretaria da Casa Civil do Rio Grande do Sul
tas de preço a serem apresentadas separadamente pelas empresas. afirmou que o “decreto orientará na seleção de novas medidas ne-
O leilão foi vencido pelo Consórcio Norte Energia, formado cessárias” e “formaliza a situação de extrema gravidade da gestão
pelas empresas Eletrobras, Chesf, Eletronorte, Queiroz Galvão, pública e a prioridade para as mudanças”.
Galvão Engenharia e outras empresas. As empresas Andrade Gu- Ainda na nota, o secretário adjunto da Casa Civil, José Gui-
tierrez, Camargo Corrêa e Odebrecht foram contratadas pela Norte lherme Kliemann, disse que “o decreto é mais um instrumento que
Energia, tendo dividido entre si o montante de 50% da construção engajará todas as áreas na busca de uma gestão mais eficiente, en-
da usina hidrelétrica. Segundo o Cade, os contatos anticompeti- xuta e buscando identificar medidas adicionais àquelas previstas
tivos duraram até, pelo menos, julho de 2011, quando foram as- nos decretos de contingenciamento que vêm sendo adotados desde
sinados os contratos referentes às obras de construção da usina janeiro de 2015”.
hidrelétrica de Belo Monte. “A Casa Civil solicitará às principais áreas do governo que
A Norte Energia ainda não se manifestou sobre a investigação busquem em suas estruturas alternativas de redução de despesas
do Cade. eletivas, que possam ser eliminadas sem prejuízo aos serviços es-
Em nota, a Andrade Gutierrez informa que o acordo com o senciais”, afirmou Kliemann.
Cade está em linha com sua postura, desde o fechamento do acor- Ele também declarou na nota que na próxima semana serão
do de leniência com o Ministério Público, de continuar colaboran- realizadas reuniões com áreas específicas para “elencar medidas
do com as investigações em curso. A empresa também afirma que de contenção”.
continuará realizando auditorias internas para esclarecer fatos do
passado que possam ser do interesse da Justiça e dos órgãos com- Pacote inclui privatização e prevê ao menos 1.200 demis-
petentes. “A Andrade Gutierrez afirma ainda que acredita ser esse
sões
o melhor caminho para a construção de uma relação cada vez mais
Ontem, o governador José Ivo Sartori (PMDB) anunciou um
transparente entre os setores público e privado”, diz a empresa.
pacote de medidas na área financeira que prevê a extinção de nove
Fonte: Agência Brasil – (16/11/2016)
fundações, o fim de três secretarias de Estado, a privatização de
Governo do Rio Grande do Sul decreta estado de calami- uma companhia pública (a Corag, Companhia Riograndense de
dade financeira Artes Gráficas) e alteração nas regras do estatuto do funcionalismo
Um dia após anunciar um pacote de medidas para tentar me- público.
lhorar as contas do Estado, o governo do Rio Grande do Sul de- Além disso, aumenta a alíquota da Previdência Social dos ser-
cretou nesta terça-feira (22) estado de calamidade financeira na vidores ativos e inativos dos atuais 13,25% para 14% - o impacto
administração pública estadual, conforme decreto publicado no na receita deve chegar a R$ 130 milhões. Também limita as pen-
Diário Oficial. O decreto entrou em vigor hoje. sões previdenciárias ao teto constitucional dos desembargadores
De acordo com a publicação, a decisão foi tomada consideran- do Estado. A projeção é que haja a demissão de 1,2 mil servidores.
do que “a crise da economia brasileira está atingindo fortemente a Também transfere o pagamento do funcionalismo para um ca-
capacidade de financiamento do setor público”. O Rio Grande do lendário que varia do quinto dia útil (até R$ 1.300) para o vigési-
Sul vive uma grave situação financeira que tem resultado no par- mo dia útil (acima de R$ 6.000). A maior parte das matrículas (ou
celamento dos salários dos servidores e sucateamento das polícias, salários de R$ 2.900 mensais), pela proposta, deverá receber até o
entre outros problemas. décimo dia útil. Hoje, pela Constituição estadual, os servidores
O decreto diz também que “a queda estimada do Produto In- têm de ser pagos até o último dia útil de cada mês.
terno Bruto (PIB), considerados os anos de 2015 e 2016, chegará Outra proposta é de pagar apenas 50% do 13º dos servidores
a mais de 7%, com trágicas consequências para a arrecadação de de 2016, remetendo a outra parcela para novembro de 2017. A eco-
tributos”. nomia em caso de aprovação seria de R$ 600 milhões.

Didatismo e Conhecimento 11
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Os repasses ao Judiciário e Legislativo, além disso, serão Os especialistas coincidem em destacar que um dos maiores
calculados de acordo com a Receita Corrente Líquida do estado, riscos é que haja uma queda dos impostos, com o crescimento dos
limitados ao orçamento. A previsão de economia para o Tesouro, gastos, o que poderia gerar inflação. Essa situação iria levar a um
nesse caso, é de R$ 575,7 milhões considerando dados referentes aumento das taxas de juros e um possível aumento do dólar.
a 2015. O ganho anual no fluxo financeiro foi calculado em R$ 2,6 Um dos controladores do mercado, a agência de classifica-
bilhões pelo governo. ção Fitch, não demorou para se posicionar sobre Trump. Não vai
Também reduz em 30% os créditos fiscais presumidos referentes rebaixar a classificação da dívida dos EUA, mas advertiu que se
a 2016, 2017 e 2018 com impacto financeiro de R$ 300 milhões por ele colocasse em prática as medidas anunciadas, “teriam um efeito
ano e antecipa o recolhimento do ICMS pelas empresas do dia 21 para negativo para as finanças públicas”.
o dia 12. O pacote, com 38 projetos, será enviado nesta terça-feira (22) Admite as “incertezas” sobre o programa de Trump, o grau
à Assembleia Legislativa – 30 deles tramitarão em regime de urgência. que tentará realizá-las e sua capacidade de implementá-las. “Esta
Fonte: Portal UOL – (22/11/2016) última vai depender da cooperação entre o presidente e as maiorias
republicanas no Congresso e no Senado, e até que ponto os demo-
Trump espalha incertezas na economia e no comércio cratas do Senado poderão bloquear as medidas propostas”, afirma.
mundial
A chegada inesperada de Donald Trump à Casa Branca, sem um
Ambiente político menos estável
claro programa econômico, mas repleto de ameaças de veto a vários
Na mesma linha se manifesta Bill Papadakis, estrategista de
acordos comerciais, espalha incerteza sobre a maior economia do
mundo, que responde por 24,5% do PIB mundial. As dúvidas surgem investimentos do banco suíço Lombard Odier. “A menor visibi-
quando a economia mundial sofre com um fraco crescimento. O TTIP, lidade das políticas de Trump poderia gerar alguma volatilidade
o acordo comercial entre os EUA e a UE, já aparece como a primeira nos mercados financeiros no curto prazo. Embora a longo prazo,
vítima da era Trump. os riscos são menos claros, já que o impacto sobre o crescimento
O comércio mundial está desacelerando praticamente desde o iní- teria que ser compensado pelo aumento da incerteza causada por
cio da Grande Recessão. Mas tanto o FMI quanto o G-20 temem guer- um ambiente político menos estável”.
ras comerciais, com medidas protecionistas que reduzam ainda mais os Apesar desses presságios, Julio Cañero, diretor do Instituto
volumes. A chegada de Trump e seu “América, primeiro” é um risco Franklin da Universidade de Alcalá, está “moderadamente otimis-
adicional: o novo presidente dos Estados Unidos não é exatamente um ta”. Admite que implantar o programa como foi explicado na cam-
fã dos acordos comerciais e sugeriu que vai desmantelar o pacto assi- panha significaria uma curva perigosa para a economia mundial,
nado por Obama com os países do Sudeste Asiático (conhecido como mas lembra que Trump “deverá negociar tudo com seu partido,
TTP) e que vai congelar as negociações do TTIP, o acordo entre EUA que está contra o protecionismo e as tarifas”. Quando chegar ao
e a UE. Gabinete Oval, acrescenta, “ele terá que ser mais pragmático. En-
Em Bruxelas, o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, e tre outras coisas porque se você colocar barreiras à entrada de pro-
o chefe da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, pediram na quar- dutos chineses, Pequim pode vender a dívida dos EUA e o proble-
ta-feira uma reunião de cúpula com os Estados Unidos para discutir ma será de Trump. Wall Street vai recolocá-lo em seu lugar, porque
essa e outras questões. Mas a Europa dá praticamente por perdido o não pode prejudicar as grandes empresas com suas medidas”.
TTIP, antes da resposta popular que gerou um pacto similar com o Ca- De acordo com o escritório de advocacia Baker & McKinzey,
nadá e as duras críticas que recebeu o acordo com os Estados Unidos “a volatilidade e a incerteza são a nova situação de normalidade
na França e na Alemanha. para as organizações globais” e afirmam que as empresas procu-
A negociação “entrou em uma pausa natural”, disse o vice-pre- ram “estabilidade e continuidade e Trump foi eleito por ser um
sidente da UE, Jyrki Katainen. A agenda de Trump “vai contra o livre
forasteiro que quer a agitar o establishment político, mas a maneira
comércio”, disse Katainen, que ainda assim fez um chamado para “não
como vai jogar no mundo dos negócios não está clara”. Esse é o
subestimar” o interesse nos acordos comerciais entre as autoridades e o
problema.
setor empresarial norte-americano.
A Europa não é a única região do mundo que sente a ameaça co- Fonte: El País Brasil – (10/11/2016)
mercial: Trump sublinhou repetidas vezes que vai enfrentar a “concor-
rência desleal” da China. A Europa começa a emitir sinais na mesma CULTURA E SOCIEDADE
direção, e isso poderia impor tarifas maiores a produtos subsidiados
pelos chineses como o aço. Se, além disso, os bancos centrais tam- Morre aos 82 anos o cantor e compositor Leonard Cohen
bém se envolverem em uma guerra de guerrilha para desvalorizar as Morreu na noite desta quinta-feira, 10, Leonard Cohen. A no-
taxas de câmbio, todos esses movimentos irão na mesma direção: uma tícia foi dada em sua página no Facebook, que pede privacidade
guerra comercial — ainda devemos ver se alta ou baixa intensidade para a família neste momento. “É com profunda tristeza que repor-
— e um retorno ao nacionalismo econômico que coloque obstáculos tamos que o lendário poeta, compositor e artista, Leonard Cohen
ao comércio. faleceu. Nós perdemos um dos mais reverenciados e prolíficos vi-
sionários da música”, diz o comunicado.
As dúvidas fazem o PIB cair O compositor tinha acabado de lançar seu 14º disco, You Want
O HSBC, o maior banco da Europa, publicou um relatório forte It Darker, depois de ter excursionado por cinco anos. Não se sabe
sobre a chegada de Trump: “O aumento da incerteza costuma muitas ainda a causa da morte, mas, em suas últimas aparições, o cana-
vezes levar a um crescimento mais fraco pelo atraso nos investimen- dense discursava com a voz fraca e ofegante.
tos e o gasto dos consumidores, assim como um crescimento mais Fonte: Estadão.com – (11/11/2016)
fraco do emprego”.

Didatismo e Conhecimento 12
ATUALIDADE BRASILEIRA
Aborto até o terceiro mês não é crime, decide turma do O que foi julgado na primeira turma foi um habeas corpus
Supremo para reverter a prisão preventiva dos cinco acusados. O mérito des-
A maioria da primeira turma do STF (Supremo Tribunal Fede- se caso continua a ser julgado na Justiça do Rio.
ral) firmou o entendimento, nesta terça-feira (29), de que praticar No próximo dia 7, o plenário do Supremo julgará a possibi-
aborto nos três primeiros meses de gestação não é crime. Votaram lidade de aborto em casos em que mulher for infectada pelo vírus
dessa forma os ministros Luís Roberto Barroso, Rosa Weber e Ed- da zika.
son Fachin. Em 2012, a corte decidiu, por 8 votos a 2, que a interrupção
A decisão é sobre um caso específico, em um habeas corpus de gravidez no caso de fetos com anencefalia comprovada não é
que revogou a prisão preventiva de cinco pessoas que trabalhavam crime. Na ocasião, Barroso, que ainda não era ministro, advogou a
numa clínica clandestina de aborto em Duque de Caxias (RJ), mas favor da descriminalização.
pode ser considerada um passo à frente na descriminalização do Fonte: Folha.com – (29/11/2016)
ato, desde que no início da gravidez.
Embora a decisão tenha se dado em um caso específico, outros Papa concede a padres decisão de perdoar quem comete
magistrados, de outras instâncias, poderão, a seu critério, adotar o abortos
entendimento da primeira turma do STF. O papa Francisco concedeu hoje (21) aos sacerdotes a decisão
O relator, ministro Marco Aurélio, já havia concedido liminar de absolver ou não as pessoas que cometeram aborto e procuram a
em 2014 para soltar os cinco médicos e funcionários da clínica flu- Igreja Católica para se redimir. A orientação foi publicada na carta
minense. Seu fundamento era que não existiam os requisitos legais apostólica Misericordia et Miseria, divulgada pelo Vaticano. O tex-
para a prisão preventiva (como ameaça à ordem pública e risco à to marca o encerramento do Ano Santo do Jubileu, que foi dedicado
investigação e à aplicação da lei). Nesse processo, nenhuma mu- ao tema da misericórdia.
lher que praticou aborto na clínica foi denunciada. A carta apostólica estabelece uma série de novas instruções
Em agosto deste ano, quando foi a julgamento o mérito do para que a misericórdia seja adotada como prática diária entre os
habeas corpus, Barroso pediu vista. Em seu voto, nesta terça, ele católicos. Dessa forma, os sacerdotes ficam livres para decidir
concordou com a revogação das prisões pelos motivos apontados perdoar ou não uma pessoa que cometeu aborto. Isso abre cami-
por Marco Aurélio, mas trouxe um segundo fundamento. Para ele, nho para médicos e mulheres que já cometeram ou participaram
os artigos do Código Penal que criminalizam o aborto no primeiro de abortos. Até hoje, os dois eram impedidos automaticamente de
trimestre de gestação violam direitos fundamentais da mulher. comungar na Igreja e o status só podia ser revertido em casos espe-
As violações são, segundo o voto de Barroso, à autonomia da cíficos por bispos ou delegados.
mulher, à sua integridade física e psíquica, a seus direitos sexuais e “Com todas as minhas forças, digo que o aborto é um pecado
reprodutivos e à igualdade de gênero. “Na medida em que é a mu- grave, porque coloca fim a uma vida inocente”, afirmou o papa.
lher que suporta o ônus integral da gravidez, e que o homem não Mas peço aos sacerdotes que sejam guias e deem apoio e confor-
engravida, somente haverá igualdade plena se a ela for reconheci- to no acompanhamento dos penitentes”, ressaltou o líder católico
do o direito de decidir acerca da sua manutenção ou não”, escreveu “Para que nenhum obstáculo se coloque entre o pedido de recon-
o ministro sobre o direito à igualdade de gênero. ciliação e o perdão de Deus, concedo, a partir de hoje, a todos os
“O direito à integridade psicofísica protege os indivíduos sacerdotes, na força de seus ministérios, a faculdade de absolver os
contra interferências indevidas e lesões aos seus corpos e mentes, que os procuram pelo pecado do aborto”, determinou Francisco.
relacionando-se, ainda, ao direito à saúde e à segurança. Ter um Além da questão do aborto, o papa validou as confissões ce-
filho por determinação do direito penal constitui grave violação à lebradas por sacerdotes lefebrvianos e oficializou o trabalho dos
integridade física e psíquica de uma mulher”, afirmou também o “missionários da misericórdia”, postos criados durante o Jubileu
ministro. para “escutar e perdoar os fiéis”. No texto, Francisco disse que a
Além disso, segundo Barroso, a criminalização do aborto cau- misericórdia é um “valor social” que deve “restituir a dignidade de
sa uma discriminação contra as mulheres pobres, que não podem milhões de pessoas”. Por isso, ele também criou o Dia Mundial dos
recorrer a um procedimento médico público e seguro, enquanto as Pobres, que será celebrado em toda a Itália católica.
que têm condições pagam clínicas particulares. Em um claro recado à ala conservadora do Vaticano, o papa es-
Ainda de acordo com o voto de Barroso, que foi acompanhado creveu em sua carta apostólica que “nada que um pecador arrepen-
por Weber e Fachin, os principais países democráticos e desen- dido coloque diante da misericórdia de Deus pode permanecer sem
volvidos, como Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido, Canadá, o seu abraço e o seu perdão. Comunicar a certeza do Deus que ama
França, Itália, Espanha, Portugal e Holanda, não criminalizam o não é um exercício retórico, mas uma condição de credibilidade do
aborto na fase inicial da gestação. O prazo de três meses foi tirado próprio sacerdócio”, disse Francisco. Jorge Mario Bergoglio tam-
da comparação com esses países. bém usou a carta para responder a quatro cardeais conservadores
Os dois outros ministros da primeira turma, Marco Aurélio e que lhe haviam questionado sobre a exortação apostólica Amoris
Luiz Fux, não se manifestaram sobre a descriminalização do abor- Laetitia (A Alegria do Amor), lançada em 8 de abril e que fala so-
to no início da gravidez. No caso específico, eles também votaram bre a família na sociedade atual. Assinada pelo cardeal Raymund
pela revogação das prisões preventivas, com base apenas na ausên- Leo Burke, a carta acusa Francisco de apoiar o reconhecimento do
cia dos requisitos legais para mantê-las. divórcio. Como o papa não respondeu ao documento, os cardeais
Barroso destaca, em sua decisão, que o aborto não é algo bom, resolveram torná-lo público.
e que o papel do Estado deve ser evitá-lo, mas com educação se- “Quando o caminho da vida nupcial é interrompido pelo so-
xual, distribuição de contraceptivos e apoio às mulheres que dese- frimento, pela traição e solidão, a experiência da misericórdia nos
jarem manter a gravidez, mas que não tenham condições. permite olhar para todas as dificuldades com a atitude do amor de

Didatismo e Conhecimento 13
ATUALIDADE BRASILEIRA
Deus, que não se cansa de acolher e de acompanhar”, ratificou A Chapecoense tinha previsto voar direto para Medellín. A
Francisco. Dessa forma, o papa pede, mais uma vez, que cada caso falta de um acordo de comércio aeronáutico impediu, no entanto,
de separação matrimonial seja analisado de maneira independente que a empresa boliviana Lamia levasse a equipe de São Paulo até
pelos sacerdotes. Medellín, informou a repórter Talita Bedinelli. Esta operação só é
O Ano Santo Extraordinário da Misericórdia foi encerrado permitida no Brasil para empresas brasileiras ou colombianas. Por
ontem (20), com uma missa celebrada por Francisco no Vaticano isso, a equipe teve que viajar de São Paulo para Santa Cruz (Bolí-
diante de 70 mil pessoas. Tradicionalmente, o Jubileu acontece so- via), em um voo comercial da Boliviana de Aviación, o que atrasou
mente a cada 25 anos. O último tinha sido em 2000, portanto, só o charter, que partiu do aeroporto de Viru Viru para Medellín. As
ocorreria em 2025. Mas Francisco resolveu convocar um Jubileu autoridades aeronáuticas da Bolívia ressaltaram que o avião partiu
extraordinário com o tema da Misericórdia. O Ano Santo foi ini- de Santa Cruz com tudo “em ordem”, sem defeitos e em boas con-
ciado em novembro de 2015 e encerrado agora. dições de voo. Recentemente esta mesma empresa tinha sido usada
Fonte: Agência Brasil – (21/11/2016) pela seleção argentina para realizar várias viagens.
Em um primeiro momento pensou-se que no avião viajavam
Tragédia com avião da Chapecoense mata 71 na Colômbia 81 pessoas. Depois de verificar as pessoas que tinham embarcado
Uma nova tragédia aérea voltou a abalar o mundo do futebol no Brasil e na Bolívia, ficou comprovado que tinham embarcado
na segunda-feira. O avião em que viajava a equipe brasileira da 68 passageiros de origem brasileira e 9 membros da tripulação de
Chapecoense caiu quando estava prestes a chegar ao seu destino, o origem boliviana, totalizando 77 pessoas. As quatro pessoas que
aeroporto de Medellín, onde na quarta-feira estava previsto jogar não iam no avião correspondem a Luciano Buligon, prefeito de
a partida final da Copa Sul-Americana com o Atlético Nacional. Chapecó, a cidade sede da Chapecoense; Plínio Nes Filho, dirigen-
No avião viajavam 77 pessoas, 71 morreram e seis sobreviveram te da Chapecoense; Gelson Merisio, deputado de Santa Catarina e
ao acidente: dois membros da tripulação, três jogadores e um jor- Iván Carlos Agnoletto, jornalista
nalista. Pelo menos duas dessas vítimas estão em estado grave. As A equipe brasileira, da cidade de Chapecó, no Estado de San-
autoridades ainda não confirmaram as razões que fizeram com que ta Catarina, estava indo a Medellín para disputar a final da Copa
o avião, um charter da empresa boliviana Lamia, caísse quando Sul-Americana contra o Atlético Nacional. A alegria dos jogadores
estava tão perto de seu destino. frente a tamanha conquista ficou refletido em um vídeo distribuído
O avião que transportava a Chapecoense, um Avro Regional
pelas redes, no qual os jogadores se mostravam animados antes
Jet 85 (RJ85), deveria ter chegado a Medellín por volta das dez
de deixar Santa Cruz para Medellín. A Chapecoense virou a sur-
da noite da Colômbia. Pouco antes de iniciar sua descida, perdeu
presa da última temporada no futebol latino-americano. Ninguém
contato com a torre de controle. Os pilotos tinham alertado, de
esperava que um time tão modesto, que esteve prestes a desapa-
acordo com várias fontes, sobre “falhas elétricas”, embora as au-
toridades não tenham confirmado a causa exata do acidente. Uma recer por questões econômicas alguns anos atrás, pudesse deixar
das hipóteses considerada é que o avião ficou sem combustível. O no caminho clubes como San Lorenzo de Almagro, independente
incidente ocorreu nas proximidades do Cerro El Gordo, no muni- ou Junior de Barranquilla, também colombiano. Sua jornada na
cípio de La Unión, em um lugar relativamente perto do aeroporto Copa Sul-Americana levou a que muitos o classificassem como o
José María Córdova, a uma hora de Medellín, a segunda maior Leicester brasileiro, referindo-se ao atual campeão da liga inglesa.
cidade da Colômbia. O Atlético Nacional pediu que a Copa fosse entregue, simbolica-
No momento do acidente, as condições meteorológicas na mente, ao clube brasileiro.
área eram boas, de acordo com as autoridades locais. No entanto, O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, falou logo
a falta de luz e a forte chuva que caiu durante toda a noite dificul- após a notícia do incidente com seu homólogo brasileiro, Michel
taram as já em si complicadas tarefas de resgate. O avião caiu em Temer. Este, por sua vez, expressou sua tristeza com as famílias
um lugar íngreme, a meia hora a pé da estrada mais próxima. Até das vítimas: “Nesta hora triste em que a tragédia se abate sobre
150 pessoas da Aviação Civil, da Força Aérea Colombiana e de dezenas de famílias brasileiras manifesto a minha solidariedade”.
agências humanitárias participaram do resgate. Nas buscas, 70% O Ministério das Relações Exteriores da Colômbia trabalha ago-
dos corpos foram encontrados na fuselagem do avião, enquan- ra para facilitar a repatriação dos corpos com a maior brevidade
to espalhados pelo terreno estavam os outros 30%, entre eles os possível.
dos sobreviventes. As equipes de resgate encontraram destroços As mensagens de solidariedade e apoio às vítimas não demo-
da aeronave 500 metros ao redor do local do acidente. Depois de raram, especialmente no mundo do futebol. Do Real Madrid, que
conseguir retirar os corpos, após o meio-dia na hora local, foram observou um minuto de silêncio, até a solidariedade de figuras
encontradas as duas caixas pretas, que fornecerão mais informa- como Messi ou Maradona, o futebol voltou a se mostrar unido.
ções sobre as causas do acidente. O acidente da Chapecoense nos remete a outras tragédias seme-
As pessoas que foram resgatadas vivas são: Ximena Suárez, lhantes sofridas por times de futebol. Em 1949, caiu o avião em
auxiliar de voo; Erwin Tumiri, técnico do avião; os jogadores Alan que voltava a equipe italiana do Torino depois de jogar em Lisboa.
Luciano Ruschel, Jackson Folmman e Hélio Hermito Zampier. O Morreram 42 pessoas, incluindo quase a totalidade dos jogadores.
corpo deste último foi recuperado cinco horas após o acidente. Nove anos depois, o avião que transportava o Manchester United
Além deles, sobreviveu à tragédia o jornalista Rafael Malmorbida, de Munique sofreu um acidente. Oito jogadores, dois diretores e o
que em um primeiro momento foi identificado como Rafael Hen- técnico morreram. Sobreviveram sete jogadores, incluindo a lenda
zel. O goleiro da equipe brasileira Danilo Padilha foi resgatado do United, Bobby Charlton.
vivo, mas morreu antes de chegar a algum dos hospitais para onde Fonte: El País Brasil – (30/11/2016)
os feridos foram levados.

Didatismo e Conhecimento 14
ATUALIDADE BRASILEIRA
Casos de chikungunya devem aumentar em 2017, prevê O estudo registrou ainda 601 mortes pela doença este ano,
Ministério da Saúde contra 933 no mesmo período de 2015 – uma redução de 35,6%.
O ministro da Saúde, Ricardo Barros, disse hoje (24) que o Também reduziram pela metade os casos de dengue grave, que
governo prevê um aumento significativo de casos de infecção pelo passaram de 1.616 para 803, e a quase um terço os casos de dengue
vírus Chikungunya no Brasil em 2017. Os casos confirmados da com sinais de alarme, que caíram de 20.352 para 7.730.
doença aumentaram 15 vezes de 2015 para este ano (de 8.528 para
134.910) e os suspeitas, quase dez vezes (de 26.763 para 251.051). Aumento da chikungunya
Barros destacou ainda que, para 2017, a expectativa da pasta é O levantamento aponta 251.051 casos suspeitos de febre
de que os casos de infecção por dengue e pelo vírus Zika se man- chikungunya identificados no país este ano, sendo 134.910 confir-
tenham estáveis em relação ao que foi registrado em 2016. “Esta- mados. No mesmo período do ano passado, o total foi de 26.763
mos nos preparando para um aumento de casos de chikungunya”, casos suspeitos e 8.528 confirmados.
enfatizou o ministro. Ao todo, 138 mortes pela doença foram registradas nos se-
Este ano, pelo menos 138 óbitos por febre chikungunya foram guintes estados: Pernambuco (54), Paraíba (31), Rio Grande do
registrados nos seguintes estados: Pernambuco (54), Paraíba (31), Norte (19), Ceará (14), Bahia (5), Rio de Janeiro (5), Maranhão
Rio Grande do Norte (19), Ceará (14), Bahia (5), Rio de Janeiro (5), Alagoas (2), Piauí (1), Amapá (1) e Distrito Federal (1).
(5), Maranhão (5), Alagoas (2), Piauí (1), Amapá (1) e Distrito Fe- Atualmente, 2.281 municípios brasileiros já registraram casos
deral (1). Atualmente, 2.281 municípios brasileiros já registraram de infecção pelo vírus Chikungunya.
casos da doença.
Dados divulgados pelo ministério apontam que 855 cidades Incidência de Zika
brasileiras estão em situação de alerta ou de risco de surto de den- Em relação ao vírus Zika, foram identificados 208.867 casos
gue, chikungunya e Zika. O número representa 37,4% dos muni- prováveis no país até o dia 22 de outubro. O número representa
cípios pesquisados. uma taxa de incidência de 102,2 casos para cada 100 mil habitan-
Fonte: Jornal do Brasil – (24/11/2016) tes. Foram confirmadas ainda três mortes pela doença este ano,
além de 16.696 casos prováveis de infecção entre gestantes.
O Sudeste tem a maior parte de casos prováveis (83.884),
Aedes: 885 cidades estão em situação de alerta ou risco de
seguido pelo Nordeste (75.762), Centro-Oeste (30.969), Norte
surto
(12.200) e Sul (1.052). Considerando a proporção por habitantes,
Dados divulgados hoje (24) pelo Ministério da Saúde revelam
o Centro-Oeste encabeça a lista, com 200,5 casos para cada 100
que 855 cidades brasileiras estão em situação de alerta ou de ris-
mil habitantes. Em seguida estão Nordeste (133,9), Sudeste (97),
co de surto de dengue, chikungunya e zika. O número representa
Norte (69,8) e Sul (3,6).
37,4% dos municípios pesquisados pela pasta no Levantamento A transmissão autóctone (originária no Brasil) foi confirmada
Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa), que é o mosquito em abril de 2015 e as notificações de casos ao Ministério da Saúde
transmissor das três doenças. se tornaram obrigatórias em fevereiro deste ano, por isso não há
Das 22 capitais que participaram do estudo, Cuiabá está em comparações com anos anteriores.
situação de risco e outras nove em situação alerta: Aracaju, Sal-
vador, Rio Branco, Belém, Boa Vista, Vitória, Goiânia, Recife e Adesão
Manaus. Outras 12 aparecem como em situação satisfatória: São Das 3.704 cidades que estavam aptas a participar do Levanta-
Luís, Palmas, Fortaleza, João Pessoa, Teresina, Belo Horizonte, mento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa), 2.284 inte-
São Paulo, Rio de Janeiro, Macapá, Florianópolis, Campo Grande gram a edição deste ano – o equivalente a 62,6% do total.
e Brasília. Realizado entre outubro e novembro, o estudo é considerado
O ministério não recebeu informações sobre as capitais Ma- ferramenta fundamental para o controle do mosquito. Com base
ceió, Porto Velho e Curitiba. Já Natal e Porto Alegre utilizam outra nas informações coletadas, o gestor pode identificar o tipo de de-
metodologia para medição de focos do mosquito. pósito predominante e priorizar medidas para conter a proliferação
Depósitos de água como toneis, tambores e caixas d’água fo- do vetor no município.
ram os principais tipos de criadouro do mosquito registrados nas Atualmente, o levantamento é feito por meio de adesão volun-
regiões Nordeste e Sul. No Sudeste, predominou o depósito domi- tária, mas a expectativa do governo é que a participação passe a
ciliar, categoria em que se enquadram vasos de plantas, garrafas, ser obrigatória para cidades com mais de 2 mil imóveis. A proposta
piscinas e calhas. No Norte e no Centro-Oeste, a maioria dos focos será apresentada na próxima reunião da Comissão Intergestores
foi encontrada no lixo. Tripartite, constituída por representantes do Ministério da Saúde
e de representantes de secretarias estaduais e municipais, marcada
Redução da dengue para 8 de dezembro.
Os dados mostram uma queda de 5,5% no número de casos de “O número [de municípios participantes] é crescente, mas
dengue este ano, comparado ao mesmo período do ano passado: queremos deixar obrigatório”, reforçou o ministro da Saúde, Ri-
foram 1.458.355 casos ocorrências até que até 22 de outubro deste cardo Barros.
amp e 1.543.000 casos até a mesma data em 2015. Fonte: Jornal do Brasil – (24/11/2016)
Entre as regiões do país, o Sudeste e o Nordeste apresentam o
maior número de casos, com 848.587 e 322.067, respectivamente.
Em seguida, aparecem o Centro-Oeste (177.644), o Sul (72.114) e
o Norte (37.943).

Didatismo e Conhecimento 15
ATUALIDADE BRASILEIRA
VIOLÊNCIA O guarda preso era amigo de Rodrigo e instrutor de tiros na
Guarda Civil Municipal de Santo André. A Justiça em Mogi das
Corpos de 4 dos 5 jovens mortos em chacina em SP são Cruzes decretou a prisão temporária do guarda por 30 dias. Não há
enterrados confirmação se ele constituiu advogado para defendê-lo.
Os corpos de quatro jovens mortos em uma chacina ocorri-
da na Grande São Paulo, em 21 de outubro, foram sepultados em PMs
uma cerimônia coletiva na tarde deste sábado (12), no Cemitério Além de guardas civis, a investigação apura a suspeita de que
da Vila Alpina, na Zona Leste de São Paulo. Familiares e amigos policiais militares também poderiam estar envolvidos na chacina
fizeram orações e gritaram “Justiça”. dos cinco jovens. Isso porque cartuchos de calibre .40 – munição
O secretário de Segurança Pública de SP, Mágino Alves, con- adotada por PMs – também foram encontrados perto do local onde
firmou a identidade da quinta vítima, Jones Ferreira Januário, 30 os cinco corpos estavam em Mogi das Cruzes.
anos, nesta sexta-feira (11). O corpo dele será sepultado no Cemi- A Corregedoria da PM apura o caso. O Tribunal de Justiça
tério da Vila Formosa neste domingo (13). Militar chegou a decretar segredo na investigação.
Jonathan Moreira Ferreira, de 18 anos; César Augusto Gomes
Além disso, uma mensagem enviada por Jonathan para uma
Silva, de 19; Caique Henrique Machado Silva, 18; Robson Fer-
amiga às 23h do dia 21 de outubro dizia que estava passando por
nando Donato de Paula, 16, que é cadeirante, e Januário desapare-
uma blitz policial. Ele relatou num áudio ter sofrido “enquadro” e
ceram quando se dirigiam a uma festa em Ribeirão Pires, no ABC
Paulista. Os corpos deles foram encontrados em 6 de novembro, “esculacho”. O G1 teve acesso à gravação (ouça abaixo).
numa área rural em Mogi das Cruzes, interior paulista. Outro indicativo é o fato de os corpos terem sido localizados a
3 km de distância de um sítio usado por PMs, onde também foram
Investigação encontrados e apreendidas munições.
Nesta sexta-feira (11), a diretora do Departamento Estadual de O secretário ressaltou, no entanto, que era prematuro falar em
Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Elisabete Sato, afirmou envolvimento da PM no caso. Agora a investigação aponta que ele
que um guarda civil metropolitano de Santo André usou perfil fal- “estava certo”. “Indicação inicial apontava para um outro lado e
so nas redes sociais de uma “mulher bonita” e com “seios volup- hoje estamos assistindo uma outra realidade”, falou Mágino.
tuosos” para atrair os cinco jovens. Familiares dos mortos que relataram ter sido ameçados por
O guarda é Rodrigo Gonçalves Oliveira, que teve a prisão PMs podem ser incluídos no programa de proteção à testemunha,
temporária decretada pela Justiça de Mogi das Cruzes. Segundo segundo o Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa
a polícia, ele confessou ter “armado uma cilada” para os rapazes. Humana (Condepe).
Mais dois guardas civis de Santo André, no ABC, são inves- Os parentes devem se reunir na tarde desta sexta-feira com
tigados por suspeita de participação no desaparecimento e na cha- peritos do IML para tratar da liberação dos corpos e saber como
cina dos jovens. eles foram executados. As vítimas devem ser enterradas numa ce-
“Ainda é cedo para que a gente afirme que está totalmente rimônia conjunta neste final de semana. A data e local ainda não
desvendado o crime, mas outras pessoas já estão prestando depoi- foram definidos.
mento visando a apuração de participação nesses múltiplos ho- Fonte: G1 – (12/11/2016)
micídios”, disse nesta manhã o secretário da Segurança Pública
(SSP) do estado de São Paulo, Mágino Alves Barbosa Filho, em Caso Yoki: Elize Matsunaga começa a ser julgada em SP
entrevista coletiva sobre o caso. nesta segunda
De acordo com a investigação, o grupo saiu de carro da Zona
Um dos crimes mais violentos da história policial brasileira
Leste da capital em direção a uma suposta festa em Ribeirão Pires
pode ter um veredicto esta semana, em São Paulo, quatro anos e
para encontrar as garotas que conheceram na rede social. O veículo
meio depois de chocar o país. A partir das 9h30 desta segunda-feira
foi localizado abandonado no dia 23 de outubro.
Robson foi morto a facadas – a cabeça dele teria sido cortada. (28), Elize Matsunaga, 34, vai a júri popular no Fórum Criminal
Os outros quatro rapazes foram assassinados por disparos de armas da Barra Funda (zona oeste de São Paulo) acusada de matar, es-
calibres 38 e 12 – munições usadas por guardas civis. quartejar e ocultar o corpo do marido, o empresário Marcos Mat-
sunaga, 42, em maio de 2012. Ela está presa desde aquele ano
Vingança na Penitenciária do Tremembé, e, se condenada à pena máxima
Segundo o DHPP, a chacina dos cinco rapazes ocorreu para pedida pela acusação, pode pegar até 33 anos de reclusão –30 por
vingar a morte do guarda civil Rodrigo Lopes Sabino, de 30 anos. homicídio triplamente qualificado e três por ocultação e destruição
Ele foi assassinado a tiros em Santo André no dia 24 de setembro. de cadáver.
Seu carro acabou levado e queimado em seguida perto da região A previsão do Tribunal de Justiça de São Paulo é que o julga-
onde as vítimas moravam em São Paulo. mento dure até cinco dias, principalmente em função do número
O caso de Rodrigo foi tratado inicialmente como latrocínio de testemunhas arroladas, 20 --dez da defesa e dez da acusação.
(roubo seguido de morte). Dois criminosos teriam participado do Outras duas testemunhas podem ser ouvidas, no caso, dois peritos.
crime e fugido. O crime aconteceu no apartamento do casal, em 19 de maio
Dois dos cinco rapazes desaparecidos estavam sendo inves- de 2012, na Vila Leopoldina, zona oeste da capital. Sacos com
tigados pela Polícia Civil por suspeita de envolvimento na morte partes do corpo do empresário começaram a ser encontrados dois
de Rodrigo: Cesar e Caíque. Apesar disso, o guarda que foi preso dias depois em Cotia, na Grande São Paulo, pela GCM (Guarda
e mais outros dois agentes de Santo André decidiram fazer uma Civil Metropolitana). O empresário era um dos sócios do grupo
investigação paralela e ilegal por conta própria. alimentício Yoki.

Didatismo e Conhecimento 16
ATUALIDADE BRASILEIRA
As investigações começaram com a suspeita de sequestro, Indagada se o fato de o corpo do empresário ter sido esquarte-
mas, com a descoberta das partes do corpo, chegaram a Elize, que jado e ocultado pode dificultar o entendimento dos jurados por um
disse ter conhecido o empresário por meio de um site de relaciona- eventual abrandamento da pena, a advogada resumiu: “Nada é fácil,
mentos. Dias depois de ser presa, ela confessou ter matado o marido e apenas aqueles que se dispuserem a entender e estiverem dispostos
com um tiro e o esquartejado, sob a alegação de ter agido em deses- a ouvir os dois lados e compreender toda a circunstância do que ocor-
pero, já que Matsunaga a maltrataria, a trairia com uma prostituta reu é que conhecerão a verdade sobre os fatos”, falou.
e a ameaçaria com a separação e a tomada da guarda da filha única “Teve um ato de um mãe desesperada, e, nesse sentido, acredito
do casal. que qualquer pessoa poderia praticar o mesmo ato –ele não está fora
Para o Ministério Público, Elize matou o marido porque o ca- de nenhum padrão se houver a ameaça de seu filho ser tomado e você
ser internada como louca. Ela não queria matar o Marcos, mas isso
samento deles já estaria “arruinado”, e, com a morte do empresário,
aconteceu no transcorrer de uma briga; é algo bastante complexo”,
ela ficaria com a guarda da filha – única herdeira do marido.
definiu.
“Ela agiu por vingança, pois tinha prévio conhecimento de que Entre as testemunhas arroladas pela defesa de Elize, estão pe-
o Marcos estava saindo com outra pessoa. Isso não é só percepção: ritos do local do crime, médicos legistas, uma delegada de polícia e
eles dormiam em quartos separados, o casamento estava arruina- amigos que conheceriam a rotina do casal.
do, e a mim ficou claro que o desaparecimento dele resolvia dois A filha do casal vive com os pais do empresário até que a Justiça,
problemas: ela se livraria do ódio com que estava e ficaria com a em outro processo, decida em definitivo pela guarda da criança. Órfã
guarda natural da filha, que era a herdeira, então, ficaria com a he- de pai e mãe, a família de Elize vive no interior do Paraná.
rança – que era 30 vezes mais que a pensão que ela receberia caso Fonte: Portal UOL – (28/11/2016)
se separassem”, afirmou o promotor de justiça José Carlos Cosenzo.
O MP vai defender que o homicídio teve três qualificadoras: Elize Matsunaga volta a chorar e júri é suspenso após dete-
motivo torpe, uso de recurso que impossibilitasse a defesa da vítima tive depor
(no caso, um tiro) e meio cruel, já que, para a acusação, o empresá- Julgamento de Elize Matsunaga, acusada de matar e esquarte-
rio foi esquartejado ainda vivo. Conforme o promotor, isso estaria jar o marido Marcos Kitano Matsunaga, foi suspenso por volta das
provado tecnicamente pela autópsia, que descobriu sangue nas vias 19h15 desta segunda-feira (28) após o depoimento de três testemu-
respiratórias e no pulmão, situação comum, por exemplo, com a de- nhas: duas babás do casal e o detetive contratado por Elize para fla-
gola. grar o marido com uma amante. O júri será retomado na manhã desta
“Está demonstrado claramente no processo que esse é um crime terça-feira (29). Elize vai dormir numa Centro de Detenção Provisó-
de ódio incontido”, classificou Cosenzo. ria (CDP). Mais 16 testemunhas ainda devem ser ouvidas.
Elize chorou várias vezes durante o primeiro dia do júri. Teve
“Ele até puxava a cadeira para ela”, afirma advogado da família
testemunha passando mal, discussão entre acusação e defesa e a dis-
Contratado pela família do empresário, o advogado Luiz Flávio
cussão sobre a compra de uma serra elétrica por Elize na véspera do
D’Urso vai atuar como assistente da acusação durante o júri. “O
crime, ocorrido em 19 de maio de 2012. “Elize está muito emociona-
Marcos era apaixonado pela Elize, até puxava a cadeira para ela, da, ela viu hoje o quanto ela foi humilhada pelo marido e rever tudo
atendia todos os desejos dela, era extremamente carinhoso e dava isso, em depoimentos, é difícil”, justificou Roselle Soglio, advogada
todo o apoio material e financeiro. Isso está largamente comprovado de defesa.
no processo –embora ela diga que, no dia dos fatos, ele teria dado Elize é ré no processo no qual responde presa pela acusação de
um tapa na mulher”, afirmou. homicídio doloso triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e
Conforme D’Urso, entre as testemunhas da acusação estão um recurso que dificultou a defesa da vítima), destruição e ocultação de
irmão e uma prima de Marcos, além do reverendo da igreja anglica- cadáver. Ela confessou que atirou na cabeça da vítima com uma arma
na que os casou e policiais. e depois a esquartejou em sete partes. A acusação diz que Marcos
A primeira mulher do empresário –que, segundo Elize, nos au- estava vivo quando foi decapitado pela esposa. A defesa alega que ele
tos, teria sofrido uma tentativa de assassinato por parte dele, por já estava morto. O júri é formado por quatro mulheres e três homens.
envenenamento –se recusou a testemunha. “Mas ela nos deu uma Avaliações
declaração em que desmente essa acusação contra o Marcos”, com- Após o encerramento, o promotor José Carlos Consenso fez crí-
pletou D’Urso. ticas à defesa de Elize. Na avaliação dele, embora os depoimentos
Para defesa, “qualquer pessoa poderia praticar o mesmo ato” tenham ajudado a endossar as provas do Ministério Público, era es-
A advogada Roselle Soglio, que defende Elize, declarou que a perado que mais testemunhas tivessem sido ouvidas.
defesa argumentará contra as três qualificadoras apresentadas pela “Eu achei que os trabalhos foram bons, mas eu acho que poderia
acusação. ter avançado mais. Eu achei muito morosa a colheita, até por uma
insistência absurda da defesa. Ficar perguntando, perguntando algo
“O promotor quer colocar a ré como uma mulher cruel, ou que
que não tinha nenhuma substância naquele momento”.
não prestava, e nada disso é verdade. Basta ler o processo para en-
Luiz Flávio D’Urso, assistente de acusação, também avaliou
tender que ela era uma mãe dedicada e uma mulher incrível, mas
positivamente as informações obtidas nos três depoimentos. “Em
que, com o desenrolar de uma briga, acabou resultado nisso”, disse. termos de prova para a acusação foi extremamente importante”,
Segundo a advogada, Elize, que tem bom comportamento e tra- defendeu.
balha no setor de costura do presídio, “está muito ansiosa” pelo júri. Na visão dele, a revelação de que Elize comprou uma serra
“Ela quer demais que esse julgamento aconteça a partir desta elétrica nas vésperas de cometer o crime reforçam que a ré já havia
segunda, e quer principalmente que as pessoas entendam o ato pra- planejado executar o marido. “Há elementos que nos trazem con-
ticado por ela e que a verdade seja dita”, afirmou. vicções de que o crime foi premeditado.”

Didatismo e Conhecimento 17
ATUALIDADE BRASILEIRA
E explica que a premeditação reforça as qualificadoras – Elize Por volta das 16h, a babá começou a responder às questões do
responde por homicídio triplamente qualificado. “Do motivo tor- promotor. Disse que Elize estava “um pouco triste” quando relatou
pe, que é vingança e dinheirinho, o método foi de surpresa, impe- a ela que Marcos tinha sido encontrado morto. Nos dias após a
dindo qualquer defesa da vítima e o terceiro foi o meio cruel que morte, porém, afirmou que a ré tinha um comportamento “normal,
ainda vai ser objetivo de demonstração da prova já colhida.” normal, normal”. Também destacou que Marcos a travava “como
D’Urso diz ter convicção de que Marcos foi esquartejado ain- uma princesa”, sempre dando presentes. Durante o depoimento,
da vivo. “A prova técnica demonstra que ela, depois que disparou, Mauricéia teve um mal-estar precisou de atendimento médico.
Marcos não morre, e vem a falecer em razão de asfixia respiratória Ela foi questionada incialmente pelo juiz sobre o comporta-
por aspirar sangue em razão da degola. Vale dizer: ela começa a mento de Marcos e a relação entre o casal. Afirmou que ele era um
esquarteja-lo vivo.” bom pai e aparentava ser um homem gentil. A ex-funcionária disse
Para Roselle Soglio, advogada de defesa de Elize, o material que não presenciava as brigas do casal. “Eu pegava a bebezinha e
colhido nesta segunda comprova o que já nos autos. “O crime ia descia o elevador”.
nunca foi premeditado. Já no primeiro dia de depoimentos ficou Mauriceia foi a segunda a depor e passou mal durante o julga-
provado pelas três testemunhas que estiveram aqui que ela nunca mento. Ela pediu para Elize não ficar no plenário durante o seu de-
premeditou esse crime.”
poimento. A babá confirmou que a ré comprou uma serra elétrica.
“A ênfase na serra elétrica é excelente para defesa. Que a acu-
Detetive fez flagrante
sação continue falando isso, porque se alguém premeditou o crime
O terceiro a depor foi o detetive particular William Coelho
de comprar uma serra elétrica por que não a usou? Essa é única
pergunta que tem que ser feita para acusação”, completa Luciano contratado por Elize por desconfiar que o marido teria uma aman-
Santoro, também representante da defesa da ré. te. Detetive afirmou no depoimento que Elize pediu que ele fil-
masse “a cara” da amante de Marcos. Ele confirmou ter flagrado o
Primeira babá marido com a amante. Elize chorou ao final do depoimento dele.
Primeira testemunha a depor no julgamento de Elize Mat- A mulher que seria pivô da briga do casal não foi convocada como
sunaga, a babá folguista Amonir dos Santos, disse que sua mãe, testemunha.
a também babá Mauriceia José dos Santos, contou-lhe que Elize O julgamento começou às 11h16 desta terça no Fórum da Bar-
comprou uma serra elétrica na véspera da morte do marido, Mar- ra Funda, em São Paulo. Amonir foi a primeira testemunha a ser
cos Matsunaga, em maio de 2012. ouvida, de um total de 19. O julgamento deve durar até sexta-feira
A compra da serra indica uma premeditação, segundo a acu- (2).
sação. Já a defesa minimizou o fato alegando que ela não usou o De blazer preto e cabelos presos por uma trança, Elize Mat-
objeto no esquartejamento. A defesa sustenta que Elize matou o sunaga chorou e limpou as lágrimas com um lenço no início do
marido como reação a um tapa que levou durante uma briga em julgamento em que é acusada de matar e esquartejar o marido. O
que a ré contou ao marido que sabia era traída. júri é formado por quatro mulheres e três homens. Elize é ré no
“É tão claro que essa história da serra elétrica não tem o menor processo no qual responde presa pela acusação de homicídio dolo-
cabimento. Que o crime não é premeditado, que ela não usou serra so triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e recurso que
elétrica. Se o crime era premeditado, para ela usar uma serra elé- dificultou a defesa da vítima), destruição e ocultação de cadáver.
trica, por que que ela não usaria? Então, nao tem logica nesse ar- Ela confessou que atirou na cabeça da vítima com uma arma e de-
gumento da acusação”, disse Luciano Santoro, advogado de Elize. pois a esquartejou em sete partes em 19 de maio de 2012.
“Essa questão da serra eletrica me parece uma questão que vai Logo no início do julgamento, Elize chorou e limpou lágrimas
ser objeto de apreciação bastante intensa, da nossa parte, até pq com um lenço enquanto jurados liam resumo do caso. Quando Eli-
outras testemunha falam dessa serra elétrica”, disse oLuiz Flávio
ze chorou, fotógrafos e cinegrafistas já tinham saído do plenário.
Borges d’Urso, da acusação.
Duas testemunhas foram dispensadas: o delegado Jorge Car-
A babá Amonir respondeu por mais de uma hora as pergun-
rasco, arrolado como testemunha de defesa, e o reverendo Renê
tas de acusação e defesa. Na maioria das vezes respondeu a frase:
“Não me recordo”. Henrique Gotz Licht, que fez o casamento de Elize e Marcos Mat-
Elize Matsunaga chorou pelo menos quatro vezes durante o sunaga. Ele seria testemunha tanto da defesa quanto da acusação.
depoimento da primeira testemunha. A última vez foi quando a Fonte: G1 – (28/11/2016)
advogada de defesa perguntou para a babá folguista do casal Mas-
tunaga se Eliza era carinhosa com a filha. Helicóptero da PM cai na Zona Oeste do Rio e quatro po-
A babá folguista disse que no domingo, após o crime, Elize liciais morrem
estava chorosa. Um helicóptero do Grupamento Aeromóvel da Polícia Militar
Segunda babá (GAM) caiu próximo à comunidade Cidade de Deus, na Zona Oes-
Após intervalo de uma hora, o julgamento foi retomado com te do Rio, no começo da noite deste sábado (19). Quatro policiais
depoimento de Mauriceia Golçalves dos Santos, principal babá da militares que estavam na aeronave morreram na queda. O helicóp-
filha de Elize. Nervosa, a babá pediu para que Elize fosse retirada tero caiu no começo da Avenida Ayrton Senna, perto do acesso à
do plenário durante o seu depoimento. O pedido foi atendido. “De- Linha Amarela.
pois de tudo o que aconteceu, fiquei cismada, porque ela pode ficar A informação da queda foi confirmada ao G1 pelo coordena-
com raiva de mim por ter falado da serra”, alegou a babá. dor de Comunicação Social da Polícia Militar, Major Ivan Blaz.
A babá também negou ter conhecimento de armas de fogo na Durante o dia, a região foi palco de intensos tiroteios quando, mais
casa, e disse não saber sobre supostas ameaças de Marcos a Elize. cedo, policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Cidade
“Nunca fiquei sabendo disso”. de Deus trocaram tiros com criminosos.

Didatismo e Conhecimento 18
ATUALIDADE BRASILEIRA
Segundo a GloboNews, os quatro ocupantes do helicóptero O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, ofereceu apoio
eram Major Rogério Melo Costa, o capitão William de Freitas à Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro na opera-
Short, o subtenente Camilo Barbosa Carvalho e o sargento Rogé- ção. Em nota, Moraes informou que ofereceu o aparato da Força
rio Felix Rainha. Nacional de Segurança que está no Rio para auxiliar nas ações que
O momento em que o helicóptero começa a perder força foi estão sendo realizadas na comunidade.
filmada por pessoas que estavam nas proximidades. Ainda não se sabe se a aeronave sofreu uma pane ou foi atingi-
De acordo com Blaz, “tudo indica que o helicóptero fez um da por criminosos. Embora a queda tenha ocorrido em meio a con-
pouso forçado”. Na região, desde cedo, o Comando de Ope- frontos entre policiais, traficantes e milicianos, a principal hipótese
rações Especiais (COE) da PM - composto pelos Batalhão de é que o helicóptero tenha sofrido uma pane. Segundo o Instituto
Operações Especiais (Bope), Batalhão de Choque e GAM - es- Médico-Legal, os policiais morreram devido à queda e não foram
tava no local dando apoio à UPP local. atingidos por nenhum disparo.
A Lamsa, concessionária que administra a Linha Amarela, O acidente resultou na morte do major Rogério Melo Costa,
pediu que motoristas evitassem a região. O Centro de Operações 36, do capitão William de Freitas Schorcht, 37, do subtenente Ca-
da Prefeitura do Rio informou que os dois sentidos da Linha milo Barbosa Carvalho, 39, e do sargento Rogério Felix Rainha,
Amarela foram interditados, na altura da Cidade de Deus, além 39. Os corpos chegaram no início da madrugada ao Instituto Mé-
de trechos da Ayrton Senna, da altura do Via Parque ao acesso à dico-Legal.
Cidade de Deus, devido a uma operação policial. Uma equipe da PM sobrevoou de helicóptero e lançou pétalas
Ao todo, a via expressa ficou interditada por quase três de rosas durante o velório coletivo de três dos quatro PMs mortos.
hroas, de 19h às 21h40 . O velório ocorreu no Salão Nobre do Batalhão de Choque e foi
A Delegacia de Homicídios da Capital (DH) foi ao local restrito aos parentes e amigos dos policiais.
para apurar as circunstâncias da queda da aeronave. Além disso, O corpo do capitão e piloto do helicóptero Willian de Freitas
informou que a Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE) Schorcht, de 37 anos, seguiu direto para Resende, na Região Sul
foi acionada e está prestando apoio. De acordo com a Polícia Fluminense, onde vive a família, e será enterrado neste domingo.
Civil, diligências estão sendo feitas. O presidente Michel Temer usou sua conta oficial do Twitter
Imagens que circulam por redes sociais mostram o momen- para lamentar a morte dos policiais. “Lamentável a morte dos 4
to exato em que o helicóptero cai e, depois, a aeronave já no PMs que cumpriam o seu dever durante operação no Rio de Janei-
chão e muita fumaça saindo das ferragens. ro. A minha solidariedade aos familiares e amigos”, disse.
Tiroteio mais cedo O governador Luiz Fernando Pezão decretou luto oficial por
Motoristas que passavam pela Linha Amarela, na manhã três dias pelas mortes dos PMs. “Reconhecemos e agradecemos a
deste sábado (19) ficaram no meio de um intenso tiroteio. A via dedicação da Polícia Militar no combate ao crime e, em especial,
expressa chegou a ficar fechada por quase meia hora, perto das dos policiais que perderam a vida no exercício de proteger e defen-
10h, no sentido Barra. der a sociedade. Expresso meus sentimentos aos parentes e amigos
A concessionária Lamsa informou que o tiroteio foi perto do dos militares. Vamos seguir em frente em defesa dos cidadãos flu-
Viaduto da Estrada do Gabinal, na Zona Oeste, que dá acesso a minenses”, afirmou o governador.
via expressa. De acordo com a Polícia Militar, policiais UPP fo-
ram atacados quando passavam pelo viaduto. Outros PMs foram Operação por tempo indeterminado
chamados e houve o tiroteio. Até as 11h30 não havia informa- Na manhã deste domingo, enquanto policiais militares circu-
ções sobre feridos. lavam com apoio de blindados, pessoas faziam barricadas incen-
Devido à troca de tiros, muitos motoristas, assustados, diando lixo. Foram registrados novos confrontos entre criminosos
tentaram voltar na contramão. O tráfego ficou complicado na e policiais. Por causa da atuação da polícia no local, algumas ruas
região, inclusive com reflexos na Avenida Geremário Dantas, estavam interditadas. A Estrada dos Bandeirantes, a Estrada do
em Jacarepaguá, na Zona Oeste, que também dá acesso à Linha Gabinal e a Linha Amarela eram opções aos que transitavam pela
Amarela. região.
Fonte: G1 – (19/11/2016) A Linha Amarela, via expressa que liga as zonas norte e oeste
do Rio, chegou a ser fechada duas vezes devido aos tiroteios.
Após queda de helicóptero, polícia faz operação na Ci- Desde a sexta-feira (18) foram registrados intensos confrontos
dade de Deus entre criminosos da favela Cidade de Deus. Na manhã de sábado,
A Polícia Militar do Rio de Janeiro iniciou neste domin- eles voltaram a se enfrentar e traficantes bloquearam a avenida
go (20) uma operação por tempo indeterminado na Cidade de Edgard Werneck, que é a principal da Cidade de Deus, onde fica a
Deus, favela da zona oeste da cidade em que um helicóptero da base da UPP, com pneus e lixeiras incendiados. Policiais da Uni-
PM caiu no sábado, matando quatro policiais. Pelo menos três dade de Polícia Pacificadora (UPP) trocaram tiros com os crimi-
homens foram presos durante a ação neste domingo. Um deles nosos.
estava com três fuzis e duas pistolas, segundo a PM. O caso foi Nas redes sociais, moradores relataram o dia de tiroteios. “A
encaminhado à 32ª DP (Taquara). bala tá comendo na CDD. Só escuto os caras da Bope [Batalhão
A decisão de ocupar a favela por tempo indeterminado foi de Operações Policiais Especiais] gritando: ‘Sai da rua morador’”,
tomada pela cúpula de Segurança do Rio, que se reuniu após o escreveu um rapaz, uma hora antes de o helicóptero cair. Um tra-
acidente ainda na noite de sábado. Nesta manhã, pelo menos sete ficante postou uma foto, com um fuzil. “Nada mudou. Nós ‘está’
corpos foram encontrados no interior da comunidade. na pista”, escreveu.

Didatismo e Conhecimento 19
ATUALIDADE BRASILEIRA
Após a queda do helicóptero, a PM lamentou a morte dos poli- — Foram cem pessoas lá pegar os corpos. Eles estavam deita-
ciais. “A Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro lamenta o fa- dos de costas. Meu filho tinha as mãos na cabeça. A maioria tinha
lecimento de seus policiais militares e o Comando da Corporação tiros nas costas e na cabeça. Eles foram executados e a perícia
está dedicado a prestar todo apoio às famílias desses policiais”, vai mostrar — acusou o pastor Leonardo Martins da Silva, pai de
disse a instituição. Leonardo da Silva Junior, de 22 anos.
Outra nota foi publicada na página oficial da corporação no A mãe de Marlon César, de 23 anos, contou que muitos mora-
Facebook. No comunicado é mencionada a morte de outro policial dores foram surpreendidos com confrontos.
ocorrida neste sábado. O 3º Sargento Cristiano Bittencourt Cou- — As pessoas foram pegas de surpresa. Foi um desespero. Eu
tinho participava de uma outra operação quando foi atingido por não consegui ter contato com meu filho. Ele pode estar na mata,
um tiro após a viatura em que se encontrava ter sido alvejada no mas os policiais não nos deixam entrar para procurar. Isto é desu-
bairro Jacaré. mano.
Integrantes do Centro de Investigação e Prevenção de Aciden- Moradores também acompanharam o início da perícia a cargo
tes Aeronáuticos (Cenipa) estiveram na noite de sábado na Cidade da Divisão de Homicídios, que investigará as mortes. Alguns acu-
de Deus para realizar as ações iniciais de apuração das causas do savam policiais que invadiram a favela após a queda da aeronave.
acidente. Representantes do centro de Criminalística da PM e a — Eles eram envolvidos (com o tráfico), mas se renderam.
Delegacia de Homicídios também estiveram no local. Isso é execução, não? — Questionava um parente de Leonardo
Em 2009, dois policiais morreram e três ficaram feridos após Camilo, de 29 anos, também encontrado morto. — Depois que o
um helicóptero da Polícia Militar realizar um pouso forçado no helicóptero caiu foi um terror. Eles entraram e deram muito tiro.
Morro dos Macacos. A aeronave, parcialmente blindada, havia Foi vingança.
sido atingida por tiros durante uma operação policial. Além dos Em entrevista à “Rádio CBN”, Raíssa da Silva Monteiro, de
tripulantes mortos, um capitão da PM foi baleado na perna e outros 20 anos, também afirmou que seu irmão desapareceu na noite de
dois policiais tiveram queimaduras leves. sábado:
Fonte: Portal UOL – (20/11/2016) — Ele ligou para minha mãe às 18h35m e disse que não con-
seguia falar. Não consigo mais notícia, a gente quer entrar no mato,
Moradores da Cidade de Deus encontram corpos desapa-
mas os policiais estão dando tiro para cima da gente.
recidos
O morador Thiago Oliveira acompanhou a busca pelos cor-
Moradores da Cidade de Deus retiraram da mata sete corpos
de jovens da comunidade, na manhã deste domingo. Eles foram pos. Ele é amigo de um dos pais das vítimas.
colocados pelos pais em uma praça próxima ao condomínio Itamar — Os corpos estão com ferimentos de facas, como se tivessem
Franco, na localidade do Karatê. Familiares começaram a denun- sido torturados. Parece que encapuzaram as vítimas e começaram
ciar o sumiço das pessoas no sábado após ação da polícia militar a atirar. É ódio gerado por ódio, uma crueldade — afirma Thiago,
no local. Na ocasião, um helicóptero caiu, resultando na morte que também diz que circula a informação na comunidade sobre a
de quatro PMs: o major Rogério Melo Costa, o terceiro-sargento morte de uma criança de quatro anos, por bala perdida.
Rogério Félix Rainha; o capitão William de Freitas Schorcht e o Antes dos corpos serem encontrados, um vídeo divulgado nas
subtenente Camilo Barbosa de Carvalho. redes sociais mostrava uma mãe, desesperada, tentando achar o
Não se sabe ainda se os crimes ocorreram antes ou depois de filho. A polícia estava impedindo o acesso de pessoas à mata, onde
a aeronave despencar. O secretário de Segurança, Roberto Sá, ga- as vítimas foram encontradas.
rantiu que os homicídios já estão sendo investigados: — Vou procurar meu filho agora! Meu filho está dentro do
— Essas mortes não vão ficar sem resposta. mato, morto! O sangue é meu! Eu sou mãe! — Gritava.
Após o acidente, o Bope iniciou uma operação na comunida- Em nota, a Polícia Civil informou que um procedimento foi
de. Até o momento, foram detidas três pessoas e houve apreensão instaurado na Delegacia de Homicídios para apurar as mortes das
de armas e drogas. Em sua conta no Twitter, o presidente Michel sete pessoas. Segundo o comunicado, “segue em andamento um
Temer lamentou, a morte dos policiais. amplo trabalho de investigação visando apurar detalhadamente as
“Lamentável a morte dos 4 PMs que cumpriam o seu dever circunstâncias do ocorrido”.
durante operação no Rio de Janeiro. A minha solidariedade aos Neste sábado, a queda de um helicóptero da Polícia Militar
familiares e amigos. Reitero minha confiança e apoio ao trabalho que participava de uma operação na Cidade de Deus, Zona Oeste
das forças policiais, sempre comprometidas no combate ao crime”, do Rio de Janeiro, provocou a morte de quatro policiais e iniciou
escreveu Temer, em seu perfil no Twitter. uma onda de pânico entre moradores. Logo após a tragédia, co-
Neste domingo, comboios militares cercaram a área, blo-
meçaram a circular pela internet informações alarmantes - grande
queando acessos e revistando carros e os poucos moradores que se
parte delas inverídicas - sobre novos ataques ou mortes.
arriscaram a deixar a Cidade de Deus. Do lado de fora, eram raros
O clima na Cidade de Deus segue tenso após os tiroteios e
os que passavam pela Estrada Marechal Miguel Salazar Mendes
de Moraes, fechada nos dois sentidos. Já nos fundos da favela — operações policiais que culminaram com a queda de um helicópte-
junto ao valão que um dia foi o Rio Arroio Fundo — moradores ro da Polícia Militar, com quatro militares mortos.
brigavam com policiais pelo direito de entrar na mata do Karatê A moradora Vivi Salles iria realizar um sarau comemorativo
para procurar seus filhos. Só conseguiram por volta de 9h30m, de cinco anos do Poesia de Esquina, movimento criado por ela
quando repórteres chegaram ao local. Aos poucos, grupos foram para reunir poetas da Cidade de Cidade de Deus, ontem, mas teve
voltando com os corpos dos sete homens jovens, com sinais de que cancelar o evento, por causa dos confrontos entre criminosos
tiros e facadas, que foram enfileirados e cobertos por lençóis na e policiais na região. A poetiza, que tem 26 anos, disse que nunca
principal praça do Karatê. havia presenciado tanto tiroteio durante o dia.

Didatismo e Conhecimento 20
ATUALIDADE BRASILEIRA
— Normalmente era só de madrugada, agora passou a ficar O mundo esperava ver a primeira mulher na presidência dos
normal ouvir tiros durante as manhãs. Ontem, eu achava que a EUA e encontra um demagogo pela frente, um homem que reavi-
situação ia se estabilizar depois do meio-dia. Mas o tiroteio voltou vou algumas das tradições mais tenebrosas do país.
com tudo à tarde e perdurou até as 22h. Outro evento cultural além A chegada de Trump à Casa Branca é uma ruptura com as
do meu também teve que ser cancelado. Houve uma sequência de melhores tradições democráticas dos EUA, com a tranquila alter-
tiros muito grande na tentativa de abater o helicóptero — afirmou nância entre governantes com visões discrepantes do país, mas
Vivi. não nos valores fundamentais que o sustentam desde sua funda-
ção. Trump, que prometeu construir um muro na fronteira com o
OPERAÇÃO POR TEMPO INDETERMINADO México e proibir a entrada de muçulmanos nos EUA, demonstrou
Desde ontem, policiais de vários Batalhões realizam uma que um homem praticamente sozinho, contra tudo e contra todos,
operação pente-fino na comunidade. Por determinação da cúpula é capaz de chegar à sala de comando do poder mundial. Lá terá ao
da segurança, a operação que começou na manhã de sábado, após alcance da mão a valise com os códigos nucleares e controlará as
bandidos atirarem contra policiais da UPP, continuará por tempo mais letais forças armadas do planeta, além de possuir um púlpito
indeterminado. único para se dirigir ao seu país e ao resto do mundo. Da Casa
O clima da comunidade é de apreensão. Pouco movimento Branca poderá se lançar, se cumprir suas promessas, a batalhas
nas ruas. O serviço de mototáxi foi suspenso por determinação po- com países vizinhos como o México, a quem quer obrigar a pagar
licial. Todos os carros que entram ou deixam a Cidade de Deus o muro. O México, vizinho e até agora amigo dos EUA, será o
passam por rigorosa revista. Participam das operações policiais do primeiro ponto na agenda do presidente Trump.
Choque, do Bope, de Operações com Cães, os batalhões de Jacare- O republicano desmentiu todas as pesquisas que há seis meses
paguá e da Barra, além de policiais de várias UPPs. prognosticavam sua derrota. Derrotou os Clinton, a família mais
Na manhã deste domingo, pelo menos três pessoas foram de- poderosa da política norte-americana nas últimas três décadas,
tidas durante a operação da Polícia Militar na Cidade de Deus. com exceção dos republicanos Bush, que também se opunham a
Na ação, foram apreendidos fuzis e drogas. Os policiais ocupam ele. Enfrentou a máquina de seu próprio partido, os meios de co-
a comunidade à procura de bandidos que entraram em confronto municação, Wall Street, as grandes capitais europeias e latino-a-
com agentes no sábado. Em seu perfil no Facebook, a Polícia Mi- mericanas e organizações internacionais como a OTAN.
litar prestou uma homenagem aos PMs mortos, publicando uma Seu mérito consistiu em entender o desconforto dos norte-
mensagem de luto. -americanos vítimas da tempestade da globalização, as classes
A operação policial interdita ruas no entorno da comunidade. médias que não deixaram de perder poder aquisitivo nas últimas
Segundo o Centro de operações da prefeitura, a Estrada Marechal décadas, os que viram como a Grande Recessão paralisava a as-
Miguel Salazar Mendes de Moraes está fechada em ambos os sen- censão social, os que observam desconcertados as mudanças de-
tidos, entre as ruas Antonieta Campos da Paz e a Edgard Werneck. mográficas e sociais em um país cujas elites políticas e econômi-
Já a Rua Edgard Werneck também está interditada em ambos cas os ignoram. Os brancos da classe trabalhadora – uma minoria
os sentidos, entre a Estrada Marechal Migual Salazar Mendes de antigamente democrata que compete com outras minorias como os
Moraes e a Rua Suzano. As estradas dos Bandeirantes, do Gabinal latinos e os negros, mas que não tem um status social de vítima –
e a Linha Amarela são opções para os motoristas. A UPA do local encontrou em Trump seu homem providencial.
também está fechada e o atendimento está sendo feito no Lourenço Durante a campanha Trump prometeu um Brexit multiplicado
Jorge. por 5, em alusão à decisão da Grã-Bretanha, em referendo, de sair
Ainda como consequência do confronto, a estação Divina da União Europeia. E cumpriu. A onda de populismo de ambos
Providência, do BRT Transcarioca (Barra da Tijuca-Aeroporto os lados do Atlântico consegue sua maior vitória. É um golpe nas
Tom Jobim), foi alvo de atos de vandalismo neste sábado. A esta- elites norte-americanas e globais. E é uma prova de que em tem-
ção, próxima à Cidade de Deus, teve oito vidros quebrados, além pos de incerteza pode ganhar um candidato com os sensores para
de quatro monitores de TV, perfis metálicos e bancos amassados e identificar os medos da sociedade e uma mensagem simplificadora
geladeira de refrigerante derrubada. O Consórcio BRT estimou o que identifique o inimigo interno e externo.
prejuízo material em pelo menos R$ 37 mil. Os intermináveis escândalos, reais ou inventados, de Clinton
Fonte: O Globo – (20/11/2016) derrubaram sua candidatura. Poucos políticos se identificavam
tanto com o establishment como ela. No final das contas, é a es-
INTERNACIONAL posa de um presidente e os EUA, uma república fundada contra as
dinastias, já teve o suficiente com os presidentes Bush pai e filho.
ELEIÇÕES NORTE-AMERICANAS Os norte-americanos queriam provar algo diferente, e em um ano
de mudança, após oito com um democrata na Casa Branca, não
Donald Trump vence as eleições dos Estados Unidos existia candidato mais novo do que Trump, nenhum que represen-
Donald Trump, um magnata do setor imobiliário e estrela de tasse melhor do que ele um tapa no sistema, a tentativa de virar a
reality shows sem experiência política e com uma mensagem xenó- página com a classe política de um e outro partido.
foba e antissistema, será o próximo presidente dos Estados Unidos. A vitória eleitoral deixa uma sociedade fraturada. As minorias,
O republicano Trump derrotou nas eleições de 8 de novembro a as mulheres, os estrangeiros que se sentiram insultados por Trump
democrata Hillary Clinton, uma política experiente e associada ao deverão se acostumar a vê-lo como presidente. Deixa também uma
establishment que não soube se conectar com a coalizão de mino- sociedade com medo. O presidente eleito prometeu deportar os 11
rias e jovens que deu duas vitórias ao presidente Barack Obama. A milhões de imigrantes ilegais, uma operação logística com prece-
vitória de Trump, um populista imprevisível no comando da maior dentes históricos sinistros. O veto à entrada de muçulmanos fere
potência do planeta, lança seu país e o mundo ao desconhecido. os princípios de igualdade consagrados na Constituição dos EUA.

Didatismo e Conhecimento 21
ATUALIDADE BRASILEIRA
Sua inexperiência e escassa preparação também são uma in- Imigração e vistos
cógnita sobre o modo como governará. Uma teoria é que uma vez Estima-se que um milhão de brasileiros vivam nos EUA, boa
no salão oval ficará mais moderado e que, de qualquer forma, o parte em situação migratória irregular.
sistema de controle de poderes freie qualquer afã autoritário. A Trump propôs construir um muro na fronteira do país com o
outra é que, ainda que esse país não tenha experimentado um regi- México e prometeu deportar todos os imigrantes sem documentos.
me ditatorial no passado, as declarações de Trump em campanha Ele diz que protegerá o “bem-estar econômico de imigrantes
preveem um viés autoritário. legais” e que a admissão de novos imigrantes levará em conta suas
Existem momentos em que as grandes nações dão viradas chances de obter sucesso nos EUA, o que em tese favoreceria brasi-
bruscas. Quando se trata dos Estados Unidos da América, a virada leiros com alta escolaridade e habilidades específicas que queiram
afeta a toda a humanidade. O 8 de novembro de 2016 pode passar migrar para o país.
à história como um desses momentos. Evento de latinos em apoio a Trump, que prometeu construir um
Fonte: El País Brasil – (09/11/2016) muro para evitar entrada de imigrantes
Outro tema de interesse dos brasileiros é a facilidade para obter
Como a vitória de Trump pode afetar o Brasil? vistos americanos. Trump fez poucas menções ao sistema de conces-
Em um triunfo inesperado, o republicano Donald Trump foi são de vistos do país.
eleito o novo presidente dos Estados Unidos. Trump conquistou Hoje, Brasil e EUA negociam a adesão brasileira a um programa
vários Estados-pêndulo, onde os resultados eram imprevisíveis - que reduziria a burocracia para viajantes frequentes brasileiros, como
podiam favorecer tanto um quanto o outro partido -, como Flóri- executivos. A eliminação dos vistos, porém, ainda parece distante.
da, Ohio e Carolina do Norte, garantindo vantagem sobre Hillary Para que a isenção possa ser negociada, precisaria haver uma
Clinton.
redução no índice de vistos rejeitados em consulados americanos no
Sua vitória não era indicada pelas pesquisas de opinião, que
Brasil, uma exigência da legislação dos EUA.
apontavam Clinton como novo presidente.
Mas como o êxito do republicano impacta no Brasil?
Relação com o Brasil
O Brasil e a América Latina não foram tratadas como temas
Economia e comércio
prioritários nas campanhas dos dois candidatos.
Vários aspectos devem ser levados em conta para responder
a questão. Em 2015, Trump citou o Brasil ao listar países que, segundo ele,
Um deles é a maneira como os dois candidatos e seus partidos tiram vantagem dos Estados Unidos através de práticas comerciais
encararam a economia e as relações comerciais entre os Estados que ele considera injustas. A balança comercial entre os dois países,
Unidos e o resto do mundo. porém, é favorável aos EUA.
O Brasil se beneficiaria de uma maior abertura dos EUA a Como empresário, Trump é sócio de um hotel no Rio de Janeiro
produtos brasileiros. Hoje os EUA são o segundo maior parceiro e licenciou sua marca para ser usada por um complexo de edifícios
comercial do Brasil, atrás da China. na zona portuária da cidade. Anunciada em 2012, a obra ainda nem
Historicamente, o Partido Republicano, de Trump, defende o começou.
livre comércio e se opõe a medidas protecionistas que ajudassem Para a professora de Relações Internacionais da Unifesp Cristina
empresas americanas a competir com estrangeiras. Pecequilo, como Trump não falou nada sobre o país e se distanciou
Assim, um candidato republicano tenderia a ser melhor para de temas ligados à América Latina, não deve haver muitas mudanças
os interesses econômicos do Brasil do que um candidato demo- para os brasileiros. No entanto, diferentemente de Hillary, o republi-
crata. cano tem o elemento de imprevisibilidade.
Mas Trump inverteu essa lógica ao propor renegociar os acor- “A situação do governo Hillary para o Brasil teria sido mais tran-
dos comerciais firmados pelos EUA para preservar empregos no quila porque era mais previsível por qual caminho ela iria. Seria a
país e reduzir o déficit americano nas transações com o resto do continuidade do governo Obama, de uma dimensão política que tem
mundo. o reconhecimento do Brasil como relevante, sem muitas mudanças.”
Se o empresário colocar essas ações em prática, o Brasil po- Pecequilo afirma que o país deve perder relevância na visão dos
deria ser prejudicado. Estados Unidos dado o conturbado cenário interno.
A professora de Relações Internacionais da ESPM Denilde “Eles estão com tanto problema dentro de casa, que o Brasil não
Holzhacker afirma que as consequências seriam imediatas e ne- é uma preocupação.”
gativas, e causariam o que muitos economistas estão chamados de Relação entre Brasil e EUA também vai depender de química
“efeito Trump”. entre Temer e Trump
“Como ele fez propostas muito amplas e populistas, os efeitos
econômicos dessas medidas podem ter impacto grande e gerar um Questão de química
caos na economia - principalmente porque ele é contrário ao livre Especialistas nas relações Brasil-EUA costumam dizer que os
comércio, se mostrou protecionista.” laços entre os dois países dependem em grande medida da química
Mas Holzhacker faz uma ressalva sobre a aplicação dessas entre seus líderes, independentemente de seus partidos ou ideologias.
medidas. Eles afirmam que, embora seguissem tradições políticas bastan-
“Agora, para saber o quanto ele vai conseguir implementar te distintas, os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2011) e
disso, vamos ter que esperar. Ele é tão imprevisível e tudo fica tão George W. Bush (2001-2009) tinham uma relação tão boa quanto a
indefinido que prejudica muito o cenário econômico.” mantida entre FHC (1995-2002) e Bill Clinton (1993-2001), que
tinham maior afinidade ideológica.

Didatismo e Conhecimento 22
ATUALIDADE BRASILEIRA
Já a relação entre Barack Obama e Dilma Rousseff nunca foi A amiga da presidente que está no centro do escândalo é Choi
tão próxima e sofreu com a revelação de que o governo americano Soon-sil, de 60 anos, que supostamente usava seus laços com a
havia espionado a presidente brasileira. líder para conseguir milhões em doações de companhias sul-corea-
Analistas afirmam ainda que Brasil e EUA têm relações bas- nas. A presidente e a amiga afirmam ser inocentes.
tante diversificadas e que os laços devem ser mantidos qualquer Fonte: Exame.com – (29/11/2016)
que seja o resultado da eleição em novembro, já que os dois gover-
nos dialogam dentro de estruturas burocráticas. Presidente da Coreia do Sul pede que parlamento decida
Do lado brasileiro, há interesse em se aproximar mais dos condições para sua saída
EUA, vença quem vençer. Em entrevista à BBC Brasil em julho, A presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, pediu nesta ter-
o embaixador brasileiro em Washington, Sérgio Amaral, disse que ça-feira que o parlamento decida como e quando ela pode entregar o
o governo Temer investiria nas relações com as cinco principais cargo em reação a um escândalo de tráfico de influência, levando a
potências globais (EUA, China, Rússia França e Reino Unido). crise política do país cada vez mais em direção a um território des-
Amaral afirmou ainda que, na Embaixada, priorizaria áreas conhecido.
em que Brasil e EUA têm maior convergência, como direitos hu- O Partido Democrático, principal sigla da oposição, rejeitou a
manos e meio ambiente. oferta de Park, que classificou como uma manobra para escapar do
Fonte: G1 – (09/11/2016) impeachment, e disse que irá continuar com seus esforços para apre-
sentar uma moção de impedimento no parlamento, o que pretende
Após escândalo, presidente da Coreia do Sul aceita renun- fazer até sexta-feira.
ciar Nenhum presidente sul-coreano deixou de completar seu man-
A presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, afirmou em dato único de cinco anos desde que o sistema democrático atual foi
discurso televisionado nesta terça-feira que deixará seu destino implementado em 1987.
político nas mãos do Legislativo. A declaração foi surpreendente e “Deixarei ao parlamento tudo a respeito do meu futuro, incluin-
vista por alguns analistas como uma tática para criar um impasse do a abreviação de meu mandato”, disse Park em um breve discurso
e ela seguir no poder. televisionado.
Em breve discurso, Park pediu desculpas novamente pelo es- Seu gesto dramático impõe o fardo de resolver a crise política ao
cândalo político que derrubou sua popularidade. Ela disse estar parlamento, que vem sendo controlado por uma coalizão de partidos
aberta para abrir mão do poder, mas deixou nas mãos da Assem- opositores desde que o conservador Partido Saenuri de Park perdeu a
bleia Nacional determinar se ela deve seguir como presidente. A maioria subitamente nas eleições de abril.
Assembleia Nacional é controlada pela oposição e por parlamen- Se a mandatária renunciar ou um voto de impeachment no par-
tares independentes. lamento for confirmado pelo Tribunal Constitucional, será preciso
No poder desde 2013, Park afirmou que cumprirá o processo realizar uma eleição em 60 dias para escolher um presidente para
legal, prometendo apresentar mais detalhes sobre o escândalo e um mandato de cinco anos, e o primeiro-ministro irá conduzir o país
responder a questões em data futura não especificada. Ela não res- neste ínterim. O cronograma apertado poderia levar os principais par-
pondeu a perguntas após o pronunciamento. tidos a tentar ganhar tempo para consolidar seus candidatos presiden-
A presidente é acusada de permitir que uma amiga de longa ciais, e analistas políticos disseram que o parlamento pode demorar
data extorquisse dinheiro de empresas, usando sua proximidade meses para acordar um plano de saída para Park.
do poder. Park tem aprovação de apenas 4% entre os eleitores sul- “Irei renunciar à minha posição de acordo com a lei assim que
se crie uma maneira de transferir o governo de uma maneira estável
coreanos.
que também minimize o vácuo e o tumulto político após a decisão
Para realizar um impeachment, é preciso 200 votos na Assem-
e a discussão dos partidos de oposição”, disse Park com voz firme.
bleia Nacional de 300 integrantes. Atualmente, 172 legisladores
Fonte: G1 – (29/11/2016)
oposicionistas e independentes querem a saída de Park.
Com isso, para retirar a líder seriam necessários os votos de
Merkel confirma candidatura a 4º mandato na Alemanha
28 dos 128 parlamentares do partido conservador Saenuri, de Park.
Angela Merkel anunciou neste domingo a seu partido que será
Vários deputados governistas já disseram que votarão pela saída
candidata a um quarto mandato de chanceler durante as eleições le-
da presidente. A imprensa local avalia que entre 30 e 40 legislado-
gislativas de 2017, em um período em que seus partidários a conside-
res governistas podem votar pelo impeachment.
ram a última defesa contra o avanço do populismo.
A votação deve ocorrer antes de 9 de dezembro, quando acaba A chanceler, de 62 anos, anunciou sua intenção aos dirigentes
a sessão deste ano da legislatura sul-coreana. Caso o Parlamento da União Democrata Cristã (CDU) durante uma reunião em Berlim,
vote pelo impeachment, Park seria suspensa e o número dois do informaram à AFP fontes próximas ao partido.
país, o primeiro-ministro Hwang Kyo-ahn, assumiria como presi- A chefe de Governo, que deve abordar a questão em um en-
dente interino. contro com a imprensa às 19H00 (16H00 de Brasília), expressou a
O Tribunal Constitucional teria então de se pronunciar para intenção de ser reeleita como presidente da CDU no congresso de de-
decidir se o impeachment é justificado – a corte teria 180 dias para zembro, além de apresentar uma nova candidatura para a chancelaria
se pronunciar. durante as legislativas.
Caso seis dos nove magistrados do Tribunal Constitucional Após 11 anos à frente do país, Merkel já ostenta o recorde de
decidirem que a saída se justifica, Park perderia formalmente o longevidade entre os atuais governantes ocidentais.
cargo. A Coreia do Sul teria então 60 dias para eleger um sucessor. Julia Klöckner, da CDU e muito próxima a Merkel, defendeu
Se mais de três juízes discordarem, porém, a presidente retomaria a candidatura e afirmou que a chanceler é “uma garantia de estabi-
o posto imediatamente. lidade confiabilidade em um período turbulento”.

Didatismo e Conhecimento 23
ATUALIDADE BRASILEIRA
Recorde de Kohl à vista Em discurso diante do plenário do parlamento em seu primei-
A julgar pelas pesquisas, Merkel tem grandes chances de con- ro comparecimento público após anunciar que, no próximo ano,
quistar o quarto mandato como chanceler. voltará a concorrer para um novo mandato, Merkel deixou claro
Ela entraria assim para a história do país ao superar o tempo que a Alemanha “não pode resolver sozinha os problemas do mun-
de poder do icônico chanceler do pós-guerra Konrad Adenauer (14 do”, mas garantiu que contribuirá para isso.
anos) e também o de seu próprio mentor político, Helmut Kohl Merkel apostou no multilateralismo, elogiou o acordo de li-
(16 anos). vre-comércio com o Canadá e admitiu que não estava “contente”
De acordo com uma pesquisa publicada pelo jornal Bild, 55% com a decisão do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, de
dos alemães desejam que Merkel permaneça no cargo, contra 39% retirar seu país do Acordo de Associação Transpacífico (TPP), uma
de opiniões contrárias. Em agosto, o índice favorável à chanceler decisão que, na opinião da chanceler, não beneficiará ninguém.
era de 50%. A chefe de governo alemã reconheceu que o atual panorama
Merkel se encontra em uma situação paradoxal: elogiada no internacional e nacional é mais complicado que o de alguns anos
exterior, onde as expectativas a seu respeito aumentaram após a vi- atrás e assumiu que compreende o medo dos cidadãos quando
tória de Donald Trump na eleição americana, na Alemanha enfren- princípios que eram óbvios nas sociedades democráticas ociden-
ta um ano eleitoral um tanto fragilizada pela polêmica provocada tais passam a ser questionados, por isso reiterou a necessidade de
pela decisão de receber um milhão de refugiados no país. que as pessoas se mostrem unidas frente aos populismos.
Esta semana, o presidente americano Barack Obama elogiou E, além disso, a chanceler alemã destacou a importância de
Merkel em Berlim durante sua última viagem oficial como chefe combater as mensagens e informações manipuladas e falsas que
de Estado. são disseminadas pela internet.
“Se fosse alemão, poderia dar meu apoio”, disse. Contra aqueles que usam os medos dos cidadãos para se pro-
E, diante do avanço das tendências autoritárias no mundo, o moverem, Merkel lembrou a positiva evolução econômica do país
jornal The New York Times a chamou de “último baluarte dos va- nos últimos anos e o aumento nas contribuições sociais e previ-
lores humanistas no Ocidente”. dência.
Mas seu poder está em queda na Alemanha, de acordo com A chanceler lembrou também a “incrível” resposta internacio-
a revista liberal Die Zeit. Ela conseguiu recuperar parte da popu- nal para a catástrofe da Segunda Guerra Mundial, com a criação
laridade perdida com a crise migratória, mas o seu grupo político das Nações Unidas e da Convenção de Direitos Humanos, e de-
registra de 32 a 33% das intenções de voto nas pesquisas, quase fendeu a continuidade desse caminho para “dotar de humanidade
10% a menos que nas eleições de 2013. a globalização”.
“O recuo criado pela vitória de Trump afeta Merkel quando Durante a presidência rotativa do G20, que a Alemanha assu-
suas possibilidades de liderança são limitadas: não pode contar me em dezembro, Merkel pretende continuar com os avanços na
com a Europa para avançar, não tem um partido unido atrás dela
transparência dos mercados financeiros internacionais e no desen-
e não possui o apoio popular que tinha há um ano e meio”, afirma
volvimento do continente africano, que será uma das prioridades
a Die Zeit.
de Berlim.
O atraso no anúncio da candidatura está relacionado com a
No âmbito da UE, a chanceler reconheceu a necessidade de
perda de poder. Após a polêmica sobre a recepção aos refugiados,
lutar contra a falta de credibilidade do bloco e de acelerar os pro-
ela teve que lidar com a rebelião da CSU, partido aliado bávaro,
cessos de tomada de decisões.
que ameaçou não apoiar Merkel em 2017, antes de mudar de opi-
Para Merkel, é preciso assumir que já não é possível traçar
nião ante a falta de alternativa.
uma linha que separe a política interna da externa e que a seguran-
A chanceler sofreu outro revés este mês ao não conseguir de-
ça, o bem-estar e a prosperidade dos cidadãos de cada país depen-
signar um membro de seu partido como candidato para ser presi-
dente em 2017, um posto para o qual foi escolhido o social-demo- dem das relações internacionais.
crata Frank-Walter Steinmeier. Fonte: Exame.com – (23/11/2016)
Por fim, seu terceiro mandato coincidiu com o avanço de um
partido populista na Alemanha, que disputa espaço com seu parti- Fidel Castro morre aos 90 anos
do na direita. O AfD tem grandes chances de entrar para o Bundes- O ex-presidente cubano Fidel Castro, um dos mais importan-
tag (Parlamento), o que nenhum grupo deste tipo consegue desde tes líderes mundiais, morreu na noite desta sexta-feira aos 90 anos.
1945. Seu irmão mais novo e atual presidente, Raúl Castro, anunciou a
Merkel mantém, no entanto, a vantagem sobre os demais, já morte em um anúncio oficial na TV estatal.
que não possui rivais fortes em seu partido e continua sendo muito “O comandante-em-chefe da revolução cubana morreu às
mais popular que seus adversários social-democratas. 22h29 desta noite (03h29 de sábado em Brasília)”, disse o presi-
Fonte: Exame.com – (20/11/2016) dente, que terminou o anúncio gritando o slogan: “Até a vitória,
sempre”.
Merkel defende alianças com UE e EUA e rejeita isola- O governo cubano decretou nove dias de luto nacional.
mento Como líder da revolução cubana que derrubou o regime do
A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, rejeitou nesta quar- presidente Fulgencio Batista, em 1959, Fidel Castro se manteve
ta-feira os populismos que respondem com soluções fáceis pro- na liderança do país por décadas, até se afastar da Presidência, por
blemas globais e complicados, e garantiu que a Alemanha não se motivos de saúde, em 2006, deixando o cargo para o irmão.
fechará em si mesma e defenderá os valores da economia social de Fidel Castro foi o líder mundial não ligado a uma monarquia
mercado e da justiça social com seus aliados, a União Europeia e mais longevo do século 20, comandando Cuba por quase cinco
os Estados Unidos. décadas.

Didatismo e Conhecimento 24
ATUALIDADE BRASILEIRA
Seus apoiadores o veneravam e o consideravam um libertador, Os Estados Unidos tentaram derrubar o governo de Fidel em
que havia salvo Cuba de um regime autoritário supostamente ma- abril de 1961, apoiando um grupo de exilados cubanos em uma
nipulado pelo imperialismo americano. Mas seus críticos o viam desastrosa invasão à praia de Girón, na baía dos Porcos.
como um sanguinário ditador que levou o país ao caos econômico A CIA, central de inteligência americana, foi acusada pelo lí-
e à ruína com suas políticas comunistas. der cubano de tentar assassiná-lo várias vezes, inclusive com um
O anúncio de sua morte foi recebido com consternação em charuto explosivo.
Cuba. Mas em Miami, nos Estados Unidos, onde vivem milhares Em 1962, aviões de reconhecimento dos Estados Unidos de-
de exilados cubanos que deixaram a ilha durante o regime comu- tectaram um carregamento de mísseis soviéticos rumo a Cuba,
nista, houve buzinaço nas ruas. criando um impasse entre o presidente americano, John F. Ken-
nedy, e Kruchev.
Vizinho incômodo Depois de 13 dias de impasse, os soviéticos desistiram de ins-
Nas quase cinco décadas em que esteve à frente do governo de talar mísseis com potencial nuclear em Cuba, em troca de uma
Cuba, Fidel Castro viu dez presidentes americanos se revezarem promessa secreta americana de retirar suas armas da Turquia.
na Casa Branca. Inimigo declarado de todos eles, o líder comunista Colapso soviético
Cuba “exportou” a sua revolução para outras partes do mundo
fez de sua ilha uma base de resistência ao poder dos Estados Uni-
na forma do apoio às guerrilhas marxistas em Angola e Moçam-
dos, que nunca conseguiram dobrar o regime incômodo a apenas
bique. Sob embargo econômico dos Estados Unidos, recebeu, em
144 quilômetros de seu território. todo o tempo, ajuda soviética.
Nascido em uma família de latifundiários, em 1926, o jovem O colapso da União Soviética, em 1991, foi um duro golpe
advogado se tornou líder revolucionário, dirigente comunista e ter- na economia cubana, apoiada na cooperação com o antigo regime
minou seus dias em uma casa confortável em Havana, opinando comunista.
sobre os mais diferentes temas, na coluna que mantinha no jornal A crise na qual o país mergulhou fez milhares de cubanos se
Granma. lançarem ao mar em embarcações precárias nos anos 1990, na es-
Durante este período, sofreu várias tentativas de assassinato, perança de chegar a Miami.
foi acusado de violar direitos humanos, viu sua principal aliada, O caso do menino Elián González ganhou as manchetes do
a União Soviética, entrar em colapso. Reconheceu, ao fim, erros mundo inteiro. Ele perdeu a mãe em uma viagem perigosa e, de-
na condução da economia cubana, que só sobreviveu nos últimos pois de uma longa batalha legal entre parentes em Miami e o pai,
tempos graças ao apoio de outro amigo, o venezuelano Hugo Chá- que morava em Cuba, foi levado de volta para a ilha.
vez, morto em março de 2013. Entre os bons resultados domésticos de Fidel Castro estão o
Para os Estados Unidos, Fidel sempre foi uma lembrança serviço de saúde cubano, considerado um dos melhores da região,
constante e incômoda das idéias comunistas que, apesar de pra- e o baixo índice de mortalidade infantil, comparável ao dos países
ticamente abandonadas no resto do mundo, permaneceram vivas mais desenvolvidos.
na ilha vizinha. Para setores da esquerda mundial, tornou-se um O governo de Fidel, no entanto, foi acusado por organismos
símbolo de resistência. internacionais de perseguição política contra os opositores do re-
gime e de violações dos direitos humanos.
Revolução
Fidel Castro liderou uma invasão ao quartel de Moncada, em Aposentadoria
Santiago de Cuba, no dia 26 de julho de 1953. Apesar de fracas- Nos últimos anos, Fidel deu sinais de que teria moderado suas
sada, a iniciativa marcou o começo da revolução que acabaria le- posições. Em 1998, recebeu no país o papa João Paulo 2º.
Após anos de grave crise social, o regime voltou a ganhar fô-
vando-o ao poder.
lego na virada do milênio, com os generosos acordos de coopera-
Depois de breve período preso, Fidel foi anistiado e se exilou
ção fechados com a Venezuela do presidente Hugo Chávez, grande
no México, onde organizou uma expedição que voltou a Cuba.
admirador de Fidel.
Ao lado do argentino Ernesto “Che” Guevara, que conheceu Em 31 de julho de 2006, Fidel surpreendeu o mundo ao deixar
durante o exílio, o jovem cubano montou uma campanha de guer- temporariamente o poder por motivos de saúde.
rilha a partir de sua base, na Serra Maestra. Por meses, sua saúde foi segredo de Estado, com rumores so-
Em 1959, Fulgêncio Batista deixou o país e Fidel estabeleceu bre sua morte. Em fevereiro de 2008, a Assembleia Nacional de
um novo governo que prometia devolver a propriedade da terra aos Cuba aprovou a aposentadoria de Fidel, que oficialmente passou o
agricultores e defender o direito dos pobres. poder ao irmão, Raúl Castro.
Fidel trocou o traje militar por roupas casuais. Continuou a
Fidel comunista provocar polêmica com suas opiniões sobre assuntos mais varia-
Desde o começo, Fidel insistiu que sua ideologia era, acima dos, publicados em uma coluna no jornal Granma.
de tudo, cubana. “Não há comunismo nem marxismo em nossas Nesse tempo, recebeu várias celebridades políticas em sua
ideias, só democracia representativa e justiça social”, dizia. casa, como o ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva.
Criticado pelos Estados Unidos pela nacionalização de em- Em 2011, foi visitado pelo ex-presidente americano Jimmy Carter.
presas de americanos, foi alvo do embargo comercial que vigora Hugo Chávez sempre foi uma visita frequente.
até hoje. Em setembro de 2010, em uma entrevista à revista The Atlan-
Fidel disse que assim foi empurrado para os braços da União tic, Fidel reconheceu que o modelo cubano já não funcionava. No
Soviética, liderada por Nikita Kruchev. Com o novo aliado, Cuba período, seu irmão, Raúl, já esboçava uma série de reformas eco-
virou mais um campo de batalha da Guerra Fria. nômicas, aprovadas posteriormente.

Didatismo e Conhecimento 25
ATUALIDADE BRASILEIRA
Diferentemente dos países do leste europeu, cujos governos Foi esse ministério, junto com o do Comércio, o principal res-
ruíram após o colapso da União Soviética, Fidel conseguiu manter ponsável por analisar, nos últimos 23 meses, até onde seria possí-
Cuba sob o regime comunista até sua morte. Mesmo afastado da vel flexibilizar os limites impostos pelo embargo, cuja eliminação
Presidência, Fidel permaneceu como secretário-geral do Partido está nas mãos do Congresso. Em minoria na Câmara e no Senado,
Comunista de Cuba até abril de 2011. a estratégia do Governo Obama foi tentar facilitar ao máximo as
Nos últimos anos, ele se manteve afastado da vida pública, transações comerciais e os intercâmbios pessoais entre os dois paí-
com raras aparições e eventuais colunas publicadas na mídia ofi- ses. Embora as principais restrições continuem vigentes, é cada
cial cubana. vez mais fácil para os cidadãos norte-americanos fazer transações
Em abril deste ano, ele surpreendeu ao discursar no último dia comerciais com Cuba ou viajar à ilha.
do congresso do Partido Comunista. “Em breve terei 90 anos, algo Antes que a morte de Fidel Castro monopolizasse todas as
que nunca imaginei”, afirmou. “Logo serei como todos os outros, manchetes da imprensa cubana – e mundial –, os meios de co-
que para todos nossa hora deve chegar”, disse. municação estatais comemoravam justamente o restabelecimento,
Fonte: BBC Brasil – (26/11/2016) na próxima segunda-feira, dos voos comerciais regulares e diretos
entre os EUA e Havana, suspensos durante mais de 50 anos.
Morte de Fidel Castro amplia dúvidas sobre reaproxima- São medidas como esta as que também impulsionaram, por
ção com os EUA sua vez, a continuação das reformas iniciadas com a chegada de
A morte de Fidel Castro acrescenta mais uma incógnita ao Raúl Castro ao poder em Cuba, embora não ao ritmo desejado por
processo de normalização das relações entre os Estados Unidos e Washington, como reconheceu o próprio Obama. Uma mudança
Cuba, já colocado em xeque pela vitória eleitoral do republicano na atitude de Washington poderia ter, neste sentido, adverte López-
Donald Trump, que será responsável por manter – ou interromper -Levy, mais impacto ainda que a morte de Fidel Castro. “Enquanto
– o diálogo aberto há quase dois anos com Havana por seu anteces- exista incerteza no assunto Trump, a direção cubana vai atuar com
sor democrata, Barack Obama. grande cautela, mas isso não tem a ver com o fato de que Fidel
Apesar de o histórico líder revolucionário nunca ter ocultado
esteja ou não porque já tinha um papel mais simbólico, era uma
suas reticências quanto ao processo iniciado pelo presidente Raúl
espécie de força moral, de patriarca revolucionário mais que líder
Castro, seu irmão, o fato de não fazer oposição frontal ao degelo
dos assuntos do governo”.
foi considerado como uma aprovação implícita a essa iniciativa
Fonte: El País Brasil – (26/11/2016)
diplomática, que não necessariamente contava com o respaldo de
toda a cúpula cubana.
Quis o acaso que a morte de Fidel Castro surpreendesse Trump diz que pode acabar com acordo entre EUA e Cuba
Trump em Mar-a-Lago, a mansão da Flórida onde o magnata cos- O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, es-
tuma passar férias. Esse Estado é o mais tradicional reduto cubano creveu em sua conta no Twitter nesta segunda-feira (28) que vai
nos EUA, um lugar outrora claramente anticastrista, mas que, so- acabar com o acordo de seu país com Cuba se a ilha não estiver
bretudo nos últimos anos, passou a apoiar a política conciliadora disposta a oferecer um acordo melhor.
de Obama, incluindo a decisão de restabelecer as relações inter- “Se Cuba não quiser fazer um acordo melhor para o povo
rompidas durante mais de meio século. cubano, o povo cubano-americano e os Estados Unidos como um
Obama fez de tudo para consolidar essa política antes de dei- todo, vou acabar com o acordo”, escreveu o magnata.
xar a Casa Branca, o que acontecerá em menos de dois meses. Não No sábado (26), Trump divulgou um comunicado à imprensa
só reabriu, já há mais de um ano, a embaixada norte-americana em classificando Fidel Castro como um “ditador brutal que oprimiu
Havana, gesto replicado por Cuba em Washington, como se tor- seu próprio povo por quase seis décadas” e que deixa um “legado
nou, em março, no primeiro presidente dos EUA em quase um sé- de pelotões de fuzilamento, roubo, inimaginável sofrimento, po-
culo a pisar em solo cubano. A menos de um mês das eleições que breza e negação de direitos humanos básicos”.
definiria seu sucessor, Obama emitiu uma ordem executiva (espé- No texto, ele afirmou que seu governo “vai fazer todo o pos-
cie de medida provisória) com a qual pretendia, nas suas palavras, sível para assegurar que o povo cubano possa finalmente começar
tornar “irreversíveis” os avanços obtidos nas relações bilaterais. sua jornada em direção à prosperidade e à liberdade”.
Tudo, porém, se tornou um enorme ponto de interrogação após Nas primárias, Trump foi o único pré-candidato republicano
a vitória do republicano Trump, um bilionário pragmático que no que apoiou a abertura para Cuba, mas em sua busca de votos na
passado foi acusado de violar o embargo econômico a Cuba em Flórida nas eleições gerais, ele prometeu que “revogaria” o acordo
busca de negócios lucrativos na ilha. Durante a campanha eleito- do presidente Barack Obama “a não ser que o regime dos Castro”
ral, no entanto, ele prometeu reverter a aproximação com Havana. restaurasse “as liberdades na ilha”, segundo a agência EFE.
Trump não se contentou apenas em cortejar o voto mais aber- Seu futuro chefe de gabinete, Reince Priebus, disse no domin-
tamente anticastrista em Miami. Já eleito presidente, parece con-
go que Trump aguardará para ver “alguns movimentos” do gover-
firmar suas promessas ao incluir em sua equipe de governo figuras
no cubano em relação às liberdades na ilha para decidir como será
proeminentes do lobby pró-embargo, como o advogado Mauricio
a relação entre os dois países. “Não vamos ter um acordo unilateral
Clever-Carone, membro da influente organização Democracia
procedente de Cuba sem algumas mudanças em seu governo”, dis-
Cuba-EUA, que defende uma “transição incondicional de Cuba à
democracia e ao livre mercado”. Ele irá trabalhar com Trump no se Priebus na TV Fox, após mencionar a repressão, os prisioneiros
Departamento do Tesouro, uma peça-chave na aplicação – ou fle- políticos e as liberdades como a religiosa.
xibilização – do embargo econômico a Cuba e das sanções contra Grupos do exílio cubano mostraram apoio unânime ao aviso
quem o viola. de Trump, segundo a EFE.

Didatismo e Conhecimento 26
ATUALIDADE BRASILEIRA
Em coletiva de imprensa na Casa Branca, o porta-voz do go- “Acredito que isto seria desastroso. O fato de uma administra-
verno americano Josh Earnest disse que os críticos da atual política ção encerrar um acordo feito pela administração anterior não teria
de aproximação “estão dando voltas, tentando justificar sua lealda- precedentes”, disse Brennan à emissora britânica antes de deixar
de a uma política obviamente fracassada de isolamento de Cuba, seu cargo em janeiro.
que nunca teve nenhum resultado”. Para o diretor da CIA, uma medida assim, que qualificou de
Para o porta-voz da Casa Branca, “dar declarações ruidosas “loucura”, ajudaria a fortalecer os políticos linha dura no Irã.
e iniciar um caso de recriminações mútuas amarradas ao passado Em suas declarações, Brennan ressaltou que há muitas áreas
não faz nem a democracia nem a liberdade avançarem, nem expan- nas quais o novo governo tem que agir com “prudência e discipli-
de oportunidades”. na”, como a linguagem utilizada em matéria terrorista e as relações
“Os críticos da atual política sugerem que, de alguma forma, com a Rússia.
os Estados Unidos fizeram um pacote de concessões ao governo O diretor da CIA opinou que o regime sírio de Bashar al Assad
cubano. Isso é equivocado. Não há concessões”, afirmou. e a Rússia foram responsáveis pelo massacre de civis no conflito
Earnest acrescentou que cada presidente que ocupa a Casa sírio, que qualificou de “degradante”.
Branca deve se perguntar se “estaremos ancorados no passado, ou Na opinião do chefe de inteligência dos EUA, seu país deveria
se vamos olhar para o futuro. Isso não significa ignorar o passado, continuar com o respaldo dado pela Administração de Barack Oba-
mas fazer que o passado não interfira em nossa capacidade de fazer ma aos rebeldes moderados que lutam contra o regime de Assad.
progressos”. Brennan acrescentou que a Rússia é crucial para o futuro da
Síria, mas se mostrou cético sobre a possibilidade de um acordo
O acordo que ajude a pôr fim à guerra civil.
No dia 17 de dezembro de 2014, os presidentes Barack Oba- “Não tenho confiança de que os russos vão ceder até que pos-
ma e Raúl Castro anunciaram o restabelecimento das relações dos sam ser capazes de conseguir o maior sucesso tático possível no
Estados Unidos e Cuba após mais de 50 anos. O embargo comer- campo de batalha”, disse o diretor da CIA.
cial ao país caribenho, no entanto, permaneceu. Além disso, Brennan advertiu sobre a contínua ameaça ter-
Na época, Cuba libertou o prisioneiro americano Alan Gross rorista já que há grupos “muito ativos” dentro do Estado Islâmico
e, em troca, três agentes de inteligência cubanos que estavam pre- (EI) que planejam atentados e querem demonstrar sua capacidade
sos nos Estados Unidos voltaram à ilha. de operar no Ocidente.
O acordo previa medidas como o restabelecimento das rela- O diretor da CIA acrescentou que é preciso cuidado no uso
ções diplomáticas entre os dois países, facilitar viagens de ame- da linguagem porque isto pode ser aproveitado por organizações
ricanos a Cuba, autorização de vendas e exportações de bens e terroristas para mostrar que os EUA estão contra o islã, algo que,
serviços dos EUA para Cuba, autorização para norte-americanos segundo ele, não é assim.
importarem bens de até US$ 400 de Cuba e início de novos esfor- Trump indicou que quer o congressista Mike Pompeo para o
ços para melhorar o acesso de Cuba a telecomunicação e internet. posto de novo diretor da CIA.
Em agosto de 2015, os EUA reabriram oficialmente sua Fonte: Portal Terra – (30/11/2016)
embaixada em Havana. Um mês antes, a embaixada cubana em
Washington foi reaberta. Senado colombiano referenda acordo de paz com as Farc
Ao anunciar o acordo, Obama disse que as normalizações das O Senado da Colômbia referendou no início da madrugada
relações com Cuba encerram uma “abordagem antiquada” da po- desta quarta-feira (30) o acordo de paz assinado no último dia 24
lítica externa americana. Ao justificar a decisão, o presidente disse entre o governo e as Farc.
que a política “rígida” dos EUA em relação a Cuba nas últimas “Com 75 votos a favor e nenhum contra, o plenário do Senado
décadas teve pequeno impacto. O presidente americano afirmou aprovou o novo acordo de paz. Fica pendente sua aprovação na
acreditar que os EUA poderão “fazer mais para ajudar o povo Câmara dos Deputados”, afirmou o ministro do Interior, Juan Fer-
cubano” ao negociar com o governo da ilha. nando Cristo, em comunicado.
Fonte: G1 – (28/11/2016) De acordo com o ministro, “com a participação de vítimas, re-
presentantes de igrejas cristãs, negritudes, indígenas, foi discutido
CIA adverte Trump que seria “loucura” abandonar acor- e aprovado no Senado o novo acordo de paz que foi assinado na
do com Irã última quinta-feira”.
O diretor da CIA, John Brennan, advertiu ao presidente elei- Com este passo, esclareceu Cristo, “a esperada aprovação na
to dos Estados Unidos, Donald Trump, que seria “desastroso” e Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira, poderá começar a im-
uma “loucura” deixar o acordo nuclear com o Irã, como o magnata plementar o acordo estipulado entre o governo e as Farc”.
ameaçou fazer durante a campanha eleitoral. O debate no Senado foi aberto pelo principal negociador do
Em uma entrevista à rede britânica “BBC” divulgada nesta governo, Humberto de la Calle, e o Alto Comissariado para a Paz,
quarta-feira, Brennan também afirmou que Trump deve ser cau- Sergio Jaramillo, que fizeram um acordo de confissão em favor do
teloso com a Rússia por considerar que Moscou está por trás de acordo, um texto renovado após a rejeição no referendo realizado
grande parte do sofrimento na Síria. no dia 2 de outubro, após ter sido assinado no dia 26 de setembro,
Durante a campanha para as eleições americanas, o político em Cartagena.
republicano ameaçou abandonar o pacto nuclear entre o G5+1 Nesta quarta, a Câmara dos Deputados estará em sessão desde
(EUA, Rússia, França, Reino Unido e China, mais Alemanha) e o início da manhã para discutir e referendar o novo acordo de paz.
o Irã e sugeriu que o governo americano teria uma relação muito Fonte: G1 – (30/11/2016)
mais estreita com o governo russo.

Didatismo e Conhecimento 27
ATUALIDADE BRASILEIRA
MEIO AMBIENTE Para realizar esse processo, o gás carbônico precisava ser
diluído em água, segundo o Popular Mechanics. Em seguida, a
Restam menos de 300 onças-pintadas na Mata Atlântica superfície texturizada com essas estruturas nanométricas era colo-
A onça-pintada está definitivamente ameaçada de extinção na cada na água e recebia a voltagem. Com isso, a reação começava
Mata Atlântica. Menos de 300 desses magníficos felinos ainda so- a ocorrer. “Usando materiais comuns, mas arranjando-os com na-
brevivem no bioma, espalhados e isolados em pequenas populações notecnologia, nós conseguimos limitar as reações colaterais e ter
pelo Brasil, Argentina e Paraguai, segundo um trabalho publicado o único produto que queríamos”, disse Adam Rondinone, um dos
nesta quarta-feira, 16, na revista Scientific Reports. É o mais com- cientistas envolvidos no projeto.
pleto levantamento já feito sobre a população remanescente de on-
ças-pintadas na Mata Atlântica. Salvando o planeta
As causas do declínio são óbvias. Cerca de 85% do hábitat ori- Como esse processo transforma um gás estufa em um com-
ginal das onças-pintadas (ou jaguares, como também são conheci- bustível, ele pode ser extremamente importante no combate ao
das) na Mata Atlântica já desapareceu, e apenas 7% das florestas que efeito estufa. O efeito estufa é o aquecimento da atmosfera ter-
restam ainda estão em bom estado de conservação, com tamanho e restre provocado pelo aumento da concentração de gases estufa
alimento suficientes para abrigar a espécie, segundo os cientistas. (como o gás carbônico) nela. Esse aumento, por sua vez, tem como
Não bastasse isso, as poucas onças sobreviventes são frequentemen- uma de suas principais causas a queima de combustíveis fósseis,
te perseguidas e atacadas por caçadores e fazendeiros. como a gasolina.
“Perda e fragmentação de hábitat são as principais causas de de- Com a possibilidade de transformar um gás estufa em um
clínio das onças-pintadas, mas a mortalidade induzida pelo homem combustível não-fóssil, abre-se uma porta importante para o com-
é a principal ameaça às populações remanescentes”, dizem os au- bate ao problema. Outras vantagens desse processo são que ele é
tores do trabalho, que incluem pesquisadores do Brasil, Argentina, relativamente barato e pode ser iniciado em temperatura ambiente
Paraguai e Porto Rico. A Mata Atlântica, segundo eles, corre risco - ou seja, não exige muita energia para ser iniciado, o que o torna
de se tornar a primeira floresta no mundo a ter o seu maior predador ainda mais eficiente. Os cientistas ainda acreditam que, por esses
extinto. motivos, ele pode ser realizado em escala industrial, com possíveis
Fonte: Istoé.com – (16/11/2016) ganhos em eficiência.
Resolver o problema dos gases estufa é um dos grandes desa-
Sem querer, cientistas descobrem processo que pode ame- fios da humanidade atualmente, e por isso diversas formas de fa-
nizar efeito estufa zê-lo já estão sendo estudadas. Outra pesquisa publicada em 2016
Uma equipe de pesquisadores do Oak Ridge National Labora- descreve também um processo para armazenar o gás carbônico da
tory (ORNL), nos Estados Unidos, acabou descobrindo sem querer atmosfera na forma de calcário a fim de combater o efeito estufa.
um processo para transformar CO2 (gás carbônico, um gás estufa) Fonte: Olhar Digital (Uol) – (18/11/2016)
em etanol (C2H5OH, um combustível). A descoberta pode ser extre-
mamente importante no combate ao efeito estufa. Marrakech inaugura uma nova era nas negociações sobre
Os cientistas estavam testando um catalisador feito de carbono o clima
e cobre arranjados em uma estrutura nanométrica. A ideia deles era A Cúpula do Clima de Marrakech (COP22) iniciou uma nova
utilizar esse catalisador para uma série de reações que teriam, ao fi- etapa nas negociações internacionais para combater a mudança
nal, um combustível como resultado (inicialmente, eles imaginaram climática, na qual despontam novas lideranças e alianças para con-
que seria o metanol). Para a surpresa deles, no entanto, a primeira duzir a transição para uma economia baixa em carbono, conforme
etapa dessa reação já teve etanol como produto. Segundo New Atlas, o Acordo de Paris.
A reunião de Marrakech, que foi concluída na madrugada des-
a eficiência do processo também é notável: cerca de 63% do material
te sábado, representou a celebração da entrada em vigor do Acordo
utilizado foi convertido em etanol. Trata-se de uma surpresa positi-
de Paris, 11 meses após sua aprovação, em comparação com os
va, já que, geralmente, tentativas de gerar etanol a partir de gás car-
sete anos do Protocolo de Kioto.
bônico resultam em uma série de produtos menos úteis, como etile-
O novo tratado somou 11 novas ratificações na COP22, in-
no e monóxido de carbono. Os detalhes da reação foram publicados
cluindo hoje 111 países, que representam mais de 80% das emis-
pelos pesquisadores em um artigo no periódico Chemistry Select.
sões mundiais.
A vitória de Donald Trump nas eleições dos Estados Unidos,
Nanotorres de carbono
alguém que chamou a mudança climática de “conto chinês” e pro-
Durante o experimento, os psquisadores usaram um catalisador
meteu tirar seu país do pacto climático, caiu como uma ducha de
feito de carbono e cobre. Por meio de um método de deposição de água fria na primeira das duas semanas da cúpula, mas, paradoxal-
vapores químicos que tinha amônia e acetileno como reagente, eles mente, serviu para que todos os países fizessem um esforço para
conseguiram organizar o carbono e o cobre em estruturas semelhan- defender o acordo.
tes a “torres”. Essas torres tinham cerca de 50 a 80 nanômetros de al- “Não há um único país que tenha mostrado em Marrakech sua
tura, e terminavam num pico de cerca de 2 nanômetros de diâmetro. intenção de deixar o acordo”, lembrou à Agência Efe o comissário
Quando uma carga de apenas 1.2 volt era aplicada a uma su- de Ação pelo Clima da União Europeia, o espanhol Miguel Arias
perfície contendo essa estrutura, as partículas de cobre nas torres de Cañete.
carbono faziam com que um campo elétrico muito forte fosse criado China, Índia e até Arábia Saudita afirmaram que “o Acordo
na região. Esse campo, por sua vez, fazia com que correntes elétri- de Paris é um caminho sem volta” e mostraram sua determinação
cas se formassem entre os picos, e essas correntes dimerizavam de trabalhar em nível nacional para realizar as promessas feitas no
moléculas de CO2 em moléculas de etanol. mesmo.

Didatismo e Conhecimento 28
ATUALIDADE BRASILEIRA
Resta saber quem assumirá a liderança exercida nesta maté- CIÊNCIA E TECNOLOGIA
ria pelo governo Obama se Trump cumprir sua promessa de sair
do pacto, o que levaria quatro anos, e da própria convenção de ‘Pescar’, puxar e empurrar: os planos dos cientistas para
mudança climática da ONU, que foi assinada por um presidente ‘recolher’ o lixo espacial
republicano, George Bush pai, há 25 anos. Desde o início da exploração espacial nos anos de 1950, to-
Fontes da delegação americana - que ainda fazem parte da neladas de lixo espacial estão se acumulando na órbita da Terra.
equipe de Obama - confirmaram para a Agência Efe os “intensos Para resolver o problema, cientistas planejam enviar ao espaço
esforços diplomáticos” que estão sendo realizados para que Trump no ano que vem uma nave criada para testar maneiras de se livrar
não anunciasse a saída do Acordo de Paris, enquanto um de seus desses detritos.
maiores promotores, o secretário de Estado John Kerry, o defendia Pesquisadores da Universidade de Southampton, no Reino Uni-
abertamente em Marrakech. do, monitoram o lixo espacial na órbita terrestre. Eles estimam que
haja cerca de 22 mil pedaços com tamanho superior a 10 centíme-
Ontem à noite, o primeiro-ministro de Fiji, que presidirá a
tros.
próxima Cúpula do Clima (COP23), convidou Trump a visitar a
Detritos menores, porém, chegam à casa dos milhões.
ilha no Pacífico-Sul para ver os efeitos do aumento do nível do O lixo espacial é formado em geral por partes e componentes
mar sobre a mesma. de satélites, foguetes e naves descartados durante missões espaciais.
“Ninguém vai abandonar o acordo como ocorreu com o Pro- A nave que será colocada em órbita no ano que vem testará
tocolo de Kioto. A chave está em quem irá ocupar o espaço de li- maneiras de limpar esse lixo. Ela vai usar uma rede e um arpão para
derança que será deixado por Obama”, afirmou a diretora da ONG capturar esses destroços.
Greenpeace, Jennifer Morgan, que, junto com outros especialis- Vai usar ainda uma vela para tentar forçar grandes destroços a
tas, opinou que houve indícios na CO22 de que a China e países entrar na atmosfera - onde são destruídos pela alta temperatura de
europeus como a Alemanha poderiam liderar a transição para um reentrada.
desenvolvimento com baixas emissões de carbono. Mas haverá outras dificuldades a superar - a principal delas
Com o histórico pacto do clima firmado um ano antes, a deve ser o financiamento dessas missões.
COP22 tinha como objetivo definir um livro de regras para o mes- Cientistas estimam que custará milhões para retirar um único
mo, já que o Acordo de Paris deixou em aberto como seriam im- detrito.
plementadas as medidas que propõe, como por exemplo, a maneira Além disso, eles não podem, por questões legais, capturar lixo
na qual os países vão notificar e revisar seus compromissos nacio- espacial aleatoriamente - para recolher um satélite obsoleto, por
nais de redução das emissões. exemplo, é preciso que o país responsável por ele concorde com
Os primeiros passos dados em Marrakech para definir essas isso.
regras foram “mínimos”, pois “é preciso muita capacidade diplo- Mas os pesquisadores alertam que, se nada for feito em relação
mática para conseguir o consenso dos cerca de 200 países que par- ao problema, será impossível manter satélites ou operar no espaço
no futuro.
ticipam das cúpulas, algo que a presidência marroquina não teve”,
Fonte: G1 – (28/11/2016)
disse o especialista em relações internacionais Doreen Stabinsky.
No entanto, foi estabelecido um programa de trabalho até Cientistas criam bateria de celular que carrega em segun-
2018 para concretizar essas normas nos próximos dois anos e, em- dos e dura vários dias
bora pareça muito tempo, não o é se comparado com o Protocolo Recarregar os celulares em poucos segundos e menos de uma
de Kioto, onde esse processo demorou quatro anos, apesar de que vez por semana poderá ser realidade no futuro. Isso graças aos novos
o mesmo só incluía obrigações para os países ricos, e não para supercondensadores desenvolvidos por especialistas de nanotecno-
todos, como o Acordo de Paris. logia, na Universidade da Flórida Central. As informações são da
O que a COP22 deixou evidente é que a transição para um Agência ANSA.
novo modelo de desenvolvimento baixo em carbono está em an- Os estudiosos desenvolveram dispositivos que são capazes de
damento, e não só por parte dos países, mas de regiões, cidades e armazenar rapidamente mais energia que as tradicionais baterias de
grandes empresas, que apresentaram ações, compromissos de fi- lítio e sem perder sua estabilidade energética durante mais de 30 mil
nanciamento e vontade de compartilhar conhecimento e soluções recargas. Hoje, uma bateria normalmente começa a perder cada vez
neste processo. mais potência a partir do 18° mês de uso. Em média, isso soma 1,5
Quatro países (Canadá, Alemanha, México e Estados Unidos) mil ciclos com estabilidade intacta.
registraram na ONU suas estratégias para “descarbonizarem” sua A pesquisa, publicada na revista especializada “ACS Nano”,
economia em meados deste século e outros 18 anunciaram que reporta que a nova tecnologia poderá ser expandida para os carros
estão fazendo os últimos preparativos das suas. elétricos. O segredo da inovação está no uso de baterias bidimensio-
As quase 50 nações mais vulneráveis à mudança climática nais. Muitos pesquisadores já haviam tentando usar a técnica no pas-
sado, por exemplo, com o grafeno. Mas ninguém tinha conseguido
prometeram que 100% de sua energia será oriunda de fontes re-
efetivamente alcançar tal potencial.
nováveis, “assim que for possível”, e um grupo de países ricos li-
O grupo norte-americano liderado por Yeonwoon “Eric” Jung
derados pela Alemanha apresentou a iniciativa “NDC Partnership” ganhou este desafio tecnológico aproveitando um novo enfoque de
para ajudar os países em desenvolvimento a reduzir a mudança síntese química, juntamente com supercondensadores compostos
climática. por milhões de microscópicos fios, revestidos por materiais bidi-
Fonte: Portal Terra – (19/11/2016) mensionais. Dessa forma, o “coração” dos eletrônicos se torna um
alto condutor de energia, e com mais densidade, energia e potência.

Didatismo e Conhecimento 29
ATUALIDADE BRASILEIRA
No entanto, o maior empecilho atual seria o tamanho des- nol (THC) por mililitro e 30 mg de canabidiol por mililitro. Os
sas baterias, que seriam muito maiores do que as de lítio. “[Esses produtos que tiverem concentração maior do que a estabelecida
materiais] ainda não estão sendo comercializados, mas são uma continuam proibidos no país.
demonstração da comprovação de um importante começo: nossos Segundo nota da agência reguladora, a medida foi motivada
estudos mostram que terão impactos muito fortes sobre muitas pela fase final do processo de registro do medicamento Mevatyl®.
tecnologias”, explicou Jung. O produto que, em alguns países da Europa, tem o nome comercial
Fonte: Jornal do Brasil – (23/11/2016) de Sativex, pode vir a ser o primeiro obtido da Canabis sativa re-
gistrado no país. O medicamento será indicado para o tratamento
Schiaparelli caiu por ‘erro de cálculo’ em altura, diz ESA de sintomas de pacientes adultos com esclerose múltipla.
Novos dados da Agência Espacial Europeia (ESA) revela- Fonte: Jornal do Brasil – (22/11/2016)
ram que o módulo Schiaparelli caiu no solo de Marte a 3,7 km de
altura, no dia 19 de outubro. Os novos detalhes da ESA supõem
quais foram os erros da missão. O principal motivo do acidente
deve-se a uma falha durante a medida de distância do Schiapa- LEI N. 12.527, DE 18 DE
relli durante o pouso. A interpretação errada de sua altura fez NOVEMBRO DE 2011 - LEI DE
com que o módulo se precipitasse ao início do procedimento de
ACESSO À INFORMAÇÃO.
pouso.
De acordo com os cientistas, apesar do radar altímetro do-
ppler do módulo ter funcionado normalmente, o dispositivo de
medida inercial (IMU - Inertial Measurement Unit), que registra
a velocidade de rotação do veículo, começou a enviar um sinal LEI Nº 12.527, DE 18 DE NOVEMBRO DE 2011.
saturado, isto é, o valor máximo da escala. Esse problema ocorreu
logo depois da abertura do paraquedas e o sinal anormal durou Regula o acesso a informações previsto no inciso XXXIII do
cerca de um segundo - mais do que o esperado pelos cientistas. art. 5o, no inciso II do § 3o do art. 37 e no § 2o do art. 216 da
Com isso, o sistema de navegação deduziu que a altitude Constituição Federal; altera a Lei no 8.112, de 11 de dezembro de
de Schiaparelli fosse negativa, ou seja, que o módulo estivesse 1990; revoga a Lei no 11.111, de 5 de maio de 2005, e dispositivos
abaixo da superfície marciana. Foi nesse momento que o pouso da Lei no 8.159, de 8 de janeiro de 1991; e dá outras providências.
começou a dar errado e resultou na queda. A reconstrução do
acidente de Schiaparelli, feita por computador, representa ainda A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Con-
uma “conclusão muito preliminar das nossas suposições técni- gresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
cas”, disse o diretor de Robótica da ESA, David Parker.
Parker ainda explica que, para ter um quadro mais completo, CAPÍTULO I
é preciso esperar até os primeiros meses de 2017. Isso porque DISPOSIÇÕES GERAIS
será publicado um artigo “de uma comissão de investigação inde-
pendente em fase de constituição, requerida pelo diretor general Art. 1o Esta Lei dispõe sobre os procedimentos a serem obser-
da ESA e que será coordenada pelo Inspetor General da ESA”. vados pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, com o
No entanto, os responsáveis da missão Schiaparelli mantém fim de garantir o acesso a informações previsto no inciso XXXIII
o otimismo. “Nós aprendemos muitas coisas com o Schiaparelli do art. 5o, no inciso II do § 3º do art. 37 e no § 2º do art. 216 da
que contribuirão diretamente com a segunda missão ExoMars, Constituição Federal.
que está sendo desenvolvida com os nossos parceiros internacio- Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta Lei:
nais e tem um lançamento previsto para 2020”, enfatiza Parker. I - os órgãos públicos integrantes da administração direta dos
Com a mesma visão, complementa Roberto Battiston, presi- Poderes Executivo, Legislativo, incluindo as Cortes de Contas, e
dente da Agência Espacial Italiana (ASI). “ExoMars é extrema- Judiciário e do Ministério Público;
mente importante para a ciência e exploração europeia. Agora, II - as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas,
junto com nossos parceiros norte-americanos do programa, tra- as sociedades de economia mista e demais entidades controladas
balharemos para o sucesso da segunda missão”, disse o italiano. direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e
Fonte: Jornal do Brasil – (23/11/2016) Municípios.

Anvisa aprova regras para registro de remédio à base de Art. 2o Aplicam-se as disposições desta Lei, no que couber,
maconha às entidades privadas sem fins lucrativos que recebam, para reali-
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) incluiu zação de ações de interesse público, recursos públicos diretamente
hoje (22) os derivados da Cannabis sativa, a maconha, na lista de do orçamento ou mediante subvenções sociais, contrato de gestão,
substâncias psicotrópicas, vendidas no Brasil com receita do tipo termo de parceria, convênios, acordo, ajustes ou outros instrumen-
A específica para entorpecentes. A norma permite que empresas tos congêneres.
registrem no país produtos com canabidiol e tetraidrocanabinol Parágrafo único. A publicidade a que estão submetidas as en-
como princípio ativo, passo necessário para venda de remédios. tidades citadas no caput refere-se à parcela dos recursos públicos
A medida faz parte da atualização da Portaria nº 344/98, recebidos e à sua destinação, sem prejuízo das prestações de contas
que também estabelece que laboratórios registrem os derivados a que estejam legalmente obrigadas.
em concentração de, no máximo, 30 mg de tetrahidrocannabi-

Didatismo e Conhecimento 30
ATUALIDADE BRASILEIRA
Art. 3o Os procedimentos previstos nesta Lei destinam-se a Art. 7o O acesso à informação de que trata esta Lei compreen-
assegurar o direito fundamental de acesso à informação e devem de, entre outros, os direitos de obter:
ser executados em conformidade com os princípios básicos da ad- I - orientação sobre os procedimentos para a consecução de
ministração pública e com as seguintes diretrizes: acesso, bem como sobre o local onde poderá ser encontrada ou
I - observância da publicidade como preceito geral e do sigilo obtida a informação almejada;
como exceção; II - informação contida em registros ou documentos, produ-
II - divulgação de informações de interesse público, indepen- zidos ou acumulados por seus órgãos ou entidades, recolhidos ou
dentemente de solicitações; não a arquivos públicos;
III - utilização de meios de comunicação viabilizados pela tec- III - informação produzida ou custodiada por pessoa física ou
nologia da informação; entidade privada decorrente de qualquer vínculo com seus órgãos
IV - fomento ao desenvolvimento da cultura de transparência ou entidades, mesmo que esse vínculo já tenha cessado;
na administração pública; IV - informação primária, íntegra, autêntica e atualizada;
V - desenvolvimento do controle social da administração pú- V - informação sobre atividades exercidas pelos órgãos e enti-
blica. dades, inclusive as relativas à sua política, organização e serviços;
VI - informação pertinente à administração do patrimônio pú-
Art. 4o Para os efeitos desta Lei, considera-se: blico, utilização de recursos públicos, licitação, contratos admi-
I - informação: dados, processados ou não, que podem ser uti- nistrativos; e
lizados para produção e transmissão de conhecimento, contidos
VII - informação relativa:
em qualquer meio, suporte ou formato;
a) à implementação, acompanhamento e resultados dos pro-
II - documento: unidade de registro de informações, qualquer
gramas, projetos e ações dos órgãos e entidades públicas, bem
que seja o suporte ou formato;
como metas e indicadores propostos;
III - informação sigilosa: aquela submetida temporariamente
b) ao resultado de inspeções, auditorias, prestações e tomadas
à restrição de acesso público em razão de sua imprescindibilidade
para a segurança da sociedade e do Estado; de contas realizadas pelos órgãos de controle interno e externo,
IV - informação pessoal: aquela relacionada à pessoa natural incluindo prestações de contas relativas a exercícios anteriores.
identificada ou identificável; § 1o O acesso à informação previsto no caput não compreen-
V - tratamento da informação: conjunto de ações referentes à de as informações referentes a projetos de pesquisa e desenvolvi-
produção, recepção, classificação, utilização, acesso, reprodução, mento científicos ou tecnológicos cujo sigilo seja imprescindível à
transporte, transmissão, distribuição, arquivamento, armazena- segurança da sociedade e do Estado.
mento, eliminação, avaliação, destinação ou controle da informa- § 2o Quando não for autorizado acesso integral à informação
ção; por ser ela parcialmente sigilosa, é assegurado o acesso à parte não
VI - disponibilidade: qualidade da informação que pode ser sigilosa por meio de certidão, extrato ou cópia com ocultação da
conhecida e utilizada por indivíduos, equipamentos ou sistemas parte sob sigilo.
autorizados; § 3o O direito de acesso aos documentos ou às informações
VII - autenticidade: qualidade da informação que tenha sido neles contidas utilizados como fundamento da tomada de decisão
produzida, expedida, recebida ou modificada por determinado in- e do ato administrativo será assegurado com a edição do ato deci-
divíduo, equipamento ou sistema; sório respectivo.
VIII - integridade: qualidade da informação não modificada, § 4o A negativa de acesso às informações objeto de pedido
inclusive quanto à origem, trânsito e destino; formulado aos órgãos e entidades referidas no art. 1 o, quando não
IX - primariedade: qualidade da informação coletada na fonte, fundamentada, sujeitará o responsável a medidas disciplinares, nos
com o máximo de detalhamento possível, sem modificações. termos do art. 32 desta Lei.
§ 5o Informado do extravio da informação solicitada, poderá
Art. 5o É dever do Estado garantir o direito de acesso à infor- o interessado requerer à autoridade competente a imediata aber-
mação, que será franqueada, mediante procedimentos objetivos e tura de sindicância para apurar o desaparecimento da respectiva
ágeis, de forma transparente, clara e em linguagem de fácil com- documentação.
preensão. § 6o Verificada a hipótese prevista no § 5o deste artigo, o res-
ponsável pela guarda da informação extraviada deverá, no prazo
CAPÍTULO II de 10 (dez) dias, justificar o fato e indicar testemunhas que com-
DO ACESSOAINFORMAÇÕES E DA SUA DIVULGAÇÃO provem sua alegação.

Art. 6o Cabe aos órgãos e entidades do poder público, observa- Art. 8o É dever dos órgãos e entidades públicas promover,
das as normas e procedimentos específicos aplicáveis, assegurar a: independentemente de requerimentos, a divulgação em local de
I - gestão transparente da informação, propiciando amplo fácil acesso, no âmbito de suas competências, de informações de
acesso a ela e sua divulgação; interesse coletivo ou geral por eles produzidas ou custodiadas.
II - proteção da informação, garantindo-se sua disponibilida- § 1o Na divulgação das informações a que se refere o caput,
de, autenticidade e integridade; e deverão constar, no mínimo:
III - proteção da informação sigilosa e da informação pessoal, I - registro das competências e estrutura organizacional, en-
observada a sua disponibilidade, autenticidade, integridade e even-
dereços e telefones das respectivas unidades e horários de atendi-
tual restrição de acesso.
mento ao público;

Didatismo e Conhecimento 31
ATUALIDADE BRASILEIRA
II - registros de quaisquer repasses ou transferências de recur- CAPÍTULO III
sos financeiros; DO PROCEDIMENTO DE ACESSO À INFORMAÇÃO
III - registros das despesas;
IV - informações concernentes a procedimentos licitatórios, Seção I
inclusive os respectivos editais e resultados, bem como a todos os Do Pedido de Acesso
contratos celebrados;
V - dados gerais para o acompanhamento de programas, Art. 10. Qualquer interessado poderá apresentar pedido de
ações, projetos e obras de órgãos e entidades; e acesso a informações aos órgãos e entidades referidos no art.
VI - respostas a perguntas mais frequentes da sociedade. 1o desta Lei, por qualquer meio legítimo, devendo o pedido con-
§ 2o Para cumprimento do disposto no caput, os órgãos e ter a identificação do requerente e a especificação da informação
entidades públicas deverão utilizar todos os meios e instrumentos requerida.
legítimos de que dispuserem, sendo obrigatória a divulgação em § 1o Para o acesso a informações de interesse público, a
sítios oficiais da rede mundial de computadores (internet). identificação do requerente não pode conter exigências que in-
§ 3o Os sítios de que trata o § 2o deverão, na forma de regula- viabilizem a solicitação.
mento, atender, entre outros, aos seguintes requisitos: § 2o Os órgãos e entidades do poder público devem viabi-
I - conter ferramenta de pesquisa de conteúdo que permita o lizar alternativa de encaminhamento de pedidos de acesso por
acesso à informação de forma objetiva, transparente, clara e em meio de seus sítios oficiais na internet.
linguagem de fácil compreensão; § 3o São vedadas quaisquer exigências relativas aos motivos
II - possibilitar a gravação de relatórios em diversos formatos
determinantes da solicitação de informações de interesse público.
eletrônicos, inclusive abertos e não proprietários, tais como plani-
lhas e texto, de modo a facilitar a análise das informações;
Art. 11. O órgão ou entidade pública deverá autorizar ou
III - possibilitar o acesso automatizado por sistemas externos
conceder o acesso imediato à informação disponível.
em formatos abertos, estruturados e legíveis por máquina;
IV - divulgar em detalhes os formatos utilizados para estrutu- § 1o Não sendo possível conceder o acesso imediato, na for-
ração da informação; ma disposta no caput, o órgão ou entidade que receber o pedido
V - garantir a autenticidade e a integridade das informações deverá, em prazo não superior a 20 (vinte) dias:
disponíveis para acesso; I - comunicar a data, local e modo para se realizar a consulta,
VI - manter atualizadas as informações disponíveis para aces- efetuar a reprodução ou obter a certidão;
so; II - indicar as razões de fato ou de direito da recusa, total ou
VII - indicar local e instruções que permitam ao interessado parcial, do acesso pretendido; ou
comunicar-se, por via eletrônica ou telefônica, com o órgão ou en- III - comunicar que não possui a informação, indicar, se for
tidade detentora do sítio; e do seu conhecimento, o órgão ou a entidade que a detém, ou,
VIII - adotar as medidas necessárias para garantir a acessibili- ainda, remeter o requerimento a esse órgão ou entidade, cienti-
dade de conteúdo para pessoas com deficiência, nos termos do art. ficando o interessado da remessa de seu pedido de informação.
17 da Lei no 10.098, de 19 de dezembro de 2000, e do art. 9 o da § 2o O prazo referido no § 1o poderá ser prorrogado por
Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, aprova- mais 10 (dez) dias, mediante justificativa expressa, da qual será
da pelo Decreto Legislativo no 186, de 9 de julho de 2008. cientificado o requerente.
§ 4o Os Municípios com população de até 10.000 (dez mil) § 3o Sem prejuízo da segurança e da proteção das informa-
habitantes ficam dispensados da divulgação obrigatória na internet ções e do cumprimento da legislação aplicável, o órgão ou enti-
a que se refere o § 2o, mantida a obrigatoriedade de divulgação, dade poderá oferecer meios para que o próprio requerente possa
em tempo real, de informações relativas à execução orçamentária pesquisar a informação de que necessitar.
e financeira, nos critérios e prazos previstos no art. 73-B da Lei § 4o Quando não for autorizado o acesso por se tratar de in-
Complementar no 101, de 4 de maio de 2000 (Lei de Responsabi- formação total ou parcialmente sigilosa, o requerente deverá ser
lidade Fiscal). informado sobre a possibilidade de recurso, prazos e condições
para sua interposição, devendo, ainda, ser-lhe indicada a autori-
Art. 9o O acesso a informações públicas será assegurado me- dade competente para sua apreciação.
diante:
§ 5o A informação armazenada em formato digital será for-
I - criação de serviço de informações ao cidadão, nos órgãos
necida nesse formato, caso haja anuência do requerente.
e entidades do poder público, em local com condições apropriadas
§ 6o Caso a informação solicitada esteja disponível ao públi-
para:
a) atender e orientar o público quanto ao acesso a informa- co em formato impresso, eletrônico ou em qualquer outro meio
ções; de acesso universal, serão informados ao requerente, por escrito,
b) informar sobre a tramitação de documentos nas suas res- o lugar e a forma pela qual se poderá consultar, obter ou repro-
pectivas unidades; duzir a referida informação, procedimento esse que desonerará
c) protocolizar documentos e requerimentos de acesso a in- o órgão ou entidade pública da obrigação de seu fornecimento
formações; e direto, salvo se o requerente declarar não dispor de meios para
II - realização de audiências ou consultas públicas, incentivo à realizar por si mesmo tais procedimentos.
participação popular ou a outras formas de divulgação.

Didatismo e Conhecimento 32
ATUALIDADE BRASILEIRA
Art. 12. O serviço de busca e fornecimento da informação é Art. 17. No caso de indeferimento de pedido de desclassi-
gratuito, salvo nas hipóteses de reprodução de documentos pelo ficação de informação protocolado em órgão da administração
órgão ou entidade pública consultada, situação em que poderá ser pública federal, poderá o requerente recorrer ao Ministro de Es-
cobrado exclusivamente o valor necessário ao ressarcimento do tado da área, sem prejuízo das competências da Comissão Mista
custo dos serviços e dos materiais utilizados. de Reavaliação de Informações, previstas no art. 35, e do disposto
Parágrafo único. Estará isento de ressarcir os custos previstos no art. 16.
no caput todo aquele cuja situação econômica não lhe permita fa- § 1o O recurso previsto neste artigo somente poderá ser diri-
zê-lo sem prejuízo do sustento próprio ou da família, declarada nos gido às autoridades mencionadas depois de submetido à aprecia-
termos da Lei no 7.115, de 29 de agosto de 1983. ção de pelo menos uma autoridade hierarquicamente superior à
autoridade que exarou a decisão impugnada e, no caso das Forças
Art. 13. Quando se tratar de acesso à informação contida em Armadas, ao respectivo Comando.
documento cuja manipulação possa prejudicar sua integridade, de- § 2o Indeferido o recurso previsto no caput que tenha como
verá ser oferecida a consulta de cópia, com certificação de que esta objeto a desclassificação de informação secreta ou ultrassecreta,
confere com o original. caberá recurso à Comissão Mista de Reavaliação de Informações
Parágrafo único. Na impossibilidade de obtenção de cópias, o prevista no art. 35.
interessado poderá solicitar que, a suas expensas e sob supervisão
de servidor público, a reprodução seja feita por outro meio que não Art. 18. Os procedimentos de revisão de decisões denega-
ponha em risco a conservação do documento original. tórias proferidas no recurso previsto no art. 15 e de revisão de
classificação de documentos sigilosos serão objeto de regulamen-
Art. 14. É direito do requerente obter o inteiro teor de decisão tação própria dos Poderes Legislativo e Judiciário e do Ministério
de negativa de acesso, por certidão ou cópia. Público, em seus respectivos âmbitos, assegurado ao solicitante,
em qualquer caso, o direito de ser informado sobre o andamento
Seção II de seu pedido.
Dos Recursos
Art. 19. (VETADO).
Art. 15. No caso de indeferimento de acesso a informações § 1o (VETADO).
ou às razões da negativa do acesso, poderá o interessado interpor § 2o Os órgãos do Poder Judiciário e do Ministério Público
recurso contra a decisão no prazo de 10 (dez) dias a contar da sua informarão ao Conselho Nacional de Justiça e ao Conselho Na-
ciência. cional do Ministério Público, respectivamente, as decisões que,
Parágrafo único. O recurso será dirigido à autoridade hierar- em grau de recurso, negarem acesso a informações de interesse
quicamente superior à que exarou a decisão impugnada, que deve- público.
rá se manifestar no prazo de 5 (cinco) dias.
Art. 20. Aplica-se subsidiariamente, no que couber, a Lei
Art. 16. Negado o acesso a informação pelos órgãos ou enti-
no 9.784, de 29 de janeiro de 1999, ao procedimento de que trata
dades do Poder Executivo Federal, o requerente poderá recorrer à
este Capítulo.
Controladoria-Geral da União, que deliberará no prazo de 5 (cin-
co) dias se:
I - o acesso à informação não classificada como sigilosa for CAPÍTULO IV
negado; DAS RESTRIÇÕES DE ACESSO À INFORMAÇÃO
II - a decisão de negativa de acesso à informação total ou
parcialmente classificada como sigilosa não indicar a autoridade Seção I
classificadora ou a hierarquicamente superior a quem possa ser di- Disposições Gerais
rigido pedido de acesso ou desclassificação;
III - os procedimentos de classificação de informação sigilosa Art. 21. Não poderá ser negado acesso à informação neces-
estabelecidos nesta Lei não tiverem sido observados; e sária à tutela judicial ou administrativa de direitos fundamentais.
IV - estiverem sendo descumpridos prazos ou outros procedi- Parágrafo único. As informações ou documentos que versem
mentos previstos nesta Lei. sobre condutas que impliquem violação dos direitos humanos pra-
§ 1o O recurso previsto neste artigo somente poderá ser diri- ticada por agentes públicos ou a mando de autoridades públicas
gido à Controladoria-Geral da União depois de submetido à apre- não poderão ser objeto de restrição de acesso.
ciação de pelo menos uma autoridade hierarquicamente superior
àquela que exarou a decisão impugnada, que deliberará no prazo Art. 22. O disposto nesta Lei não exclui as demais hipóte-
de 5 (cinco) dias. ses legais de sigilo e de segredo de justiça nem as hipóteses de
§ 2o Verificada a procedência das razões do recurso, a Con- segredo industrial decorrentes da exploração direta de atividade
troladoria-Geral da União determinará ao órgão ou entidade que econômica pelo Estado ou por pessoa física ou entidade privada
adote as providências necessárias para dar cumprimento ao dis- que tenha qualquer vínculo com o poder público.
posto nesta Lei.
§ 3o Negado o acesso à informação pela Controladoria-Geral
da União, poderá ser interposto recurso à Comissão Mista de Rea-
valiação de Informações, a que se refere o art. 35.

Didatismo e Conhecimento 33
ATUALIDADE BRASILEIRA
Seção II Seção III
Da Classificação da Informação quanto ao Grau e Pra- Da Proteção e do Controle de Informações Sigilosas
zos de Sigilo
Art. 25. É dever do Estado controlar o acesso e a divulgação
Art. 23. São consideradas imprescindíveis à segurança da de informações sigilosas produzidas por seus órgãos e entidades,
sociedade ou do Estado e, portanto, passíveis de classificação as assegurando a sua proteção. (Regulamento)
informações cuja divulgação ou acesso irrestrito possam: § 1o O acesso, a divulgação e o tratamento de informação
I - pôr em risco a defesa e a soberania nacionais ou a integri- classificada como sigilosa ficarão restritos a pessoas que tenham
dade do território nacional; necessidade de conhecê-la e que sejam devidamente credenciadas
II - prejudicar ou pôr em risco a condução de negociações ou na forma do regulamento, sem prejuízo das atribuições dos agentes
as relações internacionais do País, ou as que tenham sido forneci- públicos autorizados por lei.
das em caráter sigiloso por outros Estados e organismos interna- § 2o O acesso à informação classificada como sigilosa cria a
cionais; obrigação para aquele que a obteve de resguardar o sigilo.
III - pôr em risco a vida, a segurança ou a saúde da população; § 3o Regulamento disporá sobre procedimentos e medidas a
IV - oferecer elevado risco à estabilidade financeira, econômi- serem adotados para o tratamento de informação sigilosa, de modo
ca ou monetária do País;
a protegê-la contra perda, alteração indevida, acesso, transmissão
V - prejudicar ou causar risco a planos ou operações estratégi-
e divulgação não autorizados.
cos das Forças Armadas;
VI - prejudicar ou causar risco a projetos de pesquisa e de-
Art. 26. As autoridades públicas adotarão as providências ne-
senvolvimento científico ou tecnológico, assim como a sistemas,
bens, instalações ou áreas de interesse estratégico nacional; cessárias para que o pessoal a elas subordinado hierarquicamente
VII - pôr em risco a segurança de instituições ou de altas auto- conheça as normas e observe as medidas e procedimentos de segu-
ridades nacionais ou estrangeiras e seus familiares; ou rança para tratamento de informações sigilosas.
VIII - comprometer atividades de inteligência, bem como de Parágrafo único. A pessoa física ou entidade privada que, em
investigação ou fiscalização em andamento, relacionadas com a razão de qualquer vínculo com o poder público, executar ativida-
prevenção ou repressão de infrações. des de tratamento de informações sigilosas adotará as providências
necessárias para que seus empregados, prepostos ou representan-
Art. 24. A informação em poder dos órgãos e entidades públi- tes observem as medidas e procedimentos de segurança das infor-
cas, observado o seu teor e em razão de sua imprescindibilidade à mações resultantes da aplicação desta Lei.
segurança da sociedade ou do Estado, poderá ser classificada como
ultrassecreta, secreta ou reservada. Seção IV
§ 1o Os prazos máximos de restrição de acesso à informação, Dos Procedimentos de Classificação, Reclassificação e
conforme a classificação prevista no caput, vigoram a partir da Desclassificação
data de sua produção e são os seguintes:
I - ultrassecreta: 25 (vinte e cinco) anos; Art. 27. A classificação do sigilo de informações no âmbito da
II - secreta: 15 (quinze) anos; e administração pública federal é de competência: (Regulamento)
III - reservada: 5 (cinco) anos. I - no grau de ultrassecreto, das seguintes autoridades:
§ 2o As informações que puderem colocar em risco a segu- a) Presidente da República;
rança do Presidente e Vice-Presidente da República e respectivos b) Vice-Presidente da República;
cônjuges e filhos(as) serão classificadas como reservadas e ficarão c) Ministros de Estado e autoridades com as mesmas prerro-
sob sigilo até o término do mandato em exercício ou do último gativas;
mandato, em caso de reeleição. d) Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica; e
§ 3o Alternativamente aos prazos previstos no § 1o, poderá ser e) Chefes de Missões Diplomáticas e Consulares permanentes
estabelecida como termo final de restrição de acesso a ocorrência
no exterior;
de determinado evento, desde que este ocorra antes do transcurso
II - no grau de secreto, das autoridades referidas no inciso
do prazo máximo de classificação.
I, dos titulares de autarquias, fundações ou empresas públicas e
§ 4o Transcorrido o prazo de classificação ou consumado o
sociedades de economia mista; e
evento que defina o seu termo final, a informação tornar-se-á, au-
tomaticamente, de acesso público. III - no grau de reservado, das autoridades referidas nos inci-
§ 5o Para a classificação da informação em determinado grau sos I e II e das que exerçam funções de direção, comando ou che-
de sigilo, deverá ser observado o interesse público da informação e fia, nível DAS 101.5, ou superior, do Grupo-Direção e Assesso-
utilizado o critério menos restritivo possível, considerados: ramento Superiores, ou de hierarquia equivalente, de acordo com
I - a gravidade do risco ou dano à segurança da sociedade e regulamentação específica de cada órgão ou entidade, observado o
do Estado; e disposto nesta Lei.
II - o prazo máximo de restrição de acesso ou o evento que § 1o A competência prevista nos incisos I e II, no que se refere
defina seu termo final. à classificação como ultrassecreta e secreta, poderá ser delegada
pela autoridade responsável a agente público, inclusive em missão
no exterior, vedada a subdelegação.

Didatismo e Conhecimento 34
ATUALIDADE BRASILEIRA
§ 2o A classificação de informação no grau de sigilo ultras- Seção V
secreto pelas autoridades previstas nas alíneas “d” e “e” do inciso Das Informações Pessoais
I deverá ser ratificada pelos respectivos Ministros de Estado, no
prazo previsto em regulamento. Art. 31. O tratamento das informações pessoais deve ser feito
§ 3o A autoridade ou outro agente público que classificar in- de forma transparente e com respeito à intimidade, vida privada,
formação como ultrassecreta deverá encaminhar a decisão de que honra e imagem das pessoas, bem como às liberdades e garantias
trata o art. 28 à Comissão Mista de Reavaliação de Informações, a individuais.
que se refere o art. 35, no prazo previsto em regulamento. § 1o As informações pessoais, a que se refere este artigo, rela-
tivas à intimidade, vida privada, honra e imagem:
Art. 28. A classificação de informação em qualquer grau de I - terão seu acesso restrito, independentemente de classifica-
sigilo deverá ser formalizada em decisão que conterá, no mínimo, ção de sigilo e pelo prazo máximo de 100 (cem) anos a contar da
os seguintes elementos: sua data de produção, a agentes públicos legalmente autorizados e
I - assunto sobre o qual versa a informação; à pessoa a que elas se referirem; e
II - fundamento da classificação, observados os critérios esta- II - poderão ter autorizada sua divulgação ou acesso por ter-
belecidos no art. 24; ceiros diante de previsão legal ou consentimento expresso da pes-
III - indicação do prazo de sigilo, contado em anos, meses ou soa a que elas se referirem.
dias, ou do evento que defina o seu termo final, conforme limites § 2o Aquele que obtiver acesso às informações de que trata
previstos no art. 24; e este artigo será responsabilizado por seu uso indevido.
IV - identificação da autoridade que a classificou. § 3o O consentimento referido no inciso II do § 1 o não será
Parágrafo único. A decisão referida no caput será mantida no exigido quando as informações forem necessárias:
mesmo grau de sigilo da informação classificada. I - à prevenção e diagnóstico médico, quando a pessoa estiver
física ou legalmente incapaz, e para utilização única e exclusiva-
Art. 29. A classificação das informações será reavaliada pela
mente para o tratamento médico;
autoridade classificadora ou por autoridade hierarquicamente su-
II - à realização de estatísticas e pesquisas científicas de evi-
perior, mediante provocação ou de ofício, nos termos e prazos
dente interesse público ou geral, previstos em lei, sendo vedada a
previstos em regulamento, com vistas à sua desclassificação ou à
redução do prazo de sigilo, observado o disposto no art. 24. (Re- identificação da pessoa a que as informações se referirem;
gulamento) III - ao cumprimento de ordem judicial;
§ 1o O regulamento a que se refere o caput deverá considerar IV - à defesa de direitos humanos; ou
as peculiaridades das informações produzidas no exterior por au- V - à proteção do interesse público e geral preponderante.
toridades ou agentes públicos. § 4o A restrição de acesso à informação relativa à vida privada,
§ 2o Na reavaliação a que se refere o caput, deverão ser exa- honra e imagem de pessoa não poderá ser invocada com o intuito
minadas a permanência dos motivos do sigilo e a possibilidade de de prejudicar processo de apuração de irregularidades em que o
danos decorrentes do acesso ou da divulgação da informação. titular das informações estiver envolvido, bem como em ações vol-
§ 3o Na hipótese de redução do prazo de sigilo da informação, tadas para a recuperação de fatos históricos de maior relevância.
o novo prazo de restrição manterá como termo inicial a data da sua § 5o Regulamento disporá sobre os procedimentos para trata-
produção. mento de informação pessoal.

Art. 30. A autoridade máxima de cada órgão ou entidade pu- CAPÍTULO V


blicará, anualmente, em sítio à disposição na internet e destinado DAS RESPONSABILIDADES
à veiculação de dados e informações administrativas, nos termos
de regulamento: Art. 32. Constituem condutas ilícitas que ensejam responsabi-
I - rol das informações que tenham sido desclassificadas nos lidade do agente público ou militar:
últimos 12 (doze) meses; I - recusar-se a fornecer informação requerida nos termos des-
II - rol de documentos classificados em cada grau de sigilo, ta Lei, retardar deliberadamente o seu fornecimento ou fornecê-la
com identificação para referência futura; intencionalmente de forma incorreta, incompleta ou imprecisa;
III - relatório estatístico contendo a quantidade de pedidos de II - utilizar indevidamente, bem como subtrair, destruir, inu-
informação recebidos, atendidos e indeferidos, bem como infor- tilizar, desfigurar, alterar ou ocultar, total ou parcialmente, infor-
mações genéricas sobre os solicitantes. mação que se encontre sob sua guarda ou a que tenha acesso ou
§ 1o Os órgãos e entidades deverão manter exemplar da pu-
conhecimento em razão do exercício das atribuições de cargo, em-
blicação prevista no caput para consulta pública em suas sedes.
prego ou função pública;
§ 2o Os órgãos e entidades manterão extrato com a lista de in-
III - agir com dolo ou má-fé na análise das solicitações de
formações classificadas, acompanhadas da data, do grau de sigilo
acesso à informação;
e dos fundamentos da classificação.
IV - divulgar ou permitir a divulgação ou acessar ou permitir
acesso indevido à informação sigilosa ou informação pessoal;
V - impor sigilo à informação para obter proveito pessoal ou
de terceiro, ou para fins de ocultação de ato ilegal cometido por si
ou por outrem;

Didatismo e Conhecimento 35
ATUALIDADE BRASILEIRA
VI - ocultar da revisão de autoridade superior competente in- CAPÍTULO VI
formação sigilosa para beneficiar a si ou a outrem, ou em prejuízo DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
de terceiros; e
VII - destruir ou subtrair, por qualquer meio, documentos con- Art. 35. (VETADO).
cernentes a possíveis violações de direitos humanos por parte de § 1o É instituída a Comissão Mista de Reavaliação de Infor-
agentes do Estado. mações, que decidirá, no âmbito da administração pública federal,
§ 1o Atendido o princípio do contraditório, da ampla defesa sobre o tratamento e a classificação de informações sigilosas e terá
e do devido processo legal, as condutas descritas no caput serão competência para:
consideradas: I - requisitar da autoridade que classificar informação como
I - para fins dos regulamentos disciplinares das Forças Arma- ultrassecreta e secreta esclarecimento ou conteúdo, parcial ou in-
das, transgressões militares médias ou graves, segundo os critérios tegral da informação;
neles estabelecidos, desde que não tipificadas em lei como crime II - rever a classificação de informações ultrassecretas ou se-
ou contravenção penal; ou cretas, de ofício ou mediante provocação de pessoa interessada,
II - para fins do disposto na Lei no 8.112, de 11 de dezembro de observado o disposto no art. 7o e demais dispositivos desta Lei; e
1990, e suas alterações, infrações administrativas, que deverão ser III - prorrogar o prazo de sigilo de informação classificada
apenadas, no mínimo, com suspensão, segundo os critérios nela como ultrassecreta, sempre por prazo determinado, enquanto o seu
estabelecidos. acesso ou divulgação puder ocasionar ameaça externa à soberania
§ 2o Pelas condutas descritas no caput, poderá o militar ou nacional ou à integridade do território nacional ou grave risco às
agente público responder, também, por improbidade administrati- relações internacionais do País, observado o prazo previsto no §
va, conforme o disposto nas Leis nos 1.079, de 10 de abril de 1950, 1o do art. 24.
e 8.429, de 2 de junho de 1992. § 2o O prazo referido no inciso III é limitado a uma única
renovação.
Art. 33. A pessoa física ou entidade privada que detiver infor- § 3o A revisão de ofício a que se refere o inciso II do § 1 o de-
mações em virtude de vínculo de qualquer natureza com o poder verá ocorrer, no máximo, a cada 4 (quatro) anos, após a reavaliação
público e deixar de observar o disposto nesta Lei estará sujeita às prevista no art. 39, quando se tratar de documentos ultrassecretos
seguintes sanções: ou secretos.
I - advertência; § 4o A não deliberação sobre a revisão pela Comissão Mista
II - multa; de Reavaliação de Informações nos prazos previstos no § 3o impli-
III - rescisão do vínculo com o poder público; cará a desclassificação automática das informações.
IV - suspensão temporária de participar em licitação e impe- § 5o Regulamento disporá sobre a composição, organização
dimento de contratar com a administração pública por prazo não
e funcionamento da Comissão Mista de Reavaliação de Informa-
superior a 2 (dois) anos; e
ções, observado o mandato de 2 (dois) anos para seus integrantes e
V - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com
demais disposições desta Lei. (Regulamento)
a administração pública, até que seja promovida a reabilitação pe-
rante a própria autoridade que aplicou a penalidade.
Art. 36. O tratamento de informação sigilosa resultante de
§ 1o As sanções previstas nos incisos I, III e IV poderão ser
aplicadas juntamente com a do inciso II, assegurado o direito de tratados, acordos ou atos internacionais atenderá às normas e reco-
defesa do interessado, no respectivo processo, no prazo de 10 (dez) mendações constantes desses instrumentos.
dias.
§ 2o A reabilitação referida no inciso V será autorizada so- Art. 37. É instituído, no âmbito do Gabinete de Segurança
mente quando o interessado efetivar o ressarcimento ao órgão ou Institucional da Presidência da República, o Núcleo de Segurança
entidade dos prejuízos resultantes e após decorrido o prazo da san- e Credenciamento (NSC), que tem por objetivos: (Regulamento)
ção aplicada com base no inciso IV. I - promover e propor a regulamentação do credenciamento
§ 3o A aplicação da sanção prevista no inciso V é de compe- de segurança de pessoas físicas, empresas, órgãos e entidades para
tência exclusiva da autoridade máxima do órgão ou entidade pú- tratamento de informações sigilosas; e
blica, facultada a defesa do interessado, no respectivo processo, no II - garantir a segurança de informações sigilosas, inclusive
prazo de 10 (dez) dias da abertura de vista. aquelas provenientes de países ou organizações internacionais
com os quais a República Federativa do Brasil tenha firmado trata-
Art. 34. Os órgãos e entidades públicas respondem direta- do, acordo, contrato ou qualquer outro ato internacional, sem pre-
mente pelos danos causados em decorrência da divulgação não juízo das atribuições do Ministério das Relações Exteriores e dos
autorizada ou utilização indevida de informações sigilosas ou in- demais órgãos competentes.
formações pessoais, cabendo a apuração de responsabilidade fun- Parágrafo único. Regulamento disporá sobre a composição,
cional nos casos de dolo ou culpa, assegurado o respectivo direito organização e funcionamento do NSC.
de regresso.
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se à pessoa Art. 38. Aplica-se, no que couber, a Lei n o 9.507, de 12 de
física ou entidade privada que, em virtude de vínculo de qualquer novembro de 1997, em relação à informação de pessoa, física ou
natureza com órgãos ou entidades, tenha acesso a informação sigi- jurídica, constante de registro ou banco de dados de entidades go-
losa ou pessoal e a submeta a tratamento indevido. vernamentais ou de caráter público.

Didatismo e Conhecimento 36
ATUALIDADE BRASILEIRA
Art. 39. Os órgãos e entidades públicas deverão proceder “Art. 116. ...................................................................
à reavaliação das informações classificadas como ultrassecretas ............................................................................................
e secretas no prazo máximo de 2 (dois) anos, contado do termo VI - levar as irregularidades de que tiver ciência em razão do
inicial de vigência desta Lei. cargo ao conhecimento da autoridade superior ou, quando houver
§ 1o A restrição de acesso a informações, em razão da reava- suspeita de envolvimento desta, ao conhecimento de outra autori-
liação prevista no caput, deverá observar os prazos e condições dade competente para apuração;
previstos nesta Lei. .................................................................................” (NR)
§ 2o No âmbito da administração pública federal, a reavalia-
ção prevista no caput poderá ser revista, a qualquer tempo, pela Art. 44. O Capítulo IV do Título IV da Lei n o 8.112, de 1990,
Comissão Mista de Reavaliação de Informações, observados os passa a vigorar acrescido do seguinte art. 126-A:
termos desta Lei.
§ 3o Enquanto não transcorrido o prazo de reavaliação pre- “Art. 126-A. Nenhum servidor poderá ser responsabilizado ci-
visto no caput, será mantida a classificação da informação nos vil, penal ou administrativamente por dar ciência à autoridade su-
termos da legislação precedente. perior ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, a outra
§ 4o As informações classificadas como secretas e ultrasse- autoridade competente para apuração de informação concernente
cretas não reavaliadas no prazo previsto no caput serão conside- à prática de crimes ou improbidade de que tenha conhecimento,
ainda que em decorrência do exercício de cargo, emprego ou fun-
radas, automaticamente, de acesso público.
ção pública.”
Art. 40. No prazo de 60 (sessenta) dias, a contar da vigência
Art. 45. Cabe aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municí-
desta Lei, o dirigente máximo de cada órgão ou entidade da ad- pios, em legislação própria, obedecidas as normas gerais estabele-
ministração pública federal direta e indireta designará autoridade cidas nesta Lei, definir regras específicas, especialmente quanto ao
que lhe seja diretamente subordinada para, no âmbito do respecti- disposto no art. 9o e na Seção II do Capítulo III.
vo órgão ou entidade, exercer as seguintes atribuições:
I - assegurar o cumprimento das normas relativas ao acesso Art. 46. Revogam-se:
a informação, de forma eficiente e adequada aos objetivos desta I - a Lei no 11.111, de 5 de maio de 2005; e
Lei; II - os arts. 22 a 24 da Lei no 8.159, de 8 de janeiro de 1991.
II - monitorar a implementação do disposto nesta Lei e apre-
sentar relatórios periódicos sobre o seu cumprimento; Art. 47. Esta Lei entra em vigor 180 (cento e oitenta) dias
III - recomendar as medidas indispensáveis à implementação após a data de sua publicação.
e ao aperfeiçoamento das normas e procedimentos necessários ao Brasília, 18 de novembro de 2011; 190o da Independência e
correto cumprimento do disposto nesta Lei; e 123o da República.
IV - orientar as respectivas unidades no que se refere ao cum- DILMA ROUSSEFF
primento do disposto nesta Lei e seus regulamentos.

Art. 41. O Poder Executivo Federal designará órgão da admi-


nistração pública federal responsável:
I - pela promoção de campanha de abrangência nacional de
fomento à cultura da transparência na administração pública e
conscientização do direito fundamental de acesso à informação;
II - pelo treinamento de agentes públicos no que se refere
ao desenvolvimento de práticas relacionadas à transparência na
administração pública;
III - pelo monitoramento da aplicação da lei no âmbito da
administração pública federal, concentrando e consolidando a pu-
blicação de informações estatísticas relacionadas no art. 30;
IV - pelo encaminhamento ao Congresso Nacional de relató-
rio anual com informações atinentes à implementação desta Lei.

Art. 42. O Poder Executivo regulamentará o disposto nesta


Lei no prazo de 180 (cento e oitenta) dias a contar da data de sua
publicação.

Art. 43. O inciso VI do art. 116 da Lei no 8.112, de 11 de


dezembro de 1990, passa a vigorar com a seguinte redação:

Didatismo e Conhecimento 37
ATUALIDADE BRASILEIRA
QUESTÕES: 6) A presidente da Coreia do Sul pediu sua renúncia após
um escândalo envolvendo:
1) O Senado Federal aprovou a proposta de reforma polí- a) Corrupção ativa
tica, que, entre outras medidas, criou a “cláusula de barreira”, b) Desvio de recursos públicos
para reduzir o número de partidos políticos. Segundo tal cláu- c) Corrupção passiva
sula, os partidos precisam de: d) Peculato
a) 1% dos votos válidos nas eleições para a Câmara dos Depu- e) Tráfico de influência
tados em 2018 e, 2% a partir de 2022.
b) 2% dos votos válidos nas eleições para a Câmara dos Depu- 7) A Revolução Cubana, ocorrida em 1959, destituiu o di-
tados em, pelo menos, 16 Estados, em 2018, e 3% a partir de 2022, tador Fulgêncio Batista. Tal Revolução teve como líder uma
com 1,5% dos votos válidos em 14 Estados. importante figura do século XX, que faleceu em novembro de
c) 2% dos votos válidos nas eleições para a Câmara dos De- 2016:
putados, distribuídos em, ao menos, 14 Estados, em 2018, e 3% a a) Raúl Castro
partir de 2022, com 2% dos votos válidos em 14 Estados. b) Hugo Chávez
d) 2% dos votos válidos nas eleições para a Câmara dos De- c) Nikita Kruchev
putados, distribuídos em, ao menos, 14 Estados, em 2018, e 2% a d) Fidel Castro
partir de 2022 em 20 Estados. e) Evo Morales
d) 1% dos votos válidos nas eleições para a Câmara dos De-
putados, distribuídos em, ao menos, 14 Estados, em 2018, e 2% a 8) A Cúpula do Clima de Marrakech, realizada em novem-
partir de 2022 em 20 Estados. bro de 2016, também é chamada de:
a) Cop 15
2) Com a saída de Marcelo Calero do Ministério da Cul- b) Cop 17
tura, após o imbróglio envolvendo o também ministro Geddel c) Cop 22
Vieira Lima, quem assumiu a pasta foi o deputado: d) Cop 21
a) Roberto Freire e) Cop 20
b) Eliseu Padilha
c) Torquato Jardim Gabarito: 1-C/2-A/3-D/4-C/5-B/6-E/7-D/8-C
d) Leonardo Picciani
e) Ricardo Barros

3) No terceiro trimestre de 2016, o PIB brasileiro apre-


sentou:
a) Queda de 0,5%
b) Alta de 0,1%
c) Alta de 0,3%
d) Queda de 0,8%
e) Queda de 1%

4) Em novembro de 2016, a primeira turma do Supremo


Tribunal Federal (STF) aprovou a descriminalização do abor-
to, desde que ocorra até o:
a) 1º mês
b) 2º mês
c) 3º mês
d) 4º mês
e) 5º mês

5) O avião que vitimou a equipe da Chapecoense, deixando


71 mortos, tinha como destino a cidade de:
a) Bogotá, na Colômbia
b) Medellín, na Colômbia
c) Quito, no Equador
d) Buenos Aires, na Argentina
e) Caracas, na Venezuela

Didatismo e Conhecimento 38

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