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Possíveis meios alternativos de

constrição na vigência do
Código de Processo Civil de
2015
Paula Elaine da Silva Vitorino Oliveira e Paulo Henrique Ribeiro
Guedes

A princípio, busca-se viabilizar maneiras de garantir o crédito


perseguido pelo credor no processo de execução, tendo em vista a
manifesta proporção de demandas sem o alcance efetivo do direito
pleiteado com a provocação do judiciário.

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017



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O Código de Processo Civil de 2015 trouxe ao ordenamento jurídico as


inovações acerca das possibilidades de constrição judicial, presentes no Novo
Código de Processo Civil (lei Federal 13.105/15).

Entende-se por constrição que este é o modo pelo qual o titular da coisa
perde a faculdade de dispor livremente dela. É o meio pelo qual o titular é
impedido de alienar a coisa ou onera-la de qualquer outra forma.¹

Em concordância com o conceito supra, tenha-se presente que a constrição


dar-se-á tanto por meio de execução de título judicial (Cumprimento de
Sentença), intimando-se o executado para pagamento do débito em 15
(quinze) dias, bem como por título extrajudicial, no qual o Juiz determina a
citação do executado para cumprir a obrigação em 3 (dias). Logo, decorrido
ambos os prazos indicados sem o devido adimplemento, fica facultado ao
credor utilizar-se dos meios de constrição e expropriação de bens, conforme
abordaremos.

A princípio, busca-se viabilizar maneiras de garantir o crédito perseguido pelo


credor no processo de execução, tendo em vista a manifesta proporção de
demandas sem o alcance efetivo do direito pleiteado com a provocação do
judiciário.
Posta assim a questão, é de se dizer que, em comparando-se com o Código
de Processo Civil de 1973 (lei 5.869/1793), nota-se que os meios de
constrição trazidos pelo diploma legal vigente, possibilitaram ao exequente,
um maior leque de alternativas capazes de satisfazer o seu crédito.

O Código de Processo Civil de 1973 limitava-se a um escasso rol dos


referidos meios, a exemplo: arresto, sequestro, penhora, entre outros. Ocorre
que, com a natural modernização da sociedade como um todo, observou-se a
necessidade de introduzir outros recursos judiciais em conformidade com o
atual panorama social, no que diz respeito ao tema em comento.

Neste contexto, o Poder Legislativo entendeu por bem atender a os anseios


dos credores, ante as notórias deficiências de uma legislação obsoleta, dando
assim, maior dimensão ao rol já existente, com advento do CPC/15.

Com efeito, passou-se a preconizar sobre a execução em seus artigos 523 e


829:

Art. 523. No caso de condenação em quantia certa, ou já fixada em


liquidação, e no caso de decisão sobre parcela incontroversa, o cumprimento
definitivo da sentença far-se-á a requerimento do exequente, sendo o
executado intimado para pagar o débito, no prazo de 15 (quinze) dias,
acrescido de custas, se houver.

§ 1o Não ocorrendo pagamento voluntário no prazo do caput, o débito será


acrescido de multa de dez por cento e, também, de honorários de advogado
de dez por cento.

§ 2o Efetuado o pagamento parcial no prazo previsto no caput, a multa e os


honorários previstos no § 1o incidirão sobre o restante.

§ 3o Não efetuado tempestivamente o pagamento voluntário, será expedido,


desde logo, mandado de penhora e avaliação, seguindo-se os atos de
expropriação.

(...)

Art. 829. O executado será citado para pagar a dívida no prazo de 3 (três)
dias, contado da citação.

§ 1o Do mandado de citação constarão, também, a ordem de penhora e a


avaliação a serem cumpridas pelo oficial de justiça tão logo verificado o não
pagamento no prazo assinalado, de tudo lavrando-se auto, com intimação do
executado.
§ 2o A penhora recairá sobre os bens indicados pelo exequente, salvo se
outros forem indicados pelo executado e aceitos pelo juiz, mediante
demonstração de que a constrição proposta lhe será menos onerosa e não
trará prejuízo ao exequente.

Um dos meios de constrição mais utilizados atualmente é a penhora de bens,


prevista no artigo 831 do Código de Processo Civil de 2015. Todavia, não
obstante a regulamentação destacada, o legislador previu que haveria uma
ordem preferencial a ser observada, como também um rol que não permite a
penhora, como expressa os termos da lei:

Art. 831. A penhora deverá recair sobre tantos bens quantos bastem para o
pagamento do principal atualizado, dos juros, das custas e dos honorários
advocatícios.

Art. 832. Não estão sujeitos à execução os bens que a lei considera
impenhoráveis ou inalienáveis.

Art. 833. São impenhoráveis:

(...)

IV - os vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as remunerações,


os proventos de aposentadoria, as pensões, os pecúlios e os montepios, bem
como as quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao
sustento do devedor e de sua família, os ganhos de trabalhador autônomo e
os honorários de profissional liberal, ressalvado o § 2o;

V - os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os instrumentos ou


outros bens móveis necessários ou úteis ao exercício da profissão do
executado;

§ 2o O disposto nos incisos IV e X do caput não se aplica à hipótese de


penhora para pagamento de prestação alimentícia, independentemente de
sua origem, bem como às importâncias excedentes a 50 (cinquenta) salários-
mínimos mensais, devendo a constrição observar o disposto no art. 528, § 8 º,
e no art. 529, § 3o.

Uma das inovações trazidas pelo Código de Processo Civil de 2015 é


justamente no que diz respeito ao parágrafo 2° do artigo 833, o qual
relativizou a penhora de salários e rendimentos. Vê-se que apesar da regra
de impenhorabilidade ainda permanecer expressa, caso a remuneração ou
rendimentos do executado ultrapassar 50 (cinquenta) salários mínimos, o que
for excedente poderá ser objeto de penhora.
Registre-se para tanto o entendimento jurisprudencial pacificado, acerca do
tema.

TJ-SP - Agravo de Instrumento AI 22524109520158260000 SP


2252410-95.2015.8.26.0000 (TJ-SP)
Data de publicação: 30/03/16
Ementa: PROCESSUAL CIVIL. PENHORA DE VENCIMENTOS. Alegação
de impenhorabilidade, nos termos do art. 833 , IV , do CPC/2015
(art. 649 , IV , do CPC /73). Tendência de mitigação do dogma da
impenhorabilidade absoluta em precedentes do Superior
Tribunal de Justiça, bem como no Novo CPC . Cumprimento
de sentença que perdura há longos oito anos, sem
expectativa de satisfação do débito. Ausência de
demonstração nos autos de que a constrição importará
ofensa à dignidade do devedor. Caso concreto que, ademais,
pode ser subsumido analogicamente à exceção constante do
§ 2º do mesmo artigo. RECURSO DESPROVIDO. (G.N)
No ensejo das inovações exaradas no Código de Processo Civil de 2015, vale
destacar a abrangência do artigo 139, IV, que conferiu ao magistrado
liberdade para "determinar todas as medidas indutivas,
coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias necessárias
para assegurar o cumprimento de ordem judicial, inclusive
nas ações que tenham por objeto prestação pecuniária. 1"

À guisa de exemplo, podemos citar a novidade de que o nome do devedor


seja incluso em cadastros restritivos de crédito como SPC/SERASA, bastando
para tanto que o credor, faça esta solicitação (SERASAJUD) dentro dos
parâmetros estabelecidos no artigo 782, § 3°:

Art. 782. Não dispondo a lei de modo diverso, o juiz determinará os atos
executivos, e o oficial de justiça os cumprirá.

(...)

§ 3o A requerimento da parte, o juiz pode determinar a inclusão do nome do


executado em cadastros de inadimplentes

Com efeito, vejamos a disposição jurisprudencial ativa, demonstrando-se,


assim, a sua eficácia, com vista a privilegiar o princípio da máxima eficiência
da execução nos dias atuais.

TJ-DF - 07017079720178070000 DF 0701707-97.2017.8.07.0000 (TJ-DF)


Data de publicação: 05/07/17
Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. BENS
NÃO LOCALIZADOS. INCLUSÃO DO NOME DOS EXECUTADOS NOS
CADASTROS DE INADIMPLENTES. POSSIBILIDADE. 1. Diante da não
localização de bens para a satisfação do crédito do
agravante, é cabível a inclusão do nome dos devedores nos
cadastros de proteção ao crédito, conforme previsão
expressa do art. 782 , § 3º do CPC , aplicável ao cumprimento
de sentença por força do art. 771 . 2. Recurso conhecido e provido.

Em paralelo, em razão desta liberdade conferida ao Julgador, os credores


passaram a poder pleitear, por intermédio de seus procuradores, meios
atípicos de constrição, tais como: suspensão da Carteira Nacional de
Habilitação (CNH), Passaportes, bem como Créditos de Programas como o
Nota Fiscal Paulista.

Todavia, estas atipicidades tem sido objeto de polêmica a ser resolvida pelo
Poder Judiciário, tendo em vista que o Código de Processo Civil de 2015
ainda precisa ser experimentado em suas dimensões. Tal polêmica dar-se-á
no que tange ao direito de ir e vir do devedor, pois estes meios de contrição,
por sua vez, ferem os preceitos fundamentais garantidos em
nossa Constituição Federal de 1988 .
Muito embora os juízes de primeira instância tenham entendimento favorável
ao credor, ante essas particularidades, os Tribunais Superiores têm barrado
tais decisões. Tal é o entendimento da desembargadora Marcia Dalla Déa
Baron, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), no processo 2226472-
64.2016.8.26.0000 analisado em abril de 2017: "O pleito para cassação de
passaporte do devedor, não se mostra relevante no caso em testilha, tendo
em vista que os direitos fundamentais da cidadã tem que ser respeitados."

Na mesma esteira de raciocínio, segue a desembargadora Fátima Rafael,


relatora do processo, considerou que "é o património, e não a pessoa do
devedor que deve responder pela dívida. "

Neste contexto, afirma Araken de Assis que:

(...) Na melhor das hipóteses, desde o ângulo do executado, o seu legítimo patrimônio
submeter-se-á à agressão dos meios executórios. A esse efeito, designa-se de
responsabilidade executiva. 2

Em vista do exposto, conclui-se que, as inovações trazidas às execuções pelo


Novo Código de Processo de Civil servem para dar eficácia a situações já
existentes na prática.
Evidentemente, visa também tornar mais célere o processo executivo, além
do que, traz, dentre suas características, maior segurança jurídica às partes,
principalmente ao credor.

Mister se torna dizer, por fim, que o objetivo principal de tais inovações é
impedir atitudes protelatórias do devedor, pois com uma maior abrangência de
"penalidades", este deverá ponderar sobre seus atos manifestamente
procrastinatórios.

__________

1 Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código,


incumbindo-lhe:
(...)
IV - determinar todas as medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-
rogatórias necessárias para assegurar o cumprimento de ordem judicial, inclusive nas
ações que tenham por objeto prestação pecuniária;
2 ASSIS, Araken de. Manual da Execução, 18ª Edição. São Paulo. Revista dos
Tribunais, 2016.

__________

ASSIS, Araken de. Manual da Execução, 18ª Edição. São Paulo. Revista dos
Tribunais, 2016.
Lei 12.744 (acesso em 21 out. 2017) Lei do Inquilinato. lei 8.245, de 18 de outubro de
1991. Dispõe sobre as locações dos imóveis urbanos e os procedimentos a elas
pertinentes. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 21/10/91.
Lei 8.245 (acesso em 28 out. 2017)
Artigo 833 da lei 13.105 de 16 de março de 2015 (acesso em 28 out. 2017)
https://jus.com.br/ ((acesso em 28 out. 2017)

__________

*Paula Elaine da Silva Vitorino Oliveira e Paulo Henrique


Ribeiro Guedes são advogados do escritório Portela, Lima, Lobato e
Colen Advogados

Fonte: https://www.migalhas.com.br/dePeso/16,MI270744,21048-
Possiveis+meios+alternativos+de+constricao+na+vigencia+do+Codigo+de

DICIONÁRIO JURÍDICO
Constrição
PROCESSO CIVIL | 09/NOV/2009

Revisão geral. Este material não sofreu novas alterações até esta data. (27/jun/2018)

É o modo pelo qual o titular da coisa perde a faculdade de dispor livremente


dela. É o meio pelo qual o titular é impedido de alienar a coisa ou onerá-la de
qualquer outra forma. São exemplos de constrição judicial a penhora, o arresto,
o sequestro, entre outros.

Fundamentação:

Arts. 866, § 2º do CPC

Temas relacionados:

Restrição
Constrangimento
Estreitamento
Arresto
Sequestro
Referências bibliográficas:

GONÇALVES, Marcus Vinicius Rios. Novo Curso de Direito Processual Civil. 2ª ed., v.
III. São Paulo: Saraiva, 2009.
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