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FACULDADE DE DIREITO PROFESSOR DAMÁSIO DE JESUS

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM DIREITO PROCESSUAL PENAL

PROJETO DE MONOGRAFIA

Reflexos da Teoria da Cegueira Deliberada no Brasil

Aluno: Luciano Márcio Savi

Sobral-CE
2018
1. IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO

Título: Reflexos da Teoria da Cegueira Deliberada no Brasil

Autor: Luciano Márcio Savi

Orientador:

Área de Concentração: Direito Penal

Duração: 03 meses

Início: Março de 2018

Término: Maio de 2018

2. TEMA

Reflexos da Teoria da Cegueira Deliberada no Brasil.

3. DELIMITAÇÃO DO TEMA

O estudo de que ora se cuida explora a Teoria da Cegueira


Deliberada, sua origem, causas e finalidades e, por consectário, sua aplicação ao
Ordenamento Jurídico-Penal brasileiro e subsecutivas implicações.

O trabalho aborda também o emprego da Teoria da Cegueira


Deliberada, sua interiorização no ordenamento jurídico pátrio, perpassando pela
Ação Penal 470, conhecida como “Mensalão” e o Furto ao Banco Central de
Fortaleza-CE, em 2005, ambas situações de grande vulto em que a Teoria serviu
de base para condenação dos acusados.
A análise buscou alicerçar-se no abalizado escólio doutrinário de
respeitados juristas que, sob diferentes enfoques, abordam o tema e indicam a
origem e resultantes ao derredor do mecanismo indicado.
4. PROBLEMA

Os delitos envolvendo o branqueamento de capitais no Brasil


alcançam números bastante expressivos. O sistema repressivo ainda é deficiente
e inepto para cumprir seu papel de prevenir a prática delituosa através do temor
(função preventiva da pena) em sofrer sanções, em punir os culpados e
recuperar ativos desviados nessa modalidade de infração penal. Aplicada
recentemente em dois casos de elevada repercussão – o Furto de quase cento e
oitenta milhões de reis da agência do Banco Central de Fortaleza-CE, em 2005,
onde alguns dos criminosos adquiriram onze veículos de luxo na concessionária
Brilhe Car, pagando por todos eles em espécie, e na Ação Penal 470, que
ganhou as manchetes com o título de ‘Mensalão’ – a doutrina ainda se divide
acerca da efetividade da Teoria em estudo, sobretudo no que se refere ao dolo
eventual. Prova disso é que no prefalado furto ao Banco Central, o magistrado de
primeiro grau a aplicou aos proprietários da concessionária que vendeu os onze
veículos aos criminosos: teriam adotado conduta compatível com a descrita na
Teoria da Cegueira Deliberada, ou willful blindness doctrine, criada nos EUA pela
Corte Suprema. Tal qual o avestruz, outra alusão à Teoria (Teoria das Instruções
do Avestruz), teriam “enfiado a cabeça em um buraco” para não ver o óbvio: no
mínimo, a suspeita de que os recursos teriam origem ilícita. Foram condenados
com base no art. 1º, § 2º, I da Lei de lavagem de dinheiro (Lei 9.613/98), mas o
entendimento do Tribunal Regional Federal da 5 a. Região foi outro, qual seja, o
de sua inaplicabilidade por ausência de dolo direto na conduta.

Assim, o problema vislumbrado e sobre o qual se desenvolverá este


estudo é o cenário que se descortina com a alteração legislativa promovida na
Lei n. 9.613/98 pela Lei n. 12.683/12. Leia-se:

Lei 9.613/98
“Art. 1º Ocultar ou dissimular a natureza,
origem, localização, disposição,
movimentação ou propriedade de bens,
direitos ou valores provenientes, direta ou
indiretamente, de crime:
(...) § 2º Incorre, ainda, na mesma pena
quem:
I - utiliza, na atividade econômica ou
financeira, bens, direitos ou valores que
sabe serem provenientes de qualquer
dos crimes antecedentes referidos neste
artigo;” (grifei)
Lei n. 12.683/12
“Art. 1º Ocultar ou dissimular a natureza,
origem, localização, disposição,
movimentação ou propriedade de bens,
direitos ou valores provenientes, direta ou
indiretamente, de infração penal:
(...)§ 2º Incorre, ainda, na mesma pena
quem:
I - utiliza, na atividade econômica ou
financeira, bens, direitos ou valores
provenientes de infração penal;”

De se notar que a partir da alteração legislativa que retirou a


expressão “que sabe ...” do artigo 1., abriu-se ao julgador possibilidade de
imposição de sanções por dolo eventual, alterando o panorama de aplicação de
penas pelos crimes tipificados como lavagem de dinheiro.

5. HIPÓTESES

Partindo-se da análise que envolve o instituto da Teoria da Cegueira


Deliberada, exsurgem duas visões antagônicas, sendo que em um dos polos da
discussão estão os que a defendem e veem nela a solução de boa parte da
dificuldade envolvendo a repressão à lavagem de capitais, enquanto que, de
outro lado, a atacam sob o argumento de que é bastante difícil atestar no
mundo dos fatos a incidência de um dolo factual, composto pela vontade mais a
consciência de se pôr em ‘cegueira’ permanente para se beneficiar da situação.
E mais: que essa conduta tenha sido adotada para desconhecer a prática de uma
infração penal.
6. OBJETIVOS

O escopo do presente estudo é gerar uma reflexão sobre a Teoria da


Cegueira Deliberada, desencadear um debate sobre a exequibilidade de sua
introjeção no sistema jurídico-penal brasileiro, seus possíveis benefícios e/ou
desvantagens, cotejados com o arcabouço legal nacional e comparado.

7. JUSTIFICATIVA

A pesquisa busca discutir os contornos da Teoria da Cegueira


Deliberada e seus reflexos no Brasil, sua necessidade, implicações e importância
dada ao tema para uma análise mais aprofundada sobre sua origem e
consequências.

11. REFERÊNCIAS PRELIMINARES

CABRAL, Bruno Fontenele. Breves comentários sobre a teoria da cegueira


deliberada (willful blindness doctrine): Jus Navigandi, Teresina, ano 17, n. 3193,
29 mar.2012, disponível em: https://jus.com.br/artigos/21395/breves-
comentarios-sobre-a-teoria-da-cegueira-deliberada-willful-blindness-doctrine.
Acesso em: 13 de janeiro de 2018.

Coelho, Pedro. Teoria da Cegueira Deliberada no Crime de Lavagem de Capitais.


Disponível em: https://blog.ebeji.com.br/teoria-da-cegueira-deliberada-no-crime-
de-lavagem-de-capitais/. Acesso em: 16 de janeiro de 2018.

Garcia, Simone.Teoria da cegueira deliberada e seus desdobramentos no Direito


Penal Comparado e Brasileiro Disponível em:
https://jus.com.br/artigos/45718/teoria-da-cegueira-deliberada-e-seus-
desdobramentos-no-direito-penal-comparado-e-brasileiro. Acesso em: 16 de
janeiro de 2018.

Código Penal comentado / Celso Delmanto... [et al.]. — 9. ed. rev., atual, e ampl.
— São Paulo: Saraiva, 2016.

Lei n. 9.613, de 3 de março de 1998.


Informativo 677 do STF, disponível em
http://www.stf.jus.br/portal/informativo/informativoSTF.asp, acesso em 13 de
janeiro de 2018.

Crimes federais / José Paulo Baltazar Junior. – 9. ed. rev., atual. e ampl. – São
Paulo: Saraiva, 2014.

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