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Classificação:

A denúncia ou a queixa são peças acusatórias que dão início a acção penal.
Tais institutos consistem na exposição por escrito dos fatos que, a princípio,
compõem o ilícito penal.

Devem trazer em seu teor o interesse de que a lei penal seja aplicada ao
presumido autor, bem como a fundamentação de provas que rescaldem a
pretensão de punir.

A denúncia é a peça inaugural da acção penal pública (condicionada ou


incondicional) (art. 24 CPP); e a queixa é a peça inaugural da acção penal
privada.

Seus requisitos estão contidos no artigo 41 do Código de Processo Penal, são


eles:

1. Descrição do fato em todas suas circunstâncias


2. Qualificação do acusado ou fornecimento de dados que possibilitem
sua identificação
3. Classificação jurídica do fato
4. Rol de testemunhas (se houver)
5. Pedido de condenação
6. Endereçamento da petição
7. Nome, cargo e a posição funcional do denunciante
8. Assinatura

Doutrina:
Diz o jurista, Fernando Capez, sobre o tema:

“A denúncia ou a queixa são peças acusatórias iniciadoras da acção penal,


consistem em uma exposição por escrito de fatos que constituem, em tese,
ilícito penal, com a manifestação expressa da vontade de que se aplique a lei
penal a quem é presumivelmente seu autor e a indicação das provas em que se
alicerça a pretensão punitiva. A denúncia é a peça acusatória inaugural da
acção penal pública (condicionada ou incondicionada); a queixa, peça
acusatória inicial da acção penal privada. ”

Legislação:
Art. 24. Nos crimes de acção pública, esta será promovida por denúncia do
Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do
Ministro da Justiça, ou de representação do ofendido ou de quem tiver
qualidade para representá-lo.

§1º No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão


judicial, o direito de representação passará ao cônjuge, ascendente,
descendente ou irmão.

§2º Seja qual for o crime, quando praticado em detrimento do património ou


interesse da União, Estado e Município, a acção penal será pública.

(…)

Art. 41. A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com


todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos
pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do crime e, quando
necessário, o rol das testemunhas.

(…)

Art. 44. A queixa poderá ser dada por procurador com poderes especiais,
devendo constar do instrumento do mandato o nome do querelante e a menção
do fato criminoso, salvo quando tais esclarecimentos dependerem de diligências
que devem ser previamente requeridas no juízo criminal.

Art. 45. A queixa, ainda quando a acção penal for privativa do ofendido,
poderá ser aditada pelo Ministério Público, a quem caberá intervir em todos os
termos subsequentes do processo.

Art. 46. O prazo para oferecimento da denúncia, estando o réu preso, será de
5 dias, contado da data em que o órgão do Ministério Público receber os autos
do inquérito policial, e de 15 dias, se o réu estiver solto ou afiançado. No último
caso, se houver devolução do inquérito à autoridade policial (art. 16), contar-
se-á o prazo da data em que o órgão do Ministério Público receber novamente
os autos.

§1º Quando o Ministério Público dispensar o inquérito policial, o prazo para o


oferecimento da denúncia contar-se-á da data em que tiver recebido as peças
de informações ou a representação

§2º O prazo para o aditamento da queixa será de 3 dias, contado da data em


que o órgão do Ministério Público receber os autos, e, se este não se pronunciar
dentro do tríduo, entender-se-á que não tem o que aditar, prosseguindo-se nos
demais termos do processo.

(…)

Art. 48. A queixa contra qualquer dos autores do crime obrigará ao processo
de todos, e o Ministério Público velará pela sua indivisibilidade.

Art. 49. A renúncia ao exercício do direito de queixa, em relação a um dos


autores do crime, a todos se estenderá.”

Jurisprudência:
STJ: HABEAS CORPUS. DIREITO PROCESSUAL PENAL. CRIME CONTRA A
ORDEM ECONÔMICA. DENÚNCIA GENÉRICA. TRANCAMENTO DA AÇÃO PENAL.
ORDEM CONCEDIDA.

1) A denúncia, à luz do disposto no artigo 41 do Código de Processo Penal,


deve conter a descrição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias e,
por consequência, no caso de concurso de agentes, a definição da conduta de
cada autor ou participe. 2) A imputação genérica, que culmina por inverter o
ónus da prova, fazendo incumbência do denunciado demonstrar que nada teve
a ver com o fato descrito na acusatória inicial, nega a garantia constitucional à
ampla defesa. 3) Ordem concedida. [HC 35251/MG (2004/0062450-7) ? Rel.
Ministro HAMILTON CARVALHIDO ? 6ª Turma ?Julgamento: 04/10/2005 ? DJU
01/08/2006, p. 549]

Inteiro teor
Breves apontamentos sobre a prescrição penal
David Pimentel Barbosa de Siena

Resumo: Estudo introdutório sobre os principais aspectos da prescrição no Direito Penal.

Sumário: 1. Punibilidade; 2. Extinção da Punibilidade; 3. Distinção entre prescrição, decadência e


perempção; 4. Imprescritibilidade; 5. Espécies de prescrição; 6. Redução e aumento dos prazos de
prescrição; 7. Prescrição das penas restritivas de direito; 8. Prescrição da pena de multa; 9. Causas
impeditivas ou suspensivas da prescrição; 10. Causas interruptivas da prescrição; 11. Prescrição das
penas menos graves com as mais graves; 12. Prescrição e leis especiais.

1. Punibilidade.

O instituto da punibilidade deve ser estudado no campo da coerção penal – Direito Penal atuando na
prevenção e repressão da delinquência; mais precisamente na seara da coerção materialmente penal –
manifestada pela pena; que se contrapõe à coerção formalmente penal – demais consequências da
prática delitiva (v.g. obrigação de reparar o dano).

Na doutrina, FRANZ VON LISZT e ERNEST VON BELING incluíam a punibilidade como um dos elementos do
crime, sendo considerado como uma conduta típica, antijurídica, culpável e punível; ao passo que, MAX
ERNST MAYER classificou a punibilidade como um resultado do crime, exterior aos seus elementos.

Atualmente, a esmagadora maioria da doutrina entende que a punibilidade nada mais é do que o
resultado da existência de um crime, não fazendo parte de seus elementos estruturais.

Ocorre que, por vezes, existem condutas típicas, antijurídicas e culpáveis que não são puníveis. A
doutrina alemã equacionou este problema distinguindo a punibilidade em dois sentidos. No primeiro,
como merecimento de pena (Strafwürdig) – neste sentido todos os delitos são puníveis; e no segundo,
como possibilidade de aplicação de pena (Strafbar) – neste sentido a punibilidade nem sempre está
presente, uma vez que elementos exteriores à conduta podem impedir a aplicação da correção
materialmente penal.

2. Extinção da punibilidade.

A extinção da punibilidade pode ser conceituada como o desaparecimento do direito de punir do Estado,
pela ocorrência de fatos jurídicos exteriores aos elementos estruturais do crime, previstos em lei como
causas extintivas da punibilidade.

BASILEU GARCIA definiu as causas extintivas da punibilidade como sendo “acontecimentos que surgem
depois da conduta delituosa, nos quais a lei reconhece eficácia excludente da pretensão punitiva do
Estado” (Instituições de direito penal. 7ª ed. São Paulo: Saraiva, 2008, v. 1, tomo II, p. 325).

O artigo 107, do Código Penal elenca de maneira não exaustiva causas que excluem a punibilidade.
Outras leis cuidaram de trazer outras hipóteses de extinção da punibilidade, a exemplo das Leis n.
8.884/1994 e 9.249/1995 (crimes tributários); e Lei n. 9.983/2000 (apropriação indébita previdenciária
e sonegação de contribuição previdenciária).
Entre as causas de extinção da punibilidade tratadas no artigo 107, o inciso IV cuida da prescrição,
decadência e perempção.

3. Distinção entre prescrição, decadência e perempção.

De modo geral prescrição significa a perda de uma pretensão, pelo decurso do tempo. Assim sendo, no
campo do Direito Penal a prescrição pode ser conceituada como a perda da pretensão punitiva estatal,
pelo decurso de determinado lapso temporal previsto em lei. BASILEU GARCIA definiu a prescrição como
“a renúncia do Estado a punir a infração, em face do decurso do tempo” (Ob. cit. p. 368).

Sob um aspecto amplo, decadência significa a perda de um direito potestativo, pelo decurso de um
prazo fixado em lei ou convencionado entre as partes. No Direito Penal, em seu sentido mais estrito,
decadência traduz o perecimento do direito da ação penal de exercício privado, ou do direito de
representação nos casos de ação penal pública de exercício condicionado, pelo decurso do prazo de seis
meses (artigo 103, do Código Penal).

Por derradeiro, a perempção é definida por JUAREZ CIRINO DOS SANTOS como: “fenômeno processual
extintivo da punibilidade em ações penais de iniciativa privada, caracterizado pela inatividade, pela
omissão ou pela negligência do autor na realização de atos processuais específicos” (Direito penal:
parte geral. 2ª ed. Curitiba: Lumen Juris, 2007, p. 689). Observa-se que,a perempção é uma sanção
para o querelante que se comporta conforme as hipóteses elencadas no artigo 60, do Código de Processo
Penal, que além de repercutir no processo em que incide, reflete no campo penal, levando à extinção
da punibilidade.

4. Imprescritibilidade.

Segundo o preciso magistério de BASILEU GARCIA depreende-se que: “tudo passa, um dia. Há de passar,
também, e ser esquecida, a ameaça do Estado de apanhar o delinquente. Nem o ódio dos homens
costuma ser invariavelmente implacável e irredutível” (Ob. cit. p. 369).

EUGENIO RAÚL ZAFFARONI critica os casos de imprescritibilidade penal sob o fundamento de que: “(...)
Não existe na listagem penal crime que, por mais hediondo que se apresente ao sentimento jurídico e ao
consenso da comunidade, possa merecer a imprescritibilidade, máxime se atentarmos que as
expectativas comunitárias de reafirmação da validade da ordem jurídica não perduram
indefinidamente” (Manual de direito penal brasileiro. 7ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2007, v.
1, p. 645).

Em que pese às respeitadas críticas doutrinárias, a Constituição da República Federativa do Brasil de


1988, em seu artigo 5º, elencou duas hipóteses de imprescritibilidade penal.

A primeira, prevista no inciso XLII, indica que a prática de racismo constitui crime imprescritível. A Lei
n. 7.716/1989 regulamentou este comando constitucional definindo os crimes resultantes de
preconceito de raça ou de cor. Além disso, posteriormente, veio ser editada a Lei n. 8.081/1990, que
estabelece crimes e penas aplicáveis aos atos discriminatórios ou de preconceito de raça, cor, religião,
etnia ou procedência nacional, praticados pelos meios de comunicação ou por publicação de qualquer
natureza. Nunca é demais lembrar que as figuras típicas previstas nas mencionadas leis, não podem ser
confundidas com aquela prevista no artigo 140, parágrafo terceiro, do Código Penal (injúria qualificada
pela utilização de elementos referentes à raça, cor, etnia, religião, origem ou condição de pessoa idosa
ou portadora de deficiência física).

A segunda hipótese constitucional determina ser imprescritível a ação de grupos armados, civis ou
militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático (inciso XLIV). A Lei n. 9.034/1995
dispôs sobre a utilização de meios operacionais para a prevenção e repressão de ações praticadas por
organizações criminosas. Sucede que o referido diploma legal deixou de definir o que venhama ser
organizações criminosas. O artigo 2º da Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado
Transnacional (Protocolo de Palermo), promulgada pelo Decreto n. 5.015, de 12 de março de 2004,
define grupo criminoso organizado como o “grupo estruturado de três ou mais pessoas, existente há
algum tempo e atuando concertadamente com o propósito de cometer uma ou mais infrações graves ou
enunciadas na presente Convenção, com a intenção de obter, direta ou indiretamente, um benefício
econômico ou outro benefício material”. Resta consignar que sempre houve grande polêmica doutrinária
sobre a perfeita definição legal das organizações criminosas.
Sobre o tema poderia surgir a seguinte indagação: poderia, legitimamente, o Poder Constituinte
Derivado Reformador ampliar as hipóteses acima elencadas, tornando outras condutas imprescritíveis? O
Poder Constituinte Originário traçou as duas hipóteses constitucionais de imprescritibilidade penal no rol
de direitos e garantias fundamentais previstas no artigo 5º. Ora, quando o Poder Constituinte Originário
pretendeu que determinadas condutas fossem imprescritíveis o fez expressamente, e a contrario sensu,
as demais condutas seriam prescritíveis. Assim sendo, a prescritibilidade penal figura implicitamente
como um direito fundamental, não se admitindo emenda constitucional sobre a matéria (artigo 60,
parágrafo quarto, inciso IV). Caso fosse proposta uma emenda constitucional neste sentido, de acordo
com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, qualquer parlamentar teria legitimidade para
impetrar mandado de segurança, sob o fundamento de violação do devido processo legislativo, cabendo
à Corte Constitucional realizar o controle de constitucionalidade preventivo.

5. Espécies de prescrição.

O Código Penal ao tratar do tema divide a prescrição em duas espécies: a) prescrição antes de transitar
em julgado a sentença (artigo 109); b) prescrição depois de transitar em julgado sentença final
condenatória (artigo 110).

Doutrinariamente, a prescrição é dividida em prescrição da pretensão punitiva e prescrição da


pretensão executória. A prescrição da pretensão punitiva desdobra-se em: prescrição da pretensão
punitiva propriamente dita; prescrição superviniente ou intercorrente; prescrição retroativa; e
prescrição antecipada, projetada, virtual ou retroativa em perspectiva.

5.1.1. Prescrição da pretensão punitiva propriamente dita:

Esta espécie tem lugar antes de transitar em julgado a sentença penal, devendo ser regulada pelo
máximo da pena privativa de liberdade ao crime. Os prazos em que é verificada são os constantes no rol
do artigo 109, do Código Penal.

Regra geral, o termo inicial da prescrição da pretensão punitiva propriamente dita deve ser contado a
partir do dia da consumação do delito (artigo 111, inciso I, do Código Penal). Este dispositivo legal traz
outros marcos iniciais para fins de contagem de prazo prescricional: a) no caso de tentativa, do dia em
que cessou a atividade criminosa (artigo 111, inciso II, do Código Penal); b) nos crimes permanentes, do
dia em que cessou a permanência (artigo 111, inciso III, do Código Penal) ; c) nos de bigamia e nos de
falsificação ou alteração de assentamento do registro civil, da data em que o fato se tornou conhecido
(artigo 111, inciso IV, do Código Penal).

Segundo o Superior Tribunal de Justiça,“a prescrição penal é aplicável nas medidas sócio-educativas”
(Súmula 338).

5.1.2. Prescrição superviniente ou intercorrente:

Pode ser conceituada como aquela que ocorre entre a data da publicação da sentença penal
condenatória e o trânsito em julgado para a acusação. A prescrição superviniente ou intercorrente é
regida pela pena aplicada, tendo como marco inicial a publicação da sentença penal condenatória.

Envolvendo o tema, BASILEU GARCIA comentou que: “a proibição legal de reformatio in pejus,
assegurando a impraticabilidade da exacerbação da pena sem recurso do acusador, permite basear a
prescrição na quantidade fixada na sentença” (Ob. cit. 373).

5.1.3. Prescrição retroativa.

A prescrição retroativa é a espécie de prescrição que determina a recontagem dos prazos anteriores à
sentença penal com trânsito em julgado para a acusação, ou depois de improvido seu recurso. A
prescrição retroativa é igualmente regulada pela pena aplicada, tendo como marco inicial a publicação
da sentença penal condenatória.

O parágrafo primeiro do artigo 110 possuía a seguinte redação: "a prescrição, depois da sentença
condenatória com trânsito em julgado para a acusação, ou depois de improvido seu recurso, regula-se
pela pena aplicada". De acordo com a antiga redação, a prescrição retroativa poderia ocorrer em dois
períodos distintos: a) entre a data do fato e o recebimento da denúncia ou queixa; ou b) entre o
recebimento da denúncia ou queixa e a publicação da sentença condenatória.
A Lei n. 12.234/2010 deu nova redação ao mencionado dispositivo: "a prescrição, depois da sentença
condenatória com trânsito em julgado para a acusação ou depois de improvido seu recurso, regula-se
pela pena aplicada, não podendo, em nenhuma hipótese, ter por termo inicial data anterior à da
denúncia ou queixa". Com esta modificação, a prescrição retroativa somente ocorre entre o
recebimento da denúncia ou queixa e a publicação da sentença condenatória. Ressalta-se que a nova
lei, que se mostra menos benéfica ao réu, somente pode ser aplicada a fatos posteriores à data de sua
publicação (artigo 2º, parágrafo único, do Código Penal).

5.1.4. Prescrição antecipada, projetada, virtual ou retroativa em perspectiva.

Esta espécie de prescrição não encontra previsão legal, sendo uma construção doutrinária e
jurisprudencial, tendo como fundamentos a economia e falta de interesse processual. Ela seria
verificada ainda em sede de inquérito policial, ou seja, antecipadamente, sendo regulada pela provável
pena em concreto que seria estabelecida pelo magistrado por ocasião da condenação.

Como assinalou JUAREZ CIRINO DOS SANTOS, a prescrição pela pena virtual seria “outra generosa
invenção da jurisprudência brasileira, amplamente empregada por segmentos liberais do Ministério
Público e da Magistratura nacionais” (Ob. cit. p. 682).

O Superior Tribunal de Justiça se posicionou contrário a esta criação jurisprudencial ao editar a Súmula
438: “é inadmissível a extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão punitiva com fundamento
em pena hipotética, independentemente da existência ou sorte do processo penal”.

5.2. Prescrição da pretensão executória.

A prescrição da pretensão executória é aquela que implica na perda da possibilidade de aplicação da


sanção penal, em face do decurso do tempo. Ela deve ser regulada pela pena fixada na sentença
condenatória ou acórdão. Neste sentido dispõe a Súmula 604 do STF: “A prescrição pela pena em
concreto é somente da pretensão executória da pena privativa de liberdade”.

Começa a correr a prescrição da pretensão executória: a) do dia em que transita em julgado a sentença
condenatória, para a acusação, ou a que revoga a suspensão condicional da pena ou o livramento
condicional (artigo 112, inciso I); b) do dia em que se interrompe a execução, salvo quando o tempo da
interrupção deva computar-se na pena(artigo 112, inciso II).

A prescrição no caso de evasão do condenado ou de revogação do livramento condicional é regulada


pelo tempo que resta da pena (artigo 113).

6. Redução e aumento dos prazos de prescrição.

Os prazos de prescriçãosão reduzidos à metade quando o criminoso era: a) ao tempo do crime, menor de
21 (vinte e um) anos, ou;b) na data da sentença, maior de 70 (setenta) anos (artigo 115, do Código
Penal).

Sobre o disposto, JUAREZ CIRINO DOS SANTOS ensina que: “a definição legal da capacidade civil aos 18
anos (art. 5º, caput, do Código Civil), não exclui a redução dos prazos de prescrição para agentes
menores de 21 anos: a redução dos prazos prescricionais tem por fundamento idade inferior a 21 anos –
não a incapacidade civil do agente na data do fato. Além disso, decisões do legislador civil não podem
invalidar critérios do legislador penal – e qualquer outra interpretação representaria analogia in malam
partem, proibida pelo princípio da legalidade penal. Segunda, na forma do art. 1º, da Lei n. 10.741/03
(Estatuto do Idoso), o limite etário de 70 (setenta) anos (na data da sentença), como fundamento para
redução dos prazos prescricionais, deve ser alterado para 60 (sessenta) anos, pela mesma razão que
determinou a fixação desse marco etário para definir o cidadão idoso, alterando expressamente a
circunstância agravante do art. 61, h, CP, na hipótese de ser vítima de crime: a analogia in bonam
partem é autorizada pelo princípio da legalidade penal e, portanto, constitui direito do réu” (Ob. cit. p.
683-684).

Caso o condenado seja reincidente, o prazo prescricional da pretensão executória deverá ser ampliado
em um terço (artigo 110).Frise-se que a predita ampliação de prazo só tem lugar na prescrição da
pretensão executória, conforme se extrai da Súmula 220 do STJ: “a reincidência não influi no prazo da
prescrição da pretensão punitiva”.
7. Prescrição das penas restritivas de direito.

Os prazos prescricionais das penas restritivas de direito seguem a sorte dos prazos prescricionais das
penas privativas de liberdade, conforme se verifica pelo disposto no artigo 109, parágrafo único:
“aplicam-se às penas restritivas de direito os mesmos prazos previstos para as privativas de liberdade”.

8. Prescrição da pena de multa.

A prescrição da pretensão punitiva da pena de multa ocorrerá: a) em 2 (dois) anos, quando a multa for a
única cominada ou aplicada (artigo 114, inciso I); b) no mesmo prazo estabelecido para prescrição da
pena privativa de liberdade, quando a multa for alternativa ou cumulativamente cominada ou
cumulativamente aplicada. Nestas hipóteses são aplicadas as mesmas causas suspensivas e interruptivas
da prescrição de pena privativa de liberdade.

No que toca à prescrição da pretensão executória da pena de multa, convém lembrar que, com o
advento da Lei n. 9.268/1996, que passou a considerar a pena pecuniária como dívida de valor, seu
prazo passou a ser de cinco anos, e são aplicadas as causas suspensivas e interruptivas da legislação
tributária para a hipótese.

9. Causas impeditivas ou suspensivas da prescrição.

Enquanto que oimpedimento da prescrição inibe o início do curso do prazo prescricional, a suspensão
leva à paralização do prazo já em curso. As causas impeditivas ou suspensivas dizem respeito à
prescrição da pretensão punitiva propriamente dita.

O artigo 116estabelece que não corre a prescrição:a) enquanto não resolvida, em outro processo,
questão de que dependa o reconhecimento da existência do crime (artigo 116, inciso I); b) enquanto o
agente cumpre pena no estrangeiro (artigo 116, inciso II).

Sobre a matéria, a Súmula 415 do Superior Tribunal de Justiça orienta que: “o período de suspensão do
prazo prescricional é regulado pelo máximo da pena cominada”.

10. Causas interruptivas da prescrição.

As causas interruptivas da prescrição estão elencadas no artigo 117:a) pelo recebimento da denúncia ou
da queixa; b) pela pronúncia; c) pela decisão confirmatória da pronúncia; d) pela publicação da
sentença ou acórdão condenatórios recorríveis; e) pelo início ou continuação do cumprimento da pena;
f) pela reincidência.

A Súmula 191 do Superior Tribunal de Justiça enunciou que: “a pronúncia é causa interruptiva da
prescrição, ainda que o Tribunal do Júri venha a desclassificar o crime”.

As causas interruptivas da prescrição fazem o prazo voltar a correr do início, ou seja, possuem o condão
de determinar o reinício da contagem do prazo prescricional,vertendo em sua integralidade a partir do
dia da interrupção. No caso de continuação do cumprimento de pena, há uma exceção à regra geral,
uma vez que a prescrição deverá ser regulada pelo tempo restante da pena (artigo 117, parágrafo
segundo).

A interrupção da prescrição produz efeitos relativamente a todos os autores do crime, salvonos casos
deinício e continuação da pena e reincidência.Por derradeiro, o artigo 117, parágrafo primeiro, in fine,
estabelece que: “nos crimes conexos, que sejam objeto do mesmo processo, estende-se aos demais a
interrupção relativa a qualquer deles”.

Segundo o Superior Tribunal de Justiça, a sentença concessiva de perdão judicial não tem o condão de
interromper a prescrição, uma vez que ela é apenas declaratória de extinção da punibilidade (Súmula
18).

11. Prescrição das penas menos graves com as mais graves.

O artigo 118 do Código Penal estabelece que:“as penas mais leves prescrevem com as mais graves”. A
respeito, JUAREZ CIRINO DOS SANTOS teceu a seguinte crítica: “ a regra de que as penas mais leves
prescrevem com as mais graves parece supérflua (art. 118, CP): se pretensões punitivas ou executórias
de penas mais graves estão prescritas por decurso de tempo maior, então pretensões punitivas ou
executórias de penas mais leves estão necessariamente prescritas por prévio decurso de tempo menor”
(Ob. cit. 688).

12. Prescrição e leis especiais.

As regras gerais de prescrição previstas no Código Penal são aplicadas aos crimes previstos em legislação
especial, a teor do disposto no artigo 12. Nesse sentido, nos casos de crimes falimentares, dispõe a
Súmula 592 do Supremo Tribunal Federal: “nos crimes falimentares, aplicam-se as causas interruptivas
da prescrição previstas no Código Penal”.

Referências bibliográficas:

GARCIA, Basileu. Instituições de direito penal. 7ª ed. São Paulo: Saraiva, 2008, v. 1, tomo II.

SANTOS, Juarez Cirino dos. Direito penal: parte geral.2ª ed. Curitiba: Lumen Juris, 2007.

ZAFFARONI, Eugênio Raul. Manual de direito penal brasileiro. 7ª ed. São Paulo> Revista dos Tribunais,
2007, v. 1.

Informações Sobre o Autor


David Pimentel Barbosa de Siena

Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo, Especialista em Direito Penal
pela Escola Paulista da Magistratura, Delegado de Polícia do Estado de São Pa

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Os prazos de prescrição

Fernando Silva *

Os Estados variam entre a aceitação ou não do efeito temporal na extinção da responsabilidade


criminal. De uma forma geral nos países que aplicam a Common Law britânica, não existe lugar
para a imprescritibilidade, assim como no estatuto do Tribunal Penal Internacional. Nos restantes
ordenamentos jurídicos predomina o sistema de prescrição sem restrições, cujo prazo varia em
função da pena aplicável ou da natureza e classificação do crime, definindo alguns Estados crimes
que consideram imprescritíveis: em Espanha, por exemplo não prescreve o crime de genocídio.

Não podemos falar de um único sistema em matéria de prescrição criminal. A postura dos Estados
nesta matéria varia entre a aceitação ou não do efeito temporal na extinção da responsabilidade
criminal, bem como no modo como se determina esse efeito. Encontramos também divergência
entre os sistemas que consagram esta matéria como uma questão substancial, tratada em sede
de código penal, e os que o definem como problema de índole processual, consagrando a
prescrição no código de processo penal. Verificamos hoje uma tendência para aceitar a sua
natureza mista, e que, independentemente do diploma legislativo em que esteja consagrado,
actua duplamente, impedindo que contra o agente se possa consubstanciar responsabilidade
criminal e que possam ser desenvolvidos impulsos processuais.
Sistemas jurídicos em matéria de Prescrição

Sistema de imprescritibilidade

Em alguns ordenamentos jurídico-penais não é aceite a prescrição, podendo sempre haver


determinação da responsabilidade criminal por um facto, independentemente do momento em que
é tomada a iniciativa processual. Este sistema funciona nomeadamente nos países
da CommonLaw.

Em Inglaterra apenas existe prescrição baseada em alguns preceitos dentro do Statute Law, mas o
princípio determinante que preside nestes Estados é o de não haver nunca a prescrição, podendo
o agente em qualquer momento ser chamado a responder criminalmente por um facto praticado.

No estatuto do Tribunal Penal Internacional, por força da natureza dos crimes nele contidos, está
conferida a imprescritibilidade dos crimes. Este facto poderá ter consequências práticas
relevantes, sempre que o agente tenha cometido um crime abrangido pelo estatuto do Tribunal
Penal Internacional, pois poderá ver a prescrição operar no país em que desenvolveu essa
actividade, e de acordo com o qual deveria ser punido, mas ver funcionar subsidiariamente o
Tribunal Penal Internacional e ser punido nesta instância internacional.

Sistema de prescrição com alguns crimes imprescritíveis

Tendência essencialmente verificada nas instâncias internacionais, que se prende por definir, num
sistema que reconhece a prescrição, o seu não funcionamento para os crimes considerados mais
graves, particularmente quando estão em causa crimes contra a humanidade. Podemos verificar
que em alguns sistemas são especificados os crimes não susceptíveis de prescrição: em Espanha
não prescreve o crime de genocídio, na Alemanha a imprescritibilidade verifica-se em relação ao
genocídio e ao homicídio, no Brasil em relação aos crimes de racismo e os praticados por grupos
armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático.

Sistema de prescrição

Em ordenamentos jurídicos como o português, o francês, o italiano, o mexicano, o chileno, não


são feitas quaisquer restrições em matéria de prescrição, podendo ela afectar todos os crimes,
apenas variando o prazo. O tempo para a prescrição varia em função da pena aplicável ao
respectivo crime, ou à classificação e natureza do crime, sendo certo que os prazos maiores
abrangem os crimes mais graves. Podem ainda influenciar os prazos de prescrição as
características pessoais do agente, como é exemplo o sistema brasileiro, no qual o prazo de
prescrição para os crimes cometidos por menores de vinte e um anos ou por maiores de setenta é
reduzido para metade.

Topo

Análise comparativa dos prazos de prescrição do procedimento criminal em alguns


países

Analisamos exclusivamente os prazos em sede de prescrição do procedimento criminal, ou seja, os


que determinam a extinção da responsabilidade criminal, conduzindo à perda do direito de punir
do Estado.

Países europeus
Em Portugal o prazo de prescrição é de quinze anos para crimes puníveis com pena máxima de
prisão superior a dez anos, de dez anos quando a pena máxima é superior a cinco anos e inferior
a dez, de cinco anos para crimes com pena entre um e cinco anos de prisão, e de dois anos para
os restantes crimes (art.º 118º CP).

Na Itália a prescrição é de vinte anos para crimes com pena máxima igual ou superior a vinte e
quatro anos, quinze anos para crimes com pena entre dez e vinte e quatro anos, de dez anos para
penas situadas entre cinco e dez anos, de cinco anos para crimes punidos com pena de prisão
inferior a cinco anos e com pena de multa, de três anos para as contravenções (art.º 157 CP).

Na Alemanha, com excepção dos crimes não sujeitos a prescrição, o prazo é de vinte e cinco anos
para penas privativas da liberdade superiores a dez anos, vinte anos para penas entre cinco e dez
anos, de dez anos para penas superiores a um ano e inferiores a cinco, de cinco anos para penas
inferiores a um ano de prisão ou penas de multa superiores a trinta dias, de três anos para as
restantes penas de multa (§79 StGB).

Em Espanha, os crimes sujeitos a prescrição vêem o prazo variar não apenas em função da pena
aplicável, mas também da natureza do crime, estando submetidos aos seguintes prazos: vinte
anos quando o crime seja punido com uma pena máxima igual ou superior a quinze anos de
prisão, de quinze sempre que a pena aplicável ao crime seja de prisão superior a dez e inferior a
quinze anos, ou seja, uma pena de inabilitação por mais de dez anos, prazo de dez anos quando a
pena seja de prisão por mais de cinco e menos de dez anos, ou de inabilitação por mais de seis e
menos de dez anos, de cinco anos para os restantes crimes graves, de três anos para os crimes
menos graves, de um ano para os crimes de calúnia e injúria (art.º 131º CP).

Países da América do Sul

Na Argentina, a acção penal prescreve ao fim de quinze anos para crimes sujeitos a prisão
perpétua, nos restantes após decorrido o prazo da duração da pena assinalada para o respectivo
crime, desde que seja um crime sujeito à pena de prisão, nunca podendo o prazo ser superior a
doze anos nem baixar dos dois anos. O prazo de prescrição será de cinco anos para crimes
sujeitos a pena de inabilitação perpétua, e de um ano para os que são puníveis com pena de
inabilitação temporal, a prescrição para os crimes sujeitos a pena de multa será de dois anos
(art.º 62 CP).

No Brasil, a prescrição ocorre em função da pena máxima aplicável, aumentando o prazo


proporcionalmente à pena. Assim, para pena até um ano será de dois anos o prazo de prescrição,
pena máxima entre um e dois anos, será de quatro anos, para penas entre dois e quatro,
prescrição ao fim de oito anos, pena de quatro a oito anos será de doze anos, pena de oito a doze,
prazo de dezasseis anos, e finalmente a prescrição ocorre ao fim de vinte anos para crimes com
pena máxima situada entre doze e dezasseis anos.

No México, a prescrição depende da pena aplicável. Deste modo, para crimes punidos com pena
diferente da prisão, a pretensão punitiva prescreve ao fim de dois anos, e nos crimes punidos com
prisão a prescrição será igual à pena máxima aplicável ao respectivo ilícito (art.º 97º CP).

No sistema chileno a acção penal prescreve ao fim de quinze anos caso o crime seja punido com
pena de morte, ou de prisão, reclusão ou desterro perpétuos; para os restantes dependerá da
natureza do ilícito: para os crimes, o prazo é de dez anos, para os simples delitos, o prazo é de
cinco anos, e para as faltas, o prazo é de seis meses (art.º 94 CP).

Países da “Common Law”

Nos EUA, no Reino Unido e nos restantes países da Common Law não há prescrição para nenhum
crime.
Regras sobre contagem da prescrição

São comuns algumas regras sobre a determinação da prescrição e a forma de contar os


respectivos prazos. Assim, o início da contagem do prazo corresponderá, regra geral, ao momento
da consumação do crime, salvo em casos excepcionais como os crimes permanentes, em que a
contagem começa a fazer-se desde o dia em que cessa a execução, e nos crimes continuados ou
nas tentativas em que a contagem se inicia com a prática do último acto de execução por parte do
agente. A contagem efectua-se por dias.

O decurso da contagem pode estar sujeito a suspensão, sempre que ocorram factos de diferentes
naturezas que impeçam a iniciativa processual ou a prática de actos com vista à prossecução do
processo; o período da suspensão interrompe a contagem do prazo, reiniciando-se logo que a
situação decorra. Pode ainda ocorrer a interrupção da prescrição, sempre que sejam
praticadosactos de natureza processual, comoacusação, constituição de arguido,acusação,
ultrapassada a circunstânciaque determinou a interrupção a contagemretoma, reiniciando a
contagem do prazo,mas começando de novo.

De assinalar ainda a tendência geral para fazer aumentar os prazos da prescrição de forma
proporcional às penas aplicáveis aos respectivos crimes, registando-se os prazos maiores para os
crimes mais graves.

Informação Complementar

Prescrição: noção, fundamento e natureza

A prescrição penal corresponde a uma autolimitação do Estado no que diz respeito ao exercício do
poder punitivo, e tem a sua ratio no não exercício, em tempo útil, do direito de prosseguir
criminalmente contra o agente de um crime ou de executar uma pena aplicada a quem tenha sido
condenado. Funciona como causa de extinção da responsabilidade criminal, impedindo qualquer
tipo de punição para o agente, que seja relativo ao facto prescrito. O seu fundamento pode
encontrar-se em razões várias, estando essencialmente relacionado com os fins da pena, ou
melhor, com a necessidade de aplicação de uma pena, que assenta em princípios de prevenção
especial ou geral preventiva, incidindo quer sobre o agente quer sobre a própria comunidade, cujo
tempo se incumbe de desvanecer, tornando inútil a aplicação da pena.

Podemos justificar este instituto também por motivos de segurança jurídica ou de justiça material,
partindo do pressuposto de que uma sentença condenatória aplicada a uma distância temporal
excessiva dificilmente cumprirá funções de justiça ou de segurança; bem pelo contrário, a
proximidade das decisões relativamente ao momento da prática do facto será mais adequada a
cumprir esses fins. Podemos ainda invocar razões processuais para fundamentar a prescrição do
procedimento criminal, relacionadas com a dificuldade de investigação e de recolha de prova,
podendo mesmo conduzir a resultados falsos ou deturpados.

De uma forma geral, podemos concluir que o decurso do tempo torna o facto não carenciado de
punição, conduzindo ao seu afastamento, deixando o acto praticado de relevar como acto
criminoso para qualquer efeito. O decurso do tempo vai diminuindo a consciência de censura que
sobre aquele facto recai.

Tipos de Prescrição

A prescrição pode assumir duas formas distintas, actuando sobre momentos diferentes e
provocando efeitos também não coincidentes.

Prescrição do procedimento criminal – Corresponde ao tempo decorrido entre a prática do


crime e o procedimento criminal com vista à atribuição de responsabilidade criminal por esse
facto, determinando a extinção da responsabilidade criminal. Inicia a sua contagem a partir do
momento da consumação do facto, dependendo este momento do tipo de crime e da forma do
mesmo. Funciona como um pressuposto processual negativo, que actua automaticamente sem ser
possível a renúncia ou a sua não aplicação. Para que possa haver atribuição de responsabilidade é
necessário que a iniciativa processual seja dada antes de decorrido certo período de tempo.

Prescrição da pena (também aplicável às medidas de segurança) – Corresponde à extinção da


possibilidade de execução de uma pena aplicada por sentença condenatória transitada em julgado.
Após a condenação, é conferido ao Estado um período de tempo para poder executar a medida
aplicada, o que pressupõe a comprovação de ter sido cometido um crime e de o agente ter sido
considerado culpado, por isso ter sido punido, mas a pena não foi aplicada em tempo útil.

* Fernando Silva

Mestre em Ciências Jurídicas pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Docente na


UAL. Doutorando em Direito.

Dados adicionais
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(clique nos links disponíveis)

Prazos de prescrição

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