Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
br
Seu parceiro em
Soldagem e Corte
MECÂNICA
DA
FRATURA
www.cliqueapostilas.com.br
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO
2. CONCEITOS METALÚRGICOS
5. BIBLIOGRAFIA
Elaborado por
Cleber Fortes - Eng. Metalúrgico, MSc.
Assistência Técnica Consumíveis - ESAB BR
1. INTRODUÇÃO
A Mecânica da Fratura Linear Elástica surgiu em função das
limitações na aplicação dos conceitos tradicionais para prever o com-
portamento dos materiais quanto à presença de descontinuidades
internas e superficiais.
Por sua vez, a Mecânica da Fratura Elasto-Plástica surgiu em
função das limitações na aplicação do critério de KIc da Mecânica da
Fratura Linear Elástica em materiais dúcteis, onde a existência de
uma zona plástica de tamanho significativo em relação à espessura
invalida as considerações de tensões elásticas na ponta da trinca
controlando o processo de fratura.
A tenacidade à fratura de iniciação é considerada uma propri-
edade do material e portanto deve ser independente de tamanho,
geometria e níveis de carregamento para um material com uma de-
terminada microestrutura. Uma medição confiável de tenacidade à
fratura é um pré-requisito para o projeto de componentes estruturais
com base nos princípios da Mecânica da Fratura.
Existem métodos padronizados para a determinação da tena-
cidade à fratura sob condições de deformação plana (KIc), que são
válidos quando o tamanho da zona plástica à frente da ponta da trinca
é pequeno.
No entanto, para materiais que apresentam uma parcela
significativa de plasticidade antes do crescimento estável da trinca, os
métodos de KIc não são mais aplicáveis. Sob tais situações, a Mecâ-
nica da Fratura Elasto-Plástica utiliza diversos métodos para lidar com
relações não lineares entre o campo de tensões e o de deformações,
como, por exemplo, o CTOD e a integral J.
O método CTOD baseia-se na medição do deslocamento da
abertura da ponta da trinca como parâmetro crítico de iniciação do
processo de fratura.
O método da integral J introduz um tratamento matemático
1
www.cliqueapostilas.com.br
2. CONCEITOS METALÚRGICOS
2
www.cliqueapostilas.com.br
3
www.cliqueapostilas.com.br
DUCTILIDADE
TEMPERATURA
4
www.cliqueapostilas.com.br
CARREGAMENTO
POR IMPACTO
CARREGAMENTO
PLÁSTICO
ESTÁTICO
ENERGIA ABSORVIDA
TAXA DE
ELASTO- CARREGAMENTO
PLÁSTICO INTERMEDIÁRIA
NDT
DEFORMAÇÃO
PLANA
ELÁSTICO
TEMPERATURA
5
www.cliqueapostilas.com.br
ESTÁTICO (E)
DINÂMICO (D)
0
REGIÃO ID REGIÃO IID REGIÃO IIID
PROPAGAÇÃO CISALHAMENTO PROPAGAÇÃO POR
POR CLIVAGEM CRESCENTE CISALHAMENTO PURO
TEMPERATURA
6
www.cliqueapostilas.com.br
SEM ENTALHE
COM ENTALHE
TEMPERATURA
7
www.cliqueapostilas.com.br
8
www.cliqueapostilas.com.br
9
www.cliqueapostilas.com.br
10
www.cliqueapostilas.com.br
TRANSIÇÃO
FRATURA FRÁGIL
TEMPERATURA
11
www.cliqueapostilas.com.br
12
www.cliqueapostilas.com.br
13
www.cliqueapostilas.com.br
1,5 mm máx.
CORDÃO DE SOLDA
1,0 - 2,0 mm
METAL DE BASE
14
www.cliqueapostilas.com.br
15
www.cliqueapostilas.com.br
16
www.cliqueapostilas.com.br
17
www.cliqueapostilas.com.br
2 x
σ =σc (3.1)
λ
Eγ
σc = (3.2)
a0
18
www.cliqueapostilas.com.br
σ máx 2a
= 1+ (3.3)
σa b
19
www.cliqueapostilas.com.br
σ máx ≈ 2σ a a/ (3.4)
20
www.cliqueapostilas.com.br
2Eγ s
σ = (tensão plana) (3.5)
πa
2Eγ s
σ =
(
πa 1 − ν 2 ) (deformação plana) (3.6)
21
www.cliqueapostilas.com.br
1 2Eγ s ρ 1 2Eγ s ρ
σa = = (3.7)
2 a a0 2 a 8a0
22
www.cliqueapostilas.com.br
EG
σ = (3.8)
πa
que é uma das mais importantes relações na literatura da Mecânica
da Fratura. Comparando as equações de Orowan e Irwin, pode ser
observado que
(
G = 2γs +γp ) (3.8)
23
www.cliqueapostilas.com.br
K θ θ 3θ
σy = cos 1 + sin sin (3.9)
2πr 2 2 2
K θ θ 3θ
σx = cos 1 − sin sin (3.10)
2πr 2 2 2
K θ θ 3θ
τ xy = sin cos cos (3.11)
2πr 2 2 2
K = f (σ , a) (3.14)
26
www.cliqueapostilas.com.br
27
www.cliqueapostilas.com.br
28
www.cliqueapostilas.com.br
29
www.cliqueapostilas.com.br
K = K c = σ πa (3.15)
30
www.cliqueapostilas.com.br
EG
K= (deformação plana) (3.17)
1−ν 2
K2
G= (tensão plana) (3.18)
E
31
www.cliqueapostilas.com.br
K2
G= (1 − ν 2 ) (deformação plana) (3.19)
E
K
σ LE = (3.20)
2πr
2 2
e o tamanho da zona plástica é estimado como K /( 2 πσ L E ) . A pre-
sença da região plástica faz com que o material se comporte como se
a trinca fosse ligeiramente maior que o tamanho real. Esse compri-
mento de trinca “aparente” é considerado como o comprimento real
da trinca somado a alguma fração do diâmetro da zona plástica. Co-
mo primeira aproximação, Irwin estimou essa fração como igual ao
raio da zona plástica. De fato, o diâmetro da zona plástica é um pou-
2 2
co maior que K /( 2 πσ L E ) , como um resultado de redistribuições de
cargas em torno da zona plástica e é estimado como o dobro desse
valor. Portanto,
1 K2
ry ≈ (tensão plana) (3.21)
2π σ LE
2
32
www.cliqueapostilas.com.br
1 K2
ry = (deformação plana) (3.22)
6π σ LE
2
K2 θ θ
ry = 2
cos 2 1 + 3sin 2 (tensão plana) (3.23)
2πσ LE 2 2
33
www.cliqueapostilas.com.br
34
www.cliqueapostilas.com.br
35
www.cliqueapostilas.com.br
2
K Ic
a ≥ 2,5 (3.25)
σ LE
2
K Ic
B ≥ 2,5 (3.26)
σ LE
2
K Ic
W ≥ 5,0 (3.27)
σ LE
2,5(K Ic / σ LE )
2
B
≈ ≈ 2,5(6π ) ≈ 47 (3.28)
r y (1/ 6π )(K Ic / σ LE )2
38
www.cliqueapostilas.com.br
39
www.cliqueapostilas.com.br
41
www.cliqueapostilas.com.br
43
www.cliqueapostilas.com.br
2
KQ
B ≥ 2,5 (3.30)
σ LE
2
KQ
W ≥ 5,0 (3.31)
σ LE
44
www.cliqueapostilas.com.br
PQ S
KQ = ⋅ f (a0 / W ) (3.32)
BW 3 / 2
onde S é a distância entre os roletes, centro a centro, e f(a0/W) está
tabulado na tabela3.1.
45
www.cliqueapostilas.com.br
PQ
KQ = ⋅ f (a0 / W ) (3.33)
BW 1/ 2
46
www.cliqueapostilas.com.br
47
www.cliqueapostilas.com.br
48
www.cliqueapostilas.com.br
49
www.cliqueapostilas.com.br
2
2πe LE a σ
= 2 LE −1 (4.1)
δ σ
2πeLE a eLE
= (4.2)
δ e
δ Eδ
φ= = (4.3)
2 π e LE a 2 π σ LE a
50
www.cliqueapostilas.com.br
8 eLE a π σ
δ = lnsec (4.4)
π 2 σ LE
4 π e e
φ= 2
ln sec , ≤ 0,86 (4.5)
π 2 e LE e LE
e e
φ= − 0,25 , ≥ 0,86 (4.6)
e LE e LE
e e
φ= − 1, ≥ 0,5 (4.8)
e LE e LE
δ =
0,45(W − a ) Vg Γσ LEW 1 − ν 2 ( ) ,V ≥
2Γσ LEW
(4.10)
g
0,45W + 0,55a + z E E′
δ = δ el + δ pl =
(
K 2 1−ν 2
+
)
0,4(W − a )
Vp (4.11)
2σ LE E 0,4W + 0,6a + z
G = m σ LE δ =
(
K 2 1−ν 2 ) (4.12)
E
A equação mais utilizada atualmente é a adotada pela norma
ASTM E1290, que difere muito pouco da equação de Dawes:
δ =
(
K 2 1−ν 2
+
) r p (W − a0 )
Vp (4.13)
2σ LE E r p (W − a0 ) + a0 + z
onde:
YP
K= (4.14)
B W 1/ 2
54
www.cliqueapostilas.com.br
Y=
6(a0 / W )
1/ 2
{1,99 − (a
0 [
/ W )[1 − (a0 / W )] 2,15 − 3,93(a0 / W ) + 2,7(a0 / W )
2
]} (4.15)
(1 + 2a0 / W )(1 − a0 / W )
3/2
e,
r p = 0,4(1 + α ) (4.16)
α = 0,1 (4.17)
B b02 σ LE
Pf = 0,5 (4.18)
S
e
Pmín
= 0,1 (4.19)
Pmáx
55
www.cliqueapostilas.com.br
56
www.cliqueapostilas.com.br
57
www.cliqueapostilas.com.br
δ = C1 (C 2 + ∆a p )C3 (4.20)
δ i = C1 (C 2 + 0,2)C3 mm (4.21)
59
www.cliqueapostilas.com.br
60
www.cliqueapostilas.com.br
61
www.cliqueapostilas.com.br
62
www.cliqueapostilas.com.br
2A
J= (4.22)
Bb
Para um corpo de prova de dobramento, a área na equa-
ção 4.22 refere-se apenas à parte da curva carga-deslocamento devi-
da à introdução de uma trinca. Portanto, a porção de área obtida para
um corpo de prova não trincado deve ser subtraída da área resultante
para o corpo de prova trincado.
Vários corpos de prova equivalentes são carregados até dife-
rentes deslocamentos, construindo-se uma curva de resistência (cur-
va-R) em um gráfico J versus extensão da trinca. Através de uma
manipulação adequada dos dados, é obtido o valor de JIc.
Este método é considerado atualmente como o padrão ASTM
para a determinação do valor de JIc.
Existe uma correlação entre a equação da linha de embota-
mento e a relação entre J e CTOD. Na verdade, a relação entre J e
CTOD, para um material perfeitamente plástico, é
J=m LE (4.23)
mas, para materiais reais que sofrem encruamento, o termo σLE deve
ser substituído pelo termo σY, que é considerado como uma tensão
de escoamento média.
63
www.cliqueapostilas.com.br
4 B b02 Y
PL = (4.24)
3 S
porém, para os últimos 0,64 mm de extensão da pré-trinca de fadiga,
a carga máxima não deve ultrapassar 0,4 PL ou uma carga tal que a
64
www.cliqueapostilas.com.br
1/2
razão ∆K/E seja menor que 0,005 mm , a que for menor. Além disso,
as cargas máxima e mínima devem atender à seguinte condição:
PM − Pm ≥ 0,9 PM (4.25)
ou
Pm
= R ≤ 0,1 (4.26)
PM
K YP
= (4.27)
E E BW 1 2
onde
Y = 2
{ [
6(a0 W ) 1 1,99 − a0 W [1 − a0 W ] 2,15 − 3,93(a0 W ) + 2,7(a0 W )
2
]} (4.28)
(1 + 2 a0 W )(1 − a0 W )3 2
65
www.cliqueapostilas.com.br
J = J el + J pl (4.29)
onde
67
www.cliqueapostilas.com.br
J el =
K 2 1−( 2
) (4.30)
E
e
YP
K= ( S W = 4) (4.31)
BW 1 2
2 Apl
J pl = (4.32)
B b0
C
i
v
= i=
16
( )
ll Pi E B 1− a W
1
2
[ ( )i ( i
2
) i
3
( ) (
1,193 −1,980 a W + 4 ,478 a W − 4 ,443 a W +1,739 a W
i
4
) ] (4.33)
i
68
www.cliqueapostilas.com.br
J = 2 σ Y ∆a p (4.34)
onde
σ LE + σ LR
σY = (4.35)
2
e as linhas de exclusão de 0,15 mm e 1,5 mm são paralelas à linha
de embotamento. Deve ser traçada também uma linha paralela dis-
tante 0,2 mm da linha de embotamento.
O limite superior de pontos é dado por
b0 σ Y
J máx = (4.36)
15
ln J = ln C1 + C 2 ln ∆a p (4.37)
cuja linha deve ser traçada como está mostrado na figura 4.10.
A interseção da linha de regressão com a linha distante
0,2 mm da linha de embotamento define os valores de JQ, candidato a
69
www.cliqueapostilas.com.br
JQ( 1)
a p( 1) = + 0,2 (mm) (4.38)
2 Y
JQ
B,b0 > 25 (4.41)
Y
dJ
< σY (4.42)
da aQ
70
www.cliqueapostilas.com.br
e nenhum corpo de prova com fratura por clivagem e, para cada cor-
po de prova,
a pi − a pméd
< 7% (4.43)
a pméd
71
www.cliqueapostilas.com.br
5. BIBLIOGRAFIA
72