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EPISTEMOLOGIA E TEORIAS DA
EDUCAÇÃO)
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I RESUMO
I
ABSTRACT
assim, uma questão emergiu como via fecunda e discussão de práticas docentes no contexto
de apreensão: como têm sido concretizadas as das referidas disciplinas.
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caminho que prioriza a discussão da formação formar-se não significa atingir um estado de
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ideal, tudo o que define a sua essência (p. 25). "As idéias da pedagogiada
verdadeira, embora asfixiadapela sua existência,ainda vagas,masjá fortese
existência empírica" (p. 19). vivas, manifestavam na obra de
2) "O cristianismo manteve, transformou Montaignetendênciaspara revoltar-se
e desenvolveua concepçãoplatônica. contra a pedagogia da essência; esta
Realçou ainda com mais força a revolta condenava não somente os
oposiçãode duasesferasdarealidade: princípios de adestramento postos
verdadeira e eterna por um lado, em dúvida pela maioria dos
aparenteetemporalporoutro.Acentuou, humanistas, mas também as
ainda com mais intensidade, o conflito afirmações fundamentais da
interior do homem dilacerado entre o pedagogia da essência, isto é, a
que o ligouà vidamaterial e o que o une submissão do homem aos valores e
ao mundo espiritual' (p. 20). Esta aos dogmas tradicionais e eternos"
concepção, entretanto, não esgota a (p.27).
tradição cristã, porque Aristóteles e 5) No século XVII a pedagogia da
TomásdeAquinotrilharamporcaminhos essência tem sua manifestação
diferentes de Platão, mas o seu modo, mais tradicional na obra dos jesuítas
permaneceram essencialistas. (Ratio studiorum)com uma postura
3) "Na época do Renascimento, a essencialmentereacionária.
pedagogiadaessênciadesenvolveu-se Na forma moderna, a pedagogia da
ainda mais. Este desenvolvimento essênciamanifestou-seatravésdeuma
caracteriza-se pela sua ligação às filosofia que utilizava a noção de
tradições laicas e racionalistas do Natureza.A função desempenhada no
mundo antigo, à concepção dohomem sistema de Platão pelo mundo das
'ser pensante'." Erasmo de Roterdã Idéiasfoi retomadapela"Natureza"que
"expôs como deve ser entendida a se tornou lei e modelo supremo
naturezahumana.Éaquelapropriedade (Comenius).
comum a todos os homens cuja razão
6) O século XVII também produz
é a forçaque orientaa vidahumana.Em
conformidade com este caráter concepções filosóficas que vão
fundamental da natureza humana, a alimentar, mais à frente, a pedagogia
da existência: ali se formulam
educaçãodevecombater tudoo que se
concepçõesque se referemà natureza
lhe opõe e desenvolvertudoo que lhe é
próprio" (p. 23). empíricadohomem;concepçõessobre
o problemada individualidade.
4) Mas, o Renascimento também fez
renascer concepções opostas à 7) A pedagogiade Rousseaufoia primeira '"
epistemologia, ou seja:
subjetivos - Berkeley-, segundoos
1) para que o conhecimento se torne um quais todo nosso conhecimento não
"problema" é precisoqueaanálise separe passa de uma construção artificial -
quanto de outra teoria educacional. Claro está necessariamente origem à 'essência' do homem.
que esta tendência origina-se no pensamento o que importa é facultar à vida humana condições
pedagógico que não adm ite "... que o princípio e encorajamento, garantias e organização tais
da adaptação ao presente fosse o princípio quepossa tornar-sebase do desenvolvimento e
da formação, base da criação da 'essência'
capital da educação não como um convite para
humana"(1978: 117).
evadir-se do presente, mas como um apelo
para melhorá-lo"(SUCHODOLSKI, 1978:119).
Decorre, portanto, do que acaba de ser Bibliografia
exposto, que esta última postura alicerça-se na
ABBAGNANO, N. Dicionário de Filosofia. São
afinidadecoma pedagogiadaessência,enquanto Paulo: Mestre Jou, 1970.
propõe a construção de um novo homem e,
funda-se na pedagogia da existência com a LEFEBVRE, H. Lógica formal/lógica dialética.
Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1975.
ênfase no homem de hoje e na ação do homem
de hoje,comoa real oportunidadedeconstrução MANACORDA, M. A.História da Educação. São
do futuro. Paulo: Autores Associados/Cortez, 1989.
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