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1. Mercados: Oferta e Demanda
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Conforme ilustrado na figura 1, a Teoria da Demanda ou Teoria da Procura
estuda a teoria do consumidor enquanto indivíduo e a demanda de mercado, isto é, a
demanda de um conjunto de indivíduos. No mesmo sentido, a Teoria da Oferta
também abrange a oferta individual do produtor e a oferta de mercado que considera
um conjunto de produtores. O entendimento das forças de oferta e de demanda
determinam os preços em uma economia capitalista e os preços determinam a
alocação dos recursos escassos disponíveis.
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pois já não era possível predizer o comportamento dos preços dos bens apenas com
base nos custos, sem considerar o lado da demanda (padrão de gostos, hábitos,
renda etc.)”.
Equação (1)
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Figura 2 – Representação gráfica da utilidade total e utilidade marginal
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Figura 3 – Curva de indiferença
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As variáveis usualmente utilizadas para explicar a demanda de um bem ou
serviço são: o preço do bem, de seus substitutos e seus complementares; a renda do
consumidor; e as preferências do consumidor. Entretanto, a demanda pode ser
afetada por muitos outros fatores, como: crédito, marketing e propaganda, fatores
climáticos e sazonais e expectativas e perspectivas futuras. Por fim, é importante
destacar que o efeito de cada variável sobre a demanda é analisado sob a hipótese de
coeteris paribus, isto é, ao analisar o efeito de uma variável em particular todas as
demais variáveis permanecem constantes.
A Teoria da firma tem como objetivo principal a análise das variáveis que
interferem na maximização do lucro ou na minimização dos custos. O Lucro Total (LT),
do ponto de vista econômico, é a diferença entre a Receita Total (RT) e o Custo Total
(CT). A receita total é definida pela quantidade produzida de um bem multiplicada pelo
preço de venda deste bem. Inicialmente, assume-se que o preço do bem é dado e, por
conseguinte, a receita total depende da quantidade produzida. Neste sentido, o estudo
da oferta se subdivide na análise da produção e dos custos de produção.
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porém, cabe uma breve síntese sobre os problemas econômicos fundamentais que
norteiam a análise microeconômica.
Como produzir?
Após escolher o que e quanto produzir, a sociedade precisa decidir quais
fatores de produção serão utilizados considerando o nível tecnológico
existente. Baseados na alocação ótima dos recursos disponíveis, produtores
devem escolher o método que resulte no menor custo de produção.
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3. Mecanismo de mercado
Equação (2)
Onde: Qd = Quantidade demandada do bem
P = Preço do bem
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Figura 5 – Curva de demanda
Note que a curva de demanda indicada por “D” tem a inclinação negativa (para
baixo). Isto ocorre, pois, mantendo tudo o mais constante, quanto menor o preço maior
a disposição de compra do consumidor. Veja, ao preço P1 o consumidor está disposto
a adquirir Q2 unidades do bem. Contudo, quando o preço aumenta para P2 o
consumidor reduz sua disposição em adquirir o bem e passa a demandar Q1. Neste
caso, percebe-se que existe um movimento ao longo da curva de demanda.
Conforme já citado anteriormente, a quantidade demandada de um bem pode
depender de outras variáveis além de seu próprio preço (renda, preço de outros bens,
dentre outros). Cada uma dessas variáveis surte um efeito sobre a curva de demanda
que iremos estudar no próximo tópico.
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mantidos constantes quaisquer fatores que possam afetar a quantidade ofertada, ou
seja, é a relação entre preço e quantidade de um bem ofertado pelos produtores. Essa
relação pode ser expressa matematicamente conforme a equação 3, e graficamente,
conforme a figura 6.
Equação (3)
Onde: Qo = Quantidade ofertada do bem
P = Preço do bem
Note que a curva de oferta indicada por “O” tem a inclinação positiva (para
cima). Isto ocorre, pois, mantendo tudo o mais constante, quanto maior o preço maior
a disposição de oferta do produtor. Veja, ao preço P1 o produtor está disposto a ofertar
Q2 unidades do bem. Contudo, quando o preço reduz para P2 o produtor reduz sua
disposição em produzir/vender o bem e passa a ofertar Q1. Neste caso, percebe-se
que existe um movimento ao longo da curva de oferta. Conforme já citado
anteriormente, a quantidade ofertada de um bem pode depender de outras variáveis
além de seu próprio preço (preço de fatores e insumos de produção, o preço de outros
bens, tecnologia e fatores climáticos/ambientais). Cada uma dessas variáveis surte um
efeito sobre a curva de oferta que iremos estudar no próximo tópico.
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A curva de oferta apresentada refere-se à curva de oferta da firma individual.
A exemplo da demanda, tem-se também o conceito de curva de oferta de mercado.
A oferta de mercado é a somatória horizontal de todas as ofertas individuais, ou seja, a
cada preço soma-se as quantidades ofertadas por cada firma.
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Excesso de demanda: quando o preço de mercado está abaixo do
preço de equilíbrio, ou seja, a quantidade demandada está acima da
quantidade ofertada.
Para estudar o efeito individual de cada uma das variáveis sobre a demanda de
determinado bem ou serviço analisa-se o tipo de deslocamento causado por tais
variáveis na curva de demanda. A seguir será analisada cada relação de quantidade e
preço a depender da variável de efeito.
Ao supor que carne vermelha e carne branca são bens substitutos, dado um
aumento no preço da carne branca e mantendo o preço da carne vermelha inalterado
os consumidores demandarão mais carne vermelha, pois, a carne branca ficou mais
cara.
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Figura 8 – Deslocamento da curva de demanda – preço de bem substituto
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Figura 9 – Deslocamento da curva de demanda – preço de bem
complementar
Note que no bem normal um aumento da renda desloca a curva da demanda para
cima ou para a direita, no caso da carne de 1ª dado um aumento da renda do
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consumidor a demanda por este bem também aumenta, assim, ao mesmo preço de
$20 a demanda aumenta de 400kg para 600kg e a curva de demanda D se desloca
para D’.
Quando o bem é inferior, o aumento de renda provoca uma redução no consumo.
Neste exemplo, ao mesmo preço de $12, os consumidores reduzem a demanda por
carne de 2ª de 140kg para 80kg, a curva de demanda se desloca para baixo e para a
esquerda saindo de D para D’. No caso do bem de consumo saciado ou neutro, neste
exemplo, dado um aumento na renda do consumidor a demanda por arroz não se
altera. A curva de demanda não se desloca e D é igual à D’.
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curva é positivamente inclinada. Considera-se um caso especial de bem inferior, pois a
redução do preço gera um aumento no poder aquisitivo e a renda excedente não gasta
com o bem de Giffen faz com que os consumidores passem a consumir outros bens.
Para estudar o efeito individual de cada uma das variáveis sobre a oferta de
determinado bem ou serviço também se analisa o tipo de deslocamento causado por
tais variáveis na curva de oferta. A seguir será analisada cada relação de quantidade e
preço a depender da variável de efeito.
Suponha-se uma redução no preço da matéria prima aço, com os custos mais
baixos a produção de geladeiras se torna mais lucrativa o que encoraja a empresa a
expandir a produção. Dado que o preço não se altera, a quantidade ofertada aumenta,
conforme demonstrado na figura 11. Ao preço de $ 1.000, a quantidade ofertada de
geladeiras seria 15 mil unidades, porém, com a queda no preço do aço e ao mesmo
preço de $1.000, a quantidade ofertada de geladeiras aumenta para 20 mil unidades.
Ocorre um deslocamento da curva de oferta para a direita e para baixo de O para
O’.
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Figura 11 – Deslocamento da curva de oferta – preço dos fatores de
produção
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Figura 12 – Deslocamento da curva de oferta – preço de um bem
substituto de produção
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Figura 13 – Deslocamento da curva de oferta – avanço tecnológico
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Figura 14 – Mudanças no equilíbrio - Demanda
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4. Conceito de elasticidade
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Equação (4)
Equação (4.1)
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a quantidade demandada do bem é pouco sensível à variação de seu
preço.
Demanda de elasticidade unitária ou única: | Epd | = 1
A demanda por um produto é considerada unitária ou única quando
variações no preço alteram na mesma proporção a quantidade
demandada.
Além do conceito de Epd, existe um conceito similar para avaliar o impacto dos
produtos substitutos ou complementares, a Elasticidade-cruzada da demanda
(Epcd). Com a Epcd é possível encontrar a variação da quantidade demandada do
produto A devido à variação no preço do produto B.O fato de a Epcd ser um número
positivo ou negativo depende da classificação dos dois bens em questão, ou seja,
dependerá se os bens são substitutos ou complementares. Conforme as equações (5)
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e (5.1), a Epcd é calculada como a variação percentual da quantidade demandada do
bem A dividida pela variação do preço do bem B.
Equação (5)
Equação (5.1)
Equação (6)
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Equação (6.1)
Se a Erd > 1 (acima de 1), o bem é superior, pois, dada uma variação da
renda, o consumo varia mais que proporcionalmente;
Se a Erd > 0 (positiva), o bem é normal, pois, o consumo aumenta quando a
renda aumenta;
Se a Erd < 0 (negativa), o bem é inferior, pois, a demanda diminui quando a
renda aumenta; e
Se a Erd = 0 (nula), o bem é de consumo saciado, pois, variações na renda
não alteram a demanda pelo bem.
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Equação (6)
Equação (6.1)
Da mesma forma que ocorre na Epd, na Epo o resultado indica o tipo de oferta
que o produto apresenta:
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5. Referências
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