Sunteți pe pagina 1din 7

Crises Económicas (Breve História)

Uma crise económica é um período de escassez do nível de produção, da


comercialização e do consumo de produtos e serviços. A economia é cíclica, ou seja,
combina etapas de expansão (ou crescimento) com fases de contracção (ou estagnação).
Essa sucessão de flutuações compõe os chamados ciclos económicos. No caso das crises
económicas, o contexto é negativo, abrangendo cenários de recessão e depressão.

No presente trabalho, falaremos para o leitor sobre as crises económicas, que se viveram
durante alguns períodos de tempo. No que diz respeito ao assunto que aqui vamos tratar,
falaremos de uma forma particular mas também geral da Crise Francesa de 1780, da
Crise dos EUA de 1929 e também da Crise Mundial de 2008.

2008 - A crise mundial


A crise mundial de 2007-8 é considerada pelos economistas como a pior desde o crash
da Bolsa de Valores de Nova York. A economia mundial vinha crescendo a taxas
próximas a 5% desde 2004, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI). Mas os
problemas no mercado imobiliário americano se acentuaram, com o aumento da
inadimplência por causa das altas taxas de juro, levando grandes instituições financeiras
à falência, como os bancos de investimento Lehman Brothers, Bear Stearns e Merril
Lynch. Isto contribuiu para causar uma grande crise global de confiança.

Países como Estados Unidos e Reino Unido foram obrigados a intervir no sistema
financeiro. O governo norte-americano saiu em socorro de suas instituições financeiras.
O congresso daquele país aprovou um pacote de US$ 700 bilhões para comprar ações de
instituições com problemas de liquidez. Na Inglaterra, o primeiro-ministro Gordon
Brown anunciou um pacote de 500 bilhões de libras esterlinas (US$ 867 bilhões) para
socorrer o sistema bancário do país.

1929 - A Grande Depressão


Após a Primeira Guerra Mundial, os Estados Unidos entraram em uma fase de grande
prosperidade económica, particularmente nos anos 20. A Europa estava completamente
arrasada pelo conflito. Mas os “anos felizes” não duraram muito. A partir de 1925, a
Europa começou a se reerguer, recuperando mercados consumidores e passando a
comprar menos dos norte-americanos.

Embora as exportações americanas tenham diminuído, o ritmo de produção permaneceu


o mesmo. Com os estoques em alta e os preços em queda, várias empresas foram à
falência. O marco da crise de superprodução foi a queda das acções da Bolsa de Valores
de Nova York, em 29 de Outubro de 1929.
Nos três anos seguintes, o PIB mundial encolheu 15%. Só nos Estados Unidos, a
produção industrial encolheu 46% entre 1929 e 1932. O desemprego chegou a 25%.
Para complicar o cenário, muitos países passaram a adoptar medidas proteccionistas, o
que favoreceu uma maior retracção. Nesses três anos, o comércio exterior americano
encolheu 70%; o britânico, 6%; o francês, 54%; e o alemão, 61%.

A recuperação nos Estados Unidos começou em 1933. Para superar a crise, o presidente
Franklin Roosevelt (1933-1945) adoptou um programa de medidas conhecido como
New Deal, que rompia com o princípio da não intervenção do Estado na economia.
Entre as medidas que foram adoptadas estavam o controle dos preços de diversos
produtos, a realização de obras públicas para oferecer trabalho aos desempregados, a
criação de seguro-desemprego e o controle das produções agrícola e industrial, para que
se tornassem compatíveis com o nível de consumo.

Foram necessários 10 anos para que o PIB americano voltasse aos níveis de 1929. E
mesmo no início da Segunda Guerra Mundial, o desemprego ainda era elevado: 15%,
em 1940.

https://www.gazetadopovo.com.br/mundo/5-grandes-crises-economicas-que-abalaram-
o-mundo-atheycnpmtjjl1dfe9srhaapl/
Copyright © 2019, Gazeta do Povo. Todos os direitos reservados.

1780 – Crise Francesa


Nos anos de 1780, a França vivenciava uma série de conturbações
marcadas por grandes revoltas nos campos e nas cidades. Enquanto, os
trabalhadores assalariados e camponeses promoviam diversos levantes por
todo o país, a burguesia via-se ameaçada pela invasão de produtos mais
competitivos que os franceses.
Dessa forma, a burguesia precisava de incentivos que recuperassem
sua força económica, as camadas populares desesperavam-se com a alta dos
alimentos. Em meio às inundações, desemprego, secas e falências, alguns
membros do próprio governo Francês tentaram alertar sobre a necessidade de
uma ampla reforma fiscal.
Os reformistas defendiam a necessidade do clero e da nobreza
passarem a contribuir com o pagamento de impostos válidos a toda população.
No entanto, a tentativa de nivelamento fiscal, foi completamente barrada pelos
representantes da aristocracia. O rei Luís XVI pretendia realizar uma reforma
fiscal sem abalar os interesses do Clero e Nobreza, com isso, o peso financeiro
recairia todo sobre as costas dos trabalhadores e da burguesia.
CRISE DE 1929
Crise económica, também chamada crash de 1929, que pôs termo ao longo período

de desenvolvimento económico que se iniciou em meados do século XIX e alçou os


EUA à posição de protagonista industrial do mundo. Na ocasião, partindo de um
contexto de ampla prosperidade, a economia americana sofreu o mais forte solavanco de
sua história, um acontecimento de proporções épicas e efeitos duradouros.

A CRISE NOS ESTADOS UNIDOS


Para se entender o que ocorreu em 1929, o ponto de partida é o período que antecede o
colapso da Bolsa de Nova Iorque. Ao longo dos anos compreendidos entre 1922 e 1929,
a despeito de duas recessões menores, os EUA foram beneficiados por pujante
expansão. Nesse intervalo, as despesas de investimento giravam em torno de 20% do

Produto Nacional Bruto (PNB), e o desemprego, com excepção de 1924, estava na casa
dos 2%. Entre 1923 e 1929, a produção de automóveis aumentou 33% ao ano. A
produção de petróleo, aço, borracha e a construção de estradas foi consequentemente
incrementada. No mesmo período, a geração de energia eléctrica duplicou, e a produção
dos electrónicos acompanhou a tendência. De 1925 a 1929, o número de indústrias
subiu de 183.900 para 206.700; o valor da produção dessas empresas elevou-se de 60,8
para 68 bilhões de dólares.

O facturamento do comércio americano havia disparado de 236 milhões, em 1923, para


1,25 bilhão de dólares seis anos mais tarde. Como os ganhos das empresas eram
estáveis e crescentes, havia boas razões para as cotações das acções ordinárias
elevarem-se ao longo de parte dos anos 1920. O índice das cotações passou de 100, em
1926, para 216, em Setembro de 1929. Foi esse contexto que estimulou declarações
como a do presidente norte-americano Calvin Coolidge (1925-1929), que em Dezembro
de 1928 afirmou que todos podiam “olhar o presente com satisfação e o futuro com
optimismo”. Por sua vez, Irving Fisher, importante economista norte-americano,
declarou em pleno Outono de 1929: “Os preços das acções atingiram um platô
permanentemente elevado”. Esses pronunciamentos corroboravam o ambiente
generalizado de confiança e optimismo, porém não poderiam ser mais equivocados.
A partir de Março de 1928, o boom da Bolsa de Nova Iorque – cujas causas residiam na

política monetária expansionista, na estrutura financeira e bancária norte-americana e


nos factores psicossociológicos que caracterizaram o comportamento do público
estadunidense passou a ser puramente especulativo. A bolsa começou a subir, não de
forma paulatina e sustentada, mas em grandes saltos. A alta da bolsa não tinha mais
correspondência com o aumento dos lucros, mas as aplicações prosseguiam: o futuro
das cotações era desenhado com base na trajectória de crescimento precedente, e a alta
suscitava a alta. A febre da especulação e a paixão pelos ganhos fáceis pareciam não ter
limites. Porém um boom na esfera dos valores mobiliários não poderia durar para
sempre.
A euforia característica da onda especulativa de 1929, como em outros episódios, foi em
si reveladora de uma escalada efémera, pois se fundou em ampla criação de capital
fictício. Para além de alguns sinais precursores, que, hora ou outra, evidenciavam a
baixa, a dúvida sobre o salto no escuro que os jogadores realizavam residia no tempo
em que eles iriam manter as suas apostas na alta. Quando a expectativa de curto prazo
acerca do crescimento contínuo do valor da cotação das acções ordinárias estremecesse,
os papéis passariam a ser vendidos em volumes cada vez maiores. Cotações em declínio
seriam a nova realidade.

Esse foi o desfecho do élan especulativo de 1929. O primeiro dia de pânico em Wall
Street foi a chamada Quinta-Feira Negra (24/10/1929), quando ocorreu a venda de
12.894.650 acções que quase não encontraram demanda, fazendo os preços caírem a
níveis inéditos. Os bancos intervieram e debelaram a queda. Na segunda-feira, 28 de
Outubro, a trajectória de queda foi retomada, e na terça-feira cerca de 33 milhões de
títulos foram postos à venda frente a uma procura quase nula. Cerca de 15 bilhões de
dólares tinham virado fumaça. Esse foi um dos dias mais dramáticos vividos pela Bolsa
de Nova Iorque. A depressão que se seguiu à crise da bolsa perpassou os três anos
subsequentes. Durante esse período empresas fecharam suas portas, e milhões de
pessoas se viram sem emprego, na maioria das vezes sem protecção social, incapazes de
pagar seus aluguéis, reduzidas à espera das distribuições gratuitas de alimentos e
agasalhos, levadas ao despejo e à mendicidade.
Quando se confronta 1932 e 1929, percebe-se que a queda da actividade económica dos
EUA foi enorme. Enquanto a produção industrial diminuiu para cerca da metade, a

produção de bens de equipamento encolheu 75%. O PNB reduziu-se em 1/3. Só em


1937 o volume físico da produção retornou aos níveis de 1929. Durante a década de
1930, com excepção de 1937, o número de desempregados nunca ficou abaixo dos oito
milhões. Em 1933, 1/4 da força de trabalho estadunidense estava desocupada. O salário
médio na indústria caiu pela metade. Grandes contingentes populacionais
perambulavam de cidade em cidade buscando qualquer tarefa em troca de salários
baixíssimos ou até mesmo de um prato de comida. Em 1932, no auge da depressão, uma
média de 40 bancos falia por dia em todo o país. As falências bancárias contribuíram
para paralisar as decisões de investimento. Entre 1929 e 1932, a incrível marca de 5.096
bancos suspendeu seus pagamentos.

A CRISE NO MUNDO
No que diz respeito aos aspectos internacionais, a depressão da década de 1930
espraiou-se pelo mundo, por um lado, pelo fato de haver uma enorme assimetria de
desenvolvimento entre os EUA e o resto do globo, por outro, em função da restrição do
comércio internacional decorrente do repatriamento maciço dos capitais norte-
americanos investidos no estrangeiro, do proteccionismo ascendente a partir de 1930 e
do desmoronamento do sistema monetário internacional. O discernimento, o
regionalismo e o bilateralismo foram as características preponderantes da política de
comércio exterior dos anos 1930. Parte desses procedimentos ficou patente, por
exemplo, diante da queda dos preços agrícolas, consequência da superprodução
originada do aumento substancial da produção mundial ao longo da Primeira Grande
Guerra, que passou a pressionar o mercado na década subsequente. Frente a tal
contexto, a maioria dos países protegeu sua agricultura e tentou exportar seu
desemprego, restringindo as importações e estimulando as exportações. Vejamos alguns
dados gerais.

Em 1929, a produção industrial dos EUA correspondia a 45% da mundial (as três
potências industriais europeias juntas eram responsáveis por 28%), e suas importações,
a 12,5%. No bojo do esmorecimento económico geral, a queda da produção industrial
mundial foi de 37%, ao passo que o comércio mundial diminuiu 25%. Entre 1929 e
1933, os preços de atacado, definidos em moeda nacional, baixaram 32% na Grã-
Bretanha, 34% na Alemanha, 38% na França e 42% nos Estados Unidos. A Alemanha,
o Canadá e a Polónia, além dos EUA, foram os países que mais forte queda enfrentaram
em suas produções industriais.

A título de exemplo, na Alemanha, os investimentos industriais feitos em novas


instalações e reposições pelas grandes sociedades anónimas baixou de 1.168 milhões de
Reichmarks em 1929 para 522 milhões em 1931. Também ocorreram, como era de
esperar, quedas acentuadas nos preços das acções industriais. No Reino Unido, França e
EUA, quando se confronta 1929 e 1931, as quedas foram respectivamente de 45%,
55,7% e 59,7%. Já na Alemanha, entre 1927 e 1931 as acções industriais sofreram
queda de 61,7%. A progressão das falências acompanhou a queda geral da actividade
económica. Enquanto o índice de falências (1928 = 100) foi, em 1930, de 11% na
França, 17% na Itália e 19% nos EUA, na Alemanha ele chegou a 42%. O excedente da
balança comercial dos EUA desabou de 1.440 milhões de dólares, em 1928, para 357
milhões em 1933. A partir de 1934, os déficits na balança comercial foram recorrentes.
O valor do comércio da Europa (menos URSS) com o resto do mundo, por sua vez,
também teve quedas expressivas. Suas importações, que em 1928 eram de 32,38 bilhões
de dólares ouro de 1934, caíram em 1935 para 11,67 bilhões de dólares ouro de 1934. Já
suas exportações, no mesmo período, tombaram de 25,7 para 9,09 bilhões de dólares
ouro de 1934. Sobretudo os países mais pobres sofreram a queda do preço das
commodities que exportavam, o que acarretou desvalorizações em série. Na América
Latina, a depressão nos EUA, principal mercado consumidor de suas matérias-primas,
fez com que suas exportações diminuíssem mais de 40%, além de interromper o fluxo
de investimentos e produtos estrangeiros. A consequência dessa nova conjuntura foi o
enfraquecimento dos grupos dominantes e uma temporada de golpes militares em quase
todos os países. Uma das características marcantes da Grande Depressão foi a diferença
na intensidade com que os países foram atingidos, tal como se pode observar no quadro
abaixo.

Resta responder à pergunta: quais foram as causas da Grande Depressão? No decorrer


da década de 1920 a produção por operário cresceu substancialmente. Na indústria
manufactureira, por exemplo, elevou-se cerca de 43%. No entanto, os preços, incluídos
aí os salários, mantiveram-se estáveis. Nesse contexto, a restrição do consumo da
população passou a conflitar com a tendência de a produção capitalista desenvolver de
forma desmesurada suas forças produtivas. Como o salário real do trabalhador médio
sofreu significativa queda ao longo do período considerado, a demanda foi pautada,
maioritariamente, pelo consumo de luxo e pelos investimentos, elementos
significativamente mais voláteis do que o consumo dos trabalhadores. Ou seja, os lucros
aumentados, em virtude da queda dos custos industriais, por um lado sustentaram o
consumo dos abastados e alimentaram o boom no mercado accionário e, por outro,
foram direccionados para investimentos de capital que, no decorrer dos anos 1920,
cresceram 6,4% ao ano. Segue-se que qualquer coisa que provocasse descontinuidade
nesse fluxo de investimentos poderia gerar problemas, pois, caso a formação bruta de
capital fixo deixasse de acompanhar a ascensão dos lucros, ocorreria queda na procura
total, o que reduziria as encomendas e a produção.

Esta é uma explicação coerente e recorrente na literatura económica. Contudo, ainda


podem ser agregados a ela outros factores relevantes, quais sejam: a) a estrutura
bancária fragmentária norte-americana. Em 1929, existiam 24 mil pequenos bancos
independentes que actuavam em pequenos territórios e cujo sucesso ou falência
dependiam das condições da região. A fragilidade desse sistema bancário
excessivamente fragmentado foi demonstrada quando os agricultores em dificuldade,
devido à queda dos preços agrícolas que ocorreu ao longo de toda a década de 1920, não
puderam pagar seus empréstimos bancários, provocando a falência de muitas pequenas
instituições. A falência de um banco acabava gerando várias outras, pois os depositantes
retiravam seu dinheiro de outros estabelecimentos, o que estimulava o entesouramento e
comprometia a capacidade de crédito e investimento da economia; b) o aumento da taxa
de juros, que fragilizou as empresas superendividadas; c) a diminuição das despesas de
consumo que desestimulavam a renovação dos estoques e dos investimentos resultante
da má distribuição de renda (em 1929, 90% da riqueza nacional dos EUA eram
apropriados por apenas 13% da população), do desemprego, da baixa do poder de
compra dos especuladores arruinados, do esgotamento de uma fonte de financiamento
para as empresas, da reiterada baixa dos preços, que reduziu o poder de compra de
produtores e vendedores, e da acentuada queda dos salários dos trabalhadores que
permaneceram empregados (em 1933, o salário médio do trabalhador norte-americano
era 66,5% menor do que 1929); e por fim, as políticas macroeconómicas liberais pró-
cíclicas, que prescreviam os mecanismos de mercado como suficientes para harmonizar
os distúrbios enfrentados. Tal política tinha como pilares o orçamento equilibrado, o
medo da expulsão do padrão ouro e um suposto risco de inflação. Essa condução da
política macroeconómica pautou a administração do presidente republicano norte-
americano Hebert Hoover à frente do governo dos EUA entre 1929 e 1933. Somente em
1933, quando o democrata Franklin Delano Ruosevelt assumiu o governo, houve uma
reformulação das práticas de política económica e, com o New Deal, o Estado passou a
realizar amplas intervenções buscando superar a depressão. Contudo, somente com o
advento da Segunda Guerra Mundial os EUA e o mundo de fato superaram o cenário
adverso decorrente da crise iniciada em 1929.
FONTES BIBLIOGRAFICAS:
CHANCELLOR, E. Salve-se; CIOCCA, P. Crisis; EICHENGREEN, B,;
HATTON, T. Interwar; FERGUSON, N. Lógica; FOREMAN-PECK, J. Historia;
FRIEDMAN, M. Episódios; FRIEDMAN, M. Monetary; GALBRAITH, J. 1929;
GALBRAITH, J. Short; HOBSBAWM, E. Era; KEYNES, J. Consecuencias;
KEYNES, J. Teoria; KINDLEBERGER, C. World; KINDLEBERGER, C. Manias;
KRUGMAN, P. Crises; LANDES, D. Prometeu; LEWIS, W. Economic;
MADDISON, A. Dos Crisis; MATTICK, P. Crisis; NIVEAU, M. História;
SCHUMPETER, J. Decade; SCHUMPETER, J. Business; WAGEMANN, E.
Estructura; WEE, H. Great; WHEELER, M. Economics.

S-ar putea să vă placă și