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INRODUÇÃO AO DIREITO CONSTITUCIONAL

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 4

Aula 1 – HIERARQUIZAÇÃO ENTRE NORMAS CONSTITUCIONAIS E


INFRACONSTITUCIONAS. 5

1. CONCEITO DE CONSTITUIÇÃO 5

2. PODER CONSTITUINTE 5

2.1. Poder Constituinte Originário (Assembléia Nacional Constituinte)..........................6

2.2. Poder Constituinte Derivado.....................................................................................6

3. HIERARQUIZAÇÃO ENTRE NORMAS CONSTITUCIONAIS E NORMAS


INFRACONSTITUCIONAIS 6

3.1. Normas infralegais...........................................................................................................8

3.2. Constituições Estaduais..................... .......................................................................8

3.3. Leis Orgânicas................................................................ ..........................................9

Aula 2 – ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO E OS PRINCÍPIOS


CONSTITUCIONAIS. 12

1. ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO 12

2. PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS 12

2.1. Princípio da dignidade da pessoa humana..............................................................12

2.2. Princípio da legalidade...........................................................................................12

2.3. Princípio da Igualdade............................................................................................13

2.4. Princípio da liberdade.............................................................................................14

2.5. Princípio da Ampla Defesa.....................................................................................14

2.6. Princípio do Contraditório......................................................................................15

Aula 3 – DIRETIOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS E SUAS CLÁUSULAS


PÉTREAS(Parte I). 20

1. DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS 20

1.1. Finalidade dos Direitos Fundamentais....................................................................20

1.2. Destinatários desses direitos...................................................................................21

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1.3. Aplicabilidade dos Direitos e Garantias Fundamentais...........................................21

2. DIREITOS E GARANTIAS EM ESPÉCIE 21

2.1. O Direito à Vida (art. 5º, caput):.............................................................................22

2.1.1. Fecundação................................................................................................................22

2.1.2. Nidação........................................ ..............................................................................22

2.1.3. Formação do Sistema Nervoso..................................................................................22

2.1.4. Capacidade do Feto Existir sem a Mãe......................................................................22

2.2. Vedação Constitucional da Tortura: (art. 5°, III).....................................................22

2.3. Liberdade de Expressão: (art. 5º IX, X e XLI)......................................................22

2.4. Inviolabilidade à Intimidade: (Vida Privada, Honra e Imagem)..............................23

2.5. Inviolabilidade Domiciliar: (art. 5°, XI).................................................................24

2.6. Sigilo de Correspondência e de Comunicação: (Art. 5°, XII).................................25

Aula 4 – DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS E SUAS CLÁUSULAS


PÉTREAS (Parte II). 28

2.7. Direito de Locomoção (Art. 5º, XV).......................................................................28

2.8. Direito de Reunião (Art. 5°, XVI)..........................................................................28

2.9. Desapropriação (Art. 5º, XXIV).............................................................................29

2.10. Requisição Administrativa (Art. 5º, XXV).............................................................29

2.11. Inafastabilidade do poder Judiciário (Art. 5°, XXXV)............................................29

2.12. Segurança Jurídica (Art. 5°, XXXVI).....................................................................29

2.13. Tribunal do Júri (Art. 5°, XXXVIII).......................................................................30

2.14. Extradição (Art. 5°, LI e LII)..................................................................................30

2.15. Devido Processo Legal (Art. 5°, LIV e LV)............................................................31

2.16. Provas Ilícitas (Art. 5°, LVI)...................................................................................31

2.17. Princípio da Presunção de Inocência (Art. 5°, LVII)...............................................32

2.18. Prisão Civil (Art.5°, LXVII)...................................................................................32

3. DAS CLÁUSULAS PÉTREAS 33

Aula 5 – MILITARES DOS ESTADOS, DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS 37

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1. MILITARES ESTADUAIS E DISTRITAIS 37

1.1. Organização e Manutenção dos Militares Distritais................................................38

2. Direito de Greve dos Militares Distritais e Estaduais 38

Aula 6 – ORGANIZAÇÃO DOS PODERES 46

1. PODERES CONSTITUÍDOS 46

1.1. Poder Legislativo:...................................................................................................46

1.2. Poder Executivo:....................................................................................................48

1.3. Poder Judiciário:.....................................................................................................48

Aula 7 – SEGURANÇA PÚBLICAe (Parte I). 53

1. Segurança Pública 53

2. Polícias Administrativas e Judiciárias 53

3. Órgãos de Segurança Pública e Suas Atribuições 54

4. Polícia Federal 54

5. Polícia Rodoviária Federal 56

Aula 7 – SEGURANÇA PÚBLICA (Parte II). 62

6. Polícia Ferroviária Federal 62

7. Polícia Civil 62

8. Polícia Militar e Corpos de Bombeiros 63

9. Guarda Municipal 64

CONCLUSÃO68

REFERÊNCIAS 69

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Introdução

A Polícia Militar no contexto constitucional.

De acordo com a Constituição Federal de 1988, a Polícia Militar é uma instituição


organizada com base na hierarquia e disciplina, responsável pela preservação da ordem
pública, através da realização do policiamento ostensivo e preventivo.

O Policial Militar é um representante da administração pública, devendo pautar


suas ações dentro dos limites da lei, não podendo dela, em hipótese alguma se afastar.

Segundo Hely Lopes Meirelles em sua obra (Direito Administrativo Brasileiro.


30. Ed Pg. 82, Ed. São Paulo: Malheiros, 2005) “Na Administração Pública não há liberdade
nem vontade pessoal. Enquanto que na administração particular é lícito fazer tudo o que a lei
não proíbe, na Administração Pública só é permitido fazer o que a lei autoriza” É, ainda, de
Hely Lopes Meirelles, na mesma obra, Pg. 83, a O Policial Militar trabalha com
afirmação de que: “cumprir simplesmente a lei na frieza segurança quando tem
conhecimento da Lei em nível
de seu texto não é o mesmo que atende-la na sua letra e adequado ao desempenho de sua
função, em patamar acima da
no seu espírito. A Administração por isso, deve ser média do cidadão comum. O
orientada pelos princípios do Direito e da moral, para Policial Militar deve entender e
conhecer a competência legal da
que o legal se ajunte ao honesto e o conveniente aos instituição da qual pertence, a fim
de que possa exercer plenamente
interesses sociais”. a atividade policial inerente à sua
competência.
Caro Policial Militar! Estamos inseridos em
O Policial Militar é um mero
uma nova ordem constitucional, na qual, não se tolera a cumpridor da lei, devendo
sempre limitar suas atitudes nos
ilegalidade nem os desvios de conduta. Portanto, é de
limites estabelecidos por ela.
suma importância que nos dediquemos na obtenção e no Nesse aspecto, é de suma
importância que o Policial Militar
aperfeiçoamento do conhecimento, pois sem ele, tenha um relativo conhecimento
estaremos fadados a insucesso profissional. da Constituição Federal, pois
esse conhecimento, certamente
lhe trará mais segurança e
Por fim, o estudo do Direito Constitucional facilidade no desempenho de
suas inúmeras atribuições.
será de fundamental importância para nortear e
fundamentar as atitudes do Policial Militar enquanto https://www.algosobre.com.br/no
coes-basicas-pm/o-policial-
operador de segurança pública. militar-operador-do-direito.html

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Aula 1 – Hierarquização entre normas constitucionais e


infraconstitucionais.

1. Conceito de constituição

No século XVIII, surge a declaração francesa dos direitos do homem (1789), que
estabelecia em seu art. 16: “Toda sociedade em que não esteja assegurada a garantia dos
direitos nem a separação dos poderes não tem constituição”. (FRANÇA, 1789). O movimento
liberal pregava a necessidade de um instrumento que organizasse o Estado e limitasse o poder
político dos governantes, surgindo os primeiros conceitos de constituição.

Para Lima (1958, p. 123), Constituição é:

(...) a lei orgânica e fundamental de uma nação, escrita ou não escrita,


que esclarece o caráter e a concepção do seu governo, que estabelece
os princípios básicos pelos quais sua vida interna se regula, que
organiza o governo, ordenando, distribuindo e limitando as funções
dos seus diferentes departamentos e descrevendo a extensão e a
maneira do exercício dos poderes soberanos.

Desta forma podemos dizer que constituição é a norma principal de um Estado,


que organiza seu governo, estabelece princípios básicos, regulamenta os limites de atuação do
poder do Estado e estabelece direitos e as garantias fundamentais.

2. Poder constituinte

Em linhas gerais poder constituinte é o poder de fazer a constituição, de dar forma


a um pacto que limite o poder dos governantes, proteja e garanta os direitos fundamentais do
homem e estruture as funções de governo.

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A Assembléia Nacional Constituinte foi composta pelos Deputados Federais e


Senadores eleitos em novembro de 1986, e teve como finalidade a produção da nossa atual
Constituição Federal, promulgada 05 de outubro de 1988.

2.1. Poder constituinte originário (Assembléia Nacional Constituinte).

Também é denominado de poder genuíno ou poder de 1º grau ou poder inaugural.


É aquele capaz de estabelecer uma nova ordem constitucional, isto é, de dar conformação
nova ao Estado, rompendo com a ordem constitucional anterior.

2.2. Poder constituinte derivado.

Também é denominado de poder instituído, constituído, secundário ou poder de 2º


grau. Se divide em reformador e decorrente.

Reformador: É àquele criado pelo poder constituinte originário para reformular


(modificar) as normas constitucionais. A reformulação se dá através das emendas
constitucionais, através do Congresso Nacional.

Decorrente, que se dá em razão da autonomia político-administrativa que os


Estados, Distrito Federal e Municípios, possuem para se autoorganizarem por meio das
Constituições e Leis Orgânicas.

3. Hierarquização entre normas constitucionais e normas infraconstitucionais

No Brasil, vigora o princípio da Supremacia da Constituição, segundo o qual as


normas constitucionais, obra do poder constituinte originário, estão num patamar de
superioridade em relação às demais leis, servindo de fundamento de validade para estas.
Assim, as normas podem ser separadas:

A nova pirâmide jurídica na visão do STF

CF, EM e TIDH
que passaram pelo
processo de EC

Tratados de Direitos Humanos que não


passaram pelo processo de Emenda
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Leis Ordinárias, Leis complementares, Leis Delegadas,


Resoluções, Decretos Legislativos, Tratados Internacionais
que não tratam de Direitos Humanos, Medidas Provisórias

Decretos, Portarias, Resoluções, Nota de Instrução Etc.


Considerando as ultimas decisões do STF, verifica-se uma nova configuração na
pirâmide jurídica brasileira.

No topo da pirâmide que hierarquiza o ordenamento jurídico brasileiro está a


Constituição Federal (CF), as Emendas Constitucionais (EC) e os Tratados Internacionais que
tratam de Direitos Humano (TIDH), que passaram pelo procedimento das Emendas
Constitucionais.

No segundo patamar estão os Tratados Internacionais de Direito Humanos (TIDH)


que não passaram pelo procedimento de Emenda Constitucional, pois, segundo o Supremo
Tribunal Federal, atualmente, os mesmos tem o status de norma supra legal (estão acima das
Leis e abaixo da Constituição).

No terceiro patamar estão as Leis Ordinárias, Leis Complementares, Leis


Delegadas, Resoluções, Decretos Legislativos, Tratados Internacionais que não tratem de
direitos humanos e as Medidas Provisórias.

No quarto patamar estão os Decretos, Portarias, Resoluções etc.

Importante ressaltar que não há hierarquia entre as normas de um mesmo grupo, o


que existe é campo de atuação diferenciado, específico entre essas normas que compõem o
mesmo grupo. Há contudo hierarquia entre os grupos, sendo as normas constitucionais
hierarquicamente superiores às normas infraconstitucionais, e estas hierarquicamente
superiores aos Decretos, Portarias, Resoluções etc.

Antes de adentrarmos aos detalhes de cada norma da pirâmide, é importante


comentar que o Poder Legislativo Federal é bicameral, ou seja, composto por duas casas:
Câmara dos Deputados Federais e Senado Federal, compondo o Congresso Nacional. Ainda, a
votação de leis pode se dar por votação da maioria simples (Lei ordinária); votação da maioria
absoluta (Lei complementar), e maioria qualificada (Emenda constitucional).

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INRODUÇÃO AO DIREITO CONSTITUCIONAL

*Maioria simples = 50% + 1 dos Deputados e dos Senadores presentes, em um turno


em cada casa legislativa.

*Maioria absoluta = 50% + 1 dos Deputados e dos Senadores existentes, em um


turno em cada casa legislativa.

*Maioria qualificada = 3/5 dos Deputados e dos Senadores existentes, em dois turnos
em cada casa legislativa.

O Congresso Nacional é o órgão constitucional que exerce, no âmbito federal, as


funções do poder legislativo, quais sejam, elaborar/aprovar leis e fiscalizar o Estado Brasileiro
(suas duas funções típicas), bem como administrar e julgar (funções atípicas). O Congresso
nacional é bicameral, sendo composto por duas Casas: o Senado Federal, integradas por
Senadores que representam as unidades federativas (26 estados e o Distrito Federal) e a
Câmara dos Deputados (integrada por Deputados Federais, representantes do povo). O
sistema bicameral foi adotado em razão da forma de Estado instalada no País (federalismo),
buscando equilibrar o peso político das unidades federativas.

No Senado Federal, todos os estados (e o Distrito Federal) têm o mesmo número


de representantes (três senadores), independentemente do tamanho de suas populações;
enquanto na Câmara dos Deputados, o número de representantes de cada unidade federativa
varia conforme o tamanho da sua população (estados mais populosos, como São Paulo,
chegam a eleger 70 deputados, ao passo que os menores, como o Acre, elegem oito).

3.1. Normas Infralegais

São as normas inferiores normas infraconstitucionais/legais. Essas normas nascem


do poder regulamentador do Estado, normatização interna da administração pública.
Normatização esta que serve para buscar a fiel execução da lei, ou seja, as normas infralegais
detalham o que diz a norma infraconstitucional.

Ex: Decretos, Portarias, Instruções normativas etc.

3.2. Constituições Estaduais

A auto-organização dos Estados-membros manifesta-se na elaboração das


constituições estaduais (advinda do poder constituinte derivado decorrente) e leis. Mas

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INRODUÇÃO AO DIREITO CONSTITUCIONAL

especialmente à constituição estadual cabe o dever de delinear as instituições políticas


fundamentais do ente federado, seus funcionamentos e estruturas básicas, devendo as leis
estaduais guardar observância hierárquica a essas disposições. O caput do art. 25 da
Constituição Federal é expresso ao prescrever que “os Estados organizam-se e regem-se pelas
Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição” (BRASIL,
1988).

3.3. Leis orgânicas

No ordenamento jurídico brasileiro, a Lei Orgânica pode ser:

• A lei maior de um município ou do Distrito Federal;

• A lei que disciplina o funcionamento de uma categoria específica de alguns dos


poderes do Estado (Lei Orgânica da Magistratura, Lei Orgânica do Ministério Público, etc.) -
não apenas no Brasil, mas em diversos países.

No caso brasileiro, a lei orgânica municipal está sob dupla subordinação, uma vez
que está subordinada, sobretudo pela Constituição Federal, bem como pela Constituição
Estadual.

No âmbito de um município, a lei orgânica é uma lei ordinária aprovada em dois


turnos pela Câmara Municipal, e pela maioria de dois terços de seus membros, que faz às
vezes de lei fundamental daquele território.

É de suma importância salientar que os municípios também dispõem de suas


respectivas casas legislativas, as Câmaras Municipais, bem como de seus próprios
legisladores, os Vereadores. Cabe ressaltar que, os Municípios somente poderão legislar sobre
matérias autorizadas pela Constituição Federal.

Aconteceu...
No dia 15 de novembro de 1986, realizou-se a eleição para a Assembléia Nacional
constituinte.

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INRODUÇÃO AO DIREITO CONSTITUCIONAL

Considerações Finais

Portanto, conclui-se que não existe hierarquia entre as normas que compõem um
mesmo grupo, mas o que se verifica, é a existência de campos de atuação específicos,
diferenciados entre as normas que fazem parte de um mesmo grupo. Apenas se encontra
hierarquia entre os grupos de normas constitucionais que são superiores ao grupo de normas
infraconstitucionais (que regulamentam a constituição), e estas por sua vez são superiores ao
grupo de normas infralegais.

Aprendemos também que, os estados membros ainda possuem as suas respectivas


constituições estaduais, bem como os municípios possuem suas Leis Orgânicas, que
analogicamente, tratam -se de verdadeiras constituições municipais.
Saiba mais...

CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

SEÇÃO IV DOS SERVIDORES PÚBLICOS MILITARES.

Art. 91 - São servidores militares estaduais os integrantes da Polícia Militar e do


Corpo de Bombeiros Militar.

§ 5º - Ao servidor militar são proibidas a sindicalização e a greve, sendo livre, no


entanto, a associação de natureza não sindical, sem fins lucrativos, garantido o
desconto em folha de pagamento das contribuições expressamente autorizadas pelo
associado.

§ 11 - O Estado fornecerá aos servidores militares os equipamentos de proteção


individual adequados aos diversos riscos a que são submetidos em suas atividades
operacionais.

§ 13 - O servidor público militar estadual demitido por ato administrativo, se


absolvido pela justiça, na ação que deu causa a demissão, será reintegrado à
Corporação com todos os direitos restabelecidos. (Acrescentado pela Emenda
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Constitucional nº 45, de 25.06.10).

http://www.amperj.org.br/store/legislacao/constituicao/cerj.pdf
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Exercícios:
Hierarquia entre normas

1) Assinale a alternativa adequada quanto às afirmações abaixo:

Em relação à hierarquia entre as normas podemos afirmar que:

(A) Não existe hierarquia entre a Constituição e Lei Complementar.

(B) Existe hierarquia entre dispositivo constitucional e emenda constitucional.

(C) Existe hierarquia entre Tratados Internacionais que tratam de Direitos


Humanos (TIDH), que passaram pelo procedimento das emendas constitucionais e a
Constituição Federal.

(D) Existe hierarquia entre Tratados Internacionais de Direito Humanos (TIDH)


que não passaram pelo procedimento legislativo similar ao de Emenda
Constitucional e a Constituição Federal.

2) Escolha a alternativa abaixo que complete o texto corretamente.

(A) TIDH, Emenda constitucional, Portaria.

(B) TIDH, Lei Ordinária, Portaria.

(C) Lei Complementar, Lei Ordinária, Portaria.

(D) Lei Orgânica, TIDH, Lei Complementar.

________________________________, após passar pelo procedimento legislativo


similar ao das emendas constitucionais, passam gozar status de dispositivo
constitucional, ao passo que, o que não passou por tal procedimento passa a integrar
o mesmo patamar da __________________________________________________,
sendo certo que a ___________________integra o ultimo patamar da hierarquia das
normas.

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Aula 2 – Estado Democrático de Direito e os Princípios Constitucionais.

1. Estado Democrático de Direito

A Segurança pública, atualmente, está inserida na realidade do Estado


Democrático de Direito, onde se deve haver preocupação com o indivíduo, sempre sob a
perspectiva dos Direitos Humanos e nunca se perdendo de vista princípios que os norteiam:
Dignidade da pessoa humana, igualdade de todos perante a lei, etc.

A missão das Forças Policiais é garantir ao cidadão o exercício dos direitos e


garantias fundamentais previstos na Constituição Federal. Essa atividade exige preparo dos
integrantes das Corporações Policiais, que devem se afastar do arbítrio, da prepotência, do
abuso ou excesso de poder, em respeito à lei, que deve ser observada por todos em respeito ao
Estado democrático de Direito.

2. Princípios Constitucionais

Os Princípios Constitucionais estão previstos na Constituição da República


Federativa do Brasil de 1988. Assim, podemos citar alguns:

2.1. Princípio da Dignidade da Pessoa Humana

De acordo com o art. 1º, inciso III, da Constituição Federal, a dignidade da pessoa
humana é um dos fundamentos da República Federativa do Brasil. A dignidade da pessoa
humana continua ocupando um lugar central no pensamento filosófico, político e jurídico,
como valor fundamental da ordem jurídica dos Estados que pretendem estabelecer um Estado
democrático de Direito.

A dignidade da pessoa humana indica que o sujeito de direitos possui um campo


de direitos subjetivos fundamentais. Proteje as liberdades do indivíduo perante o Estado,

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INRODUÇÃO AO DIREITO CONSTITUCIONAL

assegurando que não sejam violados seus direitos fundamentais, para que não seja reduzida a
sua condição humana.

2.2. Princípio da legalidade

De acordo com o art. 5º, inciso II, da Constituição Federal, “ninguém será
obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei” (BRASIL, 1988). O
que se extrai do dispositivo é que somente a lei poderá criar ou extinguir direitos, deveres e
vedações, ficando os indivíduos vinculados aos comandos legais, disciplinadores de suas
atividades.

O princípio da legalidade garante que só por meio das espécies normativas


(Constituições, Leis, Decretos, Portarias, Resoluções etc.), devidamente elaboradas conforme
as regras do processo legislativo constitucional, que o indivíduo será proibido (deixar de
fazer) ou obrigado (fazer) a ter uma conduta de acordo com a lei, alcançando a segurança
jurídica e estabilidade nas relações, sejam públicas ou privadas.

No Direito penal, o princípio da legalidade se desdobra em outros dois princípios:

a) Princípio da anterioridade

Por anterioridade da lei penal, entende-se que não se pode impor uma pena a um
fato praticado antes da edição desta lei, exceto se for em benefício do réu.

b) Princípio da reserva legal

Já a reserva legal, estabelece não existir delito fora da definição da norma escrita.
Em resumo, estabelece que ninguém será punido sem que haja uma lei prévia,
escrita, estrita e certa.

É bem verdade que a regra é válida em um sentido e não em outro. A lei nunca
retroage, se não em favor do réu. Neste caso, ela SEMPRE retroage. Isso quer
dizer, que uma nova lei, jamais irá retroagir para punir alguém por um fato que
não era considerado crime ou aumentar a pena daquele que já foi processado ou
condenado. Mas se o individuo já foi processado ou condenado, a lei que, de
qualquer maneira beneficie o réu, sempre irá retroagir, obrigatoriamente.

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2.3. Princípio da Igualdade

O princípio da igualdade (isonomia) decorre da concepção clássica do que seria


justiça, ou seja, o tratamento desigual de casos desiguais na medida em que são desiguais. Em
outros termos, o que se veda é o tratamento desigual daqueles casos que se encontram na
mesma situação.

Cabe ressaltar que, somente pode ser considerado lesado o princípio da igualdade
quando o elemento discriminador atuar de forma não amparada pelo direito, por isso, pode ser
perfeitamente possível, dependendo do caso concreto, a estipulação de limitação etária para
ingresso no serviço público, desde que, verificada a peculiaridade da situação (como no caso
dos militares, nos termos do art. 142, § 3°, X da CF/88).

Embora o Art. 7°, X da CF/88, determine que não poderá haver discriminação por
motivo de idade para admissão no serviço público, porém, conforme afirmado depende
sempre da avaliação da hipótese e da atuação do elemento discriminador, levando-se sempre
em conta a finalidade e a natureza do serviço público.

Podemos citar também como exemplo, o limite de idade ou de altura para o


ingresso na Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro. Tais exigências são perfeitamente
razoáveis, pois o exercício da atividade Policial Militar, além de exigir conhecimento técnico
específico, exige também do futuro Policial, uma compreensão física adequada ao
desempenho daquela profissão.

Outro aspecto importante a ser considerado, é que tanto a doutrina quanto a


jurisprudência já assentam o entendimento que a igualdade jurídica consiste em assegurar às
pessoas de situações iguais os mesmos direitos, prerrogativas e vantagens, com as obrigações
correspondentes, o que significa "tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais na
medida em que eles se desigualam", visando sempre o equilíbrio entre todos.

Neste aspecto, a lei “Maria da Penha” e as leis que estabelecem cotas para negros,
pardos, índios, deficientes físicos, são perfeitamente legais e constitucionais, pois, no contexto
atual, não é razoável negar que esses indivíduos não sofram qualquer tipo de desvantagem ou
discriminação.

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2.4. Princípio da liberdade

Todos têm direito a liberdade de crença, locomoção, e de pensamento.

2.5. Princípio da Ampla Defesa

A Ampla Defesa consiste no direito da parte de se utilizar de todos os meios a seu


dispor para alcançar seu direito, seja através de provas ou de recursos. Portanto, o Juiz ou
julgador não pode negar à parte o direito à apresentar determinada prova, exceto se ela for
repetitiva, irrelevante ou for utilizada apenas para atrasar o processo.

Cabe ressaltar, que o dispositivo legal citado confere o direito à ampla defesa
também aos litigantes em processos administrativos. Ou seja, quem foi ofendido ou acusado,
mesmo que na esfera administrativa, tem o direito de se defender.

2.6. Princípio do Contraditório

O contraditório garante o direito do acusado ou réu de ser ouvido. Consiste na


proibição de que haja decisão sem que se tenha ouvido os interessados. Por conta desse
princípio, no processo cível, a sentença será nula se o demandado não tiver tido oportunidade
de contestar a ação e no processo penal, será suspenso até que a defesa seja apresentada.

Considerações Finais

Nessa aula, aprendemos e compreendemos que o Estado democrático de direito é


um conceito que designa qualquer Estado que se aplica a garantir o respeito das liberdades
civis, ou seja, o respeito pelos direitos humanos e pelas garantias fundamentais, através do
estabelecimento de uma proteção jurídica.

Aprendemos também que a Constituição Federal está alicerçada sobre alguns


princípios constitucionais, os quais servem como limite de atuação do Estado. Os princípios
têm a função de limitar a vontade subjetiva do aplicador do direito, ou seja, os princípios
estabelecem balizamentos, dentro dos quais, o operador do direito limitará suas decisões.

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INRODUÇÃO AO DIREITO CONSTITUCIONAL

Saiba mais...

LEI Nº 11.340, DE 7 DE AGOSTO DE 2006. (Lei Maria da Penha)

Art. 5º- Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a
mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão,
sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial: (Vide Lei
complementar nº 150, de 2015)

I - no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio


permanente de pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente
agregadas;

II - no âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por


indivíduos que são ou se consideram aparentados, unidos por laços naturais, por
afinidade ou por vontade expressa;

III - em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha


convivido com a ofendida, independentemente de coabitação.

Parágrafo único. As relações pessoais enunciadas neste artigo independem de


orientação sexual.

16 | P á g i n a
INRODUÇÃO AO DIREITO CONSTITUCIONAL

Aconteceu...
11/11/2015

Perde força os bloqueios dos caminhoneiros nas rodovias do país neste terceiro dia
de protesto. O enfraquecimento do movimento coincide com o aumento da multa
para quem mantiver bloqueadas rodovias, que, passa de R$ 1.915,00 para R$
5.746,00. Os organizadores de manifestações com bloqueios poderão ser multados
em R$ 19.154,00. Medida Provisória que endurece as penalidades foi publicada
hoje no Diário Oficial da União.

http://www.em.com.br/app/noticia/politica/2015/11/11/interna_politica,706758/mult
a-maior-para-caminhoneiros-inibe-bloqueios-nas-rodovias.shtml

17 | P á g i n a
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Saiba mais...
DECRETO Nº 6.579 DE 05 DE MARÇO DE 1983
Regulamento Disciplinar da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro –
RDPMERJ
Art. 11 (...)
§4º - a autoridade a quem a parte disciplinar é dirigida deve dar solução no prazo
máximo de quatro dias úteis, podendo, se necessário, ouvir as pessoas envolvidas,
obedecidas as demais prescrições regulamentares. Na impossibilidade de
solucioná-la nesse prazo, o motivo deverá ser publicado em boletim e, desse
Exercícios:
modo, o prazo poderá ser prorrogado por até 20 (vinte) dias. (Grifo Nosso).
1)
•A Assinale a alternativa
expressão correta:
“se necessário” deve ser interpretado à luz da Constituição Federal e
Constituição Estadual, devendo as partes serem ouvidas em atendimento ao
(A) No Estado democrático de direito não existe preocupação com a dignidade da pessoa humana.
princípio constitucional do contraditório e da ampla defesa. Ouvir as partes
(B)envolvidas,
A Segurança nãopública,
é mais uma faculdade
atualmente, da naAdministração
não está inserida realidade do EstadoeDemocrático
sim umadeimposição
Direito.
constitucional.
• Caso De
(C) o prazo,
acordo com supra citado,
o princípio não sejasomente
da legalidade, cumprido ou prorrogado,
a lei poderá justificadamente,
criar ou extinguir direitos, deveres e
vedações,
poderáficando
ocorreros indivíduos vinculados
a preclusão aos comandos
temporal legais, de
do direito disciplinadores
punir. de suas atividades.
• Preclusão temporal: É a perda da possibilidade de certo sujeito praticar
(D) O princípio da reserva legal garante a reserva de vagas para deficientes físicos.
determinado ato no processo, em decorrência de circunstancia de já haver sido
2) esgotado o prazoabaixo
Escolha a alternativa para que
quecomplete
o ato seja praticado.
o texto corretamente.De acordo com os princípios constitucionais
• O Decreto Supra citado, foi recepcionado
estudados, escolha a opção que completa corretamente pela Constituição Estadual
a sentença abaixo: com status
O princípio do de
(a)
lei, portanto, somente poderá ser alterado ou contrariado por outra lei. (Vide
____________________ consiste no direito da parte de se utilizar de todos os meios a seu dispor para alcançar aula
seu01,
direito,item 02, de “Hierarquização
seja através provas ou de recursos, e oentre
princípionormas constitucionais e normas
do (a) ___________________________ garante o
infraconstitucionais”).
direito do acusado ou réu de ser ouvido, como também o princípio do (a) _________________________, garante
que não se pode impor uma pena a um fato praticado antes da edição de uma lei, exceto se for em benefício do
réu.

(A) Legalidade, anterioridade, reserva legal.

(B) Ampla defesa, contraditório, anterioridade.

(C) Igualdade, contraditório, anterioridade.

(D) Liberdade, contraditório, ampla defesa.

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INRODUÇÃO AO DIREITO CONSTITUCIONAL

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INRODUÇÃO AO DIREITO CONSTITUCIONAL

Aula 3 – Direitos e Garantias Fundamentais e suas Cláusulas Pétreas (Parte


I).

1. Direitos e Garantias Fundamentais

Inicialmente é de suma importância entender


A atividade policial, de hoje,
exatamente o significado das palavras DIEITOS e
leva em consideração não só a
GARANTIAS.
intolerância a criminalidade,
DIREITO: Tem o objetivo de tutelar ou mas também se preocupa com
proteger algo. Ex: A propriedade, a vida etc. o caráter social que
desempenha junto à
GARANTIA: É o mecanismo através do qual
população. O trabalho da
se garante o exercício desse direito.
polícia abrange toda
1.1. Finalidade dos Direitos Fundamentais determinação legal imposta

Através das eleições o povo escolhe seus pela constituição e regimentos

representantes, que agindo como mandatários ou policiais, e, sobretudo a

representantes decidem os destinos da nação. O poder civilidade que o profissional

delegado pelo povo aos seus representantes, porém, não é deve ter no senso da

absoluto, conhecendo várias limitações, inclusive com a responsabilidade frente à

previsão de direitos e garantias individuais e coletivas, do sociedade, a qual espera do

cidadão relativamente aos demais cidadãos e ao próprio agente de segurança pública; a

Estado. proteção quanto ao conflito


que se instala.
Os direitos e garantias fundamentais surgem
como disposições que limitam o poder estatal, podendo ser http://www.ambitojuridico.co

exigidas omissões dos poderes públicos de forma a evitar m.br/site/?

ingerências abusivas na esfera individual. Os direitos n_link=revista_artigos_leitura

fundamentais podem ser definidos como disposições &artigo_id=13668

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INRODUÇÃO AO DIREITO CONSTITUCIONAL

meramente declaratórias, ou seja, que definem quais os direitos que o ordenamento jurídico
entende que devem ser objeto de proteção consignada na Norma Fundamental. Por sua vez, as
garantias, na visão do mestre Rui Barbosa, constituem disposições assecuratórias, ou seja, em
defesa dos direitos, limitam o poder estatal.

1.2. Destinatários desses direitos.

O art. 5°, caput, da Constituição Federal, afirma que:

Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,


garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade. (BRASIL, 1988).

Assim, tais direitos protegem tanto as pessoas naturais, brasileiros ou estrangeiros


no território nacional (estes últimos ainda que apenas em trânsito), como as pessoas jurídicas.

1.3. Aplicabilidade dos Direitos e Garantias Fundamentais

Os Direitos e Garantias Fundamentais são de aplicabilidade imediata, ou seja,


independem da atuação do legislador infraconstitucional para que possam ser exercidos. (Art.
5°, § 1°).

2. Direitos e Garantias em espécie

Estudaremos e abordaremos a seguir alguns desses Direitos e Garantias


Constitucionais.

2.1. O Direito à Vida (art. 5º, caput)

O direito à vida é o mais fundamental de todos os direitos, já que constitui pré-


requisito para o exercício de todos os demais direitos, sendo considerado sob dois aspectos
preponderantes, o direito de continuar vivo, bem como de conviver dignamente. A
Constituição protege a vida de uma forma geral, inclusive uterina.

O início da vida é tema conturbado, posto que não existe consenso sobre o
momento em que ocorre, Marcelo Novelino destaca quatro concepções sobre o tema:

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2.1.1. Fecundação (ou concepção)

Ocorre com a fecundação do óvulo pelo espermatozóide, resultando o zigoto.


Pacto de São José da Costa Rica.

2.1.2. Nidação

Vida viável (sete a dez dias após a fecundação, o zigoto se fixa no útero, é o início
da gravidez.

2.1.3. Formação do Sistema Nervoso Central (SNC)

Quando o ser passa a sentir dor ou prazer (14 dias após a concepção).

2.1.4. Capacidade do feto de existir sem a mãe

França, Reino Unido e Estados Unidos (24 a 26 semanas de gestação).

2.2. Vedação Constitucional da Tortura: (art. 5°, III)

Outro direito fundamental concebido pelo legislador constituinte originário, no


art. 5° da CF, foi a previsão de que “ninguém será submetido a tortura nem a tratamento
desumano ou degradante” (BRASIL, 1988). Sendo o crime de tortura considerado
inafiançável e insuscetível de graça ou anistia, ex vi da previsão do inciso XLIII:

A lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a


prática de tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o
terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os
mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem.
(BRASIL, 1988).

Vale dizer que, respondem também por crime de tortura, quem pratica o ato
diretamente ou indiretamente ou quem podendo evitá-lo se omite. O Policial Militar, não
somente poderá, mas deverá evitar o crime de tortura, pois tem o dever legal de agir como
agente garantidor. (Art. 13§2º do Código Penal).

2.3. Liberdade de Expressão: (art. 5º, IV, IX, X e XLI)

A liberdade de expressão está garantida pelo texto constitucional brasileiro em


diferentes incisos do art. 5º:

IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;

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INRODUÇÃO AO DIREITO CONSTITUCIONAL

IX - é livre a expressão de atividade intelectual, artística, científica e de


comunicação, independente de censura ou licença;
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das
pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral
decorrente de sua violação;
XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e
liberdades fundamentais. (BRASIL, 1988).

O Art. 5º. §2º também dispõe que:

Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros


decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados
internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.

Inspirado por tal parágrafo, um rico complemento à definição constitucional de


‘liberdade de expressão’ pode ser dado pelo ‘Pacto Internacional de Direitos Civis e
Políticos’, adotado em resolução pela XXI Sessão da Assembléia Geral da ONU, em 16 de
dezembro de 1966 e ratificado pelo Brasil em 24 de janeiro de 1992, após ser aprovado pelo
Congresso Nacional em decreto legislativo de 12 de dezembro de 1991.

Dispõe o Artigo 19 do referido Pacto:

1. Ninguém poderá ser molestado por suas opiniões.


2. Toda pessoa terá direito à liberdade de expressão; esse direito incluirá a
liberdade de procurar, receber e difundir informações e idéias de qualquer
natureza, independentemente de considerações de fronteiras, verbalmente ou
por escrito, em forma impressa ou artística, ou qualquer outro meio de sua
escolha.
3. O exercício do direito previsto no § 2º do presente artigo implicará
deveres e responsabilidades especiais. Conseqüentemente, poderá estar
sujeito a certas restrições, que devem, entretanto, ser expressamente
previstas em lei e que se façam necessárias para:
a) assegurar o respeito dos direitos e da reputação das demais pessoas;
b) proteger a segurança nacional, a ordem, a saúde ou a moral pública.
(ONU, 1966).

2.4. Inviolabilidade à Intimidade: (Vida Privada, Honra e Imagem)

Os direitos à intimidade e à própria imagem formam a proteção constitucional à


vida privada, salvaguardando um espaço íntimo intransponível por intromissões ilícitas
externas, tanto para as pessoas físicas quanto jurídicas.

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INRODUÇÃO AO DIREITO CONSTITUCIONAL

2.5. Inviolabilidade Domiciliar: (art. 5°, XI)

A regra constitucional da inviolabilidade domiciliar possui exceções previstas na


própria CF, assim “a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem
consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar
socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial”. (BRASIL, 1988).

a) Flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro

Vejamos a definição de flagrante delito dada pelo Código de Processo Penal


(Decreto Lei nº 3.689 de 03 de Outubro de 1941), que melhor será estudado na disciplina
Legislação Processual Penal Comum:

Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem:


I - está cometendo a infração penal;
II - acaba de cometê-la;
III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer
pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração;
IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis
que façam presumir ser ele autor da infração. (BRASIL, 1941).

Desta forma, se estiver ocorrendo um flagrante delito, um desastre, ou se houver a


necessidade de se prestar socorro, os agentes da lei estarão autorizados a entrar no domicílio,
mesmo sem ordem judicial ou autorização do proprietário, e a qualquer hora do dia ou da
noite.

b) Durante o dia, por determinação judicial

Não na Constituição nem na Norma Penal a o conceito de dia, ficando essa tarefa
para a doutrina, que diverge sobre o tema.

Parte da doutrina entende que o dia é o período compreendido entre o nascer e o


por do sol. Outra parte, entende que o critério é cronológico, considerando como dia o período
que se dá entre 06:00h e 18:00h.

Todavia, encontramos a definição de casa no art. 150 doCódigo Penal, in fine:

§ 4º - A expressão ‘casa’ compreende:


I - qualquer compar timento habitado;
II - aposento ocupado de habitação coletiva;

24 | P á g i n a
INRODUÇÃO AO DIREITO CONSTITUCIONAL

III - compar timento não aberto ao público, onde alguém exerce profissão ou
atividade.
§ 5º - Não se compreendem na expressão ‘casa’:
I - hospedaria, estalagem ou qualquer outra habitação coletiva, enquanto
aberta, salvo a restrição do n.º II do
parágrafo anterior;
II - taverna, casa de jogo e outras do mesmo gênero. (BRASIL, 1940).

Desta forma, quando do cumprimento de ordem judicial, um Mandado de Busca e


Apreensão por exemplo, só poderá se dar cumprimento durante o dia.

2.6. Sigilo de Correspondência e de Comunicação: (Art. 5°, XII)

O sigilo de correspondência e de comunicação (art. 5°, XII), possibilita em certos


casos a interceptação telefônica, desde que por ordem judicial, para fins de investigação
criminal ou instrução processual penal e nas hipóteses que a lei estabelecer.

De acordo com a Lei n° 9.296/96, que regulamenta o assunto, a interceptação


poderá ser determinada pelo juiz de ofício, ou a requerimento da autoridade policial na
investigação criminal, ou do Ministério Público, sempre em autos apartados, preservando-se o
sigilo das diligências, gravações e transcrições respectivas.

A gravação clandestina é aquela em que a captação e gravação da conversa


pessoal, ambiental ou telefônica, se dá por meio de um dos interlocutores, ou por terceira
pessoa com o seu consentimento, sem que haja conhecimento dos demais interlocutores. Essa
conduta afronta o inciso X do art. 5° da CF, que prevê indenização pelo dano ou moral
decorrente de sua violação, diferentemente das interceptações telefônicas que são realizadas
sem o consentimento dos interlocutores e que afrontam o art. 5°, inciso XII da CF, e
configuram crime, com pena de reclusão de dois a quatro anos, e multa, ex vi do art. 10, a Lei
n° 9.296/96.

Saiba mais...
O termo tortura provém do termo latim tortum, que significa uma espécie de corda
utilizada como instrumento de tortura. Posteriormente, surgiu o tortur, que significa
“o que submete à tortura” A tortura advém de longas datas, configurando-se como
prática extremamente cruel e desumana, sendo por isso combatida através de
diversos diplomas legais, internacionais e nacionais. Entretanto, a tortura nem
sempre é repelida.
25 | P á g i n a
Leia mais: http://jus.com.br/artigos/26019/crime-de-tortura-tipificacao-no-
ordenamento-juridico-brasileiro#ixzz3sui1y31G
INRODUÇÃO AO DIREITO CONSTITUCIONAL

Aconteceu...

POLÍTICA. Publicado quinta, 26 de novembro de 2015 (11:00)

Em relatório da PGR (Procuradoria-Geral da República), o procurador-geral


Rodrigo Janot, já prevendo uma possível contestação sobre as gravações que
Exercícios:
incriminam o Senador Delcídio Amaral (PT/MS), realizadas por Bernardo Cerveró -
1) Assinale
filho a alternativa
de Nestor Cerveró adequada
-, ressaltouquanto
que a às afirmações
gravação abaixo: no âmbito de
foi realizada
tratativas de acordo de delação premiada de Cerveró com o Ministério Público.
A regra constitucional da inviolabilidade domiciliar possui exceções previstas
As gravações de Bernardo comprometeram, além de Delcídio, o presidente do
na própria CF, assim a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela
banco BTG Pactual, André Santos Esteves, o chefe de gabinete do senador, Diogo
podendoepenetrar
Ferreira o advogadosemdeconsentimento do morador,
Nestor Cerveró, salvo: Todos foram presos na
Edson Ribeiro.
manhã desta quarta-feira (25) pela Polícia Federal, no âmbito da Operação Lava-
I - porEm
Jato, casoatrapalhar
tentar de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro.
as investigações.

No
II - parecer, o procurador
Durante salienta que Bernardo
o dia, por determinação participou
do Delegado da conversa gravada, o
de Polícia.
que não acarreta interceptação – que, neste último caso, até poderia caracterizar
ilicitude.
III - Com Issoconsentimento
porque, conformedo morador.
entendimento do próprio STF, aquele que revela
gravação de conversa da qual participou, como emissor ou receptor, não está
(A) Somente
interceptando a I está incorreta.
conversa. Neste caso, a pessoa que gravou apenas dispõe do que
também é seu. Pelo menos duas conversas foram gravadas por Bernardo, em
(B)
reuniõesAsdoopções
grupo,Iapenas
e III estão corretas.
neste mês de novembro.

http://fatoonline.com.br/conteudo/12997/stf-e-pgr-sustentam-que-gravacao-que-
(C) Todas estão corretas
compromete-delcidio-e-licita-e-vale-como-prova?
(D) Somente a II está correta.

2) Assinale a alternativa que caracteriza corretamente o flagrante delito.

(A) O marginal é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por
qualquer pessoa que achar ser ele o autor da infração;

(B) O marginal está se preparando para cometer a infração penal;

(C) O marginal é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou


papéis que façam presumir ser ele autor da infração.

26 | P á g i n a
(D) O marginal é encontrado espreitando a vítima.
INRODUÇÃO AO DIREITO CONSTITUCIONAL

Muito se discute acerca da


constitucionalidade da cobrança
de pedágio. O tema em análise
gera bastante discussões, sendo
que parte dos juristas e cidadãos
entendem como constitucional a
cobrança, ao passo que outra
parcela, entende como
inconstitucional, alegando
principalmente, dentre outras
teses, a ofensa ao Art. 5º. XV,
CF/88, que versa a respeito do
direito de ir e vir do cidadão. Do
referido artigo e inciso, é que se
extraiu o princípio tributário da
“não limitação ao tráfego de
pessoas e bens” Tal princípio
visa, em síntese, evitar que o
poder Público impeça a liberdade
Aula 4 – Direitos e Garantias Fundamentais e de locomoção de pessoas e bens,
com a atribuição de um fato
suas Cláusulas Pétreas (Parte II). gerador, criador de tributo em
situações de transposição de
fronteiras. Todavia, a própria
2.7. Direito de Locomoção (Art. 5º, XV) CF/88 elencou uma ressalva a
esse princípio, sendo que, por
De acordo com o inciso XV, do art. 5º, da essa ressalva, a cobrança de
pedágio não fere o direito de ir e
CRFB, “É livre a locomoção no território nacional em vir do cidadão, o que torna viável
tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, e constitucional a cobrança de
pedágio. O referido princípio
nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens”. constitucional tributário
encontra-se elencado no Art. 150,
(BRASIL, 1988).
V da CF/88.

2.8. Direito de Reunião (Art. 5°, XVI) Leiamais:


http://jus.com.br/artigos/33191/a-
A Constituição Federal garante o direito de constitucionalidade-do- pedagio-
e-sua-natureza-
reunião no art. 5º, na forma a seguir: juridica#ixzz3teUuQP65

27 | P á g i n a
INRODUÇÃO AO DIREITO CONSTITUCIONAL

XVI - todos podem reunir-se pacifica-mente, sem armas, em locais abertos


ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra
reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido
prévio aviso à autoridade competente. (BRASIL, 1988).

Trata-se de direito individual de se reunir com outras pessoas para fim lícito.

São pressupostos da reunião: Pluralidade de participantes, tempo (duração


limitada), finalidade (lícita, pacífica e sem armas) e lugar (fixo ou móvel – ex. passeatas).
Cabe ressaltar que tal direito pode ser suspenso, excepcionalmente, nas hipóteses de Estado de
Defesa e Estado de Sítio.

2.9. Desapropriação (Art. 5º, XXIV)

De acordo com o art. 5º, XXIV, “lei estabelecerá o procedimento para


desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e
prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição”. (BRASIL,
1988).

2.10. Requisição Administrativa (Art. 5º, XXV)

A Constituição Federal estabelece que no “caso de iminente perigo público, a


autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário
indenização ulterior, se houver dano”. (BRASIL, 1988).

2.11. Inafastabilidade do poder Judiciário (Art. 5°, XXXV)

Segundo o inciso XXXV, “a Lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário


lesão ou ameaça a direito” (BRASIL, 1988). É o princípio da inafastabilidade do acesso ao
Poder Judiciário (direito de ação e de prestação jurisdicional – princípio do livre acesso). A
constituição federal garante que a instância administrativa não precisa ser exaurida como
condição ao acesso ao Poder Judiciário, a única exceção é o acesso prévio, em certos casos, à
Justiça Desportiva (CF, art. 217, § 1°). Por outro lado, o STF já firmou entendimento no
sentido de que inexiste direito subjetivo ao duplo grau jurisdicional.

2.12. Segurança Jurídica (Art. 5°, XXXVI)

A Constituição Federal afirma que “a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato
jurídico perfeito e a coisa julgada” (BRASIL, 1988). Assim, a CF prevê a imutabilidade das

28 | P á g i n a
INRODUÇÃO AO DIREITO CONSTITUCIONAL

chamadas cláusulas pétreas (art. 60, § 4°, VI), ou seja, a impossibilidade de emenda
constitucional prejudicar os direitos e garantias individuais, entre eles, o direito adquirido (art.
5º, XXXVI).

Pode-se definir como direito adquirido aquele que se incorporou definitivamente


ao patrimônio pessoal do indivíduo, ou seja, que pode ser a qualquer momento invocado,
usufruído, independentemente da vontade alheia, e que, mesmo no caso da existência de
condição ou termo para início de sua fruição, tal condição perfaz-se inalterável ao arbítrio de
terceiros. Ato Jurídico Perfeito é aquele que se aperfeiçoou, que reuniu todos os elementos
necessários a sua firmação, em face da lei vigente. Coisa Julgada é a decisão judicial
transitada em julgado, em outros termos, a decisão judicial de que já não caiba recurso (LICC,
art. 6°, § 3°);

Exemplo: O Estatuto da PMERJ assegura ao Policial Militar, a cada decênio (10 anos) de
serviço prestado, o direito de gozar da LE (Licença especial), 06 meses de licença
remunerada. Nesse aspecto, o Direito Adquirido somente ocorrerá na data em que completar
os 10 anos de serviço, antes disso, terá somente mera expectativa de direito. Portanto, se tal
direito for suprimido, por nova lei, aqueles que já haviam preenchido os requisitos da lei
anterior, terão direito o adquirido de gozar a referida licença.

2.13. Tribunal do Júri (Art. 5°, XXXVIII)

O Júri é um tribunal popular, de essência e obrigatoriedade constitucional,


regulamentado na forma de lei ordinária e, atualmente, composto por um juiz de direito, que o
preside, por 21 jurados, que serão sorteados dentre cidadãos que constem do alistamento
eleitoral do Município, formando-se o Conselho de Sentença com sete deles.

A CF assegura à instituição do Júri: plenitude da defesa, o sigilo das votações, a


soberania dos veredictos, que não exclui a recorribilidade das suas decisões contrárias a
provas dos autos; e a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida, apenas
não aplicável nos casos em que exista prerrogativa constitucional de foro, como os
Governadores, Presidente da República, Ministros de Estado etc.

2.14. Extradição (Art. 5°, LI e LII)

A Constituição Federal garante que o brasileiro nato jamais poderá ser


extraditado, já o brasileiro naturalizado somente será extraditado por cometimento de crime
29 | P á g i n a
INRODUÇÃO AO DIREITO CONSTITUCIONAL

comum (praticado antes da naturalização) ou no caso de participação comprovada em tráfico


ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei, independentemente do momento do
fato.

O estrangeiro poderá ser extraditado, havendo vedação apenas nos crimes


políticos ou de opinião. O pedido de extradição será sempre encaminhado ao STF, pois nunca
se concederá extradição sem o seu prévio pronunciamento sobre a legalidade e procedência do
pedido, ficando o Presidente apenas vinculado em caso de negativa pelo STF.

2.15. Devido Processo Legal (Art. 5°, LIV)

Por esse princípio e garantido a todos que ninguém será privado de seus bens e
liberdade, sem que haja o devido processo legal, dotado de todas as garantias constitucionais,
com todas as etapas e formalidades previstas em lei, sob pena de nulidade.

2.16. Provas Ilícitas (Art. 5°, LVI)

Por força do inciso LVI, “são inadmissíveis no processo as provas obtidas por
meios ilícitos”. (BRASIL, 1988). Provas ilícitas são aquelas obtidas com desrespeito à lei
(violação de domicílio, ligação telefônica, intimidade, sigilo etc.).

Quanto as provas derivadas de provas ilícitas, de acordo com a posição atual do


STF, que adota a teoria americana dos frutos da árvore envenenada, estas contaminam as
demais provas dela decorrentes. Se a árvore está envenenada, todos os frutos que dela advém
estão contaminados. Se a primeira prova foi ilícita, como uma interceptação telefônica sem
autorização judicial ,por exemplo, as demais provas a que se chegar através das gravações,
passarão a ser ilícitas.

Tal entendimento encontra também amparo nos parágrafos 1º e 2º, do Código de


Processo Penal, com a nova redação trazida pela Lei nº 11.690/2008:

Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as


provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas
constitucionais ou legais.
§ 1º São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo quando
não evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as
derivadas puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras.
§ 2º Considera-se fonte independente aquela que por si só, seguindo os
trâmites típicos e de praxe, próprios da investigação ou instrução criminal,
seria capaz de conduzir ao fato objeto da prova. (BRASIL, 2008).

30 | P á g i n a
INRODUÇÃO AO DIREITO CONSTITUCIONAL

Em certos casos (excepcionais), contudo, há a possibilidade de convalidação de


provas obtidas por meios ilícitos com a finalidade de defesa das liberdades públicas
fundamentais.

Parte da doutrina admite a utilização da prova ilícita em defesa do réu, quando


essa se trata de único meio de defesa ou prova essencial a sua defesa, face o princípio da
proporcionalidade:

Apesar dessa proibição constitucionalmente determinada, a doutrina e a


jurisprudência majoritárias há longo tempo tem considerado possível a utilização das
provas ilícitas em favor do réu quando se tratar da única forma de absolve-lo ou de
comprovar um fato importante à sua defesa. Para tanto, é aplicado o principio da
proporcionalidade, também chamado de principio do sopesamento, o qual, partindo
da consideração de que ‘nenhum direito reconhecido na Constituição pode revestir-
se de caráter absoluto’, possibilita que se analise, diante da hipótese de colisão de
direitos fundamentais, qual é o que deve, efetivamente, ser protegido pelo Estado.
(AVENA, 2015, p. 484).

Uma outra parte da doutrina já entende que nesses casos a prova deve ser aceita,
pois sequer é ilícita, por ter agido amparado pela excludente de ilicitude do estado de
necessidade, como preleciona Paulo Rangel:

A questão colocada acima recebe solução diferente na doutrina pátria, entendendo


tratar-se de verdadeira clausula de exclusão de ilicitude, conduta do réu que
intercepta ligação telefônica para salvaguardar sua liberdade de locomoção. Estaria
ele em estado de necessidade. Nesse sentido, surge em doutrina a teoria da exclusão
da ilicitude, capitaneada pelo mestre Afrânio da Silva Jardim, à qual nos filiamos
onde a conduta do réu é amparada pelo direito e, portanto, não pode ser chamada de
ilícita. O réu, interceptando uma ligação telefônica, sem ordem judicial, com o
escopo demonstrar sua inocência, estaria agindo de acordo com o direito, em
verdadeiro, estado de necessidade justificante. Destarte, a vedação da prova obtida
por meio ilícito é de caráter relativo e não absoluto. Dessa forma, é admissível a
prova acolhida com (aparente infringência ás normas legais, desde que em favor do
réu para provar sua inocência, pois absurda seria a condenação de um acusado que,
tendo provas de sua inocência, não poderia usá-las só porque (aparentemente)
colhidas ao arrepio da lei. (RANGEL, 2013, p. 477).

2.17. Princípio da Presunção de Inocência (Art. 5°, LVII)

A CF estabelece que “ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado


da sentença penal condenatória” (BRASIL, 1988), consagrando o princípio da presunção de
inocência, o qual, contudo, não afasta a constitucionalidade das espécies de prisão provisórias
(prisão temporária, em flagrante, preventiva ou administrativa militar).

31 | P á g i n a
INRODUÇÃO AO DIREITO CONSTITUCIONAL

2.18. Prisão Civil (Art.5°, LXVII)

De acordo com o inciso Constituição não haverá prisão civil por dívida, no Brasil,
exceto nos casos de: a) inadimplemento voluntário de obrigação alimentícia; e, b) do
depositário infiel.

No entanto o Supremo Tribunal Federal (STF) editou, em 16 de dezembro de


2009, a Súmula Vinculante nº 25, que traduz: “É ilícita a prisão civil de depositário infiel,
qualquer que seja a modalidade do depósito” (STF, 2009). A partir de então, somente é
aplicável no Brasil a prisão civil por dívida ao responsável pelo inadimplemento de obrigação
alimentícia.

A Constituição Federal de 1988 previu duas formas de prisão civil: a do devedor


de alimentos e a do depositário infiel (artigo 5º, inciso LXVII). O depositário infiel é aquele
que recebe a incumbência judicial ou contratual de zelar por um bem, mas não cumpre sua
obrigação e deixa de entregá-lo em juízo, de devolvê-lo ao proprietário quando requisitado, ou
não apresenta o seu equivalente em dinheiro na impossibilidade de cumprir as referidas
determinações. Tal súmula encerra por definitivo as questões e decisões em contrário,
vinculando a administração pública e judiciária.

Há muito tempo já se discutia sobre a possibilidade ou não da prisão de um


cidadão por ser considerado um depositário infiel. Desde a Emenda Constitucional nº 45, a
prisão civil do depositário infiel mostra-se inconstitucional, ocorrendo um choque de normas
constitucionais. Assim, ao introduzir o § 3º no seu artigo 5º, a emenda deu status de emendas
à Constituição também aos tratados internacionais de direitos humanos em que o Brasil for
signatário. Isso ocorre devido à crescente preocupação com a dignidade da pessoa humana e
com a garantia efetiva de seus direitos – indivisíveis e universais.

3. Das Cláusulas Pétreas

São denominadas "cláusulas pétreas" os dispositivos elencados no parágrafo 4º


do artigo 60 da Carta Magna. Assim está disposto:

Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:


(...)
§ 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
I - a forma federativa de Estado;

32 | P á g i n a
INRODUÇÃO AO DIREITO CONSTITUCIONAL

II - o voto direto, secreto, universal e periódico;


III - a separação dos Poderes;
IV - os direitos e garantias individuais. (BRASIL, 1988).

I- Forma federativa de Estado - A denominação República Federativa do Brasil indica


que o país é baseado em uma federação, isto é, composto por vários estados membros.
Não é possível aceitar propostas que possa transformar um dos estados membros em um
Estado (país) independente do Brasil.

II- Voto direto, secreto, universal e periódico - Não é possível a modificar o sistema de
voto direto, onde cada cidadão devidamente alistado tem direito a voto. Deverá sempre
ser secreto (o cidadão tem o direito de não revelar o seu voto, evitando assim
perseguições políticas ou qualquer outra intimidação). Deve também ser universal, ou
seja, todos os brasileiros, natos ou naturalizados têm a oportunidade de se alistar e votar,
a menos que se encaixem em certos casos previstos no artigo 14 da Carta Magna. Deve
este voto ser ainda periódico, ou seja, o cidadão deve ter a oportunidade de votar de
tempos em tempos.

III- A Separação dos Poderes - Não se admite discutir a organização tripartite do Estado
em Judiciário, Legislativo e Executivo.
Saiba mais...
IV- Os Direitos e Garantias Individuais – Cabe ressaltar que, não devemos confundir
garantias fundamentais com garantias individuais, já que as garantias individuais são
O Artigo 142, §2º da CF/88, dispõe que “Não caberá habeas corpus em relação a
espécie do gênero garantias fundamentais.
punições disciplinares militares, entretanto, a doutrina e jurisprudência entendem
que, não cabe habeas corpus no tocante ao mérito das punições disciplinares.

O entendimento é de que todos os princípios de Direito Penal devem ser aplicados


para as infrações administrativas, inclusive o da legalidade, como explica o
Professor Luiz Flávio Gomes: “Todas as garantias do direito penal devem valer para
as infrações administrativas, e os princípios como o da legalidade, tipicidade,
proibição da retroatividade, da analogia, do no bis in idem, da proporcionalidade, da
culpabilidade, etc., Valem integralmente inclusive no âmbito administrativo. Por tal
motivo, entende-se que, nada impede que o poder judiciário examine os
pressupostos de legalidade da punição, cabendo neste caso, a interposição de
Habeas Corpus, mas não para análise do mérito.

33 | P á g i n a
Leia mais: http://jus.com.br/artigos/33191/a-constitucionalidade-do-pedagio-e-sua-
natureza-juridica#ixzz3teUuQP65
INRODUÇÃO AO DIREITO CONSTITUCIONAL

Aconteceu...

18/06/2015

O ex-jogador do Cruzeiro, Anderson Leal de Amorim, conhecido como Donizete


Amorim, está preso no Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp)
Gameleira, na Região Oeste de Belo Horizonte, porque não teria pago pensão
alimentícia. De acordo com a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), ele está
detido desde o dia 29 de maio.

http://g1.globo.com/minas-gerais/noticia/2015/06/ex-jogador-do-cruzeiro-esta-
preso-por-falta-de-pagamento-de-pensao.html

34 | P á g i n a
INRODUÇÃO AO DIREITO CONSTITUCIONAL

Exercícios:

1) Assinale a alternativa adequada quanto às afirmações abaixo:

Em relação à requisição administrativa, prevista no Art. 5º, XXV da CF/88, o


Policial Militar, em caso de iminente perigo público, poderá:

I- Usar da propriedade particular, sem assegurar ao proprietário indenização


ulterior, se houver dano.

II - Requisitar a propriedade particular a fim de satisfazer interesse próprio

III - Usar da propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização


ulterior, se houver dano.

(A) Somente a I está incorreta.

(B) As opções I e III estão corretas.

(C) Somente a III está correta

(D) Somente a II está correta.

2) Assinale a alternativa que indique corretamente a competência Tribunal


do Júri (Art. 5°, XXXVIII).

(A) Julgar crimes contra o patrimônio público

(B) Julgar crimes de homofobia

(C) Julgar crimes culposos contra a vida 35 | P á g i n a

(D) Julgar crimes dolosos contra a vida


INRODUÇÃO AO DIREITO CONSTITUCIONAL

Aula 5 – Militares dos Estados, Distrito Federal e Territórios.

1. Militares Estaduais e Distritais


Você sabia que o primeiro
A Seção III, do Capítulo VII, da Constituição Território Federal criado no
Brasil foi o do Acre.
Federal de 1988, em seu Art. 42, assim dispõe:
Natureza Jurídica
“Os membros das Policias Militares e Corpos
Apesar de ter personalidade
de Bombeiros Militares, instituições organizadas com base jurídica, o Território não é
na hierarquia e disciplina, são militares dos Estados, do dotado de autonomia político,
pois se trata de mera
Distrito Federal e dos Territórios”. (Redação da EC descentralização
18/1998). administrativo-territorial da
União, ou seja, uma autarquia
conforme prescreve o Art. 18,
A Constituição Federal dispõe que as Polícias
§2º da CF/88.
Militares e o os Corpos de Bombeiros Militares,
Atualmente, não existem mais
semelhantemente às Forças Armadas, são instituições Territórios no Brasil. Até
organizadas com base na hierarquia e disciplina. Afirma 1988, existiam três Territórios:
Roraima, Amapá e Fernando
ainda que, que os membros dessas instituições são militares de Noronha.
dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios.
Roraima e Amapá foram
Atualmente, não há mais Territórios Federais no Estado transformados em Estado, já
Fernando de Noronha, foi
brasileiro. Por isso, os membros das Polícias Militares e dos
extinto, sendo incorporado ao
Corpos de Bombeiros Militares são denominados militares Estado de Pernambuco.
estaduais. Apesar de não mais existirem,
é perfeitamente possível a
As patentes dos oficiais militares estaduais criação de novos Territórios
Federais, que continuarão
serão conferidas pelos respectivos Governadores (CF/88,
sendo mera autarquia sem
art. 42, §1º). Já o parágrafo sexto do Artigo 144, afirma que qualquer autonomia político
administrativa.
as Polícias Militares e os Corpos de Bombeiros Militares

36 | P á g i n a
INRODUÇÃO AO DIREITO CONSTITUCIONAL

subordinam-se, juntamente com as polícias civis, aos Governadores dos Estados, do Distrito
Federal e dos Territórios. Portanto, as instituições supra citadas, têm como chefe supremo o
governador local.

Tanto as Polícias Militares quanto os Corpos de Bombeiros, são também forças


auxiliares e reserva do Exército. Portanto, em caso de Estado de emergência ou Estado de
sítio, ou em decorrência de uma guerra, os integrantes destas corporações poderão ser
requisitados pelo Exército para exercerem funções diversas da área de segurança pública.

Fica evidente que as atividades delegadas pela Constituição a essas duas


instituições são atividades essenciais e imprescindíveis para a sociedade; logo, a interrupção
da execução dessas atividades corresponde a um atentado violento ao Estado Democrático de
Direito, que pode ensejar um verdadeiro caos social.

1.1. Organização e Manutenção dos Militares Distritais

O art. 21 da Constituição Federal dispõe o seguinte:

Art. 21. Compete a União


XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros
militar do Distrito Federal, bem como prestar assistência financeira ao Distrito
Federal para a execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio; (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998). (BRASIL, 1998).

Nesse aspecto, ficou claro que, tanto remuneração quanto a organização das
instituições militares distrital é de total responsabilidade da União, ou seja, do governo
federal.

2. Direito de Greve dos Militares Distritais e Estaduais

No início do ano de 2012, ocorreu em vários estados, uma onda de greves dos
Policiais e Bombeiros Militares, culminado em um aumento absurdo da criminalidade, fato
que trouxe bastante temor à população brasileira, causando inúmeros prejuízos à sociedade.

Os meios de comunicação noticiavam, diuturnamente, o aumento alarmante nos


números de homicídios, roubos e furtos, esses números praticamente quadruplicaram no
período da greve dos militares estaduais nos Estados da Bahia, Ceará e Rio de Janeiro.

37 | P á g i n a
INRODUÇÃO AO DIREITO CONSTITUCIONAL

Existem alguns doutrinadores que defendem a constitucionalidade da greve dos


militares estaduais, sob o argumento de que o artigo 142 da Constituição Federal (que veda à
sindicalização e à greve) se refere apenas aos militares federais, membros das Forças
Armadas. Os militares estaduais são tratados em outro capítulo, portanto, teriam o direito de
utilização da greve, como instrumento de pressão no Poder Público.

Outro embasamento utilizado por esses doutrinadores está calcado no princípio da


dignidade da pessoa humana (CF/88, art. 1º, inciso III), sendo na verdade, um argumento
humanitário e social, sustentando, que se trata de uma cláusula pétrea, portanto, se os
militares estaduais estivessem sendo privados de sua dignidade humana devido às condições
precárias do trabalho, podiam sim paralisar seus serviços em busca do atendimento de suas
reivindicações.

Em que pese os ótimos fundamentos, ora sustentados por esses doutrinadores,


esse não é o entendimento do STF (Supremo Tribunal Federal), na condição de guardião
máximo da Constituição Federal. Durante o julgamento da Reclamação Constitucional 6.568,
ocasião em que entendeu, que alguns serviços públicos, em razão de sua essencialidade e
imprescindibilidade para a sociedade, deverão, sempre, ser prestados em sua totalidade,
vedando a paralisação (total ou parcial) dos agentes públicos responsáveis por essas
atividades.

O STF, por analogia aos militares federais, vedou também o exercício do direito
de greve aos policiais civis do Estado de São Paulo, a pedido da Procuradoria Geral do
Estado, afirmando que os servidores que exerçam atividades indelegáveis do Estado, das
quais dependam a manutenção da ordem pública, da segurança pública, da saúde pública e da
administração da Justiça, não estão inseridos no elenco dos servidores detentores do direito de
greve.

Entendeu também, que os servidores públicos que estão relacionados a grupos


armados, como os militares (federais e estaduais) e os policiais civis, não possuem a
faculdade de interromper suas funções, pois não dispõem do direito de greve.

Assim se manifestou o STF:

EMENTA: RECLAMAÇÃO. SERVIDOR PÚBLICO. POLICIAIS CIVIS.


DISSÍDIO COLETIVO DE GREVE. SERVIÇOS OU ATIVIDADES
PÚBLICAS ESSENCIAIS. COMPETÊNCIA PARA CONHECER E
38 | P á g i n a
INRODUÇÃO AO DIREITO CONSTITUCIONAL

JULGAR O DISSÍDIO. Artigo 114, inciso I, da Constituição do Brasil.


DIREITO DE GREVE. Artigo 37, inciso VII, da constituição do Brasil. LEI
N. 7.783/89. INAPLICABILIDADE AOS SERVIDORES PÚBLICOS.
DIREITO NÃO ABSOLUTO. RELATIVIZAÇÃO DO DIREITO DE
GREVE EM RAZÃO DA ÍNDOLE DE DETERMINADAS ATIVIDADES
PÚBLICAS. Amplitude da decisão proferida no julgamento do Mandado de
injunção n. 712. art. 142, § 3º, inciso IV, da constituição do Brasil.
interpretação da constituição. AFRONTA AO DECIDIDO NA ADI 3.395.
INCOMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO PARA DIRIMIR
CONFLITOS ENTRE SERVIDORES PÚBLICOS E ENTES DA
ADMINISTRAÇÃO ÀS QUAIS ESTÃO VINCULADOS. RECLAMAÇÃO
JULGADA PROCEDENTE. 1. O Supremo Tribunal Federal, ao julgar o MI
n. 712, afirmou entendimento no sentido de que a Lei n. 7.783/89, que
dispõe sobre o exercício do direito de greve dos trabalhadores em geral, é ato
normativo de início inaplicável aos servidores públicos civis, mas ao Poder
Judiciário dar concreção ao artigo 37, inciso VII, da Constituição do Brasil,
suprindo omissões do Poder Legislativo. 2. Servidores públicos que exercem
atividades relacionadas à manutenção da ordem pública e à segurança
pública, à administração da Justiça --- aí os integrados nas chamadas
carreiras de Estado, que exercem atividades indelegáveis, inclusive as de
exação tributária --- e à saúde pública. A conservação do bem comum exige
que certas categorias de servidores públicos sejam privadas do exercício do
direito de greve. Defesa dessa conservação e efetiva proteção de outros
direitos igualmente salvaguardados pela Constituição do Brasil. 3. Doutrina
do duplo efeito, segundo Tomás de Aquino, na Suma Teológica (II Seção da
II Parte, Questão 64, Artigo 7). Não há dúvida quanto a serem, os servidores
públicos, titulares do direito de greve. Porém, tal e qual é lícito matar a
outrem em vista do bem comum, não será ilícita a recusa do direito de greve
a tais e quais servidores públicos em benefício do bem comum. Não há
mesmo dúvida quanto a serem eles titulares do direito de greve. A
Constituição é, contudo, uma totalidade. Não um conjunto de enunciados
que se possa ler palavra por palavra, em experiência de leitura bem
comportada ou esteticamente ordenada. Dela são extraídos, pelo intérprete,
sentidos normativos, outras coisas que não somente textos. A força
normativa da Constituição é desprendida da totalidade, totalidade normativa,
que a Constituição é. Os servidores públicos são, seguramente, titulares do
direito de greve. Essa é a regra. Ocorre, contudo, que entre os serviços
públicos há alguns que a coesão social impõe sejam prestados plenamente,
em sua totalidade. Atividades das quais dependam a manutenção da ordem
pública e a segurança pública, a administração da Justiça --- onde as
carreiras de Estado, cujos membros exercem atividades indelegáveis,
inclusive as de exação tributária --- e a saúde pública não estão inseridos no
elenco dos servidores alcançados por esse direito. Serviços públicos
desenvolvidos por grupos armados: as atividades desenvolvidas pela polícia
civil são análogas, para esse efeito, às dos militares, em relação aos quais a
Constituição expressamente proíbe a greve [art. 142, § 3º, IV]. (...) Pedido
julgado procedente. (EROS GRAU, 2009).

O Doutrinador Pedro Lenza, explica que a segurança pública, em nível estadual,


foi atribuída às Polícias Civis, às Polícias Militares e aos Corpos de Bombeiros. Lembrando

39 | P á g i n a
INRODUÇÃO AO DIREITO CONSTITUCIONAL

que o policiamento ostensivo e a preservação da ordem pública (polícia administrativa)


ficaram a cargo das Polícias Militares, forças auxiliares e reservas do Exército.

No que diz respeito ao direito de greve dos militares estaduais, o festejado


doutrinador preleciona que:

Nos termos do art. 142, §3º, IV, ao militar são proibidas a sindicalização e a
greve, Assim, os membros das Forças Armadas (Marinha, Exército e
Aeronáutica), bem como os militares dos Estados, do DF e dos Territórios
(membros das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares – art. 42,
§1º, que determina a aplicação do art. 142, §3º) estão proibidos de exercer o
direito de greve, confirmando, então, que referido direito fundamental não é
absoluto. (LENZA, 2010, p. 731)

O assunto também é tratado pela Constuição do Estado do Rio de Janeio, na


Seção IV, na forma a seguir:

DOS SERVIDORES PÚBLICOS MILITARES


Art. 91 - São servidores militares estaduais os integrantes da Polícia Militar e
do Corpo de Bombeiros Militar.
§ 1º - (...)
§ 2º - (...)
§ 3º - (...)
§ 4º - (...)
§ 5º - Ao servidor militar são proibidas a sindicalização e a greve, sendo
livre, no entanto, a associação de natureza não sindical, sem fins lucrativos,
garantido o desconto em folha de pagamento das contribuições
expressamente autorizadas pelo associado.
§ 6º - O militar, enquanto em efetivo serviço, não pode estar filiado a
partidos políticos.
§ 7º - O oficial e a praça só perderão o posto, a patente e a graduação se
forem julgados indignos do oficialato, da graduação ou com eles
incompatíveis, por decisão de tribunal competente.
§ 8º - O oficial condenado na justiça comum ou militar a pena privativa de
liberdade superior a dois anos, por sentença transitada em julgado, será
submetido ao julgamento previsto no parágrafo anterior.
§ 9º - (...)
§ 10 - (...)
§ 11 - O Estado fornecerá aos servidores militares os equipamentos de
proteção individual adequados aos diversos riscos a que são submetidos em
suas atividades operacionais.
§ 12 - Será designado para as corporações da Polícia Militar e do Corpo de
Bombeiros Militar um pastor evangélico que desempenhará a função de

40 | P á g i n a
INRODUÇÃO AO DIREITO CONSTITUCIONAL

orientador religioso em quartéis, hospitais e presídios com direito a ingressar


no oficialato capelão.
§ 13 - O servidor público militar estadual demitido por ato administrativo, se
absolvido pela justiça, na ação que deu causa a demissão, será reintegrado à
Corporação com todos os direitos restabelecidos. (Acrescentado pela
Emenda Constitucional nº 45, de 25.06.10).
Art. 92 - Aos servidores militares ficam assegurados os seguintes direitos:
(Regulamentado pela Lei nº 1890, de 14.11.91)
I - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que recebem
remuneração variável;
II - décimo terceiro salário com base na remunerarão integral ou no valor da
aposentadoria;
III - salário-família para os seus dependentes;
IV - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do
que o salário normal;
V - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração
de cento e vinte dias;
VI - licença-paternidade, nos termos fixados em lei;
VII - licença especial para os adotantes, nos termos fixados em lei;
VIII - elegibilidade do alistável, atendidas as seguintes condições:
a) se contar menos de dez anos de serviço deverá afastar-se da atividade;
b) se contar mais de dez anos de serviço será agregado pela autoridade
superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a
inatividade.
IX - aos servidores militares estaduais será permitido o porte de arma, para a
sua defesa pessoal e dos concidadãos, fora do horário de serviço. (Inciso
regulamentado pela Lei nº 1890, de 14.12.91, que regulamenta o disposto no
inciso IX do artigo 92 da Constituição do Estado do Rio de Janeiro.)
Parágrafo único - (...)
93 - A lei disporá sobre a pensão militar estadual. (RIO DE JANEIRO,
1989).

41 | P á g i n a
INRODUÇÃO AO DIREITO CONSTITUCIONAL

Saiba mais...
Embora o §13 do Art. 91 da Constituição do Estado do Rio de Janeiro disponha que:

O servidor público militar estadual demitido por ato


administrativo, se absolvido pela justiça, na ação que deu causa a
demissão, será reintegrado à Corporação com todos os direitos
restabelecidos. (Acrescentado pela Emenda Constitucional nº 45,
de 25.06.10).

A Jurisprudência e a Doutrina dominante entendem que, o efeito da sentença


absolutória na esfera criminal, somente vinculará na esfera administrativa, quando
for declarada a inexistência do fato ou negativa de sua autoria. Caso haja absolvição
por falta de provas, não haverá repercussão na esfera administrativa.

VER ART. 386, VI, DO CPP.

http://www.jusbrasil.com.br/topicos/1188766/sentenca-absolutoria-criminal

Aconteceu...
10/02/2012 Nesta sexta-feira, a Justiça Militar expediu mandados de prisão contra 11 líderes grevistas; nove
foram presos até o momento mais de 150 Policiais Militares foram presos administrativamente no Rio de
Janeiro por transgressões disciplinares. Dos 11 mandados de prisão expedidos contra líderes grevistas da

corporação, nove foram cumpridos até o momento.

A PM deve divulgar nas próximas horas um balanço completo sobre as prisões de policiais grevistas na capital
fluminense e no interior do estado.

Os mandados de prisão foram expedidos nesta sexta-feira pela Justiça Militar. A Polícia Militar (PM) ainda não
divulgou os nomes dos policiais militares que são procurados. O porta-voz da PM, Coronel Frederico Caldas,
informou que os serviços estão mantidos e os comandantes estão presentes em todas as unidades.

“Montamos um gabinete de gestão e todas as viaturas estão sendo monitoradas. Estamos com um reforço do
Bope [Batalhão de Choque] para dar uma sensação de segurança maior”, informou o coronel, que garantiu que
a greve não teve adesão em nenhuma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). Anúncio ocorreu ao final de uma
manifestação que durou quase seis horas, na Cinelândia, no centro do Rio, com participação de cerca de 3 mil
pessoas, segundo a PM.

O porta-voz da PM também descartou a necessidade de reforço por parte das Forças Armadas no Rio de
Janeiro.

A greve declarada no Rio acontece após uma paralisação da Polícia Militar baiana que segue desde o dia 31 de
42 | P á g i n a
janeiro, com altos índices de criminalidade registrados no Estado nesse período, incluindo ao menos 150
homicídios.
INRODUÇÃO AO DIREITO CONSTITUCIONAL

Exercícios:

1) Assinale a alternativa adequada quanto às afirmações abaixo:

Em relação aos militares estadual e distrital, conforme dispõe o Art. 42 da


CF/88, podemos afirmar que fazem parte as seguintes corporações:

I- Policia Militar, Corpo de Bombeiro Militar e Polícia Civil.

II- Bombeiro Militar Guarda Municipal e Polícia Civil.

III- Polícia Militar e Bombeiro Militar.

(A) Somente a I está incorreta.

(B) As opções I e III estão corretas.

(C) Somente a III está correta

(D) Somente a II está correta.

2) Assinale a alternativa correta:

Estudamos que, tanto as Polícias Militares quanto os Corpos de Bombeiros, são


também forças auxiliares e reserva do Exército, portanto, em caso de.........................
os integrantes destas corporações poderão ser requisitados pelo Exército para
exercerem funções diversas da área de segurança pública.

(A) Emergência ou Estado de necessidade, ou em decorrência de uma guerra.

(B) Emergência ou Estado de sítio, ou em decorrência de uma guerra.

(C) Emergência ou Estado de sítio, ou em decorrência de guerra do tráfico.


43 | P á g i n a
(D) Emergência ou Estado crítico, ou em decorrência de uma guerra.
INRODUÇÃO AO DIREITO CONSTITUCIONAL

Aula 6 – Organização dos Poderes.

1. Poderes Constituídos Na antiguidade, vários


filósofos e pensadores
O Estado que organiza a sua atividade em três
defendiam uma forma de
funções: a de fazer as leis, a de julgar os conflitos e a de
equilíbrio no poder político, a
realizar a Administração Pública. Por essa razão é que hoje
fim de que o poder não ficasse
grande parte dos países têm os chamados três poderes.
nas mãos de uma única pessoa
1.1. Poder Legislativo ou instituição.

É aquele que tem a atribuição de elaborar ou Por volta do ano de 1689,


modificar as leis. Existe poder legislativo nas esferas da Charles Montesquieu, filósofo
União, Estados e Municípios. francês, em sua obra “O
Espírito das Leis”, defendeu
1.1.1. União
uma reformulação nas
O Poder Legislativo na esfera Federal é
instituições políticas, através
bicameral, ou seja, composto por duas casas legislativas:
da “Teoria dos três Poderes”.

a) Senado Federal: Cada estado ou Distrito A referida teoria defendia a

Federal elegem três representantes no Senado, dando o divisão tripartite, a qual,

mesmo peso a todos os estados do país, diferentemente do poderia se tornar uma solução

que ocorre na Câmara dos Deputados, onde o número de frente aos desmandos

Deputados é proporcional ao número de habitantes de cada praticados pelo poder

estado. Dentre outras atribuições, existem algumas que são absolutista da época.

exclusivas dos Senadores, como por exemplo: Processar e


julgar o Presidente da República e seus Ministros, Ministros do STF e o chefe do Ministério

44 | P á g i n a
INRODUÇÃO AO DIREITO CONSTITUCIONAL

Público. Para se candidatar é preciso ter idade mínima de 35 anos, enquanto para ser
Deputado Federal a idade mínima é de 21 anos.

b) Câmara dos Deputados: Assim como os Senadores, os Deputados Federais


são eleitos pela população de cada estado e do Distrito Federal, sendo o número de vagas
definidas por lei complementar, variando de 8 a 70 vagas, conforme o tamanho da população
local. Como representante do povo, esse parlamentar tem duas atribuições principais,
estabelecidas na Constituição: legislar e fiscalizar. O Deputado Federal também pode propor
novas leis, alteração ou revogação das já leis existentes e também propor emendas à
Constituição Federal através de uma PEC, (Projeto de Emenda Constitucional).

1.1.2. Estados

Os Deputados Estaduais ou Distritais, são eleitos pelo sistema proporcional para


integrar, respectivamente, as Assembléias Legislativas dos Estados, ou a Câmara Legislativa,
no caso do Distrito Federal.

As Assembléias Legislativas possuem atribuições equivalentes às da Câmara dos


Deputados. O Deputado Estadual também pode propor novas leis, alteração ou revogação das
já leis existentes e também propor emendas à Constituição Estadual, através de uma PEC,
(Projeto de Emenda Constitucional). Tambem é responsável por fiscalizar o Governador, seus
Secretários etc.

Quanto aos Deputado Distritais, além das funções de competência estadual,


exercem também cumulativamente as funções de competência legislativa municipal. A
Câmara Legislativa foi uma inovação trazida pela CRFB/88, ocupando uma posição peculiar
na República. Como o Distrito Federal acumula as competências legislativas estaduais e
municipais, o Constituinte optou pelo nome Câmara Legislativa, que é uma junção das
denominações Câmara dos Vereadores, dos municípios, com Assembléia Legislativa, dos
Estados.

1.1.3. Municípios:

O Vereador é eleito pelo sistema proporcional para integrar a Câmara Municipal, o


principal órgão do Poder Legislativo em cada município. As funções dos Vereadores
equivalem às dos Deputados Estaduais, porém, na esfera Municipal. O Vereador também pode

45 | P á g i n a
INRODUÇÃO AO DIREITO CONSTITUCIONAL

propor novas leis, alteração ou revogação das já leis existentes e também propor emendas à
Lei Orgânica Municipal, fiscalizar o Prefeito e seus Secretários etc.

Significado da palavra vereador: Originário do grego antigo verea, que significa


vereda, caminho. Vereador seria o que vereia, trilha, ou orienta os caminhos. No idioma
brasileiro existe o verbo verear, que significa a pessoa que vereia, sendo aquela que tem como
obrigação zelar pelo bem estar dos seus munícipes.

1.2. Poder Executivo

O Poder Executivo tem a função de executar as leis já existentes e de propor a


aprovação de novas leis segundo a necessidade do Estado e do povo.

No Brasil o poder executivo é organizado em três esferas, as quais são lideradas


por um representante. A esfera federal, a qual é representada pelo Presidente da República; a
esfera estadual, representada pelo Governador; e a esfera municipal que é representada pelo
Prefeito. Em caso de algum impedimento, o Presidente da República pode ser substituído pelo
Vice-presidente, Presidente da Câmara dos Deputados, Presidente do Senado Federal e
Presidente do Supremo Tribunal Federal, nessa sequência, arts. 79 e 80, da CRFB/88. Quanto
ao Governador, a substituição se dá conforme a Constituição de cada Estado. No Rio de
Janeiro, a substituição segue a seguinte ordem: Vice-governador, Presidente da Assembléia
Legislativa e Presidente do Tribunal de Justiça. Já os Prefeitos, fica a critério da respectiva Lei
Orgânica, sendo geralmente substituído pelo vice-prefeito e Presidente da Câmara Municipal.

1.3. Poder Judiciário

É composto por Juízes (em 1ª instância), Desembargadores (em 2ª instância) e


Ministros (STF, STJ, TSE, TST e STM). O Poder Judiciário tem a obrigação de julgar
quaisquer conflitos que possam surgir no País, baseando-se nas Leis que se encontram em
vigor. Cabe-lhe a função de aplicar as Leis, julgando de maneira imparcial e isenta,
determinada situação e as pessoas nela envolvidas, determinando quem tem razão e se alguém
deve ou não ser punido por infração à Lei.

De acordo com o art. 92 da Constituição Federal, são órgãos do Poder Judicipario:


Supremo Tribunal Federal (STF); Conselho Nacional de Justiça (CNJ); Superior Tribunal de
Justiça (STJ); Tribunais Regionais Federais (TRF) e Juízes Federais; Tribunais e Juízes do

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INRODUÇÃO AO DIREITO CONSTITUCIONAL

Trabalho; Tribunais e Juízes Eleitorais; Tribunais e Juízes Militares; Tribunais dos Estados, do
Distrito Federal e dos Territórios.

No sistema Judiciário brasileiro, há órgãos que funcionam no âmbito da União e


dos estados, incluindo o Distrito Federal e Territórios. Como regra, os processos se originam
na primeira instância, podendo ser levados, por meio de recursos, para a segunda instância,
para o STJ (ou demais tribunais superiores) e até para o STF, que dá a palavra final em
disputas judiciais no país em questões constitucionais. Mas há ações que podem se originar na
segunda instância e até nas Cortes Superiores. É o caso de processos criminais contra
autoridades com prerrogativa de foro.

Parlamentares federais, ministros de estado, o presidente da República, entre


outras autoridades, têm a prerrogativa de ser julgados pelo STF quando processados por
infrações penais comuns. Nesses casos, o STJ é a instância competente para julgar
governadores. Já à segunda instância da Justiça comum – os tribunais de Justiça – cabe julgar
prefeitos acusados de crimes comuns.

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INRODUÇÃO AO DIREITO CONSTITUCIONAL

Saiba mais...

Consoante previsão do artigo 101 da Constituição Federal de 1988, o Supremo


Tribunal Federal compõe-se de 11 (onze) membros, os quais, uma vez empossados,
passam a ser ministros com imediata vitaliciedade.

Os requisitos constitucionais para ser ministro do STF são cinco: 1) ser brasileiro
nato; 2) idade entre 35 (trinta e cinco) a 65 (sessenta e cinco) anos; 3) estar no gozo
dos direitos políticos; 4) possuir notável saber jurídico; e 5) ter reputação ilibada.

Qualquer pessoa que preencha, cumulativamente, esses requisitos poderá ser


escolhida livremente pelo chefe do Executivo, sendo que o escolhido deverá ser
argüido pelo Senado Federal e ter aprovação da maioria absoluta de seus membros.

Após isso, o Presidente da República poderá nomear. Não se aplica ao STF o quinto
constitucional previsto no artigo 94 da atual Constituição Federal, o que implica
dizer que não há a obrigatoriedade de haver ministros que sejam oriundos do
Ministério Público e da advocacia.

Quinto Constitucional (Art. 94 da CF/88). É o mecanismo que confere vinte por


cento dos assentos existentes nos tribunais aos Advogados e Promotores de Justiça,
isto é, uma em cada cinco vagas nas cortes de justiça é reservada para profissionais
que não se submetem a concurso público de provas e títulos; a Ordem dos
Advogados ou o Ministério Público, livremente, formam lista sêxtupla, remete para
os tribunais e estes selecionam três, encaminhando para o Executivo que nomeia um
desses nomes. Essas indicações são suficientes para o Advogado ou o Promotor
deixar suas atividades e iniciar nova carreira, mas já como Desembargador ou
Ministro.

http://www.ibrajus.org.br/revista/artigo.asp?idArtigo=76

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INRODUÇÃO AO DIREITO CONSTITUCIONAL

Aconteceu...

Lista de alguns Parlamentares cassados ou que renunciaram o mandato no Brasil

Suplente
Senador Naturalidade Eleito pelo Resumo da cassação
efetivado

Demóstenes DEM-GO Ocorreu em 11/07/2012 acusado de


Anicuns, GO Wilder Morais
Torres (2010) associação a Carlinhos Cachoeira

Suplente
Deputado federal Naturalidade Eleito pelo Resumo da cassação
efetivado

PMDB-RO Ocorreu em 12/02/2014 acusado


Natan Donadon Porecatu, PR Amir Lando
(2010) de quebra do decoro parlamentar

Suplente
Deputado federal Naturalidade Eleito pelo Resumo da cassação
efetivado

PT-PR Ocorreu em 10/12/2014 acusado Marcelo


André Vargas Assaí, PR
(2010) de quebra do decoro parlamentar Almeida

Deputado Suplente
Naturalidade Eleito pelo Motivo da renúncia
federal efetivado

Santa PMDB-BA Ocorreu em 15/08/2006 por causa


Coriolano Sales Roland Lavigne
Teresinha, BA (2002) do Escândalo dos Sanguessugas.

PMDB-ES Ocorreu em 21/08/2006 por causa


Marcelino Fraga Muqui, ES Ricardo Santos
(2002) do Escândalo dos Sanguessugas.

https://pt. wikipedia.org/wiki/Lista_de_parlamentares_cassados_no_Brasil

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INRODUÇÃO AO DIREITO CONSTITUCIONAL

Exercícios:

1) Assinale a alternativa adequada quanto às afirmações abaixo:

Em relação à atribuição do Poder Legislativo é correto afirmar que:

I- É aquele que tem a atribuição de elaborar ou modificar as leis.

II - É aquele composto por Juízes (em 1ª instância), Desembargadores (em 2ª


instância) e Ministros (STF ou STJ).

III - É aquele que tem a atribuição de executar as leis já existentes e de propor a


aprovação de novas leis segundo a necessidade do Estado e do povo.

(A) Somente a I está correta.

(B) As opções I e III estão corretas.

(C) Somente a III está correta

(D) Somente a II está correta.

2) Assinale a alternativa correta:

Estudamos que, no Brasil o poder executivo é organizado em três esferas, as quais


são lideradas por um representante.

(A) Na esfera da União (Vereador Federal).

(B) Na esfera Estadual (Senador).

(C) Na esfera Municipal (Desembargador)

(D) Na esfera da União (Presidente da República).

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INRODUÇÃO AO DIREITO CONSTITUCIONAL

Aula 7 – Segurança Pública (Parte I).

1. Segurança Pública

Com a promulgação da Constituição da República Federativa do Brasil, em 1988,


historicamente, pela primeira vez a Segurança Pública teve Segurança Pública
sua estruturação regulada na própria constituição, a qual,
A Segurança Pública é
através do seu artigo 144, instituiu o rol taxativo dos órgãos
composta por um conjunto de
que compõem a segurança pública, bem como as suas
órgãos legalmente constituídos
respectivas atribuições.
com o objetivo de preservar e
Estudaremos sobre as polícias preventivas e as garantir a ordem pública, bem
repressivas, conhecendo assim as duas grandes divisões da como a segurança de pessoas e
Polícia: Administrativa e Judiciária, visto que ambas são patrimônios. Nesta linha de
responsáveis pelo desenvolvimento da atividade policial. raciocínio, a segurança não
tem o objetivo de se contrapor
2. Polícias Administrativas e Judiciárias
ou mitigar os direitos e
a) Polícia administrativa: Destinada a proteger
garantias do cidadão, devendo
a liberdade e a propriedade através do policiamento
sim, através do desempenho
ostensivo preventivo ou repressivo, através dos quais, terá a
das suas inúmeras e complexas
atribuição de evitar ou reprimir danos e perigos provocados
competências, proporcionar e
pelo homem.
transmitir, onde atuar,
b) Polícia Judiciária: Cabem tarefas verdadeira sensação da
investigatórias dos delitos penais, exceto os militares, para presença protetora do Estado.
fornecer da melhor forma ao Ministério Público, elementos
que lhe são necessários para formar a devida ação penal
pública.

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INRODUÇÃO AO DIREITO CONSTITUCIONAL

3. Órgãos de Segurança Pública e Suas Atribuições

De acordo com a Constituição Feral de 88, a segurança pública é exercida da


seguinte forma:

Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de


todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das
pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos:
I - polícia federal;
II - polícia rodoviária federal;
III - polícia ferroviária federal;
IV - polícias civis;
V - polícias militares e corpos de bombeiros militares. (BRASIL, 1988).

4. Polícia Federal

Assim está definida e organizada a Polícia Federal, na previsão do art. 144 da


CRFB/88:

§ 1º A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente, organizado


e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se a: (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998).
I - apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento
de bens, serviços e interesses da União ou de suas entidades autárquicas e
empresas públicas, assim como outras infrações cuja prática tenha
repercussão interestadual ou internacional e exija repressão uniforme,
segundo se dispuser em lei.
II - prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o
contrabando e o descaminho, sem prejuízo da ação fazendária e de outros
órgãos públicos nas respectivas áreas de competência;
III - exercer as funções de polícia marítima, aérea e de fronteiras;
III - exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
IV - exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União.
(BRASIL, 1988).

A Lei nº 10.446/2002, em seu art. 1º, traz uma lista de crimes que foram
escolhidos pelo legislador e que podem ser investigados pela Polícia Federal. No caso dos
delitos previstos neste artigo 1º, não importa se eles serão ou não julgados pela Justiça
Federal. A atribuição para investigá-los será da Polícia Federal.

Assim, quando houver repercussão interestadual ou internacional que exija


repressão uniforme, a Polícia Federal poderá investigar as seguintes infrações penais:
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INRODUÇÃO AO DIREITO CONSTITUCIONAL

I – seqüestro e cárcere privado (art. 148 do CP) e extorsão mediante


seqüestro (art. 159), se o agente foi impelido por por motivação política ou
quando praticado em razão da função pública exercida pela vítima;
II – formação de cartel (incisos I, a, II, III e VII do art. 4º da Lei nº
8.137/90);
III – crimes em que haja violação a direitos humanos que o Brasil se
comprometeu a reprimir em decorrência de tratados internacionais de que
seja parte; e
IV – furto, roubo ou receptação de cargas, inclusive bens e valores,
transportadas em operação interestadual ou internacional, quando houver
indícios da atuação de quadrilha ou bando em mais de um Estado da
Federação;
V – falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a
fins terapêuticos ou medicinais e venda, inclusive pela internet, depósito ou
distribuição do produto falsificado, corrompido, adulterado ou alterado (art.
273 do CP). (BRASIL, 2002).

Observação: A Polícia Federal irá investigá-los sem prejuízo da responsabilidade das Polícias
Militares e Civis dos Estados, ou seja, tais órgãos de segurança pública também poderão
contribuir com as investigações.

Cabe ressaltar que a lista do art. 1º da Lei n.° 10.446/2002 é exemplificativa.


Assim, o Departamento de Polícia Federal poderá investigar outras infrações penais que não
estejam nesta lista, desde que:

• Tal providência seja autorizada ou determinada pelo Ministro de Estado da


Justiça;

• A infração tenha repercussão interestadual ou internacional e exija repressão


uniforme.

Essa autorização mais genérica está prevista no parágrafo único do art. 1º da Lei
n.° 10.446/2002.

A Lei nº. 13.124/2015 acrescentou mais um inciso ao art. 1º da Lei n.°


10.446/2002 prevendo um novo rol de crimes que poderão ser investigados pela Polícia
Federal. Confira:

Art. 1º Na forma do inciso I do § 1º do art. 144 da Constituição, quando


houver repercussão interestadual ou internacional que exija repressão
uniforme, poderá o Departamento de Polícia Federal do Ministério da

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INRODUÇÃO AO DIREITO CONSTITUCIONAL

Justiça, sem prejuízo da responsabilidade dos órgãos de segurança pública


arrolados no art. 144 da Constituição Federal, em especial das Polícias
Militares e Civis dos Estados, proceder à investigação, dentre outras, das
seguintes infrações penais:
(...)
VI – furto, roubo ou dano contra instituições financeiras, incluindo agências
bancárias ou caixas eletrônicos, quando houver indícios da atuação de
associação criminosa em mais de um Estado da Federação. (BRASIL, 2015).

Todos os crimes acima listados continuam sendo, em regra, de competência da


Justiça Estadual. Apenas a INVESTIGAÇÃO de tais delitos é que passou para a esfera
federal. Assim, a Polícia Federal realiza o inquérito policial e depois o remete para o juiz de
Direito e o Promotor de Justiça que irão dar início e prosseguimento no processo penal.

A Polícia Federal exerce tanto as funções de Polícia Judiciária quanto a de Polícia


Administrativa.

Observação: O art. 334 do Código Penal menciona os crimes de contrabando e descaminho.


Embora eles estejam no mesmo artigo, são crimes distintos e quase sempre confundidos.

Contrabando: É o ato de transportar e comercializar ilegalmente, produtos proibidos por lei


no país. Um exemplo claro de contrabando são as armas e drogas que atravessam as fronteiras
do país, muitas vezes junto com produtos piratas no seu carregamento. Pode acontecer
também o caso de contrabando de animais silvestres. Neste caso, a retirada dos animais de seu
habitat natural e sua comercialização são proibidos e o transporte é feito de maneira ilegal.

Descaminho: Corresponde, muitas vezes, ao crime de sonegação fiscal. Ocorre quando há a


entrada ou saída de produtos permitidos no país sem que os mesmos recolham impostos ou
sejam submetidos aos trâmites burocráticos necessários nessas operações. Diferentemente do
contrabando, o crime de descaminho pode ser sanado com o devido pagamento dos impostos
pelas mercadorias importadas ou exportadas, enquanto que no contrabando, não há fiança.

5. Polícia Rodoviária Federal

A Polícia Rodoviária Federal se encontra definida no parágrafo 2º do art. 144 da


CRFB/88:

§ 2º A polícia rodoviária federal, órgão permanente, organizado e mantido


pela União e estruturado em carreira, destina-se, na forma da lei, ao

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INRODUÇÃO AO DIREITO CONSTITUCIONAL

patrulhamento ostensivo das rodovias federais. (Redação dada pela Emenda


Constitucional nº 19, de 1998). (BRASIL, 1998).

O Código de Trânsito Brasileiro, instituído pela Lei Nº 9.503, de 23 de setembro


de 1997, em seu art. 20, traz as principais atribuições da Polícia Rodoviária Federal:

Art. 20. Compete à Polícia Rodoviária Federal, no âmbito das rodovias e


estradas federais:
I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de trânsito, no âmbito de
suas atribuições;
II - realizar o patrulhamento ostensivo, executando operações relacionadas
com a segurança pública, com o objetivo de preservar a ordem,
incolumidade das pessoas, o patrimônio da União e o de terceiros;
III - aplicar e arrecadar as multas impostas por infrações de trânsito, as
medidas administrativas decorrentes e os valores provenientes de estada e
remoção de veículos, objetos, animais e escolta de veículos de cargas
superdimensionadas ou perigosas;
IV - efetuar levantamento dos locais de acidentes de trânsito e dos serviços
de atendimento, socorro e salvamento de vítimas;
V - credenciar os serviços de escolta, fiscalizar e adotar medidas de
segurança relativas aos serviços de remoção de veículos, escolta e transporte
de carga indivisível;
VI - assegurar a livre circulação nas rodovias federais, podendo solicitar ao
órgão rodoviário a adoção de medidas emergenciais, e zelar pelo
cumprimento das normas legais relativas ao direito de vizinhança,
promovendo a interdição de construções e instalações não autorizadas;
VII - coletar dados estatísticos e elaborar estudos sobre acidentes de trânsito
e suas causas, adotando ou indicando medidas operacionais preventivas e
encaminhando-os ao órgão rodoviário federal;
VIII - implementar as medidas da Política Nacional de Segurança e
Educação de Trânsito;
IX - promover e participar de projetos e programas de educação e segurança,
de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo CONTRAN;
X - integrar-se a outros órgãos e entidades do Sistema Nacional de Trânsito
para fins de arrecadação e compensação de multas impostas na área de sua
competência, com vistas à unificação do licenciamento, à simplificação e à
celeridade das transferências de veículos e de prontuários de condutores de
uma para outra unidade da Federação;
XI - fiscalizar o nível de emissão de poluentes e ruído produzidos pelos
veículos automotores ou pela sua carga, de acordo com o estabelecido no art.
66, além de dar apoio, quando solicitado, às ações específicas dos órgãos
ambientais. (BRASIL, 1997).

A Polícia Rodoviária Federal exerce praticamente atividades típicas de polícia


administrativa, como a fiscalização das rodovias federais, através do patrulhamento ostensivo,

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INRODUÇÃO AO DIREITO CONSTITUCIONAL

o qual tem objetivo de garantir obediência às normas de trânsito, assegurando a livre


circulação e evitando acidentes.

O Departamento de Polícia Rodoviária Federal é um órgão do Ministério da


Justiça, logo faz parte do Poder Executivo Federal. Assim como as demais polícias, têm
também como missão a Segurança Pública, além das suas atribuições específicas de prestar
segurança aos usuários das rodovias federais, socorro às vitimas de acidentes de trânsito,
aplicar multas impostas por infrações de trânsito, etc.

56 | P á g i n a
INRODUÇÃO AO DIREITO CONSTITUCIONAL

Saiba mais...

Há algum tempo, a Polícia Federal passou a nomear suas operações. Saiba como são escolhidos
esses nomes:

A primeira operação nesses moldes foi a "Vassourinha", em setembro de 2002. A ação dos
policiais tinha como objetivo "varrer" um grande esquema de corrupção, que tinha também o
envolvimento de policiais e funcionários públicos. Logo, o termo usado no batismo do trabalho
fazia alusão ao ato de "limpar" a corrupção descoberta pelos agentes.

Desde então, a Polícia Federal realizou exatas 2.214 operações com essa estrutura e batizadas
com nomes diferentes. Entre os mais lembrados, estão a "Satiagraha" (caminho da verdade, em
sânscrito) e a "Loki" (deus da mitologia nórdica que simboliza a trapaça). Confira, abaixo,
outros exemplos.

Operações recentes de destaque da PF no Paraná

Operação Cavalo de Fogo: Feita para desarticular uma quadrilha dedicada ao tráfico
internacional de drogas, prendeu 156 pessoas. O nome foi escolhido porque, ao longo das
investigações, um caminhão carregado com armas de fogo foi apreendido.

Operação Lava-Jato: Investigações descobriram um esquema criminoso suspeito de


movimentar pelo menos R$ 10 bilhões, envolvendo pessoas conhecidas e influentes, como o ex-
diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef. Trinta pessoas foram
presas e devem responder por diversos crimes. Entre os comércios usados para lavar dinheiro
estariam lavanderias, o que motivou a escolha do nome.

Operação Mirante da Campina: A ação da PF descobriu uma quadrilha especializada no


roubo de cargas e veículos na rodovia BR-116, principal ligação rodoviária entre o Paraná e São
Paulo. Vinte pessoas foram presas. Os criminosos utilizavam um pinheiro no alto de um morro
para monitorar o trabalho policial, fazendo da planta uma espécie de mirante, elemento
escolhido para nomear a operação.

Operação Tacape: A operação cumpriu quatro mandados de busca e apreensão e dois mandados
de prisão preventiva em Pato Branco, no Sudoeste do Paraná, para desarmar uma liderança
indígena da região. Tacape é uma palavra indígena que significa arma valente na guerra. A
ferramenta é uma espécie de porrete utilizado para fins de guerra e de caça pelos índios antigos.

Operação Agro-Fantasma: Um esquema de desvio de recursos público do programa de


assistência social Fome Zero, por cooperativas, foi o alvo da ação. Catorze pessoas foram presas
sob acusação de inventar produtos, a partir de estoques inexistentes, que recebiam o dinheiro do
programa.

Operação Fractal: As investigações desmontaram um esquema que utilizava jogos de azar para
obter dinheiro ilegal. Foram presas 34 pessoas, sendo 16 funcionários públicos. A PF utilizou o
nome fractal, que é um elemento da matemática, diante do fato de a quadrilha ter se infiltrado
em diversos órgãos públicos. A PF justificou a decisão informando que “fractal é um objeto que
apenas encontraria regras na irregularidade, com grande capilaridade, definindo bem a atuação
do grupo.”

Operação Professor Pardal: O personagem de desenho animado, famoso por suas engenhocas,
foi o mote dessa operação da PF. No total, 16 pessoas acusadas de traficar drogas foram presas.
O grupo criminoso criava fundos falsos nos veículos utilizados para o transporte de drogas. Em
alguns casos, a quadrilha elaborava sistemas eletromecânicos de liberação de painéis acionados
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por botões pressionados simultaneamente, o que gerou a alusão ao personagem dos desenhos.

http://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/professor-pardal-vassourinha-satiagraha-
saiba-como-surgem-os-nomes-das-operacoes-da-pf-e9fvjyn3h2t66mdpjx0ejm632
INRODUÇÃO AO DIREITO CONSTITUCIONAL

Aconteceu...
Exercícios:
Polícia Rodoviária Federal faz maior apreensão de maconha no país
1) Assinale a alternativa adequada quanto às afirmações abaixo:
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu na tarde de 23/11/2015 um total de
24,5relação
Em toneladas de maconha.
à atribuição das A apreensão,
Polícias feita em AltoéParaíso,
Administrativas correto na regiãoque:
afirmar noroeste
do Paraná, foi pesada na madrugada de hoje (24) e foi considerada a maior
I- É aquela que tem a atribuição de investigar e apurar os ilícitos penais.
apreensão já feita desta droga pela PRF no país, superando em três toneladas o
recordeÉ anterior.
II- Em tem
aquela que 2015, a maior apreensão
a atribuição de maconha
de investigar e apurardaosPRF haviapenais
ilícitos sido em
e
fevereiro,
realizar no municípioostensivo.
o policiamento de Itapecerica da Serra (SP), com 4,5 toneladas.

A droga
III- apreendida
É aquela que ontem
tem aestava em dois
atribuição de semi-reboques de uma carreta
realizar o policiamento e foi
ostensivo
abordada na
preventivo ou BR 487. Segundo
repressivo, a PRF,
através dos a nota
quais, terá afiscal apresentada
atribuição alegava
de evitar que o
ou reprimir
transporte
danos era de
e perigos soja, mas havia
provocados milho nas laterais da carreta. Foram acionados cães
pelo homem.
farejadores para avaliar a carga. A droga estava abaixo de uma camada de milho. O
(A) Somente a I está correta.
motorista foi preso em flagrante e admitiu que sabia da droga.
(B) As opções I e III estão corretas.
http://www.ebc.com.br/noticias/2015/11/policia-rodoviaria-federal-faz-maior-
apreensao-de-maconha-no-pais
(C) Somente a III está correta

(D) Somente a II está correta.

2) Estudamos que Caput do Art. 144 da Constituição Federal, elenca o rol


taxativo dos órgãos responsáveis pela segurança pública no Brasil. Assinale a
alternativa que identifica corretamente alguns desses órgãos:

(A) Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Ministério Público

(B) Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Polícia do Senado Federal.

(C) Polícia Militar, Polícia Civil e Força Nacional.


58 | P á g i n a
(D) Polícia Ferroviária Federal, Polícia Rodoviária Federal e Polícia Militar.
INRODUÇÃO AO DIREITO CONSTITUCIONAL

Aula 7 – Segurança Pública (Parte II).

6. Polícia Ferroviária Federal

A Constituição Federal de 1988 igualou a Polícia Ferroviária Federal aos demais


órgãos da Segurança Pública em seu art. 144, § 3º: “A polícia ferroviária federal, órgão
permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se, na forma
da lei, ao patrulhamento ostensivo das ferrovias federais”.

Apesar de ser a instituição de polícia especializada mais antiga do país, está em


processo de extinção, já que seus servidores, remanescentes, gradativamente estão se
aposentando e o quadro funcional não foi reposto, sendo o último concurso público para a
instituição realizado em 1989.

7. Polícia Civil

As Polícias Civis são incumbidas das funções de polícia judiciária e a apuração de


infrações penais, exceto as militares e ressalvada a competência da União, conforme o art.
144, §4º da atual Constituição Federal:

§ 4º Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira,


incumbem, ressalvada a competência da União, as funções de polícia
judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares. (BRASIL,
1988).

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INRODUÇÃO AO DIREITO CONSTITUCIONAL

Portanto, sua área de atuação restringe-se ao âmbito estadual, e cada Estado da


Federação organizará a sua Polícia Civil, sendo o responsável pela manutenção da mesma. Já
o Distrito Federal terá sua polícia civil mantida e organizada pela União, tendo em vista o art.
21, XIV, da C.F., o qual estabelece a competência da União para tal.

Também determina a Constituição Federal que as polícias civis sejam dirigidas


por delegados de polícia de carreira, ou seja, dentre integrantes da própria instituição, para
evitar que os governadores nomeiem pessoas de fora do quadro funcional.

8. Polícia Militar e Corpos de Bombeiros

Na maioria dos Estados, os corpos de bombeiros militares são unidades


especializadas que pertencem aos quadros das Polícias Militares. Em regra, seus integrantes
primeiro ingressam nos quadros policiais, para depois receberem treinamento especializado
para realizarem as funções constitucionais (art. 144, §§ 5º e 6º, da C.F):

§ 5º Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da


ordem pública; aos corpos de bombeiros militares, além das atribuições
definidas em lei, incumbe a execução de atividades de defesa civil.
§ 6º As polícias militares e corpos de bombeiros militares, forças auxiliares e
reserva do Exército, subordinam-se, juntamente com as polícias civis, aos
Governadores dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios. (BRASIL,
1988).

Em alguns Estados, como Rio de Janeiro, Alagoas e Brasília, o corpo de bombeiro


militar é uma instituição independente e separada da Polícia Militar, com quadros próprios e
Escolas de formação de praças e oficiais.

Cabe Ressaltar que, as Polícias Militares e Bombeiros Militares, eventualmente,


também exercem as funções de Polícia judiciária, nas hipóteses de crime militar cometido por
seus integrantes.

60 | P á g i n a
INRODUÇÃO AO DIREITO CONSTITUCIONAL

A Polícia Militar, assim como a Polícia Civil


tem como área de atuação o âmbito estadual, estando A palavra "polícia" tem origem no termo
grego polites, de onde vêm também as
subordinada aos Governadores dos Estados, do Distrito palavras "política" e "polidez". Na
Grécia Antiga, a pólis era a cidade-
Federal e dos Territórios. Então, cabe aos Estados Estado e as mais poderosas e famosas
eram Esparta, Atenas, Corinto e Tebas.
organizar e manter essas instituições. Todavia o Distrito Os gregos chamavam de polites o
cidadão que participava das tarefas
Federal tem sua polícia militar e corpo de bombeiros administrativas, políticas e militares da
militar mantido e organizado pela União, conforme a pólis.

previsão constitucional do art. 21, XIV, da C.F. A história da polícia como a conhecemos
hoje é, no entanto, relativamente recente,
não remontando além do século 17,
O texto constitucional definiu, em seu art. 42, quando o rei francês Luís 14 cria a figura
do tenente-general de polícia em Paris,
os princípios sobre os quais deve ser organizada a no ano de 1665.
instituição: hierarquia e disciplina. Também, colocou as Porém, é a Inglaterra, na primeira
polícias militares e os corpos de bombeiros militares como metade do século 19, que estabelece o
modelo das polícias modernas, quando o
forças auxiliares e reserva do Exército, conforme o duque de Wellington força o governo a
criar um órgão de força interna para
disposto no art. 144, §6º da atual Constituição Federal. evitar a utilização do Exército na
repressão das revoltas sociais.
Portanto, os membros dessas instituições podem ser
Desde então, a polícia tornou-se parte do
requisitados pelo Exército Brasileiro quando houver Estado-nação moderno, voltada para
manter a ordem interna dos países que a
necessidade, por exemplo, em casos de guerra.
constituíram. A polícia, assim, é hoje
uma instituição fundamental para manter
9. Guarda Municipal a incolumidade das pessoas, do
patrimônio e da ordem pública na
sociedade moderna.
As Guardas Municipais estão definidas nos
parágrafos 8º e 10º do art. 144 da CRFB/88: http://educacao.uol.com.br/disciplinas/ci
dadania/policia-instituicao-se-divide-em-
diferentes-tipos-e-funcoes.htm
§ 8º Os Municípios poderão constituir
guardas municipais destinadas à
proteção de seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei.
§ 9º (...)
§ 10 A segurança viária, exercida para a preservação da ordem pública e da
incolumidade das pessoas e do seu patrimônio nas vias públicas: (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 82, de 2014).
I - compreende a educação, engenharia e fiscalização de trânsito, além de
outras atividades previstas em lei, que assegurem ao cidadão o direito à
mobilidade urbana eficiente; e (Incluído pela Emenda Constitucional nº 82,
de 2014).
II - compete, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
aos respectivos órgãos ou entidades executivos e seus agentes de trânsito,
estruturados em Carreira, na forma da lei. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 82, de 2014). (BRASIL, 2014).

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INRODUÇÃO AO DIREITO CONSTITUCIONAL

A Emenda Constitucional de número 82/2014, acrescentou o parágrafo 10 e dois


incisos ao Art. 144 da Constituição Federal, garantindo também aos agentes de trânsito, a
competência para atuar na fiscalização de trânsito. Portanto, os estados e municípios, através
se seus respectivos agentes de trânsito, poderão também executar operações de fiscalização de
trânsito.

A guarda municipal destina-se ao policiamento administrativo da cidade,


especialmente dos parques e jardins, dos edifícios públicos e museus, onde a ação dos
depredadores
Saiba mais...do patrimônio público se mostra mais danosa. É uma corporação de natureza
civil, à qual caberá a proteção e vigilância dos bens, serviços e instalações do Município, no
âmbito da administração
As atribuições pública direta
constitucionais e indireta,
da Polícia bemdo
Militar como a colaboração
Estado do Rio de às Janeiro
policias civil e
(PMERJ)
militar estão previstas
do Estado, no § de
para políticas 5º segurança
do artigo 144 da Constituição
pública e trânsito. Federal: “às polícias
militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública”.
Com o advento da Emenda Constitucional 82/2014, podemos concluir que,
Além disso, a PMERJ também atua efetivamente:
atualmente, já não podemos mais afirmar que o papel de polícia administrativa no âmbito
• Noserá
estadual, combate ao exclusivamente
exercida crime organizado, através
pelas de operações
polícias para aa Guarda
militares, pois captura Municipal
de
criminosos ou apreensão de armas, drogas ou contrabando.
também
• No poderá atuar na defesa
atendimento direto da
à segurança
população pública
ajudandoe nanomanutenção
transporte da
de ordem pública,
doentes, na além
orientação
da proteção deserviços
de bens, pessoas eem dificuldades,
instalações na intervenção
municipais (art. 144,de§ disputas domésticas,
8º da CF).
no encaminhamento da população carente aos órgãos responsáveis por
problemas de saneamento, habitação.
• No policiamento especializado em áreas turísticas, estádios, grandes eventos e
festas populares.
• No controle e orientação do trânsito, mediante convênios com as prefeituras.
• Na fiscalização e controle da frota de veículos, em ações integradas com
outros órgãos públicos.
• Na preservação da flora, da fauna e do meio ambiente, através de batalhão
especializado.
• No serviço de segurança externo das unidades prisionais, e na escolta de
presos de alta periculosidade.
• No serviço de segurança de Fóruns de Justiça em municípios de todo o
Estado.
• No apoio aos oficiais de Justiça em situações de reintegração de posse e outras
determinações judiciais com risco.
• Na segurança de autoridades do Executivo, do Legislativo do Judiciário e do
Ministério Público.
• Na segurança de testemunhas e pessoas sob ameaça.
• No apoio a órgãos públicos, estaduais e municipais, em atividades como ações
junto à população de rua e trato com crianças e adolescentes em situação de
risco social.

https: //pt.wikipedia.org/wiki/Pol%C3%ADcia_Militar_do_Estado_do_Rio_de_Janeiro
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Aconteceu...

31/01/2016 21h41 - Atualizado em 01/02/2016 06h34

Ex-comandante de UPP e 7 PMs são condenados por morte de Amarildo

O Fantástico teve acesso com exclusividade a partes da sentença que condena policiais
envolvidos no caso Amarildo. O ajudante de pedreiro sumiu em julho de 2013, durante uma
operação policial na Rocinha, comunidade na Zona Sul do Rio de Janeiro. Cartazes com a
pergunta "Cadê Amarildo?" se espalharam pelo país em manifestações. A Justiça, agora,
confirma tudo o que as investigações tinham apontado: que policiais são culpados pelos
crime de tortura seguida de morte, ocultação de cadáver e fraude processual.

Amarildo desapareceu em junho de 2013

Foto: Reprodução Globo News

Vinte e cinco PMs foram denunciados. Pelo menos oito estão condenados. Por ser um
superior, que deveria dar exemplo, o major Edson Santos, que era comandante da UPP
Rocinha na época, recebeu a maior pena: 13 anos e sete meses de prisão.

O tenente Luiz Felipe de Medeiros, então subcomandante de UPP, foi condenado a 10 anos
e sete meses. De acordo com a sentença, ele orquestrou o crime junto com o major Edson.

O soldado Douglas Roberto Vital Machado pegou 11 anos e seis meses de prisão por ter
atuado desde a captura de Amarildo até a morte dele.

Os soldados Marlon Campos Reis, Jorge Luiz Gonçalves Coelho, Jairo da Conceição Ribas,
Wellington Tavares da Silva e Fábio Brasil da Rocha da Graça foram condenados a 10 anos
e quatro meses de prisão. Todos serão expulsos da corporação.

Na sentença, a juíza critica a ação dos policiais. "Nos deparamos com a covardia, a
ilegalidade, o desvio de finalidade e abuso de poder exercidos pelos réus”.

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http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2016/01/ex-comandante-de-upp-e-7-pms-sao-
condenados-por- morte-de-amarildo.html
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Exercícios:

1) Assinale a alternativa adequada quanto às afirmações abaixo:


Em relação à atribuição das Polícias Civis é correto afirmar que:
I- São incumbidas das funções de polícia judiciária e a apuração de infrações
penais, exceto as militares e ressalvada a competência da União, conforme o art.
144, §4º da atual Constituição Federal.
II- É aquela que tem a atribuição de investigar e apurar os ilícitos penais e
realizar o policiamento ostensivo.
III- É aquela que tem a atribuição de realizar o policiamento ostensivo
preventivo ou repressivo, através dos quais, terá a atribuição de evitar ou reprimir
danos e perigos provocados pelo homem.
(A) Somente a I está correta.
(B) As opções I e III estão corretas.
(C) Somente a III está correta
(D) Somente a II está correta.
2) Assinale a alternativa correta.
As atribuições constitucionais da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro
(PMERJ) estão previstas no § 5º do artigo 144 da Constituição Federal: “às
polícias militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública”.
Além dessas atribuições, incumbe a PMERJ também atuar efetivamente nos
seguintes casos:
(A) Na preservação da flora, da fauna e do meio ambiente, através de batalhão
especializado.
(B) Na segurança de estabelecimentos particulares.
(C) No serviço de remoção de cadáveres.
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(D) Na fiscalização sanitária de estabelecimentos comerciais.
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Conclusão
Depois de todas as aulas estudadas, já é possível traçar ou, ao menos, esboçar
algumas conclusões sobre a questão das limitações legais impostas sobre as atividades
policiais em geral.

É preciso buscar incanssavelmente o conhecimento contido nas normas


constitucionais e infraconstitucionais, a fim de que se possa desempenhar com excelência a
tão complexa atividade policial. Isto porque, a maioria das falhas cometidas por diversos
agentes, seriam facilmente evitadas, se este tivesse um razoável conhecimento da lei e da sua
correta aplicação no caso concreto.

É importante salientar que os Policiais Militares, no desempenho de suas funções


ou a pretexto de exercê-las, podem praticar ilícitos de três ordens; administrativa, civil e
criminal.

Por essas infrações deverão ser responsabilizados no âmbito interno da


Administração, perante a justiça penal comum ou militar, e perante a justiça civil.

Quando o Policial Militar pratica uma conduta inadequada que afeta a ordem
interna dos serviços e vem caracterizada somente como infração ou ilícito administrativo,
cogita-se, então, da responsabilidade administrativa.

Entretanto, se o Policial Militar, por ação ou omissão, dolosa ou culposa, causou


um dano patrimonial à Administração Pública ou a terceiro, deverá repará-lo, sendo
responsabilizado civilmente.

Caso a conduta inadequada do Policial afete, de modo imediato, a sociadade e


venha caracterizada pelo ordenamento como crime funcional, o servidor será responsabilizado

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criminalmente, podendo sofrer sanções penais. A responsabilidade criminal do servidor é


apurada mediante processo penal, nos respectivos juízos.

Tais responsabilidades não se excluem mutuamente. Ao contrário, podem incidir


simultaneamente. É possível que a mesma conduta configure infração administrativa, acarrete
dano à administração e seja tipificada como crime. Neste caso, o Policial Militar arcará com
as consequências da responsabilidade administrativa, civil e criminal, pois as três têm
fundamento e natureza diversa.

Não é hora de se falar das motivações, mas sim dos resultados que poderão ser
obtidos através da melhoria da qualidade do serviço prestado pelo Estado, através da
instituição Policial Militar. Por outro lado, se não houver uma mudança na política de
valorização, formação e contínua capacitação desse profisional, estaremos fadados a conviver
e repetir todos os erros cometidos no passado.

REFERÊNCIAS

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surgem os nomes das operações da PF. Disponível em http://www.gazetadopovo.com.br/vida-
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