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RESUMO FILOSOFIA: ÉTICA

PROVA I - CONTEÚDO: Introdução ao pensamento filosófico; Transição mito-lógos; A Sofística;


Sócrates e os pré-socráticos; Aristóteles ( em Ética a Nicômaco).

PARTE I - Introdução ao pensamento filosófico e a transição mito-lógos:

Pode-se compreender a filosofia por dois diferentes ângulos: o primeiro deles


compreende-a como uma narrativa, vinculando a atitude filosófica com o momento histórico no
qual ela se apresenta. O segundo caracteriza a filosofia como uma atitude-experiência, e leva em
consideração a sua capacidade de promover questionamentos de ordem existencial.

Estudaremos a ética enquanto problema/pressuposto filosófico - assim como suas


relações com a política e o direito. Estas duas últimas podem ser consideradas, ambas, ciências,
caso consideremos o sentido lato da palavra e não aquele estrito, cultivado pelos positivistas.

A filosofia ocidental nasce na Hélade, região que hoje corresponde à Grécia e à Turquia,
bem como o arquipélago de Chipre. Mais especificamente, o primeiro filósofo do qual se tem
notícia é Tales de Mileto - Mileto era, então, uma cidade turca. Tales tenta promover, ainda que de
forma incipiente, uma ruptura entre a noção de mito e a de lógos, a ver mais adiante.

Ambos, o mito e o lógos, podem ser veiculados por meio de um discurso - filomythós ou
filosofós - e, de acordo com a valoração maior ou menor de um ou outro, a filosofia aproxima-se
ou distancia-se da ciência ao longo da história.

É necessário considerar que a filosofia - especialmente na antiguidade - obedece à noção


estabelecida por Aristóteles de que o homem é um zoo polytikós o que significa que não há
possibilidade de que um homem sobreviva isolado da sociedade - isto é, fora do ambiente da
pólis. Em « A Metafísica » o autor estabelece que o maior pressuposto da filosofia é a
generalização, uma vez que esta não pode tratar unicamente de questões individuais, uma vez
que objetiva alcançar a essência dos objetos de estudo e não somente um conhecimento
arbitrário. Para Aristóteles, os pilares da filosofia são i) a Lógica, ii) a Abstração, iii) a
Generalização, iv) a Inutilidade e v) a Liberdade.

Acredita-se que, invariavelmente, a filosofia precisa conviver com a dúvida, uma vez que
ela própria nasce do espanto ou da admiração em relação a algo ( Thaumazien). A indagação e a
ignorância levam o homem a descontentar-se com a insuficiência das respostas obtidas,
empreendendo assim uma busca constante por tais respostas por meio do ócio ( Skolé).

Na antiguidade grega, os mitos eram narrativas divinas transmitidas por meio dos poetas
( aedos). Os mitos eram cantados em forma de verso e, não raro, variavam de acordo com a
expressão cultural. Existem mitos babilônicos em que o enredo repete-se em versões gregas
com ligeiras adaptações, e assim por diante. O mito é uma tradição, enquanto produto cultural,
entretanto, estritamente grega, e objetiva produzir crenças através de recursos imagéticos. O
poeta é porta-voz das musas, filhas de Zeus com Mnemosyne ( memória).

O mito pode apresentar caráter psicológico ( como o de Aquiles) ou social ( como o de


Tróia), apresentando sempre uma natureza pedagógica, voltando o ensinamento da virtude
( Arethé).

Hesíodo e Homero são os mais importante poetas mitológicos. São do primeiro obras
como Teogonia e Os Trabalhos e os Dias, enquanto do segundo, Ilíada e Odisseia. Teogonia é
uma obra destinada a explicar a origem dos deuses, enquanto Os Trabalhos e os Dias é uma
narrativa de ordem cosmogonica e prescritiva sobre o comportamento, comportando também o
chamado Mito das Cinco Raças que tenta explicar a origem humana, e o mito de Prometeu-
Pandora, que busca os motivos para a existência do mal na Terra.

É preciso compreender que o mito é uma espécie de narrativa pública e sobrenatural. A


temporalidade é um elemento muito importante, uma vez que o mito objetiva distorcer a
temporalidade normal dividida em passado ( memória), presente (agora) e futuro (expectativa) e
provocar uma aglutinação temporal entre o tempo dos deuses e o dos homens.

Para algumas tradições mitológicas, o conceito de justiça é amplamente reconhecido. Em


quase todas elas, a justiça é tratado como mediania. Em os Trabalhos e os Dias, um mito sobre
corrupção, há uma busca constante pela concepção de justiça e injustiça que permeia todo o
texto.

A primeira grande tentativa de rompimento com a mitologia deu-se, também, por meio da
arte: o surgimento do teatro trágico grego. Neste período histórico, a pólis já contava com uma
complexidade sócio-política exponencial. Nesse cenário, surge a Tragédia, um gênero
diferenciado do mito pela não-necessidade de feitos sobrenaturais e pela não-obrigatoriedade de
« cantar" o passado e exaltá-lo como referência para o presente.

A estrutura da tragédia é simples: um problema inicial é apresentado e, até o fim da


narrativa, deve ser solucionado. O único capaz de solucioná-lo é o herói, que apresenta-se como
mártir - pois deve destruir-se em nome da resolução do problema, não raro com consequências
fatais.

A tragédia mais conhecida ( « Antígona ») narra a história de Antígone, uma mulher


enfurecida pela decisão do rei Creonte de Tebas em sepultar um de seus irmãos (Etéocles) e não
do outro (Polinices). Coexistem, no texto, uma tensão absoluta entre as leis do Estado e as leis
da tradição ou da natureza. Antígona representa em si mesma a Hybris, isto é, a desmedida e a
falta de Sophosyne ( moderação). Na Tragédia, é possível identificar diversas oposições, por
exemplo:

1) Ismênia ( representando a covardia) e Antígona ( representando a temeridade) - o meio


termo seria a coragem.

2) Antígona ( representando a norma privada) e Creonte ( representando a norma pública).

A transição absoluta entre mitologia e filosofia dá-se lentamente

PARTE II - A Sofística

Os filósofos pré-socráticos ocupavam-se de estudar a natureza ( Physys) e não a lei dos


homens ( Nomos). Assim sucede com Tales, Protágoras, os Pitagóricos etc.

É à partir dos escritos de Sócrates que observamos uma preocupação com a Antropini *
Sophia, isto é, com a sabedoria dos homens em si. Alguns fatores históricos evidenciam tal
preocupação:

i) A invenção da escrita alfabetica grega, distanciando a língua da tradição oral.

ii) A invenção do calendário, distanciando as questões práticas do arbítriorio divino.

iii) A ausência de uma casta sacerdotal grega capaz de impedir tais avanços.

iv) O surgimento da pólis.

v) O surgimento dos valores como criação humana.

Os céticos, como Protágoras, desconfiavam de quaisquer tentativas absolutas de


explicação, até mesmo daquelas de ordem divina. Ex: « Sobre os deuses, nada posso dizer. »

A discussão sofística apresenta-se, nesse cenário, como uma atividade típica da Pólis
grega, destinada a fomentar e estimular a prática política entre os cidadãos. Para os sofistas, é
mais interessante ludibriar e convencer os cidadãos a qualquer custo por meio de recursos de
oratória do que, de fato, convencê-los da verdade. Tal discussão gera intenso debate entre
opinião e verdade ( Doxa e Aletheia), por meio de uma estruturação argumentativa denominada
Antilogia, em que faz-se a oposição entre dois lógos opostos à fim de defender um deles contra o
outro ou ambos contra um terceiro. Atenção, pois tal prática não deve ser entendida como uma
apologia contrária ao conhecimento. Mais adiante, Sócrates utilizará a refutação como técnica
argumentativa (Elenthós) e Platão fundará a Dialética.

Os sofistas também trabalhavam com a Kairós, isto é, as circunstâncias oportunas para a


realização de algum ato - o que ajudava-os a construir a linha argumentativa seguida.

PARTE III - Sócrates

Não existe uma tradição socrática sem contexto, o que é o mesmo que dizer que é
impossível tratar da filosofia socrática sem mencionar o contexto situado acima no ponto II. O
projeto filosófico de Sócrates estava altamente comprometido com o melhoramento constante e
a aprimoracão das estruturas da Pólis como é possível perceber em sua obra, onde a questão do
Estado, da governabilidade e da sociedade são recorrentes.

Sócrates foi acusado, em Atenas, de corrupção da juventude e negação da lei divina, o


que o fez sofrer julgamento frente aos juízes da Pólis, sendo acusado de morte. Em Apologia de
Sócrates, o filósofo exibe sua defesa contra as acusações, tecendo uma argumentação lógica
capaz de contrariar a ideia de que tratava-se de um filósofo louco e pervertido - o que, em
termos práticos, foi incapaz de convencer o tribunal frente às acusações realizadas.

PARTE III - Aristóteles

Aristotéles analisa, em sua « Ética », valores fundamentais como a Justiça e a Sabedoria


Prática para a constituição do homem e sua alma. Tal alma é dividida em uma parte racional -
que opera de acordo com as excelências intelectuais e produz a sabedoria prática - e outra
irracional - que opera de acordo com as virtudes éticas e produz a justiça.

A justiça em si mesma é um meio-termo absoluto, pois quaisquer dos extremos


representaria uma injustiça para alguma parte frente a um ato de injustiça. A justiça em si inclui
todas as virtudes citadas por Aristóteles em E.N.

Entende-se que a justiça só pode ser praticada por atos voluntários. Caso ela seja
exercida por acidente, não se trata exatamente de justiça mas sim de um simulacro que não
corresponde às pretensões genuínas da virtude. O homem justo é aquele capaz de espelhar, a
partir de seu caráter, ações justas na realidade. A ação justa leva ao saber pratico que, por sua
vez, possibilita a deliberação através da moderação ( Sophosyne) ou da Kairós ( oportunidade).

Para deliberar-se justamente, é preciso que haja uma legalidade estabelecida,


prescrevendo aquilo que deve ou não deve ser justo. Tal legalidade pode ser espelhada em uma
normatividade positivada - como acontece na maior parte dos sistemas jurídicos atuais.

É possível a existência de uma justiça corretiva > A Posteriori, em que é possível corrigir a
injustiça entre as partes de modo a retomar o equilíbriorio; ou a justiça distributiva > A priori, de
modo a garantir que a justiça não descambe em injustiça.

Aristóteles acreditava que, sendo a justiça o somatório de todas as virtudes, ela é


essencial para o alcance da felicidade ( virtude maior).

Para Aristóteles, a palavra Philia pode transmitir ambos os significados, amor e amizade.
No entanto, a noção de amor amplia-se para outras duas possibilidades: Eros ( para o amor
sexual) e Ágape ( para o amor divino). O amor superior seria o amor materno, uma vez que é
aquele gestado por maior quantidade de tempo de convivência.

Para que exista amor, é necessário grande dose de convivência, segundo o filósofo. É
uma condição essencial para a existência de laços afetivos e amizade genuína.

A amizade pode apresentar-se de três formas:

i) Amizade por interesse, sustentada pelo útil.

ii) Amizade por prazer, sustentada pelo agradavel.

iii) Amizade por virtude, sustentada pela própria virtude em si.

Os dois primeiros tipos de amizade são meios para se alcançar um bem, enquanto o
último é um fim em si mesmo. A amizade pela virtude exige semelhança entre os amigos, de
modo que haja entendimento e compreensão. A amizade entre pais e filhos, portanto, pertence
às duas primeiras subdivisões, uma vez que as naturezas paterna e filial são muito diferentes.

Ambas as formas de amizade são essenciais para a vida na Pólis.

Aos objetos inanimados, há apenas afeição ou benevolência, uma vez que somente
pessoas podem responder a expectativa de reciprocidade que a amizade exige.

Para Aristóteles, a amizade é uma situação de completude, em que dois seres


autossuficientes buscam-se sem a necessidade de preenchimento existente no pensamento
platônico que, ao contrário, acredita ser a amizade uma procura por algo, no outro, que não
somos capazes de encontrar em nós mesmos.

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