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Aula 08

Conhecimentos Gerais I p/ SEE-BA (Todas as Especialidades de Professor)

Professor: Greisi Goulart

01643415522 - Esdras Pereira


Conhecimentos Gerais I para SEE-BA
Todas as especialidades de professor
Prof.ª Greisi Goulart
Aula 08

APRESENTAÇÃO DO TEMA

AULA 08

Os conhecimentos socioemocionais no currículo


escolar: a escola como espaço social. Ação da escola,
protagonismo juvenil e cidadania.

Seja bem-vindo (a) à Aula 08 do Curso de Conhecimentos Gerais


para SEE-BA, especialmente dedicado às diversas especialidades do cargo de
Professor Padrão P – Grau IA.

Não deixe de acompanhar as novidades no canal do


aluno, por meio das nossas respostas no fórum de dúvidas e
dos nossos possíveis recados gerais com dicas
complementares, até a data da prova.

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APRESENTAÇÃO DA AULA 08

Assim como ocorrerá com as demais aulas deste curso, esta aula possui
um formato predominantemente teórico, conceitual e analítico.

A aula 08 abordará o seguinte item constante no tópico “Conhecimentos


Gerais”, que serão exigidos para o cargo de Professor Padrão P – Grau IA:

“Os conhecimentos socioemocionais no currículo escolar: a escola


como espaço social. Ação da escola, protagonismo juvenil e
cidadania.”

Organizamos esta aula de forma esquemática, com alguns tópicos de


destaque (itens e conceitos que consideramos mais relevantes) de modo a
facilitar o entendimento do assunto. Claro que, os temas que serão cobrados
na prova, da forma que foram elencados no Edital, são um tanto abstratos e
muito abrangentes, permitindo que a banca exija muitos conteúdos
relacionados.

Assim, seria impossível termos a pretensão de esgotar os temas


relacionados a este item, neste sentido, focaremos nos temas cuja intuição
indica como necessários à resolução das possíveis questões da prova
discursiva vindoura.

No estudo desta aula, é necessário que você mantenha a “mente aberta”,


pois entraremos num conteúdo teórico associado às ciências sociais e
humanas, onde nem sempre existem conceitos únicos, nem respostas únicas
aos problemas apresentados.

“Sorte é apelido. O verdadeiro nome do sucesso chama-


se dedicação”
Autor desconhecido

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IMPORTANTE: Este curso não se trata de um curso integralmente


desenvolvido em videoaulas, pelo contrário, as videoaulas que poderão vir a
ser disponibilizadas servem como complemento às aulas escritas.

Observação importante: Além das aulas em PDF,


estaremos disponível para retirar dúvidas dos alunos
matriculados, por meio do fórum virtual, e, sempre que
entender necessário, disponibilizaremos materiais extras
aos matriculados, visando contribuir neste processo de
preparação para a prova.

Observação importante II: este curso é protegido por


direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98,
que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos
autorais e dá outras providências.

Grupos de rateio e pirataria são clandestinos, violam a lei


e prejudicam os professores que elaboram os cursos.
Valorize o trabalho de nossa equipe adquirindo os cursos
honestamente através do site Estratégia Concursos.

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Os conhecimentos socioemocionais no
currículo escolar: a escola como
espaço social. Ação da escola,
protagonismo juvenil e cidadania.

Os conhecimentos socioemocionais no currículo


==b9388==

escolar: a escola como espaço social.

O processo ensino – aprendizagem é um processo de mão dupla, pois


envolve ensinar e aprender, já que o professor tem que conduzir a
aprendizagem, mas o aluno precisa assimilá-lo. Repete-se no tempo,
pois, o mesmo conteúdo precisa ser repassado a classes diferentes e
reforçado aos mesmos alunos. Percebe-se que, entre outros fatores, a
relação professor - aluno é fundamental para bons resultados na
aprendizagem.

O processo de ensino e aprendizagem envolve aspectos


cognoscitivos e socioemocionais, requerendo do professor competências
e habilidades para conduzir o aluno ao estudo ativo e à apropriação de
conhecimentos científicos.

Aspectos cognoscitivos e socioemocionais?

Sim!

Quando falamos em aspectos cognocitivos, estamos nos referindo às


capacidades cognoscitivas dos alunos, que são as potências mentais
de cada um, as quais são ativadas no processo de ensino e
aprendizagem, pois essas capacidades são utilizadas no processamento da
informação, já que se relacionam com a percepção, atenção, memória e
capacidade de solucionar problemas.

Já quando falamos que o processo envolve aspectos


socioemocionais, estamos nos referindo à necessidade de o professor se
preocupar também com as habilidades relacionadas a controle das

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emoções, desenvolvimento de empatia e de relacionamentos sociais


positivos, tomada de decisões responsável, etc. Essas habilidades
devem ser aprendidas e praticadas.

Em março 2014, foi promovido pela OECD (Organisation for Economic


Cooperation and Development), Instituto Ayrton Senna (IAS), Instituto
Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) e MEC,
o “Fórum Internacional de Políticas Públicas – Educar para as competências
do século 21”, que reuniu lideranças educacionais de diversos países para
refletirem sobre a importância das habilidades socioemocionais para
escolas, professores e pais melhorarem o contexto de aprendizagem e o
progresso social.

Já em maio de 2014, foi apresentado ao CNE (Conselho Nacional de


Educação - MEC) um estudo, feito pela UNESCO, acerca do resgate do
desenvolvimento de habilidades socioemocionais nas práticas pedagógicas
no Brasil, com vistas a subsidiar a elaboração de políticas públicas.

Calcado no pressuposto de que o aprender envolve não só


os aspectos cognitivos, mas também os emocionais e os
sociais, este estudo foca a compreensão das inter-relações
entre o desenvolvimento das habilidades socioemocionais e o
processo de ensino e de aprendizagem. Compreender como
tais habilidades podem contribuir com a melhoria do
desempenho escolar e vida futura dos estudantes permite
construir caminhos que promovam o desenvolvimento,
aprimoramento e consolidação de uma educação de
qualidade. (ABED apud ABED, 2014)

De acordo com ABED, 2014:

(...) as políticas educacionais da era pós-iluminista focaram os


“estoques cognitivos”, os conhecimentos programáticos
transmitidos nas diferentes disciplinas do currículo escolar por
um professor “que sabe” a um aluno que “não sabe”. As
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habilidades socioemocionais não eram, nessa estrutura


pedagógica, consideradas como conteúdos a serem
contemplados pela escola.

Todavia, ainda hoje, a maioria das instituições continua com um viés


conteudista, facada no desenvolvimento cognitivo, visando exames, como o
vestibular e o Enem. A inserção das habilidades socioemocionais no
currículo das escolas estaria alinhada com a ideia de formar seres humanos
na sua integralidade.

Abed, 2014, defende que as teorias baseadas nas abordagens


interacionistas coadunam com a importância de se trabalhar na escola
essas habilidades, pois veem o ser humano como resultado de um processo
contínuo de construção, desconstrução e reconstrução nas e pelas
interações sociais.

Assim, a Psicopedagogia constitui-se passa a ser uma área do


conhecimento que constrói saberes privilegiados para atender as
necessidades da nossa sociedade, já que vislumbra a complexidade do
processo ensino-aprendizagem, permitindo-nos refletir sobre as inter-
relações e interdependências entre os diversos fatores envolvidos no
aprendizado.

Nesse sentido, a Abed (29014) lista diversos autores que, por meio
dos seus estudos, contribuíram significativamente para o processo de
ensino-aprendizagem, bem como para demonstrar a importância de
trabalharmos as habilidades socioemonionais com nossos alunos e
buscarmos a formação integral daqueles que frequentam as escolas.

Mas em que esses autores contribuíram para o processo de


ensino-aprendizagem?

Vamos ver!

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JEAN PIAGET – As referências teóricas de Piaget colaboram para


pensarmos sobre o desenvolvimento cognitivo de nossas crianças e jovens
e suas implicações para a estruturação do currículo escolar.

DONALD WINNICOTT - A psicanálise de Winnicott contribui para o


entendimento da importância das figuras parentais na constituição
emocional dos sujeitos.

LEV VYGOTSKY - As concepções de Vygotsky nos dão subsídios para


compreendermos a influência da mediação da cultura e das interações
sociais na aprendizagem e desenvolvimento dos seres humanos.

HENRI WALLON - As contribuições de Wallon dão embasamentos


para pensarmos no desenvolvimento do ser humano nas suas instâncias
biológica, psíquica e social, visto que o autor propõe um modelo de
desenvolvimento que associa as dimensões do ato motor, da afetividade e
da inteligência humana.

ALICE FERNÀNDES - A psicopedagogia de Alicia Fernàndez nos faz


refletir sobre as inter-relações entre o desenvolvimento emocional
(psicanálise) e o desenvolvimento cognitivo (epistemologia genética) e suas
implicações para o entendimento do processo de ensino-aprendizagem,
tanto do ponto de vista de seus padrões normais como de seus desvios.

Por fim, Abed (2014) aponta também a análise sobre a triangulação


entre ensinante, aprendente e objetos do conhecimento, que procura
integrar as contribuições dos diferentes autores e afirma que com base na

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concepção de inteligências múltiplas de Gardner, o desenvolvimento de


habilidades socioemocionais pode ser traduzido como o fortalecimento das
inteligências interpessoal e intrapessoal.

Mas que habilidades são essas que precisariam ser


desenvolvidas também nas escolas?

São os chamados “BIG 5”!

No meio acadêmico, há um certo consenso dos pesquisadores em


organizar as habilidades socioemocionais em cinco grandes espaços,
conhecidos como “Big 5”.

Os Big Five são constructos latentes obtidos por


análise fatorial realizada sobre respostas de amplos
questionários com perguntas diversificadas sobre
comportamentos representativos de todas as
características de personalidade que um indivíduo
poderia ter. Quando aplicados a pessoas de diferentes
culturas e em diferentes momentos no tempo, esses
questionários demonstraram ter a mesma estrutura
fatorial latente, dando origem à hipótese de que os
traços de personalidade dos seres humanos se
agrupariam efetivamente em torno de cinco grandes
domínios. (SANTOS & PRIMI, 2014, apud ABED, 2014)

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Os cinco domínios do “Big 5”, de acordo com Abed (2014) são:

 Openness (Abertura a experiências) => estar disposto e


interessado pelas experiências - curiosidade, imaginação, criatividade,
prazer pelo aprender…

 Conscientiousness (Conscienciosidade) => ser organizado,


esforçado e responsável pela própria aprendizagem - perseverança,
autonomia, autorregulação, controle da impulsividade…

 Extraversion (Extroversão) => orientar os interesses e


energia para o mundo exterior - autoconfiança, sociabilidade,
entusiasmo…

 Agreeableness (Amabilidade - Cooperatividade) => atuar


em grupo de forma cooperativa e colaborativa - tolerância, simpatia,
altruísmo…

 Neuroticism (Estabilidade emocional) => demonstrar


previsibilidade e consistência nas reações emocionais - autocontrole,
calma, serenidade…

Dica!

Observe que as iniciais das palavras utilizadas em inglês para descrever as


habilidades do Big 5 formam a palavra OCEAN.

Opennes
Conscientiousness
Extraversion
Agreeableness
Neuroticism

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Abed (2014) aponta a relevância dos Big 5, afirmando que estudos da


Mind Lab, realizados no Brasil desde 2009, sugerem a inter-relação das
habilidades socioemocionais com a proficiência dos estudantes de 5º, 6º e
9º anos em Língua Portuguesa, Matemática e Ciências. Além disso, outros
estudos sugerem o desenvolvimento de habilidades matemáticas com o
desenvolvimento de habilidades socioemocionais relacionadas a motivação,
estratégias de aprendizagem e resolução colaborativa de problemas.

A autora afirma, ainda que, mesmo com a introdução das habilidades


socioemocionais nas escolas, não há de se isentar a família, a sociedade e
as políticas públicas de suas responsabilidades, pois toda a sociedade
precisa agir para que cada elo possa cumprir o seu papel e colaborar com
os demais em suas funções.

Os Big 5 são: Abertura a experiências, Conscienciosidade,


Extroversão, Amabilidade – Cooperatividade, Estabilidade
emocional.

Como a escola pode contribuir para o desenvolvimento das


habilidades socioemocionais?

De acordo com Carvalho e Silva (2017):

“As competências propostas pelo Instituto Ayrton Senna são


apresentadas como vetores para direcionar as inovações
curriculares, sobretudo ao focalizarem aspectos cognitivos e
socioemocionais. Responsabilidade, colaboração, comunicação,
criatividade e autocontrole se tornam questões a serem
priorizadas nas proposições curriculares, ao mesmo tempo que

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objetos de avaliação em larga escala. (IAS, 2014). Retomando


o documento examinado, um breve vocabulário explicativo
enuncia alguns desses pressupostos:

Competência: capacidade de mobilizar, articular e colocar em


prática conhecimentos, valores, atitudes e habilidades, seja no
aspecto cognitivo, seja no aspecto socioemocional, ou na inter-
relação dos dois.

No aspecto da competência socioemocional: para se


relacionar com os outros e consigo mesmo, compreender e
gerir emoções, estabelecer e atingir objetivos, tomar decisões
autônomas e responsáveis e enfrentar situações adversas de
maneira criativa e construtiva. As competências
socioemocionais priorizadas nesse contexto são aquelas que
desempe- nham um papel crucial na obtenção do sucesso
escolar e na vida futura das crianças e jovens.

No aspecto da competência cognitiva: para interpretar,


refletir, raciocinar, pensar abstratamente, assimilar ideias
complexas, resolver problemas e generalizar aprendizados”.
(IAS, 2014, p. 9, apud CARVALHO e SILVA, 2017).

Para Abed (2014), “é fundamental repensar as bases filosóficas e


teóricas que sustem as práticas para que possamos, de maneira
consistente e abrangente, (re)construir o espaço escolar”. Figuras chaves
desta reconstrução, segundo a autora, são os próprios professores, mas:

(...) o que não é tarefa fácil, nem simples. Afinal, somos


“seres do nosso tempo”, a maior parte dos educadores de
hoje vivenciou uma escolarização tradicional, muitas vezes
mecânica e esvaziada de sentidos. Ser “autor de mudanças”
exige dos professores o desenvolvimento de suas próprias
habilidades. Estes, para tanto, precisam que os gestores da
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escola cumpram seu papel na valorização, formação e apoio


da equipe docente, ancorados por políticas públicas claras,
consistentes e eficazes. (ABED, 2014, apud ABED, 2014)

Cada professor deve ser um pesquisador de sua própria


realidade, de seu lugar e de sua função como educador. Um
construtor de “microações”, muitas delas idiossincráticas, que
podem e devem ser compartilhadas para disseminar as
práticas bem sucedidas. (...) as grandes mudanças somente
serão viáveis se ocorrerem micromudanças consistentes e bem
embasadas, por isso a preocupação com a explicitação dos
paradigmas que direcionam as ações dos professores e o
suporte teórico e prático para a transformação na sua postura.
(ABED, 2014, apud ABED, 2014)

Assim, é necessário que o professor haja como um mediador da


aprendizagem significativa, e não, apenas, um “dador de aulas”. D e s s a
f o r m a , o professor deve procurar utilizar-se de diversas linguagens para
facilitar o desenvolvimento de todos os seus alunos, afinal “todos os seres
humanos são dotados de todas as inteligências e de todos os estilos
cognitivo-afetivos, em maior ou menor intensidade – e todos podem
desenvolver todas as suas habilidades e capacidades” (ABED, 2014).

Abed, sugere, ainda, como forma de desenvolver as habilidades


cognitivas e, especialmente, as socioemocionais, os jogos. Segundo a
autora:

No contexto configurado pelas regras do jogo, vivemos


processos internos e externos intensos, que se manifestam e
se concretizam na maneira como jogamos. Assim, jogar torna
visível o funcionamento dos alunos para os seus professores e
para os próprios alunos, o que permite realizar mediações que
ajudem os alunos a se conhecerem (metacognição) e a buscar

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melhores formas de se posicionar em relação ao jogo, ao outro


e à vida.

Além disso:

Os vários jogos têm potencial para desenvolver múltiplas


habilidades e construir diversos conhecimentos. Assim, cabe ao
professor analisar a estrutura dos diferentes jogos para poder
escolher o(s) que mais se adequa(m) às necessidades
desenvolvimentais de seus alunos. Por exemplo, em uma
classe que esteja muito agitada, é interessante propor um jogo
que exige muita concentração (Pega-varetas) ou, ao contrário,
uma disputa que canaliza a agitação para uma finalidade
pedagógica (uma gincana de tabuada). Qual das opções é
melhor? Depende da intencionalidade, dos propósitos, do
grupo de alunos, das preferências do professor...

O IAS (2014) sugere uma modalidade de avaliação de competências


que se mobiliza nas dimensões formativa e somativa, aproximando-as, para
CARVALHO e SILVA, críticos do modelo, de questões socioeconômicas.

Para apoiar gestores e educadores na tarefa do desenvolvimento das


habilidades soicioemocionais, foi desenvolvido o sistema SENNA (Social and
Emotional or Non-cognitive Nationwide Assessment), o qual “[...] será
disponibilizado para apoiar gestores e educadores na tarefa de formular,
executar e reorientar políticas públicas e práticas pedagógicas destinadas a
melhorar a qualidade da educação no Brasil”. (IAS, 2014, p. 22). O sistema
traz uma matriz com competências a serem adquiridas pelos educandos e
atitudes esperadas que os alunos desenvolvam no seu cotidiano.

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MODELO DE CLASSIFICAÇÃO DAS COMPETÊNCIAS


Estabelecimen Respeito e Sociabilidade e Abertura para o Gestão das
Dimensão to e alcance cuidado pelos entusiasmo novo (Aber- emoções (Esta-
de objeti- vos outros (Amabi- (Extroversão) tura) bilidade emo-
(Consciencio- lidade) cional)
sidade)

Competência Ex.: Ex.: Colabora- Ex.: Ex.: Curiosi- Ex.: Autocon-


Responsabili- ção Comuni- cação dade trole
dade

Ex.: O aluno Ex.: O aluno Ex.: O aluno


vai preparado encontra solu- Ex.: O aluno Ex.: O aluno
demonstra permanece cal-
para as ções em meio participa ativa- interesse em
Atitude mo mesmo
aulas; a conflito com os mente; encara aprender; faz
permanece colegas; de- as atividades quando critica-
perguntas para do ou provo-
comprometido monstra respeito com melhorar a
com seus pelo sentimento entusiasmo. cado.
compreensão.
objetivos dos outros.
mesmo que
levem muito
tempo para
serem
alcançados.

IAS (2014, apud CARVALHO e SILVA, 2017)

De acordo com CARVALHO e SILVA (2017), o modelo de classificação


das competências é colocado em ação por meio de dois questionários
preenchidos pelos educandos e pelos educadores. O questionário que diz
respeito às habilidades socioemocionais é respondido pelos alunos do 5º
ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio e pode ser aplicado
como uma tarefa de uma aula específica com duração aproximada de 40
minutos. De acordo com o IAS, “[...] as questões que compõem o
instrumento dizem respeito às atitudes, sentimentos ou percepções dos
alunos em relação a si mesmos e só admitem uma resposta como mais
adequada”. (IAS, 2014, apud CARVALHO e SILVA, 2017).

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QUESTIONÁRIO SOCIOEMOCIONAL
Avalie na escala 1 2 3 4 5
abaixo o quanto Nada Pouco Mais ou Muito Totalmente
você consegue menos
1. Fazer perguntas para
compreender melhor
um assunto.
2. Colaborar com algum
colega quando o ob-
serva tendo dificuldade.
3. Apresentar disposição
para atividades mais
longas e complexas.

IAS (2014, apud CARVALHO e SILVA, 2017)

Miller e Rose (2012, apud CARVALHO e SILVA, 2017), no entanto,


ponderam que o uso das as tabelas e a linguagem da expertise psicológica é
utilizada como pressuposto para viabilizar comparações, permitindo as
operações de notação, inscrição e cálculo das competências socioemocionais
dos alunos. Além disso, as estratégias que visam a implantação de
currículos socioemocionais são mobilizadas no âmbito de um Estado em
rede e com intencionalidade dirigida a investimentos econômicos.

Mas, mesmo que as abordagens sugeridas não sejam as mais


adequadas, não podemos negar a importância de trabalharmos em nossas
crianças e jovens as habilidades socioemocionais, além das cognitivas. A
formação de cidadãos críticos, autônomos e responsáveis consigo e com o
outro, requer a formação dos educandos em sua integralidade de seres
humanos.

Por fim, temos que lembrar dos ensinamento de Abed (2014) que nos
lembra que “a sala de aula não é, e não deve, ser um contexto terapêutico,
portanto desenvolver habilidades emocionais na escola não diz respeito a
diagnosticar ou tratar o que quer que seja”. O que se vislumbra com a
implementação de currículo socioemocionais é resgatar a multiplicidade de
aspectos inerentes ao ser humano, deixando de negar as emoções, como se

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estas fossem deixadas em casa, ou não existissem. No entanto, para


desenvolver essas habilidades o professor deve fazer a mediação da
aprendizagem de forma consciente e responsável, reconhecendo e atuando
nas múltiplas inteligências e os diferentes estilos cognitivo-afetivos dos seus
alunos e de si mesmo.

Ação da escola, protagonismo juvenil e


cidadania.

Protagonismo: é o processo de ser protagonista, a figura


principal.

Cidadania: costuma ser definida como sendo o exercício


dos direitos e deveres civis, sociais e políticos estabelecidos na
Constituição (lei maior) de um país. A cidadania também pode ser
entendida como a condição de ser cidadão, ou seja, um sujeito que
vive segundo estatutos e normas comuns pertencentes a uma
comunidade articulada politicamente e socialmente. Podemos
entender, portanto, que quem não tem cidadania está excluído da
vida social.

Protagonismo Juvenil: trata-se de uma prática educativa


desenvolvida para os jovens, para que ele seja o protagonista, a
figura principal, sendo envolvido em todas as etapas do processo
educativo, desde a elaboração da proposta, a execução da iniciativa
e a avaliação das ações desenvolvidas e resultados obtidos. Visa,
entre outras finalidades, incentivar a prática cidadã por meio da
participação social do jovem na comunidade.

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Pela definição de protagonismo juvenil, você consegue perceber


a relação existente entre “ação da escola”, “protagonismo” e
“cidadania”?

Para Gadotti (2001) a Declaração dos Direitos do Homem e do


Cidadão, de 1789, estabelecia as primeiras normas para assegurar a
liberdade individual e a propriedade. O autor afirma que “cidadania e
autonomia são hoje duas categorias estratégicas da construção de uma
sociedade melhor em torno das quais há frequentemente consenso”.
Atualmente, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) visa estabelecer
condições mínimas para que os jovens possam exercer seu direito
“cidadão”.

O Protagonismo Juvenil foi criado pelo educador mineiro, Antônio


Carlos Gomes da Costa, colaborador e defensor do Estatuto da Criança e do
Adolescente (ECA). Na visão de Antônio Carlos Gomes da Costa, a
participação dos jovens, nas práticas educativas, deveria ir além do âmbito
familiar e escolar, devendo também ter espaço na igreja, nas associações e,
até mesmo, na sociedade, por meio do envolvimento do jovem em
campanhas e movimentos. Embora o estudo da norma não seja o foco desta
aula, cabe destacar três artigos relevantes do ECA, o 16, o 18 e o 18-A:

Art. 16. O direito à liberdade compreende os seguintes


aspectos:

I - ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços


comunitários, ressalvadas as restrições legais;

II - opinião e expressão;

III - crença e culto religioso;

IV - brincar, praticar esportes e divertir-se;

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V - participar da vida familiar e comunitária, sem


discriminação;

VI - participar da vida política, na forma da lei;

VII - buscar refúgio, auxílio e orientação.

Observe que os incisos deste artigo estabelecem direitos para


que o jovem exerça sua condição de cidadão, como base no
que é entendido como liberdade em nossa sociedade. Os
incisos destacados em amarelo, além de se relacionarem à
cidadania, dão suporte para a atuação do jovem como
protagonista em ações sociais.

Art. 18. É dever de todos velar pela dignidade da criança


e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer
tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório
ou constrangedor.

Visto que todos têm o dever de proteger a criança e o


adolescente, cabe também a escola agir em defesa do direito
dos jovens.

Art. 18-A. A criança e o adolescente têm o direito de ser


educados e cuidados sem o uso de castigo físico ou de
tratamento cruel ou degradante, como formas de
correção, disciplina, educação ou qualquer outro
pretexto, pelos pais, pelos integrantes da família
ampliada, pelos responsáveis, pelos agentes públicos
executores de medidas socioeducativas ou por qualquer
pessoa encarregada de cuidar deles, tratá-los, educá-los
ou protegê-los.

Parágrafo único. Para os fins desta Lei, considera-se:

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I - castigo físico: ação de natureza disciplinar ou


punitiva aplicada com o uso da força física sobre a
criança ou o adolescente que resulte em:

a) sofrimento físico; ou

b) lesão;

II - tratamento cruel ou degradante: conduta ou forma


cruel detratamento em relação à criança ou ao
b
adolescente que:

a) humilhe; ou

b) ameace gravemente; ou

c) ridicularize.

Observe que o tratamento cruel ou degradante ao adolescente


também é vedado, sendo que o tratamento cruel extrapola os
castigos físicos citados no inciso I. Ridicularizar, humilhar um
jovem, suas formas de expressão, suas opiniões, também é
vedado pelo ECA.

A seguir, entendimentos bastante didáticos de Antônio Carlos Gomes


da Costa sobre as ações de Protagonismo Juvenil:

Fonte: apatru.org.br

PARTE I: CONCEITOS BÁSICOS: JUVENTUDE, EDUCAÇÃO E MUDANÇA

1. Qual o grande desafio da educação nesta reta final de século e de


milênio?

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* Segundo Ítalo Gastaldi, o grande desafio da educação nos dias de


hoje reside na questão dos valores, ou seja, na capacidade de as gerações
adultas possibilitarem aos jovens identificar, incorporar e realizar os valores
positivos construídos ao longo da evolução da história humana.

2. Por que esta tarefa tornou-se tão desafiadora e complexa em nosso


tempo?

* Porque - precisamente agora - estamos vivendo num mundo


9
marcado por uma série de dinamismos, que, tomados em conjunto,
configuram o ingresso da humanidade numa nova etapa do processo
civilizatório.

3. Que dinamismos são esses?

* No plano econômico, a globalização dos mercados. No plano


tecnológico, o ingresso na era pós-industrial e, no plano sócio-cultural, a
chamada pós-chamada.

4. Quais são as consequências desses dinamismos para o cotidiano


social dos jovens?

* São muitas e bastante diversificadas. A globalização dos mercados,


por exemplo, exige que cada país, para inserir-se de forma competitiva na
economia internacional, eleve dramaticamente seus níveis de produtividade
e qualidade na produção de bens e serviços. Isto, frequentemente, se faz
por meio de ajustes estruturais na economia. Estes ajustes, pelo menos
num primeiro momento, têm acarretado um elevado custo social, que é
pago, principalmente, pelo mais pobres.

5. E o ingresso na era pós-industrial?

* As novas tecnologias já não substituem apenas a força muscular de


homens e animais. Elas - agora - através das máquinas inteligentes,

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substituem também boa parte do esforço cerebral humano. Está nascendo


um novo mundo do trabalho marcado pela robótica, a telemática, a
informática, os novos materiais e a biotecnologia.

* No interior desse quadro, o mercado de trabalho tende a tornar-se


cada vez mais complexo, competitivo e reduzido em suas dimensões. As
novas tecnologias possibilitam o aumento crescente da produção sem
aumento ou até mesmo com crescente redução dos empregos. Em resumo,
produção e emprego, daqui para a frente, estarão definitivamente
3
desvinculadas uma da outra.

6. E a cultura pós-moderna?

* A cultura pós-moderna, segundo os estudiosos do tema, é o


ambiente cultural da era pós-industrial e do mundo globalizado.

* A pós-modernidade, segundo Gastaldi, é marcada por alguns traços


como a desconfiança da razão, a desaparição de dogmas convicções e
princípios fixos, a fragmentação das cosmovisões, através da crise dos
grandes relatos e a dissolução do sentido da história. Tudo isso levando a
formas cada vez mais variadas e difusas de religiosidade, o distanciamento,
em vez do conflito, entre jovens e adultos e, principalmente, a uma crise de
valores sem precedentes. A busca do prazer imediato e o consumismo
emergem como características emblemáticas desses novos tempos.

7. Qual a grande consequência social de tudo isso?

* A globalização e o ingresso na era pós-industrial podem ter como


consequência um enorme crescimento da exclusão social, se a humanidade
não for capaz de conciliar a agenda da transformação produtiva, que é
econômica e técnico-científica, com a agenda da equidade social, que é
essencialmente ético-política. E isto nos faz lembrar das palavras pre-
figuradoras de André Malraux: “O século XXI será ético e espiritual ou não
será.”
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8. E como fica a educação diante de tudo isso?

* A educação está desafiada a encarar e vencer esses novos desafios.


Ele já não pode mais reduzir-se apenas à transmissão de conhecimentos,
habilidades e destrezas. Mais do que nunca - como diz Paulo Freire – é
preciso que a pedagogia seja entendida como a teoria que implique os fins e
os meios da ação educativa.

* E indagar acerca dos fins da educação é perguntar:


8
* Que tipo de homem queremos formar?

* Que tipo de sociedade para cuja construção queremos contribuir com


nosso trabalho educativo?

9. Que tipo de homem queremos formar?

* Durante essa “era dos extremos”, que foi o século XX, o mundo
capitalista pautou-se por um ideal de homem muito autônomo, porém,
pouco solidário. Enquanto que os países socialistas cultivaram um homem
compulsoriamente solidário e muito pouco autônomo.

* O desafio de construir um novo horizonte antropológico para a


educação, nesta reta final do século e do milênio, tem levado muitos
educadores a se voltarem para a formação do homem autônomo e solidário,
aproveitando, assim, o melhor dos dois mundos. Os ideais de liberdade do
Ocidente e os ideais de solidariedade, que inspiraram o mundo socialista.

10. E quanto à sociedade? Que tipo de sociedade devemos lutar por


construir?

* No Brasil esta questão já está respondida no artigo 30 da nossa


Constituição Federal: Artigo 3º: “Constituem objetivos fundamentais da
República Federativa do Brasil:

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I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;

II - garantir o desenvolvimento nacional;

III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades


sociais e regionais;

IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça,


sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

8
11. E como fazer isso?

* Essa pergunta nos remete à questão dos meios da educação. Se


quisermos transmitir valores às novas gerações, não deveremos nos limitar
à dimensão dos conteúdos intelectuais, transmitidas através da docência,
devemos ir além. Os valores devem ser, mais do que transmitidos, vividos.
A inteligência não é a única via de acesso e expressão dos valores. Eles se
manifestam quando sentimos, escolhemos, decidimos ou agimos nesta ou
naquela direção.

12. No interior dessa visão, o que significa educar?

* Educar, de acordo com a visão aqui defendida, é criar espaços para


que o educando possa empreender ele próprio a construção do seu ser, ou
seja, a realização de suas potencialidades em termos pessoais e sociais.

13. Como fica a visão do educando no interior dessa pedagogia?

* O educando, no interior dessa visão, passa a ser visto, não como


recipiente, mas como fonte autêntica de iniciativa, compromisso e
liberdade.

14. Explique melhor.

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* Fonte de iniciativa significa que o educando deve agir, ou seja, não


deve ser apenas um expectador ou um receptor do processo pedagógico.
Ele deve situar-se na raiz mesma dos acontecimentos, envolvendo-se na
sua produção.

* Fonte de liberdade significa que o educando deve ter diante de si


cursos alternativos de ação, deve decidir, fazer opções, como parte do seu
processo de crescimento como pessoa e como cidadão.

* Fonte de compromisso significa que o educando deve responder


pelos seus atos, deve ser consequente nas suas ações, assumindo a
responsabilidade pelo que faz ou deixa de fazer.

* Esta concepção de educando nos leva, necessariamente, à formação


do jovem autônomo, solidário e competente.

15. Neste contexto, o que significa competência?

* A palavra competência, aqui, não está empregada em seu sentido


corriqueiro. Trata-se, efetivamente, de uma acepção mais ampla. Estamos
falando de competência no sentido expresso no Relatório, que Jacques
Delors, coordenando um grupo de quatorze grandes educadores, produziu
para a UNESCO - EDUCAÇÃO UM TESOURO A DESCOBRIR. Este Relatório
sustenta que a educação no século XXI deverá ser cada vez mais
pluridimensional.

16. Por que a educação é vista como “um tesouro a descobrir?

* Este nome foi inspirado numa fábula de La Fontaine - O Lavrador e


os Filhos - ou, mais precisamente, do seguinte trecho:

“Evitai, disse o lavrador, vender a herança

Que de nossos pais nos veio

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Esconde um tesouro em seu seio.”

* Jacques Delors, no entanto, traindo um pouco o poeta, que pretendia


fazer o elogio do trabalho, põe na sua boca as seguintes palavras:

“Mas ao morrer o sábio pai

Fez-lhe esta confissão

- O tesouro está na educação.”

* No limiar da civilização cognitiva na qual estamos adentrando, a


educação deverá fornecer ao homem “a cartografia de um mundo complexo
e constantemente agitado e, ao mesmo tempo, a bússola que permita
navegar através dele.”

17. Qual o sentido da palavra competência no relatório Jacques Delors?

* Mais do que acumular uma carga cada vez mais pesada de


conhecimentos, o importante agora é estar apto para aproveitar, do começo
ao fim da vida, as oportunidades de aprofundar e enriquecer esses
primeiros conhecimentos num mundo em permanente e acelerada
mudança.

* Para dar conta da missão que os tempos lhe impõem, a educação


deve ser capaz de organizar-se em torno de quatro grandes eixos:

* Aprender a ser;

* Aprender a conviver;

* Aprender a fazer;

* Aprender a aprender.

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* Estes segundo o relatório, são os quatro pilares da educação. A


comissão reconhece que a educação escolar, que temos hoje, orienta-se
basicamente para o conhecer e, em menor escala, para o fazer. As outras
aprendizagens - ser e conviver - ficam a depender de circunstâncias
aleatórias fora do âmbito do ensino estruturado.

* Daí, emergem as quatro competências, que o jovem, para ser


autônomo, solidário e competente deverá desenvolver:

* Competência Pessoal (aprender a ser)

* Competência Social (aprender a conviver)

* Competência Produtiva (aprender a fazer)

* Competência Cognitiva (aprender a aprender)

18. Explicite melhor essa ideia.

* A ideia pode ser resumida em dois grandes objetivos:

1. Ampliar a educação ao conjunto da experiência humana (ser,


conviver, fazer e conhecer);

2. Estendê-la ao longo de toda a vida, transcendendo os limites da


instituição e da idade escolar.

* Assim, a educação no século XXI terá como fundamento quatro


pilares, segunda o Relatório:

1. Aprender a Ser:

2. Aprender a Conviver:

3. Aprender a Fazer:

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“Para melhor desenvolver a sua personalidade e estar à altura de agir


em cada vez melhor capacidade de autonomia, de discernimento e de
responsabilidade pessoal. Para isso, não negligenciar na educação nenhuma
das capacidades de cada indivíduo: memória, raciocínio, sentido estético,
capacidades físicas e aptidão para comunicar.”

“Desenvolvendo a compreensão do outro e a percepção das


interdependências - realizar projetos comuns e preparar-se para gerir
conflitos - no respeito pelos valores do pluralismo, da compreensão mútua e
da paz.”

“Não somente para adquirir uma qualificação profissional, mas, duma


maneira mais ampla, competências que tornem a pessoa apta a enfrentar
numerosas situações e trabalhar em equipe. Mas também, aprender a fazer,
no âmbito das diversas experiências sociais ou de trabalho que se oferecem
aos adolescentes e jovens, quer espontaneamente, fruto do contexto local
ou nacional, quer formalmente, graças ao desenvolvimento do ensino
alternado com o trabalho.”

4. Aprender a Conhecer:

“Combinando uma cultura geral suficientemente vasta, com a


possibilidade de trabalhar em profundidade um pequeno número de
matérias. O que significa aprender a aprender, para beneficiar-se das
oportunidades oferecidas pela educação ao longo de toda a vida.”

* Estamos ainda muito longe - quando olhamos o que se passa em


redor de nós no sistema de ensino - da perspectiva de uma educação
assentada sobre os quatro pilares propostos no relatório. No entanto, é
preciso ter claro que, mais do que a visão de um grupo de sábios, o
Relatório exprime as exigências dos novos tempos e das novas
circunstâncias em que seremos chamados a viver no século XXI.

19. Em que se baseia esta concepção de educação?


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* A concepção de educação abraçada pela ONU neste limiar do século


XXI tem por fundamento o Paradigma do Desenvolvimento Humano, que,
desde 1990, vem sendo desenvolvido e difundido pelo PNUD (Programa das
Nações Unidas para o Desenvolvimento).

20. Em que consiste esse paradigma?

* Com base no Relatório sobre Desenvolvimento Humano no Brasil


(PNUD/ IPEA/1996), podemos resumi-lo em dez pontos básicos:

1. O fundamento real do desenvolvimento humano é o


universalismo do direito à vida;

2. Cada ser humano nasce com um potencial, que necessita de


certas condições para se desenvolver;

3. O objetivo do desenvolvimento é criar um ambiente no qual


todas as pessoas possam expandir suas capacidades;

4. Esse ambiente deve ainda oportunizar que a presente e as


futuras gerações ampliem suas possibilidades;

5. A vida não é valorizada apenas porque as pessoas podem


produzir bens materiais, nem a vida de uma pessoa vale mais
que a de outra;

6. Cada indivíduo, bem como cada geração tem direito a


oportunidades, que lhe permitam melhor fazer uso de suas
capacidades potenciais;

7. A forma pela qual realmente são aproveitadas essas


oportunidades e quais os resultados alcançados é um assunto
que tem a ver com as escolhas que cada um faz ao longo de
sua vida;

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8. Todo ser humano deve ter possibilidade de escolha, agora, e


no futuro;

9. Há uma necessidade ética de se garantir às gerações


futuras condições ambientais pelo menos iguais às que
gerações anteriores desfrutaram (desenvolvimento
sustentável);

10. Esse universalismo torna as pessoas mais capazes e


protege os direitos fundamentais (civis, políticos, sociais,
econômicos e ambientais).

21. Qual a relação entre a educação pluridimensional e o Paradigma do


Desenvolvimento Humano?

* A educação pluridimensional é a aplicação dos princípios ético-


políticos desse paradigma ao desenvolvimento pessoal e social das novas
gerações e também das gerações adultas, preparando o ser humano para
viver e trabalhar numa sociedade moderna.

22. Qual o perfil exigido do jovem para trabalhar e viver na era pós-
industrial, na sociedade do conhecimento?

* Os Códigos da Modernidade de Bernardo Toro e as Mega-Habilidades


formuladas pela equipe do CLIE (Centro Latino-Americano de Investigações
Educacionais) nos traçam prefigurações realistas do perfil exigido de cada
ser humano, para trabalhar e viver numa sociedade moderna:

* Códigos da Modernidade (Bernardo Toro):

1. Domínio da Lecto-Escritura;

2. Capacidade de fazer cálculos e de resolver problemas;

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3. Capacidade de compreender, analisar, interpretar e sintetizar dados,


fatos e situações;

4. Compreender e operar seu entorno social;

5. Receber criticamente os meios de comunicação;

6. Acessar informações;

7. Trabalhar em grupo.

* Mega-Habilidades (CLIE):

1. Confiança: Sentir-se capaz de fazer;

2. Motivação: Querer fazer;

3. Esforço: Disposição de trabalhar duro. Superar dificuldades;

4. Responsabilidade: Fazer o que deve ser feito. Fazer correto;

5. Iniciativa: Passar da intenção à ação;

6. Perseverança: Terminar o começado;

7. Altruísmo: Sentir preocupação pelo outro;

8. Sentir Comum: Ter bons critérios ao avaliar e decidir;

9. Solução de Problemas: Por em ação o que sabe e o que é capaz de


fazer.

* Os Códigos da Modernidade e as Mega-Habilidades são, portanto,


reflexos das duas ordens de exigência (transformação produtiva e equidade
social) sobre a educação do nosso tempo.

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Observe que aqui, ao falar do protagonismo juvenil, Gomes da Costa


enfatiza o desenvolvimento de habilidades (as mega-habilidades). Embora
utilize outros nomes, as ideias estão alinhadas com as do Big 5.

24. Essas competências e habilidades podem ser transmitidas através


apenas da docência?

* É certo que não. Para criar os espaços necessários à eclosão das


práticas e vivências capazes de permitir aos jovens exercitarem-se como
fonte de iniciativa, liberdade e compromisso são necessários recursos
pedagógicos de natureza distinta da aula. São necessários acontecimentos
em que o jovem possa desempenhar um papel protagônico. Aqui, o discurso
das palavras deve ser substituído pelo curso efetivo dos acontecimentos.

25. O que é, pois, protagonismo juvenil?

* O Protagonismo Juvenil, enquanto modalidade de ação educativa, é a


criação de espaços e condições capazes de possibilitar aos jovens envolver-
se em atividades direcionadas à solução de problemas reais, atuando como
fonte de iniciativa, liberdade e compromisso.

26. De onde vem o termo protagonismo juvenil?

* Vem do grego. Proto quer dizer o primeiro, o principal. Agon significa


luta. Agonista, lutador. Protagonista, literalmente, quer dizer o lutador
principal. No teatro, o termo passouu a designar os atores que conduzem a
trama, os principais atores. O mesmo ocorrendo também com os
personagens de um romance.

* No nosso caso, ou seja, no campo da educação, o termo


protagonismo juvenil designa a atuação dos jovens como personagem
principal de uma iniciativa, atividade ou projeto voltado para a solução de
problemas reais. O cerne do protagonismo, portanto, é a participação ativa

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e construtiva do jovem na vida da escola, da comunidade ou da sociedade


mais ampla.

27. Toda participação implica em protagonismo por parte do jovem?

* Não. Existem formas de participação, que são a negação do


protagonismo. A participação manipulada, a participação simbólica e a
participação decorativa são forma, na verdade, de não-participação.

28. Quando a participação se torna genuína?

* A participação se torna genuína quando se desenvolve num ambiente


democrático. A participação sem democracia é manipulação e, em vez de
contribuir para o desenvolvimento pessoal e social do jovem, pode
prejudicar a sua formação. Principalmente, quando se tem o propósito de
formar o jovem autônomo, solidário e competente.

29. O que o jovem ganha com o protagonismo?

* A participação autêntica se traduz para o jovem num ganho de


autonomia, autoconfiança e autodeterminação numa fase da vida em que
ele se procura e se experimenta, empenhado que está na construção da sua
identidade pessoal e social e no seu projeto de vida.

30. O que a sociedade ganha com o protagonismo dos jovens?

* A sociedade ganha em democracia e em capacidade de enfrentar e


resolver problemas que a desafiam. A energia, a generosidade, a força
empreendedora e o potencial criativo dos jovens é uma imensa riqueza, um
imenso patrimônio que o Brasil ainda não aprendeu utilizar da maneira
devida.

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PARTE II: ESTRUTURANDO AÇÕES DE PROTAGONISMO JUVENIL

31. Qual a primeira atitude do educador ao decidir utilizar o


Protagonismo Juvenil?

* A adesão do educador à perspectiva metodológica do protagonismo


juvenil deve traduzir-se num compromisso de natureza ética de respeito às
possibilidades e limitações próprias da condição peculiar de
desenvolvimento dos seus educandos, que, no caso, é a adolescência.

32. Além do compromisso ético, o que mais deve pautar a atuação do


educador?

* Um vínculo claro da ação educativa com a democracia, a


solidariedade e a participação. É anti-educativo mobilizar os jovens por
causas que não sejam inequivocamente democráticas. O fim político do
protagonismo juvenil é justamente elevar os níveis de participação
democrática da população.

33. Quais são as etapas presentes na estruturação de qualquer ação de


protagonismo?

a) Iniciativa da Ação: Decidir se e o que deve ser feito diante de uma


determinada situação-problema.

b) Planejamento da Ação: Definir quem vai fazer o que, como, quando,


onde e com que recursos.

c) Execução da Ação: Por em prática aquilo que se planejou.

d) Avaliação: Verificar se os objetivos foram atingidos, analisar o que


deu certo, o que precisa ser evitado e o que precisa ser melhorado no
desempenho do grupo.

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e) Apropriação dos Resultados Decidir coletivamente o que fazer com


os resultados a quem atribuí-los e, no caso de resultados materiais e/ou
financeiros, como utilizá-los.

Importante: Gomes da Costa nos recomenta que utilizamos a


metodologia de projetos para o desenvolvimento de ações de protagonismo
juvenil.

34. Que atitudes devem ser evitadas por parte do educador?

a) Privar os jovens de participação na decisão da ação a ser realizada.

b) Tentar “vender” para os jovens decisões já tomadas pelos adultos,


sem dar-lhes opção de recusar ou propor alternativas.

c) Apresentar o problema, colher as sugestões do grupo e, depois,


decidir sozinho o que fazer.

d) Deixar a decisão para o grupo, sem procurar orientar e esclarecer


quando as dificuldades surgirem.

35. Quais são os padrões de relacionamento mais comuns entre


adultos e adolescentes no curso de uma ação protagônica?

* Dependência: Os educadores assumem a direção das ações, cabendo


aos adolescentes apenas segui-las e obedecê-las, atuando sob sua tutela.

* Colaboração: Educandos e educadores compartilham, através de


discussões, reflexões conjuntas e decisões partilhadas todas as etapas do
desenvolvimento de uma ação protagônica.

* Autonomia: Estágio avançado de protagonismo no qual os educandos


já se desimcubem de todas as etapas de uma ação protagônica sem que
seja necessário o envolvimento dos educadores.

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36. Como deve ser o papel do educador diante dos jovens?

a) O educador deve ajudar os jovens a identificar a situação-problema


e posicionar-se diante dela.

b) Empenhar-se no sentido de que o grupo não desanime e nem se


desvie dos objetivos propostos.

c) Favorecer o estabelecimento de vínculos entre os membros do


grupo, fortalecendo a coesão grupal.

d) Motivar o grupo a avaliar constantemente a ação e, quando


necessário, replanejá-la em conjunto.

e) Zelar permanentemente para que a iniciativa dos jovens seja


compreendida e aceita por outros jovens e pelo mundo adulto.

f) Cuidar pela manutenção de um clima de entusiasmo e dedicação no


interior dos grupos.

g) Colaborar na avaliação das ações desenvolvidas, ajudando os jovens


a introduzir os ajustes necessários.

37. Qual deve ser o perfil básico do educador para atuar junto aos
jovens em ações de protagonismo juvenil?

a) Ter convicções sólidas a respeito da importância da participação dos


jovens na solução de problemas reais na escola e na comunidade;

b) Conhecer os elementos básicos da dinâmica e funcionamento dos


grupos;

c) Ter algum conhecimento sobre a situação-problema a ser


enfrentada;

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d) Ter alguma experiência como participante ou animador de


atividades de trabalho em grupo;

e) Ser capaz de administrar as oscilações de comportamento freqüente


entre os jovens: conflitos, passividade, indiferença, agressividade e
destrutividade;

f) Ter controle sobre seus sentimento e reações;

g) Estar aberto para acolher e compreender as manifestações verbais e


não-verbais emitidas pelo grupo.

h) demonstrar-se capaz de respeitar a dignidade, o dinamismo e a


identidade de cada um dos membros do grupo.

38. Porque é importante que os jovens participem na elaboração do


projeto?

* Porque, ao fazê-lo de forma democrática e participativa, a equipe


juvenil adquire mais confiança em si mesma e na sua capacidade de intervir
construtivamente em seu entorno social.

39. Que cuidados devem ser tomados antes de iniciar a ação


planejada?

* Em primeiro lugar deve-se procurar analisar a situação sobre a qual


se quer intervir, reunindo os dados e informações disponíveis.

* Em seguida, o projeto deve ser explicado pelos próprios jovens a


todos aqueles que serão afetados pelas atividades a serem desenvolvidas.

40. Que perguntas básicas devem ser claramente respondidas quando


se planeja uma ação protagônica?

* O que pretendemos fazer?

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* Quando começará a ação e quanto temo será consumido na sua


realização?

* Onde ocorrerão as atividades planejadas?

* Quem ficará responsável?

41. Pelo que em cada etapa do trabalho a ser realizado?

* Como as atividades serão organizadas e encadeadas para se atingir o


fim previsto?

* Quanto, em termos de recurso materiais, financeiros e humanos será


necessário para o desenvolvimento das ações previstas?

Por fim, cabe destacar que, em uma das publicações do MEC, de 2007,
sobre protagonismo juvenil, destacou que uma das maiores preocupações
dos nossos jovens é o desemprego, sendo que a violência e as drogas são
apontadas como os grandes problemas do mundo contemporâneo. As
conclusões são retiradas de um texto da socióloga Marilia Sposito, que traz
resultados de uma pesquisa realizada com jovens de diversas regiões
metropolitanas: Porto Alegre (RS), Curitiba (PR), São Paulo (SP), Rio de
Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Salvador (BA), Recife (PE), Fortaleza
(CE), Belém (PA) e Distrito Federal (DF).

Nesse sentido, a publicação do MEC afirma que:

“ (...) é fundamental assumir o compromisso com políticas


públicas que não só garantam o acesso dos jovens à educação
técnica e profissional mas, também, que assegurem sua
permanência no sistema educacional, criando condições justas
para que tenham acesso ao ensino superior.

Para além da garantia de escolaridade, no entanto, o acesso ao


mundo do trabalho, nas várias e diferentes formas que a
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sociedade contemporânea abre aos jovens, é um elemento


essencial na construção da justiça social e de condições que
promovam seu protagonismo na sociedade. Dessa forma,
articular educação e trabalho para a juventude, a partir de
projetos que garantam a qualidade de vida para todos, é um
caminho profícuo para o desenvolvimento de ações que
tenham a escola como lócus e a participação cidadã como
meta.” (MEC, 2007, p. 6)

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Embora muitas das questões sobre os temas abordados nesta aula


possam ser solucionadas com atenção e o uso do bom-senso, já sabemos que
resolver questões é fundamental, até mesmo para trabalhar a nossa percepção
e ponto de vista a respeito desses assuntos. Então, vamos logo praticar!

PREFEITURA DE FORTALEZA 2016 – PEDAGOGO – PREFEITURA DE


FORTALEZA - CE

1) “Em suas singularidades, os sujeitos da Educação Básica, em


seus diferentes ciclos de desenvolvimento, são ativos, social e
culturalmente [...], são cidadãos de direito e deveres em
construção; copartícipes do processo de produção de cultura,
ciência, esporte e arte, compartilhando saberes *...+” (DICEI,
2013).

De acordo com o trecho, assinale a opção correta.

a) Na Educação Básica, o respeito aos estudantes e a seus


tempos mentais, socioemocionais, culturais, identitários é um
princípio orientador de toda a ação educativa.

b) Na Educação Básica, o acesso aos bens materiais e imateriais


da sociedade industrial são princípios que orientam as práticas
curriculares de inclusão social e difusão cultural.

c) Na Educação Básica, as práticas pedagógicas seguem


tendências espontaneístas, que primam pelo respeito aos
aspectos inerentes a cada sujeito e suas necessidades
educativas.

d) Na Educação Básica, o currículo atende a diferentes


modalidades de ensino, diferenciando-se de acordo com a região
e a cultura, sem a necessidade de uma diretriz nacional.

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Resposta: A. Sem dúvida que o respeito aos estudantes e a seus tempos


mentais, socioemocionais, culturais, identitários é um princípio orientador de
toda a ação educativa. A assertiva “b” está incorreta, porque o acesso aos
bens materiais e imateriais da sociedade industrial são princípios que orientam
as práticas curriculares. A “c” está erra, pois as práticas pedagógicas devem
ser fundamentadas, e não espontaneístas. A assertiva “d” está incorreta, pois,
embora haja diferenças regionais, há diretrizes nacionais para elaboração dos
currículos.

CESPE 2017 – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA – SECRETARIA DE


ESTADO DA EDUCAÇÃO -DF

2) Tendo em vista que a interação professor/aluno, crucial para a


relação pedagógica e para a efetivação do processo ensinar-
aprender, é permeada por dois aspectos, o cognoscitivo e o
socioemocional, julgue os itens a seguir, acerca da relação
professor/aluno.

As relações pessoais estabelecidas entre o educador e a turma


relacionam-se ao aspecto socioemocional.

Resposta: Certo. Sim, conforme vimos, os aspectos socioemocionais


relacionam-se às habilidades relacionadas a controle das emoções,
desenvolvimento de empatia e de relacionamentos sociais positivos, tomada de
decisões responsável, etc. Essas habilidades devem ser aprendidas e
praticadas. Vimos ainda, que, com base na concepção de inteligências
múltiplas de Gardner, o desenvolvimento de habilidades socioemocionais pode
ser traduzido como o fortalecimento das inteligências interpessoal (entre duas
ou mais pessoas) e intrapessoal (relativo ao trato consigo mesmo e suas
emoções).

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ESTADO DA EDUCAÇÃO -DF

3) Tendo em vista que a interação professor/aluno, crucial


para a relação pedagógica e para a efetivação do processo
ensinar-aprender, é permeada por dois aspectos, o cognoscitivo e
o socioemocional, julgue os itens a seguir, acerca da relação
professor/aluno.

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Na relação professor/aluno, é frequente se confundir autoridade


com autoritarismo, uma vez que tanto este quanto aquela são
consequência natural do processo de acúmulo de conhecimento
técnico pelo professor e da preocupação deste com a evolução do
aluno na construção do conhecimento.

Resposta: Errado. Questão fácil, que pode ser resolvida pelo bom sendo, mas
que exige atenção. Observe que autoridade é algo que um sujeito tem por ser
possuidor de um determinado conhecimento ou por exercer determinado
cargo. Relaciona-se, portanto, à liderança, postura, comando. Devido a sua
legitimidade, contribui para a vida em sociedade e para a democracia. Já o
autoritarismo é a imposição de algo pela força, pelo poder. Está ligado a
práticas antidemocráticas e antissociais. Assim, o que se espera do professor
no processo de ensino-aprendizagem é uma postura de autoridade, mas nunca
de autoritarismo. Como a questão trata os dois termos como sinônimos, está
errada.

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ESTADO DA EDUCAÇÃO -DF

4) Tendo em vista que a interação professor/aluno, crucial


para a relação pedagógica e para a efetivação do processo
ensinar-aprender, é permeada por dois aspectos, o cognoscitivo e
o socioemocional, julgue os itens a seguir, acerca da relação
professor/aluno.

A interação humana possui valor pedagógico fundamental, pois é


por intermédio das relações professor/aluno e aluno/aluno que o
conhecimento se constrói coletivamente.

Resposta: Certo. A interação humana possui, mesmo, valor pedagógico


fundamental. A ideia de desenvolvimento das habilidades socioemocionais na
escola, inclusive, está alinhada a importância da convivência e interação.
Abed, por exemplo, aponta pesquisas que sugerem que o desenvolvimento
cognitivo é impulsionado pelo desenvolvimento de habilidades
socioemacionais. Portanto, questão certa.

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FCC 2016 – ANALISTA AMBIENTAL – PEDAGOGO – SEGEP-MA

5) A noção de “socialização” guarda estreitas relações com


a educação escolar e não escolar e pode ser entendida como

a) a orientação que assume um indivíduo que constitui e define,


ao mesmo tempo, sua participação no interior de um processo de
interação social.

b) o processo pelo qual o indivíduo se integra à sociedade,


mediante a internalização das normas, valores e ideias
predominantes nos coletivos sociais de que participa.

c) o conjunto de normas estabelecidas por um conjunto de


diferentes grupos socialmente unidos entre si.

d) a unidade de comportamento e pensamento comum a todos os


indivíduos pertencentes a uma determinada sociedade ou a
grupos sociais específicos.

e) o conjunto de relações sociais, do passado e do presente,


possíveis de serem observadas e analisadas direta ou
indiretamente.

Resposta: B. Vejam o entendimento da FCC sobre socialização: A noção


de “socialização” guarda estreitas relações com a educação escolar e não
escolar e pode ser entendida como o processo pelo qual o indivíduo se
integra à sociedade, mediante a internalização das normas, valores e
ideias predominantes nos coletivos sociais de que participa.

FCC 2016 – ANALISTA AMBIENTAL – PEDAGOGO – SEGEP-MA

6) Uma concepção crítica de educação e educação escolar é


aquela que adota como princípio elementar que os educandos,
homens e mulheres, são

a) sujeitos histórico-sociais, inacabados, situados no espaço e no


tempo, produtores de cultura e de sua própria humanidade.

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b) sujeitos-objetos da ação cultural daqueles que detêm a


capacidade de transmitir o acervo de conhecimento produzido
pela ação e história do homem.

c) sujeitos que herdam o acervo de conhecimentos e experiências


acumulados pelas gerações passadas de forma a adaptarse à
realidade em que está inserido.

d) indivíduos situados no espaço e no tempo, livres, ainda que


submetidos ao peso da cultura e dos valores transmitidos pelas
religiões, pela publicidade organizada e pela ideologia.

e) pessoas que precisam da instituição escolar, por meio da ação


mediadora dos profissionais da educação para seu processo de
formação.

Resposta: A. Quando falamos em pedagogia crítica, temos que lembrar


das tendências pedagógicas progressistas, que tem entre seus teóricos
Paulo Freire. Este autor, em especial, traz uma noção de homem e
mulher bastante alinhada com a afirmação da banca: homem e mulher
são sujeitos histórico-sociais, inacabados (estamos sempre nos
desenvolvendo), situados no espaço e no tempo, produtores de cultura
(observe que na concepção crítica, o ser humano também produz
cultura, conhecimento e não apenas recebe) e de sua própria
humanidade.

FCC 2016 – PROFESSOR – BIOLOGIA/CIÊNCIAS – SEDU-ES

7) As atividades de estudo do meio vêm sendo cada vez mais


realizadas nas escolas, em outros espaços de educação e podem
ser feitas pontualmente ou se constituir com verdadeiros projetos
durante um bimestre, semestre ou ano.

(KRASILCHIK, M. MARANDINO, M. Ensino de Ciências e cidadania,


Editora Moderna, 1. ed., 2004. p.47)

Diante desta afirmação, são pressupostos importantes para a


realização de estudos do meio:

a) Ter a preocupação com os aspectos sociais, culturais e


ambientais do local a ser visitado e conduzir uma pesquisa sobre
esses aspectos antes da visita.

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b) Não ser influenciado pelos contextos locais e manter o seu


objetivo pedagógico para além da realidade local.

c) Tentar se manter isento dos conflitos locais, uma vez que a


relação entre escola/comunidade/sociedade pode ser muito
complexa.

d) Levar em conta que a relevância pedagógica do local a ser


visitado deve pesar mais na escolha do que a idade, escolaridade
e expectativa dos seus alunos.

e) Escolher locais que os alunos não poderiam visitar


espontaneamente.

Resposta: A. A “a” é a resposta ideal. Podemos pensar nas ações de


protagonismo juvenil. É natural que queiramos desenvolver atividades em
ambientes distintos do escolar. Porém, temos que ter preocupação com os
aspectos sociais, culturais e ambientais do local a ser visitado e conduzir uma
pesquisa sobre esses aspectos antes da visita. A “b” e a “c” estão erradas,
porque as características do contexto são importantes para o processo de
aprendizagem, especialmente se pensarmos nas ações de protagonismo
juvenil, vistas nesta aula, e é natural que nesses locais haja algum conflito. A
“d” está errada, porque a idade, a escolaridade e a expectativa dos alunos
também é importante e precisa ser considerada quando da definição do local
para desenvolvimento de uma atividade. A “e” está errada, porque o lugar
escolhido não precisa, necessariamente, ser um local que os alunos não
poderiam visitar espontaneamente.

CESPE 2006 – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA –


PEDAGOGIA – TSE

8) O trabalho docente se caracteriza por um constante vaivém


entre as tarefas cognitivas colocadas pelo professor e o nível
de preparo dos alunos para resolverem as tarefas. À luz
dessa assertiva, assinale a opção correta.

a) O professor precisa estabelecer objetivos e aprender a


combinar severidade, respeito e aspectos
socioemocionais, sem perder de vista as necessidades
afetivas de seus alunos e o contexto em que estes estão
inseridos.

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b) Na maioria das escolas, existem alunos com muita


deficiência de conteúdo, além de defasagem entre a idade
cronológica e a série em que estão matriculados, o que
dificulta a realização de um trabalho homogêneo.

c) Para que haja uma boa interação entre professor e aluno,


o professor deve apresentar os objetivos, os temas e as
tarefas de forma clara e compreensível, esforçando-se em
formular questões compreensíveis para os alunos.

d) O professor precisa aprender a ouvir seus alunos,


adequando os conteúdos ao que interessa a eles. Nesse
sentido, a fala do aluno é mais importante que os
conteúdos a serem trabalhados.

Resposta: C. Vimos em aulas anteriores que, para facilitar o aprendizado


devemos selecionar objetivos adequados, os quais estarão relacionados aos
conteúdos a serem trabalhados e influenciarão também na escolha dos
métodos de ensino. Além disso, deixar os objetivos de aprendizagem claros é
fundamental para facilitar a aprendizagem do aluno, bem como para motivá-lo
a aprender.

UNA CONCURSOS 2015 – PROFESSOR ENSINO FUNDAMENTAL - ARTES –


PREFEITURA DE FLORES DA CUNHA - RS

9) A relação interpessoal é a forma como o indivíduo lida com o


seu meio social, seja na família, na escola ou no trabalho;
conviver com o outro não é uma tarefa fácil, e conviver com
o outro no trabalho sem entender o comportamento de cada
um é praticamente impossível. Assim, dadas as afirmações
seguintes,

I. A harmonia consigo mesmo, a autoaceitação e valorização,


o bem-estar físico e mental proporcionam um equilíbrio na
relação com o outro.

II. A forma como eu me vejo, minhas motivações,


ideologia influem em cada interação interpessoal.

III. Para trabalhar bem, e em grupo, as pessoas precisam


possuir apenas competências técnicas para realizar suas
funções.

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IV. A interação socioemocional pode favorecer o


resultado do trabalho e as relações interpessoais.

verifica-se que está(ão) correta(s)

a) II, apenas.

b) I e II, apenas.

c) III e IV, apenas.

d) I, II e IV, apenas.

e) I, II, III e IV.

Resposta: D. O único item incorreto é o “III”, conforme vimos nesta aula, as


competências ou habilidades socioemocionais também são muito importantes
para o desenvolvimento de trabalhos em grupo, seja na escola, seja no futuro,
em um ambiente de trabalho ou comunitário. São essas habilidades que o Big
5 visam desenvolver: abertura a experiências, conscienciosidade, extroversão,
Amabilidade – cooperatividade, estabilidade emocional.

FCC 2011 – COORDENADOR PEDAGÓGICO – BIOLOGIA/CIÊNCIAS –


SEDU-ES

10) Segundo Perrenoud (2000), enfrentar os deveres e os


dilemas éticos da profissão é um dos dez domínios de
competências reconhecidas como prioritárias na formação
contínua das professoras e dos professores da educação básica.
Faz parte dessa competência:

I. prevenir a violência na escola e fora dela e lutar contra os


preconceitos e as discriminações sexuais, étnicas e sociais.

II. organizar e fazer ouvir, no âmbito da escola, o protagonismo


juvenil e utilizar as ferramentas multimídia no ensino.

III. desenvolver o senso de responsabilidade, a solidariedade e o


sentimento de justiça e participar da criação de regras de vida
comum.

IV. administrar a homogeneidade no âmbito de uma turma e


suscitar o desejo de exercer a cidadania.

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Está correto o apresentado APENAS em

a) I e II.

b) I e III.

c) II e III.

d) II e IV.

e) III e IV.

Resposta: B. As 10 competências listadas por Perrenoud são: 1. Organizar e


estimular situações de aprendizagem; 2. Gerar a progressão das
aprendizagens; 3. Conceber e fazer com que os dispositivos de diferenciação
evoluam (que se relaciona, entre outras questões, a gerir a heterogeneidade
e, por isso, a IV está incorreta) 4. Envolver os alunos em suas aprendizagens
e no trabalho; 5. Trabalhar em equipe; 6. Participar da gestão da escola; 7.
Informar e envolver os pais; 8. Utilizar as novas tecnologias (Perrenoud fala
aqui na utilização de multimídias, softwares, comunicação a distância, etc.);
9. Enfrentar os deveres e os dilemas éticos da profissão (aqui estaria a
prevenção da violência na escola e na cidade, a luta contra os preconceitos e
as discriminações sexuais, étnicas e sociais, etc., pontos que justificam o
item I); 10. Gerar sua própria formação contínua. Achei esta questão
maldosa, porque incluiu o protagonismo juvenil no item II. Acontece que,
como Perrenoud fala na utilização de multimídias, mas não fala no
protagonismo juvenil. Todavia, como muito se fala no protagonismo juvenil
e, de fato é algo muito importante e que deve ser estimulado, a assertiva
acaba por deixar alguns candidatos confusos. Mas, aqui fica o aprendizado
e, como você viu, na lista das 10 competências que precisam ser
desenvolvidas pelos professores não há nada relacionado diretamente ao
protagonismo juvenil.

FCC 2005 – PEDAGOGO – UFT

11) A escola é parte da sociedade e tem com o todo uma relação


dialética - há uma interferência recíproca que atravessa todas as
instituições que constituem o social.

Na relação Educação-Sociedade, a escola tem uma função

A. autônoma, diante dos fatores que estimulam as mudanças


sociais.

B. reprodutora das ideias de uma sociedade capitalista.


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C. contraditória, pois ao mesmo tempo em que é fator de


manutenção, ela transforma a cultura de uma sociedade.

D. subordinada, com o objetivo de ser um aparelho ideológico


do Estado.

E. mediadora, com o objetivo de eliminar as diferenças sociais


e impedir os conflitos de classe.

Resposta: C. A opção que melhor descreve a opção da escola na relação


escola-sociedade é a ‘C’. Trata-se de uma relação contraditória, pois, ao
mesmo tempo em que a escola contribui para a manutenção de valores e
da cultura, ela é também transformadora, influenciando nas mudanças
que ocorrem na sociedade. A escola não é autônoma ou subordinada,
porque, como vimos, ela influencia e é influenciada; também não
podemos dizer que ela é apenas reprodutora, pois ela influencia
mudanças, produz conhecimentos; e, também não podemos dizer que
ela é mediadora, no sentido de eliminar as diferenças sociais e impedir
os conflitos de classe, pois, embora a escola possa influenciar nessas
questões, por meio dos valores e conhecimentos que propaga, este (ser
mediadora no combate às desigualdades) não é seu objetivo.

INSTITUTO EXCELÊNCIA 2017 – OFICIAL DE ESCOLA – PREFEITURA DE


TREMEMBÉ-SP

12) Falar sobre drogas é sempre delicado. Geralmente as


discussões são infladas por juízos de valor, pré-julgamentos ou
preconceitos que nos levam a perceber a problemática sem, no
entanto, conseguirmos dominá-la eficientemente. E essa temática
deve ser adequadamente debatida e trabalhada no ambiente
escolar, para que tenhamos condições de enfrentar este problema
de modo a preveni-lo, promovendo a saúde de todos os sujeitos
que vivenciam o dia a dia escolar, sejam educadores,
colaboradores, alunos ou familiares. Diante de uma questão tão
complexa historicamente, se torna necessário compreender que o
objetivo não é atingirmos o ideal de uma sociedade totalmente
livre de drogas, mas é preciso valorizar o papel protagonista do
educador e daqueles que trabalham na escola para auxiliar os
estudantes a fazerem escolhas saudáveis em suas vidas.

Com base no assunto exposto julgue as afirmativas:

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I- O protagonismo do educador é fundamental para que se tenha


sucesso nesse enfrentamento, ajudando a escola na articulação
com as diversas redes de apoio e a apostar na reinserção dos
alunos usuários.

II- Ações e projetos preventivos na escola precisam agregar uma


visão mais realista do contexto escolar brasileiro, que leve em
conta os fatores de risco já presentes em seu cotidiano, mas sem
descuidar da valorização de fatores de proteção envolvidos e do
protagonismo dos próprios jovens.

III- Toda escola possui estrutura adequada e profissional


capacitado para lidar com a questão da prevenção e ainda
proporcionar ao educando acesso a todas as possibilidades de
entender e de se defender de seu inimigo - a droga.

IV- O tema deve ser abordado de modo a esclarecer sem medo os


ouvintes e oportunizar as manifestações de opiniões e
participação na construção de um melhor entendimento sobre a
questão das drogas. As ações sociais de modo geral devem
primar por medidas preventivas no combate ao uso de drogas.

São VERDADEIRAS:

a) II e III apenas.

b) I, II, III, e IV.

c) I, II e IV apenas.

d) Nenhuma das alternativas.

Resposta: C. Apenas o item III não está correto. Veja, infelizmente, nem todas
as escolas têm estrutura adequada e profissional capacitado para lidar com a
questão da prevenção e ainda proporcionar ao educando acesso a todas as
possibilidades de entender e de se defender de seu inimigo - a droga. Por isso,
o item está incorreto. Vale a releitura dos demais, que estão corretos.

FUNIVERSA 2015 – ESPECIALISTA SOCIOEDUCATIVO – PEDAGOGIA –


SECRETARIA DA CRIANÇA -DF

13) A construção da cidadania passa pela postura ética do


professor. Com relação a esse assunto, assinale a alternativa
correta.

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a) A participação na construção do projeto pedagógico é uma


postura ética do professor que se envolve com a realidade da
escola, estabelecendo relações de aprendizagem entre os pares e
a comunidade.

b) A imposição dos valores morais e pessoais do professor ajuda


os alunos na construção da autonomia de pensamento, tornando-
os cidadãos responsáveis.

c) A formação ética dos alunos é estimulada pela leitura de textos


clássicos e independe dos exemplos e das vivências
compartilhadas no ambiente escolar.

d) A forma de gerir a escola não interfere na formação ética dos


estudantes, logo uma gestão democrática e participativa não
contribui para a sólida formação de valores.

e) Para que haja uma formação ética sólida, é necessário que as


regras de conduta da escola sejam abolidas e todas as regras
passem a ser criadas na coletividade.

Resposta: A. O PPP deve ser construído coletivamente e uma exigência legal é


a participação do corpo docente. Portanto, quando o professor participa, ele
está demonstrando uma postura ética. A “b” está errada, porque valores não
devem ser impostos, especialmente se forem valores pessoais do professor. A
“c” e a “d” está incorreta, porque exemplos são fundamentais na formação de
valores, inclusive, os exemplos podem vir da forma como a escola é gerida.
Quanto à opção “e”, nem todas as regras precisam ser criadas coletivamente,
embora o contexto e as opiniões da comunidade devam ser levadas em
consideração. Como quando da elaboração do PPP as opiniões, expectativas,
ideias da comunidade devem ser colhidas, este pode ser um bom momento
para a revisão de regras de conduta, não se esquecendo, é claro, que a
conduta do professor tem suas peculiaridades.

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Seguem as questões vistas nesta aula, sem os comentários, para você


praticar e ver se, realmente, conseguiu absorver o conteúdo. Hora de praticar!

PREFEITURA DE FORTALEZA 2016 – PEDAGOGO – PREFEITURA DE


FORTALEZA - CE

1) “Em suas singularidades, os sujeitos da Educação Básica, em


seus diferentes ciclos de desenvolvimento, são ativos, social e
culturalmente [...], são cidadãos de direito e deveres em
construção; copartícipes do processo de produção de cultura,
ciência, esporte e arte, compartilhando saberes *...+” (DICEI,
2013).

De acordo com o trecho, assinale a opção correta.

a) Na Educação Básica, o respeito aos estudantes e a seus


tempos mentais, socioemocionais, culturais, identitários é um
princípio orientador de toda a ação educativa.

b) Na Educação Básica, o acesso aos bens materiais e imateriais


da sociedade industrial são princípios que orientam as práticas
curriculares de inclusão social e difusão cultural.

c) Na Educação Básica, as práticas pedagógicas seguem


tendências espontaneístas, que primam pelo respeito aos
aspectos inerentes a cada sujeito e suas necessidades
educativas.

d) Na Educação Básica, o currículo atende a diferentes


modalidades de ensino, diferenciando-se de acordo com a região
e a cultura, sem a necessidade de uma diretriz nacional.

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CESPE 2017 – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA – SECRETARIA DE


ESTADO DA EDUCAÇÃO -DF

2) Tendo em vista que a interação professor/aluno, crucial para a


relação pedagógica e para a efetivação do processo ensinar-
aprender, é permeada por dois aspectos, o cognoscitivo e o
socioemocional, julgue os itens a seguir, acerca da relação
professor/aluno.

As relações pessoais estabelecidas entre o educador e a turma


relacionam-se ao aspecto socioemocional.

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ESTADO DA EDUCAÇÃO -DF

5) Tendo em vista que a interação professor/aluno, crucial


para a relação pedagógica e para a efetivação do processo
ensinar-aprender, é permeada por dois aspectos, o cognoscitivo e
o socioemocional, julgue os itens a seguir, acerca da relação
professor/aluno.

Na relação professor/aluno, é frequente se confundir autoridade


com autoritarismo, uma vez que tanto este quanto aquela são
consequência natural do processo de acúmulo de conhecimento
técnico pelo professor e da preocupação deste com a evolução do
aluno na construção do conhecimento.

CESPE 2017 – PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA – SECRETARIA DE


ESTADO DA EDUCAÇÃO -DF

6) Tendo em vista que a interação professor/aluno, crucial


para a relação pedagógica e para a efetivação do processo
ensinar-aprender, é permeada por dois aspectos, o cognoscitivo e
o socioemocional, julgue os itens a seguir, acerca da relação
professor/aluno.

A interação humana possui valor pedagógico fundamental, pois é


por intermédio das relações professor/aluno e aluno/aluno que o
conhecimento se constrói coletivamente.

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5) A noção de “socialização” guarda estreitas relações com


a educação escolar e não escolar e pode ser entendida como

a) a orientação que assume um indivíduo que constitui e define,


ao mesmo tempo, sua participação no interior de um processo de
interação social.

b) o processo pelo qual o indivíduo se integra à sociedade,


mediante a internalização das normas, valores e ideias
predominantes nos coletivos sociais de que participa.

c) o conjunto de normas estabelecidas por um conjunto de


diferentes grupos socialmente unidos entre si.

d) a unidade de comportamento e pensamento comum a todos os


indivíduos pertencentes a uma determinada sociedade ou a
grupos sociais específicos.

e) o conjunto de relações sociais, do passado e do presente,


possíveis de serem observadas e analisadas direta ou
indiretamente.

FCC 2016 – ANALISTA AMBIENTAL – PEDAGOGO – SEGEP-MA

6) Uma concepção crítica de educação e educação escolar é


aquela que adota como princípio elementar que os educandos,
homens e mulheres, são

a) sujeitos histórico-sociais, inacabados, situados no espaço e no


tempo, produtores de cultura e de sua própria humanidade.

b) sujeitos-objetos da ação cultural daqueles que detêm a


capacidade de transmitir o acervo de conhecimento produzido
pela ação e história do homem.

c) sujeitos que herdam o acervo de conhecimentos e experiências


acumulados pelas gerações passadas de forma a adaptarse à
realidade em que está inserido.

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d) indivíduos situados no espaço e no tempo, livres, ainda que


submetidos ao peso da cultura e dos valores transmitidos pelas
religiões, pela publicidade organizada e pela ideologia.

e) pessoas que precisam da instituição escolar, por meio da ação


mediadora dos profissionais da educação para seu processo de
formação.

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7) As atividades de estudo do meio vêm sendo cada vez mais


realizadas nas escolas, em outros espaços de educação e podem
ser feitas pontualmente ou se constituir com verdadeiros projetos
durante um bimestre, semestre ou ano.

(KRASILCHIK, M. MARANDINO, M. Ensino de Ciências e cidadania,


Editora Moderna, 1. ed., 2004. p.47)

Diante desta afirmação, são pressupostos importantes para a


realização de estudos do meio:

a) Ter a preocupação com os aspectos sociais, culturais e


ambientais do local a ser visitado e conduzir uma pesquisa sobre
esses aspectos antes da visita.

b) Não ser influenciado pelos contextos locais e manter o seu


objetivo pedagógico para além da realidade local.

c) Tentar se manter isento dos conflitos locais, uma vez que a


relação entre escola/comunidade/sociedade pode ser muito
complexa.

d) Levar em conta que a relevância pedagógica do local a ser


visitado deve pesar mais na escolha do que a idade, escolaridade
e expectativa dos seus alunos.

e) Escolher locais que os alunos não poderiam visitar


espontaneamente.

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CESPE 2006 – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA –


PEDAGOGIA – TSE

8) O trabalho docente se caracteriza por um constante vaivém


entre as tarefas cognitivas colocadas pelo professor e o nível de
preparo dos alunos para resolverem as tarefas. À luz dessa
assertiva, assinale a opção correta.

a) O professor precisa estabelecer objetivos e aprender a


combinar severidade, respeito e aspectos
socioemocionais, sem perder de vista as necessidades
afetivas de seus alunos e o contexto em que estes estão
inseridos.

b) Na maioria das escolas, existem alunos com muita


deficiência de conteúdo, além de defasagem entre a idade
cronológica e a série em que estão matriculados, o que
dificulta a realização de um trabalho homogêneo.

c) Para que haja uma boa interação entre professor e aluno,


o professor deve apresentar os objetivos, os temas e as
tarefas de forma clara e compreensível, esforçando-se em
formular questões compreensíveis para os alunos.

d) O professor precisa aprender a ouvir seus alunos,


adequando os conteúdos ao que interessa a eles. Nesse
sentido, a fala do aluno é mais importante que os
conteúdos a serem trabalhados.

UNA CONCURSOS 2015 – PROFESSOR ENSINO FUNDAMENTAL - ARTES –


PREFEITURA DE FLORES DA CUNHA - RS

9) A relação interpessoal é a forma como o indivíduo lida com o


seu meio social, seja na família, na escola ou no trabalho;
conviver com o outro não é uma tarefa fácil, e conviver com o
outro no trabalho sem entender o comportamento de cada um é
praticamente impossível. Assim, dadas as afirmações
seguintes,

V. A harmonia consigo mesmo, a autoaceitação e valorização,


o bem-estar físico e mental proporcionam um equilíbrio na
relação com o outro.

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VI. A forma como eu me vejo, minhas motivações,


ideologia influem em cada interação interpessoal.

VII. Para trabalhar bem, e em grupo, as pessoas precisam


possuir apenas competências técnicas para realizar suas
funções.

VIII. A interação socioemocional pode favorecer o


resultado do trabalho e as relações interpessoais.

verifica-se que está(ão) correta(s)

a) II, apenas.

b) I e II, apenas.

c) III e IV, apenas.

d) I, II e IV, apenas.

e) I, II, III e IV.

FCC 2011 – COORDENADOR PEDAGÓGICO – BIOLOGIA/CIÊNCIAS –


SEDU-ES

10) Segundo Perrenoud (2000), enfrentar os deveres e os


dilemas éticos da profissão é um dos dez domínios de
competências reconhecidas como prioritárias na formação
contínua das professoras e dos professores da educação básica.
Faz parte dessa competência:

I. prevenir a violência na escola e fora dela e lutar contra os


preconceitos e as discriminações sexuais, étnicas e sociais.

II. organizar e fazer ouvir, no âmbito da escola, o protagonismo


juvenil e utilizar as ferramentas multimídia no ensino.

III. desenvolver o senso de responsabilidade, a solidariedade e o


sentimento de justiça e participar da criação de regras de vida
comum.

IV. administrar a homogeneidade no âmbito de uma turma e


suscitar o desejo de exercer a cidadania.

Está correto o apresentado APENAS em


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a) I e II.

b) I e III.

c) II e III.

d) II e IV.

e) III e IV.

FCC 2005 – PEDAGOGO – UFT

11) A escola é parte da sociedade e tem com o todo uma relação


dialética - há uma interferência recíproca que atravessa todas as
instituições que constituem o social.

Na relação Educação-Sociedade, a escola tem uma função

a) autônoma, diante dos fatores que estimulam as mudanças


sociais.

b) reprodutora das idéias de uma sociedade capitalista.

c) contraditória, pois ao mesmo tempo em que é fator de


manutenção, ela transforma a cultura de uma sociedade.

d) subordinada, com o objetivo de ser um aparelho ideológico


do Estado.

e) mediadora, com o objetivo de eliminar as diferenças sociais


e impedir os conflitos de classe.

INSTITUTO EXCELÊNCIA 2017 – OFICIAL DE ESCOLA – PREFEITURA DE


TREMEMBÉ-SP

12) Falar sobre drogas é sempre delicado. Geralmente as


discussões são infladas por juízos de valor, pré-julgamentos ou
preconceitos que nos levam a perceber a problemática sem, no
entanto, conseguirmos dominá-la eficientemente. E essa temática
deve ser adequadamente debatida e trabalhada no ambiente
escolar, para que tenhamos condições de enfrentar este
problema de modo a preveni-lo, promovendo a saúde de todos os
sujeitos que vivenciam o dia a dia escolar, sejam educadores,
colaboradores, alunos ou familiares. Diante de uma questão tão

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complexa historicamente, se torna necessário compreender que o


objetivo não é atingirmos o ideal de uma sociedade totalmente
livre de drogas, mas é preciso valorizar o papel protagonista do
educador e daqueles que trabalham na escola para auxiliar os
estudantes a fazerem escolhas saudáveis em suas vidas.

Com base no assunto exposto julgue as afirmativas:

I- O protagonismo do educador é fundamental para que se tenha


sucesso nesse enfrentamento, ajudando a escola na articulação
com as diversas redes de apoio e a apostar na reinserção dos
alunos usuários.

II- Ações e projetos preventivos na escola precisam agregar uma


visão mais realista do contexto escolar brasileiro, que leve em
conta os fatores de risco já presentes em seu cotidiano, mas sem
descuidar da valorização de fatores de proteção envolvidos e do
protagonismo dos próprios jovens.

III- Toda escola possui estrutura adequada e profissional


capacitado para lidar com a questão da prevenção e ainda
proporcionar ao educando acesso a todas as possibilidades de
entender e de se defender de seu inimigo - a droga.

IV- O tema deve ser abordado de modo a esclarecer sem medo os


ouvintes e oportunizar as manifestações de opiniões e
participação na construção de um melhor entendimento sobre a
questão das drogas. As ações sociais de modo geral devem
primar por medidas preventivas no combate ao uso de drogas.

São VERDADEIRAS:

a) II e III apenas.

b) I, II, III, e IV.

c) I, II e IV apenas.

d) Nenhuma das alternativas.

FUNIVERSA 2015 – ESPECIALISTA SOCIOEDUCATIVO – PEDAGOGIA –


SECRETARIA DA CRIANÇA -DF

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13) A construção da cidadania passa pela postura ética do


professor. Com relação a esse assunto, assinale a alternativa
correta.

a) A participação na construção do projeto pedagógico é uma


postura ética do professor que se envolve com a realidade da
escola, estabelecendo relações de aprendizagem entre os pares e
a comunidade.

b) A imposição dos valores morais e pessoais do professor ajuda


os alunos na construção da autonomia de pensamento, tornando-
os cidadãos responsáveis.

c) A formação ética dos alunos é estimulada pela leitura de textos


clássicos e independe dos exemplos e das vivências
compartilhadas no ambiente escolar.

d) A forma de gerir a escola não interfere na formação ética dos


estudantes, logo uma gestão democrática e participativa não
contribui para a sólida formação de valores.

e) Para que haja uma formação ética sólida, é necessário que as


regras de conduta da escola sejam abolidas e todas as regras
passem a ser criadas na coletividade.

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1–A
2 – Certo
3 – Errado
4 – Certo
5–B
6–A
7–A
8–C
9–D
10 – B
11 – C
12 – C
13 – A

Por hoje, ficamos por aqui! Bons estudos!

Até a próxima!

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Principais fontes:

ABED, Anita Lilian Zuppo. O desenvolvimento das habilidades socioemocionais como caminho
para a aprendizagem e o sucesso escolar de alunos da educação básica. UNESCO. Disponível em:
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-69542016000100002

CARVALHO, R. S. SILVA, R. R. D. Currículos socioemocionais, habilidades do século XXI e o


investimento econômico na educação: as novas políticas curriculares em exame. Curitiba:
Educar em Revista, nº 63, 2017.

BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente. Disponível em:


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069.htm

MEC-BRASIL. Programa Ética e Cidadania: construindo valores na escola e na sociedade:


protagonismo juvenil. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2007.

COSTA, Antônio Carlos Gomes da. Protagonismo Juvenil: O que é e como praticá-lo. Disponível em:
http://www.apatru.org.br/sites/2014/noticias.asp?Not=235&ModNot=12

Em caso de dúvidas:

Aguardo-lhe na próxima aula.


Bons estudos!

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