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Agricultura,
do Desenvolvimento
Rural e das Pescas
Direcção Regional
de Agricultura
do Algarve
Noções Gerais de Rega
NOÇÕES GERAIS
DE REGA
(1ª parte)
Armindo J. G. Rosa
Patacão/Faro
(2001)
Ministério da DRAALG
Agricultura,
do Desenvolvimento
Rural e das Pescas
Direcção Regional
de Agricultura
do Algarve
Noções Gerais de Rega
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
1 - Finalidades da Rega
No sentido mais geral, a rega pode ser definida como a
aplicação artificial de água ao solo com o objectivo de
fornecer humidade às plantas cultivadas e melhorar as
condições em que as mesmas vegetam.
O solo sem água não produz, donde, sempre que se queira
cultivar horto-frutícolas, em climas como o nosso, é
necessário regar, em parte, ou durante todo o período
cultural.
1 - Finalidades da Rega
“Fisiológico”, quando tem por fim auxiliar a vegetação, quer
fornecendo às plantas a sua água de constituição quer presidindo às
reacções químicas e á osmose, mediante as quais se realiza a
assimilação dos nutrientes.
As regas podem ainda ter outras finalidades, pelo que alguns autores,
as classificam em:
2 - As Águas de Rega
As águas destinadas à rega não devem conter substâncias que sejam
prejudiciais às plantas e o seu valor está intimamente associado à sua
origem que determina em grande parte a sua composição,
temperatura etc.
Toda a água tem, em última análise, origem na chuva, sendo esta a
forma natural de administrar água ao solo e simultaneamente a fonte
de toda a água utilizada para a rega das nossas hortas e pomares.
• Na verdade, ao cair sobre o solo, uma parte da água escorre e é
conduzida para os cursos de água, rios e ribeiros, onde fica à
disposição do agricultor para posterior utilização;
• Outra parte infiltra-se no solo até encontrar uma camada impermeável
que a retém, podendo depois ser recolhida mediante a abertura de
poços ou furos;
• Podemos ainda aproveitar a água da chuva fazendo barragens, que
impedem a sua perda para os rios;
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Noções Gerais de Rega
2 - As Águas de Rega
2. 1 - Qualidade das água de rega
A água, não se encontra na natureza em estado de pureza absoluta e
contém muitas matérias em dissolução e suspensão.
A qualidade e quantidade dessas matérias dependem da origem da
água e dos terrenos que atravessa ou banha.
Resumidamente uma boa água de rega apresentar as seguintes
características:
• Ser muito alcalina ou muito ácida;
• Ser isenta de substâncias nocivas às plantas (águas industriais ou
residuais não tratadas não servem);
• Ter temperatura adequada, não inferior à do ambiente, ou
demasiado quente;
• Ser suficientemente arejada, para dissolver os elementos nutritivos
do solo:
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Noções Gerais de Rega
2 - As Águas de Rega
2. 1 - Qualidade das água de rega
Pelo contrário são más para a rega águas que apresentem as
seguintes características:
• Que tenham atravessado terrenos em zonas poluídas ou que se
filtram através de bancos calcários;
• Que se apresentem salinizadas;
• Que se apresentem turvas, porque sujam as plantas e entopem
filtros e tubagem em rega localizada;
• Que apresentem algas, pelo mesmo motivo;
• Águas mal arejadas arejadas por diminuírem as reservas do solo
em oxigénio.
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Noções Gerais de Rega
2 - As Águas de Rega
2. 1 - Características que determinam a qualidade
da água de rega
Modernamente, outros factores tão ou mais importantes que os
anteriormente referidos, são tidos em conta para classificar a água.
Estes factores têm em conta, para além da qualidade da própria de
cada água, o fim a que ela se destina e o modo como será utilizada.
Composição da água - As águas segundo a sua origem podem
apresentar composições diferentes em elementos minerais, e a sua
composição pode variar continuamente, dentro de certos limites, sem
que o uso dessa água seja muito afectado.
• Assim em águas captadas em aquíferos, situados em zonas calcários,
observa-se uma maior quantidade de cálcio no inverno do que no
verão;
• Se os aquíferos se situam em estratos ricos em sais solúveis , pode
der-se um aumento da concentração de sais durante o verão;
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2 - As Águas de Rega
2. 2 - Características que determinam a qualidade
da água de rega
• A água captada a partir de furos e poços poderá ao principio
apresentar aspecto lodoso, com areias e lama à mistura. Este problema
demitiu ou desaparece na maioria dos casos à medida que o uso se
intensifica;
• Nas águas captadas a partir de furos ou poços, situados perto de
águas correntes, à medida que as extracções são mais intensas, a
água adquire composição semelhante à do curso de água;
• O mesmo fenómeno se verifica perto do mar onde a água doce
sobrenada a salgada, mais densa, pelo que extracções intensas podem
conduzir ao aparecimento de águas “salobras” ou mesmo salgadas;
• Pelo contrário as águas provenientes das serras, captadas em
reservatórios ou barragens, são em geral de boa qualidade, podendo,
em geral, ser usadas sem restrições na rega das culturas.
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2 - As Águas de Rega
2. 2 - Características que determinam a qualidade
da água de rega
Solo a regar - É outro critério mais para classificar a aptidão de uma
água baseia-se no solo sobre o qual se vai empregar essa água.
• Assim uma água cujo conteúdo de sais a torne inadequada para regar
um solo argiloso, pode muito bem ser apta para a rega num solo
arenoso.
Sistema de rega - É outro elemento a ter em conta para avaliar a
aptidão de uma água para rega.
• A rega por aspersão, exige águas com menor concentração de sais
que uma rega gota a gota;
• Também as águas sujas com areias e limo podem ser utilizadas sem
problemas em rega por gravidade, causando porém sérios problemas
em rega localizada.
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2 - As Águas de Rega
2. 1 - Características que determinam a qualidade
da água de rega
Culturas a regar - As culturas têm exigências diferentes
consoante a espécie a que pertencem, havendo desde as
muito susceptíveis aos sais existentes na água até àquelas
que vivem em sapais e outros locais junto ao mar.
• No caso das culturas cultivadas, existem numerosas
tabelas que referem a sua resistência à salinidade(CE) e a
alguns sais específicos (Mg, B, Na, Cl etc..)
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2 - As Águas de Rega
2. 1 - Características que determinam a qualidade
da água de rega
Temperatura da água - É um factor menos estudado mas
com grande importância na capacidade de dissolução da
água.
• Está comprovado que uma água à temperatura ambiente
é muito mais eficaz na lavagem de um solo que quando
aplicada a temperaturas inferiores;
• Casos haverá em que temperaturas muito altas aconselha
a sua não utilização;
• No caso da rega localizada, no verão, os tubos expostos
ao sol atingem temperaturas muito altas pelo que não se
aconselha a rega nas horas mais quentes do dia.
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2 - As Águas de Rega
2. 3 - Análise das águas de rega
2 - As Águas de Rega
2. 3 - Análise das águas de rega
Por outro lado certos elementos, como o cálcio e o magnésio, por si
só ou devido a reacções com os adubos a aplicar, podem precipitar e
entupir os gotejadores ou fitas de rega, na rega localizada.
Também as água muito sujas com areias, argilas, algas etc., podem
causar problemas dado que podem ocasionar entupimentos e danos
nas instalações.
Por vezes proliferam ainda microorganismos, (bactérias, fungos) que
entopem os orifícios, dos gotejadores na rega gota a gota.
Assim a qualidade da água deveria também ser avaliada do ponto de
vista físico-biológico, o que todavia não abordaremos neste curso.
Os problemas de entupimento físico dos gotejadores, de origem
mineral ou orgânica, solucionam-se instalando filtros adequados,
para o que se deverá contactar técnicos ou empresas da
especialidade.
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2 - As Águas de Rega
2. 3 - Análise das águas de rega
2 - As Águas de Rega
2. 3 - Análise das águas de rega
Se a obstrução já ocorreu, antes de iniciar a nova cultura, pode
empregar-se ácido nítrico na proporção de 3 – 4 litros por cada m3 de
água, deixando actuar durante cerca de trinta minutos, com a água a
correr a baixa pressão.
Depois, esperar cerca de 24 horas, destapando então as pontas dos
tubos, com a água a correr à pressão normal, para que arraste o resto
das impurezas.
2 - As Águas de Rega
2. 3. 1 - Análise química das águas de rega
Para efeitos da rega (especialmente da fertirrega), interessa-nos
fundamentalmente, os resultados da análise química, pois em última
análise, são eles que nos permitem avaliar a aptidão das águas para
efeitos da sua aplicação às culturas.
Recolha de amostras para análise
Ainda que nem sempre se dê a devida importância, o modo e os
cuidados a ter aquando da recolha de água para análise, são de
extrema importância pois se a amostra não for recolhida de forma
adequada, os dados obtidos serão pouco fiáveis, podendo induzir em
erro quem depois os for interpretar.
Técnica de recolha
• O recipiente a utilizar deve ser de vidro ou plástico, estar provido de
rolha ou tampa e ter capacidade de 1 a 1.5 litros. Uma garrafa de água
mineral, fácil de encontrar e de limpar, serve perfeitamente;
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pH
Condutividade (mmhos/cm a 25ºC)
SAR
Cloretos (Cl-)
Carbonatos (CO3=)
Bicarbonatos (CO3H-)
Potássio (K+)
Cálcio (Ca++)
Magnésio (Mg++)
Sódio (Na+)
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Noções Gerais de Rega
• Azoto (N)
• Fósforo (P)
• Sulfatos (SO4)
• Microelementos – Boro, Zinco, Ferro e outros.
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Noções Gerais de Rega
Para melhor interpretação dos dados destas análises, que podem ser
efectuadas no laboratório da DRAALG, importa referir os seguintes
aspectos:
pH
• Avalia a acidez ou alcalinidade da água,
• Para efeitos de rega, importa que os valores se situem entre 6 – 6.5;
• Valores acima de 6.5 podem provocar precipitação dos iões Fe++, Cu,
Zn, Mn Ca++, Mg++ e PO4=, dando origem à insolubilização dos sais,
provocando dificuldades na absorção dos nutrientes e entupimentos
nos gotejadores;
• Valores de pH altos aumentam a solubilidade do Mo;
• Com valores muito altos ou muito baixos de pH são de temer
problemas de nutrição ou de toxidade nas plantas.
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Noções Gerais de Rega
Azoto
Quadro I
3 - Sistemas de Rega
Durante séculos, o homem praticou a rega sem preocupações de
fornecer ao solo as dotações mais adequadas e sem escolher os
momentos mais convenientes para o efeito.
3 - Sistemas de Rega
Na rega não se deve usar água a menos porque isso pode prejudicar
as culturas; nem de mais, o que alem de afectar as plantas, origina
perdas de água por escoamento superficial ou por infiltração profunda,
com consequente erosão ou lavagem e arrastamento dos nutrientes
nele contidos.
3 - Sistemas de Rega
3. 1 - Classificação dos sistemas de rega
Métodos Processos
Regadeiras de nível
Regadeiras inclinadas
Escorrimento Planos inclinados
Cavaletes
Faixas Rega
por
Canteiros (alagamento) Gravidade
Submersão Caldeiras
Sulcos
Rega Subterrânea
Planos inclinados
Infiltração
Rega Gota a gota Rega
Localizada Miniaspersão à Pressão
Rega por Aspersão
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Noções Gerais de Rega
3 - Sistemas de Rega
3. 1 - Classificação dos sistemas de rega
Dos diferentes sistemas, anteriormente referidos, abordaremos apenas
os principais, pormenorizando um pouco mais, aqueles cuja utilização é
mais comum na nossa região.
3 - Sistemas de Rega
3. 1 - Classificação dos sistemas de rega
3 - Sistemas de Rega
3 . 1 - Classificação dos sistemas de rega
Rega por submersão - A água mantém-se parada, ou desloca-se
muito lentamente sobre o terreno, enquanto se verifica a sua infiltração
no solo.
3 - Sistemas de Rega
3. 1 - Classificação dos sistemas de rega
• A submersão do canteiro pode também ser permanente, como sucede
nos arrozais, servido a água não só para satisfazer as necessidades
hídricas mas também para proteger as plantas contra as baixas
temperaturas. Nestes casos o fundo do canteiros é horizontal;
3 - Sistemas de Rega
3. 1 - Classificação dos sistemas de rega
• O processo tem o inconveniente de exigir uma armação cara,
mesmo se efectuada mecanicamente, só sendo viável em terrenos
com topografia favorável;
• Por isso só tem justificação económica para culturas vivazes ou
para culturas que se repetem no mesmo terreno vários anos
seguidos;
3 - Sistemas de Rega
3. 1 - Classificação dos sistemas de rega
3 - Sistemas de Rega
3- 1 - Classificação dos sistemas de rega
• Em certos casos, fazem-se caldeiras maiores, abrangendo várias
árvores, que são já autênticos canteiros;
• Em rigor, o processo das caldeiras é um sistema intermédio entre o
método por submersão e o método de rega por infiltração, uma vez que
a água se infiltra lateralmente a partir da caldeira para o exterior desta;
• As caldeiras são geralmente circulares, especialmente quando
individuais, devendo então corresponder à projecção da copa da
árvore, aumentando assim com a idade desta;
• As caldeiras rectangulares ou quadradas, são usadas para servirem
mais de uma árvore ou videira;
• Em regra não convém que a água contacte com o tronco da árvore
porque isso pode facilitar o aparecimento de certas doenças, como é o
caso da gomose nos citrinos;
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3 - Sistemas de Rega
3. 1 - Classificação dos sistemas de rega
• O processo tem a vantagem de proporcionar uma certa economia de
água, relativamente aos outros sistemas de rega por gravidade e de se
poder adaptar a certos terrenos com declives elevados;
• A respectiva armação é geralmente bastante simples e económica,
não impedindo normalmente a mecanização das operações culturais;
• Em certos casos pode acabar por ficar um pouco mais cara, por ter
que ser periodicamente refeita, quando as caldeiras são desfeitas ou
danificadas, devido á mecanização, em algumas operações culturais;
• Este processo implica o emprego de muita mão de obra para a
realização das regas;
• É um processo muito utilizado a nível mundial, quase em exclusivo
para a rega de fruteiras, mas que vai a pouco e pouco sendo
substituído pela rega localizada .
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3 - Sistemas de Rega
3. 1 - Classificação dos sistemas de rega
Rega por infiltração - Neste método a água chega ao contacto das
raízes das plantas depois de atravessar o terreno, deslocando-se
sobretudo lateralmente.
Este método tem três processos de rega fundamentais:
• Rega subterrânea;
• Rega por sulcos;
• Rega localizada;
Trataremos agora apenas os dois primeiros, deixando para um pouco
mais adiante a rega localizada que, dado o sue grande interesse, será
tratado mais em pormenor:
3 - Sistemas de Rega
3. 1 - Classificação dos sistemas de rega
3 - Sistemas de Rega
3. 1 - Classificação dos sistemas de rega
• O processo de rega subterrânea é, em principio, o mais perfeito
sistema de rega, proporcionando elevada economia de água e mão de
obra, para as operações de rega;
• Infelizmente além do inconveniente do seu custo elevado, as
tentativas levadas a efeito no sentido da sua maior divulgação têm
falhado, pois, em rigor só é viável para terrenos de textura uniforme e
permeabilidade apropriada, para que a água se desloque tanto na
vertical como na lateral, facto que geralmente só sucede em terrenos
turfosos ou pelo menos muito ricos em matéria orgânica;
• Assim, salvo alguns casos especiais (geralmente associados à
drenagem) pode dizer-se que a sua utilização se verifica principalmente
na beneficiação de alguns campos desportivos (futebol, râguebi, etc..)
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3 - Sistemas de Rega
3. 1 - Classificação dos sistemas de rega
Rega por sulcos - No processo dos sulcos, as plantas são
cultivadas em leiras ou camalhões, limitados por sucos ou regos,
geralmente com pequeno declive e paralelos entre si, através dos
quais se faz correr a água que, por infiltração lateral e vertical, se
distribui pela zona do solo onde se localiza o raizame.
• Este processo adapta-se quase exclusivamente a culturas
semeadas ou plantadas em linhas, como é o caso do milho e
praticamente todas as culturas hortícolas ou horto-industriais
(tomate, melão, pimento, feijão, etc..) e até pomares e vinhas;
• Adapta-se a muito tipos de terreno, com excepção dos muito
arenosos ou muito argilosos;
• Pode empregar-se em terrenos com declive até 25%, e mesmo em
topografias irregulares, desde que se faça a respectiva armação,
que, nalguns casos pode passar pela formação de terraços
(patamares);
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3 - Sistemas de Rega
3. 1 - Classificação dos sistemas de rega
• Em regra, tal como o das caldeiras, o processo dos sulcos conduz a
uma certa economia de água, relativamente aos outros processos de
rega por gravidade, mas a uniformidade de rega não é geralmente muito
elevada;
• Este processo permite a mecanização das operações culturais e uma
importante economia de mão de obra desde que a armação do terreno
seja feita adequadamente e o fornecimento da água aos sulcos se
realize de forma automática (por meio de sifões ou tubos perfurados);
• O comprimento dos tubos pode ir até um máximo de 100-120 m em
terrenos arenosos e de cerca de 800 m em solos argilosos;
• Em contrapartida o declive deve ser maior nos terrenos ligeiros do
que nos compactos, variando geralmente de um mínimo de 0.15 a
0.30% até um máximo de 2 a 3 %;
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3 - Sistemas de Rega
3. 1 - Classificação dos sistemas de rega
3 - Sistemas de Rega
3. 1 - Classificação dos sistemas de rega
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3. 1 - Classificação dos sistemas de rega
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3. 1 - Classificação dos sistemas de rega
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3 - Sistemas de Rega
3. 1 - Classificação dos sistemas de rega
Rega por aspersão - Neste sistema a água sob-pressão é
fornecida ao solo na forma de chuva, por meio de
aspersores, distribuindo um caudal superior a 500 litros /
hora.
• Este método está indicado principalmente para o caso de
culturas extensivas, como prados, forragens, culturas
horto-industriais, etc.;
• Apesar do desenvolvimento de outros sistemas, como a
rega localizada, continua a ter interesse em muitos
pomares, vinhas, culturas hortícolas etc., muito
particularmente nos casos em que se pretende tirar
também partido da sua notável polivalência (protecção
contra geadas, tratamentos fitossanitários, fertirrigação
orgânica etc.).
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3 - Sistemas de Rega
3. 1 - Classificação dos sistemas de rega
Face a o exposto vale a pena apresentar as principais
vantagens desde método que, em resumo, são:
• Dispensa a armação do terreno necessária ao emprego
dos métodos por gravidade;
• Permite regular com certo rigor a quantidade de água
fornecida ao solo em cada rega;
• Possibilita uma boa uniformidade de distribuição da água
ao terreno;
• Permite uma importante economia de água relativamente
aos processos de rega por gravidade;
• Evita a erosão eventualmente provocada pela rega;
• Conduz ao total aproveitamento do solo;
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3 - Sistemas de Rega
3. 1 - Classificação dos sistemas de rega
• Possibilita importante economia de mão-de-obra
relativamente a outros processos de rega;
• Origina melhor aquecimento e arejamento da água de
rega;
• Dá frequentemente origem a uma melhoria quantitativa
e qualitativa das produções agrícolas;
• As instalações têm grande polivalência pois, além da
rega propriamente dita (rega de humedecimento) podem
também realizar a defesa geadas, tratamentos
fitossanitários, fertirrigação orgânica etc.).
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3 - Sistemas de Rega
3. 1 - Classificação dos sistemas de rega
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3 - Sistemas de Rega
3. 1 - Classificação dos sistemas de rega
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3 - Sistemas de Rega
3. 1 - Classificação dos sistemas de rega
3 . Sistemas de Rega
3. 1 - Classificação dos sistemas de rega
Em torno de De leque
eixo horizontal
De tubo perfurado
(oscilantes)
Aspersores Rotativos
De rotação contínua
Em torno de ou alternativa (sector)
(eixo) vertical De rotação exclusiva-
mente contínua
hu = U x p
hu - Dotação útil de rega (mm), isto é, sem incluir as perdas de
água durante a rega;
p = uf / u
Onde uf é a capacidade facilmente utilizável do solo que, por sua
vez, é dada por:
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Noções Gerais de Rega
uf = Cc - Tc
Cc - Capacidade de campo (% em peso seco);
Tc - Teor crítico cultural (% em peso seco), que é o estado de
humedecimento do solo (compreendido entre o coeficiente de
emurchecimento Ce e a capacidade de campo Cc) abaixo do qual
as plantas começam a ser afectadas no seu desenvolvimento, o
que se reflecte na respectiva produção;
• hu = U x p 100 x 0.40 = 40 mm
• D =(hu + Pe) / Ec
Dados:
Cultura de milho, com Kc = 1.10 para a fase mais critica; Ep = 6mm/dia
e hu = 40 mm (tal como no exemplo anterior).
Cálculo:
• Na = 12 x 500 = 6000 m3 / ha
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Feijão(grão), pimento,
couves, girassol, amendoim 3500 m3/ha 4000 m3/ha 4500 m3/ha
Feijão verde, milho forragem,
batata, cebola, melão, melancia 4000 m3/ha 5000 m3/ha 5500 m3/ha
Tomate, citrinos, algodão,
milho-grão 4500 m3/ha 5500 m3/ha 6000 m3/ha
FIM DA 1ª PARTE