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Ministério da DRAALG

Agricultura,
do Desenvolvimento
Rural e das Pescas
Direcção Regional
de Agricultura
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Noções Gerais de Rega

NOÇÕES GERAIS
DE REGA
(1ª parte)

Armindo J. G. Rosa

Patacão/Faro
(2001)
Ministério da DRAALG
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INTRODUÇÃO

A maior parte do Continente português tem um clima de


tipo mediterrânico, caracterizado por:

• Frio e chuva de Outubro a Abril, com excesso hídrico,


mais acentuado a Norte que a Sul;

• Quente e seco, de Maio a Setembro, com défice de


água, mais saliente no Sul do que no Norte;

Assim em anos normais, no período de invernal, a regra


é mais o excesso de água que a falta desta.
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INTRODUÇÃO

Em contrapartida, no período estival, durante o qual as


plantas cultivadas têm a fase mais intensa do seu ciclo
vegetativo, torna-se necessário regar para compensar a
deficiente humidade do solo.

Assim sendo em climas deste tipo a rega reveste-se, de um


modo geral, de fundamental importância, uma vez que:

• A água entra na composição das plantas, podendo


representar até 95 % da massa verde de algumas culturas;

• É a água que dissolve os elementos nutritivos existentes


no solo ou adicionados sob a forma de adubos.
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Noções Gerais de Rega

1 - Finalidades da Rega
No sentido mais geral, a rega pode ser definida como a
aplicação artificial de água ao solo com o objectivo de
fornecer humidade às plantas cultivadas e melhorar as
condições em que as mesmas vegetam.
O solo sem água não produz, donde, sempre que se queira
cultivar horto-frutícolas, em climas como o nosso, é
necessário regar, em parte, ou durante todo o período
cultural.

O fornecimento de água tem dois fins principais:

• “Físico”, quando tem por fim facilitar os trabalhos


agrícolas e a expansão radicular humedecendo os solos e
endurecidos;
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1 - Finalidades da Rega
“Fisiológico”, quando tem por fim auxiliar a vegetação, quer
fornecendo às plantas a sua água de constituição quer presidindo às
reacções químicas e á osmose, mediante as quais se realiza a
assimilação dos nutrientes.

As regas podem ainda ter outras finalidades, pelo que alguns autores,
as classificam em:

• Regas de humedecimento - São as regas propriamente ditas, ou seja,


as regas com as quais se pretende compensar a insuficiência de chuva;

• Regas de protecção - Se têm por objectivo realizar a defesa das


plantas contra condições climáticas desfavoráveis, especialmente ao
nível das temperaturas;

• Regas de fertilização - Que consistem na realização das fertilizações


do solo simultaneamente com a rega. Esta técnica tem o nome de
“Fertirrigação”;
Fertirrigação”
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2 - As Águas de Rega
As águas destinadas à rega não devem conter substâncias que sejam
prejudiciais às plantas e o seu valor está intimamente associado à sua
origem que determina em grande parte a sua composição,
temperatura etc.
Toda a água tem, em última análise, origem na chuva, sendo esta a
forma natural de administrar água ao solo e simultaneamente a fonte
de toda a água utilizada para a rega das nossas hortas e pomares.
• Na verdade, ao cair sobre o solo, uma parte da água escorre e é
conduzida para os cursos de água, rios e ribeiros, onde fica à
disposição do agricultor para posterior utilização;
• Outra parte infiltra-se no solo até encontrar uma camada impermeável
que a retém, podendo depois ser recolhida mediante a abertura de
poços ou furos;
• Podemos ainda aproveitar a água da chuva fazendo barragens, que
impedem a sua perda para os rios;
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2 - As Águas de Rega
2. 1 - Qualidade das água de rega
A água, não se encontra na natureza em estado de pureza absoluta e
contém muitas matérias em dissolução e suspensão.
A qualidade e quantidade dessas matérias dependem da origem da
água e dos terrenos que atravessa ou banha.
Resumidamente uma boa água de rega apresentar as seguintes
características:
• Ser muito alcalina ou muito ácida;
• Ser isenta de substâncias nocivas às plantas (águas industriais ou
residuais não tratadas não servem);
• Ter temperatura adequada, não inferior à do ambiente, ou
demasiado quente;
• Ser suficientemente arejada, para dissolver os elementos nutritivos
do solo:
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2 - As Águas de Rega
2. 1 - Qualidade das água de rega
Pelo contrário são más para a rega águas que apresentem as
seguintes características:
• Que tenham atravessado terrenos em zonas poluídas ou que se
filtram através de bancos calcários;
• Que se apresentem salinizadas;
• Que se apresentem turvas, porque sujam as plantas e entopem
filtros e tubagem em rega localizada;
• Que apresentem algas, pelo mesmo motivo;
• Águas mal arejadas arejadas por diminuírem as reservas do solo
em oxigénio.
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2 - As Águas de Rega
2. 1 - Características que determinam a qualidade
da água de rega
Modernamente, outros factores tão ou mais importantes que os
anteriormente referidos, são tidos em conta para classificar a água.
Estes factores têm em conta, para além da qualidade da própria de
cada água, o fim a que ela se destina e o modo como será utilizada.
Composição da água - As águas segundo a sua origem podem
apresentar composições diferentes em elementos minerais, e a sua
composição pode variar continuamente, dentro de certos limites, sem
que o uso dessa água seja muito afectado.
• Assim em águas captadas em aquíferos, situados em zonas calcários,
observa-se uma maior quantidade de cálcio no inverno do que no
verão;
• Se os aquíferos se situam em estratos ricos em sais solúveis , pode
der-se um aumento da concentração de sais durante o verão;
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2 - As Águas de Rega
2. 2 - Características que determinam a qualidade
da água de rega
• A água captada a partir de furos e poços poderá ao principio
apresentar aspecto lodoso, com areias e lama à mistura. Este problema
demitiu ou desaparece na maioria dos casos à medida que o uso se
intensifica;
• Nas águas captadas a partir de furos ou poços, situados perto de
águas correntes, à medida que as extracções são mais intensas, a
água adquire composição semelhante à do curso de água;
• O mesmo fenómeno se verifica perto do mar onde a água doce
sobrenada a salgada, mais densa, pelo que extracções intensas podem
conduzir ao aparecimento de águas “salobras” ou mesmo salgadas;
• Pelo contrário as águas provenientes das serras, captadas em
reservatórios ou barragens, são em geral de boa qualidade, podendo,
em geral, ser usadas sem restrições na rega das culturas.
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2 - As Águas de Rega
2. 2 - Características que determinam a qualidade
da água de rega
Solo a regar - É outro critério mais para classificar a aptidão de uma
água baseia-se no solo sobre o qual se vai empregar essa água.
• Assim uma água cujo conteúdo de sais a torne inadequada para regar
um solo argiloso, pode muito bem ser apta para a rega num solo
arenoso.
Sistema de rega - É outro elemento a ter em conta para avaliar a
aptidão de uma água para rega.
• A rega por aspersão, exige águas com menor concentração de sais
que uma rega gota a gota;
• Também as águas sujas com areias e limo podem ser utilizadas sem
problemas em rega por gravidade, causando porém sérios problemas
em rega localizada.
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2 - As Águas de Rega
2. 1 - Características que determinam a qualidade
da água de rega
Culturas a regar - As culturas têm exigências diferentes
consoante a espécie a que pertencem, havendo desde as
muito susceptíveis aos sais existentes na água até àquelas
que vivem em sapais e outros locais junto ao mar.
• No caso das culturas cultivadas, existem numerosas
tabelas que referem a sua resistência à salinidade(CE) e a
alguns sais específicos (Mg, B, Na, Cl etc..)
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2 - As Águas de Rega
2. 1 - Características que determinam a qualidade
da água de rega
Temperatura da água - É um factor menos estudado mas
com grande importância na capacidade de dissolução da
água.
• Está comprovado que uma água à temperatura ambiente
é muito mais eficaz na lavagem de um solo que quando
aplicada a temperaturas inferiores;
• Casos haverá em que temperaturas muito altas aconselha
a sua não utilização;
• No caso da rega localizada, no verão, os tubos expostos
ao sol atingem temperaturas muito altas pelo que não se
aconselha a rega nas horas mais quentes do dia.
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2 - As Águas de Rega
2. 3 - Análise das águas de rega

Como referimos anteriormente, as águas, especialmente as do litoral,


do litoral, captadas por intermédio de furos no subsolo, apresentam
com frequência salinidade elevada, com níveis por vezes altos de
sódio, cloro, magnésio, cálcio e sulfatos.
Noutras ocasiões, apresentam grandes concentrações de azoto, sob
a forma de nitratos, e pequenas quantidades de fósforo e potássio.
Assim torna-se importante avaliar, do ponto de vista químico,
químico a
qualidade da água como forma de prevenir futuros problemas de
salinização e alcalinização ou acidificação do solo, bem como da
possibilidade de ocorrerem danos devidos à toxicidade, que alguns
elementos em excesso, possam provocar nas culturas.
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2 - As Águas de Rega
2. 3 - Análise das águas de rega
Por outro lado certos elementos, como o cálcio e o magnésio, por si
só ou devido a reacções com os adubos a aplicar, podem precipitar e
entupir os gotejadores ou fitas de rega, na rega localizada.
Também as água muito sujas com areias, argilas, algas etc., podem
causar problemas dado que podem ocasionar entupimentos e danos
nas instalações.
Por vezes proliferam ainda microorganismos, (bactérias, fungos) que
entopem os orifícios, dos gotejadores na rega gota a gota.
Assim a qualidade da água deveria também ser avaliada do ponto de
vista físico-biológico, o que todavia não abordaremos neste curso.
Os problemas de entupimento físico dos gotejadores, de origem
mineral ou orgânica, solucionam-se instalando filtros adequados,
para o que se deverá contactar técnicos ou empresas da
especialidade.
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2 - As Águas de Rega
2. 3 - Análise das águas de rega

Os entupimentos devidos a microorganismos (bactérias filamentosas,


bactérias ferrosas, bactérias sulfurosas, fungos e algas) podem tratar-
se aplicando cerca de 200 c/c de hipoclorito de sódio a 10 % por cada
m3 de água.
No caso das algas (limos) recomenda-se evitar a exposição da água à
luz solar, tapando os reservatórios.
Se esta solução não for viável, podemos ainda recorrer à adição de
sulfato de cobre na proporção de 0.5 a 1 g/m3.
No caso das obstruções de origem química, com origem no cálcio
(carbonatos e bicarbonatos), o ideal será actuar preventivamente,
acidificando a água, de maneira a que o pH da água não seja superior a
6 – 6.5.
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2 - As Águas de Rega
2. 3 - Análise das águas de rega
Se a obstrução já ocorreu, antes de iniciar a nova cultura, pode
empregar-se ácido nítrico na proporção de 3 – 4 litros por cada m3 de
água, deixando actuar durante cerca de trinta minutos, com a água a
correr a baixa pressão.
Depois, esperar cerca de 24 horas, destapando então as pontas dos
tubos, com a água a correr à pressão normal, para que arraste o resto
das impurezas.

Se as obstruções são devidas à existência de ferro utiliza-se ácido


sulfúrico nas doses de 0.5 %a 1 % ou permanganato de potássio a 0.6
mg/l, por cada mg/l de ferro.

Refira-se no entanto que todos estes produtos se deverão aplicar o


menos possível, pois não só implicam custos como vão, em geral,
diminuir a qualidade da água para as plantas.
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2 - As Águas de Rega
2. 3. 1 - Análise química das águas de rega
Para efeitos da rega (especialmente da fertirrega), interessa-nos
fundamentalmente, os resultados da análise química, pois em última
análise, são eles que nos permitem avaliar a aptidão das águas para
efeitos da sua aplicação às culturas.
Recolha de amostras para análise
Ainda que nem sempre se dê a devida importância, o modo e os
cuidados a ter aquando da recolha de água para análise, são de
extrema importância pois se a amostra não for recolhida de forma
adequada, os dados obtidos serão pouco fiáveis, podendo induzir em
erro quem depois os for interpretar.
Técnica de recolha
• O recipiente a utilizar deve ser de vidro ou plástico, estar provido de
rolha ou tampa e ter capacidade de 1 a 1.5 litros. Uma garrafa de água
mineral, fácil de encontrar e de limpar, serve perfeitamente;
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2. 3. 1 - Análise química das águas de rega


Recolha de amostras para análise
Técnica de recolha
• O recipiente a utilizar deve ser de vidro ou plástico, estar provido de
rolha ou tampa e ter capacidade de 1 a 1.5 litros. Uma garrafa de água
mineral, fácil de encontrar e de limpar, serve perfeitamente;
• O recipiente deve estar limpo e ser enxaguado, umas três vezes, com
água proveniente do mesmo local onde recolhemos a amostra a
analisar;
• O recipiente deve ser completamente cheio e a tampa colocada de
modo a evitar a formação de bolhas de ar.;
• No caso de água proveniente de poços ou furos, a amostra só deverá
ser recolhida cerca de 30 minutos após o início da bombagem;
• As amostras devem guardar-se em lugar fresco até serem analisadas.
Quando se pretende determinação dos nitratos, se a análise não pode
ser efectuada nas três horas seguintes, a amostra deve ser guardada
no frigorifico até à análise.
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2. 3. 1 - Análise química das águas de rega


Recolha de amostras para análise
Identificação da amostra e envio para o laboratório
Após a colheita, a amostra deverá ser enviada ao laboratório, o mais
rapidamente possível, acompanhada de uma ficha (Anexo 1) onde
constem o seguintes elementos informativos:

• Nome e morada do remetente


• Origem da água
• Identificação e local de colheita
• Cultura a regar
• Tipo de rega
• Tipo de solo a regar
• Análises pretendidas

Para uma fácil identificação da amostra no laboratório, os quatro


primeiros itens, acima referidos, deverão também constar num rótulo
colado ou atado, ao recipiente.
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2. 3. 1 - Análise química das águas de rega


Elementos a determinar pelo laboratório

Podemos dividir as determinações a efectuar em “Análises de Rotina”


Rotina
e Análises Especificas”.
Especificas
No primeiro caso os elementos normalmente determinados são:

pH
Condutividade (mmhos/cm a 25ºC)
SAR
Cloretos (Cl-)
Carbonatos (CO3=)
Bicarbonatos (CO3H-)
Potássio (K+)
Cálcio (Ca++)
Magnésio (Mg++)
Sódio (Na+)
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2. 3. 1 - Análise química das águas de rega


Elementos a determinar pelo laboratório

Por vezes pode ainda ser pedida a determinação de


outros elementos, que não se fazem habitualmente, mas
que é necessário conhecer face à existência de
problemas específicos sendo de referir, entre outros, os
seguintes:

• Azoto (N)
• Fósforo (P)
• Sulfatos (SO4)
• Microelementos – Boro, Zinco, Ferro e outros.
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2. 3. 1 - Análise química das águas de rega


Interpretação de resultados

Para melhor interpretação dos dados destas análises, que podem ser
efectuadas no laboratório da DRAALG, importa referir os seguintes
aspectos:
pH
• Avalia a acidez ou alcalinidade da água,
• Para efeitos de rega, importa que os valores se situem entre 6 – 6.5;
• Valores acima de 6.5 podem provocar precipitação dos iões Fe++, Cu,
Zn, Mn Ca++, Mg++ e PO4=, dando origem à insolubilização dos sais,
provocando dificuldades na absorção dos nutrientes e entupimentos
nos gotejadores;
• Valores de pH altos aumentam a solubilidade do Mo;
• Com valores muito altos ou muito baixos de pH são de temer
problemas de nutrição ou de toxidade nas plantas.
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2. 3. 1 - Análise química das águas de rega


Interpretação de resultados
Salinidade

• Esteparâmetro permite avaliar a concentração de todos o sais,


solúveis e ionizados, existentes na água, sais que dão lugar a uma
pressão osmótica que é tanto maior quanto maior a sua
concentração;
• Uma pressão osmótica elevada dificulta a absorção da água e dos
adubos, (caso do cálcio), a ela incorporados, pelo que a água será
tanto melhor quanto menor for a sua salinidade;
• Na prática os resultados da salinidade vêm expressos pela sua
“condutividade eléctrica” (CE) que se exprime em milimhos/cm
(mmhos/cm), sendo 1mmhos/cm igual a aproximadamente 0.64 g/l;
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2. 3. 1 - Análise química das águas de rega


Interpretação de resultados
Salinidade

• Considera-se, regra geral, que não ocorrem problemas de


salinidade com águas de CE até 0.75 mmhos/cm.
• Refira-se também que os adubos adicionados à água fazem elevar a
salinidade;
• Dependendo da sensibilidade da cultura (Anexo 2) e da própria
salinidade do solo, a concentração de sais na água de rega não deve
exceder , na pior das hipóteses, 2 g de sais / litro de água;
• Este dado é importante uma vez que as águas de baixa salinidade
(condutividade) permitem a incorporação de maiores quantidades de
adubo.
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2. 3. 1 - Análise química das águas de rega


Interpretação de resultados
Cálcio
• Seexceptuarmos os problemas de entupimento dos gotejadores,
a sua presença não é prejudicial e em algumas ocasiões pode
beneficiar os solos que contenham baixos teores de carbonatos;
• Em concentrações elevadas, pode interferir na absorção do
potássio;
• Em águas salinas, é o catião em maior proporção, contribuindo
para reduzir os efeitos tóxicos do excesso de sódio e magnésio;
• A sua presença contribui para aumentar a permeabilidade de
solos com excesso de sódio;
• O cálcio contido na água de rega deverá ser tomado em
consideração para efeitos de fertilização das culturas.
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Interpretação de resultados
Magnésio

• É outro elemento que deve ser tido em consideração nos


cálculos de adubação, podendo aparecer em
concentrações elevadas nas águas salinas, situação em
que poderá induzir o aparecimento de carências do
potássio e do cálcio.
• Quando a relação de Ca/Mg é inferior a 1, os efeitos do
sódio tendem a aumentar.
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Interpretação de resultados
Sódio
• A existência do ião sódio nas águas de rega em nada beneficia as
culturas, podendo ocorrer fenómenos de toxicidade à medida que o
sódio absorvido se acumula nas folhas em concentrações superiores
ao limite de tolerância das culturas;
• Interfere na absorção de potássio e do cálcio diminuindo-a;
• Nas culturas mais sensíveis, caso de algumas fruteiras e arbustos
ornamentais, são de prever problemas crescentes a partir de valores
da ordem dos 65 mg/l;
• A maioria das culturas anuais são mais resistentes mas podem
igualmente ser afectadas por concentrações mais elevadas;
• Quando as águas apresentam valores elevados de sódio, este
acumula-se nos primeiros centímetros do solo, degradando a sua
estrutura;
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2. 3. 1 - Análise química das águas de rega


Interpretação de resultados
Sódio
• Dai resulta uma obstrução dos poros e diminuição da permeabilidade,
consequência do aumento de volume dos agregados existentes, devido
ao seu humedecimento.
• Assim podem surgir horizontes compactos, onde a água não circula
em profundidade.
Adj.SAR
• A quantidade de sódio, cálcio e magnésio existente no complexo de
troca tem influência na compactação do solo e nos problemas de
toxicidade, desempenhando estes elementos, em especial o cálcio, uma
acção benéfica, contrária à do sódio;
• Por esse motivo importa conhecer a acção, resultante da proporção
em que cada um deles se encontra na água de rega, cujo valor nos é
dado pelo índice de adj.SAR (razão de absorção de sódio ajustada);
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2. 3. 1 - Análise química das águas de rega


Interpretação de resultados
Adj.SAR
• Assim quanto maior for a quantidade de sódio, em relação ao cálcio e
magnésio, maior será o valor de adj.SAR e portanto maiores os
problemas;
• Águas com valores de adj.SAR superiores a 6 podem ocasionar
problemas de impermeabilidade no solo e, para valores acima de 3,
surgem os sintomas de toxicidade nas plantas mais sensíveis;
Potássio
• Ao contrário do elemento anterior (Na), a presença do potássio revela-
se benéfica, pois pode funcionar como um suplemento extra de adubo,
devendo por isso ser tido em consideração quando se apresenta em
quantidades elevadas nas águas de rega.
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2. 3. 1 - Análise química das águas de rega


Interpretação de resultados
Cloro

• A maioria das árvores e plantas lenhosas são sensíveis a pequenas


concentrações de cloro ao passo que herbáceas anuais apresentam
maior resistência;
• Absorvido pelas raízes acumula-se nas folhas, tal como o sódio,
apresentando todavia sintomas de toxicidade diferentes;
• Nesta situação as folhas começam por apresentar queimaduras nas
pontas e não nas bordaduras.
• Com frequência ocorrem também cloroses foliares acentuadas nas
partes muito iluminadas, que podem degenerar em queimaduras nas
bordas;
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2. 3. 1 - Análise química das águas de rega


Interpretação de resultados
Cloro
• À medida que as folhas envelhecem e o problema se agrava, estas
queimaduras são acompanhadas pela queda periférica das folhas e
desfoliação das plantas;
• Se as concentrações de cloro são altas o fósforo e o azoto são absorvidos
com dificuldade;
• Em culturas sensíveis, concentrações superiores a 106 mg/l, no caso das
plantas absorverem os sais pelas folhas ou 142 mg/l, se essa absorção se
efectua pelas raízes, podem dar origem à ocorrência dos problemas
anteriormente referidos.
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2. 3. 1 - Análise química das águas de rega


Interpretação de resultados
Carbonatos e Bicarbonatos

• Isoladamente os carbonatos não aparecem nas nossas águas de rega;


• Os bicarbonatos não representam riscos de toxicidade mas quando
em concentrações elevadas podem provocar a precipitação no solo dos
carbonatos de cálcio e magnésio, o que origina um subida da
concentração de sódio;
• Em regas de aspersão, com baixa humidade e alta evaporação, podem
formar-se manchas esbranquiçadas sobre as folhas e frutos que
reduzem o valor comercial das culturas;
• Além disso nos sistemas de rega gota a gota, na presença do cálcio e
magnésio, produzem-se precipitados que vão obstruir os orifícios de
saída da água,
• O seu teor na água de rega não deve ultrapassar os 90 mg/l.
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2. 3. 1 - Análise química das águas de rega


Interpretação de resultados
Ainda que de momento a sua análise não se efectue como rotina temos
também os elementos Azoto (N), Sulfatos (SO4) e Boro (B), que convém
referir.
Azoto
• Emprincipio não são de prever níveis elevados deste elemento nas
águas de rega.
• Todavia em zonas de forte implantação agrícola, como sejam aquelas
em que se pratica horticultura intensiva na nossa região, há tendência
para utilizar este elemento em excesso, contaminando depois os
aquíferos.
• Nestas situações para além dos aspectos ecológicos, temos que ter
em mente que o azoto da água de rega é um elemento nutritivo, que
estimula o crescimento da planta, tal como qualquer adubo azotado.
• A produção de culturas sensíveis pode ver-se afectada por
concentrações a partir dos 5 mg/l (5 Kg de N por 1000 m3 de água);
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2. 3. 1 - Análise química das águas de rega


Interpretação de resultados

Azoto

• Por isso recomenda-se que se analise este elemento, sempre que se


suspeite da sua existência na água de rega, tendo-o depois em
consideração no momento de efectuar a adubação, tanto mais que isso
também é economicamente vantajoso para o agricultor;
• Outro problema que pode ocorrer em águas com elementos azotados
è a proliferação de algas que podem entupir os gotejadores.
Sulfatos
• A presença de sulfatos promove a absorção de sódio e dificulta a
absorção de cálcio mas, em principio, não afecta as plantas, se bem
que em algumas espécies, concentrações elevadas, possam afectar o
ápice e depois a bordadura das folhas, que perdem clorofila e se
tornam amarelas.
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2. 3. 1 - Análise química das águas de rega


Interpretação de resultados
Sulfatos
• Em redes de rega que utilizem tubos de fibrocimento, valores da
ordem dos 300 a 400 mg/l, ainda que não afectando as culturas, podem
provocar a corrosão dos mesmos.
Boro
•O boro é um elemento essencial para o crescimento das culturas, mas
estas, consomem-no em quantidades reduzidas;
• Quando em excesso é tóxico;
• O boro acumula-se nas folhas e em outras partes da planta,
aparecendo os primeiros sintomas de toxicidade nas pontas das folhas
mais velhas, assim como nos bordos;
• Plantas tolerantes ao boro, tais como o espargo ou a fava podem
regar-se com águas com 3 a 4 mg/l ao passo que as mais sensíveis,
caso dos citrinos, podem ser afectadas se as águas contêm mais de 0.3
a 0.5 mg/l de boro.
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2. 3. 1 - Análise química das águas de rega


Interpretação de resultados
Se possível, seria bom dispor também de indicações
acerca dos Microelementos, em especial daqueles a que a
cultura a regar é mais sensível, dado que isso seria
bastante útil para elaborar os calendários de fertirrega da
cultura.
No quadro 1 indicam-se as concentrações máximas
recomendadas de alguns Microelementos em águas para
rega.
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2. 3. 1 - Análise química das águas de rega


Interpretação de resultados

Quadro I

Elemento (Símbolo) mg/l Elemento (Símbolo) mg/l


Alumínio Al 5.0 Chumbo Pb 5.0
Arsénio As 0.1 Lítio Li 2.5
Berílio Be 0.1 Manganês Mn 02
Cádmio Cd 0.01 Molibdénio Mo 0.01
Cromo Cr 0.1 Níquel Ni 0.2
Cobalto Co 0.05 Selénio Se 0.02
Cobre Cu 0.2 Vanádio V 0.1
Flúor F 1.0 Zinco Zn 2.0
Ferro Fe 5.0
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2. 3. 1 - Análise química das águas de rega


Normas para classificação das águas

Para mais fácil classificação das águas de rega, alguns autores


elaboraram normas que têm em conta simultaneamente, 2 ou mais
índices, dos referidos anteriormente.
No que no diz respeito abordaremos apenas as Normas de “Riverside”,
“Riverside”
referenciadas em várias publicações, que têm em conta a condutividade
eléctrica e o SAR.
• Estas normas permitem classificar a água com respeito à sua
salinidade, com os riscos inerentes para as plantas, e também quanto
ao seu perigo ao nível da acumulação de sódio e dos riscos a ele
associados, de perda de permeabilidade dos solos regados com estas
águas;
• Tendo em conta estes índices, estabeleceram-se classes de água
enunciadas segundo as letras C) e S (primeiras iniciais de cada um dos
índices escolhidos - Condutividade e SAR);
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2. 3. 1 - Análise química das águas de rega


Normas para classificação das águas

• Estas letras são ainda afectadas de sub-índice numérico, cujo valor


aumenta à medida que aumenta i índice respectivo;
• Estes sub-índices variam de 1 a 4, tanto para a condutividade
eléctrica como para o SAR, de maneira que uma água será
qualificada com a seguinte notação:
- Ci e Sj, em que i e j tomam valores compreendidos entre 1 e 4,
sendo a água tanto melhor quanto menores forem estes índices;
- Por exemplo uma água C1 - S1 é melhor que outra qualificada C2 -
S4;
• Na figura 1 apresenta-se a tabela referente às Normas de Riverside
para classificação das águas de rega.
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2. 3. 1 - Análise química das águas de rega


Normas de Riverside para classificação das águas de rega
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3 - Sistemas de Rega
Durante séculos, o homem praticou a rega sem preocupações de
fornecer ao solo as dotações mais adequadas e sem escolher os
momentos mais convenientes para o efeito.

Actualmente, face às menores disponibilidades em água doce de


qualidade e ao aumento dos consumos, face às múltiplas utilizações
deste precioso líquido (consumos domésticos, industriais, agrícolas
etc.), é importante que as regas não continuem a realizar-se de
“qualquer maneira”.

Há pois que efectuá-las racionalmente, fornecendo às plantas


cultivadas as quantidades exactas de água de que estas precisam e a
utilizar, para o efeito, os momentos mais adequados.
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3 - Sistemas de Rega
Na rega não se deve usar água a menos porque isso pode prejudicar
as culturas; nem de mais, o que alem de afectar as plantas, origina
perdas de água por escoamento superficial ou por infiltração profunda,
com consequente erosão ou lavagem e arrastamento dos nutrientes
nele contidos.

Para aplicação da água ao solo e regar as plantas, existem diversos


sistemas de rega, os quais, como é lógico, devem ser utilizados de
acordo com as circunstâncias em causa, particularmente a natureza
das culturas, a topografia e as características terreno a regar.

Nesta base passamos de seguida a apresentar, resumidamente,


algumas das características, vantagens e inconvenientes dando
especial destaque aos sistemas de rega localizada por nos parecerem
de maior interesse para as culturas que habitualmente se fazem no
Algarve.
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3 - Sistemas de Rega
3. 1 - Classificação dos sistemas de rega
Métodos Processos
Regadeiras de nível
Regadeiras inclinadas
Escorrimento Planos inclinados
Cavaletes
Faixas Rega
por
Canteiros (alagamento) Gravidade
Submersão Caldeiras
Sulcos
Rega Subterrânea
Planos inclinados
Infiltração
Rega Gota a gota Rega
Localizada Miniaspersão à Pressão
Rega por Aspersão
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3 - Sistemas de Rega
3. 1 - Classificação dos sistemas de rega
Dos diferentes sistemas, anteriormente referidos, abordaremos apenas
os principais, pormenorizando um pouco mais, aqueles cuja utilização é
mais comum na nossa região.

Rega por escorrimento - Neste método a água escorre sobre o


terreno, sob a forma de um lençol de água, com espessura mais ou
menos regular, infiltrando-se no solo enquanto dura esse escorrimento.

O processo das faixas, de pouca utilização na região, é o único com


interesse em agricultura moderna, pois permite a integral mecanização
das operações culturais.

• Rega em Faixas - O terreno fica dividido em “Faixas” planas, tanto


quanto possível rectangulares, geralmente com pequeno declive no
sentido do comprimento( figura 2).
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3 - Sistemas de Rega
3. 1 - Classificação dos sistemas de rega

Figura 2 - Terreno armado em faixas


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3 - Sistemas de Rega
3 . 1 - Classificação dos sistemas de rega
Rega por submersão - A água mantém-se parada, ou desloca-se
muito lentamente sobre o terreno, enquanto se verifica a sua infiltração
no solo.

• O processo dos canteiros - Também designado por alagamento,


baseia-se na divisão do terreno a regar em canteiros com fundo plano,
ou com reduzido declive, limitado por valados de terra, que se enchem
de água até à altura adequada, durante determinado tempo;
• Este processo é talvez o mais simples sistema de rega e, por isso
mesmo, muito provavelmente o que o homem primitivo utilizou.
• A submersão do canteiro pode ser temporária, tal como sucede na
generalidade das culturas (hortícolas, forragens etc.), de modo a que a
dotação de rega se infiltre na camada do solo que interessa à absorção
radicular;
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3 - Sistemas de Rega
3. 1 - Classificação dos sistemas de rega
• A submersão do canteiro pode também ser permanente, como sucede
nos arrozais, servido a água não só para satisfazer as necessidades
hídricas mas também para proteger as plantas contra as baixas
temperaturas. Nestes casos o fundo do canteiros é horizontal;

• Este processo é especialmente adequado para solos argilosos, pouco


permeáveis á água e com boa capacidade de retenção para a água,
proporcionando uma óptima satisfação das necessidades hídricas,
ainda que á custa elevados gastos em água ;

• Em relação a outros processos tradicionais, permite certa economia


de mão de obra e alguma automatização, como acontece nos arrozais
depois da instalação se encontrar devidamente montada e operacional;
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3 - Sistemas de Rega
3. 1 - Classificação dos sistemas de rega
• O processo tem o inconveniente de exigir uma armação cara,
mesmo se efectuada mecanicamente, só sendo viável em terrenos
com topografia favorável;
• Por isso só tem justificação económica para culturas vivazes ou
para culturas que se repetem no mesmo terreno vários anos
seguidos;

• O processo das caldeiras - Em rigor, é um caso particular do


processo dos canteiros quando aplicado a árvores de fruta e em
menor escala às vinhas.
• Consiste na formação de pequenos canteiros, designados
caldeiras, limitados por pequenos muretes de terra, à volta de cada
árvore; (figura 3);
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3 - Sistemas de Rega
3. 1 - Classificação dos sistemas de rega

Figura 3 - Esquema de uma caldeira circular


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3 - Sistemas de Rega
3- 1 - Classificação dos sistemas de rega
• Em certos casos, fazem-se caldeiras maiores, abrangendo várias
árvores, que são já autênticos canteiros;
• Em rigor, o processo das caldeiras é um sistema intermédio entre o
método por submersão e o método de rega por infiltração, uma vez que
a água se infiltra lateralmente a partir da caldeira para o exterior desta;
• As caldeiras são geralmente circulares, especialmente quando
individuais, devendo então corresponder à projecção da copa da
árvore, aumentando assim com a idade desta;
• As caldeiras rectangulares ou quadradas, são usadas para servirem
mais de uma árvore ou videira;
• Em regra não convém que a água contacte com o tronco da árvore
porque isso pode facilitar o aparecimento de certas doenças, como é o
caso da gomose nos citrinos;
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3 - Sistemas de Rega
3. 1 - Classificação dos sistemas de rega
• O processo tem a vantagem de proporcionar uma certa economia de
água, relativamente aos outros sistemas de rega por gravidade e de se
poder adaptar a certos terrenos com declives elevados;
• A respectiva armação é geralmente bastante simples e económica,
não impedindo normalmente a mecanização das operações culturais;
• Em certos casos pode acabar por ficar um pouco mais cara, por ter
que ser periodicamente refeita, quando as caldeiras são desfeitas ou
danificadas, devido á mecanização, em algumas operações culturais;
• Este processo implica o emprego de muita mão de obra para a
realização das regas;
• É um processo muito utilizado a nível mundial, quase em exclusivo
para a rega de fruteiras, mas que vai a pouco e pouco sendo
substituído pela rega localizada .
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3 - Sistemas de Rega
3. 1 - Classificação dos sistemas de rega
Rega por infiltração - Neste método a água chega ao contacto das
raízes das plantas depois de atravessar o terreno, deslocando-se
sobretudo lateralmente.
Este método tem três processos de rega fundamentais:

• Rega subterrânea;
• Rega por sulcos;
• Rega localizada;
Trataremos agora apenas os dois primeiros, deixando para um pouco
mais adiante a rega localizada que, dado o sue grande interesse, será
tratado mais em pormenor:

• Rega subterrânea - A água é fornecida ao solo, não


superficialmente, como nas processos anteriores, mas a uma certa
profundidade da superfície, donde, por capilaridade se distribui pela
espessura do solo ocupado pelo raizame das plantas (figura 4);
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3 - Sistemas de Rega
3. 1 - Classificação dos sistemas de rega

Figura 4 - Esquema de rega subterrânea, com valas abertas e tubagem enterrada


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3 - Sistemas de Rega
3. 1 - Classificação dos sistemas de rega
• O processo de rega subterrânea é, em principio, o mais perfeito
sistema de rega, proporcionando elevada economia de água e mão de
obra, para as operações de rega;
• Infelizmente além do inconveniente do seu custo elevado, as
tentativas levadas a efeito no sentido da sua maior divulgação têm
falhado, pois, em rigor só é viável para terrenos de textura uniforme e
permeabilidade apropriada, para que a água se desloque tanto na
vertical como na lateral, facto que geralmente só sucede em terrenos
turfosos ou pelo menos muito ricos em matéria orgânica;
• Assim, salvo alguns casos especiais (geralmente associados à
drenagem) pode dizer-se que a sua utilização se verifica principalmente
na beneficiação de alguns campos desportivos (futebol, râguebi, etc..)
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3 - Sistemas de Rega
3. 1 - Classificação dos sistemas de rega
Rega por sulcos - No processo dos sulcos, as plantas são
cultivadas em leiras ou camalhões, limitados por sucos ou regos,
geralmente com pequeno declive e paralelos entre si, através dos
quais se faz correr a água que, por infiltração lateral e vertical, se
distribui pela zona do solo onde se localiza o raizame.
• Este processo adapta-se quase exclusivamente a culturas
semeadas ou plantadas em linhas, como é o caso do milho e
praticamente todas as culturas hortícolas ou horto-industriais
(tomate, melão, pimento, feijão, etc..) e até pomares e vinhas;
• Adapta-se a muito tipos de terreno, com excepção dos muito
arenosos ou muito argilosos;
• Pode empregar-se em terrenos com declive até 25%, e mesmo em
topografias irregulares, desde que se faça a respectiva armação,
que, nalguns casos pode passar pela formação de terraços
(patamares);
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3 - Sistemas de Rega
3. 1 - Classificação dos sistemas de rega
• Em regra, tal como o das caldeiras, o processo dos sulcos conduz a
uma certa economia de água, relativamente aos outros processos de
rega por gravidade, mas a uniformidade de rega não é geralmente muito
elevada;
• Este processo permite a mecanização das operações culturais e uma
importante economia de mão de obra desde que a armação do terreno
seja feita adequadamente e o fornecimento da água aos sulcos se
realize de forma automática (por meio de sifões ou tubos perfurados);
• O comprimento dos tubos pode ir até um máximo de 100-120 m em
terrenos arenosos e de cerca de 800 m em solos argilosos;
• Em contrapartida o declive deve ser maior nos terrenos ligeiros do
que nos compactos, variando geralmente de um mínimo de 0.15 a
0.30% até um máximo de 2 a 3 %;
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3 - Sistemas de Rega
3. 1 - Classificação dos sistemas de rega

• O espaço entre sulcos deve ser cuidadosamente determinado para


que fique assegurado o humedecimento da zona radicular das plantas;
• Este espaçamento depende fundamentalmente da textura do solo e
da natureza das culturas,
• Assim, em solos arenosos, essa distancia não deve exceder 0.50 m ,
podendo nos argilosos ir até 1.20m,
• Em Portugal é o processo mais utilizado, a grande distancia de
qualquer outro, principalmente na rega de milho, sendo ainda utilizado
nas culturas do tomate, melão, pimento entre outras culturas (figura 5
e fotos 1 e 2).
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3 - Sistemas de Rega
3. 1 - Classificação dos sistemas de rega
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3 - Sistemas de Rega
3. 1 - Classificação dos sistemas de rega
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3 - Sistemas de Rega
3. 1 - Classificação dos sistemas de rega
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3 - Sistemas de Rega
3. 1 - Classificação dos sistemas de rega
Rega por aspersão - Neste sistema a água sob-pressão é
fornecida ao solo na forma de chuva, por meio de
aspersores, distribuindo um caudal superior a 500 litros /
hora.
• Este método está indicado principalmente para o caso de
culturas extensivas, como prados, forragens, culturas
horto-industriais, etc.;
• Apesar do desenvolvimento de outros sistemas, como a
rega localizada, continua a ter interesse em muitos
pomares, vinhas, culturas hortícolas etc., muito
particularmente nos casos em que se pretende tirar
também partido da sua notável polivalência (protecção
contra geadas, tratamentos fitossanitários, fertirrigação
orgânica etc.).
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3 - Sistemas de Rega
3. 1 - Classificação dos sistemas de rega
Face a o exposto vale a pena apresentar as principais
vantagens desde método que, em resumo, são:
• Dispensa a armação do terreno necessária ao emprego
dos métodos por gravidade;
• Permite regular com certo rigor a quantidade de água
fornecida ao solo em cada rega;
• Possibilita uma boa uniformidade de distribuição da água
ao terreno;
• Permite uma importante economia de água relativamente
aos processos de rega por gravidade;
• Evita a erosão eventualmente provocada pela rega;
• Conduz ao total aproveitamento do solo;
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3 - Sistemas de Rega
3. 1 - Classificação dos sistemas de rega
• Possibilita importante economia de mão-de-obra
relativamente a outros processos de rega;
• Origina melhor aquecimento e arejamento da água de
rega;
• Dá frequentemente origem a uma melhoria quantitativa
e qualitativa das produções agrícolas;
• As instalações têm grande polivalência pois, além da
rega propriamente dita (rega de humedecimento) podem
também realizar a defesa geadas, tratamentos
fitossanitários, fertirrigação orgânica etc.).
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3 - Sistemas de Rega
3. 1 - Classificação dos sistemas de rega
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3 - Sistemas de Rega
3. 1 - Classificação dos sistemas de rega
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3 - Sistemas de Rega
3. 1 - Classificação dos sistemas de rega

A rega por aspersão tem, em contra partida, os seguintes


inconvenientes ou limitações:
• Custos das instalações e despesas de funcionamento
relativamente elevados;
• Distribuição irregular por efeito de vento forte;
• Favorece o desenvolvimento de algumas doenças das
plantas;
• Pode provocar um certo calcamento do solo;
• Impossibilidade de empregar águas com elevados teores
salinos.
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3 . Sistemas de Rega
3. 1 - Classificação dos sistemas de rega

A rega por aspersão tem, em contra partida, os seguintes


inconvenientes ou limitações:
• Custos das instalações e despesas de funcionamento
relativamente elevados;
• Distribuição irregular por efeito de vento forte;
• Favorece o desenvolvimento de algumas doenças das
plantas;
• Pode provocar um certo calcamento do solo;
• Impossibilidade de empregar águas com elevados teores
salinos.
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3 - Rega por aspersão


Classificação dos aspersores
De cabeça
Estáticos
De tubo perfurado

Em torno de De leque
eixo horizontal
De tubo perfurado
(oscilantes)
Aspersores Rotativos
De rotação contínua
Em torno de ou alternativa (sector)
(eixo) vertical De rotação exclusiva-
mente contínua

Outros tipos (semoventes etc.)


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3 - Rega por aspersão


Classificação dos aspersores
De um só jacto
Quanto ao De dois jactos
nº de jactos De mais de dois jactos

Quanto à inclinação Jacto de inclinação normal (27º a 32º)


Jacto de inclinação entre 15º e 27º
das agulhetas Jacto raso (4º a 15 º.

Quanto à pressão Baixa pressão (menos de 2.5 Kg/cm 2)


Média pressão (2.5 a 5 Kg/cm 2)
de funcionamento Alta pressão(mais de 5 Kg/cm 2)

Quanto ao alcance Pequeno alcance (até 12 m)


Médio alcance (12 a 25 m)
do jacto Grande alcance (mais de 25 m)

Quanto à intensidade Chuva lenta (até 5 mm/h)


Média intensidade (5 a 15 mm/h)
de precipitação Grande intensidade (mais de 15 mm/h)
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3 - Rega por aspersão


Classificação das instalações de rega por aspersão
Completamente móveis
Móveis
Com ramais Parcialmente móveis
moveis Semi-fixas
Estacionários
Temporariamente fixas
Fixas
Permanentemente fixas
Em torno da parte central
(aspersores gigantes
Com movimento
de rotação Em torno de uma extremidade
(rampas rotativas)
Semovente Com vários aspersores
(máquinas (rampas lineares)
Com movimento
de rega)
de transladação Com um só aspersor
(canhões automotores)
Mistas (com movimento de rotação e de trasladação)
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3 - Rega por aspersão


Classificação dos aspersores e instalações

Dentro dos aspersores rotativos, os mais utilizados são os


de um ou dois jactos, de inclinação normal, média pressão,
médio alcance e de média intensidade de precipitação ou
chuva lenta.
lenta
Actualmente, estão também a empregar-se bastante os
aspersores de alta pressão e grande alcance,
particularmente no caso dos canhões auto-motores.
Os outros modelos usam-se menos mas têm também
grande importância não só na agricultura como também em
jardinagem.
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3 - Rega por aspersão


Classificação dos aspersores e instalações
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3 - Rega por aspersão


Classificação dos aspersores e instalações
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3 - Rega por aspersão


Classificação dos aspersores e instalações
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3 - Rega por aspersão


Classificação dos aspersores e instalações
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3 - Rega por aspersão


Classificação dos aspersores e instalações
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3 - Rega por aspersão


Classificação dos aspersores e instalações
As instalações móveis, ou parcialmente móveis, (com grupo motor-
bomba e toda a tubagem móveis) são as mais baratas mas têm o
inconveniente de exigirem muita mão-de-obra para a mudança das
tubagens de uma posição para outra.
O ideal são as instalações fixas (onde não há necessidade de efectuar
mudanças de ramais), vulgarmente designadas de cobertura total.
• Estas instalações são as mais funcionais de todas, exigindo um
mínimo de mão-de-obra, podendo ser totalmente automatizadas;
• Têm, porém, o inconveniente de obrigarem a elevados custos de
primeiro investimento, custos que são ainda maiores nas instalações
automáticas;
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3 - Rega por aspersão


Classificação dos aspersores e instalações
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3 - Rega por aspersão


Classificação dos aspersores e instalações
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3 - Rega por aspersão


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3 - Rega por aspersão


Classificação dos aspersores e instalações
Finalmente as instalações semoventes, vulgarmente designadas por
máquinas de rega, que se deslocam automaticamente sobre o terreno
enquanto distribuem a dotação de rega.
• Não necessitam de mudanças manuais de tubagem e aspersores;
• São em geral bastante funcionais (mais uns modelos que outros);
• Além da economia de mão-de-obra que proporcionam, têm a
vantagem de poder regar durante a noite, em virtude do seu
funcionamento automático ( em teoria podem regar 24 horas / dia),
• Consequentemente, em igualdade de caudal, regam maiores áreas o
que reduz os respectivos encargos;
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3 - Rega por aspersão


Classificação dos aspersores e instalações
• Porém algumas instalações semoventes obrigam a grandes consumos
de energia, em virtude das maiores pressões de funcionamento;
• Este inconveniente é sobretudo saliente no caso dos canhões de
automotores que exigem 5-10Kg/cm2 ou mais;
• Este inconveniente não se põe com outras instalações semoventes,
como as rampas rotativas (Center.Pivot) que podem trabalhar com
pressões baixas da ordem dos 2 kg/cm2;
• As máquinas de rega, com excepção de alguns modelos de menores
dimensões, só são viáveis para regadios com maiores áreas e terrenos
planos e regularizados.
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3 - Rega por aspersão


Classificação dos aspersores e instalações
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3 - Rega por aspersão


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4 - Necessidades Hídricas das culturas

As necessidades hídricas das culturas de um regadio são


fundamentalmente de dois tipos:
• Necessidades de ponta - São as relativas à fase de maior
exigência, que, entre nós se situam no nos meses de Julho
e Agosto . Avaliam-se em mm/mês ou m3/dia/ha e são
importantes para dimensionar a rede de rega;
• Necessidades anuais - Correspondem a toda a época de
rega, que decorre normalmente entre Abril e Outubro, para
a maioria das culturas ao ar livre e exprime-se em mm ou
m3/ha;
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4 - Necessidades Hídricas das culturas

Estas necessidades são habitualmente


determinadas a partir de balanços hidrólogicos
das culturas.
• Dado o âmbito geral deste curso não é possível
tratar devidamente este problemas, pelo que nos
limitaremos a apresentar uma metodologia
simplificada para o cálculo destas necessidades;
• Quando falarmos da rega localizada,
pormenorizaremos um pouco mais este assunto;
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4 - Necessidades Hídricas das culturas

A dotação de rega é a quantidade (volume) de


água a distribuir por m2 ou por hectare de
terreno em cada rega e avalia-se em m3/há ou, no
caso da rega por aspersão em milímetros
(mm=10/m3/há=1 l/m2);
• A dotação de rega deve ser calculada, para cada
caso concreto, em função das condições em
causa. Para isso podemos seguir a seguinte
sequência de cálculo:
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4 - Necessidades Hídricas das culturas


Dotação de rega
U=zxuxd
U - Capacidade utilizável do solo (mm) correspondente à
profundidade Z;

z - Profundidade efectiva de rega (mm), função da profundidade


do raizame das plantas;

u - Capacidade utilizável do solo ( % em peso seco de solo),


corresponde à diferença entre a capacidade de campo e o coeficiente
e emurchecimento,

d - Densidade relativa média aparente da terra seca.


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4 - Necessidades Hídricas das culturas


Dotação de rega
Por outro lado, deve ser:

hu = U x p
hu - Dotação útil de rega (mm), isto é, sem incluir as perdas de
água durante a rega;

p- Coeficiente facilmente utilizável , definido por:

p = uf / u
Onde uf é a capacidade facilmente utilizável do solo que, por sua
vez, é dada por:
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4 - Necessidades Hídricas das culturas


Dotação de rega

uf = Cc - Tc
Cc - Capacidade de campo (% em peso seco);
Tc - Teor crítico cultural (% em peso seco), que é o estado de
humedecimento do solo (compreendido entre o coeficiente de
emurchecimento Ce e a capacidade de campo Cc) abaixo do qual
as plantas começam a ser afectadas no seu desenvolvimento, o
que se reflecte na respectiva produção;

O valor de p está geralmente compreendido entre 0.30 e 0.70


sendo maior em solos arenosos e nas culturas resistentes à
secura.
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4 - Necessidades Hídricas das culturas


Dotação de rega
Finalmente:
hr = hu / er
hr - Dotação real de rega (mm ou m3 / ha);
er - Eficiência de Rega , ou seja, o coeficiente que tem em conta
as perdas de água durante a rega (por infiltração profunda,
escoamento superficial, evaporação das regadeiras et.);
e
O valor de r depende sobretudo do método de rega utilizado e
da maior ou menor perfeição no seu emprego:
• 30% a 70% nos métodos clássicos;
• 60% a 85% na rega por aspersão;
• 90% a 100%na rega localizada, especialmente na gota a gota.
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4 - Necessidades Hídricas das culturas


Dotação de rega

Os valores das constantes físicas do solo (Cc , Ce e d)


são determinadas em laboratórios da especialidade, a
partir de amostras devidamente representativas dos solos
a beneficiar com o regadio.

Os valores de z e de p são fundamentalmente função da


cultura a regar e, em menor escala, da natureza do
terreno.
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4 - Necessidades Hídricas das culturas


Dotação de rega
Exemplo de determinação da dotação de rega (rega por
aspersão e gravidade).
Dados:
• Cc = 22.1%
• Ce = 10.2%
• d = 1.4
• z = 0.60 m = 600mm
• p = 0.40
• er = 0.80 (rega por aspersão)
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4 - Necessidades Hídricas das culturas


Dotação de rega
Cálculos:
• u = Cc - Ce 22.1 - 10.2 = 19.6% = 0.119
•U = Z x u x d 600 x 0.119 x 1.40 = 100 mm

• hu = U x p 100 x 0.40 = 40 mm

• hr = hu / e r 40 / 0.80 = 50 mm (500 m3/ha)


No caso de se tratar de um sistema de rega por gravidade,
com er = 50%, seria:

• hr = hu / e r 40 / 0.50 = 80 mm (800 m3/ha)


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4 - Necessidades Hídricas das culturas


Valores médios das dotações de rega (rega por gravidade e aspersão)

Terreno Solos Solos Solos


textura
Culturas arenosos média argilosos
De raizame superficial 200 m3/ha 300 m3/ha 350 m3/ha
(aipo, alface, cebola, couve,
espinafre, rabanete etc.) (20 mm) (30 mm) (35 mm)
De raizame médio
(batata, cenoura, ervilha, 350 m3/ha 500 m3/ha 600 m3/ha
feijão, milho, pimento, melão,
pepino, tomate etc.) (35 mm) (50 mm) (60 mm)

De raizame profundo 500 m3/ha 600 m3/ha 700 m3/ha


(citrinos, prunóideas,
pomóideas, girassol etc.) (50 mm) (60 mm) (70 mm)
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Intervalo de tempo entre regas (rega por gravidade e aspersão)

A programação das regas (número de regas e respectivos


intervalos entre elas) só pode ser correctamente realizado a partir da
elaboração dos balanços hidrológicos.
Simplificadamente, pode efectuar-se o cálculo de intervalos de rega D
(em dias) entre duas regas consecutivas, correspondentes à dotação
útil hu, do seguinte modo:

• D =(hu + Pe) / Ec

• Pe (mm) - Precipitação útil ou efectiva absorvida pelo solo durante o


intervalo de tempo considerado;
• Ec (mm/dia) - Evapotranspiração média da cultura a regar durante
esse intervalo de tempo.
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Intervalo de tempo entre regas (rega por gravidade e aspersão)

Por outro lado:


• Ec = Ep x Kc

• Ep (mm/dia) - Representa a evapotranspiração potencial


no intervalo de tempo considerado;
• Kc - Coeficiente cultural das plantas a regar.
Mais adiante, ao falar da rega localizada voltaremos ao
assunto.
Entretanto vejamos agora um exemplo de cálculo do
menor intervalo entre regas, situação que ocorre no
verão, na ausência de chuva.
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Intervalo de tempo entre regas (rega por gravidade e aspersão)

Dados:
Cultura de milho, com Kc = 1.10 para a fase mais critica; Ep = 6mm/dia
e hu = 40 mm (tal como no exemplo anterior).

Cálculo:

• Ec = Ep x Kc 6..0 x 1.0 = 6.6 mm/dia;


• D = hu / Ec 40 / 6.6 = 6 dias
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4 - Necessidades Hídricas das culturas


CULTURA Fases de maior sensibilidade (por ordem decrescente
de intensidade)
Tomate Floração>formação frutos> período vegetativo
Pimento Antes do inicio da floração> restante período
Milho Floração> crescimento do grão
Melancia Floração e crescimento dos frutos
Feijão Floração e crescimento das vagens
Couve Fase final de intenso crescimento> colheita
Cebola Engrossamento dos bolbos > restante período
Batata Inicio do engrossamento dos tubérculos, formação
da produção > 1ª fase do período vegetativo >colheita
Vinha Período vegetativo de maior crescimento e floração>
crescimento do bago
Laranjeira Floração e formação dos frutos> engrossamento dos
frutos
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Necessidades Hídricas das culturas


Necessidades hídricas de ponta (rega por gravidade e aspersão)

Estas necessidades correspondem logicamente à fase mais crítica


para as culturas de regadio, que, no nosso País se verifica no mês de
Julho ou Agosto.
• Estas necessidades são função do numero de regas a realizar
nessa fase, respectivas dotações e tempos úteis de rega (mensal e
diário);
• Assim admitindo que se tornava necessário efectuar um total de 4
regas de 500 m3 / ha cada, durante o mês de julho, e que se regaria
utilmente apenas durante 24 dias / mês a 16 horas / dia, o Caudal
projecto (Qp)do regadio, correspondente às necessidades hídricas de
ponta, seria:

•Qp = (4 x 500) / (24 x 16) = 5.21 m3 / h / dia


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Necessidades Hídricas das culturas


Necessidades hídricas anuais (rega por gravidade e aspersão)

Estas necessidades são as correspondentes à totalidade


da época de rega:
• São pois função do número total de regas a efectuar
anualmente, o que só se poderá determinar, com rigor,
através dos balanços hídricos,
• Posto isto admitamos, como exemplo que num dado
regadio seriam precisas anualmente 12 regas de 50 mm
cada (500 m3 / ha), as necessidades anuais (Na) (que
eventualmente definiriam a capacidade de uma albufeira a
construir) seriam:

• Na = 12 x 500 = 6000 m3 / ha
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Necessidades Hídricas das culturas


Necessidades hídricas anuais médias das culturas regadas em
algumas regiões (rega por aspersão)

LOCALIZAÇÃO Vale do Vale do Sul-Alentejo


Culturas Mondego Tejo e Algarve
Vinha, olival, nogueira,
pomóideas e prunóideas 2500 m3/ha 3000 m3/ha 3500 m3/ha

Feijão(grão), pimento,
couves, girassol, amendoim 3500 m3/ha 4000 m3/ha 4500 m3/ha
Feijão verde, milho forragem,
batata, cebola, melão, melancia 4000 m3/ha 5000 m3/ha 5500 m3/ha
Tomate, citrinos, algodão,
milho-grão 4500 m3/ha 5500 m3/ha 6000 m3/ha

Luzerna, 5000 m3/ha 6000 m3/ha 7000 m3/ha


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FIM DA 1ª PARTE

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