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Universidade Federal do Ceará

Universidade Aberta do Brasil


Instituto UFC Virtual
Disciplina: Literatura Brasileira II
Professor Titular: Marcelo Magalhães Leitão
Tutora a Distância: Mary Nascimento da Silva Leitão
Aluno(a): Talita de Araujo Rodrigues Matricula: 0336691

PORTFÓLIO 3 – MACHADO DE ASSIS E SEUS ROMANCES DE TRANSGRESSÃO


(TÓPICO 2)

Como tarefa desta atividade, você deverá escrever um texto de aproximadamente uma
página comentando o que mais chamou sua atenção no texto acima sobre Machado de
Assis e seus cinco últimos romances. Você pode enriquecer seus comentários com suas
impressões da leitura de Esaú e Jacó e do texto teórico que se refere ao romance.

A genialidade de Machado de Assis não pode ser questionada. Se analisarmos sua


história de vida, seu trabalho literário e a repercussão de suas obras, podemos concluir que o
autor merece com todas as honras o título de grande gênio da literatura brasileira. Sua origem
humilde, sua cor e seus problemas de saúde não o impediram de nos presentear com sua rica
produção literária.
A obra machadiana é composta por diversos gêneros como poesia lírica, drama, conto,
crônica e romance, contudo é esse último gênero que recebe maior destaque e agrega fama ao
nome do autor. Seus romances podem ser divididos em duas fases. A Primeira Fase abriga as
obras: Ressurreição (1872), A Mão e a Luva (1874), Helena (1876) e Iaiá Garcia (1978), e
apresenta características mais românticas, apesar de Machado não ter assumido ser parte dessa
escola literária. A Segunda Fase abrange seus últimos cinco romances: Memórias Póstumas
de Brás Cubas (1881), Quincas Borba (1891), Dom Casmurro (1900), Esaú e Jacó (1904) e
Memorial de Aires (1908). Essas últimas obras carregam características mais realistas como a
forte crítica social e a objetividade, aliadas ao toque peculiar de Machado de Assis na
construção de suas descrições quase que fotográficas, na expressão dos aspectos psicológicos
e do caráter de seus personagens, e na sua forma de narrar os fatos como em um diálogo com
o leitor. A seguir, trazemos alguns comentários sobre os últimos romances machadianos,
apontando os elementos que mais nos chamaram atenção.
Em Memórias Póstumas de Brás Cubas, o fato bizarro de o narrador estar morto
suscita sentimentos diversos no leitor. Refletindo sobre a vida em um estado onde não há
tempo, vida ou mesmo a morte, o defunto passa a ser o senhor soberano da narrativa,
ultrapassando os limites da matéria. Na época de seu lançamento, a obra foi recebida com
entusiasmo, mas muitas críticas, o que levou Machado a pensar em parar de escrever
romances. Entretanto, sua vida ainda nos agraciou com outras obras.
Em Quincas Borba é tecida uma crítica com boas doses de ironia ao cientificismo que
predominava no pensamento da época. A máxima de que “só os fortes resistem” é colocada à
prova através da vida do personagem Rubião, que enlouquece ao tentar viver à sombra da
teoria científica criada por Quincas Borba.
Em Dom Casmurro, a dúvida sobre a traição de Capitu a Bentinho é a grande
protagonista da história. O texto narrado em primeira pessoa aponta para a traição, mas não
pode ser totalmente confiável, pois apresenta apenas o lado de Bentinho, a vítima. Essa obra
memorável levanta questionamentos até os dias atuais, e representa com maestria a
genialidade machadiana em apresentar elementos que geram discussão na narrativa, sem de
todo encerrá-la, deixando para o leitor a tarefa de tirar conclusões.
A obra Esaú e Jacó apresenta a história dos gêmeos Pedro e Paulo, com vidas
aparentemente normais, os irmãos se assemelhavam aos da história bíblica pela falta de
harmonia em que viviam. A história não apresenta muitas explicações sobre os fatos e é
necessário que o leitor tenha atenção aos detalhes para que consiga compor as cenas em sua
mente.
Machado encerra sua jornada com a obra Memorial de Aires. As características mais
intrigantes desse livro são a narrativa que parece ser inacabada e a escrita descompromissada
com os modelos e convenções. Esse é um livro sensível sobre a velhice, sobre o fim das
coisas, talvez seja por isso que o tempo não seja mais tão importante, e esse detalhe torne a
existência infinita, mesmo depois da cena final do livro.
Machado de Assis pode ser considerado um caso à parte da escola Realista, pois ele
sempre escreveu conforme seus próprios padrões. Suas obras têm detalhes de diversos estilos,
mas em cada uma há muito da essência do autor, do seu olhar diferenciado sobre a vida, e da
expressão da sua complexa subjetividade.

REFERÊNCIAS

BYLAARDT, C. O. Aula 3 da disciplina de Literatura Brasileira II. 8ª Ed. UFC Virtual:


Fortaleza, 2010.
Machado de Assis: vida e obra. Disponível em: <http://machado.mec.gov.br/#apresentacao >.
Acesso em 19 de abril de 2019.

Obra de Machado de Assis. Disponível em:


<https://pt.wikipedia.org/wiki/Obra_de_Machado_de_Assis >. Acesso em 19 de abril de 2019.

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