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AJUDÂNCIA-GERAL
SEPARATA
DO
BGPM
Nº 68
INSTRUMENTOS DE MENOR
POTENCIAL OFENSIVO
IMPO
MANUAL TÉCNICO-PROFISSIONAL
nº 3.04.012/2013-CG
CADERNO DOUTRINÁRIO 12
INSTRUMENTOS DE MENOR
POTENCIAL OFENSIVO
IMPO
MANUAL TÉCNICO-PROFISSIONAL
nº 3.04.012/2013-CG
Regula a Utilização de Armamentos, Equipamentos e Munições de
Menor Potencial Ofensivo na Polícia Militar de Minas Gerais.
Belo Horizonte - MG
Academia de Polícia Militar
2013
Direitos exclusivos da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais (PMMG).
Reprodução condicionada à autorização expressa do Comandante-Geral da PMMG.
Circulação restrita.
CDU 623.4
CDD 623.04
ADMINISTRAÇÃO:
Centro de Pesquisa e Pós Graduação
Rua Diábase 320 – Prado Belo Horizonte – MG
CEP 30410-440
Tel.: (0xx31)2123-9513
E-mail: cpp@pmmg.mg.gov.br
COMANDANTE-GERAL
GESTORES DO PROCESSO ELABORATIVO
Coronel PM Fábio Manhães Xavier
Coronel PM Antônio de Carvalho Pereira
Coronel PM Newton Antônio Lisboa Júnior
Tenente-Coronel Marcelo Vladimir Correa
SUPERVISÃO TÉCNICA
Tenente-Coronel PM Winston Coelho Costa
Major PM Claudio José Dias
1ª REDAÇÃO
Tenente-Coronel PM Schubert Siqueira Campos
Major PM Edson Gonçalves
Major PM Eduardo Felisberto Alves
Capitão PM Rodolfo C. Morotti Fernandes
Capitão PM Paulo Roberto Alves P. Júnior
REVISÃO E ATUALIZAÇÃO
Major PM Edson Gonçalves
Major PM Eduardo Felisberto Alves
Major PM Cleverson Natal de Oliveira
1º Tenente PM Rodrigo Saldanha
1º Tenente PM Jorge Aparecido Gomes
REVISÃO DOUTRINÁRIA
Major PM Eugênio Pascoal C. Valadares
2º Sargento PM Luiz Henrique de Moraes Firmino
COLABORADORES
Tenente-Coronel PM Sílvio José de Sousa Filho
Capitão PM Ricardo Luiz Amorim Gontijo Foureaux
Subtenente PM Antônio Geraldo Alves Siqueira
2º Sargento PM Danilo Teixeira Alcântara
Cabo PM Elias Sabino Soares
REVISÃO FINAL
Major PM Cláudio José Dias
Major PM Eugênio Pascoal C. Valadares
REVISÃO DE GRAMÁTICA
Professora Maria Sílvia Santos Fiúza
LISTA DE FIGURAS
Figura 2 Soldados em 1915, com máscaras para proteger do Gás de Cloro. Detalhe: inclusive o
semovente usa máscara . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
Figura 47 Vista de corte lateral de modelo de granada de mão fumígena lacrimogênea, equipada
com acionador tipo EOT de estágio simples. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85
Figura 48 Vista de corte lateral de granada de mão explosiva que utiliza o acionador tipo EOT de
duplo estágio. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87
Figura 75 Cartucho calibre 12 com três projéteis cilíndricos de elastômero (esq.), com vista de
corte lateral (dir.). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 128
Figura 76 Cartucho calibre 12 com 3 projéteis esféricos de elastômero (esq.), com vista de corte
lateral (dir.) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 129
Figura 77 Cartucho calibre 12 com 18 projéteis esféricos de elastômero, com vista de corte
Lateral. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 130
Figura 78 Cartucho calibre 12 com projétil único de elastômero “Precision” (esq.), com vista de
corte lateral (dir). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 131
Figura 79 Cartucho calibre 37, 38, 38.1 e 40mm, com 3 projéteis de elastômero (esq.) e vista de
corte lateral (dir.). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 132
Figura 80 Cartucho calibre 37, 38, 38.1 e 40mm, com 12 projéteis de elastômero (esq.) e vista de
corte lateral (dir.). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 133
Figura 95 Cartucho verde com lacre de proteção para o modelo M-26.. . . . . . . . . . . . . . 173
Figura 101 Carro de jato d’água sendo utilizado em controle de distúrbio. . . . . . . . . . . . . 186
Figura 102 Veículo de controle de distúrbios da PMMG (possui canhão de jato d’água). . . . . 187
Figura 103 Parte interna do Veículo de Controle de Distúrbios da PMMG (detalhe para os tanques
de água abaixo dos bancos). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 187
Figura 109 Detalhe da válvula de expiração: à esquerda (com a tampa de proteção) e à direita
(sem a tampa de proteção). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 198
Figura 116 Colocação da máscara: à esquerda (vista de frente) e à direita (vista de costas). . . 203
1 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .21
2 AGENTES QUÍMICOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .29
3.1 Conceito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
7 LANÇADORES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 147
10.3 Cautelas operacionais para emprego das pistolas de emissão de impulsos elétricos. . . 179
11 ARMAS DE TRANSMISSÃO DE ONDAS E DE JATOS D’ÁGUA . . . . . . . . . . . . 183
REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 207
SEÇÃO 1
APRESENTAÇÃO
Manual Técnico-Profissional 3.04.12
1 APRESENTAÇÃO
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PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
22
Manual Técnico-Profissional 3.04.12
23
PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
24
Manual Técnico-Profissional 3.04.12
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SEÇÃO 2
AGENTES
QUÍMICOS
Manual Técnico-Profissional 3.04.12
2 AGENTES QUÍMICOS
4 Segundo Florenzano (1994) foi a disputa entre Atenas e Esparta (cidades-estado gregas),
ocorrida entre 431 a 404 a.C. por controle político e econômica da região do Mar Egeu. A
Guerra teve três períodos e pôs fim a hegemonia de Atenas na região dando início ao domínio
espartano.
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PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
Mais tarde, no século VII d.C, no ano de 673, na batalha entre Sarracenos
(antigo povo do deserto da província romana) e Bizantinos, há registros da
utilização de um composto de enxofre, cal viva (material utilizado no preparo
de argamassas), breu e resina de petróleo, encharcado em bolas de tecido e
madeira, que era incendiado e atirado contra o inimigo por catapultas5. No
período das Cruzadas6, na Idade Média, o composto também foi utilizado,
pelos mesmos sarracenos, contra os cristãos, momento este em que essa
tecnologia se espalhou pelo mundo antigo.
5 Antigo engenho de guerra, movido por cordas, para arremessar pedras e outros projéteis.
6 Segundo Franco Jr. (1995), foram expedições militares empreendidas pelos inimigos da
Cristandade, que concedia a seus participantes privilégios espirituais e materiais. Normalmente
eram iniciadas mediante pregação do próprio Papa.
30
Manual Técnico-Profissional 3.04.12
Figura 2 - Soldados em 1915 com máscaras para proteger do Gás de Cloro. Detalhe: inclusive o
semovente usa máscara.
Fonte:http://mikamienvironmentalblog.blogsot.com
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PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
7 Segundo Alcântara e Varin (1992, p. 26), “O napalm é uma goma obtida de gasolina gelificada
pela adição de sais de alumínio derivados do ácido palmítico e dos ácidos naftênicos.”
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Manual Técnico-Profissional 3.04.12
O uso de agentes químicos por forças policiais tem seu primeiro registro
entre os anos de 1910 e 1914, quando a polícia francesa empregou contra
os criminosos o etilbromoacetato, um agente lacrimogêneo. Foi o primeiro
composto a ser usado como verdadeiro agente químico antimotim por forças
policiais.
33
PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
2.2 Classificação
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PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
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Manual Técnico-Profissional 3.04.12
2.3.1 Concentração
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PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
2.3.2 Persistência
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Manual Técnico-Profissional 3.04.12
2.4 Utilização
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PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
O indicativo militar desse agente é a sigla CS, que não tem nenhuma relação
com a composição orgânica do produto e, sim, é uma homenagem aos
descobridores do composto, os senhores Carson e Stougton, funcionários do
laboratório inglês de armas químicas, o CBW, na década de 1930.
Segundo Alcântara e Vanin (1992, p. 17) “[...] seu ponto de fusão é entre 95 – 96 oC,
o ponto de ebulição de 310 oC e a pressão de vapor é de 3,4 x 10-5 mmHg à 20oc.”
- Dor de cabeça;
Sistema Nervoso
- tontura;
Central - inabilidade para reagir em uma ação eficiente.
40
Manual Técnico-Profissional 3.04.12
Pele - Intensa irritação e sensação de queimadura profunda nos locais atingidos. 2a3
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PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
2.5.3 Hexacloretano
c) treinamento de policiais;
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CS OC
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SEÇÃO 3
MUNIÇÕES
QUÍMICAS
Manual Técnico-Profissional 3.04.12
3 MUNIÇÕES QUÍMICAS
3.1 Conceito
Entende-se por munição química de MPO aquela que é projetada
e empregada especificamente para conter, debilitar ou incapacitar
temporariamente pessoas, minimizando as possibilidades de ocorrência de
mortes e ferimentos. São constituídas de substâncias que, dispersadas no
ar, vaporizadas, micropulverizadas ou espargidas por processos especiais,
causam efeitos psicológicos, fisiológicos ou psicofisiológicos instantâneos e
não permanentes.
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PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
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a) Efeito moral
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PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
b) Luz e som
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c) Lacrimogênea outdoor
- Lacrimogênea - CS
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PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
- Lacrimogênea - OC
d) Identificadora
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PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
Por produzirem seus efeitos pela queima e detonação, seu uso é vedado
em locais onde haja a presença de materiais inflamáveis, principalmente
os líquidos e gases inflamáveis, pelo perigo que seu acionamento pode
representar a todos os envolvidos, bem como ao patrimônio.
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Manual Técnico-Profissional 3.04.12
Alem da carga explosiva, a granada explosiva luz e som indoor possui dentro
de seu corpo carga de magnésio (Mg) que, no momento da explosão, e,
em contato com o oxigênio, queima provocando um flash responsável por
uma intensa luminosidade. O efeito permite rápida e eficiente ação policial
após a detonação, uma vez que a luminosidade provocada causa cegueira
momentânea nos atingidos. Para a maior potencialização do efeito de flash,
deve ser utilizada em ambientes com baixa luminosidade. À luz do dia e em
ambientes iluminados, o efeito do flash é quase imperceptível.
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Manual Técnico-Profissional 3.04.12
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PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
a) Tríplice
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Manual Técnico-Profissional 3.04.12
Pode ter seu aspecto externo visto na (Figura 17) e suas partes internas são
apresentadas na (Figura 18).
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PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
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b) Baixa emissão - CS
c) Média emissão - CS
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PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
d) Alta emissão – CS
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PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
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PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
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Manual Técnico-Profissional 3.04.12
3.2.5 Ampola
A ampola, para uso policial, é uma munição que traz o agente químico
no estado físico líquido acondicionado em corpo de vidro no formato de
ampola. Ao ser lançada, seu corpo se quebra, o agente líquido se espalha
pelo ambiente e volatiliza, transformando-se em gases imperceptíveis à visão
e tomam o ambiente. A ampola deve ser lançada sobre superfície rígida para
que possa haver a quebra do invólucro de vidro. Disponível nos agentes OC
e CS, a ampola é ideal para utilização em locais onde haja material inflamável
e onde não seja recomendado o uso de granadas explosivas, fumígenas e
lacrimogêneas.
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PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
3.2.6 Projéteis
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Manual Técnico-Profissional 3.04.12
a) Projétil calibre 12
Para seu lançamento, podem ser utilizados, além dos lançadores AM 402 e AM
402T, qualquer arma calibre 12 de “alma” lisa que não tenha o afunilamento do
cano mais conhecido como “choke” (Exemplo de arma com choke: Escopeta
calibre 12).
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PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
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PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
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PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
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Todo cuidado deve ser tomado, pois o contato com materiais de fácil
combustão pode provocar chamas.
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PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
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PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
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PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
São peças, componentes das granadas, responsáveis por produzir a faísca que
dará início ao funcionamento propriamente dito do artefato. Serão abordados
os dois mais utilizados para equipar as granadas de mão de MPO, ou seja, os
mecanismos de Espoleta de Ogiva de Tempo - EOT e de Tração.
1) Estágio simples
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PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
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PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
2) Estágio Duplo
15 É a passagem direta do estado sólido para o estado gasoso da matéria, sem que passe pelo
estado líquido. Fonte: FELTRE, 2005.
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Manual Técnico-Profissional 3.04.12
Figura 48 - Vista de corte lateral de granada de mão explosiva que utiliza o acionador tipo EOT
de duplo estágio.
Fonte: CONDOR, 2008.
b) Tração
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PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
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Manual Técnico-Profissional 3.04.12
– fazer o lançamento.
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PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
3.3.2 Retardo
3.4 Armazenamento
As condições de armazenamento podem afetar sobremaneira a vida útil
dos artefatos de qualquer tipo. De modo geral, a validade desses materiais,
garantida pelo fabricante, é de cinco anos; contudo, condições precárias de
armazenamento diminuirão a vida útil do material. O próprio fabricante alerta
que os artefatos devem ser armazenados na embalagem original, em local
fresco, seco e arejado, distante de paredes, teto e chão e ao abrigo da luz solar.
O mesmo procedimento deve ser observado para as munições de impacto
controlado, que serão vistas adiante.
Acima ou abaixo dos limites estabelecidos, a redução da vida útil dos agentes
químicos começa a acelerar, aumentando, sobremaneira, a possibilidade do
material não ter o funcionamento perfeito, ocorrendo as “negas”17.
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Manual Técnico-Profissional 3.04.12
O lançamento pode ser realizado pelo POLICIAL MILITAR nas posições iniciais
de pé, ajoelhado ou deitado e, ainda, por baixo, sendo esta uma variação do
lançamento na posição de pé.
3.5.1 De pé
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PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
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3.5.2 De joelhos
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3.5.3 Deitado
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PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
Para o lançamento, o tronco deve ser impulsionado à frente para dar maior
impulso e amplitude ao movimento do braço direito, que deve ser girado
fortemente à frente. Durante seu giro à frente, no momento em que a mão
e o braço atinjam uma posição de 45º em relação ao solo, o artefato deve ser
solto. O braço esquerdo permanece apoiado no solo, para dar maior equilíbrio
ao corpo (Figura 64).
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PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
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PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
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Manual Técnico-Profissional 3.04.12
Para o lançamento, deve-se dar dois passos à frente para maior impulso. O
braço direito deve realizar um movimento forte de pêndulo para frente. O
braço esquerdo gira para trás, para dar maior equilíbrio. No momento em que
a mão direita chega a seu ponto máximo, à frente, o artefato deve ser solto.
A perna esquerda deverá estar à frente e a direita para trás, estando as duas
flexionadas. O tronco deverá estar flexionado à frente para melhor equilíbrio
e, consequentemente, aproveitamento. A intensidade de força a ser utilizada
no movimento do braço direito está diretamente relacionada à distância que
se quer atingir, ou seja, quanto maior a distância, maior a força do movimento
e vice versa. A sequência final pode ser visualizada nas (Figuras 70 e 71).
107
PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
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Manual Técnico-Profissional 3.04.12
Sabe-se que uma operação policial deve ser planejada nos mínimos detalhes,
contudo, durante a ação, as consequências podem se tornar imprevisíveis,
dependendo da reação imposta. Assim, se faz necessário o transporte dos
IMPO, como, granadas, ampolas e espargidores, em viaturas policiais.
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PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
Caso o invólucro plástico tenha sido retirado e a granada não tenha sido
utilizada, deverá ser passada fita adesiva em volta do corpo da granada e da alça
da EOT, visando impossibilitar que a granada seja acionada acidentalmente,
ou que alças de EOT se enrosquem em grampos de segurança podendo
acarretar acidentes.
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Manual Técnico-Profissional 3.04.12
Algumas regras devem ser observadas para o uso e emprego dos agentes
químicos, de acordo com variáveis, quais sejam:
111
PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
b) Cartuchos e Projéteis
3.7.2 Público
Em relação ao público a ser controlado com emprego de IMPO (principalmente
granadas explosivas e ou com carga lacrimogênea), certas variáveis devem
ser observadas para que o uso do recurso seja efetivo, conforme se verificará
a seguir.
112
Manual Técnico-Profissional 3.04.12
b) Quantidade de pessoas
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PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
3.7.5 Presídios
O uso de agente químico, caso não haja acordo para a rendição dos
amotinados, é ferramenta de grande utilidade no momento da retomada do
controle do estabelecimento ou pavilhão.
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Manual Técnico-Profissional 3.04.12
3.7.6 Distúrbios
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SEÇÃO 4
ESPARGIDORES
Manual Técnico-Profissional 3.04.12
4 ESPARGIDORES
4.1 Conceito
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PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
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Manual Técnico-Profissional 3.04.12
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PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
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SEÇÃO 5
MUNIÇÕES
DE IMPACTO
CRONTROLADO E
ANTIMOTIM
Manual Técnico-Profissional 3.04.12
5.1 Características
As munições de impacto controlado e antimotim são munições constituídas,
na sua maioria, por projéteis de elastômero macio (polímero que tem
propriedade elástica), também conhecido como munições de borracha.
5.2 Emprego
As munições de impacto controlado e antimotim são empregadas em:
125
PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
Seu emprego tem por objetivo, além dos já citados, manter o controle da
distância entre os infratores/manifestantes e os policiais militares, bem como
reduzir sua capacidade agressora para que a abordagem possa ser realizada
com segurança.
5.3 Calibre 12
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Manual Técnico-Profissional 3.04.12
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PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
Figura 75 - Cartucho calibre 12 com três projéteis cilíndricos de elastômero (esq.), com vista de
corte lateral (dir.).
Fonte: CONDOR, 2008
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Manual Técnico-Profissional 3.04.12
Figura 76 - Cartucho calibre 12 com 3 projéteis esféricos de elastômero (esq.), com vista de corte
lateral (dir.).
Fonte: CONDOR, 2008
129
PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
Figura 77 - Cartucho calibre 12 com 18 projéteis esféricos de elastômero, com vista de corte
lateral.
Fonte: CONDOR, 2008
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Manual Técnico-Profissional 3.04.12
Figura 78 - Cartucho calibre 12 com projétil único de elastômero “Precision” (esq.), com vista de
corte lateral (dir).
Fonte: CONDOR, 2008
131
PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
Figura 79 – Cartucho calibre 37, 38, 38.1 e 40 mm, com 3 projéteis de elastômero (esq.) e vista
de corte lateral (dir.).
Fonte: CONDOR, 2008
132
Manual Técnico-Profissional 3.04.12
Figura 80 - Cartucho calibre 37, 38, 38.1 e 40 mm, com 12 projéteis de elastômero (esq.) e vista
de corte lateral (dir.).
Fonte: CONDOR, 2008
133
PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
134
Manual Técnico-Profissional 3.04.12
Bagos Balística
Munição Utilização / Características
Tipo Peso (gr) V (m/s) E (joules)
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PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
Distância Energia
Tipo de Munição Nº do disparo Velocidade Deformidade
(metros) (Joules*)
23 Plastilina: massa plástica utilizada para aferição do trauma cego (deformidade) em testes
com coletes à prova de balas e testes balísticos de modo geral.
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Manual Técnico-Profissional 3.04.12
137
SEÇÃO 6
PIROTECNIA E
SALVAMENTO
Manual Técnico-Profissional 3.04.12
6 PIROTECNIA E SALVAMENTO
O termo pirotecnia designa o conjunto de conhecimentos necessários para
preparar e empregar o fogo ou os explosivos24. Derivado do termo “pirotecnia”,
“pirotécnicos” são artefatos destinados à atividade de sinalização diurna e
noturna e funcionam por queima ou projeção de suas cargas iluminativas.
Devem ser utilizados obedecendo a um sistema de código de cores.
- VERDE: Em segurança.
6.2 Sinalizadores
Os sinalizadores são dispositivos luminosos utilizados na localização e
salvamento. Devido ao seu princípio de funcionamento pela emissão de luz
colorida, por meio da queima da carga ativa, sua utilização será mais efetiva
no período noturno.
24 Ferreira (2004)
141
PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
142
Manual Técnico-Profissional 3.04.12
143
SEÇÃO 7
LANÇADORES
Manual Técnico-Profissional 3.04.12
7 LANÇADORES
7.1 Tipos
147
PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
148
Manual Técnico-Profissional 3.04.12
a) Inspeção preliminar
149
PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
* barricadas;
* dispersão de turbas;
150
Manual Técnico-Profissional 3.04.12
e) Manutenção
– sempre, após o uso, o cano do lançador deve ser lavado com água
limpa;
151
PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
152
Manual Técnico-Profissional 3.04.12
– abrir o lançador;
153
PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
Pode ser fabricado para ser acoplado ao lançador AM-600 ou armas Cal.12. Se
estiver acoplado ao Lançador AM-600, a impulsão da granada será conferida
pelo cartucho calibre 37/38 mm AM-405/A ou pela munição de impacto
controlado AM-404. Quando acoplado em arma calibre 12, a impulsão da
granada será conferida pelo cartucho calibre 12 AM-405.
154
SEÇÃO 8
DESPOJO DE
MUNIÇÕES
QUÍMICAS
Manual Técnico-Profissional 3.04.12
8.2 Procedimentos
157
SEÇÃO 9
DESCONTAMINAÇÃO
E PRIMEIROS
SOCORROS
Manual Técnico-Profissional 3.04.12
161
PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
b) Descontaminação ocular:
– aplicar, nos olhos, compressas com uma solução de ácido bórico (água
boricada);
c) Descontaminação pulmonar:
162
Manual Técnico-Profissional 3.04.12
a) Descontaminação dermal:
b) Descontaminação ocular:
c) Descontaminação pulmonar:
163
PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
164
SEÇÃO 10
ARMAS DE
IMPULSO
ELÉTRICO
Manual Técnico-Profissional 3.04.12
167
PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
10.1.2 Funcionamento
Para se conseguir a chamada INM, basta que os dados atinjam dois pontos
do corpo. O pico de voltagem no contato com o corpo é de 5.000v (cinco mil
Volts). Não é a voltagem que é perigosa, mas, sim, a amperagem. Armas de
emissão de impulsos elétricos emitem alta voltagem e baixa amperagem.
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Manual Técnico-Profissional 3.04.12
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PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
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Manual Técnico-Profissional 3.04.12
A Figura 92, a seguir, mostra um modelo (M-26) e sua grande semelhança com
as pistolas convencionais.
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PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
Trava de segurança direcionada para baixo significa que esta arma estará
desligada (travada) e, quando a trava estiver voltada para cima, mostra que a
arma estará destravada.
Este modelo conta com uma mira fixa de três pontos e uma mira laser que
indicam o ponto de acerto do dardo superior.
Cada cartucho tem uma cor e cada cor tem um alcance específico. São
fabricados nas seguintes cores: amarela, cinza, verde, laranja e azul (Figura
93). Estes cartuchos contêm dois dardos (medindo 3,81 cm), que são lançados
a uma velocidade média de 60 metros por segundo.
Seus cartuchos não são recarregáveis, mas, quando detonado, deverá ser
recolhido, logo que possível, para fins de controle (descarga).
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Manual Técnico-Profissional 3.04.12
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PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
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Manual Técnico-Profissional 3.04.12
a) pré-turno
Caso isso não seja notado, trocar as pilhas ou recarregá-las e refazer todo o
procedimento.
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PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
b) durante o turno
c) após o turno
A arma deverá ser limpa com pano úmido em uma mistura de água e
detergente neutro, se necessário. Não deve ser exposta a solventes ou
produtos de limpeza de armas; deve-se retirar o cartucho e acondicioná-la em
sua maleta específica. Deverá ser guardada longe de outros equipamentos
eletrônicos (ligados) e em temperatura ambiente.
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Manual Técnico-Profissional 3.04.12
Comprimento: 201 mm
Altura: 144 mm
Largura: 48 mm
10.2.4 Funcionamento
Este modelo conta com uma mira fixa de três pontos e uma mira laser que
indicam o ponto de impacto do dardo superior.
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PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
a) pré turno
b) durante o turno
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Manual Técnico-Profissional 3.04.12
c) após o turno
A arma deverá ser limpa com pano levemente umedecido em uma mistura
de água e detergente neutro, se necessário. Não ser exposta a solventes ou
produtos de limpeza de armas; deve-se retirar o cartucho e acondicioná-la em
sua maleta específica. Deverá ser guardada longe de outros equipamentos
eletrônicos (ligados) e em temperatura ambiente.
10.2.9 Auditoria
Não tocando nos dardos ou entre esses, pode-se tocar em qualquer outra
área do corpo do suspeito atingido, mesmo que ele esteja com sua roupa
molhada.
179
PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
10.3.2 Observações
180
SEÇÃO 11
ARMAS DE
TRANSMISSÃO
DE ONDAS E DE
JATOS D’AGUA
Manual Técnico-Profissional 3.04.12
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PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
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Manual Técnico-Profissional 3.04.12
O LRAD foi desenvolvido por encomenda das forças armadas dos EUA, depois
que o navio USS Cole foi bombardeado por um bote suicida no Iêmen, em 12
de outubro de 2000. Além da função bélica, o LRAD também pode ser usado
para comunicações em áudio, a grande distância e com alta nitidez sonora. O
equipamento funciona emitindo um feixe de ondas sonoras em um ângulo
determinado pelo usuário, o que permite seu direcionamento contra alvos
selecionados e específicos.
Um dos modelos adotados é o CHP Laser Dazzler. Ele usa um laser verde, com
potência de 500 mW (miliwatts). O raio laser se expande num clarão, gerando
um ofuscante fulgor verde, capaz de penetrar em fumaça e nevoeiro, com um
alcance duas vezes maior que o da luz branca normal. É apresentado em três
formas: do tamanho de uma caneta (com alcance de 200 metros), na forma de
uma lanterna de mão (500 metros) e montado em um rifle (dois quilômetros).
Outra arma similar é o Personnel Halting and Stimulation Response (PHaSR),
que consiste num rifle com design futurista, que usa um sistema laser de duas
cores, que também ofusca a vítima.
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PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
dispersão dos manifestantes, pela ação da força de jatos d’água, sem causar
ferimentos, e, desta forma, caracterizando-se como IMPO.
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Manual Técnico-Profissional 3.04.12
Figura 102 - Veículo de Controle de Distúrbios da PMMG (possui canhão de jato d’água).
Fonte: Amalcabúrio (Fabricante)
Figura 103 - Parte interna do Veículo de Controle de Distúrbios da PMMG (detalhe para os
tanques de água abaixo dos bancos).
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PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
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SEÇÃO 12
USO DE CÃES
TREINADOS
Manual Técnico-Profissional 3.04.12
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SEÇÃO 13
EQUIPAMENTOS
DE SEGURANÇA
POLICIAL
Manual Técnico-Profissional 3.04.12
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PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
Figura 107 - Máscara MSA Advantage 1000 com um filtro (esquerda) e com dois à direita.
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Manual Técnico-Profissional 3.04.12
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PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
Figura 109 - Detalhe da válvula de expiração: à esquerda (sem a tampa de proteção) e à direita
(com a tampa de proteção).
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Manual Técnico-Profissional 3.04.12
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PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
27 Partes de uma matéria fracionada. Partículas sólidas diversas no ar, (poeira, pó ....). Fonte:
HOUAISS, 2001.
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Manual Técnico-Profissional 3.04.12
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PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
a) colocar as correias de ajuste nas costas das mãos (Figura 114), com as
palmas viradas para a máscara;
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Manual Técnico-Profissional 3.04.12
c) deslizar as mãos para cima e para trás, levantando a máscara para sua
posição correta de uso (Figura 116);
Figura 116 - Colocação da máscara: à esquerda (vista de frente) e à direita (vista de costas).
203
PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
204
Manual Técnico-Profissional 3.04.12
205
PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
13.1.6 Cuidados
Para que a máscara esteja sempre em condições de uso, devem ser tomados
os seguintes cuidados especiais, mesmo quando não esteja sendo utilizada:
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Manual Técnico-Profissional 3.04.12
REFERÊNCIAS
ALCANTARA, M.R.; VARIN, J.A. Armas químicas. São Paulo. Universidade de São
Paulo: Química Nova, 1992.
CASTRO, Maria Inês Pimenta de; PIRES, Cristina Ferreira. Agentes químicos anti-
motim. Artigo científico apresentado no curso de Farmácia da Faculdade de
Farmácia da Universidade do Porto. Cidade do Porto, 2005. Disponível em
http://www.ff.up.pt/toxicologia/monografias/ano0506/anti_motim/html/
index.html. Acesso em 02Set09.
207
PRÁTICA POLICIAL BÁSICA
FRANCO JR., Hilário. As Cruzadas. Coleção Tudo é História. 8 ed. São Paulo:
Editora Brasiliense, 1995.
208
Manual Técnico-Profissional 3.04.12
MIRABETE, Júlio Fabbrini de. Processo Penal Interpretado. 2 ed. São Paulo:
Atlas, 1994.
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