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ISSN: 2184-125X

Diretor: Hugo Belchior · Número 4 · Setembro 2018 · Trimestral · Gratuita

Academy Entrevista
____ com Glenn Withers
Dieta cetogênica;
Tratamento e prevenção
da pubalgia; Fidelização Líderes do
em ginásios Fitness
com Manuel Rodrigues

Periodização do treino
de força Histórias
____ de Sucesso
Por João Brito e Rafael Oliveira com Hugo Loureiro

Saúde. Fisioterapia.
Movimento. 10 Anos bwizer
____
Por Pedro Maciel

À conversa com

Prof. Dr. José Pinto da Costa


____
“ O lidar com a morte cria
mecanismos de rejeição que
estimulam o prazer de viver.

Índice

p.18
Ficha Técnica ....................................................................................02
Editorial .............................................................................................03

Academy
Periodização do Treino de Força .......................................................... 04
Por João Brito e Rafael Oliveira
Saúde. Fisioterapia. Movimento............................................................ 08
Por Pedro Maciel
São ilegais os “Contratos de Fidelização” em ginásios?................... 10
Por Alexandre Miguel Mestre p.04
Dieta Cetogênica – estará o segredo na gordura?.............................. 12
Por César Leão Ficha Técnica
Proprietário e Editor: Bwizer Lda.
Tratamento e Prevenção de Pubalgia Crónica..................................... 15 Morada: Sede Bwizer - Estrada da Circunvalação, 10381, 2.º
direito, 4250-151 Porto (Portugal)
Por Pedro Alves NIPC: 508671418
Nº de Registo na ERC: 127039
Depósito Legal: 433547/17
À conversa com................................................................................. 18 ISSN: 2184-125X
Periodicidade da publicação:Trimestral
Professor Doutor José Pinto da Costa Diretor: Hugo Duarte Nunes Belchior
Diretor Adjunto: Mónica Marina da Silva Rocha
Sede de redação: Estrada da Circunvalação, 10381,
Referências Bibliográficas .............................................................. 20 2.º direito, 4250-151 Porto (Portugal)
Tiragem: 500 exemplares
Tipografia: Susana Monteiro (www.frenteverso.pt)
Entrevista........................................................................................... 22 Morada da tipografia: Rua Abade Correia da Serra, 32, 4460–
208 Senhora da Hora
Glenn Withers Estatuto editorial:
A revista Bwizer Magazine é uma publicação trimestral,
nacional e de distribuição ou acesso gratuito, na área do
Ideias Empreendedoras Conhecimento Avançado para Profissionais de Saúde e
Exercício.
Intervenção pedagógica dos profissionais de fitness........................ 27 A Bwizer Magazine tem como objetivo a divulgação de
Por Susana Franco trabalhos, notícias, artigos, textos de opinião, entrevistas,
novidades em formação e produtos, entre muitos outros
conteúdos exclusivos, tendo em vista contribuir para a

Líderes do Fitness............................................................................. 28 evolução dos Profissionais de Saúde e Exercício.


Pretende também contribuir para o crescimento do “saber” e
Manuel Rodrigues produção científica nas áreas da saúde e exercício.
A Revista Bwizer Magazine tem o compromisso de assegurar o
respeito pelos princípios deontológicos e pela ética profissional
Histórias de Sucesso ....................................................................... 30 dos jornalistas, assim como pela boa fé dos leitores.
Hugo Loureiro A Revista Bwizer Magazine é publicada online, em www.
bwizer.com
A Bwizer Magazine é inovação e desafio.
Open Science .................................................................................... 32 A Bwizer Magazine é profissionalismo e rigor.
A Bwizer Magazine é integridade e transparência.
A Bwizer Magazine é evolução.
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dos seus autores. A Bwizer Magazine não se responsabiliza
pelas opiniões expressas pelos autores”
Editorial.

Muros
____ ou pontes? Admito que estes comportamentos tenham muito de territoria-
lidade mamífera (afinal, é o que somos), aquela força animal
que nos impele a defender o nosso território com o mais básico
instinto de sobrevivência.
Estando a falar da relação entre profissões e não da luta na
savana, perdoem-me, mas tenho mais alguma dificuldade em
Ao ler Yuval Noah Harari e o seu “Sapiens”, seguido de “Homo compreender o nível de mera defesa territorial que, tantas ve-
Deus”, despertei para um conceito sobre o qual nunca tinha zes, se observa. Claro que consigo compreender que cada um
refletido muito: o poder das ficções, histórias partilhadas por queira maximizar os seus ganhos, reduzindo a concorrência e
milhões de pessoas. O dinheiro é uma extraordinária ficção por- protegendo o mercado de acordo com os seus interesses, mas
quanto algo, sem valor intrínseco, ganha efetivo valor quando será que isso é o melhor caminho? Que coisas boas, para a co-
toda a gente lhe atribui valor. São as ficções que nos fazem munidade como um todo para os utentes/clientes, trazem essas
defender uma religião, quantas vezes ao ponto de empunhar guerras?
uma arma para matar o “infiel”, alguém que não segue a mesma
Dividir é fácil. Criar muros sempre esteve na moda e dá ex-
“história” que eu sigo. As ficções valem enquanto as pessoas
pressão aos nossos instintos mais básicos. Construir pontes dá
acreditam nelas e é por isso que, em cada contexto, quem mais
trabalho, muito trabalho. Mantê-las em pé, cuidando dos seus
dele beneficia, mais protege a ficção que lhe dá suporte. Imagi-
alicerces, ainda mais. Não será esse, ainda assim, o caminho
ne-se que, de um instante para o outro, toda a gente deixava de
a trilhar?
ter confiança num Rei/Governo, numa moeda ou nas Sagradas
Escrituras? Ao ler alguns dos artigos deste número da Bwizer Magazine,
vejo vários que tocam em temas que, facilmente, poderiam ser
As ficções favorecem a cooperação entre as pessoas. Se a fic-
abordados por diferentes categorias profissionais. O que fazer,
ção do dinheiro, das nações, das religiões, não existisse, se não
então? Definir uma lista detalhada do que é “meu” e do que é “do
houvesse esse elo de ligação, a coexistência seria muito mais
outro”? Com que critérios? Com que objetividade? Não quero
difícil. Porém, tudo isto vem com um preço a pagar: as ficções
dizer que não há espaços naturais para cada profissão e que
determinam, elas próprias, os objetivos da nossa cooperação.
não há diferenças entre elas. Claro que há! O Pedro Maciel, no
Posso cooperar facilmente com alguém com quem partilho de-
seu extraordinário artigo - que assume a perspetiva da fisiote-
terminada ficção; pode é dar-se o caso que essa cooperação
rapia - traça um caminho claro. Um caminho de criação de um
vise um fim que, olhando para a realidade através de outra pers-
espaço próprio assente no valor, na literacia e na comunicação,
petiva, deixe de ser positivo. Se sigo uma religião e isso me leva
não fugindo à evidência de que há zonas cinzentas e zonas de
a cooperar com outros fiéis no sentido de matar os fiéis de outra
partilha. É um caminho em que me revejo, por ser um caminho
religião, isso pode ser positivo sob a minha perspetiva, mas,
de inclusão e não de exclusão. É um caminho difícil e de nego-
está claro, será muito negativo se adotar a perspetiva do outro.
ciação permanente e, por isso, um caminho que não pode ser
Esta reflexão surge-me ao pensar sobre as tensões corpora- gerido seguindo os instintos mais básicos da defesa do território,
tivas que observo, nomeadamente na área da saúde. Essas por mais nobre que pareça ser a história que sempre nos con-
tensões, que tantas vezes desembocam em guerras, assentam taram sobre a primazia que me era devida. Creio que chegou a
em ficções, ficções partilhadas pelos elementos da respetiva hora de todos arregaçarmos as mangas e construirmos pontes.
corporação. Parte dessa ficção, invariavelmente, assenta no Pontes sólidas, duradouras e alicerçadas na boa velha honesti-
dogma do “direito” a uma determinada área/prática/mercado da dade intelectual e que rejeite o egoísmo primário.
minha corporação, direito que não cabe à corporação do lado. O
argumento do “direito” terá razões históricas, científicas, legais,
Um abraço,
e por aí adiante. O problema é que, tipicamente, diferentes cor-
porações utilizam os mesmos argumentos e a mesma lógica, na Hugo Belchior
disputa de determinado pedaço do mercado. Em que ficamos?! CEO Bwizer

3.
Academy.
bwizer ACADEMY

Periodização do
Treino
____ de Força
João Brito e Rafael Oliveira

Durante os últimos anos a necessidade biológica, sendo fundamental no treino da


de desenvolver variações no treino de força (TF) como forma de evitar situações
força começou a tornar-se óbvia, sendo de estagnação (plateau) ou de sobre trei-
diversos os estudos que reportam que a no (overtraining), assim como de permi-
variação do número de séries, repetições, tir repouso suficiente de forma a manter
da velocidade de execução e da intensi- efetivo o ciclo de estímulo-adaptação. O
dade da carga pode produzir maiores ga- ponto de referência mais importante para
nhos. O termo mais popular para designar o planeamento do treino é o conhecimen-
estas variações é o de periodização, ou to do tempo de treino necessário para
João Brito seja, a variação planeada e controlada dar um incremento qualitativo em qual-
–––– das variáveis de um programa de treino. quer das manifestações da força e dos
Doutorado em Ciências do Desporto processos hipertróficos, tendo também
pela Universidade de Lleida,
––––– em consideração o momento em que um
Espanha. Mestre em Exercício e Periodização determinado tipo de carga/estímulo perde
Saúde pela FMH-UTL e Licenciado o seu potencial de adaptação e alcança
em Educação Física pela ISEF- A periodização foi primeiramente desen-
volvida pelos países do leste europeu um plateau ou mesmo um retrocesso nos
UTL. Atualmente, é docente na resultados.
Escola Superior de Desporto de Rio e direcionada para o treino desportivo,
Maior – IPSantarém. Já exerceu apresentando como estrutura de base O modelo clássico de periodização orga-
funções como diretor de formação um período de preparatório/aquisição, niza o planeamento de treino em blocos
do ACSM em Portugal, foi formador um de competição/manutenção e um de de acordo com períodos de tempo es-
de marcas de equipamento como transição. No início do planeamento de pecíficos. Assim, o período mais longo é
Nautilus e StarTrak e diretor técnico
de ginásios e health clubs. treino, o volume era alto e a intensidade designado de macrociclo e tem a duração
baixa. Conforme o calendário se ia de- de cerca de 12 meses. O macrociclo é di-
É ainda autor e co-autor de
senvolvendo variava a dinâmica da carga vidido em blocos de mesociclos (com a
publicações (artigos, livros,
congressos) no âmbito do exercício (intensidade da carga-% em relação ao duração de 1 a 2 meses). Por sua vez, o
físico, saúde e em particular no máximo, nº de repetições, nº de séries, mesociclo é dividido em microciclos (com
âmbito do treino da força. duração do intervalo). a duração média de 4 a 11 dias). Cada
A periodização está baseada no princípio fase do planeamento de treino tem um
da adaptação e de supercompensação objetivo específico e faz parte do plane-
amento anual.

4.
Academy.
bwizer ACADEMY

––––– objetivos principais deste mesociclo são do uma duração entre 3 a 12 semanas.
criar adaptações de base ao nível muscu- Segue-se um quarto mesociclo de curta
Modelos de periodização
lar, articular, tendinoso e cartilagíneo. O duração (1 a 3 semanas) designado de
Modelo de periodização linear mesociclo seguinte tem como objetivo ex- força máxima, com o objetivo de estimu-
O modelo de periodização mais utiliza- plorar as adaptações nervosas (métodos lação dos fatores nervosos (frequência e
do no treino da força aplicado à melho- da taxa de produção de força) através do taxa de ativação, sincronização, coorde-
ria do estado de saúde, perda de peso método baseado no aumento da veloci- nação intra e intermuscular). Finalmente,
corporal e aumento de massa muscular dade de execução na ação muscular con- o quinto mesociclo dedica-se à força re-
encontra-se organizado em blocos de 4 cêntrica (potência muscular), tendo uma sistente, de forma a criar adaptações de
a 5 mesociclos. Este modelo, também duração entre 3 a 8 semanas, podendo cariz oxidativo (estimulação da atividade
designado como modelo linear, é carac- ser integrado juntamente no primeiro me- mitocondrial para tolerância à fadiga)
terizado por apresentar no início um vo- sociclo. Neste mesociclo pode ser intro- com duração entre 3 a 12 semanas.
lume mais elevado (i.e., número elevado duzida alguma variação nos exercícios Após este mesociclo inicia-se um novo
de repetições) e baixa intensidade (i.e., com recurso à utilização de pesos livres bloco de periodização (mesociclos de
carga baixa). Durante o decorrer dos me- e promoção de situações de instabilidade hipertrofia, potência/taxa de produção de
sociclos seguintes a intensidade aumen- executadas logo após os exercícios tra- força, força máxima, força resistente com
ta. Neste modelo, o primeiro mesociclo é dicionais. O terceiro mesociclo pretende utilização de métodos submáximo quasi-
designado de fase de adaptação anató- criar adaptações hipertróficas através -máximos, técnicas avançadas de treino,
mica (duração entre 3 a 8 semanas). Os do incremento da massa muscular, ten- treino misto, métodos reativos, treino
complexo).
Quadro 1. Periodização dos mesociclos O quadro 1 apresenta um exemplo de
periodização dos mesociclos e suas ca-
Mesociclo Adaptação Hipertrofia Potência/ Força Resistência Treino racterísticas genéricas.
anatómica taxa de máxima da força misto*
produção
de força Modelo de periodização não-linear
Séries 1-2 3-5 3-5 3-5 1-3 3-5 Alguns estudos têm demonstrado que o
Reps. 12-15 8-12 6-8 2-6 12-20 2-15 modelo de periodização não-linear pode
Intensidade baixa exaustão alta máxima exaustão variada
ser efetivo quando utilizado em ciclos
de treino mais curtos. Esta periodização
* Utilização do modelo de periodização não-linear.

5.
Academy.
bwizer ACADEMY

é designada de não-linear devido às al- –––––


terações bruscas da carga utilizada. Por
Planeamento
exemplo, um praticante treina com uma
carga de 8 a 10 RM (repetições máximas) O ponto de referência mais importante
na 2ª feira, com uma carga de 3 a 5 RM para o planeamento do treino é o conheci-
na 4ª feira e com uma carga de 12 a 15 mento do tempo de treino necessário para
RM na 6ª feira, durante 12 semanas. As dar um incremento qualitativo em qualquer
12 semanas são seguidas de uma fase das manifestações da força e dos proces-
de repouso ativo (1 a 2 semanas), após a sos hipertróficos. É também importante ter
Rafael Oliveira qual será repetido o ciclo de treino. Este em consideração o momento em que um
–––– tipo de periodização pode ser utilizada determinado tipo de carga/estímulo perde
em modalidades coletivas ou individuais o seu potencial de adaptação e alcança
Doutorando em Ciências do
Desporto (UBI), é Mestre em nas quais existem várias competições im- um plateau ou mesmo um retrocesso nos
Desporto, especialidade em portantes durante a época, semanalmen- resultados.
Condição Física e Saúde pela te ou bi-semanalmente. Ainda pode ser O cliente/atleta deve ser testado/avaliado
ESDRM-IPS e Licenciado em utilizado em praticantes como estratégia no final de cada ciclo para se obterem in-
Desporto, Condição Física e Saúde de variação da rotina de treino, ou como
pela mesma escola; formações para o planeamento do próxi-
método de manutenção das diferentes mo ciclo.
Atualmente, é Diretor Técnico formas de manifestação da força.
do Ginásio BestLife Fitness e Planos de Periodização
coordenador de programas de Com o modelo não-linear as variações
exercício para populações com da intensidade e do volume de treino O planeamento seguidamente apresenta-
condições clínicas ou em fases são mais bruscas de sessão para ses- do foi elaborado com base nas condições
especiais de vida. são. A periodização não-linear consiste sazonais do nosso país, a que correspon-
Autor e Co-autor de publicações em variar a intensidade do treino entre dem determinadas expectativas e preten-
(artigos, livros, congressos) no leve, moderada e alta durante o período sões dos clientes.
âmbito do exercício físico e saúde. de uma ou duas semanas. Este tipo de
periodização visa fundamentalmente a
utilização de exercícios estruturais.

Quadro 2. Periodização dos mesociclos


A periodização está baseada no princípio da adaptação e de supercompensa-
2ª Feira 4ª Feira 6ª Feira
ção biológica sendo fundamental no treino da força (TF) como forma de evitar
Intensidade (RM) 8-10 3-5 12-15
as situações de estagnação (plateau) ou de sobre treino (overtraining) e permi-
Séries 3-4 4-5 3-4
tir repouso suficiente de forma a manter efetivo o ciclo de estímulo-adaptação.
Tempo de intervalo 2 min 3-4 min 1 min

Quadro 3. Plano de periodização para hipertrofia e desenvolvimento da força básica


Semana 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52
Meses Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.
Mesociclos adaptação força hipertrofia hipertrofia hipertrofia força hipertrofia hipertrofia força hipertrofia hipertrofia força

Objetivos anatómica explosiva I II III máxima I TTA* resistente I II explosiva

Séries. 2-3 s 3-5 s 2-5 s 3-5 s 3-5 s 3-5 s 3-5 s 3-5 s 1-3 s 2-5 s 2-5 s 3-5 s

Reps. 12-15 6-8 10-12 8-10 6-8 2-6 10-12 8-15 12-15 10-12 8-10 6-8

Intensidade baixa vel max moder./alta moder./alta alta alta moderada moderada baix/moder. moderada moder./alta vel max

Volume alto moderado moder/alto moder/alto moder/alto moderado moderado moderado/alto alto moder./alto moder./alto moderado

* TTA - Técnicas avançadas de treino de força (promoção de vascularização).

Quadro 4. Plano de periodização para melhoria da resistência da força, perda de peso e tonificação muscular
Semana 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52
Meses Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.
Mesociclos resistência resistência resistência hipertrofia resistência resistência resistência resistência resistência resistência resistência hipertrofia

Objetivos I II III força I II III III I II III força

Séries 1-2 s 1-2 s 2-3 s 2-3 s 1-2 s 1-2 s 2-3 s 2-3 s 1-2 s 1-2 s 2-3 s 2-3 s

Reps 15-20 reps. 12-15 reps. 12-15 reps. 8-10 reps. 15-20 reps. 12-15 reps. 12-15 reps. 12-15 reps. 15-20 reps. 12-15 reps. 12-15 reps. 8-10 reps.

Intensidade baixa moder./alta alta moder./alta baixa moder./alta alta alta baixa moder./alta alta moder./alta

Volume moder./baixo moder./baixo alto moderado moder./baixo moder./baixo alto alto moder./baixo moder./baixo alto moderado

6.
Academy.
bwizer ACADEMY

Saúde. Fisioterapia.
Movimento.
____
Pedro Maciel Barbosa

––––– além, ver o todo que o uno não permite. Esta perspetiva que
deve estar presente no planeamento das políticas e dos recur-
Saúde é o constructo mais forte que a vida nos
sos em saúde, deve estar igualmente presente no momento
oferece. único que constitui a relação entre os profissionais de saúde e
Provérbios e outros lugares comuns da língua portuguesa como os doentes, transpondo para o nosso processo de raciocínio e
“a saúde não tem preço” ou “o saber é para a alma o que a prática clínica as multidimensões que a Saúde daquele doente,
saúde é para o corpo” são bons exemplos da conceptualização naquele momento e naquele contexto implicam.
e interpretação tão lata que a Saúde pode assumir. A Fisioterapia, enquanto profissão de saúde, tem ao longo dos
A sua multidimensão toca em campos tão vastos como a eco- anos trilhado um caminho interessante de crescimento e va-
nomia e produção de riqueza, quer na perspetiva mais comer- lorização social, na saúde internacional e em Portugal. A sua
cial, quer na perspetiva de condição potenciadora individual de maturidade encontra-se no seu posicionamento equilibrado
trabalho humano. Toca a cultura e a sociedade, assumindo uma entre a evidência científica, consumindo-a e produzindo-a, e a
valorização e interpretação tão idiossincrásicas de país para subjetividade inerente às ferramentas de trabalho que possui –
país, de pessoa para pessoa, o que a torna muitas vezes in- raciocínio, movimento e manualidade.
comparável e transcendente. Toca o contexto geográfico e tem- A Fisioterapia constituiu uma das profissões que, pelas suas
poral, deixando um rasto tão inquestionável como variável na características próprias, mais tempo dispõe com as pessoas,
história. Toca o indivíduo no seu lado mais egoísta e no mais que mais impacto direto tem ou pode ter sobre a sua saúde, que
altruísta. Toca a tecnologia e o desenvolvimento, provando in- mais oportunidades em saúde proporciona de um modo efetivo
trinsecamente que o seu valor constituiu o motor mais potente e eficiente, ao utilizar o “movimento” para potenciar a vida de
da evolução humana. cada um.
––––– A Fisioterapia é uma das disciplinas da Saúde que mais com-
A Saúde é o constructo mais complexo que a vida pleta consegue ser na abordagem à saúde e à doença, alcan-
çando respostas potenciadoras do estado de saúde em áreas
nos oferece.
tão diferentes como a Promoção de Saúde ou os problemas de
Quando se fala em Saúde Pública abraça-se esta visão ampla, saúde das áreas Cardio-Respiratória, Neurologia, Músculo-Es-
global, macro, de uma solução que pelo seu impacto obriga a quelética, Oncologia ou Dermato-Funcional.
uma análise de cabeça levantada procurando sempre ver mais
Independentemente da partilha de espaço com outras profis-

8.
Academy.
bwizer ACADEMY

sões de saúde, como as Ciências do dificuldade em se valorizar e refletir en- que têm de arriscar mais. Têm de sair do
Desporto, a Medicina ou mesmo a Enfer- quanto produto, no mencionado mundo seu espaço de conforto, do seu ambiente
magem ou, até, algumas áreas das Tera- cinzento em que outros poderes corpora- fechado e assumirem um papel de clara
pias Alternativas, pela sua especialização tivos e grandes interesses se mobilizam produção e de divulgação abrangente
em Reabilitação e pelo seu domínio de para evitar, esconder, até tentar esquecer e gratuita de conhecimento científico.
saberes e competências específicas, à ou mesmo apagar o contributo da Fisiote- Têm de discutir e refletir em conjunto
Fisioterapia foi e será sempre atribuído rapia, seja pela sua capacidade de fazer conteúdos e domínios de formação que
um papel central na Saúde e em todos lobby, seja pelo viés na demonstração constituirão no curto e médio prazo as
os países. empolada do seu papel que o seu esta- efetivas e eficientes respostas às neces-
Esta divisão, esta partilha de espaços, tuto social facilita. O que não se reflete, sidades em saúde das pessoas, e de se
por vezes cinzenta, entre áreas de atu- não se mede, o que não se mede não se posicionarem como verdadeiros agentes
ação dos diferentes saberes e diferentes avalia, o que não se avalia não se quan- potenciadores da intervenção da e na co-
profissões é geradora de muita discussão tifica e o que não se quantifica não existe munidade e da articulação e complemen-
e reivindicações, pelo que constitui, como nem justifica que nele se invista. taridade entre setores. Porque esse é o
tal, um domínio da Saúde atrativo e cien- Este desafio abraça um fundamento que seu papel fundamental. Formar e Educar,
tificamente interessante. Contudo, será nos deve ser caro: a literacia. Do latim Educar para o futuro.
fundamental perceber que este domínio litteratu (culto, sábio), define-se no di- Este desafio é igualmente especial para
de saberes não é exclusivo da Fisiotera- cionário como a capacidade de adquirir os profissionais. Culturalmente o por-
pia, quer do ponto de vista da honestida- conhecimentos, desenvolver as próprias tuguês é bom a fazer mas tem pouca
de intelectual quanto à produção original potencialidades e participar ativamente apetência para planear. Culturalmente o
do mesmo, quer do ponto de vista cego e na sociedade. português é bom a reclamar e reivindicar,
abstrato da lei. mas tem reduzida capacidade de se mo-
Mas, o papel e o contributo da Fisiote- bilizar de forma construtiva e cívica sobre
A Fisioterapia constituiu uma das os desafios. Cabe aos Fisioterapeutas ir
rapia para a Saúde de uma população
profissões que [...] mais tempo mais além, evoluir para a noção que o
existe e deve ser fundamentalmente ar-
gumentado e defendido através da de- dispõe com as pessoas, que mais valor social e oportunidades que tanto
monstração de conhecimento, formação impacto direto tem ou pode ter reclamam depende do conjunto, e que
e da evidência dos resultados em saúde, sobre a saúde das pessoas, que essa unidade, mesmo que variável no
na economia e na sustentabilidade do modelo de prestação de cuidados e na
mais oportunidades em saúde
SNS que, no seu contexto, proporcionam. área específica de intervenção, merecerá
proporciona de um modo efetivo e sempre uma reflexão global que potencie
Se há argumento imbatível nesta discus-
eficiente, ao utilizar o “movimento” o Movimento no futuro de melhoria da
são é o conhecimento científico, a reitera-
da evidência nos ganhos em saúde e nos para potenciar a vida de cada um. Saúde e do bem-estar das pessoas.
ganhos económicos que tornam o seu
custo de oportunidade uma vantagem
A Fisioterapia deve encarar de vez a ne-
relativamente à concorrência das demais
cessidade de promover a literacia junto
intervenções em saúde.
dos seus profissionais. Literacia pro-
Muitas vezes, associada à “Ciência” da fissional que lhe permita ler o seu valor
Reabilitação, gostava que evoluísse o clínico, literacia científica que lhe permita
seu posicionamento para junto da “Ci- crescer no seu valor científico e em saber
ência do Movimento”, uma “ciência” que medir resultados e impacto da sua inter-
não está assim definida mas que a Fisio- venção, literacia digital que lhe permita
terapia pode e deve desenvolver. A sua registar com facilidade e rigor os valores
relevância e espaço futuros dependerão e os resultados dos seus desempenhos,
da forma como a profissão e os seus literacia económica que lhe permita medir
profissionais se colocarem nesta área e vender o seu produto, e literacia cultu-
do conhecimento, quer através da sua ral que lhe permita ser elevada e educada
formação e obtenção de competências, no ambiente de competitividade feroz que Pedro Maciel Barbosa
quer da sua prática e contributo para o o século XXI representa, com uma peri- ––––
desenvolvimento científico, como tam- gosa deturpação de valores e vontades, Fisioterapeuta e doutorando em
bém do seu papel social. com uma defesa cada vez mais cega dos Saúde Pública pelo Instituto de
Esta reflexão leva-nos de volta à Saúde interesses individuais e corporativos das Saúde Pública da Faculdade de
Pública e à necessidade de darmos um profissões, com um olhar cada vez mais Medicina da Universidade do Porto.
passo atrás para podermos olhar mais curto, parcial e imediatista sobre os pro- Atualmente exerce funções na
além. Enquanto a Fisioterapia não con- blemas, num mundo cada vez mais instá- Unidade Local de Saúde de
vel e desconfiado. Matosinhos, desenvolve prática
seguir incorporar uma noção global de si privada e colabora com a Escola
própria e identificar as variáveis que lhe Este desafio é especial para as Institui- Superior de Saúde do Porto -
estão intrinsecamente associadas, terá ções de Ensino Superior da Fisioterapia Instituto Politécnico do Porto.

9.
Academy.
bwizer ACADEMY

São ilegais os “Contratos de


Fidelização”
____ em ginásios?
Alexandre Miguel Mestre

No final do mês de Agosto diversos media, com bastante ‘es- meses e que a regra deve ser no máximo de um ano.
trondo’, deram conta de que durante o primeiro semestre de E é precisamente no domínio das telecomunicações que encon-
2018 a DECO recebera 215 reclamações, a maioria das quais tramos pistas para responder à questão de saber se é ou não
conexas com os ditos “contratos de fidelização”. Em diferentes ilegal prever-se num contrato celebrado entre um ginásio e um
notícias leu-se mesmo que “a fidelização em ginásios é proibida utente para fidelização deste por um período mínimo. Refiro-me
por lei.”. Prontamente a AGAP reagiu, em comunicado, invocan- em concreto a um Parecer emitido a 11 de Janeiro de 2016, pelo
do a legalidade desses contratos. Observatório do Direito de Consumo (ODC) sobre “Fidelização
Segundo a AGAP, “[o]s contratos de fidelização são legais e em Telecomunicações” .(3)

enquadrados no Acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa Esse Parecer ajuda a explicar duas decisões antagónicas, do
3095/08.5YXLSB.L1-7 de 05.06.2012, desde que seja garantida mesmo tribunal, no espaço de um ano, em torno do mesmo fac-
uma vantagem comercial para o aderente (“1- As cláusulas de to – referimo-nos a dois acórdãos do Tribunal da Relação de
fidelização que garantem a estabilidade económica do predis- Lisboa (TRL) que decidiram, ambos, sobre a validade de uma
ponente têm de conferir, em contrapartida, também vantagens cláusula de fidelização vigente pelo período de um ano.
de ordem comercial ao aderente, …)”.
Em Junho de 2011, o TRL considerou que semelhante cláusula
Permita-se-nos, a este propósito, tentar aclarar, do ponto de vis- revelava “um manifesto desequilíbrio contratual de interesses”,
ta jurídico, o que está em causa quando no contrato de adesão uma vez que o ginásio se limitava “a acautelar os seus inte-
a um ginásio consta uma ‘cláusula de fidelização’, começando resses negociais ao inserir cláusulas padronizadas insuscetí-
por definir o conceito de fidelização (que alguns ginásios, como veis de negociação, conduzindo a uma fidelização forçada dos
que temendo a sua ilegalidade, substituem por “compromisso”, clientes ao longo dos anos sob pena de se verem obrigados ao
“obrigação de permanência” ou “período de permanência ini- pagamento de uma pesada penalização em caso de resolução
cial”). negocial.” No fundo, para o TRL, estando em causa uma cláu-
Sendo a ‘Lei dos Ginásios omissa quanto à figura da fideli-
(1)
sula inserida num contrato de adesão, existiria “uma coação à
zação – desmentindo as referidas notícias que afirmam existir longa duração contratual, levando os clientes a uma fidelização
uma proibição – encontramos uma definição de fidelização na forçada ao longo de anos com receio ou incapacidade financeira
legislação referente às comunicações eletrónicas : “o período
(2)
para prover a tão pesada penalização em caso de quebra con-
durante o qual o consumidor se compromete a não cancelar um tratual”. A razão foi, então, dada ao utente.
contrato ou a alterar as condições acordadas”. Esta lei prevê Por sua vez, o mesmo TRL, em Junho de 2012, no aresto a que
que não pode haver períodos de fidelização superiores a 24 a AGAP fez referência no mencionado comunicado, “fazendo

10.
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Alexandre Miguel Mestre


––––
Advogado, Doutor em Direito
Europeu do Desporto (Edge Hill
University) e Professor Convidado
no domínio do Direito do Desporto
na Universidade Autónoma de
Lisboa, na Universidade Europeia,
na Escola Superior de Desporto de
Rio Maior (todas em Portugal) na
Football Business Academy (Suíça),
no ISDE – Barcelona e no INEFC
(ambas em Espanha). Formador
nas áreas de Ética, Deontologia
e Legislação do Fitness e autor
do livro “Direito do Fitness” (Vida
Económica, 2017).

uma justificação para que se estabeleça um período de dura-


[...] a fidelização em si mesma não é ilegal, podendo até ção efectiva do contrato e o montante da penalização em que
ser simultaneamente favorável ao ginásio e ao utente – incorre o consumidor pelo incumprimento desse período”. Isto
sendo que, enquanto não houver uma alteração à ‘Lei dos porque (iii) “é normal que essa operadora [de telefone ou de
internet] queira rentabilizar o seu ‘investimento’ e, por isso, pro-
Ginásios’ que expressamente delimite a questão da fideli-
ponha um período de fidelização”.
zação, a validade desta terá de ser aferida caso a caso [...].
Mutatis mutandis, diria, um ginásio pode invocar que a fideli-
zação é necessária para ver compensado o seu investimento,
designadamente em recursos humanos, como os Técnicos de
pesar no prato da balança os interesses em jogo” não vislum- Exercício Físico, ou em recursos materiais, como máquinas e
brou “qualquer indesejável desequilíbrio contratual [porque] a demais equipamento, ou ainda no aumento e diversificação
fidelização de um ano vai permitir ao cliente uma série de ser- de serviços prestados – sendo que para poder garantir esse
viços, incluindo diversificação do seu exercício, que outro tipo ressarcimento, o ginásio tem de poder gerir no médio prazo,
de adesão não lhe permitia.” Mais acrescentou que este tipo de e isso implica garantir a retenção dos seus clientes. Para que
prestação “(…) envolve uma série de custos e esforços financei- este argumento colha, o ginásio terá de dar uma contrapartida
ros e humanos que os clientes têm que compensar, por via da económica ao utente. E aí, o preço é o mais óbvio: o cliente
fidelização de um ano. Não existe, pois, qualquer desequilíbrio fica “fidelizado”, mediante a contrapartida de beneficiar de um
entre as prestações contratuais, pois ambas se ajustam na ótica desconto no pagamento das prestações.
de prestador de serviços e do cliente dos mesmos: a título de Tudo visto e ponderado, a fidelização em si mesma não é ile-
exemplo, qualquer cliente não pode querer comprar um Ferrari gal, podendo até ser simultaneamente favorável ao ginásio e
pelo preço de um Fiat.” Com esta forte metáfora, foi, desta feita, ao utente – sendo que, enquanto não houver uma alteração à
dada razão ao ginásio. ‘Lei dos Ginásios’ que expressamente delimite a questão da
Perante este “empate” e aguardando-se nova jurisprudência, o fidelização, a validade desta terá de ser aferida caso a caso,
parecer do ODC mantém, mais de dois anos depois, projeção contrato a contrato, ginásio a ginásio, não devendo haver lugar
e utilidade para a realidade dos ginásios, ao transmitir, no es- a generalizações nem a conclusões categóricas e dogmáticas.
sencial, o seguinte: (i) “o consumidor não pode ficar obrigado
a contratar por períodos anormalmente elevados”; mas (ii) “se
há um benefício extraordinário concedido ao consumidor, há Referências .................. p.20

11.
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Dieta Cetogênica – estará


o segredo na gordura?
____
César Leão

hidratos de carbono é induzir um estado de cetose nutricional,


[…] uma dieta com um consumo de 20 a 50 gramas/ onde como consequência da degradação dos ácidos gordos
dia de hidratos de carbono, sendo que em termos de para obtenção de energia, há um aumento benigno das cetonas
distribuição percentual pelos macronutrientes encon- circulantes na corrente sanguínea.
tramos uma composição de 15-20 % do Valor Calórico O excesso de peso e a obesidade têm vindo a atingir níveis
Total (VCT) em proteína, de 5-10% do VCT em hidratos de históricos e alarmantes. No mesmo sentido, encontramos tam-
carbono e o restante em gordura. bém um aumento da prevalência de doenças crónicas como a
diabetes e o cancro, que têm na obesidade um dos principais
fatores de risco . Devido a essa associação, cada vez mais a
(5)

prevenção e o tratamento incluem a mudança de hábitos ali-


Apesar da atenção que tem tido nos últimos anos, a dieta ceto- mentares . Por essa razão, a procura de uma panaceia univer-
(6)

gênica não é propriamente uma novidade. Desde que em 1906 sal que resolva todos esses problemas, tem sido utilizado como
Stefasson observou os hábitos alimentares dos Inuit , os pos-
(1)

instrumento de marketing de muitas dietas.


síveis efeitos positivos de uma dieta mais rica em gordura têm
sido propalados. Além da sua utilização clinica no tratamento Apesar de haver uma série de mecanismos que podem conduzir
da epilepsia infantil , existe atualmente muito interesse sobre a
(2) ao aumento de peso, é bem aceite pela comunidade científica
possível utilização desta dieta para o tratamento de várias do- que a principal razão para que a acumulação de tecido adiposo
enças, como o cancro e a diabetes, assim como método de per- aconteça se prende com um desequilíbrio calórico, ou seja, com
da de peso . Neste artigo iremos sobretudo tentar desmistificar
(3) uma ingestão de calorias maior do que as que são despendidas
algumas ideias relacionadas com a sua utilização para a perda pelo organismo . Esta teoria foi nomeada de CiCo – calories
(7)

de peso, bem como a sua utilização para melhorar o rendimento in calories out. No entanto, nos últimos tempos, tem-se assis-
desportivo. tido ao regresso de uma “nova” hipótese, a teoria insulínica.
Esta defende que a acumulação de gordura acontece devido
Não existe um acordo sobre exatamente o que deve ser consi- ao aumento de produção de insulina, associado a um excesso
derado uma dieta cetogênica, sendo que a definição que mais de consumo de hidratos de carbono. Nesse modelo postula-se
consenso reúne refere que é uma dieta com um consumo de 20 que, diminuindo o consumo de hidratos de carbono, se assiste a
a 50 gramas/dia de hidratos de carbono, sendo que em termos uma diminuição da produção de insulina, pelo que para a mes-
de distribuição percentual pelos macronutrientes encontramos ma ingestão calórica haverá uma maior perda de peso . (8)

uma composição de 15-20 % do Valor Calórico Total (VCT) em


proteína, de 5-10% do VCT em hidratos de carbono e o res- Talvez o maior proponente desta teoria, ou pelo menos o que
tante em gordura . O que se pretende com esta restrição em
(4) mais atenção pública teve, foi o Dr. Atkins. Foi ele que nos anos
70 editou um livro para perda de peso denominado “Dr. Atkins

12.
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Diet Revolution” que popularizou as dietas extremamente bai- Quando analisamos atentamente os estudos já realizados per-
xas em hidratos de carbono. cebemos que, desde que o valor calórico total e a quantidade
Nos últimos tempos, sobretudo pelo trabalho de alguns inves- de proteína ingerida seja idêntica, não existe vantagem a longo
tigadores como Noakes e Volek, têm surgido uma série de tra- prazo de uma dieta rica em gorduras relativamente a uma dieta
balhos que tentam mostrar a superioridade destas dietas rela- rica em hidratos de carbono . Eventualmente, dietas ricas em
(15)

tivamente a outras . Algumas das razões propostas para esta


(9) proteína poderão ser interessantes na perda de peso, indepen-
vantagem prendem-se com uma suposta vantagem metabólica dentemente da distribuição dos outros macronutrientes . (16-18)

e por permitir um maior controlo da ingestão calórica devido à Concluindo, o principal fator para o sucesso de qualquer perda
supressão do apetite. de peso continua a ser o fator adesão, que varia consoante a
Relativamente à vantagem metabólica das dietas cetogênicas, pessoa em questão .(19)

ou seja, um maior gasto energético associado apenas à dis- Além da utilização para a perda de peso, tem-se observado
tribuição dos macronutrientes, foi recentemente demonstrado uma cada vez maior utilização deste tipo de alimentação como
que, se existir, essa vantagem não é significativa . Aliás, se
(10)
ferramenta para aumento do rendimento desportivo. E, mais
considerarmos o fator térmico dos alimentos, que corresponde uma vez, não sendo uma temática recente , têm ressurgido
(20)

à energia despendida pelo organismo no processo de utilização nos últimos tempos, também fruto de uma exposição mediática
do alimento, como uma das razões para um possível aumen- que leva a que se tirem conclusões diferentes das expressas na
to desse gasto calórico, também não encontramos razão para literatura científica.
que essa vantagem metabólica exista. Dos 3 macronutrientes, Mesmo assim, e apesar da explosão de trabalhos nesta área,
a gordura é o que menos energia necessita para a conclusão apenas se encontraram evidências sugestivas da sua utilização
do seu processo de digestão, enquanto que a proteína, com em modalidades de fisioculturismo e de endurance . (21)

gastos que podem ir até 30% do valor total ingerido é o que


(11)

gera maior dispêndio. Aquilo que temos hoje são apenas algumas vantagens associa-
das à utilização de dietas cetogênicas em determinados eventos
Outra razão para que se observem resultados interessantes no desportivos , como sejam os eventos de ultra-endurance (>42
(22)

que diz respeito à perda de peso tem a ver com a diminuição km) por etapas em autossuficiência. E mesmo considerando
do apetite associada a estas dietas . O aumento da circulação
(12)

que as eventuais vantagens estariam associadas a eventos de


de cetonas na corrente sanguínea poderá ser o responsável por maior duração, ainda assim não parece que existam vantagens
esse maior controlo do apetite . Por outro lado , sabendo nós
(13)

evidentes em eventos também considerados de endurance . (23)

que a proteína é o nutriente mais saciante , esse efeito pode


(14)

estar relacionado com o aumento da ingestão acima do preten- Apesar de se observarem adaptações fisiológicas interessantes
dido nessas dietas. do ponto de vista atlético, como um aumento da oxidação da

13.
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gordura no músculo , essas mesmas adaptações não permitem inferir que haverá
(24)

uma melhoria do rendimento desportivo. Sabendo que até uma maratona se desen-
rola a uma intensidade de 80 a 90% do VO2 máx. e que o quociente respiratório varia
entre 0,95 e 0,97, podemos concluir que o sucesso competitivo depende sobretudo da
capacidade de oxidar glicose. Esta associação torna-se ainda mais explícita quando
sabemos que há um maior consumo de O2 na oxidação de ácidos gordos livres relati-
vamente à oxidação da glicose, conduzindo a piores resultados no que diz respeito à
economia de esforço , um aspeto fundamental no sucesso de um atleta .
(23) (25)

Nesse sentido, parece haver interesse em manipular (periodizar) o consumo de hidra-


César Leão tos de carbono de acordo com a altura da época, de forma a maximizar as adaptações
–––– pretendidas, sem colocar em causa o rendimento do atleta nas fases fulcrais da época
Licenciado em Ciências da Nutrição desportiva . (26)

pela Faculdade de Ciências Um dos maiores problemas desta dieta é a sua taxa de retenção. Nos estudos em que
da Nutrição e Alimentação da
Universidade do Porto (FCNAUP). a retenção foi avaliada, a mesma não ultrapassava os 45%, muito devido à sua limi-
Mestrado em Treino Desportivo tação de escolhas e à sua baixa palatabilidade . Aliás, a nossa aceitabilidade desta
(27)

pelo Escola Superior de Desporto dieta pode estar muito associada a ideias preconcebidas sobre o que devemos comer
e Lazer – Instituto Politécnico de e que tipo de alimentos são menos indicados para nós, levando a que haja uma rejei-
Viana do Castelo ção da mesma . Podemos ficar com uma ideia do que será um dia típico de alguém
(28)

Nutricionista do Futebol Clube de que segue um plano destes com o exemplo abaixo.
Paços de Ferreira e da Federação
Portuguesa de Voleibol.
Nutricionista Clínico e assistente Plano alimentar para 2500 kcal, com uma distribuição de 19,7% Proteína / 4 %
convidado do Instituto Politécnico HC / 75% gordura
de Viana do Castelo
Refeição Descrição Composição Nutricional
Pequeno-almoço 100 g abacate Calorias – 700,7 kcal
100 g bacon grelhado Proteína – 31,8 g
1 ovos mexidos H.C. – 7,5 g
10 g azeite Gordura – 58,6 g
75 g framboesa
Almoço 200 g brócolos Calorias – 602,2 kcal
120 g vaca grelhada Proteína – 39,6 g
100 g abacate H.C. – 4,9 g
20 g azeite Gordura – 41,3 g
Lanche 20 g nozes Calorias – 608,4 kcal
75 g framboesas Proteína – 37,1 g
100 g queijo flamengo normal H.C. – 7,6 g
1 ovo cozido Gordura – 45,8 g
Jantar 200 g couve lombarda cozida Calorias – 610,23kcal
100 g salmão Proteína – 27,8 g
100 g abacate H.C. – 5,1 g
20 g azeite Gordura – 53,3 g

Fonte: Tabela de Composição dos Alimentos - INSA

Concluindo, a dieta cetogênica não parece ser a resposta final para o problema do ex-
cesso de peso. Apresenta-se como uma alternativa que, quando ajustada às preferên-
cias da pessoa, poderá ser utilizada para controlar a ingestão calórica e nesse sentido
conseguir os resultados pretendidos. Já no que diz respeito ao rendimento desportivo
para o atleta competitivo, não chega sequer a ser uma alternativa para o dia a dia. Ao
longo da época desportiva pode ser utilizada pontualmente, especialmente nos perí-
odos não competitivos, podendo contribuir para algumas adaptações fisiológicas que
podem ser interessantes no futuro. Ainda sim, parecem existir melhores opções para
obter esses mesmos resultados, sendo que também aqui a escolha deverá ser sempre
uma prerrogativa do atleta.
Referências .................. p.20

14.
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Tratamento e Prevenção
de Pubalgia Crónica
____
Pedro Alves

tal como pelo tempo necessário para o tratamento conservador


Nós, fisioterapeutas, apresentamo-nos como peças (média de 9 meses). Não existe um consenso concreto na lite-
ratura sobre como a pubalgia realmente se inicia e quais são os
fundamentais para recuperação das alterações na
fatores principais que predispõem a lesão, no entanto, dentro
pubalgia, sendo que 95% dos casos são de sucesso, dos fatores intrínsecos destacam-se: alterações biomecânicas
sem necessidade de intervenção cirúrgica. da pélvis; alterações na musculatura adutora; alterações na
musculatura isquiotibial e alterações coxofemorais.
De um forma isolada ou combinada todos estes fatores desen-
cadeiam desequilíbrios musculares importantes que a longo
A dor na região da virilha e da púbis é bastante comum em atle- prazo provocam processos inflamatórios músculo-tendinosos
tas de alta competição e representa uma das principais causas e alterações biomecânicas articulares, muito observadas em
para a interrupção prolongada de atividade física. É comum nas atletas, tais como alteração no posicionamento articular da pú-
modalidades que exijam mudanças bruscas de direção, movi- bis (osteíte púbica), alteração do complexo lombo-pélvico (ex.
mento de pontapear, acelerações e desacelerações repentinas. horizontalização do sacro), encurtamento da cadeia posterior
É recorrente nos desportos como o atletismo, mas está sobretu- (musculatura isquiotibial), lesões músculo-tendinosas na mus-
do presente no mundo do futebol. culatura adutora (ex. tendinopatias), estrutura muscular esta-
bilizadora enfraquecida (musculatura abdominal) e alterações
Os sintomas são de difícil avaliação e, em muitas situações,
na articulação coxofemoral (conflito femoroacetabular do tipo vi-
associados a outras patologias como lesão osteoarticular co-
king com compressão e encurtamento das cadeias musculares
xofemoral, conflito femoroacetabular, hérnia inguinal e lesões
antero-internas da anca).
musculo-tendinosas na região adutora. Sendo uma patologia
de carácter crónico, a pubalgia é assim definida como uma dor –––––
na região inguino-púbica, normalmente unilateral, com possível
irradiação para a parte medial da coxa até ao joelho e também
Tratamento conservador para Pubalgia
para a região púbica. Nós, fisioterapeutas, apresentamo-nos como peças fundamen-
tais para recuperação das alterações na pubalgia, sendo que
––––– 95% dos casos são de sucesso, sem necessidade de interven-
Entender as possíveis causas para Pubalgia ção cirúrgica. De um modo comum e transversal, os atletas
sobretudo os futebolistas apresentam na sua sintomatologia
A pubalgia é interpretada tanto pelo atleta como pelo fisiotera-
encurtamentos musculares importantes (cadeia posterior e
peuta como uma lesão “monstra” pelo seu difícil diagnóstico,

15.
Academy.
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Figura 1 Figura 2

musculatura adutora), desequilíbrios de força (musculatura ab- permite assegurar a estabilidade muscular necessária para ga-
dominal vs. musculatura adutora) e alterações posturais (ins- rantir potência e capacidade na corrida (acelerações vs. desa-
tabilidade no complexo lombo-pélvico). Assim, o processo de celerações).
reabilitação conservadora centra-se em 4 objetivos fulcrais. Importante também para o sucesso da recuperação o trabalho
1º objetivo: “estabilidade muscular” - procurar no atleta a de reeducação de gestos específicos que o atleta executa den-
maior ponte de equilíbrio entre a musculatura encurtada tro de campo como correr, mas sobretudo melhorar e ajustar a
(melhorar a amplitude elástica através de flexibilidade) com técnica de remate (no caso dos futebolistas).
reforço muscular das estruturas musculares estabilizadoras
(estrutura abdominal). –––––
2º objetivo: “melhorar a flexibilidade” de toda a musculatura Prevenção para a Pubalgia
com relação direta com a púbis ex. cadeia antero-interna da Apresentando-se esta patologia com um processo de recupe-
anca (ver figura 1). ração lento e variadas estruturas afetadas, torna-se essencial
3º objetivo: “fortalecimento muscular” das estruturas que desenvolver com os atletas um trabalho individual e coletivo
permitem estabilização central (core) como as estruturas com foco na prevenção de lesão e ajustado às tarefas especifi-
abdominais, musculatura extensora da anca, musculatura cas que executa. Como diz o provérbio “mais vale prevenir que
profunda e musculatura estabilizadora paravertebral. remediar” e no mundo desportivo a profilaxia deve ser o foco
fundamental para qualquer fisioterapeuta.
4º objetivo: “trabalho funcional global” com exercícios plio-
métricos ajustados à prática desportiva e específicos às No que respeita à prevenção de pubalgia relacionada com o
funções que desempenha dentro de campo, com objetivo futebol existem 6 objetivos fundamentais a serem aplicados aos
diminuir os desequilíbrios musculares. atletas longitudinalmente dentro do macrociclo da época des-
portiva.
Dentro dos 4 objetivos fulcrais o raciocínio centra-se em reedu-
car as estruturas musculares em desequilíbrio, sendo que tra- 1º objetivo: treino de flexibilidade. Desenvolver e aplicar um
balho de reeducação postural global é essencial para dinamizar trabalho constante de flexibilidade aos grupos musculares
o maior número de estruturas afetadas. O trabalho postural da envolvidos diretamente e indiretamente com a púbis.
cadeia póstero-interna (ver figura 2), permite melhorar o contro- 2º objetivo: Reeducação constante das cadeias muscula-
lo neuromotor dos adutores que pode ser complementado com res. Promover e manter um trabalho de reforço muscular
trabalho de reforço específico abdominal. O trabalho postural específico das estruturas hipo-ativas para sustentação dos
da cadeia posterior é essencial (ver figura 3) para melhorar o fenómenos de instabilidade articular.
encurtamento comum da cadeia posterior (que segundo Bus- 3º objetivo: Mobilidade articular geral. Promover exercícios
quet é a principal causa para a pubalgia). O trabalho postural de mobilidade articular com diversos estímulos para ganho
associado a fortalecimento das estruturas extensoras da anca de amplitude de movimento, sobretudo para os membros
inferiores.

É comum nas modalidades que exijam mudanças brus- 4º objetivo: Treino de coordenação e lateralidade. Promover
exercícios bilaterais que possibilitem diminuir os constantes
cas de direção, movimento de pontapear, acelerações
apoios unipodais e solicitação homolateral. Exercícios de
e desacelerações repentinas, recorrente nos desportos coordenação com estímulos proprioceptivos lombo-pélvicos
como o atletismo, mas sobretudo presente no mundo de forma a melhorar a estabilidade pélvica.
do futebol. 5º objetivo: Proporcionar condições extrínsecas adequadas
ao exercício físico. Procurar o melhor calçado e campo de

16.
Academy.
bwizer ACADEMY

Pedro Alves
––––
Licenciado em Fisioterapia pela
Universidade Fernando Pessoa.
Pós-Graduado em Fisioterapia
Desportiva pela Faculdade de
Motricidade Humana.
A sua área de formação e
intervenção está direcionada para
a reabilitação musculoesquelética
desportiva com foco na Terapia
Manual. Entre vários projetos e
clubes que abraçou, atualmente é
co-responsável pelas modalidades
do clube dos Galitos de Aveiro
(Natação, Basquetebol, Remo,
Duatlo, Triatlo).
Co-Fundador da “Fisiomanual –
Figura 3 clínica de terapias manuais”, onde
trabalha na recuperação de atletas
de todas as modalidades.
É também Professor Universitário
treino adequado para os atletas. Discutir e planear com a equipa técnica volumes, da ESSUA – Universidade de
intensidades e ritmos de treino ajustados aos atletas e às fases competitivas. Aveiro.
6º objetivo: alertar para o cuidado do estado geral de saúde (ex. infeções bucais,
alterações nutricionais).
Como fisioterapeutas, a nossa missão no desporto não deve ser condicionada ape-
nas e só a tratar e reabilitar, mas ser focada em desenvolver em equipa planos de
ação com tarefas e exercícios (mobilidade, flexibilidade, fortalecimento, coordenação,
proprioceptividade, pliometria, etc.) que permitam prevenir a patologia e potenciar a
performance geral do atleta.

Referências .................. p.20

17.
Academy.
À conversa com...

À conversa com
Prof. Doutor José
Pinto
____ da Costa

18.
À conversa com...

as causas.
A melhor maneira de aprender, é ensinar, é transmitir E a saúde, que parece estar envolta em muitas dificulda-
o conhecimento que a experiência nos vai permitindo des, como a vê?
acumular ao longo do tempo. O grande problema da saúde é o da saúde mental, cuja de-
ficiência se confronta com inúmeras situações negativas da
sociedade como a violência doméstica nos seus mais diversos
comportamentos, culminando no homicídio e no suicídio.
Quando lhe pedem para se apresentar, o que diz? Como
sintetiza mais de 80 anos de vida como médico? Um dos traços que lhe são atribuídos é o humor e a ca-
Em regra, as pessoas dizem que eu não preciso de apresen- pacidade de entusiasmar audiências. É algo que sempre
tação. Mas para quem quiser a minha apresentação digo que teve ou veio com a experiência?
sou médico. Sem humor a pessoa é um cadáver adiado, a quem pouco tem-
Ser médico era uma vocação clara ou foi algo que, ape- po falta para finar. O humor é o lubrificante da comunicação
entre as pessoas, prolongando-lhes o bem-estar e a probabili-
nas, aconteceu?
dade de vida. Sou estruturalmente otimista e alegre e sempre
Ser médico foi a única opção que escolhi como própria, desde me foi atribuído um certo humor, cujo carácter familiar prova a
que me lembro, talvez com quatro ou cinco anos. Provavelmen- influência genética. A experiência de vida não aumenta o humor,
te, influenciado pelo respeito e atitudes elogiosas a um meu pa- mas facilita o seu apreço pelos outros e a tolerância para certas
rente notável, um médico e professor da Faculdade de Medicina afirmações ou respostas. A brincar vão-se dizendo as verdades.
do Porto. Todos temos as nossas referências e não raras vezes
são cultivadas pela família.
Como entra a Medicina Legal na sua vida?
A Medicina legal, como aplicação de conhecimentos biopsico-
lógicos ao direito, na interpretação do comportamento humano
perante as leis, preencheu a minha particular atenção para a
justeza da pessoa humana como ser social. Inicialmente a me-
dicina legal entrou na minha vida de manhã pela realização de
autópsias e na parte da tarde pelo exame de pessoas vivas para
realização do dano sofrido nas mais diversas situações. O apro-
fundamento das múltiplas questões envolvidas foi surgindo e,
progressivamente, a necessidade de melhorar o que traz mais
entusiasmo e gratificação.
E, tendo lidado tanto com a morte, o que este contexto lhe
ensinou sobre a vida?
O lidar com a morte cria mecanismos de rejeição que estimulam
o prazer de viver, aproveitando o momento que passa e que Sem humor a pessoa é um cadáver adiado, a quem
não volta.
pouco tempo falta para finar.
Uma dimensão crítica da sua vida tem sido o ensino. Por-
quê esta ligação tão profunda?
A melhor maneira de aprender, é ensinar, é transmitir o conheci- É uma figura muito conhecida. Já teve algum episódio ca-
mento que a experiência nos vai permitindo acumular ao longo ricato na rua?
do tempo. Os alunos foram sempre uma motivação forte de re-
flexão e de aprendizagem. Não tive nenhum episódio caricato na rua, no sentido do cómi-
co ou grutesco, ridículo, burlesco ou irrisório. Com o correr do
Encontra diferenças entre os estudantes de hoje e do iní- tempo, situações outrora caricatas atualmente são vulgares. O
cio da sua carreira? Olha para trás com saudosismo ou critério da normalidade é definido pelas maiorias e nesse sen-
pensa que as gerações atuais não comparam mal com as tido continuo a ser apelidado de Pai Natal pelas crianças, nos
anteriores? locais públicos.
Não são melhores nem piores, são estruturalmente diferentes, Projetos para o futuro.
com múltipla informação disponível, nem sempre facilmente as-
similável em confronto com a idade. O futuro está a ser constru- Continuar a viver, a aprender e a ensinar num ciclo vicioso que
ído pelos jovens, na sua dimensão sociocultural. desejo que seja mais do que simplesmente o dia seguinte, e que
isto seja por muitos anos, pois gosto muito de viver.
Como vê o ensino da medicina hoje, em Portugal?
Muito mais técnico que humanista. O futuro será o de uma me-
dicina integrativa que não trate só os sintomas, mas sobretudo

19.
Referências Bibliográficas.

São ilegais os “Contratos de Fidelização” em ginásios? diet impairs exercise economy and negates the performance benefit from intensified
training in elite race walkers. J Physiol. 2016:1-61. doi:10.1113/JP273230
––––– 24. Yeo WK, Carey AL, Burke L, Spriet LL, Hawley J a. Fat adaptation in well-trai-
ned athletes: effects on cell metabolism. Appl Physiol Nutr Metab. 2011;36(1):12-22.
1. Cf. Lei n.º 39/2012, de 28 de Agosto - Aprova o regime da responsabilidade doi:10.1139/H10-089
técnica pela direção e orientação das atividades desportivas desenvolvidas nas 25. Jones AM. The Physiology of the World Record Holder for the Women’s Mara-
instalações desportivas que prestam serviços desportivos na área da manutenção thon. Int J Sports Sci Coach. 2006;1(2).
da condição física (fitness), designadamente aos ginásios, academias ou clubes de 26. Jeukendrup AE. Periodized Nutrition for Athletes. Sport Med. 2017. doi:10.1007/
saúde (healthclubs), e revoga o Decreto-Lei n.º 271/2009, de 1 de outubro. s40279-017-0694-2
2. Cf. Lei n.º 15/2016, de 17 de Junho – “Reforça a proteção dos consumidores 27. Ye F, Li XJ, Jiang WL, Sun H Bin, Liu J. Efficacy of and patient compliance with
nos contratos de prestação de serviços de comunicações eletrónicas com período a ketogenic diet in adults with intractable epilepsy: A meta-analysis. J Clin Neurol.
de fidelização (décima segunda alteração à Lei n.º 5/2004, de 10 de Fevereiro - Lei 2015;11(1):26-31. doi:10.3988/jcn.2015.11.1.26
das Comunicações Eletrónicas).” 28. Chatterton S. The effect of an 8-week low carbohydrate high fat diet on maximal
3. Cf. Parecer 04.2016/MA, disponível no site da Ordem dos Advogados: https:// strength performance, body composition and diet acceptability in sub-elite Olympic
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DIETA CETOGÊNICA – Estará o segredo na gordura? Tratamento e Prevenção de Pubalgia Crónica.


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Cinésica do Instrutor de Fitness. Motricidade. 2014;10(1):77-87.

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Entrevista.

Entrevista
Glenn
____ Withers

Glenn Withers é fisioterapeuta, diretor co-fundadora da APPI, a Elisa Withers. A


e fundador da Australian Physiotherapy Elisa já incorporava o Pilates nas suas O método APPI é agora usado
and Pilates Institute (APPI), co-criador do aulas de ballet clássico há muitos anos. em tantas, variadas e excitantes
famoso APPI Method e diretor dos cen- Ora, quando sofri uma lesão nas costas áreas que precisávamos criar
tros clínicos do grupo APPI. a praticar desporto, a Elisa convenceu-
uma formação estruturada nessas
Estivemos à conversa com ele para o -me a tentar o pilates. Na altura, ainda
frequentava a escola de fisioterapia e, áreas. Quando desenvolvemos um
conhecermos melhor. Ficamos a saber
para ser honesto, não tinha certeza que programa, passamos anos a refiná-lo
como tudo surgiu, o que está hoje a acon-
tecer e como será o futuro. o pilates me ajudaria, mas como os mé- nos nossos centros de tratamento,
todos mais “tradicionais” não estavam a de forma a garantir que o mesmo tem
Acompanhe-nos durante as próximas pá- dar resposta ao meu problema, comecei
ginas - vão valer a pena. resultados na população em questão.
a experimentar o Pilates e a verdade é
Como é que um fisioterapeuta austra- que o resultado foi excelente.
liano acaba por fazer uma carreira em
O que viu no Pilates que captou a carecia de clareza e não respondia às
Inglaterra?
sua atenção? mudanças no movimento em indivíduos
Uma questão interessante. Eu e a Elisa após um episódio de dor. Portanto, revisi-
Eu vi um ótimo método de movimento,
viemos para Inglaterra com uma bolsa de tamos toda a evidência disponível sobre
que permitia às pessoas alcançarem uma
estudos da Australian Physiotherapy As- dor e movimento.
liberdade de movimentos que não era
sociation, para investigar se o Pilates se-
possível com os exercícios “tradicionais”. De facto, compreendemos que os dese-
ria adequado para a reabilitação. E, com
O uso de imagens visuais, do movimento quilíbrios neuromusculares e a mecânica
efeito, após um ano de um programa de
como a principal ferramenta e da forma da lesão eram factores vitais. Vimos que
treino em Pilates, tivemos a oportunidade
como o fluxo do movimento permite que a no treino clássico muitos dos movimentos
de apresentar uma primeira versão do
pessoa se sinta energizada, pareceu-me tinham alavancas demasiado longas e
projeto no hospital local em que estáva-
fantástico. uma carga muito alta no disco vertebral,
mos a trabalhar. A partir daí, percebemos
a enorme necessidade que existia por um especialmente da parte inferior da coluna.
O Glenn e a Elisa transformaram o Como resultado, não era indicado usá-los
programa de reabilitação específico e co-
Pilates clássico em algo diferente. para muitos dos nossos pacientes em fi-
meçamos a criar o Método APPI.
Que trabalho desenvolveram e o que sioterapia. Então, decidimos rever todos
O Pilates entrou na sua vida antes resultou disso? os movimentos com base em 3 aspectos:
da criação da APPI. Como e quando Apesar de reconhecermos, desde o iní- 1) Dor – qual o papel da inibição da dor
aconteceu? cio, que o pilates na reabilitação seria e da inibição dos reflexos, assim como
O Pilates entrou na minha vida através da muito interessante, percebemos que este quais os músculos que estão realmente a

22.
Entrevista.

trabalhar em cada movimento/ exercício. vimento. Temos quase 40 médicos nos cadas e ouvimos tiros durante a noite.
2) Patologia – avaliar sempre o impacto nossos centros, oferecemos mais de 100 Então, eu e a Elisa arrumamos as nos-
do exercício de pilates na patologia/ dis- aulas por semana, 17.000 aulas por ano, sas coisas e dirigimo-nos para o estúdio
função que o indivíduo apresenta. Como pelo que temos mais de 25.000 clientes em Hampstead. Éramos novos em Lon-
resultado criamos as indicações, precau- por ano. Além disso, oferecemos serviços dres, investimos todo o nosso dinheiro
ções e contraindicações do método APPI. de fisioterapia e de pilates para o English no estúdio para o tornar rentável e, por
National Ballet, já proporcionamos reabi- isso, não conseguíamos alugar nenhum
3) Função - decidimos que queríamos litação de Pilates para o Tottenham Hots- apartamento para viver. Assim, optamos
que o método APPI visasse primaria- pur FC e Brentford FC, fisioterapia para por viver no estudio durante a sua reno-
mente a reabilitação dos pacientes para a British Bobsleigh team, programas de vação e o seu primeiro mês de abertura.
que estes atingissem a sua plena função. pilates para o English Institute of Sport Tomávamos banho no ginásio, comíamos
Não queríamos um método de treino que e programas de pilates à medida para comida de um furgão local (pelo que fi-
apenas garantisse um corpo tonificado. o Manchester United, Manchester City e camos gravemente doentes depois de al-
Portanto, analisamos cada exercício e Arsenal FC. gumas semanas com a mesma comida!),
tentamos vinculá-lo a um padrão de mo- E lá sobrevivemos até que pudéssemos
vimento funcional específico que ajudaria Produtos – A nossa divisão de produtos
é uma empresa especialista em produ- pagar um apartamento para morar.
as pessoas a moverem-se melhor. Desta
forma, cada exercício deve ser escolhido tos baseados em pilates que utiliza todo
Quando começou, qual era o seu
com um objetivo claro que é direcionado o nosso conhecimento clínico e de edu-
sonho para a APPI?
para as necessidades do cliente. cação para fornecer uma variedade de
pequenos produtos escolhidos a dedo, Uma boa pergunta. Honestamente, não
Posto isto, nasceu a APPI. Em como livros, DVD’s e acessórios para o planeamos muito. Eu e a Elisa apenas
Portugal, é sobretudo conhecida instrutor de classes ou aluno. Com efeito, sabíamos que os fisioterapeutas de-
na criação e gestão dos nossos centros, veriam ter uma versão do pilates mais
pelo seu lado educacional, mas
sentíamos que os pequenos equipamen- detalhada e focada na componente clí-
é muito mais do que isso. Pode
tos, como bolas, bandas elásticas, círcu- nica, com foco na anatomia e fisiologia.
apresentar-nos a instituição? Queríamos criar algo único, algo focado
los, tapetes, tubos, meias e roupas eram
A APPI Healthgroup expressa-se em 3 superfaturados e que não tinham muita na pesquisa e adaptado à indústria em
dimensões: Educação, Clínicas e Produ- qualidade. Por isso, decidimos encontrar que trabalhamos. Mas mais do que isto
tos. os melhores produtos, comercializa-los e não planeamos. Apenas evoluiu. Éramos
Educação – somos hoje uma das maio- cobrar um preço mais acessível. Todos jovens, estávamos abertos a qualquer
res instituições de formação em pilates os nossos produtos foram testados nos oportunidade, trabalhávamos duro, 7
no mundo. Anualmente, temos mais de nossos estúdios durante meses, antes dias por semana, cerca de 15-18 horas
5000 pessoas nos nossos cursos e ope- de os colocarmos no mercado, de for- por dia e simplesmente continuávamos
ramos em 22 países. Estamos a alcançar ma a garantirmos qualidade e robustez [penso eu!]
novos países a cada um ou dois meses. no seu uso. Consultamos os nossos clí-
nicos para feedback e aconselhamento, Montar uma clínica pode ser um
Também estamos a aumentar os nossos
conteúdos online e a criar uma platafor- para garantir que não vendemos nenhum passo lógico para um fisioterapeuta
ma de aprendizagem brilhante, para que produto que não esteja a ser usado nos com um lado empreendedor, mas
pessoas em todos os lugares do mundo nossos centros. Todos os produtos estão como é que a parte educacional da
possam aceder à grande variedade de disponíveis online, através do nosso site APPI ganhou vida?
cursos, aulas e DVD’s que temos dispo- ou dos nossos parceiros internacionais. Como mencionei anteriormente, o lado
níveis para download. Atualmente, ofere- educacional evoluiu da nossa bolsa de
cemos cerca de 30 módulos/ cursos dife- É verdade que quando abriu a
estudos. Nós fizemos o “treino clássico”
rentes e, nos próximos anos, queremos sua primeira clínica, dormia lá?
que, honestamente, adoramos. No entan-
disponibiliza-los na totalidade para todos Como descreve esses primeiros to, vimos que muito do conteúdo teórico
os que a eles queiram aceder. momentos? não estava ao nível do conhecimento de
Clínicas - operamos das maiores clínicas Ah, sim isso é verdade. Nós morávamos um fisioterapeuta. A anatomia era muito
em toda a Inglaterra: estão localizadas em Cambridge, uma cidade a uma hora básica, havia muito pouca pesquisa so-
em Londres, Hampstead e Wimbledon. de Londres. Quando decidimos abrir a bre os movimentos, muito pouca ligação
Cada local tem salas de tratamento pri- clínica em Hampstead (as nossas primei- à dor e à patologia e pouquíssimo trans-
vativas; um estúdio de Matwork, yoga e ras instalações físicas), precisávamos de fer para a prática clínica. Mas claro que
barre; um estúdio de reabilitação one to encontrar um lugar para ficar. Um amigo tudo isto é verdade, pois o objetivo do
one; e um estúdio dedicado a aulas de ofereceu-nos alojamento num aparta- programa em questão não era a reabilita-
pilates reformer. Alguns concorrentes têm mento num subúrbio próximo. Aceitámos ção, mas sim o uso na indústria do fitness
instalações em mais locais, mas muito logo a oferta porém, na primeira noite com pessoas relativamente saudáveis.
menores e com uma menor oferta de ser- apercebemo-nos logo que não seria so- Ora, eu e a Elisa sentimos que tínha-
viços. Cada local nosso oferece fisiote- lução para nós. O nosso carro estava mos ali uma grande oportunidade para
rapia, pilates, massagem e aulas de mo- avariado, havia um mau cheiro nas es- criar uma versão à medida da fisiotera-

23.
Entrevista.

pia, pelo que começamos a trabalhar até soas tentaram copiar o que fizemos e igual ou superior a 3 anos. No entanto, ao
hoje, sendo que atualmente temos um isso foi um desafio. No entanto, eu e o longo dos anos, tivemos tantos pedidos
método maduro e que pode ser utilizado Hugo mantivemo-nos fiéis aos nossos de pessoas no mundo do exercício e do
em diferentes contextos - desde a rea- princípios e acreditamos que a qualidade movimento pilates para integrar o nosso
bilitação até as abordagens de fitness e e originalidade do método seriam bem- programa, que vimos a necessidade de
bem-estar. -sucedidas. Assim, a APPI e a Bwizer evoluir.
trabalharam muito sem perder o foco e Para além disso, vimos que muitos dos
Como foi passar de organizar os eu sabia que teríamos sucesso! O Hugo nossos membros que trabalham no mun-
primeiros cursos em Londres para e a equipa Bwizer vêm a Londres regu- do da reabilitação apenas conseguiam
os muitos espalhados pelo mundo? larmente para aprimoramos o projecto. oferecer um serviço e por pouco tempo
Tudo aconteceu organicamente. Com Houve confiança mútua, muita crença nos hospitais ou centros de fisioterapia
toda a honestidade, foi mesmo assim no projeto e tentamos sempre manter a em que trabalhavam, pelo que, muitas
que aconteceu. O nosso primeiro pro- qualidade e assegurar que proporciona- vezes, tinham de referenciar os seus
grama internacional foi, na realidade, na mos experiências educacionais world pacientes para outras clínicas, estúdios
Alemanha. Um fisioterapeuta inglês veio class education, em todos os momentos.
a um curso aqui em Londres, adorou e De facto, assim que tivemos a base es-
perguntou-nos se podíamos replicá-lo na tabelecida, procuramos professores em
Alemanha, onde ele vivia. Nós concorda- Portugal, e agora temos uma brilhante Acredito que o exercício é a chave
mos e logo este fisioterapeuta começou equipa de trabalho , liderada pela sempre para ser uma pessoa de sucesso.
a organizar tudo. Assim, fui até à Ale- incrível Francisca Gomes – sem a qual
Seja nos negócios, na vida, na
manha para ministrar este 1º curso fora não estaríamos onde estamos hoje.
escola ou qualquer outra coisa.
do Reino Unido. Mais tarde, eu e a Elisa
O Pilates foi amado, odiado, elogiado Especificamente, o Pilates é um
estávamos a ir para a Austrália para visi-
tar a família e decidimos iniciar o Instituto
e criticado ao longo do tempo. programa de movimento e sim, eu
também na Austrália. A minha cunhada Em cada um desses momentos, a acredito que as pessoas envolvidas
tornou-se a nossa primeira funcionária na ciência foi usada como argumento. O no ensino de Pilates também devem
Austrália e tudo começou a partir desse que diz a evidência científica hoje? garantir que estes pratiquem Pilates.
momento. Então, lentamente, país por Hoje, a evidência para o uso do Pilates é
país, as pessoas começaram a conhecer mais forte do que nunca. Há sempre dis-
o nosso trabalho e a pedir-nos para levar cussão sobre alguns tópicos, no entanto,
o método ao seu país. Viajamos por todo o uso do movimento como ferramenta ou ginásios onde, na maioria das vezes,
o mundo a ministrar os nossos cursos e de tratamento está a tornar-se cada vez os profissionais que ali trabalhavam não
assim fomos crescendo. Agora, temos mais claro na literatura. A ciência da dor, eram fisioterapeutas e, por isso, não se-
uma abordagem mais direcionada para sugere cada vez mais que a chave para guiam a escola APPI – ora, isto causava
o nosso desenvolvimento internacional gerir e/ou diminuir a dor é o movimento muita preocupação nos nossos mem-
e temos mesmo um membro na equipa normalizado. A pesquisa específica sobre bros, pois temiam que os seus pacientes
dedicado exclusivamente a parceiros in- o Pilates está ao nível mais alto de todos não tivessem o acompanhamento mais
ternacionais e ao seu desenvolvimento. os tempos e há cada vez mais estudos a adequado.
defender o seu uso. Um estudo recente Como tal, investi cerca de dois anos
Apesar de ser um país pequeno, da APPI sobre o Pilates na Corrida, re- a desenvolver o nosso “comprehensi-
Portugal é um dos maiores alizado por Anna Law, mostrou grande ve matwork program”. Este programa
mercados da APPI. A que se deve eficácia do uso do Programa APPI na é para todos aqueles que não têm uma
este sucesso? corrida. Estudos adicionais sobre lom- formação superior nas áreas da saúde
Sim, Portugal é uma das regiões mais balgia, cervicalgia, gravidez e hipermo- e exercício; ora, acreditamos que este
importantes da APPI e a parceria com a bilidade mostraram que o Pilates reduz programa de fomação em particular, aju-
Bwizer é altamente valorizada por nós. O a dor e aumenta a função, reduz ainda dar-nos-á a contribuir para uma melhor
sucesso em Portugal resume-se a alguns a incapacidade e melhora a auto-estima. oferta de programas de exercício e rede
ingredientes simples, na minha opinião. Estou francamente empolgado com o de saúde, pois estamos a proporcionar
O nosso programa é muito sólido – nós crescimento da evidência no uso do pila- formação em Pilates com foco na rea-
acreditamos fortemente que é o melhor tes e fico feliz em ver o seu crescimento bilitação a mais profissionais que assim
do mundo. De facto, quando se tem um na literatura. ficarão aptos a atender às necessidades
programa com tanta força e profundida- dos alunos/ clientes. Além disso, quando
de, se o parceiro também acreditar no
Os cursos das APPI não são entrámos pela primeira vez no mundo do
mesmo, ele funcionará. O Hugo Belchior, exclusivos a fisioterapeutas, como pilates, sentimos que muitas das esco-
o fundador da Bwizer, acreditava em nós. alguns defendem. Porquê? las de ensino foram bastante “fechadas”
Acreditou no programa e comprometeu- O programa de reabilitação da APPI co- sobre os destinatários do curso... Acre-
-se a ajudar-nos a crescer em Portugal. meçou por ser exclusivo para profissio- ditamos, fortemente, na força do nosso
nais com formação na saúde de duração programa e, como tal, decidimos permitir
Claro que isso foi difícil. Algumas pes-
que qualquer pessoa com uma qualifica-

24.
Entrevista.

ção existente em Pilates participasse dos cursos e quais são as vantagens Criámos este projeto, no qual estáva-
nossos cursos. Cremos na partilha de para os alunos? mos completamente envolvidos um com
conhecimento, cremos que quanto mais o outro, mas em que desempenhámos
O método APPI é agora usado em tantas,
e melhor formação possuímos enquanto papéis diferentes nesta “máquina” e isto
variadas e excitantes áreas que precisá-
indivíduos, melhores os resultados para simplesmente funcionou. Acreditámos
vamos criar uma formação estruturada
os nossos clientes. Então, hoje, temos o sempre que o outro era a melhor pessoa
para as mesmas. De facto, quando de-
nosso programa de reabilitação/matwork com quem poderíamos trabalhar e nun-
senvolvemos um programa, passamos
para os fisioterapeutas e outros profissio- ca duvidamos disso. Encontrámos um
anos a refiná-lo nos nossos centros de
nais de saúde e exercício com formação equilíbrio que nos permite apoiarmo-nos
tratamento, de forma a garantir que o
superior e o nosso “comprehensive ma- em todos os aspectos da vida e dos ne-
mesmo tem resultados na população em
twork program” para aqueles que não são gócios. E hoje, com os nossos 5 lindos
questão. Aperfeiçoamos sempre o pro-
deste contexto. filhos, raramente conseguimos conversar
grama a partir dessa experiência clínica.
sobre o trabalho em casa, o que é ótimo!
Qual é a relevância em fazer o exame Podemos também contar com a colabo-
Como devem imaginar, eles mantêm-nos
de certificação da APPI? ração de um membro da equipa com ex-
muito focados neles e mal conseguimos
periência nessa determinada área (como
O exame de certificação é uma parte vi- conversar sobre temas relacionados com
a Laura Harris, uma fisioterapeuta pediá-
tal do programa para realmente ganhar trabalho com todas essas “vozes” à nos-
trica altamente qualificada com anos de
reconhecimento como um instrutor de pi- sa volta!
experiência, que se juntou a nós para a
lates. Desde 1992, a palavra “Pilates” ou criação do Pilates para Crianças). De todos os papéis que desempenha,
“Pilates Instructor” não é protegida. Ao fa- professor, fisioterapeuta e empreen-
zer o exame de certificação, uma pessoa Tem feito este percurso com a Elisa
Withers, sua esposa e também fisio- dedor, tem algum favorito?
pode intitular-se “Instrutor certificado de
Pilates da APPI”. Ora, isso dar-lhe-á um terapeuta e parceira de negócios. O meu papel favorito é o de marido e pai.
status ótimo na sua área, pois confirma Como é trabalhar com alguém que É realmente. Sinto-me muito abençoado
que o indivíduo concluiu um programa de está tão próxima de si na vida priva- por ter a minha linda família e isso man-
formação reconhecido. Além disso, quan- da? tém-me ainda mais motivado e focado!
do se é certificado, podemos tornar-nos Em relação ao meu mundo do trabalho,
Honestamente, incrível. A Elisa é uma não tenho um papel preferido; eu amo a
membros Star Pro da APPI e começar a
pessoa muito especial. De forma total- diversidade que a minha atividade profis-
usar o logotipo da APPI para aumentar
mente verdadeira, a APPI existe hoje por sional envolve. Claro que às vezes me
ainda mais sua confiança na sua abor-
causa da Elisa. Foi ela quem se apaixo- pergunto se não seria mais fácil se me
dagem. Esta é uma ótima ferramenta de
nou em primeiro lugar pelo Pilates e me acomodasse e me dedicasse apenas a
marketing e uma maneira realmente forte
apresentou este fantástico método. De um deles [no entanto, quem disse que a
para aumentar a credibilidade do estúdio
facto, a Elisa escreveu todas as primeiras vida foi feita para ser fácil!]. A verdade, é
ou empresa.
versões dos programas e ainda hoje cria que se queremos conseguir alguma coi-
A APPI tem outros cursos, alguns uma enorme quantidade de conteúdo. sa, temos de trabalhar de forma árdua. E
ainda menos conhecidos em Claro que às vezes era difícil porque nun- é isso mesmo que tentamos ensinar aos
Portugal, como o Pilates em ca saímos do trabalho. No entanto, tam- nossos filhos – trabalha duro e isso trará
neurologia ou o pilates para bém nos apoiamos mutuamente, pres- recompensas, mas se te sentares e espe-
crianças, por exemplo. Qual é o sionamo-nos e queríamos orgulhar-nos rares, as recompensas vão simplesmente
daquilo que juntos poderíamos fazer. “passar por ti”. Assim, amo a forma como
processo de construção desses

25.
Entrevista.

sou desafiado de maneiras diferentes e tanto quanto no passado. existem as barreiras tradicionalmente im-
todos eles me levam a ser mais valioso postas pela escola de Pilates onde cada
no meu papel como líder desta organiza- Além de tudo isso, ainda consegue uma fez a sua formação!
ção. ser muito ativo e até já participou
Portanto, neste evento, convidamos trei-
no Ironman. É crucial que alguém nadores e mestres de todas as outras
Viaja muito, gere uma grande que trabalha com o Pilates esteja em grandes escolas como Balanced Body,
empresa em expansão, trata forma? do Stott, do Peak, do MK Pilates, do
pacientes e, em casa, tem a Alan Herdman Pilates, co-fundador do
Acredito que o exercício é a chave para
sua esposa e 5 crianças! Como se ser uma pessoa de sucesso. Seja nos Bodycontrol Pilates Gordan Thompson
consegue equilibrar a sua vida negócios, na vida, na escola ou em qual- e muitos outros excelentes professores,
pessoal com a profissional? quer outra coisa. Especificamente, o Pila- incluindo os nossos próprios instrutores
Não tenho a certeza que equilibre todas tes é um programa de movimento e sim, APPI. O evento de 3 dias começa com
as variáveis da melhor forma, em todos eu acredito que as pessoas envolvidas um workshop pré-conferência condu-
os momentos. Mas acho que o segredo é no ensino de pilates devem também pra- zido por mim e pela co-fundadora da
priorizar muito. Se eu viajar para longe da ticar pilates. Acima de tudo, acredito que APPI, Elisa Withers. Os 2 dias seguin-
minha família, tenho de garantir que vale o exercício é bom em todas as suas for- tes envolvem uma enorme variedade de
realmente a pena e que levará ao cresci- mas e todos devemos praticar exercício emocionantes sessões: temos sempre
mento do negócio, o que irá certamente e fazer desta prática parte da nossa vida 4 sessões a acontecer em simultâneo
beneficiar a minha família a longo prazo. diária. Considero também crucial que os e cada participante pode escolher. Com
pais estabeleçam bons hábitos de exercí- efeito, apresentamos sessões baseadas
Envolvemos também os nossos filhos
cio para os seus filhos, pelo que quando na patologia, equipamentos, movimentos
no negócio sempre que podemos e isso
participo no Ironman e em outras provas e sessões mais focadas na componente
permite que eles entendam melhor o que
de triatlo, procuro inspirar os meus filhos. clínica. É realmente um evento que qual-
fazemos. Por exemplo, os nossos dois fi-
quer envolvido em pilates ou movimento
lhos mais velhos, Jasmine e Xavier, são O que podemos esperar de si e da deve participar. Nos últimos anos, organi-
os modelos do manual do curso Pilates
APPI, no futuro? zamos uma versão menor deste evento
para Crianças.
Muito! Temos algumas coisas realmen- chamada “APPI on Tour” e é este evento
Além disso, confio na minha ótima equipa que esperamos trazer para Portugal num
te interessantes a acontecer agora no
e sou um abençoado por todas as pes- futuro muito próximo.
nosso negócio. Estamos a expandir o
soas que trabalham comigo terem uma
nosso espaço em Wimbledon para criar
enorme paixão e preocupação com o ne- Deixe uma mensagem à família
um estúdio absolutamente lindo. Esta-
gócio, o que permite que eu e a Elisa pos- portuguesa da APPI.
mos a lançar o nosso novo programa, o
samos passar mais tempo com os nossos Obrigado por tornar a APPI o programa
Barrecontrol, um programa que desen-
filhos e não estarmos presos ao escritório número 1 de formação em pilates clínico,
volvemos em conjunto com o nosso Mas-
ter Trainer dos Estados Unidos e a Dra. em Portugal. Estou ansioso por aumen-
Kirsten Roberts, da San Diego Ballet Pro- tar o número de programas/ cursos que
fessonal; temos também novos produtos oferecemos em Portugal e ver a APPI
em lançamento, os novos DVD’s, classes crescer. Espero poder lançar em breve o
online e muito mais para 2019! nosso “comprehensive program” e todos
os nossos outros módulos. Obrigado à
Em Novembro, terá lugar em Bwizer pelo apoio e por ser um grande
Londres, um evento da APPI muito parceiro. Finalmente, para todos vocês
importante. Gostaria de convidar os que iniciaram a vossa jornada em pilates
nossos leitores contando-lhes como connosco, estou ansioso por encontra-
será? -los em eventos futuros. Recomendo vi-
vamente que concluam o programa até à
A cada dois anos, realizamos a nossa certificação e usem o nome da APPI para
grande conferência de Pilates em Lon- melhorarem a vossa reputação e posição
dres, no Reino Unido. Este é um evento dentro da comunidade.
muito especial no calendário de pilates,
é um momento de partilha de conheci- Posso garantir que nunca pararemos de
mento por excelência. Designamos esse trabalhar para melhorar o nosso progra-
evento por “One Goal”. Trata-se de uma ma e esperamos que vocês aproveitem
conferência de toda comunidade Pila- todas as experiência que tenham con-
tes, e não apenas da nossa comunidade nosco.
APPI, pois acredito que precisamos de
mais momentos de partilha de conhe-
cimento dentro da indústria do Pilates e
Movimento. Será um momento onde não

26.
Ideias Empreendedoras.

Intervenção pedagógica dos


profissionais de fitness
____
Uma das preocupações dos gestores de ginásios é apresentar um serviço
de qualidade, que, segundo vários autores, pode proporcionar a satisfação
dos clientes e, consequentemente, a sua retenção . (1-6)

Diversos autores referem a importância dos recursos humanos, particular-


mente dos profissionais de fitness, num serviço de qualidade em ginásios
e na satisfação e retenção dos praticantes . (6-11)

A adesão à prática de atividade física com programas não supervisionados


é muito baixa , o que reforça a importância da intervenção de profissio-
(12)

nais de fitness. Estes podem ser um dos motivos de desistência dos prati-
cantes em ginásio , ou ser um dos motivos para se escolher um ginásio .
(13) (14)

Considerando alguns estudos realizados no âmbito da intervenção pe-


dagógica dos profissionais de fitness, para a retenção e satisfação dos
praticantes, os profissionais de fitness devem focar sua intervenção peda-
gógica, especialmente em : (15, 16, 17)

• Encorajamento para a prática;


• Situações de instrução: demonstrando e explicando verbalmente
e não-verbalmente os exercícios; questionando os praticantes sobre o
seu estado físico e compreensão dos exercícios; corrigindo o desem-
penho dos praticantes; elogiando-os;
• Atenção aos praticantes, observando e ouvindo-os.
Os profissionais de fitness devem adaptar a sua intervenção às caracterís-
ticas dos praticantes (ex.: idade, sexo, experiência como praticante, per-
sonalidade…) e às características situacionais (ex.: dimensão da classe,
atividade, objetivos, tarefas…).
Para a qualidade dos profissionais de fitness deve existir um desenvolvi-
mento profissional contínuo, devendo estes fazer:
• Formação contínua(18);
• Auto-análise sistemática(19, 20);
• Ser supervisionados por outros profissionais ou coordenado-
res(19, 20).
Com efeito, existem sistemas de observação específicos para o contexto
do Fitness que podem ser usados para a auto-análise sistemática e su-
pervisão . (15, 21-26)

Podem ser aplicados questionários para conhecer a opinião dos pratican-


tes , de modo a poder-se adaptar a intervenção às preferências da
(15, 27-29)

classe em geral e a cada praticante em particular, o que pode contribuir


para a satisfação e retenção dos praticantes.
A triangulação das diferentes perspetivas (comportamento observado, per-
ceção e preferências dos praticantes, auto-percepção dos profissionais)
pode ser usada para uma melhor compreensão e melhoria da intervenção
dos profissionais de fitness . (15, 30, 31)

Referências .................. p.20 e 21

Susana Franco
––––
Professora Coordenadora na Escola Superior
de Desporto de Rio Maior. Doutorada em
Fundamentos Metodológicos de Investigação em
Atividade Física e Desporto. Mestre em Exercício e
Saúde e Licenciada em Ciências do Desporto.

27.
Líderes do Fitness.

Líderes do Fitness
Manuel
____ Rodrigues

“Líderes do Fitness” é um novo projeto ao Solinca, há 6 anos, e me convidaram


que almeja escutar a voz das primeiras a criar uma empresa. Acho que o cliente que mais faz PT
linhas de decisão das empresas do setor
O que faz a Plenaphorma? já não é o que tem muito dinheiro,
do fitness. Queremos dar a conhecer o
que de bom se faz em Portugal num se- é aquele que valoriza o que é o
Somos uma empresa de desporto, saúde
tor de atividade de relevância crescente. e bem-estar. Estamos essencialmente no serviço de PT. Sempre digo que
Queremos partilhar as suas histórias e ramo do fitness, mas recentemente apos- o caro e o barato é subjetivo, 40
reflexões. tamos na área de spa. De uma forma euros pode ser caro, 200 mil euros
Hoje trazemos-lhe Manuel Rodrigues, geral, o que fazemos é o recrutamento, pode ser barato, depende do que
um profissional do exercício, Personal formação e colocação de instrutores de estamos a falar.
Trainer, que se tornou empresário. Hoje, aulas de grupo e personal trainers nos
a sua empresa Plenaphorma, ajuda cen- health clubs Solinca, a nível nacional.
tenas de profissionais a criarem a sua
carreira junto da cadeia de Health Clubs Os PT´s estão preparados para
mação específica na área. E é aqui que a
Solinca. trabalhar com populações especiais? Bwizer tem um papel importante.
Aqui ficam alguns highlights, toda a en- Há PT’s que sim, há PT’s que não. Quan-
trevista está disponível em bwizer.com/ do fiz a minha licenciatura escolhi, no Quem é o cliente de PT de hoje?
lideresdofitness último ano, a área do “trabalho em aca- Acredito que o serviço de PT surge como
demias”, mas assisti a vários colegas que uma necessidade que emerge depois do
Quem é o Manuel Rodrigues? preferiram áreas que nada têm a ver com cliente já estar no ginásio. Costumo dizer,
ginásio. Na altura, perguntei-lhes “como fazer a inscrição é fácil, a partir daí é que
Comecei como Personal Trainer como
vão trabalhar em ginásio, se nunca entra- começa a complicar [risos].
centenas e centenas de outros profissio-
ram num na vossa vida?”. Isto aconteceu
nais da área do exercício. Quando iniciei Acredito que a maioria dos clientes de
no passado e ainda acontece hoje: por
no Holmes Place do Aarrábida, e já lá ginásio, gosta de experimentar sozinho.
vezes, quando faço entrevistas a profis-
vão 13 anos, o meu grande objetivo era Até para sentir que é capaz de executar
sionais, a licenciados em educação físi-
ajudar as pessoas. Eu adorava o “treino” aquela tarefa sem ajuda e com sucesso.
ca, percebo que nunca entraram numa
e tudo começou de forma muito simples, O problema é que a partir do 2º ou 3º mês
sala de musculação, e isto é grave.
sem grande objetivos empresariais - não começa a sentir que os resultados não
tinha, de todo, o objetivo de criar uma Daí a minha resposta: alguns PT’s estão estão a corresponder às expectativas,
empresa. Tudo mudou quando cheguei aptos para tal, mas outros têm pouca for- pelo que a sua motivação diminui e, em

28.
Líderes do Fitness.

consequência, começa a faltar! É muitas


vezes neste contexto que o PT aborda o Líderes do
fitness
cliente, no sentido de mostrar os benefí-
cios do seu serviço – é muito comum que
aquela pessoa esteja a pagar o ginásio
há 1 ano e nunca vá treinar. Assim, o que
os profissionais tentam mostrar é que se Estes são os 7 entrevistados até ao momento.
o cliente optar por um acompanhamento
personalizado, durante 3 ou 6 meses, po-
derá atingir resultados que sozinho pode-
ria demorar 2 ou 3 anos a conseguir. PEDRO SIMÃO

Só as pessoas com muito capital


conseguem pagar um PT?
Acho que o cliente que mais faz PT já não
é o que tem muito dinheiro, é aquele que
valoriza o que é o serviço de PT. Sem-
pre digo que o caro e o barato são sub- AMÂNCIO SANTOS
jetivos, 40 euros pode ser caro, 200 mil
euros pode ser barato, depende do que
estamos a falar. Quem fala com um PT
e valoriza os resultados que pode atingir
não acha o serviço caro.

Como pode um PT reter os seus JOÃO REGO


clientes?
Por norma, o cliente de PT não faz menos
de 6 meses de treino personalizado. To-
dos os PT’s explicam as adaptações que
vão acontecer a cada mês, o progresso
e que o ideal são, no mínimo, 6 meses.
Mas não menos importante, mostram que HÉLDER FERREIRA
o que conta, não é só o que vai acontecer
durante o treino de PT, mas também o
que o cliente vai fazer após.

E vocês, enquanto empresa de


recrutamento, como retêm os vossos
“clientes”? SANDRO FREITAS
Recebemos, diariamente, dezenas e
dezenas de currículos. Fazemos, sema-
nalmente, centenas de entrevistas. Não
temos dificuldade em ter acesso a vá-
rios profissionais. Depois e mediante as
condições é que poderemos ter mais ou
menos dificuldade na angariação desses
PEDRO FONTES
colaboradores; hoje em dia temos cola-
boradores que preferem ganhar 2 euros
certos à hora do que ter a possibilidade
ganhar 18, 19 ou 22 euros à hora, ou
seja, prefere um valor certo. Com efeito,
praticamos percentagens variáveis, mas
também contratos de trabalho, nós adap- MANUEL RODRIGUES
tamo-nos muito ao colaborador. Para al-
guém um contrato de trabalho pode ser
melhor, para outros pode ser trabalhar a
recibos verdes!

bwizer.com/lideresdofitness
29.
Histórias de Sucesso.

Histórias de Sucesso
Hugo
____ Loureiro

Estivemos à conversa com Hugo Lou- preferida: Black Sabbath), viajar (Médio
reiro, formador Low Pressure Fitness: Oriente é a paixão) e apreciar gastrono- Trato os meus alunos tão bem
Hipopressivos, para conhecer as suas mia (indiana e paquistanesa). como gostaria que me tratassem
motivações, filosofia de trabalho e proje-
Como concilia a vida pessoal com a a mim. Faço de um dia de trabalho
tos futuros.
profissional? um motivo de realização pessoal,
Fale-nos um pouco sobre si. Seja qual for a altura do mês ou da se- cumprindo com amor e dedicação
Sou o Hugo Loureiro, natural e residente mana, rentabilizo ao máximo a vida pro- cada uma das suas alíneas, que são
em Lisboa. [...] Sou empresário, profis- fissional, para desfrutar da vida pessoal, as sessões e as formações que dou.
sional do exercício e bem-estar (personal com a consciência tranquila e com pra-
trainer), formador internacional e com ne- zer. Sendo dono de mim mesmo, evito a
gócios de Alojamento Local. O que mais auto-escravidão que às vezes nos atin-
gosto no Exercício é poder melhorar o ge, quando entregues a nós próprios. convidaram-me a juntar-me à sua equi-
bem-estar e a qualidade de vida das pes- Agendo escrupulosamente os afazeres pa de formadores e fiquei extremamente
soas. e escrevo nas notas, os pendentes para entusiasmado. O meu background era
resolver. Procuro não ceder à tentação de o Método Hipopressivo Marcel Caufriez,
Uma curiosidade sobre si que nada
estender tarefas. Por inerência, desfruto mas a visão da Low Pressure Fitness é
tenha a ver com a sua atividade do claramente mais fisiológica, na execução
da vida e dos que me são queridos.
dia a dia? dos exercícios. Em 2015, recebi um email
Fui atleta de judo, tendo sido campeão
Porque razão escolheu ser da Bwizer com o desafio de pertencer à
nacional e ibérico, na minha adolescên- Profissional de Exercício? sua equipa e logo aceitei. Os cursos
cia. No final dos anos 90 e início dos Aos 12 anos, 3 anos depois de ter entra- começaram e, a partir daí, tudo evoluiu
2000, escrevi crítica musical e reporta- do para o judo, senti que era o que queria e, inclusivé, o “quartel-general” da Low
gens de concertos, na Rádio Pirata e na fazer: exercitar-me e fazer os outros exer- Pressure Fitness tem-me requisitado
revista Raio X. Em 2014, viajei à Ásia citarem-se. para formações em Espanha, tendo tam-
Central e passei o Afeganistão, de táxi, bém já ministrado cursos em Londres e
Como surgiu o Low Pressure
vindo do Irão e indo para o Turquemenis- em Bruxelas.
Fitness?
tão. Quando lhe perguntam o que faz,
Em 2014, o Piti Pinsach e a Tamara Rial,
O que gosta mesmo de fazer? fundadores da Low Pressure Fitness, e responde que é Profissional de
Exercício físico, ouvir música (banda Exercício, o que sente?

30.
Histórias de Sucesso.

Uma completa identificação entre o que de forma invejosa e mesquinha contra imenso em fazer cursos, conselho que,
faço e a paixão, felicidade, realização a minha ascensão. É tramado. Quando aliás, dou seriamente a todos os que du-
pessoal e apego que sinto, em ser isso. se tem notoriedade, não temos hipótese. vidam desta estratégia de crescimento,
Ainda me lembro quando me olhavam independentemente dos gastos asso-
O que mais gosta na sua profissão?
com um ar destrutivo, no dia a seguir à ciados. Acreditem que recuperei tudo e
Melhorar o bem-estar e a qualidade de notícia dos exercícios hipopressivos, que tenho tido o respetivo retorno. Se pudes-
vida das pessoas. apareceu no Observador. O vídeo teve se voltar atrás no tempo, teria deixado a
Fale-nos um pouco do conceito do mais de 800 partilhas! Foi aí que o Hugo escola em 2012 e já estaria autónomo
seu estúdio. Loureiro mostrou a sua verdadeira care- desde aí.
ca. Percebi que não tinha sentido temer
Chama-se Hugo Loureiro Tailor Made Como é que todos os dias procura
o trabalho autónomo e empreendedor.
Training. É um conceito de estúdio de elevar a sua profissão e a si mesmo?
Além da vida de professor ser cada vez
treino personalizado, baseado numa mais absorvente e desgastante, estava a Trato os meus alunos tão bem como gos-
ideia de “treino de alfaiate”, de gestão atrapalhar a minha progressão no treino taria que me tratassem a mim. Faço de
das tensões musculares e emocionais, personalizado. Um processo traumático um dia de trabalho um motivo de realiza-
adaptado à medida das circunstâncias convida a uma reflexão sobre a vida, ção pessoal, cumprindo com amor e de-
de vida do cliente, com charme, requin- disse o professor João Lobo Antunes, dicação cada uma das suas alíneas, que
te, exclusivo, glamorouso; uma boutique no seu último livro, “Ouvir com Outros são as sessões e as formações que dou.
com uma ambiência clássica, numa sala Olhos”. Não desejo isto a ninguém, nem
de um prédio antigo, reabilitada, respei- Como é que os seus pacientes/
a quem achou “piada” ao que aconteceu. clientes o elevam?
tando a estética original. De forma as- O meu bruxismo e o meu masseter falam
sumidamente pomposa, é um “ginásio por si: têm muitas histórias interessantes Quando me dizem que já não dói aqui
gourmet”. Abordo diversas metodologias: para contar [risos]. Neste momento, dei e ali, quando já se lembram que estão
Pilates, Low Pressure Fitness, Treino de a volta e exponenciei toda a prosperi- disfuncionalmente posicionados, quando
Integração Neuromuscular, Stretching dade que estava bloqueada. Acreditem conseguem tocar no botão de parar, no
Global Ativo, Mobilidade Articular, Liber- que é possível. Agarrem-se ao que mais autocarro, sem se levantarem, mas mais
tação Miofascial e, mais recentemente, o gostam de fazer e aos que mais amam, simples ainda, quando a largura dos seus
Método Garuda. afastem do que não interessa e o mundo sorrisos é maior, no fim do treino.
Quais os desafios e medos que é vosso. Tão simples quanto isto: entendi De que forma eleva os seus
enfrentou? Foi tudo fácil? de uma vez por todas que a responsabili- pacientes/clientes?
dade é inimiga da ansiedade e do medo,
Durante a minha vida, tive situações Segurando-os, não como se fosse a sua
essa “doença” pandémica...
mais ou menos adversas, que contribuí- muleta, mas garantindo-lhes todo o meu
ram para as minhas evoluções pessoal e Decidiu apostar mais esforços em compromisso em fazer-lhes bem.
profissional. Dei aulas na escola, durante alguma área em particular? E se sim,
Quais os seus projetos para o
18 anos e, com um medo persistente e porquê?
virulento, teimava em não abdicar disso. futuro?
Como gémeos, além de novidades, ado-
Enquanto já dava treinos como louco, no Gostava de proporcionar formações no
ro fazer coisas diferentes entre si. Aquilo
Holmes Place da Avenida da Liberdade, meu estúdio, de dar formações pelo mun-
que sempre gostei na vida é o exercício
durante a década passada, continuava do fora e, mais remotamente, de ter uma
físico e a interculturalidade. Por isso, con-
a dar aulas de Educação Física na zona residência para profissionais, de todo o
cretizei o meu projeto com duas dimen-
Oeste. Um dos momentos mais marcan- mundo, que viessem trabalhar para Lis-
sões: exercício e bem-estar e alojamento
tes foi, em 2011, quando comprei o meu boa. Uma residência que lhes propor-
local. Em ambos os casos sinto-me re-
primeiro reformer com torre, para pilates cionasse uma experiência inesquecível,
alizado e de consciência tranquila. Num
personalizado, que me custou mais de com serviços de bem-estar e cultura.
âmbito, é fantástico ver as pessoas mais
3000 euros. Nessa noite nem dormi, pois saudáveis e felizes e, no outro, é dormir Uma dica ou frase de inspiração para
tinha poucos clientes e sabia lá no que descansado, por não estar a tirar casa aqueles que gostariam de seguir os
me estava a meter. Era o Hugo “límbico” a ninguém e a dar abrigo a quem gosta
a dizer ao Hugo “cerebral” que tudo isso
seus passos?
de viver pelo mundo fora, nem que seja
tinha sentido. Deixo-vos com uma frase do Shams de
por 3 dias. Ainda por cima faço o mesmo,
Tabriz, douto sufi, que dizia: “o verdadeiro
No seu percurso profissional, quais logo falo sobre o que ando: walk the talk
poder reside na submissão a um poder
foram as experiências que mais o [risos].
que vem de dentro.” Se preferirem uma
marcaram? Hoje sente-se recompensado? Faria frase mais contemporânea e simples, que
Não se choquem, nem tenham pena algo de forma diferente? seja a mítica do Obi-Wan Kenobi, do Star
de mim. No momento em que tive um Não me sinto recompensado. Sinto que Wars: “Usem a Força!”
esgotamento tremendo, fui o mais ho- me estou a recompensar, embora, evi-
nesto comigo e mandei “à outra parte” dentemente, agradecido, por tudo o que
o Hugo comodista e receoso, bem como se proporcionou. Investi e tenho investido
as energias adversas que se insurgiam

31.
Open Science.

Qual é a evidência da TENS?


–––––
Uma das correntes mais utilizadas em fisioterapia e que está fortemente associada
ao alívio da dor é a TENS. Mas existe evidência para a utilização desta corrente? E
se existe, estamos a aplicá-la bem?
A TENS, trata-se de uma corrente de baixa frequência, apolar (não tem pólo po-
sitivo nem negativo), com reduzidos efeitos colaterais (2-3% mencionam irritação
cutânea por causa dos elétrodos) cujo mecanismo de ação inicial é baseado na
Teoria do Gate Control proposta por Melzack e Wall.
Quando fazemos uma retrospetiva do que já foi escrito sobre a TENS, concluímos
que a literatura, não é conclusiva mas parece haver uma tendência para afirmar
que a sua eficácia é muito reduzida. Kathleen, Sluka e colaboradores, em 2013,
apontam algumas razões para o facto das investigações até então efetuadas apre-
sentarem resultados pouco favoráveis à utilização do TENS: intensidades escolhi-
das, interações negativas com a utilização de analgésicos durante longos períodos,
tolerância à sua utilização e a população selecionada; escalas pouco adequadas
para medir os resultados; grupos de comparação pouco apropriados.
Com efeito, quando queremos obter resultados positivos com a TENS, temos de
considerar aspetos como:
1. Dosagem
1.1. Intensidade da estimulação
1.2. Uso repetido da TENS
1.3. Frequência utilizada
1.4. Tolerância da corrente
2. Interação com agentes farmacológicos
3. Patologias em que existe evidência/ indicação para a aplicação desta corrente

Neurodesenvolvimento: fases do desenvolvimento psi-


comotor e perturbações mais comuns
–––––
Segundo a Sociedade de Pediatria do Neurodesenvolvimento (SPND), o “neuro-
desenvolvimento da criança define-se como o conjunto de competências por meio
das quais a criança interage com o meio que a rodeia, numa perspetiva dinâmica,
de acordo com a sua idade, o seu grau de maturação, os seus fatores biológicos
intrínsecos e os estímulos provenientes do ambiente.”
Fazem parte dessas competências a motricidade global, a manipulação, as com-
petências sensoriais, como a visão e a audição, a comunicação e a linguagem, os
comportamentos, as competências cognitivas não verbais e verbais, os afetos e as
emoções.
Para um profissional de saúde, esta é uma área altamente desafiante e que exige
um grande raciocínio clínico e criação de estratégias, assim como o conhecimento
sobre as diferentes fases do desenvolvimento psicomotor e dos sinais de alarme.
Mas, a que perturbações do desenvolvimento nos referimos?
• Deficiências motoras, como a paralisia cerebral;
• Défices cognitivos;
• Perturbações sensoriais, como a surdez ou a cegueira;
• Perturbações da comunicação, como a perturbação específica da linguagem;
• Perturbações comportamentais, como a perturbação de hiperatividade com
défice de atenção;
• Perturbações do espectro do autismo;
• Perturbações da aprendizagem escolar, como a dislexia.

Fonte: www.bwizer.com/academy
32.
bwizer ACADEMY
Bwizerianos.

Passaram 10 anos desde


que esta viagem iniciou
____

10 anos. Passaram 10 desde que uma viagem chamada Bwizer iniciou. Faço parte
desta aventura há 7 anos e quando me dedico a pensar sobre o caminho que trilha-
mos até agora, chego à conclusão que nada é impossível. É um facto que temos
ainda muito a fazer, que 10 anos é ainda uma pequena aventura, e que não espero
outra coisa que não seja continuarmos por mais 10, 20, 30 anos a impactar a vida
de muitas pessoas, mas também é uma verdade irrefutável que nestes 10 anos de
existência evoluímos muito. As palavras your evolution que surgem na nossa mar-
ca, não são só aplicáveis aquilo que pretendemos fazer na sua vida, mas também
são, sem margem de dúvida, aplicáveis à nossa evolução interna.
É muito curioso retroceder no tempo e perceber que hoje em dia seria impossível
trabalharmos sem esta evolução: há 7 anos as nossas inscrições eram processa-
das por carta, pagas em cheque e registadas numa longa base de dados que cabia
num pequeno ficheiro excel. Há 7 anos éramos uma equipa (muito) curta a tentar
crescer e fazer a diferença no seio de um mercado que estava ainda a florescer.
Contudo, estamos perfeitamente conscientes de que esta evolução só foi possí-
vel com o contributo de todos os profissionais que passam pelos eventos Bwizer,
desde formadores e formandos a fornecedores, pois são estes que todos os dias
exigem de nós que sejamos melhores do que ontem, e é esse grau de exigência
que nos faz sempre querer fazer mais e melhor.
A diferenciação é, hoje em dia, uma palavra muito presente na vida de todos nós
como resposta às necessidades do mercado e à quantidade de profissionais exis-
tentes em cada área de atuação profissional. Só quem procura saber, conhecer e
aprender mais é que fará realmente a diferença num mercado de trabalho cada vez
mais competitivo. E é nesse processo que a Bwizer se propõe a fazer mais e me-
lhor: continuar a contribuir, diariamente, para aumentar a diferenciação profissional
e pessoal de cada um porque, e citando Miguel Esteves Cardoso, “aprender é a
coisa mais inteligente que se pode fazer”.

Ana Correia
Operations Manager

33.
Curtas.

Fisio
Bootcamp
Já pensou no número de novos profissionais que, cada ano, entram no mercado
de trabalho? Será que vai haver emprego para todos? E os salários, já pensou na
miséria que muitos auferem? Será possível ter uma vida digna e autónoma com o
tipo de rendimentos que há por aí? Ainda por cima, o Estado não está a contratar,
as empresas privadas só pensam no lucro e, ainda que pense em ter um negócio
próprio, não tem dinheiro para começar e, começar, exige logo muito dinheiro. A
vida dos mais novos não está nada fácil mas, pior ainda, talvez seja a dos mais
velhos, já que parece que ninguém contrata pessoas acima dos 30!
Se olharmos para a realidade assim, é desesperante! É difícil ver a luz ao fundo
do túnel. Apetece deitar a toalha ao chão antes de sequer começar.
Este desespero e angústia estão na base de muita da irritabilidade e clima de
conflito que todos testemunhamos, com particular incidência nas redes sociais. É
verdade que há coisas más, situações difíceis e ameaças no horizonte. Tudo isso
existe e deve ser tido em consideração.
Porém, não haverá outra forma de olhar para a mesma realidade? Será que a
tecnologia não vai abrir oportunidades nunca pensadas? Será que não há hoje
soluções para potenciar a marca pessoal e o valor pessoal como nunca? Não há
nada que possa fazer para me tornar num recurso mais apetecível para o merca-

1 DReTzO.
do de trabalho? E será que é mesmo preciso ter muito dinheiro para começar um
negócio próprio?

PO
Achamos que é possível olhar para a realidade pela dimensão da oportunidade.
Estamos certos que é possível focarmo-nos na construção de um caminho de
diferenciação positiva de cada um. Não temos dúvidas que é possível dar ferra-
mentas que cada um pode aplicar nas suas vidas, rumo a uma existência mais
realizada e feliz.
É isto que procuraremos fazer no dia 1 de dezembro, na primeira edição do Fisio
Bootcamp, um evento composto por um conjunto de palestras de 15 minutos à
volta de três grandes temas, as principais tendências e as oportunidades que
criam, o emprego e o empreendedorismo.
Os palestrantes são pessoas com muito para partilhar, fruto das suas experiên-
cias pessoais e das suas reflexões. Porém, mais importante que os participantes
é a energia que cada um trará para aquele auditório. Queremos um evento cheio
de energia transformadora e cheio de pessoas unidas pelo mesmo desejo de
fazer mais e fazer melhor. E, como vamos ser muitos, o potencial de networking
vai ser enorme.
Marque já presença no Fisio Bootcamp. Não deixe a sua vida para mais tarde!

Detalhes em: bwizer.com/fisiobootcamp

Eu Vou. E tu?
#fisiobootcamp
#bwizerbootcamp
#yourevolution
#yourevolution

34.
Curtas.

Marcos
____ Bwizer
Celebramos 10 anos de existência. 10 anos a crescer consigo e a contribuir
para a sua evolução e para uma sociedade mais informada, saudável e feliz. 10
anos de confiança e disrupção, sempre com o propósito de o elevar a si à sua
profissão. Ouvir podcasts tem-se tornando um hábi-
Preparamos uma curta viagem por estes 3650 dias, mas antes disso dizemos-lhe to de muitas pessoas: ou quando vão ao
que queremos continuar a inovar nesta que é a nossa missão de ontem, hoje e ginásio, ou quando vão correr, ou quan-
sempre. Queremos que continue a ter acesso aos conteúdos que farão de si um do estão nas filas de trânsito, parece
melhor profissional. Mas iremos mais longe, contribuindo também para o seu ser algo que torna o dia mais produtivo
desenvolvimento pessoal. e até algumas tarefas mais prazerosas.
Uns optam por ouvir programas de hu-
mor, outros preferem programas sobre
economia, outros ainda gostam de ouvir
algo relacionado com a saúde, etc.. Os
podcasts são, sem dúvida, uma forma de
acesso a informação que não exige muito
esforço e pode, de facto, contribuir para
uma evolução pessoal e profissional.
Sendo o mantra da Bwizer your evolution,
achamos que temos o dever de continuar
a contribuir para a sua evolução, elevan-
do ainda mais o seu conhecimento e, por
essa razão, criámos o Bwizer Podcast.
Este projeto, desenvolvido com todo o
carinho, tem a ambição de levar até si
conteúdo que possa acrescentar-lhe va-
1º curso Bwizer Parcerias internacionais como lor e que, no fim de cada episódio, o faça
(25 Set. 2008)
KTAI, APPI e ATMS. Certifica- sentir que valeu a pena ouvir.
ção da Francisca Lourenço Alguns dos temas que fomos já traba-
como 1ª instrutora portuguesa lhando são bastante genéricos e poderão
de Pilates da APPI e do Sér- ser úteis a todos os profissionais. A título
gio Frade como 1º formador de exemplo, posso dizer-lhe que logo no
Mudança de instalações português da KTAI (CKTI) 1º episódio conversamos sobre o stress e
como o podemos ultrapassar com o Pro-
fessor José Soares, tendo como ponto de
Certificação DGERT
partida o seu livro “Reload: menos stress,
melhor performance”. Iremos também
Estrutura societária abordar os mitos da Nutrição com o nutri-
revista cionista Pedro Carvalho, tendo por base o
1ª formação em Espanha livro por ele escrito “Os Mitos que Come-
e primeiros passos da mos”. Outros temas poderão ser um pou-
internacionalização co mais específicos como por exemplo a
importância de bem usar a eletroterapia
Lançamento do novo site para a fisioterapia e o que sabemos sobre
feridas no contexto da enfermagem.
Este é um projeto aberto pelo que qual-
PME Líder e Excelência
quer sugestão de melhoria ou mesmo
Pós-graduações em de convidados ou temas, serão sempre
parceria com o ensino muito bem-vindos através de podcast@
superiror Lançamento de projetos bwizer.com. Para ter acesso a todo este
inovadores: conteúdo, bastará procurar Bwizer Pod-
• Cursos e Congressos Online cast no nosso site - bwizer.com/podcast,
• Bwizer Magazine itunes, rss feed ou stitcher!
• Bwizer Podcast

35.
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Escreva um texto de opinião, um artigo
ou grave um vídeo e publique-o na
Bwizer Academy. Torne-se reconheci-
do pelo seu conhecimento, ao mesmo
tempo que contribui para a evolução
científica da sua profissão e pares.
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Urgência e Emergência Neurodynamic Solutions
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