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1. (Eear 2019) Leia:

Corríamos atrás uns dos outros na nossa infância. Corremos, hoje, atrás da felicidade de
outrora.

Nas frases acima, os verbos destacados encontram-se, respectivamente, no:


a) Pretérito perfeito do indicativo – Presente do indicativo.
b) Pretérito imperfeito do indicativo – Presente do indicativo.
c) Pretérito imperfeito do indicativo – Pretérito perfeito do indicativo.
d) Pretérito imperfeito do indicativo – Pretérito mais que perfeito do indicativo.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Leia o trecho do romance S. Bernardo, de Graciliano Ramos, para responder à(s) questão(ões)
a seguir.

O caboclo mal-encarado que encontrei um dia em casa do Mendonça também se


acabou em desgraça. Uma limpeza. Essa gente quase nunca morre direito. Uns são levados
pela cobra, outros pela cachaça, outros matam-se.
Na pedreira perdi um. A alavanca soltou-se da pedra, bateu-lhe no peito, e foi a conta.
Deixou viúva e órfãos miúdos. Sumiram-se: um dos meninos caiu no fogo, as lombrigas
comeram o segundo, o último teve angina e a mulher enforcou-se.
Para diminuir a mortalidade e aumentar a produção, proibi a aguardente.
Concluiu-se a construção da casa nova. Julgo que não preciso descrevê-la. As partes
principais apareceram ou aparecerão; o resto é dispensável e apenas pode interessar aos
arquitetos, homens que provavelmente não lerão isto. Ficou tudo confortável e bonito.
Naturalmente deixei de dormir em rede. Comprei móveis e diversos objetos que entrei a utilizar
com receio, outros que ainda hoje não utilizo, porque não sei para que servem.
Aqui existe um salto de cinco anos, e em cinco anos o mundo dá um bando de voltas.
Ninguém imaginará que, topando os obstáculos mencionados, eu haja procedido
invariavelmente com segurança e percorrido, sem me deter, caminhos certos. Não senhor, não
procedi nem percorri. Tive abatimentos, desejo de recuar; contornei dificuldades: muitas
curvas. Acham que andei mal? A verdade é que nunca soube quais foram os meus atos bons e
quais foram os maus. Fiz coisas boas que me trouxeram prejuízo; fiz coisas ruins que deram
lucro. E como sempre tive a intenção de possuir as terras de S. Bernardo, considerei legítimas
as ações que me levaram a obtê-las.
Alcancei mais do que esperava, mercê de Deus. Vieram-me as rugas, já se vê, mas o
crédito, que a princípio se esquivava, agarrou-se comigo, as taxas desceram. E os negócios
desdobraram-se automaticamente. Automaticamente. Difícil? Nada! Se eles entram nos trilhos,
rodam que é uma beleza. Se não entram, cruzem os braços. Mas se virem que estão de sorte,
metam o pau: as tolices que praticarem viram sabedoria. Tenho visto criaturas que trabalham
demais e não progridem. Conheço indivíduos preguiçosos que têm faro: quando a ocasião
chega, desenroscam-se, abrem a boca – e engolem tudo.
Eu não sou preguiçoso. Fui feliz nas primeiras tentativas e obriguei a fortuna a ser-me
favorável nas seguintes. Depois da morte do Mendonça, derrubei a cerca, naturalmente, e
levei-a para além do ponto em que estava no tempo de Salustiano Padilha. Houve
reclamações.
– Minhas senhoras, seu Mendonça pintou o diabo enquanto viveu. Mas agora é isto. E
quem não gostar, paciência, vá à justiça.
Como a justiça era cara, não foram à justiça. E eu, o caminho aplainado, invadi a terra
do Fidélis, paralítico de um braço, e a dos Gama, que pandegavam no Recife, estudando
Direito. Respeitei o engenho do Dr. Magalhães, juiz.
Violências miúdas passaram despercebidas. As questões mais sérias foram ganhas no
foro, graças às chicanas de João Nogueira.
Efetuei transações arriscadas, endividei-me, importei maquinismos e não prestei
atenção aos que me censuravam por querer abarcar o mundo com as pernas. Iniciei a
pomicultura e a avicultura. Para levar os meus produtos ao mercado, comecei uma estrada de
rodagem. Azevedo Gondim compôs sobre ela dois artigos, chamou-me patriota, citou Ford e
Delmiro Gouveia. Costa Brito também publicou uma nota na Gazeta, elogiando-me e elogiando
o chefe político local. Em consequência mordeu-me cem mil-réis.

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(S. Bernardo, 1996.)

2. (Unesp 2019) Verifica-se o emprego de verbo no modo imperativo no seguinte trecho:


a) “Se eles entram nos trilhos, rodam que é uma beleza. Se não entram, cruzem os braços.” (7º
parágrafo)
b) “Minhas senhoras, seu Mendonça pintou o diabo enquanto viveu. Mas agora é isto.” (10º
parágrafo)
c) “Para diminuir a mortalidade e aumentar a produção, proibi a aguardente.” (3º parágrafo)
d) “Aqui existe um salto de cinco anos, e em cinco anos o mundo dá um bando de voltas.” (5º
parágrafo)
e) “Não senhor, não procedi nem percorri. Tive abatimentos, desejo de recuar; contornei
dificuldades: muitas curvas.” (6º parágrafo)

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Sons que confortam
Martha Medeiros

1Eram quatro da manhã quando seu pai sofreu um colapso cardíaco. 2Só estavam os três na
casa: o pai, a mãe e ele, um garoto de 13 anos. Chamaram o médico da família. 3E
aguardaram. E aguardaram. E aguardaram. 4Até que o garoto escutou um barulho lá fora. É ele
que conta, hoje, adulto: 5Nunca na vida ouvira um som mais lindo, mais calmante, do que os
pneus daquele carro amassando as folhas de outono empilhadas junto ao meio-fio.

6Inesquecível, para o menino, foi ouvir o som do carro do médico se aproximando, o homem
que salvaria seu pai. Na mesma hora em que li esse relato, imaginei um sem-número de sons
que nos confortam. A começar pelo choro na sala de parto. Seu filho nasceu. E o mais aliviante
para pais que possuem adolescentes baladeiros: 7o barulho da chave abrindo a fechadura da
porta. Seu filho voltou.

E pode parecer mórbido para uns, masoquismo para outros, mas há quem mate a saudade
assim: ouvindo pela enésima vez 8o recado na secretária eletrônica de alguém que já morreu.

Deixando a categoria dos sons magnânimos para a dos sons cotidianos: a voz no alto-falante
do aeroporto dizendo que a aeronave já se encontra em solo e o embarque será feito dentro de
poucos minutos.

9O sinal, dentro do teatro, avisando que as luzes serão apagadas e o espetáculo irá começar.

O telefone tocando exatamente no horário que se espera, conforme o combinado. 10Até a


musiquinha que antecede a chamada a cobrar pode ser bem-vinda, se for grande a ansiedade
para se falar com alguém distante.

O barulho da chuva forte no meio da madrugada, quando você está no quentinho da sua cama.

Uma conversa em outro idioma na mesa ao lado da sua, provocando a falsa sensação de que
você está viajando, de férias em algum lugar estrangeiro. E estando em algum lugar
estrangeiro, ouvir o seu idioma natal sendo falado por alguém que passou, fazendo você
lembrar que o mundo não é tão vasto assim.

11O toque do interfone quando se aguarda ansiosamente a chegada do namorado. Ou mesmo


a chegada da pizza.

O aviso sonoro de que entrou um torpedo no seu celular.


12A sirene da fábrica anunciando o fim de mais um dia de trabalho.

13O sinal da hora do recreio.

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14A música que você mais gosta tocando no rádio do carro. Aumente o volume.

O aplauso depois que você, nervoso, falou em público para dezenas de desconhecidos.

15O primeiro eu te amo dito por quem você também começou a amar.

E o mais raro de todos: o silêncio absoluto.

MEDEIROS, Martha. Feliz por nada. São Paulo: L&PM Editores, 2011.

3. (Uece 2019) A respeito do verbo flexionado em “Nunca na vida ouvira um som mais lindo
[...]” (ref. 5), é correto dizer que
a) assinala um tempo passado semelhante ao do verbo conjugado no enunciado “Até que o
garoto escutou um barulho lá fora”. (ref. 4)
b) está sendo utilizado no mesmo tempo e modo do verbo destacado na oração “Só estavam
os três na casa: o pai, a mãe e ele, um garoto de 13 anos.” (ref. 2)
c) pode perfeitamente ser substituído pela forma composta tinha ouvido.
d) está indicando uma ação passada que ocorreu antes de outra, também no passado, idêntico
ao sentido do uso do verbo em destaque na oração “Eram quatro da manhã quando seu pai
sofreu um colapso cardíaco”. (ref. 1)

4. (Ebmsp 2018)

A campanha dos Médicos sem Fronteiras desenvolve sua argumentação na chamada principal,
através de elementos verbais e não verbais, que estão corretamente analisados na alternativa
a) O uso do imperativo “Ajude”, por meio do sujeito implícito, revela que o público a que ela se
dirige faz parte do contexto evidenciado na imagem.
b) A contração “daqui” e o advérbio “lá”, presentes no texto, sugerem que o enunciador aborda
a realidade de um espaço do qual está distante, assim como o seu interlocutor, ficando

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implícito que esse distanciamento não é empecilho para que se possa apoiar essa
organização.
c) O infinitivo “espalhar” gera, pela ausência de seu objeto direto, um paradoxo com o
imperativo “Ajude”, revelando uma ação oposta e contraditória ao que foi proposto
inicialmente.
d) O demonstrativo “o” faz referência anafórica ao local em que se encontra o locutor,
indicando que o leitor deve divulgar as suas próprias experiências e o cenário em que atua,
para que indivíduos de outros lugares e países possam ter mais exemplos de solidariedade.
e) A forma verbal “acontece” está no presente do indicativo, apresentando uma comparação
entre fatos que já se concretizaram e práticas futuras, inspiradas na ideia transmitida pelo
verbo “ajudar”.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Noruega como Modelo de Reabilitação de Criminosos

O Brasil é responsável por uma das mais altas taxas de reincidência criminal em todo o
mundo. No país, a taxa média de reincidência (amplamente admitida, mas nunca comprovada
empiricamente) é de mais ou menos 70%, ou seja, 7 em cada 10 criminosos voltam a cometer
algum tipo de crime após saírem da cadeia.
Alguns perguntariam "Por quê?". E eu pergunto: "Por que não?" O que esperar de um
sistema que propõe reabilitar e reinserir aqueles que cometerem algum tipo de crime, mas
nada oferece, para que essa situação realmente aconteça? Presídios em estado de
depredação total, pouquíssimos programas educacionais e laborais para os detentos,
praticamente nenhum incentivo cultural, e, ainda, uma sinistra cultura (mas que diverte muitas
pessoas) de que bandido bom é bandido morto (a vingança é uma festa, dizia Nietzsche).
Situação contrária é encontrada na Noruega. Considerada pela ONU, em 2012, o
melhor país para se viver (1º no ranking do IDH) e, de acordo com levantamento feito pelo
Instituto Avante Brasil, o 8º país com a menor taxa de homicídios no mundo, lá o sistema
carcerário chega a reabilitar 80% dos criminosos, ou seja, apenas 2 em cada 10 presos voltam
a cometer crimes; é uma das menores taxas de reincidência do mundo. Em uma prisão em
Bastoy, chamada de ilha paradisíaca, essa reincidência é de cerca de 16% entre os homicidas,
estupradores e traficantes que por ali passaram. Os EUA chegam a registrar 60% de
reincidência e o Reino Unido, 50%. A média europeia é 50%.
A Noruega associa as baixas taxas de reincidência ao fato de ter seu sistema penal
pautado na reabilitação e não na punição por vingança ou retaliação do criminoso. A
reabilitação, nesse caso, não é uma opção, ela é obrigatória. Dessa forma, qualquer criminoso
poderá ser condenado à pena máxima prevista pela legislação do país (21 anos), e, se o
indivíduo não comprovar estar totalmente reabilitado para o convívio social, a pena será
prorrogada, em mais 5 anos, até que sua reintegração seja comprovada.
O presídio é um prédio, em meio a uma floresta, decorado com grafites e quadros nos
corredores, e no qual as celas não possuem grades, mas sim uma boa cama, banheiro com
vaso sanitário, chuveiro, toalhas brancas e porta, televisão de tela plana, mesa, cadeira e
armário, quadro para afixar papéis e fotos, além de geladeiras. Encontra-se lá uma ampla
biblioteca, ginásio de esportes, campo de futebol, chalés para os presos receberem os
familiares, estúdio de gravação de música e oficinas de trabalho. Nessas oficinas são
oferecidos cursos de formação profissional, cursos educacionais, e o trabalhador recebe uma
pequena remuneração. Para controlar o ócio, oferecer muitas atividades, de educação, de
trabalho e de lazer, é a estratégia.
A prisão é construída em blocos de oito celas cada (alguns dos presos, como
estupradores e pedófilos, ficam em blocos separados). Cada bloco tem sua cozinha. A comida
é fornecida pela prisão, mas é preparada pelos próprios detentos, que podem comprar
alimentos no mercado interno para abastecer seus refrigeradores.
Todos os responsáveis pelo cuidado dos detentos devem passar por no mínimo dois
anos de preparação para o cargo, em um curso superior, tendo como obrigação fundamental
mostrar respeito a todos que ali estão. Partem do pressuposto que, ao mostrarem respeito, os
outros também aprenderão a respeitar.
A diferença do sistema de execução penal norueguês em relação ao sistema da
maioria dos países, como o brasileiro, americano, inglês, é que ele é fundamentado na ideia de
que a prisão é a privação da liberdade, e pautado na reabilitação e não no tratamento cruel e
na vingança.

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O detento, nesse modelo, é obrigado a mostrar progressos educacionais, laborais e


comportamentais, e, dessa forma, provar que pode ter o direito de exercer sua liberdade
novamente junto à sociedade.
A diferença entre os dois países (Noruega e Brasil) é a seguinte: enquanto lá os presos
saem e praticamente não cometem crimes, respeitando a população, aqui os presos saem
roubando e matando pessoas. Mas essas são consequências aparentemente colaterais,
porque a população manifesta muito mais prazer no massacre contra o preso produzido dentro
dos presídios (a vingança é uma festa, dizia Nietzsche).

LUIZ FLÁVIO GOMES, jurista, diretor-presidente do Instituto Avante Brasil e coeditor do Portal
atualidadesdodireito.com.br. Estou no blogdolfg.com.br.
** Colaborou Flávia Mestriner Botelho, socióloga e pesquisadora do Instituto Avante Brasil.
FONTE: Adaptado de http://institutoavantebrasil.com.br/noruega-como-modelo-de-reabilitacao-
de-criminosos/.
Acessado em 17 de março de 2017.

5. (Espcex (Aman) 2018) No trecho, "Alguns perguntariam "Por quê?". E eu pergunto: "Por que
não?", os verbos grifados estão, respectivamente, no
a) Futuro do Pretérito do Indicativo e Presente do Indicativo.
b) Futuro do Presente do Indicativo e Pretérito Perfeito do Indicativo.
c) Presente do Subjuntivo e Pretérito Imperfeito do Indicativo.
d) Pretérito Imperfeito do Indicativo e Presente do Subjuntivo.
e) Pretérito Mais-Que-Perfeito do Indicativo e Pretérito Imperfeito do Subjuntivo.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Leia um trecho do artigo “Reflexões sobre o tempo e a origem do Universo”, do físico brasileiro
Marcelo Gleiser, para responder à(s) questão(ões).

Qualquer discussão sobre o tempo deve começar com uma análise de sua estrutura,
que, por falta de melhor expressão, devemos chamar de “temporal”. É comum dividirmos o
tempo em passado, presente e futuro. O passado é o que vem antes do presente e o futuro é o
que vem depois. Já o presente é o “agora”, o instante atual.
Isso tudo parece bastante óbvio, mas não é. Para definirmos passado e futuro,
precisamos definir o presente. Mas, segundo nossa separação estrutural, o presente não pode
ter duração no tempo, pois nesse caso poderíamos definir um período no seu passado e no
seu futuro. Portanto, para sermos coerentes em nossas definições, o presente não pode ter
duração no tempo. Ou seja, o presente não existe!
A discussão acima nos leva a outra questão, a da origem do tempo. Se o tempo teve
uma origem, então existiu um momento no passado em que ele passou a existir. Segundo
nossas modernas teorias cosmogônicas, que visam explicar a origem do Universo, esse
momento especial é o momento da origem do Universo “clássico”. A expressão “clássico” é
usada em contraste com “quântico”, a área da física que lida com fenômenos atômicos e
subatômicos.
[...]
As descobertas de Einstein mudaram profundamente nossa concepção do tempo. Em
sua teoria da relatividade geral, ele mostrou que a presença de massa (ou de energia) também
influencia a passagem do tempo, embora esse efeito seja irrelevante em nosso dia a dia. O
tempo relativístico adquire uma plasticidade definida pela realidade física à sua volta. A coisa
se complica quando usamos a relatividade geral para descrever a origem do Universo.

(Folha de S.Paulo, 07.06.1998.)

6. (Unifesp 2018) “Em sua teoria da relatividade geral, ele mostrou que a presença de massa
(ou de energia) também influencia a passagem do tempo, embora esse efeito seja
irrelevante em nosso dia a dia.” (4º parágrafo)

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Ao se converter o trecho destacado para a voz passiva, o verbo “influencia” assume a seguinte
forma:
a) é influenciada.
b) foi influenciada.
c) era influenciada.
d) seria influenciada.
e) será influenciada.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:

Envelhecer
Arnaldo Antunes

1A coisa mais moderna que existe nessa vida


é envelhecer
A barba vai descendo e os cabelos vão
caindo pra cabeça aparecer
Os filhos vão crescendo e o tempo vai
dizendo que agora é pra valer
Os outros vão morrendo e a gente
aprendendo a esquecer

Não quero morrer pois quero ver


Como será que deve ser envelhecer
Eu quero é viver pra ver qual é
E dizer venha pra o que vai acontecer

2Eu quero que o tapete voe


No meio da sala de estar
3Eu quero que a panela de pressão pressione

E que a pia comece a pingar


4Eu quero que a sirene soe

E me faça levantar do sofá


5Eu quero pôr Rita Pavone

No ringtone do meu celular


6Eu quero estar no meio do ciclone

Pra poder aproveitar


E quando eu esquecer meu próprio nome
Que me chamem de velho gagá

7Poisser eternamente adolescente nada é


mais démodé
Com uns ralos fios de cabelo sobre a testa
que não para de crescer
Não sei por que essa gente vira a cara pro
presente e esquece de aprender
Que felizmente ou infelizmente sempre o
tempo vai correr

Disponível em https://www.vagalume.com.br/arnaldoantunes/envelhecer.html. Acesso: 22/9/17.

7. (Uece 2018) Sobre as locuções verbais presentes na primeira estrofe da canção (“vai
descendo”, “vão caindo”, “vão crescendo”, “vai dizendo”, “vão morrendo”), NÃO é lícito afirmar
que
a) nestas locuções verbais formadas com o verbo “ir”, é comum que elas expressem algo que
ocorrerá antes do momento da fala.
b) são locuções formadas pelo verbo auxiliar “ir” somado a um verbo principal no gerúndio.

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c) o último verbo destas locuções representa a ação que se quer expressar, enquanto o
primeiro verbo exprime o modo e o tempo em que ela se realiza.
d) o verbo auxiliar, além de expressar o modo e o tempo em que a ação se realiza, faz também
referência à duração da ação verbal.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Texto para a(s) questão(ões) a seguir.

Carta do escritor Graciliano Ramos ao pintor Cândido Portinari

Rio – 18 – Fevereiro – 1946


1Caríssimo Portinari:

A sua carta chegou muito atrasada, e receio que 2esta resposta já não 3o ache 4fixando
na tela a nossa pobre gente da roça. Não há trabalho mais digno, penso eu. 5Dizem que somos
pessimistas e exibimos deformações; 6contudo as deformações e miséria existem fora da arte e
são cultivadas pelos que nos censuram.
O que às vezes pergunto 7a mim mesmo, com angústia, Portinari, é 8isto: se elas
desaparecessem, poderíamos continuar a trabalhar? Desejamos realmente que elas
desapareçam ou seremos também uns exploradores, tão perversos como os outros, quando
expomos desgraças? Dos quadros que você mostrou 9quando almocei no Cosme Velho pela
última vez, o que mais me comoveu foi aquela mãe com a criança morta. Saí de sua casa com
um pensamento horrível: numa sociedade sem classes e sem miséria seria possível fazer-se
aquilo? Numa vida tranquila e feliz que espécie de arte surgiria? Chego a pensar que faríamos
cromos, anjinhos cor-de-rosa, e isto me horroriza.
Felizmente a dor existirá sempre, a 10nossa velha amiga, nada a suprimirá. E
11seríamos ingratos se 12desejássemos a supressão dela, não 13lhe parece? Veja como os

nossos ricaços em geral são burros.


Julgo naturalmente que seria bom enforcá-los, mas se isto nos trouxesse tranquilidade
e felicidade, eu ficaria bem desgostoso, porque não nascemos para tal sensaboria. O meu
desejo é que, eliminados os ricos de qualquer modo e os sofrimentos causados por eles,
venham novos sofrimentos, 14pois sem isto não temos arte.
E adeus,15 meu grande Portinari. Muitos abraços para você e para Maria.

Graciliano

sensaboria: contratempo, monotonia

8. (Mackenzie 2018) Assinale a alternativa correta.


a) O sufixo de superlativo em caríssimo (referência 1) e a expressão meu grande (referência
15) indiciam o grau de afetividade que une emissor e destinatário da carta.
b) O pronome esta (referência 2) pode ser substituído por “essa” sem prejuízo para o uso
correto da norma culta escrita do português brasileiro.
c) A forma do verbo em fixando (referência 4) denota que a ação a que se faz referência é
considerada em seu estado concluído e final.
d) O uso do pronome nossa (referência 10) evidencia que o emissor da carta delimita de
maneira irrefutável sua separação e distância em relação ao destinatário.
e) Os verbos seríamos (referência 11) e desejássemos (referência 12) exprimem o sentido de
ações que são dadas como certas e realizadas.

9. (Acafe 2017) Complete as frases, empregando os verbos entre parênteses no tempo certo e
adequado ao contexto, e assinale a alternativa correta.

I. Se ele __________ sim ao convite, a diretoria poderia reprogramar o evento. (dizer)


II. Quando nós __________ a próxima festa de confraternização, contrataremos seus serviços.
(fazer)
III. Se amanhã os perfumes não __________ nessa caixa, teremos que levar alguns na mala.
(caber)
IV. Tenho a esperança de que vocês __________ resolver esse problema melhor do que eu.

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(saber)
a) disse-se – faremos – caberem – saibam
b) disser – fizéssemos – coubessem – saibam
c) dissesse – fizermos – couberem – saibam
d) dizer – fazermos – cabessem – saibam

10. (Espcex (Aman) 2017) Marque a única alternativa correta quanto ao emprego do verbo.
a) Se você me ver na rua, não conte a ninguém.
b) Mãe e filho põem as roupas para lavar aqui.
c) Não pensei que ele reouvisse os documentos tão cedo.
d) Evitaram o desastre porque freiaram a tempo.
e) As súplicas da mulher não o deteram.

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Gabarito:

Resposta da questão 1:
[B]

A forma “corríamos” está conjugada no pretérito imperfeito do indicativo pois faz referência a
uma ação concretizada no passado, que apresentou certa duração; já a forma “corremos” está
conjugada no presente do indicativo pois indica uma ação realizada no momento presente,
ideia marcada pelo advérbio de tempo “hoje”.

Resposta da questão 2:
[A]

Apenas a frase transcrita em [A] apresenta verbo no modo imperativo afirmativo, terceira
pessoa do plural:”cruzem”. Nas demais, existe ocorrência de tempos verbais no presente do
indicativo (“entram”,”é”, ”existe”, “dá”), pretérito perfeito do mesmo modo (“pintou”, “proibi”,
“procedi”, “percorri”, “tive”, “contornei”) e infinitivo (“diminuir”, “aumentar”).

Resposta da questão 3:
[C]

Na oração, o verbo “ouvira” está flexionado no pretérito mais que perfeito do modo indicativo,
indicando um fato remoto no passado. Ele pode ser substituído por sua forma composta: “tinha
ouvido” ou “havia ouvido”.

Resposta da questão 4:
[B]

[A] Incorreto. O sujeito oculto do verbo “Ajude” é o público formado pelo voluntário virtual, o
qual não faz parte fisicamente do contexto retratado pela imagem do médico e da criança.
[B] Correto. A oposição de advérbios de espaço indica que há dois espaços, o de atuação do
Médico sem Fronteiras e o de existência do Voluntário virtual; ambos se relacionam quanto
ao apoio à causa retratada.
[C] Incorreto. O verbo “espalhar” tem como objeto direto a oração “o que acontece lá”.
[D] Incorreto. O demonstrativo faz referência à ajuda de que a Organização necessita.
[E] Incorreto. O verbo “acontecer” está conjugado no presente do Indicativo, indicando um fato
cotidiano; já o verbo “ajudar” está conjugado no Imperativo afirmativo.

Resposta da questão 5:
[A]

O verbo “perguntar” na primeira frase está conjugado na terceira pessoa do plural do futuro do
pretérito do modo indicativo. Já na segunda frase, está na primeira pessoa do singular do
presente do indicativo.

Resposta da questão 6:
[A]

Considerando que o verbo “influencia” está no presente do indicativo, ao passá-lo para a voz
passiva, devemos manter o tempo presente por meio do verbo auxiliar. Assim, temos: “é
influenciada”.

Resposta da questão 7:
[A]

[A] Incorreto. A locução formada pelo verbo “ir” indica ação futura.
[B] Correto. Os verbos principais citados estão no gerúndio.
[C] Correto. A formação da locução verbal se dá por verbo auxiliar (indicando modo e tempo) e
principal (indicando a ação primordial).

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[D] Correto. O verbo auxiliar indica o aspecto durativo da ação.

Resposta da questão 8:
[A]

As opções [B], [C], [D] e [E] são incorretas, pois


[B] o pronome demonstrativo “esta” remete anaforicamente ao substantivo mais próximo
(carta);
[C] o gerúndio, presente no termo verbal “expressando”, é uma forma nominal que indica
continuidade;
[D] o pronome “nossa” indica proximidade do emissor com o destinatário:
[E] os verbos “seríamos” e “desejássemos”, no futuro do pretérito do indicativo e no pretérito
imperfeito do subjuntivo, respectivamente, exprimem o sentido de ações que poderiam ou
não ocorrer posteriormente a uma situação passada.

Assim, é correta apenas a opção [A].

Resposta da questão 9:
[C]

Em [I], o futuro do pretérito da expressão verbal da oração principal (“a diretoria poderia
reprogramar o evento da oração”) exige que o verbo “dizer” se apresente no pretérito imperfeito
do subjuntivo: “dissesse”. Em [II], o contexto exige o verbo futuro do subjuntivo, 1ª pessoa do
plural: “fizermos”. Em [III], o futuro do subjuntivo na terceira pessoa do plural: “couberem”. Em
[IV], o presente do subjuntivo, terceira pessoa do plural: ”saibam”. Assim, é correta a opção [C].

Resposta da questão 10:


[B]

As opções [A], [C], [D] e [E] são incorretas, pois

[A] o futuro do conjuntivo é formado da terceira pessoa do plural do pretérito do perfeito do


indicativo, depois de excluídas as desinências (vir – AM);
[B] o verbo reaver é derivado do verbo haver, devendo ser conjugado de acordo com a
conjugação desse verbo (exceto nos casos em que a sua condição de verbo defectivo o
impeça);
[D] existe incorreção ortográfica na forma “freiaram”;
[E] o verbo deter é derivado do verbo ter, devendo ser conjugado conforme esse verbo.

Assim, é correta apenas a opção [B] e as demais deveriam ser substituídas, respectivamente,
por:

- Se você me vir na rua, não conte a ninguém.


- Não pensei que ele reouvesse os documentos tão cedo.
- Evitaram o desastre porque frearam a tempo
- As súplicas da mulher não o detiveram.

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Resumo das questões selecionadas nesta atividade

Data de elaboração: 27/04/2019 às 13:39


Nome do arquivo: 9º AEM - Verbos - 2º Tri

Legenda:
Q/Prova = número da questão na prova
Q/DB = número da questão no banco de dados do SuperPro®

Q/prova Q/DB Grau/Dif. Matéria Fonte Tipo

1 ............. 182517 ..... Média ............ Português ...... Eear/2019 ............................ Múltipla escolha

2 ............. 182210 ..... Média ............ Português ...... Unesp/2019.......................... Múltipla escolha

3 ............. 182754 ..... Média ............ Português ...... Uece/2019............................ Múltipla escolha

4 ............. 178594 ..... Elevada ......... Português ...... Ebmsp/2018 ......................... Múltipla escolha

5 ............. 174074 ..... Baixa ............. Português ...... Espcex (Aman)/2018 ........... Múltipla escolha

6 ............. 175730 ..... Baixa ............. Português ...... Unifesp/2018 ........................ Múltipla escolha

7 ............. 179251 ..... Média ............ Português ...... Uece/2018............................ Múltipla escolha

8 ............. 179633 ..... Elevada ......... Português ...... Mackenzie/2018 ................... Múltipla escolha

9 ............. 168520 ..... Elevada ......... Português ...... Acafe/2017 ........................... Múltipla escolha

10 ........... 163554 ..... Média ............ Português ...... Espcex (Aman)/2017 ........... Múltipla escolha

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