Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
Cadernos PDE
UNIDADE DIDÁTICA
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
RESUMO:
Pelo fato dos alunos pertencerem a contextos diferentes, pretendo
desenvolver através de dinâmicas de grupo, de forma lúdica, atividades que
viabilizem e possibilitem o respeito pelas diferenças e que facilite aos alunos
trabalhar de forma cooperativa e solidária, tendo em vista que o propósito da escola
deveria ser o de desenvolver essas inteligências para ajudar o aluno no aspecto
cognitivo, facilitando sua aprendizagem e a do grupo.
O trabalho com as dinâmicas será focado no autoconhecimento, para que esta
prática passe a ter significado e se torne hábito ao interagir com os professores e
colegas. Com essa iniciativa, a aprendizagem pode ser significativa entre todos os
envolvidos no processo educativo.
GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
Curitiba
2013
UNIDADE DIDÁTICA
Curitiba
2013
APRESENTAÇÃO
Olá!
Ludicidade e Aprendizagem.
INTELIGÊNCIAS MULTIPLAS
PROPOSTA PEDAGÓGICA
Rosiangela Luchese de Seabra Santos
Segundo Celso Antunes, durante anos nosso cérebro foi considerado uma
área impenetrável, ainda que outras partes de nosso corpo já era compreensível, o
cérebro mantinha-se inviolável. Essa inviolabilidade possibilitava várias teorias
dispostas a avaliar o comportamento humano, com o surgimento a partir dos anos
oitenta de conceitos sobre a ação deste importante órgão, derrubando o mito de que
possuímos apenas uma “inteligência”. Desenvolvida por Howard Gardner, no início
da década de oitenta, a Teoria das Inteligências Múltiplas, vem como um conceito de
inteligência acreditando que os indivíduos, possuam desempenho, maior ou menor,
em qualquer área de atuação, Gardner propõe que, ao invés de haver uma
faculdade mental geral, como a memória talvez exista formas independentes de
inteligência em cada área, com possíveis relações entre essas áreas, porém não
necessariamente uma relação direta.
LINGUÍS
TICA
LÓGICO
MATEMÁ
INTER
TICA
PESSOAL
INTELIGÊNCIAS
MULTIPLAS ESPACIAL
INTRA ( HOWARD
PESSOAL GARDNER)
MUSICAL
NATURA
LISTA
CINESTÉ
SICA
INTELIGÊNCIA INTERPESSOAL
Precisa de:
Comunicação
Indivíduo no processo de verbal
Comunicação
Comunicação
Não verbal
VOCÊ
SABIA
QUE:
“Quando falamos de Relações Interpessoais, estamos
falando da construção de identidade e da personalidade do ser
humano. A forma como você reage às pessoas, como
interagem com elas, suas emoções, ações e atitudes quanto às
pessoas nas quais você se relaciona, é o seu relacionamento
interpessoal. É através desses relacionamentos que
conhecemos melhor os outros e a nós mesmos.”
Fonte: Webquest elaborada por Luciana, Maiara, Thaís e Ynara
INTELIGÊNCIA INTRAPESSOAL
É uma forma de autoconhecimento, habilidade no modo de conduzir a vida, e
administrar seus sentimentos e emoções, é a inteligência da autoestima, esse tipo
de inteligência é proferido por Gardner como:
PROCESSO DE
APRENDIZAGEM
INTER- INTRA -
PESSOAL RELAÇÕES PESSOAL
INTERAÇÃO DO
SUJEITO INTERNALIZAÇÃO
MEIO EXTERNO
OUTRO INTERNO
Figura 5 : Imagens adicionada do clip art, <ofice.com>
No exercício da minha carreira docente, após ter passado por várias séries do
Ensino Fundamental como professora de educação física, tenho observado a
dificuldade que nossos alunos (especificamente os dos 6º anos), apresentam em se
relacionarem. Essa troca de série e consequentemente de Escola, é por si só uma
mudança drástica para essas crianças que perdem seu ponto de apoio, que é a
professora (única), para várias professoras que não o conhecem e passam a
conviver em um ambiente muitas vezes adverso a sua realidade, passando a ser
apenas mais um conforme sua vivência domiciliar.
Alguns de nossos alunos vêm de lares e locais com muita violência,
criminalidade, agressividade, com características que variam muito, tornando muitas
vezes a convivência quase insuportável para professores e alunos. Cada um têm
seus problemas específicos, de acordo com a comunidade em que está inserido.
A escola recebe estudantes de diferentes comunidades e cidades, incluindo
área rural, tornando difícil a interação de alguns alunos que não conseguem conviver
de forma harmônica e social com os seus colegas, muitas vezes por apresentarem
comportamento tímido, baixa autoestima e apatia. Outros, por demonstrarem certo
grau de agressividade, de medo, de desprezo, acabam sendo tratados de maneira
diferenciada pelo professor.
Embora a escola seja um local onde o compromisso maior que se
estabelece é com o processo de transmissão/produção de
conhecimento, pode-se afirmar que "as relações afetivas se
evidenciam, pois a transmissão do conhecimento implica,
necessariamente, uma interação entre pessoas. Portanto, na relação
professor-aluno, uma relação de pessoa para pessoa, o afeto está
presente" (Almeida, 1999, p. 107). Apud Sérgio Antônio da Silva Leite
Elvira Cristina Martins Tassoni.
.
Figura 6 : Imagens adicionada do clip art, <ofice.com>
Desinibir, criar;
Melhorar a capacidade de comunicação;
Construir novas relações;
Resgatar a autoestima;
Respeitar as diferenças individuais e a diversidade cultural;
Auxiliar no desenvolvimento da capacidade de amar;
Aumentar a união do grupo;
Aprender a trabalhar em grupo;
Colaborar com o relacionamento
Trabalharmos de forma lúdicainterpessoal.
DINÂMICA?
realizadas nas brincadeiras, contribuem
para o desenvolvimento das crianças, e
valorizar o lúdico significa também para o
trabalho que iremos realizar desenvolver
aspectos que estimulem a socialização
Dynamis
porque é uma ser
podem palavra grega que em
trabalhadas significa força, energia, ação.
NÃO ESQUEÇA
Na Dinâmica de Grupo o
comportamento cria fortes laços de amor
e amizade entre os participantes.
PROPOSTA DE ATIVIDADES
Ao iniciarmos a pesquisa das dinâmicas que seriam usadas nesta unidade
para desenvolver as inteligências inter e intrapessoal, encontramos no Manual
“Dinâmicas de Grupo” de Nelson Vitiello, dinâmicas separadas em cinco grandes
grupos.
Dinâmicas de Apresentação:
O objetivo é de facilitar o relacionamento em grupo, fazendo com que os
alunos coloquem-se diante dos demais de maneira descontraída.
1ª DINÂMICA:
2ª DINÂMICA:
Objetivos:
Descobrir o outro e aprofundar as relações interpessoais.
Identificar os fatores que dificultam a interação pessoal. Acelerar o processo natural
do relacionamento entre os membros do grupo.
Material:
Folhas do caderno contendo as seguintes questões:
a) Qual seu hobby predileto?
b) O que mais o aborrece na vida?
c) O que lhe causa grande vontade de viver?
d) Quais, entre suas emoções, são as de mais difícil controle?
e) Que traços de sua personalidade considera mais marcantes?
f) Como foi sua infância?
g) Quais seus receios em relação a este grupo?
h) Se não tivesse esse nome, que nome escolheria?
i) Que tipo de filme você gosta de assistir?
Desenvolvimento:
Cada participante tentará responder a todas estas questões, após convidar a todos
para uma partilha em pequenos grupos. Pode-se concluir em plenário, celebrando a
experiência feita.
3ª DINÂMICA:
4ª DINÂMICA:
Andando pela sala o aluno deverá fazer uma pergunta para cada colega. (10
minutos)
Nome: ________________________________________________
Apelido:________________________________________________
O lazer de ontem________________________________________
O lazer de hoje__________________________________________
Um sonho______________________________________________
Agora_________________________________________________
Em resumo, sou_________________________________________
5ª DINÂMICA
Técnica de Saída
Objetivos: Tirar o
bloqueio das pessoas
inibidas que se sentem
imobilizadas, incapazes
de fazer o que
gostariam.
* Dez a doze pessoas
para formar um círculo Figura 9 : Imagens adicionada do clip art, <ofice.com>
apertado, com os braços entrelaçados.
* A seguir convida um participante, possivelmente uma pessoa contraída, para que
fique em pé dentro do círculo.
*Uma vez bem formado o círculo, a pessoa que está dentro recebe ordens para
procurar sair do jeito que puder, por cima, por baixo ou arrebentando a corrente de
braços. Os componentes do círculo tentam ao máximo contê-la e não deixá-la
romper o cerco.
* A seguir convida um participante, possivelmente uma pessoa contraída, para que
fique em pé dentro do círculo.
*Uma vez bem formado o círculo, a pessoa que está dentro recebe ordens para
procurar sair do jeito que puder, por cima, por baixo ou arrebentando a corrente de
braços. Os componentes do círculo tentam ao máximo contê-la e não deixá-la
romper o cerco.
*Após uma tentativa de uns cinco minutos, pode-se prosseguir o exercício, trocando
a pessoa que se encontra no meio do círculo.
*Uma vez terminada esta vivência, prosseguem-se os comentários.
6ª DINÂMICA
Sentar-se no Colo
Esta dinâmica propõe um "quebra gelo" entre os participantes:
O coordenador propõe que o grupo fique em pé, ombro a ombro, em círculo.
Em seguida, pede-se que todos façam 1/4 de giro para um determinado lado ficando
em uma fila indiana, (ex: xxxxxxxxxxxx), embora em círculo.
O coordenador dá um sinal, pedindo que todos se assentem no colo um do
outro e depois repitam para o outro lado. É bem divertido, causando muitos risos!
7ª DINÂMICA
Pegadinha do Animal
Objetivo: "quebra gelo" descontração geral.
Dinâmicas de Recreação:
Pressupondo que o nosso grupo já está inteirado, utilizaremos estas
dinâmicas para descontração, objetivando brincar e fortalecer os laços de
amizade entre os membros do grupo.
8ª DINÂMICA
Nó Humano
9ª DINÂMICA
"Chupa ai"
Objetivo: Estimular o Trabalho em Equipe.
Materiais: Uma bandeja de balas de acordo com o número de participantes. As
balas devem ser colocadas dentro da bandeja.
Forma-se um círculo, diga então aos participantes: “vocês terão que chupar
uma bala, só que não poderão usar suas mãos para desembrulhar a bala e colocar
em sua própria boca”.
Os participantes ficam loucos pensando em como fazer isso. É interessante
colocar a bandeja no chão. Alguns participantes até pegam a bala com a boca e
tentam desembrulhá-la.
Espera-se que eles se ajudem, um participante pega a bala com as mãos, a
desembrulha e coloca na boca do outro.
10ª DINÂMICA
11ª DINÂMICA
12ª DINÂMICA
Dinâmica da "Sensibilidade"
Dois círculos com números iguais de participantes, um dentro e outro fora. O
grupo de dentro vira para fora e o de fora vira para dentro. Todos devem dar as
mãos, senti-las, tocá-las bem, estudá-las. Depois, todos do grupo interno devem
fechar os olhos e caminhar dentro do círculo externo. Ao sinal, o Coordenador pede
que façam novo círculo voltado para fora, dentro do respectivo círculo, ainda com os
olhos fechados (proibido abri-los) vão tocando de mão em mão para descobrir quem
lhe deu a mão anteriormente. O grupo de fora é quem deve movimentar-se. Caso
ele encontre sua mão correta deve dizer “Esta!”. Se for verdade, a dupla sai e se for
mentira, volta a fechar os olhos e tenta novamente.
Obs: Essa dinâmica pode ser feita com outras partes do corpo, exemplos: pés,
orelha, olhos, etc. Tem o objetivo de melhorar a sensibilidade, a concentração e a
socialização do grupo.
13ª DINÂMICA
14ª DINÂMICA
O GRUPO
Paulo Cavalcanti de Moura
O grupo é assim:
Gente que é gente
E que não sabe que os outros são gente
Como a gente
Com um lado bom e outro ruim.
No grupo tem de tudo:
Botucudo e tupiniquim.
Tem falador e tem mudo
Mas ninguém é igual a mim.
Tem doutores e tem tímidos
Agressivos e dominados
Tem mãe e tem filhos
Tem até mascarados.
E o grupo vai girando
Mudando a vida da gente
O calado sai falando
O pessimista contente
O grupo é como a vida
Mau se entra, já vamos indo
Quem ri acaba chorando
Quem chora, acaba rindo.
Uma coisa a gente aprende:
Que o outro é como eu
Chora, ri, ama e sente
Mas quase tudo depende da gente:
Que grupo danado!
O eu e o tu se atacam
Mas depois eles se amam
Em benefício de nós.
Fonte:http://www.webquestbrasil.org/criador2/webquest/soporte_tabbed_w.php?id_actividad=16539&id_pagina=1
15ª DINÂMICA
Exercício da qualidade
Objetivos: conscientizar os membros do grupo para observar as boas qualidades
nas outras pessoas; despertar as pessoas para qualidades até então ignoradas por
elas mesmas.
16ª DINÂMICA
Dinâmica do Desafio
Procedimento: Colocar uma música animada para tocar e vai passando no círculo
uma caixa (no tamanho de uma caixa de sapato), explica-se para os participas antes
que é apenas uma brincadeira e que dentro da caixa tem uma ordem a ser feita por
quem ficar com ela quando a música parar. A pessoa que vai dar o comando deve
estar de costas para não ver quem está com a caixa ao parar a música, daí o
coordenador faz um pequeno suspense, com perguntas do tipo: está preparado?
Você vai ter que pagar o mico viu, seja lá qual for a ordem você vai ter que
obedecer, quer abrir? Ou vamos continuar? Inicia a música novamente e passa
novamente a caixa se aquele topar em não abrir, podendo-se fazer isso por algumas
vezes e pela última vez, avisa que agora é para valer quem pegar agora vai ter que
abrir, Ok? Esta é a última vez e quando o felizardo o fizer terá a surpresa de
encontrar um chocolate sonho de valsa com a ordem: “Coma o Chocolate”!
Objetivos: Essa dinâmica serve para percebermos o quanto temos medo de
desafios, pois observamos como as pessoas têm pressa de passar a caixa para o
outro, mas que devemos ter coragem e enfrentar os desafios da vida, pois por mais
difícil que seja o desafio, no final podemos ter uma feliz surpresa/vitória.
17ª DINÂMICA
18ª DINÂMICA
19ª DINÂMICA
20ª DINÂMICA:
Prendendo o amigo:
Material: som
Um aluno do trio deverá fazer uma forma com o corpo, o segundo deverá inventar
outra que interaja com a do primeiro e o terceiro também deverá criar a sua
interagindo com os outros dois.
Logo após, o primeiro sai sem tocar nos colegas que deverão estar entrelaçados e já
forma outra figura estática, e assim sucessivamente.
Obs: interagir com meu colega sem tocá-lo quando formo a figura, nem quando saio
dela para formar outra.
A brincadeira deverá durar uns 2 ou 3 minutos no ritmo da música que estiver
tocando.
21ª DINÂMICA:
Material: som
Em grupos pequenos.
Cada grupo deverá criar três figuras estáticas com o corpo
e apresentar para os demais uma de cada vez, até que os
outros adivinhem o que formou. Após, cada grupo deverá
a partir das 3 figuras que haviam montado, colocar
movimento em sequência, formando uma pequena coreografia.
Segundo Daniel Coleman não basta ser lógico ou saber se expressar verbalmente
senão tiver “jogo de cintura”, conhecer a si mesmo ou ser capaz de fazer uma leitura das
relações humanas no local em que se encontra, para que a convivência seja a mais
produtiva.
Considerações finais
FREIRE, Paulo. : Pedagogia da Autonomia. São Paulo: Paz e terra, 1996- Ano de
digitalização, 2002. p. 39