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(9u1fando pelo AWL01f e pelo magnetismo

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Jacob Meio

BRASILEIRO DE TERESINNPI, RESIDE


EM NATAI.iRN DESDE OS 6 MESES DE
IDADE.
CAsADO, ENGENHEIRO CNIL,
EMPRESÁRIO, CONFERENCISTA INIERNA-
OONAL, COMPOSITOR, CANTOR,
PSICANAIlSTA DIDATA E cLÍNIco,
PRODUTOR DE PROGRAMA DE RÁDIO E
ESCRITOR RENOMADO, JACOB MELo TEM
FORMAÇÃO ESPÍRITA.
PESQUISADOR DO MAGNETISMO, ÁREA
EM QUE ATUA DE FORMA ININIERRUPTA,
ESCREVEU, ALÉM DESTA, QUATRO
OUTRAS MONUMENTAIS OBRAS SOBRE O
ASSUNTO (O PASSE; CURE-SE E CURE
PELOS PASSES; A CURA DA DEPRESSÃO
PELO MAGNETISMO; mVALIANDO
VERDADES DISTORODAS, OS TRÊs
ÚLTIMOS EDITADOS PELA VIDA &
SABER)". TAMBÉM ESTUDA E ESCREVE
SOBRE O SUICÍDIO (VIVER AINDA É A
MErnOR SAÍDA\ SOBRE TEMAS
VARIADOS (REFLEXÕES DE MORENNO; O
Lxoo POSITNO DE TUDO;
P\anua~do
Pa~ll~ta
C9urando pelo ftmor e pelo 1I11agnetismo
JQcob meio

(9urando pelo limar e pelo magnetismo

SABEP
© Jacob Meio - 2011

IOEALlZAÇÃO E REALIZAÇÃO

Jacob MeIo
PROJETO GRÃFICO

Jacob Meio & Mackenzie MeIo


REVISÃO

Ricardo Ondir & Jacob Meio


EOlTORAÇÃO ELETRÓ:XICA

Edi/v/Q Vida & Sa6c/

lLUSTRAÇOES

Mackenzie Meio
Capa:
Miolo: Mackenzie MeIo
Fotos: Olavo Obadowski Jr. e Mackenzie MeIo

IMPRESSÃO E ACABAMENTO

~~~~~~
Edilofa Vida & Sabe,
Caixa Postal, 813. Natal/RN - Brasil- CEPo59031-970.
E-mail: vidaesaberçççmail.com
Fone/Fax: (0_84) 231.4410

Este livro foi composto e impresso em março/abril de 2004.

Câmara Brasileira do Livro, SI', Brasil


Dados de Catalogação na Publicação (CIP)

M 528m Mclo, Jacob


Manual do passista: curando pelo
amor c pelo mag-netismo / Jacob Meio.
-l,'ortakza: Premiu" 2011.9" ldiçâo
192p.: il.

1. l-spiritisrno - Manual do passista. 2. Passis-


ta espiritual. I. Título
cnu 1339
inDJCE

Agradecimentos & Dedicatórias 7


Prefácio- Djalma Motta Argollo 9
Introdução -Manual do Passista 11
Quem Pode Aplicar 13
Passista Espiritual, Magnético ou Misto 23
Por Onde Começar 27
Como Começar 29
Locais e Condições 33
O Mundo dos Fluidos 35
Raciocinando Sobre o Perispírito 43
Analisando o Campo Vital 49
Revendo os Centros Vitais 51
Outros Detalhes dos Centros 'Vitais 57
Aplicando o Passe Espiritual 65
Cola-Psíquica: O Que Seria 69
O Sentido da Aplicação 77
A Velocidade da Aplicação 79
1~Distância da Aplicação 83
Entrando em Relação Fluídica 87
O Tato-Magnético 93
Psi-Sensibilidade do Paciente 99
As Técnicas Mais Comuns .
103
As Funções dos Dispersivos 115
Os Cuidados Com a Fadiga Fluídica 119
Os Passistas e as Dores do Paciente 129
A Água Fluidificada 137
Os Inconvenientes Para Quem Pára 145
Algumas Recomendações Adicionais .
. 151
Conclusão 169
Biografia - Jacob Melo 173
A,radec;menltls & Ded;caltír;as

Certa vez ouvi alguém ensinar:


-Do Céu já recebemos tantas coisas que, para sermos
honestos com o Grande Doador da Vida, nada mais devería-
mos pedir, apenas agradecer, louvar e retribuir.
Não é sem motivo, pois, que agradeço a Deus por
tudo, absolutamente tudo, que recebo e tenho recebido, nesta
quanto em todas as outras experiências reencarnatórias que
vivi. E agradeço a Jesus, por toda luz que se irradia de Seu
Evangelho, conci tando-nos a todos nós à Verdade. Ele, como
a nos indicar o grau de envolvimento que devemos ter uns
para com os outros, relacionou o amor a Deus ao amor que
devemos dispensar ao próximo, tendo por referência o que
de melhor almejamos para nós mesmos.
Por isso, quero agradecer a Deus referindo-me a algumas
pessoas que muito contribuíram para que este novo estudo
viesse a lume.
Agradeço a paciência, o carinho e o estímulo das pes-
soas que sempre leram meus originais e sobre eles opinaram
sabiamen te.
Agradeço aos meus pais, não apenas por serem meus
genitores, mas por iluminarem meu caminho com as luzes
da Doutrina Espírita desde o berço.
Agradeço ao vovô Abdias e ao amigo Cleodon, já des-
encarnados, sempre presentes, sempre companheiros a me
facultarem boas intuições.
Agradeço ao casal Farache que, além de ler os originais
e dar sugestões, tem demonstrado tão prestimosa amizade
inspirando-me a seguir-lhe os bons exemplos de dignidade,
caráter, nobreza de sentimentos e de perseverança nos serviços
no bem que, admirando-os e respei tando-os, nada mais faço
do que retribuir sua generosidade;
Agradeço a Mackenzie Melo, jovem filho e amigo
que trabalhou horas incontáveis nas artes desta obra - e
continua trabalhando para o Bem, de maneira consistente e
perseveran te;
Agradeço a todos os meus filhos que, dentre as mui-
tas coisas boas que o convívio junto aos seus corações me
proporcionam, mesmo quando estivemos distanciados fisi-
camente uns dos outros, fica claro à minha alma que com
eles sempre aprendi e aprendo coisas maravilhosas;
Agradeço aos passistas que estão sempre trabalhando e
aprimorando suas potcncialidades, tanto os que diariamente
trabalham comigo como os outros que me abastecem com
suas inestimáveis in formações.
E agradeço ainda a todos os que me escreveram,
ques-tionaram, indagaram, participaram comigo de cursos,
seminários e treinamentos, bem como aos amigos e com-
panheiros do GEAK e do IEOn e aos pacientes que por
ali passam e passaram, os quais são todos, ainda que não
percebam, meus grandes mestres práticos.
Mas quero dedicar este livro a você, pois o fato deste volu-
me estar em suas mãos demonstra seu interesse por permutar
experiências, buscando favorecer ao bem da humanidade.
Também dedico este livro ao Lar Espírita Alvorada
Nova -IEOn, de Parnamirim/RN, a quem parte dos lucros
desta obra é destinada.
Por fim, dedico este livro ao grande Codificador da
Doutrina Espírita, nosso grande mestre Allan Kardec, cuja
segurança, lucidez e bom senso perrnitirarn que todos nós
tenhamos no Espiri tismo a fortaleza de uma base inoxidável,
firme e perene a nos sustentar as estruturas éticas, morais,
filosóficas e científicas acomodando-nos produtivamente
no grande edifício devotado ao Bem Maior.

W:W
P,eltic;tJ

Escreveu certa feita o notável filósofo espiritualista


Huberto Rohden: "Só se compreende integralmente aquilo que
se ama com ardor." Isso se aplica a Jacob Melo e o Magnetismo.
Pelo amor acendrado ao exercício da terapia f1uídica, desen-
volveu um vasto arsenal de conhecimento sobre o assunto e,
graças à sua espontaneidade nordestina, sabe transmi ti-lo de
maneira simples e coloquial.
Seu tratado sobre o Passe nos parecia haver esgotado o
assunto, mas eis que Jacob nos surpreende com este oportuno
Manual do Passista.
Tendo sido honrado com um pedido para prefaciá-Io,
coube-me o privilégio de lê-lo em primeira mão. Isso me fez
recuar aos primeiros tempos de contato com o Espiritismo, na
inesquecível União Espírita Baiana, onde convivi com almas de
escol como Aurelino Motta de Carvalho, cuja oratória e saber
espírita me fascinavam e atraíam multidões. Mas, destaca-se
em minha memória o querido Etiene Peneira Rocha, sob cuja
direção me iniciei nos estudos do Magnetismo, exercitando-o
em variados aspectos, desde a influência à distância à aplicação
imediata nos processos curativos, com surpreendentes êxitos.
Verifiquei então, como repete Jacob recordando Kardec, que
a transmissão f1uídica se desenvolve pelo exercício e deve ser
exercida de acordo com critérios e técnicas de reconhecida
eficácia. Por isso é que aplaudimos este novo trabalho, o qual
coloca à disposição do leitor os requisitos necessários para a
prática da terapia do passe, sem os lamentáveis acréscimos da
superstição e do improviso.
Muitas vezes se diz que na aplicação de recursos f1uídicos
a boa vontade é essencial. Concordo em princípio, quando se
trata de emergências e casos específicos, dentro de um contexto
justificável. Mas não é possível fazer da emergência um hábito,
porque assim perde seu caráter excepcional. Só o estudo e
a capacitação técnica poderão elucidar questões e resolver
problemas apresentados pela prática do passe. Ou como escreve
Jacob: "O estudo é necessário e a prática daquilo que estudamos
é o que sedimentará nosso aprendizado. Quando alguém
ensina que apenas boa vontade resolve, provavelmente jamais
terá parado para analisar a questão com mais profundidade.
Senão vejamos: saberá esse alguém dizer por que em frente a
certos pacientes sentimos violentas sucções ou repulsões? Saberá
justificar por que em certos passes nos sentimos reconfortados
e noutros ficamos totalmente exauridos? Saberá ensinar como
resolver essa exaustão? Saberá orientar um passista que queira
deixar de aplicar passes, pois não está se sentindo bem com a
prática ou não pode, por algum motivo, continuar nesse mister?
Saberá comprovar com argumentos lógicos por que certos
passistas aplicam passes em muita gente e nada sentem enquanto
que outros entram em fadiga com poucos passes? Saberá explicar
como um passista estando bem, com um paciente estando bem,
numa Casa Espírita bem assistida por Bons Espíritos e tudo
sendo feito dentro dos melhores padrões morais, ainda assim
tanto o passista como o paciente podem, após o passe, estar se
sentindo mal? Saberá explicar por que alguns passistas entram
na chamada "fadiga fluidica", com graves conseqüências em
seus organismos fluídicos e fisiológicos? Saberá explicar por
que quando não fazemos certos gestos ou quando os fazemos
em sentidos outros que não os recomendados pelo Magnetismo,
sobram conseqüências para passistas e pacientes?".
É por responder a essas questões básicas, e muitas outras,
que este trabalho do Jacob é de suma importância para a prática
de um dos mais importantes ramos da "Ciência dos Fluidos",
cujos princípios foram estabelecidos por Allan Kardec, mas que
necessita com urgência que outros "[acobs" se empenhem, com
o mesmo amor e dedicação do autor, a devassar suas fronteiras
ilimitadas, descortinando novos rumos ao Saber Espírita nesta
questão particular.

Receba, Jacob Melo, meu abraço e augúrios de novas e


oportunas publicações, para engrandecimento do Movimento
de Iluminação de Consciência que é o Consolador, que nos
polariza do Ideal.

.•
rDjalwta Wlotta Jlrgollo, Ilhéus, lI'laVÇO de /998.

"
Jnl'tlduçãtl - mAnUAl 1)0 PASSJSIA
a..• O pensamento é uma emissão que ocasiona perda real de fluidos
espirituais e, conseguintemente, de fluidos materiais, de maneira
tal que o homem precisa retemperar-se com os ejlúvioj· que recebe do
exterior': Allan Kardec, in: A Gênese, capo 14, item 20.

Uma dúvida que quase todos trazemos quando entramos


para as lides espiritistas é:
Será que posso aplicar passes?
Em seguida, vem outra que lhe é decorrente:
Como fazer então para ser passista?
Mas não param por aí as dúvidas e indagações. Busca-
se saber se faz mal receber muitos ou poucos passes, se é
possível recebê-los por uma outra pessoa, se para aplicá-los há
a necessidade de ser médium, se o passe fatiga o passista, se
apenas as imposições resolvem, e por aí vai.
Neste livro não irei fazer aprofundamentos, salvo
nalguns casos, embora que de maneira sintética, até porque
meu livro anterior, O Passe: seu estudo, suas técnicas, sua prática,
prestou-se a analisar muitas dessas e outras dúvidas, inclusive
fornecendo larga bibliografia. Aqui tratarei o tema de uma
maneira simples e direta. Sempre que conveniente, entretanto,
indicarei sugestões para aprofundamentos.
Este livro busca atender a uma necessidade bem
detectada. No livro O Passe: seu estudo, suas técnicas, sua prática
não fiz uso de gravuras ilustrativas das técnicas nem as agrupei
de acordo com as melhores conveniências de uso prático. Isso
dificultou um pouco o entendimento dos procedimentos
práticos. Por outro lado, sou forçado a reconhecer que nem
todo passista ou candidato a tal mister se dispõe ao estudo de
uma obra volumosa e técnica como aquela. Imagino, então,
que uma abordagem mais direta e sintética atenda melhor a
esse outro público.

1.1
Um outro fator que me levou a pensar na elaboração
deste livro foi o da necessidade de acrescentar alguns dados
novos, baseado em mais leituras, outras pesquisas, novas
expe-riências levadas a efeito e muitas sugestões e dúvidas
suscitadas por pessoas que me escreveram ou participaram
de meus treinamentos, cursos e seminários. Assim farei uso
do expedien-te de aditar algumas observações gerais nalguns
capítulos, ali colocando esses dados novos e apresentando
algumas correções e atualizações do já referido livro (O Passe
- ed. FEB).
Aqui você encontrará orientações bastante objetivas e
ilustradas sobre quem, como e onde aplicar passes. Entenderá
o porquê da necessidade do conhecimento das técnicas
e como delas fazer uso para melhor atender ao paciente
e a si mesmo. Encontrará ponderações práticas sobre o
funcionamento dos centros vitais. Receberá sugestões de
exercícios e, em vários momentos, poderá ampliar seus
conhecimentos em alguns temas pouco discutidos ou
normalmente apresentados de maneira desprovida de base
lógica, racional e/ou experimental.
..A..ntes, porém, de iniciar nossa "viagem", para que
tenha-mos uma base segura sobre o assunto em pauta, sugiro
que você leia e estude pelo menos O Livro dos Espíritos, O Livro
dos Médiuns e A Gênese, todos de Allan Kardec, e conheça
meu livro O Passe, a fim de que não fique apenas no fazer,
sem saber a razão que está por trás de tudo.
Permita-me mais uma ressalva. Ao longo de toda obra,
salvo ao fazer algum registro específico, uso das ex pressões
"passista", "médium passista" ou "magnetizador" e suas
formas no plural, me referindo àquele que aplica passes nas
Casas Espíritas.
Por fim, roguemos bênçãos a Deus pedindo que Ele
fortaleça nossos bons propósitos. Que estejamos prontos para
o estudo e, mais do que isso, dispostos ao trabalho que está
reservado aos trabalhadores de boa vontade, lembrando que:
Quem lê assimila, quem estuda aprende, quem aplica
ajuda e beneficia-se, mas apenas quem se doa pode afirmar-se
em sintonia com o Amor. - Jacob 'f/flelo •

'fI
QUEm PODE APtJCAR
'íj instrução espírita não abrange apenas o ensinamento moral que
o,' Espíritos dão. mas também o estudo dos fotos. Incumbe-lhe a
teoria de todos os [enõmenos, a pesquisa das causas. a comprouaçâo
do que é possiue! e do que nâo o é; em suma. a observação de tudo o
que possa contribuir para o avanço da ciência .." AJlan Kardec, in:
O Livro dos Médium. Glp. 29. irem 328.

Se definimos o passe como sendo uma transferência de


fluidos, todos somos passistas. Uma consideração, entretanto,
merece ser feita: expelir fluidos não significa transferi-los. Assim,
nem todos que expelem fluidos são passistas. Afinal, todos seres
vivos expelem fluidos e nem por isso são passistas. Logo ...
Se definimos o passe como uma doação de amor,
todos podemos ser passistas. Convém lembrar, porém, que
a transmissão de um passe, para cumprir seu papel mais
sublime, além de solicitar uma emissão de amor comumente
precisa de um fluido magnético mais específico, o qual não é
"usinado'õ" - em potenciais de exteriorização suficientes - por
todas as criaturas. Assim, nem todos os que dizem amar são
necessariamente passistas.
Se definimos o passe como o resultado da boa vontade,
todos somos passistas. Sabemos, todavia, que na vida a boa
vontade, só por si, nem sempre é suficiente para resolver tudo
a que se propõe. Assim, nem todos portadores de boa vontade
são, só por esse motivo, passistas.
Seguindo esses raciocínios, logo concluiremos que, não
sendo todos passistas de fato, existem os que podem e os que
não devem aplicar passes.
Neste ponto insere-se uma questão deveras funda-
mental. O passista ou o candidato a tal mister deve formular
e responder, honesta e firmemente, as seguintes questões:
1) Por que sou ou quero ser passista?

(1) Usinar fluidos é o aro de elaborar Auidos, objerivarnenre, arravés de centros virais
ou o mecanismo de transformar elementos orgânicos em elementos Auídicos para
exreriorizaçâo).

'E'
2) Para que sou ou quero ser passista?
Parece simples, mas talvez não seja, pois, a depender
das respostas, ou modificaremos nossas intenções ou precisa-
remos aprimorar nossos esforços para atingir os objetivos
almejados. Por exemplo: se você responde: "Quero ser passista
porque acho bonito", ou ainda: "Quero ser passista porque
alguém me disse que era bom", ou ainda: "Quero ser passista
porque disponho de uns horários vagos" e assim por diante,
apesar da honestidade da resposta, ela sinaliza para uma
prática ineficiente no futuro ou tão somente um capricho
momentâneo e, por conseguinte, pouco conseqüente em
relação à seriedade requerida por tal prática. O mesmo se dá
se a resposta à segunda questão for no seguinte tom: ''Para
ganhar bônus-hora" ou mesmo "para atender aos amigos e
familiares" ou mesmo "para quando eu não tiver outra coisa
para fazer".
Portanto, é importantíssimo que tenhamos respostas
mais graves e consistentes se quisermos ser passistas de
verdade. Nossa motivação deve estar assentada no desejo
sincero de servir, nos propósitos de auto-doação, na intenção
de colaborar efetivamente com o Mundo Espiritual para o
bem dos que necessitam, enfim, no amor verdadeiro. Devemos
ter disposição de promover reformas íntimas e de superar
adversidades sem deixar graves cicatrizes na alma, não por
querer ganhar o Céu, mas para tornar a Terra mais e mais
feliz e saudável.
Segundo orientação didática proposta por Allan Kardec,
podemos dizer que o passe divide-se em três modali-dades:
espiritual, magnético (humano) e misto. O espiritual é
aquele em que os fluidos provêm basicamente do mundo
espiritual; o magnético é o que conta com maior profusão
fluí dica do passista (fluido vital, anímico, magnético); e o
misto é a conjugação fluídica proporcional dos outros meios;
o espiritual e o humano (magnético).
Em se tratando de passes espirituais, pelo fato de o
passista praticamente não realizar usinagem fluí dica, a grande
maioria das pessoas poderia aplicá-los. Só que, para se servir
de canal eficaz e eficiente ao Mundo Espiritual, o passista
deverá dispor de uma preparação moral e psíquica de
bom nível. Dessa forma, o bom comportamento moral
e psicológico, a boa vontade, a oração e uma postura de
vibração amorosa são os elementos essenciais que dotam
as pessoas de condições favoráveis a serem passistas,
especialmente no caso dos passes espirituais.
Quando o passe é misto ou magnético, outros fatores
entram em consideração ..Além de toda uma postura ética
e moral semelhante à indicada aos passistas espirituais, os
que doam magnetismo, ou seja, os que usinam fluidos vitais
de exteriorização, magneticamente falando precisam ter
conhecimento de si mesmos e de seus limites, de técnicas
de magnetismo aplicadas ao passe e de uma boa dosagem
de exercícios e experiências na área.
Para ser passista magnético ou misto, alguns grupos
de pessoas ainda padecem de certas restrições:
- Crianças e adolescentes devem ser resguardados das
tarefas do passe magnético por se encontrarem em fase de
desenvolvimento orgânico. Para esse desenvolvimento, o
ser se nutre, dentre outros, dos próprios fluidos vitais os
quais seriam utilizados na doação magnética, o que muito
provavelmente lhes fariam falta, com possibilidades de
conseqüências não muito felizes;
-Pessoas na terceira idade, que não tenham participado
demorada e consistentemente dessas atividades num passado
recente, igualmente devem se resguardar de tal prática, visto
que seus campos vitais solicitam parcimônia no desgaste
dos fluidos vitais. Vale a pena esclarecer que pessoas idosas
consomem, de forma natural, mais fluidos do que os mais
jovens, pelo que doações freqüentes de magnetismo humano
podem lhes fazer falta ao próprio consumo;
- Cria turas com deficiências mentais, sob influências
obsessivas, em tratamento com medicações controladas,
tendo o organismo debilitado em decorrência de problemas
pulmonares, cardíacos ou portadoras de moléstias infecto-

'f"
contagiosas, bem como desequilibradas psíquicas e/ou
moralmente, também não devem aplicar passes; e
- Por fim, os usuários de elementos ou atitudes viciosas
em fumo, álcool, tóxicos, sexo desregrado e excessos de várias
ordens, deverão ser convidados a se tratarem e vencerem esses
fatores de desarmonia antes de se iniciarem nesse campo de
auxílio.
Apesar disso tudo, quem, por algum motivo, se descubra
sem condições de aplicar passes, não desanime: procure vencer
ou superar os impedimentos e, vencendo-os ou não, devote
seus melhores esforços vibrando favoravelmente às criaturas
necessitadas; eleve regularmente a mente a Deus, em orações
sinceras e harmônicas, buscando do Mundo Maior auferir
e transmitir as melhores vibrações; se for o caso, faça um
tratamento adequado, inclusive com uso da fluido terapia.
Afinal, em muitos casos, não atrapalhar já é ajudar.. e muito.
Escrevi. um artigo há algum tempo, que acredito valha a
pena transcrevê-lo. Intitula-se: Passista: ser ou não ser.
Muito comum se dizer que qualquer um pode ser
passista. Igualmente comum se generalizar que a boa vontade
é suficiente para prover o passista da capacitação necessária
ao mister. A realidade prática indica o contrário. Algumas
pessoas são indicadas como passistas, chegam mesmo a
assumir tal função, mas ou não "produzem" satisfatoriamente
ou sentem-se "deslocadas", inseguras e envoltas em dúvidas
bastante generalizadas. Frente esses dados, num mundo onde a
competitividade pela qualidade e a comparação para se referir
ao melhor e mais benéfico se interpõem a quase tudo, justo se
ponderar que alguém esteja com mais razão que outro alguém.
Evitando pormenorizar em excesso, ponderemos essa questão
e suas decorrências naturais.
[unda que guardando as mínimas reservas que o
bom senso recomenda, podemos até aceitar que qualquer
pessoa possa ser passista; afinal, quem assim garante não está
definindo nem o que é ser passista nem que tipo de passista
deseja expressar. Portanto, dentro da síntese e da generalidade,

'('"
a afirmativa pode ser válida. O mesmo não ocorre quando se
especifica os enunciados das propostas. E os primeiros
enunciados precisariam ser defmidos dentro do seguinte: é
passista aquele que aplica p~sses ou qualquer um que faça uso
da chamada "bioenergia"? E passista o que faz uso de fluidos
do Mundo Espiritual, próprios ou de ambos? Deverá ou não
o passista estudar e conhecer aspectos fundamentais da
Doutrina Espírita, especialmente sobre fluidos e perispírito?
Como se capacita a pessoa para ser passista?
Como percebemos, a questão aponta para a direção de
uma melhor análise.
É certo que todos podemos vibrar positivamente em
favor dos semelhantes e, assim agindo, transmitir fluidos em
bom padrão de harmonização. Mas, apesar de passe ser "uma
doação de bons fluidos", não significa que uma doação dessas
seja, necessariamente, um passe. Isso porque por passe se
entende uma ação consciente e deliberada de transmissão de
fluidos, de um possuidor para um carente, por meio de uma
técnicat"), ainda que esta seja a mais simples. Nessa doação, a
ligação mental do passista com os níveis espirituais superiores
e a capacidade de fazer suas energias transitarem por ele são
de relevância, tanto quanto a característica de, em possuindo
uma disposição íntima de usinagem fluídica, exteriorizar,
direcionar e "manipular" esses fluidos.
Também é certo que tanto os Espíritos como os espíritas
. afirmam e reafirmam que todo passista tem necessidade de
estudar e aprimorar seus conhecimentos. Mas, depois disso,
.muitos costumam criar uma bitola, no mínimo, incoerente:
"basta ter boa-vontade e impor as mãos", dizem. Ora, com
toda a franqueza, para se ter boa vontade e se fazer imposição

(2) Quando falo técnica não estou me referindo apenas àquelas ligadas e estudadas
mais apropriadamente pelo Magnetismo e sim a qualquer recurso no qual nos baseamos
para fazer a transmissão dos fluidos. Essa técnica tanto pode ser a simples imposição
de mãos, como uma oração à cabeceira do paciente, um olhar objetivo ou uso de
recursos mais complexos da prática do Magnetismo. Por outro lado, não pretendo
nivelar essas técnicas e sim explicitar que técnicas, aqui, não são entendidas apenas
como os recursos mais sofisticados de transmissão fluidica.

1'4
de mãos não há necessidade de qualquer estudo, sequer da
Codificação. Então, seria de se perguntar: o que faremos com
o estudo dos fluidos e do magnetismo? Entendemos que
alguns dos que recomendam essa parcimônia na aplicação do
passe o fazem tendo em vista o chamado "passe espiritual" -
aquele cujos fluidos vêem basicamente do mundo espiritual-,
esquecendo-se que nem sempre o que acreditamos ser passe
espiritual o é de fato. Por outro lado, a imposição de mãos
não pode, em termos absolutos, ser vista como a solução mais
razoável e possível, a depreender-se das próprias palavras do
codificador:
É muito comum a faculdade de curar pela influência
fluídica e pode desenvolver-se por meio do exercício; mas, a
de curar instantaneamente, pela imposição das mãos, essa é
mais rara e o seu grau máximo se deve considerar excepcional r).
A informação de Kardec, que foi magnetizador por 35
anos, é de que a faculdade de curar pela influência fluídica
(passes) "pode desenvolver-se pelo exerdcio", o qual, completamos,
deve ser baseado tanto na teoria quanto na prática do
magnetismo. Mas, pela alta significação do enunciado, devemos
perceber a constatação do codificador ante o caráter de
excepcionalidade atribuído às imposições de mãos. De suas
palavras podemos inferir que as imposições, por si sós, não
são genericamente suficientes, pelo que os passes, e não apenas
as imposições, devem sofrer desenvolvimento pelo exercício.
A despeito disso, sabemos e podemos garantir que o
amor - a excelência dos sentimentos - opera maravilhas no
mundo fluídico, de forma que as técnicas se tornam acessórias
frente a sua força renovadora e restauradora. Mas uma
condição de amor nesse patamar ainda não é das mais fáceis
de se conseguir em nosso nível evolutivo atual. Depois, basta
observar que tem muitas pessoas de bom coração, e que já
ensaiam grandes passos dentro do amor universal, mas que

(3) KARDEC, Allan. Os fluidos. ln.: A gênese, capo 14, item 32, p. 295,24"' ed. Rio
FEB, 1982.
de JaneilO,

1':1
nem assim conseguem tão grandes coisas em termos de resultados
fluídicos. Ocorre que o mundo fluídico não atende apenas a
impulsos psíquicos e mentais ou espirituais;por ser bastante físico,
atende de igual forma a comandos magnéticos, tanto por
repercussão fisiológica quanto por emanações de fluidos vitais.
É nessa hora em que o estudo da teoria, o conhecimento de
técnicas e a vivência prática especifica fazem a grande diferença.
Se assim não fosse, todas as Casas Espíritas, independente do
número de passistas ou de seus pacientes, estariam cotidiana e
constantemente promovendo resultados notáveis, numa
proporção elevada. Como isso não se dá, pelo menos na
regularidade que seria de se esperar, fica evidente que outros
fatores, além da boa vontade e de uma simples imposição de
mãos, interferem positivamente no processo.
Há quem se moleste por essas evidências; sem dúvida, é
muito mais cômodo se acreditar que os Espíritos farão tudo e
que a nós só nos caberá sermos tal "cordeirinhos". O medo de
se reconhecer a real necessidade de um estudo criterioso e de
alguns exercícios que importarão em mais responsabilidades é
um bom indicador de nossa pouca disposição por evoluir. Por
sinal, o medo de se entender certas coisas já era previsto por
Jesus, quando asseverou: "Conhecereis a verdade e ela vos
libertará". Na pressa é comum acreditarmos que o sentido dessas
palavras está restrito a uma condição mística, transcendente,
quando, na realidade, ela diz respeito a todas as verdades, da
menor à maior. Só que para a verdade libertar é preciso viver-lhe
as experiências - que é o meio de conhecê-Ia. Como isso é
"trabalhoso", preferimos nos entregar quais meros "marionetes",
considerando nossa boa vontade como um elevado grau de
desenvoltura já por nós atingido em nossa prática. Deveras,
raciocínio compreensível em quem não teve oportunidade de
mergulhar mais fundo na Doutrina Espírita, mas indesculpável
em cabeças que se propõem a esclarecer e ensinar.
Para ser passista, na acepção espírita do termo, é preciso
mais do que boa vontade e um simples impor mãos, especial-

MU
mente quando se pretende ajudar com consciência e responsa-
bilidade. Para tanto, a fé robustecida pelo conhecimento e o
reconhecimento das próprias capacidades e limites é tarefa
inadiável. Alegar que não se deve buscar resultados - uma
variante do desculpismo - é tomar as responsabilidades que
se deve ter ante tudo que se faz e trocá-Ias pela falsa humildade
que busca esconder uma acomodação irrefletida.
A preocupação quanto à generalização que alguns tentam
fazer em torno do assunto, se deve a evidências muitas vezes
constrangedoras que envolvem os praticantes do passe sem
conhecimento de certas precauções. Por mais que se imagine
não caber maior preocupação na prática do passe, pois
"estaremos sempre acompanhados pelos Bons Espíritos", os
cuidados são devidos. Os Espíritos nem sempre assumem
nossa parte nos trabalhos, assim como não conseguimos
substitui-Los, E Deus não criou o mundo para que se
desenvolvesse só por si, tanto que nos concede guias, mentores
e Espíritos Superiores para nos orientarem. Se assim não fosse,
igualmente não haveria química, medicina,fisica, psicologia ...
Tudo estaria ao "Deus dará", já que o mundo seria - como é
- uma dádiva para o homem, sendo que este não precisaria se
preocupar com nada. Pois os mesmos Espíritos Superiores ai
estariam para tudo prover e resolver. Nessa evidente lógica,
não podemos querer acreditar que Deus esteja pedindo aos
passistas apenas que eles tenham boa vontade e imponham as
mãos, sem qualquer outro requisito que os impulsionem ao
estudo, à reflexão, ao amor e à evolução enfim.
Dentro disso tudo, fica ressaltado que o passista, ou
candidato a, deve amar e estudar. Amar no sentido mais
profundo e nobre do termo - isso bem o sabemos -, mas
quanto ao estudar, deve-se estudar o quê? Estudar fluidos,
perispírito, campos vitais, magnetismo, mediunidade e, se
possível, um mínimo de anatomia e fisiologia. Os que
defendem uma "pureza sem estudo" ficam alarmados com
essas necessidades, como se o alarme resolvesse o problema.

*1-'
Pensam que ter e expressar medo afugentam suas causas.
Pretendem, a todo custo, evitar tais necessidades, pois do
contrário "muitos dos atuais passistas não poderão continuar
sendo ou nunca poderiam ter sido", profetizam. Não se trata
de considerar essas necessidades como excludentes, mas que
são necessárias, são. Isso não impede que pessoas sem cultura,
sem estudo, sem qualquer conhecimento teórico ou acadêmico
de magnetismo e mediunidade não possam aplicar passes e
virem a ser bem sucedidas. Entretanto, se essas mesmas
pessoas tiverem oportunidade de aprenderem e aprimorarem
suas práticas, não há como se provar que elas ficariam menos
eficientes; muito pelo contrário.
O estudo é necessário e a prática daquilo que estudamos
é o que sedimentará nosso aprendizado. Quando alguém ensina
que apenas boa vontade resolve, provavelmente jamais terá
parado para analisar a questão com mais profundidade. Senão
vejamos: saberá esse alguém dizer por que em frente a certos
pacientes sentimos violentas sucções ou repulsões? Saberá
justiiicar por que em certos passes nos sentimos reconfortados
e noutros ficamos totalmente exauridos? Saberá ensinar como
resolver essa exaustão? Saberá orientar um passista que queira
deixar de aplicar passes, pois não está se sentindo bem com a
prática ou não pode, por algum motivo, continuar nesse
mister? Saberá comprovar com argumentos lógicos por que
certos passistas aplicam passes em muita gente e nada sentem
enquanto que outros entram em fadiga com poucos passes?
Saberá explicar como um passista estando bem, atendendo
um paciente que está bem, numa Casa Espírita bem assistida
por Bons Espíritos e tudo sendo feito dentro dos melhores
padrões morais, ainda assim tanto o passista como o paciente
podem, após o passe, estar se sentindo mal? Saberá explicar
por que alguns passistas entram na chamada "fadiga fluídica",
com graves conseqüências em seus organismos fluídicos e
fisiológicos? Saberá explicar por que quando não fazemos
certos gestos ou quando os fazemos em sentidos outros que

.1'
não os recomendados pelo Magnetismo, sobram conse-
qüênóas para passistas e pacientes?
São questões que merecem ponderação. Se são
intrigantes ou instigantes não devem ser, por isso, relevadas
ou minimizadas. O bom senso, ensinado e exemplificado por
Kardec, nos recomenda estudo e prática, amor e instrução.
Estaremos quando generalizamos, baseados apenas numa
prática particular, agindo coerentemente com a Doutrina
Espírita? Será que o Espiritismo é apenas e tão somente as
palavras literais que se encontram registradas no Pentateuco?
Quando Léon Denis asseverou que o Espiritismo seria
o que dele fizessem os espíritas, alertava para o singelo fato
de nos darmos conta de que "os espíritas" somos todos nós
os que estudamos, os que praticamos, os que vivenciamos e
os que nos beneficiamos da Doutrina dos Espíritos. Querer
esconder a necessidade do estudo e de sua aplicação é
contrapor-se a Jesus quando nos recomendou não esconder-
mos o candeeiro sob o alqueire. Quando estudamos, lemos,
testamos, comparamos, analisamos, ponderamos, aprendemos
e praticamos, temos o dever moral de passar adiante o que de
bom aprendemos e apreendemos. Querer saber para guardar
só para si é egoísmo; querer que os outros não aprendam nem
pratiquem o que sabemos é egoísmo; querer combater o
estudo apenas por ser mais cômodo ficar como está, é
egoísmo. E o egoísmo é a maior chaga da Humanidade, já
declinaram os Espíritos da Codificação e todos os grandes
filósofos e religiosos do Bem de todos os tempos.
Saiamos, pois, do comodismo. Levemos avante o
Espiritismo! Mas o Espiritismo em aspecto tríplice e não
apenas nos estreitos limites de nossa pueril coragem. Estudar
é preciso! Amar é preciso! Viver Kardec é preciso!
'ASSJSIA ESPJIlJIUItC. mAQntlJCO
OUmJSI0
"Os Espíritos atuam sobre os fluidos espirituais, não manipulando-os
como os homens manipulam os gases, mas empregando o pmsammto e a
vontade. Para os Espíritos, O pensammto e a vontade são o que é a mão
para o homenl'. Allan Kardec, in: A Gênese, capo 14, item 14.

Como saber se somos passistas espirituais, magnéticos


ou mistos?
As evidências para o passista, no terreno das sensações
físicas, são frágeis nos espirituais, mais sensíveis nos mistos e
bastante consistentes nos magnéticos.

Os passistas quando
espirituais suficientemente
compenetrados em suas atividades e atentos às sensações nas
quais são envolvidos, costumam registrar um leve e agradável
rocio no alto da cabeça, como se uma suave brisa tocasse
sorrateiramente as pontas de seus cabelos. Em seguida,
percebem uma circulação de sutil vibração e uma benfazeja
sensação a invadir-lhes o cosmo orgânico, especialmente
circulando pela fronte, coração, pulmões e membros
superiores e, num mesmo e ininterrupto circuito, saindo pelos
braços, em direção às mãos, por fim derramando-se sobre o
paciente. Ao final do passe, não sobra qualquer sensação
desagradável de fadiga, irritação ou cansaço. Normalmente,
quando esse circuito fluídico cessa, é sinal de que a doação
fluídica espiritual foi interrompida ou concluída.

Os passistas magnéticos têm claros sinais indicativos da


"usinagem" magnética que se processa em seus campos
orgânicos e perispirituais. A forma mais direta de se observar
tais ocorrências é sentindo o próprio corpo. Quando uma
"usinagem" magnética se inicia - e isso se dá quase
imediatamente aos primeiros sinais do estabelecimento da

*u
"relação fluídica" -, os centros vitais (veremos esse assunto
mais adiante) entram em esforço de "produção fluídica",
deixando vivas sensações no campo físico. Como, na maioria
dos casos, o centro vital gástrico é a primeira e mais efusiva
"usina magnética" a entrar em ação, o mais comum são
registros de sensações no alto do estômago.
Na prática, o normal é observamos a maioria dos
passistas referirem-se a algumas dessas sensações:
- o alto do estômago acusando um movimento
circulatório, como se estivesse afunilando, numa pressão em
direção ao centro do corpo;
- uma espécie de dor fina, estômago a dentro, como se
a lâmina de um punhal penetrasse nessa região;
- o alto do estômago retraindo-se e entrando, como se
fosse sair pelas costas;
- o alto do estômago estufando e se avolumando, como
se fosse explodir;
- gases subindo pelo esôfago, dando forte e quase irre-
sistivel vontade de arrotar ou deixando sensação de azia;
- impressão de conter uma verdadeira turbina,
localizada no alto do estômago, a girar cada vez mais rápida,
de tal maneira que, por vezes, o passista chega a ouvir o intenso
ruído (silvo) da mesma através dos ouvidos internos.
Além do gástrico, outros campos vitais também
participam como usinadores fluídicos. Mesmo sem especificá-
los - pois dá para deduzir facilmente qual centro vital está em
usinagem - outras sensações são bastante significativas na
tentativa de identificação da característica de passista
magnético:
- palpitação forte e/ou arritmia cardíaca sem que, de
fato, o órgão físico esteja submetido a tais esforços ou
movimentos;
- olhos ardendo, coçando, lacrimejando muito ou com
a sensação de que foi passado uma pomada ou um colírio
refrescante ou ardido;

P*I
- ardor na garganta, como se repentinos e insistentes
pigarros surgissem e desaparecessem;
- sudorese inesperada e profusa, verificada, na maioria
das vezes, apenas enquanto dura o passe;
- dores localizadas sobre o figado ou o baço, como se
o passista estivesse despendendo grandes esforços;
- uma azia forte e ardida, que cessa ao ser interrompido
o passe;
- incômodo no entre-olhos, com coceiras no centro da
testa;
- abrimentos de boca incontroláveis, seguidos ao [mal
de certo tempo, de uma relativa fadiga;
- sensação de giro ou pressão sobre a genitália (não
confundir com excitação).

OJ passistas mistos, como seria de se esperar, registram


um pouco das sensações dos dois tipos anteriores (espiritual
e magnético). Ressalto, entretanto, que esses registros
dependerão de pelo menos dois fatores: da "psi-sensibilidade"
(sensibilidade psíquica, magnética) do passista e da observação
dedicada a tais fatos. Se o passista não possuir uma "psi-
-sensibilidade" mínima, dificilmente registrará essas sensações.
Nem por isso deixará de usinar os fluidos magnéticos nem
tampouco será desqualificado como passista misto ou
magnético. Apenas precisará fazer uso de outros recursos para
poder avaliar se realmente usina ou não fluidos magnéticos.
Esses recursos referem-se a observações posteriores às
aplicações dos passes, a saber:
- perda ou repentina dificuldade em conciliar o sono
ou, ao contrário, cair rapidamente em sono profundo, sem
que, ao despertar, guarde a sensação de haver realmente
descansado;
- acordar com ressaca: secura ou gosto amargo na boca,
sede insaciável e indisposição generalizada;
- tonturas ou enjôos injustificáveis;
- complicações gástricas sem motivos alimentares ou
psicológicos que as justifiquem;
- perda de apetite, do paladar ou fome incontrolável;
- dificuldade de raciocinar e lapsos de memória.
Todas essas sensações são altamente sugestivas de
desgastes fluídicos, o qual pode ter várias origens, dentre as
quais destaco duas:
- doação excessiva de fluidos magnéticos;
- doação concentrada de fluidos sem os competentes e
quase sempre indispensáveis dispersivos (veremos este assunto
mais adian te).
Dessa forma, podemos, com um pouco de experiência
e muita observação, deduzir o tipo de passes que estamos
aplicando.
Se espiritual, o desgaste fluídico é quase nulo (adiante
trataremos da cola-psíquica, que explica as razões do pouco
desgaste fluídico); e se magnético ou misto, a depender da
proficiência do passista, será controlado o desgaste, evitando-
se, assim, os riscos e inconvenientes de uma fadiga jluídica (esse
é outro assunto que abordarei adiante com mais detalhes).

PU
'PORonDE comEçAR
" Se o homem se conformasse rigorosammte com as leis divinas, ndo há
dúvidas de que se pouparia aos mais agudos males e viveria ditoso lia
Terra', Allan Kardec, in: A Gênese, cap.3, item 6.

Embora óbvio, merece que coloquemos: para ser mais


eficiente e evitar percalços, o início de qualquer prática será
sempre o do estudo prévio da teoria. Isto é o que nos ensina
Kardec, confirma a experiência e ratifica a própria vida.
Todavia, o mais comum é vermos na prática do passe o
empirismo, o "achismo" e o "guiísmo" (prática onde só o(s)
"guia(s)" do Centro diz/em), ensina(m) e manda(m)) desem-
penhando o papel de mestres infalíveis, mesmo quando grande
é o número de exemplos e resultados pequenos, quando não
funestos, a que tais "orientadores" induzem.
A despeito de muitos afirmarem que basta ter boa
vontade, fé e oração para se realizar os "milagres"esperados
dos passes, a realidade dos fatos aponta para direção diferente.
Não sobram dúvidas que esses três ingredientes são de valiosa
e inestimável ponderação na consecução das chamadas curas,
mas por serem suas vivências plenas muito raras, só muito
raramente resolvem tudo por si sós.
A ação do Mundo Espiritual é incontestável e, mais que
isso, podemos dizer que sem a colaboração e influência dos
Espíritos, muito de nossos esforços seria, em muitos casos,
quase nulo.
Portanto, longe estamos de querer invalidar, diminuir
ou menosprezar as conseqüências positivas advindas da boa
vontade, da fé e da oração e muito menos da participação
dos Espíritos.
Ocorre que, para sermos fiéis aos princípios kardequi-
anos e agirmos com bom senso, precisamos estudar a teoria,
começando pela base. E, falando em passes, não há como

*H
negar: a melhor teoria está no Magnetismo - enquanto a base
inamovível contiua sendo AllanKardec, pelo que não podemos
desprezar a base espírita, que é a Codificação.
Para um bom começo, portanto, o estudo é impres-
cindível.
Como espíritas, precisamos ter segurança em assuntos
como perispírito, fluidos e influência espiritual. Indispensável
conhecermos os "campos vitais", mais conhecidos
como"centros de força" ou "chakras". Igualmente imprescin-
dível, para o bom passista, é o desenvolvimento da fé, da
esperança e da boa vontade. E ainda podemos aditar conheci-
mentos de anatomia e fisiologia, mesmo que elementares, para
que tenhamos um mínimo de noção de onde e em que áreas
ou órgãos estaremos atuando.
Uma outra vertente, mais fundamental ainda que todas
as outras, é o Amor. Esse é a maior alavanca à disposição da
criatura humana na remoção das montanhas dos problemas
de toda ordem. A propósito, a mecânica nos ensina que
dispondo de uma alavanca e de um ponto de apoio podemos
multiplicar poderosamente a resultante da força aplicada,
movendo o mundo. Nosso ponto de apoio será Jesus e
Kardec; nossa força será a boa vontade, a fé, a oração e o
conhecimento enquanto o Amor será a alavanca. Assim
operaremos verdadeiros "milagres". E nunca será demais
afirmar que as verdadeiras curas são aquelas resultantes do
Amor.
A recomendação "Espíritas, amai-vos e instruí-vos" é
séria, grave, conseqüente e, diríamos, imperiosa para a
fdrmação de um bom passista.

pl:'
como COmEçlJ1l
"Daí o tornar-se precisa a intervenfão de um terceiro (em paciente
submetido à subjugafão corporal), que atue, ou pelo magmtismo, ou pelo
império da sua vontade". Allan Kardec, in: O Livro dos Médiuns,
capo 23, item 251.

Por que epara que eu quero serpassista? - Será que essas


perguntas já foram respondidas de você para você? Se não,
evite prosseguir na prática do passe e mesmo deste estudo até
que as tenha respondido com segurança e, mais que isso, sejam
suas respostas bastante coerentes e firmes para levar você à
realização consciente e responsável de tal prática.
E comum observarmos pessoas que querem ser
passistas porque alguém disse que era bom, porque alguém as
apontou como médiuns ou ainda porque simplesmente acham
bacana ser passistas. São argumentos frágeis, que não darão a
sustentação requerida por uma prática séria e continuada, salvo
se, a meio do caminho do estudo e/ou da prática, encontrar
melhor motivação. O porquê e o para quê carecem de
sustentação racional e psicológica além de sentimentos
sinceros e de profundidade em direção ao bem, pois ninguém
deve pensar em ser passista de ocasião ou por diletantismo.
Portanto, comece respondendo, de si para consigo, honesta e
seguramente, essas indagações. Ouvindo as próprias respostas,
examine em sua consciência se elas são suficientes para fazer
com que tenha forças para superar as adversidades naturais
que surgirão, se a vontade de ser passista casa com o desejo
de doar-se, mesmo quando estiver atravessando situações
dificeis, e se o impulso de ajudar ao próximo é suficientemente
forte para que você também supere as próprias fraquezas e
vença as tentações do mundo. Estando tudo assim encaixado,
é só prosseguir, norteando-se sempre por boas e seguras
orientações.
As boas orientações a que me refiro começam, como já
vimos, pelo estudo prévio da teoria. Assim, é mais do que
necessário conhecer e estudar toda a Codificação, especial-
mente no tocante à ação dos fluidos e do Mundo Espiritual.
É importantíssimo que livros como O Livro dos Médiuns, A
Gênese e O Livro dosEspíritos sejam bastante familiares a quem
pretenda ser um passista seguro. Outros livros, entretanto,
desempenham um papel de grande relevância no estudo e
conhecimento da ação magnética. Posso, simplificada e resumi-
damente, indicar a coleção Revista Espírita, de Allan Kardec, o
livro Magnetismo Espiritual, de Michaelus, a série Nosso Lar, do
Espírito André Luiz, e o livro O Passe: seu estudo, suas técnicas,
sua prática. É óbvio que livros de autores clássicos, como
Mesmer, Du Potet, Delanne, Léon Denis e Ernesto Bozzano;
de outros Espíritos, como Manoel Philomeno de Miranda,
Emmanuel, Bezerra de Menezes e Joanna de Ângelis; e de
autores atuais, como Jorge Andréa, Carlos Bernardo Loureiro
e outros são igualmente recomendados, mas não pretendo
estender a lista para não torná-Ia fastidiosa.
Após o conhecimento dessas obras, nada como
participar de cursos e treinamentos sobre passes, nos quais a
teoria começa a casar-se com a prática. Nesses encontros, as
dúvidas devem ser colocadas abertamente e as informações
e/ ou colocações que não batam com o assimilado no estudo
prévio daquelas obras devem ser calma e profundamente
analisadas antes de serem aceitas. Tem muita gente com muita
leitura e pouca prática, assim como pululam os que praticam
sem nunca terem lido ou estudado. Desse caldeirão de
empirismo, o "achismo" ganha um terreno que lhe é
impróprio, deixando sobras pantanosas àqueles que se
~ascinam com as aparências sem cuidarem da busca da essência.
E aí onde se imiscui o "guiísmo".
Concluído um curso ou um treinamento, ainda não será
hora de expor o paciente às nossas intervenções, quase sempre
cheias de insegurança. O ideal é formarmos um pequeno

E'.I
grupo de passistas ou candidatos a tal, para juntos, pormos
em prática o aprendido e, pela discussão e observação acurada
de tudo o que for sentido e registrado por cada participante,
irmos adquirindo a confiança mínima necessária para o exercí-
cio dessa bendita potencialidade.
Tenha certeza de que na aplicação do passe está
inserido, com muita razão, o ditado: ''A pressa é inimiga da
perfeição". E isso tanto vale para a iniciação como para a
duração do passe num paciente. Por outro lado, não se creia
também que preguiça, acomodação ou falsa humildade
estejam contempladas naquele ditado. Quem não sabe,
estuda; quem estuda, aprende; quem aprende deve praticar,
pois "muito se pedirá a quem muito houver sido dado." (Jesus
- S. Lucas, capoXII, v.48).
lOCA3S E COn1J3CÕts
, .
"O médico nada pode, se o doente não faz o que épreciso". Allan
Kardec, in: O Livro dos Médiuns, capo 23, item 254, questão 3.

Há quem diga que qualquer tempo ou lugar é ocasião


para se aplicar passes. Também há quem queira restringir a
prática ao ambiente próprio das Casas Espíritas. A virtude
está no meio, ou seja: existem lugares e ocasiões mais propícias,
sem que isso impeça que sejam consideradas as situações de
emergência ou a especialidade de certos casos.
Dependendo do atendimento que se pretenda fazer, não
importa o local, o tempo nem outras condições similares. Por
exemplo: estamos num lugar qualquer e alguém, sabendo-nos
passista espírita, convida-nos a prestarmos auxilio a uma pessoa
que está em crise violenta (obsessiva, orgânica, psíquica ou
emocional). Sendo o caso uma emergência de fato, fortaleçamo-
nos na oração e partamos em sentido ao atendimento.
Mas, se o caso não é emergencial nem atende à
imperiosidade da visita a um ambiente que não seja a Casa
Espírita, o ideal é levar o paciente ao ambiente mais propício,
que é justamente a Casa Espírita. Ali a Espiritualidade Supe-
rior prepara todo o ambiente espiritual (fluídico) da cabine
de passes e a Equipe Espiritual que opera no atendimento
sente-se melhor aparelhada para as providências necessárias (4).
Visitas de atendimento em hospitais, residências ou
ambientes estranhos são possíveis, mas é útil observar as
conveniências (da administração do local, de quem será o
paciente e de quem convidou, se há concordância real pela
parte interessada na assistência ...) e evitar, na medida do
possível, que um passista se aventure nessas tarefas

(') Médiuns videntes e narrativas espirituais confirmam a existência de avançados e


sofisticados equipamentos fluídicos no Mundo Espiritual nas áreas reservadas às
atividades do passe e de atendimentos mediúnicos.

EEI
desacompanhado de outro(s) companheiro(s) de ideal que
possa(m) ajudá-lo no desempenho da tarefa (5).
Mais importante que tudo, entretanto, é a condição
espiritual, psíquica e física do passista. Ele deve estar
harmonizado, equilibrado e disposto à doação. A boa
vontade, neste caso, é requerida de forma quase imperiosa e a
devoção ao serviço deve estar à frente das costumeiras
desculpas comodistas.
A oração, repito, deve ser uma constante, especialmente
quando em atendimento de casos emergenciais e em ambientes
que não o ideal. Quão mais complicado o quadro, mais
atenção à oração e à preparação interior. Em todo caso, buscar
contar sempre com a companhia dos bons Espíritos a qual só
é constante a quem luta por se melhorar a cada vez e a dominar
suas más inclinações, sempre.
Uma residência espírita, onde o Evangelho é estudado
em conjunto, também facilita a aplicação de passes espíritas,
só que não de uma forma generalizada e sim para o caso
específico das necessidades dos que participam desses
encontros evangélicos. Todavia, mais do que em qualquer
outro ambiente e ocasião, tanto quanto possível devem ser
evitadas manifestações mediúnicas nos lares.

(5) Sugiro a leitura e o conhecimento do livro" Visita aos lares e hospitaiS', de Marcelo

de Oliveira Orsini, de BH/MG) .

1
•'
,
o mum» DOS 1.fU3DOS
, ,

"Não sendo necessários os milagres para a glonjÚ'afão de Deus, nada


110 Universo se produz fora do âmbito das leis gerais. Deus não faz

mzlagres, porque, sendo, como são, peifeitas as suas leis, não lhe é
necessário derrogá-Ias. Se há fatos que não compreendemos, é que ainda
nos faltam os conhecimentos necessários". Allan Kardec, in: A Gênese,
capo 13, item 15.

É com razão que alguns estudiosos afirmam estar


superado o termo fluido, como designador do elemento que
é "manipulado" nos passes. Os modernos conceitos fisicos
nos arremetem à necessidade de novos termos, os quais
considerem, no mínimo, as teorias de campo, dos quanta e as
decorrências das teorias relativistas. Não sendo meu propósito
adentrar por esse terreno, até porque fugiríamos da idéia básica
desta obra, na medida do possível, farei mão das informações
mais modernas, até o ponto em que tal uso não venha a
dificultar o entendimento do tema. A despeito de tudo, seguirei
utilizando o termo fluido, até porque com ele nos fazemos
entender perfeitamente bem. Os que têm mais conhecimentos
saberão entender o tema e nosso posicionamento e os que se
iniciam na busca das mais recentes descobertas da física, da
química e de tantas novas ciências, não precisarão despender
maiores esforços para chegarem ao mesmo entendimento que
aqueles. De outra forma, agindo assim estou seguindo o
exemplo dos Espíritos da Codificação, quando afirmam que
não é justo chamarmos de "fluidos espirituais" os fluidos que
são empregados pelos Espíritos, entretanto, essa terminologia
toma fácil o entendimento que se busca, pelo que Eles a usaram.
Assim entendidos, iniciemos pela verificação de que dos
seres vivos emanam fluidos constantemente. Esses fluidos são
essencialmente fisicos e têm muito de elementos orgânicos.
Nos seres humanos, eles são muito influenciáveis pela ação
do pensamento, através da vontade e das vibrações em que a

.-1
mente se situa. Nos animais, faltando-lhes a razão, os fluidos
sofrem os efeitos da faixa evolutiva em que se situam: fisioló-
gicos (os materiais) e instintivos (os psíquicos). Não possuin-
do os vegetais, em tese, uma razão ou mesmo um instinto
bem elaborado e rico, os fluidos a eles pertinentes transitam
numa faixa de relativa uniformidade e homogeneidade.
Além desses fluidos, praticamente infinito é o número
de outros que existem disseminados pelo Universo sem fim.
Não havendo o vácuo absoluto, alguma coisa existe
preenchendo todos os espaços e essa coisa só pode ser fluídica.
Quando os Espíritos nos informaram que o mundo existe
oriundo de dois ramos - o espírito e a matéria, tudo sob a
regência de Deus (questão 27 de O LÚJro dos Espíritos) -
deixaram-nos entrever que, do princípio à infinitude, o
processo criativo não estanca. Da fonte primeira - o fluido
universal - semeia-se um grande campo - o fluido cósmico -
no qual o processo de gênese universal da matéria se instala
(sugiro uma análise detida no esquema da página 63 de meu
livro O Passe: seu estudo, suas técnicas, sua prática). Sendo o fluido
universal uma fonte inesgotável e seu campo primaria! - o fluido
cósmico - de dimensões e alcances infinitos, não sobrará
espaço para o vazio, ainda mesmo quando não consigamos
perceber, fisicamente, que o universo conhecido vai além dos
limites que imaginamos e que, além disso, outros universos
existirão e multiplicar-se-ão pelo infinito afora, em todas as
direções.
É nesse grande campo, dos fluidos cósmicos, que surgem
os demais fluidos e elementos que dão e darão ensejo ao
surgimento da vida. Os fluidos vitais, acionados pelo princípio
vital, passam a circular na matéria inanimada, dando-lhe vida.
Isso porque, o chamado princípio vital é a zona de mais alta
freqüência do fluido vital, sendo, pois, o ponto de contacto e
intercâmbio entre a zona física e a espiritual. Como é sabido,
o espírito (estou me referindo ao princípio espiritual e não à
individualidade espiritual) vibra em altissima freqüência e é,
por esse motivo, que ele precisa encontrar, na matéria, zonas
ou campos que lhe forneçam faixas de freqüências fronteiriças;
no caso, o princípio vital (figura 1).
O campo onde se situam os fluidos vitais é o que chamo
de Campo vital. Nele "funciona" a vida e é dele que promanam
os fluidos anímicos (magnéticos). Esses fluidos vitais são
aqueles "manipulados" nos casos das curas e nas transmissões
das vibrações de uns pelos outros.
Esses fluidos vitais são basicamente de origem física,
apesar da grande interferência da mente. A diferença básica
entre os fluidos dos magnetizadores (passistas) e os espirituais
é a sutileza; o humano é mais denso e material, enquanto o
espiritual é mais rarefeito e sutil. Por isso, seus alcances e
efeitos são percebidos de forma diferenciada.
No ser humano, a elaboração dos fluidos se dá em
regiões específicas. Estas são de dois níveis: uma orgânica,
onde certos órgãos funcionam como "combustível" ou
parceiros para as usinas magnéticas, e outra numa muito bem
organizada e sutil estrutura, conhecida como perispírito.
Antes de passar ao assunto perispirito, gostaria de
transcrever aqui um artigo que escrevi no qual reflito sobre a
ação fluídica de Jesus:
Jesus e os fluidos
"A qualidade dessesfluidos lhe coqeria (a Jesus) imensa forf'a
magnética, secundada pelo incessante desejo defazer o bem." - Allan
Kardec, in: A Gênese, Capo Xv, item 2.
Embora com destaque especial no Ocidente, também é
conhecido e respeitado no Oriente. Sendo, a meu ver, o maior
e mais evoluído Espírito que já passou pela Terra,Jesus possuía
a superlatividade em praticamente todos seus sentidos e
percepções. Daí, d'Ele os melhores exemplos de amor e
humildade, de perseverança e renúncia, de sabedoria e ação,
de cura de corpos e de almas. Seu 'nome traz impregnada a
força de sua vida - curta em extensão, incomensurável em
profundidade. O registro de sua passagem pela Terra, ainda
que mesclado de interesses os mais diversos e tendo sofrido
as mutações e adaptações patrocinadas pelos mais variados

Ef4
narradores, tradutores e historiadores, continua preservando
toda a pujança de uma doutrina de exemplo e ação, amor e
coragem.
Tamanho é o brilho de Jesus que muitas religiões o
igualam a Deus. Decorre tal fato, reconhecemos, tanto do
reconhecimento de sua inigualável força moral como por seus
feitos ainda incomparáveis - popularmente tidos por milagres.
É exatamente nesses milagres que vamos encontrar um
Jesus profundo conhecedor das Leis Naturais. Não apenas
daquelas leis que estão limitadas ao saber da época ou mesmo
de hoje, porém da intimidade, extensão e sutileza de tudo e
todos fenômenos fluídicos (por "fluídicos" quero me referir aos
reflexos e às influências do psiquismo humano e do mundo
espiritual sobre o mundo dos fluidos). Evidências não faltam ...
Quando Ele falava que a fé definiria a cura de determi-
nada enfermidade (Me 10,46-52), induzia o paciente à mobiliza-
ção de todo potencial fluidico (anímico) pessoal em seu
próprio beneficio. Com certeza, nessas ocasiões Ele coadju-
vava no processo através da emissão de sutilissimos e penetran-
tes fluidos, posto que oriundos de um Ser Harmônico.
Ordenando que ficassem curados (Me 1, 40-42), os
enfermos de toda espécie recebiam vigorosos potenciais
fluidicos de reparação, vindo seus organismos a participarem
de monumentais transformações, tamanha a profundidade e
o alcance daqueles fluidos. Sem dúvida, esses fluidos eram
orientados por uma vontade que sabia, por uma determinação
que" queria" , de fato, fazer ... e que fazia.
O poder da ação magnética de Jesus se patenteava
máxima em vitalidade quando determinava que aquele que
parecia morto retomasse à vida (Le 8,49-56). Na momentânea
ou aparente quebra do circuito vital, onde os princípios vitais
demoravam-se na execução ou registravam dificuldade em
fazer seus papéis de conectores entre os reinos do Espírito
com o da Matéria, o fluxo magnético do Mestre ampliava os
campos magnéticos e os potenciais de atração do paciente,

.':1
favorecendo, quase que instantaneamente, ao pronto
restabelecimento do circuito chamado vida.
Sob seu comando, Espíritos em situações infelizes,
Espíritos obsessores em violentos processos de vingança e
ódio (Mt 8, 28-34), simplesmente se acalmavam, retirando-se da
zona de percepção e influenciação de suas vítimas. E quando
fica mais evidente que à força fluídica Ele impunha sua
irresistivel força moral, a qual potencializava a primeira.
Situação excepcional foi registrada quando a mulher
hemorroíssa (Mt 9, 20-22), vencendo a multidão que o cercava
e, mesmo estando, acredito, extremamente debilitada, já que
perdia sangue há mais de 12 anos, conseguiu tocar-lhe as vestes.
Na ocasião, não apenas aquela criatura obteve a cura imediata
e definitiva, como Jesus, mesmo cercado, tocado e apalpado
por inúmeros que o rodeavam, registrou que d'Ele saíra "uma
virtude", vindo a perguntar: "Quem me tocou?". Só grandes
doadores fluídicos têm condições de doação espontânea, com
efeitos tão positivos, quando uma "fonte" carente dele se
acerca de maneira "atrativa, assimilativa" (atração magnética
por assimilação, na qual, no dizer de Kardec, as moléculas
mal-sãs são substituídas pelas sãs). E, mais que isso, só
detentores da prática e do conhecimento dos campos fluídicos,
tanto em suas feições de exteriorização, como de usinagem
(produção fluídica), conseguem detectar, mormente em situações
complexas como a ocorrida com a hemorroíssa, o circuito
usinagem-doação fluídica em ação, alirepresentado pela "extração
de uma virtude".
Mas, ao contrário do que quase sempre lembramos, nem
só de "resultados positivos" foi registrada a ação fluídica de
Jesus em nosso meio (6).
N esse enfoque, analisemos apenas duas dessas situações
que muito têm intrigado alguns.

~) Coloco "resultados positivos" entre aspas para destacar a relatividade da expressão,


já que nem sempre o que achamos seja o melhor e o mais correto realmente o é, e
vice-versa; até porque o efeito a curto prazo nem sempre coincide ou corrobora com
suas conseqüências no longo prazo.
Quando Jesus curou o cego de Betsaida (Me 8, 22-26), não
houve, ao contrário de outras vezes, uma instantaneidade na
ação fluídica, pelo menos no padrão do que a maioria esperava.
Embora pretendendo deixar reflexões para muitos outros
campos, a Jesus foi levado um cego (o que sugere que o cego
não queria ir) para ser "tocado". Depois, passou argila (areia
da rua) com saliva (do próprio Jesus) sobre os olhos do
deficiente que, abrindo-os, ainda via "vultos humanos como
se árvores fossem", ao que foi preciso o Senhor acrescentar
"nova imposição das mãos". Ficam as perguntas: teria o fluido
de Jesus fraquejado na ocasião? Não seria uma demonstração
da necessidade da fé como um dos importantes móveis do
sucesso das curas? Não estaria Jesus testando a confiança dos
assistentes? Ou não quereria Ele apenas deixar claro que muitas
outras formas e técnicas de cura existem? Dentre tantas
indagações, ressalta que o Carpinteiro de Nazaré tinha total
domínio da ação fluídica de que era detentor. Evidencia-se tal
conclusão quando, ao final da operação, percebe-se que,
mesmo a contragosto, o cego voltou a ver. Como Jesus nunca
desprezava uma oportunidade de registrar mais e novos
ensinamentos à humanidade, aproveitou-se do estado de
refratareidade do cego para demonstrar que, mesmo a
contragosto do paciente, a força fluídica, quando bem
direcionada, supera qualquer barreira ou obstáculo.
Quando Jesus ressuscitou mortos, conforme lembrei
acima, deixou patente a dimensão de seu domínio sobre o
mundo fluídico, mas é no exemplo da figueira ressequida (Mt
21,18-22) que o Maior Nazareno se supera (força de expressão
apenas), até porque é nesse exemplo que Ele mais foge dos
padrões daquilo que chamamos de "resultado positivo". O
que os tradutores vulgarmente chamam de "maldição da
figueira improdutiva" demonstra o quanto Ele sabia manipular
os fluidos, qualquer que fosse o sentido. Sabendo que, por
magneticamente incompatíveis, haveria instabilidade
magnética entre os fluidos d'Ele emanados e objetivamente
direcionados e o circuito vital da planta, posteriormente

c'··
ressequida, deixou notável demonstração da lei dos fluidos,
os quais sofrem interferência de ordem moral, mas que, nem
por isso, deixam de ser físicos, por serem anímicos. Significa
dizer que, num exemplo de convite ao homem à perseverança
e à frutificação positiva perene e não apenas sazonadamente,
sempre restam observações valiosas para estudos noutros
terrenos, como o fluídico. Ressalte-se ainda que Ele no caso,
demonstrava pretender ressaltar a extensão de sua força
fluídica, pois, numa outra passagem (Lc 13, 6-9), O reencon-
tramos fazendo uma parábola sobre uma figueira estéril, à
qual Ele recomenda se espere mais um ano, mesmo já fazendo
três que ela não produzia frutos e, caso no período não venha
a dar figos, só então seja cortada (e não amaldiçoada).
Vemos muitas pessoas condenando outras com a pecha
detentoras de "mau-olhado", a elas atribuindo personificações
inferiores. Na verdade, os portadores desse "poder" magné-
tico, que fazem murchar plantas, aniquilar animais e adoecer
crianças, nada mais são do que pessoas dotadas de potenciais
fluídico-magnéticos de grave incompatibilidade com reinos
inferiores ou mais sensíveis. São criaturas que, reconheci-
damente, têm o poder de exteriorização de consistentes
campos fluídicos. O mal está no não-direcionamento a algo
positivo, no não-condicionamento de uma vontade firme, na
falta de uma estrutura de moral nobre e de uma vivência da
auto-doação e da ajuda desinteresseira. Não digo com isso
que os portadores de "olho gordo"sejam más ou imorais, mas
sim que, como todo passista sério, precisam engrandecer,
sempre mais, suas estruturas éticas e morais.
Da mesma maneira que Jesus, fonte do amor entre os
seres, pôde, com seus fluidos, atuar numa planta de maneira
desintegrante, os que possuem mau-olhado ou campos
fluídicos muito densos e/ou incompatíveis ao ponto de
interferirem negativamente junto a outrem também podem
redirecionar seus potenciais, suas usinas fluídicas e seus campos
vitais para o sentido do bem comum, da ajuda ao próximo.

M·I
Observações no dia-a-dia demonstram que pessoas
portadoras de tais características magnéticas, quando se
propõem a ajudar através da transmissão do passe ou da
doação fluídica consciente e responsável, respaldada na
reforma moral e no desejo sincero de fazer o bem, conseguem
obrar verdadeiros milagres, para os outros e, por
conseqüência, para si mesmas.
A questão, pois, como tão bem aprendemos e
apreendemos com Jesus, é de controle, educação e
direcionamento. Faz-se necessário estudar, fundamental
praticar, indispensável amar.
Como disseram os Espíritos da Codificação, também
nestes casos, "Jesus é o nosso modelo e guia".

Nota: A fim de não tornar tudo muito repetitivo, de cada caso apenas registrei uma
das citações de O Novo Testamento, todavia, quem quiser reler o Novo Testamento
certamente encontrará muitos e muitos casos semelhantes aos aqui comentados.
IlAC3l!C3nAnDO SOBRE
.
O ~~1l3S'Pj~310.
. .

"O perispírito representa importantíssimo papel no organismo e numa


multidão de afecfães, que se ligam à fisiologia, assim como à psicologia.
O estudo das propriedades do perispirito, dosfluidos espirituais e dos
atributos fisiológicos da alma abre novos horizontes à Ciência e dá a
chave de uma multidão defenômenos incompreendidos até então, por
falta de conhecimento da lei que os rege..." Allan Kardec, in: A
Gênese, capo I, itens 39 e 40.

Pelo que aprendemos na Codificação e por toda uma


irrefutabilidade que as teorias acerca do perispírito nos
demonstram, este elemento é indispensável para a
compreensão da união do espírito à matéria bem como de
suas conseqüências. Na verdade, o perispírito é um "campo
fluídico" multifuncional, formado de elementos de tessitura e
sutileza extremamente variáveis, participando de zonas de
altíssimas freqüências (onde vibra o princípio espiritual) e
alcançando outras muito baixas (onde vibra o elemento
material). Nessa constituição - fluídica, bem se percebe - o
elemento espiritual encontra campo tanto para nele se
manifestar e, por assim dizer, habitar, como para por seu
intermédio, atuar plenamente na matéria densa.
Por este preâmbulo, ressalta-se a necessidade de conhe-
cermos o perispírito.
Nem sempre percebemos com nitidez onde os elementos
que constituem o ser humano (Espírito, perispírito e corpo)
se limitam. Talvez por reflexos de muitas experiências reencar-
natórias, onde o apego à matéria nos fez valorizar em primazia
o corpo, usualmente nos referimos ao Espírito como sendo
propriedade daquele e não o contrário. Expressões do tipo:
"meu Espírito está cansado", "meu Espírito aprendeu, mas
só depois de muito sofrer..." na realidade não poderiam conter
o pronome possessivo meu. Se alguém detém o direito de
uso deste pronome é o Espírito: "meu corpo necessita
dormir", "depois de muito sofrer, meu corpo já não agüenta

eu
mais tanta maceração ...". Logo, quem é o ser é o Espírito e
não o corpo.
Com Allan Kardec, o Espírito voltou a ocupar seu lugar
de destaque - tanto que ele usualmente registrou Espírito com
"e" maiúsculo, salvo quando se referia ao princípio espiritual
em sua conceituação genérica - e o corpo passou a ser visto
como um campo terminal de ação daquele. O corpo é a parte
material de um conjunto interdependente, onde o Espírito é
o dirigente e o corpo o veiculo físico de exteriorização de
suas manifestações físicas. Nesse ponto, uma questão
importava ser estabelecida: quem ou o que faria a interme-
diação entre esses dois elementos, entre o Espírito e o corpo?
Allan Kardec inspirou-se no exemplo de uma semente
para, por analogia, consolidar, do termo perisperma, o nome
desse elemento: perispírito (ver O Livro dosEspíritos, questão 93).
Pela generalidade que o termo abrange, é comum
encontrarmos definições acerca do perispírito colocando-o
tão apenas como veiculo de ligação entre o Espírito e o corpo.
Embora à primeira vista seja lógico esse parecer, num raciocí-
nio mais acurado iremos perceber que, em aceitando apenas
isso, estaremos tomando a parte pelo todo, ou seja, assimi-
lando um dos atributos pelo conjunto do agente em estudo.
Exemplifiquemos: num acidente em que um avião
explode e seus fragmentos, os de seus passageiros e tripulantes,
são dispersados no mar, fica dificil às equipes de buscas
encontrar os corpos. Nesse caso, se um dos encarregados das
buscas encontrar a falange de um dedo de um dos corpos e
gritar que achou um corpo, quando trouxer à apreciação de
todos apenas a parte encontrada, muitos acharão aquilo
ridículo e outros poderão até ficar ofendidos, pois sentir-se-
ão lesados com aquela informação inicial. Isso é o que
normalmente ocorre quando tomamos a parte pelo todo. E é
semelhante a isso o que, usualmente, tem sido feito com as
informações a respeito do perispírito.
Mesmo sem nos aprofundarmos tanto quanto deveria
ser qualquer estudo acerca do perispirito, pelo menos três

•••
grandes fatores de ação perispiritual devem ser considerados
para podermos avaliar o que, de fato, representa esse grande
"campo" chamado perispírito. Chamarei esses fatores de:
funções de contenção, ligação e intercâmbio.
FUNÇÃO DE CONTENÇÃO
Quando Kardec perguntou aos Espíritos sobre a forma
dos Espíritos, eles disseram que, para nós, não tinham forma,
eles eram como uma chama, um clarão, uma centelha etérea.
(ver O Livro dos Espíritos, questão 88).
Permissível deduzir que o Espírito, como essência do
princípio inteligente, tem uma expansão natural indefinida para
nós e, provavelmente, sua ausência de forma pode ser
entendida como uma realidade não material (ver O Livro dos
Espíritos, questões 23.a e 82), de estrutura amorfa. Então, para
expressar-se e movimentar-se na matéria (ou fora dela, mas
no nível em que nos encontramos), carecerá o Espírito de um
campo de contenção: eis aí a primeira grande função do
perispírito. O perispírito conterá (no sentido de delimitar, de
dar contornos e aparência) o Espírito, dando-lhe forma à nossa
percepção.
Ainda na questão contenção, quando da necessidade de
reencarnação, o Espírito precisa delinear, organizar e delimitar
o processo morfogenético, presidindo a elaboração das formas
e disposições do corpo que será desenvolvido para albergá-
10. O perispírito, pois, conterá o corpo, definindo-lhe as
estruturas e o funcionamento, conforme estabelecido em seus
limites de contenção para aquele exercício reencarnatório.
Nesse aspecto, ou seja, no sentido de contenção fisiológica, é
essa função, em parte, o que modernamente se tem chamado
de Modelo Organizador Biológico ou Campo Bioplasmático.
FUNÇÃO DE LIGAÇÃO
Lembremos o que foi dito há pouco: o espírito encontra-
se numa freqüência muito alta enquanto a matéria - o corpo,
portanto-vibra numa freqüência muito baixa. Assim, o
elemento de ligação entre eles deverá, forçosamente, ter campos
ou zonas que vibrem nessas duas faixas de freqüência ou, pelo
menos, próximo a elas, para assim poderem viabilizar a
conexão. O perispírito, possuindo potencialidades
extremamente variáveis em graus de sutileza e densidade,
naturalmente possui campos ou zonas com capacidades de
promover essas conexões, de uma forma bilateral, viabilizando
a ligação entre os dois elementos. Isso porque para poder
habitar e até intelectualizar a matéria (ver O Livro dos Espíritos,
questão 25), o Espírito precisa sempre de um intermediário,
um elo de ligação. Portanto, além das atribuições concernentes
à contenção, o perispírito deve intermediar a ligação entre
esses dois elementos. E quando encontramos a necessidade
do perispírito dispor de campos ou zonas específicas, de alta
e de baixa freqüência, respectivamente, exatamente para
desempenhar esse papel de ligação, em dupla via. Devemos,
pois, convir que na estrutura do perispírito encontram-se
destacados pelo menos dois grandes campos: um que se une
ao Espírito, chamado "campo mental" e um outro que se une
ao corpo, "campo vital". Seriam, pois, nesses campos que
encontraríamos os elos que "prendem" o Espírito ao corpo.
FUNÇÃO DE INTERCÂMBIO
O terceiro fator como função do perispírito é o de
intercâmbio entre as partes. Para alguns, pode parecer que o
item anterior já traga em si mesmo a solução desta questão,
quando na realidade tal não acontece. Vejamos uma analogia.
Uma criança observando adultos conversando através
de telefone convencional e deles recebendo reprimenda para
não mexer no aparelho, certamente ficará curiosa e invejosa,
com vontade de também conversar com alguém de forma
similar. Usando sua criatividade, tomará duas latas vazias e as
interligará através de um barbante qualquer. Convidará outra
pessoll, para falar ao "seu telefone" e fingirá que tudo funciona.
Na verdade, ali apenas está estabelecida a ligação entre os
"aparelhos" por ela criados, mas o intercâmbio buscado, de

eM
fato, estará longe de ser conseguido já que outras condições
precisariam ser atendidas.
O perispírito, na analogia, se fosse apenas o elo de
ligação, não passaria de um barbante, não permitindo o real
intercâmbio entre os meios. Para que tal se dê, necessita o
perispírito de elementos sutis que tanto atenuem como
ampliem os sinais que provêm ou que vão de um campo para o
outro. À feição de um decodificador-amplificador de sinal,
monitorado por um potenciômetro de dupla via (que tanto
amplifica para um canal quanto reduz a intensidade para outro),
o perispírito traduz ao Espírito as informações ocorridas "na
carne" bem como conduz as respostas do Espírito ao corpo
(ver O Livro dos Espíritos, questão 135 a).
Sem, no mínimo, essas três funções, o perispírito de um
encarnado periclita. Daí, a necessidade de avançarmos um
pouco mais no estudo desse elemento, a fim de que possamos
descobrir a "intimidade" de muitos "mistérios" que ainda hoje
permanecem como de difícil compreensão (ver A Gênese, capo
14, item 22).
Acredito que o aprofundamento acerca das zonas
estabelecidas nos campos de alta freqüência ainda seja algo
praticamente inacessível aos nossos conhecimentos e
instrumentos de pesquisas atuais. Em compensação, a viável
pertinência de investigar e pesquisar as zonas de baixas
freqüências não está interdita.
As informações de Kardec são lúcidas, básicas e
fundamentais, mas não podemos perder de vista de que são
igualmente genéricas o suficiente para não nos acomodarmos.
Kardec nos forneceu o alicerce e a estrutura da obra, mas
precisamos continuá-Ia, erguendo as paredes, rebocando-as e
pondo as aplicações de acabamento. Não se trata de querer
modificar ou desviar o rumo dado por ele - mesmo porque
alicerces e estruturas devem ter muita estabilidade - mas de
sermos dignos de nos sentirmos seus continuadores,laborando
por embelezar-lhe e enriquecer-lhe a obra. A propósito,

eM
vejamos o que ele nos disse a respeito do perispírito quando
estudava as manifestações visuais (ver O Livro dosMédiuns, itens
109 e 110 e rever o texto em epígrafo na abertura deste
capítulo):
"O perispírito, como se vê, é o princípio de
todas as manifestações. O conhecimento dele foi
a chave da explicação de uma imensidade de
fenômenos e permitiu que a ciência espírita desse
largo passo (...). Quem haja compreendido bem
aquele princípio, facilmente, por si mesmo, o
aplicará aos diversos fatos que se lhe possam
oferecer à observação.
Longe estamos de considerar como absoluta e
como sendo a última palavra a teoria que
apresentamos. Novos estudos sem dúvida a
completarão, ou retificarão mais tarde (...).
(grifei)

Portanto, é o próprio Codificador quem sugere que


devemos estudar e aprofundar nossos estudos sobre o
perispírito, ratificando, complementando e/ou retificando
pontos que estão inconclusos. Daí nossa preocupação em que
centremos vistas, pesquisas e estudos sobre tão promissor
assunto, sem medo de descobrir coisas novas, sem receio de
levantar novas hipóteses, sem a falsa humildade de não se
poder apresentar novos argumentos e raciocínios. Afinal, foi
o próprio Kardec quem nos incentivou a tal procedimento
científico, tanto registrando as palavras dos Espíritos como
por sua própria lavra e pela força de seu exemplo.
O esquema da figura 2 sugere a interação entre os três
elementos considerados, onde ressalto, para efeitos didáticos,
dois campos que qualifico de primordiais: o mental e o vital .

• 1:1
"Os meios onde superabundam os maus Espíritos são, pois, impreg-
nados de maus fluidos que o encarnado absorve pelos poros perispi-
ríticos, como absorve pelos poros do corpo os miasmas pestilenciaiS'
(grifei). Allan Kardec, iu: A Gênese, capo 14, item 18.

É bem verdade que não podemos destacar, de modo


absoluto, esse ou qualquer outro campo, salvo para atender às
necessidades da didática ou da metodologia do estudo. Tenho
isso bem claro neste estudo. Sabemos que a ação mental e a
vontade do Espírito interferem, de modo sobejamente
consistente, nas ocorrências e no funcionamento do campo
vital. Mas para analisá-Io de forma mais independente, a fim
de assimilarmos suas atribuições mais específicas, não
consideraremos as interferências de ordem espiritual em seus
pormenores. Isso facilitará nosso estudo sem fugirmos do que
buscamos neste item.
Centrando nossa observação sobre o campo vital, fica
fácil concluir que por ele transitam - e até estacionam - as
"energias" que provêem do Espírito em direção ao corpo
assim como acontece em relação às emanações oriundas das
ações fisico-orgânicas do corpo ao Espírito. Para que tal se
dê, mesmo no campo vital, que é o de mais baixa freqüência em
relação ao perispirito, existem "zonas" de alta freqüência,
servindo como "conectores" para a zona espiritual.
Sendo o campo vital, em tese, um campo de baixa
freqüência, fica óbvio que é por ele que os fluidos e as matérias
mais densas são, por assim dizer, trabalhadas. Por isso mesmo,
são vitais suas funções, pois é nesse campo que se estabelece o
circuito vital orgânico, onde o fenômeno chamado "vida"
acontece ou deixa de acontecer, dependendo da funciona-
lidade ou não do mesmo.
No campo vital estão localizados pelo menos dois
importantíssimos elementos para nossa apreciação: o princípio

eu
vital- que é o campo de mais alta freqüência do campo vital- e
o duplo etéreo (ou etérico, como chamam alguns).
Usando uma analogia, o princípio vital funciona como
uma espécie de "interruptor", o que, quando acionado, faz
circular todos os fluidos vitais disseminados no campo vital
Essa circulação vital é que gera o fenômeno vida orgânica
(figura 1). Esses "interruptores" são dentro do campo vital, os
"elementos" de mais elevada freqüência, sendo por intermédio
deles que o principio ou ser espiritual atua, faz a conexão ou
estabelece a imantação de sua essência com o corpo ou com a
matéria. Fica claro que a vida, embora pareça função
essencialmente material, só acontece com a participação do
elemento espiritual - e isso é válido para todos os reinos, já
que é ele quem "liga" o "interruptor vital", o princípio vital. (1)
Ao contrário do princípio vital, o duplo etéreo é a parte
mais densa do campo vital, vibrando em baixa freqüência e,
por isso mesmo, prestando-se a uma agregação mais estreita
com o corpo orgânico. Tanto que o duplo etéreo funciona
como filtro das emanações fisicas, não permitindo maiores
transferências orgânicas para a sutileza do perispírito propria-
mente dito.
É no campo vital onde se dá a usinagem dos fluidos
magnéticos, que são os elementos primordiais do passe, em
especial do magnetismo. Sendo essas usinagens bastante densas,
elas se refletem diretamente no duplo etéreo, repercutindo na
aura. Devido a essas densidades fluídicas usinadas, para que
uma boa harmonização seja obtida é necessário que os centros
vitais estejam em consonância entre si. Com isso, a qualidade
radiante dos fluidos far-se-á mais homogênea, propiciando
boas doações magnéticas, sem maiores repercussões negativas,
seja no passista, seja no paciente. Eis porque é indispensável o
conhecimento, ainda que básico, das funções e das ligações
dos centros vitais.

(7) Para uma apreciação mais aprofundada dessa questão, sugiro o estudo do capítulo IV
de livro O Passe: seu estudo, suas técnicas, sua prática, de minha autoria, especialmente o
relativo ao gráfico da página 63.
REVEnDO OS CEn1ROS VJ1AJS
"As vezes, o que falta ao obsidiado é forfa fluídica suficiente; nesse
caso, a ação magnética de um bom magnetizador lhe pode ser
de grande proiead', (grifei) Allan Kardec, in: O livro dosMédiuns, capo
23, item 251.

Saindo da generalidade e entrando no mais específico,


o campo vital, no ser humano, apresenta-se estruturado num
circuito interdependente de centros vitais, conhecidos como
centros de força ou chakras. Esses campos vitais - que, a fim
de evitar confusão com o campo vital referido no capítulo
anterior, doravante chamarei de "centros vitais" - estão
distribuídos em regiões muito específicas no perispírito, com
estreita correlação com determinadas regiões orgânicas.
Na realidade, possuímos um número muito grande e
indeterminado de centros vitais, cada um influenciando e
repercutindo sobre os demais e vice-versa, num circuito de
interdependência muito amplo. Notoriamente, as ocorrências
vegetativas, animais, físicas têm preponderância nas estruturas
mais densas desses centros, mas as influências psíquicas,
mentais e espirituais também se fazem marcantemente
presentes, de forma que nenhuma análise desses centros será
razoável se não considerarmos um mínimo que seja dessa
multiplicidade de influências.
Para atender nossas necessidades de estudo, nos
limitaremos à análise dos centros vitais principais (primários),
deixando de lado os secundários (medianos), os terciários
(inferiores) e os demais (como os nadis, os terminais e
meridianos de acupuntura, os correspondentes aos poros, os
. relacionados a cada célula, molécula, e assim por diante). Com
isso, sintetizaremos nossos estudos, embora sem maiores
prejuízos para o todo. Mesmo porque, os centros vitais
principais, por suas abrangências, regem os demais tal como
veremos no prosseguimento.
Na ordem natural de suas disposições (figura 3), temos
os seguintes centros vitais (principais): Coronário, Frontal,
Laringeo (estes estão mais diretamente associados às atividades
psicológicas, mentais e espirituais), Cardíaco (como centro
intermediário, entre os padrões de associação dos que lhe estão
acima e abaixo), Gástrico, Esplênico e Genésico (estes últimos
mais relacionados com os processos físicos e químicos do
organismo) .
É bem sabido que os centros vitais encontram-se nas
confluências do perispírito com o corpo físico, dai podermos
fazer correlação entre as localizações aproximadas dos
mesmos em referência ao organismo. Assim, analisando-os
mais detalhadamente, temos:
Coronário - o de mais alta freqüência, vibra no sentido
das "energias" espirituais; sua localização relativa ao corpo é
o alto da cabeça; é o centro da sabedoria; tem responsabilidade
direta sobre as funções psicológicas, cerebrais e espirituais;
cabe a ele a gerência do processo de interação e intercâmbio
entre os demais centros; seu correspondente, em termos de
glândulas, é a pineal; no campo mediúnico é o centro que
propicia a sintonia, a aproximação e o contato com os
Espíritos; no magnetismo, ele percebe e capta os fluidos
espirituais ao tempo em que sutiliza os fluidos mais densos
quando emitidos para o Mundo Espiritual;
Frontal- também de alta freqüência, apesar de muito
abaixo da freqüência do coronário; localiza-se no entre-olhos,
na região vulgarmente conhecida como terceiro olho; é o
centro da intuição; responde pelas funções da visão, da
audição, do olfato e ainda administra o sistema nervoso central;
guarda relação com a glândula pituitária; no campo mediúnico
é o centro ativado nos fenômenos de vidência, audiência e
intuição, além de exercer função de exteriorização de fluidos
ectoplásmicos para as materializações e para os efeitos físicos;
também responde pelo controle ou descontrole das
gesticulações na incorporação; no magnetismo, tem forte
presença nos processos hipnóticos e nas regressões de
memória; por ele, tanto se estabelece a relação de domínio
fluídico ou hipnótico como se quebra o vínculo exercido por
outrem (encarnado ou ser espiritual);
Laríngeo - ainda considerado como de alta freqüência,
exerce significativo papel de filtragem dos fluidos anímicos
quando em direção aos fluidos e campos espirituais; é o centro
da criatividade; localiza-se sobre a laringe (garganta) e, por
isso, também é conhecido como o centro da garganta; regula
a fonia, o sistema respiratório, o processo digestivo inicial, a
pressão arterial e corresponde-se com as glândulas tireóide e
paratireóide; no campo mediúnico tem presença marcante nos
fenômenos de psicofonia e de indução, sem falar na pujança
de sua atividade exteriorizadora de ectoplasma; no magnético,
responde primordialmente pelas insuflações (sopros
magnéticos) ;
Cardíaco - de freqüência mediana, é de fundamental
importância na administração dos campos emocionais; situa-
se sobre o músculo cardíaco; é o centro do sentimento;
relaciona-se com o sistema circulatório e com o sistema
nervoso paras simpático (nervo vago) e corresponde-se com
o rimo; no campo mediúnico atua na assimilação dos campos
emocionais dos comunicantes; no magnético, usina fluidos sutis
e dota os fluidos espirituais de "cola psíquica" (vide adiante
capítulo sobre este assunto); nos processos de cura, atenua as
vibrações dos fluidos mais densos (materiais) e age como
condensador em relação aos fluidos espirituais;
Gástrico - de freqüência baixa, normalmente é a mais
ativa usina de fluidos vitais para exteriorização; é o centro
vital por excelência; também conhecido como solar ou centro
de cura; situa-se sobre a região conhecida como alto do
estômago; é responsável pelos processos digestivos e grande
parte do metabolismo, atuando vigorosamente sobre o
estômago e regulando o sistema nervoso simpático; encontra
correspondência direta com as adrenais e o pâncreas; no
mediúnico, fornece campo de atração a Espíritos sofredores
e de densa vibração; no magnético, usina a maior quantidade

.u
de fluido vital que o organismo normalmente produz para a
auto-manutenção, doação e exteriorização;
Esplênico - também de baixa freqüência, é igualmente
grande usinador de fluidos vitais; é o centro do equilíbrio;
localiza-se sobre o baço; sua interferência se faz mais direta
sobre as funções biliares, renais e de excreção; refere-se muito
diretamente ao baço; no terreno mediúnico, responde pelas
atividades de doação fluídica a Espíritos muito fragilizados
ou com graves descontinuidades perispirituais; no magnético,
usina muitos fluidos vitais para recomposição orgânica,
especialmente quando referente à reconstituição de órgãos,
ossos.
Genésico - de baixíssima freqüência, elabora densos
campos fluídicos que, quando bem canalizados, podem
propiciar vigorosos potenciais energéticos no campo do amor
e da criatividade; é o centro procriador; situa-se sobre a região
genésica, exercendo singular administração nos processos
genéticos e de vida animal; corresponde-se com as gônodas;
no campo mediúnico também libera fluidos de vigorosa
atração magnética; no magnético, é grande usinador de fluidos
densos.
Além desse conjunto de informações, convém
observarmos algumas considerações de ordem prática.
Considerando os sete centros principais, veremos os
riscos e os cuidados mais comuns que devemos tomar para
que tenhamos a harmonia entre eles. Lembro que as indicações
a seguir seguem uma orientação mais didática do que absoluta,
especialmente porque a interdependência entre os centros vitais
causam repercussões nada desprezíveis entre eles.
Coronário - sãoprejudiaais. os excessos de preocupação,
a estafa mental, sono insuficiente ou excessivo, a mente
devotada a guardar ódios, mágoas e rancores, a auto-
compaixão, o desejo e a vibração do mal, o egoísmo, as idéias
de vingança, a falta de mentalizações positivas, onegativismo ...;
são providenciais: o equilíbrio das emoções, o repouso e o

...".
refazimento naturais, praticar e desejar o bem, a compaixão,
o altruísmo, o sentimento de piedade, a oração freqüente, o
otimismo ...
Frontal - são negativos: ter olhos maus, importar-se e
disseminar fofocas e mexericos, alimentar inveja e orgulho,
descontroles físicos e emocionais, ser pessimista e/ ou
hipocondríaco, arquitetar planos maliciosos ou maldosos,
leituras nocivas ... são positivos. ver sempre positivamente, falar
bem das coisas e/ou pessoas, abolir preconceitos, equilibrar
as atividades físicas, acreditar-se bem e bom sem com isso
envaidecer-se ou orgulhar-se, fazer boas leituras, divertir-se
sadiamente evitando excessos ...
Laríngeo - negativos: falar mal, dar maus conselhos,
alimentar mono-idéias, fechar-se sobre os próprios
sentimentos, desdenhar, ridicularizar o próximo, vícios ...
positivos: falar bem, dar bons conselhos, alimentar-se de bons
estudos e boas conversas, abrir-se a diálogos construtivos,
descobrir sempre o lado positivo das pessoas, ausência de
V1Cl0S ...
Cardíaco - são perniciosos: emoções fortes, viciações que
mexam com os sentimentos, preguiça, comodismo, rancor,
mágoa, ódio, sentimento de vingança, violência, impaciência,
irritabilidade ... são saudáveis: a busca pelo auto-conhecimento,
domínio de si mesmo, ausência de vícios, atividades físicas e
intelectuais compatíveis, amizade, compreensão, humildade,
perdão, esquecimento do mal, tranqüilidade, vibração de amor
pelas criaturas, altruísmo ...
Gástrico - são ruins. a gula, o aguçamento do apetite
por interesses subalternos, alimentos de dificil digestão, o jejum
continuado, vícios, disfunção digestiva, descontrolar-se
emocionalmente, hipocondria, elevados níveis de açúcares ...
são bons: educação alimentar, alimentação regular, natural e
equilibrada, digestão normal, ausência de vícios ...
Esplênico - são infelizes: pouca ingestão de líquidos,
alimentação muito condimentada, exercícios físicos
excessivos, mágoas não resolvidas, irritabilidade ... sãofelizes: a
ingestão regular e freqüente de alimentação natural com um
mínimo de condimentos, exercícios físicos regulares e dentro
dos limites individuais, superação de mágoas, paciência,
bondade ...
Genésico - são lamentáveis: abusos sexuais, uso de
afrodisíacos, excitantes e estimulantes sexuais de toda ordem,
fixação sexual, aborto, idéias criminosas, fumo, álcool,
tóxicos ...; são requeridos: controle e educação da sexualidade e
suas funções e uso, idéias criativas, ausência de vícios ...

••
OU1ROS DE1-11lIlES DOS CEn1ROS 1131-113S
"Os seres corpôreos, ao contrário, só podem perceber os pensamentos,
quando revestidos". Erasto e Timóteo, in: O Lioro dos Médiuns, capo
19, item 225.

Subdividirei este capítulo em três itens: influências dos


centros vitais; forma e alcance dos centros vitais; e centro
umeral e as costas.
Influências dos centros vitais
Muitos dos livros que estudam passe e Magnetismo
abordam os centros vitais, mas poucos fazem as correlações
práticas destes com o Magnetismo aplicado.
É sabido que esses centros funcionam em padrão de
giro, ou seja, em movimento circular, no sentido horário.
Dependendo do centro, ele girará com maior ou menor
velocidade Os mais rápidos são os superiores (coronário,
frontal e laríngeo), o intermediário é o cardíaco e os mais
lentos são os inferiores (gástrico, esplênico e genésico). Como
eles guardam interdependência, naturalmente ocorrerão
repercussões nos outros quando um ou outro tiver alterado
seu padrão de giro (velocidade e harmonia de movimentação).
A analogia de corpos em movimento circular, podemos
decompor um sistema de forças nos centros vitais para melhor
entendermos as razões das reações magnéticas nos
magnetizados.
Na figura 06, observamos que o giro de um centro vital
propicia o surgimento de duas componentes (forças): uma
centrípeta (convergindo para o centro do centro vital) e outra
centrífuga (direcionando-se em sentido oposto ao centro do
centro vital). Significa dizer que quando fazemos um passe
aplicando-o no sentido da cabeça aos pés, deixamos os centros
vitais "perceberem" e captarem os fluidos no correto
direcionamento com que foram manipulados, restando a
evidência de que, no caso, prevalece o sentido centripeto de
captação fluídica. Dessa forma, os fluidos adentram o
perispírito e se direcionam à distribuição aos centros vitais
que lhe estão abaixo. Quando, ao contrário, fazemos o passe
dos pés para a cabeça, forçamos os centros vitais à
exacerbação dos giros, prevalecendo o efeito centrífugo.
Como os fluidos, dessa forma, não se auto-dispersam, eles
vão se acumulando nas periferias dos centros vitais,
congestionando-os. A depender da intensidade com que a
prática seja feita, a congestão pode atingir níveis insuportáveis,
chegando, nalguns casos, a ocasionar severos prejuízos para o
paciente e também para o próprio passista.
Por isso que os magnetizadores, corno fruto da mais
ponderada e testada observação, determinaram que os passes
só devem ser feitos no sentido da cabeça aos pés e nunca ao
contrário (figura 08).
E se o passe for circular? O sentido de giro dos centros
vitais indica que esses deverão ser sempre no sentido horário,
exatamente pelo mesmo motivo, ou seja; para evitar a
congestão fluídica.:
A questão da interdependência entre os centros vitais
também aponta para outra questão. É comum passistas "diag-
nosticarem" um foco de desarmonia e aí "trabalharem"
magneticamente. Quando sentem que o foco foi resolvido,
dão por encerrada a tarefa. Esse equívoco leva muitos pacien-
tes a passarem mal após o passe, além de, muitas vezes, deixa-
rem os passistas com uma sensação de incompletude, insatis-
fação, de trabalho mal executado. Aí está um equívoco perfei-
tamente evitável. Ocorre que um foco de desarmonia (uma
infecção, por exemplo), a depender do tempo em que está
estabelecido, se irradia e termina por impregnar e adulterar o
funcionamento dos centros que lhe são adjacentes. Estes, por
sua vez, irão repercutir sobre os outros, e assim por diante.
Fato é que, geralmente o portador de um foco de desarmonia
tem desarmonia igualmente estabelecida em outros centros.
Se for "corrigido" apenas o foco, os outros centros
permanecerão em temporária desarmonia, o que, normal-
mente, resulta em mal-estar para o paciente. E como o passe
·éuma "via de mão dupla", ou seja, o paciente recebe os fluidos
do passista e este se consorcia ao estado de rearmonia daquele,
se o paciente não fica bem, o passista também não ficará cem
por centç>.Assim, é sempre necessário que, após a aplicação
de passes localizados, façam-se passes gerais, ao longo de todo
o circuito vital - envolvendo os centros vitais principais -, a
fim de rearmonizá-los entre si (figura 10).
Ainda nesta questão de interdependência, encontramos
justificativas para que sejam evitadas desarmonias nos centros
vitais quando se pretende fazer um trabalho de passe. Se um
centro vital está desarmonizado, ele atrai os demais para a
recompensação da desarmonia, inibindo-os, portanto, em seus
funcionamentos plenos. O sexo, por exemplo, precisa ser
usado com equilíbrio e moderação, tanto no sentido
fisiológico como no psíquico, pois a desarmonia localizada
em centro de tão baixa freqüência irá perturbar a qualidade
do fluido irradiante (fluido vital) exteriorizado na ocasião do
passe. Daí a recomendação de se evitar relações sexuais ou
sobreexcitações num período em torno de 24 horas antes dos
trabalhos do passe, tempo médio suficiente para que o centro
genésico volte ao seu padrão natural de funcionamento. Isso,
é claro, em 'se tratando de relações ditas naturais, desprovidas
dos abusos e dos desregramentos que a sexualidade mal
educada promove bem como dos desvios mentais e morais
que comprometem, além do genésico, o coronário.
Outro exemplo é o da alimentação. O excesso de alimen-
tos ou o jejum prolongado também acarretam perdas conside-
ráveis na qualidade dos fluidos (retomaremos ao assunto).
2. Forma e alcance dos centros vitais
Os centros vitais têm sido apresentados como em forma
de cones abaulados, com o vértice apontando para baixo. Isto
se fundamenta na vidência dos médiuns de todos os tempos e

·S
lugares. Mas, quando fazemos aplicação do passe magnético
(bioenergia), percebemos que a zona de atuação e alcance dos
centros vitais vai muito além do que limitam esses "cones",
notadamente à medida em que deles afastamos as mãos no
sentido lateral. A que se deve isso? Acredito que à própria
expansão dos centros vitais. Ou seja: eles não estão limitados
às regiões descritas pela vidência - que parece restringir seus
limites. Isso, todavia, requer uma outra hipótese, que é a
seguinte: os centros vitais são campos de freqüência e
modulação próprias, mas variáveis em si mesmos. Assim,
determinadas regiões dos centros vitais têm padrão melhor
definido, pelo que sensibilizam os campos de vidência nesses
limites, sem que isso inviabilize a hipótese de que, além desses
limites, eles mantenham as mesmas atribuições, funções e
alcances, ainda quando não sejam percebidas pela mesma
vidência. Veja-se a figura 05, onde apresento a visão padrão
de um centro vital e uma outra com as expansões devidas.
Com essa hipótese, plenamente viável, podemos entender
porque um passe magnético, mesmo deslocado lateralmente,
permite que a assimilação fluídica pelo centro vital em
operação "capte" os fluidos na mesma (ou quase) intensidade
(figura 07), como se a doação estivesse incidindo diretamente
sobre o fulcro básico do centro vital.
Por outro lado, tudo indica que a zona cônica apenas
delimita os pontos mais sensíveis dos centros vitais e não todas
as suas suspensões. Quando os magnetizadores descobriram
que, a depender da distância e da velocidade com que o passe
é feito, a ação fluídica muda de feição, não perceberam eles a
razão de tal confirmação (tratarei da velocidade e da distância
em capítulo adiante). Hoje, de posse dessas informações
acerca dos centros vitais, parece simples a explicação do
fenômeno. Quando impomos a(s) mão(s) ou a(s)
movimentamos muito lentamente, o centro vital absorverá
mais fluidos e essa absorção será muito centralizada, pelo que
o passe toma uma característica "concentradora" de fluidos.

R.I
Se, ao contrário, fizermos movimentos rápidos, a absorção
fluídica deixará de ser centralizada, levando os centros vitais
a uma reação chamada de "dispersiva" - pois, embora
absorvendo tonalidades fluídicas, permite que outro tanto "lhe
escape" ou seja absorvida em padrões e velocidades
diferenciadas. Já o que diz respeito à distância, se a(s) mão(s)
está(ão) próxima(s) - normalmente, a menos de 25 cm do(s)
ponto(s) que se pretende magnetizar - o centro vital fará uma
captação nos níveis de maior intensidade (próximo ao vértice,
região conhecida como base do vértice), sendo os fluidos,
então, considerados como de reação "ativante". Com a(s)
mão(s) distante(s) -via de regra, a mais de 25 cm -, a captação
será em nível de baixa intensidade (longe do vértice, região
alta do vértice), sobrando aos fluidos a característica
"calmante" .
Para se perceber por que tal se verifica, basta
raciocinemos da seguinte maneira: quando nossa mão (polo
de doação e direcionamento fluídico) está próxima do vértice
do centro vital, as "partículas fluídicas" doadas percorrerão
uma distância menor para atingirem o fulcro central do centro
vital. Ao contrário disso, com a mão distante, o "caminho" a
ser transitado pelas "partículas fluídicas" será muito mais
longo, até porque ele é "percorrido", sob a ação de um
movimento circular, na direção e no sentido de captação do
centro vital.
3. O centro umeral e as costas
Embora pouco falado e quase desconhecido da maioria,
um campo fluídico específico, que qualifico como centro vital
secundário, tem sido freqüentemente utilizado por passistas e
doutrinadores, especialmente em reuniões de desobsessão:
trata-se do centro umeral (figura 04). Localizado às costas,
na região compreendida entre a nuca e as omoplatas, esse
centro tem uma influência muito acentuada nos chamados
fenômenos de psicofonia, mais conhecido como incorporação.
A ele também se confirma um papel muito relevante nos passes

c."
que usam movimentação de mãos pelas costas do paciente,
tanto na ativação como na dispersão fluídica. A prática
demonstra que, imposições ou manipulações lentas e
demoradas sobre o centro umeral, em reuniões mediúnicas,
favorece ao processo de psicofonia (incorporação) enquanto
a movimentação das mãos com rapidez (dispersivos), sobre
este centro, desencadeia um vigoroso restabelecimento de
harmonia entre os centros vitais vizinhos, assim inibindo a
incorporação ou arrefecendo o campo fluídico-magnético
emitido pelo paciente (médium), facilitando o "desligamento"
do Espírito psicofônico. Justificam-se tais reações no fenômsno
mediúnico pelo fato das imposições ou movimentações lentas
sobre o umeral implicarem num considerável incremento de
potencial ao campo fluídico-magnético do paciente,
favorecendo, assim, a aproximação e relativa "imantação" do
Espírito comunicante com o paciente. De forma inversa, as
dispersões (mãos com movimentos rápidos ou outras técnicas
dispersivas) sobre o umeral atenuam, sobremaneira, esse
potencial, de forma que as condições de atração e imantação
fluídicas decrescem consideravelmente, dificultando e até
inviabilizando a "permanência" do Espírito visitante junto ao
paciente. Daí serem tão usados esses dispersivos quando se
pretende obter o afastamento de uma Entidade Espiritual que
esteja próxima ou em envolvimento junto de determinado
médium ou paciente.
Uma outra hipótese que corrobora com a evidência da
existência do centro umeral (ou algum outro centro vital sobre
aquela região) é a que sugere-que os centros vitais principais
têm correspondentes nas costas, no dorso. Embora sem entrar
no mérito da questão, ressalto que essa hipótese merece uma
mais detida análise pelos estudiosos do Magnetismo e do passe
em particular. Veja-se, por exemplo, que as próprias técnicas
do 1íagnetismo, mesmo sem se pronunciarem sobre o tema,
sugerem que algo existe nas costas dos pacientes. Na técnica
do passe perpendicular (descrito em capítulo adiante), o
passista passa as duas mãos, a um só tempo, sendo uma pela
frente e outra por trás do corpo do paciente. Se decompormos
essa técnica, analisando apenas a passagem de uma mão por
vez, ela deixaria de ser perpendicular e passaria a longitudinal.
Só que a técnica longitudinal- a ou as mãos passando apenas
por um lado - não tem a mesma eficiência da perpendicular
quando tratando fluidicamente de um mesmo objetivo, num
mesmo paciente. Logo, o fato de se passar as mãos pelos dois
lados, simultaneamente, promove sensível alteração (aumento
do efeito dispersivo) que, em princípio, só se justifica se às
costas houver centro(s) vital(is) de grande significação ou ainda
alguma forma diferenciada de captar, absorver, reagir ou
interagir com os fluidos em manipulação.
Estando o umeral relacionado com a medula espinhal,
ele exerce expressiva influência sobre as tensões musculares e
na estrutura óssea do corpo. Atua sobre grande parte do
sistema nervoso, tanto na parte motriz como na sensitiva. Daí,
dispersivos gerais feitos com perpendiculares - as mãos
passando pela frente e pelas costas do paciente - são muito
eficientes no reequilíbrio físico-espacial do paciente e na sua
psi-sensibilidade (veremos adiante esse assunto)
N este trabalho, não me proponho a investigar o assunto
nem a trazer bibliografias que abordem esse aspecto, mas
parece ser evidente que não devemos aceitar nem descartar
aprioristicamente nenhuma das hipóteses (se existem ou não
centros vitais às costas). O mais sensato é que estudemos; nos
livros, realizando pesquisas, em consultas a Espíritos
orientadores e experimentando, de forma responsável, em
nossas práticas magnéticas.

14M
. .
IfPtJCAn'DO o 'PASSEES'PJRJIUAt
..
"Diremos apenas qtle este gêttero de mediunidado consiste,
principalmente, no dom que posstlem certaspessoas de curar pelo
simples toque, pelo olhar, mesmo por um gesto, sem o concurso de
qualquer medicação. Dir-se-á, sem dúvida, que isso mais não é do q"e
magnetismo. (.) A intervenção de uma potência oculta, que é o que
constitui a meditmidade, se faz manifesta em certas cirfllllstêmcias,
sobretudo se considerarmos que a maioria das pessoas que podem, com
razão, ser qtlalificadas de médiuns curadores..." Allan Kardec, in: O
Livro dos Médiulls, capo 14, item 175.

Por tudo o que vimos sobre centros vitais, podemos


afirmar que o tema é vasto e merece reflexões sérias e
profundas. Mas a aplicação do chamado passe espiritual -
aquele em que os fluidos são, preponderantemente, do Mundo
Espiritual- parece não levar muito em conta a realidade desses
centros, pelo menos em relação aos passistas. Acredito que,
ocorrem duas coisas: nos passes espirituais, os Espíritos atuam
de maneira direta, agindo segundo conhecimentos e alcances
muito mais avançados do que os dos magnetizadores; a outra
é a sutileza dos fluidos espirituais, que são extremamente mais
rarefeitos do que os magnéticos propriamente ditos,
possuindo, portanto, uma penetrabilidade muito mais
acentuada. Acredito também, que 9s Espíritos, em seus traba-
lhos de passes, usam os centros vitais dos pacientes como
portas de acesso aos fluidos por eles transmitidos, só que de
uma maneira mais objetiva e direta do que a feita por nós
outros. Afinal, no passe magnético fazemos uso de nossos
fluidos anímicos que ainda são, a bem da verdade, excessiva-
mente animalizados.
Isto posto, ressalta que o passe espiritual tem base na
ação e nos fluidos dos Espíritos. O que podemos e devemos
fazer, então, como co-participantes?
Mente equilibrada, coração pleno de amor, vibração
positiva, prece fervorosa, fé inabalável, boa vontade, desejo

C+-I
sincero de ajudar e servir, respeito a tudo e a todos e muita
confiança - em si mesmo, nos Espíritos e em Deus. Junte-se a
isso um ambiente apropriado e equilibrado - fisico e espiritual
- e a certeza da cooperação do Mundo Espiritual. Aí está
uma receita bem estruturada para que se faça uma excelente
aplicação de passes espirituais.

Em termos práticos, após considerar os "ingredientes"


acima, o passista, no passe espiritual, pode agir assim:
1) Antes de iniciar a imposição da(s) mão(s), ore com
fé e esperança, por si e por seu paciente, procurando captar a
sensação de "entrar no clima" fluídico daquele que ali está
para ser atendido. Vibre o mais puro e nobre sentimento de
amor e compaixão que possa dedicar a quem de boa fé ali se
encontra para ser socorrido, ajudado ou aliviado.
2) Sentido o "clima" estabelecido, imponha a(s) mão(s)
sobre a cabeça do paciente ou de frente para o frontal- nem
muito próximo, nem muito distante, cerca de 30 a 50 cm - e
aí, sempre em oração, deixe os fluidos dos Bons Espíritos
fluírem (o fluir dos fluidos espirituais se caracteriza por um
leve rocio a "percorrer" os braços do passista e esvair-se pelas
mãos em direção ao paciente, deixando no passista uma
sensação agradável e suave).
3) Quando cessar esse fluir, sugiro que sejam feitos
alguns dispersivos sobre a cabeça ou sobre o(s) local(is) onde
foi(ram) feita(s) a(s) imposição(ões) para evitar o efeito de
uma possível concentração de fluidos magnéticos (mesmo nos
passes espirituais, é comum o passista deixar "vazar", na
maioria das vezes sem o perceber, fluidos magnéticos
humanos, os quais podem gerar congestão fluídica localizada).
Com a dispersão fluídica evitamos um sem-número de mal-
estares comumente verificados após longas imposições,
mormente se sobre o coronário ou o frontal.
4) Ao final, sempre em prece, sinalize ao paciente que
o passe foi concluído.
Algumas observações adicionais:
a) . Via de regra, não se usa movimentação de mãos nos
passes espirituais. Todavia, como raramente se tem segurança
plena sobre os fluidos que foram doados ao paciente, convém
manter atenção quanto à necessidade do uso de dispersivos.
b) Mesmo.na situação do passe espiritual é grande o
número de pacientes que está precisando de mais de um
dispersivo, no sentido de rearmonizar suas estruturas vitais,
do que uma captação ou doação concentrada de fluidos. Por
isso, o passe dispersivo, no início dos passes espirituais pode
ser de grande valia, já que por seu intermédio podemos
eliminar a necessidade de maiores doações fluídicas. Esta
observação é igualmente coerente e conseqüente nos passes
magnéticos e mistos.
c) As imposições podem ser feitas com uma ou com
as duas mãos, dependendo da área ou região que se queira
fluidificar ou ainda da comodidade prática do passista.
d) Passistas com muita prática nesses passes podem
dispensar o uso das mãos, fazendo todo o processo de
fluidificação de forma mental. - Um inconveniente comum a
isso é que os atavismos e condicionamentos do paciente levam
este a crer que não recebeu o passe e, por outro lado, o passista
nem sempre consegue o domínio mental pleno, que seria uma
condição imprescindível para uma boa realização fluido terá-
pica usando-se apenas a mente.
e) No caso de passes espirituais coletivos, quando
muitas pessoas são atendidas de uma só vez - como quando
se aplica passes num salão com muita gente e os passistas ficam
de frente para o público -, não há necessidade do(s) passista(s)
elevzrf em) as mãos para a distribuição fluídica. Embora não
seja de todo equivocada tal postura, nessa situação o mais
recomendado é uma prece fervorosa, uma concentração
mental no bem, bastante consistente e uma vibração interior
de muita doação. Uma mentalização com vibrações no amor
e no bem é prática de muito feliz resultado.
f) Usualmente, o passe espiritual é de pouca duração,
normalmente em torno de um minuto, raramente excedendo
a um minuto e meio. Apesar disso, há muitas exceções, pelo
que não dá para se estabelecer tempo de aplicação com rigor.
g) O passe é espiritual pela qualificação do fluido (muito
sutil) e não pela característica de envolvimento espiritual. E
dizer: uma incorporação (psicofonia) não implica no passe
ser espiritual. A propósito, o passe, de uma maneira geral,
dispensa a incorporação; no caso do espiritual, mais ainda.
Os fluidos do Mundo Espiritual, quando não são
"depositados" diretamente sobre o paciente, acessam o passista
via centro coronário, o qual os repassa ao paciente via centros
secundários de exteriorização (especialmente as mãos). Daí
ser totalmente desnecessária a incorporação.
h) Os passes espirituais não oferecem contra-indicação,
abstração feita à necessidade de respeito a quem nos faz a
doação (os Espíritos) e do reconhecimento de uma necessidade
real de recebê-los, a fim de não gastarmos indevidamente um
bem que não é nosso.
i) Não confudir passe espiritual com mediunidade
curadora. Nesta última, a ação terapêutica é procedida por
um determinado Espírito, através da "incorporação", a
exemplo do que ocorria com médiuns como Arigó e Edson
Queiroz.

h:'
COlA PSiQU'CA: O QUE SE1Z'A
"Para se designarem coisas novas são precisos termos novo!' Allan
Kardec, na abertura da introdução de O Livro dos Espíritos.

Oportunamente, escrevi um artigo que foi publicado na


revista Reformador, da FEB, edição de dezembro de 1994, com
o título deste capítulo. Ei-lo:
Quando estudamos o magnetismo com Allan Kardec,
encontramo-lo didaticamente dividindo o em três tipos:
magnetismo humano, magnetismo espiritual e magnetismo misto.
Explicando-os (ver A Gênese, capo XIV, item 33), o humano é
aquele cujo fluido emana do próprio magnetizador; o espiritual
é o do qual os fluidos provêm apenas e diretamente do Mun-
do Espiritual, sem intermediário; o misto se dá quando os dois
tipos anteriores se mesclam. Acontece que os Espíritos,
questionados pelo próprio Kardec (ver O Livro dos Médiuns,
capoXIV, item 176), também disseram que os magnetizadores
humanos, embora haurindo a força magnética em si mesmos,
são auxiliados pelos Espíritos. Pela ação destes, a força
daqueles vai aumentada. Daí podemos inferir que:
a) Na prática, em termos absolutos, não teríamos co-
mo catalogar o magnetismo humano, já que os Espíritos, de uma
forma ou de outra, estão sempre presentes e atuantes; isso
implica dizer que a classificação proposta pelo Codificador,
de fato aplica-se em termos relativos ou meramente didáticos;
b) De outra forma, muitas vezes, os Espíritos aplicam
seus fluidos aos pacientes via médiuns, sem que estes
desprendam, de modo sensível, magnetismo humano (fluido vital,
anímico); na prática portanto, podemos dizer tratar-se de
magnetismo espiritual, embora a transmissão pelos Espíritos
contem com a participação de um médium;
c) Nesse raciocínio, só poderíamos dizer que o magnetis-
mo é misto quando o magnetizador humano, usando suas reser-
vas fluídicas, também faz uso concomitante e consciente dos
fluidos espirituais.
Contextualizando o termo magnetismo empregado por
Kardec para o sentido do passe, tal qual o meio espírita
atualmente o emprega, e partindo das reflexões acima, ao
menos duas questões surgem:
1) Até onde vai o incremento da força magnética que
os Espíritos dão aos fluidos dos passistas (magnetizadores)?
2) O que de fato, os passistas estariam doando no caso
do passe espiritual?
Para a primeira pergunta, comecemos por duas outras
respostas dadas pelos Espíritos a Kardec (O Livro dos Médium,
capoXIV, 176, q. 2a e 4") e mais um comentário seu apresentado
em alentado artigo ("Da mediunidade curadora", in: Revista
Espiraa, setembro/1865, item 8):
(LM, 176, q. 2a) "Se magnetizas com o propósito de
curar (...) e invocas um bom Espírito que se interessa por ti e
pelo teu doente, ele aumenta a tua força e a tua vontade, dirige
o teu fluido e lhe dá as qualidades necessárias".
(Li\I, 176, q. 4") ''Agiria com maior eficácia aquele que,
tendo a força magnética, acreditasse na intervenção dos
Espíritos? Faria coisas que considerarieis milagre".
(RE, item 8) " ...os Espíritos lhe (ao magnetizador) vêm
em ajuda, derramando sobre ele seu próprio fluido, que pode
decuplicar ou centuplicar a ação do fluido puramente humano".
Dissecando essas palavras e utilizando as observações
e informações que já dispomos hoje, podemos dizer que o
incremento da força do passista pelos Espíritos vai desde a
potencialização dos fluidos desse, pela "usinagem" fluídica
mais ativa (qualitativa e quantitativamente) de suas energias
animico vitalistas (magnéticas), até o acionamento de seus
centros vitais; isso dá uma impulsão de usinagem fluídica tal
que toma sua propensão a doar essas energias um automatismo
quase irrefreável. Muitos passistas percebem essa ocorrência,
reconhecendo-a por "uma vontade muito intensa de doar
fluidos, por vezes de difícil controle". Fato é que o

ti·,
acionamento dos campos vitais, promovendo uma usinagem
nesses padrões, pode chegar a um ponto em que uma forte
sensação de dor (em plexos como o gástrico, o cardíaco e o
frontal do passista), de tonturas (perda de equilíbrio) ou de
enjôos (ânsias de vômitos ou vontade de arrotar) são
incomodamente percebidos.
A presença dos Espíritos, com suas vontades firmes no
bem, à semelhança de um processo osmótico,fortalece nossa
vontade na hora da ação no bem. A par disso, o fato da
necessidade dos Espíritos darem direcionamento aos fluidos
dos passistas implica, raciocinemos que por vezes, podemos
estar incorrendo em erros, doando e aplicando fluidos com
maus, ineficientes ou equivocados direciona-rnentos. Isso,
certamente, importará num esforço maior da parte dos
Espíritos. Para minimizar esses inconvenientes é que os
passistas são chamados à responsabilidade para o estudo
prévio da teoria, à aplicação prática da boa vivência evangélica
e à sintonia com os bons Espíritos para lhes "secundarem" os
trabalhos.
O derramar dos fluidos espirituais sobre o passista,
saturando-o com fluidos de um "padrão" mais sutil, igualmente
potencializa suas "energias" fluídicas, daí o decuplicar ou
centuplicar da ação magnética. Trata-se, sem dúvida, de um
incremento quantitativo e qualitativo.
A qualificação dada aos fluidos pelos Espíritos é
hipótese plenamente viável posto que eles, vivendo,
percebendo e conhecendo o mundo fluídico em sua
intimidade, podem exercer forte "manipulação" dessas
energias, harmonizando-as ante as necessidades requeridas.
Esses fatores de harmonização são indispensáveis para o
sucesso magnético, pois com essa qualificação fluídica os
campos em operação (dos passista e paciente) refinam suas
afinidades magnéticas. E são as excelências dessas afinidades
que possibilitam atrações, fixações, introjeções e combinações
por um lado e, por outro, repulsões, desligamentos e
expelimentos de cargas fluídicas, tudo de acordo com as leis

."
de afinidade que regem os universos fluídicos e atendendo às
potencialidades e necessidades fluídico-psíquicas de ambos.
O passista pode colaborar sensivelmente nesse item
procurando estabelecer um bom contato (entrar em relação
magnética) com o paciente (ver O Passe: seu estudo, suas técnicas,
sua prática, capo 8, item 2.1.2.2 - 2a Regra).
Por fim, quando se acredita na intervenção dos
Espíritos, toda a estrutura fluídica magnética do passe sai
potencializada, haja vista que todos os grandes
magnetizadores, curandeiros e correlatos quando trabalham
evocando as "forças superiores", sempre conseguem melhorar
o rendimento de suas práticas. Ressalvo, no caso espírita, que
acreditar nos Espiritos não é limitar-se a emitir um pensamento
dizendo: "acredito neles", mas prová-lo através de ações, tais
como a oração, a sintonia para captar melhor as intuições,
dispor-se, com equilíbrio e sabedoria, aos seus influxos,
entregar-se à tarefa com boa vontade efetiva e apurar a atenção
e os cuidados com tudo o que faz. Agindo assim, não tenhamos
dúvidas, operam-se coisas semelhantes a "milagres".
Tomando o caminho da observação dos fatos, voltemos
nossa atenção para a segunda questão anteriormente colocada
- a doação real do passista no passe espiritual.
Quando o passista é reconhecido como magnetizador
humano, é comum observarmos os níveis de cansaço físico e
esgotamento fluídico que o atingem após um determinado
número de aplicações de passes. Para chegar a esse ponto, o
número das aplicações quase sempre é relativamente baixo -
algo como uns 10 a 15 passes. Ao contrário disso, quando ele
é passista espiritual, a quantidade de passes aumenta
sensivelmente, seu cansaço quase n~o é registrado e a fadiga
fluídica parece nunca acontecer. E comum registrarmos
passistas espirituais fazendo aplicações que vão a mais de uma
centena de passes numa única sessão e de forma mais freqüente
do que uma ou duas vezes semanais. Esses dois fatos
conjugados nos levam a inferir que a questão não é
necessariamente de número ou quantidade, mas de origem e
de qualidade dos fluidos empregados. O óbvio nos afirma
que o passista magnético, por doar energias suas, se desgasta
mais, o que não acontece com o espiritual, que doa fluidos de
uma fonte que não lhe é intrínseca. Mas ocorre que o segundo
também deve doar alguma coisa, pois do contrário, os
Espíritos não precisariam dele para fazer as magnetizações
espirituais. O que seria essa "coisa", então?
Seria ingenuidade de nossa parte acreditarmos que os
fluidos em geral fossem apenas uma massa homogênea e
polivalente, onde uma simples força de atração e/ ou repulsão
magnética fizesse todo o trabalho de seleção, categorização,
estratificação e tudo o mais que se necessitasse dele. Tal como
tudo o que nos cerca, os fluidos vitais são campos energéticos de
uma variedade intrínseca enorme, com modulações e
derivações em números surpreendentemente grandes. Por
certo que numa massa fluidica vital (anímica) encontraremos
substâncias orgânicas e psi-orgânicas em profusão, devendo,
por isso mesmo, haver capacidades de combinações infinitas.
Alguns elementos constitutivos desses fluidos são de vital
importância para a manutenção dos níveis de vida orgânica
do ser humano, de tal forma que, quando exauridos, podem
levà-lo às mais variadas doenças e, inclusive, à desencarnação.
Embora acreditemos que muitas outras funções, capacidades
e características particulares existam nos fluidos vitais,
podemos, por força das evidências, concluir que pelo menos
duas outras existem e que são de grande significação: uma é
de que alguns elementos fluídicos desempenham o papel de
catalisadores dos fluidos como um todo, aprimorando e
fazendo aprimorar seus "circuitos" de vitalidade; a outra é de
que componentes se apresentam como campos de "imantação",
os quais se responsabilizam pelo "aprisionamento" de
determinadas cargas fluídicas que, sem esses campos,
facilmente se desestabilizariam e se disseminariam
aleatoriamente no cosmo organo-perispiritual, onde, por não
encontrar campos próprios e equivalentes para atender às leis
das afinidades fluídicas, se perderiam.

*#'
Analisemos esses campos de "imantação".
Estando eles fundamentados na própria essência
fluídica, deve existir no passista um estímulo de auto-
produção, reprodução ou ativação desses campos; no paciente,
eles permitem a assimilação, distribuição, localização e/ou
fixação dos fluidos recebidos nas zonas ou periferias onde
sejam requisitados, a exemplo do sistema imunológico do
corpo humano. Por ser função fluídica é função anímica e não
espiritual, apesar de sensivelmente sujeito às influências desta.
Tomando o passe espiritual por referência, temos esses campos
de "imantação", no passista, atuando de forma esgarçada,
assim transmitindo, por impregnância, seu magnetismo para
os fluidos que lhes "atravessam" o campo. Seguindo esses
fluidos espirituais, agora impregnados desse teor de
"imantação", ao corpo do paciente, eles ali se estabilizam,
com todas as cargas fluídicas de que é portador, com uma
melhor aderência psíquica, já que essa "imantação" transmitida
aos fluidos em trânsito têm alto poder de afinidade com
idênticos campos do paciente. Isso porque o paciente também
possui campos de "imantação" desenvolvidos, mas estes nem
sempre possuem as características próprias para reterem, por
si sós, o novo campo fluídico a que está sendo submetido (o
dos fluidos espirituais). O que se verifica é que o passista, por
sua disposição de doador e pela ação da doação e transferência
magnética, esgarça seus campos de "imantação", donde o poder
de impregnância; o paciente, por sua posição passiva de
recebedor, normalmente está carecente desse poder, pelo que
o trânsito das energias espirituais pelo passista dá ao fluido
espiritual um incremento no seu campo de afinidade fluídica,
favorecendo a estabilidade e a manutenção dos fluidos
espirituais que lhe são doados. A esse incremento dado aos
fluido~ espirituais é que chamo de cola-psíquica.
E essa uma conclusão perfeita? Não o sei, mas já testei,
pela observação, reflexão e análise do comportamento dos
passistas e dos pacientes, e não encontrei ainda nenhuma outra

u'
explicação mais satisfatória. Mesmo porque, a partir de tudo
o quanto aqui analisamos, várias ilações têm lugar e explicações
consentâneas. Dentre outras, destaco:
- o passista espiritual não se cansa porque não doa
fluidos vitais necessariamente; ele apenas possibilita uma
impregnância magnética ao fluido espiritual do qual é canal
(e, muitas vezes, a aplicação do passe deveria ser estafante,
fisicamente falando, e nem assim esse cansaço ocorre);
- nem todos passes espirituais necessitam dessa cola-
psíquica; se o paciente está com seus campos de "imantação"
ativados, os Espíritos fazem o passe espiritual propriamente
dito, ou seja: diretamente, sem intermediários, e seus fluidos
se estabilizarão direta e afinadamente nos campos do paciente
(daí passistas espirituais, com sensibilidade mais acurada, terem
registros de que em certos pacientes não sentem nenhum tipo
de trânsito fluídico espiritual passando por si mesmos,
enquanto os pacientes referem-se à ação fluídica);
- quando se ora de forma contrita e elevada, ativa-se
esses campos de "imantação", confirmando que a prece é um
auto-passe por excelência (toda técnica de auto-passe sempre
se refere à necessidade de um equilíbrio mental, chegando a
maioria de seus postulantes a recomendar uma prece, que é a
mesma recomendação devida ao passista; ou seja: a oração é
um dos dispositivos para acionar esses campos de "imantação");
- a transmissão dessa impregnância, por ter necessidade
de harmonia para funcionar plenamente, em vez de desgastar
fluidicamente o passista, põe-no em situação de mais equilíbrio
fluídico, pelo que desnecessário se torna tomar passes após a
aplicação nos pacientes (isso significa que à medida em que
vai liberando cola-psíquica, o passista amplia sua capacidade
de retenção de parcelas harmoniosas das energias que
transitam por seu cosmo fisio-psíquico);
- é possível que essa cola-psíquica ou similar seja
encontrada, embora em níveis diferentes, em outros meios
que não o humano.

...-1
Muito embora não tratando diretamente da questão,
Kardec, no artigo já referido (Da mediunidade curadora, item
3, in: Revista Espirita, setembro/1865), registra que "(o fluido
dos bons Espíritos), passando através do encarnado, pode
alterar-se como um pouco de água límpida passando por um
vaso impuro. .". Parece estar fora de dúvidas que isso acontece,
podendo até essa cola-psíquica, de uma certa forma, ser esse
elemento de "impureza". No caso em análise, essa "impureza"
é requerida, posto que ela dá a condição de afinidade requerida
pela lei dos fluidos. De outra maneira, como um alerta de
primeira ordem, o Codificador, seguindo o texto, acrescentou:
"Daí, para todo verdadeiro médium curado r, a necessidade
absoluta de trabalhar a sua depuração, isto é, o seu melhoramen-
to moral, segundo o principio vulgar: limpai o vaso antes de
dele vos servirdes, se quiserdes ter algo de bom" (grifo original).
Detendo nossa atenção em todas essas questões,
percebemos que ainda continuam quase que totalmente virgens
nossas pesquisas sobre os fluidos. Importa, portanto,
estudemos, analisemos e, inclusive, façamos luz às hipóteses,
às comprovações, aos raciocínios e tudo quanto possa nos
levar a descobrirmos esse mundo que não é novo, mas que
ainda continua sendo um grande desconhecido de todos nós,
os encarnados. Afinal, já estamos há quase um século e meio
de quando Kardec e os Espíritos nos trouxeram as seguras
informações acerca dos fluidos e ainda não aditamos quase
nada ao que nos foi legado, mesmo tendo ele advertido, no
início do mesmo artigo, que "O conhecimento da mediunidade
curadora é uma das conquistas que devemos ao Espiritismo;
mas o Espiritismo, que começa, ainda não pode ter dito tudo;
não pode, de um só golpe, mostrar-nos todos os fatos que
abarca; diariamente os mostra novos, dos quais decorrem
novos princípios, que vêm corroborar ou completar os já
conhecidos, mas é necessário tempo material para tudo".
Fica a pertinente questão: já não teremos tido tempo
suficiente para tanto?

*4
explicação mais satisfatória. Mesmo porque, a partir de tudo
o quanto aqui analisamos, várias ilações têm lugar e explicações
consentâneas. Dentre outras, destaco:
- o passista espiritual não se cansa porque não doa
fluidos vitais necessariamente; ele apenas possibilita uma
impregnância magnética ao fluido espiritual do qual é canal
(e, muitas vezes, a aplicação do passe deveria ser estafante,
fisicamente falando, e nem assim esse cansaço ocorre);
- nem todos passes espirituais necessitam dessa cola-
psíquica; se o paciente está com seus campos de "imantação"
ativados, os Espíritos fazem o passe espiritual propriamente
dito, ou seja: diretamente, sem intermediários, e seus fluidos
se estabilizarão direta e afmadamente nos campos do paciente
(daí passistas espirituais, com sensibilidade mais acurada, terem
registros de que em certos pacientes não sentem nenhum tipo
de trânsito fluídico espiritual passando por si mesmos,
enquanto os pacientes referem-se à ação fluídica);
- quando se ora de forma contrita e elevada, ativa-se
esses campos de "imantação", confirmando que a prece é um
auto-passe por excelência (toda técnica de auto-passe sempre
se refere à necessidade de um equilíbrio mental, chegando a
maioria de seus postulantes a recomendar uma prece, que é a
mesma recomendação devida ao passista; ou seja: a oração é
um dos dispositivos para acionar esses campos de "imantação");
- a transmissão dessa impregnância, por ter necessidade
de harmonia para funcionar plenamente, em vez de desgastar
fluidicamente o passista, põe-no em situação de mais equilíbrio
fluídico, pelo que desnecessário se torna tomar passes após a
aplicação nos pacientes (isso significa que à medida em que
vai liberando cola-psíquica, o passista amplia sua capacidade
de retenção de parcelas harmoniosas das energias que
transitam por seu cosmo fisio-psíquico);
- é possível que essa cola-psíquica ou similar seja
encontrada, embora em níveis diferentes, em outros meios
que não o humano.

&-1
Muito embora não tratando diretamente da questão,
Kardec, no artigo já referido (Da mediunidade curadora, item
3, in: Revista Espirita, setembro/1865), registra que "(o fluido
dos bons Espíritos), passando através do encarnado, pode
alterar-se como um pouco de água límpida passando por um
vaso impuro ...". Parece estar fora de dúvidas que isso acontece,
podendo até essa cola-psíquica, de uma certa forma, ser esse
elemento de "impureza". No caso em análise, essa "impureza"
é requerida, posto que ela dá a condição de afinidade requerida
pela lei dos fluidos. De outra maneira, como um alerta de
primeira ordem, o Codificador, seguindo o texto, acrescentou:
"Daí, para todo verdadeiro médium curado r, a necessidade
absoluta de trabalhar a sua depuração, isto é, o seu melhoramen-
to moral, segundo o princípio vulgar: limpai o vaso antes de
dele vos servirdes, se quiserdes ter algo de bom" (grifo original).
Detendo nossa atenção em todas essas questões,
percebemos que ainda continuam quase que totalmente virgens
nossas pesquisas sobre os fluidos. Importa, portanto,
estudemos, analisemos e, inclusive, façamos luz às hipóteses,
às comprovações, aos raciocínios e tudo quanto possa nos
levar a descobrirmos esse mundo que não é novo, mas que
ainda continua sendo um grande desconhecido de todos nós,
os encarnados. Afinal, já estamos há quase um século e meio
de quando Kardec e os Espíritos nos trouxeram as seguras
informações acerca dos fluidos e ainda não aditamos quase
nada ao que nos foi legado, mesmo tendo ele advertido, no
início do mesmo artigo, que "O conhecimento da mediunidade
curadora é uma das conquistas que devemos ao Espiritismo;
mas o Espiritismo, que começa, ainda não pode ter dito tudo;
não pode, de um só golpe, mostrar-nos todos os fatos que
abarca; diariamente os mostra novos, dos quais decorrem
novos princípios, que vêm corroborar ou completar os já
conhecidos, mas é necessário tempo material para tudo".
Fica a pertinente questão: já não teremos tido tempo
suficiente para tanto?
o SEn131)O·1)A APl3CAÇÃO
"Se os que reclamam esses fenó'menos (das comullicafões espíritas),
fomo meio de se convencerem, estudassem previamente a teoria, haviam
de saber em que t'OJldifõesexcepcionais eles se produzem' Allan
Kardec, in: O Lioro dos MédiullS, capo 19, item 225, nota.

Para muitos parecia uma mera convenção; hoje sabemos


tratar-se de evidência confirmada e ratificada. O passe, para
surtir os bons efeitos a que se propõe, requer um
posicionamento bem definido dos envolvidos.
Quando estudamos os centros vitais explicamos porque
a aplicação correta dos passes solicita direção e sentido.
Como os fluidos que o paciente recebe são assimilados,
transferidos e somatizados segundo o sentido dos centros
vitais de maior freqüência para os de menor, os passes, por
isso mesmo, quando aplicados ao longo de uma determinada
região, devem ser feitos no sentido da cabeça para os pés (fig 12).
No caso dos passes circulares (veremos suas técnicas
em capítulo adiante), devemos lembrar que o sentido natural
de giro dos centros vitais é o horário. Dessa forma, esse é o
sentido que fará o centro acionar sua componente centrípeta
(para dentro). Portanto, quando aplicados localizadamente,
de forma circular, o sentido da doação do passe é o horário
(na prática, imagine o paciente como se fosse um relógio de
ponteiros; observe para que sentido girariam os ponteiros
desse relógio e esse será o sentido correto da aplicação do
passe circular).
Por que tanta preocupação com isso?
Exatamente pelos muitos incômodos e inconvenientes
oriundos e decorrentes da não observância dessas regras.
O passe aplicado no sentido contrário aos indicados
acima acarreta uma série de mal-estares no paciente. Se o
paciente for muito sensível à fluidificação, ele acusará o mal-
estar tão logo o passe seja concluído, ou até antes. Sendo pouco
sensível registrará os desconfortos horas depois, quando já
não teremos como avaliar os resultados da "caridade" feita.
Por força de aplicação no sentido contrário ao correto,
muitos pacientes "ganham" insônia, dores de cabeça, enjôos,
sérios problemas digestivos, azia, cefaléia, ardor nos olhos,
cansaço e moleza generalizada, dentre outros.
Tudo isso pode ser evitado fazendo-se a aplicação do
passe no sentido cabeça-pés ou horário, conforme o caso.
Todavia, tendo ocorrido inadvertidamente a aplicação no
sentido contrário, a maneira correta de corrigir os malefícios
é fazer bastante dispersivos (localizados) sobre a(s) região(ões)
onde houve a aplicação e, depois, dispersivos gerais, ou seja,
ao longo de todo o corpo do paciente. Isso elimina quase que
totalmente os efeitos das desarmonias decorrentes do
equívoco, já que tal ação repõe os centros vitais na interrelação
natural.
Foi por conta do sentido da aplicação que os
magnetizadores "normatizaram" que quando fazemos um
passe, ao passarmos as mãos sobre o paciente, no final do
percurso as fechemos, puxando-as para junto do nosso corpo
e as retornemos ao ponto de origem. Outra norma, semelhante
a esta, dizia para fechar as mãos, afastá-Ias do corpo do paciente
lateralmente, o mais afastado possível, e por fora do corpo
retomá-Ias ao ponto de reinício, onde então as mãos voltariam
a ser abertas (figura 09). Com tais providências os
magnetizadores visavam única e exclusivamente evitar a
captação dos fluidos, pelo paciente, no sentido inverso ao já
explicado.

*4:1
A VElOC3DADE DA A'Pl3CAÇÃO
" ... A cotifiallfa do magllCtizador fIO seu poder, para prodtlifr
tal
resultado (magllCtizar o braço de 11m médium para faálitara
psÚ'ograjia), há de aí desempenhar papel importante e que 11m
magnetizador increduio fraca ação, 011 nenhuma, exercerá", Allan
Kardec, ia: O Livro dos Médiuns, capo 17, item 206.

Nunca é demais lembrar que o fluido vital transmitido


pelo passe é um composto "energético" bastante material,
apesar de sua constituição quase sempre imperceptível aos
olhos e de sua pouca resistência ao tato. Equivale dizer que
fluido vital é matéria, não podendo fugir dos padrões
pertinentes à matéria. Prova disso é que quando alguém nos
endereça uma boa vibração nosso perispírito a agasalha,
transmitindo-nos sensações agradáveis. Se, ao contrário, a
vibração é negativa, percebemos um mal-estar nos atacando,
o qual pode se somatizar e produzir severas conseqüências à
nossa economia orgânica e psíquica.
Quando os fluidos são transferidos através das práticas
do passe ou similares, se esses são de origem humana
(animicos), sua deposição deverá atender a outras regras as
quais foram formuladas a partir da observação prática dos
magnetizadores de todos os tempos.
A velocidade da aplicação do passe define como o
organismo do paciente recebe os fluidos e, conseqüentemente,
que reações lhe advirão.
Podemos classificar os passes, em relação à velocidade,
em dois grupos: os lentos e os rápidos.
Tomando como referência o corpo de uma pessoa de
estatura mediana - em tomo de 1,70 m - imaginemo-Ia deitada.
Passando as mãos sobre todo o corpo, de uma só vez, em 3
segundos ou mais, o passe é considerado lento; se em menos de
3 segundos, o passe é tido como rápido. Como um segundo
pode ser medido, aproximada e mentalmente, sem a
necessidade de um cronômetro e com uma pequena margem
de erro, fazendo-se esse exercício umas poucas vezes dá para
se perceber esse sentido de velocidade. Sugiro que você faça
o seguinte exercício: observe num relógio quanto duram três
segundos; após ter esta noção bem clara em sua mente passe
as mãos sobre uma superfície com 1,70 m de comprimento,
em velocidade constante, nesse intervalo de tempo de 3
segundos. Olhando a rapidez com que suas mãos deslizam
você terá uma perfeita' noção do que é rápido e lento em
termos de aplicação de passes com movimentação de mãos.
Temos agora a observar, então, o passe por imposição
(sem movimentação das mãos). A lógica afirma ser esta
modalidade a mais lenta de todas, já que a ausência de
movimentos significa velocidade de deslocamento igual a zero.
Implica dizer que o tempo gasto para se movimentar as mãos
nessa velocidade será sempre maior do que os 3 segundos
que vimos considerando (pois, teoricamente falando, o tempo
será infinito).
Das observações dos magnetizadores, amplamente
confirmadas por estudiosos do assunto, inclusive pelo que
depreendemos da literatura do Espírito André Luiz,
concluímos que os passes têm as seguintes características:
LENTOS - agem como CONCENTRADORES de
fluidos;
H..,Á.PIDOS
.. - atuam basicamente como D ISPERSIVOS.
Assim, podemos afirmar que as imposições magnéticas
são concentradoras, enquanto os passes com movimentos
vigorosos são, via de regra, dispersivos, abstração feita aos
circulares, que são sempre concentradores, salvo quando
conjugados com algumas outras técnicas. A justificativa disso
está no funcionamento dos centros vitais. Veja-se:
- quanto mais demoramos as mãos sobre uma
determinada região, mais tempo de captação e saturação
fluídica fica a mesma. Obviamente, o centro vital

':1.'
correspondente estará sendo "abastecido" de mais e mais
fluidos, o que pode provocar uma concentração fluidica,
Aqui vale uma observação muito pertinente. A
velocidade e a intensidade com que um centro vital capta os
fluidos vitais normalmente é diferente da velocidade e
intensidade com que ele retransmite esses fluidos para o corpo
físico. A captação pelo centro vital é muitas vezes maior do
que a transmitida (somatizada), o que também corrobora com
a tese da concentração fluídica no caso dos passes lentos. Fácil
concluir que as imposições são mais concentradoras do que
os passes com alguma movimentação, mesmo quando
lentamente. Também é simples deduzir que uma longa
exposição a concentrados (imposições ou passes muito lentos)
pode desaguar num acúmulo excessivo de fluidos em
determinadas regiões, provocando o fenômeno conhecido
como "congestão fluí dica" . Daí a validade do uso
concomitante e intercalado do passe dispersivo, até mesmo
para evitar as grandes concentrações fluídicas, nem sempre
eficazes por si sós. - Talvez você já tenha percebido que
algumas pessoas saem das cabines de passes sentindo
incômodos, por vezes insuportáveis. A mais comum
explicação para isso é o fato delas terem ficado expostas a
prolongadas imposições, mormente sobre o coronário;
podem ter acontecido grandes concentrações magnéticas, com
as conseqüentes congestões fluídicas.
- Quanto mais rápido passamos as mãos sobre o
paciente mais fazemos os centros vitais buscarem um padrão
harmônico de giro, o que termina por regular a distribuição
interna dos fluidos, ou ainda, pelo rápido trânsito em que são
depositados os fluidos do passista, esses não se submetem às
condições ideais de concentração, motivo pelo qual se
dispersam, ou seja, se distribuem de forma menos concentrada.
Isso determina uma assimilação e distribuição dos fluidos de
forma mais cadenciada e, por outro lado, termina por extrair,
catalisar, decantar, redirecionar, filtrar e outras tantas coisas
com os fluidos ali localizados.

I:"
Aqui também cabe uma outra observação. Tendo por
base que o centro vital não transmite os fluidos nas mesmas
velocidade e intensidade com que os capta, os passes
dispersivos (rápidos) produzem nos centros vitais um
incremento nesses fatores, fazendo com que a transmissão dos
fluidos para o ambiente interno do paciente (somatização) seja
ampliada, melhorando os efeitos do passe e os benefícios dos
fluidos evitando os inconvenientes das congestões fluídicas.
Outra questão interessante é que os dispersivos também
atuam sobre os concentrados fluídicos como uma espécie de
"compactadores". Dessa forma, os dispersivos "compactam"
e "armazenam" os fluidos recebidos para liberação posterior,
de maneira gradual e continuada. Com isso, evita-se a
congestão fluídica (por não "bloquear" o centro vital),
harmoniza-se mais rapidamente o giro de um centro que
estaria sobrecarregado de fluidos, e dá ao paciente a
possibilidade de "ruminar" os fluidos "compactados" em vez
de assimilá-los de pronto (8).

Pelas experiências que tenho junto a idosos, nos quais essas compactações são mais
(8)

"visíveis" e "sensíveis", acredito que os concentrados fhúdicos "compacta dos" pelos


dispersivos vão se descompactando ao longo do período de até uma semana, daí
muitos tratamentos magnéticos poderem ser realizados semanalmente, sem maiores
prejuízos para o resultado final, salvo quando o paciente age de maneira inconveniente
aos beneficios da magnetização ou quando o caso requer, de forma consistente,
aplicações de magnetismo em intervalos menores.

l=tJl
"Algumas vezes, basta mesmo que o médium magnetize, com essa
intenção, a mão e o braço daquele que quer escrever.Não raro até
limitando-se o magnetizador a colocara mão tIO ombro daquele, temo-lo
visto escreverprontamente sob essa influência. Idêntico efeitopode
também produilr-se sem nenhum contacto, apenas por ato da vontade de
ascaliai", Allan Kardec, in: O Lisro dos Médiuns, capo 17, item 206.

Já tocamos neste assunto anteriormente, o que deve ter


despertado a atenção de quem não tinha imaginado que a
distância da aplicação do magnetismo influi na maneira como
o mesmo atua e é percebido. Não estamos aqui nos referindo
ao chamado "passe à distância" - também conhecido por
"irradiações". Falamos do passe em que um passista está frente
a frente com um paciente e faz aplicação de seu fluido vital
em benefício daquele.
Remontando à origem do Magnetismo clássico,
percebemos que os magnetizadores fizeram muitas referências
à distância das mãos em relação ao corpo do paciente. Sendo
eles homens de ciência, preocupados em observar os
fenômenos com atenção e acuidade para daí extraírem as
melhores conclusões, não instituiriam o distanciamento das
mãos por simples diletantismo, Até porque houve uma
universalidade nas conclusões a respeito da distância.
Concluíram eles que os passes feitos próximos ao corpo do
paciente tinham repercussões diferenciadas daqueles feitos a
maiores distâncias.
Os passes próximos - em tomo de 25 cm a menos de
distância entre as mãos do passista e o corpo do paciente -
trabalham os campos fluídicos conhecidos como ativantes,
enquanto os distantes - acima de 25 em - trabalham os calmantes.
Antes de prosseguir, permita-me uma observação
importante. Esta referência de 25 cm nada tem de absoluta,

I:I€'
pois pode variar enormemente de passista para passista, visto
que as "combinações fluídicas" entre passista e paciente são
sempre ímpares e dificilmente se repetem. A prática, todavia,
demonstra que a grande maioria dos passistas e magnetiza-
dores tem nessa distância uma boa e larga margem de
concordância. Mas, se você sempre encontra um ponto de
"combinação fluídica" menor ou maior do que 25 cm, é para
esse ponto que você deve voltar sua atenção.
Voltando ao assunto, qual seria a razão desses efeitos
diferenciados a depender da distância?
Mais uma vez a resposta vem do funcionamento dos
centros vitais. Quando as mãos estão próximas, os centros
vitais captam os fluidos de maneira mais condensada, já que
"circulam" por uma região de movimentação mais intensa,
que é a base do vértice do centro vital. Pela condensação e
pelo maior imediatismo com que os fluidos são captados, sua
percepção pelo paciente será de característica ativante. Quando
as mãos estão afastadas, os centros vitais captam os fluidos de
maneira mais sutil, já que "circulam" por uma região de
movimentação menos concentrada, que são as extremidades
exteriores do centro vital. Pelo "percurso" mais amplo que
os fluidos circularão até alcançarem a zona de transferência e
acessarem o corpo orgânico, eles serão percebidos com
qualidades calmantes.
Dessas últimas colocações facilmente deduzimos que as
imposições feitas próximas ao paciente são percebidas como
uma concentração ativante, Por elas, quando feitas sobre o
coronário, muitos pacientes registram peso na cabeça,
aproximação de Entidades Espirituais (o incremento do
campo magnético no coronário favorece a aproximação de
Espírito que esteja em sintonia com o paciente), dificuldade
de abrir os olhos, 'tontura ... É que as imposições são, pela
velocidade zero, concentradoras e, quando próximas, muito
ativantes. Logo, imposições sobre determinadas regiões,
quando há doação de fluidos vitais anímicos (magnéticos),
requisitam o acompanhamento de dispersivos, a fim de que

':C'
sejam evitadas as seqüelas comuns às grandes concentrações
fluídicas, notadamente as ativantes.
Uma outra consideração a ser feita é que as irradiações
- passe à distância - não atendem diretamente a essa regra.
As irradiações, ao que nos parece, trabalham fluidos mais sutis,
já que na maioria das vezes são fluidos espirituais que entram
no processo. Todavia, quando um magnetizador sente a
exteriorização de seus fluidos direcionados a um paciente à
distância, é comum haver referências dele, do paciente ou de
ambos, sobre as sensações de proximidade. Ou seja: o passista
diz ter tocado, percebido ou sentido o paciente, inclusive sendo
comum a referência a diagnósticos bastante precisos,
ensejando uma "presença" sua ao lado do paciente. Este, por
sua vez, normalmente relata a "visita" de uma pessoa e que
esta lhe fez isso e aquilo, sempre notando um ou vários
aspectos da distância e da velocidade. Tudo isso sugere que o
atendimento à distância, quando depende dos fluidos anímicos,
também solicita uma regra de distância e velocidade, não em
relação aos locais onde se encontrem passista e paciente, mas
em termos de "projeção psíquica ou mental" de um sobre o
outro.
Para simplificar, veja as tabelas a seguir onde estão
associados os efeitos decorrentes da distância e da velocidade
na aplicação dos passes:

(9)Conforme citado anteriormente, é de notar-se que esses números nada têm de


absoluto. Pacientes existem que fornecem condições de distância e velocidade muito
diferentes desses padrões. Só a prática e a experiência do passista permitirão que se
determine esses casos, que são as exceções da regra. Ademais, cada passista tem um
campo fluídico próprio e combina-se com o do paciente de uma maneira particular.
Isso implica que um passista com um paciente não deverá ter a mesma relação de
distância que um outro passista com o mesmo paciente, salvo quando ambos passistas
vibrem numa freqüência fluidica muito próxima, o que não é o comum. Ainda aí, a
observação nos leva a concluir que as diferenças médias são pequenas, permitindo-

.:,..•
nos chegar, com bastante segurança, à relatividade dos números apresentados .
Velocidade Medidas Efeito
Lento Maior que 3 seg.* Concentrador
Rápido Menor que 3 seg.* Dispersivo

Distância Medidas Efeito


Perto Menor que 25 cm* Ativante
Longe Maior que 25 cm* Calmante

Vel. X Dist. Efeito


Lento e perto Concentrador na área ativante
Lento e longe Concentrador na área calmante
Rápido e perto Dispersivo dos ativantes
Rápido e longe Dispersivo dos calmantes

* É de notar-se que esses números nada têm de absoluto. Pacientes existem que
fornecem condições de distância e velocidade diferentes desses padrões. Só a
prática e a experiênca do passista permitirão que se determinem esses casos, que
são as exceções da regra. Ademais, cada passista tem um tampo fluídico próprio e
combina-se com o do paciente de uma maneira particular. Isso implica que um
passista com um paciente não deverá obter a mesma relação de distância que um
outro passista com o mesmo paciente, salvo quando ambos os passistas vibrem
em freqüência fluídica muito próxima, o que não é comum. Entretanto, a
observação nos leva a concluir que as diferenças médias nessas relações são
pequenas, o que nos permite chegar, com bastante segurança, à relatividade dos
números apresentados.

I:@
En1RAniJO Em RElAÇÃO IlUjiJ3CA
" ... A vontade é igualmente atributo do Espírito encarnado; daí opoder
do magnetizador, poder que se sabe estar na razão direta daforfa de
vontade". Allan Kardec, in: O Livro dos Médiuns, capo 8, item 131.

Uma das fases mais importantes do passe, seja ele


espiritual, misto ou magnético, é a do estabelecimento de uma
relação fhúdica entre o passista e o paciente.
Como o paciente dificilmente estará atento para a
necessidade dessa espécie de empatia fluídica - até porque ele
quase nunca é advertido, orientado e ensinado como agir nesse
sentido - caberá ao passista a importante tarefa de estabelecer
essa relação, também conhecida como contato magnético.
O princípio em que se baseia essa necessidade é para
que trocas fluidicas harmoniosas e sem embaraços ocorram
entre os campos fluídicos do passista e do paciente é necessário
que esses tenham, no mínimo, zonas comuns de bom contato,
de boa relação.
Como vimos no capítulo anterior, cada passista e cada
paciente têm seus campos fluídicos de uma forma muito
particular, diferentes de criatura para criatura. Assim, o passista
encontrará, em cada paciente, uma variação muito grande de
sintonia, simpatia, empatia ou antipatia fluídica, mas nada que
não possa ser melhorado; tudo pode ser corrigido e suavizado.
Antes de vermos uma boa técnica de como contornar
as dificuldades de relação fluí dica observemos algumas
ocorrências comuns nas cabines de passes.
O passista, ao se aproximar do paciente, pode sentir:
forte repulsão, forte atração, indiferença, distância, ausência,
inapetência de aplicar o passe, um bem-querer súbito, uma
piedade filial, vontade de acariciar, além de reações estranhas
como tremores, calafrios, arrepios generalizados, sudorese
instantânea, ânsias de vômito, peso na cabeça, braços leves ou
pesados ...

I:N
As causas dessas sensações têm várias explicações, mas
uma delas é exatamente o choque fluidico que se dá entre
campos com afinidades variáveis. Quando o passista insiste em
aplicar o passe sem antes tentar superar essas situações - que
variam de paciente para paciente - normalmente não se sente
bem ao final do passe nem o paciente se restabelece, conveni-
entemente, daquilo que o fez buscar o beneficio - se é que não
o leva a sentir-se mais desarmonizado ainda.
Sabemos que um grande coadjuvante para a superação
dessas sensações desagradáveis é a criação de um bom estado
psicológico e moral do passista, obtido principalmente por
meio do exercício da boa vontade, da vibração positiva, do
envolvimento fraterno e da pureza de sentimentos. A oração
feita pelo passista o favorece igualmente, pois sutiliza as
emissões fluídicas, tornando os fluidos mais maleáveis à
combinação, à empatia positiva. Quanto ao paciente, se ele
está fortalecido pela fé, sintonizado com boas idéias e lastreado
em orações sinceras, muito contribuirá para uma troca fluidica
mais efetiva, diminuindo consideravelmente as dificuldades
de relacionamento fluídico; as razões são as mesmas
explicadas para o passista. Por conta dessa realidade é que
sempre é muito bem recomendado que o paciente participe
da evangelização ou fique meditando sobre mensagens de
elevado teor vibratório, notadamente nos momentos que
antecedem os passes. Ao passista, além dos cuidados que todos
já sabemos, se possível, que ele também participe da mesma
evangelização da qual participa o paciente, pois assim
encontrará mais facilmente pontos de contato fluidico, já que
a parte relativa ao comportamento mental (meditação e
reflexão sobre uma mesma mensagem evangélica) estará
superada a partir do momento em que ambos comungam de
semelhantes vibrações mentais. .
N o caso do passe espiritual, a questão da relação fluidica
é menos significativa - em termos de percepção - por conta
da origem dos fluidos que estarão em trânsito (espirituais).
Muito sutis e pouco dependentes do passista, os fluidos

':1:1
espirituais favorecem que uma empatia mais imediata se
estabeleça, até porque os Espíritos elaboram, no plano
espiritual, um refinamento e uma "manipulação" fluídica que,
certamente, resolvem ou atenuam eventuais discrepâncias da
relação fluídica. Devemos nos lembrar que os Espíritos não
operam por padrões de milagres, mas dentro dos princípios
estabelecidos pela Lei que, em última instância, é a própria
Lei Natural. Em todo caso, se no passe espiritual persistir
dificuldade de estabelecer relação fluídica com determinados
pacientes, proceda-se como sugiro a seguir.
N o caso do passe misto e do magnético a questão se
toma mais grave. Apesar dos cuidados que ambos possam
ter - passista e paciente -, do fato dos fluidos atenderem a
leis fisicas, várias vezes as providências acima recomendadas
são insuficientes para resolver o ponto mais grave da questão.
Essa é a hora em que os conhecimentos ensinados pelo
Magnetismo são de valor inestimável.
Diferentemente dos fluidos espirituais, os fluidos
humanos (anímicos) são densos consequentemente, solicitam
compatibilidade maior. Por isso, "trabalhar" o campo fluídico
do paciente é medida imperiosa para se vencer as barreiras
fluídicas surgidas.
, Resolvendo a questão, podemos fazer o seguinte:
- Siga, o melhor possível, as recomendações já apresenta-
das neste capítulo, ou seja: ore com fé, participe da parte
evangélica (se for o caso), envolva-se com o trabalho pleno
de boa vontade, vibre positivamente pelo bem do paciente,
envolva-o mentalmente em clima de muita fratemidade e nutra
muito amor na hora da aplicação do passe, com a maior pureza
de sentimentos possível;
- Vá impondo a(s) mão(s) sobre algum centro vital superior
(de preferência, o coronário ou o frontal), baixando-a(s) ou
levando-a(s) lentamente, a partir de uma distância aproximada
de 1 (um) metro do centro vital escolhido. Você perceberá
que, à medida em que a(s) mão(s) se aproxima(m) do centro
vital, algo de muito sutil vai sendo percebido, até que, a partir

l:fA
de determinado ponto você registrará mais nitidamente uma
espécie de "barreira fluidica" muito tênue, como a definir uma
diferenciada e mais determinante zona fluídica (sobre esse
local, a sensação de falta de simpatia ou desarmonia será mais
fortemente sentida). Este é o ponto em que melhor sentimos
o paciente e vice-versa. Tanto que, às vezes, o paciente abre os
olhos, por ter a sensação de que foi tocado fisicamente.
- Volte a(s) mão(s) ao ponto mais distante e repita o
exercício até ter certeza de que o ponto localizado é sempre o
mesmo. Aí teremos um local "físico" onde, mais facilmente,
estabeleceremos a relação fluídica,
- Localizado e definido esse ponto, repouse a(s) mão(s)
suavemente sobre ele, procurando emitir uma vibração de
harmonia, como quem abraça um filho recém-nascido, como
quem afaga uma frágil criança. Aja como se estivesse alisando
aquela região com profundo carinho. A(s) mão(s) pode(m)
oscilar lenta e suavemente sobre esse local, até o momento
em que você sentir ou perceber que aconteceu uma espécie de
encaixe (uma sensação psico-tátil sutil, mas perfeitamente
registrável, denotando a superação da dificuldade) entre você
e o paciente.
- Se, depois e apesar disso, alguma antipatia fluí dica
persistir, faça uma série (algo em torno de 8 a 15) de
dispersivos (passes rápidos ao longo do corpo do paciente) e
depois retome à tentativa de estabelecimento da relação
fluídica.
Observação: se, após várias tentativas, não conseguir obter
uma boa relação nem resolver os problemas de antipatia
fluidica, faça uma série de dispersivos gerais e finais e ore
pedindo aos Espíritos que façam a parte espiritual.
Com a relação fluidica estabelecida, o passe será
muito mais efetivo e as sensações, tanto no paciente como no
passista, serão mais amenas e agradáveis. Com isso, os efeitos
benéficos do passe se demorarão por mais tempo e alcançarão
mais profundamente os objetivos almejados.

@.I
Entrar em relação fluidica com o paciente é tarefa das
mais relevantes. Meu testemunho é de que um passe, sem o
estabelecimento dessa relação fluídica, perde muito de sua
qualidade e seu efeito fica severamente comprometido.
Alegam alguns que isso não é verdadeiro, pois muitos nunca
estudaram passes nem magnetismo e não fazem tal prática.
Na verdade, qualquer observador pode facilmente comprovar
que mesmo quem nunca estudou o tema sempre convida o
paciente a um estado de oração ou de profunda reflexão e
respeito para poder dar início à atividade. Por outro lado,
antes de iniciar seus "trabalhos" propriamente ditos, eles
costumam fazer alguns gestos ou senões, exatamente como
quem busca um refinamento em direção a uma sintonia não
material, não fisica, sutil, portanto.
Quem queira melhorar a qualidade de seus trabalhos
fluídicos, basta dedicar um pouco mais de atenção aos aspectos
que envolvem a relação fluidica e rapidamente perceberão o
quanto os beneficios saem acrescidos e os resultados ficam
mais palpáveis e diretos.

@I
,o 1-1110-m-llqnt13cO
"." Possuem-na (a mediunidade curadora) todos os verdadeiros crentes,
sejam médiuns ou não. As mais das vezes, é apenas uma exaltarão do
poder magnético, fortalecido, se necessário, pelo concurso de bons
Espíritol'. Allau Kardec, in: O Livro dos Médiuns, capo 16, item
189, médiuns curadores.

Permita-me iniciar este assunto contando um caso à parte


(rft-topic, como dizem os navegadores da internet).
Há alguns anos tive oportunidade de possuir um
automóvel com direção hidráulica. Fiquei encantado com
aquela novidade. Manobrar e estacionar em locais apertados
deixou de ser martírio. Desde então, esse item, relacionado
pelos fabricantes nacionais como opcional, passou a ser obri-
gatório no meu rol de requisitos indispensáveis em um carro.
Certo dia, conversando com um amigo que tinha as mãos
calejadas de tanto dirigir um veículo pesado e fazer muito
esforço para manobrá-lo com freqüência, falei-lhe do quanto
era valioso um automóvel com direção hidráulica. E de tempos
em tempos, sempre que com ele me encontrava, repetia o
argumento.
A princípio ele sorriu marotamente, dizendo que fazer
força era bom para a saúde. Depois, justificou-se alegando
que o custo de uma direção hidráulica não pagava pelo
beneficio apontado. Por fim, depois de muita insistência de
minha parte, resolveu bancar a diferença de preço e comprou
um veículo com direção hidráulica.
Hoje, quando recordamos sua teimosia em não querer
aderir à "bênção" daquele "opcional" há mais tempo ele sorri,
agora disfarçadamente, pedindo que eu deixe esse comentário
para lá. E sempre acrescenta:
- Não sei como tem gente que ainda dirige carro sem direção
hidráulica!
Realmente é comum que tenhamos alguma dificuldade
em avaliar os alcances de certos beneficios, pelo menos até
que sintamos, na própria pele, sua pujança. O tato-magnético
tem sido um desses beneficios que, injustificadamente, encontra
certa resistência em ser aceito. Para muitos, é uma novidade
dispensável; para outros, trata-se de se querer adivinhar o
diagnóstico dos pacientes; outros ainda afirmam que com ele
estaríamos descartando a intuição ou mesmo a ação espiritual.
E por ai vai ...
Refutemos esses argumentos.
O tato-magnético é uma capacidade natural que a grande
maioria dos seres humanos possui, podendo ser desenvolvida,
ampliada e apurada pelo exercício. Ela nada tem de novidade
nem de anti-doutrinária, até porque é um recurso natural, não
artificial, que vem sendo observado, estudado e praticado há
milênios, embora que com nomes e sob técnicas as mais
diversas. Não é dispensável porque, da maneira feliz como
responde nas indicações de desarmonias fluídicas, poucos,
métodos podem se apresentar tão seguros. Esse tato também
não se propõe à adivinhação de diagnósticos nem à simples
sofisticação de métodos; com ele e por ele podemos precisar
locais em desarmonia, facilitando a aplicação de uma
fluidificação mais objetiva, além de permitir ao passista
condições de verificação do estado do paciente após o passe,
evitando que ele saia da cabine ou do atendimento com
deficiências, acúmulos, desarmonias ou descompensações que
- f -' depois lhe provocarão mal-estares. Por fim, o tato-magnético
não descarta a intuição nem elimina a ação ou a presença
espiritual. Assim como a intuição, a vidência, a audiência ou
mesmo o sonambulismo, o tato-magnético também é um
método de diagnose. A vantagem desse método é que ele não
é mediúnico, por isso mesmo, na maioria das vezes, ele está
sujeito à simples vontade e à atenção de seu portador, o que
nem sempre acontece com a mediunidade, que depende
--I> diretamente da ação e da vontade dos Espíritos. O tato-
magnético, como se deduz, não se contrapõe a nenhum outro
método de diagnose fluídica. Ao contrário, vem adicionar
novas informações, perfeitamente verificáveis.

cal
Por exemplo: imaginemos que nossa intuição nos aponte
a região do baço do nosso paciente como carente de
tratamento. Se tivermos vidência, poderemos visualizar o
ponto ou o foco da desarmonia. O tato-magnético dará a
confirmação não apenas da desarmonia, mas ainda permitirá
que seja avaliada a extensão dessa desarmonia e o nível de
desarranjos transmitidos a outros centros e/ou órgãos.
Significa dizer que o tato-magnético não apenas é mais um
elemento de diagnose como ainda é um elemento de ~egurança
na verificação fluídica e orgânica do estado do paciente. Assim
como na Medicina existem exames cada vez mais variados e
sofisticados, aumentando o índice de precisão e segurança dos
diversos diagnósticos, no passe é devido que tenhamos maior
e melhor capacidade de avaliação para podermos produzir
cada vez com mais eficiência.
Existe um chamado tato-magnético natural, o qual pode
se apresentar de diversas formas. A mais comum é o passista,
quando entra em relação fluídica com o paciente, sentir em
suas entranhas as sensações de dor, desconforto ou desarmo-
nia que o paciente esteja sentindo ou seja portador. Mesmo
sendo esse tipo de registro quase sempre desconfortável, tem-
se apresentado como dos mais seguros e eficientes na diagnose.
Todavia, essa modalidade de tato-magnético, natural, pode
se tornar facultativa, ou seja, ter alterada sua forma de registro
amplo (sensações localizadas em qualquer parte do corpo,
dependendo do mal do paciente) para registro localizado
(passa a ser percebida na(s) mão(s) ou noutro centro vital
secundário de verificação). Vejamos como funciona.
N o capítulo anterior orientei como encontrar o local
ideal (físico) para o estabelecimento da relação fluídica.
Repetindo aquele mesmo exercício, quando encontrarmos o
local (campo) a que nos referimos, observemos a distância em
que a(s) mão(s) se encontra(m) do corpo do paciente. A partir
daí, façamos o seguinte:

&.•
- Passemos a(s) mão(s) lentamente sobre todo o corpo
do paciente, conservando sempre a mesma distância e seguin-
do até o final do circuito vital (cabeça aos pés, este é o sentido).
- Quando realizando o tato-magnético, qualquer impulso
de doação fluídica deve ser dominado; a mente deve vibrar
no sentido de não expelir, doar ou usinar fluidos. Doação de
fluidos na hora do tato geralmente provoca inconvenientes.
Nos iniciantes nessa área é comum não haver esse controle,
mas a perseverança e a regularidade na prática rapidamente
corrigem tal ocorrência.
- Aticemos nossa atenção, percepção e acuidade para
registrar os locais onde sejam percebidas mudanças na camada
fluidica sob nossa(s) mão(s).
- As mudanças fluídicas mais comuns, geralmente
percebidas na(s) mão(s), são: calor seco, calor úmido, frio seco,
frio úmido, choques, fibrilação, pontadas, sucções, sopros,
ventos fortes, ardor, forte atração, forte repulsão, elevações
ou depleções na camada fluídica, superficie crespa ou lisa ...
- Em virtude da característica individual de cada passista,
não temos como definir, a priori, o que cada mudança ou
sensação fluídica significa. Para determinado passista, o calor
representa exatamente o que para outro simbolizaria o frio
ou o ardor. Portanto, o tato-magnético guarda muito de
experiência e percepção pessoal e individual, pelo que o estudo,
a atenção e a prática é a chave mestra para a segurança na diagnose.
- Localizado(s) o(s) ponto(s) que esteja(m) em desarmonia
com o todo, inicia-se o tratamento, sempre repetindo o tato-
magnético para perceber como está(ão) reagindo ao
tratamento.
- Havendo uma desarmonia generalizada ou de dificil
percepção, sugiro que seja feita uma série de dispersivos e,
logo após, repita-se o tato-magnético. Normalmente, após essa
dispersão, o(s) ponto(s) ou foco(s) se sobressai(em), pois,
momentaneamente, os dispersivos "apagam" as desarmonias
induzidas em conseqüência do(s) foco(s). Pode acontecer
também que, depois dos dispersivos, não seja percebida mais
qualquer desarmonia. Isso é indicativo de que o paciente,
provavelmente, estava apenas com seu campo vital desarmoni-
zado, sem causas mais consistentes, pelo que os dispersivos já
trataram. Mas, veja-se bem, quando isso ocorre, nunca é
demais fazer mais alguns dispersivos gerais - da cabeça aos
pés - e repetir-se o tato-magnético mais uma vez. Assim evita-
se o "mascaramento" do(s) foco(s) além de proceder a
alocação da psi-sensibiàdade - veja isso no próximo capítulo -
do paciente para o ponto de equilíbrio geral.
Esse conjunto de orientações tomou por base um passista
que não tenha nenhuma experiência em tato-magnético. Para
aqueles que sentem as sensações do paciente "na própria pele",
a prática do tato-magnético, conforme acabamos de sugerir,
o predispõe, ao longo da prática, à mudança de tato amplo
para u~ tato localizado.
A medida em que o tato-magnético for se aprimorando,
o passista chega ao ponto de não mais precisar passar as mãos
sobre o campo fluídico do paciente; tão logo ele inicia a busca
do ponto de relação fluídica (visto no capítulo anterior), o
tato-magnético passa a confundir-se com uma intuição
aprimorada, "dizendo alto" onde se localiza a desarmonia.
Mais um detalhe a ser considerado. É comum o paciente
acusar problemas em determinado órgão e o tato-magnético
localizar outro ponto que não aquele. O mesmo pode se dar
em relação à vidência, à intuição ou à experiência de outros
passistas. Razões lógicas existem que justificam essas
ocorrências. Vejamos algumas das mais evidentes.
O fato de o paciente acusar um problema (uma dor,
uma inflamação, etc.) deve-se mais aos sintomas percebidos
do que às causas reais. Como o tato-magnético, via de regra,
prende-se mais aos focos do que às suas conseqüências, pode
haver discrepância aparente, sem que isso determine erros.
Quanto à vidência, muitos fatores podem influenciar,
inclusive o caráter fugidio que caracteriza essa faculdade. Pode
o psiquismo do paciente influir em determinados pontos da
aura (especialmente os castigados por fortes dores), tomando-
os mais "visíveis"; pode alguma Entidade Espiritual projetar
suas desarmonias no psiquismo do paciente; pode a percepção
da vidência estar em maior sintonia com determinadas
freqüências (onde estariam perceptíveis algumas alterações e
outras não) ...
A intuição pode "ouvir" os apelos mentais do paciente;
pode sofrer influência de Entidades Espirituais que, por
motivos e interesses diversos, sinalizam focos diferentes; e por
aí vai ...
Quanto às experiências de outros passistas, pode ocorrer
que um passista tenha mais afinidade psico-tátil com problemas
de determinada natureza e o outro de outra; pode um estar
mais sensível a certas emanações que o outro; pode também
ocorrer (que é o mais provável) que a qualificação dos fluidos
magnéticos para curar certas desarmonias (focos, doenças,
influências) de um passista seja deterrninante na percepção de
certas falhas (lembra da lei de afinidade fluídica?), o que, noutro
passista, levá-le-ia a determinar outra falha ...
Ante esse rico universo de possibilidades fluídicas, dá
para perceber o quanto é preciso estudar, observar, comparar,
analisar, refletir, permutar experiências, pesquisar, testar e
tantas outras coisas mais para que tenhamos uma segurança
mínima em nossas práticas de doação fluídica.

It):'
'PS3..stns3133.e3DADt DO 'PAC3tnlt
"Longe estamos de considerar como absoluta e como sendo a última
palavra a teoria que apresentamos (sobre aparições e perispírito). Novos
estudos Sem dúvida a completarão, ou a retificarão mais tarde..." Allan
Kardec, ia: O Livro dos Médiuns, capo 6, item 110.

Com o tato-magnético aprendemos a determinar pontos


e. focos de desarmonia, que regularmente são os locais de
maior interesse para início do( s) tratamen to( s). São igualmente
valiosos na detecção e na verificação de equívocos ou
ineficiências ao final dos passes.
Fato é que, geralmente, fazemos todo o procedimento
fluídico da melhor maneira possível, tanto em termos de
técnicas como de vibrações harmoniosas. Ainda assim, algum
paciente sai da cabine sentindo-se mal.
Percebamos, então, a situação seguinte.
Determinado paciente está com um foco de
desarmonia, estabelecido já há alguns dias. Essa desarmonia
acarretará um desequilíbrio no centro vital ao qual esteja mais
diretamente vinculado. Ora, pela interdependência dos centros
vitais, os demais centros carrearão seus esforços no sentido
de compensarem o desequilíbrio localizado naquele centro.
Assim, depois de certo tempo, todos os centros vitais estarão
relativamente desequilibrados; uns pelo foco, outros por
conseqüência da "ajuda" a eles prestada.
Quando um foco de desarmonia, localizado pelo tato-
magnético, é tratado via magnetismo, não significa dizer que
os demais centros vitais estejam, automaticamente,
reequilibrados. Se o tratamento não levar em consideração a
necessidade de reequilíbrio dos demais centros, estes se
demorarão a retornar aos seus pontos de equilíbrio.podendo,
inclusive, por força disso, diminuir a eficiência do tratamento
fluídico localizado.
Um passista atento aos aspectos gerais da necessidade
de uma harmonia global, lembrar-se-á ou será induzido pelo
próprio magnetismo ou pelo tato-magnético, a rearmonizar
os demais centros vitais. Na grande maioria das vezes, isso é
feito com passes dispersivos gerais (ao longo de todo o corpo).
Ocorre que o reequilibrio obtido com poucos dispersivos,
embora constatado pelo tato-magnético, nem sempre é
suficiente para resolver a questão da sensação de mal-estar do
paciente. E que ele guarda uma "lembrança psíquica" - (psi-
sensibilidade) - das anteriores sensações de desequilibrio dos
centros vitais, as quais, a depender do tempo em que estes se
demoraram desalinhados, favorecem a que haja uma
aclimatação àquela situação. E, por incrível que possa parecer
a alguns, essa é a maneira como a Natureza trabalha, sempre
no sentido de favorecer ao homem a melhor condição de bem-
estar possível, mesmo quando não nos damos conta do quão
rica e maravilhosa é a Providência Divina a nosso favor.
Como o mundo fluídico é apesar de sua sutileza, algo
de muito material, precisa ser atendido, quando manipulado,
por todo um processo magnético, sob pena de deixar seqüelas
nem sempre bem assimiladas. Dessa forma, finda uma sessão
de tratamento de um foco como vimos analisando neste
capítulo, convém ampliar-se as vibrações de harmonia em
direção ao paciente e fazer mais alguns dispersivos. Com esses
dispersivos finais, o passista estará deslocando a psi-sensibilidade
do paciente para uma nova linha de harmonia pós-tratamento
do foco. Conseqüentemente, o paciente não só estará bem
como sentir-se-á bem. E isso é importantíssimo para que o
passe alcance mais profundamente seus benefícios e não
permita, embora inconscientemente, que o paciente promova
o retorno do foco de desarmonia (figura 10).
Pode ter soado redundante dizer que o paciente estará
bem e sentir-se-á bem. Não é redundância não. Nem sempre
estar bem ou mal significa sentir-se bem ou mal, e vice-versa.
Senão, veja-se esse exemplo: um fumante está sentindo-se mal,

IC.I.)
agitado, nervoso, pois já faz mais de uma hora que não acende
um cigarro. Seu organismo, ao contrário, está sentindo-se
aliviado, em recuperação, pois já faz uma hora que não é
açoitado com os tantos venenos cancerigenos inalados dos
cigarros. Mas chega a hora em que o primeiro trago é
sofregamente sorvido: o fumante passa a sentir-se bem,
enquanto seu organismo reinicia sua luta para vencer o mal
que adentra suas entranhas. Ou seja: quando ele sente-se mal,
está melhor e quando sente-se bem, está piorando.
A psi-sensibilidade do paciente, pois, é elemento de muita
importância, já que ele pode determinar as conseqüências
felizes ou menos felizes dos passes após sua saída da cabine.
Repetindo, resolve-se o desequilibrio ou a desarmonia
da psi-sensibilidade do paciente através de mais aplicações de
dispersivos, sobretudo gerais ao final do passe. Prova-o a
experiência. Veja-se que quando um paciente diz ter saído da
cabine passando mal, normalmente ele retoma para novo
atendimento e neste, praticamente, só se usa os dispersivos e,
na grande maioria dos casos, só essa dispersão fluídica é
suficiente para rapidamente resolver todos os mal-estares.
Em síntese: a fim de evitar os efeitos da psi-sensibiãdade,
convém aplicar-se bastante dispersivos ao final dos passes,
especialmente nos mistos e magnéticos.

11.,'
AS ltcnJCAS mAJS comuns
"Considerado como matéria terapêutica, ofluido tem que atingir a
matéria orgânica, a fim de repará-Ia;pode então ser dirigido sobre o
mal pela vontade do curador, ou atraído pelo desejo ardente, pela
conjianft2,numa palavra: pela fé do doente". Allan Kardec, in: A
Gênese, cap.15, item 11.

As técnicas do passe são praticamente as principais


técnicas do Magnetismo. Não irei analisar e descrever todas,
apenas aquelas mais comuns e que se aplicam sem maiores
problemas na Casa Espírita. Não estou, com esta opção,
diminuindo o valor de outras técnicas ou apenas simplificando
este "manual". Na verdade, a sofisticação das técnicas, bem
como uma variedade muito grande delas, pode criar mais
complicações que, necessariamente, soluções, mormente por
quem não tem experiência ou quer se aventurar nessa prática
de maneira inopinada e inconseqüente - apesar da boa vontade
de muitos. Ademais, as técnicas a seguir são sobejamente
suficientes para a solução da quase totalidade dos casos que
chegam à Casa Espírita em busca de uma melhoria ou solução
V1apasses.
Antes de entrar na descrição das técnicas, vejamos
algumas observações interessantes:
- Cada passista guarda características próprias. Uma delas
é a maneira como registra a saída dos fluidos pelas mãos: tem
os que sentem os fluidos saindo pelos dedos - são chamados
passistas digitais - tem os que sentem a doação pelas palmas
das mãos - são os passistas pai mares - e tem os que percebem a
saída dos fluidos de ambas maneiras - poderiam ser
classificados como passistas dígito-palmares (figuras 14 e 15). Não
há qualquer evidência de que uma característica seja melhor,
superior ou mais eficiente que a outra. Apenas constatamos
que a tentativa de fazer um passista digital, por exemplo, agir
como se fosse palmar, inibe-o no início, dificultando sua
emissão fluídica, mas logo ele retoma ao seu padrão natural.

11·8'
- As técnicas do passe solicitam fluidez de movimentos,
mesmo quando vigorosos. Significa dizer que devem ser evita-
das contrações musculares, tensões ou o enrijecer dos mem-
bros. Entre outras coisas, a necessidade da descontração se
deve ao fato dos fluidos anímicos também fluírem pelos siste-
mas nervoso e sangüíneo. Havendo contrações, pois, haverá
dificuldades ou embaraços para uma boa transmissão de fluidos.
- Recomenda-se aos pacientes sejam evitadas as pernas e
os braços cruzados ao receberem passes, exatamente para
evitar as contrações musculares. .
- Passes aplicados em pequenas áreas (p. ex., um fu-rúnculo,
a ponta de um dedo, o joelho, etc.), geralmente, são melhor
realizados com o uso de só uma mão.
- Quando é explicado o movimento dos braços e mãos
nas técnicas de passes, é comum encontrarmos recomendações
de "fechar as mãos" antes de retornar ao ponto da aplicação
do passe. Tais providências são decorrentes do temor dos
magnetizadores, perfeitamente justificável, de que os passistas,
em retomando as mãos com elas abertas, dêem continuidade
à doação fluídica. Isto ocorrendo, corresponderia a uma
magnetização no sentido inverso ao correto, vindo, portanto,
a provocar problemas de ordem fluídica nos pacientes e, por
conseqüência, nos próprios passistas. Particularmente,
recomendo que se tenha esse cuidado sempre em mente.
Vamos agora às técnicas.
IMPOSIÇÃO - Como já vimos anteriormente, trata-
se de técnica essencialmente concentradora de fluidos. A
depender da distância da aplicação, será concentradora de
ativantes (perto) ou calmantes (longe).
A maneira de executá-Ia é a mais simples: repousa-se
a(s) mão(s) sobre o ponto onde se deseja fazer a aplicação
fluídica (no caso, concentração), sem movimentos. A(s) mão(s)
deve(m) ficar aberta(s), com os dedos levemente afastados
(postura que dificulta as contrações musculares nas mãos e dá
a suavidade que o passe solicita). Os passistas digitais tenderão

IC-'U
a deixar os dedos arquearem em direção ao ponto que será
fluidificado; os pahnares centrarão melhor as palmas das mãos,
com os dedos sem qualquer arqueadura. (figura 12 e 13).
Observações práticas:
1) As imposições, quando tratando de inflamações,
infecções e cânceres, requerem a aplicação de dispersivos
localizados (nos mesmos pontos onde foram feitas as
imposições). Há, pelo menos, dois bons motivos: acelerar a
absorção dos fluidos pelo foco atendido e evitar que algumas
emanações fluídicas desarmonizadas do foco impregnem as
mãos do passista (lembre-se que uma concentração por
imposição gera um elevado campo magnético; assim, esse campo
faz surgir forças de atração e repulsão que podem levar o
passista a absorver parte dos fluidos em transformação).
2) Por serem concentradoras, as imposições muito
prolongadas sobre o coronário podem provocar tonturas e
dores de cabeça no paciente; os dispersivos, intercalados com
as imposições, evitam essas sensações.
LONGITUDINAL - O próprio nome da técnica
sugere a direção de sua movimentação: "ao longo de". Ao
contrário das imposições, os longitudinais são feitos com
movimentos. Sua aplicabilidade é das mais ricas dentre todas
as técnicas. Dependendo da velocidade e da distância com
que são aplicados, os longitudinais atendem os quatro padrões
estabelecidos pela combinação dos fatores velocidade e
distância. Assim, um longitudinal lento e próximo terá
característica concentradora de ativante; se lento e distante,
funcionará como concentrador de calmante. Agora responda:
e se o longitudinal for rápido e próximo? E rápido e longe?(9)
Como se percebe, os longitudinais possibilitam uma ampla
versatilidade de usos e resultados em termos de magnetismo.
O fato dos longitudinais serem tão versáteis tem suas
desvantagens. Eles não são tão concentradores quanto as

(9) As respostas às perguntas são: dispersivos dos ativantes e dispersivos dos calmantes.
imposições nem tão dispersivos quanto os transversais (que
veremos a seguir). São pouco eficientes quando aplicados em
regiões pequenas, sendo mais indicados para grandes regiões.
A maneira de executar os longitudinais é bastante
variada. A idéia básica desta técnica é passar a(s) mão(s) ao
longo do corpo (sem tocá-Io) ou da região que se queira
fluidificar. A distância e a velocidade dependerão dos
propósitos a serem atendidos pelo passe.
Como os longitudinais, quando aplicados ao longo do
corpo de um paciente, podem criar dificuldades de realização
em um só jato, essa técnica permite variações sem perdas
sensíveis nos resultados alcançados (o que significa mais
versatilidade no seu uso).
Para termos uma idéia mais precisa da técnica,
imaginemos um paciente deitado (figuras de 16 a 21). Se o
passista for de pouca estatura e o paciente uma pessoa alta,
dificilmente o passista conseguirá envolver todo o corpo do
paciente em um só jato, a não ser que ele caminhe ao largo do
corpo do paciente. Isso é possível e realizável sem prejuízos,
mas normalmente não é assim que os passistas agem. Uma
solução é hipoteticamente, dividirmos o corpo do paciente
em duas ou três partes. A partir daí temos duas opções:
podemos fazer um longitudinal em cada parte,
seqüencialmente, ou - para os que têm prática - fazer tantas
vezes na parte superior, depois igual número de vezes na parte
intermediária e por fim o mesmo procedimento na parte
inferior.
Observações práticas:
1) Os longitudinais, quando usados como dispersivos
gerais, são excelentes para promover a distribuição e introjeção
de fluidos concentrados para absorção pelo paciente, mas para
resolver problemas de transe mediúnico, hipnótico ou
sonambúlico, seu efeito é lento e requer muita movimentação.
2) Outra grande vantagem dos longitudinais é que, por sua
versatilidade, podemos fazer uso dessa técnica para atender a
praticamente todos os casos de fluidificação, ressalvadas as

I'.M
especialidades que solicitam técnicas mais objetivas. Com isso,
o gestual fica mais suave e harmônico.
TRANSVERSAL - Trata-se de técnica essencialmente
dispersiva. Por esse fato, é muito eficiente quando aplicada
com conhecimento.
Basicamente, funciona com os braços distendidos
paralelamente em direção ao paciente e as mãos voltadas em
direção ao ponto que se deseja dispersar, abrindo-os em
seguida, com rapidez e vigor (figuras 22,23 e 24) - é de notar-
se que os passistas digitais estarão com os dedos apontados
para o local onde haverá a dispersão, enquanto os passistas
palmares, naturalmente, voltarão as palmas de suas mãos.
Depois de abertos os braços, recomenda-se fechar as mãos,
retomando-as ao ponto onde se deseje fazer nova dispersão.
Sua ação é muito efetiva quando se requer uma dispersão
muito intensa, tanto no sentido de introjetar fluidos
concentrados, anteriormente depositados, como para evitar
congestões fluídicas localizadas ou para tirar o paciente do
estado de transe (hipnótico, sonambúlico ou mediúnico).
Uma variação interessante desta técnica é conhecida
como Transversal Cruzado (figuras 22, 23 e 24). Basica-
mente, requer o mesmo procedimento, só que em vez dos
braços ficarem estendidos paralelos um ao outro, eles são
cruzados à frente do paciente, em direção ao ponto que se
deseja dispersar. A vantagem dessa variante é que o transversal
fica ampliado em seu poder dispersivo.
Vale notar que pelo vigor com que é feita, os transversais
deveriam cansar bastante o passista, mas como o passe é via
de mão-dupla, o efeito positivo dos dispersivos no paciente
traduz-se numa sensação de equilíbrio e satisfação no passista.
Por isso, apesar da movimentação brusca e até violenta que
essa técnica requer, o passista não se cansa na proporção do
esforço físico despendido.

IC.U
Observações práticas:
1) No caso de dispersão em paciente que acabou de
incorporar (manifestação psicofônica) ou que esteve sob efeito
de hipnose ou sonambulismo e está sentindo dificuldade de
retomar ao domínio da própria consciência (e às vezes do
próprio corpo), o transversal deve ser aplicado sobre o frontal
ou sobre o umeral, com bastante vigor. Normalmente, o efeito
é muito rápido, notadamente quando se usa a versão
transversal cruzado.
2) Por motivo do espaço reduzido da maioria das cabines,
dificilmente os passistas conseguirão fazer um transversal
abrindo os braços lateralmente em toda sua extensão. Dessa
forma, os passistas usam reduzir a abertura dos braços,
dobrando-os parcialmente, diminuindo a amplitude do
movimento. Se bem que, estética e fisicamente, possa parecer
uma boa solução, a eficiência da técnica fica comprometida.
A experiência mostra que um transversal com amplitude total
perde mais da metade de seu efeito quando executado com
essa redução de amplitude.
PERPENDICULAR - Embora pouco utilizada
atualmente, ela é usada praticamente para dispersar, onde seu
poder é mais consistente, apesar de também ser útil em
concentração fluídica em grande regiões. N este último caso,
deve ser aplicada com velocidade muito lenta.
Seu funcionamento básico solicita que o paciente esteja
formando um ângulo reto com o passista. O passista deverá
passar as mãos simultaneamente, uma pela frente e outra pelas
costas do paciente, perpendicularmente, sempre no sentido
da cabeça aos pés, com rapidez (figuras 25 a 27). Esta é a
forma como os perpendiculares atuam com muita eficiência
no campo dos dispersivos.
Dentre os inconvenientes da técnica, dois se destacam:
a necessidade do passista ter que girar em torno do paciente
para formar o ângulo adequado da aplicação, e a pouca
aplicabilidade em pacientes que não estejam em pé. Apesar

IleI:'
dos inconvenientes, o fator de dispersão obtido por essa
técnica - elevado - recomenda seu uso em muitos casos.
Quando se usa o perpendicular como concentrador, sua
aplicação deve ser feita com a movimentação das mãos em
velocidade muito lenta (em média, mais de 8 segundos num
percurso cabeça-pés): A conseqüência dessa concentração é
bastante regular, mas convém ser observada com atenção, pois
não existe um padrão médio bem definido sobre suas
repercussões imediatas. Mesmo sendo os perpendiculares
muito eficientes como dispersivos (está aí sua principal
indicação), pode-se testá-los como concentradores, desde que
o passista o exercite bastante para ter segurança de sua
aplicabilidade. N o campo prático, a técnica perpendicular é
muito feliz para resolver problemas de tensões musculares
nas costas e para alinhamento dos Centros Vitais.
Observações práticas:
1) O fato do perpendicular usar uma das mãos
passando pelas costas do paciente, com isso potencializando
o efeito de um longitudinal (que usa apenas a frente ou as costas
do paciente), indica que - como disse quando estudamos o
centro umeral- naquela região, e nas costas como um todo,
deve haver centros vitais secundários de relevância ou, no
mínimo, extensões ou reflexões captadoras dos centros
localizados à frente. Este raciocínio justifica o fato de nas
reuni.ões mediúnicas os passistas atenderem os companheiros
em trabalho mediúnico pelas costas, com resultados sempre
satisfatórios. Percebemos que a maioria das imposições feitas
no sentido de facilitar as manifestações medi únicas são, quando
não sobre o coronário, sobre a região do umeral.
2) N or malmente', os perpendiculares têm sido
aplicados com o paciente em pé, todavia, isso não impede
que sejam aplicados com a paciente deitado ou sentado, se
bem que os inconvenientes e as dificuldades naturais de
aplicação serão de maior monta.
CIRCULAR - Como o nome sugere, esta técnica usa
movimentos circulares. Sua característica é concentradora,

ICe@
mesmo quando os movimentos (em giros) são rápidos. É de
se perguntar o porquê. Simples. Como os centros vitais giram
no sentido horário e as mãos, quando operando circulares,
giram nesse mesmo sentido, a relação entre as velocidades de
giro dos centros vitais e das mãos contribuem para um
resultado em que vigora um maior "tempo" de captação, de
forma que o incremento de velocidade das mãos nos circula-
res tornarão esses passes mais concentradores. É bem verdade
que há um limite para esse aumento de poder concentrante.
N o momento, não sabemos definir com precisão até que ponto
o incremento de velocidade repercute no aumento do efeito
concentrador, mas, na prática, é perfeitamente verificável um
aumento significativo desse efeito.
N o que tange à maneira de aplicar o circular, a técnica
se divide em dois grandes grupos: os circulares propriamente ditos
e as ajlora(ões.
Os circulares propriamente ditos são executados com a(s)
mão(s) girando, sem movimento do(s) braço(s). Como esses
passes, além de concentradores, normalmente são aplicados
muito próximos ao ponto que se deseja realizá-los, tornam-se
muito ativantes. Os dedos ficam levemente arqueados em
direção a esse ponto, com a palma girando, sempre no sentido
horário. Quando a mão realiza o giro possível, retoma-se a
mesma fechando-a, suspendendo-a na amplitude que o pulso
permite - já que o braço, em tese, não deverá mover-se - e
reinicia-se o giro outra vez, repetindo o processo até que a
fluidificação esteja concluída (figuras 28 a 33).
Permita-me o leitor uma observação, notadamente para
quem leu ou irá ler O Passe: seu estudo, suas técnicas, sua prática.
No capítulo 8, ''As técnicas", item 2.5, que trata dos passes
circulares, digo: " ... operando-se movimentos circulares da
direita para a esquerda, e vice- versa, de maneira localizada ...".
Na verdade, quando redigi esse trecho cometi um deslize, pois
o "vice-versa" referido é exatamente o comportamento que
acabo de expor, ou seja: quando a mão realiza um giro, retoma-
se a mesma fechando-a, suspendendo-a ...

'11.]
Ao contrario dos circulares propriamente ditos, as
aflorações solicitam movimento do braço e antebraço enquanto
os dedos ficam fixos. Normalmente, as mãos ficam
espalmadas, sem contração, ou com os dedos levemente
arqueados. Como se destina a atendimento a grandes regiões,
age-se fazendo girar o braço sobre a região a ser tratada,
sempre no sentido horário e à pequena distância. O giro é
feito de forma contínua, mas se houver interrupções, a(s)
mão(s) deverá(ão) ser afastada(s), fechada(s) e depois, no
reinício do passe, repousada(s) no ponto em que a ajlofa(ão
será reiniciada.
Observações práticas:
1) Por interpretação limitada ou equivocada da maneira
como os magnetizadores clássicos sugeriram o afastamento
das mãos do corpo do paciente ao fmal de uma passagem,
passistas começaram a fazer círculos com os braços e mãos
(figura 09) e, pela aparência cênica formada, acreditam estar
fazendo circulares quando geralmente, estão realizando
longitudinais com as mãos circulando por fora do ponto ou
da região da aplicação propriamente dita.
2) Os circulares são muito eficientes em processos de
inflamação em pequenas regiões, em atendimento a problemas
digestivos e males em geral do baixo ventre.
3) Quem pretende fazer aflorações com as duas mãos
simultaneamente, deve estar muito atento ao sentido de giro,
pois nosso automatismo fisiológico normalmente impulsiona
a que uma mão tome o sentido horário e a outra o anti-horário.
Em caso de dúvida, inicie com uma mão apenas -
assegurando-se de estar movimentando-a no sentido correto
- e, logo em seguida, adicione a outra, que deverá seguir o
mesmo sentido daquela (horário). Assim é mais fácil acertar.
4) Lembre-se, o circular em sentido anti-horário causa
congestões fluídicas no paciente, provocando mal-estares. E
a depender da intensidade da magnetização e do centro vital
atingido, a somatização dessas congestões poderá favorecer a
ocorrência de conseqüências imprevisíveis e até mesmo graves .

•11'
5) As ajlorações também podem ser realizadas como se
fossem longitudinais. Nesse caso, os círculos são feitos ao
longo do corpo do paciente, sempre no sentido da cabeça
para os pés, com o(s) braço(s) girando em sentido horário,
envolvendo, seqüencialmente, cada um dos centros vitais.
INSUFLAÇÃO - Também conhecida como sopro,
esta técnica tem características bem divergentes, dependendo
apenas da modalidade usada. Divide-se em dois grupos:
insuflações frias e quentes.
As ins'1flações frias são muito usadas como dispersivos,
especialmente em sua modalidade calmante. São aplicadas
soprando-se, normalmente a uma relativa distância (maior que
40 cm) da região que se deseja dispersar, como se ali estivesse
uma vela a ser apagada. O sopro é dado com os pulmões
cheios de ar, liberando-o lentamente (se o objetivo é provocar
calma, tranqüilidade, relaxamento do paciente) ou rapidamente
e com vigor (para o caso de dispersar ou acordar o paciente
de um sono magnético, sonambúlico ou mediúnico). Bem se
vê que não se trata de um simples sopro; é necessário que o
passista disponha de sopro magnético - normalmente seus
possuidores são grandes usinadores de fluidos pelo centro
laríngeo, Apenas a experiência determina quem possui ou não
sopro magnético.
Observações práticas:
1) Os magnetizadores clássicos usavam largamente a
ins71flaçãofria para debelar febres em crianças. Nesse caso, ela era
feita no sentido longitudinal, da cabeça aos pés, a uma distância
nunca menor que 50 em do corpo da criança e com sopros firmes,
porém suaves. O ar dos pulmões era totalmente soprado até o
esvaziamento completo, num padrão constante de expiração. Para
uma nova passagem, o passista deverá respirar naturalmente, umas
duas ou três vezes, e depois encher os pulmões com nova provisão
de ar e repetir o procedimento (figura 34).
2) Quando falo "encher pulmões" estou me referindo
ao completo enchimento de ar nos mesmos, ou seja, respirar

"'1
não suspendendo os ombros (que apenas disporia ar na parte
superior dos pulmões), mas abastecendo-se de ar até o diafrag-
ma ficar totalmente elas tecido.
3) As insuJZapões frias também vêm sendo largamente
utilizadas pela acalmar histerias e crises epilépticas.
As insuflações quentes, ao contrário das frias, são
extremamente concentradoras de ativantes. São aplicadas
soprando-se a região que se deseja fluidificar, o mais próximo
possível, como se ali tivesse uma lâmina a ser embaçada. O
sopro é dado com os pulmões cheios de ar, liberando-os
lentamente, até esgotar toda a provisão de ar. Finda a provisão,
afasta-se a boca do local, respira-se normalmente umas quatro
ou mais vezes e depois, com os pulmões novamente cheios,
repete-se a insuflação (figura 35).
Essa modalidade de insuflação é extremamente
desgastante para o passista e violentamente concentradora para
o paciente.
Observações práticas:
1) Evite-se aplicá-Ia diretamente sobre os centros vitais
prmclpals.
2) Após um máximo de duas insJ41arões quentes, faça-se
uma série de dispersivos localizados antes de repeti-Ias; salvo
exceções, não faça mais de cinco (5) ÍllsJ4fafões quentes por sessão,
pois a perda fluídica é muito grande;
3) Além de uma boca sadia, tenha um hálito mental
equilibrado. Antes dos passes evite alimentos de odor pesado.
Tenha boa higiene bucal e evite fazer insuflações se tiver
problemas gástricos e de esôfago. No seu dia-a-dia, não use a
palavra para acusar, falar mal, condenar, fofocar ou levantar
falso. Este tipo de verbo "macula o homem".
4) Apesar dos inconvenientes de sua prática, cabe às
insJ41apões quentes o maior grau de eficiência em tratamento de
inflamações e infecções em pequenas regiões (tumores
localizados, feridas com dificuldade de cicatrização ...).
Entretanto, pelo seu poder muito concentrador de ativantes,
sempre há o risco do retomo de cargas fluidicas densas à fonte

'I@
de onde promana a concentração. Assim, é muito conveniente
a intercalação com dispersões localizadas, inclusive algumas
delas sendo feitas por ins14jlaçõesfrias à pequena distância (com
essas, evitamos possíveis agregações fluídicas desarmonizadas
à boca do passista). De outra forma, use do simples gesto de
dar uns sopros vigorosos no ar, não direcionados ao paciente.
Para concluir este capítulo, apresento uma conjugação
de técnicas que tem gerado resultados muito alvissareiros.
Trata-se da união da Imposição com o Longitudinal.
Normalmente, em situações em que o paciente esteja
passando por graves desarmonias fluí dicas gerais, quando se
detecta que o trânsito fluídico entre seus centros vitais está
intermitente, travado ou paralisado, usamos essa conjugação
de técnicas. O mesmo se dá quando ele sofre de crises
epilépticas, convulsões, perda de domínio das funções
nervosas, tenha passado por longos períodos com
desarmonias devido a problemas no coronário e/ou no frontal
ou quando precisa de um reforço fluídico para uma maior
harmonização entre os centros vitais, seja em nível profundo
seja mesmo nos níveis da psi-sensibilidade. O procedimento é o
seguinte: com uma das mãos fazemos uma imposição sobre o
coronário (ou sobre o centro que esteja acima do(s) centro(s)
em desarmonia) e com a outra mão fazemos dispersivos gerais
(sempre a partir do centro onde se está fazendo a imposição).
(vide fotos 37,38 e 39).
Após uma série de aplicações desse tipo de conjugação
de técnicas, devemos fazer dispersivos localizados sobre o
centro onde foi feita a imposição (de preferência usando-se o
transversal) e em seguida, a partir desse centro, fazemos uma
série de dispersivos gerais. Neste caso, a preferência é para as
técnicas longitudinais ou perpendiculares. Havendo
necessidade, repete-se a conjugação de técnicas tantas vezes
quanto necessárias.

..
, '
,4S iunçÕES DOS D3S'PERS3110S
"Os médiuns delicados e muito sensitivos devem abster-se das
comutlicafões com os Espíritos violentos, ou cuja impressão é penosa,
por causa dafadiga que daí resultd': Allan Kardec, in: O Livro dos
Médiul1s, capo 16, item 188, médiuns sensitivos.

Embora tenha falado muitas coisas sobre os dispersivos,


gostaria de apresentar mais alguns destaques às suas funções
bem como à importância que os mesmos têm nos passes.
O termo "dispersivo", apesar de ser uma "evolução"
ao conceito de "limpeza fluidica" , não traduz com perfeição
todas atribuições e alcances que lhe são peculiares.
No dicionário dó Aurélio, temos: dispersar. 1. Fazer ir
para diferentes partes; pôr em debandada; espalhar ... 2.
Dissipar; desfazer ... 3. Fazer sair; desviar, para diversos
pontos ... Para dispersivo temos: 1. Que causa dispersão;
dispersor. 2. Que se dispersa, que não se concentra no que faz...
A acepção primeira desse termo, no inconsciente
popular, está no sentido de dissipar, desfazer. Mas falar em
dispersivo, no sentido jluídico-magnétü'o, pressupõe o entendimento
do termo numa abrangência maior, muito mais ampla do que
a definida em dicionários ou pelo que é apreendido pelo
sentido popular.
Como veremos a seguir, as técnicas dispersivas
propiciam muitas e variadas repercussões quanto aos efeitos
do magnetismo. Assim, iniciarei tomando por base as
derivações encontradas no Aurélio, podendo então afirmar
que os dispersivos "fazem ir" para diferentes centros vitais os
concentrados fluidicos; eles igualmente "espalham" esses
mesmos concentrados; também "dissipam" e "desfazem"
congestões fluídicas; promovem a "saída" de agregados
fluídicos perniciosos e "desviam, para diversos pontos" e
centros vitais, os fluidos, concentrados ou não. Mas não se
limitam a isso. Os dispersivos, entre outras coisas:

""i
- "filtram" os fluidos, refinando-os para atendimentos e
alcances diversos;
- "compactam" os fluidos para processos que, por falta
de melhor nomenclatura, denomino de "ruminação fluídica",
onde os fluidos ficam "armazenados" nas periferias ou em
recantos especiais dos centros vitais, para posterior e gradual
"consumo" pelo paciente sem, contudo, criar congestões
fluídicas;
- "catalisam" fluidos, aumentando seu poder c velocidade
de penetração, alcance e transferência entre centros vitais;
- "decantam" os fluidos, retirando impurezas e refinando
a textura dos mesmos;
- atraem ao passista, notadamente às extremidades de
exteriorização, as cargas fluídicas que promovem desarmonias,
reequilibrando-as - no próprio paciente ou pelo trânsito via
passista;
- quando em grande circuito, faculta a harmonia e o
equilíbrio entre os centros vitais, inclusive operando a psi-
sensibilidade do paciente em benefício deste e do próprio
passista;
- esparge as camadas fluídicas superficiais, deixando mais
"visíveis" e "sensíveis" os "focos" de desarmonias do paciente;
- elimina os excessos de concentrados fluídicos por ocasião
do passe, doando ao paciente uma sensação de equilíbrio e ao
passista uma boa recompensação fluídico-magnética, inibindo
a possibilidade de uma fadiga fluídica;
- resolve desarmonias provocadas por fadigas fluídicas -
embora nesses casos, quase sempre, seja requerida a ingestão
simultânea de água fluidíficada;
- corrige eventuais equívocos no uso de técnicas;
- redireciona cargas fluídicas entre os centros vitais e
podemos ter certeza, ainda executa uma enormidade de tarefas
outras, muitas das quais sequer percebemos.
Mediante tão rico conjunto de possibilidades, parece
incrível que muitos passistas ainda teimem em não fazer uso
de técnicas dispersivas, apenas alegando riscos de ritualismos

'IA
ou afirmando, empirica e irrefletidamente, que não se deve
aplicar dispersivos após os passes para "não tirar os fluidos
que foram ali depositados". Não, não há riscos de ritualismos
quando se age com conhecimento e consciência do que se faz.
Ademais, o exótico que possa parecer a movimentação das
mãos nos passes é menos relevante do que toda pujança de
alcances e feitos que se obtêm com a aplicação correta dos
dispersivos.
É com muito pesar que vemos pessoas imbuídas da
melhor boa vontade e portadoras da maior fé, fazerem longas
imposições, com visíveis transferências fluidicas animicas, não
perceberem o mal-estar que provocam em seus pacientes. Com
certeza, o Mundo Espiritual trabalha enormemente para sanar
ou pelo menos diminuir os efeitos nocivos dessas longas
imposições ou concentrações fluidicas sem os competentes
dispersivos. E graças à atuação deles é que o mal é menor,
tenho certeza. Mas se, ao contrário de deixarmos aos Espíritos
a tarefa de lidarem com fluidos densos como os nossos, por
não nos habilitarmos a fazer corretamente o que nos compete,
fizéssemos tudo a contento e com sabedoria, tenho absoluta
convicção de que estaríamos alcançando muitos outros
"milagres", realizando muito maiores beneficios, produzindo
não um por cem ou dez por cem mas provavelmente
estaríamos perto do cem por cem sugerido por Jesus. E os
Espíritos do Bem estariam muito mais livres para ajudar a
todos, pacientes e passistas, de uma maneira muito mais
abrangente, profunda e repercussiva, já que "não perderiam
tempo" corrigindo o que tem resultado de nossas limitações.
A importância do dispersivo vem sendo provada e
demonstrada pela Natureza, em todos os tempos. O vento é
uma de suas mais cabais demonstrações. Movimentando-se,
ele saneia o ar, traz as chuvas, permite respiremos com
renovação ... Nossos gestos de movimentação brusca, quando
batemos ou queimamos alguma parte de nosso corpo,
igualmente sinaliza para que servem os dispersivos .... As
chamadas rezadeiras, quando "benzem" crianças, fazem uso

'1'4
de gestos rápidos, nitidamente dispersando os concentrados
fluidicos que estão a promover as desarmonias naqueles
organismos fragilizados pela ainda limitada defesa natural ...
Pessoas, quando sentindo-se sugadas (ou desernegizadas,
como se diz vulgarmente) por outras ou muito abatidas
fluidicamente, são acometidas de repentinos desejos de saírem
correndo, gritando ou até esmurrando o ar e objetos. Por
estranho que possa parecer, essa é uma forma como elas
passam a informação da necessidade de vencerem
concentrados nocivos ou de estancarem grandes perdas
fluídicas.
Por fim, é certo que os dispersivos "extraem" excessos
fluídicos, mas não extraem ou arrancam os fluidos que foram
aplicados, como supõem alguns, nem muito menos joga-os
fora. Quando doamos fluidos através do passe, o organismo
vital do paciente os absorve e retém, por um processo de
afinidade, não permitindo que fluidos "combinados",
"casados", "arquivados" a partir de então, sejam "retomados"
por um simples dispersivo. Os excessos são extraídos
exatamente quando ou porque não estão combinados, casados
ou assimilados pelo paciente, daí a maleabilidade em seus
"manuseios". E nesses casos, tenhamos em mente a assertiva
de Kardec e dos Espíritos de que os fluidos retirados retomam
para o meio de onde vieram, ou seja, eles são reelaborados e
reassimilados seja pelo próprio paciente, pelo passista ou pelo
fluido cósmico do onde proveio. Logo, não há perdas, não há
"sujeiras fluídicas", não há um desperdício de excessos quando
se usa bem a boa técnica. Posso afirmar sem medo de
errar:dispersar é preciso.

'I':'
OS CU3iJAiJOS com A
lAiJ3qA IlUjiJ3CA
"Só poderia acarretar inconveniente, se aquele que a possui abusasse
dela, depois de se haver tornado médium facultativo, porque então se
verificaria nele uma emissão demasiado abundante defluido vital e, por
comeguinte, enfraquecimento dos órgão!'. Allan Kardec in: O Litro
dos Médiuns, capo 14, item 161.
"É mesmo muito fatigante (apsicografta por médiuns velozes), porque
desprende muito fluido inutilmente". Allan Kardec in: O Livro dos
Médiuns, capo 16, item 194, médiuns velozes.

Tenho insistido que a fadiga fluidica existe. Mais que isso:


tenho visto, comprovado e lastimado, com muito pesar, as
conseqüências nada agradáveis oriundas desse evitável
equivoco cometido por muitos passistas. Dentre estes, tenho
tido oportunidade de atestar a qualidade de suas magnetizações
e de suas posturas éticas e morais de muito equilíbrio, retidão
e bondade. Dai ser intrigante e instigante a verificação dessa
"perversa" realidade fluídica.
N o livro O Passe: seu estudo, suas técnicas, sua prática tive
oportunidade de apresentar este assunto com muita clareza,
mas, à época, ainda não tinha percebido a extensão do que
seria, de fato, uma fadiga fluidica, notadamente quando
verificada em seu estado avançado. Graças a ter inserido
naquele livro este tema, bem como a uma infinidade de cursos
e treinamentos sobre passes que apresento pelo mundo afora,
pude colher exemplos em número bastante considerável,
ratificando a gravidade do tema.
N o ano de 1993, mês de dezembro, a revista Reformador,
da FEB, publicou um artigo que escrevi sobre este assunto
tamanha era minha preocupação com tudo o que vinha
constatando por onde passava. O artigo foi muito comentado:
"Os cuidados dopassista devido àJàdigafluídicd'. Aqui o transcrevo,
com rápidas e oportunas adições.
A despeito das evidências, alguns companheiros de
Doutrina insistem em desconhecer a realidade das chamadas

,·w
"fadigas fluídicas". Tal procedimento tem propiciado,
inclusive, o surgimento de problemas "psi-orgânicos" C~ de
relativa gravidade em passistas bem como em pessoas que
doam fluidos, ainda quando o fazem de forma inconsciente.
Mas os passistas, geralmente mal orientados acerca dos
cuidados que devem ser tomados, confundem as repercussões
das doações fluídicas, a partir da não observância da fonte de
onde promanam esses fluidos, até as atribuições que são dadas
às conseqüências do uso dessas "energias".
Já tive oportunidade de discorrer parcialmente sobre o
assunto em outro livro meu]"). A verificação da incidência
da verdade exposta no parágrafo anterior, entretanto, numa
proporção muitas vezes maior do que a reconhecida quando
escrevi aquela obra, me trouxe à responsabilidade o dever de
retomar o mesmo, aditando algumas colocações que reputo
de muita importância.
Como apreendemos da própria Codificação("), as
"fontes" fluídicas são de três origens: espiritual, humana e
mista. Os fluidos espirituais são aqueles que promanam da
fonte "mundo espiritual"; os fluidos humanos, mais
conhecidos como anímicos ou magnéticos, são elaborados na
fonte "organismo humano"; e os mistos são os decorrentes
da conjugação dessas duas fontes. Bem se percebe que aí não
estamos levando em consideração os fluidos decorrentes dos
demais reinos da Natureza - mineral, vegetal e animal- pelo
fato da presente abordagem prescindir desses valores.
Considerando-se essas fontes fluídicas é de se esperar
que o passista, fazendo uso ora de uma, ora de outra fonte,
sinta seu comportamento "psi-orgânico" reagindo
diferenciadamente quando operando numa ou noutra
circunstância fluídica. Portanto, a observação da fonte dos

(10) - Por "psi-orgânico" quero dizer que os alcances se dão tanto no organismo
perispirítico (psíquico) como no fisico.
(11) - O passe - seu estudo, mas tecnicas, sua prática FEB/RJ/1993.
(12) - Vide A Géues«; de Allan Kardec, cap 14, item "curas", tópico 33, 24a, FEB/
RJ/1982.

"1-)
fluidos que se está usando para a doação do passe é devida,
cabível e necessária a fim de bem se medir a extensão do uso
dessas fontes.
Quando ouvimos passistas dizerem que não se fatigam
nunca, por maior que seja o número de passes que apliquem,
somos forçados a raciocinar em direção ao entendimento dos
motivos que levam a isso, já que outros passistas, em número
consideravelmente alto, são mais do que explícitos quanto às
suas limitações nesse mister. Para efeito de raciocínio e levando
em conta apenas as origens dos fluidos espirituais e humanos,
se considerarmos dois passistas em condições físicas
semelhantes, mas que na veiculação do passe reajam cada um
como numa das colocações acima propostas, restarão poucas
hipóteses para explicar o fenômeno, dentre as quais destaco:
Hipótese 1- o que não se cansa está funcionando como
"canal" de "energias" espirituais enquanto o segundo estará
doando primordialmente o seu magnetismo;
Hipótese 2- o primeiro, mesmo quando doando
"energias" próprias, o faz em pequenas dosagens enquanto o
outro em larga escala;
Hipótese 3- aquele que não se fatiga tem a capacidade
de se recompor rapidamente; o outro não tem essa facilidade
natural - diga-se de passagem, é muito raro esse poder de
prorlta recuperação fluídica organo-magnética;
Hipótese 4- mesmo os dois doando em igualdade de
condições, o primeiro deve ter um potencial fluídico muito
maior que o segundo.
Analisando essas situações, podemos concluir que na
hipótese 1 ratifica-se o que os Espíritos vêm ensinando: a
doação ou a transmissão dos fluidos espirituais não cansam
nem geram fadiga, em oposição ao que ocorre com a doação
. das "energias" anímicas; além disso, o ato de transmissão dos
fluidos espirituais geralmente reconforta fluidicamente os
passistas. Na hipótese 2, confirma-se que o desgaste é
proporcional à quantidade de "energia" gasta, o que, inclusive,
é uma das leis da própria fisica - e que a doação de "energias"

If,l
fluidicas animicas é, literalmente falando, um efeito fisico, não
há como negar. Na hipótese 3, nos deparamos com uma
situação pouco comum: como o organismo físico é o grande
responsável pela recuperação das "energias" anímicas
consumidas, através de uma "usinagem" própria - e essa
"usinagem" normalmente depende de condições temporais,
alimentares e de respiração - torna-se pouco provável o
reabastecimento energético em regime de imediatismo.
Mesmo porque, tal ocorrência significa dizer que a usinagem
fluídica é muito intensa, implicando que o passista sentirá,
natural e impulsivamente, uma necessidade de doação de
fluidos muito forte e em intervalos muito curtos, sob pena
de, não o fazendo, se "congestionar" fluidicamente com os
próprios excessos energéticos acumulados. Apesar e por
motivo mesmo do incômodo, essa situação torna-se facilmente
detectável. Na hipótese 4 voltamos a uma consideração
semelhante a de número 2; mesmo doando muito, se se tem muita
reserva fluídica, pouco se cansa, caso contrário, vem a fadiga.
Isso raciocinado vem o questionamento: e como fazer
para se reconhecer de onde provêem os fluidos? Como saber
se estamos doando muitas ou poucas "energias" anímicas? É
possível controlar essa emissão fluídica? E havendo "perdas"
consideráveis, como fazer para se recompor energeticamente?
Por fim, quais as conseqüências mais comuns de uma fadiga
fluídica persistente?
Vejamos o que a prática e a observação dos fatos nos
levam a concluir ...
O reconhecimento da origem dos fluidos é tão mais fácil
quanto maior sensibilidade psíquica tivermos e mais atenção
(observação, acuidade) dedicarmos ao fenômeno da doação.
Quando as "energias" são animicas processo de usinagem
exoérgico (13) é comum sentirmos alguns plexos funcionando
mais ativamente, especialmente o laríngeo, o cardíaco, o

(13) - Exoérgico: que liberta "energias" interiores.

'fk1
gástrico e o esplênico C4); quando as "energias" são espirituais
que, em relação ao passista, seria um processo endoérgico
CS), normalmente sentimos a ação do coronário mais efetiva,
como se recebêssemos uma "chuva de flocos sutis" no alto
da cabeça e o escorrer de uma suave "energia" pelas mãos e
dedos em direção ao paciente. Fica óbvio que quanto mais
praticarmos e dedicarmos maior atenção e observação às
sensações, mais e melhor reconheceremos essas fontes em ação.
Para sabermos o quanto estamos doando de "energias"
magnéticas (anímicas), como, de ordinário, em tudo o que
envolve a fluidoterapia, a observação é imprescindível. Mas,
além do fator atenção acurada, dois bons sinalizadores, de
ordem prática, se interpõem:
1.0) se, após uma sessão de aplicação de passes e um
comportamento alimentar e de repouso normal, no dia
seguinte amanhecermos com uma sensação de "ressaca", com
ânsias, desgastes musculares, dores nas articulações,
enxaquecas, cãimbras, sonolência excessiva, falta de apetite e/
ou outros sintomas correlatos, é provável que tenha havido
um dispêndio de fluidos além do recomendado, tanto que o
organismo não conseguiu se recompor (lembro que essas
sensações também podem ser devidas a doações bastante
concentradas sem os dispersivos correspondentes);
2.°) mesmo não tendo esse registro mais imediato, se
após algum período - semanas ou meses - de prática de passes,
começar a sentir dores nas articulações e plexos, como se
fossem dores reumáticas, ou cãibras e dores musculares que
vão aumentando e aparecendo com uma freqüência acima do
normal, é forte indicativo de que está havendo um acúmulo

(14) - Vide o livro o passe: seu estudo, suas técnicas, sua prática. FEB/RJ /1993, os itens
3.2 ao 3.4, da página 95 a 103.
(15) - Endoérgico: que absorve "energias" externas.
(16) - Esta quantidade, cinco, embora empírica, se fundamenta na observação verificada
nalguns anos de prática com treinamentos para passistas. Ressalvo, porém, que esse
limite, por alguns considerado baixo, ainda é razoavelmente elevado, devendo as
pessoas mais sensíveis aos efeitos das perdasfluídicas, por isso mesmo, reduzirem-no
a três. É de se notar que esses valores se referem aos passistas que doam "energias"
fluídicas preponderantemente suas e não em relação à doação de fluidos espirituais.

"F'
de perdas fluídicas indevido, carecendo o passista, portanto,
de um imediato refazimento.
O controle da emissão fluídica se adquire com a prática.
Para o neófito, entretanto, recomendo nunca se aventurar a
aplicar mais que 5 (cinco) C6) passes por sessão durante um
determinado período - que pode variar de um a seis meses -
até que se adquira confiança na prática e um certo domínio do
reconhecimento da origem dos fluidos. Com o tempo, vai-se
aumentando o número de aplicações, sempre observando as
conseqüências, conforme colocado acima. Para o caso dos
praticantes que já se reconhecem como grandes doadores
magnéticos, esse controle se dá tanto por indução mental-
"vou ter domínio e só doar até tal ponto" - como por domínio
orgânico - descontrair o(s) plexo(s) mais sensível(eis) por
ocasião da usinagem fluídica. Dá-se ainda pela diminuição do
número de passes aplicados, pela redução da freqüência com
que o faz e, principalmente, pela intercalação de doações
concentradas com muitos dispersivos (esta última
recomendação é importantíssima).
A recompensação energética pode ocorrer de diversas
maneiras, sendo que em casos mais graves há de se conjugar
esforços. Todos os casos têm na prece e na confiança no auxílio
espiritual um ponto primordial para uma recuperação mais
rápida. A par disso, os casos mais simples são controlados
por caminhadas ao ar livre, exercícios respiratórios,
alimentação natural, repouso e meditação. Aqueles casos mais
complicados devem contar, além dos elementos citados, com
a ajuda de passes dispersivos, sem doação de concentrados, a
ingestão de água fluidificada - especialmente ao levantar-se,

(16)- Esta quantidade, cinco, embora empírica, se fundamenta na observação verificada


nalguns anos de prática com treinamentos para passistas. Ressalvo, porém, que esse
limite, por alguns considerado baixo, ainda é razoavelmente elevado, devendo as
pessoas mais sensíveis aos efeitos das perdas fluidicas, por isso mesmo, reduzirem-no
a três. É de se notar que esses valores se referem aos passistas que doam "energias"
fluidicas preponderantemente suas e não em relação à doação de fluidos espirituais.

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em jejum, e ao deitar-se, sempre em "estado de oração" - e
em casos mais graves ainda, dosagens complementares de soro,
sendo aí sob a orientação médica devida. Para os não
diabéticos, água de coco é um bom auxiliar na recuperação
de fadigas fluídicas e para os pouco sensíveis à cafeína, o café
também pode servir como tonificante fluídico.
Uma observação prática é a recomendação de quando
o passista se sentir muito "sugado" pelo paciente, usar técnicas
dispersivas C7) em bastante profusão, pois isso tanto defende
o paciente de eventuais mal-estares após o passe como
literalmente protege o passista por predispólo a auto-
rearmonização à medida em que assim age.
Tudo isso vem sendo aventado por causa das
conseqüências que precisamos evitar ou, no mínimo, controlar.
A fadiga fluídica, apesar das resistências por reconhecê-Ias,
pode levar o passista a um estado de profundo abatimento,
tanto fisico como psicológico, com repercussões claramente
observáveis. As dores nas articulações podem levar a uma
certa imobilidade C8) e inchaço dos membros, especialmente
nas articulações. Quando os reflexos se dão diretamente sobre
os plexos, dependendo de sobre qual seja a maior influência,
pode vir até a gerar amnésias e/ou fortes dores de cabeça
(coronário), turvamento da vista (frontal), respiração
dificultada, rouquidão e afonia (laríngeo), palpitações, dores
parecidas com angina, desritmias cardíacas (cardíaco), falta
ou excesso de apetite, emagrecimento ou obesidade brusca,
desarranjos gástricos generalizados (gástrico), dificuldades
urinárias, do metabolismo dos açúcares e depressão (esplênico)
e inclusive problemas de impotência e/ ou frigidez (genésico),
dentre outros. Vale registrar que, na maioria desses casos, os

(17) - Vide o livro o passe: seu estudo, suas témitas, sua prática. FEB/RJ 11993, o item
3, da página 207 a 213.
(18) - Prefiro dizer imobilidade por não se tratar de uma paralisia propriamente dita,
embora o não tratamento possa induzir o paciente a 11m total estado de paralisia.

"*i
exames clínicos e laboratoriais costumam não indicar a origem
do mal nem confirmam alterações significativas, o que nos
mostra a profundidade C9) em que essas alterações se dão.
Por outro lado - e aqui se encontra a grande compensação de
se fazer as coisas com proficiência - quando as "energias" são
doadas de maneira equilibrada, com a competente e
satisfatória recomposição fluídico-magnética, o passista não
só não sente nenhum desses problemas como até pode corrigir
eventuais descompensações orgânicas que porventura venha
a ser portador.
Só para ilustrar, passistas que antes eram pessoas
mórbidas, indolentes, que tudo na vida física lhes fazia mal,
depois de certo tempo de prática regular como passistas
magnéticos, tiveram reações muito positivas, melhorando
enormemente, de uma forma geral, seus desempenhos e suas
qualidades de saúde e de vida.
Uma outra observação é de que passes para recuperar
passsita em fadiga fluídica devem ser apenas dispersivos
porque; devido à fadiga, os centros vitais não conseguem
absorver e introjetar os fluidos, os quais só vedariam ou
"sufocariam" mais ainda os centros em falência. Quando já
recompensados os centros vitais, os passes concentradores
serão aplicados em pequenas dosagens, sempre intercalados
com dispersivos. O tato-magnético deve ser bem usado nesses
casos para que se analise com segurança as reações às doações
fluídicas.
O lamentável é que, por não se observar esses detalhes,
muitos passistas são "obrigados" a continuar aplicando passes
até se tomarem verdadeiros "doentes". Uns passam a doentes
físicos - e são afastados dos "trabalhos" por incapacidade -
e outros são acusados de obsidiados - a falta do conhecimento

(19) - Profundidade aqui colocada 110 sentido perispiritual e (fluido) vital em que as
modificações ocorrem, portanto ainda não detectadas, na grande maioria, pela maior
parte dos exames atualmente em vigor pela Medicina.

'tH
de muitos dirigentes e "guias" tem rotulado muitos portadores
de desarmonias fluidicas de obsedados.
Allan Kardec falando dos experimentadores que
querem, a todo preço, pôr à prova os médiuns, adverte que
"tais experimentações (...) são sempre prejudiciais às organizações
sensitivas, podendo mesmo dar lugar a graves desordens na
economia orgânica" (grifo original). E arremata: "Fazer
semelhantes experiências é brincar com a vida"e~.
Acredito que a carapuça deverá cair sobre a cabeça
daqueles que forçam os médiuns a se fatigarem, por quaisquer
que sejam os motivos, inclusive os "travestidos" de boa-
intenção de uma falsa defesa da pureza doutrinária.
Quando o Espírito de Verdade nos convidou ao "amor
e à instrução" foi para que fizéssemos uso desses dois
instrumentos. Infelizmente, muitos se condicionam apenas à
boa vontade, no interesse de servir, sem se instruírem como
fazê-lo melhor, contraindo complicações que, sem dúvida, não
deveriam fazer parte do cotidiano do trabalhador do bem. O
"faze por ti que o céu te ajudará" pressupõe que façamos nossa
parte e nossa parte não é apenas "ser bonzinhos", mas sermos
bons naquilo que fazemos, fazendo-o com amor,
conhecimento e equilíbrio.

(20) - KARDEC, Allan. Dos médiuns. In: o livro dos Médiuns, parte segunda, capo 14,
item 162 do subtítulo "1. Médiuns de efeitos físicos", p. 197,4 T" ed. FEB/RJ 11982.

Ith
os 1'ASSJSIAS E AS DORES DO 1'ACJEnlE

"Tende, pois, como certo que, quando os Espíritos se negam a discutir


seus próprios ensinos, é que bem reconhecema fraqueza destes." Allan
Kardec, in: O Livro dos Médiuns, capo 29, item 349.

Quando a teoria ainda não está bem estabelecida, é


pouco conhecida ou não é estudada, a prática faz despontar
situações que surpreendem, machucam, desestimulam ou
ensinam a duras penas. O "jogo" das tentativas aleatórias tem
um preço a ser pago, quase sempre muito caro.
As ciências de observação, ao longo da história, têm
pontilhado seus registros de exemplos que tais, assim como
certos pesquisadores, conhecidos como práticos, põem nos
relatos da própria experiência um rol de frustrações, decep-
ções, desesperos, sofrimentos e dores decorrentes de tentativas
inúmeras, muitas das quais totalmente desnecessárias se uma
teoria prévia tivesse sido melhor observada.
Além dessas evidências serem notórias e de fácil
conclusão, Allan Kardec não se cansou de asseverar acerca da
necessidade do estudo prévio da teoria para todo aquele que
quisesse evitar os inconvenientes e percalços naturais da prática,
mormente em relação ao uso dos dons mediúnicos.
Entrementes, o estudo teórico não vem sendo prática das mais
comuns nos meios espiritistas, especialmente nos trabalhos
que envolvem os tratamentos fluídicos.
Tendo Kardec relacionado a mediunidade curadora com
o Magnetismo (veja-se O Livro dos Médiuns, capo 14, tópico 7,
itens 175 e 176) e registrado que ''A mediunidade é coisa santa,
que deve ser praticada santamente, religiosamente. Se há um
gênero de mediunidade que requeira essa condição de modo
ainda mais absoluto é a mediunidade curadora" (O Evangelho

MfW
Segundo o Espiritismo, capo 26, item 10), cabe a quem pretender
praticá-ladentro desse espírito,conhecer a teoria que a fundamenta.
Numa tentativa um tanto quanto esquisita e insensata,
alguns trabalhadores da área do passe, embora cientes disso
que venho escrevendo, sistematicamente têm evitado o estudo
do Magnetismo e, inclusive, desestimulado tal prática aos
neófitos. Buscam como base as afirmativas de que "o dom
vem de Deus" e, portanto, "basta ter boa vontade" para se
aplicar o passe e se fazer o bem. A prática, essa inclemente e
inevitável razão, embora não negando aquelas ponderadas
afirmativas, apresenta outras realidades a serem consideradas.
- Sem desviar o rumo do que pretendo analisar neste capítulo,
vale registrar que "tudo vem de Deus", mas cabe ao homem
todo empenho desenvolver para poder evoluir, assim como
na base das grandes ações a boa vontade tem lugar de
destaque, muito embora por si só ela não consiga transpor os
limites requeridos pelos conhecimento, estudo, trabalho e
perseverança.
Sabemos, pela experiência e como fruto da observação,
que um bom número de passistas, após o serviço dos passes,
fica descompensado e, muitas vezes, sentindo as dores, os
problemas e./ou as perturbações do paciente. A maioria das
explicações dadas ao fato é ingênua ou bisonha: "é por causa
de sua invigilância"; "é para testar sua perseverança no bem";
"é porque o paciente estava muito carregadd'; "é porque você
precisa 'trabalhar' mais"; e por aí segue. Quando paramos
para refletir mais acuradamente, percebemos que pelo menos
três grande vertentes explicativas sensatas existem:
1) O passista "absorveu" e/ou reteve certa quantidade
de emanações fluídicas advindas do paciente quando o correto
seria tê-Ias dispersado por ocasião do passe;
2) O passista doou fluidos em excesso;
3) Pelo semi-transe facultado na hora do passe, o
passista assimilou partes do campo fluídico de alguma(s)
Entidade(s) Espiritual(is) que acompanhava(m) o paciente.

",.]
Pelo impacto fluídico percebido houve uma desarmonia em
seu cosmo vital, ocasionando sensações desagradáveis que,
por vezes, chegam a ser intensas e demoradas (veja-se o
capítulo anterior onde tratei da "fadiga fluídica").
Antes de entrar no cerne da questão, ressalto que
apresentarei algumas explicações que levam em consideração,
primordialmente, os aspectos físicos e fluídicos da
problemática em foco. Isto se baseia em dois aspectos:
primeiro porque as educações moral e mediúnica já devem
estar implicitamente associadas às personalidades daqueles que
se propõem aos trabalhos no campo do passe, o que dispensa
digressões maiores por esse terreno; e segundo porque os
estudos que já possuímos (todos nós) nos permitem, também,
raciocinemos mais fisicamente sobre a ação dos fluidos,
considerando-a nos limites do homem encarnado e não apenas
divagando pelo misticismo ou por algumas teorias frágeis e
insustentáveis, erroneamente apresentadas à conta de
espirituais.
Retomando o assunto, mesmo em se tratando de três
considerações distintas, a gênese da solução desse problema
se encontra, em termos de técnicas, no uso que se faça dos
dispersivos. No livro O Passe: seu estudo, suas técnicas, sua prática,
capítulo 8, e no capítulo ''As funções dos dispersivos" deste
livro, já tive oportunidade de tratar acerca da importância dos
dispersivos. Quero, entretanto, aditar uma outra consideração.
Os centros vitais também são conhecidos e reconhecidos
como captadores de fluidos; por eles fazemos penetrar os
fluidos no paciente. Ocorre que a experiência vem
demonstrando que, no paciente, a quantidade de fluidos e a
velocidade com que são captados pelos centros vitais não são
as mesmas com que são transmitidos aos campos mais internos
do organismo. Na prática, havendo grande transmissão fluídica
de uma só vez, isso corresponderá a algo semelhante a uma
"congestão fluídica", provocando mal-estar no paciente e, por
reflexo fluídico, desconforto no passista. Isso se torna bem
observável quão mais sensíveis forem paciente e passista.

lEI'
Para compreendermos melhor o que se passa, vamos
focalizar um caso. Um paciente está com uma grande
descompensação num determinado centro vital, por força de
uma desarmonia orgânica. Tomemos o gástrico como
exemplo. Quando o passista começa a fazer-lhe aplicação de
fluidos vitais (magnetismo), o campo orgânico do paciente,
que está "informando" ao centro vital sobre suas necessidades
fluídicas, começa a receber parte dos fluidos que estão sendo
doados. Como, por motivo do lento trânsito dos fluidos entre
os meios perispirituais e fisicos, a transmissão energética é,
momentaneamente, "percebida" como pequena, o campo
orgânico (físico) continua pedindo mais "energias" e o centro
gástrico (perispiritual) transfere, magneticamente, a
"solicitação" ao doador (passista). Ele, então, continua
"depositando" fluidos, os quais começam a se acumular "nas
periferias do centro vital" por não conseguirem ser
transmitidos de imediato ao campo orgânico. Com isso, o
centro vital "congestiona-se", ficando o paciente, embora
saturado de "energias" em sua estrutura perispiritual, sentindo-
se descompensado, motivo pelo qual segue "transmitindo" a
informação ao doador de que precisa de mais fluidos. O
passista, por sua vez, se desordena pela profusão da doação.
Por um mecanismo que ainda não percebemos a profundidade
de seu funcionamento, quando um passista doa fluidos e esses
não são bem estabilizados e distribuídos no(s) campo(s)
vital(is) a que se dirigiram, ele se ressente. Portanto, ocorrendo
esse fenômeno de "aparente" congestão fluídica no paciente,
o passista fica ressentido de uma harmonia e de um equilíbrio
vindo a provocar interferências pouco felizes em seus sentidos
comuns. Levado o passe até o final nessa condicional, o
paciente, provavelmente, sairá da cabine com tonturas, enjôos
ou se sentindo aéreo. O passista por sua vez, dependendo de
sua sensibilidade, registrará uma pronunciada desarmonia,
variando da sensação de vazio, tontura, dor de cabeça, ardor
nos olhos, até ânsias de vômito, cãimbras, tremores,

'Etl
taquicardias e/ou dores e mal-estares semelhantes aos do
paciente.
Ilustrando o caso com mais uma analogia, imaginemos
uma peneira, onde deveremos despejar certa quantidade de
produto a ser peneirado. Se despejarmos todo o produto na
peneira, com esta parada, o que ocorrerá? Apenas uma
pequena parte do produto será peneirada enquanto o restante
simplesmente vedará a peneira. Se o responsável pelo
peneiramento não tomar nenhuma outra providência, mesmo
tendo despejado todo o produto sobre a peneira, não poderá
dizer que cumpriu a tarefa que lhe competia realizar. Isso é
semelhante ao caso em análise. O passista doou fluidos, é
inegável, mas de tanto concentrá-los, "vedou" o centro vital
do paciente. Este recebeu pequena introjeção fluídica e ainda
ficou congestionado, enquanto aquele terá, no mínimo, uma
sensação de incompletude. Sigamos com o caso ...
Para o caso específico de grandes doações fluídicas a
um mesmo paciente, o uso intercalado das técnicas - após
pequenas concentrações, usar-se os dispersivos - é
fundamental. No exemplo fluídico que vimos considerando,
uma ação mais efetiva seria a seguinte: quando um paciente
está muito descompensado fluidicamente, requerendo uma
carga fluídica muito grande, o passista, ainda que não tenha
desenvolvido um tato-magnético específico, sentirá como
"algo lhe puxando, lhe sugando fluidicamente" em direção ao
paciente. Essa força de atração comum ente é muito forte e,
até que se tente educá-Ia e controlá-Ia, parece ser irresistivel.
Assim, ocorrendo essa "sucção" magnética, o passista faz
pequenas concentrações fluídicas (imposições, movimentos
com velocidade lenta ou circulares) intercaladas com
dispersivos localizados (movimentos com rapidez) sobre o
mesmo local. Rapidamente será observado que o poder de
"sucção" magnética diminui. Mas, por que isso acontece? Pelo
fato de os centros vitais, quando coadjuvados pela ação dos
dispersivos, atuarem mais efetivamente na assimilação e

••.
distribuição dos fluidos ou então a ação dos dispersivos

'
aplicados sobre uma concentração fluídica favorecerem uma
nova contextura e uma catalização ao fluido, facilitando-lhe,
assim, a introjeção no paciente. Como resultado final,
observamos que o paciente se refaz mais rápida e efetivamente
saindo da cabine sem registrar sensações desagradáveis,
enquanto o passista dificilmente se desarmonizará ou virá a
sofrer grande perda fluídica.
Retomando à analogia da peneira, tal procedimento
(dispersivo) corresponderia ao peneirador agitar a peneira,
de preferência, de maneira intercalada, ou seja, colocando um
pouco do produto na peneira, agitando-a em seguida, voltando
a abastecê-Ia com mais um pouco do produto, agitando-a
novamente, e assim até o fim. Na analogia, a agitação da
peneira corresponde à aplicação dos dispersivos. Acredito que
assim tenha ficado mais fácil entender o assunto.
De posse desses raciocínios, podemos retomar às três
colocações feitas anteriormente:
Na primeira, observamos que em tese um passista só
assimila cargas fluídicas de um paciente quando não faz os
competentes dispersivos. A falta que faz o dispersivo ao
paciente, levando-o a sentir-se estranho, é a mesma que faz ao
passista, tornando-o descompensado. Tanto é assim que
quando um passista "absorve" cargas fluídicas desarmônicas
de um paciente, só atitudes de dispersão fluídica ou um passe
dispersivo, feito nesse passista por um outro, podem trazê-lo
de volta ao equilibrio com mais rapidez. Entretanto, existem
graus de descompensações tão fortes que nem mesmo um passe
dispersivo consegue repor a "casa em ordem" muito rápido.
Isso tudo seria muito mais simples se se tivessemos a com-
preensão do uso dos dispersivos.
Na segunda colocação, o passista doa energias em
excesso quando não adquiriu o controle de suas emissões
fluídicas. Não podemos perder de vista que a lei dos fluidos é
uma lei de afinidade que atende pelos padrões da atração e da
repulsão. Assim, uma fonte carente de energias tenderá sempre

'EI'
a "sugar" fluidos da fonte doadora; se esta não souber se
precaver, advirá o esgotamento para o doador e a saturação
para o receptor. E os dois estarão desfavorecidos. O "fiel da
balança" da questão, em termos técnicos, é o dispersivo.
Ademais, doar muito nem sempre é sinônimo de doar bem,
pelo que merece ser bem dosado.
N a terceira, a educação mediúnica deverá sempre falar
mais alto, mas a postura fluidica não pode ficar ao descaso. A
aproximação de um Espírito - aproximação no sentido de
entrar na faixa de sintonia e vibração - altera nossa estrutura
de vibração fluídica, expondo-nos a9 "risco" de assimilação
de fluidos e sensações daquele. Apesar de o fenômeno ter
origem no fator mediúnico, o uso dos dispersivos pelo passista
no paciente que está trazendo aquela companhia minimiza e,
até, elimina os efeitos desse "risco". Isso porque o dispersivo,
usado em pacientes "acompanhados" por Espíritos, favorece
a diminuição das "faixas de sintoma fluídica" entre ambos,
por reduzir os chamados "campos magnéticos de atração".
A prática o comprova: quando se quer despertar um paciente
"envolvido", qualquer que seja o tipo de envolvimento -
hipnótico, magnético, sonambúlico ou rnediúnico - usa-se
técnicas dispersivas,
Por fim, ainda resta a questão do passista que fica retendo
em si as sensações do paciente. Sem dúvida, problema sério e
por vezes grave, embora, relativamente, comum. Muito
embora não tenha, pessoalmente, muitos casos testados que
possam dar confirmação unânime à hipótese, a maioria dos
passistas que passa por essa situação tem conseguido sair delas
em curto espaço de tempo, fazendo intercalação mais amiúde
de concentrações fluídicas com dispersivos e, ao final de cada
passe onde isso ocorra, demorar-se mais um pouco nos
dispersivos finais. Tem sido comum as sensações cessarem por
completo durante essa fase de dispersivos finais ou quando
muito, em alguns poucos minutos após o passe. Nos casos
mais resistentes, recomendo seja o passista submetido a um
passe dispersivo ao final da sessão de passes, com ingestão de
água fluidificada após. Uma coisa entretanto, parece vir sendo
confirmada aos poucos: a maioria dos passistas que fica nessa
situação é composta de grande número de doadores
magnéticos. Como a sensação de dor ou mal-estar do paciente
está nele também enquanto veicula o passe, o desejo de resolver
logo aquilo parece induzir aos fluidos uma projeção mais
intensa, causando-lhe, portanto, a descompensação já frisada
anteriormente. Em todo caso, todos os que trabalhamos na
área do passe devemos continuar estudando, analisando,
observando, ponderando e trocando informações, a fim de
que as experiências possam ser somadas em beneficio de todos.
Esta, por sinal, é uma postura de ciência e legitimamente
espírita também.

• têM
"O Espírito atuante é o do magnetizador, quase sempre assistido por
outro Espírito. Ele opera uma transmutação por meio dofluido
magnético que (.) é a substância que mais se aproxima da matéria
cósmica, ou elemento universal. Ora, desde que elepode operar uma
modificação nas propriedades da água, pode também produ'lfr um
fenômeno análogo com osfluidos do organismo, donde o efeito curativo da
ação magnética, convenientemente dirigidd'. Allan Kardec, in: O
Livro dos Médiuns, capo 8, item 131.

N O livro O Passe: seu estudo, suas técnicas, sua prática tratei


deste assunto de maneira bastante clara, mas acredito que posso
enfocar outros aspectos mais práticos da fluidificação da água.
Não é sem motivo, portanto, que renovo a recomendação
acerca do conhecimento da obra referida, além das
anteriormente indicadas.
Precisamos desmitificar a água fluidificada - também
chamada água fluida ou ainda água magnetizada. De forma
alguma ela pode ser considerada como uma variante da água
benta dos católicos ou uma panacéia que a tudo se aplica.
Como tudo, é necessário compreender que a água fluidificada
tem sua função, ora geral ora específica. Tomá-Ia pelo simples
fato de "adquirir bênçãos" ou porque "ingerir fluidos" faz
bem é não perceber a gravidade que o processo envolve nem
como atuam as trocas, renovações e estabilizações fluídicas
por ela patrocinadas.
Via de regra, a água fluidificada tem sido empregada
como complemento. de terapias fluídicas, psíquicas e/ou
mediúnicas. Apesar de seu largo uso, pouco se tem experi-
mentado sua ação isolada, ou seja, como tratamento a base
unicamente de água fluidificada, sem outros "aditivos" fluidi-
cos, o que não me autoriza compormos uma generalização
quanto aos seus efeitos de forma independente. Todavia, na
prática é constatado que sua ação, como coadjuvante nos
tratamentos fluídicos é de fundamental importância. Seja pelo

'EN
processo de assimilação pelos órgãos, de uma forma mais
direta, de suas cargas fluídicas, seja pela manutenção ou
complementação de cargas fluídicas entre os períodos que
intermedeiam os retornos aos passes, a ingestão da água
fluidificada corrobora para uma elevação bastante significativa
nos níveis de melhora dos tratamentos em relação àqueles
outros que não a empregam.
Como, praticamente, tudo que acontece quando o
magnetismo está envolvido, a água fluidificada também requer
considerações destacadas quanto à origem dos fluidos em sua
fluidificação. Dessa forma, temos duas grandes fontes de
fluidificação de água: a espiritual e a magnética (humana).
Deixo claro que não estou desprezando as fluidificações mistas.
Ocorre que, por interpolação, analisando as duas formas
apresentadas e tendo-se em conta o que já vimos anteriormente
sobre a origem dos fluidos nos passes, fica fácil concluirmos
como seria essa outra. Assim, teremos:
FLUIDIFICAÇÃO ESPIRITUAL
Ressalta à razão que os fluidos aí considerados são os
que, predominantemente, vêm ou provêm do Mundo
Espiritual, com ou sem a intermediação de médium,
magnetizador ou passista.
Neste caso, o passista pouco tem a ofertar de si mesmo,
a não ser as vibrações de paz, amor e harmonia, todo um
processo de oração favorável a uma boa fluidificação e da
cola-psiquica.
Na fluidificação espiritual, tanto os Espíritos executam
a fluidificação de forma direta, como podem se utilizar de
passistas, até para, eventualmente, aproveitarem algum
composto mais denso dos fluidos humanos para um melhor
atendimento a determinadas necessidades do(s) paciente(s).
No primeiro caso, basta que se coloque o(s) recipien-
te( s) com a água para fluidificar, em lugar determinado para
tal tarefa, e se solicite aos Espíritos, por prece sincera, que
providenciem a fluidificação da água ali depositada. No

'1*:1
segundo caso, cabe ao passista, além das orações e boas vibra-
ções, impor a(s) mão(s) sobre o(s) frasco(s) com água (figura
36), por um tempo que, em média, raramente, excede a dois
minutos.
FLUIDIFICAÇÃO MAGNÉTICA (HUMANA)
Aqui nos referimos à fluidificação procedida com fluidos
oriundos basicamente do(s) magnetizador(es) ou passista(s).
Também se insere o caso das fluidificações mistas, até porque,
por tudo que apreendemos no estudo atento à Codificação,
"quando operamos no sentido do bem, bons Espíritos nos
secundam os esforços".
Na fluidificação magnética, a participação do passista é
bem mais efetiva que no caso anterior. Ele usinará fluidos para
exteriorização e perceberá, com muito maior nitidez, o fluir
desses fluidos por seus pólos de exteriorização -
normalmente, a(s) mão(s).
A fluidificação magnética geralmente se faz por
imposição de mão(s). Visualmente, portanto, não há diferença
da fluidificação espiritual. A diferença básica está na origem
dos fluidos e muitas vezes também se diferencia pelo fato da
fluidificação magnética ser um pouco mais demorada e
fatigante.
Outra diferença significativa é que na fluidificação
espiritual o passista, normalmente, apenas percebe um sutil
trânsito de fluidos acessando-o pelo coronário e atravessando-
lhe os pólos emissores; enquanto que na magnética, além de
sentir suas usinas fluídicas em plena ação, é comum sentirem
variações de sensibilidade, tais como: aquecimento,
esfriamento, tremor ou formigamento nas mãos e/ou dedos,
paladar variando à medida em que fluidifica vasilhames de
pacientes diferentes (gostos amargo, doce, de remédio, de
vitaminas, de plantas, de terra ...) e odor aguçado, com
variações à medida em que fluidifica (cheiro de flores, terra
molhada, chás, defumados, perfumes, medicamentos
diversos ...). Essa grande variedade, inclusive, deve-se a um

I,W
fator muito importante: a que e a quem se destina a
magnetização da água. Isso porque existem pelo menos dois
objetivos diretos: um geral e outro específico.
OBJETIVO GERAL
É aquele que não tem uma particularidade a ser atendida
que não seja a de renovar ou fortalecer o campo fluídico do( s)
paciente(s) em geral. Na maioria das vezes, essa fluidificação
é espiritual. Não entenda-se, todavia, que os Espíritos apenas
realizam fluidificações gerais: quando solicitado, o Mundo
Espiritual procede fluidificação específica e objetiva para
atender a determinados tratamentos ou pacientes. Nesses
casos, acreditamos que os Espíritos costumam fazer uso
concomitante de fluidos sutis dos Planos Espirituais e mais
densos de nosso meio, seja através do magnetismo dos
passistas, seja extraindo-os de outros reinos da Natureza. E
isso não por ineficiência deles, mas porque nunca há
necessidade de se quebrar as leis naturais para se atender a
quaisquer realizações humanas ou espirituais.
A água fluidificada, segundo essa adjetivação,
usualmente, pode ser sorvida por qualquer pessoa, fazendo
melhor efeito naquela que absorver os fluidos ali contidos com
mais fé e confiança no tratamento - essa absorção se dá pela
"afinidade fluídica", ou seja, as psi-moléculas carentes ou
desarmonizadas do paciente serão substituídas ou modificadas
pelas magnetizadas e harmonizadas) (figura 11). A fé tem o
poder de predispor as psi-moléculas para uma melhor e mais
eficiente combinação.
Embora não haja contra-indicações para o uso, há
recomendações:
- tome-a com fé e em estado de oração;
- não abuse para que, de futuro, o descaso ou desrespeito
ao benefício não o torne inócuo;
- havendo recomendação (posologia) de uso, siga-a
corretamente; em não havendo, dê preferência a bebê-Ia pela
manhã, ao despertar e à noite, ao deitar, sempre em oração;

'I'·]
- se a água faz parte de um tratamento, não convém
desperdiçá-Ia com quem não precisa desse importante
elemento de terapia fluídica.
OBJETIVO ESPECÍFICO
É aquele que tem destino e objetivos bem específicos,
tanto em termos de paciente como para atendimento de
determinados problemas. Na maioria das vezes, essa
fluidificação é magnética (humana ou mista), mas o Mundo
Espiritual está sempre presente.
É durante esse tipo de fluidificação que o passista
freqüentemente sente as sensações e variações citadas há pouco.
A água fluidificada específica, salvo as exceções, não
deve ser sorvida por quem não esteja diretamente indicado
para tal. Ocorre que nessa fluidificação muitas vezes são
produzidas mudanças profundas na estrutura fluídica das
moléculas, com repercussões bastante acentuadas no corpo
orgânico do paciente. É de se registrar que muitas dessas
fluidificações produzem visíveis transubstanciações na água,
a ponto de tornarem-na turva, opaca, radiante, colorida e
também dotarem-na de odores e sabores variados. Isso não
só demonstra cabalmente a ação dos fluidos nas águas como
deixam inequívoco que o atendimento com aquela água tem
um objetivo bastante específico.
O fato de haver fluidificação específica é o que nos leva
a recomendar que as pessoas, quando levarem seus vasilhames
à fluidificação, aponham-lhes etiquetas ou detalhes de
identificação, a fim de não haver troca na hora da retirada ou
recebimento dos mesmos.
Poder-se-ia aventar 9- hipótese de que mesmo as especí-
ficas não fariam mal a quem as tomasse inadvertidamente,
posto que ali apenas estão fluidos que são absorvidos por
afinidade, como exposto no caso da fluidificação geral. Apesar
da lógica do raciocínio, neste caso, a prática nem sempre
confirma essa teoria. A explicação é que os concentrados
fluídicos contidos na grande maioria das fluidificações

'1'1
específicas são muito densos e potencializados e, pela quase
materialização dos fluidos ali depositados, sua absorção pelo
organismo muitas vezes transcende os limites comuns à ação
dos fluidos sutis, com o corpo orgânico "reconhecendo"
aquele concentrado fluídico como elemento material, físico
mesmo, e, dessa forma, metabolizando-o.
Uma analogia parece-me pertinente. A moderna
Medicina Ortomolecular alterou muitos conceitos clássicos
quanto ao uso de determinadas substâncias, notadamente as
vitaminas. Por exemplo: antigamente sabíamos que o corpo
humano só retinha da vitamina C um máximo de 0,5 a 1 grama
por dia de seu potencial, sendo o excedente desse limite
expelido pelo próprio corpo por suas vias naturais, daí não
•resultando qualquer outro beneficio em conseqüência das super
dosagens. Com as descobertas do Dr. Linus Pauling, essa teoria
foi superada, pois quando o organismo recebe doses elevadas
de Vitamina C, ele passa a utilizar o "excesso" vitamínico em
função de outros relevantes benefícios ao homem, como a
desoxidação sangüínea pelo combate direto aos radicais livres
(ninguém deve ingerir vitaminas em elevadas dosagens sem
orientação médica). Então, por analogia, podemos entender
como os concentrados fluídicos das águas fluidificadas
especificamente atuam nos organismos. O cuidado é
recomendado por não sabermos exatamente que substâncias
ou psi-substâncias ali estão depositadas e, portanto,
desconhecermos até que ponto o concentrado fluídico poderá
ou não desaguar em desarranjos ou desarmonias de variada
performance a quem, inadvertidamente, bebê-Ia.
Para a ingestão dessa água, portanto, há recomendações.
Além das colocadas para a fluidificação geral, observe-se:
- guardá-Ia de forma a não confundi-Ia com a contida em
outros vasilhames;
- seguir, o mais rigorosamente possível, a posologia
indicada; e
- evitar que a água esteja ou venha a estar contaminada.

'etl
Observações complementares:
1) As imposições sobre os vasilhames com água,
também atendem aos princípios da naturalidade de
exteriorização fluidica do passista. Se ele é digital, os dedos
tenderão a arquear em direção aos vasilhames; se ele é palmar,
os dedos ficarão normalmente estendidos e as palmas voltadas
aos vasilhames.
2) Não há necessidade de se fazer técnicas dispersivas
em vasilhames com água fluidificada, pois ali não se estabele-
cem "congestões fluídicas" e sim "concentrados fluídicos".
3) Lembrar-se sempre de agradecer a Deus por todas
as bênçãos recebidas, inclusive, pelos beneficios que serão aufe-
ridos pela ingestão daquela água. A propósito, saliento que,
modernamente, a Ciência está comprovando que pessoas
portadoras de fé têm maiores chances de vitórias e são mais
imunes a determinadas doenças do que as incrédulas, além de
potencializarem os benefícios dos tratamentos a que se submetem.
4) No caso da fluidificação nos lares, por ocasião dos
momentos fraternos de estudos evangélicos, conhecidos como
"Evangelho no Lar", reconhecer que aos Espíritos não cabe a
"obrigação" da fluidificação, por isso mesmo, devemos ter
sempre a humildade de solicitar-lhes a interferência fluidica a
nosso favor.
5) Não estranhar eventuais reações como enjôos ou
tonturas, pois sendo conseqüência da água, rapidamente o
organismo se adaptará ao novo estado fluidico, Em todo caso,
permanecendo o mal-estar, diminua as quantidades ingeridas
até encontrar o volume ideal (aquele que não deixa sensações
desagradáveis). Havendo persistência nos mal-estares mesmo
após essas recomendações, busque a Casa Espírita, solicitepasses
dispersivos e leve outro (s) vasilhame( s) para nova fluidificação.
6) A água fluidificada pode ser diluída sem perda de
suas qualidades terapêuticas. Como usualmente as pessoas
levam apenas um vasilhame para fluidificar e este é pequeno
(nunca maior que dois litros), e as recomendações de uso quase
sempre indicam mais de uma ingestão por dia, os pacientes

'CE)
costumam se perderem na definição da quantidade de água
por vez. Assim, pode-se, em vez de se tomar uma dose
pequena, colocar essa dose num copo e completá-Io com água
potável (gelada, quente ou natural, tanto faz). Também pode
ser feita a diluição de uma vez: o paciente sabendo seu consumo
médio de água estima o quanto consumirá no período indicado
(normalmente de uma semana) e já faz uma diluição total, de
forma a não se perder nas dosagens diárias.
7) É importantíssimo que o paciente tenha consciência
dos efeitos da água fluidificada, até mesmo para que ele valorize
mais seriamente o tratamento a que está submetido. Para tanto,
as Casas Espíritas precisam informar regularmente ao público
sobre esse assunto, seja nas reuniões públicas, nos periódicos,
nos quadros de avisos, em panfletos ou mesmo pessoalmente.
8) A água tanto será fluidificada em vasilhames de
plástico como de vidro ou qualquer outro material; em
recipientes claros ou escuros; com eles tampados ou abertos;
com água fria, morna ou natural; pela manhã, tarde ou noite.
O mais importante é que o vasilhame esteja livre de elementos
de contaminação e que a água seja potável.

-- -- ------------------------------------------------
os :Jnconl1En:JEnlES PARA QUEm PÃRA
" ... A força magl1étúa reside, sem dúvida, 110homem, mas é
aumentada pela ação dos Espíritos que ele chama em seu auxílio."
Allan Kardec, ia: O ú'vro dos Médiul1s, capo 14, item 176,
questão 2.

Vou pedir sua permissão para transcrever um outro


artigo meu que, certamente, interessa a uma grande maioria
de passistas. O título: Não quero serpassista.
Eis aí um momento dito inglório: aquele quando alguém
decide não ser mais passista! Inglório porque há o risco de se
estar sob influência negativa, de se encontrar em meio a
querelas entre membros de um grupo, ou por problemas de
saúde: fisica, psíquica ou moral. E o pior é que muitas vezes
apontam o "desertor" como alguém obsidiado e que ''pagara
muito caropor isso". Particularmente, não vejo assim.
Corroborando com o prognóstico acima, alguns
dirigentes ou coordenadores de passes vaticinam que" vod pode
sair, mas não dou dois mesespara voltar cheio deproblemas ...". E o
pior é que muitas vezes "o mal pegd' e a pessoa volta. Volta
como? Volta triste, acabrunhada, sentindo-se infeliz e
inferiorizada e, nesse clima, submete-se a uma "terapia
desobsessiva" para, logo depois, voltar à lida de passista.
Dificil imaginar que uma criatura assim retome com um bom
padrão de boa vontade e pratique o passe doravante com
disposição amorável. Não será sem motivos que essa criatura
sentir-se-à "condenada" a ser passista até o fim dos tempos ...
O que será que se esconde por trás disso tudo? O que
motivará esse "voltar cheio de problemas"? Será que se trata
mesmo (apenas) de obsessão? Será que depois de iniciado um
trabalho, não se pode mais mudar de atividade? Será que os
Espíritos não nos ajudariam numa nova opção de serviço?
Para compor nosso raciocínio, isolemos os passistas em
dois grupos: os espirituais e os magnéticos.
Os espirituais são aqueles em que os fluidos doados são
de origem espiritual, os quais apenas passam pelo passista; os
magnéticos são aqueles em que o passista usina suas próprias
"energias", transferindo-as ao paciente.
Nessa posição, quando um passista espiritual está na
ativa, ou seja, aplicando passes com regularidade, ele tem a
seu favor um trânsito de fluidos muito sutis, impregnados de
uma suavidade e de uma harmonização de registro muito
agradável. Por força disso, aquilo que chamamos de cola-
psíquica propicia ao passista uma variação em seu campo
normal de freqüência fluídica, dotando-o de um equilibrio
fluídico de muita harmonia e agradável bem-estar.
Outro aspecto a ser considerado é que o passista
espiritual, consciente de seus compromissos e responsa-
bilidades, está contando com boas Companhias Espirituais
de uma maneira mais assídua, em proporção direta ao exercício
dessa sua faculdade e da constante preparação para bem
exercê-Ia.
Disso resulta que se o passista, tal como descrito, deixar
de aplicar passes, sentirá a falta dessa harmonia que estava
sempre e sempre se renovando em seu cosmo fluídico, além
de igualmente se ressentir da ausência dos Espíritos que
laboravam na assistência fluídica por seu intermédio - agora
irão continuar os trabalhos via outros passistas. Nesse caso,
se o motivo de querer deixar de aplicar passes se deve a
momentos de tormenta, a impossibilidades físicas ou a
eventuais inseguranças, deverá ser analisada com bastante
critério a decisão, pesando-lhe as conseqüências diretas, a fim
de não se atormentar mais no empós. Se imaginar se tratar de
idéias obsessivas, e mesmo assim quiserdeixar a tarefa do passe,
o ideal é mudar de tarefa em vez de simplesmente deixar aquela
outra. Dessa forma, estará se engajando nos trabalhos e não
sofrerá os efeitos das influências negativas de forma tão
lamentável. Sofrerá os "prejuízos" resultantes da falta do

'1m
trânsito daqueles fluidos e da maior proximidade com aqueles
Espíritos, mas atrairá novas Companhias Espirituais de alto
nível e nos recompensará tomando passes com regularidade
ou orando com mais fé e harmonia.
Com os passistas magnéticos, outro complicador se
interpõe.
Tomando a assertiva dos Espíritos em epígrafe - "a
força magnética reside no homem e é aumentada pela ação
dos Espíritos" - podemos extrair uma primeira ilação. Como
a "energia" (ou parte dela) é humana, significa dizer que o
homem é responsável pela usinagem desse campo magnético.
Os centros vitais do passista, quando em ação
magnética, entram em regime de usinagem fluídica, a fim de
produzirem as energias vitais que serão doadas. Apesar dessa
usinagem se dar nas estruturas do perispírito, suas ação e
repercussão convergem para as potencialidades do corpo
somático. Ali e dali são elaborados e extraídos os fluidos
orgânicos, em regime de refinamento, para os trabalhos
magnéticos. Ocorre que a prática regular do magnetismo gera
condicionamentos, ritmos, cadência nessas usinas fluídicas fi),
de sorte que, depois de algum tempo de prática, independente
da ação consciente de doação de magnetismo, essas usinas
entram em ação, numa espécie de reflexo condicionado. E
nessa hora que o problema se instala: o passista magnético,
depois do período de prática que lhe gerou esse
condicionamento, tem seus centros vitais ativados por um
processo de usinagem fluidica, de forma automática, sempre
que o ciclo se completa. Por exemplo: se o passista já
acostumou-se a aplicar passes magnéticos 'todas as sextas-
feiras, quando ele pára repentinamente com sua tarefa, a cada
sexta-feira suas usinas fluidicas entrarão em ação, elaborando
energias vitais para doação, mesmo ele não estando fazendo
aplicações de passe~. Como os fluidos daí oriundos não são

(21) - Poderíamos chamar esse ritmo de "cronomagnetopia" por se tratar de ritmo


cronológico advindo de uma função magnética,

'16
plena e coerentemente aplicados (transferidos) - até porque
são fluidos elaborados para exteriorização - ocorre uma
espécie de "congestão fluídica", especialmente nos centros
usinadores, com conseqüência semelhante a de uma tapagem
de respiradouros. Pelas repercussões daí advindas, o passista
pode vir a ter comprometimentos no seu campo orgânico,
além de um incômodo fluídico de difícil definição. Como
resultado final, dentro de pouco tempo ele retoma à Casa
para se ver livre daqueles mal-estares.
É justo perguntar: pode-se imaginar que nisso tudo haja
um processo obsessivo associado? Evidente que sim, mas nada
nos garante que seja essa a causa, senão a conseqüência. Os
fluidos concentrados em torno dos centros usinadores geram
grandes campos magnéticos, de maneira que Espíritos menos
felizes podem robustecer suas aproximações favorecendo-se
da força magnética aí localizada, num processo semelhante
ao da vampirização. Portanto, se um passista magnético deixa
de aplicar passes por força de obsessão, o problema obsessivo
virá a ser agravado, por conseqüência mesmo desses
acumulados fluídicos, além dos aspectos que a própria
obsessão traz implícitos em si mesmos.
Como, fluidicamente falando, a proposta de Francisco
de Assis também faz sentido - "é dando que se recebe" -
toda vez que um passista doa harmoniosamente suas energias,
ele também se recompõe (abstração feita aos excessos de
perdas fluídicas); se ele deixa de doá-Ias, deixa igualmente de
se recompor, pelo que pode entrar em relativa desarmonia.
Pelo andar da carruagem, até parece que o passista
magnético não poderá deixar de sê-lo jamais. Essa
"condenação", felizmente, inexiste. Há maneiras seguras de
se deixar de sê-lo,
A mais garantida delas é começar a quebrar o ritmo de
usinagem. Quando se pode prever quando se deixará de aplicar
passes, pode-se, igualmente, estruturar um "programa de
descondicionamento". Ou seja, a cada vez regular que se aplica
passes, vai-se reduzindo o número de aplicações e a intensidade
de usinagem - esta segunda parte nem sempre é de fácil ou
conveniente domínio e aplicabilidade. Agindo assim, vamos
quebrando a "cadência" de usinagem espontânea, até o ponto
em que pararemos a atividade, daí saindo com pouca
repercussão de congestões fluídicas. Um exemplo prático: se
você aplica passes regularmente, numa média, digamos, de
15 passes magnéticos por semana, sempre no mesmo dia e
horário da semana, você pode diminuir uma média de 3 a 5
passes a cada mês, de tal forma que em quatro ou cinco meses
já terá quebrado a "cronomagnetopia". Dependendo da
capacidade de adaptação do passista, essa quebra de ritmo
pode se dar mais ou menos rápido que o aqui sugerido.
Uma outra é, deixando de ser passista, passar a ser
paciente, especialmente de passes com técnicas dispersivas.
Dessa forma, estará descongestionando os centros usinadores
e, inclusive, ajudando a quem lhe aplica passes (passistas e
Espíritos) a aproveitar "parte de seus fluidos" em benefício
de si mesmo ou de outros pacientes.
Disso tudo, uma outra coisa fica bem ressaltada: a
necessidade de o passista ser perseverante e constante em suas
tarefas. Não é por menos que aqueles que estão sempre na
ativa conseguem melhores resultados que os inconstantes. Por
outro lado, livram-se com mais facilidade de problemas de
ordem fluídica, posto que a prática regular cria, em defesa do
próprio passista, condicionamento de auto-harmonização e
reposição fluídico-magnético de visíveis resultados positivos.
A pontualidade e a regularidade do passista ainda o predispõe
a um melhor aproveitamento de suas capacidades fluídicas,
tornando-o um bom paciente, quando nessa posição.
Um passista, portanto, pode deixar de sê-lo; não estará
condenado a ser passista indefinidamente. Mas cumpre
observar alguns cuidados, pois muito pior do que deixar de

'.w
ser passista ou sofrer algumas conseqüências em função do
descuido como venha a fazê-lo, é a dor do arrependimento
amanhã por não ter feito ontem e hoje o bem que bem poderia
ter desenvolvido em favor do próximo e de si mesmo.
"Pode transmitir-se essepoder (magnético)?
O poder, não; mas o conhecimento de que necessita,para exercé-lo,
quem opossua. Não falta quem não suspeite sequer de que tem esse
poder, se não acreditar que lhe foi transmitido." Allan Kardec, ia: O
Livro dos Médiuns, capo 14, item 176, questão 7.

Nunca se esgotarão as dúvidas dos que realmente


pesquisam, assim como nunca deixarão de aprender os que se
empenham na busca da verdade. Baseado nisso, tratarei aqui
de algumas dúvidas comuns, visando o esclarecimento
favorável às boas ações fluídicas.
Quando se fala em passes, muitas certezas surgem de
imediato: quase todas as Casas Espíritas o praticam; os
dirigentes recomendam aos passistas que estudem o assunto;
normalmente as pessoas confiam no passe ... Nisso tudo, uma
situação tem passado despercebida: muito pouco se tem
instruído o paciente - aquele que recebe o passe - acerca dos
cuidados e comportamentos que deve ter antes, durante e
depois do passe.
Sinteticamente, podemos assim resumir o assunto, tendo
por base as informações que a Casa Espírita deveria prestar
ao público para melhor compreensão do que é o passe, seus
benefícios e recomendações:

RECOMENDAÇÕES PARA SEREM


PRESTADAS AO PACIENTE
"O Magnetismo é uma das maiores provas do poder
da fé posta em ação. É pela fé que ele cura e produz
esses fenômenos singulares, qualificados outrora de
milagres" Um Espírito protetor, in: O Evangelho
segundo o Espiritismo. capo 19, item 12.

1) À Casa Espírita não cabe dizer apenas: "só deve tomar


passe aquele que necessita"·, A Casa deve a bem da ordem e

'.1.
da seriedade, definir sistema(s) de encaminhamento(s),
explicitando que tipo(s) de necessidades são aconselhados
receberem tratamento, também definindo o tipo de tratamento.
Para tal, a diretoria pode contar não só com o apoio dos
membros, médiuns e trabalhadores da Casa, mas igualmente
com a vasta literatura existente e a interferência benéfica dos
Mentores Espirituais. Com isso, além de se evitar perdas de
esforços e fluidos, desestimula-se o surgimento ou a
manutenção da figura conhecida como "papa-passe". Uma
boa explicação nesse assunto também favorece que as pessoas
tímidas, quando necessitadas, se sintam estimuladas a buscarem
tal beneficio.
2) Explicar, de forma pública, sistemática e claramente,
os beneficios do passe e os tipos aplicados pela Casa. Não
temer recomendações que direcionern pacientes a tratamen-
tos em outras Casas Espíritas ou mesmo pela Medicina, pois
em nada desmerece o fato de uma Casa não dispor de
determinado tipo de atendimento; bem como, o reconheci-
mento da necessidade da interferência da Medicina.
Reconhecer os próprios limites não é se desvalorizar, mas
praticar a humildade ensinada por Jesus. Lembremo-nos:
somos responsáveis pelo mal que praticamos e por todo bem
que deixamos de fazer. Um não-encaminhamento ou um mal
encaminhamento são as duas coisas ao mesmo tempo, ou seja:
um mal-feito e um bem não-feito.
3) Não se deve estipular prazo para cura nem definir
número absoluto de passes; só um bom acompanhamento
pode avaliar a evolução, a conclusão ou a mudança de um
tratamento.
4) Informar que a preparação prévia não se limita à
oração mental na cabine, mas a uma postura mental equilibrada
e fé interior constantes. Daí ser muito importante recomendar
aos pacientes boas leituras, reflexões morais e freqüência a
boas evangelizações.
5) Ficar de olhos abertos ou fechados não é mais
importante do que ficar em oração, embora os olhos fechados
facilitem a concentração da maioria; a curiosidade injustificada
- explique-se - é elemento de refração aos fluidos magnéticos
do passe.
6) Sendo Deus quem nos acode por meio dos passistas,
o vínculo direto e permanente paciente-passista não tem muita
razão de ser. - Sabemos que alguns passistas são mais eficientes
em determinadas realizações fluidicas que em outras, mas não
convém alimentar tais comportamentos na Casa Espírita,
especialmente porque ali não é apenas uma casa de terapia é,
antes de tudo, uma escola do coração, onde o exercício da
paciência, da fé e da confiança em Deus devem estar em
constante aplicação.
7) Vontade de rir, chorar, correr, respirar ofegante,
debater-se ou apavorar-se são indícios de envolvimento
espiritual. Orientar os pacientes portadores dessas sensações
sobre como proceder para evitá-Ias na hora do passe
(normalmente recomenda-se abrir os olhos, respirar o mais
natural possível, desconcentrar-se das idéias que cheguem
inopinadamente e evitar contrações musculares).
8) Após o passe, sensação de tontura e/ ou mal-estar
deve ser informada ao setor responsável, a fim de que sejam
tomadas as providências cabíveis. Normalmente, esses mal-
estares são resolvidos com aplicação de passes dispersivos,
de preferência pelo mesmo passista que aplicou o passe.
9) O clima de equihbrio e fé deve permanecer, mesmo
após a conclusão do passe. - Quem perde a fé rapidamente é
porque ainda não a encontrou. Quem se desespera com pouco
ainda não aprendeu a ter resistência, paciência e perseverança,
que são requisitos muito importantes para qualquer processo'
de vitórias e curas.
10) Mudanças muito bruscas - como curas
instantâneas ou agravamento repentino - merecem
acompanhamento e análise mais detida. Não convém
interromper tratamentos fluídicos só por motivo dessas
evidências. - As curas instantâneas por vezes são traiçoeiras,
já que é comum debelar-se sensações desagradáveis sem que

•.
' .."
o foco tenha sido, de fato, resolvido. O mais conveniente,
nesses casos, é prosseguir com o tratamento até receber alta.
Já os agravamentos repentinos têm pelo menos duas hipóteses:
a primeira está ligada às fortes mudanças no clima fluidico do
paciente sem a competente harmonização de sua psi-
sensibilidade. Quase sempre um incremento nas técnicas
dispersivas resolvem plenamente essas situações. A outra é a
ação do Mundo Espiritual imperfeito objetivando
desestimular o paciente a freqüentar a Casa ou a dar
continuidade ao tratamento que, por certo, arrefecerá os
campos magnéticos sobre os quais ele está conseguindo
infringir sua ação obsessiva.
11) Os fluidos recebidos no passe são reforços para o
bem, pelo que não devem ser recebidos com maus
pensamentos ou comportamentos levianos. Por sua sutileza,
os fluidos dos passes podem, se mal recebidos, facilmente se
deteriorar, tornando-se ineficientes ou inócuos.
12) A postura das mãos sobre as pernas (quando
sentado) não é relevante. Embora nossa fisiologia induza-nos
a postá-Ias com as palmas voltadas para cima, as captações
fluídicas se dão nos e pelos centros vitais principais e não
necessariamente pelas mãos. Nosso reflexo condicionado de
pedir/receber dispõe-nos a abrir as mãos e esse tem sido o
fator propulsor a mantê-Ias naquela posição, mas magnética e
fluidicamente nada há que indique seja essa postura melhor
que a inversa, salvo pelos condicionamentos psicológicos aí
inerentes.
13) Agradecer a Deus e aos Bons Espíritos pelos
benefícios recebidos e não aos passistas é dever moral dos
pacientes; os passistas são meros instrumentos divinos em
beneficio de todos nós.
14) É de boa medida antecipar-se as crianças aos adultos
no atendimento, pelo menos por dois bons motivos: a
inquietude natural das crianças é aumentada quando ela fica
muito tempo parada esperando sua vez para ser atendida e
isso termina por incomodar e irritar outras pessoas que estejam

...... ,
aguardando a vez; outra razão é que os fluidos manipulados
nos passes em crianças, geralmente, são mais sutis e rarefeitos
que os elaborados para os adultos e idosos. Assim, a usinagem
começando pelos mais sutis dispõe o passista a uma melhor
elaboração posterior e, enquanto atua em favor da criança,
vai refinando seu próprio campo vital. Já a ação contrária, ou
seja, aplicar passes em adultos e depois em crianças - no
momento imediato e pelo(s) mesmo(s) passista(s) - nem
sempre é muito viável a todos passistas, o que pode provocar
concentrados densos no campo vital da criança, e isso não é
nada desejável. - Havendo essa saturação de fluidos densos
em crianças, torna-se imperiosa uma seqüência bastante
eficiente de dispersivos sobre elas a fim de não deixá-Ias
sofrendo as, quase sempre, severas conseqüências decorrentes
das congestões fluídicas.
15) Por medida de cortesia, também pode-se facultar
a idosos, portadores de deficiências e dificuldades de
locomoção, gestantes ou algum outro caso excepcional (como
alguém passando muito mal enquanto aguarda a vez), a
oportunidade de serem atendidos em caráter de preferência.
16) Desestimular o paciente quando este quiser ficar
recebendo passes seguidamente com vários passistas, pois não
será a variedade de passistas ou o número de passes numa
sessão que irá ampliar o poder magnético ou reduzir os prazos
de cura.
RECOMENDAÇÕES AO PASSISTA
"Em geral os que buscam a faculdade curadora têm como único desejo o
restabelecimento da saúde material, de obter a sua liberdade de ação
de tal órgão, impedido nas suas fUllçõespor uma causa material
qualquer. Mas, sabes-o bem, é o menor dos serviços que estafaculdade
está chamada a prestar, e só a sonbeceis em suas primícias e de
maneira inteiramente rudimentar, se lhe conferis este único papel...
Não: a faculdade curadora tem missão mais nobre e mais extensa!
Se pode dar aos corpos o vigor da saúde, também deve dar às almas
toda a pureza de que são susceptíveis, e é somente neste caso que poderá
ser chamada curativa, no sentido absoluto da palavra." Conselhos
sobre a mediunidade curadora. Abade Príncipe de Hohenlohe
(Espírito), in: Revista Espírita, outubro de 1867, I parte.
1) Passes em crianças devem evitar concentrados
fluídicos demorados para não congestioná-Ias. Isso porque as
crianças têm campos vitais proporcionalmente reduzidos, os
quais, por esse fato, se "encharcam" com facilidade, entrando
em congestão fluídica rapidamente ou chegando num
verdadeiro colapso por falta de "respiração fluídica". Não é
outra a causa dos chamados "maus-olhados", "quebrantos"
ou "olho-gordo": congestões fluídicas advindas de
concentrados fluídicos densos (não necessariamente maus).
Fica, portanto, uma recomendação de alto valor. a fim de se evitar
transtornos para as crianças, qualquer que tenha sido a
quantidade e/ ou qualidade de fluidos que lhe foi depositada,
termine-se os passes com vários dispersivos.
2) Passes em idosos também solicitam atenção especial
porque, via de regra, eles precisam de passes concentradores.
Apesar disso, esses devem ser seguidos ou intercalados por
repetidos dispersivos, para que lhes sejam facultados os
processos de "ruminação fluí dica" .
3) Passes em gestantes igualmente requisitam um
cuidado todo especial. Além delas estarem precisando receber
concentrádos fluídicos para reforço da própria manutenção
vital e do ciclo de alimentação fluídica ao filho em gestação,
também precisam se desvencilhar de eventuais "desaguamen-
tos fluídicos" (que provêm de descargas perispirituais do
reencarnante) oriundos do processo reencarnatório em
desenvolvimento em seu ventre, desaguamentos esses que,
geralmente, transmitem ao ambiente uterino e gástrico da
mamãe cargas fluídicas desarmonizadas e, por vezes,
incompatíveis com o clima fluídico desta - essa, inclusive, é
uma das principais causas dos enjôos durante a gravidez.
Assim, ao aplicar passes em gestantes é de bom alvitre iniciar
fazendo dispersivos sobre a região uterina, envolvendo o feto
em sutis vibrações de muita harmonia e carinho. Depois,
envolve-se a mãe em longos dispersivos gerais para, só então,
percebendo-se pelo tato-magnético as necessidades específicas,
fazer os concentrados devidos.
4) Passes em plantas e animais ainda é assunto
polêmico e não concluído. A experiência tem apresentado
conclusões divergentes. Pessoas aplicam magnetismo em
plantas e/ou animais e estes se recuperam; noutros casos,
ocorre exatamente o contrário: eles são fulminados. Esse é
um terreno pouco pesquisado, de tal forma que ainda não
temos condições de definir regras padronizadas. Uma coisa
se destaca, entretanto: as vibrações de carinho, de envol-
vimento emocional, de piedade sincera para com as plantas e
os animais fortalecem em muito suas resistências. Na dúvida,
portanto, no lugar de aplicar passes em plantas e animais, o
mais recomendado é envolvê-Ios em vibrações de amor e
carinho, "conversando" com eles, convidando-os à reparação
e, em nossas preces, pedir aos Bons Espíritos por eles.
5) Passes em roupas não é doutrinariamente correto.
Em vez de se levar roupas para magnetizar, levemos o paciente
ou busquemos passistas para visitá-Io, caso não possa se dirigir
ao Centro para atendimento. É hilário pensar-se em "uma
roupa harmonizada" vestindo uma pessoa em desequilibrio
no intuito daquela reequilibrá-Io.
6) Passes à distância, mais conhecidos como irradiações,
são emissões fluídicas feitas à distância, sem a presença física
do paciente. Muita gente usa fazer relação de nomes de pessoas
a serem atendidas e entrega, coloca ou a envia para que "os
outros" façam as irradiações, assim desvencilhando-se de uma
responsabilidade mais direta no processo de ajuda e permuta
fluídica. A eficiência das irradiações nesse método é deveras
questionável. O ideal é que o paciente saiba do atendimento à
distância e que na hora marcada também esteja em sintonia e,
sobretudo, "queira receber" os fluidos, o atendimento, o passe
à distância. Por outro lado, a(s) pessoa(s) encarregada(s) pelo(s)
paciente(s) deverá(ão) igualmente entrar em oração e emitir
vibrações positivas, formando uma cadeia de ajuda consistente
e harmoniosa em favor do(s) paciente(s). No caso de pacientes
impossibilitados dessa sintonia, o esforço do(s) responsá-
vel( eis) deverá ser mais intenso e objetivo ainda. Os passistas
funcionarão como pontos de apoio e incremento magnético,
além' de fornecerem cola-psíquica para uma maior assimilação
dos fluidos pelos pacientes.
7) O auto-passe é uma prática muito conhecida, mas
que merece reflexões. Enquanto técnica geral de magnetismo,
sua justificativa é questionável. Senão vejamos: para ser
magnetizador, devo estar harmonizado; se necessito receber
passes é porque devo estar desarmonizado. Logo, um caso
exclui o outro, pelo menos em tese. E,ntretanto, alega-se, muita
gente se beneficia com o auto-passe. E verdade. Vejamos então
as outras premissas que estão embutidas na prática: "antes de
iniciar o auto-passe, relaxe, respire de maneira equilibrada e
harmoniosa, entre em oração, exercite toda sua fé e força de
vontade e, a partir de então, proceda as técnicas do auto-
passe ...". Fácil concluir que todo esse procedimento prévio é
que, provavelmente, terá realizado a chamada "auto-cura" e
não apenas os movimentos. Disso tudo, fica bem ressaltado
que mais importante que o uso de técnicas de auto-passe é a .
postura mental e até psico-fisiológica do paciente, voltada ao
equilíbrio e à harmonização de si mesmo. Mais uma vez, a
assertiva socrática da necessidade do auto-conhecimento é
fundamental para as soluções dos problemas do ser humano.
Todavia, de uma forma mais específica, o auto-passe é
bastante viável. Imaginemos um exemplo. Um passista
magnético tem um furúnculo num braço - região sobre a qual
não há nenhum centro vital diretamente ligado. Supondo que
o passista possua bom toque magnético nesse tipo de
tratamento, parece lógico que ele conseguirá, com relativa
facilidade, produzir os fluidos de que necessita e resolver, com
o auto-passe, o problema.
8) A alimentação do passista deve ser leve,
especialmente no(s) dia(s) de atividade(s). O ideal é equilibrar
quantidade e qualidade. Uma regra prática pode ser extraída
do seguinte exemplo: um passista vai aplicar passes à noite. O
café da manhã deverá ser o mais natural possível, sem
sobrecargas de gorduras e açúcares. Se houver lanche antes
do almoço, uma fruta pequena ou um copo de suco vai bem.
N o almoço evite carnes e dê preferência a frutas, legumes e
verduras, fugindo das frituras e condimentos fortes. O lanche
pode ser semelhante ao da manhã. À noite faz-se o seguinte:
suponhamos que o jantar normal do passista seja: um copo
de leite, dois pães com queijo, quatro bolachas, um prato de
sopa e uma fruta. Divide-se tudo isso ao meio, ou seja: toma-
se meio copo de leite, come-se um pão com queijo, duas
bolachas, meio prato de sopa e meia fruta. Após o passe, no
regresso ao lar, consome a outra metade. Simples, não?! - Só
mais uma coisa: carnes vermelhas são de difícil digestão e
produzem muitas toxinas que inibem a qualidade radiante dos
fluidos. Por isso é que comumente se recomenda evitar sua
ingestão pelo menos 24 horas antes das atividades mediúnicas.
9) Vícios não combinam com passistas. Mesmo aqueles
chamados sociais. Alguns fumantes ou adeptos dos drinks
"inocentes" tentam se justificar dizendo que pior são os que
não fumam nem bebem, mas estão cheios de vícios morais.
De fato: os vícios morais são terríveis, só que eles não liberam
os vícios físicos nem lhes diminuem os malefícios. O ideal é
que o passista não fume, não beba, não use tóxicos de qualquer
natureza e tenha uma mente equilibrada por bons pensamentos,
boas orações, boa vivência cristã e boas reflexões. Caso haja
dúvidas quanto a isso, use de sua honestidade e responda: se
você tiver que receber passes com alguém que fuma e bebe ou
com um outro que não tem vícios, qual você escolhe?
10) Fazer sexo antes do passe não é proibido, embora
não seja recomendável. Mais que em qualquer outro assunto,
o bom senso aqui é fundamental. Analisemos fluidicamente o
assunto. Quando há uma excitação sexual, verifica-se uma
ativação do centro vital genésico (é óbvio que aqui estou
localizando a questão, pois sabemos que a sexualidade começa
na mente). Como já vimos, o centro genésico usina fluidos
muito densos. Pela interdependência entre os centros vitais, a
exacerbação desse centro vital fará com que os demais
busquem harmonizar-se com ele, provocando uma
densificação no tônus fluidico da pessoa. Por isso, a aplicação
de passes após excitações ou relações sexuais tendem a
diminuir a qualidade radiante dos fluidos e a dificultar a
usinagem dos elementos mais sutis dos mesmos. Tendo em
vista um estado de excitação natural e uma conjunção carnal
dentro da normalidade (por exemplo, as relações regulares
entre os casais que têm vida conjunta), não restando daí traumas
psicológicos ou deformidades como taras ou aberrações
outras, presume-se que o período de um dia, 24 horas, seja
suficiente para que todo o ciclo vital dos centros esteja
totalmente harmonizado. O bom senso, entretanto, indica que
melhor do que não manter relações e ficar, na hora do passe,
pensando no que fará logo após, é fazer sexo com educação
(fisica e mental) antes do passe e tirar o sexo da cabeça. Caso
isso fique se repetindo com freqüência, observe se não se trata
de influência negativa ou descontrole que requeira educação e
direcionamen to.
11) O uso de medicamentos precisa ser observado
com atenção. Principalmente, para quem faz doação de
magnetismo humano, remédios controlados, notadamente os
que se destinam ao sistema nervoso, são inibidores de usinagens
produtivas além de, conforme comprova a experiência, ser
comum a transferência de substâncias dos medicamentos pelos
fluidos exteriorizados no passe.
12) O pensamento do passista deve estar sempre
voltado às boas idéias e grandes e nobres ideais. É muito
importante que o passista aprenda a doar-se espiritual, mental
e materialmente, a amar com vibrações objetivas e nobres.
Quando o passista consegue envolver o paciente em vibrações
tais, o sucesso de suas fluidificações cresce enormemente, tanto
em resultado como em satisfação pelo paciente. Pensar bem e
pensar no bem é dever constante do passista. Boas leituras
são excelentes coadjuvantes nesse preparo .

•A.)
13) Exercícios de respiração são recomendados aos
passistas, principalmente aos que usinam seus próprios fluidos
para exteriorização. A rigor, convém ao passista, em sua vida
diária, fazer uso de caminhadas ao ar livre, exercícios de
alongamento e alimentar-se o mais natural possível. Quanto à
respiração, convém cada passista consultar um clínico ou
profissional da área de saúde de sua confiança sobre as
melhores técnicas de respiração e as que melhor se adaptam
ao seu organismo. Em todo caso, respirar profundamente (ar
não poluído ou viciado) enquanto caminha e idealizar, pela
inspiração, estar introjetando paz, saúde e harmonia e, na
expiração, estar devolvendo à Natureza os gases que ela tão
bem purifica enquanto eliminamos impurezas, é sempce
medida profilática das mais saudáveis. Lembrar também que
respirar bem pede respirar com todas as extensões dos
pulmões.
14) As incorporações durante o passe, salvo se em
reuniões mediúnicas destinadas ,a, tal desiderato, devem ser
evitadas. Os passistas, para fazerem transitar por seus
organismos os fluidos do Mundo Espiritual, não necessitam
da psicofonia (incorporação) posto que a captação dos fluidos
espirituais pelos passistas se dá por seus centros vitais
principais superiores,notadamente o coronário e o frontal.
Além disso, há sempre o risco de manifestar-se, pelo passista,
eventual(is) desafeto(s) espiritual(is) do paciente. E quando
isso ocorre, quase sempre são lamentáveis as conseqüências.
Se a incorporação começar a se dar no paciente e não for o
caso de deixar acontecer, o passista deve usar das melhores
técnicas dispersivas, ao tempo em que tentará demover o
paciente da manifestação, chamando-o à consciência desperta,
recomendando-lhe abrir os olhos, respirar naturalmente, evitar
concentrar-se no que lhe ocorre e não contrair nem retesar os
músculos. Se, apesar dos esforços, a manifestação acontecer,
tratar evangelicamente o visitante, sempre fazendo dispersivos,
pois essa técnica irá arrefecendo o campo de atração magnética

IAI
e, dessa forma, mais rapidamente o Espírito comunicante se
afastará. Finda a manifestação, faz-se uma série de dispersivos
gerais no paciente a fim de que ele não guarde resquícios
fluídicos do envolvimento espiritual. Isso porque esses
resquícios podem ser "movimentados" posteriormente pela
própria Entidade comunicante, favorecendo a que nova
imantação se estabeleça e o fenômeno se repita.
15) Pés descalços e gestos exóticos, sem fundamenta-
ção teórica ou racional, devem ser evitados a fim de não
desnaturar os passes.
~.6) Os toques são recursos técnicos do magnetismo
que podem ser usados (Iesus e Kardec usaram toques), mas
todo cuidado é pouco, pois podem levar a desvios da várias
ordens. Como o Magnetismo já evidenciou que praticamente
tudo o que se obtém com toque se obtém até com mais
grandeza através do passe sem toque, dificilmente
encontraremos uma situação em que o toque seja requerido
de forma insubistituível como técnica.
RECOMENDAÇÕES GERAIS
"Podem obter-se curas unicamente por meio da prece?
"Sim, desde que Deus o permita ..." Allan Kardec, in: O Livro dos
Médiuns, capo 14, item 176, questão 8.

1) Gravidez - Recomenda-se às grávidas que evitem


aplicar passes magnéticos, já que, por seus estados, são elas
doadoras magnéticas 24 horas ao dia, durante todo o período
gestacional. Assim, o ideal é que elas recebam, regularmente,
passes dispersivos, até pelo que foi exposto, a propósito, no
item anterior deste capítulo.
2) Menstruação - Em condições normais, a mulher
menstruada não sofre restrições na aplicação ou na recepção
do passe. Os fatores que inibem a prática por elas nessas
circunstâncias são os mesmos que impedem a mulher de
exercer outras tarefas, ou seja, os desconfortos que algumas
sentem nesses períodos.
3) Idosos - Se o idoso já aplica passes há certo tempo,
não será a idade que o impedirá de continuar na prática e sim

-M1
uma eventual perda de tônus vital. Essa perda é verificada
pela tendência a entrar em fadiga fluídica ou pelas "ressacas"
e largos períodos para recuperação após participação numa
atividade de aplicação de passes. Nesses casos, convém ao
passista começar um descondicionamento para suspender suas
atividades de passista. Para aqueles que até a terceira idade
nunca fizeram doação de fluidos magnéticos, convém não se
iniciar na prática, até porque, nessa idade, o mais óbvio é que
a pessoa esteja carecendo de complementos fluídicos.
Ressalvado fica a condição de passista espiritual que, por não
"consumir" fluidos humanos em sua aplicação, não onera o
passista em seu tônus vital.
, 4) Crianças e adolescentes - Não é recomendável às
crianças e aos adolescentes a prática da doação fluídica regular,
já que eles ainda estão assomando cargas fluídicas perispirituais
para sua própria estruturação fisio-psíquico-fluídica. O
desgaste prematuro e/ ou excessivo das disposições fluídicas
nas crianças e nos adolescentes podem dar azo a desarmonias
de larga duração e conseqüências imprevisíveis.
5) Impedimentos diversos - Além dos já
considerados, problemas nas faculdades mentais, severas
desarmonias psicológicas, doenças infecto-contagiosas,
insuficiências vitais, estados obsessivos, depressão e fadiga
fluídica são causas impeditivas para que seus portadores atuem
como passistas, especialmente se com doação de fluidos
magnéticos. Pessoas em violentos estados de tensão ou sob o
impacto de fortes emoções, precisam antes entrar em
harmonia para poderem exercer a contento as funções de
passista. Nesses casos, recomenda-se antes a aplicação de
passes neles, com bastante dispersivos.
6) Grupo de exercício - Todas as técnicas e sugestões
de ordem prática descritas neste livro requisitam, de forma
inapelável, que sejam exercitadas antes que o candidato a
passista passe a integrar uma equipe de passes nalguma Casa
Espírita, principalmente por quem faz doação de seu próprio
magnetismo. Para que isso seja realizado de maneira produtiva,

'Nê'
o ideal é formar equipe(s) de exercício(s) onde os participantes
façam um estudo prévio da teoria (preferencialmente em
cursos ou treinamentos específicos e com leitura e estudo de
obras sérias que abordam o assunto). Em grupo, procurem
esclarecer as dúvidas, analisando as ocorrências e corrigindo
eventuais desvios. Algumas considerações devem estar bem
em mente para que esses exercícios produzam os melhores
frutos: os participantes devem usar de muita sinceridade e
honestidade na análise do que vier a acontecer e no
fornecimento das informações dos registros verificados
durante os exercícios; devem prestar muita atenção em todos
os detalhes, por mínimos que pareçam, a fim de avaliar a
significação dos mesmos (lembremo-nos: usualmente as
manipulações fluídicas transmitem sensações sutis, finas,
discretas e se não detivermos a atenção às mesmas, perderemos
excelentes oportunidades de aprendizado); não se tenha a'
pretensão de em uma única reunião de exercícios práticos,
por mais longa que esta venha a ser, adquirir o mínimo de
segurança necessário para uma boa aplicação de passes; tão
pouco os exercícios devem ser feitos sem ordem e objetivos
definidos; a prece deve ser cultivada o tempo inteiro; a
intervenção do Mundo Espiritual deve ser solicitada com
confiança e fé, mas com muita responsabilidade também ...
Para um bom grupo de exercícios, nos quais se analise
as principais etapas técnicas aqui lembradas, poderia ser feito
uma seqüência como a que sugerirei a seguir. Antes, porém,
quero deixar limpidamente claro que, mesmo em exercícios,
é mais do que recomendável que os participantes iniciem a
"reunião de exercício" com uma leitura de uma mensagem de
elevação moral preparatória, seguindo-se de uma prece. A
depender do nível de homogeneidade de conhecimentos do
grupo, convém fazer breves revisões das principais técnicas a
serem exercitadas. Quando terminar a programação de
exercícios daquele dia, fazer uma prece de agradecimento e

_,.'
gratidão a Deus e aos Bons Espíritos que estiveram ajudando
no desenvolvimento das atividades.
Quanto aos exercícios propriamente ditos, aqui está uma
seqüência mínima. Num primeiro dia, exercita-se o entrar em
relação magnética (estabelecer contato magnético) e, obtendo
sucesso, passa-se a identificar os limites individuais de tato-
magnético. Cada participante "examina" o outro e, depois
que todos tiverem se examinado uns aos outros, faz-se uma
avaliação das ocorrências. Usando de honestidade, cada
participante terá condições de começar a se conhecer melhor
como "diagnosticador" fluídico além de ter começado a
perceber a função do entrar em relação magnética. - E comum,
nesses exercícios de tato-magnético, haver concentrações
fluídicas nalguns companheiros, pois certos participantes, sem
o perceberem, liberam fluidos magnéticos e como o mais
corrente é que os tatos-magnéticos em iniciantes se dêem com
passagens das,mãos em lenta velocidade, esses fluidos assumem
características de "concentrados". Havendo concentração
intensa ou reação forte da parte de algum participante, convém
fazer uma série de dispersivos para debelar o mal-estar. Em
todo caso, antes que a reunião de exercícios seja concluída, é
de boa prática uma série de dispersivos em todos os que
receberam quaisquer emanações fluídicas.
Num outro dia, após repetir os exercícios anteriores,
pode-se ensaiar uma série de dispersivos, seguindo-se de novo
tato-magnético para verificar se houve variação no clima
fluídico do companheiro. Havendo, experimente a
concentração de ativantes (por pouco tempo, com pouca
intensidade) e volte a conferir a mudança. Se houve melhora,
repita o concentrado ativante (sempre em pequenas
quantidades), repetindo tal seqüência de procedimentos até
que a sensação do tato-magnético indique harmonia. Mas, se
após o primeiro concentrado ativante a sensação tiver piorado,
então proceda um dispersivo no local onde foi feito o
concentrado ativante e, após novo tato-magnético, faça um
concentrado calmante. Segue-se de novo tato-magnético para
verificar as mudanças. Tendo havido melhoras, procede-se
como no caso anterior, só que com concentrados calmantes.
Não havendo melhoras, faz-se dispersivos calmantes
localizados. Os dispersivos ativantes ou calmantes propiciarão
os efeitos esperados.
Por medida de precaução, recomendo que, enquanto não
tenhamos prática suficiente, sejam evitadas experiências nos
centros superiores e no cardíaco.
Quando não houver registro de pontos desarmonizados,
pode-se "provocá-Ios" em pontos menos sensíveis (como
braço, perna, coxa ...), fazendo-se concentrado ativante num
desses membros, em um ponto qualquer. Depois, confere-se
a mudança pelo tato-magnético e depois se desfaz o
"desarranjo provocado" aplicando-se vários dispersivos
localizados.
Para não nos estendermos indefinidamente, a cada
reunião faz-se novas experiências, sempre cambiando os
passistas, os que farão as vezes de pacientes e evite-se a
repetição ou constância dos mesmos pares. Também convém
pedir a outros participantes que examinem o mesmo
"paciente" para se avaliar o padrão de tato-magnético e de
afinidade fluidica de cada participante.
Insisto muito num ponto: a honestidade nas informa-
ções é fundamental para a garantia de uma boa análise, um
aprendizado mais consistente e do sucesso da prática.
Ao final de cada reunião de exercícios, debatam-se as
experiências e sensações sentidas, percebidas, registradas e as
reações de cada componente do grupo, buscando-se analisar,
comparar e entender o que aconteceu, descobrindo-se a
significação e a importância de cada detalhe considerado.
7) Leituras - Embora esse não seja um hábito comum
para a grande maioria dos brasileiros, o espírita deve assumir,
de si para consigo, o compromisso com as boas leituras e os
estudos doutrinários. O passista, em especial, tem obrigação
_de conhecer com razoável profundidade e propriedade O
Livro dos Médiuns, A Gênese e O Livro dos Espíritos (de Allan
Kardec), deles extraindo todo embasamento teórico de suas
práticas mediúnicas, Furtar-se às boas leituras é fechar portas
e janelas a indispensáveis conhecimentos. Para aqueles que,
nesta encarnação, não tiveram oportunidade de aprender a
ler, procurem compensar a ausência de leituras com
participação atenta e perseverante em reuniões de estudos e
de exposições doutrinárias, buscando pessoas portadoras de
seguras bagagens doutrinárias para com elas tirar as dúvidas
que sempre surgem. Recomendo ainda, de minha autoria,
outros dois livros sobre o tema: O Passe: seu estudo, suas técnicas,
sua prática, editado pela FEB, e Cure-se e curepelos passes, edição
da Editora Vida & Saber.
8) Comportamento - Tudo se pode estudar, tudo se
pode aprender, tudo se pode ouvir, tudo se pode debater.
Sem dúvida, comportamento pesquisador, de análise e de
aprofundamento em questões são atitudes extremamente
positivas para o engrandecimento intelectual da criatura. A
postura de vivência evangélica, cristã, de fraternidade,
humildade, compreensão, carinho e perdão, de auto-doação,
de servir e, sobretudo, de amar, é que é o mais importante de
tudo. Pode-se conhecer técnicas, teorias, hipóteses brilhantes
e, inclusive, catalogar anos e anos de exercícios práticos, mas
se não houver vivência cornportamental dentro daquelas
posturas morais, sem a busca da superação às próprias
limitações e sem o esforço por domar as más inclinações,
superando-se a cada dia e cada vez mais, de muito pouco terá
adiantado todo somatório acumulado. Portanto, conhecer,
estudar e praticar o passe (e, lógico, muitas outras coisas
notáveis que a vivência cristã nos enseja) é atitude das mais
louváveis, mas, parafraseando o apóstolo Paulo, se não
tivermos caridade em nossas atitudes, seremos como o frasco
do remédio que serve para guardá-lo e isentá-lo das impurezas
exteriores, mas jamais será, em si mesmo, o veículo da cura.

I,..
9) Novos Estudos - O terreno dos fluidos é fértil e
relativamente virgem. Muito pouco ainda sabemos.
Pouquíssimo temos extraído de seu solo fecundo. Embora a
colheita seja proporcional e relativa à plantação, dali já temos
colhido muito mais do que temos semeado. Devemos ter mais
empenho nesse cultivo, pois dele brotará frutos de saúde e
harmonia em quantidades não sazonalidas e sempre em
elevadas proporções de fartura. Para tanto é mais do que
urgente que estudemos mais, nos apliquemos com mais
responsabilidade à pesquisa e à prática, analisemos com mais
coragem os fenômenos que nos rodeiam e desbravemos o
terreno com a certeza das grandes colheitas que advirão em
breve. E não se iluda: cabe a você uma grande parte nessa
tarefa. Portanto, mãos à obra.

IA:'
conClUSÃO .
"Se a Religião se nega a avançar com a Ciência, esta avanfará sozinha.
"Somente as religiões estacionárias podem temer as descobertas da Ciência ..."
Allan Kardec, in: A Gênese, capo4, itens 9 e 10.

Depois de termos realizado esta viagem pelas trilhas


do Magnetismo e do passe, só posso concluir que é hora de
iniciar. Isso mesmo: é hora de iniciar! Iniciar exercícios, a refletir
sobre posturas, a imaginar as razões de tantas práticas estranhas
que surgiram e ainda surgem no meio espírita e em todos os
lugares e a reavaliar nossos conhecimentos dando-lhes
melhores usos.
Este manual não teve a pretensão de inovar ou
reinventar a roda. Ao contrário, foi compilado baseado no
princípio de sintetizar experiências já bastante confirmadas,
aditando novas idéias e reflexões, mesmo sabendo que algumas
dúvidas continuarão no ar e, mais que isso, muitas novidades
continuarão a surgir. Digo Novidades com "N" maiúsculo,
pois o mundo dos fluidos ainda continua como um grande
desconhecido. As pesquisas nesse terreno continuam frágeis e
incipientes. Como conseqüência, muitas coisas surgirão para
corroborar com o que correto esteja e outro tanto virá
solicitando novas experiências, mais e mais pesquisas e estudos,
ampliando ou corrigindo os conhecimentos já adquiridos.
Por certo os que preferem a estática, a vitória da inércia,
a supremacia da lei do menor esforço, sentir-se-ão mais uma
vez incomodados e, com palavras bem ou mal articuladas,
fundamentadas em suas posturas de comodismo ou mesmo
no velho jargão dos "anos sem-fim que pratico isso dessa
forma", apontarão chavões para descaracterizar o que eles
apelidam, com desdém, como "produtos anti-doutrinários".
Dirão novamente que Jesus apenas impunha mãos -
justificativa insustentável, que indica o quanto o Novo
Testamento é desconhecido.
Apregoarão que os Espíritos fazem tudo - eufemismo
para dizer que crêem n'Eles quando, na realidade,
simplesmente não buscam o aprendizado e a prática para
agirem com mais sapiência e, dessa forma, contribuírem mais
eficazmente para a boa realização do trabalho daqueles
Incansáveis e Sábios Trabalhadores.
Alardearão ritualismos e desvios de objetivos -
visivelmente confundindo, não sabemos com que propósitos,
os conceitos de técnicas com rituais, objetivos com
cerceamento de opções de trabalho, simplicidade com
ignorância, humildade com miséria, conhecimentos com
prepotência e ações conscientes com personalismos.
Exigirão a necessidade de se ater à Codificação, cCf1I10 a
condenar tudo que não esteja no Pentateuco Kardequiano -
daí excluindo, portanto, obras como a Revista Espírita, Obras
Póstumas, O que é o Espiritismo, O Principiante Espírita (todos de
Allan Kardec), as consideradas clássicas do Espiritismo e do
Magnetismo e, até, toda a rica literatura de André Luiz,
Emmanuel, Manoel Philomeno de Miranda, Bezerra de
Menezes, Jorge Andréa, Hernani Guimarães Andrade,
Michaellus e tantos outros de inegável valor.
Por fim, profetizarão o colapso da pureza doutrinária -
esquecendo-se, sabe-se lá o porquê, que o próprio Codificador
disse, em várias oportunidades e das mais variadas formas,
que o Espiritismo não é estático, é progressivo e caminha par
e passo com a Ciência.
A experiência de vida me diz que muitas dessas coisas
acontecerão. Mas, sem afronta, digo que não temo nada disso,
por dois motivos: primeiro, não estou buscando medir forças
ou conhecimentos com quem quer que seja; depois, tenho plena
consciência e convicção de que estou, como sempre estive, ,
rigorosamente dentro da estrutura e dos princípios da Doutrina
Espírita.
Dito tudo isso, acresço que não será de admirar que em
breve tenhamos que fazer revisões e ampliações nesta obra->
como já fizemos nesta edição - pela própria dinâmica que o

It4-]
tema solicita. E tenho certeza que o leitor e passista que
exercitar suas oportunidades de doação de amor terá sugestões,
indicações, dúvidas e informações valiosas a nos presentear,
pelo que deixo aqui consignado meu endereço. Querendo
ajudar-nos - a mim e aos estudiosos que estão sempre buscando
ampliar seus horizontes de saber - na ampliação desse estudo
ou na permuta de experiências, dirimir alguma dúvida sobre
o que expus ou prestar suas sugestões e/ou depoimentos,
escreva-me, e terei imenso prazer no estabelecimento desse
contato fraternal e na promoção da divulgação de tudo aquilo
que for bom e frutuoso.

Meu endereço:
JacobMelo
E-mails:
jlmelo@interjato.com.br
vidaesabet@interjato.com.br
Fone/Fax: (84) 3231.4410

Muito obrigado por sua leitura e que este livro lhe seja
de muita utilidade nas suas tarefas, na vivência do amor e no
exercício do bem.
Que a paz de Jesus esteja em nossos corações ...
E que saibamos mantê-Ia sempre viva e irradiante!

] acob lfl!lelo '


março de /998/1Ilarço de 2004

·u'
Jacob Luiz de Melo, nascido em Teresina, Piauí, no
mês de fevereiro de 1952, reside em Natal/RN desde que
tinha poucos meses de nascido. A senhora sua mãe, Maria
Dagmar Falcão de Melo, tão logo chegou às terras potiguares,
conheceu a Federação Espírita do Rio Grande do Norte-
FERN, vindo a tornar-se espírita de imediato, apesar de ter
vivido sua juventude sob a experiência de um longo noviciado.
Como sua mãe logo assumiu vários compromissos junto
à FERN e seu pai se apresentava como passista daquela Casa,
o então jovem Jacob, junto com seus outros cinco irmãos, passou
a freqüentar as aulas de moral cristã (como antigamente eram
conhecidas as turmas de D IJ - Departamento de Infância e
Juventude),!anto na FERN como no Albergue N otumo (hoje
Sociedade Espírita de Cultura e Assistência - SECA). Vem dessa
época sua ligação mais profunda com o Espiritismo nesta
encamação.
Pai de 8 filhos, planeja ainda ter mais três.
Em 1976 concluiu seu curso de Engenharia Civil pela
UFRN, profissão pouco exercida por ter assumido a diretoria
de uma empresa comercial da família, vendida em 2003. Em
2005 concluiu sua pós-graduação em Psicanálise, como didata
e clínico.
Paralelamente, Jacob ia desenvolvendo atividades
junto ao Movimento Espírita local, escrevendo artigos,
editando pequenos jornais, redigindo apostilas, estudando
os aspectos científicos da Doutrina Espírita e participando
de cursos e treinamentos na área mediúnica.Junto àFERN,
ocupou vários cargos de diretoria (medi único , doutrinário,
secretaria, tesouraria, divulgação), chegando inclusive a
presidente do seu então Conselho Superior.
N a década de 80 ele se voltou ao estudo mais
aprofundado do passe, tendo compilado uma apostila para a
FERN sobre o assunto, com mais de 100 páginas, apostila

Ita
essa que funcionou como uma espécie de embrião para o livro
que viria, anos depois, pela Federação Espírita Brasileira -
FEB, O Passe - sei: estudo, suas técnicas) sua prática, um verdadeiro
best-sellernacional, com mais de 100 mil exemplares vendidos.
Em 1989, junto com outros valorosos companheiros
de ideal, fundou o Grupo Espírita Allan Kardec - GEAK
em Natal e já no ano seguinte realizava o I Fórum Espírita de
Natal- FOREN, evento anual que por oito anos seguidos
trouxe ao Rio Grande do Norte os maiores expositores
espíritas nacionais e projetou ao Brasil a força da divulgação
espírita no RN.
Como coordenador geral do FOREN participou
ativamente, desde sua criação, das reuniões do GENE -
Encontro de Organizadores de Grandes Eventos Doutrinários
Espíritas do Nordeste - uma organização espírita não-oficial
que tem alavancado a qualidade de muitos eventos espíritas
do Brasil.
O jornal InFOREN, editado bimestralmente, tinha o
"dedo" de Jacob Melo, onde sempre escrevia interessantes
artigos. E foi para suprimir espaços nesse jornal que ele assumiu
o pseudônimo de Morenno, vindo a escrever, de forma simples,
objetiva e extremamente cativante, reduzidas colunas com
pequenas reflexões. Tamanho foi o sucesso dessas reflexões
que as cem primeiras foram reunidas em um livro, publicado
pelo GEAK, com o singelo título Reflexões de Morenno (esse
livro estava com sua edição esgotada há anos e em 2004 a
Editora Vida & SaIJe,lançou uma nova edição, revista e ampliada,
agora com 105 crônicas e reflexões). Além disso, segundo
várias pesquisas realizadas, aquela coluna, com o mesmo nome
do livro, era a mais lida do InFOREN.
Na linha do livro Reflexões de Morenno, ele já editou
outros três livros: O Lado Positivo de Tudo, Aprendendo Com a
Vida e Há coisasBoas Por Todos osLados. Além desses, um outro
de crônicas: Pense Sobre Isso: E Pense J\!lttito Melhor.
Mas J acob MeIo não estuda apenas fluidos e passes.
Desde jovem, sua preocupação com o suicídio é uma

'u·
constante. Segundo ele, acredita ser compromisso assumido'
antes mesmo da atual reencarnação. Sempre colecionou
recortes de jornais e revistas que abordem ou noticiem o
assunto e tem hoje um interessante arquivo de casos, livros e
pesquisas relacionados à problemática suicida. Dessa forma,
mesmo sendo muito conhecido no meio espírita como um
estudioso do passe, sua preocupação com o suicídio nunca se
arrefeceu. No final do ano de 1997 ele terminou seu primeiro
livro abordando a questão: Viver ainda é a melhor saída. Um
livro de leitura extremamente agradável, sendo altamente
recomendado a qualquer pessoa, de qualquer religião ou
filosofia, especialmente às que tenham tendências suicidas.
Demonstrando seu potencial multi-facetado, Jacob
também surpreendeu o meio espírita, e até mesmo os amigos
mais íntimos, apresentando uma outra faceta: a de compositor
versátil e "músico de brincadeira", como costuma se auto-
denominar. A prova mais evidente disso foi a fita cassete que
editou em fins de 1997, com o nome Amor & Trabalho, na
qual ele e Cláudio júnior tocam: violão e teclado, respecti-
vamente. Com o estÍmulo surgido com a fita, eles criaram o
Grupo de Canto do GEAK - posteriormente denominado
de SERES IMORTAIS - e lançou, em fins de 1999, o CD
"A Maior História deAmo':' - sucesso até hoje.
Em fins de 2003 ele lançou seu primeiro CD solo, com
composições suas e produzido por Carlinhos Rosa, em'
Campinas, SP, intitulado "Vitó17as Esperam Por Voct'.
Expositor muito requisitado, articulista bem
conceituado, estudioso de muito critério e bom-senso e
escritor sério e versátil, muito mais que ler sobre Jacob Melo,
entretanto, é conveniente lê-Io, com ele estudando acerca do
mundo dos fluidos, dos alcances e benefícios dos passes e das
possibilidades de nos tornarmos mais efetivos e participativos
nos trabalhos de assistência, favorecendo a que o Mundo
Espiritual conte conosco, de forma mais responsável e
consciente. E isso você já deve ter sentido ao concluir a leitura
deste livro.

It*1
E neste ano de 2006, Jacob MeIo acabou de lançar,
pela Vida&Sabe1, mais uma espetacular obra. Fruto de muitas
pesquisas e experiências, em cima de resultados extremamente
estimulantes e convincentes, o livro A Cura da Depressão Pelo
l'/lagnetismo -A Depressão Tem Cura Sim! surge num momento
muito oportuno, trazendo em si um grandioso potencial: o
de estabelecer uma nova revolução na cura dessa cruel e
devastadora doença; a Depressão. Com essa obra ele deixará
seu nome definitivamente marcado como um dos mais sérios
e férteis pesquisadores no campo da saúde mental, emocional
e, por que não dizer, espiritual do ser humano.
Fica aqui, portanto, nosso convite: tenhamos abertos
nossos olhos e ouvidos, para vermos, lermos e ouvirmos o
que J acob Melo tem a nos dizer, mas alarguemos também os
horizontes de nosso coração, deixando-o ser penetrado pelo
lúcido desejo de servir com consciência, proficiência e amor.

Os Editores
J1Illho c/e 2006

1m
Campo
Vitól
(passivo)

Princípio Vital
Desativcdo
(ampliação)

Ação do
Princípio
Inteligente

Princípio Vital
Ativado
(ampliação)

Campo
Vida _
Vital
Orgânica -
(ativo)

Figura 01
Na parte superior temos um campo vital passivo (inativo), de
onde destacamos uma "partícula" de fluido vital
"desativado". Na parte inferior, a "partícula" de princípio
vital está sendo ativada pela ação do Princípio Inteligente.
Acionado o princípio vital, o campo vital fica ativado,
favorecendo o surgimento da Vida Orgânica.

ItH
Figura 02

e
s
i!'
1:
R
1: e
T n
o t
a
I

União Espirito-Perispirito-Corpo, intermediada pelos campos


Mental e Vital

Os sete principais Centros Vitais (chakras)

It4='
Figura 05

Campo vital como geralmente é visualizado (esquerda) e


como é percebido pela ação fluídica (direita)

Visão de topo de um
Figura 06 Centro Vital, seu
sentido de giro e a
decomposição dos
movimentos, capazes
de produzir
introjeção
(centrípeta) ou
repulsão (centrífuga)
dos fluidos

'I@
Figura 08

Sentido Hordrio

11:1.'
Fig. 08 - Independente da
posição do paciente, o sentido Fig. 09 - Quando se aplica
correto da aplicação dos passes longitudinais, o
passes é da cabeça para os percurso correto feito pelas
pés. Se o passe for circular, o mãos do passista será da
sentido será o horário (como cabeça para os pés, com as
se o paciente fosse um relógio mãos retomando afastando-se
de ponteiros). do corpo do paciente.

Figura 10

.~ .

Quando é realizada uma ação fluidica localizada num centro


ou região em desarmonia (no exemplo, o foco de desarmonia
está no cardíaco), normalmente o foco retorna à linha de
harmonia. Entretanto, percebe-se que os outros centros nem
sempre acompanham o reajuste de imediato, devendo, pois,
receber dispersivos geqtis para suas rearmonias. Uma série de
dispersivos gerais ao final tende a trabalhar a psi-
-sensibilidade, eliminando quase que totalmente os
desconfortos que os pacientes possam sentir após os passes.

11:11
Figura 11
rsi~~;s
4a~
(~1Iia<ias»

As moléculas da água, quando magnetizadas (flidificadas),


ficam polarizadas das mais diversas formas e potencializadas
em padrões variados. Via de regra, a magnetização geral, por
suas pequenas concentrações magnéticas, permite a
assimilação das psi-moléculas pelos pacientes segundo a lei de
afinidade, tornando inócuas as não combináveis.

Figura 36
Fluidificação
de águas.
Observe-se
que os
vasilhames
são de vários
tipos e cores,
abertos e
tampados

1·=t1
Figuras 14 e 15
Na figura 14 vemos uma imposição palmar e na figura 15 uma
imposição digital

Figura 12
Passe coletivo: um
passista faz
longitudinal, outro
uma Imposição e
ainda se observa o
pacien te do meio
recebendo passe com
fluidos espirituais

Figura 13
Passe coletivo:
passistas
movimentam as mãos
atendendo às
necessidades
especificas de cada
paciente

11=8
Figura 16

Figura 17

Figura 18

Na seqüência das figuras acima vemos um passe longitudinal


palmar envolvendo todos os centros vitais do paciente

1'="
Figura 19

Figura 21

Na seqüência das figuras acima vemos um passe longitudinal


digital envolvendo todos os centros vitais do paciente
Figuras 22, 23 e 24
Na seqüência acima, podemos acompanhar a aplicação de um
passe transversal cruzado palmar

11:9
Figuras 25, 26 e 27
Na seqüência acima vemos um passe perpendicular palmar
envolvendo todos os centros vitais do paciente

11:6
Figura 28

Figura
29

Figura 30

Seqüência de passe circular digital

11:1:'
Figura 31

Figura
32

Figura 33

Seqüência de passe circular palmar

'I=@
Figura 34

Insuflação (sopro)
a frio (calmante)
sobre o frontal

Figura 35 .
Insuflação .
(sopro) a quente
(ativante) sobre
um furúnculo
num braço.

'6·]
Figura 37

Figura
38

Figura 39

Seqüência de passe com imposição e longitudinal palmares


(conjugado)

IHI
Figura 40

Figura 41

Seqüência de passe com imposição e longitudinal digitais


.(conjugado)

D~ A cura da í.Ó
~~R.ESSr'
pelo Magnetismo

'
ai .
ão tem tura SIm.
~.~,," ~
I

. .... 'Esta obra foi composta em


. Cnramond, BlizzarD, Futura MD BT
D [LE R Processada em 'laser filme e impresso em papel 24kg.
strio. e Livraria Espírita 1211Y8'SU!!jle ~cabamento na Prernius Editora,
aça Machado de Assis, 63 . LOjl!ln1 Fortaleza-Cli, Junho de 2011.
Fone/Fax: 3222.7483
ao IMJO do r'in':' 521(; Lqi'·
'" . _.~,.,-.- d
APRENDENDO COM A VIDA; HÁ
COISAS BOAS POR TODOS OS LADos;
VIDAESABER@GMAIL~COM -
WWW.JACOBMELO.WEBS.COM
PENSE SOBRE Isso ... E PENSE Murro
ME:rnoR) E AINDA É ROMANCISTA
CHEIO DE ESm.O (GEÓRGIO D'ANDRÉA
MORENNO: ELE SABIA).
NA ÁREA MUSICAL FUNDOU E FEZ
PARTE DO GRUPO SERES IMORTAIS
(A MAIOR HISTÓRIA DE AMOR), EM FINS
DE 93 LANÇOU SEU PRIMEIRO CD SOLO
(VITÓRIAS ESPERAM POR VOCÊ) E EM
2007 LANÇOU O SEGUNDO CD (DEUS EM
TUDO).
ESTE LIVRO) MANuAL DO PASSISTA) É
O COMPLEMENTO INDISPENSÁVEL DO
LIVRO O PASSE) PORQUE CORRIGE E
ATUALIZA PONTOS IMPORTANTES ALI
APRESENTADOS. A EDITORA VIDA &
SABER SENTE-SE HONRADA COM MAIS
ESTE LANÇAMENTO DE JACOB MaO.

LEIA-D E APRENDA A PRATICAR O AMOR


ATRAVÉS DO MAGNETISMO.

(84) 3231.4410
jacobmelo@gmail.com
vidaesaber@interjato.com.br
Escreveu certa feita o notável filósofo espiritualista
Huberto Rohden: só se compreende Integral-
mente aquilo que se ama com ardor. Isso se
aplica a J acob MeIo e o Magnetismo.
Pelo amor acendradoao exercício da terapia fluídica,
desenvolveu um vasto arsenal de conhecimento sobre
o assunto e, graças à sua espontaneidade nordestina,
sabe transmiti-Io de maneira simples e coloquial.
Só o estudo e a capacitação técnica poderão elucidar
questões e resolver problemas apresentados pela
prática do passe. Ou como escreve Jacob: O estudo
é necessário e a prática daquilo que estuda-
mos é o que sedimentará o nosso
aprendizado.
É por responder a essas questões básicas, e muitas
outras, que este trabalho do J acob é de suma
importância para a prática de um dos mais impor-
tantes ramos da Ciência dos Fluidos, cujos
princípios foram estabelecidos por Allan Kardec, mas
que necessita com urgência que outros Jacobs se
empenhem, com o mesmo amor e dedicação do autor,
a devassar suas fronteiras ilimitadas, descortinando
novos rumos ao Saber Espírita nesta questão
particular.

{j)jalmClmotta fhgolo

ISBN 85-7564-324-X

\C~
W 9788575
I
643242

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