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Psico-USF, Bragança Paulista, v. 20, n. 3, p. 561-563, set./dez.

2015 561

Temas Fundamentais em Avaliação Psicológica

Hutz, C. S., Bandeira, D. R., & Trentini, C. M. (Ed.) (2015). Psicometria. Porto Alegre: Artmed.

Esta resenha propõe-se a apresentar o livro “Psi- Nessa mesma direção, o capítulo três foi escrito
cometria”, publicado em 2015, sob organização dos por Juliana Cerentini Pacico e intitula-se “Normas”. A
professores e pesquisadores da Universidade Federal do autora apresenta o conceito de “norma” e atenta para
Rio Grande do Sul, Claudio S. Hutz, Denise R. Bandeira a importância do processo de interpretação dos esco-
e Clarissa M. Trentini. O livro refere-se ao primeiro res dos testes, ressaltando conceitos, como amostra
título de uma coleção de três livros, denominada “Ava- normativa, tamanho da amostra, normas intragrupo,
liação Psicológica”. Além do livro, tema desta resenha escore bruto, percentil, escore padrão. Igualmente são
(Psicometria), os demais títulos componentes da coleção abordadas exigências nesse âmbito para que o Conse-
são “Psicodiagnóstico” e “Avaliação da Inteligência e lho Federal de Psicologia (CFP) possa emitir parecer
da Personalidade”, os quais deverão ser publicados nos favorável ao instrumento desenvolvido ou adaptado
próximos meses. com amostras populacionais nacionais. Além das nor-
O livro Psicometria é composto por 192 páginas, mas voltadas para grupos, a autora apresenta fontes de
divididas entre 11 capítulos, que versam sobre temas normas associadas ao desenvolvimento humano, como
centrais em Psicometria e Avaliação Psicológica e idade, série escolar e estágio do desenvolvimento.
envolvem os processos de aplicação, construção, adap- Com mesma autoria do anterior, o capítulo qua-
tação, validação e normatização a que os instrumentos tro chama-se “Como é feito um teste? Produção de
psicológicos, no Brasil, devem apresentar para seu reco- itens”. O capítulo aborda as etapas para a construção
nhecimento junto ao Sistema de Avaliação dos Testes de instrumentos psicológicos objetivos e de qualidade.
Psicológicos (SATEPSI), habilitando-o ao uso profis- Inicialmente, a autora discute as diferenças, vantagens
sional do psicólogo em território nacional. Também e desvantagens entre construir ou adaptar um instru-
são abordadas questões de ética profissional no âmbito mento. A respeito da construção de instrumentos,
da avaliação psicológica. Vale destacar que, ao final de foram destacados procedimentos, como a revisão da
cada capítulo, são propostas questões de revisão do literatura, a definição operacional, a elaboração dos
conteúdo abordado. itens do instrumento, alguns cuidados (critérios) nesse
Intitulado “O que é avaliação psicológica- méto- âmbito, assim como a etapa de análise de juízes. No que
dos, técnicas e testes”, o primeiro capítulo foi escrito se refere à adaptação de instrumentos, a autora aponta
por Claudio Simon Hutz e apresenta diferenças entre diretrizes propostas pela International Test Commission
a definição de teste psicológico e avaliação psicológica, (ITC), as quais baseiam as orientações do SATEPSI
aborda ainda questões fundamentais da psicometria, nesse mesmo âmbito.
como norma, ponto de corte, desvio padrão. O autor Após a etapa de construção ou tradução dos itens
também aponta outros métodos para auxiliar o pro- do instrumento, deve-se sujeitar os itens construídos a
cesso de avaliação psicológica, quais sejam, a entrevista procedimentos que irão buscar evidências de validade
e a observação. à medida que se está construindo ou adaptando, com
O segundo capítulo foi escrito por Nelson Hauck o objetivo de verificar se o conjunto de itens mede o
Filho e Cristian Zanon e intitula-se “Questões básicas fenômeno que se propõe. No capítulo cinco, chamado
sobre mensuração”. Nesse capítulo, os autores tratam “Validade”, Juliana C. Pacico e Claudio S. Hutz apresen-
da importância e relevância da mensuração de fenôme- tam e discutem as evidências de validade de conteúdo,
nos psicológicos e também apresentam quatro formas de critério (convergente e discriminante) e baseada na
para a mensuração desses fenômenos, a saber, a Teo- estrutura interna (de construto). Os autores propõem
ria Clássica dos Testes (TCT), as Escalas de Medida, a que os pesquisadores se preocupem em buscar dife-
Teoria da Medida Conjunta e, também, os modelos de rentes fontes de evidências de validade às medidas
Variáveis Latentes. Para cada uma das quatro formas psicológicas em construção.
mencionadas, os autores destacam os conceitos princi- O capítulo sexto, intitulado “Fidedignidade”, foi
pais, suas vantagens e desvantagens. elaborado por Cristian Zanon e Nelson Hauck Filho
e aborda a conceituação e a importância dos estudos

Disponível em www.scielo.br http://dx.doi.org/10.1590/1413-82712015200316


562 Pires, J. G. Temas Fundamentais em Avaliação Psicológica

de precisão das medidas psicológicas. A fidedignidade é aplicação, assim como na utilização de outras técnicas
citada como uma propriedade psicométrica fundamen- possíveis de avaliação psicológica.
tal para a validade dos testes, a qual está diretamente Nessa mesma direção, o décimo capítulo retoma
relacionada com o erro de medida. Igualmente, os auto- questões éticas envolvendo o processo de avaliação
res apresentam procedimentos para estimar a precisão psicológica, tendo sido elaborado por Claudio Simon
da medida, a saber, teste-reteste, formas alternadas, Hutz. Intitulado “Questões éticas na avaliação psicoló-
duas metades, coeficiente de alfa (α) e ainda o método gica”, o capítulo inicia atentando para a importância do
de fidedignidade do avaliador (associado às medidas processo de avaliação psicológica e do resultado decor-
projetivas). Limitações dos métodos clássicos de avalia- rente dela, o que torna o psicólogo um profissional com
ção da fidedignidade encerram o capítulo. extrema responsabilidade e, portanto, com o dever de
Considerando as limitações apresentadas no capí- conhecer e respeitar seu código de ética. Isso inclui a
tulo anterior e com o objetivo de complementar os qualificação dos profissionais em relação aos instru-
métodos clássicos de análise de itens e de escalas, o mentos desenvolvidos. O autor também apresenta
capítulo sete, intitulado “Análise de itens e Teoria de três princípios para orientar a realização de avaliações
resposta ao item” foi escrito por Tatiana C. Nakano. psicológicas, sendo eles, o respeito pelas pessoas, a
Ricardo Primi e Carlos H. S. S. Nunes e apresenta o beneficência e a justiça, os quais devem ser atentados,
modelo da Teoria da resposta ao item (TRI), no qual, com o fim de garantir a dignidade, a igualdade e a inte-
cada elemento do teste, é avaliado individualmente, gridade dos seres humanos, pontuados no código de
diferente do que ocorre no modelo clássico (TCT), que ética profissional do psicólogo.
prioriza o teste por inteiro. Os autores citam vantagens O ultimo capítulo denomina-se “Testes psicológi-
da TRI em relação à TCT e também são discutidos cos disponíveis no Brasil - O SATEPSI” e foi escrito por
conceitos básicos do modelo, associados às curvas Caroline T. Reppold e Léia G. Gurgel. Nesse capítulo,
características dos itens, mapa de itens e também a aná- as autoras descrevem a criação do Sistema de Avalia-
lise do funcionamento diferencial dos itens (DIF). ção dos Testes Psicológicos (SATEPSI), objetivando
O capítulo oito denomina-se “Análise de rede qualificar os instrumentos psicológicos brasileiros e
aplicada à psicometria e à avaliação psicológica” e foi também aprimorar a construção e validação desses
elaborado por Wagner de Lara Machado, João Vissoci e instrumentos, a partir de parâmetros científicos. Dessa
Sacha Epskamp. Além de apresentar a análise de redes, forma, para as autoras, a construção do SATEPSI
são discutidas possíveis implicações na psicometria e na representa um avanço na área da avaliação psicológica,
avaliação psicológica. Nesse sentido, são apresentados à medida que permite que profissionais consultem os
modelos de análises e comandos que podem ser repro- instrumentos com parecer favorável e desfavorável,
duzidos por meio do software R. Os autores entendem disponibilizados por meio do site do SATEPSI. Adi-
que as redes fornecem características dos itens seme- cionalmente, as autoras abordam aspectos técnicos do
lhantes às obtidas por outros métodos de análise. O SATEPSI e encerram o capítulo discutindo brevemente
capítulo encerra-se com indicações de impactos da aná- a questão dos instrumentos com parecer desfavorável
lise de redes na psicometria e na avaliação psicológica. para uso no Brasil.
O nono capítulo, escrito por Caroline Tozzi Rep- Após a apresentação do livro Psicometria, faz-se
pold e Léia G. Gurgel, intitula-se “O papel do teste possível destacar que são apresentados conceitos e dis-
na avaliação psicológica”. O capítulo aborda mais cussões técnicas e éticas fundamentais que englobam
amplamente a conceituação, a importância e as etapas os testes psicológicos e a avaliação psicológica. Dessa
do processo de avaliação psicológica, apresentando forma, o livro se caracteriza como uma rica fonte de
a representação e a contribuição dos instrumentos informações para graduandos em Psicologia, alunos
psicológicos nesse processo. As autoras comentam de cursos de especialização em Avaliação Psicológica,
a realidade dos testes no Brasil, perpassando pelo assim como pesquisadores interessados na área. Igual-
aumento no interesse de pesquisadores e por psicólo- mente, o livro poderá contribuir com o psicólogo que
gos atuantes (por exemplo, na clínica, na educação), utiliza avaliação psicológica, à medida que discute e
culminando na criação do SATEPSI e na regulamen- informa o leitor a respeito de questões técnicas e éticas
tação dos procedimentos e instrumentos necessários que envolvem a prática profissional.
à avaliação psicológica. Também são apontados cuida- Recebido: 17/07/2015
dos necessários na escolha dos testes e no processo de Primeira reformulação: 23/09/2015
Aprovado: 24/09/2015
Psico-USF, Bragança Paulista, v. 20, n. 3, p. 561-563, set./dez. 2015
Pires, J. G. Temas Fundamentais em Avaliação Psicológica 563

Sobre o autor:

Jeferson Pires é psicólogo e aluno do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal de Santa
Catarina, na linha de Avaliação em Saúde e Desenvolvimento, em nível de Mestrado. Atualmente integra o Laboratório
de Pesquisa em Avaliação Psicológica e o Laboratório de Educação Cerebral, ambos na UFSC.
E-mail: jefersongp@gmail.com

Contato com o autor:

Universidade Federal de Santa Catarina


Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Departamento de Psicologia
Trindade - 88040-970 - Florianópolis, SC - Brasil
E-mail: jefersongp@gmail.com
Psico-USF, Bragança Paulista, v. 20, n. 3, p. 561-563, set./dez. 2015

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