Sunteți pe pagina 1din 118

http://alexandriacatolica.blogspot.com.

br
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
PE. LUíS CHIAVARINO

VAMOS CRIANÇAS,
VAMOS A JESUS

EDIÇOES PAULINAS

http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
PODE -SE IMPRIMIR
São Paulo, 26-2-1957
Pe. João Roatta.
Superior Provtnciol

IMPRIMA -SE
Sio Paulo, 6-3-1957
Mona. Lafayette
(Delegado de B. Em.cia)

DI rei tos reservados a. Pta Sociedade de IIA.o Pa1110


Rua Major Maragllano, 241, C><. 8107 Sl.o Paulo
1&57

http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
CRIANÇA S Q UERIDA S

Eis aqui um livrinho escrito especial­


mente para vocês; não d e vem cedê-lo a nin­
guém, porque êle lhes pertence: êle é
vosso, como é todo vosso o direito de se­
rem o.(j prime iros am igos de Jesus.

Leiam-no muitas uêzes.

http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
Se vocês não tiverem disposição ou pa­
ciência para lê-lo todo de u�rna vez, leiam
ao menos, de quando em quando, algumas
histórias que mais lhes agradarem.

Peçam a Jesus a graça de poder imi­


tar ·as criànças boazinhas, de quem se fa­
la neste livro, e a graça, ainda maior, de
ter sempre um ardorosissimo desejo de re­
ceber a Santa Comunhão.

Se "o reino dos céus é das criancinha-i'',


como o disse Jesus, procedam de tal modo
que também seja de vocês o Reino Euca­
rístico de Jesus nesta terra, que é justa­
mente a Co.rnunhão.

Aquêle que estil,er com Jesw· aqui na


terra, estará com P.le ·também lá no Céu.

Viva, uiva, almazinhias lindas!

Sempre de Jesus!

8
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
I

CRIANÇAS, VAMOS A JESUS

http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
JESU S A BENÇOA A S CRIANÇA S

. E a pr esentaram-Lhe muitas cr ian­


ça s para qu e "f: le as t ocasse, mas os d iscí­
pu los repr eend iam aquê les que lha s a pr e­
s entavam.
Vend o iss o, J esus, fic ou muit o d esgos­
toso e d iss e-lh es: Deixai vir a m im as
cr iancinhas e� n.ã o as embaraceis porque
delas é o reino d e D eus. Digo-vos em ver­
dade: t odo a quêl e que nã o r ec eb er o rei­
n o d e D eus c omo uma criança, nã o entra­
rá nêl e._ E, abraçand o-as, im pôs-lhes as
mã os, ab enç oand o-as.
Se eu lhes perguntasse, quer idas er ian­
ças, se v ocês obed ecem a seus pais, r esp on­
der-m e- iam em côr o: - Sim, senhor, sim,
senhor! .
E eu acredit o que v ocês sã o r ealmen­
t e ob ed ientes. Felicit o- os e d igo-lhes:

11
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
- Muito b em, bravo s . continu em
a ssim e vocês serão o consôlo d e suas fa­
mílias, porqu e a ob ediência é tudo.
Se depois eu p er guntasse:
-Vocês ob ed ec em a J esu s?
Aqui, vocês responderiam com um
ainda mais sonoro:
- Sim, senhor! .
A ntes d e acr editar, quero porém, uma
prova. Di gam-me:
- Quan ta s vêzes por mês, por semana,
vocês comun gam?
- Que coi sa exqu isita! .
- Exquisita por quê? A Comu nhão
não é talvez uma ord em d e Jesus? ou
p elo menos uma vo ntad e expr essa, o seu
maior riesejo?
Sim, sim. Jesus qu er qu e comun gu e­
mos com fr eqüência o mai s freqüente­
mente possível. Portanto, vamo s! R espon­
dam:
- Quantas vêz es por mê s, por sema­
na, voces comungam?
Alguns poderão r esponder: uma, dua s
vêzes por mês; ou tros, uma, duas vêz es por

12
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
semana; todavi�, muitos, tal v ez a maioria,
serão obri gados a responder: - n ós co­
mun gamos raramente.
Não hav'erá nin guém, nem ao menos
um, q ue possa responder: eu comungo to­
dos os dias?
Eh! . mas então vocês não ob edec em
a Jesus, isto é, vocês não faz em aquilo q ue
t l e d eseja ard en t em ente. A Comunhão
feita uma vez por mês ou uma vez por se­
mana, bem pod e ser chamada uma obe­
diência forçada.
Vocês não conh ecem a história do m e­
nino que obedeceu, não por amor, mas
sim à fôrça?
Então o uçam-me.

13
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
OBEDif:NCIA FORÇADA

Tônico era um m enin o vivaz, tod o a le­


gria e t od o am or, mas inf elizmen te nã o
erà mu it o obed iente.
Um dia, sua mãe, estand o mais atar e­
fada d o qu e de cost ume, manda Tónico
fechar a porta; mas, Tónic o, muito en tr e­
t id o na sua tar efa d e desenho, nã o ob ed e­
ce.
A. mã e r ep et e a ord em uma, dua� vê­
zes, e, vend o que era inútil insist ir, d ir i­
ge-se a uma b engala que estava num can­
tinh o e d iz-lhe:
- V amos, b en gala, mex e-t e e dá uma
surra n o Tónico que nã o quer fechar a
p orta.
A bengala nã o se mex:e.
Então a mã e ord ena a o f ogo q ue cr e­
pitava alegr ement e:

14
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
- Tu, fo go, queima aquela be ngala
que nã o quer surrar o To ni co , que nã o
quer fechar a po rta .
Mas o f og o tam bém não o berl ece .
A mãe não perrle a paciência, rlirige­
-se a o balcll' d 'água, m·rl� na:
_
- Tu, água, apaga êste fogo, que nã o
quer queimar a benga la, que não quer sur­
rar o T onico, que não qul'r fechar a po r­
ta.
Qual nada, a água nem se mexe .
e nquanto Tonic o
.'\. mã e, calmamente,
escomle u m sorriso, grita para uma cab ri­
nha q �e balava perto da janela :
- Cabrinha, vem beber esta água que
não quer apagar o fogo , qu e n ão quer
quei mar a bengala, que nã o quer surrar o
Tonico, que nã o quer fechar a porta .
A c abrin ha, desobediente c omo os de­
mai s, fin ge que não ouve.
- Também tu és d�s obedient e! - dis­
se a mãe.
- P ois bem; tu, corda, amarra com
fôrça aquela cabrinha que não quer be­
b er a água, que nã o quer apagar o fogo,

1()
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
que não quer q11eimar a bengala, que não
.
i
quer d ar uma surra -
no Ton1co, que nao
quer fechar a porta.
A corda também se faz de surda; To­
nico sorri, galhofeiramente, e a pobre
mãe não sabp mais que santo invocar,
quando em boa hora, vê sair de um bura­
quinho um camomlongo.
- Oh, ratinho ! ela grita, tu serás com
certeza mais obediPnte do que todos êles;
pois bem, vai <' rói aquela corda má que
não quf'r amarrar· a cabrinha, que não
quer lwbC'r a água, que não quer· apaga1:
o fogo, quf' não quC'r queimar a bengala,
que' não quf'r dar uma surra no Tonico,
que não quer ff'c har a porta.
O ratill h o que tinha ficado espreitan­
do, muito atento, não faz com que a or­
dem seja re p ('ti da ; dá um ligeiro salto,
agarra-sp à corda com os qentinhos bem
afiados e . crie, crie, crie, rói que dá
gôsto .
Mas, se dava gôsto vê-lo, não era na-
da agradável suportá-lo. e logo aquela
corda desobediente cria juízo e grita :

17
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
- Basta, basta! Eu amarro, eu amar-
ro .
E a cabrinha, por sua vez grita:
Eu bebo, eu bebo !
Eti a pago! exclama a água.
Eu qu eim o, diz rápido o fogo.
Eu bato, grita a bengala.
E incontinenti dá pancadas e mais pan­
cadas nas costas do Tónico, que, muito
divertido, não esperava semelhante tem­
pestade.
Passado por ém o primeiro susto, le­
vantando-se de chôfre, exclama :
- Mamãe, mamãe, socorro, basta!.
Eu fech o, eu fecho!
Essa obediência foi forçada; mas vo­
cês, queridas crianças, devem sempre d­
bedecer · por amor.

18
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
OBEDI F.NCIA POR AMOR

E se eu agora perguntasse, meus me­


ninos:
Vocês querem bem ao papai?
Sim, senhor - responderiam.
E à mamãe�
SiiiJ., senhor, queremos-lhe muito,
muito bem.
E a Jesus, vocês querem bem?
Mas que pergunta! naturalmente
queremos-Lhe bem, porque Jesus é mais
do que papai, mais do que mamãe! Por
que n ão querer bem a Jesus, que nasceu.,
sofreu tanto e morreu por nós?
- Muito bem! Bravos! Eu sabia tu­
do isso; perguntei só para dizer-lhes que
Jesus também quer muito, muito bem a
vocês.

19
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
• • •

Um dia Jesus apareceu, em forma de


u�a linda cr iança , a um menino chama­
do Monso e perguntou-lh e:
- Monso, v ocê me ama?
E Af on so respondeu logo:
- Sim, Jesus eu vos amo!
Jesus insiste pela segunda, e depois,
pela terceira vez:
- Ma s Af onso, v ocê m e ama mesmo
muito?
E Afonsg re pet e sempre:
,

- Sim1 ó Jesus, eu vos amo muito. E


vos amo tanto quanto à .minha mãe.
- · Pois bem, fique sabendo, continuou
Jesus, que eu amo a v ocê e a todos os me­
ninos b ons, muito mais do que tôdas as
mães do mundo juntas podem amar os seus
filhos.
Deu-lhe um bei j o na fr onte e desapa­
receu.

20
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
......
. ..

·,

\
\
I
.

·,

http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
Vejam, criançàs, quanto Jesus os ama!
Mas em compensação, F.le quer ser outJ::o
tanto amado.
- E como se deve fazer, vocês pergun­
tarão, para querer bem a Jesus?
- É muito fácil: comungar-se com a
maior freqüência possível porque F.le o or­
dena, :F.le espera ardentemente por vocês,
deseja-os sempre, e exclama sempre: "Vin­
de a mjm, tornai-me, comei-me!"

22
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
JESUS QUER HABITAR EM NOSSAS
ALMAS

Vocês j á viram caras crianças, como é


que as mães amorosas tratam seus pequer­
ruchos?
Tomam-nos nos braços; fazem-lhe mil
carícias, dão-lhes beijos e mais beijos, e de­
pois, àinda não satisfeitas, mordem-lhes o
rosto, os braços, as mãozinhas com meigui­
ce, com carinho e exclamam:
....._

- Eu te como! eu te como! ! !
E realmente, se o pudesse�, os come­
riam de tanto amor.
Pois bem, Jes;us quer mais bem a vo­
cês do que estas mães da terra, sente a
mesma ardente necessidade de vocês; por
isso é que rue instituiu a Santa Comunhão,
para fazer-se comer por vocês, e unir-se as­
sim aos que tle ama e formar com êles u-

23

http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
ma só coisa. É por isso que .f.le sente a
necessidade de exclamar continuamente:
"Crianças amadas, tom_ai-me, comei-me,
satisfazei o meu grande amor! "
Satisfaçam êsse amor tão gr·ande de
Jesus; vão o mais que pudere m comer as
suas carnes santíssimas na Comun hão, e
Lhe causarão imenso prazer, porque o S<'U
grande desejo é estar sempre com vocês.

24
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
AS CRIANÇAS SÃO OS ENCANTOS
DE JESUS

Vocês dirão:
- Como é que o senhor pode saber
que Jesus deseja tão ardentemente estar
conosco?
Eu respondo:
- Eu sei porque ti� mesmo o disse.
- Quem?
- Jesus!
- Como? Quando .
Escutem;
"Um dia Jesus entrou numa pequena
cidade da Judéia, e as criancinhas que,
naquele tempo como agora, são os primei­
ros a ver tudo, os primeiros a saber as no­
vidades, procuraram aproximar-se dtl�
gritando:
- Viva Jesus, viva o Divino Mestre!
e cercaram-nO a legres e festivos.

25
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
D ando pela algazarra, chegaram os A­
póstolos, que, com palavras e alguns bo­
fetõ es , tentaram afastá-los dizendo:
- Fora daqui, molf'ques, abram cami­
nho, deixem Jesus passar·!
Mas Jesus, que ta n to ama as crianci­
nhas e deseja a sua companhia, indigna­
do, os repreendeu diz e nd o :
- O que estais fazendo? Não sabeis
que as c rianç a s são o meu enlêvo? e que
o meu maior prazer· é f ic a r com elas ? Oh,
deixai que venham a mim e não as irnpe­
çais que se cheguem, pois que elas são os
donos do Paraís o.!
E fazendo-as c hegar a si, tomava-as pe­
la ·mão e su a vemente as acariciava.
E agora vocês estão c on v enci das, crian­
ças, de qu� Jesus lhes quer bem e disse que
vocês são seu encanto?
Vamos, poi s , acheguem-s e o ma i s pos­
sível para receber suas carícias na Santa
Comunhão.

26
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
MOSCAS BRANCAS E ALVAS POMBAS

Queridas crianças, vocês já viram môs­


,cas brancas? Eu não; mas, no entanto,
dizem por aí que existem, e, quem sabe
se vivendo muitos anos, vocês também
chegarão a vê-las.
Se; porém, eu nunca vi môscas bran­
cas verda deiras, já vi. e vejo uma vez ou
outra, com imenso prazer, môscas brancas
que falam e pulam como vocês, ou sejam,
pombas alvíssimas que recebem com fre­
qüência ou mesmo diàriamente a Comu­
nhão.
Vejo continuamente, -algumas delas na
minha terra, vej o-as em maior número e
com maior freqüência em outras terras e
cidades, as quais, mesmo com algum sa­
crifício, dão essa bela prova de amor a Je­
sus.

27
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
Há alguns anos, tive que ir a uma ci­
dade para visitar o V�gário.
Depois de uma viagem demorada, lá
cheguei finalmente depois das onze, e a
primeira coisa que eu fiz foi saudar a Je­
sus na Igreja.
Mal tinha acabado de me ajoelhar,
quando ou� vozes, gritos e risadas de
crianças que vinham de fora .
Era hora da saída da escola e todos
aquêles pequerruchos espalhavam-se, to­
mando cada qual seu caminho.
Muitos dêles, porém, entraram na
Igreja ; alguns pararam nos bancos e ou­
tros, três meninas e dois meninos, dirigi­
'
ram-se para a mesa da c omunhão.
Nisso, abre-se a porta da sacristia, e
_
aparece o Vigário, já paramentado, acen.:
de as velas, recita o Confiteor e dá-lhes a
Comunhão.
Eu quase chorei de comoção, quando
o Vigário me contou · que aquilo acontecia
tôdas as manhãs, e que as suas cria nças,
quase tôdas, comungavam a ntes da aula
e que aquêles que se atrasavam, ficavam

28
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
em JeJum até àquela hora, contanto que
pudessem comungar depois.
Comovido exclamei:
- Oh! como Jesus deve ficar conten­
te éom tanto amor! E quantas bêriçãos
derramará sôbre êsses anjinhos e sôbre suas
famílias.
Por aí, vocês podem ver, cria nças, ·q ue
mesmo em nossos dias, existem môscas
brancas e alvíssimas pombas. Por que não
imitá-las? Oh! quanta satisfação causa­
ríamos a Jesus. No entanto, nós dormi­
mos, somos preguiçosos, somos indiferen­
tes, fazeiiiOS JeSUS chorar!

29
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
CRIANÇAS CAPRICHOSAS QUE FAZEM
JESUS CHORAR

Ima�inem um menino qué, gravemen­


te doente, está na sua caminha, esperan­
do pelo médico.
O doutoi" che ga , receita · o remédio, que
infaliv<'lmente deve curá-lo.
A mãe S{' atar{'fa para prepará-lo e
ch{'ia ti{' so li c itu d e, chega-se ao filhinho
e diz:
- Ollw, ' tome êste remédio que vai
fazer você sara r.
O m('nino abre os olhos, deita para a
mãe u m olhat· lânguido e pede:
- Não, mamãe, não me dê êsse re­
médio.
- Por que, meu bem, você o recusa?
êle só pode fazer você sarar; do contrário,
você morrer·á!

30
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
- Não quero, mamãe, não quero, dei­
xe-me!
-- Mas então você não quer bem à
mãezinha?
- Quero-lhe muito, muito bem, mas
o remédio eu não tomo!
E teima, e chora, e berra, e recusa o
medicamento e faz a mãe chora r intonso­
láveL
Esta é a história, minhas quer·idas
crianças, de todos os meninos que dizem
que amam a Jesus e, no entanto, não co­
mungam.
A Comunhão é o remédio que susten­
ta, cura, afasta a morte da alma, qu e é o
pecado. Todos aquêles que não querem
cometer nenhum pecado, e, a o m e smo
tempo, · não querem comungar, são como
aquêle menino caprichoso que não quer
morrer, mas, no entanto, mo rre ele v erd a
­

de, por recusar o reméd io Essas cria n­


.

ças fazem Jesus chorar; e tle qual mãe


afetuosa, nos roga, nos implora, nos diz:
�'Tornai-me, comei-me. Quero ser o vosso
remédio e a vossa saúde !"

32
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
CRIANÇAS COBERTAS DE CHAGAS

Vocês, certamente, nunca com eteram


p ecados grav es; ma s faltas p equena s.
o h! qua n ta s. m esmo tolios os dias.
E q ue ma l fazem as faltas lev es?
Mancham a alma, tornam-na su-
ja.
Ouçam:
Era uma vez. uma s c r ia nça s lin-
das e queri da s co mo vocês. Certo dia, po­
rém, os seus rosti nhos cobriram-se de f e­
ridas qut' rlPformaram as sua s fac es ro sa­
das e dei tavam pus e sa ngue.
As m ã es d essas cr ianças estava m mui­
to afli tas, a ssim co mo todo s os da fam í­
l ia. Ela s a in da amavam seus filhos, ma s
não beijavam nem a caric ia vam ma is a­
quPlas facPs que cau savam rep ugnâ ncia e
nojo.

33
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
O médico, porém, chegou e, com ferro
e fogo, queimou, tirou aquelas crostas e
restitu�u àquelas faces a côr rÓsea e a fres­
cpra.
O que aconteceu então? Naquelas fa­
ces multiplicaram-se, mais do que nunca,
os beijos e as carícias de todos.
Justamente a mesma coisa Jesus faz
com vocês. As pequer1as faltas, os peca­
dos veniais de todos os dias, são chagas
que deformam suas almas. Jesus conti­
nua a querer bem a vocês, porque ainda
pertencem a tle, mas nada de beijos e
�arícias!
Se vocês por�m, receberem a Comu­
nhão, ela é como o ferr,o e o fogo do mé­
dico, ·ou seja, o remédio que queima e faz
desaparecer, cada vez, tôdas as chagas
feias. A nossa alma torna-se num instan­
te bela e inocente, e Jesus se regozija, dan·
do-lhe de novo as suas carícias e os seus
beijos, isto é, as suas_ graças especiais.
Vejam pois o grande bem drt Comu­
nhão frequente! É por isso que vocês nun­
ca devem a·bandoná-la. Assim como tôdas.

34

http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
as manhãs vocês lavam o tosto e as mãos
para livrar-se do pó e das manchas e tam­
bém para ficarem bonitos, vocês deveriam
tôdas as manhãs lavar a alma com a Co­
munhão. Justamente para isso Jesus'a ins­
tituíu, e o Pa pa quer que nós nos sirva­
mos dela como remédio de cada dia, ·para
as faltas de cada dia.
Avante, crianças, vamos freqüente­
mente a Jesus.

35

http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
O MENINO QUE ROUBOU JESUS

Ouçam esta história que ela é boniti­


nha.
Era Natal, no tempo do presépio, e um
menino, o Jorg inho, simples P bom como
um doce, pensou con sigo n1esnw:
- Coitado de Jesus! Com êste frio,
por que deixá-lo aí em cima dessa palha .
nessa gélida cho up au a? E se eu O levasse
comigo para casa, para a minha rama?
Dito e feito: Jorginho es pera o mo­
mento em q ue a Igreja está deserta; e,
pegando calmamente a quêle M e n i n o e co­
brindo-O com a sua capa, foge para rasa.
Ali chegando, na pontinha dos pés pa­
ra não fazer barulho, sem dize.r nada a
ninguém, sobe a escada e va i pô-lO di­
reitinho na cama.
Naquela noite Jorge parecia mais ale·

36
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
••

http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
gre do que de costume e mais impacien­
te; mas ninguém fazia caso.
É hora de ir para a cama ! e êle, li­
geirinho como um sagüí, despe-se, enfia­
-se debaixo das cobertas e lá faz as mais
alegres festinhas com Jesus. Por fim êle
adormece, mas ai! no sono, virando e revi­
rando na cama; quebra em mil pedaços
aquêle Menino de gêsso.
De manhã acorda, e, diante de tal de­
sastre, daqueles braços e daquelas pernas
destroncadas, daqueles dedinhos mutila­
dos, põe-se a chorar copiosamente, de tão
desesperado.
A mãe acode, acaricia-o e êle conta a
desgraça.
Vocês ficam com vontade, de rir. che­
gam mesmo a rir do que aconteceu com
o pobre do Jorginho que levou uma des­
compostura da mãe e ainda por cima ou_:­
tra do velho padr e, cUjo Menino do Na­
tal êle tinha tomado imprestávél; e na­
guele ano,, adeus, P!esépio.
Mas, entretanto, o que lhes ensina J or­
ginho?

38

http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
Ensina-lhes que vocês também devem
querer bem a Jesus e procurar fazê-lO seu,
não indo roubá-10 no presépio, mas sim
recebendo-O com freqüência na Çomu­
nhão. Lá está realmente Jesus, vivo e ver­
dadeiro como, no Paraíso. Aquêle do pre­
sépio é uma simbólica estatueta, mas A-
. quêle da Comunhão é verdadeiramente,
sangue, corpo alma e divindade! Indo à
Comunhão vocês O põem na caminha do
coração, juntinho de vos:ês, todo para vo­
cês.
Coragem, pois, crianças, tornem Jesus
seu, o mais freqüentemente possível com
a Comunhão.

39
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
JESU S DESCE A BRINCAR COM ALGU­
MAS CRIANÇAS BOAS

Numa antiga a bactia cta Espanha a con ­


teceu, há alguns anos, ê st e fato :
Alguns meninos realmente hons ia m
muitas vêzes brincar no ja rdim cto con­
vento dos r eligiosos, onde se erguia um a
estátua de Nossa S enh ora que tinha nos
braços uma lincta criança.
O s m eni nos, em certa hora, costuma­
vam tomar o lanche. Uma vez, tendo ga­
nhado dós parires as pr im«:>iras c«:>rejas cto
ano, tiveram a ictéia de repartí-las com o
M en ino de Nossa Senhora. Pegam um
bom punhado delas e ofe rec endo-as a Je ­
sus, ctizem-lhe:
- Olha, Jesus, como s ão belas! Desce
e vem comê-las coqosco!
Tanto agradou a Jesus a quêle convite
.
40
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
singelo, feito de coração, que rue aceitou
logo, e, ·voando levemente, desceu no meio
dêles para comer as cerejas e brincar a­
legremente.
A cena repetiu-se dura nte muitos dias:
por fim, tendo os padres noté;ldo e comen­
tado o fato com a maior estupefação, J e­
sus interrompeu seus vôos, porém, não
sem prometer aos meninos que os colhe­
ria para comer cerejas no Paraíso.
Vocês invejam aquêles rapazinhos da
Espanha : pois bem, saibam que · a sorte de
·
vocês é mil vêzes mais bela !
Naqueles tempos não era hábito rece­
ber-se com freqüência a Comunhão, e a­
quêles meninos, coitados! talvez uma só
vez por ano, na Páscoa, podessem receber
Jesus. Agora, porém, que Jesus e o Pa­
pa falaram e a Igreja aprova, vocês po­
dem, mesmo diàriamente, fazer Jesus des­
cer do próprio meio e tê-lo sempre, me­
diante a freqüente Comunhão.
Nada de inveja, portanto; mas boa von­
tade e um grande amor!

42
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
OS ESPINHOS DE JESUS

Um rapazito, bom como um anjo, cha­


mado Edmundo, brincava certo dia, co­
lhendo flores nu�a linda ca m pina . De re­
pente, levantando os olhos, vê, como por
encanto, sur gir na sua frente uma pérgo­
la muito ·alta, muito comprida, tôda or­
nada de belíssimas e perfumadas rosas.
Diante daquela aparição que. não pô­
de explicar, êle fica atordoado sem saber
o que fazer, quando ouve alguém a. cha­

má-lo : ,
- Edmun d o, Edmund o .
O me nin o olha, e olha . A voz vinha
lá do outro extremo da pérgola . Por
,
fim vê, lá no fundo, uma criança com a
cabeciitha crespa, lin d a, de uma beleza de
anjo, que, com as mã ozinhas cheias de
rosas, . lhe ·faz sinais para que se aproxi,.
me e lhe diz:

43
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
- V Pm brincar comigo, Edmundo� PU
sou Jesus!
Edmundo não espera um segundo con­
vite, e logo se encaminha sob a pérgola
florida. Mas ai!
O que foi?
Espinhos agudos lhe magoavam os
pés .
f:.le pára, desanimado, mas a vozinha
vai meigamente repetindo:
- Coragem, Edmundo, não olhes pa­
ra os Pspinhos!
Edmundo torna a tentar a prova, mas
pára de novo porque os pezinhos sangram.
- Não tenhas mêdo, diz a voz; aqui
estou eu, Jesus!
Anim�do, mais resoluto, êle se põe a
caminho e, desprezando as picadas, alcan­
ça, correndo, Jesus que o acaricia e lhe
faz mil agrados, enquanto os pezinhos, já
curados, repousam sôbre pétalas perfuma­
das.
Queridas crianças: "não há rosas,se�
espinhos", diz o ditado. Vocês querem al­
cançar Jesus e merecer suas carícias? Não

44
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
.
.

'
'

http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
temam os espinhos, ou sej a, as dificulda­
des, os pequenos incômodos; submetam-se
de boa vontade a alguma leve privação
para chegar a Jesus, ou melhor, para ir à
Santa Çomunhão.
Coragem. Sejam valorosos comÇ> o pe­
queno Edmundo. Jesus os chama. Para
vocês também 'Rle transformará os espi­
nhos em rosas perfumadas!
Para a frente sempre ! sem mêdo nem
temores, vamos a Jesus!

46
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
EXEMPLOS DE CRIANÇAS
QUE AMAM A JESUS

http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
O BEIJO DE PEDRINI 10

Qu<>m <•ra êle? Um m<>ninozinho de


cinco anos que fn•qüentava o jardim da
i nf{\ n( ia , c• quP, por S('r um dos mais intP­
'

lig<•ntes <' sPrvi<;ais. entrava muitas vêz<>s


no oscritório da SupPriora, à procura dP
JH'qU<'IIOS SPI'VH,:os.
Urna hl'la noitP, êiP apa r pn•u lá <'11-
quélnto a Sup<·r·iora cortava o preparavH
as hóstia s e as pa r·tírula s para a Missa e
a Comunhão.
Pedrinho olha muito atento e, por fim,
certo de que ninguém o vê, estala, furti­
vo, um sonoro beijo numa daquelas hós-

49
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
tias; e, rápido, torna a prestar atenção no
trabalho da Superiora .
Esta, que percebeu tudo, pergunta com
muita meiguice:
- Por que, Pedrinho, aquêle beijo?
E êle, um tanto encabulado, ven do­
-se descoberto:
- Para que Jesus ao chegar élÍ encon-
tre o maior beijo de Pedrinho.
Querido anjinho! f:le não tinha élindél
permissão de comungar , no entanto, que­
ria ao menos b<'ijar J<'sus.
Que lição pa ra tantas crianças que po­
deriam com a maior facilidade, não só
beijar uma simples hóstia ainda não con­
sagrada, mas, silll. Jesus vivo) real em car­
ne e osso e gu�rdá-10, e formar uma só
coisa com :f:ie!.

Meninos, imitem portanto a Pedrinho


e dêem beijos e mais beijos ·em Jesus; mas
beijos vivos, em Jesus vivu, que os resti­
tuirá, multiplicados, com graça s e ·bên­
ção"s.
Avante, crianças, vamos a Jesus!

50
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
• • •

Aqui eu preciso contar a história de


outro Pedrinho bom; vocês querem ou­
ví-la?
- Queremos, queremos, conte!
- Pois bem, ei-la:
Uma mãezinha carinhosa, realmente
cristã, uma daquela s que hoje em dia se
tornam cada vez- mais. raras, tinha três fi­
lhinhos dos cinco aos nove anos.
Tôdas as noites, depois da oração ela
os punha na cama e os deixava com um
bom conselho.
Certa vêz já estava na porta para sair,
quando de repente virou-se e exclamou:
- Oh! quanto eu seria feliz se um
de vocês ·viesse um dia a ser santo !
Então, o menor de todos, que se cha­
mava Pedrinho, ajoelha-se na cama e diz:
- Eu, mamãe, eu ficarei santo!
E êle cumpriu a palavra. Desde aquê­
le dia começou a amar tão intensamente
a Jesus e torná-lO seu com a Comunhão,
que se fêz Sacerdote; tornou-se Bispo, de-

52
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
pois Cardeal, depois Papa, depois santo.
É êle o Papa Pedro Celestino, que feste­
jamos no dia 19 de. Maio.
Eagora que vocês sabem a história dos
.
dois Pedrinhos, vocês os imitarão, queren­
do bem a Jesets, na Missa e na Comunhão?

54
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
PARA MIM TAMBÉM

Vocês sabem o que fez um outro me­


nino, a legre, carinhoso, como vocês, e um
tanto .traquina?
Não, senhor! O que foi que êle
fêz?! .
- Pois bem, eu vou contar mas com
a condição de que vocês o imitem em tu­
do.
f..sse menino ajudava tôdas as manhãs
a dizer a Missa. O seu amor por Jesus e­
ra tão grande, e tão forte o seu desejo
de recebê-lO no coração, que, quando o
Sacerdote chegava à Comunhão êle o pu­
xava cem cerimônia pela manga e pedia:
- Para mim também! Para mim
também! Nesse tempo não se usava co­
mungar com freqüência, principalmente
as crianças, e aquêle Sacerdote parecia es-

55
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
qtuvar·-se. Mas o menino n·pC'tia o ato e as
palavra s com tão vivo desC'jo e tão suave
insistência quP Pra preciso ceder e dar­
-lhP a Comunhão.
Isso sp dava cada vez mais a miúdo,
P depois tôdas as manhãs; ma!' sabem vo­
cês o que aconteceu? AcontPceu que a­
quêlP nH•nino crPsceu bom P estudioso,
tão bom e aplicado que se tornou Sacer­
dotP e clc•pois Bispo de B<>lém, onde Jesm
llaSC('U.
\" Pjam o qw• produ z a Comunhão fre-
qÜPlltC'! Ela félz os Sac<>nlotes, os Bis
pos, os Santos!
Para a frPrltP, crianças, vamos a Je
sus!

56
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
O MENINO QUE ESCREV E
AO PAPA

Um nwnmo d(• Turim tinha comple­


tado só sC'is anos, C', tPndo re c ebido a Co­
munhão, q uis , naquele mesmo dia escre.
V('r ao Pa pa a seguinte cartinha:

"A Sua Santidade', o Papa Pio X


Ronw.

Santidade, hoj e, dia do meu sexto ani­


versário, fiz a primeir a Com unhão e re­
zei para Vós também.
Não Vos posso dizer, porque sou muito
pequ('nino, qua n to meu coração gozou e
quão grande é a minha fPlicidade agora
que tenho Je s us comigo.
Pe ç o a bênção de Vossa Santidade pa­
ra que eu possa continuar a querer bem
a Jesus"

O Papa, ao ler aquela cartinha tão

57
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
simples e delicada, chomu de comoç.ão e
consôlo, e, mostrando-a a todos, ia repe�
tindo :
- Vej am . vejam. quanto a s
crianças amam a Jesus !
Apressou-se a responder de seu próprio
punho uma daquelas cartas que êle sabia
E>screver tão bem, êle, o pai de todos os
fi�is, o representante de Jesus Cristo ; e,
junto com aquela carta, enviou um lindo
presente.

• • *

Meus meninos, se o coração do Papa


é tão bom, ima ginem quanto melhor não
será o Coração de Jesus! E quantos pre­
sentes, muito mais bonitos, "f.le dará à-_
quelas crianças que se aproximam para
recebê-lO a miúdo na Santa Comunhão.
Experimentem e verão o quanto tle
é generoso !

58
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
A COMUNHÃO DOS MENINOS
DESCALÇOS

Numa cidadezinha? as crianças esta­


vam se preparando para a Primeira Co­
munhão. Todos estavam prontos: - só
faltava um, o mais pobrezinho de todos.
f.le chega finalmente, muito acanhado,
com os pezinhos descalços. O bom san·r­
dote que os estava arrumando, compreen­
deu logo tôda a vergonha do coitadinho
por se a c h a r descalço no meio dos outros,
v estidos com roupas domingueiras. Sem
fazer notar, começou a conta r como Jesus,
apesar de Deus, era tão pobre que precisa­
va andar descalço, e que por isso mesmo,
as crianças pobres se parecem mais com
Jesus e lhe são mais queridas.

Todos os meninos compreenderam a


lição e, chegado o momento de se apro-

60
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
ximarem para receber Jesus, tirar_am os
sa patinhos e foram comungar com os pés
nus para imitar melhor Jesus e serem-Lhe
mms caros.
Digam-me, crianças, vocês não teriam
vontade de beijar na testa aquelas almas
tão delicadas?
Aprendam com elas a se aproximan'm
da Comunhão com profu n do respeito e
humildade, porque a pobreza e a hum->
da de são as virtudes próprias de Jesus.

62
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
OUTRAS CRIANÇAS BOAS

Domingos Sávio era um menino como


vocês, e quando teve licença para fazer a
Primeira Comunhão, nunca mais a dei­
xou, e comungava tôdas as manhãs com
grande devoção e pieda de. Jesus aparecia­
-lhe muitas vêzes e lhe dizia uma porção
de coisas, mesmo futuras, que depois se
realizavam exatamente.

* * *

Gustavo Maria Bruni, de Turim, com


três ou quatro anos de idade queria acom­
panhar sua mãe à Missa tôdas as manhãs,­
e assim que ela voltava da Comunhão, che­
gava-se para perto dela e lhe dizia:
- Mamãe, dá-me o beijo de Jesus!
Fêz a Primeira Comunhão com seis

63
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
anos e depois continuou a- re ce bê-la todos
os dias com tamanho prazer., quP seu
mai or desgôsto era d<', rarissimamt>nte fa­
lhar alguma vez por estar doente.

Alh('rto Fallariui, dP To rtona , com


ciuco anos clP i dad e>, já tinha r omu n p;a do
mais dP q uarc> n ta vêzPs� <' dPsdP f'ssa ida­
de> continuou a procurar .lC'sus nél ConiU­
n hão at{• à morte>.
Quantos, olt! q ua ntos mais <'U ronhe­
�.;o Pm muitos pnÍS<'s quf'� como os que jú
rit<•i, comungam tôclas as manhãs.

Vocês vPem quf' os ex emplo s não fal­


tam, qm• há n•ahllPllt<' nmitas r ria n�.;as
boas qu<' qu<•n•m n·alnu'nte bem a .h•sus!

Unam-s<' tmuhi>rn a todas C'ssas (' s<'­


jam, d<' agora l'lll diant<', os V<'rdad<'iros
amigos d <' J<'sus.
Va1nos, lllf'JÜnos, vamos a 1':1<' por nwiu
ela Comunhão frC'qÜC'rltC'. 1:-.IC' nos dal'il a

fôrça e a corag<'m dos m{ut ir<"s.

6-t
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
UM PEQUENO CHINf:S

Um chinesinho de dez anos suplicava


ao Bispo· Missionário que o deixasse fazer
a Primei r a Comunhão . O Bispo hesitava,
pois era tempo de perseguições.
- Quando você tiver recebido Jesus
- pergunta o Bispo - se o puserem na
cadeia � sabendo que ,você é cristão� o que
.
voe� fará?
Direi que sou cristão! ! !
- E se o a m ea ç a rem de morte?
- Responderei:
"Morrer por Jesus é o meu maior de­
sejo! "
Belíssimo ex emplo, crianças, pa ra mui­
tos que, por pequenos medos e t emores,
deixam a Comunhão e voltam as costas
para Jesus.

66
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
·---�

http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
EXEMPLOS DE lVIENINAS
QUE AMAM A JESUS

http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
SANTA ROSA DE LIMA

Não só entre os meninos ·há muitos


que amam a Jesus; mas, muito mais se
encontram entre as meninas.

Nos livros que contam a vida de Santa


Rosa da cidade de Lima, lê-se qm•, ciesde
criança, amava tão tern amente a Jesus,
que tle, pa ra premiá-la, séntia prazer em
aparecer-lhe visivelmente e a acompa­
nhava em seus passeios .
Um dia, passeando a ssim junto com o
Menino Jes· us pelas ruas da cidade, &te

71
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
colhia rosas e mais rosas., e, depois de ti­
rar cuidadosamente os espinhos, as dava
à pequena santa.
Rosa teceu com elas uma linda coroa
que pôs sôbre a cabeça de Jesus; mas :tle
a tirou e pondo-a na cabeça da santinha,
disse:
- Não, minha pequena espôsa, as ro­
sas são para ti! para mim, os espinhos !
Queridos meninos, quantos espinhos
o:; esperam no curso da vida ! Vocês que­
rem eliminá-los, pelo menos em parte?
Queiram bem a Jesus e recebam quanto
lhes fôr possível a Santa Comunhão.

72
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
SANTA TERESINHA DO M. JESUS

Era a caçula de cinco irmãs ; chama­


va-se Teresa, mas sempre quis que a cha­
massem Teresinha do Menino Jesus por­
que sentia por :tle um amor ilimitado.
Qua ndo, pequenina ainda, lhe foi conce­
dida a Primeira Comunhão, nunca mais
a deixou, mesmo doente, durante tôda a
vida.
E foi justamente a Comunhão que a
torp ou a mais santa das cinco irmãs e
digna de ser consagrada como tal pela
Igreja no ano santo de 1925.

74
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
GEMA GALGANI

F.sta também amava a Jesus com ter­


nura e O re-cebia diàrianwnte na Comu­
nhão., com ta n ta pie-dade- e tanto amor
que Je-sus, para recompensá-la, imprimiu­
-lhe nas mãos, nos pés e no peito, sinais
;-ubros como botões dP msa, que, periodi­
camente, ve-rtiam sangue vivo; e êsses si­
nais conservaram-se- du rante tôda a sua
vida·.

75

http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
GISELA DE FLORENÇA

Uma menina chamada Gisela, de no­


bre e riquíssima família florentina, ainda
não tinha três anos, quando, vendo sua
mãe, que voltava da Comunhão, chega­
-se para bem juntinho dela e lhe pergun­
ta bai xinho:-
- Mamãe, por que a senhora foi lá?
O que lhe deu o Sacerdote?
- Fica quieta , Gisela, - responde a
mãe, - eu fui receber o SeBhor!
Gisela cala-se, mas- logo depois :
- Mamãe, e a mim, por que não dão
também o Senhor?
- És muito pequenin a ! . Toma 1s-
to e cala-te.
E a_s sim dizendo, oferece-lhe uma
bala.
Gisela olh a -a com os seus gra ndes e

76
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
inteligentes olhos e, abanando a cabeci­
nha crespa, exclama tristemente :
- Oh ! não; Aí não está Jesus!
Vocês compreendem, meninos: ainda
não tinha três anos, e já desejava arden­
temente receber Jesus! Todavia, logo lhe
foi permi tido receber a Comunhão. Ela o
fazia diàriamente.
Uma vez, estando doente e não poden­
do comungar, queix�va-se com a mãe, di­
zendo:
- Oh! mamãe, mamãe, e u me tor-
narei má se não receber Jesus . E gros-
sas lágrimas lhe m iava m pelo rosto.

• • •

Certo dia, sentada no joelho do pai, es­


tava tôda entretida em mostrar-lhe uma
bela colPçã o (}e imagens, com que a tinham
presentead o, quando o pai lhe pergunta :
- De qual delas você gosta mais?
GisPla to rnou a examiná-las com aten­
ção, e, depois mostrando uma que repre­
sentava Jesus no ato de apertar uma rne­
mna ao seu divino c ora çã o :

78
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
- Esta ! exclamou alegre. Oh ! eu que­
ro ser esta menina, que está sempre perto
rle Jesus.
E, realmente, tôrlas as· manhãs ela se
aproximava da Santa Comunhão para fi­
car sempre com Jesus.
Vamos, meninos, vamos nós também
para Jesu�.

79
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
A LISETE DAS BALAS

Uma OlJ.tra menina , muito boazinha, e


que também muito amava a Jesus, pedia
sempre à sua mãe, que lhe permitisse re­
ceber a Comunhão.
A mãe e squivava -se, com a desculpa
de ela spr· ainda muito pequenina; · que
o senhor Vigário não a admitiria; que con­
vinha esperar a Páscoa .
Mas ela torn ava a insistir e tôdas as
vêzes que acompanhava a mãe à I grej a ,
havia prantos e súplicas da boa pequerru­
cha .
Uma vêz, era o dia da Comunhão men,
sal, todos os meninos e meninas da esco­
la comungavam. A nossa Lisete não po­
de mais conter e desatou em pranto. A
mãe conduziu-a para fora da Igreja e, não
podendo consolá-la nem com agra dos nem
com palavras severas, esperou que o Pa-

80
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
dre saísse e pediu-lhe que admitisse à Co­
munhão a sua pequena Lisete que, do con­
trário, era capaz de adoecer de desgôsto.
O senhor Vigário procurou convencê­
lá de que devia ter paciência por mais
algum tempo e, rindo bondosamente, ti­
rou do bôlso algumas balas que deu à Li­
sete dizendo :
- Toma, Lisete, chupa estas balas por
enquanto ; a Comunhão fica para mais tar­
de .
Lisete olha para êle cóm os olhos mui­
to tristes e, m ortificada, diz:
- Não sei o que fazer com as ba-
las ! Eu quero Jesus ! .
E de novo desatou a chorar.
O bom padre ficou comovido diante
de tão eloqüente prova e começou a pre­
parar para a Comunhão aquela pequena
alma já tôda de Jesus.
- Queridos meninos! Vocês, no lugar
de Lisete, que teriam feito? Oh! quantos
preferem uma bala, um pouco de sono,
um pouco de divertimento a Jesus !
Todos êsses não são certamente meni-

82
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
nos bons, não querem bem a Jesus; e f:le
não os poderá abençoar.
Avante pois, vamos de boa vontade a
Jesus.

83
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
A MENINA QUE PEDE UM FAVOR
A PIO X

Sua Santidade o Papa, Pio X, chama­


do o Papa da Comunhão freqüente, tinha
dado uma audiência às meninas de um
instituto de Roma que tinham feito na­
quela manhã a Primeira Cl?munhão.
Entre elas havia uma muito pequeni­
na, de cinco anos apenas, que ainda não
tinha sido preparada para a Comunhão.
Aproximando-.se do Pontífice, começou a
puxá-lo; sem cerimônia, pela manga.
Tendo-a notado o Papa lhe perguntou:
- O que queres, minha pequena ?
E ela muito ingênuamente:
Santidade, dizei-o Vós às Irmãs que
-·-

dêem fi mim tambêm a Comunhão.


E por que não ta querem dar?
Porque elas dizem que sou muito

84

http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
pequenina . e não tenho bastante ins­
trução . Santidade, examinai-me Vós!
Então o Papa começou é.. fazer-lhe per­
guntas sôbre os principais mistérios e sô­
bre as coisas mais simples da Eucaristia,
e depois, dirigindo-se para as freiras, dis­
se:
- Amanhã cedo a admitireis à Comu­
nhão, e continuareis a deixá-la comungar
diariamente.
Assim foi feito porque, quando o Pa­
pa fala, todos devem obedecer .
Meus meninos, se seus pais puserem
obstáculos aos seus desejos de comungar
com freqüência, peçam aos Padres que os
convençam, e êles farão por vocês o mes­
mo que o Papa Pio X fêz por aquela pe­
quenina que tanto amava a Jesus.

86
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
MIL E MIL OUTROS EXEMPLOS

Eu poderia contar-lhf's a h is tória de


mil outros nlPninos c> mPninas boas quP,
c>m g-rupos. ('fi grand(• núnwro, não indo
na rPdP d os maus rompauhl'iros, sacrifi­
ca n do r im• m a s (• d ivPrs Õ (' s pc>rigosas, fa­
zem o possÍvPl para SP consPrvar bons (•

re<·<'bf'rem tôdas as manhãs a Comunhão.


Eu já vi grupos dP m P ninos marcha­
n•m al tiv os como soldadinhos. p (•l as ruas
da c id ad ( . nlrrq.�·arHio o distintivo Euca­
'

rístico com os dizen�s: "Viva Jesus, Hós­


tia d(• amor!
SPi dl muitas moci nhas qu(' reunidas
'

n um a liga santa, r·eso l v P ra m comungar·


todos os dias, e vãú à lgr('ja em grupos,
af rontando a escuridão da madrugada. as
ruas lamacentas, o frio, a caç oada das
companhPiras E' rlo's rapazes malcriados.

88
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
• • •

Um Missionário conta que, a qui na


América, a Comunhão é bastante _fre­
qüente e frisa o fato de algumas moci­
nhas, operárias de uma fábrica, que tôdas
as manhãs às seis horas no inverno e às
cinco no verão se reunem para assistir
à Missa e comungar, e depois, em procis­
são, canta n n o lou vorés, seguem para o
traba lho.
Agora, acrescenta o Missionário, elas
são admiradas e são as rainhas da cidade­
zinha. Se alguém tcnta1· tratá-las sem res­
peito, r espondem altivas:
- Nós vamos comungar!
Estas palavras bastam para obrigar a
respeitá-las.
Vocês vêem, men inos, que se vocês
também freqüenta rem a Comunhão, não
serão os primeiros nem os únicos.
Avante, então, vamos a Jesus, e Jesus
transformará os espinhos em outras tan­
tas rosa s como fêz com Santa Rosa de
Lima .

89
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
JESUS RECOMPENSA
OS BONS MENINOS

http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
A MOEDA DF. UM MENINO POBRE

Cha m ava-se' P('d rin ho, ('l"a órfão f' p re­


c isava t ra ba lh a r o d i a todo pam ganhar
um hora clo dt' pão d u ro, sob as ordens de
u m pa t rão c ru e l .
U m d i a , por a caso, f'ncontrou na rua
u ma moeda dP p ra t a . lm aginf'm a a l e­
gria cio coitad i n h o q u (' nu n c a 1 1 a vida ti­
n h a possuí d o tanto ! Com a q u (' l a moeda
pod Pria rom p rm· um rha pi>u porquf' não
ti n h a, u m pa r de sapatos, porque estava
d Psr a lç o, um ca s a c o, porque o dêl<> estava
ps fa n·a p ad o, e ma is m i l E' uma c oisa s .
Pa s sa n do na frf'n te d f' uma i g reja , lem­
brou-s<> d(' st-u s pais rl duntos que deviam
f(' r Jl('re s si d a de de preces.

93
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
O que faz êle então? Entra e vai direi­
tinho para a sacristia, e dá a moeda a um
sacerdote e encomenda-lhe que reze a
Santa Missa pelo pai e pela mãe.
O menino assiste à Missa e sai, e oh,
coincidên cia ! Encontra um irmão mais
velho que, ten do tid o con hecimento do
seu ato generoso, o acolh(' amorosamen­
t(' em sua casa e, vend o-o tão -�sforçado, o
encaminha para os estudos . Ped rinho a­
proveitou tanto que ficou pa dre, bispo,
ca rdeal e por fim se tornou sa nto :
São Pedro Damião, Doutor da Igreja .
Voc,ês vêem, a mados meninos, como
Jesus recompensa as cria nças boas e a­
precia a Missa e a Comunhão?

94
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
A SANTA PARTICULA QUE VOA

f..st<' m i l agrP a c.o n t<'r<'u na c i d a d e d e


Bolcm h a .

Uma lll <'l l i n a c h a m a d a l mC'lda, po r S<'r


a i n da muito criança� n ã o ti nha s i d o a d ­
mitida à Com u n h ão, m a s Pra tal o spu
a m ot· por .I Psus, q u P sofria m u ito tôd a s
él s v t>zPs q u P v i a a s ou t r a s ni<'n i n as a pro­
x i mél n'm-SP da Sa nta M('sa .

l J m a m a n hã pstava C' i a na ign•j a du­


nnt ü• <1 Co1Í 1 u n hã o C' su plicava, como sem­

pr<', ao S c• 1 1h or quP v i<'ssp él· r>la .

J psus a t P l l d Pu-lhP à súplica e eis qm'


o pst u rw ml o m i lagrP SP r<'a l i z a . Da s mãos
do S a rPrd otP, d <' rC'pPn t<', d E>staca-se umn
Pe� rtíru la qup pára, suspe nsa no ar, mes­
mc� sôbrE' a c a be ç a da quela menin a .

- M ila gt'E\ milagre ! exclamaram to­


d os e chor·avam de comoç ão.

96
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
O Sacerdote, reconhecendo a vontade
de Jesus, veio para Imelda, tomou a Hós­
tia e ofereceu-a à pequenina que fêz mila­
grosamente a sua Primeira Comunhão,
e morreu ardendo de amor por Jesus.
Menina feliz ! E igualmente felizes nós
se soubermos ir freqüentemente a Jesus.

98
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
JESUS DÁ-SE A CONHECER E CON­
VERSA COM UM BOM MENINO

O pai de Joãozinho estava gravemente


enfêrmo. Os médicos o tinham desenga­
nado: nenhum remédio do mundo pode­
ria curá-lo.
Coitado do Joãozinho e coitada d a
família inteira ! O que farão sem o pai,
seu único arrimo? Mas Joãozinho é bom :
êle ama muito, muito a Jesus, e é ama­
do por f:le com a mesma intensidade; Je­
sus virá certamente em seu auxílio. Se
os médicos são incapazes de curar o pa­
pai, J esus é Deus e f.le pode tudo.
O menino corre ' para a igreja e, ven­
do-se sàzinho, aproxima-se, trepa no altar,
e lá, de joelhos, cheio de fé e de con­
fiança, começa a bater na portinhola dou-

99
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
rada do tabernáculo, e vai repetindo estas
palavras:
- Jesus . estás aí? Abre . eu pre-
ciso .de uma gr3nde graça. O papai está
gravemente enfêrmo . Tu deves curá­
lo.
Não obtendo resposta, continua a ba­
ter duas, três,. cinco vêzes. E duas, três,
cinco vêzes repete a humilde � insistente
súpliça :
- Abre, Jesus, a:bre, Jesus!
Pois bem, aquêle Jesus que disse: "ba­
tei e vos será aberto", não é surdo. Eis
que de repente a portinhola dourada se es­
cancara, e a li, no limiar, aparec� uma
encantadorà criança, vestida com uma
roupa alva como a neve, os olhos que pa­
recem· .estrêlas: a criança olha para o me­
ninozinho tão aflito, sorri para êle e diz :
- O que queres, meu 1 oãozinho?
E Joãozinho responde:
- O papai está doente, os médicos
não podem curá-lo . F.le morte e nós
ficaremos todos sem arrimo e sem pão
mas Tu podes . . . Tu Q deves curar!

100
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
- Pois bem, acrescenta Jesus, tem
coragem, Joãozinho; volta para casa e di­
ze à mamãe e aos teus irmãozinhos que
o papai ficará bom, mas tu e os outros
continuem sempre a querer-me muito
bem.
Acariciou-o, beijou-o na testa e tomou
a trancar-se na casinha de ouro.

Joãozinho corre para casa. Louco de


alegria, relata o fato e a promessa obti­
da . A princípio todos duvidam do que o
pequeno diz, m.as a febre do doente dimi­
nui e desaparece.
O papai sar a de verdade e fica mais
forte do que antes. Joãozinho, desde a­
quêle dia, amou a Jesus cada vez mais:
amou-O tanto que ficou santo e é São João
Berchmans, protetor dos j ovens.
Oh! meninos, Jesus é realmente bom,
muito bom !
Vamos então, vamos a tle com fé e
com a mor!

1 01
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
JESUS RESPONDE A UMA MENINA

Vocês ainda se lembram daquela Gi­


sela de Florença, de quem falei no capítu­
lo pr�cedente?
Escutem então:
- Era durante a guerra, em 1 9 1 6 .
Gisela tinha comungado pelo pai que
era capitão, e devia partir para o "front",
onde o perigo era enorme. Ela t�nha reza­
do com grande devoção, tin ha até chora­
do para que a guerra terminasse, quando
de repente disse à mãe :
- Mamãe, mamãe, Jesus me disse
que papai não correrá risco ; que os aero­
planos não voarão mais sôbre a cidade
mas que ainda não acabará com a guerra
porque os homens são muito maus !
Oh ! vejam, queridos meninos como Je­
sus gosta de atender as preces das crian-

1 02
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
ças boas, e como recompensa, com mi­
lagres, as Comunhões bem feitas.
Ânimo, então, vamos a Jesus.
Vocês, porém, não devem pensar que
seja suficiente uma única Comunhão para
obter as graças. Gisela repetia freqüen­
temente, diàriamente, a Santa Comunhão,
e são justamente as Comunhões repetidas
que agradam mais a Jesus, e Lhe arrancam
as graças, como vocês podem ver no fato
que segue:

103
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
JESUS, FAZEI VOLTAR PAPAI .

Era o terceiro ano da terrível guerra,


ou melhor, em 1 9 1 7 . Quase tôdas as crian­
ças tinham o pai soldado em perigo de
morte e de nunca mais voltar. Era j us­
tamente êsse o caso de uma família quP
eu conhecia .
O pai, chamado às armas,. tinha deixa­
do em casa a mulher com sete filhos, o úl­
timo ainda no berço, o p ri m (' i ro com dez
anos.
'

o que p odia fazer sozinha a qu ela po­


bre mu lher? Como susten tar a família
numerosa ?
Tinha feito tud o quanto era possível,
tinha recorrido ao de pu tado e, por meio
dêle, ao ministro, para obter a exonera­
ção mas, tudo em vão ; pas,savam-se as se­
manas e os meses ; promessas consoladoras

1 04
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
\

http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
e muitas esperanças não faltavam, mas
tudo sem êxito. Nesse ínterim, a família
caminhava. dia a dia, para a mais negra
miséria .
Que fazer? Te nta-s e uma última p ro-
va !
Jesus pode tu do! - f:Ie atend erá me­
lhor do que os hom('ns.
Eu resolvi chamar· a avó daquelas
crian ças c disse-lhe:
- Boa mulh('r, se os h o m e ns não têm
poder para n ada Pm favor dos seus neti­
nhos p o n ha mos D{'us à prova .
Começ a n do amanhã, C', dura n te nove
dias consecutivos, a sen hora h •va rá à Mis­
sa os três m a iores, e os fa rá comungar
j u n to com a se n h o r a , para suplicar que o
pai seja dispensado.
foi feit o : durante n ove dias
E assim
aquêles men inos comungaram, repetindo
sempre, de todo o coração, a mesma e fer­
vorosa prece:
- Jesus, fazei voltar p apai!
Pois bem, v ocês
acreditam ? Logo de­
pois de terminada a novena, as cnan-

1 06
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
ças estavam brincando no terreiro ao anoi­
tecer, quando, de improviso, ouviram um
barulho de passos apressadas.
Viram-se, e oh! . papai . pa-
pai! ! ! . exclamaram, atirando-se nos
braços de um soldado.
Era êle, êle mesmo, o papaizinho que­
rido, que, leva ndo-os para· casa, repetia :
Fui dispensado . não vou mais para a
guerra e ficarei sempre com vocês! .
Vocês vêem, crianças, que aquilo que
tôdas as súplicas e recomendações não ti­
nham conseguido, aquelas criancinhas ob­
tiveram com a Comunhão repetida.
Avante, pois, vamos com freqüência,
o mais freqüentemente possível a Jesus!

107
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
JESUS, FAZEI SARAR O PAPAI

Numa cidade vizinha à minha, o pai


de uma menina que devia fazer a Primei-·
ra Comunhão naqueles dias, caiu grave­
mente enfêrmo.
O caso era desesperador, tanto que os
parentes acharam prudente chamar o Pa­
dre para administrar-lhe os Sacramentos.
Naquela casa era um desespêro : to­
do o mundo chorava. Mais do que outros,
porém, soluçava que dava dó, a quela po­
bre menininha, que, agarra ndo-se às co­
bertas, chamava angustiosamente pelo
pai . Foi ta l a comoção que senti diante
de tal cena, que resolvi fazer uma propos­
ta à menina. Puxando-a para perto de
mim, disse-lhe :
- Amanhã você fará a sua Primeira
Comunhão . e será que você é capaz

108
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
de pedir uma g:raça a Jesus? a graça
de fazer o papai ficar bom? ! .
- Naturalmente que sou capaz!
- Pois bem, você fará assim: logo de-
pois �e receber Jesus, você repetirá mui­
tas e muitas vêzes esta oração:
- "Jesus, fazei meu papai sarar ! .
No. dia seguinte, ela estava no meio
das companheiras, tôdas vestidas de bran­
co, fazendo a Primeira Com1;m hão.
Assim que recebeu Jesus, rezou a sua
oração, repetindo mais de cem vêzes: "Je­
sus, fazei sarar meu papai! . "
Jesus não ficou indiferente às suplicas
àa pequena, e, desde aquêle instante, o
papai começou a melhorar ràpidamente,
tanto que, depois de alguns dias, comple­
tamente curado, pôde voltar ao trabalho.
A c&isa fêz sensação e todos diziam:
- Quem o curou foi a pequena com a
Primeira Comunhão.
Se eu quisesse, ainda poderia contar
inúmeros fatos como êste.
Experimentem também por sua vez, e
certifiquem-se de aue Jesus nunca nega

109
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
o que quer que seja às crianças realmen­
te boas.
Para a frente, crianças, vamqs muitas
vêzes com grande fé e muito amor a Jesus.

1 10
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
APóSTOLOS
DA COMUNHÃO FREQüENTE

http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
PEQUENOS MISSIONÁRIOS E PEQUE­
NOS APÓSTOLOS DA COMUNHÃO
FREQÜENTE

Queridos meninos, vocês não SE' de­


vem, porém, contentar com o querer bem
a Jesus e r·ecebê-10 ft·eqüentemente, mas
deve1n procurar convencer os outros e
con duzir a Jesus seus irmãozinhos, seus
melhores amigos .
Vocês devem, em suma, ser missioná­
rios e pequenos apóstolos da Comunhão­
freqüente.
É assim que procediam os melhores
dentre os filhos de D. Bosco, como sej am:
Domingos Sá vi o, André Beltrani, João Be­
retti e muitos outros . Assim procedem
muitos moços e moças de hoje em dia, os

1 13
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
quais não só -com o exemplo mas com
palavras, por meio de bons livros, com pe­
quenos presentes, se esforçam por tornar
conhecida e provar a eficácia c a utilida­
de da Comunhão freqüente!

1 14
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
A VITORIA DE UM MENINO BOM

Um menino de sete anos tinha feito a


Primeira Comunhão, sem ser acompanha-
4 lo pelos pais que viviam na indiferença
rPligiosa.
O pobre menino estava desconsolado,
•�,
raciocinando consigo mesmo, chegou à
conclusão:
- Pois bem, eu rezarei a Jesus e ob,
terei a graça para o papai .e para a ma­
mãe.

O que faz êle então? Assiste à Mis­


sa e comunga duas vêzes por semana : -a
pr·imeira para o papai e a segunda para
a mamãe. Esta, percebendo que o meni­

no se levantava cêdo, um belo dia segue-o


até a igreja e o encontra ajoelhado, de
mãos postas, rezando com fervor.
Comovida até às lágrimas, ela espera a

11. 5

http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
saída, interroga-o e o m en i n o abraça-a,
d izen d o :
- Mamãe, ontem era para o pa pa i ,
hoje, para a sPnh ora !
A g ra ç a tinha sido a l r <m ç ad n � o m e n i ­
HO o btiv cra uma vitória com pl Pta, c 1 1 0 d o­
mi H go scguinte aquêlc a n j i n h o Pstava n a
igrej a, en tre o papai e a m a m �u', e a g ra d e­
cia a J esus de tod o o cora ção .

Eu conheço um a m en i n a boa que a­


ma ardentemente a J esus. E d e manhã da
a c o r d a o s seus I rm ão s C' a s suas irmãzi­
nhas, e os a jud a en q u a n t o se vestem, S<'
c a l <; a m e se l a va m : d <'pois h•va-os à Mis­
sa e à Comu nhão.
Eu c o n he c i ta mbém ou t ros meninos
bons que e n sin a va m a os colPgas os d ev<>res
a fim de que êles t a m bi m c om u n ga ssem .

E meri inas se rviç a i s qu(' t ra n s m i ti am H'­


ca d os, ensinavam borda dos, caligrafia e
desenho à s c olegas, un i c aiYJt.• nte com o fim
de l evá -l as, ainda que fôssem pequenin as,
à Comunhão .

1 16

http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
Oh, como são agradáveis a Jesus êsses
pequeninos serviços!

• • •

Deixe-me . Estou tão suado, não pos-


so mais. I. .

Só mais uma partida e depois che-


ga .
Pois bem, faço-lhe a vontade; mas
ama nhã você vai comungar comigo!
- Oh! para Jesus você não está mais
cansado! Está bem, .eu irei, e não só
amanhã mas também nos outro:> dias.
E foi de verdade.
Assim a astúcia de um colega bom
gan hou para Jesus muitas Comunhões.

117
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
QUANTAS CEREJ A� ! .

Assim dizia um menino, olhando para


o quintal de um seu colega.
- Daqui a poucos dias elas estarão
maduras, acresentava o colega, e, de boa
vontade, pedirei ao papai que deixe você
vir colhê-las, se você se juntar a mim na
Comunhão.
- Quando?
- Amanhã mesmo, e em .seguida, to-
dos os dias em que lhe fôr possível.
- Muito bem, eu serei de palavra.
-. Mas entendamo-nos ; não é só pe-
las cerejas, veja lá! É antes de tudo, pa­
ra causar prazer a Jesus!
- Isso se entende. Faz-se a Comunhão
por amor a Jesus.
Assim ficou combinado; assim se fêz,
e, desde aquêle dia, os dois amiguinhos
freqüentaram juntos a Comunhão.

1 18

http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
EU LHE DARIA UM SOCO SE . . .

- Eu lhe daria um sôco se hoj e de


manhã não tivesse comungado!
Assim falava um outro menino bom,
um tanto despeitado com um am1go q,ue
o ofendera .

E o amigo exclama :
- O que é qu� a Comunhão tem que
ver com isso?
- Tem muita coisa : hoje, tendo re­
cebido a Comunhão, não quero cometer
pecados.
- E você comunga a miúdo?
- Quase tôdas as manhãs.
- Deveras?
- De verdade! E como eu estou sa-
tisfeito!
- E a Comunhão faz com que você
evite os pecados?
Sim, porque a Comunhão nos traz

1 19
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
Jesus, e com tle no coração fica-se bom,
'

não se cometem mais pecados.


- Sendo assim, eu não podia comun­
gar também?
- Como não ! É só querer!
- Pois então eu quero experimen-
tar! Amanhã eu irei com você, e você me
ajudará.
- Muito bem! . e seremos sempre
bons amigos.
tste é o diálogo que eu 'pude ouvir, do
meu �scritório, entr e dois meninos que es­
tavam jogando "bolinhas " em baixo da
minha j anela.
Eu quis, depois, ver o fim daquilo, e,
com a maior consolação pude verificar,
que, desde aquele dia, ambos mantive­
ram-se perseverantes no bom propósito de
comungar freqüentemente.
Vejam só, crianças, como é preciso bem
pouca coisa para serem pequenos missio­
ná r ios e pequenos apóstolos da Comunhão!
Façam o mesmo e Jesus os reconlp�n­
sará generosamente!

1 20
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
Na doce esperança de que isso se rea­
lize, cordialmente abraço-os a todos com
ternura, desejando-lhes todos os bens e
muitas felicidades!

1 21
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
I N D I C E

Pág.
Crianças queridas 7

1 - CRIANÇAS, VAMOS A JESUS 9


Jesus abençoa as crianças 11
Obediência forçada 14
Obediência por amor 19
Jesus quer habitar em nossas almas 23
As crianças são os encantos de Jesus 25
Môscas brancas e alvas pombas 27
Crianças caprichosas que fazem Jesus
c,harar 30
Crz'anças cobertas de chagas 33
O menino que robou Jesus 36
Jesus desce a brincar com algumas
crianças boas 40
Os espinhos d'e Jesus 43

11 - EXEMPLOS DE CRIANÇAS
QUE AMAM A JESUS 47
O beijo de Pedrinho 49
O menino que escreve ao Papa 57
A · comunhão dos meninos descalços 60
Outras crianças boas 63
Um pe queno chinês 66

III - EXEMPLOS DE MENINAS


QUE AM4.M A JESUS 69
Santa Rosa de Lima . . 71
74
.
Santa Teresinha do Menino Jesus
Gema Galgani 75
Gisela de Florença 76
A Lisete das balas 80
A menina que pede um favor a Pio X 84
Mil e mil outros exemplos 88

http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
IV - JESUS RECOMPENSA OS BONS MF:-
N I NOS 91
A moeda dr um menino pobre 93
A santa partícula que voa 96
Jesus dá-sr a conhecer e convrrsa com
um bom mrnino 99
Jesus re�ponde a umas meninas 102
Jesus, fa::.ei voltar papai_ . . 104
Jesus, fazci sarar o papai 1 08

V - APóSTO LOS DA COMUNHAO


FREQUENTE 111
Pequenos missionários e pequenos após-
tolos da comunhão freqi.j.ente 113
A v itória de um menino bom 115
Quantas cerejas! . 119
Eu lhe daria um sôco se . . . 1 20

http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
Ae&bou de ee Imprimir
em 1957

http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
http://alexandriacatolica.blogspot.com.br
† Livros Católicos para Download

http://alexandriacatolica.blogspot.com.br

S-ar putea să vă placă și