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A perversão no imaginário sexual do universo bolsonariano

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5 de março de 2019

Por Marcos Cesar Danhoni Neves*

Depois de uma brutal campanha presidencial como a de 2018, com evidentes sinais de
fraude eleitoral (impulsionamento bilionário de fake news via redes sociais e um suposto
falso atentado contra Jair Bolsonaro, além do impedimento do principal candidato e virtual
vencedor do pleito, Luiz Inácio Lula da Silva pelo então juiz e hoje ministro, Sérgio Moro), e
com mais de 60 dias de (des)governo, cabe a este que vos escreve fazer uma análise sobre as
perversões que impregnam Bolsonaro & Sons e aqueles que lhes deram apoio e garantiram
a vitória do fascismo graças ao jogo muito sujo das inverdades propaladas mediante uso
abusivo do Caixa 2 na campanha presidencial de 2018.

Sigmund Freud, em sua extensa obra psicanalítica, trata do conceito de perversão,


fundamentando-a em sua estrutura analítica mais ampla: a neurose, cujo domínio
concentra-se no reino da psicanálise; a psicose, no reino da psiquiatria; e as perversões que
se encontram no reino das sociopatias, compreendidas pelo estudo da sociologia.

O estudo das perversões, substituindo o conceito original de “instintos”, passa a descrever


aquilo que foi denominado de “pulsões”, especialmente as pulsões de morte, ou Tânatos. São
desvios sérios de comportamentos que se baseiam em inversões ou aberrações e que
passam à margem da normalidade da vida. Em geral, em todas as sociedades, de todas as
épocas, as perversões foram marginalizadas e enquadradas em códigos de leis ou canônicos.
No entanto, em determinadas épocas históricas, elas foram toleradas ou mesmo valorizadas.
Como exemplo, os desvios na corte de Nero ou Calígula, no antigo Império Romano.

Desde metade da década de 1910, Freud começou a compreender as perversões a partir de


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uma reorganização do ego e, quase na década de 1930, chega ao conceito de Verleugnung,
quando a pessoa começa a negar a existência do pênis nas meninas. Daí, nascem as
psicoses no ego ou as neuroses no id. O superego não consegue compensar e resolver
conflitos e daí nascem as perversões, caracterizadas pelo recalque (neurose), por alucinações
de uma realidade inexistente ou distopia (psicose) e pela fixação na sexualidade infantil que
nunca se desenvolve (perversão em si).

Outros psicólogos desenvolveram as noções freudianas: Jung, Lacan, Klein, entre outros, mas
é Lacan que criará a noção da “Versão do Pai”, sintetizando a noção da castração, num jogo
de tapeação entre o real e o imediato simbólico e sufocante.

Com este preâmbulo psicanalítico podemos compreender agora o que se passa na corte
bolsonariana, a começar por Bozo-pai (a completa descrição da “Versão do Pai”, lacaniana). O
patriarca da família está em seu terceiro ou quarto casamento. Duas de suas ex-mulheres o
acusaram de violência, chantagens e roubos. A misoginia de Bozo-pai é de longa data e
provavelmente maturada em seus anos de caserna quando a convivência aquartelada deve
tê-lo levado ao desejo e à repressão do desejo que Freud tanto descreve em sua obra
máxima “A Interpretação dos Sonhos”. Se dermos crédito às mensagens de sua então
namorada, Rita, de que ele estava mais interessado no amigo dela que propriamente nela,
então fechamos o cerco na construção de uma mente totalmente pervertida em eterno
conflito entre ego e id, sem nenhuma resolução pelo superego. Outras manifestações de
Bozo-pai confirmam esta suspeita. Sua fissura no coronel Brilhante Ustra, um conhecido
assassino do aparato militar do Estado Brasileiro e em Alfredo Stroesner (que violentou mais
de 150 meninas menores de idade), ditador do Paraguai, demonstra sua fixação em pessoas
que se notabilizaram pela tortura, especialmente envolvendo sexualidade até o estupro
como arma letal.

Bozo-pai foi inclusive condenado pela incitação ao estupro contra a deputada Maria do
Rosário. Em sua cabeça pervertida, o estupro nasce como uma recompensa à mulher que
sofre tal violência: “Não te estupro porque você é feia e não merece”, afirmou diante de
vários jornalistas.

Last but not least em relação a Bozo-pai devemos lembrar que ele treinou seus rebentos a
atirar a partir dos cinco anos de idade, como ele próprio declarou. Uma criança educada no
ódio e no amor às armas, passa a vê-las como símbolos de macheza e do falo que terão:
nasce uma simbologia fálica que, anos depois, não se materializará porque sucumbirá aos
desejos de atração pelo pai (que é o desejo de relação com pessoas do mesmo sexo, num
complexo de Édipo e Electra misturados) e, portanto, à estrutura quase pronta da perversão
que se tornará dia a dia cada vez mais acentuada e destrutiva.

No universo da família bolsonariana devemos lembrar o conhecimento recente de que o


filho Carlos, ou Carluxo para os íntimos, foi emancipado por Bozo-pai aos dezessete anos
para poder concorrer à vereança do Rio de Janeiro, em disputa eleitoral contra a própria mãe
e então ex-esposa de Bolsonaro. Este fato, na cabeça de um adolescente deve ter gerado
eventos traumáticos comparáveis, em pequena escala, a tsunamis cerebrais e cataclísmicos
para a psiquê. Só aí já podemos compreender os rompantes, a linguagem chula, a violência
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verbal gratuita e até a manipulação digital de fotos para mostrar um corpo que não possui. A
Associação Psiquiátrica Norte-Americana, em seu DSM-IV sobre Transtornos Mentais
enumeraria, só nos elementos aqui lembrados: exibicionismo; fetichismo; masoquismo;
sadismo; escatologia.

O outro filho envolvido com um laranjal do tamanho do universo gravou recentemente


alguns vídeos que nos chocam desde o início: um em que finge chorar e assoa o nariz na
bandeira do Brasil e outra em que rasga jornais dentro de um banheiro e mergulha os
papéis (que certamente não desceram ralo abaixo pela textura diferente da do papel
higiênico…) dentro do vaso sanitário. Estes sintomas psicóticos mostram o mesmo
transtorno de Carluxo: exibicionismo, fetichismo, sadismo, escatologia.

Já Eduardo Bolsonaro está sendo processado por ameaçar a ex-namorada Patrícia Lélis. Em
registro telefônico que Patrícia fez durante uma troca de mensagens de whatsapp é
constrangedor o rol infindável de misoginia: ameaças, sadismo, exibicionismo e outras
demências ligadas à perversão. Recentemente, segundo a ex-namorada, soube-se que ele
não tem muita atração pelo órgão sexual feminino num cunilingus e teria seu próprio órgão
sexual em tamanho inadequado ao que ela esperaria. Aqui temos a síntese de todos os
“brothers” (como eles gostam de ser tratados) num só, confirmando a herança perversa
passada pelo pai desde seus dias de confinamento no quartel, durante a convivência forçada
com uma legião de homens.

Toda essa tragédia psíquica familiar foi agravada com a proximidade da família com um
megapervertido chamado Olavo de Carvalho. Este astrólogo com instrução somente do 3º.
ano primário construiu um castelo de Fake News que ele deu o nome de “Filosofia”. O
filósofo nolano Giordano Bruno (o filósofo do Infinito, queimado vivo em 1600) teria
chamado Olavo de “Filasafo”, como ele se referia aos pseudofilósofos e sofistas. Olavo de
Carvalho tem fixação por palavras de baixo-calão especialmente pelo orifício-anal. Essa
fixação é sintoma muito claro da perversão de que nos fala Freud. Deste orifício nasceram
muitas das falas dos filhos de Bolsonaro e dos pensamentos expressos pelo seu séquito
fascista.

Neste círculo de aberrações podemos elencar ainda Janaína Paschoal, Joice Hasselmann,
Alexandre Frota, Sérgio Moro, Rosângela Moro, Hardt, Lebbos, Deltan Dallagnol, Witzel,
Bretas, Urach, Feliciano, Miss Bumbum, Rodrigo Amorim, Danilo Campetti, Damares etc.

Para sintetizar cada um destes personagens tenebrosos que se classificam como “quanta” de
perversidades no imaginário sexual distorcido de bolsonaristas, podemos lembrar a
ambiguidade sexual de Alexandre Frota, que conseguiu se eleger diante de um público
privilegiado de eleitores evangélicos. Esta afirmação da ambiguidade sexual irmana Frota a
seus eleitores que sofrem das mesmas perversidades sexuais. Não devemos nos esquecer
também do joguinho durante um programa televisivo passado tentando mostrar, através de
uma suposta brincadeira, um affair amoroso entre Frota e o pastor evangélico Feliciano
(acusado de cárcere privado de uma jornalista, entre outras coisas horríveis envolvendo sexo
em sua forma degenerada).

Em relação a pastores é digno de nota o emprego da ex-“modelo” Urach e da ex-vice Miss


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Bumbum por deputados recém-eleitos. O emprego destas mulheres voluptuosas e cheias de
sex-appeal dá a seus empregadores uma falsa noção de potência sexual graças ao
voyeurismo, exibicionismo e masoquismo.

O ex-Juiz Sérgio Moro, por exemplo, sempre demonstrou sua submissão à sua esposa
Rosângela Wolf (que quer dizer “A Loba”), o que o apequena como a figura do “macho” de
Direita que ele não pôde ser. É natural, pois, passar a ver que a amizade e o carinho que ele
tem com Deltan Dallagnol signifique outra coisa que vá além do conceito de “amigos”. A
ambiguidade aqui se superpõe e revela a perversidade neste imaginário de bestialismos.

Sobre o casal Moro-Rosângela devemos lembrar de uma clássica foto veiculada pela Sra.
Wolf dos dois com roupas de gala, um de costas para o outro, numa cena muito semelhante
registrada entre Brad Pitt e Angelina Jolie no filme “Sr. e Sra,. Smith”. Este simulacro de
pseudo-sensualidade revela também o universo da perversão sexual (voyeurismo,
fetichismo e exibicionismo).

A manifestação fotográfica do Juiz Bretas com uma metralhadora ou fuzil, demonstra a


falácia fálica de substituir o próprio pênis por outro de grande potência de letalidade como
uma arma de fogo. O governador eleito do Rio de Janeiro, Witzel, também adora ter seu
nome associado às armas de grosso calibre, igualando-o ao juiz Bretas. Assim também como
o brucutu Rodrigo Amorim que se notabilizou pela vergonhosa destruição da placa da Rua
Marielle. Ali, no alto de um palanque, segurando a placa destruída, e mostrando sua
anencefalia substituída por um bíceps desmesurado, deixou claro sua bestialidade,
voyeurismo, exibicionismo e sadismo.

Ainda nesse estrato da psique, devemos lembrar o recente caso do brucutu e soldado da P.F.
Danilo Campetti, que com um potente fuzil nas mãos, escoltou com requintes de brutalidade
(especialmente a cara enfezada) o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante sua estada
no velório de seu netinho Arthur. A exibição de uma grande insígnia de “MIAMI POLICE –
SWAT”, contribuiu em muito para deixar claríssimo seus níveis de perversão: sentia-se como
um ator do seriado sensualizado norte-americano BAY WATCH (afinal tinha sido adestrado
em Miami mesmo…): exibicionismo e sadismo à n-ésima potência.

Sobre a ex-jornalista e agora deputada federal Joyce Hasselmann, quem a conheceu aqui no
Paraná sabe que ela começou a despontar no cenário estadual com uma inserção política
num jornal televisivo intitulado “de salto alto”: ela aparecia, à época, de forma sensualizada,
com um sedutor close num sapato de salto, quase agulha. Hasselmann queria mostrar-se
como a sedutora letal. À medida que ganhou notoriedade, passou a trabalhar em redações
de jornais e na própria Veja onde plagiou 65 reportagens de mais de 40 jornalistas.
Conforme roubava ideias e textos de amigos jornalistas ganhava rapidamente incômodos
quilogramas a mais. Durante a campanha eleitoral do ano passado, mesmo com estes quilos
incômodos, protagonizou uma peça de campanha eleitoral em que, mesmo obesa,
demonstrava sua “potência sexual” agora perdida, engatilhando e empunhando armas de
grosso calibre. Armas letais como simulacros de pênis gigantes num exemplo clássico de
perversão à la Freud. Parecia divertir-se como um dos personagens “A Laranja Mecânica”
executando uma vítima com um pênis de porcelana gigante.
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Janaína Paschoal, mesmo com sua tentativa de autodesfeminização e assexualidade, tenta
demonstrar-se como um macho que a coloca num patamar muito próximo da Lady
Hasselmann. As juízas Lebbos (cujo nome se assemelha a de uma famosa Ilha grega…) e
Hardt (sobrenome alemão famoso no staff nazista da década de 1940) demonstraram um
apego ao “Mestre” Moro que as desfeminalizam ao ponto de parecerem generais armados
com sua fálica linguagem de potência militar, exibicionista e sádica.

Para terminar este pequeno ensaio sobre o bestialismo bolsonariano, não deveríamos
deixar de falar na Ministra da Goiaberia, Damares. Conhecemos suas histórias: zoofilia,
masturbação de bebês, pedofilia, mamadeira de piroca, kit gay etc. Sabemos que Damares é
a ideóloga das Fake News que deram a vitória a Bolsonaro, graças aos 30% do estrato
eleitoral feminino evangélico, como demonstrou brilhantemente Marcos Coimbra, da Vox
Populi, em recente análise das pesquisas de seu Instituto sobre a eleição de 2018. Damares é
acusada de ser sequestradora de uma menina indígena de 6 anos, que ela nunca adotou
formalmente. Com seu passado, suas manifestações e seu imaginário bestial, Damares pode
ser igualada, em perversão sexual a dois outros personagens que, juntos, formam o tripé da
destruição da Democracia e da Razão brasileira: Bozo-pai, Olavo de Carvalho e a Dama da
Goiabeira. Juntos compõem a estrutura de Tânatos: a pulsão de morte que recaiu
tragicamente sobre o Brasil.

Freud teria hoje um país inteiro como amostra psicanalítica para suas teorias sobre a psiquê
e suas perversões! Uma Nação quase inteira no divã da loucura…

P.S. Este artigo foi escrito horas antes do tuíte pornográfico de Bolsonaro

*Marcos Cesar Danhoni Neves é doutor em Psicologia Educacional pela Unicamp, professor titular
da Universidade Estadual de Maringá, autor do livro “Do Infinito, do Mínimo e da Inquisição em
Giordano Bruno”, entre outras obras

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