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Colorindo o caminho da sua evolução

através do Tarot

Um caminho divertido para encontrar o seu caminho


Alvaro Alípio Lopes Domingues
Colorindo o caminho da sua evolução
através do Tarot
Um caminho divertido para encontrar o seu caminho

Alvaro Alípio Lopes Domingues


Introdução
Colorir sempre foi uma atividade lúdica, carregada de prazer. Meia dúzia de lápis de cor e uma
folha de papel desestressam qualquer um. Sendo Tarólogo, pensei neste trabalho para unir o útil
ao agradável. Por que não colorir lâminas do Tarot?

A ideia não é nova. Se você procura na Internet ou nas livrarias encontrará vários livros com
esta temática ou mesmo folhas avulsas para baixar a e pintar.

O meu intuito aqui é fornecer um material baseado no Tarot Waite, onde realizaremos de forma
lúdica a jornada Louco. Este seria um dos meios de percorrer as 22 lâminas aqui
disponibilizadas, fazendo com que o simples ato de colorir se transforma numa viagem
evolutiva. Muito mais barato e menos extenuante do que percorrer o Caminho de Santiago, não
é mesmo?

Um outro meio de utilizar o livro é, numa dada situação onde as coisas parecem estar
enroscadas ou você está preso de alguma emoção indesejável, ou ainda, indeciso para escolher
um rumo, você pode descobrir o arcano dominante e tentar tomar posse dele, colorindo-o.

Ou simplesmente por prazer.

Não importa o motivo, lembre-se sempre: para percorrer este livro, não há certo ou errado da
ordem por onde começar, nem qual é a cor certa. Você num momento de raiva pode pintar um
arcano inteiro de roxo e no momento seguinte pintar outro em cores suaves e harmônicas.
Começar pelo fim, pelo meio e até, quem diria, pelo começo!

Pegue seus lápis e mãos à obra.

Alvaro Domingues - Outubro 2015


A Jornada do Louco do Tarot
Já há algum tempo vem utilizada a expressão Jornada do Herói, quer seja para uma obra de
ficção ou como metáfora par ao trabalho terapêutico. Entretanto a Jornada do Herói não é o
único modelo de Jornada. Há também a Jornada do Louco do Tarot, muito bem descrita no livro
Jung e o Tarot, de Sallie Nichols. Esta jornada descreve muito bem um ciclo evolutivo de um
ser humano, partir de seu nascimento até sua morte e além dela, ou processo advindos de uma
crise pessoal, como, por exemplo, a entrada num curso superior, o casamento, a morte de um
ente querido, uma doença grave ou qualquer crise que envolva uma mudança e até, o processo
de individuação, a maneira como crescemos psicologicamente até termos consciência do nosso
self, ou do Eu Sou das tradições místicas.

Você pode iniciar a Jornada já com um mapa do que enfrentará. Se quiser seguir sem dar uma
olhada antes, vá direto pintar as cartas. Elas são apresentadas primeiro, começando pelo O
Louco, e logo após a última, temos uma explicação sobre cada uma delas.

A Jornada do Louco – O Louco normalmente representado por uma carta sem número ou com o
número zero – é descrita pela sequência de cartas que começa com O Mago e termina com O
Mundo, ou melhor, com O Louco novamente, já que esta carta pode também receber o número
22, indicando que o processo de individuação nunca termina, pois assim que terminarmos
recomeçamos em um novo patamar.

Durante a Jornada o Louco encontra primeiro O Mago, que será seu guia. A seguir encontrará
com forças arquetípicas poderosas, muito maiores que ele: A Sacerdotisa, A Imperatriz, O
Imperador e O Papa (ou Sumo Sacerdote).

Depois, é confrontado com a carta Os Enamorados com uma decisão de como seguir seu
caminho, e com O Carro, seguindo em frente com uma certa autonomia e já com alguma
sabedoria representado por A Força e O Eremita (que pode ou não assumir o papel de um novo
Guia), mas logo encontra A Roda da Fortuna, tomando conhecimento dos altos e baixos que a
vida oferece, seguida por A Justiça, que tentará pôr as coisas no Equilíbrio.

A partir de O Enforcado, O Louco entrará numa grande crise, com altos e baixos que vão levá-lo
– através de A Morte, A Temperança, O Diabo, A Torre e A Estrela – a um estado depressivo
profundo (representado por A Lua).

As três últimas cartas – O Sol, O Julgamento e O Mundo – representam o processo de saída da


crise até a Bem-aventurança, representada por O Mundo.

No final das lâminas para pintar, você pode ler a Jornada Completa, carta a carta. Isso você pode
fazer antes de pintar, ou depois.

Boa Jornada!
O Caminho do Louco
0 - O Louco

Quem é O Louco? Normalmente ele é representado como um jovem distraído, deslumbrado


com o que vê, à beira de cair num precipício. Contudo um cão tenta evitar o pior, latindo e se
movimentando à sua volta para evitar o pior. Ele representa a criança logo depois de nascer ou o
indivíduo em uma situação nova que o deslumbre, como por exemplo, alguém que vive muito
tempo numa cidade pequena e se depare com uma cidade grande.

O Louco também é o vagabundo sagrado, que é completamente livre, embora não tenha nada.
Às vezes não tem o que comer, mas não tem nenhuma responsabilidade, nada com o que se
preocupar. É livre, porém, não tem destino.

O cão representa os instintos. Embora a razão esteja ausente, os instintos protegem O Louco de
cair no precipício.

1 - O Mago

O Mago é o primeiro guia de O Louco. Quando ele o encontra, ele mostra os caminhos que
podem ser seguidos. Entretanto O Mago não representa alguém que tem poder real, mas um
mágico que faz truques, semelhante ao Mágico de Oz. Parece ter poder, mas na realidade não
tem nenhum. O Mago pode ser tanto um conselheiro, como o Mágico de Oz, como um
espertalhão que nos engana, como a Raposa e o Gato na história do Pinóquio (aliás, Pinóquio é
O Louco típico) e O Louco seria a vítima perfeita.

Entretanto, apesar dele não ter podres reais, ele sabe o caminho das pedras e pode orientar, tanto
pelo bem (indicando o caminho correto), como pelo mal (enganando, mas ainda assim dando
uma lição de vida).

2 - A Sacerdotisa

O Louco encontra o primeiro grande arquétipo, A Sacerdotisa.

Ela representa o feminino em sua condição arquetípica. Ela não é uma mulher qualquer, mas a
mulher que detém o conhecimento sagrado. Porém o conhecimento de A Sacerdotisa está oculto.
Ela normalmente é representada por uma mulher que tem um livro numa das mãos, mas a outra
está oculta.

Ela também está na entrada do que parecer um templo ou um palácio, do qual conseguimos
vislumbra uma parte de um jardim. Há uma sabedoria do qual ela parece ser a guardiã.

Do mesmo modo que o Mago, ela é pode assumir uma postura benéfica, franqueando uma parte
de seus segredos, como maléfica, assumindo a postura da Esfinge, que devora todos que tentam
passar por ela.

Simbolicamente, o que ela guarda é o acesso ao nosso inconsciente, permitindo sair de lá apenas
o que podemos absorver e censurando o resto.
3- A Imperatriz

A Imperatriz é um outro aspecto do feminino que O Louco precisa conhecer. Ela representa a
Natureza e às vezes é mostrada como estando grávida, representado a maternidade. Na cultura
popular ela é conhecida como a Mãe Natureza, fazendo-se uma associação entre a fertilidade
feminina e a fertilidade da terra. Ela também é uma das faces da Deusa do paganismo primitivo
(dos Celtas, por exemplo), sendo a outra A Sacerdotisa e a terceira, A Morte.

Com a Imperatriz, O Louco aprende a força da natureza e a ter respeito por ela.

4 - O Imperador

O Imperador representa a civilização, o construtor de cidades e o poder expansionista do


homem (aqui no sentido tanto de masculino quanto de humanidade). Representa o progresso
material e a solidez.

O Imperador e A Imperatriz são o casal sagrado, que devem estar em harmonia para que a
humanidade cresça e evolua. A civilização não pode avançar sobre a natureza de forma a
destruí-la. É preciso que haja respeito mútuo. Por outro lado, quando as forças da natureza estão
em fúria, a civilização sofre.

Com O Imperador, O Louco aprende que está vivendo em sociedade, porém jamais pode
esquecer suas origens da natureza.

5 - O Sumo Sacerdote ou O Papa

O Louco encontra agora com O Sumo Sacerdote, a face visível de Deus. No processo
civilizatório, o saber natural de A Sacerdotisa foi apropriado e sistematizado num sistema de
crenças. Dependendo da cultura, isso pode ter sido feito de forma consentida ou violenta, mas
de qualquer forma, O Papa representa um conhecimento perdido no tempo, do qual só restam
ritos vazios de significado.

O Louco pode ter várias atitudes diferentes em relação a O Papa. A primeira delas é cair de
joelhos como as outras duas figuras que aparecem na carta. Se isso ocorrer, ele ficará estagnado
no seu processo evolutivo até perceber que a verdadeira fé vem de dentro para fora e não se
apega a dogmas.

A outra é revoltar-se contra ela, tornando-se um herege ou ateu e viver as consequências disso.

6 - Os Enamorados

A partir de Os Enamorados ou Os Amantes, O Louco deixa de apenas receber o conhecimento e


passa a ser sujeito das ações sugerida pelas cartas. Em Os Enamorados ele é o rapaz (ou a
moça) da carta.

Esta é uma das cartas menos compreendidas do Tarot. No Tarot de Marselha esta carta é
composta por um homem entre duas mulheres, que esta prestes a ser flechado pelo Cupido.
Waite preferiu um casal sendo abençoado, porém ao lado da mulher está a serpente, sugerindo
que são Adão e Eva. A sexualidade seria a figura da serpente, visto como algo maligno pela
cultura judaico-cristã.

Contudo há um outro nome atribuído a esta carta: A Indecisão.

O jovem estaria indeciso entre dois caminhos, o espiritual e o material. Ou entre o amor
mundano (sexo) e o amor espiritualizado (o casamento).

Há ainda uma terceira posição: uma das mulheres é a mãe do rapaz. A indecisão estaria em se
submeter às tradições (e se casar por obrigação) ou não (seguir sua vida e suas escolhas).

7 - O Carro

O Louco se torna o herói de O Carro, livre das forças mais universalizantes das cinco primeiras
cartas e superando a indecisão adolescente da carta Os Enamorados, O Louco agora começa a
adquirir o ego, que será lapidado no processo de individuação que se seguirá. Note que a
superação da indecisão ainda não é total porque os cavalos querem ir para lados opostos e o
personagem não tem rédeas.

8 - A Força

O Louco precisa assumir o controle e A Força representa este controle. Apesar do nome sugerir
uma atitude drástica, não é bem assim. Quem mantém o controle do leão da carta é uma moça
que gentilmente segura a sua mandíbula. Na realidade, A Força é a força do leão, que esta sob
controle da gentileza.

Waite trocou as posições de A Força e A Justiça, em relação ao Tarot de Marselha (11 e 8


respectivamente), pois, para ele fariam mais sentido nesta sequência.

9 - O Eremita

O Eremita é um arquétipo masculino típico e representa a figura do mentor, o sábio que orienta
o discípulo os primeiros passos de sua senda. Ele é mais do que um professor, pois não ensina
diretamente, mas cria condições para que o aprendiz descubra por si mesmo a verdade a ser
mostrada. Na ficção, há figuras bastante populares: Merlim, Gandalf, Yoda (no episódio o
Império Contra Ataca) e até o Imperador em relação a Anakin Skywalker.

O Eremita nunca nos fala diretamente, mas usa da intuição ou de experiências pessoais para nos
ensinar.

O Louco encontra agora o Eremita e descobre que a lição mais importante é aquela que está em
seu interior e a luz só virá se ele buscá-la.

10 - A Roda da Fortuna

A Roda Fortuna é outra carta muito mal interpretada, porque a primeira associação de “fortuna”
é com “dinheiro” ou “boa sorte”, o que está muito longe do significado da carta.
“Fortuna” na realidade significa “destino”. Algo que teoricamente não podemos escapar. Ela é
representada por uma roda onde correm eternamente dois seres, um subindo e outro descendo
em movimentos incessantes, mas que estão sempre no mesmo lugar. Isso serve para nos lembrar
que tudo é cíclico, inclusive nossa vida.

Existe quatro situações na Roda da Fortuna: Ascensão (“eu reinarei”); Auge (“eu reino”);
Decadência (“já reinei”) e Queda (“não reino mais”).

Embora esta lei seja imutável, há um jeito de contorná-la. Há uma posição na Roda onde este
vai e vem não é sentido: o Eixo.

Assim O Louco decide procurar pelo seu Eixo ao encontrar A Roda da Fortuna.

11 - Justiça

A Justiça é um símbolo onipresente, representando a própria Justiça humana. Ela é ostentada em


muitos Tribunais e Fóruns, tendo como símbolos básicos a balança e a venda nos olhos,
indicando a imparcialidade da justiça e a espada representando a aplicação da punição devida.

No Tarot ela simboliza a Justiça a nível simbólico indo além da simples interpretação de
demandas judiciais. Pode ser a Justiça divina a lei do carma ou da causa e efeito. Ou ainda às
próprias leis do Universo.

O Louco, em busca pelo equilíbrio encontrou a Justiça e aprende na própria pele o significado
da Lei do Retorno.

12 - O Enforcado

A razão pela qual Waite inverteu a carta da Justiça com a Força é o que, colocada como a 11ª
carta, logo em seguida a A Justiça viria O Enforcado. Esta carta significa uma punição,
resultado de uma ação de A Justiça.

O condenado está pendurado por um pé só, com as mãos presas. Nesta situação, tem-se a ilusão
que é possível se libertar e o condenado tentará fazer de tudo para sair da condição. Como isso
era feito em praça pública, seria também alvo de chacotas por parte da população. Entretanto a
postura de O Enforcado é serena. Este é atitude de alguém que se conformou com seu estado,
após muito lutar para se libertar. O principal significado desta carta é resignação.

Assim, O Louco, após ter enfrentado A Justiça, recebe uma punição, à qual se conforma. Mas,
será que se conformar será a única saída?

13 - A Morte

A nível simbólico o que é A Morte? Há duas coisas que ocorrem na morte: uma grande mudança
e uma grande perda. Mesmo do ponte de vista ateu, a morte é uma mudança: num momento
existimos e no outro não existimos mais. E mesmo do ponto de vista religioso, há uma grande
perda, quer sejamos destinados ao céu, ao inferno ou a outra encarnação. Perdermos a vida
como a conhecemos e o que temos após à morte é outra vida.
O Louco encontra-se com A Morte e descobre que sua vida teve um começo e terá um fim e que
a cada passo que der, cada instante que viver esta á mais próximo de seu fim, mas que, apesar
disso, deve seguir em frente. Aprendeu também que às vezes para progredir em seu caminho é
preciso abrir mão de algo que preze muito.

14 - A Temperança

A Temperança é um das virtudes cardeais, em oposição ao pecado capital da Gula. Ela seria o
remédio para resistir aos prazeres da mesa. Por extensão ela acabou se tornando o remédio para
outras tentações: a luxúria e a vaidade. Uma pessoa com a virtude da Temperança seria
parcimonioso em tudo.

Além disso, a raiz da palavra “temperança” é o verbo “temperar”, associado à culinária.


Temperar significa equilibrar os gostos. Por extensão, significa “equilibrar”, em especial nossas
emoções, dando origem à palavra “temperamento”. Na carta isso é simbolizado pela mistura de
dois líquidos a partir de duas taças. Numa leitura pode significar “busca do equilíbrio”.

O verbo “temperar” também está associado à arte da metalurgia (um importante aspecto
alquímico). Temperar o aço e dar-lhe a dureza necessária mediante a variação de duas condições
extremas de temperatura. Aquecemos o aço até a vermelhidão e o mergulhamos em água fria.
Numa leitura, pode significar que as variações extremas na vida de uma pessoa servem para
moldar seu caráter, tornando-o apto a resistir às adversidades.

Assim O Louco em sua Jornada encontra com A Temperança, que ensina que tudo tem seu
tempo e que deve usar a adversidade para moldar seu caráter.

15 - O Diabo

O Diabo representa o Mal Absoluto, aquele que nos tenta. Ela vem logo depois da carta A
Temperança, como um contraponto importante. Outro contraponto é com Os Enamorados. O
casal apaixonado abençoado por uma anjo agora é o casal acorrentado aos pés do demônio,
como se tivesse dado vazão à luxúria. É a negação da carta anterior (A Temperança).

Num sentido mais profundo, podemos assemelhar o diabo ao Sombra junguiano.

O Sombra é algo que não gostamos em nós mesmos e que negamos que existe e de vez em
quando ele tenta aparecer, com mais o menos força. Por exemplo, o pai de família extramente
responsável que num repente perde todo seu salário num jogo de cartas clandestino. A vontade
de jogar sempre esteve lá, mas foi contida por um conjunto de regras morais que este pai de
família aceitava como válidas.

O Louco ao percorrer seu caminho, fortalecido pela Temperança, encontra com o Diabo e o
enfrenta.

16 - A Torre

A Torre está associada à Torre de Babel, onde os homens tentaram alcançar os Céus por meio de
uma construção e foram impedidos por uma intervenção divina. Ainda que não necessariamente
acreditemos numa intervenção divina punitiva, ainda existe sensação descrita por A Torre, que é
a quebra de uma crença profunda.

As religiões nascidas do judaísmo enfatizam muito a questão da queda: a queda de Lúcifer, a


queda de Adão, a queda da Torre de Babel, a queda das muralhas de Jericó, etc..

A sensação é de culpa, de arrependimento e de inevitabilidade. A Torre cai. É um fato que não


pode ser revertido a curto prazo e afeta a vida da pessoa com profundidade.

Assim, O Louco após enfrentar O Diabo, cheio de orgulho por isso, descobre suas limitações ao
encontrar A Torre em ruínas.

17 - A Estrela

Depois do Diabo e da Torre, que anunciam tentações e provações, a Jornada do Louco precisa
ser amenizada. Nesta carta retomamos a mistura de dois líquidos que aparece em A Temperança.

A Estrela é representado por uma mulher nua ou seminua com dois jarros, derramando-os, um
deles em num lago e outro sobre a terra. A moça também está com um dos pés sobre a terra e o
outro sobre a água. O elemento água normalmente está associado aos sentimentos e o elemento
terra à nossa vida material. O primeiro sentido que nos vem à mente é o equilíbrio destas duas
coisas.

Um outro detalhe é que a água parece sólida, embora não seja gelo. Isso é bastante enfatizado
no Tarot de Waite. A impressão é de que, se ela desejasse, poderia caminhar sobre a água.

O caminhar sobre as águas é bastante simbólico na cultura cristã. Normalmente é interpretado


como demonstração de fé ou do poder divino do Cristo. Porém estas não são as únicas
interpretações possíveis. Uma outra interpretação para o simbolismo do caminhar sobre as águas
é o domínio das emoções feito de forma natural, do mesmo jeito um passeio no elemento terra
que fazemos sem nem notar que fazemos. Este é o sentido que o Tarot reforça com a carta A
Estrela.

Assim O Louco após ter caído de A Torre, levanta-se e busca a orientação de A Estrela para
poder seguir seu rumo.

18 - A Lua

A Lua está associada à instabilidade. A origem desta visão está no fato dela ser um astro
noturno e o único visível a olho nu que apresenta fases.

Há um cão e um lobo uivando para a Lua. O uivar do lobo traz para a maioria das pessoas uma
sensação de solidão e, se estivermos perdidos numa floresta, medo.

Há uma lagosta num pequeno tanque no que seria a entrada do submundo, guardada pelo lobo e
pelo cão, remetendo ao mito de Cérbero, o Guardador do Inferno na mitologia Grega.
Estes três animais representam a parte mais profunda de nosso inconsciente. O cão e o lobo
representam nossos instintos, nas suas duas formas, a domesticada e a selvagem. Na visão
freudiana, o Id.

No simbolismo do Tarot, a água representa as emoções e também o Inconsciente. A lagosta vai


se agarrar à pessoa que tenta transpor o limiar e puxar para baixo. Por este motivo esta carta esta
associada à tristeza profunda e à depressão. É perda total da Esperança.

A pessoa que está vivenciando este arcano pode estar vivendo um luto, ter perdido algo
importante ou tido uma desilusão amorosa forte, o que a levou a uma tristeza profunda.

Assim O Louco em sua jornada, após encontrado com A Estrela e ter aprendido a ter e esperança
e andar sobre as águas, descobre que ao vacilar pode mergulhar no mar das emoções. A Lua,
surgindo no horizonte mostra o caminho de como superar esta queda.

19 - O Sol

O Sol surge logo a pós A Lua, como de fato acontece na natureza. E também é a sensação da
pessoa que ultrapassou passagem por A Lua.

O Sol representa em nossa cultura quase sempre uma dádiva, mas assim como a Lua tem seu
lado positivo, O Sol pode ter seu lado negativo, representando opressão em vez de dádiva, bem
demonstrado em filmes de western onde o herói enfrenta o deserto.

Assim O Louco, após ter ido ao fundo do poço com A Lua, agora vê O Sol brilhar novamente,
dando-lhe forças pra seguir em sua viagem.

20 - O Julgamento

O Julgamento é o momento de colher o que se plantou, a ação, não importa quando foi feita,
terá agora seu resultado e não há como reverter. O contexto dirá se isso é bom ou ruim.

Assim O Louco em sua jornada, após ter tido a esperança restaurada junto a O Sol, sabe que terá
aproveitar o que aprendeu ao longo da Jornada, inclusive que todas as suas ações geram
consequências futuras, e tomar uma decisão que vai dar um rumo diferente a sua vida.

21 - O Mundo

Assim como O Louco que viaja através dos arcanos, abrindo o Tarot, O Mundo, o Arcano 21,
seria a carta de fechamento, encerrando o ciclo. No entanto, o Louco, além de ser a carta zero é
também a carta 22, mostrando que a vida é um eterno devir, um processo, que não termina nem
mesmo com A Morte.

O Mundo é um símbolo de êxito supremo, a reunião de todas as polaridades e de todos os


elementos.

Então, o que é o Mundo? Os gregos falam da Quintessência, o quinto elemento que seria a
junção dos outros quatro. Significaria a harmonia plena.
O Mundo nos mostra um modelo ideal que devemos almejar, onde cada um dos nossos aspectos
está em harmonia com os outros e sem polaridades: bem/mal, masculino/feminino, sexo/amor,
emoção/razão, governante/governado, Deus/Homem. Se o alcançarmos em sua plenitude,
teremos atingido a Iluminação.

Esse seria o fim último do homem e é inatingível, mas pode ser tangenciado. Por isso o Mundo
não fecha o Tarot, mas o Louco. Quando o tangenciamos, vislumbramos uma nova jornada e o
Louco seguirá novamente o caminho.

Assim o Louco ao encontrar o Mundo percebe que evoluiu em relação ao início da jornada, mas
também percebe que ainda há mais para aprender e continua sua jornada, em busca do Mago pra
escolher novos caminhos.

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